Ano 2Número 2Março 2012

AMBIENTESAUDAVELQualificação do ambiente de saúde

Editorial

Prezados,

Eis nosso segundo Informativo trimestral Ambiente Saudável!

Embora tenhamos atividades em andamento e outras muitas progra-madas para 2012, a ABDEH informa alguns eventos importantes, os quais devem constar da agenda de todos os que lidam com ambien-tes de saúde:

V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Saudável (www.abdeh2012.com), promovido pela ABDEH, acontecerá de 4 a 7 de setembro, em São Paulo. Já temos o apoio institucional das principais entidades nacionais e internacionais, importantes convidados confirmados e a adesão de significativos patrocinadores. Destacamos, dentre os conferencistas, duas autori-dades de renome no planejamento de ambientes de saúde: o italiano Romano Del Nord e a norte-americana Jain Malkin. Imperdível! Os autores, interessados em apresentar seus trabalhos na área e/ou re-sultados de suas pesquisas, devem acessar o site do congresso.

Adh’2012 - Feira HOSPITALAR (www.saocamilo-sp.br/adh2012) ocorre em São Paulo, de 22 a 25 de maio. O evento representa a maior e mais importante exposição de materiais, equipamentos, tecnologias e sistemas. Para inscrições até 29 de abril, os associa-dos da ABDEH recebem desconto especial de 35% sobre o valor

INFORMATIVO ABDEH

Notícias ABDEHEventos Regionais com Patrocínio A ABDEH acaba de contratar a Targets Eventos e Comunicação para captar recursos e organizar cotas nacionais e regionais de patrocí-nio nos eventos regionais. Marcas e produtos dos patrocinadores poderão ser apresentados em nossas 16 unidades. Mais informa-ções e reservas com Marcela Coimbra, da Targets, pelo telefone (11) 2936-8788 ou pelo e-mail: marcelacoimbra@targetseventos.com.br

Trabalhos Técnicos Já estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos téc-nicos, comunicações orais e pôsteres no V Congresso da ABDEH. Os interessados deverão submeter, à Comissão Científica, trabalho escrito sobre o tema do Congresso, em português ou espanhol, até o dia 31 de março. O regulamento e os prazos já estão disponíveis no link www.abdeh2012.com . Participe!

www.abdeh.org.br

1

Fábio BitencourtPresidente da ABDEH (gestão 2011-2014)

V Congresso ABDEH A comissão científica do congresso já definiu os nomes dos keynote speakers que farão parte da grade de palestras do evento. Já estão confirmadas as presenças do arquiteto italiano Romano Del Nord e da arquiteta norte-americana Jain Malkin, além de importantes no-mes nacionais, como Rita de Cassia Groto, Maurício Plotkowski, Ana Virgínia Sampaio e João de Lucca.

Imag

em: F

otol

ia

individual. A programação completa dos congressos e jornadas está disponível no site do evento.

22º IFHE Congress 2012 (www.ifhe.info), promovido pela Inter-national Federation of Hospital Engineering (IFHE), esse congres-so bienal está programado para os dias 13 a 17 de abril, na Noruega. Paralelamente, acontece no mesmo período a reunião anual dos representantes dos 42 países filiados. Saiba mais informações no site da IFHE.

As 16 Diretorias Regionais da ABDEH também já organizaram sua programação de eventos para 2012. Procure conhecer e participar dos seminários, visitas técnicas e palestras, organizados por nossa Associação em seu Estado.

Contribua com nossas publicações, encaminhando dúvidas, suges-tões, textos técnicos e outras colaborações. Boa leitura!

Artigo

A Manutenção é o conjunto de processos e ope-rações que se realiza nos componentes de um dado sistema e que visa obter um nível satis-fatório de desempenho. São todas as ações que venham contribuir para evitar que a edificação apresente defeitos que acumulem e venham a influenciar negativamente em seu funcionamento ou que prejudiquem as pessoas que dela fazem uso e diminuam o tempo de sua vida útil. A manutenção pode ser preventiva, corretiva e preditiva.

Preventiva, executada regularmente, de acordo com programação pré-via, diminui as possibilidades de avarias ou defeitos nas edificações. O pronto atendimento das solicitações evitará que pequenos reparos, corrigidos no tempo devido, transformem-se em reformas de grande e médio portes, os quais tantos transtornos provocam na utilização do edifício hospitalar.

Corretiva, realizada quando houver avarias ou defeitos. Podem ser obras de recuperação, feitas sem necessidade de interrupção pro-longada no funcionamento da edificação (dessa forma, ainda presta alguns serviços) ou obras de reforma, executadas com a suspensão do funcionamento, quando ficam interrompidos temporariamente os serviços prestados pela edificação hospitalar.

