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www.pwc.com.br Publicação de legislação e jurisprudência fiscal Clipping Legis Nº 160 Conteúdo - Atos publicados em Julho de 2013 - Divulgação em Agosto/2013 Alterações na legislação federal - Lei Federal nº 12.844/2013 IOF/Câmbio - Redução à alíquota zero - Aplicação - ADI RFB nº 3/2013 ICMS - Operações interestaduais com bens importados – Alterações – Convênio ICMS nº 88/2013 eSocial – Aprovação do leiaute e exigência – ADE Sufis nº 5/2013

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Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

Clipping Legis

Nº 160Conteúdo - Atos publicados em Julho de 2013- Divulgação em Agosto/2013

Alterações na legislação federal - Lei Federal nº 12.844/2013

IOF/Câmbio - Redução à alíquota zero - Aplicação - ADI RFB nº 3/2013

ICMS - Operações interestaduais com bens importados – Alterações – Convênio ICMS nº 88/2013

eSocial – Aprovação do leiaute e exigência – ADE Sufis nº 5/2013

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Índice

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Federais

REPNBL - Redes – Prorrogação do prazo para apresentação dos projetos - Lei Federal nº 12.837/2013

A Lei Federal nº 12.715/2012 instituiu o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações – (REPNBL-Redes), que se destina a projetos de implantação, ampliação ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga, incluindo estações terrenas satelitais que contribuam com os objetivos de implantação do Programa Nacional de Banda Larga – (PNBL).

Nos termos da Lei, as empresas interessadas em contar com os benefícios do REPNBL (suspensão de PIS/COFINS e IPI sobre aquisição de bens e serviços que especifica) devem apresentar projetos ao Ministério das Comunicações, a serem avaliados de acordo com as diretrizes por ela ditadas.

Em 10 de julho de 2013, foi publicada a Lei Federal nº 12.837, em conversão à MP nº 606/2013, para prorrogar até o dia 30.06.2014 (antes: 30.06.2013) o prazo para apresentação dos projetos supramencionados ao Ministério das Comunicações.

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Instituições Financeiras e Assemelhadas - Crédito presumido - Conversão da MP nº 608/2013 – Lei Federal nº 12.838/2013

Em 10 de julho de 2013, foi publicada a Lei Federal nº 12.838, em conversão à MP nº 608/2013, para, dentre outros preceitos, dispor que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, exceto cooperativas de crédito e administradoras de consórcio, poderão apurar crédito presumido a partir de provisões para créditos de liquidação duvidosa, em cada ano-calendário, quando apresentarem de forma cumulativa:

i) créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para crédito de liquidação duvidosa, existentes no ano-calendário anterior; e

ii) prejuízo fiscal apurado no ano-calendário anterior.

O crédito presumido acima citado poderá ser objeto de pedido de ressarcimento e não será apurado pelas instituições cuja liquidação extrajudicial ou falência tenha sido decretada antes de 1º.01.2014.

PIS/COFINS e PIS/COFINS - Importação – Redução de alíquotas e Suspensão de cobrança – Produtos da cesta básica – Conversão da MP nº 609/2013 – Lei Federal nº 12.839/2013

Em 10 de julho de 2013, foi publicada a Lei Federal nº 12.839, em conversão à MP nº 609/2013, para, dentre outros assuntos, reduzir as alíquotas e suspender a cobrança de PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação incidentes sobre a receita decorrente da venda no mercado interno e sobre a importação de produtos que compõem a cesta básica, conforme a seguir, resumidamente, se expõe:

• Foram reduzidas a zero as alíquotas de PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação incidentes na venda no mercado interno e sobre a importação de carnes, peixes, café, açúcar, óleo de soja, manteiga, dentre outros, conforme classificação dos códigos da TIPI especificados na Lei em comento;

• A redução de alíquotas acima citada aplica-se também à receita bruta decorrente das saídas do estabelecimento industrial, na industrialização por conta e ordem de terceiros de: animais vivos, aves, carnes, miudezas, dentre outros, conforme classificações da TIPI elencadas na Lei;

