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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA KARINE CARRILHO SANTOS REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS DAS MUDANÇAS DE POSICIONAMENTO DO PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: uma revisão integrativa Niterói-RJ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

KARINE CARRILHO SANTOS

REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS DAS MUDANÇAS DE POSICIONAMENTO DO

PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: uma revisão integrativa

Niterói-RJ

2016

KARINE CARRILHO SANTOS

REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS DAS MUDANÇAS DE POSICIONAMENTO DO

PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: uma revisão integrativa

Trabalho apresentado à Coordenação do

Curso de Graduação e Licenciatura em

Enfermagem da Universidade Federal

Fluminense, como requisito para obtenção

de grau de bacharelado e licenciatura em

Enfermagem.

Prof Dr. Dalmo Valério Machado de Lima – Orientador

EEAAC/UFF

Niterói – RJ

2016

S 237 Santos, Karine Carrilho. Repercussões hemodinâmicas das mudanças de

posicionamento do paciente com infarto agudo do miocárdio: uma revisão integrativa / Karine Carrilho Santos. – Niterói: [s.n.], 2016.

110 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016. Orientador: Prof. Dalmo Valério Machado de Lima. 1. Infarto do Miocárdio. 2. Postura. 3. Modalidades de

Posição. 4. Hemodinâmica. 5. Frequência Cardíaca. 6. Pressão Arterial. 7. Débito Cardíaco. I. Título.

CDD 616.1237

KARINE CARRILHO SANTOS

REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS DAS MUDANÇAS DE POSICIONAMENTO DO

PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: uma revisão integrativa

Trabalho apresentado à Coordenação do

Curso de Graduação e Licenciatura em

Enfermagem da Universidade Federal

Fluminense, como requisito para obtenção

de grau de bacharelado e licenciatura em

Enfermagem.

Aprovada em: 13 de dezembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Profº Dr Dalmo Valério Machado de Lima

Orientador

Profª Ms Monyque Evelyn dos Santos Silva

Enfª Ms Magali Rezende de Carvalho

Niterói, 2016

À todos os pacientes que se beneficiarão desta obra.

AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter guiado minha vida acadêmica e profissional com infinita sabedoria e

misericórdia.

Aos meu pais, por toda a renúncia, esforço, apoio e cuidado. Por vencerem comigo a distância,

a saudade e tantas outras dificuldades. Por acreditarem em mim. Por serem os melhores pais do

mundo. Ao meu irmão, meu maior presente, pelo carinho de sempre, pelos abraços nas minhas

chegadas, pelos “Quando você volta?” nas minhas saídas, pelo brilho nos olhos que me enchem

de força. Tudo por vocês e para vocês.

Ao meu futuro noivo, Carlos Eduardo, pelas inúmeras vezes que repetiu que tudo daria certo,

pela paciência, compreensão, e o amor de sempre, além de todas ajudas possíveis, desde a busca

por artigos até recadinhos colados no computador. Eu amo você.

À Universidade Federal Fluminense, que foi minha casa nesses cinco anos, por todas as

oportunidades e conhecimentos que me proporcionou.

Ao meu orientador, Dalmo Valério, pela paciência e inspiração de sempre. Por toda a dedicação

e prontidão, e por tantos “Percebe?” que me fizeram raciocinar cada vez mais.

À Monyque Evelyn e Magali Carvalho, por aceitarem compor minha banca, e, falando

especificamente de Monyque, por ter dividido comigo o espaço, as contas, as risadas e um

pouco da vida.

Ao Cardiovisão, por todas as tardes repletas de ciência e diversão. Me orgulho deste grupo e de

ser amiga de cada integrante individualmente.

Aos amigos: Amanda, Vanis, Maria Lúcia, Jamille, Raí e Natália, por terem ajudado a tornar

meus dias mais leves nesses últimos cinco anos. Vocês são tesouros para mim.

Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante.

Antoine de Saint-Exupéry

RESUMO

A grande incidência de IAM implica em ocupação de leitos das já diminutas vagas existentes

em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Assim, em se tratando de paciente com labilidade

hemodinâmica, o uso de diversos equipamentos para a mensuração de sinais vitais e variáveis

hemodinâmicas é altamente recomendado para a detecção de agravos. É importante não

negligenciar, apesar da necessidade do repouso absoluto, a necessidade da mobilização do

paciente infartado, como medida de prevenção de diversos outros agravos à saúde. Pelo exposto

emerge o objeto do presente estudo, qual seja, as publicações que versam sobre o perfil

hemodinâmico do paciente infartado mediante a mudança de posicionamentos. A questão da

pesquisa: Quais os efeitos dos posicionamentos na hemodinâmica do paciente vítima de Infarto

Agudo do Miocárdio? O objetivo geral: Analisar o perfil hemodinâmico do paciente infartado

mediante as mudanças de posicionamento. Os objetivos específicos: Identificar as

características hemodinâmicas que eventualmente se alteram através das mudanças de

posicionamento. Descrever as características hemodinâmicas do paciente infartado mediante as

mudanças de posicionamento. Comparar o padrão hemodinâmico determinado por mudanças

de posicionamento entre pacientes acometidos por infarto do miocárdio em fase aguda e tardia.

Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura. Metodologia: Foi realizada busca em

Bases Eletrônicas, a partir de tesauros e palavras-chave predeterminadas através da Estratégia

PICO, quais sejam: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),

Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Medical Literature

Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Critérios de inclusão: artigos com

população adulta e idosa diagnosticada com IAM, internados em Unidades de Alta

Complexidade sob monitorização hemodinâmica invasiva ou não invasiva. O estudo

compreende artigos nas línguas portuguesa, inglesa, espanhola e francesa e não há recorte

temporal. Critérios de exclusão: Foram excluídos da pesquisa estudos com populações não

humanas, gestantes, internação em unidade de alta complexidade de paciente infartado, cujo

motivo de internação não tenha sido o IAM, qualquer outra condição clínica ou cirúrgica

associada à instabilidade hemodinâmica independente do IAM. Quanto às seções dadas

publicações foram excluídas cartas ao editor, editoriais, erratas e artigos de opinião. Resultados:

Foram obtidas inicialmente 409 publicações, excluídas 399, totalizando 10 artigos para análise.

De modo geral, as mudanças de posicionamento não ocasionaram efeitos deletérios à

hemodinâmica do paciente infartado, visto que as alterações, em sua maioria, foram

insignificantes. Em se tratando de repouso no leito, o DLD pode ser utilizado como estímulo

vagal, induzindo a redução da frequência cardíaca do paciente infartado, e a redução do débito

cardíaco em posição supina pode explicar a menor tolerância desse paciente a esta posição, em

relação à elevação de cabeceira. A adoção da posição sentada em pacientes infartados não gera

efeitos deletérios e nem vantagens à hemodinâmica do paciente infartado sem complicações.

Entretanto, pacientes infartados com complicação de edema pulmonar sofrem efeitos benéficos

nessa posição, quando comparados à posição supina. Conclusão: A enfermagem pode usar o

conforto do paciente como parâmetro para as mudanças de posicionamento, levando em

consideração as possibilidades de alterações de cada modalidade, visando a redução de efeitos

deletérios causados pela prática profissional associada à necessidade de cuidados do infartado.

Palavras-chave: infarto do miocárdio, modalidades de posição, postura, hemodinâmica.

ABSTRACT

The high incidence of AMI implies in the occupation of the few beds of existing

vacancies in Intensive Care Units (ICUs). Thus, in the case of patients with hemodynamic

lability, the use of several equipment for the measurement of vital signs and hemodynamic

variables is highly recommended for the detection of injuries. It's important not to neglect,

despite the need for absolute rest, the need to mobilize the infarcted patient as a preventive

measure for several other health problems. By the exposed, the object of the present study

emerges, which is, the publications that deal with the hemodynamic profile of the infarcted

patient through the change of positioning. The question of research: What are the effects of the

positioning in the hemodynamics of the patient suffering from acute myocardial infarction? The

general objective: To analyze the hemodynamic profile of the infarcted patient through the

changes of positioning. The specific objectives: To identify the hemodynamic characteristics

that eventually change through the changes of positioning. To describe the hemodynamic

characteristics of the infarcted patient through the changes of positioning. To compare the

hemodynamic pattern determined by changes in positioning between patients affected by

myocardial infarction in the acute and late phase. This is an integrative review of literature.

Metodology: searches were carried out in Electronic Bases, from thesaurus and predetermined

keywords through the PICO Strategy, such as: Latin American and Caribbean Literature in

Health Sciences (LILACS), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature

(CINAHL) And Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE).

Inclusion criteria: articles with adult and elderly population diagnosed with AMI hospitalized

in Units of High Complexity under invasive or non-invasive hemodynamic monitoring. The

study includes articles in the portuguese, english, spanish and french languages and there is no

temporal cut. Exclusion criteria: Were excluded from the research studies with no human

populations, pregnant women, hospitalization in a units of high complexity of an infarcted

patient whose reason for hospitalization it was not AMI, any other clinical or surgical condition

associated with hemodynamic instability independent of AMI. As for the sections given

publications were excluded letters to the editor, editorials, errata and opinion articles. Results:

A total of 409 publications were obtained, excluded 399, totaling 10 articles for analysis. In

general, changes in positioning did not cause deleterious effects on the hemodynamics of the

infarcted patient, since the majority of the changes was insignificant. Resting in bed, DLD can

be used as a vagal stimulus, inducing a reduction in the heart rate of the infarcted patient, and

reduction of cardiac output in the supine position can explain the lower tolerance of this patient

to this posit ion, in relation to Headboard elevation. The adoption of the sitting position in

infarcted patients does not generate deleterious effects or advantages to the hemodynamics of

the infarcted patient without complications. However, infarcted patients with complications of

pulmonary edema have beneficial effects at this position when compared to the supine position.

