quadrinista, escritor, produtor e criador de personagens de hq … · 2019-03-08 · com o...

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¬ Iniciado no último dia 5, a terceira edição do Cir- cuito de Arte Urbana (Cu- ra), começa a apresentar seus resultados mais bem delineados, como o mu- ral (foto) feito pela artis- ta Criola na empena do edifício Chiquito Lopes, na rua São Paulo. A previ- são é de que ele esteja concluído na próxima sexta-feira. Os outros três trabalhos, a cargo da argentina Hyuro, do be- lo-horizontino Comum e da dupla Nika e Surto, se- rão finalizados até domin- go. O Cura tem a rua Sa- pucaí como “mirante” pa- ra se acompanhar o de- senvolvimento das obras. Ícone. Stan Lee marcou gerações graças aos super-heróis que criou, entre eles o Homem-Aranha Os dois lados ¬ THIAGO PRATA ¬ A importância de Stan Lee para as HQs tem um pe- so semelhante ao dos Bea- tles para a música – ou, qui- çá, de Charlie Chaplin para o cinema. Chega a ser di- fícil, para qualquer fã do criador de heróis da Mar- vel, tentar sintetizar seu le- gado, que não se limitou a clássicas páginas de obras envolvendo personagens como Homem-Aranha, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Pantera Negra e X- Men, mas ganhou também a televisão, o cinema, os ga- mes e tantas outras mídias. E não ficou apenas no universo Marvel. Ele tam- bém chegou a trabalhar na DC Comics, como na déca- da de 2000. Em outras pala- vras, Stan Lee se tornou o maior super-herói para vá- rias gerações e milhões de fãs ao redor do mundo. Ontem, aos 95 anos, morreu o pai e criador de muitos desses heróis. A in- formação foi confirmado ao site TMZ pela filha do quadrinista norte-america- no, nascido em Nova York, em 1922. Ficam os ensina- mentos, as histórias, o lega- do. Nasce o mito. Segundo a publicação do TMZ, Stan Lee foi leva- do de ambulância ao Ce- dars-Sinai Medical Center ontem. Há anos ele en- frentava vários proble- mas de saúde. Nesta se- gunda-feira, o quadrinista acabou sucumbindo. Até o fechamento desta edição, a causa da morte não havia sido revelada. HISTÓRIA. Lee começou a carreira em 1939. Uma de suas primeiras criações foi o Destroyer (não confundir com o Demolidor, que tam- bém foi imaginado por ele em parceria com Bill Eve- rett), em 1941, mas o herói não obteve o sucesso de suas futuras contribuições. Suas principais obras vie- ram com a renovação dos quadrinhos nos anos 50 e 60, justamente quando Stan Lee estava pensando em mudar de carreira e sua esposa sugeriu que ele con- tasse as histórias que que- ria, independente de serem adequadas ou não às fórmu- las de super-heróis. Esse conselho coincidiu com a in- tenção da Marvel de reno- var seu rol de personagens, e a partir daí vieram os Vin- gadores originais, o Doutor Estranho, o Quarteto Fan- tástico, os X-Men, entre muitos outros heróis exalta- dos hoje no cinema. Com a ajuda de Steve Ditko (com quem imagi- nou o Homem-Aranha) e Jack Kirby (parceiro na criação de Hulk, Thor e Ho- mem de Ferro), Stan Lee deu início à ideia de um universo compartilhado para as histórias dos he- róis da Marvel no início da década de 60, o que culmi- nou em diversas sagas que envolviam heróis diferen- tes e serviu de base para o universo cinemático em que habitam os filmes da empresa. Ditko morreu em junho, brigado com Lee. CINEMA. Stan Lee é o ator que mais estrelou longas de he- róis. Em todas as adaptações cinematográficas de quadri- nhos da Marvel, mesmo nas produções da Fox (X-Men, Deadpool) e da Sony (Ho- mem-Aranha), ele faz parti- cipações especiais curtas, po- rém aguardadas pelos fãs. Embora não tenha efetiva- mente lutado, Stan Lee ser- viu o exército durante a Guerra Mundial (1939- 1945), e retornou às ativida- des nos quadrinhos após cumprir as obrigações milita- res. (Com Agências) CHARLEY GALLAY/AFP LEO FONTES ¬ O drama gaúcho “Tinta Bru- ta”, sobre um garoto introverti- do que se pinta e faz performan- ces para anônimos na internet, foi o grande vencedor do Festi- val do Rio. O longa dos diretores Filipe Matzenbacher e Marcio Reolon levou os prêmios de me- lhor filme de ficção, roteiro, ator (Shico Menegat) e ator coadju- vante (Bruno Fernandes), se- gundo os votos do júri. A premiação no Rio coroa uma trajetória que tem sido bem-sucedida desde que a obra foi lançada, em fevereiro, no Fes- tival de Berlim, de onde saiu com o prêmio Teddy, voltado a produções com temática LGBT. Pedro, papel de Menegat, é um jovem que vive num aparta- mento no centro de Porto Ale- gre. A partida de sua irmã mais velha amplifica sua solidão. Com poucas conexões com o mundo real, ele brilha (literal- mente) na internet. Ali, apresen- tando-se como o GarotoNeon, ele faz apresentações em que ti- ra a roupa e se pinta com tintas fluorescentes. “Uma das coisas que queríamos muito falar era sobre o abandono. Porto Alegre, por ser cidade de médio porte, não oferece perspectiva para ju- ventude”, disse Reolon, três dias antes do anúncio do prêmio. “Pensamos no Pedro como a sín- drome desse abandono”, com- plementou. “Toy Story 4” Primeiro teaser do filme, que será lançado em 2019: www.youtube.com/watch?v=1b8ikRAtXHU Obras do Cura 2018 avançam Obra. Mural da artista Criola está quase pronto Luto Quadrinista, escritor, produtor e criador de personagens de HQ como Thor, Hulk e X-Men faleceu ontem aos 95 anos Morre o grande super-herói Stan Lee Sucesso nas telonas e atritos recentes 7 EUA. Nas últimas déca- das, os super-heróis de Stan Lee renderam fran- quias bilionárias que se tor- naram coqueluche hollywoodiana. Lee sem- pre fazia uma ponta nesses filmes. Estima-se que ele te- nha acumulado uma fortu- na de US$ 70 milhões (R$ 263 milhões). Os últimos anos de Lee foram marcados por turbu- lências jurídicas. Em 2017, ele processou por fraude os executivos da POW! En- tertainment, companhia que ele havia ajudado a criar para adaptar suas criações. Logo depois, abandonou a ação. Também processou o homem que gerenciava seus negócios e vinha sen- do acompanhado pela polí- cia de Los Angeles, sob a suspeita de estar sendo víti- ma de maus-tratos. Ele dei- xa a filha, J.C.. Sua mu- lher, Joan, com quem esta- va casado havia 69 anos, morreu em 2017. Prêmio. Cena do filme “Tinta Bruta”, grande vencedor do Festival do Rio “Tinta Bruta” é premiado no Festival do Rio VITRINE FILMES / DIVULGAÇÃO LUPA wvv web do dia // KEVIN WINTER/DIVULGAÇÃO Música Paul McCartney O cantor e multi-instrumentista inglês Paul McCartney voltará ao Brasil no ano que vem. Pelo menos é o que garante o blog do jornalista de “O Globo” Lauro Jardim. De acordo com a publicação, o eterno Beatle passará por São Paulo e Curitiba. Em setembro, ele lançou seu mais recente disco, “Egypt Station”. O TEMPO Belo Horizonte TERÇA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2018 www.otempo.com.br

