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    Q10 Para uma vida maislonga e saudvel

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    Q10 Para uma vida mais

    longa e saudvel

    Pernille Lund: Q10 Para uma vida mais longa e saudvel 2014: Forlaget Ny Videnskab

    proibida a reproduo desta obra, no todo ou em parte, sob qualquerforma ou por qualquer meio impresso, duplicao, fotocpia,

    gravao ou outro sem autorizao expressa do Editor.

    Impresso: PR Offset, Fredericia, DinamarcaISBN 87-7776-121-9

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    ndice

    Introduo.................................................................................3

    A energia essencial para qualquer forma de vida ........................5

    O Q10 refora as clulas e retarda os sinais de envelhecimento ....13

    Exerccio fsico, queima de gordura e massa muscular .................20

    Periodontite e zumbidos ...........................................................26

    O Q10 fortalece o corao e o sistema cardiovascular e ajudaa baixar a tenso arterial .........................................................29

    O Q10 pode diminuir os efeitos secundrios das estatinas ...........39

    Sistema imunitrio e inflama ...............................................43

    Fertilidade e espermatozides saudveis .....................................45

    Doenas mitocondriais: ............................................................48

    Cancro, quimioterapia, Q10 e outros antioxidantes ...................55

    As nossas necessidades em nutrientes e o dever de nosresponsabilizarmos pela nossa sade ..........................................60

    Suplementos com Q10, biodisponibilidade,qualidade e segurana ..............................................................63

    Resumo ...................................................................................68

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    Introduo

    O ser humano no seria capaz de respirar, mexer-se ou sequerpensar sem Q10, uma coenzima essencial que se encontra envol-vida na renovao energtica de todas as clulas do organismo. Defacto, as clulas dependem do Q10 da mesma maneira que ummotor a gasolina depende das velas de ignio para iniciar todo oprocesso de combusto. Sem velas de ignio, nem o carro mais

    sofisticado conseguiria andar um centmetro. E, sem Q10, o serhumano viveria apenas alguns momentos.A maior parte do Q10 produzido no nosso organismo. Contudo,a produo endgena desta substncia vai diminuindo com a ida-de. Doena crnica, exerccio intenso e determinados tipos demedicamentos tambm podem prejudicar a produo de Q10. Eisto pode afectar-nos de diversas maneiras.

    A maior parte das pessoas toma suplementos de Q10 como formade aumentar os nveis energticos, mas o Q10 muito mais do queum simples estimulante energtico. Este composto fundamental uma parte essencial de todas as funes orgnicas e celulares, quetem influncia no controlo do nosso processo de envelhecimento,na contractilidade do msculo cardaco, na fertilidade, nos proces-sos de cicatrizao e em muitas outras funes. A investigao

    cientfica est constantemente a descobrir novas aplicaes inte-ressantes do Q10.O Q10 foi descoberto em 1957, pelo cientista americano FredCrane, no mbito da investigao sobre metabolismo energticocelular. Em 1978, Peter Mitchell, cientista britnico, recebeu oPrmio Nobel da Qumica pelo seu trabalho no esclarecimento dopapel do Q10 no metabolismo energtico que ocorre no interiordas clulas. O Professor Karl Folkers, investigador americano, re-cebeu a Medalha Priestly (o equivalente americano do PrmioNobel) pelo seu contributo para o conhecimento do Q10. Em1990, uma empresa farmacutica dinamarquesa comeou a produ-zir cpsulas com Q10. Pela primeira vez, a substncia era disponi-bilizada como suplemento na Europa, e as reaces positivas dos

    consumidores incentivaram investigadores do mundo inteiro afazerem vrios estudos em pequena escala.

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    Actualmente, o Q10 reconhecido como um tratamento, cienti-ficamente comprovado, em reas como insuficincia cardaca cr-nica, hipertenso, diabetes tipo 2, deficincias mitocondriais, sen-do mesmo recomendado a doentes hipercolesterolmicos comoforma de evitar os efeitos secundrios das estatinas. Na Hungria,desde 2005 que o Q10 est registado como medicamento para ainsuficincia cardaca crnica, e a investigao sueca demonstrouque o Q10, em associao com selnio, reduz a mortalidade car-diovascular nos idosos em 54%. O Q10 evoluiu de suplementonutricional para medicamento inovador, e no fica por aqui! So

    cada vez mais os estudos que mostram que o Q10 um nutrientecom enorme influncia na sade humana.Importa salientar que qualquer suplemento com Q10 deve ser deboa qualidade para que o organismo absorva e metabolize o ingre-diente activo, independentemente da sua formulao. Uma dasmelhores preparaes de Q10 desenvolvida e produzida pela PharmaNord, na Dinamarca. A substncia orgnica deste produto idnti-

    ca ao Q10 do corpo humano, sendo que existe documentaodetalhada acerca da excelente biodisponibilidade e qualidade domesmo. No por isso de admirar que o produto seja uma refe-rncia a nvel de qualidade e seja o produto de referncia oficial da

