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1 (VERSÃO ORIGINAL COM EXCLUSÃO DE NOMES E IMAGENS DE PESSOAS) Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 2. Plano De Gestão Ambiental Progresso reportado pela NE: O progresso referente ao período de janeiro a junho de 2016: Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais: No período foi realizada a revisão da Planilha de Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais, que foi encaminhada como anexo ao 10º RC. Essa atualização foi realizada para o início da Etapa de Operação, considerando ações (fases) voltadas para o planejamento, construção e operação. Em termos de novos impactos, na fase de construção considerou-se a questão do repasse das obras de infraestrutura para as municipalidades. Para a fase de enchimento foram inseridos dois novos impactos. Um referente à realização das ligações intradomiciliares em Altamira. O outro, referente à operacionalização das diferentes estruturas e equipamentos entregues pela NE às municipalidades, considerando que tais obras não tem alcançado a efetiva mitigação dos impactos em função da inviabilidade de consolidar sua operação, por parte da municipalidade. No semestre foi realizada também a atualização dos “Objetivos, Metas” do PBA. O 10º RC apresentou revisão das planilhas de objetivos e de metas, evidenciando o seu status de atendimento ou justificando a necessidade de ajuste de escopo e cronograma. Uma das conclusões deste processo é de que os Planos, Programas e Projetos do PBA que apresentam interfaces estão efetivamente promovendo a troca de informações e dados, interação esta realizada sob a responsabilidade do PGA e evidenciada pela formação de Grupos de Trabalho (GTs), os quais contribuem tanto para a reavaliação periódica de impactos, a análise da eficácia, eficiência e efetividade das ações contidas no PBA, para fazer frente a esses e outros impactos porventura antes não detectados, como para a proposição de novas ações de gestão. Identificação e atualização dos requisitos legais aplicáveis No período coberto por este relatório, deu-se continuidade ao enquadramento legal das não conformidades identificadas em campo, para incorporação a cada um dos registros de não conformidade, via Sistema de Gerenciamento de Projetos (SGP) da Norte Energia, e que contempla não apenas o normativo aplicável, mas também aquele relativo às cláusulas contratuais afetas pelos respectivos desvios. Competência, Treinamento e Conscientização Segundo a NE, os procedimentos adotados asseguram a identificação das necessidades de treinamento e provém treinamentos ou ações necessárias, conforme estabelecido no Manual de Treinamento, Conscientização e Competência voltado ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Comunicação Até o período coberto pelo 10º RC foram realizadas 19 reuniões do Colegiado e 96 reuniões das Comissões específicas e Comitês temáticos totalizando 2.739 participantes. Nenhuma foi realizada no 1º semestre de 2016. No período, mais precisamente em 15/06/2016, ocorreu a 17ª Apresentação de informações sobre o serviço de execução de ligações intradomiciliares do saneamento da área urbana de Altamira, com 20 participantes. Ocorreu também, em 26/04/2016, a 11ª Apresentação de informações sobre a fase pós enchimento dos reservatórios e programas em andamento, igualmente com 20 participantes. Nenhum evento da Comissão do Plano de Atendimento à População Atingida (CAPA) ocorreu no período. Já no âmbito da Comissão dos Planos, Programas e Projetos Físicos e Bióticos (CMFB), ocorreu, em 20/04/2016, a 11ª Reunião Ordinária para apresentação de informações sobre a fase pós enchimento dos reservatórios e programas em andamento, com 41 participantes. Em relação à Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (CGIVGX), cita-se a ocorrência, em 31/03/2016 e com 216 participantes, da 13ª Reunião para apresentação de informações sobre: Operação da UHE Belo Monte, suas infraestruturas e funções; Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande durante a fase de operação; e Agendar visita com membros da Comissão da Volta Grande para o STE, Barragem de Pimental e

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Page 1: Quadro 4.0.a – Andamento dos Programas_CGU

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(VERSÃO ORIGINAL COM EXCLUSÃO DE NOMES E IMAGENS DE PESSOAS)

Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 2. Plano De Gestão Ambiental Progresso reportado pela NE: O progresso referente ao período de janeiro a junho de 2016: Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais:

No período foi realizada a revisão da Planilha de Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais, que foi encaminhada como anexo ao 10º RC. Essa atualização foi realizada para o início da Etapa de Operação, considerando ações (fases) voltadas para o planejamento, construção e operação. Em termos de novos impactos, na fase de construção considerou-se a questão do repasse das obras

de infraestrutura para as municipalidades. Para a fase de enchimento foram inseridos dois novos impactos. Um referente à realização das

ligações intradomiciliares em Altamira. O outro, referente à operacionalização das diferentes estruturas e equipamentos entregues pela NE às municipalidades, considerando que tais obras não tem alcançado a efetiva mitigação dos impactos em função da inviabilidade de consolidar sua operação, por parte da municipalidade.

No semestre foi realizada também a atualização dos “Objetivos, Metas” do PBA. O 10º RC apresentou revisão das planilhas de objetivos e de metas, evidenciando o seu status de atendimento ou justificando a necessidade de ajuste de escopo e cronograma.

Uma das conclusões deste processo é de que os Planos, Programas e Projetos do PBA que apresentam interfaces estão efetivamente promovendo a troca de informações e dados, interação esta realizada sob a responsabilidade do PGA e evidenciada pela formação de Grupos de Trabalho (GTs), os quais contribuem tanto para a reavaliação periódica de impactos, a análise da eficácia, eficiência e efetividade das ações contidas no PBA, para fazer frente a esses e outros impactos porventura antes não detectados, como para a proposição de novas ações de gestão.

Identificação e atualização dos requisitos legais aplicáveis

No período coberto por este relatório, deu-se continuidade ao enquadramento legal das não conformidades identificadas em campo, para incorporação a cada um dos registros de não conformidade, via Sistema de Gerenciamento de Projetos (SGP) da Norte Energia, e que contempla não apenas o normativo aplicável, mas também aquele relativo às cláusulas contratuais afetas pelos respectivos desvios.

Competência, Treinamento e Conscientização

Segundo a NE, os procedimentos adotados asseguram a identificação das necessidades de treinamento e provém treinamentos ou ações necessárias, conforme estabelecido no Manual de Treinamento, Conscientização e Competência voltado ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Comunicação Até o período coberto pelo 10º RC foram realizadas 19 reuniões do Colegiado e 96 reuniões das

Comissões específicas e Comitês temáticos totalizando 2.739 participantes. Nenhuma foi realizada no 1º semestre de 2016.

No período, mais precisamente em 15/06/2016, ocorreu a 17ª Apresentação de informações sobre o serviço de execução de ligações intradomiciliares do saneamento da área urbana de Altamira, com 20 participantes.

Ocorreu também, em 26/04/2016, a 11ª Apresentação de informações sobre a fase pós enchimento dos reservatórios e programas em andamento, igualmente com 20 participantes.

Nenhum evento da Comissão do Plano de Atendimento à População Atingida (CAPA) ocorreu no período. Já no âmbito da Comissão dos Planos, Programas e Projetos Físicos e Bióticos (CMFB), ocorreu, em

20/04/2016, a 11ª Reunião Ordinária para apresentação de informações sobre a fase pós enchimento dos reservatórios e programas em andamento, com 41 participantes.

Em relação à Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (CGIVGX), cita-se a ocorrência, em 31/03/2016 e com 216

participantes, da 13ª Reunião para apresentação de informações sobre: Operação da UHE Belo Monte, suas infraestruturas e funções; Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande durante a fase de operação; e Agendar visita com membros da Comissão da Volta Grande para o STE, Barragem de Pimental e

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

STP. Em 07/04/2016 ocorreu a 8ª Reunião Ordinária da Comissão da Pesca e Aquicultura (CPA), onde foram

tratados os pontos de pauta definidos no 1º Seminário Técnico – Condicionante 2.24 da LO 1317/2015: UHE Belo Monte, realizado nos dias 17 e 18/02/2016. Participaram 76 pessoas.

Em 31/03/2016, com 26 participantes, ocorreu a 9ª Reunião do Comitê de Acompanhamento do Sistema de Transposição de Embarcações (CASTE), para apresentação de informações sobre: Operação da UHE Belo Monte, suas infraestruturas e funções; Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande durante a fase de operação; e Agendar visita com membros da Comissão da Volta Grande para o STE, Barragem de Pimental e

STP. No âmbito do Comitê de Acompanhamento Permanente do Reassentamento Urbano Coletivo (CPRUC),

ocorreram no período: A 15ª Apresentação de informações sobre o balanço dos números de relocação urbana, bem como

informe acerca da relocação das famílias do bairro Jardim Independente II e implantação do RUC Pedral, em 19/04/2016, com 20 participantes;

A 16ª Apresentação de informações sobre o serviço de execução de ligações intradomiciliares do saneamento da área urbana de Altamira, em 17/06/2016, com 18 participantes.

Nenhum evento da Comissão Técnica do Cacau (CTC) ocorreu no período. Gestão da Informação

Destaque, no âmbito do SGP, da continuidade da operacionalização do fluxo de não conformidades (NCs), do sistema de alerta específico para NCs e do recebimento dos seus registros relacionados ao PAC, para incorporação no Sistema de Informações Georreferenciadas Ambientais (SIG-A), via SGP.

Documentação e Controle de Documentos

Aplicação dos procedimentos que norteiam esta questão, principalmente, o Manual de Gestão de Documentos e o PS Elaboração e Edição de Documentos do Projeto Básico Ambiental.

A criação e a revisão de documentos ocorrem de forma permanente. Os documentos e registros são divulgados internamente no SGP, sempre em sua última versão válida.

Verificação e Análise Crítica do Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

Gerenciamento e Controle do PBA Relatórios de Gerenciamento Mensal elaborados pela Gestora, Coordenadoras e Executoras –

respectivamente RGM-G, RGM-C e RGM-E. Identificação e Gerenciamento dos Pacotes de Trabalho em Nível de Gestão de Acurácia

(Metodologia de Riscos) Atualização periódica do painel de controle dos pacotes de trabalho alvo de um nível

diferenciado de gestão, no bojo da metodologia de Gestão de Riscos; Monitoramento e controle dos marcos de controles estratégicos a partir de informações obtidas

por ocasião das reuniões dos diferentes GTs e demais reuniões periódicas; Elaboração de Planos de Ação para superar/compensar eventuais atrasos e cobrir lacunas de Informações, caso os resultados mostrem desvios da linha de base do Pacote de Trabalho.

Monitoramento e Aprimoramento do Intercâmbio entre os Pacotes de Trabalho e Rastreamento e Obtenção dos Dados e Informações para subsidiar o Gerenciamento do PBA Continuidade na realização de reuniões periódicas das diferentes instâncias e a constituir e

operacionalizar GTs com participantes, matrizes de responsabilidade e cronograma de reuniões préestabelecidos.

Processo de análise crítica, que é realizado por meio de diferentes ferramentas: Reunião do PAC; Reunião de Saúde e Segurança do Trabalho – obra principal; Reunião do Plano de Enchimento dos Reservatórios – até abril de 2016; Reunião do Programa de Desmobilização de Mão de obra (PDMO); Reunião de Gerenciamento de Projeto do Componente Indígena (RGP); e Reuniões mensais do Comitê de Meio Ambiente (CMA).

Sistema de Alerta Continuidade do acompanhamento e atendimento às demandas e obrigações do empreendedor

por meio de alertas automáticos (demandas e compromissos estabelecidos por meio de ofícios/correspondências, licenças, condicionantes, autorizações etc.);

Emissão semanal de Boletins para veiculação, junto à DS, do acompanhamento contínuo das trocas de correspondências, principalmente entre a NE e IBAMA e Funai;

Continuidade da operacionalização do Sistema de Alerta semanal específico para as não

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

conformidades. Gestão da Conformidade

Aplicação da versão 07 do PS Tratamento de Não Conformidades, Ações Preventivas e Corretivas;

Identificação dos desvios (Registros de ocorrência - RO ou Registros de não conformidade - RNC), e inserção no SGP;

Adoção de Ações de correção imediata e de Ações corretivas / preventivas, e análise das ações adotadas;

Geração e controle de registros, por meio de Dossiê disponível no SGP; Sistema de Alerta específico para as não conformidades, que informa, semanalmente, sobre o

status de atendimento dos desvios; Acompanhamento contínuo em campo e realização de reuniões de alinhamento; Controles do Programa de Controle Ambiental Intrínseco (PCAI) e do Programa de

Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Acompanhamento do Status de Atendimento às Condicionantes, que é feito de forma contínua para

o PBA e o PBA-CI. Operacionalização do Sistema de Informação Georreferenciada (SIG-A). As atividades

desenvolvidas no âmbito do SIG-A no período estiveram associadas: Subsídios da equipe Executora do SIG-A nas atividades relacionadas ao PERBM, mais

especificamente em relação ao resgate de ictiofauna, identificando e representando espacialmente as áreas de possível mortandade de peixes;

Auxílio às Superintendências dos Meios Físico e Biótico (SFB) quanto à disponibilização e processamento de dados cartográficos gerados no âmbito do PBA;

Análise do Banco de Dados Brutos (BDB) das empresas Coordenadoras e Executoras do PBA, referentes ao 9º RC;

A importação de dados de monitoramento ambiental no Banco de Dados da NE. Auditoria Interna e Análise Crítica

Auditoria Interna, realizada através dos seguintes mecanismos: Análise crítica dos Relatórios Gerenciais Mensais emitidos pelas Executoras (RGM-Es),

Coordenadoras (RGM-Cs) e Gestora (RGM-G); Análise da evolução do atendimento dos compromissos registrados no Sistema de Alerta

(rígido controle do atendimento a demandas – ofícios, condicionantes, licenças, requisitos aplicáveis) e no Sistema de Gerenciamento de Documentos (GED, SGP);

Análise de Notas Técnicas, Ofícios e Pareceres; e Análise dos Relatórios Consolidados de Andamento do PBA e Atendimento de

Condicionantes, emitidos semestralmente junto ao IBAMA. Análise Crítica

Acompanhamento e discussão contínuos da evolução dos marcos de controle dos referidos pacotes e informação dos resultados em Boletins veiculados e discutidos nas reuniões da DS, suas Superintendências e Gerências, nas reuniões mensais do CMA e nas reuniões do CA.

Plano de Enchimento dos Reservatórios da UHE Belo Monte (PERBM) No período ocorreu a comunicação oficial da finalização do enchimento dos reservatórios em

27/04/16. No documento de envio informou-se sobre a última edição e envio do Boletim Institucional (BI150), mas afirmando que seriam mantidos os reportes específicos relativos aos planos temáticos para os quais o IBAMA solicitou a prestação de informações, com frequência diferenciada de reporte, quais sejam: Plano de Resgate e Salvamento de Ictiofauna, Plano de Resgate Embarcado de Fauna e Plano de Monitoramento da Qualidade da Água.

Em 29/04/2016 foi protocolado o Relatório Consolidado Final do Plano de Enchimento dos Reservatórios de Belo Monte (RCF PERBM), referente a todo o período pré e pós-enchimento de todos os planos temáticos e dando por encerrada a atividade do PERBM e das duas “Salas de Situação”, criadas em 23/06/2015.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades realizadas acompanham e se adaptam à nova fase do empreendimento, que prevê atividades conjuntas de implantação e operação. Segundo o relatório do PGA do 10º RC, todos os objetivos e mestas propostos para este programa estão em atendimento.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Em Cabe ressaltar que o empreendimento já está em operação, mas ainda não há procedimentos do SGA específicos para esta fase. Avaliação de resultados: As ações do PGA têm gerado dados, documentos e discussões que permitem o seu funcionamento como um instrumento de supervisão/fiscalização das obras da UHE Belo Monte, principalmente com foco nos demais programas e projetos que compõem o PBA. As medidas de prevenção, mitigação e gestão propostas, e que vêm sendo colocadas em prática, constituem estratégia adequada para que se evite, controle e minimize os impactos já verificados. 3. Plano Ambiental de Construção 3.1. Programa de Controle Ambiental Intrínseco

Progresso reportado pela NE: Vias de Acesso

CCBM: continuidade nas atividades de manutenção e melhorias nos acessos internos com placas de sinalização e forro de brita com nivelamento do solo. Instalação de novas placas de sinalização no Sítio Belo Monte.

CMBM e Andritz: umectação dos pátios de montagem eletromecânica, utilizando caminhão pipa. Manutenção dos pequenos acessos às áreas de montagem.

Isolux: recuperação e melhoria de muitos acessos da em função das chuvas frequentes na região.

Canteiros de Obra, Acampamentos CCBM: continuidade às atividades de desmobilização e retirada de resíduos das frentes de serviço já

concluídas, realizadas em sincronia com o cronograma do PRAD, para que as áreas estejam prontas para a recuperação ambiental.

Acompanhamento e monitoramento da qualidade da água durante a dragagem para rebaixamento da água do Canal de Fuga.

Acompanhamento de obras em andamento nos seguintes locais/estruturas dos sítios construtivos: Belo Monte: Diques, Área de Montagem / Casa de Força CFI e CFII, e Canal de Fuga. Pimental: Casa de Força / Área de Montagem e Vertedouro – PI, Margem Direita – PI. Canais e Diques: Canal de Derivação. Bela Vista: Diques.

Isolux: desmobilização dos canteiros de apoio da ISOLUX, assim como a redução do efetivo da empresa e

suas subcontratadas. Realização de Diálogos Diários de Segurança (DDS) e reuniões com todos os colaboradores no escritório central da ISOLUX, objetivando incentivar a prática de boas maneiras, convívio em equipe e organização do local de trabalho.

Subestações e Linhas de Transmissão

CCBM: estão em operação quatro SEs, duas no Sítio Belo Monte (Santo Antônio e Monlevade), uma SE no Sítio Canais (Surinan) e uma no sítio Pimental (Hematita). A SE Santo Antônio, no Sítio Belo Monte, é uma estrutura definitiva, e já foi entregue para a CELPA. Todas essas SEs estão em operação e periodicamente são realizadas inspeções ambientais e manutenções em todo o sistema.

Desmobilização de geradores, bombas e transformadores que não possuem frentes de serviço ativas, além da desmobilização dos pontos de apoio da equipe de elétrica e bombeamento.

Isolux: as atividades foram concentradas nas LT 69 kV UHE Belo Monte – Pimental (lançamento de cabos em andamento, com 63% de avanço), LT 500 kV UHE Belo Monte / SE Xingu (lançamento de cabos em andamento, com 82% de avanço) e LD 13,8 kV SE Aux (fundação e montagem de torres em andamento, com 96% de avanço, e ançamento de cabos em andamento, com 59% de avanço).

Áreas de Empréstimo, Jazidas, Bota-Foras e Estoques

CCBM: com a conclusão dos diques do Reservatório Intermediário, Barragem Lateral Esquerda e Direita do Sítio Belo Monte e Barragem Lateral Esquerda de Pimental, foram realizados os acompanhamentos das atividades de construção das canaletas de drenagem dos diques, das conformações dos taludes e bermas de estabilização.

Durante o período chuvoso, intenso no primeiro semestre de 2016, as atividades de exploração das jazidas foram paralisadas, tendo o foco se voltado para o controle de processos erosivos.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Tráfego, Transporte e Operação de Máquinas e Equipamentos

CCBM: realização de manutenção preventiva dos equipamentos, com programação referente às horas de uso (planilha de controle é revisada semanalmente). Nessas manutenções é verificada a existência de potenciais vazamentos e monitorada a emissão de fumaça preta (Escala Ringelmann). Equipamentos não conformes são reprovados, sendo feitas novas inspeções e ajustes até que os mesmos atendam aos padrões exigidos, antes do seu retorno às atividades na obra.

Toda manutenção de equipamentos é realizada agora no Sítio Belo Monte. Desmobilização de grande parte da frota de equipamentos, cerca de 82%, quando comparado ao mesmo

período de 2015. Realização do monitoramento de fumaça preta utilizando a Escala Ringelmann de forma amostral, e não

mais em todos os equipamentos em operação, como era feito até o final de 2015. Treinamento dos funcionários envolvidos em atendimento a emergências ambientais e em contato com as

comunidades do entorno. Umectação constante dos acessos e canteiros por meio de caminhões-pipa. Disponibilização de kits de emergência nos equipamentos para utilização em caso de vazamento de óleo

ou outros produtos químicos. Plano de Manutenção programada da frota de máquinas e equipamentos, para prevenção de ocorrência de

vazamentos. CMBM, Andritz e Isolux: realização do monitoramento de fumaça preta também de forma amostral.

Transporte de Trabalhadores e de Máquinas e Equipamentos

Utilização de ônibus e vans periodicamente vistoriados pela Segurança do Trabalho. Desenvolvimento de ações do Projeto de Segurança e Alerta objetivando a segurança dos usuários dos

veículos e da comunidade no entorno dos acessos. Manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, com controle semanal. Realização do

monitoramento da emissão de fumaça preta. Transporte dos profissionais entre os canteiros de obras, em horários diferenciados de entrada e saída dos

turnos, para baixar a pressão no trânsito local nas rodovias, acessos, cidades e Vila Residencial Belo Monte.

Transporte de materiais, equipamentos e peças respeitando as normas, de acordo com o porte dos equipamentos, a classe das carteiras de habilitação dos motoristas e estratégias de transporte para minimizar os distúrbios à comunidade, entre outras medidas de controle.

Identificação de equipamentos, materiais e profissionais por sítio construtivo. Manejo de Substâncias Perigosas

Elaboração, pela NE, do Procedimento de Emergência Ambiental (PEA) PEA NESA 001-2016, objetivando a implantação de um plano de ação específico para atender a possíveis situações de vazamento de óleo em corpo hídrico durante a montagem e comissionamento das unidades geradoras e transformadores elevadores.

CCBM: Instalação, nos canteiros da obra, de tanques aéreos horizontais de combustível dotados de todos os

dispositivos de proteção ambiental, com piso impermeável, canaletas de direcionamento do fluxo, separador de água e óleo, extintores, cobertura e kits de emergência ambiental;

Instalação de bacias de contenção nos tanques com capacidade igual a 110% daquelas de armazenamento do reservatório;

Solicitação das Fichas de Informações de Segurança do Produto Químico (FISPQ’s) para os fornecedores de produtos, armazenamento e manejo de produtos de acordo com a legislação, normas e regulamentos;

Realização de abastecimentos em campo seguindo o Procedimento Operacional para Abastecimento e lubrificação em Campo (PO CCBM 220 33);

Os produtos químicos utilizados nos processos construtivos estão acondicionados e estocados em locais isolados, com restrição de acesso, contenção contra vazamentos e sinalização. As FISPQ’s estão sendo mantidas junto às substâncias perigosas utilizadas.

Continuam em funcionamento apenas os sistemas definitivos de abastecimento de combustível dos canteiros dos Sítios Belo Monte e Pimental.

Os 13 sistemas provisórios de abastecimento com 15 m³ já utilizados na obra encontram-se desativados, aguardando desmobilização.

As atividades com explosivos haviam sido suspensas em novembro de 2015, mas foram retomadas

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

na Pedreira P1A, situada no Sítio Bela Vista, em maio de 2016. O uso de explosivos é feito pela empresa Compel Detonação, terceirizada, especializada e licenciada pelo Exército Brasileiro. Os procedimentos internos de segurança são monitorados e controlados pelas equipes de Segurança do Trabalho de cada canteiro. Os materiais são transportados por meio de paiol móvel, devidamente licenciado. Os paióis construídos nos canteiros não se encontram mais ativos.

CMBM:

Abastecimento de combustível dentro do canteiro feito por meio de caminhão comboio, com bandeja de contenção e pó de serra para uso na contenção ambiental em caso de eventual vazamento.

Depósito de Produtos Químicos possui piso impermeável, ventilação e contenção, sendo devidamente identificado quanto aos riscos, apresentando as FISPQs dos produtos armazenados e possuindo kit ambiental para mitigação de possíveis vazamentos.

Os tambores de óleo lubrificante são armazenados em bacias de contenção devidamente impermeabilizadas.

Com frequência semanal, a equipe de meio ambiente realiza inspeção e aplicação de Listas de Verificação (LV) na parte externa dos tambores e também no piso da bacia de contenção, visando à detecção de vazamentos.

Aplicação de procedimentos da Análise Preliminar de Impactos Ambientais (APIA) para atividades que apresentam risco potencial de geração de impactos.

Andritz: Aplicação de procedimentos da Análise Preliminar de Impactos Ambientais (APIA) para atividades que apresentam risco potencial de geração de impactos.

Isolux: utilização de dispositivos de contenção (bandejas e lonas plásticas) no abastecimento de equipamentos em locais de difícil acesso no campo.

Gestão de resíduos sólidos Geral: Estruturas disponibilizadas na UHE Belo Monte para a correta gestão dos resíduos:

Coletores de resíduos atendendo à padronização estabelecida nos procedimentos internos e nos requisitos legais aplicáveis;

Caçamba para acondicionamento provisório; Central de triagem; Baias para acondicionamento provisório dos resíduos, atendendo os requisitos legais aplicáveis, e; Incinerador.

Coleta seletiva e triagem inicial dos resíduos nas frentes de serviço; Acondicionamento provisório nas centrais de triagem dos Sítios Belo Monte e Canais (Pimental foi

desativada); Encaminhamento para a destinação final, em locais legalizados, conforme Resolução CONAMA 307/2002

e a Lei nº 12.305/2010; Disponibilização, mensalmente, de novos coletores nas frentes de serviços, os quais atendem à

padronização estabelecida nos procedimentos internos e nos requisitos legais; Realização de treinamentos intensos com os funcionários do CCBM em busca dos 3R’s e orientação

quanto à reutilização de materiais e prática da coleta seletiva; Tratamento dos resíduos de saúde conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

(PGRSS), sendo coletados e acondicionados temporariamente em local restrito, onde são pesados e depositados em bombonas lacradas até a sua destinação final;

Áreas específicas de armazenamento com piso impermeável, sistemas de combate a incêndio e kit de emergência ambiental para os resíduos de Classe I. Esses resíduos estão sendo incinerados, sendo que a operação do incinerador foi estabelecida após sua manutenção corretiva e seu funcionamento se encontra normal;

Reaproveitamento contínuo de resíduos gerados nos canteiros, como, por exemplo: tambores metálicos, papel para rascunho, madeira, IBCs (tipo de container que chega à obra com produtos químicos) e pneus, dentre outros materiais.

CCBM:

Gestão dos resíduos sólidos conforme as diretrizes dos procedimentos PGRS CCBM 220 01 – Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos e do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Civil – PRGCC CCBM 220 01. Com a redução ou término das atividades nos Sítios Canais, Bela Vista e Pimental, o Sitio Belo

Monte se tornou o centro da gestão dos resíduos, sendo responsável pela compilação da documentação gerencial e destinação dos resíduos.

CMBM: Todos os resíduos destinados pelo CMBM são controlados por meio de manifestos de carga que

ficam arquivados no setor de Meio Ambiente dessa empresa. Também é realizado acompanhamento das licenças de operação das empresas contratadas para destinação final dos resíduos coletados na obra.

Realização dos Diálogos Diários de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (DDSMS) com os funcionários do CMBM em busca da conscientização dos 3Rs.

Disponibilização contínua de novos coletores nas frentes de serviço. Os coletores atendem à padronização estabelecida nos procedimentos internos do CMBM e nos requisitos legais aplicáveis.

Andritz Triagem dos resíduos na origem e encaminhamento por caminhão poliguindaste à Central de

Resíduos, localizada na Área 1, para verificação de material com potencial de reciclagem. Destinação final por empresas licenciadas, conforme Resolução CONAMA 307/2002 e a Lei nº

12.305/2010; Capacitação de funcionários em integração e durante diálogos nas frentes de serviço.

Isolux

No período foram destinados os resíduos que estavam armazenados nas baias dos canteiros de obra da ISOLUX e CAZ. Os resíduos como papelão e plástico foram destinados à empresa RECICLE e os demais resíduos, como lixo comum/doméstico, foram destinados para o Aterro Sanitário de Altamira/PA.

Durante todo período de atividades foram disponibilizados coletores nas frentes ainda ativas, de forma a incentivar a correta destinação dos resíduos. Os coletores atendem à padronização estabelecida nos procedimentos internos e nos requisitos legais aplicáveis.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades realizadas no período estão acompanhando os avanços das obras, obtendo sucesso em relação ao objetivo de garantir melhor desempenho ambiental do empreendimento. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0. 3.2. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

Progresso reportado pela NE: O PRAD é realizado, principalmente, pela empresa CCBM, que foi responsável pela movimentação do solo e rocha durante todo o período construtivo. No período de abrangência do 10º RC, que serviu de base para elaboração do presernte relatório, o PRAD deu continuidade no seu 4° ano agrícola de implantação (2015/2016), atendendo ao planejamento realizado pela Norte Energia e suas executoras. O quadro a seguir apresenta os quantitativos de áreas recuperadas nos vários anos de implantação do PRAD

Ano Agrícola Quantitativo Previsto a Recuperar (ha) Quantitativo de Áreas Recuperadas (ha) 2012/2013 0,5 0,62 2013/2014 186,32 145,54 2014/2015 95,45 197,38 2015/2016 561,76 558,43

Total 844,03 901,97 Em atenção à possibilidade das áreas de efetivo plantio de espécies florestais, definidas nos projetos de recuperação de áreas degradadas encaminhados ao IBAMA, serem computadas para fins de geração de crédito de reposição florestal, conforme estabelecido pelo IBAMA no Ofício 111/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA, de 29/05/2012,

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte cabe informar que, até o momento, apenas o PRAD referente ao ano agrícola 2013/2014 foi encaminhado ao IBAMA com este direcionamento, por meio da CE 347/2014-DS, de 09/12/2014. Nesse documento foi solicitada a concessão de 24.508 m³ de créditos de reposição florestal correspondente à área de 122,54 ha efetivamente plantada. Informamos ainda que o PRAD referente ao ano agrícola 2014/2015 será encaminhado ao IBAMA em julho de 2016, nesse será solicitada a concessão de mais 36.220 m³ de créditos de reposição florestal correspondente ao plantio de 181,10 ha. Os resultados obtidos nas principais atividades previstas no PRAD foram os seguintes: Produçao de Mudas Nos meses de abril, maio e junho de 2016 foram produzidos, respectivamente, 14.587, 2.386 e 4.318 mudas no viveiro localizado junto ao Sítio Canais. No total já foram produzidos para uso na PRAD o total de 772.765 mudas, dos quais 237.201 mudas apenas para o ano agrícola de 2015/2016. Estoque de Solo Organico A estocagem de solo orgânico foi realizada sempre que acontecia a decapagem de novas áreas, resultando num total de 4.494.367m3, dos quais 362.224,99m3 foram espalhados em áreas a serem recuperadas e 4.132.142,81m3 permanecem estocados para utilização futura. Em razão da infestação por gramíneas de grande porte (Panicum maximum vr. Mombaça) que ocorreu nas áreas recuperadas durante ano agrícola 2013/2014, ocasionada pela germinação do banco de sementes contido nos solos orgânicos estocados; a partir do ano agrícola 2014/2015, iniciou-se uma mudança na metodologia de recuperação, não se utilizando mais solo orgânico nas áreas de plantio arbóreo. O solo orgânico em estoque poderá ser utilizado futuramente para recuperação de áreas onde não será possível o plantio de espécies arbóreas, tais como áreas de ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), aterro sanitário, áreas preenchidas/revestidas com material rochoso ou outro impedimento físico para o desenvolvimento de raízes profundas. Conformaçao e Drenagem do Terreno As atividades de conformação e implantação dos sistemas de drenagem preparam as áreas para receber o plantio das mudas. Somente após a liberação das estruturas, que é realizada pela equipe de produção do CCBM, se dá início ao plantio. Para tal liberação, as áreas devem estar devidamente conformadas e dotadas de todos os dispositivos de drenagem, necessários para a estabilização do terreno. Plantio de Espécies Arbóreas e Herbáceas Em atendimento ao planejamento de recuperação das áreas degradadas referente aos anos agrícolas 2012/2013, 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016, foram recuperadas estruturas de bota-fora, áreas de empréstimo e áreas de canteiro, que, quando somadas, totalizam 901,97 ha. No ano agrícola 2015/2016, foram utilizadas três metodologias para a recuperação das áreas, o plantio em quincônceo (plantio em linha), realizado apenas em estruturas pequenas; o plantio em núcleos e; a hidrossemeadura. O quantitativo recuperado através do plantio em quincônceo foi de 48,48 ha, na metodologia de nucleação o quantitativo recuperado foi de 475,30 ha, e a aplicação de hidrossemeadura alcançou 34,65 ha, totalizando 558,43 ha de área recuperada. As estruturas onde foram realizadas atividades de recuperação ambiental no ano agrícola 2015/2016 foram as seguintes: BF 01, BF-02, BF-03, BF-05/06, BF-07, BF 11, BF-26, BF 27, BF 28, BF-30, BF 32 e BF-33 do Sítio Canais; BF-04, BF-05B, AE-E1, AE-F1, Diques 6A, 6B, 6C, 7B, 8A e 8B do Sítio Belo Monte; Diques 10B, 13, 14C, 19B, 19D, 19E, 27 e 28 do Sítio Bela Vista; Jazida AE-03 e AE-3A do Sítio Pimental. A aplicação de revestimento vegetal com espécies herbáceo/arbustivas nas áreas em processo de recuperação, tem o objetivo de proporcionar cobertura ao solo e promover a adubação verde, sombreamento das mudas, fixação de nitrogênio no solo, dentre outras. Foram implantados refúgios para a fauna (agrupamentos de resíduos de madeira, galhos e lianas, armazenados durante as atividades de supressão da vegetação) com a finalidade de fornecer abrigo à fauna e auxiliar na transposição do banco de sementes da floresta. Em áreas que apresentavam muitos matacos (blocos de rocha), estes também foram agrupados, objetivando facilitar a mecanização da área para implantação dos dispositivos de drenagem e plantio das mudas. Acredita-se que esses agrupamentos também servirão como áreas de refúgio para a fauna. Hidrossemeadura Conforme consta no 10º RC, até o inicio de 2016 haviam sido realizados 164,12ha de hidrossemeadura, no primeiro semestre de 2016 foram realizados 92,73ha, resultando num total de 256,85ha realizados até o momento. Cabe

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte destacar que os quantitativos executados de hidrossemeadura não se limitam às áreas em recuperação, incluem também a proteção vegetal de diversas estruturas definitivas, no intuito de protegê-las contra as intempéries climáticas, evitando a ocorrência de processos erosivos. Manutenção A atividade de manutenção é constituída basicamente pelas seguintes tarefas: capina e coroamento, adubação de cobertura e substituição das mudas mortas (replantio). Essas tarefas vêm sendo realizadas conforme a necessidade constatada através da fiscalização rotineira e acompanhamento em campo durante o monitoramento. É interessante ressaltar que foi informado o replantio de 55.311 mudas ao longo dos 3 anos de implantação do PRAD. Monitoramento As taxas de sobrevivência de mudas verificadas nas campanhas de monitoramento foram as seguintes: 2014 (1º campanha) 67,50% 2015 (1º campanha) 85,43% 2015 (2º campanha) 77,52% 2016 (1º campanha) 74,46% A meta estabelecida para a taxa de sobrevivência das mudas é de no mínimo 80%, entretanto, os levantamentos realizados mostram que esse percentual não foi atingido, sendo necessário o replantio. Porém, devido chegada do período de estiagem, as atividades de replantio devem ser retomadas somente no próximo período chuvoso, o que facilitará o estabelecimento das mudas em campo, evitando o déficit hídrico nas suas fazes iniciais de desenvolvimento. O Anexo 3.2-6 apresenta a avaliação detalhada dos dados coletados em campo. Nos levantamentos realizados também foi constatado o uso das áreas pela fauna, avistada principalmente nos refúgios de fauna implantados. Em algumas estruturas foi possível constatar início da regeneração natural por espécies de interesse. Não foi verificada a presença de pragas nos plantios. O monitoramento também apontou estruturas onde o desenvolvimento das espécies herbáceas, plantadas com matracas e/ou semeadura a lanço, não foi satisfatório. Como forma de reposição, será realizado novo plantio de espécies herbáceas no próximo período chuvoso, que somado à semeadura natural das plantas que conseguiram se estabelecer, deverá melhorar substancialmente o revestimento vegetal do solo. Nos locais onde existem poucos indivíduos estabelecidos, a semeadura deverá ser mais intensa e o solo deverá ser escarificado e adubado. Quanto à eficiência dos sistemas de drenagem implantados, até o momento, foi constatada a presença de processos erosivos leves em parte das estruturas. Estes processos estão sendo corrigidos gradativamente conforme a necessidade e deverão cessar com o desenvolvimento da vegetação de revestimento do solo. Algumas estruturas apresentaram processos erosivos mais intensos, os quais foram corrigidos ainda no período chuvoso ou mitigados para posterior correção. Cabe observar que não é possível realizar certos reparos com qualidade durante o período chuvoso, sendo necessário aguardar o período de estiagem para execução destes trabalhos. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016; 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: O programa tem avançado e tomando por base a apuração de indicadores apresentados, foi recuperada a defasagem verificada nos períodos anteriores, com exceção do Indicador 3 – Avaliação da taxa de sobrevivência das mudas plantadas, no qual não foi alcançada a meta de 80%na taxa mínima compactuada de sobrevivência das mudas. Avaliação de resultados: Conforme já apontado no relatório da 13º missão de monitoramento, o programa apresenta números robustos de execução dos seus vários itens, como por exemplo, implantação de sistema de drenagem, hidrossemeadura e plantios, os quais são consistentes com a grande quantidade de áreas impactadas pelas obras. No entanto, os relatórios apresentados não identificam os retrabalhos realizados, os quais são facilmente verificados no campo. Durante as inspeções realizadas nos canteiros de obras, especialmente, nos Sítios Pimental e Canais, foram verificadas áreas que estavam sendo reconformadas (abatimento de taludes, correção de erosões e outros) ou recebendo novos sistemas de drenagem superficial (valetas, muruduns, descidas d’água e outros). Algumas destas atividades estavam sendo realizadas, inclusive, em áreas que já haviam recebido plantios de mudas e semeadura com leguminosas.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 3.3. Programa de Capacitação de Mão de Obra Progresso reportado pela NE: No período continuaram as atividades do Programa, com a oferta de treinamentos de integração, treinamentos de reciclagem, treinamentos de capacitação do programa de mudança de função e outros. Em razão do processo de desmobilização da obra, tem ocorrido uma redução do número de capacitações de formação e de treinamento/qualificação. No primeiro semestre de 2016 os maiores números de capacitações do CCBM foram concentrados nos cursos de capacitação Normativos/Legais. No primeiro semestre de 2016, 3.651 pessoas foram contratadas pelas empresas executoras, conforme demonstrado abaixo no Quadro 3.5 - 1.

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte.

Nesse período, 841 funcionários do CCBM foram promovidos a uma nova função/cargo. Essas promoções sempre estão associadas à evolução da qualificação do funcionário, que é oferecida por meio dos cursos de capacitação pela empresa de acordo com a demanda. Dentro desta nova função/cargo o funcionário pode ter tido evolução do nível funcional, conforme descrito no Quadro 3.5 - 2 - Total de Funcionários com Mudança de Função.

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. No primeiro semestre de 2016, o CCBM identificou 25 (vinte e cinco) funcionários analfabetos, correspondendo a 0,26 % sobre o efetivo atual de 9.419 da empresa em junho/2016. Destes funcionários analfabetos, 24 (vinte e quatro) se inscreveram no curso de alfabetização. Para atender a essa demanda de alfabetização, o CCBM conta com turmas iniciadas de alfabetização que funcionam de acordo com a definição didática e pedagógica no modelo do Serviço Social da Indústria (SESI). As aulas de alfabetização acontecem no Sítio Belo Monte durante o horário de expediente. Desde o início da obra, o CAPACITAR - Alfabetizar Trabalhando alfabetizou um total de 187 funcionários. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: O Programa de Capacitação da Mão de Obra (PCMO) continuou com as atividades relativas à capacitação e reciclagem profissional para funcionários que buscavam por uma nova formação e com a Capacitação Treinamento/Qualificação. Desde o inicio até junho de 2016, 132.540 pessoas foram formadas em diversos cursos

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte profissionalizantes e treinamentos/qualificação. As contratações no Estado do Pará sempre tiveram percentual acima da meta de 40% em relação ao efetivo total de funcionários. Em junho de 2016, o quantitativo de 5.022 funcionários do estado do Pará representou um percentual de 51,69% da mão de obra contratada no empreendimento. As metas do programa têm sido atendidas satisfatoriamente. O acompanhamento dos indicadores tem sido apresentados ao IBAMA por meio do Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. 3.4. Programa de Saúde e Segurança

Progresso reportado pela Norte Energia: Ver Seções 6.3.2 a 6.3.5 e Capítulo 7.0 do Relatório. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. Análise de conformidade: Ver Capítulo 7.0 do Relatório. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0. 3.5. Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores

Progresso reportado pela NE: As atividades realizadas no período de abrangência deste relatório acompanharam o cronograma previsto no plano de trabalho de 2016 apresentado pelas empresas executoras. Esse plano é elaborado com base nas questões emergentes nas frentes de serviço apresentadas pela equipe de técnicos, encarregados e multiplicadores. A elaboração da programação mensal do PEAT segue em interface com os Programas dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico, centrado no desenvolvimento e aplicação de cursos de capacitação em Educação Ambiental para os técnicos, gestores e líderes de equipe. No primeiro semestre de 2016 foram realizadas, pelas executoras, 209 palestras para um quantitativo de 6.421 funcionários, 11 oficinas educativas, 9 campanhas educativas, 4 visitas ecológicas, elaborados 57 tipos de materiais didáticos, dentre eles cartazes, boletins, informativos, etc. Um total de 3.650 funcionários das empresas Executoras ligadas ao Plano Ambiental de Construção (PAC) receberam treinamentos nos temas de informações gerais da empresa, direitos e deveres do empregado, Sistema de Gestão Integrada, Meio Ambiente, Saúde Ocupacional, Segurança do Trabalho e Responsabilidade Social, de acordo com os padrões do sistema de integração de cada empresa (Curso de ambientação). Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O programa apresenta andamento compatível com cronograma do PBA. Avaliação de resultados: No âmbito do Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores continuaram as ações de sensibilização dos funcionários e subcontratados por meio de palestras educativas (abordando os alojados e trabalhadores); Oficinas; Visitas ecológicas; Folhetos (informativos e Dica da Semana); Distribuição de folhetos; Curso de ambientação, Capacitação de multiplicadores de educação ambiental, Apresentação dos vídeos da política ambiental e dos programas ambientais do CCBM, instalação de sinalizações ambientais e outros. As metas para o indicador “% de capacitações realizadas para multiplicadores de educação ambiental” têm sido atendidas pelas empresas executoras. Quanto ao indicador de “% de eventos realizados com foco na Educação Ambiental” no primeiro semestre foram realizados 97% dos eventos previstos.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 3.6. Programa de Desmobilização de Mão de Obra

Progresso reportado pela NE: Foi apresentado o relatório da primeira campanha da pesquisa junto aos desmobilizados da UHE Usina de Belo Monte em atenção à Nota Técnica (NT) NE-DS-SSE-117-0, intitulada Justificativas Técnicas para Readequação do Programa de Desmobilização de Mão de Obra da UHE Belo Monte, datada de dezembro de 2014. A esta NT, parte integrante do 7º Relatório Consolidado do empreendedor, o IBAMA deu anuência por meio do Parecer n. 02001.003622/2015-88, datado de 10 de setembro de 2015. A partir da readequação do Programa de Desmobilização, foi elaborada uma metodologia de monitoramento da mão de obra desligada. A metodologia desenvolvida compreendeu: (i) pesquisa dos indicadores de emprego e renda com agências públicas e dados do empreendedor, notadamente da Construção Civil; e (ii) pesquisa com os desmobilizados da UHE Belo Monte. Esta pesquisa de monitoramento com o contingente da mão de obra desligada, realizada por telefone, obedeceu aos seguintes parâmetros: (i) desmobilização por redução do quadro; (ii) desligamento inserido no marco temporal semestral; (iii) distribuição dos entrevistados segundo a origem geográfica à data da contratação: Local: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu, no estado do Pará; Regional: trabalhadores da AII do empreendimento: Placas, Uruará, Medicilândia, Pacajá, Porto de Moz e

Gurupá – assim como os demais municípios do Estado do Pará; Não Regional: trabalhadores oriundos de outros estados do Brasil, que não o Pará, e ainda aqueles vindos do

exterior. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Reunião com RH do CCBM durante Missão. Análise de conformidade: As ações estão sendo desenvolvidas conforme objetivos estabelecidos no PBA. Foi apresentado os resultados do primeiro monitoramento da desmobilização comprovando regresso de trabalhadores a seu local de origem. Avaliação de resultados: A pesquisa de monitoramento do contingente desmobilizado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016 apontou as seguintes conclusões: A taxa de retorno dos desmobilizados a sua Unidade da Federação de origem foi superior a 90% em ambos os

grupos: Civil e Eletromecânica; A taxa de retorno ao município de origem variou em níveis próximos a 75%; Em relação aos desmobilizados de origem não Regional, apenas 3,03% fixaram-se em um dos municípios da

AID; No cômputo geral, houve diminuição do percentual de residentes na UF Pará após a desmobilização; O nível de reinserção dos desmobilizados do Grupo Civil ficou abaixo de 20%. Entre os desmobilizados

desempregados do Grupo Civil, aproximadamente dois terços tiveram acesso ao seguro-desemprego. O nível de reinserção dos desmobilizados do Grupo Eletromecânica ficou abaixo de 30%. Entre os

desmobilizados desempregados do Grupo Civil, aproximadamente a metade teve acesso ao seguro-desemprego. A análise dos dados sobre o conjunto de desmobilizados que se declararam desempregados no momento da

entrevista revelou que, em cinco dos seis grupos analisados, mais de 50% deles tiveram ou ainda tinham acesso ao Seguro-Desemprego à data da pesquisa (apenas o grupo Eletromecânica Regional atingiu marca inferior a 50%, de 47,5%).

Segundo informações do 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes, a taxa de permanência de desmobilizados na AID não ultrapassou a marca de 6,5% nos grupos Regional e Não Regional. Segundo conclusões desse relatório, a desmobilização da mão de obra da UHE Belo Monte no período de setembro de 2015 a fevereiro de 2016 ocorreu dentro dos padrões de efetividade, num contexto econômico acentuadamente adverso para o mercado de trabalho.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 4. Plano de Atendimento à População Atingida 4.1. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Rural 4.1.1. Projeto de Regularização Fundiária Rural Progresso reportado pela NE: As atividades relacionadas à aquisição dos imóveis rurais já estão concluídas e foram lastreadas em documentação específica conforme o tipo de situação encontrada. O Quadro 4.1.1-1, a seguir, apresenta a situação da regularização fundiária das áreas interferidas pela implantação da UHE Belo Monte.

