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TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico 1 Ana Lúcia Teodoro 2 ; Fernando Miranda de Vargas Junior 3 ; Marcus Vinicius Morais de Oliveira 3 ; Maíza Leopodina Longo 4 ; João Rufino Junior 4 ; Thaís Assad Galharte Figueiredo 4 1 Parte de trabalho apresentado a Disciplina de Conservação de Alimentos para a Produção Animal oferecido pelo Programa de Pós Graduação em Zootecnia da UFGD; 2 Doutoranda em Zootecnia, UEM, Maringá, PR. Email: [email protected]; 3 Faculdade de Ciências Agrárias – UFGD, Dourados, MS. 4 Mestrandos em Zootecnia, UFGD, Dourados, MS. Resumo O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo metanalítico para analisar os artigos publicados sobre a utilização de silagem grãos úmidos na alimentação animal entre os anos de 2000 e 2011, para tanto pesquisou-se todos os trabalhos publicados nesses anos nas revistas: Revista Brasileira de Zootecnia e Ciência Rural, admitindo-se apenas artigos que tenham tratamento controle e que avaliaram desempenho, característica de carcaça e parâmetros digestivos, com ou sem análise econômica. Os trabalhos foram tabulados em planilhas eletrônicas (Excel) e comparou-se todos os tratamentos com seus respectivos controle, chegando-se a conclusão que o

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TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico1

Ana Lúcia Teodoro2; Fernando Miranda de Vargas Junior3; Marcus Vinicius

Morais de Oliveira3; Maíza Leopodina Longo4; João Rufino Junior4; Thaís Assad

Galharte Figueiredo4

1Parte de trabalho apresentado a Disciplina de Conservação de Alimentos para

a Produção Animal oferecido pelo Programa de Pós Graduação em Zootecnia da

UFGD; 2Doutoranda em Zootecnia, UEM, Maringá, PR.

Email: [email protected]; 3Faculdade de Ciências Agrárias – UFGD, Dourados, MS. 4Mestrandos em Zootecnia, UFGD, Dourados, MS.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo metanalítico para

analisar os artigos publicados sobre a utilização de silagem grãos úmidos na

alimentação animal entre os anos de 2000 e 2011, para tanto pesquisou-se

todos os trabalhos publicados nesses anos nas revistas: Revista Brasileira de

Zootecnia e Ciência Rural, admitindo-se apenas artigos que tenham

tratamento controle e que avaliaram desempenho, característica de carcaça e

parâmetros digestivos, com ou sem análise econômica. Os trabalhos foram

tabulados em planilhas eletrônicas (Excel) e comparou-se todos os

tratamentos com seus respectivos controle, chegando-se a conclusão que o

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

método metanalítico pode ser considerado uma importante ferramenta que

permite avaliar as respostas produtivas em experimentos que utilizaram grão

úmido na produção animal. Na maioria dos trabalhos analisados obteve-se

resultados positivos, ainda que alguns efeitos indiretos não foram mensurados

em diversos experimentos.

Palavras-chave: alimentação animal, grão com alta umidade, meta – análise

Moist grain in animal nutrition: meta-analytic study

Abstract

The present work had as objective accomplishes a meta-analytic study to

analyze the goods published about the use of silage humid grains in the animal

feeding between the years 2000 and 2011, for both research gathered all

papers published in those years in the magazines: Brazilian magazine of

Zootecnia and Rural Science, being just admitted goods to have treatment

controls and that evaluated acting, carcass characteristic and digestive

parameters, with or without economical analysis. The works were tabulated in

electronic spreadsheets (Excel) and it was compared all of the treatments with

their respective control, the conclusion that the method meta-analytic can be

considered an important tool that allows to evaluate the productive answers in

experiments that used humid grain in the animal production being arrived. In

most of the analyzed works it was obtained positive results, although some

indirect effects were not measured in several experiments.

Keywords: animal feeding, grain with high humidity, meta - analysis

Introdução

Os grãos em geral são de grande importância na alimentação animal,

sendo considerados excelente fonte de energia. Portanto, é importante que o

amido presente esteja mais disponível para a digestão e aproveitamento do

animal. Essa disponibilidade pode ser melhorada através de processamentos

físico-químicos, entre eles a ensilagem dos grãos úmidos.