• A partir de 10.07.2013 (antes: 08.03.2013), não mais se aplica o crédito presumido e a suspensão das contribuições para o PIS/COFINS previstos nos arts. 8º e 9º da Lei nº 10.925/2004, sobre os seguintes produtos: carnes, miudezas, peixes; manteiga; óleo de soja e outros óleos vegetais; e açúcares, todos classificados nos códigos da TIPI relacionados na Lei;

• Foram excetuados da incidência de PIS/COFINS (receita bruta e sobre importação) pelas alíquotas majoradas previstas nas Leis nºs 10.147/2000 e 10.865/2004, art. 8, §2º, alguns produtos de perfumaria, toucador e higiene pessoal, conforme classificação fiscal descrita na Lei em comento;

• Foram estabelecidas suspensões e créditos presumidos de PIS/COFINS nas operações com carnes, miudezas, café, dentre outras, conforme códigos da TIPI dispostos na Lei;

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• A referida Lei traz a possibilidade de compensação e ressarcimento do saldo de créditos presumidos dispostos na Lei nº 10.865/2004, que tenham sido apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação, relativos aos bens classificados nos códigos 01.04 (Ovinos e Caprinos), 02.04 (Carnes de Ovinos e Caprinos) e 0206.80.00 (Miudezas) da NCM, existentes em 08.03.2013, observada a legislação aplicável à matéria.

A nova lei também alterou disposições relativas às operações de concessionárias e permissionárias de energia elétrica.

Ficam revogados vários dispositivos legais que tratavam da data limite para redução a zero da alíquota de PIS/COFINS e da suspensão dessas contribuições para os produtos que especifica, entre outros.

Alterações na legislação federal - Lei Federal nº 12.844/2013

Em 19 de julho de 2013, foi publicada no DOU Extra a Lei Federal nº 12.844, em conversão à MP nº 610/2013, para alterar dispositivos da legislação tributária federal, conforme adiante, resumidamente, se alinha.

Cabe mencionar que foram recepcionados dispositivos das MPs nºs 601/2013 (que teve seu prazo de vigência encerrado no dia 03.06.2013) e 612/2013, que contemplam temas abaixo relacionados, dentre outros assuntos.

1. REINTEGRA – Prorrogação do prazo (efeitos desde 04.06.2013)

O REINTEGRA, instituído pela Lei Federal nº 12.546/2011, com o intuito de reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas suas cadeias de produção, teve sua aplicação prorrogada às exportações realizadas de 04.06.2013 até 31.12.2013.

A Lei em comento estabelece que não serão computados na apuração da base de cálculo do PIS e da COFINS os valores ressarcidos no âmbito do REINTEGRA.

2. IPI - Redução das alíquotas - Prorrogação de prazo (vigência: 19.07.2013)

Fica prorrogada para até 31.12.2017 o prazo para fruição da redução das alíquotas do IPI, pelas empresas fabricantes, no País, de produtos classificados nas posições 87.01 a 87.06 da TIPI (tratores; veículos; chassis; dentre outros).

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3. INSS sobre receita bruta

De acordo com a nova Lei, até 31.12.2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, à alíquota de 1% ou 2%, conforme o caso, observados os CNAES que especifica, as empresas:

• a partir de 1º.11.2013: do setor de construção civil;

• a partir de 1º.01.2014: de transporte ferroviário e metroviário de passageiros; de construção de obras de infraestrutura;

• a partir de 1º.11.2013: de manutenção e reparação de embarcações; de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da Lei em comento; que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados; de transporte rodoviário de cargas; de transporte ferroviário de cargas; jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei Federal nº 10.610/2002.

As empresas de construção civil, de varejo e as que realizam operações de contêineres tratadas acima poderão antecipar para 04.06.2013 sua inclusão na tributação substitutiva, de forma irretratável, mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva, relativa a junho/2013.

Cabe ressaltar que algumas empresas foram excluídas da contribuição substitutiva, tais como: as empresas de engenharia e arquitetura que especifica, as de comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, que especifica; dentre outras.

Com relação às empresas do setor de construção civil, supramencionadas, o recolhimento da contribuição previdenciária, para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS – CEI deverá ser:

• até o dia 31.03.2013 - com base na folha de salários/remuneração do contribuinte individual, até o seu término;

• entre 1º.04.2013 e 31.05.2013 - com base na receita bruta, até o seu término;

• entre 1º.06.2013 até 31.10.2013 - tanto com base na receita bruta, como sobre a folha de salários/remuneração do contribuinte individual (essa opção será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho/2013 e será aplicada até o término da obra);

• após 1º.11.2013 - com base na receita bruta, até o seu término.