Preditiva, por ser antecipada, promove o estudo de sistemas e equi-pamentos, com análise de seus comportamentos em uso, a fim de identificar eventuais anomalias e estabelecer os procedimentos de manutenção preventiva necessários.

Para a manutenção preventiva, antes de tudo, é preciso lembrar que as edificações devem ser projetadas e construídas visando a facilidade de sua conservação, o que evita a deterioração do patrimônio e o consequente alto custo de recuperação. Isto representa uma enorme economia nos custos.

Considerando-se o custo dessas edificações e de seus equipame-tos, aliado às dificuldades econômicas e financeiras do País em que vivemos, o descuido é um “luxo” ao qual não temos o direito de nos permitir, pois tudo isso pode ser parcialmente destruído pela falta de atenção aos princípios elementares e básicos da manutenção.

Para manter as edificações em condições normais de funcionamento, é indispensável que tenhamos programas eficientes e perfeitamente estruturados para cuidar da sua manutenção. A necessidade de revi-são sempre existirá, por melhores que tenham sido os projetos e as técnicas construtivas. Isso não implicará no desgaste resultante do uso de suas dependências, equipamentos e instalações.

A manutenção deverá ter a função normativa conforme determinação da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e resoluções da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as quais abordam procedimentos de operação, uso, manutenção e gerenciamento nos edifícios hospitalares.

A durabilidade de uma edificação está diretamente ligada à rotina de manutenção que lhe é imposta e os seus custos. Apesar disso, não se tem dado muita ênfase à manutenção e é bastante grave a escassez de recursos de pessoal especializado nesse campo. Em decorrência da falta de mão de obra, as instituições públicas de saúde utilizam, em parte do universo de seus equipamentos, os serviços de manutenção oferecidos por terceiros, a custos, muitas vezes, exorbitantes. Sem acompanhamento direto dos serviços e com a falta de controle de qualidade, a consequência será uma rede de saúde desigual, com des-perdícios de recursos financeiros e, em muitos casos, negligenciando o gerenciamento de riscos a pacientes e operadores.

Todos os procedimentos e rotinas utilizados na manutenção preventi-va devem ser continuamente avaliados, ajustados e complementados, de modo a permanecerem atualizados ao longo da evolução tecno-lógica. Devem ser consistentes com as necessidades e experiências adquiridas na gestão do Sistema de Manutenção que, de preferência, será apoiada por um Sistema de Informação (SI) - software para montagem e gerenciamento de todos os dados e informações pertinentes às atividades de manutenção.

Apesar de todos esses pré-requisitos citados, a gerência e a manu-tenção da infraestrutura física dos edifícios hospitalares, privados ou públicos, têm sido deficitárias, pois, entre outras razões, nem sempre as etapas básicas de um processo gerencial são articuladas entre o planejamento, o projeto, a execução e a manutenção.

Estamos convencidos da necessidade imperiosa de que haja em nosso País, uma consciência das vantagens e dos benefícios de uma boa ma-nutenção do edifício hospitalar.

MANUTENÇÃO NOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES: O QUE É PRECISO FAZER?

José Mauro CarrilhoArquiteto urbanista, perito judicial, mestrando em Educação Profissional

em Saúde pela Fiocruz, pós-graduado em Administração Hospitalar e da

Saúde, MBA Gestão em Saúde, professor convidado para ministrar as dis-

ciplinas “Custos de Obras Hospitalares” e “Manutenção Hospitalar”.

Qualificação do ambiente de saúde

AMBIENTESAUDAVEL

2

em dois blocos. O primeiro, destinado à assistência dos pacien-tes, e, o segundo, aos serviços de apoio. Na segunda etapa, a construção do novo Prédio de Apoio Administrativo e da Por-taria Principal, articulando os novos fluxos do Complexo. No terceiro estágio, a construção do novo Bloco Cirúrgico, junto à UPA e posteriormente, a quarta fase, com a verticalização do Bloco de Apoio da UPA e a implantação das Unidades de In-ternação. Assim, a área total do complexo alcançará 12.595 m², dispondo ainda de espaço para futuras ampliações.

Atualidades

Tweet das Regionais

Complexo de Saúde do Trabalhador – CST, em Bento Gonçalves (RS)Projeto Arquitetônico:

Badermann Arquitetos - associado ABDEH

Para viabilizar o Complexo de Saúde do Trabalhador, a Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves (RS) adquiriu o antigo hospital Dr. Walter Galassi, com uma área de 20.490m², sendo 4.920m² de área construída. O município tem políticas claras de saúde pública que fazem parte de seu Plano Diretor. Por isso, as diretrizes buscam ampliar a rede física de atendimento, adequando-a às necessidades da população.

