publicada no doe de 30/11/2013 portaria normativa nº...
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GABINETE DA PRESIDÊNCIA - GP Rua Florêncio de Abreu, 848 – 9º andar -Luz – São Paulo/SP - CEP 01030-001
Telefones: (11) 2927-9116, 2927-9117, 2927-9118
Publicada no DOE de 30/11/2013
PORTARIA NORMATIVA Nº 253/2013
A PRESIDENTE da Fundação Centro de Atendimento
Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP, no uso de sua competência, e
Considerando a necessidade de atualizar os dispositivos que
estabelecem deveres dos servidores e regulamentam os procedimentos administrativos
para apuração de infrações disciplinares pela Corregedoria-Geral da Fundação CASA-
SP,
D E T E R M I N A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º - Esta Portaria estabelece os deveres dos servidores e
os procedimentos administrativos afetos às sindicâncias e processos administrativos
disciplinares no âmbito desta Fundação.
SEÇÃO I
DOS DEVERES DOS SERVIDORES
Artigo 2º - São deveres dos servidores da Fundação CASA-SP,
além dos legais e daqueles inerentes ao exercício de suas funções, os seguintes:
I- ser assíduo e pontual, observando o regulamento da
Fundação CASA-SP;
II- cumprir ordens, nos prazos fixados, representando ao
superior imediato quando forem manifestamente ilegais;
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III- zelar pela economia do material da Fundação CASA-SP e
pela conservação do que for confiado à sua guarda ou
utilização;
IV- usar sempre crachá de identificação funcional e apresentar-
se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme
determinado, quando o caso;
V- não se ausentar do local de trabalho sem prévio
consentimento do superior imediato;
VI- fornecer à Fundação CASA-SP informações exigidas por lei
quanto aos seus rendimentos e patrimônio;
VII– manter, em seu prontuário, endereço residencial
devidamente atualizado, para registro da Divisão de
Recursos Humanos;
VIII- prestar, nos procedimentos disciplinares informações e
colaborar para esclarecimento dos fatos;
IX- observar e cumprir leis, regulamentos, regimentos,
instruções, portarias, ordens de serviço e comunicados,
que digam respeito às suas funções, nos prazos fixados,
inclusive ordens de remanejamento e transferências;
X- atender às requisições, elaborar documentos, informações
ou providências, nos prazos fixados pelos dirigentes da
Fundação CASA-SP e pelas autoridades dos Poder
Legislativo, inclusive Tribunal de Contas, Executivo,
Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, nos
termos da Lei;
XI– representar aos superiores hierárquicos sobre
irregularidades de que tiver conhecimento, no exercício das
funções;
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XII– zelar pelo patrimônio da Fundação CASA-SP, não utilizando
seus bens fora de situações de serviço ou em finalidade
diferente daquela à qual se destina, inclusive para
realização de qualquer tipo de comercialização de bens;
XIII– não divulgar, pela imprensa ou qualquer outro meio,
imagens ou gravações, em geral, das dependências
internas dos Centros de Atendimento, informações,
pareceres, despachos ou atos administrativos relacionados
aos adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa, ressalvadas as atribuições específicas da
Assessoria de Imprensa;
XIV– não celebrar contratos, nem representar ou participar de
gerência ou administração de pessoas jurídicas, direta ou
indiretamente, que recebam recursos da Fundação CASA,
bem como prestar direta ou indiretamente serviços à
Fundação CASA estranhos à relação de trabalho;
XV – atender convocação de superior hierárquico, Corregedoria-
Geral e demais órgãos da Fundação CASA-SP;
XVI – observar os princípios da Administração Pública.
SEÇÃO II
DAS RESPONSABILIDADES
Artigo 3º - O servidor da Fundação CASA-SP responderá civil,
penal e administrativamente, pelo exercício de suas funções.
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Artigo 4º - O prejuízo doloso ou culposo causado à Fundação
CASA-SP será ressarcido, na via administrativa conforme dispõe o artigo 462 da CLT,
mediante desconto no salário do servidor, em valores atualizados monetariamente e
acrescidos dos juros legais.
§ 1o – O valor apurado do prejuízo previsto no caput deste artigo
será descontado do salário do servidor, de uma só vez, ou parceladamente, no limite
de 30% da sua remuneração mensal.
§ 2o - No caso de parcelamento, o valor mensal será corrigido
monetariamente de acordo com a Tabela para Atualização Diária de Débitos
Trabalhistas do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, acrescidos dos juros legais.