Para as empresas do setor supra, serão excluídas da base de cálculo da contribuição incidente sobre receita bruta as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido sobre a folha de salários, observadas as demais disposições da Lei ora alterada.

Nos termos da Lei em tela, as empresas que prestam serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral passam a integrar o conceito de empresas que prestam serviços de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e comunicação – TIC para fins de redução das alíquotas das contribuições de que tratam os incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212/1991.

No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3º do artigo 8º da Lei ora alterada, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212/1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

Para o cálculo da contribuição sobre o valor da receita bruta exclui-se da sua base de cálculo a receita bruta: a) de exportações; e b) decorrente de transporte internacional de carga. (efeitos: 04.06.2013)

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Por fim, o Anexo I da Lei Federal nº 12.546/2011, que contém a lista de produtos cuja receita de venda estará sujeita à contribuição previdenciária sobre receita, foi alterado pela Lei em comento, mediante acréscimo de alguns bens e exclusão de outros.

4. COFINS - Importação - Acréscimo de alíquota (vigência: 1º.08.2013)

A alíquota da COFINS - Importação, disposta na Lei Federal nº 10.865/2004, fica acrescida de 1%, na hipótese de importação dos bens especificados no Anexo I da Lei nº 12.546/2011.

5. RET – Alteração na alíquota (efeitos: desde 04.06.2013)

O Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (RET), disposto na Lei nº 10.931/2004, teve sua alíquota alterada pela nova Lei.

Para cada incorporação submetida ao RET, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a 4% da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado do imposto e contribuições que especifica.

6. IR – Mercado financeiro (efeitos: desde 04.06.2013)

- IR sobre rendimento pago a não residente produzido por título ou valor mobiliário – Inclusão de títulos e fundos soberanos

Fica reduzida a zero a alíquota do IR incidente sobre os rendimentos oriundos de quaisquer valores que constituam remuneração de capital aplicado, inclusive aquela produzida por títulos de renda variável, tais como juros, prêmios, comissões, ágio, deságio e participações nos lucros, bem como os resultados positivos auferidos em aplicações nos fundos e clubes de investimentos, definidos nos termos da alínea “a” do § 2º do art. 81 da Lei nº 8.981/1995, quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%, produzidos por:

• títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1º de janeiro de 2011, objeto de distribuição pública, de emissão de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas como instituições financeiras; ou

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• fundos de investimento em direitos creditórios constituídos sob a forma de condomínio fechado, regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujo originador ou cedente da carteira de direitos creditórios não seja instituição financeira.

Os veículos de investimento no exterior cujo patrimônio seja composto por recursos provenientes exclusivamente da poupança soberana do país respectivo, chamados de fundos soberanos, fazem jus à alíquota reduzida a zero atribuída aos beneficiários residentes ou domiciliados no exterior que especifica.

- Fundos de investimento

Não se aplica aos fundos de investimento constituídos pelas instituições autorizadas pela CVM e ao fundo de investimento em cota de fundo de investimento, ambos especificados no art. 3º da Lei Federal nº 12.431/2011, a incidência do IR/Fonte sobre seus rendimentos a ser recolhido no último dia útil dos meses de maio e de novembro de cada ano, ou no resgate, se ocorrido em data anterior.

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7. Comprovação de regularidade para reconhecimento de incentivos fiscais

A comprovação de regularidade quanto à quitação de tributos federais e demais créditos inscritos em Dívida Ativa da União, para fins de reconhecimento de incentivos ou benefícios fiscais, é feita mediante Certidão Negativa de Débitos – (CND) ou de Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa (CPD-EN), válida pela autoridade administrativa responsável pelo reconhecimento do incentivo ou benefício fiscal.

8. Compensação, restituição e ressarcimento de tributos federais – Alterações

A referida Lei alterou dispositivos da Lei Federal nº 9.430/96 no tocante a:

- Saldo negativo:

O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro, se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da Lei Federal nº 9.430/96.