Conhecida por sua capacidade técnica, o projeto arquitetônico do CST ficou a cargo da Badermann Arquitetos. Para isso, o Plano Diretor Hospitalar baseou-se num diagnóstico físico-funcional e no Planejamento Estratégico do novo Estabelecimento Assistencial de Saúde, que o definiu como um Hospital Geral de Baixa e Média Complexidade. Na primeira fase do projeto, determinou-se a cons-trução da Unidade de Atendimento Imediato – UPA, decomposta

Complexo Materno Infantil e Adolescente do Estado do Piauí

Projeto dos arquitetos Napoleão Lima Junior e

Adriano G. Melo - associados ABDEH

A partir de julho de 2012, começa a ser erguido, em Teresina (PI), o Complexo Materno Infantil e Adolescente, que funcionará tam-bém como hospital escola, dando suporte a vários cursos e especia-lidades oferecidos pelas Universidades Federal e Estadual do Piauí.

O projeto de arquitetura foi desenvolvido pelo arquiteto NapoleãoLima Junior em parceria com o escritório Adriano Melo Arquitetura e Urbanismo. O Complexo atende a princípios de sustentabilidade, como: especificação de materiais recicláveis e de baixo impacto ambiental; reuso de águas pluviais para uso não potável; aqueci-mento de água por coletor solar conjugado com o aproveitamen-to da energia térmica do resfriamento das torres do sistema de ar

www.abdeh.org.br

INFORMATIVO ABDEH

3

Imag

em: A

rq. N

apol

eão

Lim

a Jr

.

Imag

em: F

otol

ia

Imag

em: B

ader

man

n A

rqui

teto

s

#GOIÁS “ABDEH Regional Goiás realizou em 13/03/12 a palestra “A saúde da luz” com a arquiteta Neide Senzi no Auditório do CO-RENGO. Sucesso de público!”#RIO DE JANEIRO “Iniciamos novo Calendário de Palestras no dia 7 de março. Teremos palestras com temas interessantes e enriquecedores ao nosso aprendizado. Contamos com a presença de todos”

#SANTA CATARINA “2012 inicia com muita energia positiva e muitos eventos programados, participem! Teremos o Ciclo de Pa-lestras: “Ambientes de saúde em foco”, com os nossos encontros mensais e o Congresso da ABDEH, que este ano será em São Pau-lo. Grandes oportunidades para desenvolver o conhecimento.”#PARÁ “A Regional de ABDEH no Pará pretende em 2012 de-senvolver eventos em torno de assuntos referentes a Engenharia e Arquitetura Hospitalares.”

condicionado; a iluminação externa e da garagem localizada no sub-solo será por luminárias de led alimentadas por painéis fotovoltaicos. Será montada uma usina para tratamento dos resíduos infectantes e perfurocortantes que, ao final do processo, terão classificação como

“resíduo urbano classe 2”. A edificação será tipo torre, em duas co-lunas, uma para atendimento à maternidade e outra para atendimen-to aos infanto-adolescentes. Um hall central liga as duas colunas e recebe os elevadores, escadas, rampas e shaft’s para encaminhamen-to vertical das instalações. Para dar celeridade ao processo constru-tivo, optou-se por estrutura metálica conjugada com lajes steel deck.

Associados individuais - Pessoa FísicaAlessandra Siqueira FaleiroAna Carolina Cabral dos SantosAna Maria BezerraCarolina d’ AlbuquerqueClaudia NakamuraClaúdio da Fonseca VigoCristina Lenz MentgesDarlan de Oliveira BlohenEloane Maria da Silva FerreiraElsa Maria TonioloEmerson ItaborahyEvely Rabello DrummondFábio Luís da SilvaIgor Mendes PereiraIvana Vasconcelos FerreiraJoaquim Guilherme de Assis SeguraKarine Fortes MenesesLarissa Sabino Franca

Maicon Kefren Santini CoelhoMarcus F. de O. Carneiro LeãoMarília Rabello DrummondMarly Santana NeryMilton LimaMonize Fraga SouzaNdiogou DieneNewton Araujo QuintellaPatrícia Biasi CavalcantiPatrícia Gama RamalhoPaulo Cesar Alves MagnavitaRegina Amélia VeloniValdir Galvão AlvesVirgílio Gustavo da Silva

Associados institucionais - Pessoa JurídicaHunter Douglas do Brasil Ltda.- Associado OuroJohnson Controls BE do Brasil Ltda. - Associado Bronze

GOSPPEBASPRJRSBAPARSMTRSMSMGPERJPIRJ

RORORSBARJMTACRSSCALRJRJPESP

ArquitetaArquitetaArquitetaArquitetaArquitetaArquitetoArquitetaArquitetoArquitetaArquitetaArquitetoMédicaArquitetoArquitetoArquitetaAdministradorArquitetaArquiteta