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: Desde o início do empreendimento foram elaboradas 2.272 análises para aquisição e desocupação de imóveis vinculados às estruturas do empreendimento, incluindo-se as necessárias às aquisições de áreas para relocação assistida, sem contar as propriedades do Núcleo Santo Antônio, que foi considerado como núcleo urbano e é objeto de trato apartado. Quanto à contratação, foram firmados 1.972 contratos na área rural de imóveis vinculados às estruturas do empreendimento, incluindo-se aqueles referentes às aquisições de propriedades por meio de Carta de Crédito (relocação assistida), excluídas as propriedades do Núcleo Santo Antônio. No que se refere a processos judiciais, atualmente 77 (setenta e sete) imóveis rurais são objeto de ações de desapropriação, sendo que: a) 75 (setenta e cinco) casos são litigiosos e, salvo acontecimento futuro (eventual acordo), a solução dependerá de decisão judicial (após perícia judicial e eventuais recursos); e b) Dois casos foram objeto de recentes acordos e as respectivas ações judiciais estão em vias de extinção (aguardando homologação judicial ou deferimento de pedido de desistência). No que diz respeito ao Reassentamento Rural Coletivo (RRC), ao Reassentamento em Área Remanescente (RAR) e à Relocação Assistida, as áreas foram adquiridas por meio de instrumento de “Contrato Particular de Compra e Venda” e estão sendo objeto de regularização da documentação para entrega às famílias reassentadas dos títulos definitivos de seus respectivos lotes. Soma-se também a entrega dos termos de transmissão de posse para os beneficiários de RRC e RAR, que se integram ao rol de processos com regularização encaminhados. No primeiro semestre de 2016, a Norte Energia destacou uma equipe técnica responsável pelo levantamento de dados e informações do atual estado documental e de domínio de cada imóvel adquirido com o objetivo de elaborar

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte um Plano de Trabalho para a regularização dos mesmos. O Plano de Trabalho foi provisionado a um cenário de trabalho de 12 (doze) meses e contempla a área urbana e rural, para que se conclua um diagnóstico desse cenário, com previsão de ser finalizado em dezembro de 2016. A primeira etapa corresponde à área rural e está prevista para ser concluída em agosto de 2016. Estão sendo analisados 2.102 processos administrativos rurais (incluindo as 461 Ilhas), 442 cartas de crédito, 40 (quarenta) lotes de RAR e 28 (vinte e oito) lotes do RRC, além das servidões administrativas. O procedimento de regularização fiscal já está em andamento e as pastas encontram-se no arquivo da Norte Energia. Sobre o recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), para os imóveis que possuem cadastro perante a Receita Federal, a Norte Energia vem procedendo à alteração do cadastro para o seu nome e recolhimento do imposto (para os casos de aquisição total) e/ou procede nova inscrição com a ressalva do Número do Imóvel na Receita Federal (NIRF) anterior (para os casos de aquisição parcial). Neste sentido, foram recolhidos ITR de 761 imóveis (entre alteração cadastral e nova inscrição para o nome da Norte Energia), restando 568 imóveis a serem regularizados. 4.1.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias

Progresso reportado pela NE: Em relação à área rural, restavam em julho de 2016, e de acordo com o atendimento as condicionantes 2.7, 2.8 e 2.9 da LO, apenas o reassentamento em área remanescente (RAR) das 40 (quarenta) famílias optantes desta modalidade em seus lotes definitivos, com previsão de ocorrer até dezembro de 2016. Desta forma, as ações relacionadas ao reassentamento destas famílias, bem como o remanejamento da população ribeirinha, passam a ser registradas no projeto 4.1.3. Contudo, este projeto está atualizado segundo informações apresentadas no 9º Relatório Consolidado. As seguintes ações previstas para este projeto foram concluídas: (i) delimitação da área total interferida pelo empreendimento; (ii) formalização da Declaração de Utilidade Pública (DUP); (iii) constituição do Fórum de Acompanhamento Social de Belo Monte (FASBM); (iv) realização dos cadastros fundiário, socioeconômico e físico-patrimonial; (v) elaboração de laudo de avaliação patrimonial; (vi) negociação; (vii) pagamento; (viii) liberação de área interferida. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto foi executado segundo o proposto no PBA. Ainda se encontra em andamento ações exigidas pelo órgão ambiental recentemente. Avaliação de resultados: O Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias cumpriu com seus objetivos ao viabilizar o processo de indenização em áreas rurais interferidas pela construção do empreendimento. Do total de 1.478 processos de aquisição de áreas destinadas à abertura e melhoramento dos acessos e à implantação dos canteiros e reservatórios, 1.391 foram negociados de forma amigável (94%), sendo apenas 87 casos negociados judicialmente. Quanto às áreas destinadas à implantação das Linhas de Transmissão, do total de 238 propriedades, 208 foram por negociação amigável. Dos imóveis rurais adquiridos, 439 foram por meio da concessão de Carta de Crédito, beneficiando famílias de proprietários e não proprietários. Destas, 437 já compraram suas novas áreas, uma está em processo de contratação e uma família está à procura de área para posterior contratação e aquisição. Estas duas áreas representam acordos realizados pela Norte Energia, diretamente com os beneficiários ou com a intermediação da Defensoria Pública da União.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 4.1.3. Projeto de Reassentamento Rural (incorporou os projetos 4.1.2 e 4.1.4) Progresso reportado pela NE: A gleba destinada ao Reassentamento Rural Coletivo, localizada no município de Vitória do Xingu, no Travessão 27, distante 20 km da rodovia Transamazônica (BR- 230) e a cerca de 50 km da cidade de Altamira, já está com a ocupação dos 28 lotes efetivada, estando com a LI emitida pela SEMAT de VX. Os 40 lotes destinados ao RAR foram selecionados pelo público elegível a este tipo de atendimento, sendo que 38 estão distribuídos pelos travessões dos quilômetros 27, 45 e 55, e 2 lotes situam-se lindeiros ao rio Xingu, ambos na margem esquerda, sendo um no município de Altamira/região do Assurini, e o outro no município de Vitória do Xingu no travessão do quilômetro 23, sentido Marabá. O processo de relocação para o RRC foi iniciado no mês de setembro de 2015, e concluído em março de 2016, com 28 famílias relocadas para seus lotes. As mudanças definitivas das 40 famílias para os lotes de RAR, serão realizadas à medida que os mesmos estejam com as obras de infraestrutura concluídas. No entanto, independentemente do término das obras, a Norte Energia autorizou que as famílias dessem início à exploração de seus lotes, sendo que 25 delas possuem autorização específica para este fim e já realizam atividades em suas respectivas áreas. A infraestrutura do lote de RAR é idêntica ao lote de RRC, exceto pela estrutura coletiva. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: A adesão à modalidade do reassentamento rural coletivo está encerrada, totalizando 27 famílias optantes. O atendimento se completará com a implantação da infraestrutura do reassentamento. Faltam as mudanças definitivas das 40 famílias para os lotes de RAR. Avaliação de resultados: O Projeto de Reassentamento Rural Coletivo de Vitória do Xingu já se encontra em fase final de implantação, e possibilitou atender a 28 (vinte e oito) famílias beneficiadas por esta modalidade. As famílias que estão residindo no RRC recebem Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES previstas por três anos e prorrogáveis por mais dois anos. Durante o período de abril a junho de 2016 as famílias continuaram recebendo a verba mensal de R$1.800,00, sendo R$900,00 a título de aluguel social e R$900,00 a título de manutenção provisória, condição esta que será assegurada até a relocação definitiva das mesmas. Estas famílias, com o apoio das ações de assistência técnica e social, já se encontram atualmente em condições de retomar as suas rotinas de vida, sejam elas sociais como do ponto de vista econômico. Tal condição se concretiza através da exploração agropecuária de seus lotes, do convívio com seus vizinhos e no estabelecimento de novas relações socioeconômicas com a área e seu entorno. Está previsto para o segundo semestre de 2016 a conclusão da infraestrutura dos lotes de RAR e a transferência das 40 (quarenta) famílias beneficiadas por esta modalidade. Em função de exigências do órgão ambiental (formalizado no documento Of. 02001.009885/2015-12 DILIC/IBAMA), o empreendedor estabeleceu condições para a retomada da remoção compulsória e demolição das casas nas ilhas e beiradões no rio Xingu. Com o refinamento dos critérios e análise individual dos cadastros socioeconômicos e releitura das análises anteriores, estabeleceu-se um universo de 217 famílias a serem negociadas. Este resultado levou em consideração as famílias que declararam no CSE praticar pesca comercial/subsistência; desenvolver atividades agroextrativistas na ilha e serem detentores de Termo de Autorização de Uso Sustentável – TAUS. As negociações tiveram início em 01 de fevereiro de 2016 e até o dia 05 de Fevereiro de 2016, consideradas as negociações já realizadas em 2015, foram ofertados 43 (quarenta e três) pontos de ocupação em ilhas. O início dos trabalhos priorizou as famílias que possuíam porções emersas nas áreas da moradia anterior. Em fevereiro de 2016 as negociações foram novamente suspensas pelo Ibama. Para a nova retomada das negociações foram realizadas várias reuniões com o órgão licenciador e outras instituições de interesse. Entre os dias 11 e 16 de Abril de 2016 ocorreu a Oficina Diálogos Ribeirinhos, no Centro de Convenções de Altamira. A reunião foi moderada e organizada pela Casa de Governo e contou com a presença da Norte Energia, DPU, Ibama, MPF, lideranças ribeirinhas e demais interessados. As oficinas objetivaram colher subsídios para a revisão dos tratamentos inicialmente concedidos, por meio do registro dos depoimentos das famílias interferidas e suas expectativas e necessidades para recomposição do seu modo de vida. Objetivaram também avançar na definição do universo de famílias a serem relocadas, apresentar e refinar o mapa de áreas disponíveis para ocupação e apresentar os projetos e programas propostos pela Norte Energia.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte As oficinas foram organizadas por setores identificados pela Norte Energia em conjunto com representantes da população ribeirinha e a dinâmica utilizada alternava reuniões e visitas a campo para ambientação das famílias às áreas disponíveis. Entre os resultados das oficinas, os três mais importantes foram: Revisão de 14 tratamentos concedidos, fruto da realização de 22 estudos de caso; Indicação pelos participantes de pontos de interesse para ocupação em Áreas de Preservação Permanente; Refinamento do universo de ribeirinhos a serem atendidos que passa a ser de 219 famílias. Em relação à exigência do IBAMA de reavaliação da solução de reassentamento adotada para os ribeirinhos, após avaliação detalhada dos cadastros de 2011/2012 da NE para o reassentamento, além de dados de ocupantes de ilhas do SPU, e realização de pesquisa socioeconômica em agosto de 2015, foram identificadas 219 famílias que preenchiam os critérios de elegibilidade e que poderiam optar por uma das alternativas para manter acesso ao Rio Xingu para a prática de pesca. As opções consideraram o reassentamento em ilhas remanescentes (RIR); pontos de apoio a pesca (PAP); permanência em remanescente emerso (PER) ou permanência em remanescente viável. .Foram realizadas em Altamira oficinas denominadas Diálogos Ribeirinhos com a participação de representantes do IBAMA, Casa de Governo, DPU, Ministério Público, Norte Energia e população convidada. Segundo dados atualizados durante a Missão, 156 negociações haviam sido concluídas e 63 estavam em curso para a reocupação do reservatório. Para as atividades de monitoramento das condições socioeconômicas das famílias ribeirinhas, o público de interesse será formado pelas famílias elegíveis a RIR (117 famílias), PRE (10) e PAP (82). As famílias que permaneceram em remanescente viável (10) não tiveram seu modo de vida interrompido, não sendo necessário o monitoramento socioeconômico destas famílias. Quanto às famílias que utilizarão os Pontos de Apoio de Pesca, a estas será aplicado outro questionário, visando à obtenção de informações referentes à recomposição da atividade pesqueira. O monitoramento iniciará suas atividades com as famílias elegíveis a RIR, mesmo que estas não estejam residindo/ocupando as ilhas. Desta forma, será possível identificar as alterações nos modos de vida e o desenvolvimento das atividades agroextrativistas antes, durante e depois da mudança definitiva para a ilha. 4.1.4. Projeto de Reorganização de Áreas Remanescentes (passa a ser tratado junto com o 4.1.3) Progresso reportado pela NE: A partir do 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte – julho de 2016 esse projeto foi incorporado ao escopo do Projeto 4.1.3 – Reassentamento Rural Coletivo. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2015; 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte – julho

de 2016. Análise de conformidade: O projeto tem sido realizado visando a atender o objetivo de garantir o uso e a ocupação economicamente viáveis das áreas remanescentes, de forma a evitar o deslocamento compulsório das famílias atingidas, garantindo sua manutenção nas mesmas localidades ondem vivem. A Norte energia informou que houve alteração de prazo para a finalização das obras de readequação dos remanescentes viáveis e da implantação da infraestrutura do RAR. Está previsto para o segundo semestre de 2016 a conclusão da infraestrutura dos lotes de RAR e a transferência das 40 (quarenta) famílias beneficiadas por esta modalidade. Vale ressaltar que a Norte Energia vem atendendo à condicionante 2.7 da LO nº 1317 de 2015, que dispõe sobre a necessidade de pagamento de aluguel social às famílias optantes pelo RAR. Avaliação de resultados: Segundo o histórico desse reaproveitamento de áreas que remanesceram da ocupação para o reservatório, das 219 áreas analisadas, 15 demandaram intervenções necessárias para a relocação das famílias interferidas para as áreas remanescentes, sendo que as obras de readequação já foram realizadas, conforme apresentado em relatórios anteriores. Não obstante a pendência de algumas intervenções, todas as 15 famílias continuam residindo nas áreas, sem prejuízos ao desenvolvimento de suas atividades econômicas e sociais. A formação de blocos de terras pela reorganização de fragmentos de áreas resultantes da aquisição total de imóveis resultou na reorganização de 110 fragmentos que vieram a constituir 21 (vinte e um) blocos de terras parcelados em 38 (trinta e oito) lotes com área mínima de 75 ha. Além destes, mais dois lotes foram disponibilizados para essa opção de remanejamento, totalizando 40 lotes na modalidade. As mudanças definitivas das 40 famílias para os lotes de RAR serão realizadas à medida que os mesmos estejam com as obras de infraestrutura concluídas. No entanto, independentemente do término das obras, a Norte Energia autorizou que as famílias dessem início à exploração de seus lotes, sendo que 25 delas possuem autorização específica para este fim e já realizam atividades em suas respectivas áreas. A infraestrutura do lote de RAR é

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte idêntica ao lote de RRC, exceto pela estrutura coletiva. Está previsto para o segundo semestre de 2016 a conclusão da infraestrutura dos lotes de RAR e a transferência das 40 (quarenta) famílias beneficiadas por esta modalidade. 4.1.5. Projeto de Reparação (tratado em conjunto com os Projetos 4.2.1 e 4.4.4) Progresso reportado pela NE: A partir de janeiro de 2016 passaram a integrar ao público de reparação os beneficiários com relocação Assistida por Carta de Crédito Ibama (CCI), do Reassentamento Rural Coletivo (RRC) e do Reassentamento de Área Remanescente (RAR), com o desenvolvimento das seguintes atividades: Realização do I Encontro Intercomunitário da UHE Belo Monte, com envolvimento das áreas rural e urbana; Atividades de Avaliação Participativa das ações do Projeto de Reparação Rural; Sequência de execução de projetos para as famílias que concluíram o DRP em 2015; Realização de Acompanhamento Técnico para as famílias com projetos implantados em 2015 e que deram

sequência com recursos próprios; Identificação de novos beneficiários por relocação assistida Carta de Crédito Ibama, Reassentamento Rural

Coletivo e Reassentamento de Área Remanescente. No primeiro semestre de 2016 foram realizadas 40 visitas de identificação, sendo identificado: Vinte e três (23) beneficiários que residem em suas propriedades, cinco (5) que não residem, três (3) não estavam em casa (necessidade de retorno ao local), cinco (5) propriedades estão com indício de venda (vizinhos relataram que o proprietário vendeu o lote) e quatro (4) propriedades foram comprovadamente vendidas;

Realização de Diagnóstico Rápido Participativo para as famílias remanejadas para o RRC e algumas do CCI. No RRC, as Oficinas Temáticas foram realizadas no dia 18 de março no município de Vitória do Xingu. Estiveram presentes na reunião 30 produtores rurais.

Realização do Dia de Integração com as famílias localizadas na região de Medicilândia; Planejamento participativo dos festejos de São Pedro; Entre janeiro e junho de 2016 realizaram-se entrevistas interativas com um total de 27 famílias com Relocação

Assistida por Carta de Crédito, com o objetivo de identificar os modos de vida nas comunidades de origem, nas localidades de destino e as possíveis alterações passiveis de reparação. Deste total, apenas três beneficiários não foram enquadrados para receberem as ações de reparação por não residirem em suas propriedades.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Reunião com equipe executora, visita ao RRC e entrevistas com reassentados durante a Missão. Avaliação de resultados até dezembro de 2015: As ações de reconstituição dos modos de vida do público-alvo do Projeto de Reparação Rural vêm sendo desenvolvidas de acordo com o Projeto Básico Ambiental – PBA e as condicionantes constantes da Licença de Operação. Os resultados efetivos deste Projeto estão associados ao compromisso da continuidade do processo participativo iniciado e da implantação das ações de reparação. Como atividade precedente do processo estima-se conclusão da etapa de mobilização de grupos de interesse até outubro de 2016. Avaliação de resultados: No período de janeiro a junho de 2016 foram implantados os Projetos de Criação de Galinha Caipira, de Roça Consorciada ou SAF e de Criação de Peixes em Tanques Escavados para 35 beneficiários, conforme exemplificado no Quadro 4.1.5 - 3.

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte As atividades de acompanhamento técnico consistiram na realização de visitas às famílias beneficiadas pelo Projeto de Reparação para orientação quanto ao manejo e boas práticas que devem ser realizados durante o desenvolvimento das atividades produtivas. No período de janeiro a junho de 2016 foi realizado um total de 317 visitas de acompanhamento técnico dos Projetos de Reparação Rural. Segundo o 10° Relatório Consolidado esse projeto vem apresentando resultados positivos tanto para a segurança alimentar, geração de renda, quanto para o resgate das práticas socioculturais nos modos produtivo, ambiental e social, principalmente no fortalecimento dos laços e vínculos familiares e com a vizinhança nas diversas localidades. Isto pode ser observado nos resultados das Reuniões de Avaliação Participativa. Os fluxos de integração das ações de Reparação Rural (4.1.5) e Urbana (4.4.4) com os demais projetos continuam ativos. As manifestações da população durante os diagnósticos apontaram demandas que, embora com ações previstas em outros programas e projetos, não eram ainda de pleno conhecimento da população. Foi em função disso que esse fluxo de integração entre projetos se estabeleceu. Neste momento, as discussões de interface ocorrem para alinhar as ações que já vem sendo desenvolvidas pelos diversos projetos nas áreas rurais e urbanas. 4.2. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Rurais (a partir de agora, os Projetos 4.2.1 a 4.2.6 serão tratados conjuntamente, todos neste Programa 4.2) 4.2.1. Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar (incorporado ao 4.2) Progresso reportado pela NE: Deve-se destacar que houve a junção das atividades de vários projetos que foram incluídas neste programa. Em conjunto com o Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar (4.2.1), foram incorporados e juntados os projetos de 4.2.2 a 4.2.5, o Projeto de Reparação Rural (4.1.5), e o Projeto de Reparação (urbano - 4.4.4). No período de janeiro a junho de 2016 foram realizadas 509 visitas técnicas as propriedades dos beneficiários, as quais resultaram em 1.002 atendimentos. No primeiro semestre de 2016 foram desenvolvidas as seguintes ações: 183 visitas de transição; 88 ações de incentivo à implantação da lavoura cacaueira; 156 levantamentos das atividades produtivas dos lotes; 364 visitas técnicas de orientação; 132 visitas técnicas dos projetos de reparação rural; 25 atendimentos veterinários; 28 fomentos à produção hortifrutigranjeira; 5 extrativismos vegetais; 21 acompanhamentos sociais. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: Até junho de 2016 o quantitativo de famílias efetivamente atendidas pelo Projeto era de 288. O Quadro 4.2.1 - 1 apresenta os quantitativos de atendimento do público de interesse e categoriza as causas de não atendimento pelo Projeto. O Projeto de Apoio à Pequena Produção e a Agricultura Familiar vem cumprindo com seus objetivos, previstos no Projeto Básico Ambiental-PBA e nas condicionantes constantes da Licença de Operação, tendo propiciado apoio às famílias remanejadas, por meio das estratégias de ATES, a estruturarem-se dentro da nova realidade produtiva e de moradia. As ações vêm contribuindo para o fomento da produção de hortigranjeiro e de extrativismo.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. 4.2.2. Projeto de Recomposição das Atividades Produtivas de Áreas Remanescentes (incorporado ao 4.2) Progresso reportado pela NE: As atividades deste projeto foram incorporadas ao programa como um todo, sendo tratadas no âmbito das atividades de ATES e do Projeto de Reparação, unificando os tratamentos, segundo o gestor responsável pelo projeto. Do ponto de vista metodológico, os trabalhos de ATES seguem procedimentos já estabelecidos e concordantes com a estratégia geral empregada nos demais projetos dessa natureza, em especial o projeto 4.2.1. Nesse sentido, a Norte Energia solicitou a incorporação do presente projeto 4.2.2 ao Projeto de Apoio à Pequena Produção e Agricultura Familiar (4.2.1), que deverá ter a atenção necessária para realizar a abordagem inicial na etapa imediatamente posterior à mudança das famílias, garantindo que outras condicionantes não inviabilizem os serviços da ATES. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: Na área rural, em especial para o atendimento à condicionante 2.9 da LO, as atividades de ATES tem sido acompanhas pelo Projeto 4.2.1 que tem atendido a 288 famílias. O atendimento se estende até agosto de 2018, com exceção das famílias a que se referem os termos do Parecer nº 02001.003266/2015.08 COHID/IBAMA com previsão de término até 2025. 4.2.3. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais Rurais (incorporado ao 4.2) Progresso reportado pela NE: As atividades deste projeto foram incorporadas ao programa como um todo, sendo tratadas no âmbito das atividades de ATES e do Projeto de Reparação, unificando os tratamentos, segundo o gestor responsável pelo projeto. Em relação aos Projetos 4.2.3 e 4.5.1, como parte do processo para a recomposição dos estabelecimentos comerciais nas áreas rurais e urbanas, foi realizado um conjunto de ações que permitiu a continuidade das atividades após a reinserção desses estabelecimentos, restando à etapa posterior à emissão da LO, a continuidade do acompanhamento desses por meio de visitas sistemáticas. Estas atividades de acompanhamento foram realizadas ao longo do primeiro semestre de 2016, porém em função do remanejamento de parte das edificações do bairro Jardim Independente II, faz-se necessário o prosseguimento no tratamento e acompanhamento durante a recomposição, tal como já empregado para os demais estabelecimentos.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: Com a finalização do CSE, o número de comércios foi definido em 22 (vinte e dois). Assim, a meta do Projeto mudou de 27 (vinte e sete) estabelecimentos comerciais para 22. Até janeiro de 2016, 11 atividades comerciais e de serviços na área rural haviam sido negociadas e 02 estavam sendo acompanhadas, sendo um dos estabelecimentos originário da Vila Santo Antônio (motivo da inclusão no programa). Outras 11 atividades comerciais localizadas nas proximidades da Balsa do Assurini e na praia do Massanari estão sendo acompanhadas pelo Projeto 4.5.1, devido, principalmente, às suas características e proximidades com a área urbana do município de Altamira. Na área rural, em especial para o atendimento à condicionante 2.9 da LO, as atividades de ATES tem sido acompanhas pelo Projeto 4.2.1 que tem atendido a 288 famílias. O atendimento se estende até agosto de 2018, com exceção das famílias a que se referem os termos do Parecer nº 02001.003266/2015.08 COHID/IBAMA com previsão de término até 2025. 4.2.4. Projeto de Reestruturação de Extrativismo Vegetal (incorporado ao 4.2) Progresso reportado pela NE: As atividades deste projeto foram incorporadas ao programa como um todo, sendo tratadas no âmbito das atividades de ATES e do Projeto de Reparação, unificando os tratamentos, segundo o gestor responsável pelo projeto. As ações desenvolvidas no período em avaliação foram reportadas no Projeto 4.2.1. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O Projeto de Reestruturação do Extrativismo Vegetal manteve as visitas técnicas conforme o estágio de desenvolvimento das lavouras implantadas e as condições dos blocos de açaí nativo a serem manejados. O principal foco das atividades foi a implantação das três Unidades Demonstrativas que serão o suporte das ações de capacitação. Os resultados relacionados diretamente à atividade extrativista, esperados em médio prazo, têm características de sustentabilidade que interferirão positivamente em todos os processos desenvolvidos na propriedade rural, garantindo a estas famílias aumento de trabalho e renda, aliados ao aumento da qualidade no autoconsumo e a regularização de áreas de reserva legal e proteção permanente. 4.2.5. Projeto de Apoio à Cadeia Produtiva do Cacau (incorporado ao 4.2) Projeto encerrado desde dezembro de 2014. 4.2.6. Projeto de Fomento à Produção de Hortigranjeiros (incorporado ao 4.2) Progresso reportado pela NE: As atividades deste projeto foram incorporadas ao programa como um todo, sendo tratadas no âmbito das atividades de ATES e do Projeto de Reparação, unificando os tratamentos, segundo o gestor responsável pelo projeto. As ações desenvolvidas no período em avaliação foram reportadas no Projeto 4.2.1. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O Projeto de Fomento à Produção de Hortigranjeiros desenvolveu suas atividades em consonância com o preconizado no PBA. Estão em desenvolvimento duas atividades: i) monitoramento semestral da evolução da produção e ii) gestão e monitoramento do projeto. Os trabalhos de acompanhamento técnico seguem procedimentos de Assessoria Técnica, Social e Ambiental - ATES já estabelecidos e concordantes com a estratégia geral empregada no projeto 4.2.1. 4.3. Programa de Recomposição da Infraestrutura Rural 4.3.1. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Viária

Progresso reportado pela NE: Em relação ao Projeto de Recomposição da Infraestrutura Viária (4.3.1), as melhorias viárias e a recomposição dos acessos que garantem a acessibilidade às propriedades foram concluídas antes do enchimento do reservatório. Não obstante, objetivando verificar eventuais prejuízos na acessibilidade rural, bem como a eficiência das recomposições implantadas, o primeiro semestre de 2016 foi dedicado ao monitoramento da área interferida, a partir do qual foi verificada a inexistência de novas situações de comprometimento de acessibilidade. Para outras ocorrências que porventura não tenham sido identificadas, a Norte Energia tem mantido diálogo permanente com os proprietários. Nessas situações, as demandas da população que envolvem o acesso ao sistema viário são devidamente recepcionadas, analisadas pela equipe técnica da Norte Energia, seja por meio de serviço de processamento de imagens, como também por posterior verificação técnica em campo, identificando-se se a solicitação é pertinente e com a respectiva devolutiva para o interessado. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: Durante a Etapa de Implantação da UHE Belo Monte, foi realizado acompanhamento permanente das vias e acessos das propriedades lindeiras à obra principal e travessões, possibilitando a implantação de soluções imediatas e em concordância com o proprietário. Já com relação às vias e acessos impactados pela formação dos reservatórios, foi realizado um mapeamento de campo concluído no segundo semestre de 2012, que possibilitou identificar e dimensionar as interferências nos acessos às propriedades rurais particulares. No decorrer do processo de aquisição e negociação, o número de interferências oscilou em função da dinâmica inerente a esse processo, considerando alguns fatores como a inviabilidade de permanência dos proprietários em seus remanescentes (aquisição total da área) e identificação de novas áreas necessárias para o empreendimento. Para o atendimento às propriedades localizadas entre o Canal de Derivação e a margem esquerda do rio Xingu, a Norte Energia decidiu pela construção de ponte no Travessão 27 sobre o referido Canal, com vistas a reduzir a distância até a sede municipal de Altamira, a ser percorrida pelos moradores e trabalhadores desses imóveis rurais, recompondo, assim, o antigo traçado do Travessão 27. Inicialmente, a Norte Energia havia apresentado ao Ibama a necessidade de intervenção em 12 (doze) pontos impactados pela formação dos reservatórios. A evolução natural do projeto e novas incursões a campo determinaram a alteração e adaptação destes traçados, devidamente registrados nos vários relatórios encaminhados ao Ibama no período que antecedeu a emissão da Licença de Operação (LO) no 1317/2015. Mediante o Relatório do Processo de Licenciamento – RPL emitido em 23 de novembro de 2015, em conjunto com a LO nº 1.317/2015 do empreendimento, que caracterizou que o potencial impacto de isolamento de propriedades pela formação dos reservatórios encontra-se mitigado em função da finalização das obras de recomposição dos acessos viários, assim como os procedimentos e instrumentos de monitoramento criados pela Norte Energia, a empresa considera que o Projeto de Recomposição da Infraestrutura Viária do Sistema Viário está encerrado.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 4.3.2. Projeto de Recomposição da Infraestrutura de Saneamento

Progresso reportado pela NE: Projeto concluído, conforme apresentado no Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, encaminhado em conjunto com a LO nº 1317/2015 em novembro de 2015, o órgão ambiental atestou que “Todas as obras de saneamento exigidas pelo licenciamento nas referidas localidades foram concluídas”, permitindo assim o enchimento do reservatório. O objetivo de dotar as comunidades da Ressaca, Garimpo do Galo e Ilha da Fazenda de infraestruturas de abastecimento de água e esgotamento sanitários adequados foi concluído na sua totalidade. Os sistemas de saneamento instalados e as atividades de educação em saneamento realizadas, que compõem a resposta encaminhada ao OF 02001.010573/2015-51 DILIC/IBAMA, também ratificam a execução das ações realizadas ao longo do desenvolvimento desse Projeto. 4.3.3. Projeto de Relocação de Cemitérios

Progresso reportado pela NE: Projeto concluído conforme informado no 6º RC e na CE 139/2014-DS protocolada em 09 de maio de 2014. As comprovações da realização das atividades deste Projeto, que incluem listagens e registros fotográficos constam do Anexo 4.3.3 – 1 do 7º RC. 4.4. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Urbana 4.4.1. Projeto de Regularização Fundiária Urbana

Progresso reportado pela NE: Segundo informações coletadas em reunião realizada com a equipe da SAF, as etapas de regularização dos RUC devem seguir os procedimentos:

Seq. Descrição da etapa Licenciador Responsável

1 Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse

Cartório do Registro de Imóveis e Poder Judiciário

BS&A – empresa de consultoria jurídica da NE

2 Aprovação do projeto de loteamento Prefeitura Municipal CENEC/Worley Parsons 3 Aceitação do loteamento Prefeitura Municipal CENEC/Worley Parsons

4 Registro do projeto do loteamento Cartório do Registro de Imóveis BS&A – empresa de consultoria jurídica da NE

5 Registro dos lotes em nome de cada reassentado

Cartório do Registro de Imóveis BS&A – empresa de consultoria jurídica da NE

O Quadro a seguir apresenta a situação de regularização por RUC até julho de 2016:

RUC Descrição da etapa Etapas que faltam

Casa Nova Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse, Aprovação do projeto de loteamento e Registro do projeto do loteamento.

Faltam etapas 3 e 5.

São Joaquim Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse. Faltam etapas 3, 4 e 5.

Jatobá Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse. Faltam etapas 3, 4 e 5.

Laranjeiras Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse, Aprovação do projeto de loteamento. Faltam etapas 3, 4 e 5.

Água Azul Registro da propriedade da área do loteamento ou da imissão da posse, Aprovação do projeto de loteamento. Faltam etapas 3, 4 e 5.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Houve alteração de prazo para este projeto: as áreas adquiridas para fins de reassentamento urbano coletivo deverão ser regularizadas até dezembro de 2016. Já para os imóveis adquiridos para a formação do reservatório, a regularização deverá se dar até dezembro de 2019. Segundo a Norte Energia, todos os casos de aquisição estão sendo objeto de estudo de cadeia dominial mediante análise jurídica por advogados especializados, de forma que a conclusão do empreendimento e o cumprimento de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte suas condicionantes não restem prejudicados, situações que possam resultar na impossibilidade de regularização futura dos imóveis (ônus reais, fraudes cartoriais, litígios judiciais etc). Avaliação de resultados: Desde o início da implantação do empreendimento e até o final do primeiro semestre de 2016 foram executadas as seguintes atividades no âmbito do Projeto de Regularização Fundiária Urbana: a) Imóveis urbanos interferidos pelo empreendimento:

(i) 5.381 contratos ou escrituras foram firmados; (ii) 214 áreas são objeto de ações judiciais de desapropriação ativas até junho de 2016 (já descontados os casos

sentenciados em razão de desistência por acordos extrajudiciais ou transações nos autos dos respectivos processos judiciais).

b) Reassentamentos Urbanos Coletivos: A regularização das seis áreas destinadas à implantação dos Reassentamentos Urbanos Coletivos em Altamira (São Joaquim, Jatobá, Água Azul, Laranjeiras, Casa Nova e Pedral) está sendo realizada por dois caminhos. A aquisição das áreas destinadas aos RUC Jatobá, São Joaquim e Pedral continua sendo realizada judicialmente. As ações judiciais relacionadas aos dois primeiros RUC está em fase de instrução processual (realização de uma segunda perícia de avaliação na área do São Joaquim e manifestação das partes em relação à perícia realizada na área do Jatobá). No que se refere aos RUC Casa Nova, Laranjeiras e Água Azul, a aquisição da posse e propriedade está totalmente consumada. No caso do RUC Casa Nova e Laranjeiras o domínio foi formalmente adquirido após a lavratura de Escrituras Públicas de Desapropriação e os seus registros perante o CRI, dando-se origem, respectivamente, às matrículas nº 31.427, fls. 70, Livro 2-BAAQ, e nº 31.588, fls. 093 e nº 31.589, fls. 095, ambas do Livro 2-BAAR. Por sua vez, a aquisição do domínio pleno da área do RUC Água Azul dependia da conclusão da Ação de Desapropriação n. 000221992.2013.4.01.903, em trâmite na Vara Única da Subseção Judiciária de Altamira. Esta ação foi resolvida (após o IBAMA reconhecer ter cometido o equívoco que tumultuou o andamento do processo judicial por alguns meses), tendo sido declarada por sentença a desapropriação da área em favor da Norte Energia. Um respectivo mandado judicial foi expedido e registrado no Cartório do Registro de Imóveis de Altamira, dando-se origem à matrícula n. 32.509, ficha 001 do Livro 2-BAAX. Ressalta-se que a Norte Energia outorgou em favor de todas as famílias reassentadas um “Termo de Recebimento, Quitação e Entrega de Chaves”, documento este legitima a posse dos interessados sobre o lote e respectiva casa. Recomendações: 4.4.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias Urbanas Progresso reportado pela NE: Com o objetivo de garantir o tratamento ao potencial público alvo recentemente identificado no baixio do bairro Jardim Independente II, no perído foram concluídas todas as etapas referentes ao processo de liberação de área – cadastramento, avaliação de benfeitorias, elaboração do termo de elegibilidade e negociação -, em atenção à condicionante 2.6-d. Até 22 de julho de 2016 tinham sido negociados 5.381 imóveis (vide Quadro 4.4.2-2), com a inclusão do baixio do bairro Independente II e demais imóveis urbanos, totalizando 12.032 negociações realizadas, como demonstrado no Quadro 4.4.2 – 4 – Resultados das Negociações, que apresenta o resultado consolidado e detalhado das negociações. Deste total, 534 negociações correspondem ao Jardim Independente II e estão distribuídas da seguinte forma: 149 destinados aos reassentamentos urbanos coletivos, 49 direcionados ao aluguel social, 173 à indenização em dinheiro, 14 (quatorze) recusas e 149 não elegíveis. No tocante às negociações comerciais, caso o comerciante interferido opte pela continuidade da atividade, seja no RUC ou fora dele, receberá um valor associado à avaliação pelo Fundo de Comércio. Aos beneficiários que optem pela continuidade da atividade é ofertado o valor referente à interrupção temporária da atividade (ITA) parcelado em 12 (doze) meses. O início do pagamento dessas parcelas se dá após a comprovação da recomposição da atividade, acompanhamento a cargo do Projeto 4.5.1. O Quadro 4.4.2 – 5 apresenta o resultado consolidado e detalhado das negociações realizadas até julho de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte.

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, a Norte Energia deve apresentar relatório(s) de acompanhamento deste projeto 4.4.2 até sua conclusão, contendo as seguintes informações: Os avanços e a finalização das negociações patrimoniais e comerciais da população urbana de Altamira,

incluindo e detalhando as negociações com os grupos econômicos específicos dos oleiros e aquaristas e com os grupos sociais tradicionais como os ribeirinhos, índios citadinos e pescadores. Fornecer os números globais de indenizações, relocações e reassentamentos, bem como o número de recusas/soluções judiciais que envolvam interferidos de famílias dos ribeirinhos, índios citadinos e pescadores;

A partir da relação estrita com a população ribeirinha levantada pelo cadastramento rural, é imprescindível que,

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

entre o público de 813 famílias ribeirinhas cadastradas seja verificada a interseção com as famílias cadastradas no CSE urbano, de modo a mostrar o público que compõe a dupla moradia que fora impactada em toda ADA.

Resta dimensionar o público que foi atingido somente na área urbana, pois a habitação por ele utilizada na área rural encontra-se fora da ADA. Solicita-se que seja destacado deste total o contingente das famílias cadastradas como ribeirinhos que atendam aos critérios de reassentamento, discriminando, ainda, os membros desse grupo que são proprietários de dupla moradia rural e urbana ou utilizadores de casas coletivas em Altamira. Apresentar também informações completas sobre o tratamento oferecido e a negociação concretizada com cada família ribeirinha sob o viés urbano da relocação compulsória, os RUCs escolhidos por estas para residir e o conhecimento, ou não, dos mesmos sobre a disponibilização do RUC Pedral como opção de moradia; e nos casos de utilização das casas coletivas, os tratamentos realizados com os grupos, associações etc.;

Semelhantemente, informar o contingente total de índios citadinos cadastrados, as opções de tratamento oferecidas e negociações concretizadas, os RUCs escolhidos por estes para residir e o conhecimento, ou não, dos mesmos sobre a disponibilização do RUC Pedral como opção/reopção de moradia. As mesmas informações devem ser fornecidas a respeito do segmento social dos pescadores;

O encerramento do cadastro das novas ocupações em áreas cadastradas e os resultados das negociações levadas a cabo com esse público;

A situação final dos remanescentes urbanos, viáveis e não viáveis; Finalização e apresentação para consulta do Sistema de Gestão Fundiária Urbana; Resultados finais dos levantamentos cartoriais e da elaboração dos laudos de avaliação imobiliária, cujo término

das atividades estava previsto para o primeiro trimestre de 2015; Resultados das reuniões junto à população atingida (término no primeiro trimestre de 2015); Resultados auferidos pelos plantões sociais, cujo término das atividades está previsto para o quarto trimestre de

2015. Detalhar as informações sobre as solicitações de revisão das avaliações que porventura ainda ocorram, bem como suas opções de atendimento e encaminhamentos adotados.

Avaliação de resultados: Em relação ao processo de remanejamento da população urbana, tratado no âmbito dos Projetos 4.4.1 e 4.4.2, encerrado em dezembro de 2015, em função de demanda proveniente do Ibama por meio da condicionante 2.6-d da LO, foi agregado como público de interesse das ações de remanejamento urbano, a população residente no baixio do bairro Jardim Independente II, cujo processo de remanejamento se encontra concluído. O processo de negociação e aquisição dos imóveis objetos da condicionante 2.6-d (reassentamento, pagamento de aluguel social, indenização, carta de crédito e judicialização) seguiu os mesmos procedimentos metodológicos empregados anteriormente. Conforme tem sido reportado ao Ibama por meio dos relatórios encaminhados semestralmente e consolidado por meio dos dois últimos relatórios, as atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto foram realizadas por quatro linhas de atuação: (i) revisão dos cadastros socioeconômicos e físico-patrimoniais; (ii) a elaboração de laudos de avaliação; (iii) a avaliação das alternativas para negociação em função das modalidades disponíveis; e (iv) a negociação com o público, momento em que são ofertadas as modalidades decorrentes das elegibilidades indicadas. De acordo com o 10º Relatório Consolidado, o Cadastro Socioeconômico totalizou 5.141 cadastros, incluindo o cadastramento da área do baixio Jardim Independente II. Até 22 de julho de 2016 tinham sido negociados 5.381 imóveis, totalizando 12.032 negociações realizadas. 4.4.3. Projeto de Reassentamento Urbano Progresso reportado pela NE: No primeiro semestre de 2016 deu-se continuidade à oferta de toda a logística para a mudança e reassentamento das famílias, tendo as famílias do Jardim Independente II representando quase a totalidade dos acompanhamentos sociais das mudanças realizados no período (148 mudanças para os RUCs e 57 mudanças de indenizados e inquilinos). As principais atividades desenvolvidas no primeiro semestre de 2016 foram: Realizadas 160 mudanças para os RUCs, remetendo a 481 incursões de acompanhamento social das famílias.

Para o acompanhamento das 3.559 famílias já reassentadas foram demandadas 10.593 incursões de campo. Importante destacar que deste total de mudanças para os RUCs, 148 foram das famílias originárias do Jardim Independente II;

Foram ofertadas 1.711 refeições a todos os membros da família no dia da mudança (3 refeições), totalizando 56.077 refeições ofertadas desde a 1ª mudança efetuada em 14 de janeiro de 2014;

Realização de visitas da equipe a 146 famílias que optaram por indenização para a aplicação do formulário de pré-mudança, a maior parte dela residentes do Jardim Independente II e apenas 47 optaram pelo acompanhamento social da equipe técnica deste projeto;

Foram acompanhadas socialmente as 10 famílias beneficiadas com aluguel social, sendo aplicado o formulário de pré-mudança em 36 famílias.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Foi dada continuidade aos atendimentos nos Plantões Sociais nos 5 reassentamentos, adotando, a partir de maio

de 2016, uma desmobilização gradual em virtude da baixa procura por informações dos plantões nos bairros que já tiveram o processo de transferência das famílias finalizados, como os RUCs São Joaquim, Casa Nova e Água Azul. A estratégia adotada para o atendimento destes bairros sem prejuízo de acesso rápido à informação foi o reforço junto à população por meio de uma divulgação intensiva do 0800 incluindo visita porta a porta pela equipe do projeto 4.4.3., além da implantação do Plantão Social Móvel com agenda mensal e participação nos eventos da comunidade.

Na fase de pós-ocupação, em relação às ações de integração entre as famílias, foram realizadas ações junto aos moradores dos cinco bairros envolvendo os temas: atendimento sobre os serviços de energia, tarifa social e mobilizações para ações da Secretaria de Assistência Social – SEMUTS. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: No parecer do IBAMA quando da solicitação da LO há a seguinte recomendação em relação a esse projeto: que sejam constantemente enviados relatórios semestrais contendo dados sobre o avanço deste projeto 4.4.3 até sua conclusão em 2017, sugerindo-se que conste no próximo documento (que poderá cobrir um período maior, aproximadamente entre 1T e 4T de 2015) as seguintes informações: Comprovar o término do processo de reassentamento urbano da cidade de Altamira, ou seja, 100% da

população urbana atingida pela relocação compulsória deverão estar reassentados antes do enchimento do reservatório do rio Xingu;

Apresentar o andamento detalhado, no período a ser coberto pelo relatório, do acompanhamento social das famílias atingidas, em todas as etapas do reassentamento urbano e para todos os 6 (seis) RUCs;

Ações da Norte Energia junto a Prefeitura Municipal de Altamira no sentido de definir a classificação da área do RUC Pedral, se permanecerá rural ou tornar-se-á urbana. Tais ações também serão solicitadas nas recomendações do Projeto de Reassentamento (5.1.7);

Apresentar previsão de possíveis medidas de compensação extras causadas por necessidades de locomoção e transporte de equipamentos de moradores que moravam às margens do trecho urbano do rio Xingu e que comprovadamente tem neste rio sua fonte de sustento direto, mas que se encontram reassentados em RUCs distantes;

Apresentar os resultados alcançados pelos plantões sociais na continuidade de suas atividades durante o período avaliado, incluindo possíveis novos casos de vulnerabilidade social;

Apresentar compilação e análise do número total de novas ocupações ocorridas em áreas não cadastradas na área urbana de Altamira, bem como as medidas adotadas para o encaminhamento da questão;

Apresentar avanços no período abrangido sobre as importantes e benéficas iniciativas selecionadas para a etapa de pós-ocupação dos RUCs/novos bairros, como aimplantação de projetos sociais, educativos e culturais e atividades de desenvolvimento econômico da população afetada.