Artigo 5º - O pagamento espontâneo, ou coercitivo do valor total
do prejuízo não exclui as demais penalidades aplicáveis ao servidor.
SEÇÃO III
DA CORREGEDORIA-GERAL
Artigo 6o - Os procedimentos disciplinares previstos nesta
Portaria serão conduzidos pela Corregedoria-Geral, nos termos do seu Regimento
Interno.
Artigo 7o - Os membros da Corregedoria-Geral, no exercício de
suas funções, terão livre acesso às dependências e aos documentos da Fundação CASA-
SP, devendo resguardar o sigilo funcional.
Artigo 8o – As requisições, dados e documentos requisitados pela
Corregedoria-Geral são considerados de natureza urgente, devendo tramitar em caráter
preferencial.
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CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PARA INSTAURAÇÃO
DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
Artigo 9o - São competentes para determinar a instauração de
procedimentos administrativos, para apuração de infrações disciplinares:
I- a Presidente da Fundação CASA-SP;
II- o Corregedor-Geral;
III- o Corregedor Auxiliar, nos termos do artigo 14.
§ 1º - Os servidores que tiverem conhecimento de infrações
disciplinares deverão, obrigatoriamente, comunicar o fato ao superior hierárquico ou
diretamente à Corregedoria-Geral, sob pena de responsabilidade disciplinar.
§ 2º - Qualquer pessoa que tiver conhecimento de infrações
praticadas por servidores ou terceiros, poderá representar por escrito à Fundação CASA-
SP, ou diretamente à Corregedoria-Geral.
Artigo 10 – Determinada a instauração de sindicância ou de
processo administrativo disciplinar, ou no seu curso, havendo conveniência para a
instrução ou para o serviço, poderá a Presidência da Fundação CASA-SP, mediante
despacho fundamentado, determinar o afastamento cautelar do servidor de suas
funções e determinar a transferência para outro Centro de Atendimento ou local de
trabalho.
Parágrafo único - Na hipótese da falta imputada ser passível de
investigação pelo Tribunal de Ética e Disciplina, no Conselho de Classe, será enviado
cópia da Portaria de instauração e os documentos que a instruem, para providências
cabíveis.
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SEÇÃO II
DOS DIREITOS E DEVERES
NO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Artigo 11 - Ao servidor da Fundação CASA-SP, nos processos
disciplinares, além dos princípios do contraditório e da ampla defesa, serão assegurados
o conhecimento e o acesso aos atos processuais praticados em seu nome, podendo
obter cópias de peças e documentos neles contidos, observando-se o preceituado nos
artigos 143 e 144 da Lei nº 8.069, de 13/07/90 (Estatuto da Criança e Adolescente) e
na tabela de classificação de documentos sigilosos da Fundação CASA-SP, desde que
cumprido o disposto na Portaria Normativa n. 203/2011.
Artigo 12 - Quando a infração disciplinar exigir lavratura de boletim de ocorrência, devem os dirigentes/responsáveis pelas áreas técnica ou administrativa comparecer imediatamente na repartição policial, juntamente com aqueles que presenciaram os fatos.
§ 1º - Será de responsabilidade dos dirigentes/responsáveis prestar à autoridade policial todas as informações de natureza fática, para permitir a instrução do Inquérito Policial.
§ 2º - Quando se tratar de ocorrência em Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, a elaboração do boletim de ocorrência será de responsabilidade do respectivo Diretor ou servidor por ele designado.
§ 3° - O boletim de ocorrência deverá ser encaminhado à Corregedoria-Geral, no prazo máximo de 2 (dois) dias, após a lavratura.
Artigo 13 - No caso de infração disciplinar ou de ocorrência que necessite apuração de autoria, é dever do superior hierárquico, que tiver conhecimento do fato:
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a) elaborar relatório único da ocorrência, com a descrição
pormenorizada dos fatos e indicação de servidores e
adolescentes envolvidos, eventuais testemunhas e, se for o
caso, apresentação de documentos existentes;
b) relacionar, nominalmente, todos os servidores que se
encontravam em serviço, na data e horário da ocorrência,
indicando os respectivos postos de trabalho;
c) promover a elaboração de boletim de ocorrência policial,
providenciando a presença de testemunhas, vítimas e
autores;
d) deverá, quando o caso exigir, anexar ao expediente, cópia do
laudo de exame de corpo de delito, atendimento ambulatorial
aos adolescentes e/ou servidores envolvidos; cópia dos
relatórios produzidos pela equipe multiprofissional; cópia das
providências adotadas perante as autoridades judiciárias e
demais documentos relacionados com a ocorrência.