Conclusion: Nursing can use patient comfort as a parameter for changes in positioning, taking

into account the possibilities of alterations of each modality, aiming to reduce the deleterious

effects caused by the professional practice associated with the need for infarcted care.

Keywords: myocardial infarction, modalities position, posture, hemodynamics.

LISTA DE IUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Fluxograma de Estudos Elegíveis e Não Elegíveis, Niterói 2016, p. 25

QUADRO 1 Distribuição dos estudos segundo aspectos de registro, Niterói – 2016, p. 26

QUADRO 2 Distribuição dos estudos segundo classificação qualis, concentração e fator

de impacto/SJR, Niterói – 2016, p. 28

QUADRO 3 Distribuição dos estudos segundo os desenhos de pesquisa, escopos e

características populacionais, Niterói – 2016, p. 28

FIGURA 2 Tempo de IAM, Niterói – 2016, p. 32

QUADRO 4 Distribuição dos estudos segundo análise estatística, Niterói – 2016, p. 32

QUADRO 5 Distribuição dos Estudos Segundo o Tempo de Acompanhamento, Niterói,

2016, p. 32

QUADRO 6 Desfechos dos estudos, Niterói – 2016, p. 34

QUADRO 7 Resultados dos desfechos, Niterói – 2016, p. 34

QUADRO 8 Resultados dos desfechos segundo tempo de IAM, Niterói – 2016, p. 36

QUADRO 9 Conclusões dos desfechos, Niterói – 2016, p. 37

QUADRO 10 Distribuição dos estudos segundo aspectos éticos, Niterói – 2016, p. 38

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Resultado da busca em bases eletrônicas, Niterói 2016, p. 24

TABELA 2 Distribuição das intervenções, Niterói – 2016, p. 33

LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS

BET – Bioimpedância Elétrica Transtorácica

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CINAHL - Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature

DC – Débito Cardíaco

DD – Decúbito Dorsal

DLD – Decúbito Lateral Direito

DLE – Decúbito Lateral Esquerdo

FC – Frequência Cardíaca

IAM – Infarto agudo do Miocárdio

LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

MEDLINE - Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

PA – Pressão Arterial

SJR - SCImago Journal Rank

UFF – Universidade Federal Fluminense

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO, p. 15

1.1. QUESTÃO DA PESQUISA, p. 17

1.2. OBJETIVO GERAL, p. 17

1.3. OBJETIVO ESPECÍFICO, p. 17

1.4. JUSTIFICATIVA, p. 17

1.5. RELEVÂNCIA, p. 18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, p. 19

2.1. O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, p. 19

2.2. O POSICIONAMENTO DO PACIENTE E AS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS,

p. 20

3. METODOLOGIA, p. 22

3.1. FONTES DE INFORMAÇÃO, p. 22

3.1.1 BASES ELETRÔNICAS, p. 22

3.2. FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE REVISÃO, p. 23

3.3. ESTRATÉGIAS DE BUSCA, p. 23

3.3.1. OPERADORES BOLEANOS, p. 23

3.3.2. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO, p. 23

3.3.3. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO, p. 24

3.3.4. RECURSOS DE INFRA-ESTRUTURA, p. 24

3.4. ASPECTOS ÉTICOS, p. 25

4. RESULTADOS, p. 26

4.1. O PROCESSO DE SELEÇÃO DAS PUBLICAÇÕES, p. 26

4.2. O PROCESSO DE ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES, p. 28

4.2.1. DOS REGISTROS, p. 28

4.2.2. DOS DESENHOS DE PESQUISA, p. 30

4.2.3. DAS INTERVENÇÕES, p. 35

4.2.4. DOS DESFECHOS, p.35

4.2.5. DOS RESULTADOS DOS DESFECHOS, p. 36

4.2.6. DAS CONCLUSÕES DOS DESFECHOS, p. 38

4.2.7. DOS ASPECTOS ÉTICOS, p. 40

5. DISCUSSÃO, p. 41

6. CONCLUSÃO, p. 45

7. OBRAS CITADAS, p. 46

8. APÊNDICES, p. 48

8.1. APÊNDICE 1 - Vocábulos controlados utilizados para busca na base de dados MEDLINE,

Niterói – 2016, p. 48

8.2. APÊNDICE 2 – Vocábulos controlados utilizados para busca na base de dados CINAHL,

Niterói – 2016, p. 48

8.3. APÊNDICE 3 – Vocábulos controlados utilizados para busca na base de dados LILACS,

Niterói – 2016, p. 49

8.4. APÊNDICE 4 – Sintaxes das buscas na base de dados MEDLINE, Niterói – 2016, p. 49

8.5. APÊNDICE 5 – Sintaxes das buscas na base de dados CINAHL, Niterói – 2016, p. 50

8.6. APÊNDICE 6 – Sintaxes das buscas na base de dados LILACS, Niterói – 2016, p. 51

9. ANEXOS, p. 52

15

1. INTRODUÇÃO

Devido ao interesse pessoal pela área de cardiologia, hemodinâmica e cuidados ao

paciente crítico, ingressei no ano de 2015 no Núcleo de ensino, pesquisa e extensão em

cardiointensivismo baseado em evidências e gestão de informações e conhecimento em saúde

(Cardiovisão), onde pude me aproximar de pesquisas na minha área de predileção. No referido

grupo existe a linha de pesquisa intitulada “Resultantes fisiológicos do cuidado em saúde” onde

pude vivenciar a coleta de dados para uma dissertação de mestrado, o que me despertou o

interesse de estudar acerca do tema em questão. Tal estudo contribuiu para o enriquecimento

da linha de pesquisa em que sou participante, além do crescimento pessoal através da agregação

de conhecimentos na área. Estar envolvida no projeto de pesquisa supracitado, aflorou ainda

mais o anseio de melhorar a assistência de enfermagem ao paciente infartado, na medida que

os cuidados fundamentais possam ser aplicados de forma segura e eficiente, evitando

intercorrências e maiores danos ao músculo cardíaco, resultando na melhora clínica do paciente.

De acordo com dados divulgados pelo DATASUS (2014), anualmente ocorrem 400.000

casos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Brasil, dos quais, 100.000 evoluem para óbito,

constituindo-se, portanto, na principal causa de morte no nosso país. A grande incidência de

IAM implica em ocupação de leitos das já diminutas vagas existentes em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI). As causas desses números vão desde aos hábitos de vida do homem moderno,

até a falha na busca por atendimento de saúde, devido ao não (re)conhecimento dos sintomas.

Longo e colaboradores (2013) afirmam que todo paciente infartado deve ser submetido

a cuidados intensivos, necessitando ser internado em UTI, permanecendo durante toda a sua

internação sob monitorização cardíaca constante. A análise das variáveis hemodinâmicas é

indispensável, visto que estão sujeitas às alterações, indicando agravamento / melhora do

quadro clínico do paciente. Durante as primeiras horas após o infarto agudo do miocárdio, os

16

fatores que aumentam o trabalho cardíaco podem fazer com que a área infartada se torne maior.

Consequentemente é necessário que se evite circunstâncias que aumentem a demanda de

oxigênio do músculo cardíaco. Nesse sentido, o repouso no leito durante as primeiras horas

após o IAM constitui-se em medida benéfica ao paciente e, frequentemente adotada em todo o

mundo. Considerando a indicação de repouso torna-se necessária a realização de atividades

básicas sobre o leito, como o banho, a alimentação, a excreção entre outras; atividades estas

assistidas pela equipe de enfermagem. Todavia, as atividades de enfermagem não são inócuas,

para qualquer tipo de doente. Assim, em se tratando de paciente com labilidade hemodinâmica,

o uso de diversos equipamentos para a mensuração de sinais vitais e variáveis hemodinâmicas

é altamente recomendado para a detecção de agravos, conforme salienta a Sociedade Brasileira

de Cardiologia (2014).

Os referidos equipamentos de monitorização, em que pese sua atividade-fim, são

considerados produtos para a saúde, portanto, devem ser monitorizados por um sistema próprio,

denominado Tecnovigilância, que, rastreia eventos adversos associados ao uso de tais produtos.

A Tecnovigilância mostra-se aliada à manutenção da saúde do paciente, bem como ao serviço,

posto que zela pela segurança das ações em saúde, tornando o terapêuticas mais eficazes

(BRASIL, 2010).

Existe uma tendência mundial de dispositivos não ou minimamente invasivos para as

situações de intervenção ou monitorização. Um recurso cada vez mais explorado e de grande

valia para a interpretação de variáveis hemodinâmicas é a Bioimpedância Elétrica Transtorácica

(BET), que é um método minimamente invasivo para estimar diversas variáveis

hemodinâmicas, como o débito cardíaco. É vantajosa, por não expor o paciente a riscos de

infecção e intercorrências decorrentes de procedimentos invasivos para o acompanhamento de

tais variáveis. No passado, a referida tecnologia foi questionada, caindo em desuso, por alguns

autores não a considerarem confiável. Entretanto, com os avanços nos processamentos de sinais

e criação de novos algoritmos para o cálculo das variáveis indiretas, conseguiu-se refinar sua

acurácia, tornando-a confiável e somatória na projeção de cuidados ao paciente crítico

(VILLACORTA; DE ALBUQUERQUE, 2006).

É importante não negligenciar, apesar da necessidade do repouso absoluto, a

necessidade da mobilização do paciente infartado sobre o leito, como medida de prevenção de

diversos outros agravos à saúde. Segundo Silva e Oliveira (2015), períodos prolongados de

imobilidade causam transtornos fisiológicos e psicossociais importantes, podendo surgir

imediatamente ou a longo prazo, sendo eles: metabólicos, musculoesqueléticos, respiratórios,

cardiovasculares, tegumentares e psicossociais.