Além disso, o IBAMA reitera que a garantia da estrutura e demais equipamentos das casas construídas nos RUCs para fins de reassentamento urbano coletivo deve ser de 5 (cinco) anos a contar de sua entrega ao morador, conforme já acertado entre o órgão licenciador e o empreendedor da UHE Belo Monte. Cabe a Norte Energia garantir esta vida útil, mesmo constando no Manual do Proprietário que é entregue a cada família reassentada nas novas unidades habitacionais tempos de garantia menores, cujas responsabilidades pertencem às empresas terceirizadas fornecedoras dos materiais ou serviços. Avaliação de resultados: As ações do Projeto 4.4.3 valeram-se das áreas de reassentamento urbano, cujas obras foram implantadas por meio do Projeto 5.1.7, de nome homônimo. Os fluxos de interação entre esses dois projetos já haviam sido concluídos em dezembro de 2015, porém, em função das discussões sobre o remanejamento de famílias para um novo RUC (Pedral), as atividades de interação entre os projetos devem ter continuidade até que se tenha a conclusão da implantação desta nova área de reassentamento, previsto para ocorrer até novembro de 2016. Assim, as atividades que abrangem a atuação do Projeto 4.4.3 devem estender-se até setembro de 2018 a fim de concretizar o acompanhamento de ‘pós-mudança’ das famílias para esta nova localidade. Até junho de 2016 tinham sido realizados 10.430 atendimentos aos moradores dos RUCs; somados aos 10.103 atendimentos aos interferidos em processo de negociação, tem-se o total de 20.533 atendimentos efetuados. De acordo com o exposto ao longo deste relatório pode-se depreender que os compromissos relativos à fase de implantação do empreendimento foram plenamente atendidos, no que se refere ao acompanhamento social adequado

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte às famílias possibilitando a liberação do enchimento do reservatório. As mudanças no primeiro semestre de 2016 se concentraram basicamente às famílias que ocupavam a área denominada “baixio” no bairro Jardim Independente II. As famílias optantes pelo RUC Pedral também passaram pelo mesmo processo de remanejamento e se encontram alocadas provisoriamente nos reassentamentos implantados, quando da sua mudança para o RUC Pedral serão garantidos os mesmos procedimentos do acompanhamento social adotados até o momento. Quanto a implantação da RUC Pedral, a etapa de concepção do projeto foi vencida considerando que o projeto MasterPlan foi consensuado pelos integrantes do GT Pedral, viabilizando a continuidade de elaboração das demais disciplinas de projeto, bem como o prosseguimento nos trâmites junto à municipalidade para o licenciamento urbanístico e ambiental, atividades estas que serão conduzidas pelo Projeto de Reassentamento 5.1.7. Para o atendimento das famílias que já optaram pelo RUC Pedral, foi oferecido tratamento semelhante ao das demais famílias reassentadas nos outros 5 RUCs, incluindo a oferta de lotes nos reassentamentos para moradia provisória, garantindo o adequado suporte a estas famílias, com acesso aos equipamentos sociais e às ações de acompanhamento social previstas neste projeto, até a mudança definitiva. Os trabalhos de identificação da demanda e atendimento dos quesitos necessários estão sendo realizados em projetos específicos, tais como: Escolas - estudo de suficiência constante do projeto 4.8.1. UBS - dimensionamento previsto no Plano 8. CRAS - dimensionamento previsto no projeto 4.6.2. Praças e áreas verdes - projetadas em todos os reassentamentos no âmbito do projeto 5.1,7 Templos Religiosos - em função das negociações com os interessados previsto no projeto 4.8.2. Estabelecimentos comerciais e de serviços - dimensionamento de lotes mistos e comerciais previstos no projeto

desenvolvido no 5.1.7 e o acompanhamento da recomposição no projeto 4.5.1. 4.4.4. Projeto de Reparação

Progresso reportado pela NE: No período de janeiro a junho de 2016, as ações do Projeto de Reparação Urbana, consistiram na sequência das atividades, iniciadas no segundo semestre do ano de 2015 e na execução de novas ações que foram acordadas com as comunidades, conforme descrito a seguir: Realização do I Encontro Intercomunitário da UHE Belo Monte, com a participação de todo o público alvo do

Projeto de Reparação nas áreas Urbana e Rural; Sequência das atividades de produção de mudas de hortaliças, frutíferas, ornamentais e espécies florestais

nativas; Início da execução das ações de reparação no Reassentamento Laranjeiras; Conclusão da construção dos Barracões de Usos Múltiplos (BUMs) nos Reassentamentos Jatobá, Casa Nova,

São Joaquim, Água Azul e Laranjeiras; Inauguração dos Barracões de Usos Múltiplos nos Reassentamentos Jatobá, Água Azul e São Joaquim; Organização, fundação e legalização das Associações dos Moradores dos Bairros São Joaquim, Casa Nova e

Água Azul; Definição de Critérios para utilização dos Barracões de Usos Múltiplos; Diagnóstico Rápido Participativo com os Pescadores (Jatobá e Água Azul); Atividades de Apoio às Associações; Atividades Socioculturais; Realização do 1º Torneio de Futsal InterRUCs; Atividades de Interfaces; Atividades de aproximação entre as comunidades, poder público e instituições de interesse. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Em atendimento, de acordo com o cronograma do projeto de relocação da comunidade atingida, em especial, o Reassentamento Laranjeiras, e o reassentamento Pedral, a Norte Energia reajustou o prazo de execução até agosto de 2018.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: As atividades de execução das ações de reparação nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) estão ocorrendo, em conformidade com as determinações do PBA e das condicionantes constantes na Licença de Operação, e de um modo geral conta com boa participação da população. Isto pode ser verificado no envolvimento das comunidades nas atividades socioculturais, nas reuniões realizadas, nos eventos de inauguração e em depoimentos realizados por ocasião da realização dos eventos. Na medida em que as famílias se fixam e se adaptam à nova localidade iniciam-se as atividades de reparação. A metodologia participativa tem como um de seus pressupostos a constante mobilização e motivação dos participantes. Dessa forma considerando o cronograma do projeto de relocação da comunidade atingida, em especial, o Reassentamento Laranjeiras, e o reassentamento Pedral, a Norte Energia reajustou o prazo de execução até agosto de 2018. Nos 5 reassentamentos foram elencados dois projetos que contemplam diversas atividades: Construção de 1 (um) barracão de usos múltiplos para o desenvolvimento de atividades relacionadas à

identidade sociocultural; Viabilização de feira "diferenciada" com o objetivo de reconstruir os modos de vida pré-existentes a partir de

novas práticas. Os projetos se encontram em fase final de implantação. Segundo informações do 10º Relatório Consolidado, as manifestações dos beneficiários durante o desenvolvimento das atividades mostram haver satisfação e aprovação, ao método de trabalho proposto. As Associações de Moradores têm demonstrado interesse em participar das atividades e, em conduzir de forma conjunta, as atividades de reparação nos RUCs, bem como nas discussões e encaminhamentos das questões relacionadas aos interesses comunitários. O início de geração de renda com a realização das feiras nos Barracões de Usos Múltiplos (BUMs) é aguardado com grande expectativa pelas famílias. 4.5. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Urbanas 4.5.1. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais, de Serviços e Industriais Urbanas

Progresso reportado pela NE: Entre janeiro e junho de 2016 foi dada continuidade às atividades de recomposição e monitoramento dos comércios recompostos. Também foram concluídas as capacitações, em parceria com o SEBRAE, que deram suporte às atividades recompostas. Foram capacitados 571 empresários (99% da meta) e 421 trabalhadores (100% da meta). Também foi dado início aos trabalhos junto às atividades comerciais, industriais e de serviços, localizadas na localidade denominada Jardim Independente II. O resultado final, após o levantamento, foi incorporado ao processo de recomposição e de aplicação do Plano de Recomposição das Atividades Econômicas bem como de seu monitoramento, 11 (onze) atividades comerciais. Em relação à destinação dos Lotes Comerciais nos Reassentamentos Urbanos Coletivos, a partir de fevereiro de 2016 foi constituída uma comissão de representantes dos 5 reassentamentos com a tarefa de avaliar o conjunto de interessados em instalarem comércios nos RUCs e, considerando os lotes disponíveis, fazer uma proposição de destinação ajustada ao número de lotes e às prioridades dos RUC. Foram realizadas 12 reuniões da Comissão, durante os meses de fevereiro, março e abril. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: As capacitações realizadas com os empresários nas modalidades de cursos e oficinas atingiram o total de 282 empresários e 212 trabalhadores, ou seja, 100% do número total de capacitações previstas no PBA. Cabe destacar que com a inclusão dos comércios do Independente II será realizada uma nova rodada de capacitações. Para identificar quais capacitações poderão ser ofertadas de acordo com o interesse do público, está sendo feito um levantamento, junto aos empresários, no momento de aplicação do Plano de Recomposição e Monitoramento. Até 30 de Junho de 2016, a situação dos empresários interferidos era a seguinte: 903 atividades comerciais e de serviços foram negociadas. Todos os 903 já receberam o Fundo de Comércio e destes, 637 optaram pela recomposição da atividade e 266 por sua interrupção. Dos 637 proprietários de estabelecimentos comerciais e de serviços que optaram pela recomposição, 615 já estão sendo monitoradas pelo projeto e já fizeram o Plano de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Recomposição da Atividade Econômica. Em julho de 2016 aguardava-se o início da recomposição de 20 estabelecimentos comerciais e de serviços. As atividades de acompanhamento registram 615 atividades econômicas recompostas, sendo que:

198 optaram pela recomposição nos RUCs; 417 optaram pela recomposição fora dos RUCs; 20 atividades econômicas encontram-se no prazo estabelecido de dois meses para recomposição, sendo

que a equipe do projeto aguarda a conclusão da instalação dessas atividades em novo local. O monitoramento das atividades comerciais foi iniciado em 2014 e até 30 de Junho de 2016, 400 comércios foram visitados e o monitoramento já é realizado, somando 1092 visitas, nos diferentes tempos (T1, T2, T3, T4). Observa-se que 400 estabelecimentos continuam com suas atividades e 14 empresários decidiram pela interrupção do negócio. Essas interrupções, quando possíveis de serem mapeados, se dão por motivos diversos, principalmente em função de mudança de cidade. Até 30 de Junho de 2016, dos 30 comércios rurais que são público deste projeto, 09 (nove) já foram recompostos, com aplicação do Plano de Recomposição da Atividade Econômica, 02 (dois) encontram-se aguardando para recomposição, e 19 (dezenove) optaram por interromper sua atividade. As visitas de monitoramento aos estabelecimentos recompostos estão sendo realizadas a cada trimestre, de forma a acompanhar o desenvolvimento das potencialidades individuais de cada atividade após sua recomposição e deverão ser realizadas por um período de um ano. 4.5.2. Projeto de Recomposição das Atividades Oleiras e Extrativas de Areia e Cascalho

Progresso reportado pela NE: O Projeto de Recomposição das Atividades Oleiras e Extrativistas de Areia e Cascalho (4.5.2) encontra-se encerrado no que diz respeito às atividades relacionadas aos oleiros, uma vez que eles optaram pela modalidade de indenização. Em relação às atividades extrativistas de areia e cascalho, também tratadas neste projeto, as discussões com o público alvo foram suspensas tendo em vista a judicialização do processo de negociação. Não obstante, no período de janeiro a junho de 2016, a Norte Energia realizou interações com este grupo com o propósito de verificar formas de compensação, tais como a realização de capacitações. Em junho de 2016, o Juízo da ação nº 006466.43.2014.8.14.0005 em que é Requerente a ASSARIXI e Requerida a NORTE ENERGIA SA, procedeu a despacho determinando a realização de um novo estudo denominado “Estudo Técnico Complementar de Operacionalidade e Produtividade de Lavra das Atividades de Extração de Areia e Cascalho de Altamira” (Anexo 4.5.2 - 1), no prazo de 30 dias. Para a realização desse estudo foi designado perito judicial e solicitado que a requerida formulasse quesitos ao perito. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade:

Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA e, de forma geral, as metas propostas e aprovadas no PBA foram cumpridas. Avaliação de resultados: O processo de negociação com oleiros proprietários foi concluído, sendo que 100% deles optaram pela indenização, em detrimento da recomposição da atividade. Os oleiros trabalhadores foram atendidos com capacitações, conforme indicado no PBA. Em relação às atividades extrativistas de areia e cascalho, os levantamentos e estudos desenvolvidos ao longo da implantação do empreendimento não identificaram impactos nessas atividades. Durante a implantação do projeto, a Norte Energia realizou todo o levantamento socioeconômico de público envolvido nesta atividade; estudou a cadeia produtiva da areia e realizou o recorte do polígono de bloqueio com objetivo de liberar a titulação dos títulos minerais existentes neste trecho do rio. Posteriormente, em razão da ação judicial movida pela ASSARRIXI contra a Norte Energia, a cadeia produtiva da areia foi estudada em detalhe com objetivo de fornecer informações necessárias ao poder judiciário. Durante todo o período de construção da barragem, a Norte Energia acompanhou a disputa pela titulação das áreas produtoras de areia e cascalho. Com base nas características da atividade de extração de areia e cascalho estudadas em profundidade, foram feitas análises de possíveis interferências da implantação do reservatório da UHE Belo Monte sobre a mesma. Utilizou-se para tanto, dados empíricos e modelagens matemáticas que primaram pela acurácia das informações. Nesse sentido, foram realizados acompanhamentos e registros dos procedimentos operacionais e dos ciclos produtivos daqueles que fazem a exploração dos bens minerais de areia e seixo, assim como foram coletados e cotejados dados relacionados

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte aos aspectos hidrológicos, topobatimétricos, hidrossedimentológicos e meteorológicos, tanto empíricos, do rio Xingu em condição natural, quanto dos estudos previsionais para o reservatório. A Norte Energia afirma que a análise da produtividade das embarcações entre a época de cheia e de vazante/seca não apresentou um padrão de aumento ou de diminuição de produção em função do período do ano. Conclui-se ainda que as alterações previstas para ocorrer no rio Xingu após a formação do reservatório da UHE Belo Monte não são entendidas como suficientes de forma a interferir na operacionalidade das atividades areeiras exercidas no rio Xingu em Altamira. 4.5.3. Projeto de Implantação de Estaleiro em Vitória do Xingu

Progresso reportado pela NE: Com relação à implantação do Estaleiro, em 14 de março de 2016 a SEMAT de Vitória do Xingu emitiu a Licença Prévia (LP) do projeto nº 01/2016 e em 29 de março de 2016 foi emitida a Licença de Instalação (LI) nº 02/2016. Em janeiro de 2016, ocorreu o processo de contratação da empresa para a execução das obras. As obras do estaleiro foram paralisadas no inverno amazônico devido a constante ocorrência de chuvas. Em junho foram retomadas as obras e a sua conclusão está prevista para setembro de 2016. No dia 28 de abril de 2016 foi realizada reunião com os cooperados para identificar as capacitações necessárias para as novas condições de trabalho que a estrutura deverá propiciar, de modo a atender à legislação vigente nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal, de acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho (MTE). Com as capacitações identificadas, iniciaram-se as tratativas com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) para obter uma proposta comercial para realização dos treinamentos. A previsão é que as capacitações se iniciem no mês de agosto de 2016. Sobre a gestão do Estaleiro, foi elaborada a minuta de um Termo de Cessão de Uso de bem imóvel, a ser celebrado entre a Prefeitura Municipal de Vitória do Xingu e a Coopernavix, segundo o qual a Prefeitura concede o uso do imóvel (Estaleiro) e equipamentos à Cooperativa para desenvolvimento das atividades de fabricação, reparo e manutenção de pequenas embarcações. No dia 28 de abril de 2016, junto com o Conselho de Administração, foi iniciada a elaboração do Plano de Operacional da Coopernavix, que terá o objetivo de reunir as principais informações para a execução das atividades do Estaleiro Naval de Vitória do Xingu. Cabe ressaltar que a partir de uma análise detalhada das oportunidades e desafios de sua atuação, o Plano apontará os caminhos para a consolidação desse coletivo, suas características associativas e capacidade de mobilização e superação de seus atuais desafios. O Plano está sendo construído pelos cooperados sob a orientação da OCB e tem a previsão de ser concluído em agosto de 2016. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA e, de forma geral, as metas propostas e aprovadas no PBA foram cumpridas. Avaliação de resultados até julho de 2016: Após uma série de tratativas ocorridas entre a Prefeitura e trabalhadores de Vitória do Xingu, no primeiro semestre de 2016 foi iniciada a implantação do estaleiro por meio do início das obras, prevista para estar concluída em setembro de 2016. Para o mês de setembro/16 também está prevista a conclusão das tratativas com a Prefeitura de Vitória do Xingu e Cooperativa de trabalhadores deste setor, com a formalização do Termo de Cessão de Uso do Estaleiro do Estaleiro. 4.6. Programa de Acompanhamento Social 4.6.1. Projeto de Acompanhamento e Monitoramento Social das Comunidades do Entorno da Obra e das Comunidades Anfitriãs

Progresso reportado pela NE: Ressalte-se que o Projeto 4.6.1 – agora tratado de forma conjunta ao Programa 7.4 – teve suas atividades continuadas sob este novo fluxo de integração no primeiro semestre de 2016, apoiando as municipalidades na condução futura das demandas que necessitem de atendimento social. Nesse sentido, saliente-se a reestruturação dos CRAS, com a construção de duas Unidades pela Norte Energia, bem como as ações de apoio do Projeto 4.6.2 à Prefeitura de Altamira, em atividades desenvolvidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, notadamente nos RUCs. Em relação ao acompanhamento de campo, o universo de famílias visitadas, até junho de 2016, totalizava 2.738 famílias nos RUCs, mais 473 em outras localidades e situações, como o TVR urbano (Garimpo do Galo, Ilha da

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Fazenda e Ressaca), a Volta Grande (Vila Izabel, Belo Monte e Belo Monte do Pontal), aluguel social, carta de crédito urbana e reassentamento individual. Somado a isso, há mais 300 famílias rurais, entre carta de crédito (rural, especial e Ibama), TVR rural, indenizados que permaneceram em remanescentes viáveis, RRC e RAR. Assim, o total geral é de 3.511 famílias que devem ser acompanhadas e se constituem no público alvo do Projeto 4.6.1. O acompanhamento em campo realizou na 7ª Campanha, até junho de 2016, 4.106 visitas com a aplicação da pesquisa para 2.735 famílias. Isso representa um rendimento de 78% de aplicação para um universo de 3.511 famílias, apontando uma sensível melhora de desempenho por conta dos novos procedimentos adotados. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados até junho de 2016: O Projeto de 4.6.1 passou no primeiro semestre de 2016 por um processo de adequação à nova etapa do empreendimento, pós Licença de Operação, mas sem alterar seu objetivo que é o monitoramento social das famílias afetadas, que continua a ser realizado por intermédio de pesquisas estruturadas, que permitem identificar, localizar e caracterizar pessoas, famílias e comunidades que vivem na região afetada ou que tenham sido remanejadas pela implantação do empreendimento. A identificação de casos de vulnerabilidade social continua a ser realizada, e, nestes casos, encaminhados ao Projeto 4.6.2 para atendimento pelos serviços conveniados com as prefeituras municipais, ou pelo Atendimento Móvel. Da mesma forma, o método de identificação dessas situações continua a ser realizado pelo IDF ou pelos casos notáveis. Portanto, a adequação foi basicamente no sentido de revisar a base de dados utilizada, com um apoio direto do Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4), que colaborou com sua experiência em planejamento de campo, elaboração de sistemas de análise, mais amigável para o cálculo do IDF, que agora pode ser realizado diretamente, sem a exportação dos indicadores para uma planilha de cálculo, como era realizado até então. Além disso, o novo sistema permite a identificação digital dos agravos (riscos) sociais, que compõem o método de casos notáveis. Da mesma forma, foram introduzidas novas codificações de situações de campo que permitem sistematizar informações complementares que não eram previstas no sistema original. Aliada a uma nova codificação das famílias e dos moradores, agora é possível identificar as famílias que devem continuar a ser monitoradas de maneira direta, sem a necessidade de cruzar inúmeras informações. Além disso, com essa adequação será realizado o acompanhamento da evolução de indicadores socioeconômicos de renda, saúde e educação, que permitirá um monitoramento da situação vivenciada pelas famílias, nessa nova etapa do empreendimento até o final do Projeto. 4.6.2. Projeto de Atendimento Social e Psicológico da População Atingida

Progresso reportado pela NE: Estão em fase de construção dois Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) em Altamira que permitirão à municipalidade o atendimento da demanda de maneira territorializada e descentralizada. Um será dentro do RUC e um em outro bairro. Foi feito aditivo de parceria entre a Prefeitura de Altamira e de Vitória do Xingu com a Norte Energia pelo período de mais um ano. A Norte Energia continua financiando o núcleo básico de Altamira. No período de setembro de 2012 a junho de 2016 foram: Recebidas 1.569 Solicitações de Atendimento; Famílias recebidas para atendimento: 1.1332; Em acompanhamento: 1.008 famílias; Realizadas 7.322 visitas domiciliares de atendimento; Realizados 2.939 encaminhamentos de componentes familiares à rede de serviços. Quanto à continuidade das ações de fortalecimento do SUAS nos municípios da AID, continuaram sendo desenvolvidas ações destinadas à descentralização do SUAS, levando serviços, programas e projetos aos reassentamentos urbanos coletivos (RUCs) e seu entorno, assim como, aos Reassentamentos Rurais Coletivos (RRCs) e Reassentamento em Áreas Remanescentes (RARs). Continuaram as ações de apoio à inclusão e atualização de famílias reassentadas nos RUCs e nos RRCs e RARs com perfil de Cadastro Único. Tal ação está permitindo o acesso a inúmeros benefícios sociais, como a Tarifa Social de Energia Elétrica e programas como Bolsa Família, Habitação de Interesse Social, dentre outros.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Projeto em andamento e não apresenta inconformidades com o PBA Avaliação de resultados até junho de 2016: O Projeto 4.6.2 está atendendo aos objetivos inicialmente propostos no PBA, de prover a prestação de serviço de assistência social regular e sistemática aos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social, identificados e encaminhados pelos programas e projetos do PBA que lidam diretamente com a população, assim como às famílias que se apresentam diretamente na sede dos serviços conveniados. Para tanto, desde o início procurou viabilizar formas de atender aos objetivos, por meio do estabelecimento de Convênios de parceria com as prefeituras municipais de Altamira e Vitória do Xingu, como forma de atuação complementar à da própria estrutura socioassistencial desses municípios. A alteração na organização social das famílias é monitorada por meio do acompanhamento sistemático que a equipe multidisciplinar dos serviços conveniados e da Unidade Social Móvel Norte Energia oferece a cada uma delas. Durante o processo de acompanhamento da evolução dos encaminhamentos à rede de serviços é possível identificar e tomar medidas de mitigação de eventuais efeitos negativos do empreendimento. Quanto à linha de atuação complementar, é papel do Projeto encaminhar as famílias por ele atendidas à rede de serviços de convivência e fortalecimento de vínculos do SUAS, assim como acompanhar e apoiar as ações da municipalidade, e esta meta está em atendimento. Tal linha de atuação implica dar suporte social e comunitário à população atingida nos encaminhamentos de suas demandas e dificuldades no processo de adaptação à sua nova condição de vida, nos locais de reassentamento, conforme já mencionado. O Projeto 4.6.2 participou ativamente das atividades de capacitação do quadro funcional da SEMUTS de Altamira, e está auxiliando a Secretaria a implantar os 03 Polos do SCFV no RUC Jatobá, Casa Nova e Laranjeiras, por meio do aporte de recursos para contratação da equipe e implantação da infraestrutura necessária para a realização do serviço no reassentamento. O Projeto 4.6.2, como gestor do Convênio, está provendo o suporte técnico necessário para que as ações desenvolvidas no serviço obtenham a maior efetividade possível. A ação de apoio à inclusão e atualização de famílias reassentadas nos RUCs e nos RRCs e RARs com perfil de Cadastro Único também alcançou resultados positivos ao permitir o acesso das famílias reassentadas a inúmeros benefícios sociais, como a Tarifa Social de Energia Elétrica e programas como Bolsa Família, Habitação de Interesse Social, dentre outros. O Projeto 4.6.2 realizou ações de preparo do repasse às prefeituras de Altamira e Vitória do Xingu das metodologias de atendimento e acompanhamento das famílias atendidas, cujo detalhamento destas ações deverá ocorrer ao longo dos próximos meses, de acordo com a evolução das negociações institucionais. O Quadro 4.6.2 a seguir apresenta indicadores que apontam o desenvolvimento do projeto, evidenciando o processo de execução do convênio e os resultados do atendimento ao público-alvo. Quadro 4.6.2 – Indicadores do Projeto 4.6.2

Indicadores Altamira Vitória do Xingu Outros municípios Total N° de solicitações de atendimento 971 156 442 1.569 Nº de famílias encaminhadas para atendimento

618 80 - 698

N° de famílias acompanhadas 702 87 219 1.008 N° total de visitas 4.782 2.138 402 7.322 N° de encaminhamentos realizados à rede socioassistencial

2.252 687 - 2.939

N° de migrantes atendidos 693 9 - 113 Capacitações 7 5 - 12 Reunião de nivelamento técnico 40 36 - 76 Relatório de supervisão técnica 43 43 - 86 Prestações de contas dos convênios 43 43 - 86 Reunião de acompanhamento da prestação de contas

3 8 - 11

Reunião de balanço e acompanhamento da execução dos convênios

26 22 - 48

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 4.7. Programa de Restituição / Recuperação da Atividade de Turismo e Lazer 4.7.1. Projeto de Recomposição das Praias e Locais de Lazer

Progresso reportado pela NE: Foi dada continuidade às interações com as Secretarias Municipais de Planejamento - SEPLAN e de Meio Ambiente - SEMAT, uma vez que as praias já estão em uso, especialmente a Praia da Orla e do Massanori. Cabe destacar que as tratativas de repasse dessas estruturas estão sendo discutidas de formal ampla no âmbito do projeto 5.1.8, juntamente com as definições das diretrizes de ordenamento e gestão dos Parques e Orla. Em maio de 2016 foi enviado ofício de entrega oficial das praias à SEPLAN, mas até o momento não houve manifestação formal desta secretaria. A Norte Energia atendendo solicitação de oficio da SEMAT de Altamira iniciou o planejamento e a implantação de um projeto de sinalização para as praias. Foram promovidas reuniões entre seus técnicos, profissionais do Corpo de Bombeiros local e técnicos da SEMAT e SEPLAN de Altamira, objetivando a estabelecer um consenso e uma diretriz geral sobre o processo de sinalização a ser instituído nas praias. O monitoramento da balneabilidade das praias restituídas pela Norte Energia teve continuidade, com o acompanhamento dos técnicos da SEMAT. Esta atividade vem sendo realizada desde novembro de 2014, e no período que trata este relatório foram incorporadas as coletas e análises das praias existentes no trecho do Belo Monte. Os resultados do monitoramento até o momento se mostraram satisfatórios, indicando uma progressão na qualidade das águas, tendo a praia da Orla evoluído de “imprópria” para “satisfatória” no período. Também se deu início ao monitoramento do número de usuários das praias restituídas, sendo que no período de janeiro a junho de 2016 foram realizadas duas campanhas de contagem. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA. Avaliação de resultados: Foram implantadas três praias nos municípios de Altamira, sendo (i) Praia da Orla, localizada na orla de Altamira, entre o Porto 6 e a rampa da Funai (ii) Praia do Massanori localizada onde hoje se encontra a atual praia do Massanori e (iii) Praia do Assurini (Adalberto) margem direita onde antes se encontrava a praia do Adalberto e uma no município de Vitória do Xingu, sendo (iv) a montante do canal de fuga do sítio Belo Monte. Os técnicos da Prefeitura Municipal de Altamira foram capacitados para realizar coleta de água e proceder com a interdição/sinalização caso as condições de balneabilidade não estejam adequadas. E os técnicos da Prefeitura de Vitoria do Xingu serão capacitados para proceder à coleta de amostras e encaminhar as analises no sentido de adequar a utilização das praias à balneabilidade. Em dezembro de 2015 o Ibama se manifestou, por meio do OF 02001.013517/2015-79 DILIC/IBAMA, sobre uma consulta feita pela Norte Energia solicitando autorização para depositar no rio Xingu material excedente da dragagem obrigatória do Canal de Fuga da UHE Belo Monte. A proposta apresentada pela Norte Energia contemplava a utilização deste local como praia de uso recreativo pela comunidade local ou pelas espécies de quelônios, a depender do uso que se estabelecer. Após análise do órgão ambiental, a implantação da praia foi autorizada desde que esta fosse inserida no âmbito deste projeto e adotadas as mesmas medidas da implantação das praias de Altamira. 4.7.2. Projeto de Reestruturação das Atividades Produtivas de Turismo e Lazer

Progresso reportado pela NE: Em janeiro de 2016 foi constituído um Grupo de Trabalho de Turismo composto por um representante de cada um dos cinco municípios da AID, empresário do ramo e da sociedade civil, com objetivo de elaborar um produto turístico central para a região. Nos meses de fevereiro e março foram retomadas as conversas com a SETUR para o planejamento das próximas ações a serem desenvolvidas com o grupo de trabalho de turismo, dando continuidade nas estratégias definidas no Workshop de Turismo. Nos dias 16 e 17 de maio de 2016 aconteceu à reunião do grupo, que teve como objetivo à elaboração de roteiros turísticos, tendo como produto principal o roteiro que está sendo conduzido pela Norte Energia, o “Conheça Belo Monte”. A Norte Energia iniciou interações com os representantes dos empresários dos três eixos e foi agendada reuniões para que eles sejam atualizadas as tomadas de decisões do Grupo de Trabalho e quais as próximas ações previstas

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte junto à SEMAT e SETUR em relação à comercialização dos roteiros. Além disso, a Norte Energia tem buscado o apoio do SEBRAE e ACIAPA, para definir as alternativas de capacitação de serviços especializados do setor turístico e avaliar as condições exatas e possibilidades de investimento. Após a consolidação das indicações dos roteiros, na semana de 14 a 17 de junho de 2016, o Coordenador de Segmentação de Produtos Turísticos da SETUR, junto com os coordenadores do Grupo de Turismo, percorreram os municípios de Altamira, Brasil Novo e Medicilândia, com o objetivo de aplicar aos roteiros/produtos indicados, o método de avaliação de produtos. Essa avaliação técnica permitirá identificar o nível de qualidade do que será ofertado ao mercado, além de possibilitar dispor de um plano de melhoria dos produtos/roteiros. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA. O aproveitamento das potencialidades turísticas criadas pelo reservatório é assegurado pela organização e operação do Centro de Apoio ao Visitante (CAV). A implantação do Centro de Informações Turísticas está vinculada ao projeto executivo da Reurbanização da Orla do Xingu e do Porto 6. Da mesma forma, em função da requalificação da orla de Altamira, serão formados pontos de observação do rio Xingu, os quais irão consistir em mirantes de observação cênica. Em função do exposto acima, a Norte Energia considera esta atividade concluída, no âmbito do Projeto 4.7.2, sendo que o acompanhamento das obras dar-se-á no Projeto 5.1.8. Avaliação de resultados: As ações do Grupo de Trabalho de Turismo, liderada pela SETUR, tem possibilitado a integração dos agentes públicos e privados da região, que têm como foco a atividade turística. A implantação das infraestruturas relacionadas ao turismo será concretizada no Projeto 5.1.8, cabendo a este projeto (4.7.2) o acompanhamento dos resultados das ações de potencialização do turismo na região. Encontra-se em processo de implantação seis diferentes alternativas de recomposição turística: (i) Centro de Eventos e Turismo; (ii) Visitação do Complexo e Linha Turística; (iii) Mirantes de Observação Cênica; (iv) Pesca Esportiva; (v) Áreas de Conservações Existentes; (vi) Ecoturismo Náutico. 4.8. Programa de Recomposição/Adequação dos Serviços e Equipamentos Sociais 4.8.1. Projeto de Recomposição/Adequação da Infraestrutura e Serviços de Educação

Progresso reportado pela NE:

No período houve a conclusão da construção de três escolas e uma Creche nos reassentamentos Água Azul, São Joaquim e Jatobá (Altamira). Demais escolas em construção nos reassentamentos possuem percentuais de conclusão superior a 97%. Em Altamira estão em reforma pela municipalidade 03 (três) escolas e 04 (quatro) foram concluídas. Houve avanço na execução das obras de construção da escola de ensino fundamental e infantil na sede do município de Anapu, no bairro São Luiz. Essas obras já se encontram com percentuais de avanço de 99%, devendo ser repassadas à municipalidade no próximo trimestre. Os Quadros 4.2 – 2 e 4.2 - 3 apresentam o quantitativo de obras concluídas pela UHE Belo Monte nos cinco municípios da AID, ressaltando que as ações do Programa que estão em andamento. Quadro 4.2-2 – Balanço de obras de educação do projeto da UHE Belo monte – até 30/06/2013

Municípios Concluídas Em andamento Elaboração de projeto Recomposição pela prefeitura Altamira 29 3 1 9 Vitória do Xingu 19 0 1 0 Anapu 5 2 0 0 Brasil Novo 8 0 0 0 Senador José Porfírio 5 0 0 0 Total 66 5 2 9

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. Visando a efetivar o repasse das estruturas de educação implantadas nos RUCs ao poder público, durante o primeiro semestre de 2016 procedeu-se a uma série de interações junto às Secretarias de Educação, que resultaram na realização dos checklists da creche e da EMEF do RUC Jatobá, da EMEIF do RUC Água Azul e da EMEIF do RUC

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte São Joaquim. Na sequência, em 15 de junho de 2015, foram encaminhados à Prefeitura Municipal de Altamira os Termos de Doação dessas unidades de ensino por meio da correspondência CE 0689/2016-DS. Quadro 4.2-3 – Balanço do total de salas de aula entregues - até 30/06/2016

Município Total de salas de aula entregues

Capacidade média de atendimento de alunos, segundo Parâmetro Norte Energia: 27/sala: EMEF e 17/sala: EMEI

Altamira 168 8.442 Anapu 30 1.520 Senador José Porfírio 22 1.148 Brasil Novo 23 1.048 Vitória do Xingu 32 1.648 Total 275 13.806

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA e posteriores revisões aprovadas pelo IBAMA, inclusive com análise de suficiência dos equipamentos já construídos. Segundo o parecer do IBAMA, o Programa vem sendo executado como proposto e, para a fase de LO foi proposta a continuidade do monitoramento até 2019. Avaliação de resultados: Das obras de educação tem-se o seguinte cenário resumido: 59 concluídas, 5 em andamento, 2 em projeto e 9 em recomposição pela prefeitura. O quantitativo das obras concluídas corresponde a 89% do total, sendo que praticamente todas as intervenções previstas no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte foram concluídas. A Norte Energia afirma quedará continuidade às articulações institucionais e envidará esforços de modo a oportunizar o funcionamento das referidas escolas no segundo semestre de 2016, muito embora a municipalidade tenha manifestado dificuldades devido às restrições estabelecidas pela Lei nº 9.504/1997, que no seu artigo 73, inciso V, diz que é proibido aos agentes públicos nomear, contratar ou, de qualquer forma, admitir pessoas nos três meses que antecedem a eleição até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade. Face à consolidação do RUC Pedral, a Norte Energia solicitou à municipalidade, por meio da correspondência CE 0341/2016-DS-SSE, de 17 de junho de 2016, a disponibilização de projeto executivo da unidade de ensino a ser implantado neste bairro. Com relação às obras de reforma das sete escolas urbanas de Altamira previstas no PBA, foi celebrado com a Prefeitura Municipal, em 08 de março de 2016, o Termo de Compromisso DS-C-0013/2016 (Anexo 4), no valor de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais), com o objetivo de viabilizar a reforma e melhorias das seguintes escolas: EMEF Esther de Figueiredo Ferraz, EMEF Marechal Deodoro da Fonseca, EMEF Francisco Carneiro Freitas, EMEF Maria Farias Ferreira, EMEF Nair de Nazaré Lemos, EMEF Nova Colina e EMEI Girassol. Conforme registro fotográfico do Relatório de Vistoria Técnica NE-DS-SSE-00223-0 (apresentado no 10º Relatório Consolidado), quatro das sete escolas encontram-se concluídas e três delas estão em andamento (EMEF Nair de Nazaré Lemos, EMEF Nova Colina e EMEI Girassol), com previsão de término no segundo semestre de 2016. É importante destacar que a Norte Energia realizou obras além das inicialmente previstas no PBA, resultantes dos Termos de Acordo e outras tratativas celebradas com cada uma das Prefeituras dos municípios da AID. No 10º Relatório Consolidado foi apresentada a avaliação de suficiência de vagas nas escolas rurais monitoradas. Constatou-se que em 2016 há suficiência de vagas em todos os municípios da AID. As únicas exceções são duas escolas, uma em Vitória do Xingu (Anexo da EMEF Leonardo da Vinci) e na EMEF Planalto, em Senador José Porfírio, mas por razões que não se relacionam ao afluxo populacional por conta do empreendimento, notadamente no último caso.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 4.8.2. Projeto de Recomposição dos Equipamentos Religiosos

Progresso reportado pela NE: Segundo informações da equipe da Norte Energia, este projeto foi concluído. Recomendações: 5. Plano de Requalificação Urbana 5.1. Programa de Intervenção em Altamira 5.1.6. Projeto de Diretrizes para o Planejamento Integrado

Progresso reportado pela NE: Este plano visou nos quatro anos de sua implantação que antecedeu a Licença de Operação, propor e executar medidas e intervenções nas sedes urbanas de Altamira e Vitória do Xingu, bem como nos núcleos de Belo Monte e Belo Monte do Pontal, de forma a potencializar os efeitos positivos do empreendimento sobre as estruturas urbanas destas localidades, bem como subsidiar as administrações municipais no planejamento urbano de suas áreas. O Projeto de Diretrizes para o Planejamento Integrado em Altamira (5.1.6), o Programa de Intervenção em Vitória do Xingu (5.2) e o Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal (5.3), tiveram suas atividades concluídas em 2015. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. Análise de conformidade: O projeto foi concluído e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados até junho de 2016: Em relação ao Projeto 5.1.6, foi desenvolvido e encaminhado à Prefeitura de Altamira em janeiro de 2015 o documento denominado “Diretrizes para o Planejamento Integrado”. Este documento contou com interação da municipalidade para sua confecção, fornecendo uma visão integrada das ações desenvolvidas no Programa de Intervenção em Altamira, permitindo subsidiar discussões sobre a reestruturação urbana, como por exemplo, contribuir para revisão do Plano Diretor Municipal. Foi formalizado um Grupo de Trabalho - GT para o desenvolvimento do Plano de Manejo do Parque dos Igarapés, permitindo assim, tanto o esclarecimento às diferentes instâncias da gestão municipal, população e demais entes que compõe o GT, quanto apoiar nas questões identificadas e nas interfaces entre os Projetos implementados pela Norte Energia e no planejamento municipal. Após alguns trâmites entre as partes, em 14/07/2016, foi deliberado pela municipalidade a criação de um Grupo de Trabalho específico para tratar sobre o Plano Diretor Municipal. 5.1.7. Projeto de Reassentamento Altamira Progresso reportado pela NE: Foram finalizadas as implantações dos cinco reassentamentos, e atualmente encontram-se em andamento os trâmites legais para a aceitação por parte da Municipalidade dos loteamentos, assumindo assim a sua gestão. No que diz respeito à elaboração dos projetos do Reassentamento Pedral e sua interface com o GT Pedral, no transcorrer do ano 2015 foram realizados diversos encontros onde a Norte Energia discutiu o projeto MasterPlan do reassentamento, além de fornecer outras informações acerca dos equipamentos institucionais propostos na sua concepção. Como parte deste processo e em continuidade às atividades desenvolvidas para legitimação do processo de elaboração do projeto do RUC Pedral, foram solicitadas pela Norte Energia reuniões do GT Pedral para apreciação e discussão do projeto pelo grupo em 23 de março e 25 de maio de 2016. Em razão do não alcance de número representativo, as reuniões não foram realizadas. Em 02 de junho de 2016 foi realizada uma nova discussão no âmbito do GT Pedral, onde foi apresentada uma proposta que contemplasse as solicitações do GT e atendesse as leis de diretrizes urbanísticas da municipalidade. Além disso, nesta ocasião foi apresentado o cronograma inicial da obra, que previa a realização da supressão vegetal em junho de 2016. Serviços estes que, conforme antes mencionado, foram realizados no período previsto. Nos dias 22 e 24 de junho de 2016 foi dada continuidade às consultas ao GT RUC Pedral, ocasiões estas onde foram apresentadas as considerações do GT com relação à proposta apresentada pela Norte Energia. O projeto MasterPlan foi consensado pelos integrantes do GT Pedral, viabilizando a continuidade de elaboração das demais disciplinas de projeto.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: As metas estabelecidas no PBA para este Projeto foram cumpridas com a implantação dos cinco reassentamentos: Jatobá, São Joaquim, Casa Nova, Água Azul e Laranjeiras. Em relação à construção dos equipamentos públicos nestas cinco áreas de reassentamento, as 3 (três) UBS nos RUCs, Jatobá, São Joaquim e Laranjeiras foram concluídas em novembro de 2015 e entregues à municipalidade; assim como a edificação do CREAX, concluída em Novembro 2015; e o CRAS concluído em janeiro de 2016, ambos no RUC São Joaquim. Já para o CRAS no RUC Jatobá foi cedida uma edificação à prefeitura, a transferência ocorreu em abril de 2016. Dos sete equipamentos de educação previstos nas áreas de reassentamento, 4 (quatro) encontram-se concluídos e os 3 (três) demais estão em fase de conclusão dos acabamentos. Em relação aos acessos viários entre os reassentamentos implantados e a malha urbana existente, em 18/06/2015, por meio da CE 0994/2015-DS, foi firmado Termo de Cooperação Técnico Financeiro - DS-C-0137/2014 entre a Prefeitura Municipal de Altamira e Norte Energia para que a municipalidade realizasse as obras complementares de interligação dos reassentamento São Joaquim e Casa Nova. Em relação às condicionantes expressas nesta LO, dos itens pertinentes ao RUC Pedral, encontra-se em atendimento à alínea (b) que se trata da implantação do reassentamento até novembro de 2016, uma vez que as atividades desenvolvidas neste período tiveram como foco liberar o início da implantação do loteamento para o cumprimento deste prazo. Concomitantemente ao processo participativo solicitado na alínea (c) que visa às discussões do Grupo de acompanhamento do Pedral para consolidação do projeto deste reassentamento, deu-se a continuidade nos trâmites legais necessários para o início das obras, com a solicitação da licença da supressão vegetal e sua realização em campo. Com a concordância do projeto MasterPlan pelos integrantes do GT Pedral, deu-se a continuidade de elaboração das demais disciplinas de projeto, bem como o prosseguimento nos trâmites junto à municipalidade para o licenciamento urbanístico e ambiental. 5.1.8. Projeto de Parques e Reurbanização da Orla

Progresso reportado pela NE: No período do presente relatório, compreendido pelos meses de janeiro a julho de 2016, deu-se sequência às tratativas junto à municipalidade e à sociedade para a instituição do parque, assim como se deu continuidade à implantação das estruturas físicas que compreendem as intervenções do presente Projeto. Quanto à implantação das alternativas de recomposição turística, em junho de 2016 as obras se encontravam nas seguintes situações: Centro de Informações Turísticas – CIT: avanço de 85% das obras; Casa da Memória: Finalizadas as obras de infraestrutura, superestrutura e cobertura; em fase de conclusão os

serviços de acabamentos. Casa Multiuso, Administração e Espaço Museológico com cerca de 95% de avanço e o Teatro/Auditório com cerca de 95% de avanço.

Sede das associações: (COOPEVAX e ACEPOAT): a edificação da sede das associações também está em fase final, com avanço em torno de 95%, dado a finalização das obras de infraestrutura, superestrutura e cobertura, estando também em fase de conclusão os serviços de acabamentos.

Mercado do peixe, Centro de Processamento e Fábrica de Gelo: Foram concluídas as obras de fundação e execução do contrapiso, estando em andamento a pintura, chapisco, reboco e assentamento de cerâmica dos boxes de pescado, além da execução da alvenaria do centro de processamento do pescado. O avanço da implantação da edificação do Mercado de Peixe está em 85%

Centro náutico: Para o galpão principal foram concluídos os serviços de fundação, superestrutura, cobertura metálica e piso. Em relação a área externa encontra-se em finalização a execução da pavimentação dos acessos internos e instalação do gradeamento, contabilizando avanço em torno de 95%.

A seguir são apresentados os avanços das etapas de implantação no igarapé Altamira: com seus respectivos avanços de obras até junho de 2016:

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 1ª Etapa: trabalhos na margem esquerda, entre as pontes Cel. José Porfírio e João Coelho com 98% da

terraplenagem concluídos e nivelamento entre as cota 98,5 e 101. Encontra-se em andamento a concretagem da ciclovia e passeio para pedestre, ambos com avanço de 90%. Plantio de grama com avanço de 73%;

2ª Etapa: compreende os trabalhos na margem direita, entre as pontes Cel. José Porfírio e João Coelho com 98% da terraplenagem concluída e nivelamento entre as cotas 98,5 e 101. Encontra-se em andamento a concretagem da ciclovia e passeio para pedestre, ambos com avanço de 85%. Plantio de grama com avanço de 70%;

3ª Etapa: Margem esquerda do igarapé da Ponte João Coelho a Gondim Lins: nesta área está sendo realizado o lançamento de solo para compactação e terraplanagem da área com avanço de 70%;

4ª Etapa: Margem direita do Igarapé da Ponet João Coelho a Gondim Lins: nesta área está sendo realizado o lançamento de solo para compactação e terraplanagem da área com avanço de 95%; em andamento a concretagem da ciclovia e passeio para pedestre, ambos com avanço de 55%.

Ainda em relação à implantação do Projeto dos Parques, em especial a área do entorno do igarapé Ambé, as intervenções pertinentes deverão ser iniciadas no segundo semestre de 2016 com previsão de seis meses para sua conclusão. No período do presente relatório foram realizadas as atividades relativas à avaliação e monitoramento do Projeto com o objetivo de auferir os primeiros resultados relativos às intervenções já consolidadas. Foram iniciadas no mês de junho as contagens do número de veículos e de embarcações que se utilizam das estruturas já implantadas pela Norte Energia, estando atualmente na fase de consolidação dos dados coletados. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: No período em avaliação houve avanços significativos na execução e conclusão das obras relacionadas com a requalificação urbana, definida no Projeto de Parques e Reurbanização da Orla em Altamira. No que se refere às obras de drenagem associadas ao Projeto 5.1.8, as mesmas têm sido acompanhadas à medida que as intervenções vêm sendo realizadas, considerando as intervenções viárias e limites dos parques a serem criados dos igarapés Ambé e Altamira. As obras de ajustes para escoamento associado ao sistema viário foram praticamente concluídas no Projeto 5.1.8, restando a implantação dos dispositivos de drenagem que se dará à medida que seja realizada a implementação das pavimentações. Também se mantém em curso o fluxo de integração do Projeto 5.1.8 com o Plano 4, especificamente no caso dos Projetos de Recomposição das Praias e Locais de Lazer (4.7.1) e de Reestruturação das Atividades Produtivas de Turismo e Lazer (4.7.2), que contemplam estruturas de lazer, incluindo a recomposição da praia implantada na orla e o Centro de Informações Turísticas (CIT). Destaca-se nesse processo a formação de um Grupo de Trabalho em 14/07/2016 promovido pela SEMAT de Altamira para tratar de orientações à confecção de minuta de lei para o disciplinamento e gestão da área das praias. Têm-se ainda as interações com o Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais, de Serviços e Indústrias Urbanas (4.5.1) para a definição de estruturas que suportem a recomposição das atividades de pesca próximas ao rio. Como resultado destas interações tem-se a inclusão de áreas para o manuseio e comércio de pescados na edificação do ‘Mercado de Peixe’ e de conserto, manutenção e construção de embarcações na edificação do ‘Centro de Apoio Náutico’. As interações com grupos específicos para a inclusão destas estruturas no Projeto 5.1.8 resultaram no Acordo de Cooperação Técnica (ACT nº 006/2014), objeto de tratativas entre representantes de pescadores locais, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e da Norte Energia. Interface com o Projeto 5.1.8 foi estabelecida com o Projeto de Valorização do Patrimônio Multicultural (9.1.2) para a implantação das edificações que compõe a ‘Casa da Memória’ na área da antiga cerâmica, integrada aos novos espaços criados com a requalificação da orla do rio Xingu. Em relação à implantação do Projeto 5.1.8, atendimento à condicionante 2.10-b, projetos de saneamento, foi solicitada a realização de reunião para alinhamento com o Ibama para discussão acerca da abrangência da condicionante. Não obstante, em face de questões associadas às dificuldades enfrentadas com empresas executoras, intensidade das chuvas e impasses com a administração municipal de Altamira, a Norte Energia encaminhou ao Ibama correspondências explicitando as dificuldades encontradas e solicitando a prorrogação no prazo para a finalização das intervenções que compõe o Projeto 5.1.8. Quanto à implantação das praias, as obras foram concluídas em 2015. Em continuidade, no primeiro semestre de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 2016, foram realizadas diversas interações com a Prefeitura de Altamira com o objetivo de proporcionar o repasse à gestão municipal, incluindo reuniões e vistorias técnicas às áreas. Embora tal repasse ainda não tenha ocorrido, estas estruturas já vêm sendo utilizadas pela população, assim como a realização de limpeza e manutenção das áreas pela Prefeitura. 5.1.9. Projeto de Saneamento

Progresso reportado pela NE: No período foi dado andamento ao processo de ligação intradomiciliar da rede de saneamento. Em 12 de maio de 2016, ocorreu reunião entre a Norte Energia e a Prefeitura de Altamira para retomada do trabalho conjunto para realização das ligações intradomiciliares, após a detecção, pela Norte Energia, dos problemas relacionados aos cerca de 11.000 cadastros realizados pela Prefeitura Municipal e à total carência dos TAS. No entanto, em 13 de maio de 2016, a Norte Energia recebeu o Ofício no 104/2016/GAB/SEPLAN, no qual a Prefeitura informa que, após análise da Ata da reunião de 12 de maio de 2016, definiu que os pré-requisitos para as ligações intradomiciliares seriam de inteira responsabilidade da Norte Energia. Mediante esse posicionamento da Prefeitura, a Norte Energia procedeu a uma reestruturação em seu Planejamento Estratégico, considerando três eixos de ação para realizar as ligações intradomiciliares: Comunicação, Contratação e Execução. Sob a ótica de Comunicação, decidiu-se pela mobilização de 60 (sessenta) agentes de comunicação com vistas a viabilizar a visita aos cerca de 16.500 domicílios, incluindo, portanto, não só aqueles que já haviam sido alvo dos trabalhos incompletos realizados pela Prefeitura de Altamira, mas também os cerca de 5.500 que ainda não haviam sido visitados. Nesse contexto, e ainda sem contar com a íntegra de mobilização dos agentes acima referenciados, o que deverá ocorrer a partir de 01/08/16. Até o dia 21/07/16 tinham sido realizadas 976 visitas porta a porta, 385 inserções em três emissoras de rádio locais e 228 inserções em emissoras de TV, além de já se dispor de 272 TAS. No tocante à Contratação, o ‘Plano de Intervenção de Obras’ acima referenciado estabeleceu como estratégia a subdivisão da área abrangida pelos sistemas de saneamento em 15 (quinze) pacotes de contratação relacionados às bacias de contribuição e seus números de ligações, bem como estabeleceu as áreas prioritárias que considerem uma progressiva diminuição da carga orgânica lançada no rio Xingu e igarapés. Nesse sentido, foram mapeadas as estruturas que representam os maiores geradores de carga, conforme constante do último relatório quinzenal protocolado junto ao Ibama, e priorizadas as ligações em prédios e residências estruturadas, comércios, hospitais, hotéis e nas residências de famílias de baixa renda. Em paralelo às ações relacionadas às ligações intradomiciliares, a Norte Energia deu prosseguimento às demais ações do Projeto. Nesse sentido, em atendimento aos ofícios OF 02001.003458/2016-10 COHID/IBAMA, de 06 de abril de 2016, e OF 02001.004086/2016-31 DILIC/IBAMA, de 19 de abril de 2016, foram tomadas ações para solucionar os problemas apontados pelo órgão ambiental relativos à Captação do Sistema de Abastecimento de Água. Assim, foi retomado o processo de pré-comissionamento e testes de redes, sob a verificação da Norte Energia e da Prefeitura Municipal de Altamira por meio da COSALT. Já foram executados os testes em toda a Rede de Abastecimento de Água dos Setores Mirante/Brasília e Setor Bela Vista. Quanto as Estações Elevatórias de Esgoto - EEEs, desde abril de 2015 a Norte Energia está operando e fazendo as manutenções preventivas para que o sistema funcione de maneira apropriada. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Reuniões com equipes responsáveis durante a Missão. Análise de conformidade: As metas do programa do PBA foram atendidas e o atendimento às novas condicionantes da LO se encontra em andamento. Na LO Nº 1317/2015 emitida em novembro de 2015, o IBAMA definiu 3 condicionantes que dispõem sobre este projeto de saneamento: 2.11. Concluir, até 30/09/2016, a realização das ligações domiciliares à rede de esgoto da área urbana de Altamira. 2.12. Disponibilizar serviços de limpa-fossa e coleta de esgotos em tempo seco para saneamento ambiental de Altamira, até a conclusão das ligações domiciliares. 2.13. Disponibilizar suporte técnico e financeiro para a integral e adequada operação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Altamira, até que a Prefeitura daquela municipalidade apresente condições para operá-lo de forma sustentável técnica e economicamente.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: Foram implantados os projetos de Saneamento para Altamira (5.1.9), Saneamento para Vitória do Xingu (5.2.19) e de Saneamento para as localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal (5.3.19), por meio da intermediação com as municipalidades e concessionárias de água e esgoto. Os aterros sanitários tiveram a sua conclusão para as sedes municipais de Altamira e Vitória do Xingu. Em relação às Condicionantes 2.11 e 2.12 da LO 1.317/2015, que tratam da implantação das ligações intradomiliciares, em abril de 2016, a Norte Energia contratou empresa especializada para gerenciamento e planejamento das citadas ligações. Como resultado, foi desenvolvido o ‘Plano de Intervenção das Obras’, tomando por base os documentos e projetos de saneamento para a cidade Altamira/PA, bem como os levantamentos realizados “in loco”, os dados georeferenciados e as diretrizes de contratação para as empresas que iriam executar os serviços. É importante destacar que, em resposta ao Ofício do Ibama 02001.005914/2016-58 CGENE/IBAMA, que solicitou o reporte quinzenal em relação ao andamento das ligações intradomiciliares, a Norte Energia encaminhou três relatórios denominado “Ligações Intradomiciliares de Água e de Esgoto à Rede de Saneamento na Área Urbana De Altamira” por meio das correspondência CE 308/2016-DS (Relatório 001 NE-DS-SSE-0218-0),de 24/06/2016; CE 326/2016-DS (Relatório 2 – NE-DS-SSE0222-0) de 08/07/2016; e CE 346/2016-DS (Relatório 3 – NE-DS-SSE-0225-0), de 22/07/2016. Nestes documentos constou, além das atividades antes mencionadas com relação à elaboração do Plano de Intervenção de Obras, a estratégia adotada para a implementação das ligações intradomiciliares em Altamira, bem como foram apresentados os avanços relativos à sua realização. 5.2. Programa de Intervenção em Vitória do Xingu

5.2.19. Projeto de Saneamento (Vitória do Xingu) Progresso reportado pela NE: Conforme apresentado no 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, os objetivos de dotar a sede do município de Vitória do Xingu de infraestruturas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e disposição dos resíduos sólidos por meio de um aterro sanitário foram cumpridos. A Norte Energia entende que o Projeto atingiu, em sua íntegra, aos objetivos e metas para ele estabelecidas, e que por fim, as atividades a serem ainda realizadas são relativas apenas ao repasse oficial do sistema de abastecimento de água para gestão pública com a assinatura do termo de doação, conquanto a realização desse recebimento oficial, a municipalidade já utiliza a complementação do sistema implantado. Em relação à condicionante 2.10-e: Prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia), a Norte Energia tem dado apoio técnico às prefeituras de Anapu e Vitória do Xingu e tem tido constantes interações em campo para viabilizar a operação dos sistemas. 5.3. Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal Progresso reportado pela NE: No período foram realizadas interlocuções com os órgãos públicos, para a definição do tipo de intervenção para a adequação da atracação das balsas em Belo Monte e Belo Monte do Pontal. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Avaliação de resultados até o final de 2015: De acordo com o 14º RSAP, dentro do escopo do Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal (5.3), foram realizadas interlocuções com os órgãos públicos, para a definição do tipo de intervenção para a adequação da atracação das balsas em Belo Monte e Belo Monte do Pontal. Verificou-se o planejamento do DNIT com a previsão de implantação de uma ponte sobre o rio Xingu que substituiria a travessia por balsas; assim, em consenso com os órgãos envolvidos, foram definidas “melhorias nos caminhos de serviço” para estruturação das condições de atracação e organização do fluxo de veículos e pedestres, concluídas em novembro de 2014.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 5.3.19. Projeto de Saneamento (Belo Monte e Belo Monte do Pontal)

Progresso reportado pela NE: Foram implantados os projetos de Saneamento ara as localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal (5.3.19), por meio da intermediação com as municipalidades e concessionárias de água e esgoto. Depois de trâmites entre as partes, definiu-se pela implantação de aterro em Anapu, sendo iniciada a contratação de empresa para implantação da infraestrutura em 2016. Foi solicitado ao Ibama em 19/04/16 a prorrogação do prazo da condicionante (2.10-c) que trata da implantação do aterro em 180 dias. Como forma de garantir a adequada disposição de resíduos da localidade até que finde o aterro sanitário, os resíduos serão dispostos no aterro do canteiro de obras da UHE Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Segundo a NE, entraves com as respectivas Prefeituras demandaram prorrogação nos prazos inicialmente estabelecidos pelo PBA e reafirmados na condicionante 2.10 da LI nº 795/2011, assim como a não concretização de afluxo populacional estimado nos estudos ambientais. No entanto, a implantação das obras de infraestrutura nas comunidades garante o atendimento às populações residentes nessas localidades e o incremento na melhoria das suas condições socioambientais. Em função da condicionante 2.10-c da LO nº 1317/2015, devem ser prosseguidas as ações até a efetiva implantação de aterro sanitário que atenda à sede municipal de Anapu e à localidade de Belo Monte do Pontal em 180 dias. Avaliação de resultados: De acordo com o apresentado no 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, os objetivos e metas preconizados no PBA foram atendidos. Para a Etapa de Operação se observará o cumprimento da condicionante 2.10-c explicitada na LO nº 1317/2015. No que concerne à condicionante 2.10-e, que imputa à Norte Energia “prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia”, as ações para a realização desta atividade devem ser melhor definidas à medida da realização de interlocução com o Ibama nos termos da solicitação expressa por meio da CE 0442/2015-DS. No que concerne à implantação do aterro sanitário que atenda à localidade de Belo Monte do Pontal, o Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA sugere a proposição de novo prazo para que seja implantada a estrutura. Conforme tratativas apresentadas nos últimos dois relatórios semestrais, após uma série de interlocuções com a Prefeitura de Anapu, somente no primeiro semestre de 2015 foi definida a localização do novo aterro e as estruturas que o comporão, bem como iniciada a aquisição da área escolhida em conjunto com a municipalidade. Tanto o Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, quanto a LO nº 1317/2015 reconheceram o atendimento aos compromissos firmados no processo de licenciamento e os encaminhamentos dados pela Norte Energia, além de incluir ações para a efetividade dos sistemas, à medida que inseriu as duas condicionantes a seguir: 2.10-c) Implantar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, solução definitiva para disposição final dos resíduos sólidos que atenda à sede municipal de Anapu e à localidade de Belo Monte do Pontal; e 2.10-e) Prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia; Em atenção à condicionante 2.10-c, após a conclusão da etapa de definição do local onde será instalado o citado aterro, foram adotados os seguintes procedimentos: (i) interações com a Prefeitura de Anapu; (ii) continuidade do projeto executivo, que está em fase final de elaboração; e (iii) preparação da documentação para a tomada de preço e subsequente contratação de empresa especializada para construção da estrutura, a qual ocorrerá ao longo do próximo semestre. Em relação à condicionante 2.10-e, a Norte Energia já vem dando apoio técnico às prefeituras de Anapu e Vitória do Xingu e tem tido constantes interações em campo para viabilizar a operação dos sistemas. 6. Plano de Articulação Institucional 6.1. Programa de Integração e Articulação Institucional Progresso reportado pela NE: Foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3).

