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TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO Maria José Grosso (coord.) António Soares Fernanda de Sousa José Pascoal 2011 QUADRO DE REFERÊNCIA PARA O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO

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Page 1: QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOSE RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO

Maria José Grosso (coord.)António SoaresFernanda de SousaJosé Pascoal

2011

QUADRO DE REFERÊNCIA PARA O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÁG.

NOTAS PARA O UTILIZADOR 3

Estrutura e Organização 3

Realização de Tarefas 3

Para a Compreensão do Público-Alvo 4

FICHAS MODULARES 5

SUGESTÕES DE TRABALHO 21

RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO 50

ÍNDICE

Page 3: QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

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SUGESTÕES DE TRABALHO

Notas para o Utilizador

O Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro: Tarefas, Actividades, Exercícios e Recursos para a Avaliação é composto por fichas modulares, sugestões de tarefas e exercícios, bem como recursos para avaliação. O seu principal objectivo é exemplificar a operacionalização da competência de comunicação, apresentando o funcionamento da língua, tendo em conta competências, conteúdos gramaticais, campo lexical, realizações linguísticas e textos.

Os professores, educadores e agentes educativos, com larga experiência, certamente já terão reflectido sobre o público, os contextos, os conteúdos e os materiais e, para esses, o QuaREPE será mais um reforço da sua prática pedagógica. Voltado, pois, para a prática, não foi concebido nem como programa nem como material, mas sim como amostra exemplificativa.

Estrutura e organização

A proficiência de uma língua depende de muitos factores e pode não estar relacionada directamente com a idade. Isto significa que os níveis A1 e A2 não estão apenas ligados às faixas etárias mais baixas. Já os níveis B2 e C1 não serão adequados para a faixa etária de 8-10 anos, pois a competência em língua, como macrocompetência, envolve competências que reflectem o conhecimento do mundo e aspectos mais elaborados do desenvolvimento psicocognitivo do indivíduo. Assim, tendo consciência de que dificilmente se pode abranger o funcionamento da língua em todas as situações e em todos os níveis etários, o que se apresenta terá de ser entendido como um exemplo parcelar de um uso determinado da língua e, por isso, restrito às situações de comunicação.

Organizou-se a operacionalização do QuaREPE por fichas modulares com actividades, tarefas e recursos avaliativos. As fichas não são sequenciais. Como exemplo, o grupo etário de 8-10 anos que tenha o nível de proficiência A1 (ou A2) pode seguir ou não um tema como “Eu e a escola” (seleccionado na ficha 1) que, como é óbvio, não abarca todos os conteúdos (gramaticais, lexicais…) do nível de proficiência. A ficha referida deve, pois, em função do número de horas, ser completada com outras fichas modulares acompanhadas de novas tarefas, elaboração ou selecção de materiais.

Por razões operatórias, exemplificámos o B1 com a faixa etária dos 11 aos 14 anos e o C1 com a faixa etária mais alta.

Por se tratar de um denominador comum a todos os níveis e faixas etárias, considera-se importante a abordagem de competências como a fonológica e a ortográfica em todas as fichas modulares.

Realização de Tarefas

As tarefas devem ser significativas para o público-aprendente e devem ter em conta a sua proficiência em língua portuguesa, o que significa uma progressão de nível para nível respeitando o desenvolvimento psicocognitivo da faixa etária do aprendente e promovendo o gosto pela aprendizagem do português. A execução de tarefas (micro ou macro) é essencial na gestão da heterogeneidade dos grupos do público-alvo.

A língua portuguesa deve contribuir para o desenvolvimento pleno do indivíduo. Neste sentido, o aprendente deve poder contactar com diferentes tipos de texto, isto é, a língua é apresentada não só na perspectiva do utilizador (que a sabe usar em todos os domínios de comunicação, intervindo na sociedade com raciocínio analítico, defendendo e justificando opiniões pessoais), mas também como veículo de acesso a outros conhecimentos, o que implica uma maior atenção ao oral formal e ao escrito.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

Temas

Eu e a escola

Tempos livres

Higiene e Saúde

8 - 10

A1, A2

A1, A2

A1, A2 (alimentação)

11 - 14

B1

B1 (turismo)

B1

15 ou +

B2 (vida escolar)C1 (clubes escolares)

B2 (férias e turismo)C1 (culturas e viagens)

B2 (vida saudável)C1 (saúde pública)

Para a compreensão do público-alvo (características gerais)

Para uma melhor compreensão do público, apresentam-se algumas características gerais baseadas nos resultados dum inquérito que envolveu 1885 informantes provenientes de dez países:

• A maior representatividade no escalão etário está compreendida entre os 11 e os 14 anos.

• A língua portuguesa é sobretudo usada em casa com destaque para o nível etário mais baixo (8-10 anos).

• Quanto às razões para estudar português, a principal razão apontada corresponde a uma decisão

familiar, a qual prevalece em qualquer escalão etário.

• O público-aprendente tem uma atitude positiva em relação à aprendizagem da língua portuguesa.

• O nível etário dos 8–10 anos considera as aulas interessantes e divertidas.

• Há uma atitude positiva em relação ao próprio professor de língua portuguesa.

• Regista-se uma atitude positiva em relação à língua portuguesa e à sua aprendizagem.

• Atitude menos positiva vai para os aspectos logísticos e horários das aulas de língua portuguesa.

• A maioria dos aprendentes, de todos os escalões etários indicados, quer continuar a estudar português no país onde vive.

• Os seus principais problemas revelam-se na escrita.

As amostras de recursos apresentadas neste volume, constituídas por fichas modulares, actividades, tarefas e exercícios para desenvolver nos contextos de ensino e aprendizagem e por recursos para avaliação, cobrem os cinco níveis previstos, A1 a C1, e estão organizadas por temas, subtemas e por faixa etária. No quadro seguinte, exemplificamos a distribuição dos temas e subtemas (entre parêntesis, nalguns casos à frente dos níveis) pelas faixas etárias e níveis de proficiência.

Distribuição de temas e subtemas

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SUGESTÕES DE TRABALHO

FICHAS MODULARES

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:EU E A ESCOLA

A1

Competências

Saudar e apresentar (-se)Falar de si próprio Despedir-se

Localizar no espaço

Compreender instruções

Pedir e dar informações

Conteúdos gramaticais

- Pronomes pessoais

- Formas de tratamento

- Artigos definidos e indefinidos

- Artigo definido com nomes de pessoas

- Singular e plural dos nomes e dos adjectivos

- Possessivos

- Presente do indicativo dos verbos ser, estar, ter, haver, ir e verbos regulares em -ar (exemplo: morar)

- Preposições/ contracções (no, na, nos, nas, do, da, dos, das…)

- Interrogativos: Como? Quem? Que? Onde? Quando? Quantos/quantas?

- Adjectivos

Campo lexical

Formasde saudação

Formasde tratamento

A escola

Objectos no espaço aula/escola

Instalações

Rua, aldeia, cidade, região, país

Morada

Identificação

Datas: mesese anos

Numerais cardinais

Animaisde estimação

Cores

Caracterização física

Textos

Mapas

Fotos

Cartazes

Documentosde identificação

Diálogos e outros textos em vários suportes

Exemplo de realizações linguísticas

- Bom dia/boa tarde...

- Olá!

- Eu sou...

- Como está(s)?

- Estou bem, obrigado(a).

- Até logo/até amanhã.

- Bom fim-de-semana!

- Por favor,…

- Desculpe/desculpa,…

- O senhor; a senhora…

- Como se chama/ como te chamas?

- A minha professorachama-se...

- O meu professor de português é de...

- Quantos anos tens?

- Tenho dez anos.

- Quando fazes anos?

- A minha escola fica em..., na rua...

- A minha escola é grande/ pequena.

- A escola tem um recreio com árvores e um campo de jogos.

- A minha sala é azul.

- Tenho uma mochila amarela com desenhos do Homem Aranha.

- Em casa tenho dois gatos e um cão.

- Temos um quadro interactivo.

- Na sala há (um) computador(es).

- Fecha, (feche) a porta, por favor!

- Silêncio!

- Ouve (Ouçam!)

- Diz! (Diga!) Escreve! (Escrevam!)

- Gosto de jogar à bola/...

- O ginásio é grande/pequeno…

8 – 10 anos

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7

SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:EU E A ESCOLA

A2

8 – 10 anos

Competências

Interagir com o(a)professor(a) e colegas

Identificar/caracterizar colegas e amigos

Localizar a escola

Pedir/dar informações sobre transportes

Pedir/dar informações sobre os horários

Emitir opiniões pessoais

Conteúdos gramaticais

- Graus dos adjectivos - Artigos definidos com nomes de cidades e países - Advérbios e locuções adverbiais de lugar

- Locuções preposicionais

(perto de…)

- Advérbio muito

- Presente do indicativo dos verbos regulares e irregulares (sair, vir fazer, poder...)

- Interrogativos: Quando? Como? Que?/A que...?/Em que...?

- Passado: pretérito perfeito

- Nomes colectivos

Campo lexical

Caracterização de colegas e amigos

Nacionalidades

Países, capitaise outras cidades

Nomes das áreas disciplinares

Actividades curricularese extracurriculares

Transportes paraa escola

Trajectos: atravessar, virar, seguir,...

Horários (entrada e saída)

Localização temporal: dias da semana; meses do ano

Localização espacial, distâncias

Textos

Mapas

Passe do transporte público/bilhete de transporte

Folhetos informativos da rede de transportes

Planta da cidade,da escola

Horário da escola

Formulários

Pequenos textosda literaturainfanto-juvenil (adaptados)

Exemplo de realizações linguísticas

- Por favor!

- Desculpe/desculpa…

- Importa-se de repetir?

- Não percebi...

- Posso falar?

- Ele(a) tem os olhos azuis/o

cabelo louro...- O mais alto da turma é o...

- Eu sou mais alto(a) do

que a...- Na turma há dois colegas alemães.- A Marisa é brasileira.

- O António é de Lisboa.

- Eu estudo português.

- Na quarta-feira temos

natação.- Na quinta-feira tivemos

Educação Física.- A minha escola fica perto/

longe de casa.- Vou de carro/ a pé.- Saio de casa às..., atravesso..., viro à esquerda/ direita..., vou em frente…- Apanho o autocarro n.º...

- Chego à escola às 8 h.

- Saio da escola às 15 h.

- A que horas tens aula de

música?- Quando começam as férias grandes?- Não tenho aulas na quarta-feira à tarde.- Acho que é bom fazer Educação Física. - Eu gosto muito de Ciências.

- Geralmente almoço na cantina.

- Janto com os meus pais e o meu irmão.

- Na minha turma, nós falamos várias línguas.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:EU E A ESCOLA 11 - 14 anos

B1

Competências

Compreender/produzir textos relacionados com a vida escolar e cívica

Manifestar acordoe desacordo

Interpretar instruçõese agir em conformidade

Relatar acontecimentos e experiências

Conteúdos gramaticais

- Pretérito imperfeito e pretérito perfeito simples

- Frase imperativa: uso do infinitivo e do imperativo

Campo lexical

Regras de comportamento no espaço da escola: autorizações e proibições; restrições de acesso

Exercícios de protecção civil: saídas de emergência, pontos de encontro

Instruções

Regulamentoda Escola Interacção na sala de aula: uso da palavra, pedidosde esclarecimentos

Experiências vividas Acontecimentosda vida escolar

Visitas de estudo

Desporto escolar

Textos

Mapas

Passe do transporte público/bilhete de transporte

Folhetos informativos da rede de transportes

Planta da cidade,da escola

Horário da escola

Formulários

Pequenos textosda literaturainfanto-juvenil(adaptados)

Exemplo de realizações linguísticas

- Por favor…

- Desculpe/desculpa…

- Posso falar?

- Pode falar mais devagar?/ Podia repetir?

- Não ouvi/não vejo bem.

- Não jogar à bola nos corredores!

- Coloque os papéis no cesto.

- Não pisar a relva!

- É proibida a entrada de animais!

- Posso fechar a janela?

- Só um momento.

- No último sábado tivemos provas de corta-mato.

- No ano passado fizemos uma grande festa na escola com os professores e os nossos pais e irmãos.

- Quando eu era pequeno, o meu pai trazia-me à escola.

- Na escola do meu primo não é permitido andar de calções.

- Os meus pais estão de acordo

com as regras da escola.

- Concordo com a proibição de

comer na sala de aula.

- Em Portugal, em caso de emergência, ligue o 112.

Page 9: QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:VIDA ESCOLAR 15 anos ou +

B2

Competências

Recolher informação pertinente e de acordo com objectivospré-definidos

Sintetizar informação

Produzir textos fornecendo explicações e argumentos

Conteúdos gramaticais

- A expressão de tempo: Quando + futuro do conjuntivo

- Depois de + infinitivo

- Expressão da condição: se + futuro conjuntivo; se + imperfeito do conjuntivo; no caso de + infinitivo; caso + presente conjuntivo.

- Futuro do conjuntivo dos verbos regulares e irregulares

- Infinitivo pessoal

Campo lexical

Áreas curricularese opções vocacionais

Projectos educativose profissionais

Profissões

Tipos de formação

Textos

Testemunhosde estudantese de profissionaisde várias áreas:histórias de vida, entrevistas

Folhetos informativos sobre sistemas educativos e ensino superior

Artigos de imprensa

Textos de sítiosda Internet

Textos (de rádio, televisão, filmes)

Exemplo de realizações linguísticas

- Quando eu terminar os estudos,...

- Depois de concluir os estudos no ensino secundário, …

- Se eu conseguir entrar em Medicina,...

- Escolhi a área de... porque...

- Gostava de ser...

- Tenciono fazer um estágio/ curso...

- Se eu estivesse em Portugal, preferia viver no Sul.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:ESCOLA 15 anos ou +

C1

Competências

Compreender mensagens gravadas ou radiodifundidas, identificando pormenores, mensagens implícitase linguagem metafórica

Compreender textos longos e complexos,no domínio educativo

Interagir, dando opiniões, concordando ou discordando, modalizandoas respostas, concluindo e enfatizando

Interagir em entrevistas, como entrevistadorou entrevistado

Interagir em debates, saber argumentara favor ou contra

Conteúdos gramaticais

- Completivas verbais com conjuntivo

- Formas de expressar o futuro

- Sistematização da colocação do clítico - Sistematização dos usos do adjectivo - Sistematização dos verbos auxiliares

- Completivas adjectivais

- Preposições de regência verbal e nominal

- Sujeito indeterminado

- Frases relativas - Expressões fixas

e idiomáticas, provérbios

Campo lexical

Áreas lexicais relacionadascom actividadesde clubes na escola: jornal, rádio, fotografia, teatro,…

Áreas lexicais relacionadascom actividades escolares

Campo lexicalde normase procedimentos

Horáriosdas actividadesdos clubes

Textos

Jornais escolares

Programas de rádio

Telejornais

Páginas de jornal com a oferta cultural

Agendas municipais

Reportagens

Poesia

Teatro

Canções

Entrevistas

Anedotas

Provérbios e ditados

Exemplo de realizações linguísticas

- Acabo de chegar. Diga-me/ diz-me, por favor, que clube há?

- Como posso fazer para me inscrever?

- Tem/tens de ter autorização dos teus pais.

- Há vários clubes, todos muito interessantes/giros: de rádio, do jornal da escola e outros. Se ouvir/ouvires dizer “Vou ter CF.”, isso quer dizer que se trata do Clube de Fotografia.

- Aprende-se muito nos clubes. Descobrem-se novos amigos, fazem-se visitas.

É muito divertido fazer parte do grupo REFO (Repórter fotográfico).

No clube do Jornal da Escola, o CF, melhora-se muitíssimo a escrita. E fazem-se entrevistas e colabora-se com o CF ou o grupo dos REFO.

- Hei-de conseguir tirar o curso que quero.

- Água mole em pedra dura tanto dá até que fura.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:TEMPOS LIVRES 8 - 10 anos

A1

Competências

Usar frases simples para falar do seu quotidianoe dos seus gostos

Pedir e dar informações

Interagir sobre os tempos livres

Escrever mensagens simples e breves

Reconhecer palavrase frases simples e curtas que lhe sejam familiares

Conteúdos gramaticais

- Determinantes possessivos

- V. gostar de- Presente do indicativo dos verbos

saber e fazer

- V. estar a + infinitivo

- Advérbios de tempo: hoje, amanhã

(+ pres. ind.), agora

- Quantificador muito

- Futuro próximo

- Presente do indicativo do verbo ir + infinitivo do verbo

- Preposições/ Contracções: a, em, de

- Preposições: sobre, dentro, até, …

- Preposições/ locuções prepositivas: antes de, depois de, por cima de

- Interrogativos: O que...? A que...?

Quando? Onde?

Campo lexical

Os dias da semanaO fim-de-semanaAs fériasAs estações do ano

Ocupação de tempos livres: brincar, passear, andar de bicicleta/de trotineta/de patins/de skate, saltar/saltar à corda, correr, jogar (à bola, jogos de computador), cantar

Animais de estimação

Desportos: natação, ginástica, judo, futebol,…

Ballet

Locais de encontro com os amigos: parque infantil, ginásio, piscina, escuteiros, clubes e ateliês (de pintura, desenho, xadrez,...), campos de férias, colónias de férias

Jogos tradicionais: Jogo da macaca, jogo do elástico, jogar ao berlinde, ao pião, jogar às escondidas,...

Música: piano, guitarra, violino, flauta,...

Textos

Cartazes

Banda desenhada

Textos gravadose emissões televisivas

DVD

Postais

Diálogos e outros textos em vários suportes

Canções

Exemplo de realizações linguísticas

- Estou a pintar.

- O que fazes ao sábado?

- Vou à piscina com o meu irmão.

- Vou passear.

- Gosto de andar de bicicleta.

- Eu prefiro andar de skate.

- Tenho aulas de natação com a minha turma.

- Adoro ir à piscina.

- Sabes nadar?

- Sei, sim, mas não sei mergulhar.

- No fim-de-semana vou ao parque.

- O que fazes nos teus tempos livres?

- Brinco e jogo à bola.

- Eu faço ballet com a minha amiga Maria.

- Gosto de dançar e cantar.

- Tenho muitos amigos na colónia de férias.

- Vou para um campo de férias no Verão.

- Eu sei jogar à macaca.

Aspectos socioculturais:- Portugueses que se destacam no desporto (jogadores de futebol, treinadores de futebol, atletismo, triatlo, ciclismo, judo,...).- Jogos; lengalengas e travalínguas; canções tradicionais portuguesas/ canções infanto-juvenis conhecidas (“A saia da Carolina”, “O balão do João”).

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12

SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:TEMPOS LIVRES 8 - 10 anos

A2

Competências

Localizar informação específica relacionada com o tema

Compreender informação essencial em gravações de textos para este nível

Narrar, de forma breve e simples, acontecimentos e experiências pessoais

Escrever mensagens simples e breves para convites/divulgação de eventos

Escrever textos simples de correspondência pessoal

Conteúdos gramaticais

- Conectores: e, mas, porque

- Futuro próximo: verbo ir no presente

do indicativo + verbo no infinitivo

- Advérbios de lugar: próximo/longe/junto de/perto de

- Pretérito imperfeito do indicativo dos verbos regulares

e dos irregulares

- Pretérito perfeito do indicativo dos verbos regulares e irregulares

Campo lexical

As férias

As colónias de férias

CampismoAcampamento

O mar/o rio/o lagoA praia/o campo/a montanha

Desportos: esqui, natação, pesca, ciclismo, marcha,...

Datas (mês, dia, semana,…)

Festas e acontecimentos especiais: festas da escola, sarau desportivo, representação, exposição detrabalhos escolares, representação em eventos desportivos, festa de aniversário, festa de Natal

Jogos

Textos

Avisos

Mapas

Prospectos

Textos publicitários

Notícias de jornais

Emissões televisivas e de rádio

Pequenos DVD

Canções

Cartazes

Exemplo de realizações linguísticas

- Amanhã vou acampar.- O acampamento fica junto ao rio.

- No ano passado fui esquiar com os meus colegas.

- Foi a primeira vez que estive uma semana longe dos meus pais.

- A professora de Educação Física foi connosco.

- Quando ia para a praia, encontrei o meu primo.

- Formas de iniciar e terminar um postal, uma carta, um mail. Ex.: Queridos pais/ Beijinhos/Abraço/Adeus/Ciao.

- Estou a passar uns dias fantásticos na praia.

- Os meus primos são muito divertidos.

- A minha tia é muito fixe.

- Convido-te para a minha festa, no dia...

a partir das... Vai ser divertido! Conto contigo!

- Na festa da escola representei com os meus colegas.

- No ano passado ia com a minha irmã ao ginásio, mas agora não vou com ela.

Aspectos socioculturais:- Festividades e comemorações.- Dias de festa (dia da mãe, dia do pai, dia da criança, dia da árvore, dia de S. Martinho,...).- Festas religiosas.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:TEMPOS LIVRES - TURISMO 11 - 14 anos

Competências

Localizar informação específica relacionadacom o tema

Compreender informação essencial em textos gravados deste nível

Identificar os argumentos num texto

Compreender textosinseridos em sítiosda Internet

Compreender textos literários sobre uma cidade/país/…

Interagir para obter ou dar informação, fornecere seguir instruções

Escrever textos simples com instruções(roteiros)

Descrever locais visitados

Relatar, num texto simples e articulado, viagense visitas de estudo

Conteúdos gramaticais

- Voz activa/voz passiva

- V. haver + prep. de

- Futuro próximo

- Advérbios de lugar

- Locuções prepositivas

- Futuro do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo dos verbos regulares

e dos irregulares

- Pretérito perfeito do indicativo dos verbos regulares e irregulares

Campo lexical

Férias

Visitas de estudo

Viagens

Cidades turísticas

Plantas da cidade

Direcções

Máquina fotográfica

Câmara de filmar

Monumentos e património

Lugares de interesse histórico, cultural, diversão,...

Agência de viagens

Viagens organizadas:avião, barco, autocarro, …

Passaporte

Bilhetes de avião

Aeroporto

Voo

Alojamento

Transportes

Hotel

Pousada de juventude

Parque de campismo

Guia turístico

Visitas guiadas

Espectáculos

Concertos

Eventos culturais

O tempo meteorológico

Textos

Cartazes

Mapas

Prospectos

Textos publicitários

Roteiros

Artigos de revistas

Emissões televisivas e de rádio

Pequenos DVD

Sítios na Internet

Textos literários

Exemplo de realizações linguísticas

- Na Páscoa, a minha turma vai a Portugal com

os professores de Português e de História. Também vai

a nossa directora.