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Page 1: Quadrinista, escritor, produtor e criador de personagens de HQ … · 2019-03-08 · com o Demolidor, que tam-bém foi imaginado por ele em parceria com Bill Eve-rett), em 1941, mas

¬ Iniciado no último dia 5, a terceira edição do Cir-cuito de Arte Urbana (Cu-ra), começa a apresentar seus resultados mais bem delineados, como o mu-ral (foto) feito pela artis-ta Criola na empena do edifício Chiquito Lopes, na rua São Paulo. A previ-são é de que ele esteja concluído na próxima sexta-feira. Os outros três trabalhos, a cargo da argentina Hyuro, do be-lo-horizontino Comum e da dupla Nika e Surto, se-rão finalizados até domin-go. O Cura tem a rua Sa-pucaí como “mirante” pa-ra se acompanhar o de-senvolvimento das obras.

Ícone. Stan Lee marcou gerações graças aos super­heróis que criou, entre eles o Homem-Aranha

Os dois lados¬ THIAGO PRATA

¬ A importância de Stan Lee para as HQs tem um pe-so semelhante ao dos Bea-tles para a música – ou, qui-çá, de Charlie Chaplin para o cinema. Chega a ser di-fícil, para qualquer fã do criador de heróis da Mar-vel, tentar sintetizar seu le-gado, que não se limitou a clássicas páginas de obras envolvendo personagens como Homem-Aranha, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Pantera Negra e X-Men, mas ganhou também a televisão, o cinema, os ga-mes e tantas outras mídias.

E não ficou apenas no universo Marvel. Ele tam-bém chegou a trabalhar na DC Comics, como na déca­da de 2000. Em outras pala-vras, Stan Lee se tornou o maior super­herói para vá­rias gerações e milhões de fãs ao redor do mundo.

Ontem, aos 95 anos, morreu o pai e criador de muitos desses heróis. A in-formação foi confirmado ao site TMZ pela filha do quadrinista norte-america-no, nascido em Nova York, em 1922. Ficam os ensina-mentos, as histórias, o lega-do. Nasce o mito.

Segundo a publicação do TMZ, Stan Lee foi leva-do de ambulância ao Ce-dars-Sinai Medical Center ontem. Há anos ele en-frentava vários proble-mas de saúde. Nesta se-

gunda-feira, o quadrinista acabou sucumbindo. Até o fechamento desta edição, a causa da morte não havia sido revelada.