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 6.2. Programa de Fortalecimento da Administração Pública

Progresso reportado pela NE: Foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3). 6.3. Programa de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos

Progresso reportado pela NE: Foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3). 6.4. Programa de Incentivo à Capacitação Profissional e o Desenvolvimento de Atividades Produtivas

Progresso reportado pela NE: No último semestre o Programa de Incentivo à Capacitação Profissional e ao Desenvolvimento de Atividades Produtivas realizou diversas ações de fortalecimento institucional com os atores estratégicos dos cinco municípios da AID, por meio da realização de reuniões com as prefeituras, secretarias e demais instituições destes municípios. No primeiro semestre de 2016 foram realizadas reuniões de alinhamento com o SEBRAE e SENAI, para apresentação do programa e discussão dos temas trabalhados por essas instituições na região diretamente impactada pelo empreendimento. Estas tratativas resultaram em planejamento de ações que serão desenvolvidas no segundo semestre de 2016. A Norte Energia por meio da parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA está desde fevereiro de 2016 desenvolvendo ações de fortalecimento da agroindústria. Foi realizado o diagnóstico para levantamento das principais cadeias produtivas desses municípios da AID. Em relação ao Produto Desenvolvimento de fornecedores e compras diferenciadas foi dada continuidade às reuniões com os setores de suprimento e iniciou o planejamento para a realização de duas rodadas de negócios que ocorrerão no segundo semestre de 2016. No âmbito do produto Plano de desmobilização da mão de obra, estão sendo realizadas ações de articulação institucional para realização de um evento regional de negócios, que terá como foco principal apresentar as vocações econômicas da região. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados até junho de 2016: Os objetivos constantes do PBA para o Programa de Incentivo à Capacitação Profissional e ao Desenvolvimento de Atividades Produtivas (6.4) têm sido cumpridos, no sentido de capacitar os empreendedores e profissionais locais para aproveitarem as oportunidades de trabalho e geração de renda, resultantes da dinamização das atividades econômicas ao longo da construção e operação da UHE. Para a conclusão do Programa 6.4 Capacitação Profissional e o Desenvolvimento de Atividades Produtivas, resta apenas como produto o ‘Desenvolvimento de Fornecedores e Compras Diferenciadas’ que deve ser executado até dezembro de 2016. As ações relacionadas a este produto têm como ponto de destaque, reuniões realizadas com o setor de suprimentos da Norte Energia, encontros de negócios focados, rodadas de negócios e desenvolvimento de uma plataforma para mapeamento e cadastro de fornecedores. A Norte Energia, considerando os impactos previstos com a desmobilização da mão de obra local, renovou a parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA. Esta parceria prevê a continuidade do desenvolvimento de ações estratégicas junto aos governos municipais e sociedade civil organizada para o fortalecimento das cadeias produtivas locais de forma sustentável, aproveitando os potenciais econômicos da região. Estas ações estão estruturadas em quatro grandes temas, a saber: (i) Institucional; (ii) Agroindústria e Comércio; (iii) Desenvolvimento de Fornecedores e Compras Diferenciadas; e o (iv) Plano de Desmobilização da Mão de Obra. No período foram realizadas reuniões com a equipe técnica do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (4.2.1) sobre as ações desenvolvidas no âmbito do extrativismo vegetal e que poderiam ser trabalhadas em conjunto com as ações do Programa 6.4 para o Incentivo à capacitação profissional e ao desenvolvimento das atividades produtivas.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 7. Plano de Relacionamento com a População 7.1. Programa de Orientação e Monitoramento da População Migrante

Progresso reportado pela NE: As metas relacionadas a esse Programa foram atendidas no período de instalação do empreendimento. Da mesma forma, o fluxo de migrantes sofreu sensível declínio, assim como as obras civis já não contratam trabalhadores como ocorreu até o primeiro semestre de 2015. Por conta do término das atividades, depreende-se que o Programa se encerrou em dezembro de 2015. Assim, o Programa 7.1 passou a trabalhar em interfaces com o Programa de Desmobilização de Mão de Obra (3.6) e com o Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4). 7.2. Programa de Interação Social e Comunicação Progresso reportado pela NE: Com relação ao período de janeiro a junho de 2016, destacam-se as atividades relacionadas: ao Plano do Enchimento dos Reservatórios da UHE Belo Monte (PERBM), que objetivou atender às

recomendações do Parecer 02001.004317/2015-25 COHID/IBAMA em que foram demandadas medidas de comunicação social;

à campanha Altamira Limpa #tamojunto, desenvolvida em interface com o Programa de Educação Ambiental (7.3), com o objetivo de sensibilizar a população altamirense quanto à importância da destinação final adequada dos resíduos sólidos;

ao Plano de Comunicação para Moradores da Volta Grande do Xingu, que representa uma intensificação das ações já desenvolvidas na região conforme solicitado no Ofício 02001 002018-2016-37 CGNE-IBAMA;

ao Plano de Ação – Educação Sanitária para Uso do Saneamento Básico nos RUCs, executado em interface com o Programa de Educação Ambiental e em parceria com o Centro Regional de Educação Ambiental do Xingu – CREAX visando orientar os moradores dos novos bairros de Altamira sobre problemas relacionados ao lançamento de efluentes sanitários no sistema de drenagem de águas pluviais;

e às obras das ligações intradomiciliares à rede de saneamento da área correspondente ao perímetro urbano de Altamira existente no ano de 2009 – definida como área de trabalho na etapa de estudos de impacto ambiental da UHE Belo Monte.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Reunião com equipe responsável durante a Missão. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa apresenta andamento satisfatório e em conformidade com o PBA. Avaliação de resultados: O Programa 7.2 continua com seu papel de assessorar os demais Programas/Projetos, independentemente da etapa do empreendimento ou dos Planos nos quais estejam inseridos no contexto do PBA quando estes necessitavam interagir com a população. No período de janeiro a junho de 2016, foram contabilizadas: 5.221 visitas de mobilização; 23 reuniões comunitárias envolvendo 1.028 participantes; 08 eventos; 14.412 exemplares de materiais distribuídos; 36 peças produzidas; 605 questionamentos recebidos e retornos encaminhados pela equipe, entre diversas outras atividades; 1.798 contatos pelo Atendimento Belo Monte Aqui. Segundo resultados da pesquisa pesquisa de percepção do público alvo do Programa, realizada no primeiro semestre de 2016, que abordou 170 pessoas, 44% dos entrevistados afirmaram que o rádio é o principal meio de comunicação utilizado para obtenção de informações, seguido pela televisão (23%). Com relação às informações sobre o empreendimento, 40% afirmaram receber as informações pelos agentes de comunicação, e 30% por meio do rádio. Quando questionados sobre a melhor forma de receber as informações sobre a UHE Belo Monte, 47% responderam preferiram receber as informações pelos agentes de comunicação, enquanto 33% elegeram o rádio. Entre os entrevistados, ainda, 77% consideram informações recebidas fáceis de entender; e aproximadamente 73%

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte já participaram de reuniões sobre o empreendimento. 7.3. Programa de Educação Ambiental de Belo Monte Progresso reportado pela NE: No período de janeiro a junho de 2016, o Projeto de Educação Ambiental promoveu ações e desenvolveu campanhas de forma contínua e foram estabelecidas 29 parcerias em torno de quatro campanhas. No primeiro semestre de 2016 tiveram destaque as seguintes ações: Campanha Altamira Limpa #tamojunto: 2.2.52 participantes, 1.600 materiais; Águas do Xingu 2016: 207 participantes, 15 materiais; Educação Sanitária para Uso do Saneamento Básico nos RUCs: 31 participantes e 2 materiais; Semana do Meio Ambiente: 120 participantes. A educação ambiental também foi abordada nos meios e materiais de mídia, em 512 inserções, que se agregaram às 973 visitas realizadas pelos agentes de comunicação no Plano das Ligações Intradomiciliares. Ambas têm em comum a mensagem e abordagem socioeducativa quanto ao uso adequado das estruturas de saneamento na cidade de Altamira. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Avaliação de resultados: O Programa de Educação Ambiental (7.3) teve suas atividades concluídas em dezembro de 2015, de acordo com o que preconizava o PBA. Porém, sofreu uma readequação pós Licença de Operação. A partir de 2016 as ações de educação ambiental estão estruturadas em ações participativas junto às comunidades, materializadas por meio de parcerias e atores sociais locais e regionais, tais como prefeituras, Sistema S, Centro Regional de Educação Ambiental do Xingu (CREAX) e Associações Comunitárias dos RUCs. As atividades desenvolvidas são relacionadas a dois macroeixos temáticos: recursos hídricos e resíduos sólidos, sendo também prioritária a questão do saneamento, materializada nesta etapa por meio das ligações intradomiciliares em Altamira. Em consonância com as diretrizes do PBA, está em curso o processo de interface mais direta com o Programa 7.2, com vistas à futura transição para um programa de ‘educomunicação’ do Empreendimento. É importante ainda destacar que, na continuidade das ações de educação ambiental, serão estimuladas novas parcerias e interfaces com os projetos do PBA, de modo a facilitar a multiplicação dos conceitos, hábitos e atitudes ligados aos eixos temáticos de Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos, prioritários nesta fase mediante a importância de medidas socioeducativas relativas ao consumo consciente da água, saneamento e riscos relacionados à disposição inadequada de resíduos em áreas dos reservatórios, igarapés e áreas de preservação permanente da UHE Belo Monte. 7.4. Programa de Monitoramento de Aspectos Socioeconômicos Progresso reportado pela NE: O monitoramento dos impactos (positivos e negativos) do afluxo de população atraída por conta do empreendimento no meio socioeconômico dos municípios da Área de Influência também apresentou alterações em 2016, por conta da conclusão do Programa de Orientação e Monitoramento da População Migrante (7.1) em dezembro de 2015. A coleta e análise de dados socioeconômicos permitiram ao longo da sua implantação que a Norte Energia aprimorasse o planejamento das ações juntamente com as municipalidades, instituições públicas e privadas, bem como respondeu às demandas da sociedade civil principalmente em relação aos impactos nos equipamentos e serviços públicos do afluxo populacional. Houve a incorporação do Projeto de Recomposição/Adequação das Infraestruturas e Serviços de Educação (4.8.1) ao Programa 7.4. O Projeto de Acompanhamento e Monitoramento Social das Comunidades do Entorno da Obra e das Comunidades Anfitriãs (4.6.1) também passou à coordenação do Programa 7.4. Foi incorporado de forma a ter seus resultados integrados à metodologia de elaboração de sistemas de análise utilizados no Programa 7.4. O Quadro 7.4–27 mostra o total de ofícios protocolados por ano nas instituições locais fontes de dados primários. Esse procedimento viabilizou a coleta e análise das informações socioeconômicas, cumprindo o objetivo de estabelecer parcerias com outros atores institucionais envolvidos. Também tem sido realizadas visitas nas fontes de dados primários. Desde 2012 foram realizadas 22.981 visitas, sendo 1.807 realizadas no primeiro semestre de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Fonte: 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA da análise da solicitação da LO, o programa vem sendo implementado a contento, e tem sido de fundamental importância no fornecimento de subsídios para a realização de ajustes e estudos para implantar e adequar medidas de mitigação ou compensação de impactos previstos ou identificados a posteriori. Avaliação de resultados até o junho de 2016: O Programa 7.4, para acompanhar as alterações socioeconômicas devido à implantação da UHE Belo Monte, construiu inicialmente um conjunto de 32 (trinta e dois) indicadores, dos quais 29 (vinte e nove) continuam a ser coletados (para os demais, as instituições fornecedoras dos dados se mostraram impossibilitadas de fornecê-los). Por conta desta nova etapa do empreendimento, pós Licença de Operação, propõe-se uma reestruturação no Programa 7.4, para adequação dos Indicadores. Segundo resultados do monitoramento apresentado no 10° Relatório Consolidado, a projeção demográfica aponta que o processo de diminuição populacional em Altamira e Vitória do Xingu (municípios nos quais se verificou o afluxo populacional por conta da UHE Belo Monte) ocorre de forma consistente desde meados de 2015, após o pico populacional nos cinco municípios da AID ter ocorrido em 2014. Com o início da desmobilização de trabalhadores das obras civis do empreendimento, o principal fator de aumento populacional deixou de existir. Nesse sentido, Vitória do Xingu, onde se localizam os alojamentos e a Vila Residencial dos Trabalhadores da obra, sofreu uma queda populacional de maneira mais significativa, por conta do pequeno número de moradores. Em Altamira igualmente mostra diminuição de população, o que pode ser confirmado pela contínua queda no número de alunos desde 2015, em todos os níveis de ensino. Com isso, o saldo de vagas tem aumentado continuamente, sendo que para o segundo semestre estarão disponibilizados pela Norte Energia mais 7 escolas nos RUCs, sendo 1 creche, 1 EMEF, 4 EMEI/EMEF e 1 EEEM. Com isso, haverá disponibilidade de mais 3 salas para a creche, 10 salas de aula para a Educação Infantil, 36 salas de aula para o Ensino Fundamental e 6 salas de aula para o Ensino Médio. Com esse acréscimo é possível que a Prefeitura devolva mais prédios alugados, como já ocorrido, onde funcionam escolas municipais, a fim de evitar um significativo aumento na ociosidade em seus equipamentos de ensino. Os municípios de Brasil Novo e Senador José Porfírio apontam uma tendência de perda de população desde 2010, mas no último município pode ocorrer uma reversão momentânea caso se confirme a instalação de um empreendimento minerário, a Belo Sun no Trecho de Vazão Reduzida. Nesse caso, certamente o impacto do afluxo populacional se dará naquela região, e não propriamente em sua sede municipal. De qualquer maneira, quando se analisa a evolução de matrículas nesses dois municípios, nota-se um aumento de matrículas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Isso poderia levar, à primeira vista, a se pensar que esteja ocorrendo um aumento populacional, mas isso somente ocorre nas sedes municipais, por conta do aumento da taxa de urbanização, isto é, pela saída de famílias da zona rural para a sede, em busca de melhor infraestrutura. Com isso, nesses dois municípios a população em geral tende a diminuir ao longo dos anos. Anapu continua com a tendência de aumento populacional desde o início da década passada, independentemente do empreendimento. Por conta desse aumento, e não serem construídas escolas nesse período, o município apresenta um déficit histórico em sua capacidade de atendimento da demanda por ensino público. Isso foi resolvido em parte com a construção de escolas pela Norte Energia, sendo que em 2016 serão entregues duas escolas (uma EMEI e uma EMEF), acrescentando 10 salas de aula, o que aliviará consideravelmente a capacidade de atendimento no município que, para tentar aliviar a pressão, aluga salas de aula na sede municipal. No que se refere à segurança pública, deve-se salientar novamente que a Norte Energia não tem governança acerca

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte dos eventos ou intervenção nos órgãos públicos. Sua contribuição se relaciona ao Termo de Cooperação com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SEGUP) do Pará, firmado em 2011 e que repassou R$ 100 milhões à instituição que realizou a compra de equipamentos que, por seu turno, foram distribuídos de acordo com a gestão da Secretaria para os municípios da AID. Como já destacado em Relatórios anteriores, em Altamira foram instaladas 60 câmeras de vigilância, além de um sistema de vídeo monitoramento implantado pela Norte Energia, por meio do referido convênio com a SEGUP. Em relação ao monitoramento da evolução do registro de ocorrências policiais, no caso dos estupros, nota-se uma queda significativa nos últimos dois anos, em termos relativos, em Altamira. Dentre as inúmeras ações que contribuiram para o fato, destaca-se o trabalho contínuo da Delegacia das Mulheres, onde a grande maioria dos registros ocorre por conta dos registros de ocorrências dentro da família ou de pessoas próximas, tanto de meninas quanto de meninos. Nos demais municípios da AID, os números são relativamente baixos em Brasil Novo e Vitória do Xingu, mas são relativamente altos em relação à população, em Anapu e Senador José Porfírio. Por conta disso, sua evolução deve ser acompanhada nos próximos semestres. Nos crimes contra o patrimônio, os furtos tendem a diminuir em Altamira, e são em relativo pequeno número absoluto em Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, sendo que Anapu merece alguma atenção pela tendência de alta mais significativa. Os roubos tiveram diminuição em Altamira em 2015, muito embora ainda persista uma tendência de alta, caso se considere a série histórica desde 2007. Nos demais municípios a situação é considerada satisfatória em Anapu, mas com tendência de alta na série histórica em Brasil Novo, que apresentou aumento principalmente desde 2013. Em Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, os números absolutos se mostram pequenos. 8. Plano de Saúde Pública 8.1. Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde

Progresso reportado pela NE: Em relação às obras de Saúde: Foi finalizada a etapa de estruturação das unidades básicas de saúde nos municípios da AID. Foi finalizada a execução das obras do hospital municipal em Vitória do Xingu (inaugurado em 31/05/16). Já se

encontra em funcionamento, atendendo a população com os mais variados procedimentos de saúde, além das internações hospitalares.

No caso do Hospital Geral de Altamira, continuam as tratativas junto à municipalidade e demais intervenientes para realizar a inauguração da unidade, que já se encontra concluída e equipada pela Norte Energia.

As equipes de saúde foram devidamente implantadas, conforme compromisso constante da Nota Técnica (NT) NE – DS – SSE – 0019 – NTPSP, e continuarão com financiamento da Norte Energia até dezembro de 2016. A Norte Energia tem financiado mensalmente a aquisição de insumos e a contratação de serviços para atenção à saúde, implantação de equipes de saúde nos municípios da AID, bem como o apoio ao atendimento em traumato-ortopedia e à emergência hospitalar no HSR, em Altamira, cujo valor total remonta, até junho de 2016, inclusive, a R$ 31.002.784,00. Também foi dada continuidade de ações desenvolvidas pelo Programa, de realização de palestras educativas. No primeiro semestre de 2016, foram realizadas palestras, tendo como prioridade as escolas e comunidades do entorno dos reservatórios. Foi mantida a interface para líderes comunitários, em conjunto com a equipe responsável pelo Programa de Educação Ambiental (PEA), em eventos realizados em municípios da área de abrangência da UHE Belo Monte. No 1º semestre de 2016, foram realizadas, nos municípios da AID, 13 (treze) palestras com a participação de 659 pessoas, obtendo-se, assim, uma média de 51 (cinquenta e um) participantes por evento. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: O Programa vem sendo implementado como previsto. As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma atualizado, com eventuais desacordos com os prazos. Avaliação de resultados: Do total de 40 obras previstas para a Saúde, entre reformas, ampliações e novas construções, foram concluídas e entregues à população da AID 39 obras, as quais foram construídas e equipadas com aprovação da Vigilância Sanitária do Estado, ou seja, 98% do total. Somente uma obra referente à reforma do Hospital Municipal São Rafael em Altamira depende de decisão da Prefeitura de Altamira, a qual deverá elaborar o novo projeto executivo. Vale salientar que essa obra refere-se ao Termo de Compromisso da Norte Energia com o município em pauta, não se

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte tratando de condicionante do Ibama. A última obra prevista no PBA, referente à construção do Hospital de Vitória do Xingu, foi concluída em maio de 2016. As equipes de saúde implantadas permanecem com financiamento da Norte Energia. O apoio financeiro para o incentivo à assistência à saúde nos municípios tem ocorrido regularmente. Embora estivesse previsto o encerramento dos termos de cooperação técnica e financeira para o mês de fevereiro de 2016, a Norte Energia optou por aditar o prazo de encerramento para 28 de dezembro de 2016. As atividades educativas para promoção da saúde foram mantidas regularmente nesse semestre. Entretanto, observou-se que essa estratégia está perdendo a sua eficiência, podendo, assim, ser substituída por outras atividades educativas junto às escolas e às comunidades, sob a responsabilidade dos municípios. 8.2. Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças Progresso reportado pela NE: Continuarama as atividades relacionadas ao monitoramento de vetores e a análise do comportamento das doenças e agravos. No primeiro semestre de 2016 foram realizadas a 14ª (fevereiro e março) e a 15ª (maio e junho) campanhas. Tem-se mantido as reuniões no decorrer de cada operação entre as Gerências de Saúde Pública e do Meio Físico da Diretoria Socioambiental (DS) da Norte Energia com a participação do IEC e da LEME Engenharia, empresa executora de diversos Planos, Programas e Projetos dos Meios Físico e Biótico que guardam interface com o monitoramento de vetores. Essas reuniões visam avaliar as questões ligadas às macrófitas como fatores de proliferação de vetores. Até então, não foram registradas alterações que demonstrassem anormalidades sobre essa proliferação. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Reunião com equipe responsável durante a Missão. Análise de conformidade: De acordo com o Parecer n.º 02001.003622/2015-08, de 10 de setembro de 2015, referente à análise da solicitação de LO da UHE Belo Monte, as atividades de monitoramento de vetores e de doenças e agravos à saúde deverão ser mantidas até o 4º trimestre de 2020. Avaliação de resultados: Quanto ao monitoramento de vetores, os resultados das duas operações realizadas no 1º semestre de 2016 - a 14ª e 15ª, portanto, durante e após o enchimento do reservatório, respectivamente - demonstraram que os pontos estratégicos localizados nas áreas do entorno dos reservatórios da UHE, no entorno dos igarapés em Altamira e o consequente risco de surgimento de poças de águas no TVR não apresentaram alterações consideráveis em relação aos ciclos anteriores, mas estão servindo como linha de base para os futuros ciclos. Segundo informações do 10º Relatório Consolidado, os resultados sobre a incidência de doenças e agravos são surpreendentes, no sentido positivo, diante da previsão de um panorama epidemiológico desanimador quando da elaboração do EIA e do RIMA. O êxito deste Programa está intimamente relacionado ao fortalecimento da rede de atenção à saúde, com apoio da Norte Energia, o que contribuiu para melhorar a detecção de doenças e agravos, e a alimentação dos dados e análise da informação, embasando a adoção de medidas de controle mais efetivas. Ressalta-se que a Norte Energia, em parceria com o 10º CRS da Sespa, tem fortalecido o sistema de análise das informações epidemiológicas das principais doenças e agravos à saúde incidentes nos municípios da AID da UHE Belo Monte e Pacajá, para monitorar o comportamento das doenças, visando detectar possíveis surtos para adoção oportuna de medidas de controle. 8.3. Programa de Ações para Controle da Malária

Progresso reportado pela NE: Em 24 de novembro de 2015, o IBAMA emitiu a Licença de Operação (LO) no 1.317/2015 para a UHE Belo Monte que, no bojo de sua condicionante 2.32, alínea “a”, determina a Norte Energia que seja elaborado e encaminhado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), o PACM Complementar. Este documento oi submetido pela Norte Energia à apreciação da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária (CGPNCM/SVS) para aprovação oficial, por intermédio da CE nº435/2015 – DS, datada de 02 de dezembro de 2015. No primeiro semestre de 2016, foi dado andamento ao processo de consolidação do PACM Complementar. Em 20 de janeiro de 2016, o Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis (DEVIT) da SVS se manifestou por intermédio do Ofício nº 05/2016 DEVIT/SVS/MS, aprovando o PACM Complementar, com as alterações sugeridas no Parecer nº 01 CGPNCM/DEVIT/SVS/MS, que, em síntese, recomendava a inclusão do cronograma detalhado

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte das atividades. Em 21 de março de 2016, o Gerente de Saúde da Norte Energia se reuniu com técnicos da CGPNCM para apresentar e discutir o referido cronograma. Em seguida, a Norte Energia encaminhou a CE nº 131/2016 – DS enviando oficialmente o cronograma, regularizando, assim, a única pendência do PACM Complementar. Por fim, em 19 de julho de 2016, a Norte Energia recebeu o Ofício no 43 DEVIT/SMS/MS, datado de 11 de julho do mesmo ano e encaminhado pelo DEVIT, pelo qual a SVS informa que recebeu a versão final do PACM Complementar e que o considera de acordo com as orientações do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), devendo o mesmo ser executado conforme apresentado no cronograma de atividades/ações. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: Os objetivos, metas e atividades planejadas no PACM estão sendo cumpridos regularmente e com êxito. Avaliação de resultados: Segundo informações do 10º Relatório Consolidado, a região de inserção da UHE Belo Monte registrou intensa redução de casos de malária em todo período comparativo de janeiro a junho dos anos de 2011 a 2016. A variação anual na região apresentou redução em 98% no comparativo semestral de 2016 com 2011. Quando se inclui Pacajá, essa variação diminui para 94%. Brasil Novo e Vitória do Xingu não apresentaram casos de malária em 2016. Há registro de apenas um caso malária por P. falciparum, notificado por outro estado para o município de Pacajá. O caso foi investigado e não encontrada qualquer evidência sobre o mesmo. Portanto, a ausência de malária por P. falciparum é fruto da melhoria do acesso ao diagnóstico e tratamento, e se reflete também na não ocorrência de internação e óbito por malária. O PACM Complementar foi submetido pela Norte Energia à apreciação da CGPNCM/SVS e foi aprovado conforme Oficio nº 020 DEVIT/SVS/MS, datado de 22 de março de 2016, reiterado pelo Ofício no 043 DEVIT/SVS/MS, de 11 de julho de 2016. Assim, espera-se que a prorrogação do PACM por mais cinco anos, após a emissão da LO. 9. Plano de Valorização do Patrimônio 9.1. Programa de Estudo, Preservação, Revitalização e Valorização do Patrimônio Histórico, Paisagístico e Cultural Progresso reportado pela NE: 9.1.2 - Projeto de Estudo e Valorização do Patrimônio Multicultural Os resultados consolidados do Projeto, juntamente com os do Projeto de Estudo, Preservação e Revitalização do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico (9.1.1), foram disponibilizados para o IPHAN para consulta através do link ftp.scientiaconsultoria.com, (usuário: [email protected] e senha: patrimonio@2015). No final de maio/16 a construção da Casa de Memória Regional de Altamira ainda não havia atingido o estágio em que se poderia iniciar a sua implantação, o que ocorrerá a partir de agosto/16. Assim, o início das atividades da implantação do plano museológico e de inclusão digital foi adiado para agosto, devendo estender-se até setembro de 2017, agora com a parceria da Universidade Federal do Pará. As atividades ligadas à implantação da casa de memória regional de Vitória do Xingu estão suspensas. A etnohistória da cultura material e imaterial dos povos indígenas, que era do âmbito de outro Programa, foi atribuída a este Programa, de modo que a finalização da execução do estudo etnohistórico teve de ser postergada para o final de agosto/16. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades do presente programa estão em conformidade com o proposto no PBA. Há alguns atrasos no cumprimento de metas e objetivos do projeto 9.1.2, os quais são justificados pela NE. Um deles diz respeito à implantação da casa de memória regional de Vitória do Xingu. Não foi possível estabelecer parceria com a prefeitura de Vitória do Xingu para a implantação da Casa de Memória Regional. Além disso, a Universidade Federal do Pará manifestou seu desinteresse pela mesma. Solicitou-se então ao CNA/IPHAN (por meio da CE 0292/2016-DS, de 15/06/2016) a troca da obrigação da NE de implantar a referida casa de memória pela

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte instalação de três terminais de consulta de exposição itinerante VS Slim na Casa de Memória Regional de Altamira. As atividades de implantação da casa de memória regional de Vitória do Xingu estão suspensas até que o IPHAN se manifeste sobre o pleito. A disponibilização do acervo na internet e as ações de inclusão digital dependem do início das atividades da casa de memória, previsto para final de 2016. Avaliação de resultados: Dos dois projetos previstos neste programa, o 9.1.1. Projeto de Estudo, Preservação e Revitalização do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico está concluído. Prossegue o 9.1.2, com pendências relacionadas à finalização das Casas de Memória, principalmente a de Vitória do Xingu, pelos motivos expostos acima. Está pendente também a revisão e complementação do estudo etnohistórico. Segundo informado acima, a finalização da execução do estudo etnohistórico teve de ser postergada para o final de agosto/16. O evento de destaque no período foi o envio da CE 0292/2016-DS, de 15/06/2016, ao IPHAN, sugerindo a troca da obrigação de implantar a casa de memória regional de Vitória do Xingu pela instalação de três terminais de consulta de exposição itinerante VS Slim na Casa de Memória Regional de Altamira. 9.2. Programa de Arqueologia Preventiva

Progresso reportado pela NE: 9.2.2 - Projeto de Salvamento Arqueológico As atividades de laboratório (curadoria e análise de material arqueológico coletado na etapa de campo), datações radiocarbônicas e por termoluminescência, análises geoquímicas de solo, elaboração de relatórios, e divulgação do conhecimento produzido devem prosseguir até o final do ano de 2017 (ou primeiro trimestre de 2018, segundo o cronograma), não gerando prejuízos ao cronograma das obras. O relatório final para o IPHAn, segundo o cronograma, deverá ser emitido no quatro trimestre de 2018. Atividades de divulgação científica, através de artigos científicos e apresentações em congressos, assim como o aproveitamento dos dados para estudos acadêmicos pós-graduados serão feitos por tempo indefinido, com informação ao IBAMA a cada solicitação de renovação de LO e ao IPHAN na medida em que forem ocorrendo. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: Quatro dos cinco projetos deste Programa encontram-se concluídos. São eles: 9.2.1 – Projeto de Prospecções Arqueológicas Intensivas; 9.2.3 - Projeto de Registro e Análise das Inscrições Rupestres; 9.2.4 – Projeto de Modelagem Arqueológica Preditiva; e 9.2.5 - Projeto de Educação Patrimonial (Programa de Arqueologia Preventiva). A conclusão dos objetivos do Projeto 9.2.2, ainda em andamento, somente será alcançada após o encerramento de todas as atividades de laboratório (que ainda se encontram em andamento), bem como com outros produtos de divulgação científica de seus importantes resultados, em periódicos de referência nacionais e internacionais, que deverão ocorrer até 2020, com seus comprovantes apresentados ao IBAMA pelo empreendedor quando da renovação da LO e pela Scientia ao IPHAN, na medida em que forem sendo realizados. A continuidade de aproveitamento acadêmico dos dados também está prevista, em cursos de pós-graduação, devendo seus resultados ser apresentados pela Scientia ao IPHAN. O atendimento à meta de resgate de todos dos sítios arqueológicos em risco pela implantação do empreendimento, que consta do Projeto de Salvamento Arqueológico, foi concluído em abril de 2016, pois houve alteração no projeto construtivo de um reassentamento rural que incidiu sobre um sítio. A segunda meta, datação por métodos diretos dos sítios resgatados, se encontra em andamento. O prazo para o seu cumprimento é o mesmo adotado para o encerramento das atividades de laboratório, ou seja, no final do ano de 2017. A terceira e última meta, curadoria e análise do material arqueológico, que atualmente já soma mais de 2 milhões de peças, se encontra em andamento. O prazo mínimo para o cumprimento desta meta é o final do ano de 2017. Avaliação de resultados: No projeto 9.2.2, ainda em andamento, continuam as atividades de Laboratório, conforme mencionado acima. Até o momento, dos 198 sítios arqueológicos identificados, foi possível concluir a análise do material arqueológico proveniente de 65 sítios (somando 95.600 fragmentos cerâmicos, 4.990 peças líticas e oito vasilhas inteiras). Em 75 sítios foi realizado o trabalho de curadoria completo do acervo (que somam 1.129.455 fragmentos cerâmicos, 62.242 peças líticas, e uma vasilha inteira) e em 12 apenas a higienização foi realizada. Até o presente, foi possível realizar a datação por radiocarbono de 55 amostras. Além disso, foram realizadas

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte análises geoquímicas de amostras de solo coletadas nos sítios Paquiçamba 3, Vila Rica 2, Gaioso 2 e Gaioso 11. Vários eventos foram realizados para promoção do conhecimento gerado pelo Programa de Arqueologia Preventiva: Uma defesa de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre da

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal (Viana, 2014); Apresentação de uma comunicação oral no XVII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, em

Aracaju (2013); Apresentação oral de uma comunicação no simpósio Territorialidades e Fronteiras, no âmbito da II Reunião da

SAB Norte, no Museu Sacaca, Macapá/AP (2014); Exposição de um pôster na Oficina Internacional Cerâmicas Arqueológicas da Amazônia: Rumo a uma nova

síntese, promovida pelo Museu Paraense Emilio Goeldi, que gerou um artigo publicado no livro do evento, lançado em maio de 2016;

Divulgação à comunidade local por meio do Projeto de Educação Patrimonial, finalizado em 2014. 9.3. Programa de Salvamento do Patrimônio Paleontológico

Progresso reportado pela NE: Não foi reportado progresso, uma vez que este Programa foi considerado encerrado no período anterior. Em

janeiro de 2016 foi enviado o Relatório Final Consolidado para o DNPM e IBAMA, contendo as informações produzidas durante a execução do Programa, referentes à coleta do material fossilífero e das amostras sedimentares, pois estes constituem material de pesquisa a ser usado em estudos futuros pela instituição.

Todas as amostras foram encaminhadas para a Salvaguarda do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: De acordo com o relatório conclusivo do Programa apresentado no 9º RC, os objetivos determinados pelo PBA

foram rigorosamente cumpridos, por meio da coleta trimestral sistemática e curadoria de material fossilífero nas áreas do empreendimento da UHE Belo Monte em rochas sedimentares. Em relação à Educação Patrimonial, diversas atividades foram realizadas com o objetivo de divulgar a Paleontologia e o conteúdo fossilífero local para a comunidade das áreas afetadas e para os trabalhadores do CCBM e demais empresas/consórcios, participantes do empreendimento.

Segundo informado pela NE no 13º RSAP, todas as atividades referentes ao presente projetos foram cumpridas. Os documentos finais foram remetidos ao Museu Emílio Goeldi em Belém – PA. O Contrato com a executora foi devidamente encerrado.

Avaliação de resultados: Em quatro anos e meio de atividades, foram realizadas 17 campanhas trimestrais de coleta, onde foram descritas

85 colunas estratigráficas, das quais 3.715 peças foram coletadas e enviadas à Instituição de Salvaguarda, o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA).

O DNPM se manifestou, no Ofício nº 52/DIFIS-2015, pela preservação de dois sítios paleontológicos. Trata-se de sítios localizados no antigo paiol (ponto C7P4) e na oficina de máquinas pesadas (ponto C2P4) do canteiro de obras do Sítio Belo Monte, não inundados. As áreas foram delimitadas para a preservação do pacote rochoso e conservação do conjunto fossilífero.

No decorrer do programa foram realizados vários eventos de educação patrimonial com a comunidade local e funcionários da obra, para divulgar o patrimônio paleontológico existente na região. Nos eventos, os participantes foram orientados sobre os procedimentos e medidas a serem tomadas, caso eles mesmos identificassem fósseis dentro e fora da obra, e sobre a importância da notificação urgente das áreas que contenham registros fossilíferos.

Os Cursos para a comunidade local foram ministrados na UFPA. Uma pequena coleção didática, composta por fósseis abundantes e duplicados no acervo, foi doada para o curso de Ciências Biológicas da UFPA, Campus de Altamira.

Durante a inspeção realizada no Sítio Belo Monte para a 14º Missão de Monitoramento, foi possível verificar que os sítios permanecem identificados dentro da propriedade da usina, junto à oficina mecânica e ao antigo paiol de explosivos, ambos de responsabilidade do CCBM. Foi observado que as áreas estão delimitadas com estacas de madeira (identificadas como referentes aos sítios paleontológicos), identificados com placas específicas e permanecem preservadas de possíveis ameaças, especialmente movimentação de solo. Foi informado, na reunião realizada com a equipe de NE, que a recomendação para averbação das áreas dos sítios na matricula do imóvel foi enviado para a avaliação e providencias da área de assuntos fundiários da concessionária.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 10. Plano de Acompanhamento Geológico/Geotécnico e de Recursos minerais 10.1. Programa de Monitoramento da Sismicidade

Progresso reportado pela NE: Segundo reportado no 10º RC, até o final de maio de 2016, foram realizadas 52 campanhas mensais de

monitoramento da Sismicidade, de um total de 80, o que corresponde a 65% desta atividade realizada. No 1º semestre de 2016, entre dezembro de 2015 a maio de 2016, foram registrados 505 eventos, distribuídos nas seguintes categorias 13 eventos locais artificiais, 267 eventos regionais artificiais, 12 eventos regionais naturais e 213 telessismos.

No período foram realizadas as atividades previstas de monitoramento da sismicidade nas 3 estações instaladas (BMO1, BM02 e ATM01), com a transmissão de dados, via satélite, para o Observatório Sismológico da UNB.

Apesar da diminuição significativa de detonações de rocha realizadas pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) no período monitorado, procedeu-se à continuidade do fornecimento das planilhas dos planos de fogo executados nas atividades de escavação ainda existentes no empreendimento para o Observatório Sismológico..

O atual monitoramento caracteriza uma nova etapa do PBA 10.1, abrangendo a fase pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte, onde sismos induzidos na região de influência do empreendimento podem ocorrer. Caso ocorra algum sismo induzido na região monitorada que seja sentido pela população urbana e/ou ribeirinha, a Norte Energia, prontamente efetuará campanhas de esclarecimentos junto a essas comunidades, conforme preconizado no PBA 10.1. Entretanto, caso a população demonstre ter dúvidas sobre esses processos, a qualquer tempo os devidos esclarecimentos também serão prestados.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016. 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: As atividades do presente programa estão dentro do prazo, em conformidade com o proposto no PBA. Estão sendo cumpridos os objetivos e metas definidos no PBA. Avaliação de resultados: Segundo os resultados consolidados do Programa para o período de dezembro de 2015 a maio de 2016,

apresentados no 10º RC, foi registrado pela Rede Sismográfica de Belo Monte um total de entre dezembro de 2015 a maio de 2016, foram registrados 505 eventos, distribuídos nas seguintes categorias 13 eventos locais artificiais, 267 eventos regionais artificiais, 12 eventos regionais naturais e 213 telessismos.

Conforme já esperado, a porcentagem dos eventos locais artificiais caiu como término das detonações oriundas das obras de escavação. No período de dezembro de 2015 a maio de 2016 foram diagnósticos 42% das ocorrências como eventos locais artificiais, sendo que para o período de fevereiro de 2102 a maio de 2016 este tipo de evento representa 78% do total.

Com o enchimento dos reservatórios do Xingu e Intermediário, será possível realizar avaliações e análises comparativas que poderão indicar o surgimento ou não de sismos induzidos e naturais na região de influência do empreendimento.

Atenção especial continuará a ser dada na questão da transmissão de dados via satélite para o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que estava apresentando problemas de transmissão. O plano de ação estabelecido e implantado no segundo semestre de 2014 continuará a ser desenvolvido com reuniões periódicas entre todas as equipes envolvidas no Programa, assim como as visitas de campo nas estações.

As visitas periódicas nas três estações sismológicas instaladas continuam e continuarão a ser realizadas, objetivando garantir in loco a integridade física e a manutenção e operação dos seus equipamentos.

As atividades de esclarecimento à população, conforme foi definido no 6º RC, ocorrerá somente em caso de eventos sísmicos induzidos perceptíveis pela população que possam aparecer durante a etapa de operação da UHE, quando os dois reservatórios estabelecidos já estarão formados e poderão ser catalisadores do aparecimento dos referidos sismos.

Ressalta-se que esta atividade se estenderá até o final do terceiro trimestre de 2018 (setembro/18). A partir de outubro de 2018 terá continuidade o monitoramento e acompanhamento da sismicidade da região de influência do empreendimento, considerando apenas a operação completa da própria usina, que se prolongará até junho de 2021.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 10.2. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias

Progresso reportado pela NE: No 9º RC foi informado que as atividades que compõem este Programa foram realizadas com periodicidade

mensal, sendo que a maior parte foi concluída em dezembro de 2015, com atendimento aos respectivos objetivos e metas preconizados no PBA. Entretanto, em função da necessidade de extensão da atividade de transformação do bloqueio provisório da poligonal do empreendimento em definitivo, seu cronograma foi estendido para o final do primeiro trimestre de 2016, não ocorrendo, portanto, sua conclusão em dezembro de 2015. Segundo a NE, a legislação pertinente, mais especificamente o Parecer PROGE nº 500, não estabelece prazos para a realização de tal atividade, permitindo que a mesma seja definida e realizada pelo próprio empreendedor de acordo com suas especificidades, sem apresentar qualquer prejuízo para o cronograma dos demais projetos.

No 13º RSAP foi informada a elaboração de uma nova versão do mapa do bloqueio definitivo, contemplando os projetos ambientais para apresentação ao DNPM, do Relatório Técnico (RT_SFB_Nº017_BLOQUEIO PROVISÓRIO EM DEFINITIVO_290316) visando ao requerimento do Bloqueio Definitivo e da Tabela dos Processos Minerários com Possibilidade de Acordo Indenizatório.

Em 31/03/2016, a Norte Energia protocolizou junto ao DNPM, o requerimento da poligonal de bloqueio definitivo estabelecida para a UHE Belo Monte, em formato final de mapa.

Conforme consta no 10º RC, no decorrer do primeiro semestre de 2016 não foram registrados novos requerimentos refletindo a indisponibilidade de novas áreas para tal, tendo em vista que todo o entorno dos sítios construtivos ainda existentes já é objeto de processos minerários anteriores. Conforme já informado em relatórios anteriores, a atual vigência do bloqueio, embora ainda de forma provisória (o DNPM ainda não se pronunciou favoravelmente à poligonal de bloqueio definitivo protocolizada) não deveria impedir a protocolização de novos requerimentos. Entretanto, a superintendência do DNPM em Belém vem adotando procedimento diferente daquele previsto na legislação pertinente, em especial o Parecer PROGE nº 500/2008, com o indeferimento de plano de requerimentos que interferem com a atual poligonal de bloqueio provisório. Ratificando informações já constantes do 9º RC (janeiro de 2016), dos processos considerados, atualmente apenas 19 (dezenove) representam títulos minerários aptos à extração mineral, sendo 15 (quinze) sob o regime de Licenciamento e quatro referentes à Permissão de Lavra Garimpeira. Desses, os que apresentam atividade atualmente são, em maioria, os de licenciamento e se referem à extração de areia e cascalho em áreas situadas no leito do rio Xingu próximo à cidade de Altamira e situadas no interior da área de recorte promovida.

A Norte Energia tem participado de reuniões específicas, tanto na sede do DNPM em Brasília (DF) quanto na superintendência em Belém, com o objetivo de tentar agilizar junto à procuradoria jurídica do órgão a análise e o julgamento de recursos apresentados pelos titulares de alguns processos que fazem parte da Tabela dos Processos Minerários com Possibilidade de Acordo Indenizatório, com ênfase para os Processos DNPM: 851.166/2008, 850.219/2011, 850.220/2011 e 850.836/2010. No que diz respeito aos dois processos indenizatórios em que a Norte Energia é objeto de ação judicial, sendo um promovido pela Cooperativa dos Garimpeiros do Xingu e outro pela Associação dos Areeiros do Rio Xingu (ASSARRIXI), correspondendo, respectivamente, aos processos minerários DNPM: 850.356/2009 e 850.364/2009. Estes processos vêm sendo acompanhados por escritórios de advocacia especializados contratados pela Norte Energia e, de acordo com as informações obtidas junto aos advogados que trabalham na causa, a audiência de instrução e julgamento relativa ao segundo processo está marcada para o dia 05/10/2016. Quanto ao primeiro processo, até a data de fechamento do presente relatório não foi possível uma atualização, uma vez que, por ocasião da campanha de campo realizada junto à Superintendência em Belém, o referido processo encontrava-se de posse da Polícia Federal.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016; 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da NE durante a Missão. Análise de conformidade: O Projeto de Acompanhamento dos Direitos Minerários continua se desenvolvendo com suas atividades sendo

cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam, de alguma forma, causar o comprometimento ao seu pleno andamento.

O Cronograma das Atividades Previstas foi revisado em relação ao último cronograma encaminhado no conteúdo do 9º RC (janeiro de 2016), em função das atividades inerentes ao presente Projeto 10.2.1 terem sido prolongadas até o final do mês de outubro de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: Desde o início de execução do Projeto até o momento, foram realizadas 57 (cinquenta e sete) campanhas

mensais de acompanhamento (período de outubro de 2011 a junho de 2016) e 60 (sessenta) campanhas mensais de atualização (períodos janeiro a março/2011 e outubro de 2011 a dezembro de 2015) dos processos minerários. Ressalta-se que a atividade de atualização, que estava inicialmente prevista para ser concluída em dezembro de 2014, foi prolongada para ser finalizada em dezembro de 2015, devido à alteração da data de enchimento do Reservatório do Xingu e, posteriormente, para outubro de 2016, pelos motivos expostos no item introdutório deste RC. Portanto, no contexto desta atividade de atualização, foram acrescentadas mais 22 (vinte e duas) campanhas mensais, ou seja, o total inicial de 42 (quarenta e duas) foi atualizado para 64 (sessenta e quatro) campanhas.

Em 31/03/2016, a Norte Energia protocolizou junto ao DNPM, o requerimento da poligonal de bloqueio definitivo estabelecida para a UHE Belo Monte, em formato final de mapa.

Visando a possibilitar um melhor acompanhamento e planejamento, foi elaborado um quadro que vem sendo atualizado conforme novos eventos são registrados. Contempla os principais dados dos processos com possibilidade de demandas no curto prazo por acordos indenizatórios, além de uma análise sucinta da atual situação e possíveis desdobramentos, o que permitirá à Norte Energia tomar decisões de acordo com a evolução do cenário. Esta ação está inserida na atividade de realização de acordos indenizatórios junto aos titulares dos processos minerários.