17

No que se refere à pesquisa, nota-se primeiramente a escassez de publicações que

aludem às alterações hemodinâmicas sofridas pelo paciente infartado quando exposto à

mudanças de posicionamento. Além disso, estamos diante de avanços tecnológicos que

permitem o refinamento de aparelhos não invasivos para mensuração de variáveis

hemodinâmicas, o que tem gerado dissenso entre autores que defendem as tecnologias não

invasivas, e outros que as desapoiam.

Pelo exposto emerge o objeto do presente estudo, qual seja, as publicações que versam

sobre o perfil hemodinâmico do paciente infartado mediante a mudança de decúbito

A partir do delineamento do objeto surgem as seguintes questões norteadoras:

Há variação hemodinâmica, registrada por métodos invasivos e/ou não invasivos, decorrente

da troca de posição do paciente após o infarto agudo do miocárdio?

Existe alteração clínica durante a mobilização ou troca de posicionamentos do paciente após o

infarto agudo do miocárdio?

1.1.QUESTÃO DA PESQUISA

Quais os efeitos hemodinâmicos das mudanças de posicionamento na hemodinâmica do

paciente com Infarto Agudo do Miocárdio?

1.2.OBJETIVO GERAL

Analisar as evidências científicas acerca do perfil hemodinâmico do paciente infartado

mediante as mudanças de posicionamento.

1.3.OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as características hemodinâmicas que eventualmente se alteram através da mudança

de posicionamento.

Descrever as características hemodinâmicas do paciente infartado mediante as mudanças de

posicionamento.

Comparar o padrão hemodinâmico determinado por mudanças de posicionamento entre

pacientes acometidos por infarto do miocárdio em fase aguda e tardia.

1.4. JUSTIFICATIVA

A enfermagem vive uma busca incessante pela cientificidade de suas ações, munindo-

se de pesquisas e estudos. Com tais esforços, tem-se o aprimoramento das técnicas e do cuidado.

18

Este estudo justifica-se pela lacuna de conhecimento que envolve o tema, haja vista a pouca

produção de estudos elucidativos que abordem com precisão a temática selecionada.

Numa pesquisa incipiente na base Medline em 30 de junho de 2016 utilizando a sintaxe:

(("Nursing Care"[Mesh] AND Humans[Mesh])) AND ((("Myocardial Infarction"[Mesh]) AND

"Posture"[Mesh]) AND "Hemodynamics"[Mesh] AND Humans[Mesh]) obteve-se a

recuperação de apenas uma publicação. Portanto, com base na escassez de evidências, justifica-

se a realização do estudo, como forma de abrilhantar os conhecimentos na área voltados para a

enfermagem.

1.5. RELEVÂNCIA

O presente estudo é relevante para o binômio paciente-família, na medida que tendo as

ações fundamentadas cientificamente, se possa agir na terapêutica do infartado, melhorando seu

prognóstico; o que leva diretamente à tranquilidade e confiança dos familiares nos serviços

prestados.

Analogamente, acredita-se que a equipe de enfermagem se beneficia dos resultados do

estudo, pois poder-se-á exercer os cuidados ao paciente infartado de maneira melhor planejada,

reduzindo-se os riscos de intercorrências e atendendo aos preceitos da segurança do paciente.

O que contribui para seu reconhecimento como profissão científica e autônoma.

Previsivelmente, as instituições de saúde se beneficiam, pois, a melhoria da assistência

leva ao menor tempo de internação, o que aumenta a rotatividade dos setores envolvidos; além

de reduzir as questões processuais e os gastos de insumos materiais.

19

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

O coração, além de bombear sangue para suprir as necessidades dos tecidos corpóreos,

tem a função de bombear sangue para suprir suas próprias necessidades; e para isso, dispõe de

um suprimento de vasos especial, que culmina da artéria aorta, dando origem a duas artérias

denominadas coronárias direita e esquerda, que encaminham o sangue para artérias cada vez

menos calibrosas na superfície externa do coração, até que essas artérias se tornem capilares no

interior do miocárdio, e atingem a circulação venosa retornando ao seio coronário. A redução

do fluxo sanguíneo coronariano geralmente ocasionado pela oclusão das artérias coronárias por

trombose associada à formação de placas de ateroma, ou rompimento da própria placa

aterosclerótica que gera a formação de trombos no local, podem causar um infarto agudo do

miocárdio (THYGESEN, et al, 2012).

O principal sintoma gerado pelo processo de isquemia miocárdica é a dor torácica

intensa (em ardência ou “aperto no peito”, podendo variar de pessoa para pessoa), que pode

apresentar irradiação para braços, dorso, abdome e mandíbula. O reconhecimento da dor típica

do IAM ainda é um desafio para a maioria dos leigos, já que pode ser confundida com sintomas

de patologias de menor gravidade, o que os leva a geralmente se automedicarem. Assim,

buscam pelo atendimento de emergência tardiamente, favorecendo a perda de maior área

muscular cardíaca (PIEGAS, et al, 2015).

A busca pelo serviço hospitalar na suspeita de IAM remete à ação rápida da equipe, com

realização de exames diagnósticos e início do tratamento precocemente. O tempo de chegada

ao hospital interfere diretamente na escolha do tratamento e no tempo de internação, bem como

nas taxas de mortalidade (BASTOS, BECCARIA, et al., 2012). A ação rápida na suspeita de

IAM associada a prestação de cuidados de enfermagem de forma segura e educação em saúde

tornam menores os riscos de agravos clínicos e a recuperação mais rápida. Para isso, é de

20

extrema necessidade a atuação da Enfermagem no processo de educação em saúde, para que

haja adesão ao tratamento e aos cuidados devido a labilidade hemodinâmica envolvida na

enfermidade.

Para o diagnóstico do IAM, é recomendado a análise do quadro clínico e exame físico

minucioso, em busca de alterações que refletem repercussões circulatórias, eletrocardiograma,

marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. Pode-se, também, utilizar o ecocardiograma para

pacientes com quadro clínico de IAM, porém apresentam eletrocardiograma inespecífico, e

cinecoronariografia para auxílio na conclusão diagnóstica. É de suma importância que a

investigação clínica seja bem conduzida, de modo que precocemente se elimine os diagnósticos

diferenciais, quais sejam: pericardite, miocardite, dissecção aórtica, esofagite, embolia

pulmonar, entre outros; e se inicie tão prontamente o tratamento. (PIEGAS, et al, 2015)

O tratamento do IAM objetiva-se basicamente no alívio dor, da hipoxemia e da

ansiedade; e na reperfusão, podendo esta ser química ou cirúrgica. Para tanto, indica-se a

utilização de oxigenoterapia e medicações que reforçam a necessidade da monitorização

cardíaca contínua deste paciente. A opção pela reperfusão cirúrgica mantém o paciente na

condição de necessidade da monitorização cardíaca contínua, para acompanhamento da

adaptação hemodinâmica ao método. O paciente infartado deve permanecer internado em UTI,

podendo receber alta desta unidade 24h após a aplicação da conduta de tratamento escolhida

(seja ela medicamentosa ou cirúrgica), desde que esteja hemodinamicamente estável e que não

necessite de medicações intravenosas. Durante toda a internação na UTI, permanece em

repouso no leito, devido a necessidade de reduzir a demanda cardíaca, podendo restabelecer

suas atividades cotidianas gradativamente na unidade de internação de menor complexidade

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2014).

2.2. O POSICIONAMENTO DO PACIENTE E AS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS

A ciência que estuda as forças internas e externas que atuam sobre o corpo e as

consequências da atuação dessas forças, é chamada biomecânica, e pode ser dividida em duas

áreas: a biomecânica interna, que estuda as forças internas e as consequências resultantes dessas

forças, e a biomecânica externa, que versa sobre a determinação quantitativa ou qualitativa

relacionadas às mudanças de posição do corpo, ou seja, refere-se às características observáveis

exteriormente na estrutura do movimento (BARBOSA, 2004).

Estar sob a ação de diversas forças em tempo integral, sendo a principal delas a

gravidade, submete aos seres humanos a mudanças sutis de comportamento hemodinâmico,

como forma de compensação às ações dessas forças. A ação gravitacional natural é redistribuir

21

o sangue para as partes mais inferiores do corpo. A posição sentada, em relação à posição

supina, provoca um aumento considerável de frequência cardíaca (FC), e redução da pressão

arterial (PA), devido à força de gravidade agir contra o retorno venoso para o coração,

resultando num volume sistólico reduzido, e FC aumentada para compensação do débito

cardíaco (DC). A adoção da posição ortostática faz com que haja resposta hemodinâmica

similar à posição sentada, pelo fato da gravidade dificultar o retorno venoso para o coração.

Imediatamente após a adoção da posição ortostática, a pressão arterial nas partes superiores do

corpo tendem a diminuir, e a queda brusca e acentuada pode provocar perda de consciência.

Entretanto, a queda da pressão provoca nos barorreceptores um reflexo imediato, resultando em

alta descarga simpática no corpo, que minimiza a queda de pressão arterial na cabeça e partes

mais superiores do corpo (OLIVEIRA, BRANDÃO E BORGES, 2016).

Estar em repouso absoluto no leito expõe o paciente ao risco de diversas alterações

fisiológicas que podem trazer prejuízos durante a internação e após a alta hospitalar. Com isso,

é necessário que cuidados de Enfermagem sejam empregados em busca de minimizar esses

riscos, além de zelar pelo conforto e bem-estar do paciente. Cuidados esses podemos citar: o

auxílio na alimentação e excreção e realização do banho no leito. Todas essas atividades

demandam movimentação sobre o leito e mudanças de posições, o que pode levar às mais

variadas alterações no padrão hemodinâmico, tendo em conta a fragilidade de sua função

cardíaca. O uso da musculatura esquelética faz com que a periferia consuma mais oxigênio, o

que afeta diretamente a saturação venosa mista de oxigênio (SvO2) do paciente (VOLLMAN,

2012). Para o indivíduo na condição clínica de IAM, não é concebível tal alteração, pois

aumentará a demanda cardíaca.

