qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

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Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

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Page 1: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos

órgãos de controle à gestão municipal

Page 2: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOTRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOSecretaria de Controle Externo na BahiaSecretaria de Controle Externo na Bahia

Arivaldo Silva FerreiraAnalista de Controle Externo

Page 3: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

SUMÁRIO

• Introdução• Licitação - conceito e normativos

legais - princípios constitucionais - modalidades

• Modalidade pregão - características e vantagens;

• Principais falhas e irregularidades verificadas pelo TCU.

Page 4: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

LICITAÇÃO

• É o procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços, visando garantir a observância do princípio da isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa.

Page 5: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Contexto LegalContexto Legal

Constituição Federal, art. 37, inciso XXILei nº 8.666/93 e suas alteraçõesLei nº 8.666/93 e suas alteraçõesLei nº 10.520/02 (Pregão)Lei nº 10.520/02 (Pregão)Lei nº 4.320/64 Lei nº 4.320/64 Lei Complementar nº 101/00 (LRF)Lei Complementar nº 101/00 (LRF)Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)Decretos, Instruções Normativas e PortariasDecretos, Instruções Normativas e Portarias

Page 6: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Princípios Básicos da Licitação

- Constitucionais -

- Legalidade- Impessoalidade- Moralidade- Publicidade- Eficiência

Page 7: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Princípios Básicos da Licitação

- Legais -- Isonomia- Vinculação ao instrumento vinculatório

- Julgamento objetivo

- Consagrados -- Competitividade- Adjudicação compulsória- Sigilosidade e inalterabilidade da proposta

Page 8: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

LICITAÇÃO

• A licitação é regra para a Administração Pública, quando contrata obras, bens e serviços.

• Exceções :» Dispensa de licitação – art. 24 da Lei nº

8.666/93 - as hipóteses previstas são exaustivas;

» Inexigibilidade de licitação – art. 25 da Lei nº 8.666/93 - as hipóteses previstas são exemplificativas.

Page 9: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

MODALIDADES DE LICITAÇÃO

• ConviteConvite• Tomada de PreçosTomada de Preços• ConcorrênciaConcorrência

• Pregão (Lei nº 10.520/02 )Pregão (Lei nº 10.520/02 )

Page 10: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Modalidade Pregão

• É a modalidade de licitação em que a disputa É a modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão pública, na qual os comuns é feita em sessão pública, na qual os licitantes apresentam suas propostas de licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e por lances verbais, preço por escrito e por lances verbais, independentemente do valor estimado para a independentemente do valor estimado para a contratação.contratação.

• É prioritária em relação às demais É prioritária em relação às demais modalidadesmodalidades. .

Page 11: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Modalidade Pregão Aspectos positivos

- Maior celeridade - escolha das propostas é - Maior celeridade - escolha das propostas é anterior à análise da documentaçãoanterior à análise da documentaçãoe a fase recursal é única, sem efeito suspensivoe a fase recursal é única, sem efeito suspensivo

- Economia de recursos para o contratante - em - Economia de recursos para o contratante - em 2004, a União economizou mais de 30% 2004, a União economizou mais de 30% em relação ao preço-base estimado antes de em relação ao preço-base estimado antes de iniciar o procedimento de comprainiciar o procedimento de compra

- Aumento do número de fornecedores- Aumento do número de fornecedores

Page 12: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Modalidade Pregão Base LegalBase Legal - Lei nº 8.666/93;- Lei nº 8.666/93;

- Lei nº 10.520/2002 (Institui o Pregão)- Lei nº 10.520/2002 (Institui o Pregão)- Decreto nº 3.555/2000 (Regulamenta o Pregão - Decreto nº 3.555/2000 (Regulamenta o Pregão Presencial)Presencial)

- Decreto nº 3.697/2000 (Regulamenta o Pregão - Decreto nº 3.697/2000 (Regulamenta o Pregão Eletrônico) Eletrônico)

- Decreto nº 3.784/2001 (Inclui alguns itens na - Decreto nº 3.784/2001 (Inclui alguns itens na lista de bens e serviços comuns)lista de bens e serviços comuns)- Decreto nº 3.693/2000 (Inclui alguns itens de - Decreto nº 3.693/2000 (Inclui alguns itens de informática na lista de bens e serviços comuns)informática na lista de bens e serviços comuns)