Antes da referida alteração, o artigo em comento dispunha que o saldo do imposto deveria ser compensado com o imposto a ser pago a partir do mês de abril do ano subsequente, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, após a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do montante pago a maior.

- Restituição e ressarcimento de pagamentos mediante DARF e GPS

A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela RFB ou a restituição de pagamentos efetuados mediante DARF e GPS cuja receita não seja administrada pela RFB serão efetuados depois de verificada a ausência de débitos em nome do sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional.

- Compensação – Manifestação de inconformidade – Multa de ofício

Fica suspensa a exigibilidade da multa de ofício que especifica no caso de apresentação de manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação de créditos tributários com quaisquer outros tributos administrados pela RFB.

9. INOVAR-AUTO

A referida Lei recepcionou dispositivos da MP 612/2013 que haviam alterado a Lei Federal nº 12.715/2012 referentes ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (INOVAR-AUTO) no tocante à concessão da habilitação ao programa e às multas referentes ao descumprimento de obrigação acessória, dentre outras, que especifica.

10. PGFN – Contestação

A Lei em comento altera o art. 19 da Lei Federal nº 10.522/2002, que dispõe que fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) autorizada a não contestar, a não interpor recurso ou a desistir do que tenha sido interposto, desde que inexista outro fundamento relevante, na hipótese de a decisão versar sobre, dentre outras:

i) matérias que, em virtude de jurisprudência pacífica do STF, do STJ, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal Superior Eleitoral, sejam objeto de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda;

ii) matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo STF e pelo STJ nos moldes que especifica.

11. Multas de ofício – Percentuais de redução

Foi alterado pela presente Lei o art. 6º da Lei Federal nº 8.218/1991 para dispor que se aplica a redução da multa de lançamento de ofício nos percentuais especificados na Lei ora alterada também às penalidades aplicadas isoladamente ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou o parcelamento dos tributos administrados pela RFB.

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12. PIS/COFINS - Concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica – Alterações

Foram alteradas disposições da Lei Federal nº 12.783/2013, que trata das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, da redução dos encargos setoriais, e da modicidade tarifária.

Nos termos da referida Lei, ficam reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da COFINS incidentes sobre as indenizações a serem pagas aos concessionários do setor devido à prorrogação das concessões.

13. COFINS - Rede Arrecadadora de Receitas Federais – Base de cálculo

As pessoas jurídicas que prestem serviços de arrecadação de receitas federais poderão excluir da base de cálculo da Cofins o valor a elas devido em cada período de apuração como remuneração por esses serviços, dividido pela alíquota referida no art. 18 da Lei Federal no 10.684/2003 (4%).

A RFB disciplinará quanto à definição do valor auferido como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais.

14. Processo Administrativo Fiscal – Intimação eletrônica

A referida Lei alterou o art. 23 da Lei nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal para estabelecer que se considere feita a intimação por meio eletrônico:

i) 15 dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio tributário do sujeito passivo;

ii) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto no item (i) acima; ou

iii) na data registrada no meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo.

PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação - Crédito presumido na venda de álcool e incidência na venda de insumos da indústria química nacional - MP nº 613/2013 - Prorrogação de Vigência - Ato CNa n° 41/2013

Em 1º de julho de 2013, foi publicado o Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 41 para prorrogar pelo período de 60 dias a vigência da MP nº 613/2013 (DOU 08.05.2013) que institui crédito presumido de PIS/COFINS na venda de álcool, inclusive para fins carburantes, bem como altera as Leis Federais nºs 10.865/2004 e 11.196/2005, para dispor sobre incidência das referidas contribuições na importação e sobre a receita decorrente da venda no mercado interno de insumos da indústria química nacional que especifica.

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REPORTO - Procedimentos - IN RFB nº 1.370/2013

Em 1º de julho de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.370 para estabelecer os procedimentos para aplicação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (REPORTO), ficando revogada a IN RFB nº 879/2008 que anteriormente disciplinava a matéria.