As mudanças de posicionamento do paciente pode alterar a troca gasosa, o desempenho

cardíaco e a distribuição do fluxo sanguíneo periférico. Para avaliar a oxigenação dos tecidos

corpóreos são utilizadas variáveis como o débito cardíaco (DC) e SvO2 (BANASIK e

EMERSON, 2001). Dessa forma, qualquer mudança no posicionamento do paciente deve ser

arquitetada, buscando evitar o aumento do trabalho cardíaco, para que não haja efeitos

deletérios.

22

3. METODOLOGIA

Revisão integrativa de literatura.

3.1. FONTES DE INFORMAÇÃO

3.1.1. Bases eletrônicas

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS):

Base de dados inserida no Sistema BIREME. Contém mais de 600 das revistas mais

conceituadas em saúde, incluindo artigos, teses, capítulos de teses, livros, capítulos de livros,

anais de congressos ou conferências, relatórios técnico-científicos e publicações

governamentais.

Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL):

Banco de dados de literatura científica com atualização diária. Oferece diversos tipos de

publicação, incluindo textos completos, mantido por órgão americano. O acesso à CINAHL foi

feito via CAPES, a partir de senha institucional autorizada pela Universidade Federal

Fluminense (UFF) no Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES).

Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE):

É o componente primário do PUBMED, que por sua vez engloba diversas bases de

dados da Biblioteca Norte-Americana de Medicina (National Library of Medicine – NLM).

Disponibiliza mais de 5200 referências e resumos de títulos de revistas biomédicas dos Estados

Unidos e de mais 70 países; além de portar links de sites que acessam artigos em texto completo

gratuito. O acesso à MEDLINE foi feito via PUBMED.

23

3.2. FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE REVISÃO

A estratégia PICO auxilia na formulação de questões de pesquisa adequadas, o que

facilita a seleção de termos de busca e, consequentemente, o processo de pesquisa. PICO é a

representação de Paciente, Intervenção, Comparação e Outcomes (resultados esperados), sendo

estes quatro elementos fundamentais para a questão de pesquisa e busca bibliográfica. Admite-

se a exclusão de até dois destes elementos para a contemplação da pesquisa desejada.

(SANTOS, PIMENTA e NOBRE, 2007).

A partir da Estratégia PICO foi construída a questão de pesquisa "Quais os efeitos das

mudanças de posicionamento na hemodinâmica do paciente com Infarto Agudo do

Miocárdio?"

3.3. ESTRATÉGIAS DE BUSCA

Foram traçados os vocábulos controlados para busca nas bases de dados LILACS,

CINAHL e MEDLINE, os quais especificados nos apêndices 1, 2 e 3. Vale ressaltar que neste

estudo não há comparação entre intervenções, o que tornou necessária a exclusão deste tópico

da estratégia PICO.

Os cruzamentos dos vocábulos controlados se deram nos moldes da estratégia PICO,

dando origem às sintaxes apresentadas nos apêndices 4, 5, e 6.

3.3.1. Operadores Boleanos

Utilizou-se para o cruzamento de tesauros e palavras-chaves do mesmo componente da

Estratégia PICO, o operador boleano OR, que atua como um fator de união entre os temos. Para

cruzamento dos três componentes da Estratégia PICO (considerando a exclusão do componente

C – comparação), utilizou-se o operador boleano AND, que atua como um fator de interseção

entre os termos.

3.3.2. Critérios de Inclusão

Tipos de estudo

24

Foram utilizados apenas artigos, que tivessem como tema central as mudanças nos

padrões hemodinâmicos de pacientes infartados, mediante troca de posicionamento no leito.

Tipos de Pacientes

Pacientes adultos e idosos, com diagnóstico confirmado de IAM, internados em UTI

sob monitorização hemodinâmica.

Desfechos (Outcomes)

Foram considerados os desfechos previstos na questão de pesquisa, ou seja, as variáveis

hemodinâmicas que possivelmente sofrem alteração quando o paciente infartado é submetido a

mudanças de posicionamento no leito; quais sejam: consumo de oxigênio, débito cardíaco,

frequência cardíaca, pressão arterial, pressão venosa central, respiração, oximetria e

temperatura corporal.

Recorte temporal

Não foi utilizado recorte temporal, para que houvesse maior aproveitamento de obras

publicadas.

Idiomas

A pesquisa compreende estudos na língua portuguesa, inglesa, francesa e espanhola.

3.3.3. Critérios de Exclusão

Estudos com populações não humanas, gestantes, internação em unidade de alta

complexidade de paciente infartado, cujo motivo de internação não tenha sido o IAM, qualquer

outra condição clínica ou cirúrgica associada à instabilidade hemodinâmica independente do

IAM. Quanto às seções dadas publicações foram excluídas cartas ao editor, editoriais, erratas e

artigos de opinião.

3.3.4. Recursos de Infraestrutura

Foram utilizados para a pesquisa equipamentos envolvendo hardware e software, e

acesso a bases de dados. Os equipamentos envolvidos foram um computador portátil contendo

pacote de programas básicos (processador de textos e planilhas eletrônicas), software específico

25

para organização de referências bibliográficas (EndNote versão X7, de propriedade da

Thomson Reuters) e software específico para modelagem de fluxogramas e diagramas no geral

(Bizagi Process Modeler versão 2.7.0.2).

O acesso à base de dado CINAHL se deu a partir de acesso ao Portal CAPES, via senha

institucional autorizada pela Universidade Federal Fluminense.

Os artigos não disponíveis na íntegra foram obtidos pessoalmente pela autora dessa obra

nas bibliotecas detentoras dos respectivos periódicos. Aqueles que encontravam-se em outros

estados brasileiros ou outros países, foram resgatados via Sistema de Comutação pela

Biblioteca de Ciências Biomédicas - Fundação Oswaldo Cruz.

3.4. ASPECTOS ÉTICOS

Por tratar-se de uma revisão integrativa, não é necessária a submissão ao Comitê de

Ética em Pesquisa.

26

4. RESULTADOS

Os resultados apresentados a diante foram divididos em duas fases. São elas: processo

de seleção das publicações, e processo de análise das publicações selecionadas.

4.1 O PROCESSO DE SELEÇÃO DAS PUBLICAÇÕES

No período de outubro de 2016 a novembro de 2016 foi realizada a busca de dados nas

bases eletrônicas MEDLINE, LILACS e CINAHL, gerando os quantitativos expostos na Tabela

1.

Tabela 1 – Total de publicações recuperadas nas bases eletrônicas,

Niterói 2016

Bases N %

MEDLINE 265 64,8

LILACS 123 30,1

CINAHL 21 5,1

Total 409 100 Fonte: Autoria própria.

A análise da tabela 1 nos permite concluir que, utilizando-se das estratégias de busca

sem exclusão de duplicatas, a base eletrônica com maior retorno de publicações é a MEDLINE,

representando cerca de dois terços das obras totais.

O uso do EndNote permite que se visualize, em forma de lista, os títulos de todas as

publicações importadas, bem como seus respectivos autores, resumos e informações gerais

sobre a obra e o periódico, favorecendo a filtragem dos achados sem a necessidade de uso da

internet, além de possibilitar a exclusão automática de duplicatas, importação de referências de

diferentes bases e a recuperação de alguns artigos na íntegra via internet. Usando deste recurso,

27

realizou-se a leitura dos títulos e resumos, selecionando-se assim, os artigos que não abordam

a temática para exclusão. Os resultados dessa análise estão apresentados na Figura 1, bem como

a especificação dos motivos de exclusão.

Figura 1 – Fluxograma de estudos elegíveis e não elegíveis, Niterói – 2016.

Fonte: Autoria própria.

As informações contidas na Figura 1 evidenciam a exclusão de mais de uma quarto do

total das publicações recuperadas, dada a redundância entre as bases. Foram excluídas 288

publicações, por se enquadrarem nos critérios de exclusão, totalizando 399 obras descartadas.

Com isso, restaram 10 estudos para leitura dos textos completos e análise dos mesmos.

Os 10 estudos pré-selecionados foram submetidos à leitura dos textos completos,

obtendo aproveitamento total das obras para a presente revisão integrativa.

28

4.2 O PROCESSO DE ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES

O processo de análise do conteúdo das 10 publicações selecionadas foi desmembrado

em 7 domínios, quais sejam: dos registros; dos desenhos de pesquisa; das intervenções; dos

desfechos; dos resultados; das conclusões e dos aspectos éticos.

4.2.1 Dos registros

O quadro 1 apresenta os seguintes aspectos de registro dos estudos selecionados: autoria,

tipo de publicação, ano de publicação e idioma. Os 10 artigos selecionados para análise serão

referidos no presente trabalho pelo código atribuído neste mesmo quadro.

Quadro 1 – Distribuição dos estudos segundo aspectos de registro, Niterói -

2016

ID AUTOR TÍTULO ANO PUBLICAÇÃO IDIOMA

E1 GRODEN,

Bernard M. Effect of posture on cardiac

output after myocardial

infarction

1969

British Heart

Journal

Volume 31

Issue 6

Páginas 735-40

Inglês

E2 PRAKASH,

Ravi;

PARMLEY, W.

W.;

DIKSHIT,

Krishna;

FORRESTER,

James;

SWAN, H. J.

Hemodynamic effects of

postural changes in patients

with acute myocardial

infarction

1973

Chest

Volume 64

Issue 1

Páginas 7-9 Inglês

E3 GABRIEL,

Senefro;

ORÖ, Lars.

The effect of posture on the

first derivative thoracic

impedance cardiogram in

patients with myocardial

infarction. Preliminary report

1975

Acta Medica

Scandinavica

Volume 198

Issue 3

Páginas 219-21

Inglês

E4 Kentala, E.