- Na visita vamos a duas cidades históricas.

- No Verão ficamos numa pousada em frente ao mar.

- Esta cidade tem um centro histórico muito bem

conservado.

- Eu gosto de visitar castelos e fortalezas.

- As mais belas fotografias foram tiradas pelo meu pai.

- Os meus pais querem mostrar-me a terra natal dos meus avós.

- Por favor, pode dizer- me onde fica o castelo...?

- Vire à esquerda/vire à direita/ siga em frente/ vá até à próxima rotunda/ depois do cruzamento/...

- Olá! Podes dizer-me onde fica a pousada de juventude?

- Vais em frente até ao cruzamento/ viras à direita, depois segues em frente/...

- Eu fui com os meus pais aos Açores numa viagem organizada.

- Eles reservaram tudo numa agência de viagens.

- No aeroporto estava um senhor à nossa espera com um grande cartaz que dizia...

- Tivemos de nos levantar muito cedo.

- Li muitas coisas sobre as ilhas.

Aspectos socioculturais:- As principais cidades de Portugal (Continente e Ilhas).- Património emblemático português (Mosteiro dos Jerónimos, Cristo-Rei, Torre dos Clérigos, pinturas rupestres de Foz Côa,...).- Alguns rios portugueses.- Visitas de interesse científico.

B1

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

14

SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:TEMPOS LIVRES - FÉRIAS E TURISMO 15 anos ou +

Competências

Sintetizar informações e argumentos provenientes de fontes diferentes

Desenvolver de forma metódica uma apresentação, destacando aspectos e pormenores importantes

Narrar e descreverAcontecimentos

Compreender e seleccionar informação em textos extensos e complexos

Escrever texto expositivo, apresentando informação e justificando pontos de vista

Escrever textos informativos, simples e articulados, sobre locais turísticos

Descrever locais visitados

Relatar, num texto simples e articulado, viagens e visitas de estudo

Conteúdos gramaticais

- Expressão da finalidade, da concessão, da causa

- Expressão da consequência:

tão/tal/tanto

- Infinitivo pessoal

- Colocação dos clíticos

- Pronomes relativos

- Uso do discurso directo/indirecto

Campo lexical

Férias

ViagensBrochuras de viagens

Escolha de viagens

Guia do viajante

Documentação, seguros, moeda, clima, segurança, vacinas,…

Gostos e tendênciasProgramação cultural

Festivais de música, de cinema, de artes, gastronómicos,...

Feiras medievais, feiras do livro, de banda desenhada,...

Centros culturais

Centros de ciência/aquários/parques com animais/ monumentos (igrejas, palácios, castelos,...)

As origens de PortugalDescobrimentosExpansão

Textos

Cartazes

Mapas

Prospectos

Textos publicitários

Fotos

Roteiros

Artigos de revistas

Gravações de emissões televisivas e de rádio

Pequenos DVD

Sítios na Internet

Pequenos textos literários

Exemplo de realizações linguísticas

- Na Páscoa, a minha turma vai a Portugal com os professores de Português e de História. Também vai a nossa directora.

- Na visita vamos a duas cidades históricas.

- Embora estivéssemos perto do mar, não o conseguíamos ver.

- No Verão ficamos numa pousa da em frente ao mar.

- Na Agência deram-nos uma brochura para que conhecêssemos a planta da cidade.

- Esta região é tão bonita que gostava de viver aqui.

- Eu gosto de visitar castelos e fortalezas.

- Os meus pais querem mostrar-me a terra natal dos meus avós.

- Ali perto organizaram um festival sobre culturas, com várias manifestações de dança e de música.

- Por favor, pode dizer-me onde fica o castelo...?

- Informaram-nos/não nos informaram de…

- No aeroporto estava um senhor à nossa espera com um grande cartaz que dizia...

- Tivemos de nos levantar muito cedo.

- O nosso itinerário começou em Ponta Delgada.

- Quando fomos a Lisboa, visitámos a Expo e fomos ao Oceanário.

- No Museu da Marinha, vimos modelos de caravelas do tempo dos Descobrimentos.

- Aqueles eram os barcos que iam para Angola.

- Disseram-nos que os transportes aéreos portugueses fizeram o seu primeiro voo comercial em 1946.

- Andava tão contente em Lisboa que queria ficar mais uns dias.

- No Museu lemos que, em 1415, os portugueses conquistaram aos mouros a cidade de Ceuta, no Norte de África. Considera-se esta data como o início da expansão portuguesa.

Aspectos socioculturais:- Identificar património emblemático português (Mosteiro dos Jerónimos, Cristo-Rei, Torre dos Clérigos, pinturas rupestres de Foz Côa,...).- Locais em Portugal património da UNESCO.- Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).- Origens de Portugal e expansão portuguesa.

B2

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15

SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:TEMPOS LIVRES - CULTURAS E VIAGENS 15 anos ou +

Competências

Compreender o essencial de mensagens orais (debates, documentários, emissões de rádio e de televisão)

Apresentar, descrever ou narrar assuntos complexos

Sintetizar informação ou argumentos

Conteúdos gramaticais

- A expressão da concessão

- Uso do discurso directo/indirecto

Campo lexical

Deslocações

Viagens no espaço/no tempo

Viagens reais/ imaginárias

Eixos Norte/Sule Ocidente/Oriente

Sociedades contemporâneas

As grandes metrópoles

Os eixos de comunicação

Europa multilingue

Diversidade de Estados

A cultura local e a importância das províncias e regiões

Mundialização da cultura

O Oriente

Interculturalidade

Sociedade de comunicação e tecnologia

As relações culturais de Portugal com os PALOP

Textos

Cartazes

Mapas

Prospectos

Textos publicitários

Avisos

Fotos

Roteiros

Artigos e notíciasde jornais e revistas

Emissões televisivas e de rádio

DVD

Sítios na Internet

Textos literários

Narrativas de viagens

Exemplo de realizações linguísticas

- Os portugueses andaram pelos quatro cantos do mundo.

- Hoje, temos as viagens virtuais. À distância de um clique, já

estamos noutro sítio.

- A minha deslocação àquele canto remoto do planeta levou-me a viajar também no tempo.

- Parecia que tinha voltado ao tempo dos romanos/celtas...

- Ande eu por onde andar, nunca mais me esquecerei daquele momento.

- À saída dos aeroportos da Europa que pertencem ao espaço Schengen, existe a indicação “Nada a declarar!”

- Tenho amigos que fazem milhares de quilómetros para jogar golfe.

- A Páscoa é diferente de região para região.

- O português é falado por mais de 200 milhões de pessoas.

Aspectos socioculturais:- Itinerários dos Descobrimentos Portugueses.- Colonização/descolonização.- Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

C1

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:HIGIENE E SAÚDE 8 - 10 anos

Competências

Pedir e dar informações

Usar frases simples para falar do seu quotidianoe dos seus gostos

Compreender instruções sobre tarefas a realizar

Identificar o essencialde textos informativos

Fazer um pedido

Conteúdos gramaticais

- O plural de nomes terminados em -ão

- Presente do indicativo dos verbos comer, beber, tomar

- Presente do indicativo do verbo querer

- Eu queria... (forma de delicadeza)

- Gostar de...

- Advérbios de tempo: hoje, amanhã

(presente indicativo), agora

- Preposições/ contracções: em, de; preposições sobre, dentro, até

- Preposições/locuções prepositivas: antes de, depois de, por cima de

- Interrogativos: A que...? Quando? Quanto...? Quantos/quantas?

Onde?

- Adjectivos: grande/pequeno(a),

caro/barato(a)

- Graus dos adjectivos

Campo lexical

As refeições

As horas

O refeitório da escola/cantina

Os nomes dos alimentos

A receita

Os ingredientes

A lista das compras

As compras no comércio tradicional: a padaria, o talho, a peixaria, a pastelaria, o café tradicional

As compras no mercado

As medidas e os pesos (um quilo, um litro)

O restaurante

A ementa

Pratos, sobremesas, bebidas

A confecção dos alimentos (cozidos, grelhados,

assados,...)

Doces tradicionais portugueses: pastéis de nata, arroz doce,...

Pratos tradicionais portugueses: pratos de bacalhau,...

Textos

Puzzle

Adivinhas

Receitas

Fotos

Cartazes

Cartões com desenhos e letras

Ementas de restaurante

Diálogos e outros textos em vários suportes

Exemplo de realizações linguísticas

- Eu tomo o pequeno-almoço às 7 horas.

- Eu gosto de cereais com leite.

- Detesto queijo.

- Prefiro...

- Ao meio-dia, como no refeitório da escola.

- Eu lancho às...

- A que horas jantas em casa?

- Hoje...

- Por favor, pode dar-me um copo de água?

- Eu quero...

- O pêssego é o meu fruto preferido.

- Gosto muito de ananás.

- Gosto também de...

- Junta/Junte/ mistura/misture/ deita/deite/ mexe/mexa...

- Por favor, eu queria um quilo de cerejas.

- Quanto custa?

- São dois euros o quilo.

- A fruta é muito cara.

- É caríssima.

- Na padaria compro dois pães.

- Faz favor, o que deseja comer?

- Eu queria...

- Eu não gosto de peixe assado.

Aspectos socioculturais:- Hábitos dos portugueses.- Os horários das refeições.- Pratos tradicionais portugueses.

A1

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:HIGIENE E SAÚDE - ALIMENTAÇÃO 8 - 10 anos

Competências

Compreender aspectos essenciais de informações

Compreender instruções

Localizar informação específica e previsívelem documentos simples

Compreender informação essencial de emissõesde televisão

Fazer breves apresentações

Manifestar preferências

Conteúdos gramaticais

- O imperfeito do indicativo (delicadeza)

- Verbo gostar de

- Preposições/ contracções: em, de

- Preposições: para, por

- Locuções prepositivas - É que em frases

interrogativas e enfáticas

- Determinantes demonstrativos

- Conectores: e, mas, porque

Campo lexical

As horas

Os nomes dos alimentos

Grupos de alimentos saudáveis

A roda dos alimentos

As vitaminas, os sais minerais, as fibras, os hidratos de carbono, os açúcares

O pão (cereais, formas)

O restaurante

A ementaentradas, pratos, sobremesas

Textos

Puzzle

Cartazes

A roda dos alimentos

Textos publicitários

Emissões televisivas gravadas

Pequenos vídeos

Canções

Exemplo de realizações linguísticas

- É importante comer cereais.

- A laranja tem vitamina C.

- Gosto imenso de ananás.

- Gosto mais de/prefiro…

- Deve-se beber água várias vezes por dia.

- Eu é que vou comer peixe.

- Este peixe parece mais fresco.

- Como muita fruta, porque faz bem.

Aspectos socioculturais:- Os doces e pratos tradicionais para épocas festivas em Portugal e nos países onde vivem os alunos (Ex.: Natal - bolo-rei; Páscoa - folar; S. Martinho - castanhas;…).

A2

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:HIGIENE E SAÚDE 11 - 14 anos

Competências

Localizar informação específica em textos extensos

Identificar os pontos essenciais de textos extensos para o nível indicado

Compreender relatos de acontecimentose impressões

Exprimir opiniões, concordânciaou discordância

Conteúdos gramaticais

- Pretérito perfeito do indicativo dos verbos regulares e irregulares

- Pretérito imperfeito do indicativo

- Emprego do pretérito imperfeito/pretérito perfeito

- Emprego do pretérito perfeito simples/ pretérito perfeito composto

- Graus dos advérbios

- Quantificadores indefinidos

Campo lexical

A roda dos alimentos

As vitaminas, os sais minerais, as fibras, os hidratos de carbono, os açúcares

Uma alimentação variada: carne, peixe, leite, ovos, pão,…

Higiene oral:ir ao dentista, lavar os dentes

Vida saudávelPrática de desporto

Os benefícios do sol e da praiaA protecção solarAs regras para o banhista

O tabagismo

Perigos do álcool

Textos

Puzzles

Cartazes

Textos publicitários

Panfletos ligados a campanhas de saúde pública

Textos de informação/ divulgação farmacêutica

Emissões televisivas gravadas

Vídeos

Poesias

Canções

Exemplo de realizações linguísticas

- Todos os dias como fruta.

- Ontem, fui a um restaurante muito bom.

- Comemos bem e pagámos pouco.

- A sopa era de legumes.

- Quando íamos para o restaurante, encontrámos alguns amigos.

- Temos visto cartazes contra o tabaco.

- Ontem, fui ao dentista.

- O médico aconselhou-me a andar a pé todos os dias.

- Na praia, é preciso muito cuidado com o sol. É preciso usar protector solar.

- Não devemos ir à praia nas horas de muito calor.

- O tabaco faz muito mal à saúde.

Aspectos socioculturais:- As praias de Portugal – algumas das mais turísticas, mais frequentadas; a bandeira azul.- A gastronomia portuguesa. - Bebidas.

B1

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:HIGIENE E SAÚDE - VIDA SAUDÁVEL 15 anos ou +

Competências

Interagir oralmente sobre temas conhecidos

Produzir textos relacionados com as aprendizagens

Reconhecer o ponto de vista e a atitude dos interlocutores

Apresentar e justificar opiniões

Apresentar informação e argumentos

Conteúdos gramaticais

- Expressão de proibição: infinitivo com valor de imperativo

- Expressão de condição:- Se + futuro do

conjuntivo… presente do indicativo

- Se + imperfeito do conjuntivo… imperfeito do indicativo

- Expressão de causa: porque…

por + infinitivo

- Expressão de opinião

Campo lexical

Alimentação saudável Opções de alimentação: comida vegetariana, comida macrobiótica,...Dietas

Perigos do álcool

O campo, a praia

Benefícios do desportoCorrer, saltar, nadar, fazer desporto, jogar voleibol/futebol…

TabagismoDoenças respiratóriasOs medicamentosAs drogas

Vida saudável: o trabalho, o estudo, o repouso, o contacto com a natureza

Textos

Publicidade institucional sobre a saúde e a higiene

Notícias de jornal

Textos literários (sobre a vida no campo, nas cidades)

Artigos de opinião

Exemplo de realizações linguísticas

- Não fumar!

- Não fumar em espaços fechados!

- Faça uma alimentação variada.

- Faça desporto.

- Vá até ao campo ou à praia.

- Não me sinto bem, porque estou constipado(a).

- Se conduzir, não beba.

- Se tivesse mais tempo livre, fazia mais desporto.

- Está bronzeada por ter ido à praia.

- Não concordo, porque…

- Acho/penso/parece-me/ Julgo que…

Aspectos socioculturais:Hábitos dos portugueses no Verão: a ida para as praias no Verão; as praias portuguesas; os piqueniques.

B2

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SUGESTÕES DE TRABALHO

TEMA:HIGIENE E SAÚDE - SAÚDE PÚBLICA 15 anos ou +

Competências

Compreender textos longos e complexos, no domínio educativo e público

Participar em debates, argumentando a favor ou contra

Sintetizar informação ou argumentos, valorizando os pontos que considera mais importantes

Escrever textos descritivos ou narrativos, claros e estruturados, adequados ao fim em vista

Usar provérbios, adjectivação comparativa e expressões idiomáticas

Conteúdos gramaticais

- Pretérito perfeito composto do conjuntivo

- Infinitivo pessoal composto

- Verbos auxiliares (tempo, aspecto e modo)

- Processos de enfatização - Nomes massivos

- Futuro do Indicativo

Campo lexical

A erradicação de doenças

Evolução das taxas de natalidade e mortalidade

O Serviço Nacional de Saúde em Portugal

Implantação regional dos serviços hospitalares

Como aceder a cuidados públicos de saúde

O médico de família

Campanhas de vacinação

Rastreios

Saúde e ambiente. Efeitos negativos da poluição

Doenças frequentes (ex. a gripe)Prevenção, sintomas, tratamento

A sabedoria popular em matéria de doenças e curas

Mezinhas

Efeitos secundáriosdos medicamentos

Cuidados a ter com os medicamentos

Defender as crianças no acesso a medicamentos

Textos

Programas de rádio

Telejornais

Artigos/notíciasde jornais e revistas

Informação radiofónica e televisiva

Folhetos de publicidade institucional/ campanhas públicas no âmbito da saúde

Bulas de medicamentos

Entrevistas

Textos narrando casos clínicos

Provérbios e ditados

Exemplo de realizações linguísticas

- Considera-se erradicado um certo número de doenças, que dizimaram populações inteiras no século XIX e também no século XX.

- A taxa de mortalidade tem vindo a diminuir. A esperança de vida é maior, o que coloca desafios às sociedades do nosso tempo.

Contrariamente, não me parece que a taxa de natalidade tenha vindo a aumentar.

- Em Portugal, existe um sistema de saúde pública, a que se deve recorrer em caso de necessidade.

- É muito importante estar atento aos rastreios e fazer os que se consideram necessários.

- As crianças e jovens têm acesso a cuidados de higiene oral. Devem também ser vacinadas.

Será que as crianças foram vacinadas?

- Nunca é demais discutir certos temas de saúde pública, nomeadamente os efeitos da poluição, os cuidados a ter no trabalho, a higiene pública, por exemplo.

- Para a gripe, pode haver muitos remédios caseiros, mas é fundamental o repouso.

- Doente do peito cura-se no leito.

- Quem tiver doença abra a bolsa e tenha paciência.

- A doença e a dor conhecem-se na cor.

- A doença vem a cavalo e vai a pé.

- Doente que espirra, fora do hospital.

Aspectos socioculturais:- Serviço Nacional de Saúde em Portugal; oferta hospitalar.- Faculdades de Medicina.- As campanhas de vacinação.- Dados sobre a evolução da saúde em Portugal.

C1

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SUGESTÕES DE TRABALHO

SUGESTÕES DE TRABALHO

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Eu e a Escola

1. Preencher o seguinte Boletim de Inscrição em Tempos Livres.

BOLETIM DE INSCRIÇÃO EM TEMPOS LIVRES

IDENTIFICAÇÃO

OUTRAS INFORMAÇÕES

TEMPOS LIVRES EM QUE SE INSCREVE (assinale com X)

Nome

Escola

Morada

Morada

Código Postal

E–mail

Data de Nascimento

Data

Nacionalidade

Nome do encarregado de educação:

Telefone

Localidade

Localidade

Turma

Telemóvel

Telemóvel

Sala

Assinatura

Horário da Disciplina de Português

2.ª Feira 3.ª Feira 4.ª Feira 5.ª Feira 6.ª Feira Sábado

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SUGESTÕES DE TRABALHOTarefas A1 e A2 (exemplos) A1PÚBLICO: 8 – 10 anos

2. Observar e descrever espaços.

a. Descrever a escola A.

b. Descrever a escola B.

c. Imaginar e descrever a escola C.

3. Descrever o interior e o exterior de uma casa. Estás a passar uma semana em casa dos teus tios, numa pequena cidade no Norte de Portugal. Envia à tua amiga um mail, em que descreves a casa (por exemplo: no rés-do-chão, há uma grande

sala com lareira,...). Menciona alguns dos equipamentos que podes utilizar (ar condicionado, TV cabo,...). Diz como é o espaço à volta da casa.

ESCOLA A.

ESCOLA B. ESCOLA C.

(a) porta, (a) janela, (a) chaminé, (o) tecto, (o) caminho, (o) jardim, (a) árvore, (a) escada,grande, pequeno/a...

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SUGESTÕES DE TRABALHOTarefas A1 e A2 (exemplos) A1PÚBLICO: 8 – 10 anos

4. Descrever imagens.

1. Seleccionar cinco imagens (se preferires, podes desenhar) e descrever um dia na tua escola.2. Fazer a comparação com os trabalhos dos outros colegas.3. Fazer uma exposição de todos os trabalhos.

a.

e. f.

g. h.

b. c.

d.

i.

j. k.

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25

SUGESTÕES DE TRABALHO

5. Identificar Pessoas.

a. Identificar os nomes dos colegas que estão na sala de aula.

b. Escolher três colegas e fazer um pequeno questionário escrito (4 perguntas sobre identificação) de acordo com o vocabulário e os recursos gramaticais aprendidos. (Os questionários só devem ser conhecidos por quem responde. Depois de corrigidos, devem ser divulgados no jornal de turma.)

6. Localizar, no mapa, Portugal e os países onde se fala português. Com auxiliares de apoio, fazer um pequeno quadro informativo com os dados recolhidos. Fazer a mesma tarefa para outros países.

7. Fazer um quadro com frases necessárias na sala de aula. (Exemplo: Não compreendo. Se faz favor, pode repetir?)

8. Procurar na Internet características dos animais de que gosta mais. Fazer um dossiê de turma com a pesquisa elaborada.

a.

e. f.

b. c.

d.

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26

SUGESTÕES DE TRABALHO

1- Como te chamas?

2- Onde moras?

3- A tua casa é perto ou longe da escola?

4- Como é que vais para a escola? Com quem?

5- Quantos anos tens?

6- Tens irmãos?

7- Quantos irmãos tens?

8- Qual é a tua comida preferida?

9- Gostas de estudar Português?

10- Qual a tua disciplina favorita?

11- O que é que fazes nos tempos livres?

12- Praticas desporto?

INQUÉRITO

9. Desenhar o retrato da família, legendar com características físicas e psicológicas. Com esses trabalhos, fazer uma exposição para a comunidade escolar.

10. Perguntar aos colegas a sua data de aniversário e fazer um quadro com esses dados para expor na sala.

11. Responder às perguntas do inquérito. Depois, com as respostas ao inquérito, escrever um pequeno texto. O texto pode ter uma ilustração (desenho ou fotografia).

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SUGESTÕES DE TRABALHO

13. Preencher a adivinha e a resposta com as palavras que se encontram no rectângulo.

14. Reorganizar o texto da adivinha com a resposta.

Qual é a , qual é ela, que uma perna mais que a outrae noite e anda parar?

Resposta:

Fonte: http://sotaodaines.chrome.pt/Sotao/O%20SOTAO%20DA%20INES%20-%20So%20Texto/adivinhas_1.html

Fonte: http://sotaodaines.chrome.pt/Sotao/O%20SOTAO%20DA%20INES%20-%20So%20Texto/adivinhas_1.html

sem

comprida relógiotem coisa

dia

que põe o mundo a dançar,

tem notas e não é dinheiro?