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FASES FINAIS DA LICITAÇÃO

- Homologação/aprovação dos atos - Homologação/aprovação dos atos praticados no procedimento licitatóriopraticados no procedimento licitatório

- Adjudicação do objeto à licitante - Adjudicação do objeto à licitante vencedoravencedora

- Assinatura do contrato - Assinatura do contrato

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Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

1) FRACIONAMENTO DA LICITAÇÃO1) FRACIONAMENTO DA LICITAÇÃO

vedação legal: art. 23, §§ 2º e 5º, da Lei vedação legal: art. 23, §§ 2º e 5º, da Lei 8.666/938.666/93

Page 15: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

O fracionamento se caracteriza por O fracionamento se caracteriza por dividir a despesa para utilizar dividir a despesa para utilizar modalidade de licitação inferior à modalidade de licitação inferior à prevista pela lei ou para realizar a prevista pela lei ou para realizar a contratação direta.contratação direta.

O que é fracionamento da O que é fracionamento da despesa?despesa?

Page 16: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

POSIÇÃO DO TCUPOSIÇÃO DO TCU

Acórdão 1540/2003-PlenárioAcórdão 1540/2003-Plenário

programe com antecedência as licitações de bens e serviços de informática, com a adequada previsão quantitativa e qualitativa dos bens e ou serviços a serem adquiridos, adotando a modalidade de licitação cabível (...)

Page 17: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

2) AUSÊNCIA DE PARCELAMENTO DO 2) AUSÊNCIA DE PARCELAMENTO DO OBJETOOBJETO

vedação legal: art. 15, IV, e 23, § 1º, da Lei vedação legal: art. 15, IV, e 23, § 1º, da Lei 8.666/93 8.666/93

Page 18: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Por que parcelar ou dividir o Por que parcelar ou dividir o objeto ?objeto ?

Melhor aproveitamento dos recursos Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e ampliar a disponíveis no mercado e ampliar a competitividadecompetitividade

Obrigatoriedade do parcelamentoObrigatoriedade do parcelamento

Page 19: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Posição do TCUPosição do TCU

Acórdão 393/1994-PlenárioAcórdão 393/1994-Plenário

Nas licitações para contratação de obras, serviços e compras, e nas alienações, quando o objeto for de natureza divisível, sem prejuízo do conjunto ou complexo, é obrigatória que a adjudicação seja por itens e não pelo preço global.

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Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

3) ADJUDICAÇÃO DE LICITAÇÃO NA 3) ADJUDICAÇÃO DE LICITAÇÃO NA MODALIDADE CONVITE COM MENOS MODALIDADE CONVITE COM MENOS DE TRÊS PROPOSTAS VÁLIDASDE TRÊS PROPOSTAS VÁLIDAS

vedação legal: art. 22, § 7º, da Lei vedação legal: art. 22, § 7º, da Lei 8.666/938.666/93

Page 21: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Para ampliar a participaçãoPara ampliar a participação Para evitar direcionamento a fornecedores Para evitar direcionamento a fornecedores específicosespecíficos

Para evitar participação de licitantes Para evitar participação de licitantes somente para completar o número legalsomente para completar o número legal

Por que um mínimomínimo de três propostas válidas para Convites?

Page 22: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Posição do TCUPosição do TCU

Decisão n° 1102/2001-PlenárioDecisão n° 1102/2001-Plenário

Ao realizar licitação na modalidade convite, Ao realizar licitação na modalidade convite, deve-se proceder à deve-se proceder à repetição do certamerepetição do certame sempre que não for atingido o número mínimo sempre que não for atingido o número mínimo de três propostas de três propostas válidasválidas, consoante o , consoante o disposto nos §§ 3º e 7º, do art. 22 da Lei disposto nos §§ 3º e 7º, do art. 22 da Lei 8.666/938.666/93

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Licitações e ContratosPrincipais falhas e irregularidades

4) DISPENSA INDEVIDA DE LICITAÇÃO COM BASE NO ART. 24, INC. IV

• vedação legal : art. 3 da Lei 8.666/93

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POSIÇÃO DO TCUPOSIÇÃO DO TCU

Decisão Plenária n° 347/1994 - Obrigatória Decisão Plenária n° 347/1994 - Obrigatória verificação dos seguintes pressupostos:verificação dos seguintes pressupostos:a) situação adversa não decorra de falta de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos recursos disponíveis;

b) urgência efetiva do atendimento a situação decorrente do estado emergencial ou calamitoso, visando afastar risco a bens ou a saúde ou à vida de pessoas;