Em linhas gerais, e resumidamente, a nova IN dispõe que:

• Nas aquisições e importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, relacionados no Anexo I do Decreto nº 6.582/2008, realizadas até 31.12.2015, quando adquiridos ou importados diretamente pelo beneficiário do regime e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução dos serviços de carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; de proteção ambiental; dragagens e outros que especifica, fica suspenso o pagamento dos seguintes tributos:

i) IPI e PIS/COFINS - em relação às aquisições no mercado interno;

IOF/Câmbio - Redução à alíquota zero - Aplicação - ADI RFB nº 3/2013

Em 1º de julho de 2013, foi publicado o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 3 para dispor que a redução a zero da alíquota do IOF nas situações abaixo mencionadas, prevista no Decreto 8023/13, aplica-se às operações de câmbio contratadas a partir de 05.06.2013:

XI - nas liquidações de operações de câmbio contratadas por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para constituição de margem de garantia, inicial ou adicional, exigida por bolsas de valores, de mercadorias e futuros.

XII - nas liquidações de operações de câmbio contratadas por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para aplicação no mercado financeiro e de capitais.

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ii) IPI vinculado à importação, Imposto de Importação (II) e PIS/COFINS-Importação – em relação às importações.

• São beneficiários do REPORTO: o operador portuário; o concessionário de porto organizado; o arrendatário de instalação portuária de uso público; a pessoa jurídica autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com embarcações de offshore; as empresas de dragagem (Lei nº 12.815/2013); os concessionários ou permissionários de recintos alfandegados de zona secundária; o concessionário de transporte ferroviário; os fabricantes de locomotivas e vagões que especifica.

Por fim, a IN ainda trata da habilitação, coabilitação, concessão e forma de requerimento ao REPORTO; do cancelamento da habilitação e da coabilitação; do descumprimento das condições do REPORTO; e da transferência dos bens, dentre outras disposições.

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COFINS-Importação – Adicional de 1% - PN RFB nº 2/2013

Em 12 de julho de 2013, foi publicado o Parecer Normativo RFB nº 2 para concluir que estão em plena produção de efeitos as alterações promovidas nas regras relativas ao adicional de alíquota da COFINS-Importação (1%) instituído no § 21 do art. 8º da Lei nº 10.865/2004.

O fundamento de tal conclusão é, resumidamente, que o adicional de alíquota da COFINS-Importação foi instituído simultânea e conjugadamente, em necessária correspondência biunívoca, com a instituição da contribuição previdenciária (INSS) sobre a receita (arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011).

Portanto, as normas do adicional da COFINS-Importação e do INSS sobre receita bruta coexistem, indissociáveis, em termos de vigência e de produção de efeitos e em abrangência.

Obrigações acessórias – Esclarecimentos – Parecer Normativo RFB nº 3/2013

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Em 12 de julho de 2013, foi publicado o Parecer Normativo RFB nº 3 (retificado em 15.07.2013) para analisar as consequências da nova redação do art. 57 da MP nº 2.158-35/2001, dada pela Lei Federal nº 12.766/2012, e que trata da aplicação de multas pela entrega extemporânea de declarações, demonstrativos ou escrituração digital, por não atendimento à intimação para a prestação de esclarecimentos à RFB e por apresentação de declaração com informações inexatas, omitidas ou incompletas.

Resumidamente, o parecer dispõe que:

• Continuam sendo aplicadas as penalidades dispostas nas normas específicas, anteriores a alteração supramencionada, que não foram revogadas, sobre a pessoa que:

i) deixar de escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal quando exigido o sistema de processamento eletrônico;

ii) deixar de apresentar ou que apresentar com incorreções ou omissões, ou deixar de prestar esclarecimentos, no prazo estipulado pela RFB: DIPJ, DCTF, DIRF, Dacon, DOI, Dimof, Decred, GFIP, DITR, Derex e a DTTA;

iii) deixar de apresentar, no prazo fixado pela RFB, a DIRPF que não resulte em imposto devido.

• Aplicam-se as novas penalidades dispostas na norma alterada supracitada, sobre a pessoa que:

i) deixar de apresentar, no prazo estipulado pela RFB: Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Fiscal Digital (EFD), e-Lalur, Dimob, Dmed, Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), Declaração de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais (DERC).

• Não houve alteração nos prazos de entrega ordinária das declarações. Assim, segundo o PN, o prazo mínimo de 45 dias disposto no inciso II do artigo 57 da MP nº 2.158/2001, já alterado, aplica-se apenas para a apresentação das declarações numa fiscalização ou para prestar esclarecimentos sobre alguma declaração.