Qual é a coisa, qual é ela,

é a música

12. Adivinhas.

Qual é a coisa, qual é ela, que:

É redonda como o ,

tem mais raios do que uma e anda sempre aos pares?

Resposta: a roda da .

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SUGESTÕES DE TRABALHO A2PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Eu e a Escola

1. Concurso sobre “eu e a escola”: fazer a apresentação (escrita e visual) da escola; localização, professores, colegas.

2. Preparar o itinerário com diferentes transportes para a escola que frequenta.

3. Preparar um cartão com a localização da escola (ou da cantina, ginásio) com informações úteis.

4. Preencher formulários para a escola (cartão, formulário de inscrição, requisição para o centro de recursos/biblioteca da escola) com dados de identificação – nome, idade, nome da escola onde estuda...— e traduzir o cartão da escola para português (ou outros elementos de identificação).

5. Completar com os elementos que faltam no convite.

6. Falar da rotina diária.

O que é que fazes

a esta hora?O que é que fazesà tarde?

Geralmente o que fazesa esta hora?

No próximo é meu e estás

convidado a festa anos.

A minha é a seguinte:

Rua Rosas, 10 Lisboa.

Não faltes!

de para

número

das

o morada aniversáriosábado

minha

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO

8. Escrever uma carta ou mail.

Na sua última carta (no seu último mail), o teu correspondente português faz perguntas sobre a forma como está organizada a escola que frequentas. Tu vais escrever-lhe uma carta (ou mail) (60 a 80 palavras) em que dás informações sobre:

- os dias em que tens aulas;

- a que horas começas as aulas e a que horas terminas;

- quantas horas de aulas tens por dia;

- quantas disciplinas estudas e quais são;

- quais são as tuas disciplinas preferidas;

- há quantos anos estudas português e em que ano começaste a estudar esta língua;

- quais os períodos em que há férias escolares.

7. Com base no calendário escolar, fazer um plano do que pretendes fazer nas férias do Natal, da Páscoa, do Verão,...

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO B1PÚBLICO: 11 - 14 anos

TEMA: Eu e a Escola

1. Fazer um mapa dos principais acontecimentos da vida escolar. Além de estar escrito em português, o texto deve ser também traduzido nas outras línguas e afixado.

2. Trabalho de grupo: O homem da figura A quer ir à vossa escola: Quem é? Como está vestido? O que é que faz? O que é que vai fazer? O que é que tem dentro da mala?

3. Cada grupo escreve uma pequena história sobre esta personagem que posteriormente será lida à turma/turmas.

Fig. A

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31

SUGESTÕES DE TRABALHO

Fig. C

4. Conversa telefónica.

• Dizer qual será o tema da conversa na Fig. B. • Seleccionar a, b ou c para continuar a conversa.

a. O professor disse que…

b. O director mandou que...

c. Sabes o que é que aconteceu?...

5. Com a ajuda do professor ou de outros suportes de apoio, seleccionar uma canção portuguesa.

a. Fazer o levantamento do vocabulário que ocorre na canção. Ilustrá-la através de imagens fotográficas. b. Formar um pequeno coro e cantar a canção estudada (e outras canções portuguesas).

6. A partir da imagem (Fig. C) contar uma história. Descrever as pessoas, o acontecimento, as emoções e os sentimentos.

Fig. B

Page 32: QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO

7. Com base na imagem (Fig. D), contar uma história. Reorganizar todas as informações para uma peça de teatro.

8. Descrever e comentar a última visita de estudo que tenhas feito. Propor novas visitas de estudo.

Fig. D

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Vida escolar

1. Informar-se do que é necessário para ter a profissão que deseja, ou fazer o curso que pretende. Elabore juntamente com os outros colegas uma pequena brochura que inclua as actividades e profissões seleccionadas.

2. Discutir as qualidades necessárias para exercer as seguintes profissões: professor, actor, bombeiro, médico, enfermeiro, controlador aéreo, empregado de café....

3. Escolher uma profissão. Responder, por escrito, a um anúncio de oferta de emprego.

4. Com base na imagem, e com os apoios que considere necessários, descreva o sistema educativo português e compare-o com outro sistema que conheça.

5. Com base nas pesquisas realizadas, descrever uma história de vida (pode ser real ou retirada da leitura de um livro ou do visionamento de um filme).

6. Este é um princípio de uma história tradicional. Continuar a escrevê-la e dar-lhe um final.

“Era uma vez uma velhinha que vivia só, na sua casinha de aldeia.

Certo dia, recebeu uma carta da sua neta, que vivia numa terra distante.

A carta trazia-lhe uma grande alegria – a neta ia casar-se e convidava a avozinha

para assistir ao seu casamento.

Tão contente ficou que se pôs logo a caminho, para não chegar atrasada.......”

Adaptado de: http://www.minerva.uevora.pt/contos/corre.htm

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO C1PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Projectos escolares

1. Organizar um projecto cuja finalidade seja a construção de um guia para a mediação intercultural na escola que frequenta.

2. Organizar um debate e apresentar conclusões sobre a identificação e resolução de conflitos entre pessoas de culturas ou gerações diferentes.

3. Seleccionar um tema actual, ver na imprensa o seu tratamento e apresentar conclusões.

4. Seleccionar três grandes temas que constituam uma questão global, como as alterações climáticas e catástrofes naturais. Pesquisar sobre os temas seleccionados e apresentá-los

de forma reflexiva com propostas para mudança da situação.

5. Preencher a árvore dos amigos com as palavras que faltam.

6. Preparar uma festa intercultural na escola, onde estejam representados os países de todos os alunos.

7. Pesquisar na Internet mapas, tradições dos países representados. Organizar o espaço onde haja comida típica e também representação de símbolos, objectos, etc.

Adaptado de: http://web.educom.pt/pr1305/natal_quisera.senhor.htm

PALAVRASaqueles, querer, ficam, encontro, antigos, longe, bolas, árvore, Natal, amigos, dia, difíceis, conheço, importantes, vida, raízes, coração, agradáveis, amizade.

Page 35: QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Tempos livres

1. Tempos livres:

2. Fazer um quadro com os tempos livres de cada elemento da turma e expor na sala de aula.

O que é que eles estão a fazer?

a. O Paulo está a ouvir música.

b. A Maria e a Joana .

c. O António e a Ana .

d. A Sara .

e. O João .

f. A Sofia .

g. O Miguel .

h. O Luís .

a.

e.

b. c.

g.

d.

h. f.

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QuaREPE TAREFAS, ACTIVIDADES, EXERCÍCIOS E RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO | 11

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SUGESTÕES DE TRABALHO

Educação Física, 9-11h Língua Portuguesa, 11h-13h

Língua Portuguesa, 11h-13hTeste de Matemática, 15h-17h. Lanchar com os avós, 17.30h. Estudar, 19h. Jantar, 20h

Ciências, 9-11h

Ciências, 9-11h

Estudar, 15h-17h

Matemática, 9-11hIr ao cinema, 15h-17h

Ida ao dentista, 15h-17h

Sair com os amigos, 17.30h

Natação, 11h-13h

Natação, 17.30h

3. Consultar a agenda da Fernanda.

A Agenda da Fernanda

4. Organizar a própria agenda e sublinhar o tempo para estudar e o espaço para os tempos livres.

5. Escrever o que fizeste de mais importante no fim-de-semana passado e comparar com o dos colegas.

a. Completar os espaços em branco com o que acharem necessário.

b. Responder ao seguinte pedido de informações:

• Em que dias e a que horas ela tem a aula de língua portuguesa?

• Em que dia é a consulta do dentista?

• Quando é o teste de matemática?

• Quanto tempo dura o teste de matemática?

• Quantas vezes tem natação por semana?

• Em que dia a Fernanda vai sair com os amigos?

• A que horas vai lanchar com os avós?

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SUGESTÕES DE TRABALHO A2PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Tempos livres

1. Fazer uma banda desenhada sobre os tempos livres da turma.

2. Fazer um pequeno inquérito aos pais ou amigos mais velhos sobre a forma como passam os tempos livres, organizar a informação e comparar com os tempos livres dos colegas da escola. Apresentar os resultados em quadro.

3. Organizar um pequeno roteiro ilustrado (com base na Internet ou outras fontes) sobre os locais em Portugal que queres visitar.

4. Escrever uma lista das roupas que vais levar para umas férias na neve ou para umas férias na praia.

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 11 - 14 anos

TEMA: Tempos livres

1. Descobrir os lugares que a Lúcia vai ver nas próximas férias em Portugal, identificá-los e fazer uma breve pesquisa sobre eles, apresentando, de seguida, o texto oralmente.

2. Organizar uma viagem virtual ao Norte ou ao Sul de Portugal e procurar locais de interesse. Informar-se acerca do preço da viagem, das pousadas, dos hotéis e das festas que há na zona.

3. Fazer uma exposição dos planos de viagem.

4. Escrever um postal.

 

Estás finalmente de férias. Escreve um postal a contar a tua chegada (hora e local), qual o meio de transporte utilizado para chegar ao local de férias e as tuas primeiras impressões.

 

a.

c.

b.

d.

e.

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Tempos livres

1. Pesquisar os eventos culturais em Lisboa durante o mês de Abril.

2. Sugerir um evento semelhante na escola, fazer um orçamento e um programa do evento.

3. Organizar um pequeno festival de cinema português. Seleccionar os filmes e fazer um pequeno resumo de cada um deles.

4. Fazer o levantamento, através de questionário, do que as pessoas sabem de Portugal e dos

portugueses.

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SUGESTÕES DE TRABALHO C1PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Tempos livres

1. Ler a lenda que se transcreve, fazer um resumo com uma linguagem mais acessível e ilustrá-la para que possa ser lida e apresentada aos níveis etários mais baixos.

Lenda das Sete Cidades

Conta a lenda que o arquipélago dos Açores é o que hoje resta de uma ilha maravilhosa e estranha onde

vivia um rei possuidor de um grande tesouro e uma imensa tristeza por não ter um filho que lhe sucedesse

no trono. Esta dor tornava-o amargo com a sua rainha estéril e cruel com o seu povo. Mas uma noite, pe-

rante os seus olhos, desceu uma estrela muito brilhante dos céus que, aos poucos, se foi materializando

numa mulher de beleza irreal, envolta em luz prateada. Com uma voz que mais parecia música, essa mul-

her prometeu-lhe uma filha bela como o sol, sob a condição que o rei expiasse a sua crueldade e injustiça

através da paciência. O rei teria que construir um palácio, rodeado por sete cidades cercadas por muralhas

de bronze, que ninguém poderia transpor. A princesinha ficaria aí guardada durante trinta anos, longe dos

olhos e do carinho do rei. O rei aceitou o desafio. Decorreram 28 anos e com eles cresceram a impaciência

e o sofrimento do rei, que um dia não aguentou mais. Apesar de ter sido avisado que morreria e que o seu

reino seria destruído, o rei dirigiu-se às muralhas, desembainhou a espada e nelas descarregou a sua fúria.

A terra estremeceu num ruído terrível e das suas entranhas saíram línguas de fogo, enquanto que o mar

se levantou sobre a terra e a engoliu. No fim de tudo, restaram apenas as nove ilhas dos Açores e o palácio

da princesa, transformado agora na Lagoa das Sete Cidades, dividida em duas lagoas: uma verde como o

vestido da princesa e a outra azul da cor dos seus sapatos.

2. Pesquisar histórias, lendas e fábulas e construir um dossiê temático.

3. Seleccionar quatro provérbios em português e tentar ver a sua correspondência noutras línguas, fazer a mesma actividade para quatro expressões idiomáticas, compará-las linguística e culturalmente.

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Higiene e Saúde - Alimentação

1. Com a ajuda do vocabulário e de outros suportes de apoio, escrever o que é que a Wang, o Taisir, o Arlindo, o Pedro, a Francisca e a Isabel gostam de comer ao pequeno-almoço.

2. Registar algumas das coisas que fazes durante um dia de aulas. Completar as frases com a ajuda dos elementos da caixa.

Wang Taisir Arlindo Pedro Francisca e Isabel

Levanto-me _________________.

Tomo o ____________________ às 8h00.

Começo as _________________ às 8h30.

___________________________ às 12h30.

Chego a ____________________ às 16h45.

Faço os trabalhos de casa _____________.

___________________________ às 20h00.

___________________________ às 21h30.

às 17h30

almoço

deito-me

às 7h30

aulas

janto

pequeno-almoço

casa

iogurtebolachas

leite frutaqueijo arroz

camarão

torradas

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SUGESTÕES DE TRABALHO

3. Depois de ler a receita, sublinhar os ingredientes necessários para fazer arroz doce.

4. Geralmente onde é que podemos comprar? Seguir o exemplo.

5. Com a ajuda do professor e de recursos auxiliares, seleccionar três pratos tradicionais portugueses. Seleccionar pratos tradicionais das culturas presentes e apresentar ementas mistas.

6. Com base nas imagens, dizer a fruta preferida e fazer uma salada de fruta.

Ingredientes

1 chávena de chá de arroz, arroz lavado 3 ovosfarinhapão4 chávenas de chá de leite1 chávena de açúcar1 colher de sopa de canela

livros

cadernos

flores

sapatos

perfumes

canetas

pão

borrachas

ReceitaMisturar o arroz com o leite numa panela, levar ao lume e deixar ferver. Baixar o lume e cozinhar, mexendo sempre com uma colher de pau por cerca de 50 minutos. Acrescentar mais leite se necessário. Acrescentar o açúcar, misturar bem e tirar do lume. Colocar o arroz doce numa travessa, pôr canela e servir.

papelaria

sapataria

padaria

florista

livraria

perfumaria

a.

f. g. h. i.

b. c. d. e.

7. Seleccionar alimentos para fazer o prato favorito. Fazer um quadro de toda a turma com as preferências alimentares ou pratos favoritos.

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 8 – 10 anos

TEMA: Higiene e Saúde - Alimentação

1. Ler o quadro Q1 e, com a ajuda do dicionário, compreender as palavras novas, pesquisar o valor nutritivo de outros frutos e fazer um quadro semelhante.

2. As imagens simbolizam festas tradicionais celebradas em muitos países europeus. Identificar as épocas festivas e propor um prato para cada uma delas.

Q1 Curiosidades sobre frutas e suas indicações

Fonte: Embrapa/Ceagepe http://www.casadolavrador.com.pt/view/134.html

b. c.

d.a.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

4. Sopa de letras. Encontrar os nomes de alimentos na sopa de letras.

(Soluções: chocolate, pão, morango, açúcar, laranja, queijo, batata, tomate, amêndoa, cenoura, manteiga, azeite, leite.)

Ingredientes:abóbora;açúcar;nozes;um pau de canela.

Na segunda-feira levámos para a escola abóboras, nozes, açúcar e frascos para fazermos doce de abóbora na sala de aula.

Cortámos a abóbora aos bocadinhos, tirámos-lhe a casca e fomos pesá-la.

Deitámos água na panela e a abóbora ficou a cozer até a hora da saída.   No dia seguinte, juntámos o açúcar e o pau de canela à abóbora, mexemos e deixámos ferver durante muito tempo.

Por fim, adicionámos as nozes. Quando o doce ficou pronto, enchemos os frascos e comemos um bocadinho cada um. O doce ficou delicioso.

Juntar 600g de açúcar.Juntar os pauzinhos de canela.Adicionar as nozes.Pôr o doce nos frascos.Colocar as tampas nos frascos.

Doce de abóbora (pesquisar na Internet): http://web.educom.pt/pr1305/outono07.htm)

C P M O R A N G O A H A C U C A R E M Z O O L A R A N J A E C Q U E I J O E C I O A Q N I P H I A T L M A B A T A T A E A T O M A T E E L R T A M E N D O A H F E G C E N O U R A C M A N T E I G A V B

 

3. Ler o texto. Explicar oralmente como se faz o doce de abóbora. Procurar na Internet outras receitas e fazer dossiês temáticos de sopas, doces, peixe, carne. Cada grupo deve ficar responsável por um prato no final do ano.

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 11-14 anos

TEMA: Higiene e Saúde

1. Observar a imagem da nova roda de alimentos. Especificar o nome de três ou quatro alimentos dos grupos em que é necessário consumir mais de três porções diárias. Com base nesta roda de alimentos, estabelecer uma ementa diária.

3. O quadro (Q2) indica os principais erros na alimentação de alguns jovens. Escolher quatro dos erros que considerar mais graves e dar alguns conselhos para uma alimentação mais equilibrada.

2. Fazer em grupo uma ementa saudável e variada que possa ser afixada na cantina da escola.

 

Q2 Principais erros na alimentação dos jovens:

• A maior parte dos inquiridos raramente come sopa.

• Um quarto dos alunos raramente consome fruta após as refeições.

• A grande maioria dos alunos inquiridos, que lancham na escola, escolhe bolos ou comida das máquinas.

• Os refrigerantes são a segunda bebida mais consumida pelos jovens da nossa comunidade escolar.

• Segundo a roda dos alimentos, o sector que deve ser mais consumido é o dos cereais, seus derivados e tubérculos. Contudo, o sector mais consumido é o da carne, pescado e ovos.

• Um dos sectores menos consumidos é o das hortícolas, o qual deveria ser um dos mais consumidos.

Fonte: http://www.esramada.pt/pt/alunos/alimsau/principais_erros.htmConsultar: http://www.min-saude.pt/portal/conteudos

A roda dos alimentos é composta por sete grupos de alimentos de diferentes dimensões que indicam, precisamente, a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária:

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SUGESTÕES DE TRABALHO

O tabaco é um dos maiores inimigos da sua saúde.A saúde é um estado de bem-estar e não apenas a ausência de doença ou incapacidade.

O estado de saúde é determinado por quatro factores: a biologia humana, o ambiente, o sistema de saúde e o estilo de vida - comportamento saudável.

O estado de saúde depende em muito de comportamentos saudáveis: não utilizar drogas (lícitas ou ilícitas), alimentar-se correctamente, conduzir com prudência, controlar o stress, praticar exercício físico.

O impacto negativo do tabaco está bem estabelecido, na medida em que afecta directamente a qualidade de vida.

Os primeiros cigarros fumados têm consequências negativas para a saúde, bastam sete segundos para a nicotina atingir o cérebro, estimulando os neurónios.

As complicações incluem: a ocorrência de vertigens, olhos a chorar, as mãos a tremer, os músculos tensos, enjoo, alteração no gosto e no cheiro, aumento da pressão sanguínea.

Investigações comprovam que fumar, mesmo que seja só um cigarro, pode trazer graves consequências para a “saúde do seu coração”, podendo, inclusivamente, resultar numa diminuição da capacidade respiratória.

Fumar, mesmo que seja apenas um cigarro, pode provocar uma mudança na função principal de bombeamento do coração.

As vantagens de não fumar incluem: bem-estar, respirar sem problemas e sem tosse, hálito agradável, dentes e dedos sem manchas amarelas, cheirar a limpo.

Fumar é um dos principais comportamentos perniciosos para a saúde.

Fonte: http://www.minerva.uevora.pt/publicar/wq_fumar/tabagismo.htm

4. Ler o texto O Tabagismo e a Saúde. Resumir os malefícios do tabaco e construir um cartaz.

O Tabagismo e a Saúde

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 11-14 anos

TEMA: Higiene e Saúde

Minipalavras cruzadas

Soluções

Verticais1. É utilizado para fazer cerveja.2. É um fruto; é vermelho.5. As crianças bebem-no desde

o nascimento; é branco.6. É um fruto tropical, também

produzido nos Açores.10. É uma bebida muito

apreciada em Portugal e no Brasil, país onde é produzido em grande quantidade.

Horizontais3. É um fruto grande e amarelo,

parecido com a laranja.4. É produzido pelas abelhas e é muito doce.7. É o fruto da oliveira; quando

está madura é preta, mas as de Elvas são verdes.8. Vou dar-te isto; é para...9. É feito com leite e comemos

com pão.11. Frutos do pomar; são verdes,

amarelas ou vermelhas.

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SUGESTÕES DE TRABALHO B2PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Higiene e Saúde - Vida Saudável

1. Apresentar um desporto favorito, falar das regras desportivas e das características de quem o pratica.

Apresentar alguém que seja conhecido no desporto seleccionado.

2. Identificar os desportos de a) a d).

3. Ler os “Benefícios da Actividade Física” para o organismo. Fazer um cartaz apelativo e convincente

para a prática de desporto.

4. Com base em suportes de apoio, fazer a história duma modalidade de desporto.

5. A partir da biografia de atletas portugueses, seleccionar um atleta e apresentá-lo aos outros colegas.

Benefícios da Actividade Física

A actividade física realizada na maioria dos dias da semana melhora a saúde nos seguintes aspectos,

segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):

• Reduz o risco de morte prematura.

• Reduz o risco de morte por doença cardíaca.

• Reduz o risco do desenvolvimento de diabetes.

• Reduz o risco do desenvolvimento de hipertensão arterial.

• Auxilia na redução do nível de hipertensão nas pessoas que já a possuem.

• Reduz o risco do desenvolvimento do cancro de cólon.

• Reduz sentimentos de depressão e ansiedade.

• Auxilia o controlo de peso.

• Ajuda a construir e manter saudáveis ossos, músculos e articulações.

• Ajuda os idosos a tornarem-se mais fortes e mais aptos a locomoverem-se sem cair.

• Promove bem-estar psicológico.

a. b. c. d.

Fonte: http://www.hoops.pt/desporto/saudedesp.htmConsultar: http://sitio.dgidc.min-edu.pt/saude

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SUGESTÕES DE TRABALHO PÚBLICO: 15 anos ou +

TEMA: Higiene e Saúde - Saúde Pública

1. Ler o texto sobre a prevenção da gripe. Sintetizar o texto e completar com outras informações sobre a importância da vacinação na gripe.

2. Com base na informação do quadro, construir um folheto informativo sobre a importância da vacinação.

3. Seleccionar três países para visitar e ver se são necessárias medidas especiais de saúde.

4. A partir do texto, organizar uma mesa redonda sobre natalidade e envelhecimento da população. Escrever as conclusões e expô-las a outros grupos.

“O índice de natalidade em Portugal atingiu, no ano passado, um valor mínimo, acentuando, ainda mais, a tendência de envelhecimento da população. Embora o saldo entre nascimentos e óbitos ainda seja positivo”.