Artigo 14 - O expediente, devidamente instruído com os
documentos, deverá ser encaminhado à Corregedoria-Geral, em até 02 (dois) dias
contados da ocorrência, podendo ser complementado em até cinco dias, se a
complexidade do caso exigir.
§ 1º O Corregedor Auxiliar, ao receber o Expediente, poderá:
I– arquivar, caso entenda que não há falta funcional ou
elementos mínimos para iniciar uma investigação;
II– instaurar apuração preliminar, se não houver elementos
suficientes para a caracterização de falta funcional ou de
sua autoria, determinando a realização de diligências, que
deverá ser concluída em até 30 (trinta) dias;
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III– instaurar a sindicância, para apuração da autoria e
materialidade de falta funcional; ou
IV- propor ao Corregedor-Geral a instauração de processo
administrativo.
§ 2º - Em relação ao inciso II, do § 1º, do presente artigo, o
Corregedor Auxiliar, até o final do prazo estabelecido, de modo fundamentado, deverá:
I- arquivar a apuração preliminar; ou
II- instaurar a sindicância, para apuração da autoria e
materialidade de falta funcional; ou
III- propor ao Corregedor-Geral a instauração de processo
administrativo.
§ 3º - O Corregedor-Geral ou a Presidência poderão rever o ato
de arquivamento e determinar a instauração de procedimento apuratório.
Artigo 15 – Constatada a existência de irregularidade sanável,
na apuração preliminar ou em inspeção, antes da instauração de sindicância ou processo
disciplinar, o Corregedor Auxiliar notificará o servidor e ou gestor e fixará prazo para o
saneamento das irregularidades.
Parágrafo único - O Corregedor Auxiliar arquivará o feito, se
sanadas as irregularidades.
SEÇÃO III
DA SINDICÂNCIA
Artigo 16 – Sindicância é procedimento administrativo voltado à
averiguação de fatos e circunstâncias de conduta funcional para apontar indícios de
autoria e prova da materialidade de conduta faltosa, quando o caso exigir, objetivando
a instauração ou não de Processo Administrativo Disciplinar.
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Parágrafo único – O processo administrativo disciplinar será
instaurado independentemente de sindicância prévia, sempre que a autoria e a
materialidade estiverem evidenciadas por documentos.
Artigo 17 – A Sindicância iniciar-se-á mediante Portaria, devendo
ser concluída em até 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogada por igual período, pela
Presidente da Fundação CASA-SP ou pelo Corregedor-Geral.
Parágrafo único – Compete, exclusivamente, a Presidente da
Fundação CASA-SP, mediante pedido fundamentado do Corregedor-Geral, autorizar
nova prorrogação, indicando o prazo para a conclusão do procedimento.
Artigo 18 – O Corregedor Auxiliar elaborará relatório da
sindicância, com a descrição pormenorizada dos fatos apurados, apontando as provas
produzidas e, de modo fundamentado, sugerirá:
I– Arquivamento; ou
II– Instauração de processo administrativo disciplinar, se
comprovada a materialidade da falta disciplinar e
existentes indícios de sua autoria.
§ 1o – O Corregedor-Auxiliar poderá, constatada irregularidade
sanável no curso da sindicância, fixar prazo para a sua regularização.
§ 2° - O Corregedor-Geral poderá propor o arquivamento do feito,
se sanadas as irregularidades.
SEÇÃO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Artigo 19 - O Processo Administrativo Disciplinar iniciar-se-á
mediante Portaria, devendo ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, podendo este
prazo ser prorrogado, por igual período, pelo Corregedor-Geral.
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§ 1º – Caberá, exclusivamente à Presidente da Fundação CASA,
autorizar, quando necessário, nova prorrogação mediante o pedido do Corregedor-
Geral, indicando o prazo para a conclusão do procedimento.
§ 2º - A portaria de instauração do processo administrativo
conterá o nome e qualificação do processado, a falta disciplinar que lhe é atribuída, a
descrição dos fatos e circunstâncias e a indicação das normas infringidas.
§ 3º - O processo administrativo disciplinar será instaurado
independentemente de sindicância prévia, sempre que a autoria e a materialidade
estiverem evidenciadas por documentos.