A conclusão do presente programa havia sido proposta para o final do primeiro trimestre de 2016, em função do prolongamento da execução das atividades de transformação do bloqueio provisório em definitivo da poligonal da área de influência da UHE Belo Monte, o que já foi feito, e da realização dos possíveis acordos indenizatórios. O Cronograma das Atividades Previstas foi revisado em relação ao último cronograma encaminhado no conteúdo do 9º RC (janeiro de 2016), em função das atividades inerentes ao presente Projeto 10.2.1 terem sido prolongadas até o final do mês de outubro de 2016.

10.3. Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos

Progresso reportado pela NE: Desde o início da execução do Programa até o momento, foram realizadas 19 (dezenove) inspeções trimestrais: três durante o ano de 2012, quatro em 2013, quatro em 2014 e quatro em 2015, na fase anterior ao período de enchimento; duas inspeções mensais durante o período de enchimento (dezembro/2015 e fevereiro/2016) e duas trimestrais em 2016 (janeiro/2016, durante o enchimento; e abril/2016, após o enchimento dos reservatórios e início da operação da UHE Belo Monte). Os dados obtidos na fase de pré-enchimento possibilitaram a caracterização geológico-geotécnica das encostas marginais ao longo dos reservatórios da UHE Belo Monte, bem como dos processos erosivos instalados ou que podem ser potencialmente desenvolvidos. O enchimento do Reservatório do Xingu teve início no final de novembro de 2015, enquanto que o do Reservatório Intermediário iniciou-se em dezembro de 2015, sendo que a formação integral de ambos ocorreu em fevereiro de 2016 (respectivamente, nos dias 01 e 13 de fevereiro). A 17ª, 18ª e 19ª inspeções trimestrais ocorreram, respectivamente, durante os meses de janeiro, fevereiro e abril de 2016. Para cada inspeção trimestral realizada é apresentado o registro fotográfico dospontos monitorados, bem como as coordenadas UTM dos pontos vistoriados e a caracterização geológico-geotécnica. No Reservatório do Xingu, durante os primeiros períodos de enchente e cheia monitorados na fase pós-

enchimento, não foram observadas alterações diferentes dos mesmos períodos monitorados antes do referido enchimento. Durante o segundo semestre deste ano, que caracterizará os primeiros períodos de vazante e seca pós-enchimento (julho e outubro de 2016, respectivamente), verificar-se-á se ocorrerão alterações, tendo em vista que a variação da lâmina de água será menor. Já no Reservatório Intermediário tem-se uma situação nova, considerando-se a formação do lago propriamente dita.

A partir da plena formação dos reservatórios do empreendimento e posterior fase de operação da UHE Belo Monte, iniciou-se uma nova etapa do PBA 10.3, e com a continuidade na execução das inspeções trimestrais estabelecer-se-á uma avaliação das características geológico-geotécnicas das encostas marginais frente a esta nova situação, tanto a montante quanto a jusante dos barramentos de Pimental e de Belo Monte. Alguns aspectos devem ser colocados como questões chaves para a mitigação dos pontuais fenômenos geotécnicos da AID da UHE Belo Monte, ora sob observação, a saber: 1. Existe potencial para o surgimento, a continuação ou o desenvolvimento de processos erosivos (erosão linear, laminar ou generalizada), além de instabilidades localizadas de taludes associados ou não à movimentação de blocos rochosos, em trechos de antigas e novas estradas marginais, ao longo dos reservatórios e no entorno do empreendimento. Nestes casos, os monitoramentos são conduzidos pelos PBAs: Programa de Controle Ambiental Intrínseco (PCAI) (3.1) e PRAD (3.2), além do monitoramento referente ao presente Programa (PBA 10.3). No Anexo 10.3 - 7 são apresentados os pontos que abrangem este contexto; 2. Na área urbana de Altamira, a medida mais apropriada para se ter instrumentos de resposta às questões

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

específicas após o enchimento do reservatório é a continuidade e integração com o monitoramento dos níveis de água subterrânea (Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas - PBA 11.3.1), principalmente nas áreas mais próximas ao Reservatório do Xingu, em sua orla, onde pode ocorrer alguma interferência e onde já foram removidas as edificações presentes na faixa de segurança (cota 100 m). Os próximos períodos de vazante e seca deverão demonstrar se houve alteração no nível freático, após o enchimento, pois serão avaliados se os níveis continuam sofrendo influência da sazonalidade climática ou se irão se manter mais rasos; 3. A continuidade do monitoramento das margens dos reservatórios, especialmente após a fase de enchimento e início de operação da UHE Belo Monte, é importante para avaliar se as variáveis e condicionantes existentes irão sofrer alteração, mudando o estado atual de atenuação (e mitigação em alguns pontos) de eventuais efeitos insalubres de origem geotécnica que são gerados por ação antrópica, de ondas, de queda de blocos, de uso inadequado do terreno (pastagens, gado etc.) – e eventual detecção de novos pontos ou focos de potenciais problemas futuros de instabilização geotécnica. 4. Na região do Reservatório do Xingu e no TVR, bem como a jusante da Casa de Força Principal, no TRV, até a inspeção realizada em abril/2016 não foram observadas alterações em relação ao que foi observado antes do enchimento (exceto alguns taludes que se encontram submersos e durante os próximos períodos de seca será confirmada a situação, que assim deve permanecer). A região do Reservatório Intermediário apresenta uma nova situação. Com sua formação e com os pontos cadastrados para monitoramento está em análise a nova realidade geotécnica de suas encostas marginais formadas (os dados de abril/2016 serão comparados àqueles das próximas inspeções a serem realizadas durante o período de vazante e de seca, para se verificar se haverá alguma alteração nos diferentes períodos pós-enchimento), bem como estão em monitoramento pontos com atividades em execução referentes ao PRAD.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016. 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: O andamento do programa encontra-se de acordo com o proposto no PBA, sendo ajustado segundo as necessidades e justificativas técnicas. Avaliação de resultados: Conforme estabelecido nas metas do PBA, os dados obtidos na fase pré-enchimento durante a execução das 15

(quinze) campanhas trimestrais, possibilitaram a caracterização geológico-geotécnica das encostas marginais ao longo dos reservatórios, bem como dos processos erosivos instalados ou que podem ser potencialmente desenvolvidos. Posteriormente ao enchimento do reservatório a programação de inspeções foi continuada tendo sido realizadas mais 4 campanhas mensais.

A partir das investigações geológico-geotécnicas foi confeccionado o mapa geológico-geotécnico da AID da UHE Belo Monte, que é atualizado periodicamente a partir dos resultados obtidos durante as campanhas (inspeções) trimestrais, com a possível inserção ou remoção de pontos de monitoramento de acordo com o desenvolvimento do Programa.

Os resultados obtidos e consolidados até abril de 2016 expressam ausência de processos instabilizatórios significativos nos pontos monitorados, ou seja, as condições estão razoavelmente estáveis e/ou pouco alteradas sob o ponto de vista geotécnico e de suscetibilidade ao aparecimento de fenômenos degradatórios de erodibilidade, falta de estabilidade ou de deslizamento superficial ou profundo de origem geotécnica (rolamento de blocos, solifluxão, deslizamento de camadas de terra e fenômenos associados). Também é importante destacar que a capacidade de resiliência do meio ambiente na região estudada é elevada e em grande parte decorrente do tipo de solo e regime de chuvas que controla a rápida instalação da vegetação.

Permanecerão em desenvolvimento atividades técnicas de campo, dentre as quais se destacam as inspeções trimestrais periódicas, que estão previstas e estabelecidas até o quarto trimestre de 2017, conforme cronograma.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 10.4. Programa de Controle da Estanqueidade dos Reservatórios

Progresso reportado pela NE: As atividades executadas no primeiro semestre de 2016 tiveram como objetivo principal o contínuo

atendimento do item 2c do Ofício 02001.000868/2014-39- CGENE/IBAMA, datado de 31/01/2014, que estabelece a manutenção das atividades de monitoramento, após a implantação dos reservatórios, e caso algum processo de fuga de água, não previsto, seja constatado, devem ser implementadas medidas de controle para mitigação de eventuais impactos negativos.

No contexto do Programa de Controle da Estanqueidade dos Reservatórios, as atividades desenvolvidas durante

o primeiro semestre de 2016 se basearam na realização de atividades contínuas de integração entre as equipes técnicas de meio ambiente da Leme Engenharia e da Norte Energia e de engenharia da Norte Energia, sendo esta última responsável pelo monitoramento dos Diques situados ao longo das margens do Reservatório Intermediário, principalmente daqueles assentes em rochas areníticas (região do Graben do Macacão), notoriamente mais permeáveis e suscetíveis ao aparecimento de processos de fuga de água.

Foi realizada junto à equipe técnica responsável pela execução do Programa de Monitoramento da Estabilidade

das Encostas Marginais e Processos Erosivos (PBA 10.3) para avaliação do surgimento de possíveis processos erosivos e/ou instabilizatórios de qualquer natureza nas estruturas de terra (Diques ou Barragens) e/ou nas próprias barreiras naturais, relacionados a problemas de fuga de água. No primeiro semestre de 2016, foram realizadas três inspeções de campo (meses de janeiro, fevereiro e abril) no âmbito do referido PBA 10.3, sendo que em nenhuma delas foi observado qualquer tipo de anomalia relacionada ao aparecimento de processos de fuga de água ao longo do Reservatório Intermediário, principalmente no domínio das rochas areníticas da região em estudo.

A partir da formação do Reservatório Intermediário, concluída na data de 13/02/2016, tiveram início

efetivamente as atividades de monitoramento das barragens e diques construídos ao longo de suas margens, por meio de equipamentos de instrumentação (marcos superficiais, medidores de vazão, marcos fixos, piezômetros elétricos, piezômetros de tubo aberto, placas de recalque magnéticas, medidores triortogonais, entre outros) instalados. Ressalta-se, ainda, que a formação do Reservatório do Xingu, finalizado em 01/12/2015, também implicou na necessidade de implantação de equipamentos de instrumentação em todas as estruturas que compõem a UHE Belo Monte, como por exemplo: suas estruturas de concreto (casas de força, vertedouros, galerias de drenagem, entre outros) e outras estruturas de terra (barragens). Com vistas à segurança das barragens foi projetado um conjunto de equipamentos de instrumentação para todas as estruturas que compõem a UHE Belo Monte, o qual contempla 1957 instrumentos, incluindo piezômetros, termômetros, medidores de vazão, medidores de nível de água, inclinômetros e outros. No 10º RC foi relatada a instalação de 1898 instrumentos, ou seja, 97% do previsto; os equipamentos faltantes ainda serão instalados.

O setor de engenharia atua continuamente, após a formação dos reservatórios, com inspeções rotineiras de

campo objetivando à avaliação e verificação das condições geológico-geotécnicas, tanto das estruturas construídas, quanto das barreiras naturais existentes ao longo do ReservatórioIntermediário (garantia das condições de segurança e conservação das estruturas), com observações de campo e coleta e análise das leituras em instrumentos.

Os resultados obtidos de instrumentação, até o presente momento, não evidenciaram situações que possam

causar preocupações referentes, entre outros, aos aspectos de estanqueidade das estruturas, e, consequentemente, em relação ao aparecimento de processos de fuga de água.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016. 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: Segundo a NE, a conclusão deste programa justifica-se pelo fato de que o atendimento da recomendação feita

pelo próprio IBAMA, relacionada a: “Manter as atividades de monitoramento após a implantação dos reservatórios e caso algum processo de fuga de água se instale na região, medidas de controle deverão ser

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

adotadas para mitigar os eventuais impactos negativos.” (item “c” do Ofício 02001.000868/2014-39-CGENE/IBAMA, datado de 31/01/2014), será plenamente atendida pelo Plano de Segurança de Barragens e também a partir das informações de campo provenientes das campanhas trimestrais do Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos (10.3). No 10º RC a NE considera que poderá ser acionada pelo IBAMA, a qualquer momento, para apresentar o detalhamento das informações obtidas como parte do Plano de Segurança de Barragens. O entendimento apresentado pela NE é coerente com a linha adotada pela concessionária desde o inicio da implantação do programa, e parece ser razoável considerar que a preocupação da influência das cavidades na questão da estanqueidade do reservatório foi atendida. Por outro lado, o acompanhamento da estabilidade das barragens, bem como das fugas de água, é uma preocupação das equipes de engenharia durante toda a vida útil do empreendimento e foi tratada no Plano de Segurança de Barragens.

Avaliação de resultados: As novas recomendações apresentadas pelo IBAMA no Ofício 02001.000868/2014-39 CGENE/IBAMA,

estabelecem que o foco principal do Programa deve enfatizar a possibilidade do surgimento de problemas de estanqueidade, a partir das fundações, tanto em rocha quanto em solo, das estruturas civis implantadas, principalmente aquelas referentes aos diques construídos na região do Graben do Macacão (atual Espigão de Arenito). Tais premissas estão estreitamente relacionadas aos projetos de engenharia previstos para o empreendimento.

Segundo a NE, as atividades se desenvolveram conforme estabelecido no cronograma do Programa, com o monitoramento contínuo das estruturas (diques) ao longo do Reservatório Intermediário pelo setor de engenharia da Norte Energia, principalmente na região do Espigão de Arenito, ocorrendo normalmente por meio da instrumentação instalada. As atividades estabelecidas neste Programa têm se desenvolvido em atendimento às suas metas e aos objetivos preconizados.

Por fim, consideramos que o entendimento apresentado pela NE é coerente com a linha adotada pela concessionária desde o inicio da implantação do programa, e parece ser razoável considerar que a preocupação da influência das cavidades na questão da estanqueidade do reservatório foi atendida. O acompanhamento da estabilidade das barragens, bem como das fugas de água, é uma preocupação das equipes de engenharia durante toda a vida útil do empreendimento e foi tratada no Plano de Segurança de Barragens.

11. Plano de Gestão dos Recursos Hídricos 11.1. Programa de Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico

Progresso reportado pela NE: O Programa é dividido em três subprogramas ou projetos: 11.1.1 Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico O Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico prossegue, cumprindo seu objetivo de acompanhar a

evolução da deposição e o aporte de descargas sólidas ao reservatório da UHE Belo Monte. No rio Xingu, o monitoramento vem sendo feito a montante do remanso do Reservatório do Xingu, na região do Trecho de Vazão Reduzida (TVR) e no trecho a jusante da Casa de Força Principal. Também estão sendo monitorados os igarapés de Altamira e o rio Bacajá. Para atendimento aos objetivos propostos no PBA, 11 (onze) estações fluviossedimentométricas para medição das descargas sólidas e líquidas estão em operação.

Adicionalmente, este Projeto também estabelece a execução de levantamentos topobatimétricos no rio Xingu, a jusante da Casa de Força Principal e nos igarapés de Altamira.

No período prosseguiram as análises granulométricas do material coletado no leito do rio Xingu, nos igarapés Altamira, Panelas, Cupiúba e Cipó Ambé, e no leito do rio Bacajá.

As campanhas hidrossedimentométricas realizadas nas estações Fazenda Cipaúba e Mrotdjãm ocorrem com frequência trimestral. No 10º RC foram apresentados resultados até maio/2016.

No 10º RC foram apresentados os laudos de Granulometria de Sedimentos do Leito relativos aos meses de novembro/2015 a abril/2016.

A estação Altamira, que estava localizada no Reservatório do Xingu, na orla da cidade de Altamira foi desativada em janeiro/2016, tendo em vista o enchimento do Reservatório do Xingu e a influência do remanso.

Conforme cronograma do Projeto, o monitoramento hidrossedimentológico continuará se desenvolvendo até o segundo trimestre de 2017 por meio da rede hidrossedimentométrica instalada (11 estações fluviossedimentométricas).

O próximo e último levantamento tobatimétrico nos igarapés de Altamira será realizado no primeiro trimestre de 2017, um ano após o término do enchimento.

No rio Xingu, a jusante da Casa de Força Principal, os levantamentos têm periodicidade a cada cinco anos. Portanto, o próximo e último levantamento está previsto para ser realizado no segundo trimestre de 2017.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 11.1.2 Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões O 10º RC apresentou os resultados das campanhas de campo realizadas no período de novembro/2015 a

abril/2016 para monitoramento dos níveis de água e das vazões na região dos igarapés de Altamira, no futuro Reservatório do Xingu, no TVR e região a jusante da Casa de Força Principal (região do Tabuleiro do Embaubal), nas 12 (doze) estações fluviométricas e três estações pluviométricas instaladas na região, conforme previsto no PBA.

Foi feita a análise dos dados recebidos das estações hidrométricas e dada continuidade à avaliação e consolidação mensal dos dados de vazão, nível d’água, e chuva obtidos no MITSAT, INTRANET e por meio de leituristas.

Conforme previsto no PBA, a partir do enchimento dos reservatórios, a estação UHE Belo Monte Montante passa a ser a estação de referência para a vazão afluente à UHE Belo Monte.

A estação de Altamira apresenta histórico consolidado de dados hidrológicos e tem sido uma fonte principal de informações até o início do enchimento do reservatório do Xingu. Com a formação do reservatório do Xingu, os níveis de água registrados na estação Altamira não podem mais ser associados às vazões da curva-chave da estação, devido aos efeitos do remanso.

Para as estações que sofrem influência de remanso ou que estão no TVR, as relações cota x vazão foram ajustadas, considerando-se o período desde o início do monitoramento até novembro/2015, quando iniciou o enchimento do reservatório do Xingu.

As estações de monitoramento de nível e vazão nas estações UHE Belo Monte Igarapé Altamira e UHE Belo Monte Igarapé Panelas foram realocadas para montante, para pontos no mesmo igarapé, em decorrência da influência do remanso após o enchimento do reservatório do Xingu.

Todas as atividades de monitoramento terão continuidade até o segundo ano após o enchimento dos reservatórios. Após isso, o levantamento de dados de níveis e vazões continuará sendo executado como uma atividade de rotina da operação da usina, regidos pelos termos da Resolução Conjunta ANEEL/ANA nº 3/2010, o que incluiu o monitoramento limnimétrico dos reservatórios junto ao corpo das barragens (Casa de Força Principal e Casa de Força Complementar).

11.1.3 Projeto de Monitoramento de Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR O presente Projeto realiza três tipos de monitoramento: um permanente, outro sazonalmente e um terceiro que

corresponde a reavaliações periódicas das variáveis de monitoramento, complementada pela simulação matemática do TVR.

Monitoramento permanente: No período foi dada continuidade ao levantamento da calha fluvial do rio Xingu, que consiste na

medição trimestral de descarga líquida, com utilização de medidores acústicos de efeito Doppler (ADCP- Acoustic Doppler Current Profiler), o que permite o monitoramento, além da vazão, dos parâmetros geométricos, tais como velocidade média, largura média e profundidade média nas seções. Já foram realizadas 17 campanhas, sendo as últimas de fevereiro/2016 e abril/2016.

Deu-se continuidade também ao levantamento do perfil da linha de água do rio Xingu – TVR, que é realizado desde janeiro de 2012. O levantamento do perfil da linha de água do rio Xingu no TVR consiste em campanhas mensais de medições de nível o mais simultâneas possível em sete seções (1, 2, 3, 4, 6, 7 e Neris), coincidentes com as seções batimétricas do levantamento da calha fluvial.

O levantamento do perfil da linha de água nas seções do rio Bacajá também prosseguiu, em campanhas mensais de medições simultâneas de nível nas seções (Bacajá 1, Bacajá 2, Bacajá 3, Bacajá 4, Bacajá 5, Bacajá E e Bacajá F).

No período também foi reportado o levantamento contínuo do nível de água na Estação Mangueiras, o qual faz parte da malha amostral prevista no Projeto 11.1.2.

A medição da vazão afluente ao TVR consiste em campanhas mensais, por meio de levantamento por ADCP, nas estações Mangueiras e Foz do Bacajá.

Foram apresentados os resultados da coleta de sedimentos que vem sendo feita com frequência mensal nas estações UHE Belo Monte Mangueiras e UHE Belo Monte Foz do Bacajá, e com frequência trimestral nas estações Mrotidjãm e Fazenda Cipaúba.

No período prosseguiram também as medições das vazões afluentes ao TVR, na UHE Belo Monte Mangueiras e nas estações Fazenda Cipaúba e Foz do Bacajá.

Monitoramento sazonal: Levantamento da calha fluvial do Rio Bacajá. De 2011 a outubro/2014 foram realizadas as 4 etapas

da primeira fase desse monitoramento, antes da operação a UHE. Após a operação da UHE Belo Monte em plena carga, no período de 2020 a 2025, está prevista a segunda fase dos levantamentos topobatimétricos, com frequência anual.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Medição da largura e profundidade em trechos críticos para a navegação. Atividade dividida em duas fases distintas, antes e após o enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte. A primeira fase já está concluída, com cinco levantamentos realizados entre outubro/2012 e outubro/2015. A segunda fase desta atividade corresponde ao período pós-enchimento dos reservatórios, que será realizado com frequência anual, sempre no período de estiagem que corresponde à vazão mínima do Hidrograma Ecológico de Consenso, até 2024, ou seja, até seis anos após a operação a plena carga.

Vistoria multidisciplinar no TVR. Concomitantemente às atividades de levantamento dos níveis críticos de navegação, são realizadas, desde novembro de 2011, vistorias multidisciplinares no TVR. Esta atividade é dividida em duas fases distintas. A primeira fase, composta por seis etapas, foi concluída, com etapas realizadas entre novembro/2011 e maio/2014. A segunda fase prevê vistorias multidisciplinares com início logo após o enchimento do reservatório, no período de seca (condição mais crítica para a navegação). Com periodicidade anual, essas vistorias serão realizadas todo mês de outubro, até 2024.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14º RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016; 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016; Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: O Projeto 11.1.1, por meio da rede hidrometrométrica implantada composta por 11 (onze) estações localizadas

no rio Xingu (trecho a montante do reservatório, TVR e TRV), igarapés de Altamira e rio Bacajá, vêm se desenvolvendo regularmente e em atendimento aos objetivos propostos, tanto para a etapa anterior, quanto posterior à formação do reservatório.

As campanhas para a medição de descarga líquida e sólida previstas inicialmente no Projeto 11.1.1 para serem iniciadas em outubro/2011, tiveram início um ano antes do programado para a maior parte das estações e vêm sendo cumpridas as metas estabelecidas.

A avaliação da questão hidrossedimentológica na região de jusante (TRV) e todo o escopo das atividades previstas no “Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico na região dos Bancos de Areia - Ria do Xingu” estava sendo conduzida no âmbito do Programa de Ecologia e Manejo de Quelônios (13.5) até o 7º RC. No entanto, em cumprimento ao PT nº 3622/2015 do IBAMA, os dados relativos ao monitoramento hidrossedimentológico na região do Tabuleiro do Embaubal voltam a ser apresentados no âmbito do projeto 11.1. Conforme recomendado também pelo Parecer 3622/2015, as equipes dos Programas de Monitoramento Hidrossedimentológico e de Ecologia e Manejo de Quelônios intensificaram a frequência de reuniões de interação para a avaliação e correlação dos dados hidrossedimentológico obtidos pelo monitoramento em execução com eventuais impactos sobre a população de quelônios na região do Tabuleiro do Embaubal.

O Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões (Projeto 11.1.2) vem se desenvolvendo conforme previsto no cronograma, com suas atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam causar o comprometimento ao seu pleno andamento e atendimento aos objetivos.

Em atendimento à Resolução Conjunta ANEEL/ANA n° 3/2010, foram instaladas réguas limnimétricas instaladas junto às estruturas de montante e de jusante da Barragem da Casa de Força Complementar, em Pimental, em 28/07/2015, e da Barragem da Casa de Força Principal, no sítio Belo Monte, em 15/04/2016. Os prazos para início da operação das réguas junto às estruturas das barragens atendem ao recomendado pelo item 2.10.1.2 Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões do Parecer Técnico 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA - Análise do Relatório Final Consolidado e do requerimento de Licença de Operação, encaminhado pelo OF 02001.010573/2015-51 DILIC/IBAMA em 22/09/15.

De uma forma geral, o Projeto de Monitoramento da Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR (Projeto 11.1.3) vem se desenvolvendo normalmente, conforme as diretrizes estabelecidas pelo PBA, estando dentro dos prazos previstos em seu cronograma.

Especificamente para a atividade de Levantamento da Calha Fluvial do rio Xingu no TVR, solicita-se avaliação do IBAMA quanto à proposta de alteração da periodicidade dos levantamentos realizados trimestralmente por meio de ADCP desde março/2012, e cujos objetivos específicos não serão alterados em decorrência da mudança para campanhas semestrais.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: 11.1.1 Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico Em relação aos resultados das análises granulométricas do material coletado no leito do rio Xingu, nos igarapés

Altamira, Panelas, Cupiúba e Cipó Ambé, e no leito do rio Bacajá, os resultados foram separados em dois períodos distintos: (1) período anterior ao enchimento dos reservatórios e (2) período de enchimento (24/11/2015 a 13/02/2016) e pós-enchimento dos reservatórios (até abril/2016).

No período de janeiro/2013 a novembro/2015 (período anterior ao enchimento dos reservatórios), foi observada uma marcante uniformidade nos diâmetros dos grãos. Para o período de enchimento e pós-enchimento, os dados das campanhas realizadas entre dezembro/2015 e abril/2016, em análise preliminar, mostraram que o valor de diâmetro médio (D50) manteve-se em relação ao período anterior ao enchimento dos reservatórios.

O monitoramento realizado após a formação dos reservatórios, devido ao curto prazo, ainda não permite uma análise comparativa entre os dados dos períodos (pré e pósenchimento), o que será realizado, de forma definitiva, com base na compilação de dados de dois anos após o enchimento dos reservatórios, conforme previsto no cronograma deste Programa.

Quanto aos levantamentos topobatimétricos dos igarapés de Altamira, já foram realizados quatro levantamentos. O primeiro em junho/2011, o segundo em dezembro/2012, o terceiro em novembro/2015 e o quarto em maio/2016, este último o primeiro levantamento posterior ao enchimento dos reservatórios e após as obras de remanejamento da população e retificação dos igarapés de Altamira. Em 2017 haverá um novo monitoramento.

11.1.2 Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões Em relação ao ajuste de curvas chave - Rio Bacajá, os resultados mostraram que, de uma forma geral, as

curvas-chave consolidadas das estações monitoradas no rio Bacajá possuem coeficientes de determinação (R²) bem próximos de 1 (um), que indicam ajustes de correlação adequados entre os valores observados de cota e vazão. Já o monitoramento de níveis nas estações do Rio Bacajá, as medições mostraram uma considerável variabilidade natural do regime do rio Bacajá com reflexo nas cotas diárias, sobretudo na cheia.

No período de monitoramento desde 2012 até abril de 2016, a maior e menor cota diária média (m) medida nas três estações foram: Estação Mrotidjãm – 138,46 m e 131,75 m; Estação fazenda Cipaúba: 85,0 m e 78,21 m; e Estação UHE BM Foz do Bacajá: 79,2 m e 73,26 m.

O 10º RC apresentou curvas-chave atualizadas das estações do rio Xingu, a saber: o Estação UHE Belo Monte Montante, localizada a montante da área de influência do remanso do

Reservatório do Xingu; o Estação UHE Belo Monte Mangueiras, localizada na margem direita do rio Xingu, no TVR, logo a

jusante da Barragem Principal (Pimental); o Estação Ilha da Fazenda, também está localizada no TVR, a jusante do eixo da Barragem Principal

(Pimental) e da estação UHE Belo Monte Mangueiras, na ilha que deu nome à estação, em frente à localidade denominada de Ressaca;

o Estação UHE Belo Monte Jusante (Tartarugas) está localizada no rio Xingu, cerca de 28 km a jusante da Casa de Força Principal do sítio Belo Monte, e cerca de 10 km a montante da confluência com o igarapé Tucuruí na cidade de Vitória do Xingu

Para essas mesmas estações foram apresentadas as evoluções diárias de cotas altimétricas para dois períodos de monitoramento: (1) pré-enchimento (outubro/2010 a novembro/2015) e (2) enchimento e pós enchimento (24/11/2015 a 30/04/2016). Isso inclui dados das distribuições médias diárias de cotas máximas, médias e mínimas em conjunto com o erro padrão em torno das cotas médias para esses períodos.

As estações UHE Belo Monte Montante e Mangueiras apresentaram uma distribuição similar, com curvas suaves e poucos picos. A maior dispersão é relativa às medições no período de cheia.

Analogamente, o comportamento limnimétrico da estação Ilha da Fazenda apresentou variações suaves, com pico de cheias em março/abril e menores níveis em outubro.

Na estação UHE Belo Monte Jusante, a amplitude máxima no período de maio/2015 a abril/2016 foi de 3,65 m. Foi observada grande variação nos níveis medidos em curto espaço de tempo, especialmente para o período de abril a dezembro, efeito da influência dos níveis do rio Amazonas.

O monitoramento da estação Altamira, desde o início do Projeto, registrou a maior cota diária média de 98,64 m (em 16 e 17/03/2014) e a menor de 92,74 m (de 12 a 18 de outubro/2010). Durante o período de enchimento dos reservatórios (23 de novembro/2015 a 13 de fevereiro/2016), a cota nesta estação variou de 93,01 m até a cota nominal de operação da UHE Belo Monte de 97,00 m.

Os registros de precipitação mensal para os meses de março e abril de 2016 superam a média histórica. Entretanto, a vazão média mensal do rio Xingu nos meses de março/abril de 2016 não acompanharam a alta da precipitação. Esses dados exemplificam o fato de que as vazões no rio Xingu, em Altamira, serem resultantes

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

não só do volume de precipitação direta na região do entorno da UHE Belo Monte, mas refletirem toda a condição do balanço hídrico da bacia do rio Xingu a montante do empreendimento.

O 10º RC apresentou as curvas-chave ajustadas para as estações localizadas nos igarapés no entorno de Altamira: igarapés Altamira, Ambé (Cipó Ambé e Cupiúba) e Panelas. Além disso, para essas estações foram apresentadas as evoluções diárias de cotas altimétricas para dois períodos de monitoramento - (1) pré-enchimento e (2) enchimento e pós enchimento (24/11/2015 a 30/04/2016), além da distribuição média diária de cotas máximas, médias e mínimas em conjunto com o erro padrão em torno das cotas médias.

No período de monitoramento desde 2010 até abril de 2016, a maior e menor cota diária média (m) medida nas estações instaladas nos igarapés de Altamira foram: Estação UHE Belo Monte Igarapé Panelas – 98,82 m e 94,87 m; Estação UHE Belo Monte Igarapé Altamira: 98,87 m e 96,14 m; Estação UHE Belo Monte Igarapé Cupiúba: 102,05 m e 100,66 m; e Estação UHE Belo Monte Igarapé Ambé: 103,61 m e 101,62 m.

De uma maneira geral, foram estabelecidas boas relações cota x vazão, com aderência satisfatória das curvas-chave aos dados medidos.

11.1.3 Projeto de Monitoramento de Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR Segundo o 10º RC, após quatro ciclos hidrológicos de monitoramento da calha na região do TVR, no rio Xingu,

observa-se a variação das principais características geométricas relacionadas ao escoamento acompanhando a sazonalidade do rio, com os maiores valores de vazão no mês de março e as menores vazões nos meses de setembro e outubro.

O monitoramento também permite identificar, entre as seções, aquelas que apresentam as maiores e as menores variações de largura do canal, e acompanhar em que seções ocorrem as maiores variações entre as máximas e mínimas vazões. Nesse período foi possível acompanhar essas informações para os períodos de pré-enchimento, enchimento (novembro/2015 – fevereiro/2016) e pós-enchimento (até abril/2016).

O 10º RC incluiu os resultados do levantamento dos perfis da linha de água nas seções do TVR (margem direita e margem esquerda) do rio Xingu e nas seções do rio Bacajá, organizados por ano, além dos valores dos níveis medidos nas campanhas já realizadas, com a indicação da variação máxima e mínima em cada seção de medição, no período de janeiro/2013 a abril/2016. Considerando todo o período monitorado, a cheia de março de 2014 manteve-se com os maiores registros de nível de água em todas as seções. Se forem considerados os mínimos registrados para cada mês ao longo de todo o monitoramento, observa-se que os meses de novembro e dezembro de 2015 e janeiro, fevereiro, março e abril de 2016 apresentaram os menores níveis para os meses correspondentes.

O monitoramento das seções no TVR durante o enchimento dos reservatórios, ocorrido entre 24 de novembro de 2015 e 13 de fevereiro de 2016, corresponde a um período de transição entre a condição anterior e posterior à formação do TVR e, portanto, não foi analisado juntamente com os dados até então registrados. A análise comparativa entre os dois períodos será apresentada posteriormente com a continuidade do monitoramento pós-enchimento.

Em relação às medições no rio Bacajá, os menores níveis já registrados ocorreram no último período seco, especialmente em outubro de 2015, não tendo, portanto, relação com o enchimento dos reservatórios e operação da UHE Belo Monte.

Os levantamentos topobatimétricos do rio Bacajá serão realizados anualmente após a operação a plena carga e estender-se-ão por seis anos consecutivos, constituindo o período de teste do Hidrograma Ecológico de Consenso.

O 10º RC apresentou os registros de distribuições diárias de cotas máximas, mínimas e médias na estação UHE Belo Monte Mangueiras, juntamente com a dispersão, como forma de avaliar o comportamento desses parâmetros. Foram apresentados os dados do monitoramento até o início do enchimento dos reservatórios. Para o período de enchimento e pós-enchimento, em que o TVR efetivamente foi estabelecido pela implantação da UHE Belo Monte, a vazão afluente mínima é regida pela adoção do Hidrograma Ecológico de Consenso e desde então controlada pela operação das unidades (geração e controle de vertimento).

Em relação à coleta de sedimentos, os dados do período anterior ao enchimento dos reservatórios mostraram que não houve alteração significativa no diâmetro médio dos grãos nas regiões monitoradas nos rios Xingu (TVR) e Bacajá. Esse resultado já era esperado, tendo em vista a análise incremental de apenas um mês (novembro/2015) para o período anterior ao enchimento dos reservatórios, que teve início em 24 de novembro de 2015. Os resultados do período de enchimento e pós-enchimento (dezembro/2015 a abril/2016) não são representativos para realizar a análise comparativa do cenário anterior e posterior à implantação, tendo em vista que o período de dados ainda é muito curto (cinco meses).

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11.2. Programa de Monitoramento dos Igarapés Interceptados pelos Diques Progresso reportado pela Norte Energia: Monitoramento hidrológico O monitoramento hidrológico caracterizou-se pela implantação e operação de postos limnimétricos,

fluviométricos e pluviométricos/pluviográficos nos cinco (5) igarapés interceptados pelos diques contemplados neste Programa.

Sua conclusão oficial ocorreu definitivamente a partir de março de 2014, quando o IBAMA deferiu a Nota Técnica NT_SFB_NO36_PMIID_13_12_2013_LEME encaminhada pela NE, que solicitava interrupção e conclusão do monitoramento hidrológico nos igarapés interceptados pelos diques por considerar que os dados e resultados apresentados foram suficientes para determinação acurada das vazões remanescentes (ecológicas). Vale destacar que neste mesmo ofício que deferiu a NT, o IBAMA estabeleceu a aprovação dos valores de vazões remanescentes (ecológicas) estabelecidos pelo monitoramento hidrológico para cada um dos diques estudados, desde que as soluções de engenharia permitam um eventual aumento desta vazão, caso o futuro monitoramento dos componentes flora e ictiofauna indiquem esta necessidade.

Monitoramento dos padrões fenológicos A Norte Energia informou que foi dado andamento a este componente do programa, tendo sido realizada a 10ª

campanha trimestral do monitoramento fenológico no 2º trimestre de 2016 conforme o cronograma. Este monitoramento está previsto até o 1º trimestre de 2018.

Monitoramento da ictiofauna Realização da 17ª campanha de monitoramento da ictiofauna em fevereiro e da 18ª campanha em abril de 2016.

Monitoramento da Qualidade da água Realização das campanhas mensais (abril, maio, junho e julho); Realização da 19ª campanha trimestral em maio de 2016. Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de agosto de 2016); 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionamente para o IBAMA; 14º RSAP, período de abril a junho de 2016. 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2016 (agosto de 2016) Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Análise de conformidade: Monitoramento hidrológico O monitoramento hidrológico foi finalizado a partir da definição das vazões remanescentes definitivas a serem

mantidas nos igarapés, a partir de uma análise integrada entre os dados e resultados dos outros monitoramentos (qualidade da água, ictiofauna, fenológico e usos da água) desenvolvidos no Programa.

A NE informa, no 10º RC, que o IBAMA deferiu a deferiu a Nota Técnica NT_SFB_NO36_PMIID_13_12_2013_LEME, encaminhada pela NE por meio da CE 0474/2013-DS, que solicitava interrupção e conclusão do monitoramento hidrológico. No entanto, não consta no relatório do programa o nome do ofício por meio do qual o IBAMA aprova a conclusão desse monitoramento.

Monitoramento dos padrões fenológicos Por meio do Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o IBAMA não aceitou a proposta feita pela Norte Energia de transferir este componente do programa para o Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme, alegando que é também seu objetivo avaliar os efeitos da interceptação do igarapé considerando a qualidade da água, fenologia das espécies, ictiofauna e dos usos da água por até dois anos após o enchimento do reservatório. O órgão licenciador considerou que não atenderia à sua premissa a apresentação dos dados em programas distintos sem uma análise conjunta. Dessa forma, a Norte Energia manteve este componente no mesmo programa.

Monitoramento da ictiofauna e Monitoramento da Qualidade da água O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: Monitoramento hidrológico

Para os cálculos das vazões remanescentes, levou-se em consideração que a SEMA/PA, na sua Instrução Normativa Nº 55/10, Art. 6º, Parágrafo 3º, Inciso III, considera como critério de vazão máxima disponível

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para captação, o quantil correspondente a 70% da Q95 para o conjunto de usuários da bacia, a fim de garantir uma vazão mínima no rio de 30% da Q95, baseado no critério adotado pela ANA. Para a definição da vazão remanescente dos igarapés, avaliaram-se os valores resultantes da aplicação da vazão de referência (30% da Q95) definida pela IN 55 para período completo da série de dados. Entretanto, conforme explicitado no 4º RC (agosto de 2013), foi estabelecida a adoção da Q95 do período de cheia (março), pois desta forma atendia-se plenamente o exigido pela SEMA/PA, tanto para os períodos de cheia quanto para os períodos de seca, mantendo-se os igarapés praticamente em sua condição de maior disponibilidade hídrica. Além disso, acredita-se que no período de cheia do rio Xingu os efeitos de remanso poderão atingir parte dos 5 igarapés estudados.

As vazões remanescentes definitivas propostas a partir desse critério de permanência de 30% da Q95 do período de cheia para os cinco (5) igarapés interceptados pelos diques foram apresentadas no 4º e 5º RCs e aprovadas no âmbito do 6º (julho de 2014). São elas:

Monitoramento dos padrões fenológicos Em relação ao monitoramento fenológico, a Norte Energia vem realizando as atividades necessárias para que os

objetivos e metas do PBA sejam alcançados, tais como: estudos florísticos e fitossociológicos para avaliação da composição e estrutura de comunidades vegetais em um dos igarapés interceptados pelos diques; determinação de padrões fenológicos de cinco espécies-alvo; documentação da flora dos igarapés interceptados pelos diques, complementando as coleções botânicas.

Desde março de 2014, são monitorados 31 indivíduos de seis espécies (Anacardium giganteum, Alexa grandiflora, Aspidosperma excelsum, Patinoa paraensis, Sapium marmieri e Swietenia macrophylla), à jusante e à montante do igarapé Paquiçamba. As duas áreas de estudo são, no entanto, muito diferentes entre si e não foi possível padronizar o número de indivíduos monitorados em cada área.

Segundo o 10° Relatório Consolidado, a maioria dos eventos fenológicos continua ocorrendo na fenofase “mudança foliar”. Para os resultados apresentados até o momento ainda não foi possível encontrar um padrão fenológico específico, principalmente quando comparado aos levantamentos passados. Foi observada uma coerência entre floração e frutificação para as espécies A. grandiflora, P. paraensis e S. marmieri, mas ainda não se pode considerar um padrão de fenofase.

É informado ainda que o estudo registrou quatro espécies protegidas: seis vulneráveis (VU) e uma em perigo (EN) (Virola surinamensis). Esta última é uma das 15 espécies-alvo do projeto de banco de germoplasma.

Monitoramento da ictiofauna Nas campanhas de enchente (fevereiro) e cheia (abril) de 2016 foram coligidos 3.679 indivíduos, distribuídos em

6 ordens, 29 famílias e 87 espécies, sendo Characiformes a ordem mais abundante com 3.216 espécimes coligidos. Characiformes foi representada por 14 famílias, apresentando como família mais abundante Characidae, com 2.276 indivíduos.

Monitoramento da Qualidade da Água No período monitorado foram registradas 122 não conformidades em cinco (5) variáveis quanto à Resolução

CONAMA 357/2005: pH, oxigênio dissolvido, turbidez, sólidos totais dissolvidos e clorofila-a. Este número corresponde a 10,8% de todos os registros apresentados, considerando as 1.125 observações realizadas;

O pH foi registrado abaixo do VMP em 30 ocasiões, o oxigênio dissolvido foi registrado abaixo do VMP em 64 ocasiões, a turbidez foi registrada acima do VMP em 24 ocasiões, os sólidos dissolvidos totais foram registrados acima do VMP uma vez e a clorofila-a foi registrada acima do VMP em três (3) ocasiões;

A frequência elevada de não conformidades observadas em relação à concentração de oxigênio dissolvido e ao pH, como nos pontos IGTIC, IGPAQ, IGCAJ e IGCO, possivelmente estiveram relacionadas a outros fatores do entorno, influenciadas por contribuições difusas resultantes de vários tipos de uso e ocupação nas suas adjacências, e não apenas das obras do empreendimento, haja vista que tais não conformidades foram registradas até mesmo em fase anterior às maiores intervenções da obra.

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11.3. Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas

Progresso reportado pela NE: 11.3.1 Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas Com objetivo de acompanhar a dinâmica das águas subterrâneas, neste Projeto as leituras trimestrais são

atividades contínuas. Até dezembro de 2015 haviam sido realizadas 14 (quatorze) campanhas de campo, sendo quatro em 2015, caracterizando três ciclos hidrológicos completos de monitoramento. A área urbana de Altamira conta com a maior concentração de pontos monitorados.

No primeiro trimestre de 2016 foi dada continuidade à realização do acompanhamento do monitoramento trimestral, com a realização, em janeiro de 2016, da 15ª campanha de leitura, a qual foi considerada como executada durante a fase de enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte.

A campanha realizada em abril de 2016 foi considerada com a primeira da fase pós-enchimento dos reservatórios.

As regiões monitoradas compreendem os seguintes trechos: área urbana de Altamira, com atenção especial nos baixios do Jardim Independente I e II, área urbana de Belo Monte do Pontal, TVR, nos entornos dos Reservatórios do Rio Xingu e Intermediário e nos igarapé interceptados pelos diques. O monitoramento é realizado, normalmente, em campanhas trimestrais, exceto nos pontos relevantes para entendimento da situação do Jardim Independente I e II que, atualmente, é realizado semanalmente. Os pontos de monitoramento compreendem cacimbas pré-existentes e poços de monitoramento especialmente instalados para o monitoramento.

A consolidação das informações recolhidas no monitoramento de cisternas e poços de monitoramento mostrou que: Na área urbana de Altamira, para os períodos de enchente na região, os dados mostram que a maioria dos

pontos monitorados apresentaram níveis mais rasos em janeiro/2014, evidenciando a influência da sazonalidade climática na dinâmica das águas subterrâneas e o efeito das cheias ocorridas no final de 2013 e início de 2014. Para o período de cheia, a maioria dos pontos monitorados apresentam níveis mais rasos em abril/2016, porém o mês de março/2016 apresentou precipitação total mensal maior que 550 mm, muito acima dos valores apurados nos anos anteriores. A hipótese de que toda a elevação observada até maio de 2016 seja exclusiva da formação do lago pode não ser realidade, pois as chuvas anômalas também podem estar contribuindo para explicar a subida dos níveis freáticos. A manutenção de coluna elevada e sua eventual estabilização deverão efetivamente ser atribuídas à elevação artificial dos níveis freáticos. As próximas campanhas de leitura trimestral, a serem realizadas em julho e outubro de 2016, propiciarão uma melhor avaliação dessa tendência natural de subida do nível de água (NA) nos pontos de monitoramento do presente PBA.

O entorno do Reservatório Xingu mostra que para o período de enchente, para a grande maioria dos pontos, os níveis mais rasos foram observados em janeiro/2014. Já para o período de cheia, 50% dos pontos monitorados apresentaram níveis mais rasos antes do enchimento do reservatório e os outros 50% após o enchimento, não evidenciando, por enquanto, qualquer tipo de influência na dinâmica das águas subterrâneas na região devido à formação do referido reservatório.

No entorno do Reservatório Intermediário, nos períodos de enchente monitorados, assim como na região do rio Xingu, 50% dos pontos apresentaram níveis mais rasos antes do enchimento. Para o período de cheia, quase 38% dos poços apresentaram níveis mais rasos após o enchimento do reservatório, fato já esperado para o período após a formação do novo lago, ressaltando-se ainda que os poços foram intencionalmente instalados nas proximidades das margens do Reservatório Intermediário.

O 10º RC apresentou uma revisão do modelo hidrológico conceitual para a cidade de Altamira, do qual se destacam as seguintes informações: Foram identificados dois sistemas aquíferos profundos, denominados de Penatecaua e Maecuru, e dois

sistemas aquíferos rasos, denominados F1 e F2. Foi apontada, também, a possibilidade do escoamento superficial alimentar aquíferos suspensos locais decorrentes da presença de camadas de baixa condutividade hidráulica na zona saturada dos aquíferos regionais. Estes sistemas, inclusive, podem ser responsáveis pela geração de uma zona úmida ou lâmina de água perene ou intermitente na superfície em regiões topograficamente deprimidas, do tipo verificada na região dos Jardins Independente I e II.

No modelo conceitual concebido, a água migra de forma vertical nos solos até o Sistema Penatecaua e, a partir deste, até os arenitos do Sistema confinado Maecuru. A drenança é preferencialmente vertical, mas não se pode descartar a presença de fluxo subhorizontal ao longo de fraturas de alívio.

Em relação à proteção natural, os diferentes conjuntos de reservatórios subterrâneos apresentam comportamento contrastante, sendo que, de forma geral, as águas são progressivamente mais protegidas com o aumento da profundidade e do grau de confinamento. Assim, as águas freáticas são as mais suscetíveis aos agentes poluidores gerados na superfície pela ação humana (principalmente presença de cemitério, postos de combustíveis e infiltração de efluentes domésticos).

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11.3.2 Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas Em outubro de 2012 foram iniciadas as campanhas trimestrais de coletas de amostras de água, análises

laboratoriais e processamento de dados da água subterrânea nos pontos que compõem a rede amostral definida. Até o primeiro semestre de 2016 foram executadas 16 campanhas trimestrais.

No período foram realizadas as seguintes atividades relacionadas a este Projeto: Continuidade aos monitoramentos trimestrais, com a realização das atividades referentes às Coletas

Trimestrais 15 e 16, em janeiro (fase de enchimento) e abril (fase de pós-enchimento); Atualização do Banco de Dados da qualidade da água subterrânea; Continuidade à Manutenção da Rede de Monitoramento Instalada; Realização de reuniões.

O 10º RC apresenta e comenta os resultados obtidos nas análises de nitrato, nitrito, amônia, pH, TDS, sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto nas áreas dos Canteiros de Obras (por exemplo, Belo Monte e Pimental) e nas áreas urbanas (Altamira, Belo Monte e Belo Monte do Pontal), a espacialização dos valores de ferro, cloreto, amônia, nitrato, chumbo, pH, coliformes fecais e turbidez na área urbana de Altamira e as variações na classificação da água subterrânea ao longo dos anos de 2014 a 2016. Os valores obtidos e as variações verificadas são sempre analisados como decorrentes, predominantemente, das contribuições dos maciços de solo e rocha, das águas pluviais, das fontes de contaminação por sistemas de saneamento, presença de animais; ou ainda, por diluição pela elevação do nível d’água regional em decorrência do enchimento dos reservatórios.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: RSAP, referente ao período de abril a junho de 2016; 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, referente ao período de

janeiro a junho de 2016. Reunião realizada com a coordenadora de programas ambientais do meio físico da Norte Energia durante a

Missão de Monitoramento. Análise de conformidade: A continuidade do 11.3.1 - Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas e 11.3.2 - Projeto de

Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas seguirão o mesmo cronograma encaminhado no conteúdo do documento de atendimento ao item 2 do Ofício OF 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA.

Segundo o PARECER n.º 02001.003622/2015-08-COHID/IBAMA, de 10/09/2015, a Norte Energia deve apresentar as medidas de mitigação a serem executadas, caso seja verificada elevação significativa do lençol freático após a formação do reservatório do Xingu, em áreas localizadas além dos limites da envoltória de proteção da Cota 100 na área urbana de Altamira (áreas destacadas na Nota Técnica encaminhada pela Norte Energia por meio da correspondência CE 037/2015-DS), notadamente na área denominada Área 2.