A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual antes de iniciar o Inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. A sua efectividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis – isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protectores após a imunização (vacina-ção). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença, como as hospitalizações e as mortes.

todas as pessoas com 50 anos ou mais

pessoas adultas ou com mais de 6 meses de idade portadoras de doenças crónicas do coração, pulmões ou rins

diabéticos e pessoas com doenças da hemoglobina (do sangue)

pessoas com cancro, infecção pelo HIV, transplantados de órgãos ou que receberam corticóides, quimioterapia ou radioterapia

trabalhadores da área da saúde

familiares e pessoas que lidam com indivíduos com alto risco de ficarem doentes

gestantes no segundo ou terceiro trimestre durante época do ano em que a gripe é frequente ou grávidas que tenham alguma condição médica que represente um maior risco de complicação após uma gripe

crianças entre 6 meses e 18 anos que fazem uso de ácido acetilsalicílico a longo prazo.

Adaptado de: http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=515497

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SUGESTÕES DE TRABALHO

RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

I - Lê os avisos A, B, C, D e E.

Lê as frases 1, 2, 3, 4 e 5. Os avisos e as frases têm a mesma informação, mas escrita de forma dife-rente.

Tens de escrever à frente de cada frase a letra do aviso que diz a mesma coisa.

Frase 1 Este filme não é para crianças. AVISO: ____ Frase 2 Não podes entrar depois das 19h. AVISO: ____Frase 3 Não podes beber esta água. AVISO: ____Frase 4 Não podes nadar aqui. AVISO: ____Frase 5 Há novos horários. AVISO: ____

AvisoA

AvisoB

AvisoC

AvisoD

AvisoE

PROIBIDO BEBER ÁGUA

PROIBIDO NADAR NO LAGO

Museu dos CochesAbertura – 10h00

Última entrada – 19h00Encerramento – 20h00

BIBLIOTECA MUNICIPAL

NOVOS HORÁRIOS

HORÁRIOS PARA TODOS

Cinemas Lusomundo Fórum Almada

Sala 3: AmáliaMaiores de 16 anos

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SUGESTÕES DE TRABALHO

II - Lê o seguinte texto.

III - Ao lado de cada texto há três frases. Lê cada um dos textos. Depois lê as frases sobre os textos e escreve a letra da frase certa na linha.

Praia do Baleal - PenicheManhãs de JulhoGinásticaGinástica de manutenção.Praia do Baleal – PenicheAos sábados também há futebol de praia.

AVENTURAS EM VIAGENS - RTP 2As aventuras em viagens contadas a todos.O que fazer quando o dinheiro acaba?Como pedir ajuda?

de 2.ª a 6.ª feira das 19h às 19.30h

Fins-de-semana com Ecologia e Multimédia (FSEM)Programa de ocupação de tempos livres, durante os fins-de-semana, destinado a jovens dos 12 aos 15 anos.Locais de Inscrição: Centros da JuventudeInformações: 707 20 30 30

1. Qual é a frase certa? A. Podes fazer ginástica na praia à tarde. B. Aos sábados há um campeonato de natação. C. Podes fazer ginástica na praia aos sábados de manhã.

A frase certa é

3. Qual é a frase certa? A.“Aventuras em vIagens” é um programa da RTP2. B. “Aventuras em viagens” é um programa transmitido

só às 6.ª feiras. C. “Aventuras em viagens” são contadas a alguns.

A frase certa é

2. Qual é a frase certa?A. O programa FSEM é destinado a jovens com mais

de 16 anos.B. As inscrições para o programa FSEM são feitas por

telefone.C. O FSEM é um programa de ocupação de tempos

livres.

A frase certa é

Olá! O meu nome é Joana. Tenho 8 anos. Moro em Lisboa com os meus pais e o meu irmão Rodrigo.A minha escola fica perto da minha casa. Estou no 3º ano. A minha professora chama-se Ana.Eu gosto de estudar. Gosto muito de Matemática.Na minha escola, praticamos Educação Física e aprendemos Música e Inglês.

Escolhe a resposta correcta.

1. O nome da menina é A. Ana. B. Maria. C. Joana.

4. A menina tem A. seis anos. B. oito anos. C. nove anos.

2. A menina mora com A. os pais. B. os pais e o irmão. C. os avós.

5. A escola da menina fica A. perto da sua casa. B. longe da sua casa. C. ao lado da sua casa.

3. A menina está no A. 2.º ano. B. 3.º ano. C. 4.º ano.

6. A menina gosta muito de estudar: A. Matemática. B. Português. C. Ciências.

7. Na escola os alunos também aprendem: A. Inglês e Música. B. Francês. C. Olaria

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SUGESTÕES DE TRABALHO

IV - Lê o texto.

Completa as frases 1 a 5 com a resposta certa. Escreve A, B ou C no .

1. Na escola da Catarina há A. um clube de vídeo.B. um clube de línguas.C. um clube de teatro.

2. Os alunos que fazem parte do grupo “Detectives” A. só falam uma língua.B. falam duas línguas.C. falam três ou mais línguas.

3. A Festa das Línguas vai ser A. em Maio.B. em Junho.C. em Julho.

4. A Festa das Línguas A. é só para os alunos do Clube de Línguas.B. é só para os alunos da escola.C. é para os alunos, para os pais e para os professores.

5. No dia da festa, os alunos vão aprender A. a dançar.B. a cozinhar.C. a cantar canções em várias línguas.

A minha escola tem um Clube de Línguas. Podem fazer parte do clube todos as pessoas que gostam de línguas.

Eu já me inscrevi e agora sou membro de um grupo que se chama “Detectives”. Todos os alunos deste grupo falam pelo menos três línguas. O nosso trabalho é encontrar pessoas que falam línguas diferentes do português. Depois, algumas dessas pessoas podem ensinar línguas no Clube e noutras escolas.

O Clube também vai fazer uma festa na escola em Junho: a Festa das Línguas. Vamos convidar muitas pessoas: os professores, os alunos de toda a escola e os pais. Vai haver um concurso com comida típica de vários países.

O Clube convidou alguns cantores que vão ensinar aos alunos da escola canções em várias línguas.No Clube de Línguas, eu gosto de falar sobre o meu país. Posso falar a minha língua e também posso

aprender outras línguas.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

V - Lê o texto.

Completa as frases 1 a 5 com a resposta certa. Escreve A, B ou C no .

1. No Jardim Zoológico, A. os animais têm uma vida má.B. há uma zona com golfinhos.C. os animais são mal tratados.

2. A Joana A. ajuda a tratar dos golfinhos.B. tem um golfinho.C. recebe dinheiro para tratar dos animais.

3. O Jardim Zoológico tem um problema A. não tem espaço suficiente para os animais.B. não tem dinheiro para tratar bem dos animais.C. não pode fazer nada para chamar a atenção das pessoas.

4. Numa das actividades, os visitantes A. podem vender os animais.B. podem comprar os animais.C. podem adoptar um animal.

5. Agora, os animais do Jardim Zoológico A. andam mais felizes.B. estão mais tempo sozinhos.C. estão muito doentes.

No Jardim Zoológico, os animais têm cada vez melhores condições: dormem em lugares muito limpos, têm uma boa alimentação, têm bons veterinários que os tratam quando eles têm algum problema de saúde e quase nunca estão sozinhos. Esta é a opinião da Joana. Os amigos dela pensam a mesma coisa. A Joana e os amigos trabalham no Jardim Zoológico, na zona dos golfinhos. Ela faz este trabalho desde os 15 anos sem ganhar nada. É voluntária. Quando os visitantes chegam, a Joana e os amigos explicam o espectáculo: o que os golfinhos fazem e como as crianças podem participar. Todos acham que este grupo de jovens tem um trabalho muito importante.

Mas há um problema: tratar bem dos animais é muito caro e o Jardim Zoológico não tem dinheiro. Por isso, pensaram em várias actividades para chamar a atenção das pessoas para este problema. Por exemplo: os visitantes, adultos ou crianças, podem adoptar um dos animais do Jardim Zoológico. Pagam 5€ por mês e podem estar com o animal adoptado uma hora por semana. Muitas pessoas já adoptaram um animal. Agora, os animais estão mais contentes.

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

I - Lê o texto que a Joana escreveu.

Este ano, a minha escola organizou um projecto que se chama Ler, Escrever, Inspirar. Este projecto é para alunos e professores e a ideia é trazer adultos à escola para melhorar o contacto entre os alunos, os professores e as pessoas que trabalham em empresas da nossa cidade. Estas pessoas têm profissões diferentes e lêem para os alunos uma vez por semana. São os leitores. Cada aluno tem um leitor. O aluno escolhe um texto e o leitor lê.

O projecto incluiu a realização de um filme. Em cada turma, os alunos escreveram uma história. A seguir, veio um realizador de cinema que explicou como se faz um filme. Como na nossa turma há alunos de países diferentes, fizemos cinco filmes com histórias dos nossos países.

Na próxima semana, vai haver um espectáculo para apresentação dos filmes e para escolher os melhores. Os alunos que ganharem vão passar um fim-de-semana numa escola de cinema e vão conhecer actores famosos da televisão e do cinema.

Este projecto vai continuar no próximo ano e, durante as férias, vou escrever algumas histórias para apresentar aos meus amigos e professores. Acho que não vou ficar muito tempo em casa. Quero fazer muitas coisas durante as férias para depois ter muitas histórias para contar a todos.

Completa as frases 1 a 5 com a resposta certa. Escreve A, B ou C no .

1. Na escola da Joana, A. vai haver novos professores que vêm de empresas.B. há um projecto novo para ligar a escola às empresas da zona da escola.C. o projecto Ler, Escrever, Inspirar é só para alunos.

2. No projecto Ler, Escrever, Inspirar, A. participam pessoas que têm a mesma profissão.B. as pessoas das empresas vão à escola duas vezes por semana.C. as pessoas lêem os textos que os alunos escolhem.

3. A turma da Joana A. fez um filme.B. fez cinco filmes.C. não fez nenhum filme.

4. Os alunos que ganharem os primeiros prémios

A. vão fazer um filme com actores da televisão.B. vão fazer um curso com actores do cinema.C. vão passar um fim-de-semana numa escola de cinema.

5. Nas férias, a Joana

A. quer escrever algumas histórias.B. quer ficar em casa.C. vai passear com os amigos e professores.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

II - Lê o texto.

Responde às perguntas sobre o texto.

1. Por que razão é que o Horácio andava atrás das pessoas?

2. O que é que o Horácio fez quando entrou em casa da senhora?

3. Porque é que o Horácio estava na rua quando os donos não estavam em casa?

4. Onde é o que Horácio estava quando os donos chegaram do fim-de-semana?

O gato Horácio um dia deixou a casa onde vivia e foi viver para a rua. Agora tem outra vez uma casa. Quando vivia na rua, andava atrás das pessoas para ver quem queria ficar com ele.

Um dia, seguiu uma senhora, entrou com ela em casa e sentou-se numa cadeira da sala. Não dormiu lá em casa, mas, no dia seguinte, voltou e já havia comida e um cesto só para ele. O Horácio foi dormir e ficou a viver naquela casa.

Uma vez, os donos saíram durante o fim-de-semana e deixaram-no sozinho. A janela da varanda ficou aberta para ele poder apanhar sol. No sábado à noite, o Horácio saltou para a rua e só apareceu de manhã. Começou a miar à porta do prédio. Queria entrar. Uma senhora que mora no prédio abriu a porta e ele correu para o tapete da porta da casa dele. Como os donos não estavam, deitou-se no tapete à espera. No domingo à noite, os donos tiveram uma grande surpresa quando chegaram a casa: o Horácio não estava dentro de casa, mas estava a dar as boas-vindas na escada!

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SUGESTÕES DE TRABALHO

III - Lê o texto.

Eu sou o Francisco. Ando numa escola que não é longe de casa. De manhã, vou para a escola a pé com o meu pai e depois ele vai trabalhar. A minha sala é no 1.º andar da escola. Na minha turma há 22 alunos.

A Joana e o Pedro são os meus melhores amigos. Eles são irmãos e passo muito tempo em casa deles. Gosto de aprender português e inglês. Também gosto de Matemática e de Ciências.

O que acho mais divertido é ajudar no projecto da escola: “VAMOS APOIAR O Jardim Zoológico”. Na escola, temos aulas com uma pessoa do Jardim Zoológico que nos explica como vivem os animais, o que comem, há quanto tempo lá estão, como são tratados. Depois destas aulas, uma vez por semana, os alunos da escola vão ao Jardim Zoológico fazer visitas guiadas com os turistas e explicam-lhes o que aprenderam na escola. Os turistas podem ser acompanhados por um aluno da escola numa visita guiada ao Zoo e pagam um euro por essa visita. Também dizemos algumas coisas em inglês, quando os visitantes não falam português. No fim das visitas, os turistas escolhem o animal de que mais gostaram e o euro vai para o cofre do animal. Esse dinheiro é para cada animal ter uma casa melhor e melhor comida.

Completa as frases 1 a 5 com a resposta certa. Escreve A, B ou C no .

1. O Francisco mora A. perto da escola.B. longe da escola.C. no 1.º andar da escola.

2. O Francisco A. é irmão da Joana e do Pedro. B. é amigo da Joana e do Pedro.C. é pai da Joana e do Pedro.

3. O que o Francisco acha mais divertido é A. aprender português e inglês.B. ensinar palavras na língua dele.C. ajudar no projecto “Vamos apoiar o Jardim Zoológico”.

4. Os alunos da escola do Francisco A. têm as aulas no Jardim Zoológico.B. aprendem como vivem os animais.C. têm aulas uma vez por semana.

5. No Jardim Zoológico, A. os alunos da escola fazem visitas guiadas com os turistas.B. os turistas explicam aos alunos como vivem os animais.C. os alunos escolhem o animal de que mais gostam

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SUGESTÕES DE TRABALHO

IV - Lê as 5 mensagens. Ao lado há 3 frases para cada mensagem. Só uma é verdadeira. Escreve a letra da frase verdadeira no quadro de respostas.

Mensagem 1Mãe, Fui para casa do Bruno. Acho que vou jantar lá. Até que horas posso lá ficar? Também vão o Pedro e a Ana. Vamos estudar e depois jogamos.João

Mensagem 2Olá João, no mês passado emprestei-te o meu livro de exercícios de Inglês. Mas na próxima 6.ª feira vou ter um teste e preciso de estudar. Podes dar-me o livro amanhã?Ana

Mensagem 3Pedro,Não há nada para comer em casa. Vai à loja e compra cenouras, couve e feijão. Vou fazer sopa. Podes convidar o teu amigo Jorge para jantar.Mãe

Mensagem 4Teresinha,Saíste de casa de manhã e esqueceste-te das chaves. Eu não vou estar em casa todo o dia. Deixei as chaves para ti na casa da Dona Odete. Ela sabe que voltas às 4.Mãe

Mensagem 5Mafalda,O teu quarto está muito desarrumado. Arruma tudo ainda hoje à tarde. Quero a casa limpa porque à noite vem a tia. Vai ficar connosco cinco dias.

A. O João não vai jantar em casa do Bruno.

B. O João vai dormir em casa do Bruno.

C. O João e o Bruno vão estudar e também vão jogar.

A. A Ana emprestou o livro de Inglês ao João no ano passado.

B. A Ana vai ter um teste de Inglês.

C. A Ana pede para o João lhe dar o livro depois do teste.

A. A mãe do Pedro quer cozinhar.

B. Na casa do Pedro existem todos os produtos necessários para fazer a sopa.

C. A mãe do Pedro não quer o Jorge em casa.

A. A Teresinha saiu de casa e levou as chaves com ela.

B. A mãe da Teresinha vai estar em casa da Dona Odete.

C. A mãe deu as chaves à D. Odete para a Teresinha poder entrar em casa.

A. No quarto da Mafalda nada está em ordem.

B. A tia da Mafalda chega à tarde.

C. A tia fica em casa da Mafalda durante uma semana.

Mensagens Frase verdadeira

12345

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

I - Lê o texto.

Lê as frases sobre o texto e identifica as que são verdadeiras e falsas de acordo com o sentido do texto.

2. Quando os caçadores apareceram, os esquilos não fugiram.

3. Os esquilos não fizeram nada aos homens.

4. A ideia do esquilo corajoso salvou a floresta.

1. O esquilo vivia com os amigos dele.

Era uma vez um esquilo que vivia em grupo, numa floresta onde os animais eram amigos dos seus amigos. Naquela floresta nunca tinha havido problemas, até que um dia apareceram uns caçadores que começaram a caçar. Os animais fugiram. Alguns dias depois de os caçadores se irem embora, os esquilos e os outros animais voltaram a aparecer. Passados alguns meses, foi a vez de surgirem umas pessoas para fazerem obras. Começaram a derrubar todas as árvores, mas o esquilo e os outros animais reuniram forças e iniciaram o ataque aos homens. Claro que tudo tinha sido ideia do esquilo corajoso. Assim, nenhum homem voltou lá para destruir a floresta e os animais nunca mais tiveram problemas.

V F

Adaptado de: http://amagiadaescrita.blogspot.com/

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

II - Lê o texto. Cada parte tem uma letra.

O comboio já partiu: 120 jovens, entre os 14 e os 17 anos, vão ter a oportunidade de visitar algumas cidades em Portugal, de comboio e veleiro. Uma iniciativa no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

Vieram de Angola, Bielorússia, Brasil, Cabo Verde, Dinamarca, Estados Unidos da América, Guiné-Bissau, Hungria, Luxemburgo, Moçambique, Moldávia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Senegal, Ucrânia, Venezuela.

Esta iniciativa inovadora chama-se Expresso das Nações e prende-se com o conceito de fazer de um comboio e de um veleiro a casa dos participantes, durante 6 dias, permitindo a convivência através do diálogo intercultural.

O Expresso das Nações leva o grupo de comboio até ao Porto, parando em Óbidos, Leiria e Aveiro. O regresso inicia-se em Matosinhos, com uma paragem em Coimbra e, finalmente, na Figueira da Foz, onde o grupo troca de casa para se dirigir a Lisboa por mar, num veleiro.

Durante a viagem, os jovens participantes (12 instituições juvenis, 32 associações de imigrantes e 20 escolas), liderados por um grupo de 30 monitores, podem participar em inúmeras actividades lúdicas, visitas turísticas, debates, jogos e animação, em conjunto com grupos de jovens locais.

A

B

C

D

E

Lê as frases seguintes e identifica a parte do texto que está relacionada com cada frase. Escreve a letra da parte do texto à frente da frase.

1. A viagem de regresso não se realizou sempre no mesmo meio de transporte.

2. Os jovens vieram de muitos países.

3. O objectivo era promover o convívio entre os jovens.

4. Os jovens eram liderados por três dezenas de monitores.

5. Os jovens eram mais de uma centena.

Frases Parte do texto

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SUGESTÕES DE TRABALHO

III - Lê as opiniões de seis pessoas sobre as vantagens e desvantagens de viver em lugares diferentes. Depois lê as frases sobre as opiniões. Liga cada opinião a uma frase. Completa o quadro com as letras e os números que faltam.

1. Outras pessoas podem viajar com as nossas experiências.

2. Lugares diferentes só nas férias. Não era capaz de viver num sítio e trabalhar noutro.

3. Viver em lugares diferentes é bom para a profissão e para a família.

4. Tenho dúvidas sobre viver em lugares diferentes.

5. O lugar onde se nasce nem sempre é o lugar onde queremos estar.

6. O amor pode transformar a nossa vida.

A. PatríciaEu acho que só há vantagens: não nos cansamos dos lugares e podemos conhecer muitas pes-soas. Podemos escrever relatos para publicar em revistas e toda a gente pode viajar connosco.

C. FranciscoPodemos ter várias experiências profissionais e assim ganhar mais dinheiro. É bom saber como é que se trabalha em países diferentes. Além disso, as viagens são muito importantes para as famílias.

E. Maria Eu sempre disse que queria viver onde cresci. Depois apaixonei-me e agora vivo num país diferente. É muito difícil, mas é uma experiência muito enriquecedora. E “quem corre por gosto não cansa”.

B. JorgeEu vejo algumas desvantagens: deixamos de ter um lugar que é o nosso. Como é com as línguas? Se mudamos sempre de país, em que língua vamos comunicar? É bom viajar, mas viver em lugares diferentes, não sei.

D. CatarinaPara mim, viajar é sinónimo de férias. Gosto de viver onde vivo e não quero mudar de país. Viajo sempre que posso. Há pessoas que vivem num sítio e trabalham noutro. Eu acho isso muito complicado.

F. PedroAgora vivo num país diferente. Também falo a língua e tenho a minha família aqui. Posso dizer que sempre soube que não queria viver onde nasci. Há pessoas que dizem que podemos nascer no país errado.

Vantagens e desvantagens de viver em lugares diferentes

OPINIÕES FRASES

ABCDEF

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

Resumos dos parágrafos:

1. Além de ter perdido a oportunidade de ver toda a gente na tua festa, o que ele queria podia ter ficado para outro dia.

2. O Pedro espera que alguma coisa possa ser feita em casa dele, apesar de parecer que o trabalho tira o tempo para todo o resto.

3. O Pedro teve um imprevisto e acabou por não conseguir estar na festa do Martinho.

4. Mesmo que tudo o que cozinharem acabe por sair mal, têm uma boa desculpa para irem às compras.

5. Nada como ter ideias: perde-se uma festa, arranja-se outra!

Número do resumo

Letra do parágrafo

A

B

C

D

E

Carta

Olá Martinho!Estou a escrever-te para te dizer que não consegui ir à tua festa. Quando estávamos a sair de casa, telefonou o meu pai a pedir que fôssemos ter com ele para tratar de uma coisa urgente.

Espero que tenhas tido uma festa excelente! Não é todos os dias que se faz 18 anos. Fiquei mesmo chateado com o meu pai. Afinal, não era nada de extraordinário e por causa do que disse ao telefone perdemos a tua festa.

Já sei o que vou fazer: vou organizar uma festa de anos cá em casa e tu podes trazer os teus amigos que estiveram na tua festa. Eu convido os meus amigos da escola. Tu tens outra festa de anos e eu ganho uma festa!

Só há um pequeno problema que é necessário resolver: quem faz a comida? Aposto qe a tua mãe fez uma comida óptima! É possível que a minha mãe consiga fazer alguma coisa. Ela ultimamente não faz nada cá em casa. Só trabalha. Dia e noite.