Artigo 20 - O Corregedor-Geral, instaurado e autuado o Processo
Administrativo Disciplinar, determinará a notificação do servidor para:
I- apresentar, sob pena de preclusão, defesa escrita, no prazo
de 10 (dez) dias e especificar, de modo fundamentado, as
provas que pretende produzir;
II- manifestar-se, por escrito, no prazo de 05 dias, se aceita
a suspensão do processo, nas hipóteses do artigo 22.
Parágrafo único - A notificação conterá a qualificação funcional
do servidor processado e será acompanhada da portaria de instauração do processo
administrativo.
Artigo 21 – O processado será notificado pessoalmente por seu
superior hierárquico em seu local de trabalho, mediante recibo e, se ausente, será
enviado telegrama, no endereço residencial constante nos arquivos da Divisão de
Recursos Humanos, solicitando o comparecimento na Corregedoria Geral, no prazo de
02 (dois) dias.
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§ 1º – Se o servidor se recusar a receber a notificação, duas
testemunhas certificarão a entrega e a recusa.
§ 2º - Na hipótese do servidor não ter sido encontrado no
endereço residencial ou não comparecer no prazo estabelecido no caput, a notificação
será por Edital, publicada no Diário Oficial do Estado, por 3 (três) dias consecutivos.
Artigo 22 – Poderá o Corregedor-Geral, ao determinar a
instauração do procedimento disciplinar, considerando a gravidade da conduta, propor
ao servidor a suspensão do processo pelo prazo de 180 dias, quando a conduta a ser
apurada for considerada de gravidade leve ou média e se enquadrar em uma das
hipóteses do parágrafo primeiro e forem atendidas as demais condições estabelecidas
neste artigo.
§ 1º - São passíveis de suspensão os processos que tenham por
objeto:
I– aferição de até 5 faltas injustificadas dentro de um período
de até 30 dias ou 8 faltas em 60 dias;
II– aferição de até 300 minutos de atraso dentro de um período
de até 30 dias;
III– conduta que permitiu tentativa de fuga de Centro de
Atendimento;
IV– conduta que permitiu tentativa de fuga em atividade
externa;
V– conduta inadequada relacionada à ameaça de adolescente;
VI– conduta inadequada relacionada à autolesão de adolescente;
VII– conduta inadequada relacionada à irregularidades
administrativas de pouca monta;
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VIII– ausência em audiência trabalhista que deveria atuar como
preposto;
IX– descumprimento de convocação da Corregedoria Geral da
Fundação CASA;
X– dano culposo ao patrimônio da Fundação CASA ou de
terceiros;
XI- outras hipóteses, a critério do Corregedor-Geral, em que a
conduta do servidor seja considerada de gravidade leve ou
média.
§ 2º – A proposta de suspensão do processo, com advertência de
seus efeitos, será enviada juntamente com a notificação pessoal de instauração do
processo disciplinar, cabendo ao servidor processado, no prazo de 5 dias, manifestar-
se por escrito se aceita os termos da suspensão processual.
§ 3º – Aceita a proposta de suspensão do processo, a contagem
do prazo de prova far-se-á a partir do aceite do servidor.
§ 4º - Caberá ao servidor processado, se recusar a suspensão do
processo, apresentar sua defesa prévia no prazo estipulado nesta portaria, sob pena de
preclusão.
§ 5º - A suspensão será revogada se for instaurado outro
procedimento administrativo disciplinar em face do servidor durante o período de prova,
retomando o processo o seu trâmite com nova notificação para apresentação de defesa
prévia.
§ 6º - O servidor que tiver cumprido sanção disciplinar nos últimos
02 (dois) anos não poderá ser beneficiado com a suspensão do processo.
§ 7º - Na hipótese de dano à Administração Pública, o oferecimento
da suspensão será condicionado ao ressarcimento ao erário, ou a proposta de
pagamento, devidamente aceita pela Administração.
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§ 8º - Não será aplicada a suspensão processual para os servidores
contratados por prazo determinado.
§ 9º - A concessão de nova suspensão processual somente será
possível após 12 meses do arquivamento de processo anterior que tenha sido suspenso.
§ 10 - O processo administrativo disciplinar será arquivado,
expirado o prazo de 180 dias, se não houver revogação, ou prorrogação do período de
prova, salvo nos casos previstos no § 7º deste artigo, onde o arquivamento somente
se dará após a quitação integral do ressarcimento.