Luurila, O.

Response of R wave amplitude

to postural changes and to

exercise. A study of healthy

subjects and patients surviving

acute myocardial infarction

1975

Annals of

Clinical

Research

Volume 7

Issue 4

Páginas 258-63

Inglês

29

E5 RIEKKINEN,

Heikki;

RAUTAHARJU,

Pentti.

Body position, electrode level,

and respiration effects on the

Frank lead electrocardiogram

1976

Circulation

Volume 53

Issue 1

Páginas 40-5

Inglês

E6 QUAGLIETTI,

Susan E.;

STOTTS, Nancy

A.;

LOVEJOY,

Nancy C.

The effect of selected positions

on rate pressure product of the

postmyocardial infarction

patient

1988

Journal of

Cardiovascular

Nursing

Volume 2

Issue 4

Páginas 77-85

Inglês

E7 DUPREZ, D.;

DE BUYZERE,

M.;

RIETZSCHEL,

E.;

RIMBOUT, S.;

KAUFMAN, J.

M.;

VAN HOECKE,

M. J.;

CLEMENT, D.

L.

Renin-angiotensin-aldosterone

system, RR-interval and blood

pressure variability during

postural changes after

myocardial infarction

1995

European Heart

Journal

Volume 16

Issue 8

Páginas 1050-6

Inglês

E8 KUO, Cheng-

Deng,

CHEN, Gau-

Yang.

Comparison of three

recumbent positions on vagal

and sympathetic modulation

using spectral heart rate

variability in patients with

coronary artery disease

1998

American

Journal of

Cardiology

Volume 81

Issue 4

Páginas 392-6

Inglês

E9 HOFSTEN,

Anna;

ELMFELDT,

Dag;

SVÄRDSUDD,

Kurt.

Does hypertension or a

previous myocardial infarction

influence the blood pressure

and heart rate responses to

changes in body position?

Results from a study with

serial measurements in the

supine and standing positions

in 60-year-old men

2000

Blood Pressure

Volume 9

Issue 6

Páginas 315-22

Inglês

E10 KUO, Cheng-

Deng;

CHEN, Gau-

Yang;

LO, Huey-Ming.

Effect of different recumbent

positions on spectral indices of

autonomic modulation of the

heart during the acute phase of

myocardial infarction

2000

Critical Care

Medicine

Volume 28

Issue 5

Páginas 1283-9

Inglês

Fonte: Autoria própria.

30

No quadro 2 estão apresentadas mais informações no que se refere a registro:

classificação Qualis, área de concentração e fator de impacto. Para a verificação da classificação

Qualis, usou-se como critério de ordenação as áreas de enfermagem, e medicina,

respectivamente.

Quadro 2 - Distribuição dos estudos segundo classificação Qualis, concentração e fator

de impacto, Niterói - 2016

ID QUALIS* CONCENTRAÇÃO** Impact Factor

E1 ND*** ND*** 5.693

E2 A1 Enfermagem NA****

E3 ND*** ND*** 7.803

E4 ND*** ND*** NA****

E5 A1 Medicina I 17.047

E6 ND*** ND*** NA****

E7 A1 Medicina I 15.064

E8 A1 Medicina I 3.154

E9 ND*** ND*** 2.010

E10 A1 Medicina I 7.442

*Disponível em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaCon

sultaGeralPeriodicos.jsf

**Disponível em: http://portal.revistas.bvs.br/

***Não determinado.

****Não se aplica.

Fonte: Autoria própria.

4.2.2 Dos Desenhos de Pesquisa

Os desenhos de pesquisa, escopos e características populacionais estão expostos no

quadro 3.

Quadro 3 – Distribuição dos estudos segundo os desenhos de pesquisa, escopos e

características populacionais, Niterói - 2016

ID N DESENHO POPULAÇÃO ESCOPO EXCLUSÃO

E1 31 Ensaio

clínico não

controlado**

Grupo 1:

controle

(pacientes

internados por

causas não

cardíacas)

O DC foi mensurado

por método invasivo

(cateter Cournand ou

Intracath), na posição

supina, e sentado com

cabeceira angulada a

NA*

31

Grupo 2:

infartados sem

evidências

clínicas ou

radiográficas de

edema

pulmonar.

Grupo 3:

infartados com

evidências

clínicas ou

radiográficas de

edema

pulmonar.

45 graus e pernas na

horizontal. Após a

mudança de posição,

aguardou-se 5

minutos para a nova

mensuração do DC.

E2 21 Ensaio

clínico não

controlado

Infartados, sem

evidências de

edema pulmonar

agudo ou

choque

cardiogênico.

DC e medidas de

pressão do lado direito

do coração foram

obtidas a com um

cateter de balão de

fluxo dirigido, nas

posições supina e

sentado com cabeceira

elevada a 70 graus e

pernas na horizontal.

Edema pulmonar

ou choque

cardiogênico.

E3 10 Ensaio

clínico não

controlado

Infartados Mensurou-se o débito

cardíaco (DC) através

de cardiografia de

impedância, nas

respectivas posições:

supina, 5 minutos

depois com cabeceira

elevada a 30 graus, 5

minutos depois com

cabeceira inclinada

para baixo a 10 graus,

e supina após injeção

intravenosa de

propranolol.

NA*

E4 189 Ensaio

clínico não

controlado**

Grupo 1:

homens

saudáveis

sedentários.

Grupo 2:

homens

saudáveis

fisicamente

ativos.

Grupo 3:

infartados.

O traçado

eletrocardiográfico foi

avaliado durante o

teste de esforço

máximo nos três

grupos, cuja carga

sofreu aumento

gradual a cada 4

minutos; e em

repouso, na posição

NA*

32

supina, um minuto

após o exercício.

E5 194 Ensaio

clínico não

controlado

Infartados Os pacientes foram

submetidos a

eletrocardiograma

(ECG) com eletrodo

em quarto espaço

intercostal e, em

seguida, quinto

espaço intercostal, em

quatro situações:

Registro 1: sentado,

com respiração

normal;

Registro 2: supina,

com respiração

normal;

Registro 3: supina,

com inspiração

profunda;

Registro 4: supina,

com expiração

profunda.

NA*

E6 12 Ensaio

clínico não

controlado

Infartados, com

34 a 83 anos.

Avaliou-se a FC e a

Pressão Arterial

Sistólica (PAS) mas

posições supina,

Semi-fowler,

mobilizando o

paciente e sentado em

cadeira.

Uso de marcapasso

e portadores de

estenose aórtica.

E7 59 Ensaio

clínico não

controlado

Infartados, com

idade média de

52,7 anos.

Monitorização da

Pressão Arterial (PA)

utilizando técnica não

invasiva, durante 30

minutos na posição

supina, e 30 minutos

na posição ortostática.

Hipertensos,

diabéticos,

portadores de

neuropatias

autônomas,

etilistas, portadores

de doenças

cardíacas não

graves, infartados

com classificação

de Killip-Kimball

III e IV.

E8 44 Ensaio

clínico não

controlado**

Grupo de

Estudo:

Pacientes

programados

Realização de

Eletrocardiograma em

três posições

consecutivas e

aleatórias, a saber:

Fibrilação atrial ou

uso anti-arrítmicos

de classe I.

33

Para cirurgia de

revascularização

do miocárdio.

Grupo controle:

pacientes com

angiografia

artérias

coronárias

normal.

DD, DLD e DLE, com

5 minutos de repouso

em cada posição.

E9 155 Ensaio

clínico não

controlado**

Grupo 1:

hipertensos

Grupo 2:

infartados

Grupo 3:

controle.

A PA e a frequência

cardíaca (FC) foram

avaliadas durante três

períodos de 7 minutos

usando método não

invasivo, nas posições

supina, ortostática e

supina,

respectivamente.

Complicações

cardiovasculares.

E10 121 Ensaio

clínico não

controlado**

Paciente

internados em

UTI, divididos

em três grupos:

Grupo 1:

infartados.

Grupo 2: doença

arterial

coronariana.

Grupo 3:

arteriografia.

Analisou-se a

variabilidade de FC

dos pacientes nas

posições supina,

decúbito lateral direito

e esquerdo, em ordem

aleatória utilizando

eletrocardiograma.

Pacientes com

diabetes mellitus,

Fibrilação,

coexistência

Cardiopatias

valvares,

anormalidades da

condução cardíaca,

doença hepática e /

ou renal

*Não apresenta.

**Grupos de sujeitos distintos que receberam a mesma intervenção.

Fonte: Autoria própria.

Dos 10 estudos analisados, apenas um (E6) declarou o desenho de pesquisa. Os demais

foram inferidos de acordo com características do estudo, pela autora dessa obra em reunião

consensual com o orientador.

Na figura 2 estão representados os tempos de IAM dos sujeitos, diferenciados em IAM

agudo (até 72 horas após o início da dor torácica) ou IAM tardio (após 72 horas após o início

da dor torácica), como descrito por Vilela e colaboradores (2012).

34

Fonte: Autoria própria.

A seguir, no quadro 4, estão apresentados os detalhes no que se referem a análise

estatística.

Quadro 4 – Distribuição dos estudos segundo análise estatística, Niterói – 2016

ESTUDO TÉCNICA DE ANÁLISE

E1 Média, desvio padrão, teste t-Student

E2 Média, teste de comparação de médias (não discriminado)

E3 Não informa

E4 Média, desvio padrão.

E5 Teste Z para proporção, teste t-Student bicaudal, média.

E6 Análise de variância, média

E7 Teste de Wilcoxon, teste de postos de correlação de Spearman, análise de

variância e regressão linear.

E8 Análise de variância

E9 Média, desvio padrão, intervalo de confiança, teste Shapiro-Wilk, teste de

postos sinalizados de Wilcoxon, teste de Kruskal-Wallis, teste t-Student

pareado, análise de variância.