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

A ensilagem de grãos úmidos pode ser vantajosa em termos

agronômicos e nutricionais, seja desocupando a área de plantio mais cedo, já

que o grão vai ser colhido antes da secagem, ou ainda melhorando a

conversão alimentar com o uso do grão ensilado na alimentação animal.

Berndt et al. (2002) afirmam que os ganhos em eficiência alimentar pode ser

de cerca de 10% dependendo da quantidade de grão seco substituído e da

umidade e qualidade do grão ensilado.

Henrique et al. (2007) explicam que os resultados a respeito do uso do

grão com alta umidade na dieta animal é bastante variável. Sendo assim, uma

revisão através de métodos metanalíticos pode ser uma ferramenta importante

para se chegar a conclusões a respeito do uso da ensilagem de grão úmido.

De acordo com Lovatto et al. (2007) as revisões tradicionais objetiva

extrair informações de trabalhos publicados com ou sem análise estatística que

muitas vezes pode não ser adequada, já que esta é dependente do tamanho

da amostra. Através da metanálise pode-se ter estimativa imparcial do efeito

de tratamento com maior precisão. Com isso a metanálise pode evidenciar o

efeito de um tratamento que não permitiu se chegar a uma conclusão em

virtude de falta de potência analítica (baixo n).

Sendo assim este trabalho teve como objetivo realizar um estudo

metanalítico para analisar os artigos publicados sobre a utilização de silagem

grãos úmidos na alimentação animal entre os anos de 2000 e 2009.

Material e Métodos

Os artigos utilizados na metanálise foram obtidos de revistas nacionais

da área zootécnica através do site www.scielo.br, onde optou-se em esgotar

todos os trabalhos que testaram o uso de silagem de grão úmido de diferentes

grãos na alimentação animal.

Pesquisou-se todos os artigos publicados entre 2000 e junho de 2011

nas revistas: Revista Brasileira de Zootecnia e Ciência Rural, utilizou-se

critérios de seleção para filtrar os trabalhos pesquisados, admitindo-se apenas

os trabalhos com animais e que avaliaram desempenho, característica de

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carcaça e parâmetros digestivos, com ou sem análise econômica, já que a

parte econômica foi pouco explorada nos trabalhos de forma geral. Os artigos

que não tinham tratamento controle foram excluídos da análise.

Inicialmente identificou-se 46 artigos e destes selecionou-se 22 trabalhos

que foram tabulados em planilhas eletrônicas (Excel), totalizando 55

tratamentos diferentes, incluindo controle, envolvendo diferentes espécies e

categorias animais. A distribuição entre espécies foi: 11 trabalhos com bovinos

(Berndt et al., 2002; Passini et al., 2003; Henrique et al., 2007; Silva et al.,

2007; Putrino et al., 2007; Almeida Junior et al., 2008a, Almeida Junior et al.,

2008b; Almeida Junior et al., 2008c; Igarasi et al., 2008a; Igarasi et al.,

2008b; Almeida Junior et al., 2008d), três com ovinos (Reis et al., 2001;

Almeida Junior et al., 2004a; Almeida Junior et al., 2004b) , quatro com suínos

(Oliveira et al., 2004; Silva et al., 2005; Patrício et al., 2006; Lovatto et al.,

2009), dois com eqüídeos (Santos et al., 2002; Oliveira et al., 2007), um com

coelhos (Furlan et al., 2006) e um com aves (Barcellos et al., 2006). Quanto

ao grão testado 12 trabalhos foram com grão úmido de milho, 9 com grão

úmido de sorgo com e sem tanino e apenas um trabalho com grão de triticale.

A análise dos dados foram feitas através de planilhas eletrônicas (Excel),

baseadas em equação adaptada de Zopollatto et al. (2009), sendo ((Valor do

tratamento testado – Valor do tratamento controle) X 100) de cada trabalho.

Desta forma foi possível obter a variação em porcentagem dos tratamentos

testados em relação ao tratamento controle (grão seco), que resultaram em

diversos gráficos de dispersão dos dados.