• Os procedimentos de compensação, ressarcimento e restituição não são considerados como obrigação acessória, pois, na visão do Parecer, ensejam apenas o pedido de reconhecimento de um crédito em face de um débito que o sujeito passivo declara. Portanto, não são afetados pela alteração da redação do art. 57 da MP nº 2.158-35/2001.

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Dispensa de impugnação judicial fundada em precedente do STF (Repercussão Geral) ou do STJ (Recursos Repetitivos) - Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396/2013

Foi publicado em 5 de julho de 2013, o Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396 (retificado em 12.07.2013), aprovado pelo Ministro da Fazenda, para esclarecer que também se aplicam ao âmbito de atribuições institucionais da RFB, as disposições do Parecer PGFN/CDA nº 2.025/2011, que dispensou a Fazenda Nacional de impugnação judicial, em virtude de tese favorável ao contribuinte, julgada pelo STF ou STJ na sistemática de Repercussão Geral e de Recursos Repetitivos.

Programa de Inclusão Digital - Redução de PIS/COFINS – Smartphones - Requisitos técnicos - Alterações - Portaria MC nº 222/2013

Em 26 de julho de 2013, foi publicada a Portaria MC nº 222 para alterar a Portaria MC nº 87 que estabelece os requisitos técnicos mínimos dos telefones portáteis do tipo smartphone, beneficiados pela desoneração fiscal instituída pela Lei Federal nº 11.196/2005 e regulamentada pelo Decreto nº 5.602/2005 (redução a zero de PIS/COFINS sobre receita de venda a varejo).

Em linhas gerais, a nova Portaria estabelece, resumidamente, que:

• Para fins de divulgação na página do Ministério das Comunicações na internet, os fabricantes deverão encaminhar ao endereço eletrônico “[email protected] ” relação dos modelos de smartphones comercializados que atendem às características técnicas exigidas na Portaria ora alterada.

Essas informações deverão ser atualizadas sempre que houver alteração na relação dos aparelhos contemplados com a desoneração fiscal.

• A elaboração, análise e aprovação das propostas previamente aprovadas pelo Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia (DEICT) da Secretaria de Telecomunicações serão efetuadas de acordo com os critérios e os procedimentos definidos em ato específico do Secretário de Telecomunicações.

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Tributos e Contribuições Estaduais/ Municipais

Tributos e contribuições estaduais/municipais

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ICMS - Remissão dos créditos tributários pelo descumprimento de obrigações acessórias - Decreto Estadual/SP nº 59.339/2013

Em 4 de julho de 2013, foi publicado o Decreto Estadual/SP nº 59.339 para remitir os créditos tributários relativos ao ICMS constituídos ou não em virtude do descumprimento das obrigações acessórias instituídas pelo Ajuste SINIEF nº 19/2012, implementando, nesse sentido, o Convênio ICMS nº 38/2013.

Vale lembrar que o Ajuste SINIEF nº 19/2012 dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução SFe nº 13/2012 (estabelece a alíquota do ICMS de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados nas hipóteses que especifica).

O Ajuste acima citado também cria a Ficha de Conteúdo de Importação - FCI, a ser preenchida no caso de operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização.

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Tributos e Contribuições Estaduais/ Municipais

ICMS - Operações interestaduais com bens importados – Procedimentos - Portaria CAT nº 64/2013

Em 29 de junho de 2013, foi publicada a Portaria CAT nº 64 para dispor sobre os procedimentos que devem ser observados na aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados ou com Conteúdo de Importação superior a 40%, ficando revogada a Portaria CAT nº 174/2012 que anteriormente disciplinava a matéria.

Em linhas gerais, a nova Portaria reproduz a maior parte do conteúdo da portaria anterior, dispondo, entre outras alterações, sobre a forma de cálculo do Conteúdo de Importação; o preenchimento e entrega da Ficha de Conteúdo de Importação (FCI); bem como sobre as demais obrigações acessórias a serem cumpridas pelo contribuinte.

Nos termos da Portaria, o conteúdo de importação é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada e o valor total da operação interestadual da mercadoria ou bem submetido à industrialização. Para fins desse cálculo, o bem/mercadoria deve ser considerado como:

i) nacional: quando o conteúdo de importação for de até 40%;

ii) 50% nacional e 50% importada: quando o conteúdo de importação for maior que 40% e menor ou igual a 70%;

iii) importado: quando o conteúdo de importação for superior a 70%.