E porque é que não tentamos nós fazer alguma coisa? No pior dos casos, fica tudo queimado. E depois em vez de comer, vamos comprar a comida. Vamos fazer a festa no próximo fim-de-semana. Passa a palavra. Cá em casa às 9h. Pedro

I - Lê a carta. Esta carta tem cinco parágrafos que estão identificados com as letras A, B, C, D e E.Para cada parágrafo da carta apresenta-se um resumo. Identifica o resumo que corresponde a cada parágrafo.

Escreve o número do resumo ao lado da letra do parágrafo.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

II – Lê o seguinte texto.

Quénia, 9 de Fevereiro 2012

Querida Mãe e querido Pai,

Estou com imensas saudades vossas. Já passaram três dias e ainda faltam outros três para voltar para casa. Isto aqui tem sido o máximo! Acampámos todos num pequeno parque muito giro. Ao todo, estão cá cerca de 80 pessoas. Estivemos aqui durante toda a semana. Que pena estar a acabar. Quem me dera ficar cá mais tempo!O primeiro dia foi o pior. Fizemos um voo muito desconfortável. O avião era velho e cheirava a musgo. Sabem aquele cheiro a velho? O avião tresandava a isso. Quan-do chegámos, fomos montar as tendas. Depois arrumámos tudo (tudo quer dizer as bagagens!) lá dentro, fizemos uma refeição leve e fomos dormir. Tirando aquela parte do avião, correu tudo bem.No segundo dia fomos caçar com os membros de uma tribo local que são pagos para caçar com os turistas. Aprendi a fazer lanças com eles. Quando chegar a casa também vos ensino.No terceiro dia fomos caçar. Emprestaram-me uma lança e cacei quatro leões, cinco leoas e dez pássaros. Estou a brincar! Emprestaram-me a lança, mas não cacei nada.No dia a seguir, o quarto, fomos só passear de jipe. Disseram que íamos encontrar leões, leoas e aves muito giras. De facto, no passeio vi os leões, as leoas e as aves, mas também vi uma zebra.No quinto dia conheci a pessoa que nos irá levar de avião, de volta para casa; chama-se Angie e é uma rapariga muito simpática.Hoje fomos passear de novo de jipe, mas desta vez, para além dos leões, leoas e aves, vi também muitas zebras, elefantes, tigres e cobras. Voltámos já tarde para o acampa-mento. Foi um dia em cheio e ainda faltam as arrumações. Estamos esgotados. Mas valeu a pena!

Adoro-vos!Vasco

P.S. – Junto a foto dos macacos que tentaram invadir o nosso acampamento.

Adaptado de: http://amagiadaescrita.blogspot.com/

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SUGESTÕES DE TRABALHO

As colunas I e II têm partes de frases. Tens de as juntar de modo a formares frases certas de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras A, B, C, D, E na coluna do meio.

Escolhe a frase que significa a mesma coisa que as expressões 1 e 2. Escreve a letra A, B ou C na coluna das Respostas.

Coluna I Respostas Coluna II

Frase do texto Frase com o mesmo significado Respostas

1. O Vasco está com muitas saudades dos pais

2. Se não fosse o avião,

3. O Vasco vai aproveitar as lições que teve com os membros de uma tribo local

4. A zebra que vi foi um bom presente

5. Embora estejam muito cansados,

1. Quem me dera ficar cá mais tempo!

2. O avião tresandava a isso.

3. Mas valeu a pena!

A. não lamentam nada do que fizeram.

B. para ensinar os pais a

fazer lanças. C. uma vez que não estava

no programa.

D. por estar fora de casa há algum tempo.

E. o primeiro dia teria sido óptimo.

A. Preciso de ficar mais tempo!B. Gostava de ficar mais tempo!C. Dêem-me mais tempo!

A. O cheiro era insuportável.B. O avião já não funcionava.C. O cheiro sentia-se mal.

A. Foi uma experiência óptima!B. Que pena!C. Não correu bem.

1.

2.

3.

4.

5.

1.

2.

3.

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SUGESTÕES DE TRABALHOCOMPREENSÃO DA LEITURA

I - Leia o texto.

Escreva V (verdadeira) ou F (falsa) para cada frase. No caso de a frase ser falsa, transcreva do texto para as linhas a informação verdadeira relativa ao conteúdo da frase.

1. Para o Conselho da Europa ajudar é preciso que o grupo tenha um espaço para a realização da reunião intercultural.

2. Todas as organizações juvenis com ou sem provas dadas na construção da Europa podem utilizar os Centros Europeus da Juventude.

3. A oferta do Conselho da Europa só é considerada no caso de a reunião ter a duração e o nº de participantes requerido.

4. O Conselho da Europa deve ser contactado apenas nos casos em que haja certeza de que as ideias correspondem ao que se espera.

5. O passo seguinte consiste em verificar se a actividade cabe no quadro definido pelo Conselho da Europa.

Espaços de diálogoNome do programa: Actividades internacionais para jovens realizadas em colaboração com os Centros Europeus da Juventude

Há alturas e lugares para tudo! Por isso, se o grupo de jovens a que pertences quiser realizar sessões de estudo e/ou reuniões interculturais mas não dispuser de um local, o Conselho da Europa pode ajudar. Os Centros Europeus da Juventude em Estrasburgo e Budapeste estão disponíveis para serem utilizados por organizações juvenis que comprovadamente têm participado na construção da Europa. Se tiveres uma fórmula para uma sessão de estudo de 4 dias, pelo menos, para um grupo de 20 a 35 participantes, considera a hipótese de aceitar a oferta do Conselho da Europa. Por mais que te possa parecer que a tua ideia não é boa, não a deites fora. Fala connosco primeiro!

Próximo passo: veres se a actividade que planeaste se enquadra nos critérios do Conselho da Europa.

V F

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SUGESTÕES DE TRABALHO

II - Leia o texto.

A maioria dos jovens, e em especial as raparigas, não estão contentes com o seu corpo. Um inquérito feito por técnicos de saúde da consulta de comportamento alimentar do Hospital de Santa Maria, que incluiu 770 universitárias, verificou que cerca de 55% da amostra queria perder peso, 12% encontrava-se a fazer dieta e cerca de 49% já tinha feito dieta. O que pode causar grandes desequilíbrios ao nível da saúde e da personalidade dos adolescentes e jovens adultos.Há muitos anos que a rotina das cidades, a falta de tempo e a necessidade de tornar mais barata a refeição fora de casa, transformaram a refeição num acto rápido e desvirtuado das suas funções nutritivas e sociais.A comida rápida é nefasta para a saúde. Isto é, come-se depressa, sem saborear a comida e sem dar tempo para o convívio. É muito centrada em calorias e em gorduras, não tem vegetais e portanto não tem fibras. Também é pobre em vitaminas e sais minerais.Destes desequilíbrios alimentares resultam crises de compulsividade ou de recusa alimentar que podem trazer graves implicações para a saúde. Porque te queremos com boa saúde, “olha” por aquilo que comes!

Faça a correspondência entre frases da coluna 1 e as da coluna 2 de modo a formar frases com sentido de acordo com o texto. Escreva a letra da frase que completa as frases da coluna da esquerda.

Frase 1 O descontentamento com o seu próprio corpo incide sobretudo... 1. _________

Frase A...que a maioria das jovens está a fazer dieta ou já tinha feito anteriormente.

Frase 2 Um estudo realizado no Hospital de Santa Maria revela... 2. _________

Frase B...a abundância de gorduras e de calorias.

Frase 3Factores como a falta de tempo e a necessidade de gastar pouco em refeições fora de casa...

3. _________

Frase C... em elementos do sexo feminino.

Frase 4Entre os aspectos nefastos da comida rápida encontram-se... 4. _________

Frase D...crises de compulsividade ou de recusa em comer.

Frase 5Estão ligados aos desequilíbrios alimentares as situações problemáticas de...

5. _________

Frase E...explicam o surgimento e o sucesso da comida rápida.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

III - Leia o texto.

O Ribatejo é provavelmente uma das regiões mais esquecidas no panoram turístico nacional. Com excepção dos dias em que decorre a famosa Feira do Cavalo da Golegã, poucos são os que optam por esta região na hora de seguir viagem para uma aventura de férias ou uns simples dias de descanso. Como explicar o anonimato de uma região culturalmente tão rica e diversa a menos de uma hora de viagem da capital?Este é um território que sempre se dedicou muito mais à produção agrícola do que ao turismo, como pode comprovar a Estrada Nacional 118, junto às grandes herdades e praticamente colada ao longo do Tejo, construída especificamente para escoar os produtos agrícolas. Mas é precisamente no percurso dessa estrada que nasce agora um novo pólo turístico.Uma quinta, que fica a poucos quilómetros de Almeirim, é um excelente exemplo da nova realidade do turismo ribatejano. Embora se encontre numa fase inicial, este projecto assenta numa realidade nova: a de ter adicionado à produção de vinhos uma vertente totalmente direccionada para os turistas, com uma ideia e um plano de actuação próprios. A remodelação da adega, ocorrida em 2006, revelou-se fundamental, permitindo criar outras condições para receber os visitantes, como uma loja e um pequeno restaurante, também utilizado como local de prova de vinhos.

In Visão: Vida & Viagens. Nº 29, Fevereiro 2011 (texto adaptado)

Na coluna da direita indique a letra da frase correcta para cada um dos seguintes grupos.

1. O Ribatejo é uma região de Portugal...A. ...conhecida pela sua grande oferta turística.B. ...pouco pro curada pelos turistas.C. ...que fica longe da capital do país.D. ...que se dedicou apenas ao turismo.

1. _____

2. No início, a Estrada Nacional 118 teve como principal função... A. ...ligar a capital à Golegã onde anualmente se realiza a Feira do Cavalo.B. ...servir, desde o século XIX, o pólo turístico.C. ...ligar as grandes cidades do ribatejo.D. ...fazer passar os produtos agrícolas para outras zonas.

2. _____

3. O exemplo do novo turismo no Ribatejo...A. ...está ligado a uma rota de arte.B. ...tem como base o enoturismo em quintas.C. ...ainda está por descobrir.D. ...tem uma estreita ligação com espaços urbanos.

3. _____

4. Na quinta que fica perto de Almeirim...A. ...surgiu um projecto novo que liga a produção de vinhos a uma parte destinada aos turistas.B. ...há muito tempo que tem uma parte ligada ao turismo. C. ...há uma adega que foi construída há dez anos.D. ...verifica-se apenas a área da produção de vinhos.

4. _____

5. A remodelação da adega foi fundamental porque...A. ...permitiu dar melhores condições aos turistas que a visitam.B. ...agora é possível produzir mais vinho.C. ...é o sítio mais importante na quinta.D. ...era necessária ao fim de muitos anos.

5. _____

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SUGESTÕES DE TRABALHO

EXPRESSÃO ESCRITA

NOTA: Os itens que apresentamos estão organizados por níveis.

Prevemos, contudo, que algumas tarefas para a avaliação da

expressão escrita de cada um dos níveis (A1-C1) possam também

ser aplicadas no nível abaixo ou acima daquele em que a tarefa

é apresentada, sobretudo porque servem um público de uma

faixa etária bastante abrangente.

Assim, os textos que os aprendentes vierem a produzir

determinarão o nível de proficiência. Caberá, pois, ao ensinante

ou ao avaliador dos textos, mediante aplicação de grelhas para

avaliação da produção escrita, identificar o texto com um dos

níveis. Um bom exemplo são as tarefas apresentadas em B1-B2.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

I - Lê o texto e completa o quadro com a informação que falta.

II - Escreve uma mensagem de correio electrónico ao João sobre o teu fim-de-semana: o que vais estu dar, com quem vais brincar e o que vais fazer com os teus pais.

A Isabel e o Telmo são professores e têm 2 filhos: o Pedro e a Inês. Todos gostam de fazer desporto e de viajar. Moram em Aveiro. Normalmente, andam a pé.

NOME DOS PAIS

NOMES DOS FILHOS

PROFISSÃO DOS PAIS

TEMPOS LIVRES

CIDADE

Isabel e Telmo

EXPRESSÃO ESCRITA

Olá João,

[email protected]

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SUGESTÕES DE TRABALHO

III - A escola já acabou e as férias de Verão já começaram. O que é que vais fazer nas férias? Com quem vais estar? E onde vais passar as férias? Queres fazer alguma coisa especial? Conta as tuas ideias para as férias.

Escreve o texto nas linhas abaixo. O título já lá está. Não escrevas menos de 5 linhas.

Os meus planos para as férias

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SUGESTÕES DE TRABALHO

IV - A escola está quase a acabar e as férias de Verão quase a chegar. Estás a gostar de ir à escola durante este ano? O que é que gostas mais de aprender? Porquê? Conta como está a ser o teu ao escolar. Podes escrever sobre a tua escola, os teus colegas, os teus professores e o que aprendeste.

Escreve o texto nas linhas abaixo. O título já lá está. Não escrevas menos de 5 linhas.

O meu ano escolar

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SUGESTÕES DE TRABALHOEXPRESSÃO ESCRITA

As minhas férias de Natal

II - A Leonor passou as férias da Páscoa em casa dos avós. Ela deu muitos passeios com os primos e gostou muito das férias.E tu? O que fizeste nas tuas férias? Escreve um texto sobre as tuas últimas férias.Podes escrever sobre os lugares onde foste, o que viste, com quem estiveste, o que leste.

Escreve o texto nas linhas abaixo. O título já lá está. Não escrevas menos de 5 linhas.

III - O teu cão correu atrás de um gato na rua e desapareceu. Escreve um anúncio descrevendo o teu cão. O anúncio vai estar afixado no veterinário.

As minhas férias

I - O que é que fizeste durante as férias de Natal? Onde é que foste? Com quem estiveste?

Escreve um texto sobre as férias de Natal. Escreve o texto nas linhas abaixo. Não escrevas menos de 5 linhas.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

V - Convidaste um amigo para passar um fim-de-semana na casa de praia da tua tia. A tua tia concordou e quer saber coisas sobre ele. Faz uma descrição do teu amigo à tua tia: como ele é, o que gosta de fazer, o que ele gosta de comer, etc.

IV - Estás a passar uma semana com os teus amigos e um professor num acampamento. Escreve um postal aos teus avós a contar o que fazes e se estás a gostar.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

I - Tens algum animal de estimação? Qual? Um gato? Um cão? Um pássaro? E os teus amigos também têm animais de estimação? Quais?

Escreve um texto com 8 a 10 linhas sobre o teu animal de estimação ou sobre o animal de esti-mação de um dos teus amigos. Descreve como ele é, o que ele sabe fazer, quais são os hábitos que tem e outras coisas importantes sobre ele.

EXPRESSÃO ESCRITA

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SUGESTÕES DE TRABALHO

II - A tua página do Facebook foi lida por vários colegas da tua escola que gostaram muito do texto de apresentação que lá está.

Um deles escreveu-te a seguinte mensagem:

“Olá! Gostei imenso do que escreveste! E ainda não sei nada de ti. Escreve a contar como és, o que gostas de fazer, que música ouves, como gostas de te vestir, etc. Fico à espera.”

Agora escreve-lhe uma mensagem de resposta. O teu texto deve ter entre 60 a 80 palavras.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

III - Combinaste com um amigo fazer uma viagem de comboio durante três dias. Tudo estava decidido. Mas ontem o teu amigo mandou-te uma mensagem a dizer que já não quer fazer a viagem de comboio.

Escreve a resposta ao teu amigo. Se queres manter a viagem, tens de o convencer a não desistir do que planearam!

Olá!Tudo bem? Sobre a nossa viagem de Verão, achas mesmo que é uma boa ideia? Andar tanto de comboio deve ser super cansativo, não achas? São 4 horas para ir e 4 para voltar. Não será melhor irmos ao Algarve e ficarmos na praia calmamente sem nos preocuparmos com malas, hotéis, restaurantes? Não será também mais barato assim? Além disso, o meu pai reduziu a mesada e tenho menos dinheiro este mês.

Bruno

Olá Bruno!

[email protected]

[email protected]

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SUGESTÕES DE TRABALHO

IV - Escreve sobre um passeio que fizeste com os teus amigos. Conta como foi, o que gostaste e não gostaste. Apresenta sugestões para as coisas de que não gostaste.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

I - Escreve a continuação da história que se segue.

O Director da escola tinha informado que hoje havia uma surpresa. Ninguém sabia o que era. As aulas começaram. A professora e os alunos já estavam na sala. De repente,…

II - Vais participar num concurso com um texto sobre como fazer com que a tua escola seja mais verde e ecológica. Apresenta as tuas ideias e propostas para a melhorar. O melhor texto vai ser publicado por uma revista que é distribuída pelas escolas. Tens de apresen-tar o tema, dar a tua opinião, apresentar aspectos positivos e negativos.

EXPRESSÃO ESCRITA

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SUGESTÕES DE TRABALHO

I - A Câmara Municipal vai encerrar dois campos de jogos que existem no parque. Estes campos são muito frequentados por alunos das escolas, pelos amigos que vêm de outras localidades e ainda por famílias que vêm ver os jogos.

Lidera um movimento de protesto contra o encerramento dos campos.Teve reuniões com muitas pessoas e reuniu informação para a carta que vai escrever ao Presidente da Câmara.

Escreva a carta de protesto. A carta deve ter cerca de 200-220 palavras.

C1EXPRESSÃO ESCRITA

EXPRESSÃO ESCRITA

I - Escreve um texto sobre um livro que tenhas lido. O teu texto deve ter uma extensão de 150-180 palavras.

II - Escreve um texto sobre uma viagem que tenhas feito. O teu texto deve ter uma extensão de 150- 180 palavras.

III - Escreve um texto sobre uma coisa que te tenha acontecido/aconteceu e que te tenha marcado/

marcou positiva ou negativamente. O teu texto deve ter uma extensão de 100-120 (B1)/150-180 (B2) palavras.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

RECURSOS PARA A AVALIAÇÃO

TESTES DE DIAGNÓSTICO

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SUGESTÕES DE TRABALHOTESTE DE DIAGNÓSTICO

PARTE I

Assinala com um X a resposta correcta.

1. O João e a Sara fazem compras no supermercado. Chegam a casa e mostram à mãe as compras. Qual o alimento que falta?

2. Qual é o lanche da Sara?

3. Na minha mochila levo:

4. Na minha escola há

5. O meu pai gosta de

A. bananas

B. pão

C. laranjas

D. batatas

A. iogurte

B. pão com manteiga

C. leite com bolachas

D. cereais

A. lápis.

B. moldura.

C. lâmpada.

D. anel.

A. árvores.

B. uma piscina.

C. uma praia.

D. um campo de jogos.

A. nadar.

B. andar de bicicleta.

C. correr.

D. ler.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

PARTE II

PARTE III

Faz corresponder cada número da coluna da esquerda a uma letra da coluna da direita.

Assinala com V (Verdadeiro) ou F (Falso).

a. Na padaria compro pão. _____

b. No talho a minha mãe compra arroz e massa. _____

c. Na peixaria a minha tia compra sardinha e pescada._____

d. Na pastelaria o meu pai bebe o café. _____

e. Na frutaria compro carne. _____

f. Na papelaria compro um lápis, uma régua e um caderno. _____

g. Na livraria a minha mãe compra maçãs._____

h. Na mercearia compro açúcar._____

1. A cola

2. A tesoura

3. A borracha

4. A caneta

5. Os lápis de cor

1

2

3

4

5

A. servem para desenhar.

B. serve para colar.

C. serve para apagar.

D. serve para cortar e recortar.

E. serve para escrever.

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SUGESTÕES DE TRABALHO

PARTE IV

PARTE V

Completa o texto com as palavras que estão dentro do quadro.

A Inês é uma do 3.º ano. Ela gosta das actividades na escola; as suas preferidas

são escrever e . Tem de natação com os colegas. O autocarro da

transporta a turma à .

Nos tempos livres, a Inês anda de , vai ao de jogos e ballet

com a amiga Catarina.

Preenche o formulário para a biblioteca com os teus dados pessoais.

Nome e apelido:

Idade:

Ano:

Local de nascimento:

Data de nascimento:

Nome da mãe:

Nome do pai:

Número de irmãos:

Morada:

Passatempos preferidos:

Livros preferidos:

campo

dançafaz

alunadesenhar

bicicleta

escola

muito

suaaulaspiscina

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SUGESTÕES DE TRABALHOTESTE DE DIAGNÓSTICO

PARTE I

Lê o seguinte texto.

Cuidados de Saúde - Protecção solar

Evita expor-te ao sol nas horas de maior calor. As crianças devem ficar à sombra entre as 11 horas e as 17 horas.

Os bebés com menos de um ano devem estar sempre à sombra.

O sol permite adquirir um aspecto bronzeado e saudável.

Mas o sol tem radiações nocivas das quais é necessário protegermo-nos, porque penetram profundamente na pele e podem provocar queimaduras.

Não deixes de apanhar sol, mas usa sempre protectores solares.

Assinala com V (Verdadeiro) ou F (Falso) as seguintes afirmações.

1. Os bebés com menos de um ano não devem ter exposição directa ao sol. __

2. Na praia, as crianças podem brincar e apanhar sol durante todo o dia, sem problemas. __

3. O sol dá-nos um aspecto bronzeado e bonito, mas é preciso ter cuidados. __

4. Os raios solares e a pele sem protecção não se dão bem. __

5. Os médicos dizem para não apanhar sol. __

Sítio do Museu da Farmácia – http://www.anf.pt/sara/folheto_sol(texto adaptado)

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SUGESTÕES DE TRABALHO

1. Concurso de jovens dançarinosSe tens entre 8 e 14 anos, gostas de dançar e tens aulas de dança, traz os teus amigos e colegas e vem concorrer! Inscreve-te já!

2.Prova de corta-matoEm Lisboa, no Estádio Nacional, realiza-se no dia 8 de Junho uma prova corta-mato para atletas juniores, dos 10 aos 14 anos. Concorre! Contamos contigo!

3. Campeonato Nacional de Futebol de PraiaSe estás a passar férias nesta zona de Portugal vem assistir aos campeonatos de futebol de praia! Traz a tua família e os teus amigos! Vem juntar-te a nós! Apoia a tua equipa!

4. Concurso de fotografiaSe gostas de fotografar, tens entre 8 e 12 anos, aproveita as férias para ser repórter por um dia. Envia-nos as tuas melhores fotos e os textos com comentários. Concorre! Há muitos prémios para os dez melhores!

A. - Olá, João! Hoje, na Figueira da Foz, vais ao

jogo de futebol?... Vou pedir ao meu pai para ir comigo.