Resultados e Discussão

Analisando os artigos selecionados sobre grão úmido, observa-se na

Figura 1 a distribuição das publicações entre os anos de 2000 e 2011. Em 2008

houve um maior número de trabalhos publicados (6 trabalhos) e as variáveis

mais medidas de forma geral foram ganho de peso, consumo e conversão

alimentar, sendo 14; 8 e 8 trabalhos, respectivamente. A eficiência alimentar

foi mencionada apenas em três trabalhos publicados em 2007, que foram

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Henrique et al. (2007), Silva et al. (2007) e Putrino et al. (2007) os quais

trabalharam com bovinos jovens em terminação.

Figura 1: Distribuição dos trabalhos selecionados entre os anos de 2000 e

2011.

Dos 34 tratamentos que foi mensurado consumo pode-se observar

(Figura 2) que na maioria dos tratamentos (52,94%) houve redução do

consumo quando utilizado o grão úmido na dieta, independente de ser grão de

sorgo ou de milho. Quando se trabalhou com ruminantes houve redução no

consumo médio de 0,868 kg MS/dia para bovinos (Henrique et al., 2007; Silva

et al., 2007) e 0,05 kg MS/dia para ovinos (Almeida Junior et al., 2004), mas

com monogástricos foi bastante variável, com frango de corte (Barcellos et al.,

2006) e suínos em terminação (Oliveira et al., 2004) houve redução média de

0,133 g MS/dia e 0,056 kg MS/dia, respectivamente. Já com coelhos (Furlan et

al., 2006), porcas lactantes ( Lovatto et al., 2009) e leitões (Patrício et al.,

2006) aumentou a ingestão da dieta composta por grão úmido, sendo em

média 17,85 g MS/dia, 0,46 kg MS/dia e 0,037 kg MS/dia, respectivamente. O

fato de ser sorgo com e sem tanino ou milho não influenciou o consumo.

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

Figura 2: Distribuição do consumo em relação ao tratamento controle de cada

experimento.

Para a variável ganho de peso (Figura 3) foram testados 49 tratamentos,

destes 63,26 % tiveram efeito positivo, enquanto que apenas 4,09% foram

iguais e 32,65% negativos, quando comparados aos respectivos tratamentos

controle de cada ensaio experimental. Quando se trabalhou com cordeiros

(Reis et al., 2001; Almeida Junior et al., 2004) e coelhos (Furlan et al., 2006)

o ganho de peso foi sempre positivo, enquanto que com eqüídeo foram todos

negativos (Santos et al., 2002) e bastante variável com bovinos (Berndt et al.,

2002; Henrique et al., 2007; Silva et al., 2007; Putrino et al., 2007; Almeida

Junior et al., 2008; Igarasi et al., 2008a; Igarasi et al., 2008b), frangos de

corte (Barcellos et al., 2006) e suínos (Oliveira et al., 2004; Patrício et al.,

2006), independente da fase de crescimento dos animais.

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

Figura 3: Distribuição do ganho de peso dos tratamentos testados em relação

ao tratamento controle.

Apesar do ganho de peso ser nulo ou negativo em alguns experimentos,

pode-se nestes casos ainda ter efeitos positivos indiretos que não foram

mensurados durante o desenvolvimento da pesquisa, como por exemplo

desocupação da área plantada mais cedo, redução dos gastos como

armazenagem do grão seco e ainda a vantagem do grão ensilado não sofrer

ataques de insetos ou fungos, que podem reduzir a qualidade nutritiva do grão

seco.

Quando se discute conversão alimentar é importante que haja redução

desta para que a eficiência alimentar seja melhor, ou seja, quanto menos

ração for ingerida para que o animal ganhe um quilo de peso vivo ou produza

leite ou ovos, melhor a eficiência alimentar deste animal. Em todos os

trabalhos analisados verificou-se que oito mediram conversão alimentar e

apenas três mediram eficiência alimentar, totalizando 37 e 6 tratamentos,

respectivamente. No entanto, os trabalhos que mediram eficiência não

mediram conversão alimentar, e vice-versa, já que uma é sinônimo da outra.

Na maioria dos tratamentos que mediram conversão alimentar (Figura

4), 64,86% apresentaram melhores resultados enquanto que 32,43% foram

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

piores e apenas 2,71% foram iguais em relação aos tratamentos controle.

Sendo assim, pode se dizer que a utilização do grão úmido na ração animal

melhorou a digestibilidade do grão de forma geral, aumentando o

aproveitamento de nutrientes pelos animais. As respostas positivas foram

bastante heterogêneas em termos de espécie animal, sendo encontrado

resultados diferentes com a mesma espécie e categoria animal independente

do uso de sorgo com e sem tanino ou milho.