Nas operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do contribuinte emitente da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), deverá ser informado, em campo próprio do referido documento fiscal, o número de controle da FCI e o percentual do conteúdo de importação do produto, utilizando-se os seguintes valores:

i) “0%” - quando o conteúdo de importação for menor ou igual a 40%;

ii) “50%” - quando o conteúdo de importação for maior que 40% e menor ou igual a 70%;

iii) “100%” - quando o conteúdo de importação for superior a 70%.

Na hipótese de revenda de bens ou mercadorias, não sendo possível identificar, no momento da saída, a respectiva origem, deverá se adotado, para definição do Código da Situação Tributária (CST), o método contábil PEPS.

Esta portaria entra em vigor em 29.06.2013, exceto em relação à entrega da FCI, que produz efeitos a partir de 01.08.2013 antes: 01.05.2013).

Ficam convalidados os procedimentos adotados pelos contribuintes, até 29.06.2013, em conformidade com o Convênio ICMS nº 38/2013.

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Tributos e Contribuições Estaduais/ Municipais

ICMS - Operações interestaduais com bens importados - Alterações - Convênio ICMS nº 88/2013

Em 30 de julho de 2013, foi publicado o Convênio ICMS nº 88 para alterar o Convênio ICMS nº 38/2013 que estabelece os procedimentos para a aplicação da tributação do ICMS prevista na Resolução SFe nº 13/2012 (alíquota do ICMS de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados nas situações que especifica), conforme a seguir, resumidamente, se expõe.

Nos termos do novo Convênio:

• Nas operações interestaduais com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do emitente, deverá ser informado o número da Ficha de Conteúdo de Importação (FCI) em campo próprio da Nota Fiscal Eletrônica (NFe).

Foi excluída a necessidade de informar na FCI o Conteúdo de Importação, calculado nos termos da cláusula quarta do Convênio ora alterado, inclusive nas operações subsequentes com os bens ou mercadorias acima citados, quando não submetidos a novo processo de industrialização, relativo à operação anterior.

• Ficam convalidados os procedimentos adotados, no período de 11 de junho até o início de vigência deste convênio (data da publicação da sua ratificação nacional no DOU), em conformidade com as alterações realizadas no Convênio ICMS nº 38/2013.

• Fica adiado para o dia 1º.10.2013 (antes: 1º.08.2013) o início da obrigatoriedade de preenchimento e entrega da FCI.

• Fica dispensada também, até 1º.10.2013, a indicação do número da FCI na NF-e emitida para acobertar as operações a que se refere o Convênio ora alterado.

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Trabalhista e Previdência Social

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Trabalhista e previdência social

eSocial – Aprovação do leiaute e exigência – ADE Sufis nº 5/2013

Em 18 de julho de 2013, foi publicado no DOU o Ato Declaratório Executivo da Subsecretaria de Fiscalização nº 5, para aprovar e divulgar o leiaute do Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial.

Respectivo ato aprova o leiaute do eSocial que consta no Manual de Orientação do eSocial – versão 1.0, disponível na Internet, no endereço eletrônico http://www.esocial.gov.br , bem como dispõe que tal sistema será exigido para os eventos ocorridos a partir da competência de janeiro de 2014.

Cabe mencionar ainda que a escrituração do eSocial é composta pelos eventos decorrentes das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, cujos arquivos deverão ser transmitidos em meio eletrônico pela empresa, pelo empregador ou por outros obrigados a eles equiparados, nos prazos a serem estipulados em ato específico.

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Outros Assuntos

Outros Assuntos

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Contratações simultâneas de câmbio – Migrações internas – Revogações - Resolução CMN nº 4.246/2013

Em 2 de julho de 2013, foi publicada a Resolução CMN nº 4.246 para revogar as Resoluções nºs 3.912/2010, 3.915/2010, 3.941/2011 e 4.039/2011 que dispunham sobre contratações simultâneas de câmbio em caso de migrações internas entre aplicações de investidor não residente no mercado financeiro e de capitais, nas situações que especificavam.

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