E10 Média, desvio padrão, teste Student-Newman-Keuls, teste de Dunn Fonte: Autoria própria.

O tempo de acompanhamento do estudo e o tempo de finalização da coleta de dados

com cada sujeito está exposto no quadro 11.

Quadro 5 – Distribuição dos Estudos Segundo o Tempo de

Acompanhamento, Niterói, 2016

ESTUDO PERÍODO (MESES) SEGUIMENTO (DIAS)

E1 Não descrito 1

E2 Não descrito 1

E3 Não descrito 1

55

Figura 2 - Tempo de IAM, Niterói - 2016

IAM prévio IAM tardio

35

E4 Não descrito 1

E5 Não descrito 1

E6 Não descrito 1

E7 Não descrito 1

E9 6 meses 1

E10 Não descrito 1

Fonte: Autoria própria.

4.2.3 Das intervenções

As intervenções aplicadas nos estudos estão descritas na tabela 2.

Tabela 2 – Distribuição das intervenções, Niterói - 2016

INTERVENÇÕES N % NÚMERO DO ESTUDO

Decúbito dorsal / Supina 10 100 E1, E2, E3, E4, E6, E7, E8,

E9, E10.

Decúbito Lateral Direito 2 20 E8, E10

Decúbito Lateral Esquerdo 2 20 E8, E10

Sentado (cadeira) 1 10 E6

Exercício em bicicleta ergométrica 1 10 E4

Posição Ortostática 2 20 E7, E9

Mobilização do Paciente 1 10 E6

Cabeceira elevada a 30 graus 1 10 E3

Cabeceira elevada a 45 graus 1 10 E1

Cabeceira elevada a 70 graus 2 20 E2, E6

Cabeceira inclinada a 10 graus para baixo 1 10 E3

Supina com injeção intravenosa de propranolol 1 10 E3

Sentado, com respiração normal 1 10 E5

Supina, com respiração normal 1 10 E5

Supina, com inspiração profunda 1 10 E5

Supina, com expiração profunda 1 10 E5

Fonte: Autoria própria.

4.2.4 Dos desfechos

No quadro 6, apresentam-se os desfechos dos estudos selecionados, bem como seus

respectivos meios de obtenção (medidos ou calculados), e a invasibilidade do recurso de

aferição (invasivo ou não-invasivo).

36

Quadro 6 – Desfechos dos estudos, Niterói - 2016

DESFECHO N % ESTUDO OBTENÇÃO INVASIBILIDADE

M* C** I*** NI****

Intervalo RR 1 10 E7 1 0 0 1

Pressão arterial 3 30 E2, E9, E7 3 0 1 2

Pressão de capilar

pulmonar

1 10 E2 1 0 1 0

Pressão arterial

sistólica

1 10 E6 1 0 0 1

Frequência

Cardíaca

5 50 E2, E6,

E8, E9,

E10

5 0 1 4

Pressão atrial

direita

1 10 E2 1 0 1 0

Amplitude da

onda R

1 10 E4 1 0 0 1

Débito cardíaco 3 30 E1, E2, E3 2 1 2 1

Volume sistólico 1 10 E2 1 0 1 0

Pressão aórtica 1 10 E2 1 0 1 0

Trabalho de

ventrículo

esquerdo

1 10 E2 1 0 1 0

Resistência

Vascular

pulmonar

1 10 E2 1 0 1 0

Resistência

Vascular sistêmica

1 10 E2 1 0 1 0

Eletrocardiograma 1 10 E5 1 0 0 1

*Medido **Calculado ***Invasivo ****Não-invasivo

Fonte: Autoria própria.

4.2.5 Dos resultados dos desfechos

No quadro 7 estão apresentados os resultados, ordenados segundo os desfechos.

Quadro 7 – Resultados dos desfechos, Niterói - 2016

DESFECHO ESTUDO RESULTADOS

Intervalo RR E7 Alterações insignificantes.

Pressão arterial E2 Alterações insignificantes.

37

E7 Correlação inversa entre a atividade da renina e a

variabilidade da PA na posição ortostática.

E9 Alterações insignificantes.

Pressão de capilar

pulmonar

E2 Aumentou na mudança de supina para semi-ereto.

Pressão arterial

sistólica

E6 Alterações insignificantes.

Frequência

Cardíaca

E2 Alterações insignificantes.

E6 Alterações insignificantes.

E8 Diminui em DLD.

E9 Alterações insignificantes.

E10 Diminui em DLD, em relação à posição supina.

Pressão atrial

direita

E2 Aumentou com a mudança de supina para semi-ereto.

Amplitude da

onda R

E4 A amplitude é significantemente mais alta nos pacientes

fisicamente ativos no início do exercício, e em repouso na

posição supina as amplitudes são similares.

Débito cardíaco E1 Aumenta quando eleva-se a cabeceira a 45 graus, porém, a

diferença só é estatisticamente significante nos sujeitos

infartados, com evidências de edema pulmonar.

E2 Alterações insignificantes.

E3 Diminui em supina.

Volume sistólico E2 Alterações insignificantes.

Pressão aórtica E2 Alterações insignificantes.

Trabalho de

ventrículo

esquerdo

E2 Alterações insignificantes.

Resistência

Vascular

pulmonar

E2 Alterações insignificantes.

Resistência

Vascular

sistêmica

E2 Alterações insignificantes.

38

Eletrocardiograma E5 Alterações insignificantes.

Fonte: Autoria própria.

No quadro 8 foi feita uma correlação entre o tempo de IAM e as alterações

hemodinâmicas causadas pelas intervenções dos estudos.

Quadro 8 – Resultados dos desfechos segundo tempo de IAM, Niterói 2016

DESFECHO IAM AGUDO IAM TARDIO

Pressão arterial -

Varia na posição

ortostática. (E7)

Pressão de capilar

pulmonar

Aumenta em

posição semi-ereta.

(E2)

-

Frequência Cardíaca Diminui em DLD.

(E8) -

Diminui em DLD.

(E10) -

Pressão atrial direita Aumenta em

posição semi-ereta.

(E2)

-

Amplitude da onda R -

Mais alta nos pacientes

fisicamente ativos. (E4)

Débito cardíaco

-

Aumenta quando eleva-

se a cabeceira a 45 graus.

(E1)

- Diminui em supina. (E3)

Fonte: Autoria própria.

4.2.6 Das conclusões dos desfechos

No quadro 9 estão expostas as conclusões dos desfechos.

39

Quadro 9 – Conclusões dos desfechos, Niterói- 2016

ESTUDO CONCLUSÕES

E1 No grupo controle e no grupo de pacientes infartados sem evidências de edema

pulmonar não houveram alterações significativas no débito cardíaco. Nos

pacientes infartados com evidências de edema pulmonar, houve aumento no

débito cardíaco na posição sentado, em relação a posição supina, devido a

redução do retorno venoso relacionada a mudança de posicionamento.

E2 As alterações hemodinâmicas não foram significativas, não havendo vantagens

em qualquer das posições estudadas. Considera o conforto a melhor base para a

tomada de decisão da enfermagem.

E3 A redução do DC na posição supina pode justificar a menor tolerância dessa

posição pelos pacientes infartados, quando comparada à submissão do paciente

à elevação de cabeceira a 30 graus.

E4 Os pacientes infartados apresentam um leve aumento na amplitude do complexo

QRS em resposta à mudança de posicionamento e ao exercício, o que indica uma

menor adaptação cardíaca a essas condições, comparados a pacientes fisicamente

ativos, os quais possuem o aumento da amplitude mais proeminente.

E5 As mudanças de posicionamento e nível dos eletrodos não provocam alterações

significativas nas amplitudes das ondas do eletrocardiograma.

E6 A enfermagem pode mobilizar o paciente infartado sem complicações e colocá-

lo em posição sentada a partir do segundo dia após a admissão, sem que haja

efeitos deletérios à FC e PA.

E7 A alteração de posicionamento está associada à atividade do sistema renina-

angiotensina-aldosterona, que está ligado à variabilidade de PA. Na posição

ortostática, a variabilidade da PA é maior quando comparada à posição supina.

E8 O DLD leva a modulação simpática mais baixa em relação à posição supina e

DLE, podendo ser utilizado como um potencializador vagal.

E9 O aumento da FC e da PA na posição ortostática não se deve à incidência de

doenças cardiovasculares em idosos. Trata-se, portanto, de uma característica

dependente da idade.

E10 O DLD leva a modulação vagal mais alta e a modulação simpática mais baixa o

que leva à redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio.

40

4.2.7 Dos aspectos éticos

No quadro 10 estão dispostos os estudos segundo aspectos éticos e de financiamento.

Quadro 10 – Distribuição dos estudos segundo aspectos éticos, Niterói - 2016

ESTUDO COMITÊ DE ÉTICA TERMO DE

CONSENTIMENTO FINANCIAMENTO

E1 Não informa. Não informa. Não informa.

E2 Não informa. Não informa. Não informa.

E3 Não informa. Não informa. Não informa.

E4 Não informa. Não informa. Não informa.

E5 Não informa. Não informa. Não informa.

E6 Aprovado. Não informa. Não informa.

E7 Não informa. Não informa. Não informa.

E8 Não informa. Não informa. Não informa.

E9 Não informa. Não informa. Swedish National

Association against

Heart and Chest

Diseases,

Swedish Medical

Research Council,

University of Gavie,

Uppsala University.

E10 Aprovado. Aplicado. Não informa.

Fonte: Autoria própria.

41

5. DISCUSSÃO

Afim de responder à questão de pesquisa "Quais os efeitos das mudanças de

posicionamento na hemodinâmica do paciente vítima de Infarto Agudo do Miocárdio?"

realizou-se a presente revisão integrativa.