Avaliação de resultados: 11.3.1 Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas As atividades referentes às leituras trimestrais continuarão na fase de operação, em desenvolvimento de acordo

com o cronograma do Projeto, tendo em vista que os dados obtidos antes e após o enchimento dos reservatórios subsidiarão a avaliação de eventuais alterações na dinâmica das águas subterrâneas devido à implantação da UHE Belo Monte.

É fundamental a continuidade das atividades referentes à manutenção dos poços (realizadas trimestralmente, concomitante às leituras de nível).

Foi apresentada a verificação do modelo hidrogeológico conceitual da cidade de Altamira, bem como novos mapas potenciométricos para a área urbana, considerando os dados a serem obtidos após o enchimento. Deste novo modelo hidrológico merece ser destacado que foi apontada a possibilidade das áreas de baixios com acúmulo de água, semelhantes aos Jardins Independente I e II, serem decorrentes de lençóis suspensos em decorrência da presença de camadas de baixa condutividade hidráulica na zona saturada dos aquíferos regionais.

No contexto do presente Projeto serão estabelecidas atividades de integração com o Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos (10.3), objetivando avaliar se as variações do nível de água dos aquíferos na zona urbana de Altamira (possíveis elevações dos níveis freáticos), após o enchimento do Reservatório do Xingu, poderão afetar as condições de estabilidade de fundações de obras civis (estruturas e edificações) ali existentes.

11.3.2 Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas Dos resultados das 16 campanhas realizadas, apresentados no 10º RC, foi possível depreender que as maiores

desconformidades estiveram relacionadas aos seguintes parâmetros: pH (66,39% dos registros); ferro (60,19%); turbidez (55,78%); alumínio (46,14%); manganês (39,66%); cor (35,81%); coliformes fecais (30,02%); chumbo (13,36%); nitrato (12,12%); e amônia (9,16%). Ainda ocorreram desconformidades em relação a cromo; arsênio; níquel; sulfato; mercúrio; e cobre; mas em número muito menor de amostras.

Na fase de operação terão continuidade as coletas e análises trimestrais de amostras de água subterrânea nos

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pontos que compõem a rede de monitoramento implantada. Além disso, serão realizadas verificações de campo nos arredores dos poços/cisternas monitorados, a fim de se identificar possíveis locais ou focos de contaminação próximos, como fossas, igarapés contaminados, postos de abastecimento de combustíveis, resíduos sólidos acumulados a montante dos poços, entre outros, assim como a manutenção periódica da rede de monitoramento implantada.

Os dados obtidos ao longo do monitoramento até o momento evidenciam a influência sazonal natural do rio Xingu. Na continuidade do monitoramento serão acompanhados os possíveis impactos positivos e negativos gerados a partir da formação dos reservatórios. Como principais impactos negativos, podem ser citados: risco de contaminação das águas dos aquíferos (no caso de a água dos reservatórios apresentar qualidade comprometida); aumento do risco de contaminação pela infiltração de poluentes (pois haverá a diminuição da espessura da zona não saturada, que representa a principal proteção dos aquíferos); e formação de áreas alagadas ou brejos que podem contribuir com o desenvolvimento de insetos e mau cheiro.

A análise a partir dos dados coletados até a 16ª campanha não mostraram nenhuma fonte de contaminação diretamente relacionada à implantação do empreendimento. As análises físico-químicas das águas subterrâneas mostraram que o principal foco de contaminação é a falta de sistema de saneamento, isto é, utilização de fossas e sumidouros ou fossas negras que resultam na infiltração de efluentes domésticos nos aquíferos. Esta carga contaminante de grande volume e com ampla persistência migra através da zona vadosa e alcança a zona saturada.

A avaliação de possíveis modificações na qualidade da água subterrânea, após a formação e estabilização dos reservatórios artificiais, será baseada nos dados coletados na fase pré-enchimento, tanto nas áreas urbanas, quanto no entorno dos futuros reservatórios.

11.4. Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Progresso reportado pela Norte Energia: 11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial No período de dezembro de 2011 a abril de 2016 foram realizadas 19 campanhas de monitoramento trimestral

(dezembro de 2011, março, junho, setembro e novembro de 2012, janeiro, abril, julho e outubro de 2013, janeiro, abril, julho e outubro de 2014, janeiro, abril, julho e outubro de 2015, e janeiro e abril de 2016) na área de influência do empreendimento e 53 campanhas de monitoramento mensal (período de janeiro de 2012 a maio de 2016) de qualidade da água no entorno dos canteiros de obra e em pontos próximos às vias de acesso e linhas de transmissão;

Durante a semana de inspeção foi possível acompanhar a medição in situ de alguns pontos de monitoramento no Canal de Fuga no barramento do Reservatório do Intermediário, no Canal de Derivação e no Reservatório Intermediário.

11.4.2 - Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas Continuidade na realização de coletas de fauna aquática associada aos estandes de macrófitas aquáticas, visando

à detecção de vetores de doenças, principalmente, em locais próximos às áreas com ocupações humanas; Continuidade na realização das análises físicas e químicas das amostras de água e sedimentos coletados; Identificação das macrófitas aquáticas amostradas durante o período; Tabulação e tratamento dos dados obtidos nas campanhas realizadas; Realização da campanha bimestral do Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas (janeiro e

maio de 2016); Verificação de 3 pontos amostrais com infestação de macrófitas durante a semana de inspeção. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de agosto de 2016); 10º. Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionamente para o IBAMA; 14º RSAP, período de abril a junho de 2016; CE 189/2016 - Envio da Nota Técnica No. 030/2016: Monitoramento da Qualidade da Água nos Igarapés de

Altamira (18/04/2016); CE 309/2016-DS – Relatório Técnico “Qualidade da Água nos Igarapés de Altamira e Área do Reservatório na

Região Urbana de Altamira-PA” (24/06/2016). Análise de conformidade: O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: 11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial Área 1: montante do reservatório do Xingu: todos os parâmetros analisados no Ponto RX19 (localizado no rio

Xingu, distante 7,5 km a montante do remanso do Reservatório do Xingu) estão em conformidade com a Resolução CONAMA.

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Área 2: reservatório do Xingu: Os pontos de coleta ALT02, AMB02, RX18, RX25, RX03, IGLH, IDM e o PIMENTAL apresentaram oxigênio dissolvido abaixo de 5mg/l no mês de abril/2016;

Área 3: Trecho de Vazão Reduzida (TVR)/Volta Grande: O Ponto RX23 apresentou oxigênio dissolvido abaixo de 5mg/l no mês de abril/2016;

Área 4: jusante da casa de força principal/Trecho de Restituição da Vazão (TRV): Os parâmetros DBO, Ferro dissolvido e Manganês total estiveram em desconformidade no mês de abril no ponto IGSA/SEBM. No ponto TUC01 foi observado o parâmetro oxigênio dissolvido abaixo de 5 mg/l em abril/2016;

Área 5: Reservatório Intermediário (RI): Os pontos de coleta Aturia e IGPAQ apresentaram os parâmetros Ferro dissolvido e manganês em desconformidade, os pontos IGTIC, IGCAJ e IGCO apresentaram o parâmetro Manganês total em desconformidade com a Resolução CONAMA em abril/2016. O ponto IGCO também apresentou o parâmetro Escherichia coli em desconformidade em abril/2016;

Canal de Derivação: Os pontos de coleta Canal Travessão 27, CN01, CN02, CN03, CN04, CN05, CN06, CN07, CN08, CN09, RIN1 e RIN2 apresentaram o oxigênio dissolvido abaixo de 5mg/l no mês de abril/2016;

Área 6: Rio Bacajá: pontos BAC02 e BAC03 todos os parâmetros estavam em conformidade em abril/2016; As coletas adicionais e emergenciais registraram desconformidades nos meses de maio e junhos nos pontos:

PAN-M (pH e turbidez), PAN 02 (pH e turbidez), PAN-J (pH), ALT-M (pH e O2), ALT02 (pH e O2), ALT-J (pH), AMB-M (pH e O2), AMB-02 (pH e O2), Palhal (O2), Palhal 02 (O2) e Di Maria (O2);

No Reservatório Intermediário os pontos CN09 e CN09B apresentaram inconformidades em relação à legislação para a concentração de oxigênio dissolvido nas camadas abaixo de 5 m da coluna de água, com valores próximos à anoxia na camada de 30 m de profundidade;

Os pontos Canal de FUGA-M e Canal de FUGA-J, localizados no Trecho de Restituição de Vazão (TRV) apresentaram inconformidades em relação aos valores limites estabelecidos pela legislação para a concentração de oxigênio dissolvido. As baixas concentrações de oxigênio dissolvido observadas no Canal de Fuga se devem ao fluxo da água turbinada do Reservatório Intermediário, considerando que nos pontos CN09 e CN09 B, localizados na toma d´água no RI, apresentam concentrações de OD com deficiência nas camadas mais profundas;

Na semana de inspeção foi realizada a aferição in situ do Oxigênio dissolvido em 4 pontos no Canal de Fuga. Os pontos PVME (Ponto Vão Margem Esquerda), PSCE (Ponto Subestação Centro), PA1 (Ponto Aerador) e PECE (Ponto Encontro Centro) apresentaram concentração de Oxigênio Dissolvido abaixo de 5 mg/l, na superfície, 2 metros e 4 metros de profundidade. O ponto PECE que apresentou valores acima de 5 mg/l na superfície e a 2 metros de profundidade;

No Reservatório Intermediário foi realizada a aferição de 8 parâmetros in situ. No ponto Travessão 27 foram registradas concentrações de Oxigênio Dissolvido com 5,97 mg/l (superfície), 4,2 mg/l (9 metros) e 4,52 mg/l (17 metros). No ponto CN01 foram registradas concentrações de Oxigênio Dissolvido com 6,20 mg/l (superfície), 4,40 mg/l (9 metros) e 2,45 mg/l (18 metros). No Ponto RIN02 foram registradas concentrações de Oxigênio Dissolvido com 4,71 mg/l (superfície), 4,19 mg/l (6 metros) e 3,98 mg/l (12 metros). No ponto RIN01 foram registradas concentrações de Oxigênio Dissolvido com 5,52 mg/l (superfície), 3,50 mg/l (15 metros) e 0,52 mg/l (30 metros). No ponto CN09 foram registradas concentrações de Oxigênio Dissolvido com 3,82 mg/l (superfície), 3,08 mg/l (23 metros) e 0,37 mg/l (47 metros).

11.4.2-Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas Ao longo das 20 campanhas realizadas, foram identificadas, no total, 275 espécies de macrófitas aquáticas

pertencentes a 66 famílias. O número total de ocorrências de macrófitas aquáticas foi de 3.302; Do total de plantas observadas, 50% foram representadas por formas anfíbias, 36% por formas emersas, 7% por

formas flutuantes livres, 3% por formas flutuantes fixas e emersas/anfíbias e 1% por formas anfíbias epífitas; Durante a fase de pós-enchimento, as infestações de algumas espécies, em especial de Lemna aequinoctialis e de

Azolla filiculoides retrocederam ou deixaram de existir em vários pontos do RX e do RI em função da alteração progressiva das condições dos reservatórios, como diminuição da concentração de nutrientes na água.

As espécies com maior frequência de ocorrência nas 20 campanhas trimestrais monitoradas, até o momento, foram: Montrichardia linifera (223 observações distribuídas em 22 pontos de coleta), Paspalum repens (76 ocorrências distribuídas em 26 pontos de coleta), Mimosa pudica (67 observações distribuídas em 29 pontos de coleta), Caperonia castaneifolia (58 observações em 18 pontos de coleta), Cyperus luzulae (55 observações em 21 pontos de coleta), Salvinia auriculata (44 observações distribuídas em 15 pontos de coleta) e Eichhornia crassipes (38 observações distribuídas em 09 pontos de coleta);

As espécies flutuantes livres de elevada biomassa, tais como Pistia stratiotes, Salvinia auriculata e Eichhornia crassipes, oferecem maior potencial de infestação e dificuldade de remoção, observadas nos igarapés urbanos, tais como Altamira, Ambé e Tucuruí, bem como em alguns braços do RX, como Palhal e Bastião, e na bacia do igarapé Paquiçamba no RI;

As infestações identificadas no RX como no RI durante a fase de enchimento não se expandiram durante a fase de pós-enchimento, mantendo-se estáveis, retrocederam ou estão sendo sucedidas por outras espécies, como Oxycarium cubense;

Após a formação do RX, alguns pontos apresentaram níveis elevados de infestação, como: Ponto 02, localizado

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no braço do igarapé Palhal (infestação crítica em março e maio de 2016, de Salvinia auriculata), Ponto 03, localizado no braço Bastião (infestação crítica de Pistia stratiotes em março de 2016, mas cujos estandes passaram a ser dominados por Oxycarium cubense em maio de 2016), Ponto 04, localizado no fundo do braço formado pelo igarapé Bastião (infestação crítica de Salvinia auriculata em março de 2016, sendo sucedida em maio de 2016 por Oxycarium cubense), Ponto 04 B, localizado em uma reentrância do braço Bastião (infestação severa de Salvinia auriculata em maio de 2016), Ponto 05, localizado no Canteiro Pimental (infestação crítica em março e maio de 2016 por Lemna aequinoctialis).

No RI, os locais que apresentaram níveis significativos de infestação foram: Pontos Canal e Dique 29, localizados na bacia do igarapé Paquiçamba (infestação grave por Eichhornia crassipes em maio de 2016) e Ponto Canteiro Canais, localizado em um igarapé inundado no Sítio Canais (infestação crítica por Azolla filiculoides);

Outra área com infestações importantes de macrófitas aquáticas foi a do “Trecho de Restituição de Vazão - TRV”, na qual ocorrem estandes homogêneos e relativamente extensos (Echinochloa polystachya), no ponto TVR 09, localizado próximo à foz do igarapé Tucuruí;

Os maiores estandes de macrófitas aquáticas foram observados em alguns locais do RX, como nos Pontos 2, 3, 4, 4B e 5, bem como, ponto Canteiro Canais, localizado no igarapé Paquiçamba, no Sítio Canais, e nos pontos Canal e Dique 29, localizados na bacia do igarapé Paquiçamba, na área do Reservatório Intermediário;

Os pontos TVR 09 e IG 13, localizados na área do futuro TRV próximos à Vitória do Xingu-PA, foram os únicos locais da malha amostral que apresentaram, em todos os períodos, estandes com níveis significativos de infestação para determinação de biomassa;

Em relação à fauna associada, os organismos dominantes na grande maioria dos estandes de macrófitas foram Oligochaeta e Chironomidae. Larvas da família Culicidae, cujas fêmeas adultas, na sua maioria, são sugadoras de sangue e vetores de doenças, como: malária, febre amarela e dengue, foram raras nas amostras coletadas.

11.5. Programa de Monitoramento do Microclima Local Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa de Monitoramento do Microclima Local, por meio da operação de três estações climatológicas, monitora os principais parâmetros meteorológicos, com o objetivo de subsidiar a compreensão e interpretação das possíveis alterações futuras, em escala local, em decorrência da formação dos reservatórios da UHE Belo Monte. As medições possíveis através deste monitoramento são: Precipitação pluviométrica (evolução diária da precipitação e precipitação média mensal); Temperatura do ar (evolução diária da temperatura do ar e temperatura média, mínima e máxima mensal); Umidade relativa do ar (evolução diária da umidade relativa do ar; umidade relativa do ar média mensal; e

umidade relativa do ar – média mensal - analise consolidada comparativa); Velocidade dos ventos (evolução diária da velocidade dos ventos; velocidade média mensal; velocidade média

mensal dos ventos – análise consolidada comparativa; e direção de ventos); Pressão barométrica (evolução diária da pressão barométrica; pressão barométrica média mensal; e pressão

barométrica média mensal – análise consolidada comparativa); Evaporação (evolução diária da evaporação; e evaporação média mensal – analise comparativa entre as

estações). No período, mais especificamente no 10º RC para o IBAMA, a NE apresentou uma compilação dos resultados obtidos desde julho de 2012 até abril de 2016 dos parâmetros medidos nas estações climatológicas Altamira, Pimental e Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, período de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: As atividades previstas no contexto do Programa de Monitoramento do Microclima Local se caracterizam por atividades contínuas, estando em seu pleno desenvolvimento. O programa vem sendo executado adequadamente. Segundo informado no 10º RC, em função do enchimento do Reservatório Intermediário ter ocorrido no quarto trimestre de 2015 e de que este projeto estabelece que o monitoramento do clima local deve se estender por mais dois anos após este evento, o corograma foi revisado, alterando-se a conclusão do monitoramento climatológico, que originalmente era prevista para o quarto trimestre de 2018, para o quarto trimestre de 2017, quando a atividade completará dois anos de execução após o enchimento dos reservatórios e quando estarão completos os cinco anos de monitoramento previstos no PBA. A NE ressalta, entretanto, que após o quarto trimestre de 2017, o monitoramento deverá continuar sendo executado como uma atividade de rotina da operação da usina, de acordo com a Resolução Conjunta ANA/ANEEL nº 3, de 10 de agosto de 2010.

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Avaliação de resultados: O acesso aos dados automáticos no período segue uma dinâmica adequada. Os dados estão em processamento para posterior análise dos resultados. No 10º RC, conforme informado acima, foram apresentados os resultados do monitoramento desde o início do projeto até abril/16. O monitoramento do microclima da região de abrangência do empreendimento continuará a ser executado por dois anos após o enchimento dos reservatórios, compreendendo, portanto, cinco anos de monitoramento. Isso ocorrerá, conforme informado acima, no quarto trimestre de 2017. Após este período, será realizada análise comparativa entre os dados dos períodos (pré e pós-enchimento) dos reservatórios. Entretanto, na medida em que forem compilados dados semestrais dos parâmetros climatológicos monitorados após o enchimento dos reservatórios, serão realizadas análises comparativas prévias entre os períodos pré e pós-enchimento. Para este primeiro semestre de 2016 essa análise comparativa ainda não foi possível. Isso porque o 10º RC inclui dados apenas até abril. Cconsiderando que apenas os dados de março e abril/2016 correspondem efetivamente ao pós-enchimento dos reservatórios, ainda não é possível comparar os períodos pré e pós-enchimento. 12. Plano de Conservação dos Ecossistemas Terrestres Progresso reportado pela Norte Energia: Este pacote de trabalho encontra-se encerrado. 12.1. Programa de Desmatamento e Limpeza das Áreas dos Reservatórios

Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa é dividido em três projetos, apresentados a seguir. 12.1.1. Projeto de Desmatamento As atividades de supressão da vegetação dos Reservatórios do Xingu e Intermediário e áreas civis foram

finalizadas no 4º trimestre de 2015, as quais totalizaram 20.905,03 ha.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro A Serraria Ipê do Travessão 27 foi reativada em julho de 2016 e a Serraria Mogno em agosto, para a qual foi

contratada nova equipe, inclusive para transporte das toras. Novos procedimentos têm sido adotados visando dar maior viabilidade econômica à atividade, como a formação de estoques de madeira comercial. Desde a sua reativação, houve um aumento do volume de toras que entram nas serrarias.

A Norte Energia passou a utilizar uma área adjacente às serrarias para armazenamento temporário das toras, onde é feita uma conferência de suas medidas e a emissão de DOF, para então dar entrada nas serrarias. As atividades documentais da Norte Energia e de desdobro das serrarias ainda estão sendo sincronizadas e, portanto, havia ainda uma grande quantidade de toras estocadas nessa área, que carece de uma proteção física, visto que está situada muito próximo ao Travessão 27, ainda que ao lado do posto de fiscalização do IBAMA.

O 10° Relatório Consolidado informa que, no primeiro semestre de 2016, a Norte Energia apresentou ao IBAMA requerimentos de AUMPF apenas para lenha, com volume equivalente de resíduo grosso (35 mil mst). Não foram apresentados requerimentos de AUMPF de toras neste período uma vez que o processo de destinação de madeira comercial (Serraria Ipê) permaneceu paralisado temporariamente.

Na 14ª missão, a Norte Energia informou que foram protocolados em agosto novos requerimentos para todos os pátios de toras que faltavam e para parte da fitomassa lenhosa.

Relatou-se também que o sistema DOF tem funcionado melhor com a utilização do pátio de Licenciamento Ambiental Federal – LAF. Agora as toras entram nas serrarias com DOF, bem como as doações são efetuadas com DOF.

A produção de cavacos ainda não foi iniciada e estão sendo discutidas com o IBAMA questões sobre a tramitação do material lenhoso no sistema DOF.

No 1º semestre de 2016, a Norte Energia iniciou processo de contratação de empresa para abertura de aceiros ao redor dos pátios de estocagem que apresentem maior risco de ocorrências de incêndios, atendendo as orientações de manutenção indicadas pelo IBAMA na Nota Técnica N° 02001.000207/2016-75 COHID IBAMA.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões e vistorias realizadas entre 16 e 19 de agosto de 2016 (14ª missão de monitoramento). 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre abril e junho de 2016 (julho de

2016). 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2016 (agosto de 2016). Nota Técnica Nº 015-PACUERA-SFB de fevereiro de 2016 (Plano de Recomposição Florestal da APP no

Entorno dos Reservatórios e de Reposição Florestal). 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016).

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Nota Técnica N° 49/2015-SFB de 22 de dezembro de 2015 (planejamento da destinação da madeira). Relatório Técnico N° 009/2015-SFB de novembro de 2015 (Relatório Final da Supressão Vegetal). 11º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre julho e setembro de 2015 (outubro

de 2016). Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Análise de conformidade: 12.1.1. Projeto de Desmatamento Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o órgão ambiental fez algumas exigências, das quais se destacam: Foi solicitada a apresentação de projetos de recuperação para fins de reposição florestal em paralelo

com o PRAD. As áreas a serem recuperadas por supressão em APP deveriam ser compensadas com o plantio efetivo de espécies arbóreas na proporção de 1:1 e poderiam ser contabilizadas na reposição florestal. Por meio da NT Nº 015-PACUERA-SFB (09/02/16), a Norte Energia propôs a recuperação de 1.850 ha de pastagens e o enriquecimento das áreas de vegetação secundária para compensar a supressão de 14.331 ha, com um volume de tora de 191.474 m³. Este projeto visa à obtenção de 370.625,55 m³ de créditos de reposição florestal. A apresentação de projeto de reposição florestal também é solicitada pela condicionante 2.28 da LO.

Foi demandada a apresentação dos resultados da modelagem do desmatamento conforme mencionado no Parecer N° 143/2011, que sugeria a aplicação bianual à região de análise, tendo como início a data de emissão da LI até 10 anos após a liberação dessa licença. O atendimento a essa solicitação não foi evidenciado.

O 11º RSAP informava que havia sido aberto o Processo Administrativo N° 02001.006463/2015-95, lavrado pelo IBAMA, o qual afirma ter a empresa deixado de atender às condicionantes da licença ambiental, tendo sido cometidas irregularidades na supressão vegetal das áreas dos reservatórios Intermediário e Xingu. Os Réus, União, IBAMA, BNDES e Norte Energia apresentaram Manifestação Prévia acerca do pedido liminar. Foi então proferido despacho, determinando ao MPF que se manifestasse acerca do interesse em intervir. No 12º e 14º RSAP, consta que os autos se encontravam no Serviço de Apoio Ambiental de Santarém e era aguardada a emissão de certidão de agravamento e manifestação técnica instrutória por parte do IBAMA. Houve emissão de multa por causa de queima de material indevidamente, porém a Norte Energia recorreu.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o IBAMA fez as seguintes

recomendações: (i) estimular o consumo interno dos produtos florestais oriundos da supressão nos projetos do PBA; (ii) executar as atividades de supressão em conformidade aos procedimentos do POS, principalmente quanto a classificação por categorias de produtos e por grupos de valor; (iii) apresentar o projeto de destinação do resíduo grosso e toras não aproveitadas para carvoaria e cavaco; (iv) encaminhar a documentação do licenciamento por parte da SEMA-PA da carvoaria e a localização dos fornos para produção de carvão; (v) encaminhar o resultado das queimas piloto para conversão de resíduo grosso em lenha.; (vi) encaminhar listagem de AUMPFs liberadas e seus respectivos volumes utilizados; (vii) encaminhar a listagem de AUMPFs liberadas e seus respectivos volumes da madeira destinada a AIMAT.

Quanto ao item (i), o consumo de materiais lenhosos foi prejudicado com a paralisação das serrarias do Travessão 27 em outubro de 2015, as quais beneficiavam madeira comercial e protegida. Entre julho e agosto de 2016, ambas as serrarias foram reativadas. Em relação ao item (ii), o IBAMA apontou, em seus relatórios de vistorias, irregularidades na separação do material gerado pela supressão, conforme relatado na seção anterior referente à supressão. Foi aberto um processo administrativo pelo IBAMA e aplicada multa à Norte Energia.

No tocante aos itens (iii) e (iv), a produção de carvão a partir de resíduo grosso foi descartada e um contrato para a produção de cavacos foi firmado em junho de 2015 com a empresa CKTR. No 1º trimestre de 2016, o IBAMA autorizou o licenciamento dessa atividade, que ainda não foi iniciada. Em referência ao item (v), a Norte Energia propôs coeficientes de conversão para a produção de cavaco em novembro de 2015, os quais foram deferidos pelo IBAMA em março, com ressalvas.

Quanto aos itens (vi) e (vii), o 9º Relatório Consolidado traz a lista de AUMPFs emitidas e seus respectivos volumes autorizados e utilizados. A doação a AIMAT foi interrompida em agosto de 2014. No 10° Relatório Consolidado, é solicitado o encerramento desta atividade devido à sua inviabilidade econômica.

Em atendimento à condicionante 2.30b da LO, encaminhou-se ao IBAMA a NT N° 49/2015-SFB (dezembro de 2015) com o planejamento para o aproveitamento dos produtos lenhosos originados pela supressão de vegetação. Apresenta também os principais gargalos e necessidades de adequações para viabilizar as ações planejadas.

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Avaliação de resultados: 12.1.1. Projeto de Desmatamento As atividades de supressão de vegetação nas obras civis foram iniciadas no mês de junho de 2011 e concluídas

em novembro de 2015. Os resultados totalizam 6.573,46 ha. A supressão de vegetação nas áreas dos reservatórios iniciou-se em novembro de 2013 e foi finalizada em

novembro de 2015. Os resultados totalizam 14.331,46 ha, sendo 34% (4.899,31 ha) em APP. Desse valor total, 4.998,14 ha correspondem ao Reservatório Xingu e 9.333,43 ha ao Reservatório Intermediário.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro Foram realizados ajustes no banco de dados de toras e o volume total de madeira estocado pela supressão de

vegetação em pátios perfaz 253,9 mil m³. No 1º semestre de 2016, foram enviados 577 m³ de toras para a Serraria Mogno, perfazendo, juntamente com o

volume enviado desde o início da operação, um total de 7 mil m³ de toras transportadas para desdobro nesta unidade industrial. Ademais, foram repassados 519 m³ de madeira comercial para a Serraria Ipê que, somado ao volume repassado anteriormente, perfaz um total de 6,9 mil m³ de madeira comercial destinada

No período do 10° Relatório Consolidado, o volume de madeira destinado no empreendimento foi de 4,9 mil m³, correspondente a 1,9% do volume total estocado na supressão de vegetação. O volume destinado acumulado perfaz um total de 41,2 mil m³ (16,2%).

No 1º semestre de 2016, o uso interno da madeira no empreendimento atingiu o volume de 31,4 mil m³. Ressalta-se que tem ocorrido o atendimento integral da demanda de madeira do CCBM com material proveniente da supressão de vegetação do empreendimento, priorizando-se madeira de espécies protegidas.

A utilização interna de um volume expressivo de mourões foi também observada (4,3 mil m³ ou 14% do total de uso interno), sendo a maior parte deste volume utilizada na produção de estacas e mourões para cercas em propriedades dos RRC que estão sendo implantados.

O transporte da madeira doada à AIMAT ainda está paralisado. A madeira que foi objeto da doação encontra-se com baixa qualidade, inviabilizando economicamente a continuidade desta ação. Desta forma, a Norte Energia propôs no 10° Relatório Consolidado que essa ação fosse interrompida em definitivo.

O volume de lenha cujas AUMPF já foram requeridas é suficiente apenas para o início do processo de destinação da fitomassa lenhosa (fase de operação assistida e ajustes). No 2º semestre de 2016, quando o processo de produção de cavacos estiver entrando em plena operação, serão requeridas AUMPF com volumes correspondentes ao consumo previsto semestral ou anual.

Por meio das notas técnicas encaminhadas nos Ofícios N° 02001.001976/2016-91 DILIC-IBAMA e 02001.002004/2016-13 COHID/IBAMA, o IBAMA deferiu alguns dos procedimentos propostos pela Norte Energia para viabilizar a produção de cavacos. Adicionalmente, a forma com que se daria o repasse do material lenhoso para a contratada (CKRT) do empreendedor foi estabelecida em linhas gerais em reunião realizada em 07 de abril de 2016 em Brasília.

Posteriormente, avaliando em detalhes o procedimento documental inicialmente discutido, bem como outras questões operacionais, mercadológicas e tributárias envolvidas, a CKTR e a Norte Energia chegaram ao entendimento que, ao serem promovidas algumas adaptações ao procedimento, poder-se-ia obter aprimoramentos para todos os atores envolvidos no processo.

Assim, o procedimento inicialmente definido foi tratado na Nota Técnica SFB Nº 47/2016, encaminhada por meio da CE N° 320/2016-DS em 30/06/2016. Os principais aspectos tratados nessa nota técnica são os seguintes:

O ICMS que incide na venda do cavaco, no formato de operação inicialmente definido entre IBAMA e Norte Energia, demanda saídas de caixa que inviabilizam economicamente o serviço de destinação da fitomassa lenhosa;

Sem a adoção das propostas de adequação tratadas neste documento, o processo de destinação da fitomassa lenhosa é inviável também operacionalmente, pois, no processo inicialmente definido pelo IBAMA, a Norte Energia deve emitir notas fiscais de cada carga de cavaco. A adequação solicitada especialmente quanto a este ponto atenderia, inclusive, às condições estabelecidas em contrato entre a Norte Energia e a sua prestadora de serviços, o qual prevê que a Norte Energia repasse pátios inteiros de lenha para a contratada e esta emita NF das cargas para retirada da matéria-prima;

O processo de aproveitamento de fitomassa lenhosa, alvo das adequações propostas por meio da nota técnica citada, é objeto de condição específica do licenciamento ambiental do empreendimento. Ademais, tal operação foi autorizada pelo IBAMA por ofício, justamente por se tratar de serviço prestado com o único fim de atender a demanda exclusiva do licenciamento ambiental da UHE Belo Monte. Desta forma, a Norte Energia entende que é justificável a operação da CKTR em sua própria conta do sistema DOF, inclusive com homologação de Pátio LAF no seu porto para a conversão de produtos.

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12.2. Programa de Conservação e Manejo da Flora

Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa está dividido em três projetos, descritos abaixo. 12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma e Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da

Flora No 10° Relatório Consolidado, os resultados destes projetos foram apresentados pela primeira vez de forma

conjunta. No 2º trimestre de 2016, foi dada continuidade às atividades rotineiras deste projeto, que incluem a identificação

das espécies, produção de mudas, monitoramento das matrizes, coleta de germoplasma, manutenção do arboreto e destinação do material coletado.

Na 14ª missão, informou-se que quase todas as exsicatas que estavam armazenadas no CEA já foram doadas ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ, onde tem sido realizada a sua identificação taxonômica.

Foi informado também que a Norte Energia tinha a intenção de destinar os espécimes vivos da Casa de Vegetação ao JBRJ, porém não houve progresso devido à necessidade de DOF para o transporte das plantas vidas, o que traz inúmeras dificuldades a essa transação. Foi pedido apoio ao IBAMA, porém não houve retorno.

Nos últimos meses, tem-se focado na identificação dos espécimes vivos indeterminados que permanecem na Casa de Vegetação. No momento, quase todos os indivíduos da Casa de Vegetação já estão identificados ou possuem exsicata confeccionada.

Recentemente, iniciou-se a produção de 25 mil mudas para a recomposição florestal das APP dos reservatórios. Estão sendo realizados esforços para realizar a coleta de amostras e de sementes das árvores matrizes, com a

contratação de um escalador, visando a sua destinação ao banco de germoplasma do JBRJ. As mudas do arboreto com as espécies do banco de germoplasma têm sido monitoradas. A mortalidade das

mudas tem sido baixa (3%). Parte do replantio foi feito e é aguardada a época de verão para a reposição das demais mudas.

12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme A Norte Energia relatou que foi dado andamento a este projeto no 2º trimestre de 2016. Na 14ª missão,

informou-se que ainda estava sendo realizada a 3ª campanha bianual do monitoramento fitossociológico, a primeira após o enchimento dos reservatórios. Estava em andamento a medição do Módulo 5, restando ainda os Módulos 1 e 8. Os demais módulos já haviam sido medidos.

Além disso, foi executada a 14ª campanha trimestral do monitoramento fenológico nos oito módulos RAPELD, conforme previsto. Este componente do projeto está previsto até o 4º trimestre de 2017.

As medições do nível do lençol freático também foram feitas. Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões e vistorias realizadas entre 16 e 19 de agosto de 2016 (14ª missão de monitoramento). 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre abril e junho de 2016 (julho de

2016). 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2016 (agosto de 2016). Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Análise de conformidade: No Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o IBAMA informou que existem atividades

do projeto de banco de germoplasma que ainda deverão ocorrer até o 1º trimestre de 2019. Dessa forma, autorizou que as seguintes atividades sejam incorporadas no projeto de salvamento, as quais estavam previstas no PBA para ocorrer durante todas as etapas construtivas da UHE Belo Monte:

Constituir banco de germoplasma; Contribuir com bancos de germoplasma ativos (BAG); Resgatar parte do patrimônio genético da AID e AII da UHE Belo Monte; Fomentar as atividades de produção de mudas do Projeto de Salvamento da Flora; Manter o banco ativo ou de trabalho das sementes arbóreas regionais selecionadas para torná-las

disponíveis para uso ou intercâmbio; Monitorar as matrizes selecionadas para a formação do banco de germoplasma.

No mesmo parecer, o órgão ambiental diz ainda que as seguintes atividades do Projeto de Salvamento da Flora deverão permanecer após a LO: manutenção do banco de germoplasma; resgate de flora, identificação, cultivo e reintrodução; desenvolvimento de conhecimento científico florístico e de aperfeiçoamento de técnicas de produção de mudas.

Avaliação de resultados:

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12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma e Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora Quanto ao projeto de salvamento da flora, considera-se que os objetivos e metas estabelecidos no PBA estão

sendo atingidos, como minimização do impacto relativo à perda da diversidade genética, estabelecimento de rede de parcerias entre instituições regionais e nacionais, e manutenção de banco de mudas.

O 10° Relatório Consolidado apresentou informações sobre as atividades desenvolvidas desde o início do projeto até março de 2016. No total, foram resgatados 201.966 indivíduos (epífitas, hemiepífitas e plântulas) e realocados 97,8% deste material. Ademais, coletaram-se 3.407.301 sementes (3.321 lotes) e semearam-se 322.120 sementes, das quais 93.497 germinaram. Destas, sobreviveu para repicagem um total de 86.710 mudas, das quais 62.410 foram destinadas. Ressalta-se que o PBA estipulava a produção ou o resgate de 3.000.000 mudas para disponibilização para plantio. Confeccionaram-se 19.569 exsicatas, das quais 17.732 foram destinadas para o Museu Paraense Emilio Goeldi (7.991), a Universidade Federal do Pará (3.049) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (6.692), superando assim a meta do PBA (15 mil materiais).

Especificamente no período de novembro de 2015 a maio de 2016, houve coleta de 44 indivíduos nas LT 69 kV e 230 kV, os quais foram todos realocados. Nesse semestre, foram também resgatados três lotes com um total de 861 sementes. Foram repicadas 768 mudas e doaram-se 12.088 mudas para o Centro de Apoio ao Visitante da Norte Energia, M.L.A.N. de Lima, EPBM e a UFPA. Ainda, foram confeccionadas 103 exsicatas.

O 10° Relatório Consolidado informa ainda que as coletas correspondem a 849 espécies identificadas até epíteto. Além disso, foram identificadas 396 morfoespécies até gênero e 37 morfoespécies com imprecisão (33 “cf.” e quatro “aff.”). O projeto resultou em 642 novos registros de espécies identificadas até o epíteto.

Dentre as espécies registradas que constam na lista da IUCN (54 spp.), da Portaria MMA N° 443/2014 (10 spp.), do Decreto Estadual N° 802/2008 (5 spp.), da CITES (74 spp.) e do COEMA N° 54/2001 (5 spp.), apenas quatro são consideradas em perigo (EN) (Cedrela fissilis e Virola surinamensis) ou em perigo crítico (CR) (Dicypellium caryophyllaceum e Vouacapoua americana), as quais são espécies-alvo do projeto do banco de germoplasma.

Considera-se que o projeto de banco de germoplasma continua executando as atividades rotineiras e que os objetivos e metas estabelecidos no PBA têm sido cumpridos, como: constituir banco de germoplasma para conservar os recursos genéticos da região, minimizar o impacto da perda de germoplasma vegetal, fomentar atividades de produção de mudas do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora e monitorar as matrizes selecionadas.

Este projeto possui 15 espécies-alvo: Aspidosperma desmanthum, Bertholletia excelsa, Cedrela odorata, Ceiba pentandra, Dicypellium caryophyllaceum, Handroanthus impetiginosus, Heteropsis flexuosa, Hymenolobium excelsum, Manilkara huberi, Mezilaurus itauba, Myrciaria dubia, Sagotia brachysepala, Swietenia macrophylla, Virola surinamensis e Vouacapoua americana.

O 10° Relatório Consolidado informa que haviam sido marcados 363 indivíduos de matrizes, dos quais 330 estão vivos e sendo monitorados. Ao longo deste projeto, foram coletados de 639 lotes de sementes totalizando 203.447 exemplares, dos quais 77,28 % foram considerados aptos sob o ponto de vista fitossanitário.

Desde seu início até março de 2016, foram doadas 29.308 sementes às instituições de pesquisa. Destinaram-se 442 lotes de sementes coletadas para a produção de mudas, referentes a 160 matrizes e 14 espécies. Foram semeadas 97.320 sementes, das quais 47.812 germinaram. Produziram-se 44.195 mudas de 13 espécies, das quais 20.890 foram destinadas.

No período de novembro de 2015 a maio de 2016, coletaram-se 92 lotes de sementes, sendo que 14.228 estavam viáveis. Foram semeadas 3.895 sementes, das quais 481 germinaram. Produziram-se 2.719 mudas. Ainda, foi destinado um total de 30 lotes de sementes de Sagotia brachysepala, Cedrela odorata e Myrciaria dubia.

As coletas realizadas por um escalador no mês de julho resultaram na confecção de exsicatas de Cedrela odorata, Manilkara huber, Swietenia macrophylla e Virola surinamensis. Para algumas dessas espécies, já havia sementes coletadas, para outras é necessário aguardar o período fértil.

12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme Os objetivos e metas do PBA têm sido cumpridos, tais como: avaliação da composição florística e estrutural das

áreas de monitoramento, documentação da flora das Florestas de Terra Firme formando coleções botânicas disponíveis para a comunidade cientifica, avaliação da fenologia de espécies selecionadas, contribuição para o conhecimento científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas de Terra Firme na região da UHE, caracterização químico-física dos solos das áreas de estudo; medição periódica do nível de água nas parcelas de monitoramento.

Foi informado que taxa de identificação taxonômica das espécies coletadas no monitoramento fitossociológico é de aproximadamente 86%.

Desde março de 2013, este projeto realiza o monitoramento fenológico de seis espécies arbóreas: Alexa grandiflora, Bertholletia excelsa, Dicypellium caryophyllaceum, Inga alba, Schizolobium parahyba var. amazonicum e Vouacapoua americana. Os últimos resultados do projeto foram apresentados no 10° Relatório Consolidado (agosto de 2016), referentes até a 13ª campanha de campo (março de 2016). Foi observado um

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padrão fenológico de floração para as espécies Alexa grandiflora e Vouacapoua americana. Para as demais, ainda não foi possível a identificação de padrões. Dados meteorológicos de precipitação e temperatura média mensais foram correlacionados às fenofases de cada espécie, no entanto, tal correlação ainda não apresentou padrões para os eventos fenológicos.

Foram registradas duas espécies em perigo (EN) (Cedrela fissilis e Virola surinamensis) e uma em perigo crítico (CR) (Vouacapoua americana), todas espécies alvo do projeto do banco de germoplasma.

12.3. Programa de Conservação da Fauna Terrestre

Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa é dividido em nove (09) subprogramas: 12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre - Encerrado As atividades do PAFT ocorreram desde o início das obras construtivas do empreendimento, em junho de 2011. A partir de novembro de 2015, com o encerramento da supressão da vegetação e início do enchimento dos reservatórios, encerraram-se as atividades do projeto. No 9o RC foram apresentados os resultados consolidados dos 53 meses de afugentamento. O parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, conclui, com base nos dados consolidados de junho de 2011 até novembro de 2014, que as atividades foram realizadas de acordo com o previsto. 12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna O Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF) contempla o acompanhamento das frentes de supressão de vegetação na área de influência da UHE Belo Monte e o emprego de ações de manejo direcionadas ao salvamento de indivíduos de baixa mobilidade ou de mobilidade comprometida, diretamente afetados pelas atividades. O acompanhamento das áreas de soltura vem sendo regularmente realizado, e tem como objetivo avaliar a ocupação pelas espécies e as condições de preservação das áreas, através de busca ativa por registros diretos (indivíduos) e indiretos (vestígios) em transectos pré-estabelecidos nas áreas, e a instalação de armadilhas fotográficas. Em 15/04/2016, a Norte Energia encaminhou ao IBAMA a CE 0186/2016-DS, solicitando o encerramento das atividades de resgate de fauna embarcado no Reservatório Intermediário. Em análise dos dados apresentados, em 16/06/2016 o IBAMA encaminhou o Ofício 02001.006623/2016-87 COHID/IBAMA, aprovando esse encerramento. Conforme comunicado pela NE no 14o RSAP e na conference call realizada no dia 08/08/2016, as ações do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna estão sendo realizadas atualmente no Reservatório do Xingu e atendem à condicionante 2.19 da LO. Foi emitida a CE 0314/2016-DS em 27/06/16, que encaminhou a Nota Técnica “NT_SFB_No045 Rescaldo Resgate no RX_27-06-2016”, propondo a redução de 12 (doze) para seis equipes embarcadas a partir de julho/2016. Em reposta, o órgão ambiental, encaminhou o Ofício 02001.007253-2016-03 COHID/IBAMA de 01/07/16, onde afirma não haver óbice à redução de equipes. Sendo assim, e conforme confirmado pela NE durante a conference call, o resgate no RX está sendo conduzido por seis equipes, e os animais resgatados são principalmente os de hábitos arborícolas, como preguiças e primatas. Segundo comunicado durante a conference call realizada no dia 08/08/2016, a ocupação do CEA atualmente é baixa, o número de recintos é suficiente e os animais estão sendo destinados a instituições como zoológicos. 12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento - Encerrado As ações desse projeto visam mitigar os impactos por perda de indivíduos da fauna por atropelamento durante a implantação da UHE Belo Monte. As ações foram realizadas nas vias de acesso que foram ampliadas e asfaltadas e onde houve a intensificação do tráfego de veículos, notadamente os travessões 27 e 55 e na rodovia Transamazônica BR230, entre os sítios construtivos da UHE Belo Monte e Altamira. As atividades de monitoramento periódico se encerraram em junho de 2013, atendendo assim às condicionantes 2.1 e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011 e, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA. Nas condicionantes da Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, o item 2.21 determina que seja dada continuidade ao monitoramento da fauna atropelada, por meio de campanhas bimestrais, até que haja manifestação do IBAMA autorizando a interrupção, e ainda que sejam executadas medidas de mitigação adicionais, caso seja identificado aumento da taxa de atropelamento da fauna silvestre. Sendo assim, as atividades deste Projeto foram retomadas em junho de 2015, conforme verificado em vistorias anteriores. No entanto, em 21/03/16, na CE 0129/2016-DS, a Norte Energia reiterou, junto ao IBAMA, a solicitação de reunião para alinhamento da condicionante 2.21 da LO (item a). Em 09/06/16 por meio da CE 0279/2016-DS, foi enviada ao IBAMA a Nota Técnica ‘NT-SBF-No 042-PMIPIFA-08062016” com resultados, análises e evidências do Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, e com base nos resultados nela apresentados, solicitou-se o encerramento das suas atividades. Em atendimento a essa solicitação, o IBAMA emitiu o Ofício 02001.007909/2016-80 DILIC/IBAMA, em 20/07/2016, em que conclui que não “há óbices para o atendimento da solicitação da Norte Energia, visto que os objetivos e metas foram alcançados e houve uma redução expressiva na movimentação de veículos nas vias monitoradas”. Este projeto é considerado, portanto, encerrado.

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12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre - Encerrado Projeto encerrado, segundo o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA. 12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres Segundo o cronograma apresentado, este projeto tem previsão de término no terceiro trimestre de 2017, conforme

IN 146/2007. No entanto o monitoramento não deve ter uma data estipulada para ser encerrado, já que isso

dependerá dos resultados obtidos nas campanhas após o enchimento, haverá nova avaliação pelo IBAMA

determinando assim se poderá ser finalizado ou se haverá modificações no escopo das amostragens.

O Plano de Monitoramento de Impacto do PLMIT para o monitoramento na fase pós-enchimento dos reservatórios

mantem o escopo geral do PLMIT, conforme determinação da IN 146/2007 e do Parecer 3622/2015, e apresenta a

estratégia sugerida a partir da nona campanha, sobretudo no que diz respeito à análise dos dados. Serão realizadas

quatro campanhas na fase pós-enchimento.

Conforme comunicado pela Norte Energia durante a conference call realizada no dia 08/08/2016, a décima

campanha foi realizada entre os meses de julho e agosto, e os dados encontram-se em fase de triagem.

A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para invertebrados terrestres. A NE enviou ao IBAMA a nota técnica 047/2015, de 17 de dezembro de 2015, que apresenta o plano de monitoramento de impactos do Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres, solicitando a não utilização da metodologia de amostragem por armadilhas nos transectos. Através da nota técnica NT 02001.001386/2016-68 COHID/IBAMA, de 26 de julho de 2016, o órgão licenciador avalia o referido plano, considerando que está adequado. No entanto, através da mesma nota o IBAMA solicita que seja feita uma avaliação de representatividade e complementaridade da amostra nos transectos em relação ao universo amostral total, para que se possa excluir as armadilhas nos transectos, e determina que a metodologia de amostragem através de armadilhas seja mantida até que tal avaliação seja enviada e avaliada. Na mesma NT o IBAMA determina que a detecção de bioindicadores também abranja espécies de outros grupos monitorados, como herpetofauna, avifauna e mastofauna, a fim de monitorar os impactos do empreendimento. De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10º RC e 14º RSAP, a NE informa que as análises comparativas serão realizadas, mas os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa ainda que a avaliação consolidada será realizada. 12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna O Projeto de Monitoramento da Herpetofauna tem sido desenvolvido à luz dos objetivos/metas e metodologia propostos pelo PBA. As atividades de monitoramento deverão continuar com a mesma metodologia que vem sendo empregada desde o início do PBA de modo que seja possível a comparação entre a condição da região antes do enchimento dos reservatórios e após. Esta recomendação atende à Instrução Normativa nº 146/2007, que orienta monitoramentos da fauna silvestre por no mínimo dois anos após o início da operação do empreendimento e ao Parecer nº 3622/2015. Conforme determinado nesse Parecer, o monitoramento somente será finalizado após avaliação do IBAMA a partir da análise dos dados do pós-enchimento. As atividades de monitoramento deverão ser realizadas por mais dois anos após o enchimento dos Reservatórios, até o terceiro trimestre de 2017, conforme a IN 146/2007, com foco nas variações das abundâncias dos grupos de espécies bioindicadoras. Conforme comunicado durante a conference call realizada no dia 08/08/2016, a décima campanha de monitoramento deste grupo foi realizada em agosto. O relatório consolidado mostra que, dentre as análises apresentadas, estão sendo determinadas espécies bioindicadoras para este grupo de vertebrados. De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10º RC e 14º RSAP, a NE informa que as análises comparativas serão realizadas, mas que os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa ainda que a avaliação consolidada será realizada. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do

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projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a herpetofauna. 12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna Segundo informado ao IBAMA no 10o RC e na conference call realizada no dia 08/08/2016, as atividades do PMA vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto. Em atendimento aos objetivos apontados no PBA para este projeto, as atividades de monitoramento deverão continuar minimamente por dois anos após o enchimento dos reservatórios com a mesma metodologia que vem sendo empregada desde o início, como preconizam a IN nº 146/2007 e o Parecer 3622/2015. A segunda campanha da fase pós enchimento foi realizada em agosto, conforme comunicado durante a conference call. O relatório consolidado mostra que, dentre as análises apresentadas, estão sendo determinadas espécies bioindicadoras para este grupo de vertebrados. De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10º RC e 14º RSAP, a NE informa que as análises comparativas serão realizadas, mas que os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa ainda que a avaliação consolidada será realizada. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a avifauna. 12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres No 10o RC os resultados da nona campanha para este grupo são apresentados juntamente com uma análise

cumulativa e comparativa com as oito campanhas pré-enchimento, com o objetivo de, ainda que preliminarmente,

detectar respostas às intervenções e ações decorrentes da implantação do empreendimento. Além das análises

acumulativas, e de diversidade e distribuição nos módulos, são levadas em conta espécies bioindicadoras (primatas e

cetartiodáctilos) e analisadas de forma preliminary suas respostas às modificações provocadas pelo empreendimento.