B.- Bom dia, chamo-me Sara. Venho inscrever-me

para o concurso de dança. Por favor, pode dar-me uma ficha de inscrição?

C.Caros Senhores,Sou um jovem de 10 anos, chamo-me Manuel Pereira e gosto muito de fotografia. Como passei férias nos Açores, envio as fotos mais bonitas das ilhas. Foi um Verão fantástico!

D.- Olá, Paulo! Vai haver uma prova de corta- mato no Estádio Nacional. Queres participar?- Quero, sim, Pedro. Gosto muito de participar

neste tipo de provas.

PARTE II

Faz corresponder o número do texto da esquerda a uma letra do texto da direita:

1

2

3

4

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SUGESTÕES DE TRABALHO

PARTE III

BEIJINHOS DE COCO

Ingredientes:

100 gramas de açúcar

100 de coco ralado

5 gemas de

o açúcar com as gemas. Mistura depois coco amassa tudo muito

bem durante uns .

Faz à mão umas bolinhas. Envolve estas em açúcar.

(Atenção: Passa também os dedos o açúcar quando enrolas bolinhas para as

desfazer.)

Hoje o João e a Susana estão a cozinhar. Pedem ajuda à avó Maria. Decidem fazer uma sobremesa para o jantar. Oh! Como vão preparar a sobremesa?... Eles não conseguem ler a receita...Queres ajudar o João e a Susana? Então completa o texto com as palavras que estão dentro do se-guinte quadro:

minutos

e as bolinhas gramas

ovos nãomuito

o

com

bate

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SUGESTÕES DE TRABALHO

Lê o seguinte texto.

Domingo de manhã Acordar com o canto dos pássaros nas árvores do jardim em frente de casa.Ouvir o relógio muito longe e murmurar “ainda não, ainda não”.Sonhar no quente da cama com o mar de Agosto, a chuva de Setembro, o sol de Janeiro, e tudo ter um sabor a chocolate e morango na minha boca.Pensar em palavras felizes como “alegria”, “claridade”, “jardim”, “bicicleta”, “praia”.Folhear lentamente um livro, e imaginar-me no meio de príncipes de olhos azuis e de princesas...

Alice Vieira, Livro com Cheiro a Morango(texto adaptado)

Escolhe a resposta correcta:

1. A manhã de que fala o texto ocorre A. não sabemos em que dia. B. no domingo. C. num dia de semana.

2. A menina acorda com A. o despertador no quarto. B. a mãe a chamá-la. C. o som dos pássaros a cantar.

3. Ela A. está a dormir na sua cama. B. sonha de olhos abertos. C. sonha ir ao mar de Agosto.

4. “Um sabor a chocolate e a morango na minha boca” quer dizer que: A. a menina está a comer chocolate e morango. B. ela está a recordar-se dos sabores de que gosta muito. C. ela vai comprar chocolate com morango.

5. As palavras “felizes”, como “bicicleta” e “praia”, referem-se a A. coisas de que ela gosta de fazer. B. pertencem a um grupo de palavras. C. a menina não sabe porque se chamam assim.

6. A menina folheia o livro e, ao mesmo tempo A. lê o livro. B. adormece. C. imagina que está entre príncipes e princesas.

PARTE IV

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SUGESTÕES DE TRABALHOTESTE DE DIAGNÓSTICO

PARTE I

PARTE II

Lê o seguinte texto.

Coloca pela ordem (assinala com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7) em que se realizam as seguintes acções da rotina diária:

Num cálculo por alto, o rapaz que falou à Pública no supermercado arrisca que “90 por cento dos alunos saem da escola à hora do almoço” e uns 10 por cento ficam a comer no refeitório. “Não é que a comida seja má”, explica. “Antigamente sim, havia uns hambúrgueres que eram uma coisa branca, pálida e fria. Mas agora mudaram e a comida até é boa.2 Boa, mais barata do que nos cafés à volta, e no entanto… é evidente que está longe de constituir uma atracção irresistível.A obesidade está a aumentar – “é talvez o maior problema de saúde pública em Portugal”, alerta Pedro Graça, coordenador da Plataforma Nacional Contra a Obesidade. Calcula-se que o numero de crianças em situação de pré-obesidade e obesidade atinja os 36,2 por cento (rapazes entre os dois e os cinco anos) e os 34,8 por cento (raparigas, com as mesmas idades). Portugal é já um dos países da Europa com maior prevalência de obesidade infantil.

in Revista “Pública”

______ • Levantar-se

______ • Lanchar

______ • Acordar

______ • Deitar

______ • Ir para as aulas

______ • Almoçar

______ • Tomar banho

Assinala com V (Verdadeiro) ou F (Falso) as seguintes afirmações.

1. Há estatísticas rigorosas relativas ao número de almoços dentro e fora da escola. __

2. A comida na escola melhorou. __

3. Há cafés próximo da escola. __

4. A obesidade é o maior problema de saúde em Portugal. __

5. Portugal é o país da Europa com mais casos de crianças obesas. __

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SUGESTÕES DE TRABALHO

PARTE III

PARTE IV

Completa com:.

Há um provérbio _________ diz: _________ canta seus males espanta.

_________ chego a casa, costumo ver as notícias na internet.

Muitas vezes, as pessoas dizem o que fariam _________ ganhassem o euromilhões.

_________ aprendo português é na escola.

Não conheço o último livro da Mafalda, _________ ainda não o li, _________ penso lê-lo em breve.

Regista o teu ponto de vista sobre a importância de saber falar e escrever várias línguas.Num texto de 130-150 palavras, diz que línguas conheces, as que gostarias de conhecer, que uso delas pensas fazer, que dificuldades encontras na sua aprendizagem, …

quando seporque

que quem mas

onde

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 1

DOCUMENTO ORIENTADOR

Maria José Grosso (coord.)António SoaresFernanda de SousaJosé Pascoal

2011

QUADRO DE REFERÊNCIA PARA O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 2

ÍNDICE PÁG.

AGRADECIMENTOS 3

NOTA INTRODUTÓRIA 4

SINOPSE 5

1. O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO

1.1. Enquadramento do EPE 6

1.2. Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro

– fundamentação e metodologia 7

1.3. Princípios do QuaREPE 9

1.4. Finalidades 9

1.5. Utilizadores 10

2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA

2.1. Competências gerais 11

2.2. Competências relacionadas com outras áreas curriculares 12

2.3. Consciência intercultural 13

2.4. Competências comunicativas em língua 14

2.5. O uso da língua 15

3. PROFICIÊNCIA E AVALIAÇÃO

3.1. Organização do ensino-aprendizagem 18

3.2. Níveis de proficiência 18

3.3. Avaliação do desempenho dos alunos nos cursos 19

3.4. Avaliação para o reconhecimento da proficiência dos alunos:

uma proficiência com competências parciais diferenciadas 20

3.5. Descritores 21

BIBLIOGRAFIA 31

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 3

Agradecemos aos Coordenadores e aos docentes do Ensino Português no Estrangeiro que, a partir do ano lectivo de 2002-2003 até 2007, nos acompanharam no processo de diagnóstico e de experimentação do Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro, com propostas e sugestões decorrentes da sua experiência.

Agradecemos também à Equipa de Português da DGIDC todo o trabalho que exigiu o acompanhamento e a revisão do documento.

Na impossibilidade de enumerar todos os intervenientes neste processo, aqui fica expresso o nosso sincero reconhecimento.

Os Autores

AGRADECIMENTOS

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 4

NOTA INTRODUTÓRIA

O Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro (QuaREPE) é o resultado do estudo dos públicos e contextos do Ensino Português no Estrangeiro (doravante designado EPE), da investigação nas áreas do ensino do português (PLM/PLE/PL2)1. No diagnóstico de situação do ensino, aprendizagem e avaliação dos cursos do EPE, participaram de forma activa professores dos diferentes contextos, coordenadores pedagógicos, formadores no âmbito desta modalidade especial de ensino e, como informantes, os alunos dos diferentes cursos. As informações obtidas, em que se incluem os dados recolhidos por inquéritos através de questionários, contribuíram para a compreensão da heterogeneidade do público-aprendente e das variáveis contextuais dos cursos do EPE.

O QuaREPE integra, ainda, a reflexão e as conclusões do trabalho desenvolvido no âmbito da formação de professores do EPE, particularmente a formação realizada a partir de 2003, com incidência na divulgação e experimentação do mesmo, na qual se circunscreveram aspectos essenciais para a sua implementação, nomeadamente: identificação das necessidades do público-aprendente, definição de objectivos, selecção de conteúdos e métodos adequados ao público e aos contextos, construção de tarefas e consequentemente produção de materiais, avaliação e certificação.

1. Os conceitos de língua materna, língua estrangeira, língua segunda são conceitos polissémicos que não correspondem a uma definição linear. O conceito de Língua Materna apela ao de língua da socialização, que, por definição, transmite à criança a mundividência de uma determinada sociedade, cujo principal transmissor é geralmente a família. O conceito de Língua Estrangeira facilmente se define como a língua que não faz parte dessa socialização primária, estando subjacente uma série de princípios metodológicos. Na tradição da didáctica das línguas, o conceito de Língua Segunda ocorre frequentemente como a língua que, não sendo materna, é oficial (ou tem um estatuto especial) sendo também a língua de ensino e da socialização secundária. Há, no entanto, alguns autores que consideram que é Língua Segunda desde que os aprendentes estejam em imersão linguística, num contexto em contacto com os falantes nativos da língua que aprendem. Cf. Grosso (2005: 608).

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 5

SINOPSE

O Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro (QuaREPE) que agora se apresenta tem como finalidade dar cumprimento ao estabelecido no ponto 4, do Despacho n.º 21 787/2005 (2.ª série), de 28 de Setembro de 2005, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, publicado no Diário da República – II Série, n.º 200, de 18 de Outubro de 2005, em que se aprovou o Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro (QuaREPE) e surge na sequência da publicação da Portaria n.º 914/2009, de 17 de Agosto.

O Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro é constituído por três capítulos, bibliografia e descritores.

No primeiro capítulo, após a contextualização sobre o Ensino Português no Estrangeiro (EPE), o documento introduz a metodologia utilizada para a elaboração do QuaREPE, os seus fundamentos e o esquema conceptual subjacente. São igualmente referidos os princípios que enformam este Quadro, as finalidades e os utilizadores.

No segundo capítulo, apresentam-se as competências gerais a desenvolver. Incluem-se as competências relacionadas com o conhecimento do mundo e o conhecimento sociocultural (traços distintivos da sociedade e da cultura portuguesas). Tem-se em conta a importância da interculturalidade no processo pedagógico e a dimensão social e cívica na educação e na formação do público-aprendente. Apresentam-se ainda competências comunicativas no ensino, aprendizagem e avaliação. A activação dessas competências depende do uso de estratégias, da selecção de domínios e temas, e concretizam-se através da realização de tarefas e duma escolha criteriosa de textos, adequados ao nível etário e às características do público-aprendente bem como à sua proficiência em língua.

O terceiro capítulo é dedicado essencialmente à avaliação da proficiência em língua portuguesa dos públicos do EPE.

Este último capítulo, relativo aos níveis de proficiência em língua portuguesa, apresentam-se os descritores num sistema de cinco níveis (A1, A2, B1, B2 e C1), tendo como referência e base de trabalho os níveis do Quadro Europeu Comum de Referência (QECR). Esta área tem em conta os contributos dos resultados da formação contínua de professores, efectuada nos diferentes contextos do EPE, no período compreendido entre 2003 e 2007. São enunciados, para além da caracterização geral por nível, descritores para cada componente:

• compreensão oral;• leitura;• produção/interacção oral;• produção/interacção escrita.

Este documento constitui a primeira parte do QuaREPE, a que se seguirá o Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro: Tarefas, Actividades, Exercícios e Recursos para Avaliação, com orientações para os diferentes níveis de proficiência, organizado por módulos e integrando sugestões de actividades e tarefas.

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 6

1. O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO 1.1. Enquadramento do Ensino Português no Estrangeiro

O EPE, modalidade de ensino não superior, cuja génese remonta à década de sessenta, direccionado então para a assunção, por parte do Estado português, de cursos de língua e cultura a filhos de portugueses em contexto de emigração, passou a adoptar, ao longo dos anos, uma dimensão mais ampla. Num esforço para valorizar a sua importância estratégico-política no quadro internacional, o EPE estabelece a ligação às comunidades portuguesas e aos países de língua oficial portuguesa, concede apoio e reconhecimento às escolas portuguesas, a par da promoção da língua e da cultura portuguesa junto de falantes de outras línguas e de outros sistemas educativos. A importância e prestígio da língua e da cultura portuguesa como veículo de formação e comunicação são actualmente vectores fundamentais da acção política portuguesa no âmbito internacional2.

Decorrente das acentuadas transformações económicas, sociais, técnicas e educativas, o EPE abarca realidades distintas, tendo vindo a sofrer alterações significativas.

No âmbito deste ensino, os primeiros programas de Língua e Cultura Portuguesas, de 1978, foram concebidos em função da equivalência ao currículo português e tinham como público-alvo as crianças e jovens no seio das comunidades portuguesas. Passadas três décadas, verifica-se que o perfil do público-aprendente de português é cada vez mais diversificado, contemplando as crianças e jovens filhos de trabalhadores portugueses em situação de mobilidade recente, os luso descendentes que já pertencem à segunda ou terceira geração, bem como falantes de outras línguas.

O EPE é, pois, uma realidade polissémica, que actualmente envolve um conjunto de situações diferenciadas:

a) ensino da língua e cultura portuguesa aos luso-descendentes;

b) ensino da língua e cultura portuguesa em cursos integrados nos sistemas educativos dos países de acolhimento;

c) ensino da língua e cultura portuguesa a falantes de outras línguas;

d) apoio curricular em casos de mobilidade de cidadãos portugueses para outros países da União Europeia3;

e) experiências de ensino bilingue;

f) ensino da língua portuguesa nos países da África sub-sahariana;

g) perspectiva de ensino da língua portuguesa em alguns dos países do Mercosul.

2. Preâmbulo da Resolução do Conselho de Ministros n.º188/2008, de 16 de Julho, publicado no Diário da República, 1.ª série, N.º 231, de 27 de Novembro. 3. Nos últimos anos, têm-se registado fluxos numericamente significativos de cidadãos portugueses em Andorra, Espanha, França, Luxemburgo, Reino Unido, Suíça. CF. Relatório da OCDE de 2007 e 2008 sobre Migrações (http://www.oecd.org/els/migration).

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 7

1.2. Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro – fundamentação e metodologia

A dimensão transnacional da língua portuguesa levou a que se tomassem como referência para a planificação do seu ensino-aprendizagem: o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR), o Portfolio Europeu das Línguas, os portfolios do sistema educativo português e os portfolios dos sistemas educativos onde existe uma rede de cursos EPE, os documentos para o ensino e aprendizagem de línguas referentes ao Nível de Iniciação, Nível Elementar, Nível Limiar, Nível Vantagem4.

Além dos documentos acima mencionados, assinalam-se ainda como elementos de referência:• normativos que enquadram legalmente o EPE;• Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais;• níveis de proficiência no Quadro da Association of Language Testers in Europe (ALTE);• orientações curriculares para a Língua Portuguesa para o ensino básico e

secundário do sistema educativo português.

Tal como o QECR, o QuaREPE fornece uma base comum para a elaboração de programas, definição de linhas de orientação curriculares, construção de materiais pedagógico-didácticos e de instrumentos de avaliação, explicitando objectivos, sugerindo conteúdos, mostrando-se flexível em relação aos métodos, reforçando a transparência para todos os utilizadores do QuaREPE, designadamente em relação aos cursos, programas e qualificações, promovendo a cooperação entre sistemas educativos e intervenientes no próprio processo de formação. Esta promoção visa a rentabilidade dos cursos do EPE, através do seu reconhecimento e acreditação junto dos outros sistemas educativos a fim de a aprendizagem da língua portuguesa ser considerada significativa nos percursos escolares dos alunos.

Com vista à caracterização do público-alvo e dos contextos de ensino-aprendizagem, procurou-se confirmar as informações disponíveis (provenientes de coordenadores, professores, formadores, etc.) através de inquéritos por questionário junto dos agentes educativos e dos alunos, tendo saído reforçada, pela análise efectuada, a ideia da grande heterogeneidade do público e dos contextos do EPE. Para além deste momento de investigação, o grupo de trabalho contou com períodos de observação/investigação, aquando da realização de acções de formação para os docentes do EPE, que possibilitaram o contacto com a realidade contextual e a recolha de dados relevantes para a referida caracterização.

Face à situação atrás enunciada, o público-alvo objecto deste QuaREPE são os alunos dos sistemas escolares do ensino não superior, a viver em países cuja língua oficial não é o português, servidos ou não pela actual rede de cursos de Língua e Cultura Portuguesas (LCP).

O ensino e a aprendizagem das línguas, numa sociedade em transformação, multilingue e multicultural, gerem a heterogeneidade como riqueza, apontando para a construção de uma competência plurilingue e pluricultural. É neste contexto que surge o QuaREPE, documento que apresenta linhas de orientação para elaboração de conteúdos de ensino e aprendizagem numa

4. Estes documentos foram produzidos no âmbito da Divisão de Projectos Linguísticos do Conselho da Europa, nomeadamente o Projecto “Políticas Linguísticas para uma Europa Multilingue e Multicultural”, criado na sequência das recomendações emandas da Conferência Permanente dos Ministros Europeus da Educação (Noruega, Junho de 1997) e do Plano de Acção estabelecido por ocasião da 2.ª Cimeira de Chefes de Estado e do Governo dos Estados Membros do Conselho da Europa.

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perspectiva de abertura e flexibilidade suficientemente abrangentes para que a grande diversidade de públicos e de contextos possa ser contemplada. O reconhecimento da variedade linguística e cultural implica compreender a língua no seu continuum, língua materna – língua estrangeira, redescobrindo diversas abordagens e renovados processos de ensino-aprendizagem.

Na elaboração do QuaREPE privilegiou-se um conceito de currículo construído por etapas, assente num plano que inclui as competências e as aprendizagens consideradas essenciais para todo o público-aprendente, mas que possa contemplar igualmente todas as ocasiões que surjam como oportunidades significativas de aprendizagem não planeadas.

A flexibilização sugerida permite aos professores organizarem o processo de ensino-aprendizagem em relação a programas, métodos e materiais, de acordo com os diversos contextos em que se desenvolvem.

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1.3. Princípios do QuaREPE

Os princípios que orientaram a concepção e o desenvolvimento do QuaREPE são os seguintes:

a) Inclusão e sustentabilidade

O EPE é uma modalidade especial de educação do sistema educativo português. Apesar de a sua acção estar definida nos normativos em vigor, o seu impacto e reconhecimento serão reforçados se forem articulados com outros sistemas educativos.Assim, a sua inclusão (exequível em formatos vários), reconhecida pelas autoridades educativas regionais ou nacionais, nos projectos educativos e nas ofertas curriculares das escolas, nos programas e nas orientações, é decisiva para a sua sustentabilidade.

b) Transparência, abertura, coerência

O seu reconhecimento decorrerá da sua transparência, da sua abertura à colaboração de intervenientes vários e da coerência na aplicação das orientações.

c) Autonomia do ensino e da aprendizagem

Pretende-se legitimar um conjunto variado de práticas a partir de um quadro comum. As orientações deste Quadro estimulam a participação activa do público-aprendente no processo de desenvolvimento das suas competências em português, através do envolvimento da comunidade familiar e social mais próxima, bem como da ligação do espaço formal de ensino e aprendizagem com utilizadores da língua de outros contextos. Também a auto-avaliação e a possibilidade de certificar competências adquiridas podem ser um estímulo importante para alunos, famílias, escolas e professores (de português e de outras áreas curriculares).

1.4. Finalidades

São finalidades do QuaREPE:

• Contribuir para a integração com sucesso do público-alvo do EPE nos sistemas educativos em que estão inseridos, independentemente do seu momento de entrada;

• Desenvolver competências gerais em língua portuguesa;

• Contribuir para a promoção da cidadania democrática;

• Dotar a rede de EPE de um instrumento que permita a todos os seus utilizadores descrever e reflectir sobre a sua prática pedagógica e educativa, apresentar opções e tomar decisões conscientes, coerentes e consequentes;

• Desenvolver a identidade plurilingue e pluricultural dos públicos do EPE, nomeadamente através do intercâmbio e da exploração das tecnologias de informação e comunicação;

• Contribuir para uma mudança de paradigma da prática pedagógica e para um perfil de ensinante mais reflexivo.

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1.5. Utilizadores

São potenciais utilizadores do QuaREPE:

• professores;

• organizadores de cursos;

• conceptores de currículos;

• autores de materiais pedagógicos;

• examinadores;

• encarregados de educação;

• autoridades educativas (locais, regionais e nacionais) dos sistemas educativos dos países onde existe oferta do EPE.

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2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA2.1. Competências gerais

O processo de ensino e aprendizagem de uma língua implica o desenvolvimento de competências gerais, tal como estão definidas no QECR, de carácter transversal, que integram atitudes e saberes, saber-fazer e saber-aprender. Deste conjunto de competências faz parte o conhecimento declarativo (conhecimento do mundo, conhecimento sociocultural e consciência intercultural).

Língua, cultura e sociedade são indissociáveis, cabendo à língua o papel de transmissor da cultura e de representação de uma imagem do mundo em que se espelham diferentes realidades.

Neste sentido, a história de um país, as normas sociais e os fundamentos históricos da sociedade não são somente factores necessários para compreender a cultura, mas possibilitam também que o público-aprendente use a língua de forma mais adequada.

No contexto do EPE, a abordagem da cultura coloca a problemática complexa da relação entre indivíduos e entre culturas, implicando uma dialéctica da afirmação de si próprio, da sua identidade, o (re)conhecimento do outro, independentemente de terem ou não a mesma língua materna ou a mesma nacionalidade.

Neste âmbito, tendo em conta que, numa grande parte dos contextos do EPE, o público-alvo continua a ser maioritariamente de origem portuguesa, a interacção entre os conhecimentos formal e informal, adquirido no domínio privado da família e da comunidade em que se encontra, evidencia a importância da abordagem das competências gerais de índole sociocultural.

De facto, os conhecimentos prévios, inerentes a uma cultura de pertença, por vezes bastante parciais, são frequentemente questionados, sendo, por isso, útil que referências como as do espaço, do tempo histórico e da pertença social sejam explicitadas, de modo claro, de forma a anularem o poder do estereótipo.