Não foram utilizados recortes temporais na pesquisa, devido ao número pequeno de

publicações recuperadas, cujos anos de publicação variam de 1969 a 2000; manifestando uma

boa frequência de produção acerca da temática nesse período. Isso pode estar associado à

criação do cateter de Swan-Ganz no ano de 1970, como descrito por Knobel (2006), que causou

uma mudança no perfil de acompanhamento dos pacientes graves e, por consequência,

aumentou a quantidade de estudos utilizando esse recurso. Ainda discutindo os anos de

npublicação dos estudos, nota-se que há mais de 15 anos não se realizam pesquisa sobre essa

temática. Todas as publicações se apresentam na língua inglesa, o que nos leva a crer que, os

países latino-americamos pouco publicam acerca da temática (quadro 1, p. 24 deste trabalho).

Foi analisada a classificação Qualis dos periódicos dos estudos selecionados, usando

como critério de ordenação para a pesquisa as áreas de concentração de enfermagem e

medicina, respectivamente; dos quais possuem classificação A1 os periódicos onde estão

publicados os estudos: E2, E5, E7, E8 e E10; e destes, apenas E2 encontra-se na área de

concentração da enfermagem, estando os demais enquadrados em medicina I. Os outros 5

estudos não possuem classificação Qualis. Dos 10 periódicos, apenas 2 não possuem fator de

impacto, sendo mais elevado o fator de impacto 17.047, da Revista Circulation onde foi

publicado o estudo 5; e o mais baixo 2.010, da Blood Pressure, onde foi publicado o estudo 9

(quadro 2, p. 28 deste trabalho). A classificação Qualis reflete a qualidade do periódico em

questão, enquanto o fator de impacto reflete o quanto o periódico é citado em outros estudos.

Para moldes de comparação, a melhor revista de enfermagem da américa latina (Revista

latinoamericana de enfermagem) possui fator de impacto 0,534. Estando a maioria dos estudos

analisados publicados em periódicos de fator de impacto superior, destaca-se a qualidade das

publicações. Em contrapartida, as características dos estudos analisados discordam com essa

42

definição, visto que omitem informações importantes como os aspectos éticos (quadro 10, p.

38 deste trabalho) e período de coleta de dados (quadro 11, p. 31 deste trabalho).

Todos os estudos selecionados tratam-se de ensaios clínicos não-controlados, e 2/5 dos

estudos trabalham com população única, onde o grupo experimento é o próprio controle (E3,

E5, E6 e E7). Os 3/5 restantes dos estudos apresentam grupos distintos como população, que

receberam uma mesma intervenção (E1, E2, E4, E8, E9 e E10). 40% dos estudos não fazem

menção a critérios de exclusão (quadro 3, p. 28 deste trabalho). Essa omissão abre margem para

dúvidas relacionadas à segurança dos resultados, dada a importância desses critérios no que

toca a especificidade dos campos da pesquisa. Aumentar a especificidade traz segurança aos

achados na medida que exclui-se as possibilidades de vieses (MENDES, SILVEIRA E

GALVÃO, 2008)

Na figura 2 (p. 32 deste trabalho) observa-se um equilíbrio no que se refere ao tempo

de infarto dos pacientes, sendo metade dos estudos feitos com infartados em fase aguda (E2,

E6, E8, E9 e E10), e metade com infartos tardios (E1, E3, E4, E5 e E7). Quanto aos desfechos

que sofreram alteração em cada fase, percebe-se que há diferenças de variáveis que se alteram

em cada fase (quadro 8, p. 36 desse trabalho). Os estudos com pacientes em fase aguda

constatam alterações de pressão de capilar pulmonar, FC e pressão atrial direita; enquanto os

estudos com pacientes em fase tardia percebem alteração em DC, PA e amplitude de onda R.

Dada a ausência de seguimentos abrangentes das duas fases, não é possível afirmar se tais

alterações são exclusivas das fases estudadas ou se mantém esse padrão em ambas.

No que se refere ao tempo de acompanhamento, apenas um estudo menciona o período

de coleta de dados (E9). Todos os estudos tem 1 dia de segmento (quadro 11, p. 31 deste

trabalho). O curto tempo de seguimento sugere o questionamento da perda de informações,

visto que um maior tempo de acompanhamento poderia abrir margem para a detecção de mais

alterações relacionadas ao tempo de IAM.

Quanto a análise estatística, 50% dos estudos utilizam média, 40% utilizam desvio

padrão, 40% utilizam análise de variância, 10% usam análise de regressão linear. Um estudo

não faz qualquer alusão a métodos de análise estatística (quadro 4, p. 32 deste trabalho).

Com a análise dos estudos nota-se grande variedade de modalidades de

posicionamento como intervenção como pode-se observar na tabela 2 (p. 33 deste trabalho).

Todos os estudos tem como intervenção a posição supina. 2 estudos trabalham com

lateralização no leito (E8 e E10), comparando DD, DLD e DLE. 2 estudos usam posição

ortostática (E7 e E9), 1 estudo intervém colocando o paciente sentado em cadeira (E6), 4

estudos trabalham com diferentes angulações de cabeceira (E1, E2, E3 e E6), 1 estudo associa

43

diferentes padrões respiratórios ao posicionamento (E5) e 1 estudo associa o uso de propranolol

à posição supina, comparando com a posição supina sem o uso da medicação (E3).

Os desfechos dos estudos constituem uma diversidade de variáveis hemodinâmicas, as

quais foram mensuradas ou calculadas, a depender do método utilizado para obtenção das

mesmas. São eles: intervalo RR, PA, PAS, FC, pressão de capilar pulmonar, pressão atrial

direita, amplitude de onda R, DC, volume sistólico, pressão aórtica, trabalho de ventrículo

esquerdo, resistência vascular pulmonar, resistência vascular sistêmica e eletrocardiograma.

Apenas 20% dos estudos utilizaram métodos invasivos para a obtenção dos desfechos. Em um

único estudo (E3) obteve-se uma variável calculada (DC) devido ao método de monitorização

hemodinâmica ser não-invasivo (cardiografia de impedância), como pode-se observar no

quadro 6 (p. 34 deste trabalho).

Os resultados dos desfechos (quadro 7, p. 34 deste trabalho) indicam que poucas

variáveis hemodinâmicas se alteram com as mudanças de posicionamento, sendo a maioria das

alterações insignificantes. O DC, que foi avaliado em três estudos (E1, E2 e E3), sofreu

alteração em dois deles (E1 e E3). No E1, o débito cardíaco aumentou quando elevou-se a

cabeceira a 45 graus, mas essa alteração só foi considerada estatisticamente significante em

pacientes infartados com evidências de edema pulmonar. Já no E3, constatou-se que o débito

cardíaco diminuiu na posição supina, quando comparada às inclinações de cabeceira a 30 graus

e 10 graus para baixo. A FC mostrou-se menor no DLD em dois estudos (E8 e E10), quando

comparado à posição supina e DLE. Nos demais estudos as alterações foram insignificantes

quando estudados diferentes posicionamentos sem lateralização do paciente no leito. Somente

um estudo (E2) avaliou a pressão de capilar pulmonar, que mostrou elevação quando o paciente

foi submetido à elevação de cabeceira a 70 graus, bem como a pressão atrial direita. A

variabilidade de PA, avaliada no E7, mostrou-se mais pronunciada na posição ortostática,

quando comparada à posição supina, e está ligada a atividade do sistema renina-angiotensina-

aldosterona. Quando submetidos a exercício, os pacientes infartados evidenciam um aumento

de amplitude de onda R menor que os pacientes fisicamente ativos (E4).

De modo geral, as mudanças de posicionamento não ocasionaram efeitos deletérios à

hemodinâmica do paciente infartado, visto que as alterações, em sua maioria, foram

insignificantes. Em se tratando de repouso no leito, o DLD pode ser utilizado como estímulo

vagal, induzindo a redução da frequência cardíaca do paciente infartado, e a redução do débito

cardíaco em posição supina pode explicar a menor tolerância desse paciente a esta posição, em

relação à elevação de cabeceira. A adoção da posição sentada em pacientes infartados não gera

efeitos deletérios e nem vantagens à hemodinâmica do paciente infartado sem complicações.

44

Entretanto, pacientes infartados com complicação de edema pulmonar sofrem efeitos benéficos

nessa posição, quando comparados à posição supina.

45

6. CONCLUSÃO

Considerando os achados as presente revisão integrativa, verifica-se que as mudanças

de posicionamento do paciente infartado, na maioria dos casos, não ocasionam alterações

hemodinâmicas significantes. Não obstante, é necessário considerar os infartados com

evidências de complicações um público mais vulnerável a adaptação prejudicada a essas

intervenções.

O DLD e as elevações de cabeceira mostraram vantagens em relação à hemodinâmica

do paciente infartado, e a menor tolerância a posição supina em relação às elevações de

cabeceira pode ser explicada pela redução do DC causada por essa posição. A enfermagem

pode usar o conforto do paciente como parâmetro para as mudanças de posicionamento, levando

em consideração as possibilidades de alterações de cada modalidade, visando a redução de

efeitos deletérios causados pela prática profissional associada à necessidade de cuidados do

infartado.

Diante da escassez de estudos comparativos, enxerga-se a necessidade de investimento

em trabalhos de campo que comparem as alterações hemodinâmicas mediante mudanças de

posicionamento nas fases aguda e tardia do IAM. Em suma, evidencia-se a necessidade de

publicações a respeito da temática, para que entenda-se o cuidado de enfermagem como

intervenção na recuperação do paciente infartado, e essas intervenções possam ser aplicadas de

maneira que haja a menor incidência possível de efeitos deletérios ao mesmo; através da

cientificidade das ações.

46

7. OBRAS CITADAS

BANASIK, J. L.; EMERSON, R. J. Effect of lateral positions on tissue oxygenation in the

critically ill. Heart Lung, p. 269-276, July 2001.