O relatório atende também à condicionante específica 2.3 da Autorização de Captura, Coleta e Transporte de

Material Biológico no 251/2013 – 7a Retificação (02 de dezembro de 2015)

Durante a conference call realizada no dia 08/08/2016 foi informado pela NE que a décima campanha foi realizada

entre julho e agosto, com o registro de Cabassous unicinctus, e ainda uma onca parda no módulo 3.

De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de

Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises

comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação

consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os

resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10º RC e 14º RSAP, a NE informa que as análises

comparativas serão realizadas, mas os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e

pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa

ainda que a avaliação consolidada será realizada. No entanto, através da análise do 10o RC, é possível notar que as

análises preliminares no sentido de cumpri esta condicionante já estão sendo encaminhadas. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a mastofauna.

12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros Conforme apresentado no conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação”, de julho de 2015, este projeto foi concebido para avaliar os impactos decorrentes da formação dos Reservatórios Intermediário e Xingu, especialmente aqueles resultantes da perda e fragmentação de hábitats. O objetivo geral do Programa é acompanhar os efeitos resultantes da construção e operação do empreendimento sobre as comunidades de morcegos da AID, ao longo do tempo, sob o ponto de vista da diversidade, distribuição e da estrutura das guildas tróficas antes, durante e depois da implantação e operação da UHE Belo Monte. Para as campanhas de monitoramento no período pós-enchimento, os dados levantados até o momento sugerem novas diretrizes no escopo das amostragens, que foram apresentadas pela NE ao IBAMA no 7o RC, conforme se segue: Dentre as cinco cavernas monitoradas, sugere-se três para a continuação das atividades na fase pós-enchimento – as cavernas caverna Kararaô, Leonardo da Vinci e Cama de Vara, estas duas últimas sendo as mais

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próximas ao Reservatório do Xingu; adicionalmente, com o alagamento de pedrais no Reservatório do Xingu, duas parcelas adicionais deverão ser selecionadas no TVR para ampliar as oportunidades de captura de indivíduos previamente capturados no Reservatório. Conforme comunicado na conference call realizada no dia 08/08/2016, a equipe responsável deverá determinar, ainda nesta 10a campanha, dois novos pedrais para o monitoramento, mantendo cinco áreas, quatro no TVR e uma à montante do reservatório. A campanha prevista para o período teve início em julho e deverá ser finalizada em setembro, sendo mais longa por causa da busca e monitoramento dos pedrais. Segundo apresentado no 10º RC, as atividades do PMQ vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto e atendendo a todos os objetivos/metas do PBA. O monitoramento deverá continuar mantendo-se os métodos e a amostragem em todos os ambientes (pedrais, módulos e cavernas), conforme Parecer nº 3622/2015. De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10º RC e 14º RSAP, a NE informa que as análises comparativas serão realizadas, mas que os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa ainda que a avaliação consolidada será realizada. Ainda assim, é possível notar no 10º RC que algumas análises comparativas preliminares estão sendo realizadas, de forma a atender a esta condicionante. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a quiropterofauna. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 08/08/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. 10o Relatório Consolidado de Atendimento às Condicionantes do PBA, emitido em julho de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Nota Técnica NT_SFB_. No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia

proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015.

Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015 Parecer 02001.000475/2016-97 COHID/DILIC, de fevereiro de 2016, contendo a Análise e Diretrizes do Plano

de Modelagem de Distribuição de Espécies e Planejamento Sistemático para Conservação da Biodiversidade na Região da UHE Belo Monte.

RT_SFB_No045_Modelagem-DME_25072016, de julho de 2016, contendo a Modelagem de Distribuição das Espécies da UHE Belo Monte

CE 0112/2016, encaminhando cronograma referente à proposta de Modelagem de Distribuição das espécies conforme solicitação do IBAMA no Parecer 02001.000475/2016-97 COHID/DILIC

CE 0129/2016-DS de 21/03/2016 da NE solicitando reunião para alinhamento da condicionante 2.21 da LO. Nota Técnica ‘NT-SBF-No 042-PMIPIFA-08062016 enviada através da CE 0279/2016-DS de 09/06/2016 da

NE ao IBAMA apresentando resultados, análises e evidências do Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, e solicitando o encerramento das suas atividades.

Ofício 02001.007909/2016-80 DILIC/IBAMA, enviado 20/07/2016, autorizando o fim das atividades do Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento.

Nota Técnica NT 047/2015, de 17 de dezembro de 2015, da NE, que apresentando ao IBAMA o plano de monitoramento de impactos do Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres, e solicitando a não utilização da metodologia de amostragem por armadilhas nos trasectos.

NT 02001.001386/2016-68 COHID/IBAMA, de 26 de julho de 2016, avaliando o Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres.

Análise de conformidade: 12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre O projeto foi encerrado em novembro de 2015, com o início do enchimento dos reservatórios, tendo seus objetivos considerados atendidos pelo IBAMA.

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12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto no PBA. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos. As atividades concentram-se neste momento no RX, tendo sido encerradas, com anuência do órgão licenciador, no RI. As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são cumpridas durante a execução das atividades.

12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento Este projeto atende a condicionante 2.21 da Licença Prévia – LP no 342/2010, que solicitou a apresentação de um Programa para Mitigação de Impactos pela Perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, as condicionantes 2.1 e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011 e, também, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA que a encaminhou. Em 18/07/12 foi emitida pelo IBAMA a autorização de captura, coleta e transporte de material biológico no 110/2012, com validade até 01/06/17. Segundo o 8o RSAP e o Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento das Condicionantes da UHE Belo Monte, após três anos de realização, este projeto atendeu seu objetivo, suas metas e cronograma das ações propostas no PBA, encerrando todas as suas atividades no âmbito do PBA da UHE Belo Monte em fevereiro de 2014. No parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, o IBAMA recomenda que o monitoramento, tanto na BR 230 quanto nos travessões, seja retomado, em campanhas com periodicidade bimestral, até o final das obras, para que se possa avaliar as medidas de mitigação, tomando como base a metodologia de amostragem de atropelamento de fauna estabelecida na IN 13 de 19 de julho de 2013. Também deverá ser dado o prosseguimento ao monitoramento das passagens de fauna com regularidade, juntamente com atividades de educação ambiental. O mesmo é determinado no item 2.21 da licença de Operação no. 1317-2015. Sendo assim, as atividades deste Projeto foram retomadas em junho de 2015, conforme verificado em vistorias anteriores. No entanto, em 21/03/16, na CE 0129/2016-DS, a Norte Energia reiterou, junto ao IBAMA, a solicitação de reunião para alinhamento da condicionante 2.21 da LO (item a). Em 09/06/16 por meio da CE 0279/2016-DS, foi enviada ao IBAMA a Nota Técnica ‘NT-SBF-No 042-PMIPIFA-08062016” com resultados, análises e evidências do Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, e com base nos resultados nela apresentados, solicitou-se o encerramento das suas atividades. Em atendimento a essa solicitação, o IBAMA emitiu o Ofício 02001.007909/2016-80 DILIC/IBAMA, em 20/07/2016, autorizando o encerramento do Projeto. 12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto atingiu os objetivos propostos, tendo sido considerado encerrado pelo órgão Licenciador, através do parecer Técnico 02001.003622/2015-08 COHID-IBAMA. 12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos. A NE enviou ao IBAMA a nota técnica 047/2015, de 17 de dezembro de 2015, que apresenta o plano de monitoramento de impactos do Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres, solicitando a não utilização da metodologia de amostragem por armadilhas nos transectos. Através da nota técnica NT 02001.001386/2016-68 COHID/IBAMA, de 26 de julho de 2016, o órgão licenciador avalia o referido plano, considerando que está adequado. No entanto, através da mesma nota o IBAMA solicita que seja feita uma avaliação de representatividade e complementaridade da amostra nos transectos em relação ao universo amostral total, para que se possa excluir as armadilhas nos transectos, e determina que a metodologia de amostragem através de armadilhas seja mantida até que tal avaliação seja enviada e avaliada. Até o momento, 10 campanhas foram realizadas, e as atividades de laboratório visando à identificação taxonômica encontram-se em andamento. As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são cumpridas durante a execução das atividades.

12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto., segundo os objetivos delineados no PBA. A 10a Campanha, prevista para o segundo semestre de 2016 nos Módulos RAPELD, ocorreu conforme o cronograma, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. Não foram registradas espécies

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novas para a área ou para a ciência. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. Os resultados obtidos para a fase pós-enchimento ainda não permitem comparações com os dados obtidos na fase anterior. No entanto, o 10o RC já apresenta algumas análises consolidadas preliminares, e inclui a avaliação de espécies bioindicadoras.

12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 10a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, ocorreu conforme o cronograma, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. Os resultados obtidos para a fase pós-enchimento ainda não permitem comparações com os dados obtidos na fase anterior. No entanto, o 10o RC já apresenta algumas análises consolidadas preliminares, e inclui a avaliação de espécies bioindicadoras.

12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 10a Campanha, prevista para o segundo semestre nos Módulos RAPELD, ocorreu conforme o cronograma, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. Os resultados obtidos para a fase pós-enchimento ainda não permitem comparações com os dados obtidos na fase anterior. No entanto, o 10o RC já apresenta algumas análises consolidadas preliminares, e inclui a avaliação de espécies bioindicadoras.

12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros As atividades realizadas, segundo apresentado no 14º RSAP, na conference call realizada no dia 08/08/2016, 10o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 10a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, ocorreu em todos os módulos e nos pedrais. As equipes selecionarão, durante o período, dois pedrais adicionais no TVR para substituir, no montormaneto, aqueles submersos no RX. Todas as autorizações encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. Os resultados obtidos para a fase pós-enchimento ainda não permitem comparações com os dados obtidos na fase anterior. No entanto, o 10o RC já apresenta algumas análises consolidadas preliminares, e inclui a avaliação de espécies bioindicadoras. Avaliação de resultados: No Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, o IBAMA recomenda que seja retomado o monitoramento do atropelamento nos Travessões e na BR 230, e este foi retomado, tendo sido realizadas quatro campanhas e apresentados os relatórios referentes a estas, analisando os dados de forma consolidada, demonstrando que houve redução de atropelamentos na BR e no Travessão 27, e pequeno aumento no Travessão 55 relacionado ao aumento do fluxo de veículos. Também foi dada continuidade às atividades de educação ambiental. Em 21/03/16, na CE 0129/2016-DS, a Norte Energia reiterou, junto ao IBAMA, a solicitação de reunião para alinhamento da condicionante 2.21 da LO (item a). Em 09/06/16 por meio da CE 0279/2016-DS, foi enviada ao IBAMA a Nota Técnica “NT-SBF-No 042-PMIPIFA-08062016” com resultados, análises e evidências do Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, e com base nos resultados nela apresentados, solicitou-se o encerramento das suas atividades. Em atendimento a essa solicitação, o IBAMA emitiu o Ofício 02001.007909/2016-80 DILIC/IBAMA, em 20/07/2016, em que autoriza o encerramento. A NE enviou ao IBAMA a nota técnica 047/2015, de 17 de dezembro de 2015, que apresenta o plano de monitoramento de impactos do Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres, solicitando a não utilização da metodologia de amostragem por armadilhas nos transectos. Através da nota técnica NT 02001.001386/2016-68 COHID/IBAMA, de 26 de julho de 2016, o órgão licenciador avalia o referido plano, considerando que está adequado. No entanto, através da mesma nota o IBAMA solicita que seja feita uma avaliação de representatividade e complementaridade da amostra nos transectos em relação ao universo amostral total, para que se possa excluir as armadilhas nos transectos, e determina que a metodologia de amostragem através de armadilhas seja mantida até que tal avaliação seja enviada e avaliada. Na mesma NT o IBAMA determina que a

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detecção de bioindicadores também abranja espécies de outros grupos monitorados, como herpetofauna, avifauna e mastofauna, a fim de monitorar os impactos do empreendimento. De acordo com os itens c e d da condicionante 2.20 da Licença de Operação, no âmbito do Programa de Conservação da Fauna Terrestre, o IBAMA solicita apresentar, nos relatórios de acompanhamento, análises comparativas com os dados de fases anteriores, pré-enchimento e enchimento, bem como apresentar avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, e proposta de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados dos monitoramentos biológicos. Segundo o 10o RC e 14o RSAP, a NE informa que as análises comparativas serão realizadas, mas os resultados das comparações entre os dados levantados nas duas fases, pré e pós-enchimento, somente serão possíveis, ao final de dois anos de monitoramento para a etapa de operação; informa ainda que a avaliação consolidada será realizada. Em 20 de outubro de 2015 a NE encaminha ao IBAMA uma Nota Técnica (NT SFB No. 039 Modelagem Distribuição Espécies 151015, detalhando a metodologia proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte. Na nota técnica são detalhadas as propostas com base na seleção de espécies-alvo e dados que indicam sua presença/ausência e relação com dados ambientais, coletados através de sensoriamento remoto e não aqueles coletados nos módulos RAPELD. Para cada espécie serão utilizados 14 modelos diferentes para estimar o nicho ecológico. Em fevereiro de 2016 o Ibama encaminhou à Norte Energia o Parecer 02001.000475/2016-97 COHID/DILIC, de fevereiro de 2016, contendo a Análise e Diretrizes do Plano de Modelagem de Distribuição de Espécies e Planejamento Sistemático para Conservação da Biodiversidade na Região da UHE Belo Monte. Este havia sido apresentado pela Norte Energia na Nota Técnica SFB/ Norte Energia no. 039, encaminhada ao IBAMA por meio do Documento CE 0372/2015 – DS de 20 de outubro de 2015, e tratava do Plano de Modelagem e Distribuição de Espécies da UHE Belo Monte. Através o parecer, o IBAMA entende que a proposta apresentada atende aos diversos questionamentos elencados, especialmente no sentido de obter um mapeamento das áreas de interesse para a conservação das espécies e determinar os hábitats mais vulneráveis aos impactos, permitindo direcionar estratégias de conservação. O órgão recomenda que após o enchimento do reservatório os modelos preditivos sejam recalibrados, e ainda seja verificado o efeito da alteração dos principais fatores relacionados à distribuição das espécies. Além disso, são ressaltados pelo IBAMA os seguintes pontos: Os registros de espécies e dados referentes à ADA nos módulos RAPELD, bem como dados de resgate de fauna

e monitoramento dos atropelamentos, devem ser levados em conta nas análises e na elaboração de ações de conservação.

Os resultados da modelagem de distribuição devem ser utilizados com os dados derivados da modelagem de desmatamento.

Os resultados e mapas de distribuição devem ser considerados na avaliação do PACUERA. IBAMA solicita ainda um cronograma de execução das análises e dos resultados. O cronograma solicitado pelo IBAMA foi apresentado pela Norte Energia no CE 0112/2016, listando todos os itens mencionados acima e prevendo a entrega do relatório final consolidado, incluindo as propostas de mitigação, em outubro de 2016. No 10o RC e 14o RSAP, a Norte Energia apresenta o RT_SFB_No045_Modelagem-DME_25072016, de julho de 2016, contendo a Modelagem de Distribuição das Espécies da UHE Belo Monte. No documento são atendidas as recomendações do IBAMA, ressaltando-se, no entanto, que a MDE não é a ferramenta adequada para inferir impactos causados por perda ou alteração de hábitats, modificações em pequenas escalas geográficas, e alterações na distribuição em espaços de tempo de poucos anos. As análises e conclusões apresentadas no documento tornam evidente que não é possível utilizar a modelagem de distribuição a partir de dados obtidos em monitoramento de módulos RAPELD. O relatório apresentado ainda necessita de complementação, especialmente no que diz respeito à inclusão das áreas importantes para a conservação, e a versão final deverá ser entregue em outubro, conforme acordado com o IBAMA. O andamento dos Projetos que compõem o programa durante o segundo trimestre de 2016, segundo apresentado no 14o RSAP, no 10o RC, e pela equipe da NE e executoras, encontra-se de acordo com o proposto no PBA no que diz respeito aos objetivos e metas. Estes encontram-se atendidos ou em atendimento. O Programa está atingindo os objetivos listados no PBA, no que diz respeito ao monitoramento dos diferentes grupos taxonômicos. Cabe ressaltar que, na condicionante 2.20 da Licença de Operação no. 1317, o IBAMA determina a manutenção das atividades de monitoramento por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, a apresentação da modelagem de ocorrência de espécies conforme especificado no parecer 02001.000475/2016-97 COHID/DILIC, e a apresentação de avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, com propostas de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados. Segundo cronograma apresentado pela NE em resposta ao referido parecer, esta avaliação deverá ser entregue em outubro de 2016, através de relatório conclusivo. Conforme apresentado pela Norte Energia no 13o RSAP, não há ainda resultados do monitoramento que permitam apresentar uma avaliação consolidada comparando as fases pré e pós-enchimento. No 10º RC são apresentadas análises comparativas preliminares, e ainda avaliações de espécies biodindicadoras. 12.4. Programa de Avaliação e Monitoramento da Fauna Subterrânea

Progresso reportado pela Norte Energia:

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O objetivo geral da fase anterior ao enchimento dos reservatórios era de obter conhecimento sobre a diversidade, distribuição e dinâmica populacional da fauna cavernícola na área. Após sete campanhas distribuídas em três anos de inventários consecutivos, foi constatado à alta similaridade existente entre as diferentes cavidades e determinada à riqueza da fauna cavernícola na região. Como nenhuma das cavidades sofrerá efeitos de alterações no lençol freático, ou de desmatamento no entorno, não há ações de mitigações atribuíveis ao empreendimento. No entanto, foram incluídas nas áreas de APP cavidades de alta e máxima relevância, que serão assim conservadas. A NE determina assim que as atividades de monitoramento dessas cavidades serão realizadas por pelo menos mais dois anos, conforme IN 146/2007. Conforme o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, a equipe técnica do IBAMA concorda com a sugestão de finalização do monitoramento da cavidade Pedra do Navio,

considerando os impactos antrópicos a ela já impostos e considerando seu baixo grau de relevância. Contudo, ainda

que o Relatório apresentado tenha concluído que não há ações de mitigações atribuíveis à Norte Energia,

considerando o princípio da precaução, recomenda-se determinar que o fim do monitoramento nas demais cavidades

seja decidido somente após a apreciação dos resultados das duas campanhas pós- enchimento.

O 10o Relatório Consolidado apresenta os resultados acumulados de dez campanhas do PAMFS. Na décima

campanha, realizada de 21 a 28 de fevereiro de 2016, foram monitoradas oito cavernas. O protocolo padronizado de

amostragem foi seguido em todas as campanhas. O 10o RC também atende à condicionante específica 2.3 da

ACCTMB 251/2013 (7a Retificação), sendo que todos os exemplares de invertebrados coletados na C10 foram

depositados no Museu de Zoologia da Universidade Federal do Pará – UFPA.

Conforme comunicado durante a conference call realizada no dia 08/08/2016, a 11a campanha ocorreu no mês de julho de 2016, com uma atividade complementar em agosto. Esta contará com a participação de pesquisadores responsáveis, da UFPA de Belém, para caracterizar os ambientes e para a obtenção de novos dados, com foco em grupos-chave e avaliação de sua presença apenas em cavernas. O banco de dados referente ao projeto foi atualizado de forma constante durante seu andamento. Segundo o Parecer Técnico N° 02001.005036/2014-17 – COHID/IBAMA, este programa será avaliado segundo parecer específico. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 08/08/2016 com a equipe da NE. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes, emitido em julho de 2016. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. Análise de conformidade: Segundo evidenciado pela análise apresentada no 10o RC e comunicado durante a conference call realizada em agosto de 2016, todas as campanhas previstas foram realizadas seguindo as metodologias propostas no PBA. O andamento da triagem de material segue conforme o esperado, com algumas dificuldades de identificação no que diz respeito a táxons mais específicos. Avaliação de resultados: O PAMFS tem desempenhado suas atividades em consonância com as diretrizes previstas no PBA, estando com suas metas atendidas para a Etapa de Implantação do empreendimento. O conhecimento sobre a diversidade e a dinâmica das populações da fauna cavernícola vem sendo obtido com êxito pelo programa e vem recebendo incrementos adicionais, a cada campanha. Avanços nos processos de identificação do material tombado, especialmente a partir da nona campanha foram importantes para subsidiar ações futuras de manejo a serem implementadas pelo CECAV-IBAMA. 12.5. Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos Espeleológicos – encerrado, aguardando parecer conclusivo do IBAMA

Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos Espeleológicos foi integralmente realizado no período compreendido entre o segundo trimestre de 2012 até o segundo trimestre de 2013, conforme preconizado em seu cronograma aprovado pelo IBAMA, em junho de 2012, através da emissão do Ofício 154/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA. Segundo o 9o RC, as metas estabelecidas e descritas no presente Programa foram totalmente alcançadas, tendo sido realizadas atividades de campo específicas (levantamentos topográficos exo- e endocársticos) e elaborados relatórios semestrais, mapas e modelos tridimensionais das cavidades contempladas no referido programa, assim como registro

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fotográfico de detalhe e coleta sistemática de características geológicas, geoestruturais, espeleogenéticas, geomorfológicas, hidrológicas e hidrogeológicas dos já citados Abrigos da Gravura, Assurini e do Abutre. Em relação ao Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, datado de 10/09/2015, encaminhado através do Ofício 02001.010573/2015-51 DILIC/IBAMA, referente à análise da solicitação de Licença de Operação da UHE Belo Monte (conteúdo do Relatório Consolidado Final datado de fevereiro de 2015), o IBAMA não se posicionou de forma contundente em relação ao produto final do presente Programa, para considerá-lo como concluído. Portanto, continua-se aguardando uma avaliação final do IBAMA em relação ao conteúdo do relatório técnico final e conclusivo do PBA 12.5. A NE considera o mesmo concluído e já não incluiu informações sobre o mesmo no 10º RC. 12.6. Programa de Compensação Ambiental Progresso reportado pela Norte Energia: 12.6.1 Projeto de Criação de Unidades de Conservação 12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente Em 03 de março de 2016, a Norte Energia recebeu do IDEFLOR-Bio (SEMA/PA) uma minuta do TCCA. Os

Planos de Trabalho da ESEC Grão-Pará e da REBIO Maicurú foram enviados no dia 07 de março, informando que os mesmos não haviam sido aprovados pelo CCAF. Sendo assim, o IDEFLOR-Bio encaminhou ao CCAF o Plano de Trabalho reformulado para essas unidades de conservação, para os quais se aguarda aprovação.

Até o momento, a Norte Energia informou que aguardava a confirmação sobre a aprovação do Plano de Trabalho para a ESEC Grão-Pará e a REBIO Maicurú, bem como aprovação pela Procuradoria Jurídica do Estado sobre a minuta do TCCA e o valor atualizado da compensação ambiental.

Na 14ª missão, o empreendedor informou que pediu nova prorrogação para o prazo para assinatura do TCCA com o IDEFLOR-Bio. O último prazo, concedido por meio do Ofício N° 02001.004762/201676/CCOMP/ IBAMA, era até 05 de agosto de 2016.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Reuniões e vistorias realizadas entre 16 e 19 de agosto de 2016 (14ª missão de monitoramento). 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre abril e junho de 2016 (julho de

2016). 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2016 (agosto de 2016). Termo de Compromisso para Cumprimento da Compensação Ambiental N° 10/2015 (ICMBio e UHE Belo

Monte). Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Ofício N° 02001.012671/2014-42 CCOMP/IBAMA de novembro de 2014 (deliberação da CCAF). Ofício N° 02001.012176/2014-33-CCOMP/IBAMA de novembro de 2014 (deliberação da CCAF). Análise de conformidade: Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o IBAMA havia solicitado a readequação dos cronogramas de ações de ambos os projetos e que fosse informado sobre a assinatura do TCCA entre e Norte Energia, ICMBIO e a SEMA/PA. Ainda neste parecer, o órgão ambiental informou que as metas deste programa ainda não foram iniciadas e deverão sofrer ajustes, pois muitas atividades previstas ainda não foram realizadas.

Avaliação de resultados: 12.6.1. Projeto de Criação de Unidades de Conservação 12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente No início de 2016, a Norte Energia efetuou o depósito do recurso da compensação federal ao ICMBio no valor

de R$ 135.088.387,06. No dia 28 de janeiro de 2016, foi publicado no Diário Oficial da União o extrato do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA Nº 10/2015 entre a Norte Energia e o ICMBio. É prevista a utilização deste recurso principalmente para regularização fundiária de quatro UCs federais, conforme definido pelo CCFA. Os planos de trabalho estipulam cronogramas físicos de 12 meses.

O 10° Relatório Consolidado relata que uma liminar judicial encaminhada pelo Ministério Público Estadual do Pará suspendeu a destinação de verbas de compensação ambiental da UHE Belo Monte, na parcela destinada ao Parque Nacional Juruena/MT.

O Ofício N° 02001.012176/2014-33 CCOMP/IBAMA, de 23 de outubro de 2014, determinou a destinação do recurso da compensação ambiental da UHE Belo Monte para: o apoio a quatros UCs federais (Parque Nacional do Juruena, Estação Ecológica da Terra do Meio, Parque Nacional da Amazônia e Parque Nacional da Serra do Pardo), o apoio a quatro UCs estaduais (Parque Estadual Charapucu, Parque Estadual Monte Alegre, Reserva Biológica Maicuru e Estação Ecológica Grão Pará) e a criação de três UCs estaduais (Refúgio da Vida Silvestre Tabuleiro do Embaúbal, uma UC na região da Terra do Meio e outra na Volta Grande do Rio Xingu). Assim, somente 5% do recurso foram destinados para a criação e a implantação de unidades de conservação na região próxima ao empreendimento.

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Projeto de Enchimento dos Reservatórios de Belo Monte Plano de Resgate de Fauna

Progresso reportado pela Norte Energia: O Plano de Resgate da Fauna é desenvolvido no âmbito do Plano de Enchimento dos Reservatórios e do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF) do PBA da UHE Belo Monte. As ações abrangem a fase de enchimento dos Reservatórios Xingu e Intermediário e visam o salvamento da fauna silvestre (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) diretamente afetada pela formação dos reservatórios, sobretudo dos indivíduos de mobilidade restrita ou aqueles que se encontram em situação de risco, bem como realizar o manejo específico da fauna resgatada, no sentido de relocação, solturas e envio para instituições de ensino, pesquisa e zoológicos, com a devida autorização do órgão licenciador. Em 24 de julho de 2015 foi emitida à DILIC/IBAMA, através da CE 0228/2015-DS, a Nota Técnica no 020/2015 para solicitação de emissão de Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico (ACCTMB) para o resgate embarcado, mediante a apresentação do Plano de Trabalho. Em 10 de novembro de 2015 a DILIC/IBAMA emitiu a ACCTMB no 647/2015, com validade até 01 de junho de 2017. Em 24 de novembro de 2015 foi emitida à DILIC/IBAMA, através da CE 0428/2015-DS, a Nota Técnica no 043/2015, cujo conteúdo consistiu de solicitação de retificação da ACCTMB no 647/2015, objetivando a inclusão de novos profissionais na equipe técnica, alterações nos métodos de marcação de crocodilianos e mamíferos (Cervidae, Tayassuidae e Hydrochoeridae), assim como o incremento da lista de instituições parceiras. Em 02 de dezembro de 2015 a DILIC/IBAMA emitiu a ACCTMB no 647/2015 (1a retificação), com as referidas solicitações integralmente atendidas. Em 15/04/2016, a Norte Energia encaminhou ao IBAMA a CE 0186/2016-DS, solicitando o encerramento das atividades de resgate de fauna embarcado no Reservatório Intermediário. Em análise dos dados apresentados, em 16/06/2016 o IBAMA encaminhou o Ofício 02001.006623/2016-87 COHID/IBAMA, aprovando esse encerramento. As metas indicadas no Plano de resgate de fauna foram cumpridas durante a fase de enchimento do reservatório. O relatório de vistoria apresentado pelo IBAMA aprova as atividades conduzidas e o número de recintos do CEA. Conforme comunicado pela NE no 14o RSAP e na conference call realizada no dia 08/08/2016, as ações do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna estão sendo realizadas atualmente no Reservatório do Xingu e atendem à condicionante 2.19 da LO. Foi emitida a CE 0314/2016-DS em 27/06/16, que encaminhou a Nota Técnica “NT_SFB_No045 Rescaldo Resgate no RX_27-06-2016”, propondo a redução de 12 (doze) para seis equipes embarcadas a partir de julho/2016. Em reposta, o órgão ambiental, encaminhou o Ofício 02001.007253-2016-03 COHID/IBAMA de 01/07/16, onde afirma não haver óbice à redução de equipes. Sendo assim, e conforme confirmado pela NE durante a conference call, o resgate no RX está sendo conduzido por seis equipes, e os animais resgatados são principalmente os de hábitos arborícolas, como preguiças e primatas. Segundo comunicado durante a conference call realizada no dia 08/08/2016, a ocupação do CEA atualmente é baixa, o número de recintos é suficiente e os animais estão sendo destinados a instituições como zoológicos. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 08/08/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. 10º Relatorio Consolidado de Acompanhamento do Andamento do PBA e atendimento às Condicionantes,

emitido em julho de 2016. Nota Técnica no. 2001.002331/2015-94 CGFIS/IBAMA relatando as constatações da equipe de fiscalização do

IBAMA em vistoria realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro. Nota Técnica 02001.000207/206-75, encaminhada através do Ofício OF 02001.002018/2016-37, que apresenta

o relatorio da vistoria do IBAMA à região de influência da UHE Belo Monte entre os dias 25 e 29 de janeiro de 2016.

Análise de conformidade: Os resultados estão conformes, bem como o atendimento ao disposto pelo órgão Ambiental. Avaliação de resultados: Os resultados indicam que um número considerável de indivíduos foi resgatado durante as atividades, e os procedimentos de soltura foram realizados de forma apropriada. O relatório enviado pelo IBAMA mostra que tanto as atividades de resgate como o número de recintos do CEA estão de acordo com o solicitado pelo órgão Licenciador.

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13. Plano de Conservação dos Ecossistemas Aquáticos 13.1. Programa de Monitoramento da Flora

Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa é composto por dois projetos, descritos abaixo.

13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais A Norte Energia informou que foi dado andamento a este projeto no 2° trimestre de 2016. Dessa forma, foi

realizada, conforme o cronograma, a 12ª campanha trimestral do monitoramento fenológico. Esse componente do projeto está previsto até o 4º trimestre de 2017.

Na 14ª missão, foi relatado que estava em andamento a 3ª campanha bianual do monitoramento fitossociológico, com a medição do Módulo 5. Os demais módulos com parcelas deste projeto já haviam sido medidos. Esta corresponde à 1ª campanha após o enchimento do reservatório.

13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras A Norte Energia informou que foi dado andamento a este projeto no 2° trimestre de 2016, conforme o

cronograma. Dessa forma, foram realizadas a 12ª campanha trimestral do monitoramento fenológico do componente arbustivo-arbóreo e a 19ª campanha trimestral do monitoramento fenológico das Podostemaceae. Esses estudos são previstos até o 4º trimestre de 2017.

Deu-se continuidade ao monitoramento da espécie nova de Mourera, registrada ainda em 2012 na área do empreendimento, à jusante e à montante do reservatório.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões e vistorias realizadas entre 16 e 19 de agosto de 2016 (14ª missão de monitoramento). 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre abril e junho de 2016 (julho de

2016). 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2016 (agosto de 2016). 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016). Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Análise de conformidade: Conforme o Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o órgão ambiental recomendava que a Norte Energia atualizasse as listas de espécies ameaçadas encontradas na região segundo a Portaria MMA N° 443/2014, cujo atendimento foi evidenciado no 9° Relatório Consolidado.

Avaliação de resultados: 13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais Considera-se que os objetivos e as metas do PBA estão sendo alcançados, tais como: avaliação da composição

florística e estrutural das áreas de monitoramento e ampliação do conhecimento científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas Aluviais na região da UHE.

O monitoramento fenológico nas ilhas teve início em setembro de 2013 e possui cinco espécies-alvo: Cynometra marginata, Discocarpus essequeboensis, Hevea brasiliensis, Mollia lepidota e Zygia cauliflora. O 10° Relatório Consolidado apresenta os últimos resultados deste estudo, relativos até março de 2016. Foram observados nove eventos fenológicos distintos, a maioria na fenofase “mudança foliar”. Não foram apresentadas conclusões parciais no relatório.

É informado ainda que o estudo registrou 14 espécies protegidas, sendo uma em perigo (EN) (Virola surinamensis) e uma em perigo crítico (Vouacapoua americana), ambas espécies-alvo do projeto de banco de germoplasma.

13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras

Considera-se que o projeto continua executando as atividades previstas e que os objetivos e metas do PBA estão sendo cumpridos, tais como: realização de estudos fitossociológicos e fenológicos dos grupos objeto de estudo, documentação da fenologia das espécies-alvo, ampliação do conhecimento da composição florística e estrutural das áreas de estudo.

O 10° Relatório Consolidado apresenta os últimos resultados deste projeto, referentes até março de 2016. O monitoramento fenológico do componente arbustivo-arbóreo nas ilhas teve início em setembro de 2013 e

abrange cinco espécies-alvo: Couepia cataractae, Laelia gloriosa, Myrciaria dubia, Strophocactus wittii e Tillandsia arhiza. Foram observados nove eventos fenológicos distintos, a maioria na fenofase “mudança foliar”. Após dois anos de monitoramento, observou-se uma melhor distribuição nos eventos fenológicos, tendo representatividade para floração, frutificação e mudança foliar. Por tratar-se de uma dinâmica específica com forte influência da correnteza do rio, existe uma dificuldade natural em se observar eventos fenológicos menos

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duradouros. Em março de 2016, não foi possível realizar a observação dos eventos fenológicos pois as parcelas estavam submersas devido a cheia do rio Xingu.

O monitoramento fenológico das Podostemaceae é realizado desde novembro de 2011 em seis parcelas distribuídas em três ilhas, no qual são abordadas seis espécies: Castelnavia princeps, C. noveloi, C. cf. multipartita, Mourera alcicornis, Tristicha trifaria e Weddellina squamulosa. De forma geral, no que se refere à fenologia das espécies de Podostemaceae entre a 1ª e 18ª campanhas, verificou-se que os eventos fenológicos são fortemente influenciados pela dinâmica das águas do rio.

13.2. Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos

Progresso reportado pela Norte Energia: As ações desse Projeto visam à organização de informações de maneira sistemática mediante a implantação de um banco de dados, de modo que seja efetivada a integração das informações de distribuição das espécies da fauna aquática em um sistema geo-referenciado. Esta integração permitirá elaborar mapas integrados dos hábitats aquáticos da área de inserção do empreendimento, indicando práticas de manejo e conservação. Primariamente, tais dados são oriundos dos projetos de monitoramento de quelônios, mamíferos aquáticos, crocodilianos, avifauna aquática e semiaquática, ictiofauna e flora, de modo a elaborar mapas dos principais hábitats reprodutivos, tróficos e áreas de vida. Secundariamente, dados brutos são obtidos dos projetos de monitoramento de qualidade das águas superficiais e níveis e vazões, para compor a matriz abiótica das análises integradas realizadas. O Programa tem interface com Projetos dos seguintes Programas: Conservação da Ictiofauna, Conservação da Fauna Aquática (mamíferos aquáticos, avifauna e crocodilianos), Conservação e Manejo de Quelônios, Monitoramento da Flora (florestas aluviais e formações pioneiras), Monitoramento Limnológico e de Qualidade de Água (limnologia e macrófitas); Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico (níveis e vazões). Os resultados deste programa foram também empregados na elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu. O parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, informa que o Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos é analisado através de parecer específico. O relatório consolidado apresentado pela NE para a obtenção da LO considera que não existem até o momento impactos evidentes nas populações de mamíferos aquáticos e semiaquáticos, quelônios, crocodilianos e ictiofauna durante a instalação do empreendimento, e que os objetivos do programa foram atendidos e portanto este se encontra finalizado, apontando que as atividades a serem continuadas para a fase de operação devem ser realizadas no âmbito dos projetos específicos de monitoramento. No entanto, de acordo com o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, o órgão licenciador considera que embora os resultados não apontem a existência de impactos, estes serão sentidos na fase de operação do empreendimento, recomendando que o programa seja ampliado por, pelo menos, mais três ciclos hidrológicos completos após a entrada em operação do empreendimento. Não há condicionantes relativas a este programa na Licença de Operação no. 1317/2015. As metas indicadas no Programa vêm sendo cumpridas, uma vez que este se caracteriza pela execução de atividades de forma contínua, por se tratar da organização sistemática de dados oriundos dos monitoramentos em andamento, no âmbito dos Programas de Conservação da Ictiofauna, Fauna Aquática, Quelônios, Flora, Limnologia e Qualidade da Água, Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico. Os dados estão sendo analisados com o uso do programa Ecopath, e há uma sobreposição com o Plano de gerenciamento Integrado da Volta Grande, apresentado no documento PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME. Segundo o 10o RC, os bancos de dados georreferenciados vêm sendo atualizados com as informações das populações de quatro grandes grupos de animais aquáticos (mamíferos aquáticos, quelônios, crocodilianos e peixes), os mapas integrados com as principais áreas de uso da fauna aquática e semiaquática são atualizados e estudos de integridade ecológica serão realizados ao final de cada ciclo hidrológico. Os resultados da avaliação dos efeitos da formação dos reservatórios e do trecho de vazão reduzida na distribuição espaço-temporal da fauna aquática (mamíferos aquáticos e semiaquáticos, avifauna, crocodilianos e quelônios) indicaram que até o momento a formação dos reservatórios e do trecho de vazão reduzida não desencadearam impactos sob a distribuição espaço-temporal dos mamíferos aquáticos e semiaquáticos, avifauna aquática e semiaquática lato sensu e crocodilianos. Por sua vez, para os quelônios foram detectadas alterações na densidade de registros entre as fases pré e pós-enchimento. No período de enchente foi detectada alteração no Reservatório do Xingu, onde houve diminuição na densidade de registros na fase pós-enchimento. No período de cheia, a diferença foi detectada no TVR e no Rio Bacajá, com aumento da densidade. Esses dois resultados foram associados a diferenças causadas pelo nível da água na detectabilidade dos animais, não implicando na cessidade de medidas de mitigação de impactos. Os resultados apresentados para este programa aguardam ainda a avaliação do IBAMA, que será dada através de parecer específico.

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Escopo da verificação do andamento do Programa no período:

Conference call realizada no dia 08/08/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia, Biota e Arcadis/Naturae. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. 10º Relatorio Consolidado de Andamento do PBA e atendimento às condicionantes. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015. RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6º Relatório Consolidado de

Atendimento ao PBA e Condicionantes. Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME),

de fevereiro de 2014. Análise de conformidade: Segundo o Parecer Técnico N° 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6º Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, este Programa será avaliado por meio de parecer específico. Segundo comunicado pela equipe da NE, o projeto está em conformidade com os objetivos e cronograma propostos no PBA. Avaliação de resultados: O projeto apresenta resultados preliminares, em análise pelo Órgão Licenciador, resultantes da análise conjunta de todos os dados obtidos pelos diferentes Programas. Os resultados estão conforme com o previsto no PBA. Os resultados previstos consistem na determinação de áreas prioritárias para a conservação e o manejo, com base em dados do meio físico e de variação espacial das espécies e populações dos grupos da fauna aquática a que se refere o projeto. A confirmação da importância destas áreas para a manutenção das populações aquáticas será de fato permitida após consolidação e análise integrada final dos dados, com consequente identificação de práticas de manejo para os hábitats aquáticos, conforme cronograma do Programa. 13.3. Programa de Conservação da Ictiofauna Progresso reportado pela Norte Energia: 13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica Realização da 18ª campanha (abril de 2016); Processamento e tombo das amostras biológicas do inventário taxonômico, monitoramento da ictiofauna e

resgate da ictiofauna; Triagem dos espécimes coletados na 16ª e 17a campanhas de monitoramento da ictiofauna e tombamento; Elaboração de fichas de identificação e mapas de distribuição.

13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna Realização das atividades de acompanhamento ambiental e resgate da ictiofauna da UHE Belo Monte: Casas de

Força Sítios Belo Monte e Pimental, Trecho de Vazão Reduzida (TVR), Canal de Derivação, Reservatórios Intermediário e Xingu.

13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais Estão sendo realizados experimentos de alimentação, reprodução natural, micro habitats e alevinagem com as

espécies Pituna xinguensis, Plesiolebias altamira e Simpsonichthys reticulatus e acaris (Hypancistrus zebra, Hypancistrus sp “zebra “marrom”, Hypancistrus sp “pão”, Scobinancistrus sp “tubarão” e Baryancistrus sp “verde”);

Foi realizada no período de maio-junho/2016 uma pesquisa que teve por objetivo aprofundar conhecimentos socioeconômicos e elaborar o perfil individual dos pescadores de peixes ornamentais que atuam na região. As entrevistas foram realizadas com 69 pescadores de peixes ornamentais que utilizam sítios pesqueiros localizados na AID do empreendimento, incluindo o Reservatório do Xingu, Volta Grande do Xingu e parte do Trecho de Restituição de Vazão.

13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna Realização da 18ª campanha (abril de 2016).

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13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável Foram realizados registros de desembarque e registros dos pescadores e das embarcações de pesca que chegam

aos portos de desembarque, com o objetivo de quantificar o universo destas unidades e dos seus trabalhadores associados na região.

Os pescadores entrevistados foram também classificados pelas suas atividades principais em: i) comerciais de consumo, ii) ornamentais, iii) subsistência ou iv) combinações destas três categorias;

Para analisar os dados de desembarque, foram estimados: o esforço e a produção mensal por ano, por porto, por trecho do rio e por sistema de pesca, a partir da somatória de cada um dos desembarques em cada caso;

A partir do presente relatório e considerando que alterações na composição de espécies na captura poderiam ser observadas na fase de “pós-enchimento”, foi realizado o monitoramento temporal para as principais espécies capturadas. Foram utilizados apenas os desembarques em que a espécie escolhida representava pelo menos 25% de toda a captura de cada viagem;

No dia 7 de abril de 2016, foi realizada reunião da Comissão da Pesca, desenvolvida no âmbito do Fórum de Acompanhamento Social da UHE Belo Monte, que teve como tema central a devolutiva do IBAMA aos pescadores e seus intervenientes do estudo solicitado pelos mesmos durante o seminário realizado em fevereiro de 2016. Participaram do evento: representantes do IBAMA, da Casa de Governo em Altamira, representantes da Norte Energia, instituições do terceiro setor, pescadores e seus representantes.

Em maio foram realizadas oficinas participativas para a definição de projetos de assistência técnica para a pesca em atendimento à condicionante 2.24 da Licença de Operação da UHE Belo Monte.

13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes Sistema de monitoramento por vídeo-imagem: para ajudar a estabilizar o fornecimento de energia e evitar

interrupções decorrentes de quedas de tensão, no mês de maio foram instalados ‘nobreaks’ com bateria externa, que possibilita o monitoramento por períodos de até oito horas em caso de interrupção do fornecimento de energia;

Foram feitos ajustes nos equipamentos entre os dias 25 e 27 de maio de 2016, com o objetivo de melhorar a qualidade dos dados de vídeo;

Foram realizadas três campanhas (dez/2015, fev/2016 e abr/20156) referentes ao monitoramento da ictiofauna na área de jusante da barragem do sítio Pimental e do sistema de transposição de peixes (STP);

Escopo da verificação do andamento do Programa no período:

Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de agosto de 2016); 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionamente para o IBAMA; 14º RSAP, período de abril a junho de 2016; CE 363/2016-DS – Cronogramas de Comissionamento de UG e STP da UHE Belo Monte (01/08/2016); CE 385/2016-DS – Reunião de Esclarecimentos sobre o CIPAR-Altamira – Referente: Acordo de Cooperação

Técnica No. 006/2014 (08/08/2016). Análise de conformidade: Os Projetos do Programa de Conservação da Ictiofauna estão em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: 13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica Até o presente, considerando-se as 18 campanhas do monitoramento e o material adicional tombado na coleção

científica do Laboratório de Ictiologia de Altamira, foram contabilizadas 12 ordens, 48 famílias e 477 espécies de peixes (190.005 exemplares) no rio Xingu e seus tributários;

Da riqueza total registrada até o momento, 50 espécies de peixes (10,4% da riqueza total) foram identificadas como endêmicas para a bacia do rio Xingu e 22 espécies (4,6% da riqueza total) ainda não foram descritas pela ciência. Destas 22 espécies, 6 estão sem especialistas associados ao processo de descrição;

12 espécies com algum grau de ameaça, segundo a portaria N° 445 do Ministério do Meio Ambiente, publicada em 17 de dezembro de 2014;

Atualmente existem 3 espécies (Hypancistrus zebra “marrom”, Baryancistrus sp “verde” e Typhlobelus auriculatus) registradas somente na ADA/AID do empreendimento. Indivíduos de Hypancistrus sp “zebra marrom” e Baryancistrus sp “verde” estão sendo mantidos nos aquários do Laboratório de Aquicultura e Peixes Ornamentais.

13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna No período de nov/2015 à jun/2016 foram registrados 8.716,218kg de peixes vivos e 20.282,76kg de peixes

perecidos; Entre os resgates realizados no período de nov/2015-jun/2016, os que tiveram maior biomassa foram as ações

executadas no Trecho de Vazão Reduzida (TVR), com um total de 7.028,27 kg de peixes vivos e 279,6 kg de perecidos, correspondendo a 3,8% do total registrado no TVR no período. Outro resgate de importância foi

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realizado em uma ensecadeira na margem direita no sítio Pimental, sendo resgatados 1.088,91kg de peixes vivos e apenas 14,9kg de peixes perecidos, correspondendo a 1,3% do total;

Entre a biomassa registrada perecida, a maior parte foi proveniente do sítio Pimental, particularmente durante as operações iniciais do Vertedouro Pimental;

Durante o comissionamento das unidades geradoras de Belo Monte e Pimental, no período de 17/02 a 19/04/2016, foram necessários resgates na caixa espiral e sucção (estruturas da máquina). Foi resgatado um total de 140,79kg de peixes vivos e 1,05kg perecidos (0,74% do total). Os peixes perecidos recolhidos apresentavam lesões características causadas por testes em UG´s;

Durante o comissionamento das unidades geradoras, UG01 de Belo Monte (UG01-BM), UG01 e UG02 de Pimental (UG01-PM e UG02-PM) e a operação comercial com partidas e paradas de máquina foram recolhidos um total de 664,278 kg de peixes perecidos relacionados aos testes.

Trecho de Vazão Reduzida, Canal de Derivação e Reservatórios No dia 24/08/2016, durante a vistoria no TVR, foram resgatados e soltos no rio Xingu em condições de

sobrevivência 2109 peixes totalizando 16,115kg de biomassa e registrados 134 peixes perecidos totalizando 0,544kg de biomassa. Ao todo foram registradas 43 espécies pertencentes a 12 Famílias e 5 Ordens.

Sítio Belo Monte As máquinas UG01 e UG02 permanecem paradas e voltarão a operar de acordo com a disponibilidade de água.

Durante a vistoria no canal de fuga e a jusante, não foram recolhidos peixes perecidos. Sítio Pimental Durante as atividades de acompanhamento ambiental das três UG’s (UG01, UG02 e UG03) de Pimental

permaneceram em operação comercial. Durante a vistoria não foram registrados peixes perecidos a jusante do barramento;

Considerando os dados consolidados as atividades de resgate e a biomassa viva e perecida no período de 20/04/2016 a 24/08/2016 estão apresentadas na Tabela 13.3.2.a a seguir.

Tabela 13.3.2.a Local, biomassas, viva e perecida, consolidadas dos dias 20/04/2016 a 24/08/2016 (Fase de operação).

Local Biomassa Viva (Kg) Biomassa Perecida (Kg) Canal de fuga - UG - Belo Monte – Lesões físicas 0,000 229,490

Canal de fuga - UG - Belo Monte – Qualidade da água 9,878 2148,863 Canal de fuga - UG - Pimental – Comissionamento 0,000 1,625

TVR-1 175,738 11,074 TVR-2 45,087 0,310 TVR-3 90,027 1,090 TVR-4 352,521 5,674

Ensecadeira margem direita 1088,908 14,400 Total 1762,159 2412,526

13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais A espécie Hypancistrus sp. “marrom” apresenta baixo deslocamento, permanecendo no mesmo local por longos

períodos. Com isso, se faz necessária alteração nas condições de densidade e de disponibilidade de tocas constantemente, como tentativa de induzir a reprodução. A resposta aos estímulos tem sido satisfatória. Mesmo sendo a espécie mais sensível dentre os acaris;

A espécie Hypancistrus sp. “pão” é comum em vários ambientes do rio Xingu, acredita-se que seja também facilmente reproduzida em cativeiro. Um dos fatores que podem apresentar resposta positiva é o controle da temperatura da água, a redução da temperatura pode ser o gatilho reprodutivo para o sucesso do manejo;

A espécie Hypancistrus sp. “pão” é comum em vários ambientes do rio Xingu, acredita-se que seja também facilmente reproduzida em cativeiro. Um dos fatores que podem apresentar resposta positiva é o controle da temperatura da água, a redução da temperatura pode ser o gatilho reprodutivo para o sucesso do manejo;

Foi realizado um experimento com peixes anuais para verificar a taxa de eclosão e sobrevivência dos alevinos. O experimento está em andamento.