O conhecimento sociocultural é um dos aspectos do conhecimento do mundo que contribui para o enriquecimento pessoal do indivíduo. É neste contexto que, no conjunto de saberes, se incluem os referentes ao conhecimento dos traços distintivos da sociedade portuguesa e que estão estreitamente ligados ao ensino e aprendizagem do português, relacionados com a vida quotidiana (os ritmos de trabalho e hábitos), condições de vida (condições de alojamento), as relações interpessoais, os valores, as crenças, as atitudes, as tradições, as convenções sociais (QECR, 2001: 148-149).

Com base no QECR, apresentam-se alguns exemplos:

• vida quotidiana: hábitos alimentares em Portugal e noutros países; hábitos de leitura e de trabalho; horários...;

• relações interpessoais, por exemplo, as relações que se estabelecem entre as gerações: a juventude e os seniores; relações entre grupos sociais; relações entre sexos nas diferentes esferas sociais e formas de tratamento;

• valores, crenças e atitudes em relação à história e tradições, à mudança social, às minorias, aos estereótipos, à literatura e artes;

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• linguagem verbal e não verbal: conhecimento de convenções sociais que regulam a articulação entre estas duas linguagens;

• convenções sociais: pontualidade, hospitalidade; convenções e tabus de conversação e de comportamento; modos de saudar e de se despedir;

• comportamentos em áreas como: práticas religiosas e ritos; nascimento, casamento; doença.

2.2. Competências relacionadas com outras áreas curriculares

No conjunto das competências definidas para o EPE, apresentamos as competências relacionadas com o conhecimento do mundo, particularmente (e como exemplo) nas áreas disciplinares de História e Geografia, através das quais o aprendente acede a referências fundamentais da vida, história e cultura portuguesas.

É dentro desta perspectiva que alguns materiais sugerem que o aprendente, ao iniciar o estudo de uma língua, seja familiarizado com elementos simbólicos identificativos do(s) país(es) cuja língua passa a ser objecto de estudo.

Baseado no exposto, sugerimos dois blocos de competências para serem desenvolvidas nos primeiros três níveis (A1, A2 e B1) e nos níveis mais avançados (B2 e C1). No entanto, esta distribuição é flexível, ficando a gestão destas competências por níveis ao critério do(a) ensinante, que terá a preocupação de as adequar ao nível etário dos seus aprendentes bem como à sua maturação intelectual e sociocognitiva, à sua motivação e interesses, necessidades e grau de proficiência em língua.

2.2.1.Competências relacionadas com outras áreas curriculares para os níveis A1, A2 e B1

• Localizar (no mapa) Portugal na Península Ibérica, na Europa e no Mundo.• Localizar os arquipélagos portugueses (Açores e Madeira).• Identificar as fronteiras de Portugal.• Localizar (em mapas) rios de Portugal e as maiores elevações.• Localizar (no mapa) os Países de Língua Oficial Portuguesa.• Identificar, caso tenham origem portuguesa, o local de origem e de habitação de familiares. • Identificar localidades portuguesas que conhecem ou que gostariam de visitar.• Relacionar datas e locais com factos históricos. • Utilizar unidades de referência temporal (milénio, século, década, …).• Pesquisar dados sobre o património cultural português. • Identificar Portugal como uma república e uma democracia.• Identificar nomes de políticos de Portugal (como o Presidente da República e o Primeiro Ministro).• Observar, com base em textos e suportes diversificados, as características do meio em

diferentes locais e regiões de Portugal.• Identificar património emblemático português (Mosteiro dos Jerónimos, Cristo-Rei, Torre

dos Clérigos, pinturas rupestres de Foz Côa,...).

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• Identificar símbolos ligados à cultura portuguesa. • Identificar estereótipos ligados aos portugueses e à cultura portuguesa.• Identificar personalidades portuguesas ilustres. • Reconhecer marcas culturais (espaços, lendas, comportamentos) e traços de identidade (gastronomia, música, artesanato, …).

2.2.2.Competências relacionadas com outras áreas curriculares para os níveis B2 e C1

• Distinguir entre freguesia, concelho, distrito.• Indicar itinerários em mapas de estradas de Portugal, sugerindo pontos de interesse no

itinerário escolhido.• Pesquisar informação sobre as características físicas (clima, relevo e rios) e

socioeconómicas do território português (distribuição da população, actividades económicas, …).• Reflectir sobre casos concretos do impacto dos fenómenos humanos no meio ambiente,

sugerindo acções específicas com vista à melhoria da qualidade de vida.• Reconhecer a importância da preservação e conservação do ambiente.• Reflectir sobre aspectos da vida da sociedade portuguesa em diferentes épocas (aspectos

culturais, actividades económicas, estrutura social, …) com base em documentos vários.• Identificar as diferentes religiões existentes em Portugal.• Identificar as línguas da diversidade cultural em Portugal e no país em que vive. • Pesquisar sobre temas da história nacional ou regional comparando com o país em

que vive.

2.3. Consciência intercultural

O conhecimento, a consciência e a compreensão da relação (semelhanças e diferenças distintivas) entre “o mundo de onde se vem” e “o mundo da comunidade-alvo” produzem uma tomada de consciência intercultural (QECR, 2001: 150). Esta vertente transversal do currículo, assumindo-se como um dos vectores essenciais das políticas educativas na Europa, pressupõe uma perspectiva ética e cívica na área da educação, em que valores como a convivência social constituem uma orientação pedagógica no combate à xenofobia e ao etnocentrismo, bem como aos preconceitos e à discriminação. O ensino e aprendizagem de uma língua afirma-se como uma área privilegiada para que o aprendente tenha outras percepções, descubra outras perspectivas da realidade, outro modus vivendi, tome consciência e interaja não só com as culturas do seu país, mas também com a diversidade cultural de falantes de outras línguas.

Também no ensino do português a abordagem intercultural é fulcral no sentido de favorecer o desenvolvimento harmonioso da personalidade do aprendente e da sua identidade, que não raramente está dividida entre duas culturas, dando uma resposta à experiência enriquecedora da alteridade em matéria da língua e da cultura. Esta perspectiva é defendida no QECR que considera que a abordagem intercultural é um dos objectivos essenciais da educação em

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língua (2001: 19). Além disso, através da aprendizagem e aquisição de uma ou mais línguas, as competências linguísticas e culturais são transformadas pelo conhecimento do outro e contribuem para a tomada de consciência intercultural, incentivando igualmente a capacidade de aprender mais línguas.

2.4. Competências comunicativas em língua

Hoje em dia, a evolução constante de conhecimentos e saberes faz com que a centragem no ensino-aprendizagem de uma língua privilegie o desenvolvimento da competência comunicativa, noção que tem sido estudada e aprofundada ao longo dos anos, não cabendo neste documento descrever o percurso diacrónico conceptual desta competência.

As competências de comunicação são fundamentais no ensino, aprendizagem e avaliação de uma língua, justificando-se a importância que é dada à sua descrição no QECR. Neste Quadro, as competências comunicativas em língua abrangem quatro grupos de competências que aqui retomamos: competências linguísticas (lexical, gramatical, semântica, fonológica, ortográfica e ortoépica), competências sociolinguísticas e competências pragmáticas (competência discursiva e competência funcional) e competência estratégica (QECR, 2001: 156-184).

Tal como já foi referido, o QuaREPE procura ser uma adequação do QECR aos contextos do EPE, sobressaindo a importância de operacionalizar estas competências em função das necessidades e características dos diferentes públicos e contextos. As competências a desenvolver passam essencialmente pela análise diagnóstica do público-aprendente, designadamente dos diversos factores (biológicos, sociocognitivos, socioculturais, afectivos, linguísticos e outros) que influenciam o ensino e a aprendizagem da língua.

Das competências linguísticas, optámos pela apresentação das competências lexical e gramatical.

2.4.1. Competência lexical

Nos contextos de não imersão linguística, em que a língua portuguesa se restringe a usos pontuais ou educativos, as competências comunicativas em língua diminuem, sendo disso exemplo a competência lexical. Relativamente a esta competência, que consiste no conhecimento e na capacidade de utilizar o vocabulário de uma língua, há que distinguir elementos lexicais e elementos gramaticais.

Os elementos lexicais incluem:

a) Expressões fixas: Expressões feitas: saudações do tipo Como está(s)?, provérbios, … Expressões idiomáticas: Pôr/não pôr as mãos no fogo, Chover a cântaros,... Estruturas fixas: Com licença..., Seria possível...?,... Outras expressões fixas: verbais tais como interessar-se por e locuções preposicionais por exemplo a respeito de, em frente de; Combinatórias fixas (dar erros).

b) Palavras isoladas, cuja polissemia é necessário ter em consideração, compreendendo palavras das classes abertas (nome, adjectivo, verbo, advérbio) e conjuntos lexicais fechados (dias da semana, meses do ano, ...).

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Os elementos gramaticais incluem: artigos, quantificadores, demonstrativos, pronomes pessoais, pronomes interrogativos e relativos, possessivos, preposições, verbos auxiliares, conjunções e partículas.

2.4.2. Competência gramatical

Definida como o conhecimento dos recursos gramaticais da língua e a capacidade para os utilizar, a competência gramatical implica o entendimento da gramática da língua como o conjunto de princípios que regem a combinação dos elementos da frase. Importa, neste caso, chamar a atenção para a importância de comparar ou de tornar compatíveis as gramáticas no ensino-aprendizagem das línguas em contacto, nos diferentes contextos do EPE.

Os recursos gramaticais da língua, designadamente da língua portuguesa, são fundamentais não só para a sua utilização, mas também para a consciencialização do seu funcionamento e eventual comparação com as línguas do contexto em que se encontra.

As competências sociolinguísticas dizem respeito às condições socioculturais do uso da língua. Incluem-se, nesta competência, os marcadores linguísticos de relações sociais (por exemplo, uso e escolha de formas de tratamento), as regras de delicadeza, as expressões de sabedoria popular, as diferenças de registo, os dialectos e os sotaques.

As competências pragmáticas englobam outras competências como a discursiva (por exemplo, coesão e coerência textual), a funcional (as microfunções, as macrofunções, os esquemas interaccionais) e a de concepção (conhecimento dos princípios segundo os quais as mensagens são organizadas, sequenciadas e usadas para fins funcionais específicos).

A competência estratégica reporta-se à capacidade mental para gerir e implementar as componentes da competência linguística e das outras competências em contexto de comunicação.

2.5. O uso da língua

A activação das competências comunicativas depende do uso de estratégias adequadas aos contextos de uso da língua e realiza-se no desempenho das actividades linguísticas de recepção, produção, interacção e mediação, oralmente e por escrito, de textos relacionados com temas pertencentes a domínios específicos.

A selecção dos domínios (privado, público, educativo, profissional) nos quais os aprendentes actuam, ou poderão actuar no futuro, tem implicações directas na selecção das situações de comunicação, nos temas, textos, tarefas e actividades com os quais os aprendentes se vão deparar e consequentemente na elaboração de materiais.

Poderão emergir, num primeiro momento de contacto com a língua portuguesa, as esferas de acção ou áreas de interesse mais familiares para o aprendente, como são, nos contextos do EPE, os domínios privado, público e educativo.

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Dentro dos domínios, e como aglutinadores do discurso, surgem temas, à volta dos quais se desenvolvem os actos de comunicação. A selecção de uma área temática que motive e interesse os aprendentes e que seja adequada ao seu nível etário e ao contexto é uma das questões fulcrais na organização do processo de ensino e aprendizagem.

2.5.1. Temas

A escolha dos temas deverá obedecer aos critérios de flexibilidade e abertura, tendo em atenção as necessidades comunicativas dos diversos grupos de aprendentes e a eventual articulação com outras áreas curriculares.

A título meramente indicativo (e tal como ocorre no Nível Limiar e no QECR), propõe-se um conjunto de catorze temas, designadamente:

• identificação e caracterização pessoais;• vida privada;• casa; • ambiente;• escola;• alimentação;• compras e serviços;• tempos livres;• viagens e transportes;• higiene e saúde;• trabalho e profissões;• percepções;• relações sociais;• actualidades.

Em cada um destes temas poderão estabelecer-se subtemas. Por exemplo, o tema “Ambiente” poderá incluir os subtemas seguintes:

• fauna;• flora;• rios, mares, lagos;• poluição/não poluição;• áreas protegidas/reservas naturais;• higiene ambiental;• Homem e ambiente.

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Para cada subtema, o ensinante identificará um conjunto de noções específicas. Por exemplo, para Homem e ambiente, poderá especificar-se do seguinte modo:

• perigos: efeito estufa, camada de ozono, aquecimento global;• medidas: medidas de política, cidadania, educação;• agentes poluidores: transportes poluentes; níveis de poluição do ar; maré negra;• protecção civil: fogos florestais, catástrofes naturais, nível de resposta.

Tanto a enumeração de temas e subtemas, como a sugestão de áreas de noções específicas, dependem, em última análise, da decisão dos ensinantes, que, nas suas planificações, terão em conta o nível etário, os interesses, as necessidades, os níveis de referência do público-aprendente.

2.5.2. Tarefas e textos

Dado que o público é heterogéneo, podendo ser tendencialmente público de português língua materna, português língua estrangeira e português língua segunda, o ensino-aprendizagem da língua pode privilegiar a prática comunicativa, a reflexão sobre a língua ou a língua de acesso aos saberes das diversas áreas disciplinares. Nesta perspectiva, adopta-se uma abordagem orientada para a acção, em que o público aprendente será sobretudo actor social e utilizador da língua.

Os aprendentes realizarão tarefas nos domínios em que ocorre a comunicação. A realização de tarefas significativas permite um modelo flexível e dinâmico capaz de abranger diferentes competências e respeitar o desenvolvimento psicocognitivo, implicando materiais modulares, flexíveis e criativos e contribuindo para uma aprendizagem pró-activa em português.

Veiculados através de suportes vários (voz, impressão, áudio, vídeo, …), os tipos de textos podem incluir:

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Na oralidade• instruções;• anúncios públicos;• conversas em presença;• noticiários na rádio e na televisão;• conversas telefónicas;• espectáculos; • teatro, leituras públicas, canções,...;• comentários desportivos;• outros.

Na escrita• instruções;• manuais escolares;• livros;• textos literários;• banda desenhada;• publicidade;• revistas;• jornais;• cartas e postais;• mensagens de correio electrónico;• mensagens de telemóvel;• folhetos e prospectos;• dicionários;• impressos e questionários;• bases de dados (notícias, literatura, informações);• outros.

5. Entende-se aqui por texto qualquer enunciado, oral ou escrito, objecto de recepção, produção ou troca.

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3. PROFICIÊNCIA E AVALIAÇÃO 3.1. Organização do ensino-aprendizagem

A organização do ensino, aprendizagem e avaliação decorre da análise das necessidades em língua do público-aprendente. Deve, por isso, contemplar uma avaliação diagnóstica inicial (no início do ano ou no momento de entrada do aprendente nos cursos de português). Os dados obtidos, que terão em consideração a idade do aprendente bem como o seu desenvolvimento cognitivo e o seu grau de maturação, permitem seguidamente identificar as competências a desenvolver, seleccionar os conteúdos e as situações de aprendizagem mais adequadas de acordo com as características do aprendente. Os conteúdos são seleccionados a partir dos descritores dos níveis de referência e das competências (gerais e em língua). As competências orientam o trabalho do(a) ensinante na medida em que, tendo conhecimento de como se desenvolve uma competência de comunicação, em qualquer domínio, poderá fazer opções mais conscientes que contribuirão para o sucesso de todos.

Esta abordagem à organização do ensino-aprendizagem-avaliação dos cursos (avaliação diagnóstica, conteúdos organizados por níveis/competências/domínios de comunicação) permite o desenvolvimento da autonomia da aprendizagem e do ensino. Como a identificação dos conteúdos é feita a partir das mesmas referências, a heterogeneidade do ensino e da aprendizagem torna-se transparente e potencia a intercompreensão entre todos os intervenientes no processo educativo. A abordagem ao ensino em todos os contextos diferentes passa a ser coerente e mais flexível, mais de acordo com as necessidades dos aprendentes e menos com os objectivos estabelecidos anualmente em função de referências muito diversificadas.

A organização do ensino, da aprendizagem e da avaliação dos cursos em níveis de proficiência possibilita uma articulação com outros sistemas de ensino de línguas. Desta forma, pode cumprir-se o princípio da inclusão e da sustentabilidade. Os sistemas educativos europeus utilizam actualmente o QECR como referência para a identificação dos níveis em língua que os aprendentes devem ter no fim dos ciclos de escolaridade. Também os conteúdos de ensino e aprendizagem e as competências dos aprendentes em língua curricular 6, em alguns sistemas educativos, estão indexados a níveis de actuação. Ora, o recurso às mesmas referências no EPE beneficia todos os intervenientes.

O QuaREPE contempla os casos de alunos bilingues (na acepção de que usam duas línguas e não necessariamente que o seu uso é igual ou de que dispõem de um repertório linguístico de nível elevado), uma vez que foram adaptados descritores apresentados no QECR de forma a que pudessem incluir utilizadores com muito bom domínio de duas ou mais línguas e, por outro lado, a avaliação do desempenho do público-alvo nos cursos; para o reconhecimento da proficiência o QuaREPE prevê que os aprendentes possam ter níveis diferentes no oral e no escrito, na produção e na recepção. Também a auto-avaliação se faz com recurso aos mesmos níveis de referência, com descritores, que poderão também ser elaborados pelos professores ensinantes para verificação dos conteúdos de ensino-aprendizagem dos cursos, organizados por competências e domínios.

3.2. Níveis de proficiência

A proficiência em português dos alunos dos cursos EPE é bastante heterogénea, espelhando a diversidade de perfis sociolinguísticos e pessoais/familiares. Esta heterogeneidade reflecte-se na constituição e gestão pedagógica dos cursos. Da investigação que realizámos, concluímos que a

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6. Nem sempre é a língua materna ou a única língua materna do público-aprendente.

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organização do ensino-aprendizagem e da avaliação melhoraria se os ensinantes seleccionassem os conteúdos a partir de descritores para competências e níveis diferentes em português. Os cursos do EPE realizam-se em circunstâncias muito diferentes quanto à localização, articulação com o sistema educativo frequentado, duração, horário, constituição de grupos. Da caracterização dos públicos emerge uma grande diversidade de percursos pessoais/familiares e sociolinguísticos dos alunos.

A gestão desta diversidade não é consentânea com programas rígidos. Pelo contrário, o sucesso do ensino-aprendizagem passa por uma identificação de conteúdos adequados às necessidades comunicativas e expectativas do público. Esta abordagem decorre da aplicação dos princípios da flexibilidade, transparência e coerência.

Os descritores do QuaREPE caracterizam genericamente os níveis e deverão ser desenvolvidos pelos ensinantes em função dos perfis dos aprendentes. As descrições apresentadas não se referem a nenhum contexto específico, de modo a que todos os contextos de ensino--aprendizagem (mais ou menos formais, para públicos de idades diferentes) se possam rever nelas. No entanto, a descrição dos níveis deve ser adequada a cada potencial contexto de ensino--aprendizagem. Tal assunção implica que esta descrição, através de indicadores de actuação que descrevem o que os aprendentes são capazes de fazer em contextos diferentes de uso da língua, deve ser relacionável com os contextos de uso dos diferentes grupos da população-alvo.

Os níveis apresentados descrevem cinco proficiências, orais e escritas, de recepção e produção/interacção e reflectem progressão em diferentes domínios sociais de comunicação.

3.3. Avaliação do desempenho dos aprendentes

A avaliação do desempenho dos aprendentes nos cursos, que também podemos designar de avaliação interna, realiza-se com o objectivo de fornecer aos ensinantes, aos aprendentes, e eventualmente também aos encarregados de educação e às escolas, informação actualizada sobre a aquisição de competências. Deverá incidir sobre o que foi ensinado, que será parte de um conjunto de conteúdos de aprendizagem programados para um ano lectivo.

Esta avaliação do desempenho dos alunos nos cursos poderá ter o formato de uma ferramenta avaliativa elaborada pelo(a) ensinante e aplicada durante uma aula, com posterior comunicação do resultado e entrega das respostas corrigidas, ou de uma ferramenta que estimule a participação do público-aprendente na tomada de consciência das suas competências em língua. Assim, esta ferramenta tenderá a incluir-se no grupo de instrumentos de auto-avaliação.

Enquanto o teste elaborado pelo(a) ensinante é constituído por tarefas e questões com o objectivo de obter respostas relativas a compreensão da leitura, compreensão do oral, expressão oral ou expressão escrita, a auto-avaliação poderá ser composta por descritores do tipo sou capaz de, com vários tipos de resposta possível, como, por exemplo, já sou capaz de, ainda não sou capaz de, etc., ou ser elaborada num formato semelhante ao teste do(a) ensinante, por exemplo, solicitando ao aprendente que informe sobre se é capaz de participar nas situações de comunicação que lhe são apresentadas. Desta forma, pode obter-se resultados similares aos dos questionários sobre capacidades.

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Esta avaliação interna, com o objectivo de avaliação formativa, no formato teste ou questionário de auto-avaliação, deverá ser integrada no Portfolio pessoal do aprendente. O conjunto destes materiais contribuirão para enriquecer o Portfolio e são exemplos das competências do público-aprendente quando as comprovar, se necessário, para efeitos de mobilidade entre cursos de português, sistemas educativos ou para creditação no seu percurso escolar.

No QuaREPE - Tarefas, Actividades, Exercícios e Recursos para a Avaliação apresentamos algumas questões relativas a tipos e formatos de avaliação e damos exemplos de itens que podem compor estas ferramentas avaliativas.

3.4. Avaliação para o reconhecimento da proficiência do público- -aprendente: uma proficiência com competências parciais diferenciadas

A avaliação para o reconhecimento da proficiência é uma avaliação externa, conducente à certificação das competências dos utilizadores do português por níveis e capacidades visadas na utilização da língua. Valida as aprendizagens na medida em que o que é aprendido num curso (e também o que é aprendido em ambientes não formais de aquisição da língua) contribui para a aquisição das competências esperadas no final dos níveis A1-C1, oralmente e por escrito, produtiva e receptivamente.

