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Public - Capa O interesse fez com que ela investisse na carreira. Na infância, fez aulas de piano, inglês e Ballet Clássico. “Acredito que o Ballet Clássico dá à mulher a elegância eterna”, afirma. Mas tudo isso sempre observando com afinco o pai e o desenvolvimento de suas joias. Aos 13 anos, desenhou e criou joias para colegas no colégio. “Eu não perguntava muito pro meu pai, mas eu era uma filha muito grudada com ele e com a minha mãe. E muito observadora.” Aos 18 anos, convenceu o pai a abrir uma filial para ela gerenciar. Estudou e se formou em Desenho Industrial em São Paulo e em Gemologia (especialidade que estuda o caráter físico e químico das pedras) nos EUA. No entanto, ela faz questão de assinalar que nunca trabalhou na vida. “Meu trabalho é meu hobbie. Eu tenho prazer na Casa Leão. Não consigo separar o que é trabalhar e o que é ter prazer, o que é ser artista, estudar, pois para mim é tudo uma coisa só. Sempre fui ótima aluna, sempre fiz com perfeição aquilo que faço, seja um prato de comida, arrumar o armário ou montar um brinco de que adquiriu desde muito nova. “Adoro uma frase do Churchill: ‘Eu fico facilmente satisfeito com o melhor’. Churchill tinha as melhores frases do mundo. Sabe como ele fazia as reuniões dele? Ele conversava por 15 minutos e depois ficava três horas fumando charuto com as pessoas da política com quem ele se reunia”, detalha ela, revelando sua admiração pelo primeiro ministro do Reino Unido na época da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill. Dele, Lydia também faz questão de citar o pensamento que a toca todo dia pela manhã: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”. A joalheira se diz perfeccionista até com as frases que profere: “Não perco uma frase falando algo que não tem valor. Não faço nada sem sentido”, enfatiza. E esse perfeccionismo vem junto com o amor pelas cores e pelas joias, que ela brinca ter vindo do berço. “Acho que meu despertar para as joias foi na sala de parto. Na verdade, foi quando eu via meu pai estudando com muita paixão as pedras na sala de jantar da nossa casa, pelo Gemological Institute Of America. Meu pai, Ivan Leão Sayeg, era um verdadeiro joalheiro, assim como eu. O resto é comerciante de joias. É completamente diferente”, pontua, com brilho nos olhos — característica visível toda vez que fala no pai. 26 27 28 29 Capa.pmd 11/10/2012, 12:24 34

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O interesse fez com que ela investisse na carreira. Na infância, fez aulas de piano, inglês e BalletClássico. “Acredito que o Ballet Clássico dá à mulher a elegância eterna”, afirma. Mas tudo isso sempreobservando com afinco o pai e o desenvolvimento de suas joias. Aos 13 anos, desenhou e criou joiaspara colegas no colégio. “Eu não perguntava muito pro meu pai, mas eu era uma filha muito grudadacom ele e com a minha mãe. E muito observadora.”

Aos 18 anos, convenceu o pai a abrir uma filial para ela gerenciar. Estudou e se formou em DesenhoIndustrial em São Paulo e em Gemologia (especialidade que estuda o caráter físico e químico daspedras) nos EUA. No entanto, ela faz questão de assinalar que nunca trabalhou na vida. “Meu trabalhoé meu hobbie. Eu tenho prazer na Casa Leão. Não consigo separar o que é trabalhar e o que é terprazer, o que é ser artista, estudar, pois para mim é tudo uma coisa só. Sempre fui ótima aluna, semprefiz com perfeição aquilo que faço, seja um prato de comida, arrumar o armário ou montar um brinco de

que adquiriu desde muito nova. “Adoro uma frase do Churchill: ‘Eu fico facilmente satisfeito com omelhor’. Churchill tinha as melhores frases do mundo. Sabe como ele fazia as reuniões dele? Eleconversava por 15 minutos e depois ficava três horas fumando charuto com as pessoas da política comquem ele se reunia”, detalha ela, revelando sua admiração pelo primeiro ministro do Reino Unido naépoca da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill. Dele, Lydia também faz questão de citar opensamento que a toca todo dia pela manhã: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; ootimista vê oportunidade em cada dificuldade”. A joalheira se diz perfeccionista até com as frases queprofere: “Não perco uma frase falando algo que não tem valor. Não faço nada sem sentido”, enfatiza.

E esse perfeccionismo vem junto com o amor pelas cores e pelas joias, que ela brinca ter vindo doberço. “Acho que meu despertar para as joias foi na sala de parto. Na verdade, foi quando eu via meupai estudando com muita paixão as pedras na sala de jantar da nossa casa, pelo Gemological InstituteOf America. Meu pai, Ivan Leão Sayeg, era um verdadeiro joalheiro, assim como eu. O resto é comerciantede joias. É completamente diferente”, pontua, com brilho nos olhos — característica visível toda vezque fala no pai.

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