Atividades de Manejo de Peixes Ornamentais do Xingu Hypancistrus sp. “pão”: foi observado uma desova dessa espécie, porém foi realizado um manejo inadequado e

houve a perda dos alevinos; Hypancistrus zebra: foi observado desovas ao longo do período, assim que visualizada a desova, foi realizada a

aferição dos parâmetros físico-químicos da água e não foi constatada nenhuma alteração importante para o comportamento reprodutivo evidenciado, o macho teve um comportamento de canibalismo com os ovos/alevinos.

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13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna Considerando todos os setores amostrados com o protocolo padronizado (igarapé, igapó, canal, remanso e

lagoa), durante as campanhas de enchente e cheia de 2016, foram capturados 9.269 peixes distribuídos em 207 espécies, pertencentes a 8 ordens, 36 famílias e 129 gêneros;

Dentre os ambientes estudados, o que apresentou maior abundância foi remanso, com 4.948 espécimes, seguido do ambiente de igarapé (N = 3.679) e lagoas (N = 473).

Ecologia Trófica e Reprodutiva Nas campanhas de cheia e seca de 2014 e de 2015 nos cinco setores monitorados, foram destinadas para análise

de isótopos estáveis 4.068 amostras de músculos de peixes de 192 espécies distintas, agrupadas em 27 famílias e nove guildas tróficas. As amostras coletadas na cheia de 2016 (abril) estão sendo analisadas e os resultados das análises comparativas entre a cheia pós-enchimento com a de pré-enchimento serão apresentados no 11°Relatório Consolidado;

Nas duas últimas campanhas (enchente e cheia de 2016) foram analisadas as gônadas de 4.285 peixes, pertencentes a 155 espécies distribuídas em 27 famílias. Um total de 150 espécies, representando 81% dos indivíduos analisados, apresentou gônadas em maturação e maduras;

Através de uma análise de agrupamento das 20 espécies mais abundantes de acordo com a frequência de indivíduos maduros nas campanhas de enchente e cheia entre 2014 e 2016 foi possível reconhecer uma forte similaridade entre as campanhas de cheia dos anos 2014 e 2016 e entre as campanhas de enchente de 2015 e 2016. Foram reconhecidos três grupos sendo diferenciados por espécies com desova concentrada no período de cheia ("Grupo a": e.g. Ageneiosus ucayalensis; Auchenipterus nuchalis); espécies com desova mais expressiva no período de enchente ("Grupo b": e.g. Curimata inornata, Hemiodus unimaculatus); e espécies com maior captura no período de cheia que coincide com intensa atividade reprodutiva ("Grupo c": e.g. Plagioscion squamosissimus e Moenkhausia heikoi).

Dinâmica de populações Após a realização das campanhas de enchente e cheia de 2016 foram coletadas dez das 11 espécies alvo do

estudo de dinâmica populacional, sendo estas: Ageneiosus inermis, Cichla melaniae, Geophagus altifrons, Leporinus fasciatus, Myloplus rubripinnis, Plagioscion squamosissimus, Prochilodus nigricans, Semaprochilodus brama; e as espécies ornamentais conhecidas como: Ancistrus ranunculus e Baryancistrus xanthellus, todas importantes em termos de produção pesqueira na região. É importante destacar o registro da captura de um indivíduo de amarelinho (Baryancistrus xanthellus), no setor 5 - Reservatório Intermediario, indicando uma provavel colonização desta espécie neste novo ambiente aquático.

Monitoramento dos Sitios IC13, IC14 e IC5 Durante as duas últimas campanhas (enchente e cheia de 2016) foram coletados nestes três novos sítios, 540

peixes distribuídos em 6 ordens, 21 famílias e 71 espécies, sendo Characiformes a ordem mais abundante com 243 espécimes coletados. A ordem Characiformes foi representada por 12 famílias, apresentando-se como a família mais abundante Hemiodontidae, com 72 indivíduos coletados. A espécie mais abundante foi Tocantinsia piresi (N = 80).

Ictioplâncton As amostragens de ictioplâncton foram realizadas entre abril de 2012 e fevereiro de 2016, totalizando 23

campanhas. Até o momento foram capturados um total de 18.004 ovos, 65.555 larvas e 4.391 indivíduos jovens e em alguns casos, indivíduos adultos, sendo denominados como juvenis nas análises;

A atividade reprodutiva, com base no ictioplâncton, apresentou uma maior densidade de ovos e larvas no setor de Jusante da casa de força principal e uma redução no rio Bacajá. No Reservatorio do Xingu e no Trecho de Vazão Reduzida não foram detectadas diferenças quando camparadas as campanhas pré e pós-enchimento da mesma fase hidrológica. No Reservatório intermediario não foram ainda registrados ovos e larvas.

De um ponto de vista global a ictiofauna não apresentou qualquer alteração atribuída a fatores antrópicos, e a variabilidade encontrada até então é reflexo da heterogeneidade de paisagem dos setores monitorados, dos diferentes ambientes aquáticos e das variações naturais das condições hidrológicas locais;

Considerando todas as capturas das campanhas de enchente e cheia desde o início do monitoramento, não houve temporalmente (9 campanhas - quatro anos) qualquer tipo de tendência de redução da abundância e riqueza de espécies de peixes em cada setor estudado e, as variações temporais observadas são reflexos de fases hidrológicas distintas (enchente vs. cheia).

13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável Pescadores e Embarcações Considerando os pescadores que aportaram nos portos de desembarque monitorados pelo projeto e aqueles que

foram cadastrados em visitas técnicas às comunidades, foram registrados 3.164 pescadores envolvidos nas

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atividades de pesca, desde abril de 2012 até abril de 2016; Do total de pescadores cadastrados, 57,6% são pescadores citadinos (moram nas cidades monitoradas pelo

projeto) e 27,9% são pescadores que moram em localidades rurais ribeirinhas; Do total de pescadores entrevistados, 93% se dedicam exclusivamente à captura de peixes de consumo, 2% se

dedicam exclusivamente à pesca de peixes ornamentais e 5% capturam peixes ornamentais e de consumo, se ocupando com as duas atividades, de acordo com as necessidades e demandas;

Foram registradas 2.692 embarcações, das quais 2.445 estão atuando na atividade pesqueira (registros nos portos), sendo 78% canoas de madeira movidas com motor rabeta, 13% barcos de madeira com motor de centro, 7% são canoas de madeira com propulsão a remo e 2% são voadeiras de alumínio com motor de popa ou de rabeta;

Os municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Senador José Porfírio se destacam pelo maior número de registros de embarcações pesqueiras. As canoas com rabetas são predominantes em todas as localidades de desembarque;

Pesca de Consumo No período de abril de 2012 a abril de 2016, foram registrados 42.112 desembarques de peixes de consumo.

Deste total, 40.966 se referem a viagens exclusivas de pesca, o restante inclui atividades de venda de pescado por atravessadores. A soma do esforço acumulado destas viagens resultou em 61.046 pescadores e 91.768 dias de pesca;

A produção total de peixes de consumo no período todo foi de 2.675,69 toneladas de pescado. Os maiores volumes de pescado desembarcados foram registrados nos portos de São Félix do Xingu (20%), Altamira (20%), seguidos de Maribel (14%) e Gurupá (13%);

A produção total anual em 2012 (abril a dezembro) foi de 777 t, em 2013 foi de 641 t, em 2014 de 425 t, em 2015 de 630 t e em 2016 a produção, de janeiro a abril, foi de 204 t.

Na composição específica do pescado desembarcado no rio Xingu, destacam-se os tucunarés (Cichla spp) com 20%, as pescadas (principalmente Plagioscion squamosissimus) com 19%, seguidos pelos pacus (várias espécies da família Serrasalmidae) com 12%, o curimatã (Prochilodus nigricans) com 6% e a dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) com 5%. Estas espécies representaram 62% da produção total de pescado;

Rendimento (CPUE) das Pescarias O rendimento médio geral estimado para a pesca com finalidade de consumo no rio Xingu, no período de abril

de 2012 a abril de 2016 foi de 18,94 kg.pescador-1.dia-1. Em 2016 (janeiro a abril) o rendimento médio foi de 17,09 kg.pescador-1.dia-1 (DP=16,77);

Comparando os diversos sistemas de pesca de consumo, o rendimento foi maior na pesca com rabetas que usam redes (RR; mediana 17 kg.pescador-1.dia-1) e rabetas que usam redes e linhas (RRL, mediana 16 kg.pescador-

1.dia-1); Evolução Temporal da pesca de Consumo Na análise da evolução mensal dos dados de produção, esforço e CPUE por localidade de desembarque, no

período de abril de 2012 a abril de 2016, foi observado que a produção não foi constante ao longo dos meses, mostrando períodos de safra, que refletem a evidente sazonalidade da pesca;

Em Gurupá, as maiores capturas foram registradas no período de estiagem (agosto-setembro). Em Porto de Moz, o pico de safra foi na estiagem, porém foi observado um pequeno aumento durante o final da cheia e início da vazante (março-abril). Em Senador José Porfírio e Vila Nova o maior pico de produção ocorreu na cheia e vazante. Nas localidades de Vitória do Xingu e Belo Monte, o pico mais evidente ocorreu no período de maior vazão. Nos trechos a montante das cachoeiras, foram registrados dois picos, sendo o maior no período de vazante e seca e outro menor no período de cheia.

Valoração econômica da pesca A receita total bruta declarada da atividade pesqueira de consumo, nos desembarques do rio Xingu, alcançou R$

15.604.297,00 no período de abril/2012 a abril/2016. Em 2016 (janeiro a abril), a receita foi de R$ 1.479.535,00; As maiores receitas corresponderam à comercialização do pescado nas localidades de Altamira (26%), São Félix

do Xingu (23%), Maribel (13%) e Gurupá (12%); Dentre as espécies capturadas pela pesca de consumo, o pirarucu alcançou os melhores preços, com média de

R$ 12,75/kg (DP=3,31), seguido do filhote com valor médio de R$ 8,45/kg (DP=2,04), ambos comercializados principalmente nos portos abaixo das cachoeiras. Peixes como matrinxã, tucunaré, surubim, fidalgo, pirapitinga e tambaqui também possuem bons valores de comercialização com preços médios que variam entre R$ 6,60/kg a R$ 7,84/kg. As espécies menos valorizadas foram: bicuda e arraia com preços médios de R$ 2,11/kg e R$ 2,55/kg.

Pesca Ornamental No período de abril de 2012 a abril de 2016 foram registrados nos portos 3.364 desembarques de peixes

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ornamentais. Deste total, 3.304 se referem a viagens exclusivas para a captura de peixes ornamentais, sendo as demais viagens destinadas à compra dos peixes de aquário. O esforço acumulativo das viagens de pesca resultou em 4.984 pescadores e 8.717 dias de pesca;

A produção total de peixes ornamentais registrada para todo o período de coletas foi de 447.526 unidades. Os maiores registros de desembarque ocorreram nos portos de Altamira (94,6%), seguidos pela localidade de Belo Monte (3,6%) e São Félix do Xingu (1,8%);

O principal sistema de pesca utilizado nas capturas de peixes ornamentais foi rabeta com mergulho compressor, sendo responsável por 42% do total de indivíduos capturados;

O acari amarelinho (Baryancistrus xanthellus) foi a espécie mais capturada, com 47% do total de unidades, seguida do acari pão (Hypancistrus sp. “pão”) com 10%, acari picota ouro ou picota (Scobinancistrus aureatus) com 9%, acari bola azul (Spectracanthicus punctatissimus) e acari tigre de listra (Peckoltia vittata) com aproximadamente 5%.

Rendimento (CPUE) das Pescarias O rendimento médio das viagens de pesca para peixes ornamentais no período de abril de 2012 a abril de 2016

resultou em 61 unidades.pescador-1.dia-1 (DP= 65,83); Em 2016 o rendimento médio foi de 70 unidades.pescador-1.dia-1(DP=55,62) (janeiro-abril). Evolução Temporal da pesca de Consumo Na comparação da evolução da produção, do esforço e da CPUE da pesca de peixes ornamentais entre os anos

de 2012 e 2016, em geral, as maiores capturas foram registradas no período de estiagem. Valoração econômica da pesca Para a pesca de peixes ornamentais, a receita total bruta declarada da atividade foi de R$ 1.962.869,25 no

período de abril de 2012 a abril de 2016, sendo R$ 322.558,00 em 2012 (abril a dezembro), R$ 473.994,00 no ano de 2013, R$ 608.282,00 em 2014 e R$ 476.503,00 em 2015. Em 2016 a receita foi de R$ 81.517,00 (janeiro a abril);

Considerando somente as 5 espécies mais abundantes na captura geral, observa-se que em Altamira os maiores valores de comercialização foram das espécies acari picota ouro e acari aba laranja. Em São Félix do Xingu o preço médio de comercialização da espécie acari picota ouro foi maior que em Altamira. Em Belo Monte, o acari picota ouro e o acari tigre de listra foram às espécies menos valorizadas, os maiores valores de comercialização nesse porto foram registrados para o acari pão e acari aba laranja.

13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes Do total de 1.854 indivíduos coletados, 1.767 tem a espécie confirmada e 87 ainda estão sendo identificados

pelo taxonomista responsável; Um total de 720 indivíduos tiveram o sexo e maturação sexual determinados. Em relação ao grau de repleção

estomacal (GR) e o grau de gordura corporal (GG), 720 indivíduos foram classificados de acordo com as categorias adotadas;

Foram detectados pelos sistemas de RFID, até o dia 30/04/2016, 94 espécimes todos capturados e soltos dentro do STP. Até o final do mês de julho nenhum dos 18 espécimes soltos à jusante haviam sido detectados dentro do STP;

Os dados de monitoramento por vídeo coletados entre os dias 22 de março e 02 de maio de 2016 estão sendo processados e serão apresentados no próximo Relatório Consolidado.

13.4. Programa de Conservação da Fauna Aquática

Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa é dividido em três (03) subprogramas: 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos De acordo com o Parecer Técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, os objetivos do projeto encontram-se atendidos ou em atendimento, exceto aqueles que dizem respeito a impactos que serão verificados apenas após o enchimento dos reservatórios. Com relação à solicitação da NE para que após o enchimento seja mantido apenas o monitoramento de musteídeos e excluídos o monitoramento de cetáceos e sirênios, e ainda que fossem monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas os mustelídeos na AID do

empreendimento durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico, o Órgão Licenciador indica que

devem sem mantidos os monitoramentos de todos os grupos da mastofauna aquática e semi- aquática que vêm sendo

monitorados até o momento em todas as áreas de monitoramento atuais, por pelo menos dois anos após o

enchimento. No entanto, o Ibama está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para

campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia, para todos os grupos. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o

encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos resultados obtidos nas campanhas

pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do IBAMA.

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A condicionante 2.22 da Licença de Operação Nº 1317/2015, reitera as solicitações do Parecer 02001.003622/2015-

08.

O projeto de monitoramento de mamiferos aquáticos e semiaquáticos está respaldado pela Autorização de Captura,

Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013. Todos os itens listados na condicionante 2.3 desta autorização

são considerados atendidos, segundo o parecer Técnico do Órgão Licenciador.

O 10o RC apresenta uma análise preliminar comparativa dos resultados pré e pós enchimento, para todos os grupos

de hábitos aquáticos e semi aquáticos, avaliando quais estão sendo registrados nos reservatórios. Conforme apresentado no 14o RSAP e comunicado durante a conference call realizada em 08/08/2016, foi realizada em março de 2016 a 17a campanha de monitoramento de cetáceos e sirênios, e o banco de dados está sendo atualizado. De acordo com a condicionante 2.22 da Licença de Operação no. 1317/2015, a NE deverá dar continuidade ao monitoramento de mamíferos aquáticos e semi-aquáticos por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, e este só poderá ser interrompido após anuência do IBAMA. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática Com relação à solicitação da NE para que as campanhas após o enchimento passem a ser semestrais, o Ibama está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia. No que diz respeito à solicitação apresentada no mesmo relatório para que após o enchimento, seja monitorado por mais dois anos (IN 146/2007) apenas a avifauna aquática e semiaquática na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, o IBAMA indica que menos 2 anos, devem ser executadas campanhas semestrais em todas as áreas de monitoramento do pré enchimento, para que se possa avaliar o deslocamento das espécies. O IBAMA ressalta ainda que apenas durante as campanhas de monitoramento pós-enchimento será possível avaliar a necessidade de medidas de mitigação, com base nos resultados obtidos. Embora grande parte dos objetivos e metas do projeto estejam atendidas ou em atendimento, o parecer técnico emitido para obtenção da LO aponta que algumas das metas só poderão ser atendidas com base nos resultados obtidos nos próximos dois anos. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos

resultados obtidos nas campanhas pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do

IBAMA. O 10o RC apresenta uma análise comparative preliminar dos resultados obtidos na primeira campanha pós

enchimento com os dados consolidados obtidos na fase pré-enchimento. Segundo as análises, até o momento a formação dos reservatórios e do trecho de vazão reduzida não desencadearam impactos na diversidade da avifauna aquática e semiaquática lato sensu na área de influência do empreendimento. Conforme apresentado no 14o RSAP e comunicado durante a conference call realizada em 08/08/2016, foi realizada em março de 2016 a 17a campanha de monitoramento de avifauna aquática e semi-aquática, incluindo o monitoramento do compartimento intermediário. Neste último, foi registrado um total de 503 aves de 96 espécies, sendo 370 avistamentos e 133 vocalizações. Através no método de Ponto de Escuta foram registrados 226 espécimes (oito estritamente aquáticas e 12 associadas a ambientes criados por rios) e, pelo método de Transecto, 277 espécimes (16 estritamente aquáticas e sete associadas a ambientes criados por rios). Os demais dados coletados durante a campanha ainda estão sendo tabulados. O projeto de monitoramento de avifauna aquática e semiaquática está respaldado pela Autorização de Captura,

Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013. Todos os itens listados na condicionante 2.3 desta autorização

são considerados atendidos, segundo o parecer Técnico do Órgão Licenciador.

13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Dado o padrão da frequência de registros dos crocodilianos da perturbação causada pela alta frequência dos monitoramentos e ao padrão de ocupação observado e descrito na a análise apresentada pela NE no Relatório Final Consolidado, esta solicita ao IBAMA, neste mesmo documento, bem como no conjunto de pacotes de trabalho apresentado no PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, que após o enchimento dos reservatórios, os crocodilianos sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico. De acordo com o Parecer Técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, o Órgão Licenciador está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia. No que diz respeito à alteração solicitada para que após o enchimento sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas os crocodilianos na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, o IBAMA indica que as campanhas devem ser realizadas em todas as áreas de monitoramento do pré-enchimento. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos

resultados obtidos nas campanhas pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do

IBAMA. De acordo com o Parecer 1553, emitido em 15 de julho de 2014 pela DILIC/IBAMA por meio do Ofício

02001.0076/2014, o monitoramento de crocodilianos nos módulos RAPELD deve ser realizado apenas no período

de cheia.

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De acordo com a condicionante 2.22 da Licença de Operação no. 1317/2015, a NE deverá dar continuidade ao monitoramento de crocodilianos por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, e este só poderá ser interrompido após anuência do IBAMA. Conforme apresentado no 14o RSAP e comunicado durante a conference call realizada em 08/08/2016, foi realizada em março de 2016 a 6a campanha de monitoramento de crocodilianos nos módulos RAPELD. No mês de abril foramconduzidos os transectos no rio Xingu e principais tributários no âmbito da 17ª campanha de monitoramento de crocodilianos. O 10o RC apresenta uma análise comparativa preliminar dos resultados obtidos nas campanhas pré-enchimento e a primeira campanha realizada após o enchimentos dos reservatórios. Para verificar os possíveis impactos da formação do Reservatório do Xingu e/ou do Trecho de Vazão Reduzida sob os crocodilianos, foram comparadas as densidades de crocodilianos entre as fases pré e pós-enchimento dos reservatórios. Não foram identificadas diferenças estatísticas na densidade de registros entre as campanhas de cheia para os cinco anos de monitoramento, indicando que até o momento não houve impacto da formação do Reservatório Xingu ou do Trecho de Vazão Reduzida sobre os crocodilianos. Conforme parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, no ano de 2016 serão realizadas duas campanhas de monitoramento, uma no período de cheia e outra no período de seca Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 08/08/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015, de 24 de novembro de 2015 RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes, emitido em julho de 2016. Análise de conformidade: Para todos os projetos, os relatórios referentes ao período apresentam análises comparativas preliminares entre as fases pré- e pós-enchimento, conforme solicitado pelo IBAMA. 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para mustelídeos, cetáceos e sirênios. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, para todos os grupos. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para a avifauna aquática e semi-aquática. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, em todas as áreas, incluindo-se o compartimento formado pelo Reservatório Intermediário. 13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para as quatro espécies de crocodilianos presentes na área do empreendimento. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, incluindo-se o compartimento formado pelo Reservatório Intermediário.

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Avaliação de resultados: Os resultados das comparações entre as fases pré- e pós- enchimento apontam que não são sentidos ainda, nos resultados do monitoramento, impactos do empreendimento, não sendo necessário o emprego de medidas mitigatórias até o momento. 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos Foram realizadas até o momento todas as atividades previstas no cronograma físico do PBA. Os resultados mostram que as atividades realizadas representam uma contribuição impotante ao conhecimento do uso do Rio Xingu e demais corpos d’água por mamíferos aquáticos, e deverão no futuro subsidiar ações para a conservação destas espécies na região. O projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática O relatório final consolidado, o Conjunto de pacotes de trabalho “PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação”, e o 10o RC, delineiam os principais aspectos relacionados à distribuição, diversidade, uso do habitat, ambientes importantes para a nidificação, alimentação e áreas prioritárias para a conservação da avifauna aquática na área do empreendimento. Os resultados apresentados mostram que o projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Os resultados apresentados no 10o RC e no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação” mostram que o projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. As análises apresentadas detectam as áreas de distribuição das quatro espécies de crocodilianos, e aspectos relacionados à biologia destas na área do empreendimento, representando uma contribuição importante para a manutenção das espécies na região. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.5. Programa de Conservação e Manejo de Quelônios

Progresso reportado pela Norte Energia: Durante o primeiro trimestre de 2015 foi emitido o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Neste parecer é feita uma análise da Nota Técnica no 013 de 2014, com a proposta de reestruturação e ajustes nos projetos que compõem este programa. A análise do órgão licenciador, apresentada no parecer, a reestruturação é pertinente, e desta forma o Programa passa a conter dois projetos: Projeto Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios e Projeto de Manejo e Conservação de Quelônios de Belo Monte. 13.5.2 Projeto de Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios A NE solicitou, no relatório final consolidado, e no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, emitido em julho de 2015 que o IBAMA autorizasse a realização do projeto por mais dois anos após o enchimento dos reservatórios, no Reservatório do Xingu, Reservatório Intermediário e Trecho de Vazão Reduzida, e propôs que, após estes dois anos, fosse elaborado um relatório considerando o status de atendimento dos objetivos e metas, e da necessidade de continuação deste projeto. Conforme consta do 10o RC, após o enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte foram realizadas duas campanhas, uma no período de enchente e outra no período de cheia. Sendo assim, para avaliar os efeitos da formação dos reservatórios e do trecho de vazão reduzida na distribuição espacial e temporal dos quelônios, são comparados os dados dos períodos de enchente e cheia das fases pré e pós-enchimento. Houveram algumas diferenças na abundância de quelônios entre as fases pre e pós-enchimento, com diminuição dos animais avistados no RX e aumento no TVR. Estes dados, no entanto, estão possivelmente associados à probabilidade de avistamento, sendo um viés do método amostral utilizado. O monitoramento de quelônios via telemetria continuará sendo realizado por meio do sistema de satélites ARGOS. No segundo semestre de 2016 serão instalados 10 transmissores em tracajás. Com relação ao monitoramento hidrossedimentológico, e a solicitação da NE para que este fosse interrompido sob o argumento de que o tabuleiro do Embaubal se encontra na AII e não deverá sofrer impactos do aumento do fluxo de embarcações ou da deposição de sedimentos, o IBAMA requer, no Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, que o monitoramento dos sedimentos nas praias seja mantido para avaliar os efeitos do enchimento, e eventualmente implementar projetos de monitoramento e contenção destes, caso necessário.

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No parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA a análise de atendimento à condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 379/2013 e retificações dá como antendidos todos os itens, para este projeto. Na Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, a condicionante 2.23 demanda a continuidade das atividades previstas no projeto, solicitando ainda a apresentação de análises comparativas pré e pós-enchimento nos relatórios. 13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios Segundo apresentado no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, emitido em julho de 2015, após quatro períodos reprodutivos monitorados, todos os objetivos e metas previstos para o período pré-enchimento dos reservatórios foram atendidos. Após a formação do reservatório, o monitoramento reprodutivo dos quelônios contempla ações voltadas ao comportamento adaptativo de Podocnemis unifilis aos novos ambientes no Trecho de Vazão Reduzida, bem como às áreas remanescentes no Reservatório do Xingu. Após o enchimento dos Reservatórios, as ações previstas envolvem: Monitoramento reprodutivo nas áreas a jusante da UHE Belo Monte e TVR; Ações em parceria entre o PMQ, SEMAT e a Secretaria Municipal de Educação (SEMED); Ações de educação ambiental e manejo, a partir da instalação de chocadeiras seminaturais na Volta Grande do

rio Xingu; Ações de manejo envolvendo os membros comunitários das colônias de pesca e alunos; Monitoramento do fluxo de embarcações, nos portos, e em loco (na praia Juncal), bem como as reuniões de

cunho informativo e educativo sobre os possíveis impactos das embarcações sobre o comportamento reprodutivo de Podocnemis expansa.

Assim como previsto na Nota Técnica sobre reestruturação dos Projetos que compõem o Programa de Conservação de Quelônios, encaminhada ao IBAMA (CE 0203/2014-DS) e, aprovada por meio do Parecer 005036/2014-17 COHID/IBAMA, após o término do período reprodutivo de 2016 (5° ano de realização do Projeto), será encaminhado ao IBAMA um relatório avaliando o status de atendimento dos objetivos e metas deste Projeto e, serão propostas diretrizes para uma nova etapa. No parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA a análise de atendimento à condicionante 2.4 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 379/2013 e retificações dá como atendidos todos os itens, para este projeto. Na Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, a condicionante 2.23 demanda a continuidade das atividades previstas no projeto, solicitando ainda a apresentação de análises comparativas pré e pós-enchimento nos relatórios. NO 10o RC tais análises, sob forma preliminar, já são apresentadas. Durante a conference call realizada no dia 08/08/2016 e ainda no 14o RSAP, foi comunicado que durante o mês de julho o monitoramento do reservatório teve como principal objetivo identificar as áreas remanescentes pós-enchimento para uso das espécies-alvo. Foram identificadas 101 áreas de desova possíveis, sendo 80 no RX e 21 à montante do reservatótio. Todas foram consideradas apropriadas para a realocação de ninhos. Não foram registradas fêmeas assoalhando ou rastros na praia. O mesmo trabalho foi feito no TVR, também sem registro de desovas ou assoalhamento. Foi observado o aumento de pessoas fazendo uso das praias, e a NE elaborou cartilhas para esclarecer às pessoas sobre a reprodução das tartarugas. Com relação ao monitoramento do Tabuleiro do Embaubal, este teve início no mês de julho, sendo já registrados 10 ninhos de pitiú no mesmo mês, e mais sete ninhos em agosto. Deste total, três já foram removidos pela população local para consumo. Foram elaboradas e distribuídas cartilhas de educação ambiental e monitradas palestras em escolas e associações de moradores, tanto em Senador José Porfírio quanto em Vitória do Xingu, para um total de 483 participantes. As atividades junto às embarcações começam entre os meses de agosto e setembro, com a chegada das tartarugas. É possível constatar, através do RC e RSAP, bem como da conference call, que foi dado início ao monitoramento nos reservatórios e na praia artificial formada no canal de fuga, resultante da deposição de material excedente da dragagem obrigatória deste, conforme solicitado pelo IBAMA no Parecer 02001.004676/2015-82. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 08/08/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 14º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de abril a junho de 2016,

emitido em julho de 2016. 10o Relatorio Cobsolidado de Andamento do PBA e atendimento às Condicionantes, emitido em julho de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Nota Técnica NT_SFB_No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia

proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da

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biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015 RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6º Relatório Consolidado de

Atendimento ao PBA e Condicionantes. Nota Técnica NT_SFB_No013_Quelônios_09_07_14_LEME, solicitando a reestruturação dos Projetos que

compõem o Programa de Manejo e Conservação de Quelônios Aquáticos. Parecer 02001.004676/2015-82 – Análise dos documentos CE 0206/2015 – DS e CE 0355/2015-DS de

solicitação de autorização para depositar no Rio Xingu matéria excedente da dragagem do Canal de Fuga da UHE Belo Monte.

Análise de conformidade: 13.5.2 Projeto de Pesquisa sobre ecologia de quelônios Todas as metas deste projeto que deveriam ser cumpridas antes do enchimento dos reservatórios foram atendidas. Após o enchimento dos reservatórios deu-se continuidade ao acompanhamento dos animais marcados através de transmissores por satélite, bem como às demais ações solicitadas pelo Órgão Licenciador. Conforme verificado através do 14o RSAP, 10o RC e conference call realizada, todas as atividades previstas no PBA têm seus objetivos e metas em atendimento ou atendidas, conforme o cronograma. Ainda, conforme comunicado no 14o RSAP, e apresentado no 10o RC, a comparação preliminar entre os resultados das fases pré- e pós-enchimento já está sendo realizada, não tendo sido detectados resultados decorrentes de impactos gerados pelo empreendimento. 13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios As atividades encontram-se de acordo com as metas previstas para o projeto, com o acompanhamento contínuo das desovas nas praias e manejo dos ninhos, realizados de forma integrada com atividades de educação ambiental. Todas as ações previstas encontram-se dentro do cronograma do PBA, cumprindo as metas a que se destina o projeto, inclusive no que diz respeito à integração com os outros dois projetos que compõem este Programa. Conforme verificado através do 14o RSAP, 10o RC e conference call realizada todas as atividades previstas no PBA têm seus objetivos e metas em atendimento ou atendidas, conforme o cronograma. Após o enchimento do reservatório, deu-se início ao monitoramento das novas áreas. Deu-se ainda início ao monitoramento da praia artificial formada pela dragagem do canal de Fuga. Avaliação de resultados: O Programa e seus três projetos vêm atingindo os objetivos listados no PBA, com o aumento do conhecimento sobre as três espécies alvo no que diz respeito à sua ecologia alimentar, reprodutiva e ao uso do ambiente. Vêm sendo realizadas as atividades de acompanhamento da reprodução e manejo dos ninhos, de forma conjunta com as ações educativas e de conscientização. As comunidades locais estão sendo envolvidas no projeto, sempre que possível. Os objetivos e metas estão em atendimento ou atendidos. 14. Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu 14.1. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias 14.1.1 Projeto de Monitoramento da Atividade Garimpeira

Progresso reportado pela NE: Foi realizada em 28/06/2016 nova vistoria na região da Volta Grande, tendo se estendido até a região denominada Jericoá. Na oportunidade, também foram visitadas as comunidades do Garimpo do Galo e da Ressaca. Essa vistoria, assim como as três últimas campanhas, não registrou a presença de dragas em operação, demonstrando que, até o momento, a atividade garimpeira na calha do rio Xingu não vendo sendo desenvolvida no trecho monitorado, no que concerne ao leito do rio e suas margens. O monitoramento da evolução dos “status” dos processos minerários junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vem sendo feito de forma contínua, por meio do acompanhamento no Diário Oficial da União (D.O.U.) e, quando pertinente, com vistas aos processos na superintendência do órgão em Belém (PA). O Quadro 14.1.1 – 1 apresenta o número de processos minerários na região tem se mantido praticamente constante, sendo registrado no período apenas o requerimento para pesquisa de quatro novas áreas, todas de titularidade da empresa Belo Sun, além de diversos outros eventos da rotina administrativa do DNPM, como o indeferimento do requerimento de pesquisa correspondente à ID 31, que não mais faz parte da base do DNPM.

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Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: O PGIVGX, apresentado em atendimento à condicionante 2.22 da Licença de Instalação (LI) nº 795/2011, representa uma proposta de integração efetiva e quantificada dos resultados dos monitoramentos realizados na Volta Grande do Xingu, no âmbito do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte, tanto socioeconômicos, quanto ambientais. Na etapa de operação da UHE Belo Monte, o Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (PGIVGX) manterá sua proposta de apresentar anualmente análises por meio da integração de componentes, indicadores e variáveis oriundos das atividades de monitoramento desenvolvidas no âmbito dos projetos componentes do referido Plano por meio do Índice de Sustentabilidade Socioambiental (ISSA), antes e após o empreendimento operar a plena carga, ocasião em que será executado o período de testes de seis anos do Hidrograma Ecológico de Consenso. O Projeto de Monitoramento da Atividade Garimpeira (14.1.1) realizou, em junho de 2016, nova campanha de monitoramento onde não se constatou indícios de atividades garimpeiras desenvolvidas na calha do rio Xingu. Embora em vistoria anterior a dezembro de 2013, tenha ficado constatada a presença de balsas promovendo atividade garimpeira no leito do rio Xingu, próximo à foz do rio Bacajá, nas vistorias realizadas posteriormente, em junho e outubro de 2014, junho e dezembro de 2015 e, recentemente, em junho de 2016, não foi registrada a presença de equipamentos de mineração em atividade, tendo sido constatada somente a presença de dois conjuntos de dragagem (balsas) estacionados na margem do rio totalmente desmontados. A atividade relativa ao Acompanhamento da Evolução dos Processos Minerários na Região da Volta Grande do Xingu, no período do primeiro semestre de 2016, permitiu concluir que, do total de 44 (quarenta e quatro) eventos ocorridos, 26 (vinte e seis) dizem respeito a processos da empresa Belo Sun, inclusive com quatro novos requerimentos (ID’s 34, 35, 36 e 37), sendo os demais relativos a processos de titularidade de Joel de Oliveira, Filadelfo dos Reis Dias e Eliseu de Oliveira, todos considerados atos de rotina administrativa do DNPM. No que diz respeito ao licenciamento ambiental do projeto de mineração Volta Grande da empresa Belo Sun, as informações obtidas nas comunidades da Ressaca e Garimpo do Galo dão conta de que, no período considerado, não houve avanço nas tratativas junto aos órgãos competentes. 14.2. Programa de Monitoramento das Condições de Navegabilidade e das Condições de Vida 14.2.1. Projeto de Monitoramento do Dispositivo de Transposição de Embarcações

Progresso reportado pela NE: O Projeto de Monitoramento do Dispositivo de Transposição de Embarcações (14.2.1), por sua vez, apresenta os resultados consolidados da operação do sistema ao longo do primeiro semestre de 2016. O número de embarcações, usuários e carga transportada são semelhantes aos observados ao longo do segundo semestre de 2015, após o fechamento do canal direito de navegação do rio Xingu no Sítio Pimental e consequente obrigatoriedade de passagem pelo Sistema de Transposição de Embarcações (STE). Nos meses de maio e junho de 2016, percebe-se o aumento no número de embarcações transpostas, sem que haja aumento expressivo no tempo médio de transposição, indicativo de que a qualidade do serviço ofertado não sofreu alterações em função do incremento da demanda. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016.

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Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: O STE, considerando o período de fevereiro de 2013 até junho de 2016, completou 41 meses de funcionamento ininterrupto. Nesse período, o sistema contabilizou a transposição de 9.976 embarcações, atendendo diretamente 38.460 usuários. Segundo dados do monitoramento, do início da operação do sistema até junho de 2016, do total de 9.976 embarcações que transitaram pelo STE, os barcos de madeira de pequeno porte representam 35,6% (3.553) das embarcações que transpuseram o sistema. As voadeiras representam 61,1% das transposições realizadas. O período posterior ao enchimento dos reservatórios indica que as tendências de aumento proporcional no número de voadeiras, em detrimento ao uso das tradicionais rabetas, seguem inalteradas. A continuidade dos monitoramentos permitirá, a partir da inserção de novos dados, observar a evolução do cenário observado. Com relação às passagens no STE, os anos de 2013 e 2014, muito em função da dificuldade que embarcações de menor porte e propulsão de menor potência encontram para a navegação durante o período de cheia, evidenciam uma maior utilização do sistema durante esse período. Em 2015, a utilização do sistema torna-se maior nos períodos de vazante e seca, após a obrigatoriedade de uso do sistema. Para o primeiro semestre do ano 2016, o número de embarcações que usaram o sistema foi maior durante o período de cheia, enquanto que o número de usuários se manteve praticamente estável. A partir do próximo relatório consolidado (RC) será possível compreender de maneira mais clara eventuais sazonalidades de uso do STE após a obrigatoriedade de uso. 14.2.2. Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Produção

Progresso reportado pela NE: As atividades do Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Escoamento da Produção (14.2.2) cumprem, até o momento, suas metas e prazos previstos no PBA da UHE Belo Monte. No período continuaram os levantamentos periódicos sazonais, bem como foram realziadas reuniões de avaliação e repasse de informações para implantação de soluções mitigadoras para dificuldades à navegabilidade e ao escoamento de produção. As duas últimas campanhas, correspondentes aos períodos de enchente e cheia de 2016, ocorreram após a formação dos reservatórios do empreendimento. Configuram-se, dessa forma, como as primeiras informações referentes às condições de navegabilidade e escoamento da produção no novo cenário estabelecido. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. O programa continua a ter sua execução alinhada com as metas propostas, específicas e gerais, bem como com o cronograma de implementação. Avaliação de resultados até junho de 2016: Após a realização de 17 campanhas do Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Produção (14.2.2), os monitoramentos periódicos indicaram que a navegação praticada no rio Xingu e na Volta Grande se mantém semelhante àquela observada quando do início do monitoramento. Como resumo dos 17 monitoramentos realizados, as constatações anteriores permanecem inalteradas, ou seja: A navegação praticada no rio Xingu e na Volta Grande se mantém de maneira semelhante à observada quando

do início do monitoramento, onde a obrigatoriedade de uso do STE após o enchimento do reservatório do Xingu e a entrada em operação do empreendimento não alteraram a dinâmica de navegação;

Constatou-se que o principal fator que afetou a navegação entre Altamira e a Volta Grande ao longo do monitoramento, com a diminuição de viagens de linha e do transporte de cargas para a região do povoado da Ressaca, foi o fechamento dos garimpos, uma das principais atividades na geração de renda e trabalho para os moradores da Volta Grande;

Ocorreu a diminuição no número de passageiros nas viagens de linha, porém, o registro geral de transposição do STE indica que não há alteração no fluxo de pessoas entre Altamira e as comunidades da Volta Grande do Xingu;

A demanda por serviços de navegação provocada pela implantação da UHE Belo Monte influenciou positivamente na ampliação da frota de embarcações em Altamira, em especial das voadeiras e balsas, e na prestação de serviço por meio de empresas formalizadas; e,

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A implantação do STE atendeu ao objetivo de garantir a navegação na região do barramento, tendo seu funcionamento completado 40 (quarenta) meses de forma ininterrupta.

14.2.3. Projeto de Monitoramento das Condições de Vida das Populações da Volta Grande

Progresso reportado pela NE: No período de janeiro a junho de 2016 foi realizado o oitavo monitoramento referente ao projeto 14.2.3. Foram analisados para diferentes aspectos e agrupados nos seguintes temas: (i) A população e suas condições e modos de vida; (ii) os padrões de ocupação e condições de moradia nos imóveis rurais e urbanos; (iii) A produção e as atividades econômicas rurais e urbanas; (iv) A dinâmica social e de práticas culturais; (v) Os padrões de uso do rio Xingu e demais afluentes; e (vi) Expectativas da população. Dando continuidade às atividades de repasse e troca de informações com moradores da Volta Grande do Xingu e instituições públicas, foram realizadas, ao longo do primeiro semestre de 2016, uma reunião da Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande e uma série de reuniões comunitárias vinculadas ao Plano de Comunicação para Moradores da Volta Grande do Xingu. Em 31 de março de 2016, foi realizada a 13ª Reunião da Comissão de Gerenciamento da Volta Grande e a 9ª Reunião do Comitê Permanente de Acompanhamento do Sistema de Transposição de Embarcações do Fórum de Acompanhamento Social de Belo Monte – FASBM, tendo, como principais temáticas, a operação da UHE Belo Monte, informações sobre a operação do STE e os monitoramentos realizados no âmbito dos projetos que compõem o PGIVX, além da apresentação do Plano de Comunicação para Moradores da Volta Grande do Xingu. Em abril de 2016, deu-se início às reuniões comunitárias desenvolvidas no âmbito do Plano de Comunicação para Moradores da Volta Grande do Xingu. As reuniões tiveram como tema principal prestar esclarecimentos quanto à operação da UHE Belo Monte e dirimir dúvidas dos moradores da Volta Grande. Entre os temas mais abordados, destacam-se a pesca, e questões afetas à segurança e estabilidade da barragem do Sítio Pimental. Foram realizadas até o momento oito reuniões, totalizando mais de 200 participantes. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: O Projeto de Monitoramento das Condições de Vida (14.2.3) foi referenciado nas oito pesquisas amostrais aplicadas nas populações residentes nas vilas e nos imóveis rurais ao longo da Volta Grande. Os dados levantados nessas campanhas permitiram verificar a evolução dos indicadores de diversos aspectos da dinâmica econômica e social na região do rio Xingu. Especificamente, os dados da última campanha, realizada após o início de enchimento dos reservatórios, indicam que as condições de vida, usos do rio e meios de produção seguem as mesmas dinâmicas observadas nos monitoramentos anteriores. Identificou-se que o rio Xingu continua sendo a principal forma de deslocamento e escoamento da produção. As atividades produtivas não mostraram alterações, a pesca continua a ocorrer de acordo com a dinâmica previamente estabelecida e o cacau segue como importante produto para obtenção de renda. Adicionalmente, não havendo alterações significantes no uso da água para abastecimento, tanto em áreas urbanas, como em áreas rurais. Além disso, os equipamentos públicos da região seguem sendo acessados por meio da navegação. Podem ser indicadas três realidades distintas: os povoados de Belo Monte e Belo Monte do Pontal, na confluência do rio Xingu e da BR 230; os povoados da Ressaca, Ilha da Fazenda e Garimpo do Galo, mais próximos da Barragem Principal (cerca de 15 km); e a população distribuída pelos imóveis rurais ribeirinhos desse trecho do rio Xingu e de alguns tributários, que vive da agropecuária e da pesca. As principais alterações observadas, em grande medida, podem ser vinculadas à UHE Belo Monte, com a construção ou melhoria dos equipamentos de educação e saúde e a implantação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nas vilas. Outra mudança verificada do início do monitoramento até o momento é um maior acesso à energia elétrica, com a implantação na região do Programa Luz para Todos. Na percepção dos moradores entrevistados, serviços públicos relacionados à saúde, educação e melhoria dos acessos terrestres configuram-se como os principais constrangimentos locais. Nos núcleos urbanos, a segurança pública também desponta como preocupação.

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14.2.4. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Fluvial Progresso reportado pela NE: As atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto 14.2.4 durante o primeiro semestre de 2016 se basearam no planejamento para futura implementação das medidas mitigadoras a serem executadas na região da Percata no rio Bacajá, com o início das tratativas para a obtenção da autorização relativa às futuras intervenções junto ao IBAMA. Além disso, procederam-se as reuniões com as comunidades ribeirinhas e urbanas e implantação da sinalização definitiva ao longo do rio Xingu. Todas as ações realizadas no período estão estreitamente relacionadas à contínua execução da atividade 4 do Cronograma do presente Projeto 14.2.4, que se caracteriza pela proposição e implementação de medidas subsidiadas pelos resultados dos Projetos de Monitoramento do Dispositivo de Transposição e da Navegabilidade, implantando melhorias para o funcionamento do sistema em locais críticos no que tange a alterações no tráfego de embarcações. Durante o primeiro semestre de 2016, tiveram continuidade às vistorias de campo nos percursos fluviais próximos ao Sítio Pimental para constatação das possíveis interferências e das condições de uso das boias de sinalização instaladas no entorno do STE. As referidas boias constituem a sinalização náutica instalada na região, que orienta as embarcações a navegarem nos trechos fluviais do rio Xingu que dão acesso ao STE. Em função dessa proposição e com base nos dados obtidos durante a implantação do Plano de Ação para Atendimento das Demandas de Navegabilidade, foram iniciados os estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental para que sejam consolidadas, e futuramente implementadas, as soluções de engenharia propostas na região da cachoeira Percata, situada no rio Bacajá. Dentro desse tema, vale destacar que as intervenções de engenharia a serem implementadas na região da Percata já estão sendo avaliadas pela Norte Energia, sendo que consultas técnicas em relação aos aspectos do seu licenciamento ambiental junto ao IBAMA foram colocadas em andamento. Nesse sentido, em seu OF 02001.007427/2016-49 CGENE/IBAMA, de 8 de julho de 2016 (Anexo 12.2.4-1), o IBAMA orientou a Norte Energia a proceder à avaliação de impactos ambientais gerados pela solução de engenharia a ser implantada, e ao detalhamento das ações preventivas e mitigadoras desses impactos, no âmbito do processo de licenciamento ambiental da UHE Belo Monte. Além disso, foi solicitada consulta à Fundação Nacional do Índio (Funai) para a devida manifestação sobre o assunto, o que já havia sido feito pela Norte Energia no bojo de sua correspondência CE 058/2016-DS, datada de 06/03/16, sem se ter ainda posicionamento da referida Fundação, conforme informado ao IBAMA por meio da correspondência CE 0306/2016, de 22 de junho de 2016. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 14° RSAP, período de abril a junho de 2016. 10° Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

julho de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados até junho de 2016: As atividades desenvolvidas no âmbito do presente Projeto 14.2.4 durante o primeiro semestre de 2016 (janeiro a junho de 2016) estiveram relacionadas à implantação e acompanhamento da sinalização de segurança e alerta no trecho do rio Xingu que abrangeu tanto o Reservatório do Xingu (Barramento Pimental até cidade de Altamira), quanto o trecho de jusante ao Barramento Pimental, região no entorno do STE. Levando-se em consideração esse contexto de resultados parciais disponíveis, no qual não houve ainda condições de efetivamente testar as condições de navegabilidade sob as condições mais críticas de vazões, o refinamento e consolidação dos estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental para futura implantação das soluções de engenharia se estenderá até o final do quarto trimestre de 2016, após a execução da segunda campanha do Plano de Ação de Apoio à Navegação acima comentada. Ressalta-se que após a realização da referida segunda campanha, se terá uma plena avaliação e caracterização, em condições reais de operação, tanto da região da Percata no rio Bacajá, quanto dos pontos de alerta do rio Xingu, no período de estiagem mais acentuado estabelecido pelo Hidrograma de Consenso. 15. Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno dos Reservatórios – PACUERA Progresso reportado pela NE: No 7° Relatório Consolidado do PACUERA, encaminhado ao IBAMA por meio da CE 035/2015, foi apresentado o zoneamento dos reservatórios e da parte terrestre de forma a conciliar o uso antrópico com as normas operativas do empreendimento, a conservação dos recursos naturais, a melhoria dos ecossistemas locais e da bacia de contribuição como um todo. Também foi apresentado o histórico das tratativas documentais até à aprovação pelo IBAMA da delimitação da Área de Preservação Permanente – APP Variável dos Reservatórios do Xingu e Intermediário. A proposta de delimitação da APP variável da UHE Belo Monte foi aprovada em 23/07/2015 por meio da Nota Técnica n° 02001.000646/2015-05 COHID/IBAMA encaminhada pelo Ofício 02001.006742/2015-59 DILIC/IBAMA, que analisou o documento CE 295/2014-DS referente à complementação da proposta da APP

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variável no entorno dos reservatórios. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 10º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, de janeiro a junho de 2016. Análise de conformidade: Segundo informado no 10º RC, a análise do PACUERA que constou no Parecer n° 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, relacionadas ao atendimento ao Ofício 510/2011 DILIC/IBAMA, mostrou que todos os itens encontravam-se atendidos. Segundo as planilhas de atendimento aos objetivos e metas que constam no 10º RC, todos os objetivos e metas previstos no PBA para este Plano encontram-se concluídos. Avaliação de resultados até o final de 2015: Conforme mencionado acima, a proposta de delimitação da APP variável da UHE Belo Monte foi aprovada em junho de 2015 por meio da Nota Técnica n° 02001.000646/2015-05 COHID/IBAMA. No Parecer n° 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA de análise da solicitação de LO da UHE Belo Monte, o IBAMA informou que o PACUERA será analisado por meio de um documento específico. Até a data de emissão do 10º RC, o IBAMA não havia emitido a referida análise do PACUERA. A NE aguarda a emissão desse parecer específico do IBAMA, com a análise da “Versão Resumida” do PACUERA, e onde se espera que conste a definição das datas para a realização da Consulta Pública. Após aprovação do Plano, o Programa de Gestão Ambiental e Sócio Patrimonial e o Programa de Recomposição da Cobertura Vegetal da APP, ambos propostos no âmbito do PACUERA, poderão ser executados. O cronograma apresentado como anexo ao Relatório do P.15 do 9º RC previa a aprovação pelo IBAMA até junho de 2016. No 10º RC, no entanto, esta ação aparece estendida para o 3º trimestre de 2016. A elaboração de Termo de referência para contratação e a contratação propriamente dita são etapas também com previsão de finalização no 3º trimestre de 2016.