Esta avaliação tem impactos positivos: confere um valor acrescido aos cursos e promove a sua transparência junto dos encarregados de educação, alunos, autoridades educativas; facilita a mobilidade entre cursos; valida os cursos do EPE nos percursos educativos dos alunos. Será assim mais fácil para quem estuda português em formatos extracurriculares ver validadas competências adquiridas porque todo o sistema de produção e gestão dos testes segue um conjunto de normas, comuns a outras línguas, em prática nas escolas e do conhecimento de professores, alunos e encarregados de educação. Além disso, intensifica o interesse de todos pelos cursos porque lhes acrescenta um valor.

Esta abordagem valoriza as competências que o público-aprendente desenvolve dentro e fora de sistemas formais de aprendizagem (da língua) e adapta-se às competências que têm nos usos primários e secundários da língua, formais e não formais, decorrentes dos seus perfis.

Os alunos podem submeter-se a testes de nível diferente em cada uma das competências visadas. Assim, um aluno pode fazer um teste de compreensão do oral de B1, um teste de expressão oral de B1, um teste de compreensão de leitura de A2 e um teste de expressão escrita de A1. A escolha dos níveis decorre de recomendações dos professores ou de negociação entre professor-aluno, com a cooperação dos encarregados de educação e das autoridades educativas.

A certificação contém uma descrição do que o utilizador é capaz de fazer na competência visada e do nível de desempenho, ajudando à melhor compreensão do valor e significado das competências do público-aprendente. Para registo das competências deve ser utilizado o Portfolio adoptado. Aliás, como já foi referido, este material é relevante para registo das competências gerais e em língua.

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3.5. Descritores Níveis de competência (cinco níveis – A1, A2, B1, B2 e C1)

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

CARACTERIZAÇÃO GERAL

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de compreender e utilizar palavras e expressões conhecidas e simples para satisfazer necessidades, de acordo com o seu nível etário, identificando tema e conteúdo em textos claros, com apoio de imagens ou de outros recursos.

É capaz de interagir de forma muito simples compreendendo e usando as expressões mais comuns do quotidiano e frases muito simples com o objectivo de satisfazer necessidades comunicativas, desde que o interlocutor fale devagar e de forma clara e seja cooperativo.

É capaz de compreender palavras, frases e expressões frequentes em situações de comunicação sobre si próprio, a família, amigos, casa, animais, escola, outros espaços familiares, tempos livres, e outros temas de importância imediata.

É capaz de procurar e compreender tópicos informativos e do seu interesse em interacções quotidianas ou em documentos lidos por si próprio ou por outros.

É capaz de interagir em breves debates sobre saberes escolares com recurso a suporte de imagem.

É capaz de compreender os pontos principais de textos orais e escritos sobre assuntos relacionados com a vida escolar e cívica, os conteúdos curriculares, e ainda actividades dos tempos livres e vida social.

É capaz de relatar experiências, acontecimentos, desejos, e de apresentar opiniões sobre assuntos conhecidos no domínio privado, escolar e público.

É capaz de produzir textos simples, coerentes e coesos sobre assuntos conhecidos ou de interesse pessoal, actuais ou do passado.

É capaz de compreender mensagens e intervenções extensas sobre um assunto relativamente familiar ou já conhecido ou da actualidade.

É capaz de compreender as ideias principais de textos complexos versando tópicos concretos ou abstractos, principalmente sobre assuntos do seu interesse ou da actualidade.

É capaz de interagir com relativa fluência e espontaneidade com falantes nativos, desde que o tema seja relativamente conhecido.

É capaz de compreender textos orais marcados por ritmos de elocução relativamente rápidos e/ou com muitas marcas de oralidade susceptíveis de tornarem o texto menos claro, ou com elementos culturais que exijam compreensão de implicitações.

É capaz de compreender textos escritos complexos, pela temática, pela organização do texto, apresentação de argumentos e uso de variedades linguísticas.

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 22

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de estabelecer contactos sociais e educativos, usando adequadamente formas de saudação e de apresentação.

É capaz de pedir e dar informações sobre si próprio ou sobre outras pessoas, tais como nome, idade, profissão, aspecto físico, morada local onde mora, pessoas que conhece.

É capaz de trocar informações de acordo com os seus tópicos de interesse, falando acerca de factos e de hábitos relacionados com o domínio educativo ou privado.

É capaz de resolver as dificuldades de comunicação, com recurso a várias estratégias de comunicação.

É capaz de comunicar em situações dos domínios em que actua e que requerem troca de informação simples e directa, utilizandoexpressões e enunciados ligados por conectores simples.

É capaz de relatar, em textos curtos ,acontecimentos, actividades e experiências pessoais passadas, no domínio privado e educativo, bem como de construir textos sobre pessoas, objectos, locais, imagens.

É capaz de reproduzir as ideias principais de textos breves lidos ou ouvidos.

É capaz de dominar o vocabulário básico relacionado com necessidades quotidianas nos domínios educativo, privado e público.

É capaz de comunicar com razoável correcção, em contextos habituais de comunicação, apesar das influências óbvias da língua materna. O que exprime é claro, apesar da ocorrênciade alguns erros.

É capaz de produzir textos sobre vários assuntos do seu interesse em vários domínios de comunicação, designadamente os relacionados com as suas áreas curriculares, com apresentação de pormenores e pontos de vista.

É capaz de comunicar com um bom controlo gramatical, embora possam ocorrer lapsos ou alguns erros não sistemáticos ou na estrutura da frase que podem ser facilmente corrigidos pelo próprio.

É capaz de comunicar espontânea e fluentemente, evidenciando marcas próprias do texto oral nos domínios fonético, morfológico, sintáctico e na repetição de “bordões linguísticos”.

É capaz de manter um nível elevado de correcção gramaticalde forma constante; os erros são raros e fáceis de identificar.

CARACTERIZAÇÃO GERAL

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23QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de usar a sequência alfabética para consultar dicionários.

É capaz de dominar o vocabulário básico e frequente nos domínios privado e educativo, com recurso a estratégias de comunicação, se necessário.

É capaz de usar algumas estruturas e formas gramaticais simples, que pertencem a um repertório memorizado.

É capaz de usar com correcção, estruturas simples, mas ainda comete erros elementares de forma sistemática.

CARACTERIZAÇÃO GERAL

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24QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de reconhecer palavras e frases simples e curtas que lhe sejam familiares, quando o interlocutor fala pausadamente e de forma clara.

É capaz de entender instruções breves, simples e claras sobre tarefas a realizar e que digam respeito a si próprio ou à sua família, desde que o interlocutor fale pausadamente e de forma clara (ou que utilize outras estratégias de comunicação).

É capaz de compreender enunciados simples relacionados com a vida escolar, com recurso a várias estratégias de comunicação.

É capaz de compreender palavras e expressões relativas a necessidades de comunicação consideradas prioritárias, com a condição de o interlocutor falar de forma lenta e clara.

É capaz de identificar o assunto de uma conversa, na sua presença, desde que este seja adequado aos seus interesses e faixa etária.

É capaz de compreender aspectos essenciais de informações ou instruções breves, simples e claras.

É capaz de compreender mensagens curtas de gravações telefónicas.

É capaz de compreender informação essencial de passagens curtas de emissões de rádio, televisão e de gravações áudio ou vídeo sobre um assunto corrente previsível, por exemplo informação meteorológica.

É capaz de compreender informações sobre assuntos da vida quotidiana, designadamente os relativos ao estudo, regras de cidadania com a condição de o interlocutor falar de forma lenta e clara.

É capaz de compreender os aspectos principais duma conversa, na sua presença, desde que se privilegie o que se considera norma padrão. É capaz de compreender, na generalidade, informação contida em mensagens gravadas ou compreender programas de rádio e televisão que refiram assuntos já conhecidos ou de interesse pessoal.

É capaz de compreender mensagens televisivas e fílmicas em língua padrão, sobre assuntos conhecidos, concretos ou abstractos.

É capaz de compreender conversas na sua presença, embora possa não compreender vocabulário erudito ou técnico especializado.

É capaz de compreender mensagens gravadas em língua padrão, reconhecendo o conteúdo informativo, o ponto de vista e a atitude do locutor.

É capaz de compreender, com facilidade, textos orais longos sobre assuntos diversos.

É capaz de compreender mensagens gravadas ou radiodifundidas, identificando pormenores, atitudes implícitas e linguagem metafórica.

É capaz de compreender instruções com vocabulário técnico especializado, relacionado com áreas que conhece.

É capaz de compreender conversas longas sobre assuntos do seu interesse.

COMPREENSÃO ORAL

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25QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de ler um texto, obedecendo às regras de pontuação.

É capaz de compreender as palavras-chave de textos curtos muito simples, que lhe sejam familiares e se refiram a situações frequentes do quotidiano.

É capaz de identificar as personagens de uma história.

É capaz de ler um texto dialogado com entoação e ritmo.

É capaz de localizar informação específica e previsível em documentos simples, tais como: mapas, verbete de dicionário, prospectos, ementas, horários, avisos, sinais e painéis em locais públicos, instruções.

É capaz de identificar o essencial de textos difundidos pela imprensa e pela televisão.

É capaz de compreender informação, em textos, ou partes de textos, razoavelmente extensos, seleccionando-a para cumprimento duma tarefa específica.

É capaz de identificar os elementos que constituem argumentos num texto.

É capaz de identificar os pontos essenciais de notícias sobre assuntos de interesse pessoal.

É capaz de ler com grande grau de autonomia, adaptando o modo e a rapidez a diferentes textos e objectivos, demonstrando conhecimento de um vocabulário amplo, podendo ter dificuldades com expressões pouco frequentes.

É capaz de compreender o essencial da correspondência corrente no âmbito dos seus interesses.

É capaz de ler textos longos e complexos, sobre assuntos diversos, desde que possa descodificar o vocabulário erudito, metafórico e técnico.

É capaz de compreender mensagens complexas, com eventual apoio de um dicionário ou de outros auxiliares

É capaz de compreender e seleccionar informação em textos longos e complexos, referentes a uma vasta gama de assuntos.

LEITURA/ COMPREENSÃO

É capaz de ler um texto, obedecendo às regras de pontuação.

É capaz de compreender as palavras-chave de textos curtos muito simples, que lhe sejam familiares e se refiram a situações frequentes do quotidiano.

É capaz de ler um texto dialogado com entoação e ritmo.

É capaz de compreender textos sobre assuntos relativos à vida quotidiana e ainda os relativos aos domínios educativos, público e privado.

É capaz de compreender mensagens relatando acontecimentos e impressões nos domínios privado e educativo.

É capaz de ler com grande grau de autonomia, adaptando o modo e a rapidez a diferentes textos e objectivos, demonstrando conhecimento de um vocabulário amplo, podendo ter dificuldades com expressões pouco frequentes.

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26QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de compreender textos inseridos na programação televisiva ou em sítios da Internet (legendas de filmes, textos publicitários, jornais televisivos).

É capaz de compreender informações e instruções pormenorizadas e mensagens não pessoais, como memo e aviso.

É capaz de compreender mensagens de natureza pessoal (carta ou correio electrónico).

É capaz de compreender textos lúdicos e literários, de acordo com a sua faixa etária.

É capaz de identificar o essencial de textos informativos muito simples, quando acompanhados de elementos paratextuais.

É capaz de seguir instruções escritas breves e simples, em actividades escolares.

É capaz de compreender o essencial de mensagens simples e breves de natureza pessoal (postal, bilhete, correio electrónico).

É capaz de seguir instruções escritas simples relativas a assuntos do seu interesse ou necessidades imediatas.

É capaz de compreender e seleccionar informação em textos extensos e complexos, referentes a uma vasta gama de assuntos do seu interesse ou da actualidade.

É capaz de compreender artigos de imprensa, no âmbito dos seus interesses e de temas actuais, com eventual recurso ao dicionário.

É capaz de compreender instruções longas.

É capaz de compreender em pormenor uma vasta gama de textos principalmente nos domínios privados, educativos e públicos.

É capaz de compreender em pormenor instruções longas, sem apoio de auxiliares, desde que estejam relacionadas com áreas científicas/técnicas conhecidas ou do domínio do quotidiano.

LEITURA/ COMPREENSÃO

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27QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de usar frases simples para falar de si próprio, da família, dos amigos, do local onde vive, dos tempos livres e gostos, estados físicos e psicológicos.

É capaz de interagir sobre assuntos conhecidos e do seu interesse, desde que o interlocutor esteja preparado para repetir ou parafrasear a um ritmo de elocução muito lento, e ajude a reformular.

É capaz de dar instruções breves e simples, com recurso a estratégias de comunicação.

É capaz de formular frases e de as encadear para relatar acontecimentos pessoais ou do seu interesse no presente ou no passado.

É capaz de fazer breves apresentações previamente preparadas com conteúdo previsível relativo à vida quotidiana, incluindo breves explicações para as suas opiniões e actos.

É capaz de fazer perguntase de dar respostas, desde que simples e directas, sobre situações previsíveis da vida quotidiana (família, amigos, casa, escola, gostos, tempos livres, matérias escolares), com recurso, se necessário, à ajuda do interlocutor ou a outras estratégias de comunicação.

É capaz de falar sobre assuntos do seu interesse, apresentados numa sequência linear de pontos.

É capaz de relatar experiências pessoais ou acontecimentos, dando conta dos seus sentimentos e reacções.

É capaz de narrar uma história, eventualmente um livro ou um filme, dando conta da sua opinião.

É capaz de expressar emoções e sentimentos, tais como: alegria, surpresa, amizade, tristeza, curiosidade relativamente a factos.

É capaz de desenvolver de forma metódica uma apresentação ou descrição, destacando aspectos e pormenores importantes sobre assuntos relativos à sua área de interesse, justificando as ideias através de elementos complementares e de exemplos.

É capaz de abordar um problema, apresentando a sua opinião, justificando-a, ou corroborando a opinião de outrem.

É capaz de falar sobre um assunto do seu interesse, desde que previamente preparado, podendo afastar-se espontaneamente do esquema inicial, demonstrando à-vontade e facilidade de expressão.

É capaz de apresentar, descrever ou narrar assuntos complexos, com recurso a argumentoscomplementares e desenvolvimento de aspectos específicos, terminando por uma conclusão apropriada.

É capaz de fazer uma exposição, de forma clara e estruturada, sobre um assunto complexo, com eventual recurso a justificações e a exemplos, podendo responder às objecções com relativa espontaneidade.

É capaz de participar sem grande dificuldade em conversas sobre assuntos da actualidade ou do seu interesse, com eventual recurso a expressões fixas ou idiomáticas.

PRODUÇÃO/INTERACÇÃO ORAL

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 28

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de participar em debates, argumentando a favor ou contra mas adequadamente com relativo à vontadee espontaneidade.

É capaz de interagir, dando opiniões, concordando ou discordando, modalizando as respostas, concluindo e enfatizando os pontos principais.

É capaz de sintetizar informação ou argumentos, valorizando os pontos que considera mais importantes.

É capaz de participar em entrevistas, como entrevistador ou como entrevistado, desenvolvendo e valorizando determinados aspectos, com relativa fluência e sem recurso a ajudas.

É capaz de solicitar pedido de informação ou esclarecimento para aquilo que não sabe.

É capaz de interagir em conversas curtas, expressando a sua vontade ou opinião, recorrendo se necessário a estratégias de comunicação.

PRODUÇÃO/INTERACÇÃO ORAL

É capaz de participar em conversas sobre assuntos relacionados com a vida quotidiana e escolar, exprimindo opiniões, concordância ou discordância sobre questões de interesse geral e educativo.

É capaz de interagir com o objectivo de obter ou de dar informação, fornecer e seguir directivas e instruções, para fazer face a situações imprevisíveis do quotidiano.

É capaz de trocar, verificar e confirmar informação do domínio privado em situações imprevisíveis, explicando a razão dum problema.

É capaz de interagir com à vontade, correcção e eficácia numa vasta gama de assuntos seus conhecidos, expondo as suas opiniões e defendendo-as, fornecendo explicações e argumentos.

É capaz de participar em conversas razoavelmente longas sobre a maior parte dos assuntos do seu interesse, fazendo comentários, expondo pontos de vista, exprimindo emoções sentimentos.

É capaz de sintetizar informações e argumentos provenientes de fontes diferentes.

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29QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

É capaz de pedir ou transmitir informações sobre si próprio, a família e os amigos, utilizando expressões e frases simples com dados ligados à identificação e caracterização pessoais, da família ou das pessoas que conhece.

É capaz de escrever mensagens simplese breves (SMS, postal, correio electrónico,...).

É capaz de responder afirmativa ou negativamente a convites e pedidos.

É capaz de preencher formulários com referências à identificação de si próprio e dos outros (nome, nacionalidade, idade, morada,...).

É capaz de usar expressões e frases simples ligadas por conectores simples, tais como “e”, “mas” e “porque”, sobre assuntos relativos ao seu quotidiano.

É capaz de fazer uma breve e simples narração de acontecimentos e experiências pessoais. É capaz de escrever, de forma simples, biografias reais ou imaginárias.

É capaz de escrever notas ou mensagens simples e breves respeitantes a necessidades concretas e imediatas, podendo recorrer, se necessário à reformulação.

É capaz de escrever textos simples de correspondência pessoal.

É capaz de preencher inquéritos e formulários simples, fornecendo dados (identificação, saúde) sobre si próprio ou outrem (família, amigos).

É capaz de escrever textos simples e articulados numa sequência linear sobre vários assuntos no âmbito dos seus interesses.

É capaz de fazer uma descrição pormenorizada, simples e directa, sobre assuntos seus conhecidos, nos domínios onde tem de actuar (designadamente privado e educativo).

É capaz de relatar, num texto simples e articulado, acontecimentos e viagens (reais ou imaginárias), incluindo sentimentos e a manifestação de opiniões, acordo, desacordo e justificação de acções.

É capaz de escrever, no domínio educativo ou privado, mensagens (carta ou correio electrónico) sobre assuntos de natureza curricular, pessoal e cultural.

É capaz de escrever textos claros e pormenorizados sobre diversos temas no âmbito dos seus interesses, fazendo a síntese e a avaliação de informação e de argumentos de origens diversas.

É capaz de escrever textos descritivos ou narrativos sobre acontecimentos e experiências, bem como sobre uma variedade de assuntos no âmbito dos seus interesses ou da actualidade.

É capaz de escrever um texto expositivo, apresentando informação, argumentação, ou justificando pontos de vista nos domínios onde precisa de actuar.

É capaz de escrever textos estruturados, de forma clara, sobre assuntos fora da sua área de interesse, salientando os pontos mais relevantes e defendendo um ponto de vista, através de exemplos pertinentes para chegar a uma conclusão apropriada, utilizando os registos linguísticos mais adequados.

É capaz de escrever textos descritivos ou narrativos, claros e estruturados, adequados ao fim em vista (designadamente com fins estéticos ou lúdicos).

PRODUÇÃO/ INTERACÇÃO ESCRITA

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30QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR

COMPETÊNCIA EM LÍNGUA

A1 A2 B1 B2 C1

PRODUÇÃO/ INTERACÇÃO ESCRITA

É capaz de escrever mensagens com clareza, nos domínios em que tem de actuar, com recurso a diferentes registos linguísticos (incluindo os registos afectivo e humorístico), ou os provérbios, adjectivações comparativas e expressões idiomáticas.

É capaz de escrever, de forma clara, estruturada e com vocabulário adequado, sobre assuntos escolares ou do seu interesse.

É capaz de escrever pedidos, relatórios,cartas de motivação, currículos para os domínios em que precisa de actuar.

É capaz de escrever mensagens em que pode exprimir diferentes graus de emoção, destacar os aspectos importantes dum acontecimento ou duma experiência e fazer comentários.

É capaz de expor problemas e levantar questões num determinado contexto que implica a compreensão de vários factores.

É capaz de preencher inquéritos e formulários sobre assuntos do quotidiano ou do seu interesse.

É capaz de escrever, de forma clara, notas com informações simples, mas relevantes, nos domínios privado e educativo.

É capaz de expor, de forma clara, problemas e de colocar questões.

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 31

BIBLIOGRAFIA

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QuaREPE | DOCUMENTO ORIENTADOR 34

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XAVIER, M. F. & MATEUS, M. H. (org.) (1992). Dicionário de Termos Linguísticos. Associação Portu-guesa de Linguística e Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Vol. II. Lisboa: Ed. Cosmos.

GRAMÁTICAS E OUTROS AUXILIARES

CUNHA, C. & LINDLEY CINTRA (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa.

DUARTE, I. (2000). Língua Portuguesa, Instrumentos de Análise. Lisboa: Universidade Aberta.

MATEUS, M. H. et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 5.ª Edição. Lisboa: Caminho.

PERES, J. A. & MÓIA, T. (1995). Áreas críticas da língua portuguesa. Lisboa: Caminho.

PERINI, M. A. (1995). Gramática descritiva do português. São Paulo: Editora Ática.

LEGISLAÇÃO

Resolução do Conselho de Ministros n.º 188/2008, de 16 de Julho, publicada no Diário da República, 1.ª série, N.º 231, de 27 de Novembro.

Despacho n.º 21 787/2005 (2.ª série), de 28 de Setembro de 2005, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, publicado no Diário da República – 2.ª Série, n.º 200, de 18 de Outubro de 2005 Pág. 49

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SÍTIOGRAFIA*

DGIDC:http://sitio.dgidc.min-edu.pt/Paginas/default.aspx

Portal das Escolas:http://www.portaldasescolas.pt

Instituto Camões:http://www.instituto-camoes.pt/

Plano Nacional de Leitura:http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt

Conselho da Europa:http://www.coe.inthttp://www.ecml.at

Relatórios da OCDE sobre os diversos países europeus:http: //www.oecd.org

Miúdos Seguros na Net:http://www.miudossegurosna.net/

Portal Infantil na RTP (Zig Zag) :http://www.rtp.pt/wportal/infantil/

António Torrado escreve e conta a história do dia e a Cristina Malaquias ilustra:http://www.historiadodia.pt/pt/index.aspxhttp://junior.te.pt

C@TRAIOS - O Portal dos Miúdos e Graúdos:http://www.catraios.pt

Sesame Street: http://www.sesameworkshop.org/sesamestreet/

Sítio dos miúdos:http://www.sitiodosmiudos.pt/sitio.asp

Piuii Educação Infantil - Portal Brasileiro com Música para Crianças:http://www.piuii.com.br/

O leme - Portal de busca:http://www.leme.pt/criancas/

*acedida em 10 de Março de 2011

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