§ 11 – No caso de inadimplemento ou do descumprimento da
proposta realizada nos termos do § 7º deste artigo a suspensão será revogada
retomando o processo o seu trâmite com nova notificação para apresentação de defesa
prévia.
§ 12 - Poderá o Corregedor-Geral, em despacho fundamentado,
deixar de ofertar a suspensão processual, quando constatadas circunstâncias ou
consequências graves relacionadas aos objetos arrolados no parágrafo primeiro,
determinando o prosseguimento do processo administrativo.
Artigo 23 - O servidor processado poderá apresentar, no prazo
de 10 dias, defesa escrita, juntar documentos e especificar fundamentadamente outras
provas que pretenda produzir, apresentando, sob pena de preclusão, o rol de
testemunhas que não ultrapassará o número de 3 (três).
Parágrafo único – Não havendo impugnação específica, em sede
de defesa escrita, das provas produzidas na fase sindicante, em obediência aos
princípios da celeridade, economia processual e instrumentalidade, elas não serão
repetidas e serão aproveitadas no processo administrativo.
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Artigo 24 – O Corregedor Auxiliar, após analisar as questões
suscitadas na defesa escrita, poderá designar audiência para oitiva do processado e
instrução do feito.
I- o servidor será intimado, com antecedência mínima de 2
(dois) dias para, querendo, acompanhar, em audiência, a
produção das provas;
II- as testemunhas arroladas poderão comparecer à audiência
independentemente de intimação ou serão intimadas por
carta, telegrama ou pessoalmente, desde que requerido;
III- caberá ao processado apresentar, na data designada para
audiência, as testemunhas por ele arroladas, sob pena de
preclusão;
IV- deverá o Expediente Administrativo notificar para
comparecimento à audiência, as testemunhas indicadas
pela Corregedoria-Geral, com antecedência mínima de 2
(dois) dias.
§ 1º O Corregedor-Auxiliar poderá, de modo fundamentado,
indeferir os requerimentos manifestamente protelatórios, impertinentes ou de nenhum
interesse para esclarecimento dos fatos, bem como a realização de audiência
desnecessária.
§ 2º Não será realizada audiência de instrução, nos casos em que
a prova exclusivamente documental mostrar-se suficiente para a instrução do feito.
§ 3º Nos casos em que se apura falta injustificada e
inassiduidade, a defesa só poderá versar sobre força maior, coação ilegal ou motivo
legalmente justificável.
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Artigo 25 – Na audiência de instrução o processado, ou seu
defensor, poderá acompanhar a oitiva de testemunhas e demais atos do processo,
sendo-lhes vedado interferir nas perguntas e respostas, podendo, no entanto, reinquiri-
las por intermédio do Corregedor-Auxiliar.
§ 1º - Se o Corregedor-Auxiliar verificar que a presença do
processado poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha,
de modo que prejudique a verdade do depoimento, determinará a sua retirada da sala,
prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor.
§ 2º - A audiência será presidida por Corregedor-Auxiliar e serão
reduzidos a termo, em ata, as oitivas, declarações e requerimentos do processado ou
seu defensor e demais intercorrências, com a assinatura de todos os presentes.
Artigo 26 - Encerrada a instrução, lavrar-se-á termo de
deliberação, intimando-se o servidor ou seu defensor para, no prazo de 7 (sete) dias,
querendo, apresentar alegações finais, sob pena de preclusão.
Artigo 27 – Decorrido o prazo do artigo anterior, com ou sem as
alegações finais, o Corregedor Auxiliar apresentará relatório conclusivo ao Corregedor-
Geral.
§ 1º – O relatório deverá descrever, em relação a cada
processado, separadamente, as irregularidades imputadas, as normas infringidas e o
fundamento da decisão, propondo a absolvição ou a punição, indicando, neste caso, as
sanções que entender cabíveis.
§ 2º – O relatório deverá conter, também, a sugestão de outras
providências de interesse do serviço público.
Artigo 28 – Concluído o procedimento com a elaboração do
relatório, os autos serão enviados ao Corregedor-Geral, que, de modo fundamentado,
poderá:
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I- determinar a realização de novas diligências;
II- propor o arquivamento; a absolvição; ou a condenação;
III- propor e indicar qual a sanção a ser aplicada;
IV- aplicar, quando cabível, a sanção de advertência;
V- determinar ou propor providências de interesse da
Administração.