Page 25: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

POSIÇÃO DO TCUPOSIÇÃO DO TCU

Decisão Plenária n° 347/1994 - Obrigatória Decisão Plenária n° 347/1994 - Obrigatória verificação dos seguintes pressupostos:verificação dos seguintes pressupostos:c) que o risco, além de concreto e efetivamente provável, se mostre iminente e gravoso; d) que a imediata contratação com terceiro, de determinadas obras, serviços ou compras segundo as especificações e quantitativos tecnicamente apurados, seja o meio adequado, efetivo e eficiente de afastar o risco iminente detectado.

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Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

5) AUSÊNCIA DE DOTAÇÃO 5) AUSÊNCIA DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIA

vedação legalvedação legal: Arts. 7º, §2º, inciso III, 14 e 38 da Lei 8.666/93 e art. 16, inciso I, da LC 101/2000

Page 27: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Posição do TCUPosição do TCU

Acórdão n.° 848/2002- 1ª CâmaraAcórdão n.° 848/2002- 1ª Câmara Acórdão n.° 399/2003 - PlenárioAcórdão n.° 399/2003 - Plenário Decisão n.º 30/2002 - PlenárioDecisão n.º 30/2002 - Plenário

Page 28: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

6) 6) FALTA DE EXIGÊNCIA DA FALTA DE EXIGÊNCIA DA REGULARIDADE FISCALREGULARIDADE FISCAL

vedaçãovedação legal: Arts. 29 e 32, § 1°,da Lei 8.666/93

Page 29: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

POSIÇÃO DO TCUPOSIÇÃO DO TCU

Decisão n° 705/1994 - Obrigatória exigência Decisão n° 705/1994 - Obrigatória exigência da comprovação da regularidade com a da comprovação da regularidade com a Seguridade Social e com o FGTS:Seguridade Social e com o FGTS:a) nas licitações, inclusive dispensa e inexigibilidade;b) na assinatura dos contratos; ec) a cada pagamento efetivado pela administração.

Page 30: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

7) PAGAMENTO ANTECIPADO

vedação legal: arts. 62 e 63 da Lei vedação legal: arts. 62 e 63 da Lei 4.320/64.4.320/64.

Page 31: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

O que é Pagamento Antecipado?O que é Pagamento Antecipado?

É o pagamento feito antes da liquidaçãoÉ o pagamento feito antes da liquidação

da despesa.da despesa.

Liquidar a despesa é verificar se o objeto Liquidar a despesa é verificar se o objeto contratado foi cumprido pelo fornecedor/prestadorcontratado foi cumprido pelo fornecedor/prestador

Page 32: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Posição do TCUPosição do TCU

Decisão 955/2002-PlenárioDecisão 955/2002-Plenário

Não efetue pagamento antecipado de Não efetue pagamento antecipado de despesas, por contrariar o mandamento despesas, por contrariar o mandamento legal expresso no art. 62 da Lei n° 4.320/64 e legal expresso no art. 62 da Lei n° 4.320/64 e no art. 38 do Decreto n° 93.872/86no art. 38 do Decreto n° 93.872/86

Page 33: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Licitações e ContratosLicitações e Contratos Principais falhas e irregularidadesPrincipais falhas e irregularidades

8) SUBCONTRATAÇÃO IRREGULAR8) SUBCONTRATAÇÃO IRREGULAR

vedação legal: art. 2°, 72 e 78, VI, da Lei vedação legal: art. 2°, 72 e 78, VI, da Lei 8.666/93.8.666/93.

Page 34: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

O que é subcontratação irregular?

• É a subcontratação total ou parcial do objeto contratado não prevista no edital e no contrato.

Page 35: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

Posição do TCUPosição do TCU

Decisão n.° 420/2002-PlenárioDecisão n.° 420/2002-Plenário Decisão n.º 1.375/2002-PlenárioDecisão n.º 1.375/2002-PlenárioAcórdão n.° 424/2003-PlenárioAcórdão n.° 424/2003-Plenário Acórdão n.° 1.663/2004-PlenárioAcórdão n.° 1.663/2004-Plenário

Page 36: Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria de Controle Externo no Estado da Bahia

Av. Tancredo Neves, 2242 - Bairro Stiep - Salvador/BA

Telefone: (71) 3341-1966

E-mail: [email protected]