EngenheiroArquitetoEstudanteArquitetaArquitetoAdministradoraArquitetoEngenheiroProfessoraArquitetaArquitetoArquitetaAdministradorEngenheiro

www.abdeh.org.br

4

Destaques

Anvisa estabelece novas regras para lavagem de roupa em hospital

Foi publicada no Diário Oficial da União, do dia 31 de janeiro de 2012, a Resolução da Diretoria Colegiada de nº 06/2012, da Anvisa, que dispõe sobre as boas práticas de funcionamento para as Unidades de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde, conhecidas como lavanderias hospitalares. A medida visa garantir mais limpeza e segurança sanitária no ambiente hospitalar.

A RDC 06/2012 se aplica a todas as unidades que cuidam do processamento de roupas, sejam elas públicas ou privadas, loca-lizadas ou não na mesma área física dos serviços de saúde. As unidades terceirizadas deverão ainda apresentar licença sanitária, emitida pela Vigilância Sanitária municipal.

A resolução estabelece as condições mínimas para a infraestru-tura de recebimento, separação, processamento, armazenagem e distribuição de roupas em serviços de saúde. Uma das determina-ções da RDC-06 é que as máquinas utilizadas na lavagem devam contar com barreiras, ou seja, duas portas distintas, uma para a colocação da roupa suja e outra para a retirada da roupa limpa.

Além disso, a resolução estabelece a obrigatoriedade de existirem áreas distintas para a descarga e recebimento da roupa suja e o processamento da roupa limpa, com o estabelecimento de um flu-xo correto entre esses ambientes. As unidades de processamento existentes terão 180 dias, a partir da data da publicação, para se adaptar à nova legislação.

Qualificação do ambiente de saúde

AMBIENTESAUDAVEL

ExpedienteAMBIENTESAUDAVEL

Qualificação do ambiente de saúde

Realização: ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar

Gestão ABDEH 2011-2014Fábio Bitencourt - presidenteJosé Cleber do Nascimento Costa - vice-presidente de Gestão Adm. e FinanceiraEmerson da Silva - vice-presidente Relações InstitucionaisElisabeth Hirth - vice-presidente ExecutivoCarla Vendramini - vice-presidente de MarketingMarcio Oliveira - vice-presidente de Desenvolvimento Técnico Científico

Marcia Janschitz dos Santos - gerente administrativo

Coordenação Geral: Marcio Oliveira, arquitetoCoordenação de Design: Carla Vendramini, designerJornalista responsável: Clarice Pereira (MTb 15.778)Impressão: Murc Editora Gráfica Ltda.Tiragem: 2.000 exemplaresDistribuição gratuita

ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar Av. Ibirapuera, 2907 Cj. 1124 (04029-200) São Paulo SP Brasil Tel. 55 11 5056-1434abdeh@abdeh.org.br www.abdeh.org.br

Diretores Regionais ABDEHBahia - Doris Vilas BoasCeará - Marcia de Souza GonçalvesDistrito Federal - Eliete AraujoEspírito Santo - Madalena MelloGoiás - Ricardo A. Maranhão de SáMinas Gerais - Daniela FenelonPará - José FreireParaíba - Teresa Lira

Paraná - Ana Carolina PotierPernambuco - Fernanda VenturaPiauí - Napoleão Lima JúniorRio de Janeiro - Regina Coeli C. de BritoRio Grande do Sul - Marcia Martinez de A. BastianRondônia - Nazareth FrançaSanta Catarina - Inara Beck RodriguesSão Paulo - Ana Paula Naffah Perez

Novos Associados ABDEH

Conheça alguns dos palestrantes internacionais confirmados para o V Congresso da ABDEH

Jain Malkin Considerada uma das profissionais mais influentes na área de design em estabelecimentos da saúde do estado da Califórnia, a pesquisadora norte-americana estuda os efeitos psicológicos dos ambientes de saúde em usu-ários e pacientes. É diretora do Center for Health Design e fundadora da Associação Americana de Design de Interiores da Saúde. Também lecionou design na Universidade de Harvard.

Romano Del Nord Importante estudioso italiano, o arquiteto é coordenador do grupo de pes-quisa sobre Tecnologia e Sistema para Edificação de Saúde - TESIS – da Universitá di Firenze (Itália). Responsável junto ao Ministério da Saúde da Itália na definição e publicação de normas e modelos de edificações universitárias e de saúde, ele representa a Itália no Public Health Group da União Internacional de Arquitetura (UIA).

Notícia Nacional

Desde 12/2011