Artigo 29 - A instrução do processo será sigilosa.
Artigo 30 – No curso do processo as notificações e intimações
poderão ser feitas por publicação no Diário Oficial do Estado, carta com aviso de
recebimento, telegrama, fac-símile, correio eletrônico ou qualquer outro meio hábil, que
possibilite a ciência do ato a ser praticado.
Artigo 31 - A suspensão ou interrupção do contrato de trabalho
não implica o sobrestamento dos procedimentos disciplinares.
SEÇÃO V
DO ARQUIVAMENTO DOS AUTOS
Artigo 32 – Compete à Presidente da Fundação CASA-SP
determinar o arquivamento de sindicâncias e processos administrativos.
Artigo 33 – O desligamento do servidor dos quadros da Fundação
CASA-SP, no curso do processo, poderá implicar no arquivamento do feito.
Parágrafo único - O procedimento será desarquivado, se o
servidor processado retornar aos quadros da Fundação CASA-SP.
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CAPÍTULO III
DAS SANÇÕES E DA SUA APLICAÇÃO
SEÇÃO I
DAS SANÇÕES
Artigo 34 – As sanções administrativas aplicáveis são:
I- advertência escrita;
II- suspensão por até 29 dias;
III- demissão por justa causa;
Artigo 35 – São competentes para a aplicação de penalidade:
I– a Presidente da Fundação CASA-SP;
II– o Corregedor-Geral, exclusivamente, a advertência.
SEÇÃO II
DA APLICAÇÃO
Artigo 36 - Na quantificação da sanção, serão consideradas a
natureza do fato, as circunstâncias, a gravidade da conduta, as consequências delas
decorrentes, bem como o histórico funcional do servidor.
Artigo 37 - As sanções serão sempre aplicadas por escrito e
comunicadas ao servidor pela Divisão de Recursos Humanos da Fundação CASA-SP.
Parágrafo único – A sanção aplicada será registrada no histórico
funcional do servidor.
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Artigo 38 - A aplicação da penalidade administrativa funcional é
independente das cível e criminal, podendo ser cumulativa ou isolada.
Parágrafo único - Na hipótese da demissão por justa causa, se
a falta imputada for passível de ser perquirida por Conselho de Classe, será enviado
cópia do processo ao respectivo Conselho, para providências.
Artigo 39 - Decorridos 3 (três) anos de efetivo exercício, contados
do cumprimento da sanção disciplinar, sem cometimento de nova infração, não mais
poderá aquela ser considerada em prejuízo do infrator, inclusive para efeito de
reincidência.
CAPÍTULO IV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
Artigo 40 – Da penalidade aplicada, cabe recurso à Presidente,
no prazo de 05 (cinco) dias a contar da ciência da decisão.
§ 1º - O recurso não terá efeito suspensivo.
§ 2º - Interposto o recurso, os autos serão imediatamente
remetidos à Assessoria Jurídica para apresentar parecer e enviar à Presidente para
decisão.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 41 – Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não
resultar prejuízo para as partes ou se não houver influído na apuração da verdade ou
na decisão da causa.
§ 1º - O ato que, realizado de outro modo, alcance a finalidade,
não gera nulidade.
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§ 2º - Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja
dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente à formalidade, cuja observância
só à parte contrária interessa.
Artigo 42 - Os casos omissos serão resolvidos pela Fundação
CASA-SP, aplicando-se subsidiariamente a Lei Estadual nº 10.177, de 30/12/1998.
Artigo 43 - A Corregedoria-Geral contará com Expediente próprio
que realizará os trabalhos que lhe são pertinentes, nos termos do seu Regimento
Interno.
Artigo 44 – Todos os processos disciplinares em curso, serão
conclusos aos Corregedores-Auxiliares para análise e deliberação sobre a possibilidade
de ser proposta a suspensão processual, nos termos do artigo 22.
Parágrafo único – O Corregedor-Geral notificará o servidor,
presente os requisitos legais, propondo a suspensão do processo.
Artigo 45 - As disposições da presente Portaria entram em vigor
na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial
as Portarias Normativas nºs 057/2003, 079/2004, 080/2005, 083/2005, artigo 1º da
126/2007 e 146/2008 (CPD).
Dê-se ciência.
Cumpra-se.
Publique-se.
G.P., em 29 de novembro de 2013.
Berenice Maria Giannella
Presidente
GP/