Assim nasceu uma história

Na 6ª feira uma abelha resolveu assistir à aula de Português. Tinha de haver quem começasse aos ais! Ai que eu tenho medo! Ai que eu fujo!

Ai que eu perco a paciência, disse eu. Marquei um TPC - pesquisar sobre as abelhas e as vespas.

E não é que dois meninos me enviaram o trabalho para o email? Peguei neles e fiz um PowerPoint.

Aqui está o resultado. A história que um deles fez com a ajuda dos pais está muito gira.

Definição de abelhas e vespas e as suas diferenças

-Abelhas: As Abelhas são insetos voadores,

conhecidos pelo seu papel na polonização.

Sabiam que as abelhas têm cinco olhos? São três mais pequenos no topo da cabeça e dois maiores na parte frontal.

-Abelhas: Só as abelhas fêmeas é que trabalham. Os machos podem entrar em qualquer

colmeia ao contrário das fêmeas. A principal missão dos machos é fecundar a rainha. O zangão também tem a função de proteger a colmeia de outros insetos que possam ameaçá-la.

As abelhas também produzem mel através do pólen que extraem das flores.

-Vespas: As vespas também são importantes para a

polinização de algumas plantas, mas não produzem mel.

O ferrão das vespas quando pica alguém, entra e sai ao contrário do das abelhas que picam, o ferrão fica e a abelha morre.

Só as vespas fêmea têm ferrão.

Diferenças entre abelhas e vespas:As abelhas são mais pacíficas que as

vespas. Por exemplo elas só atacam quando são apertadas, quando são provocadas. Mas as vespas não, picam por puro prazer.

Fisicamente as abelhas têm pelo na parte atrás da cabeça. Têm ambas riscas amarelas e pretas mas com uma coloração diferente. As vespas têm na cabeça as cores das riscas, e as abelhas não, têm apenas uma curta pelagem.

História da abelha Isaura e do que aconteceu na aula de Português

Já não quero ser humana!

 Isaura era uma abelha que vivia numa colmeia pendurada no cimo de um Pinheiro no Parque do Moinho.

Todas as manhãs, logo bem cedinho, Isaura começava o seu trabalho: Colher tanto pólen quanto as suas patinhas conseguissem transportar.

E, assim se passavam os dias da pequena abelha.

Num belo dia, ainda à porta da colmeia, Isaura ouve a conversa animada de um grupo de meninos que falavam da escola e de como era divertido aprender, conhecer e fazer amigos nesse local.

O entusiasmo era tão grande que a pequena abelha desejou ser humana, ser um daqueles jovens e poder ir à escola, em vez de ter de trabalhar todo o dia e a fazer sempre a mesma coisa.

Depressa pensou e rápido decidiu, ajeitou as asitas, limpou as patinhas e seguiu a rapaziada até à sala de aula.

Imitando os jovens e vendo chamarem-se os alunos, escolheu o seu lugar e ficou atenta aos ensinamentos de um dos humanos, o mais alto da sala a quem os restantes chamavam “Setora”.

A aula era divertida e falavam de vários assuntos, brincando a um jogo de regras.

De repente, Isaura olha para a janela e apercebe-se de que já era tarde e não tinha apanhado nem um bocado de pólen.

A abelha rainha não a iria perdoar e todas as suas colegas iriam ficar desiludidas e tristes com o seu comportamento, pois o trabalho de grupo tem regras e ela não tinha cumprido a sua parte.

Lentamente e sem fazer barulho para não atrapalhar a aula, Isaura decidiu sair da sala com a esperança de um dia voltar.

Mas, de repente e sem saber porquê, um dos alunos começou a gritar e a correr assustado.

Isaura olhou para trás, olhou para os lados com medo que o humano tivesse visto um bicho feroz maior que a “Setora” e tão valente como um leão.

Toda a turma se assustou e ouviram-se gritos e gargalhadas nervosas por toda a parte. Isaura temeu o pior para si e para os humanos.

A abelhinha tentou voar tão alto quanto conseguiu, não fosse o bicho que o rapaz havia visto a atacar a ela, pois era a mais pequena e fraca da turma.

Qual não é o seu espanto quando descobre que a gritaria e o susto era por causa dela, a ameaça era ela...Ela Isaura uma pequena abelha que só queria aprender e um dia ser humana.

Tão depressa quanto foi capaz, voou para a colmeia e feliz e contente voltou à sua rotina.

Todos os dias quando acorda para começar o seu dia de trabalho, tão cedinho que nem o sol ainda nasceu, se lembra de gritar para as suas riscas:

- Eu já não quero ser humana!

Trabalho realizado pelos alunos do 7º C, Bernardo Delgado e Guilherme Belo e Silva, a partir de uma ideia da professora Margarida Claro.