BARBOSA, Tiago. Introdução a biomecânica, 2004. Disponível em:

<http://www.ipb.pt/~barbosa/biomecanica/introducao%20biomecanica.pdf>

BASTOS, Alessandra Soler. et al. Tempo de chegada do paciente com infarto agudo. Rev Bras

Cir Cardiovasc, São José do Rio Preto SP, p. 411-418, Julho 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Tecnovigilância: abordagens de vigilância

sanitária. Brasília-DF: [s.n.], 2010.

CARDIOLOGIA, Sociedade Brasileira de. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia

sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST. [S.l.]:

[s.n.], v. 102, 2014.

DATASUS. Infarto agudo do miocárdio é primeira causa de mortes no País, revela dados do

DATASUS, 2014. Disponivel em: <http://datasus.saude.gov.br/noticias/atualizacoes/559-

infarto-agudo-do-miocardio-e-primeira-causa-de-mortes-no-pais-revela-dados-do-datasus>.

Acesso em: 16 Fevereiro 2016.

KNOBEL, Elias; AKAMINE, Nelson; JÚNIOR, Constantino José Fernandes. O cateter de

Swan-Ganz deve ser indicado em todo paciente de terapia intensiva? Sociedade de Cardiologia

do Estado de São Paulo. <http://www.medicinaintensiva.com.br/swanganz1.htm>

LONGO, Dan L. et al. Medicina Interna de Harrison. 18. ed. [S.l.]: Amgh, v. 2vol, 2013.

MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVÃO,

Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na

saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2008.

OLIVEIRA, William da Silva; BRANDÃO, Janderson Alves; Borges, Grasiely Faccin.

Posição corporal e alterações hemodinâmicas: uma abordagem fisiológica. Revista Brasileira

de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.10. n.61. p.609-617. 2016.

PIEGAS, Leopoldo S et al . V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre

Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arq. Bras.

Cardiol., São Paulo , v. 105, n. 2, supl. 1, p. 1-121, Aug. 2015 . Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-

47

782X2015003000001&lng=en&nrm=iso>. access

on 10 Jan. 2017. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20150107.

SILVA, Isnanda. Tarciara; OLIVEIRA, Aline Alves. Efeitos da Mobilização Precoce. C&D-

Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v. 8, p. 41-50, dezembro 2015.

THYGESEN, Kristian et al. Third Universal definition of Myocardial Infarction. Circulation,

v. 126, p.2020-2035, outubro 2012.

VILLACORTA, Humberto; DE ALBUQUERQUE, Denilson Campos. Cardiografia por

Bioimpedância Transtorácica. SOCERJ, Rio de Janeiro, v. 19, p. 516 a 522, novembro 2006.

VOLLMAN, Kathleen M. Hemodynamic instability: is it really a barrier to turning critically

ill patients? Crit Care Nurse, v. 32, n. 1, p. 70-75, February 2012.

48

8. APÊNDICES

Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh

APÊNDICE 2 – Vocábulos controlados utilizados para busca na

base de dados CINAHL, Niterói - 2016

P Myocardial Infarction

Myocardial Ischemia

I

Lateral Position

Posture

Prone position

Supine position

Body Positions

Exercise Positions

APÊNDICE 1 – Vocábulos controlados utilizados para busca na

base de dados MEDLINE, Niterói - 2016

P

Myocardial Infarction

Anterior Wall Myocardial Infarction

Inferior Wall Myocardial Infarction

I

Modalities, Position

Posture

Prone position

Supine position

O

Cardiac Output

Heart rate

Arterial Pressure

Central Venous Pressure

Respiration

Oximetry

Body Temperature

Hemodynamics

49

O

Oxygen Consumption

Cardiac Output

Heart rate

Arterial Pressure

Central Venous Pressure

Respiration

Oximetry

Body Temperature

Hemodynamics Fonte:http://web.b-ebscohost-

com.ez24.periodicos.capes.gov.br/ehost/mesh?sid=14a444f6-3fb5-

4070-af67-95d7947bcb6d%40sessionmgr101&vid=1&hid=115

APÊNDICE 3 – Vocábulos controlados utilizados para busca na

base de dados LILACS, Niterói - 2016

P

Infarto do Miocárdio

Infarto Miocárdico de Parede Anterior

Infarto Miocárdico de Parede Inferior

I

Modalidades de Posição

Postura

Decúbito ventral

Decúbito dorsal

O

Consumo de Oxigênio

Débito Cardíaco

Frequência Cardíaca

Pressão arterial

Pressão Venosa Central

Respiração

Oximetria

Temperatura corporal

Hemodinâmica

Fonte:http://decs.bvs.br/cgibin/wxis1660.exe/decsserver/?IsisScri

pt=../cgibin/decsserver/decsserver.xis&interface_language=p&pr

evious_page=homepage&previous_task=NULL&task=start

50

APÊNDICE 4 – Sintaxes das buscas na base de dados MEDLINE, Niterói - 2016

COMPONENTE SINTAXE

P ((Myocardial Infarction) OR Anterior Wall Myocardial Infarction) OR

Inferior Wall Myocardial Infarction

I ((((Posture) OR Prone position) OR Supine position) OR Patient

positioning) OR (Moving and lifting patients)

O

(((((((((Oxygen Consumption) OR Cardiac Output) OR Heart rate) OR

Arterial Pressure) OR Central Venous Pressure) OR Oximetry) OR

hemodynamics) OR Respiration)) OR Body Temperature

P ∩ I ∩ O

(((((Myocardial Infarction) OR Anterior Wall Myocardial Infarction)

OR Inferior Wall Myocardial Infarction)) AND (((((Posture) OR Prone

position) OR Supine position) OR Patient positioning) OR (Moving and

lifting patients))) AND ((((((((((Oxygen Consumption) OR Cardiac

Output) OR Heart rate) OR Arterial Pressure) OR Central Venous

Pressure) OR Oximetry) OR hemodynamics) OR Respiration)) OR

Body Temperature)

Fonte: Autoria própria.

APÊNDICE 5 – Sintaxes das buscas na base de dados CINAHL, Niterói - 2016

COMPONENTE SINTAXE

P

http://search-ebscohost-

com.ez24.periodicos.capes.gov.br/login.aspx?direct=true&db=c8h&bq

uery=(Myocardial+Infarction)+OR+(Myocardial+Ischemia)&lang=pt-

br&type=0&site=ehost-live

I

http://search-ebscohost-

com.ez24.periodicos.capes.gov.br/login.aspx?direct=true&db=c8h&bq

uery=(Lateral+Position)+OR+(Posture)+OR+(prone+position)+OR+(s

upine+position)+OR+(Body+Positions)+OR+(Exercise+Positions)&la

ng=pt-br&type=0&site=ehost-live

O

http://search-ebscohost-

com.ez24.periodicos.capes.gov.br/login.aspx?direct=true&db=c8h&bq

uery=(Oxygen+Consumption)+OR+(Cardiac+Output)+OR+(Heart+rat

e)+OR+(Arterial+Pressure)+OR+(central+venous+pressure)+OR+(res

51

piration)+OR+(Body+Temperature)+OR+(hemodynamics)&lang=pt-

br&type=0&site=ehost-live

P ∩ I ∩ O

http://search-ebscohost-

com.ez24.periodicos.capes.gov.br/login.aspx?direct=true&db=c8h&bq

uery=(Oxygen+Consumption+OR+Cardiac+Output+OR+Heart+rate+

OR+Arterial+Pressure+OR+central+venous+pressure+OR+respiration

+OR+Body+Temperature+OR+hemodynamics)+AND+(((Myocardial

+Infarction)+OR+(Myocardial+Ischemia))+AND+((Lateral+Position)

+OR+(Posture)+OR+(prone+position)+OR+(supine+position)+OR+(B

ody+Positions)+OR+(Exercise+Positions))+AND+((Oxygen+Consum

ption)+OR+(Cardiac+Output)+OR+(Heart+rate)+OR+(Arterial+Press

ure)+OR+(central+venous+pressure)+OR+(respiration)+OR+(Body+T

emperature)+OR+(hemodynamics)))&lang=pt-br&type=0&site=ehost-

live

Fonte: Autoria própria.

APÊNDICE 6 – Sintaxes das buscas na base de dados LILACS, Niterói - 2016

COMPONENTE SINTAXE

P

(tw:("Infarto do Miocárdio" OR "Infarto Miocárdico de Parede

Anterior" OR "Infarto Miocárdico de Parede Inferior"))

I

(tw:("Modalidades de Posição" OR "Postura" OR "Decúbito ventral"

OR "Decúbito dorsal" OR "Posicionamento do Paciente" OR

"Movimentação e Reposicionamento de Pacientes" ))

O

(mh:((tw:("Consumo de Oxigênio" OR "Débito Cardíaco" OR

"Frequência Cardíaca" OR "Pressão arterial" OR "Pressão Venosa

Central" OR "Respiração" OR "Oximetria" OR "hemodinâmica"))))

OR (mh:(body temperature))

P ∩ I ∩ O

(tw:((mh:((tw:("Consumo de Oxigênio" OR "Débito Cardíaco" OR

"Frequência Cardíaca" OR "Pressão arterial" OR "Pressão Venosa

Central" OR "Respiração" OR "Oximetria" OR "hemodinâmica"))))

OR (mh:(body temperature)))) AND (tw:((tw:("Modalidades de

Posição" OR "Postura" OR "Decúbito ventral" OR "Decúbito dorsal"

OR "Posicionamento do Paciente" OR "Movimentação e

Reposicionamento de Pacientes" )))) AND (tw:((tw:("Infarto do

Miocárdio" OR "Infarto Miocárdico de Parede Anterior" OR "Infarto

Miocárdico de Parede Inferior"))))

Fonte: Autoria própria.

52

9. ANEXOS

Artigos incluídos na revisão integrativa.

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