Figura 4: Distribuição da conversão alimentar em relação ao tratamento

controle.

Já em relação à eficiência alimentar todos os resultados encontrados

foram positivos comparados ao grupo controle, no entanto a variação foi baixa

(<0,04%) e o n ainda é muito pequeno para que se tenha uma resposta

conclusiva a respeito desta variável, considerando que apenas três artigos

mediram eficiência alimentar (Henrique et al., 2007; Silva et al., 2007; Putrino

et al., 2007) totalizando 6 tratamentos diferentes e esses trabalharam apenas

com bovinos, portanto ainda há necessidade de se analisar melhor este

parâmetro.

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Em virtude do baixo número de repetições de alguns índices analisados

pelos experimentos não foi possível de se obter uma conclusão nas vaiáveis

relacionadas a parâmetros digestivos e características de carcaça, sugerindo-se

que a haja melhor padronização das variáveis analisadas nesses parâmetros.

Apenas parte dos trabalhos selecionados apresentava análise econômica

do uso da silagem de grão úmido. Dos 22 trabalhos iniciais apenas seis

apresentaram os custos das dietas (Oliveira et al., 2004; Almeida Junior et al.,

2004; Patrício et al., 2006; Furlan et al., 2006; Almeida Junior et al., 2008a;

Almeida Junior et al., 2008b). Quando analisou-se o custo por quilo de ração

(Figura 5), de um total de 23 tratamentos, apenas 8,7% deles foram maiores

do que o controle, ou seja, de forma geral o custo do grão úmido foi menor em

91,30% dos tratamentos, independente do grão usado e da espécie e

categoria animal testados no experimento.

Figura 5: Distribuição dos custos por quilo de ração com uso do grão úmido

em relação ao controle dos respectivos experimentos.

Para custo por quilo de ganho de peso, analisou-se cinco trabalhos sendo

dois trabalhos com suínos (Oliveira et al., 2004; Patrício et al., 2006), um com

coelhos (Furlan et al., 2006) e dois com bovinos (Almeida Junior et al., 2008a;

Almeida Junior et al., 2008b) que totalizaram 21 tratamentos e destes 5%

foram maiores e 76,19% foram menores do que o tratamento controle dos

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

respectivos experimentos (Figura 6), podendo se dizer que o uso do grão

úmido nas dietas teve um efeito positivo na variável custo por ganho de peso

tanto para ruminantes quanto para monogástricos.

Figura 6: Distribuição dos custos por quilo de ganho de peso de animais

alimentados com grão úmido em relação aos tratamentos controle.

A eficiência econômica foi medida em apenas três experimentos que

trabalharam com monogástricos e nenhum com ruminantes, sendo um com

coelho (Furlan et al., 2006) e dois com suínos (Oliveira et al., 2004; Patrício et

al., 2006), que totalizaram 15 tratamentos e a maioria 80% foram maiores e

apenas 20% menores que os tratamentos controle (Figura 7). Os mesmos

trabalhos mediram o índice de custo que também foi favorável para os

tratamentos que utilizaram o grão úmido na dieta (Figura 8), ou seja, 80% dos

tratamentos apresentaram o índice de custo menor e apenas 20% maiores do

que o tratamento controle dos respectivos experimentos.

TEODORO, A.L. et al. Grão úmido na alimentação animal: estudo metanalítico. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 4, Ed. 191, Art. 1283, 2012.

Figura 7: Distribuição da eficiência econômica dos tratamentos analisados em

relação aos tratamentos controle.

Figura 8: Distribuição do índice de custo dos tratamentos analisados em

relação ao controle de cada experimento.

Conclusão

O método metanalítico foi considerado uma forma eficiente de analisar e

ter uma visão global que permite avaliar como são as respostas dos

experimentos com utilização do grão úmido na dieta dos animais, seja

ruminantes ou monogástricos. No geral o uso do grão úmido teve na maioria

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dos experimentos efeitos positivos, no entanto, em algumas pesquisas os

ganhos podem ser indiretos e estes não foram mensurados, além das

condições individuais em que os ensaios experimentais foram desenvolvidos.

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