HISTÓRIA. Lee começou a carreira em 1939. Uma de suas primeiras criações foi o Destroyer (não confundir com o Demolidor, que tam-bém foi imaginado por ele em parceria com Bill Eve-rett), em 1941, mas o herói não obteve o sucesso de suas futuras contribuições.

Suas principais obras vie-ram com a renovação dos quadrinhos nos anos 50 e 60, justamente quando Stan Lee estava pensando em mudar de carreira e sua esposa sugeriu que ele con-tasse as histórias que que-ria, independente de serem adequadas ou não às fórmu­las de super­heróis. Esse conselho coincidiu com a in-tenção da Marvel de reno-var seu rol de personagens, e a partir daí vieram os Vin-gadores originais, o Doutor Estranho, o Quarteto Fan-tástico, os X-Men, entre muitos outros heróis exalta-dos hoje no cinema.

Com a ajuda de Steve Ditko (com quem imagi-nou o Homem-Aranha) e Jack Kirby (parceiro na criação de Hulk, Thor e Ho-mem de Ferro), Stan Lee deu início à ideia de um universo compartilhado para as histórias dos he-

róis da Marvel no início da década de 60, o que culmi-nou em diversas sagas que envolviam heróis diferen-tes e serviu de base para o universo cinemático em que habitam os filmes da empresa. Ditko morreu em junho, brigado com Lee.

CINEMA. Stan Lee é o ator que mais estrelou longas de he-róis. Em todas as adaptações cinematográficas de quadri-nhos da Marvel, mesmo nas produções da Fox (X-Men, Deadpool) e da Sony (Ho-mem-Aranha), ele faz parti-cipações especiais curtas, po-

rém aguardadas pelos fãs. Embora não tenha efetiva-mente lutado, Stan Lee ser-viu o exército durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), e retornou às ativida-des nos quadrinhos após cumprir as obrigações milita-res. (Com Agências)

CHARLEY GALLAY/AFP

LEO FONTES

¬O drama gaúcho “Tinta Bru-ta”, sobre um garoto introverti-do que se pinta e faz performan-ces para anônimos na internet, foi o grande vencedor do Festi-val do Rio. O longa dos diretores Filipe Matzenbacher e Marcio Reolon levou os prêmios de me-lhor filme de ficção, roteiro, ator (Shico Menegat) e ator coadju-vante (Bruno Fernandes), se-gundo os votos do júri.

A premiação no Rio coroa uma trajetória que tem sido bem-sucedida desde que a obra foi lançada, em fevereiro, no Fes-tival de Berlim, de onde saiu com o prêmio Teddy, voltado a produções com temática LGBT.

Pedro, papel de Menegat, é um jovem que vive num aparta-mento no centro de Porto Ale-

gre. A partida de sua irmã mais velha amplifica sua solidão. Com poucas conexões com o mundo real, ele brilha (literal-mente) na internet. Ali, apresen-tando-se como o GarotoNeon, ele faz apresentações em que ti-ra a roupa e se pinta com tintas fluorescentes. “Uma das coisas

que queríamos muito falar era sobre o abandono. Porto Alegre, por ser cidade de médio porte, não oferece perspectiva para ju-ventude”, disse Reolon, três dias antes do anúncio do prêmio. “Pensamos no Pedro como a sín­drome desse abandono”, com-plementou.

“Toy Story 4”Primeiro teaser do filme, que será lançado em 2019: www.youtube.com/watch?v=1b8ikRAtXHU

Obras do Cura 2018 avançam

Obra. Mural da artista Criola está quase pronto

LutoQuadrinista, escritor, produtor e criador de personagens de HQ como Thor, Hulk e X-Men faleceu ontem aos 95 anos

Morre o grande super­herói Stan Lee

Sucesso nas telonas e atritos recentes

7EUA. Nas últimas déca­das, os super­heróis

de Stan Lee renderam fran-quias bilionárias que se tor-n a r a m c o q u e l u c h e hollywoodiana. Lee sem-pre fazia uma ponta nesses filmes. Estima-se que ele te-nha acumulado uma fortu-na de US$ 70 milhões (R$ 263 milhões).

Os últimos anos de Lee foram marcados por turbu-lências jurídicas. Em 2017, ele processou por fraude os executivos da POW! En-tertainment, companhia que ele havia ajudado a criar para adaptar suas criações. Logo depois, abandonou a ação.

Também processou o homem que gerenciava seus negócios e vinha sen-do acompanhado pela polí­cia de Los Angeles, sob a suspeita de estar sendo víti­ma de maus-tratos. Ele dei-xa a filha, J.C.. Sua mu-lher, Joan, com quem esta-va casado havia 69 anos, morreu em 2017.

Prêmio. Cena do filme “Tinta Bruta”, grande vencedor do Festival do Rio

“Tinta Bruta” é premiado no Festival do RioVITRINE FILMES / DIVULGAÇÃO

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O cantor e multi-instrumentista inglês Paul McCartney voltará ao Brasil no ano que vem. Pelo menos é o que garante o blog do jornalista de “O Globo” Lauro Jardim. De acordo com a publicação, o eterno Beatle passará por São Paulo e

Curitiba. Em setembro, ele lançou seu mais recente disco, “Egypt Station”.

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