    Associao Internacional para a Coenzima Q10 (ICQA) h maisde 10 anos. A ICQA coordena toda a investigao cientfica que realizada pelos investigadores com Q10, em todo o mundo, e or-

    ganiza simpsios onde so apresentados os ltimos trabalhos.

    O que so coenzimas?As coenzimas so molculas que se ligam s enzimas,permitindo-lhes levar a cabo as reaces. O Q10 uma

    coenzima.

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    Captulo 1

    A energia essencialpara qualquer formade vidaO Q10, tambm conhecido por ubiquinona, pertence a um grupo

    de enzimas. Os microrganismos, plantas, animais e o ser humanodependem das pequenas coenzimas envolvidas no metabolismoenergtico e, portanto, necessrias vida. Embora hajam vriostipos de ubiquinona, o Q10 o mais importante para o ser huma-no. Para perceber como funciona o Q10, ser necessrio examinarmais atentamente o universo microscpico.Quando se consomem alimentos slidos ou lquidos, as substncias

    energticas dos hidratos de carbono, gordura e protenas so leva-das, no sangue, para as vrias clulas nos rgos e tecidos. Cadauma das clulas contm pequenas centrais elctricas, em formade feijo, denominadas mitocndrias, onde os nutrientes so trans-formados em energia.No interior da membrana da mitocndria, tem lugar um processofascinante de renovao energtica. A combusto dos nutrientes

    faz-se por meio do oxignio que respiramos, processo em que oQ10 tambm tem um papel activo. Durante todo o processo, oselectres so transmitidos atravs de uma cadeia de enzimas, co-nhecida por cadeia de transporte de electres. Compete ao Q10receber e transmitir os electres, criando, deste modo, energiaelctrica. O processo semelhante ao de um cabo de fornecimen-to de energia, em que o Q10 responsvel pelos mecanismos deligar e desligar.Vejamos como funciona: o Q10 ajuda a mitocndria a criar ener-gia quimicamente concentrada numa molcula denominada AP(adenosina trifosfato). Depois de produzida, o AP sai da mito-cndria e entra na restante parte da clula onde usada comoenergia de reserva em qualquer processo que necessite de energia.

    O AP uma espcie de bateria. Quando, por exemplo, neces-sria energia para respirao, contraco muscular ou actividade

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    cerebral, o AP decompe-se. A energia retida no interior liber-tada e o ATP transforma-se em ADP (adenosina difosfato). Asmolculas de ADP usadas imagine-as como baterias usadas regressam mitocndria para serem recarregadas e, de novo, trans-formadas em AP. Este processo necessita de nutrientes, oxignioe Q10.Como a necessidade de energia difere do tipo de clula, a quanti-dade de mitocndrias numa clula (densidade mitocondrial) podevariar entre uma ou vrios milhares, consoante o tipo de tecido. Asclulas do corao, dos msculos, crebro, fgado, rins, vulos e

    espermatozides tm grandes necessidades energticas, pelo queesto providas de grande quantidade de mitocndrias. Uma nicaclula heptica, por exemplo, pode conter mais de 1.000 mitocn-drias, e um vulo pode conter ainda mais. impressionante como o ser humano constitudo por quase 10bilies (10.000.000.000.000) de clulas. Muitas clulas contmcerca de mil milhes de molculas de AP, e, com a ajuda de Q10,

    cada molcula de AP funciona e reciclada entre1.000 e 1.500 vezes num pe-rodo de 24 horas.

    As mitocndrias so ascentrais elctricas das nos-sas clulas. aqui que o Q10transforma os nutrientes em

    ATP a fonte energtica pri-mria da clula.

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    Porque que se chama Q10?O Q10 pertence a um grupo de coenzimas denominadas ubiqui-nonas (do latim ubique omnipresente). A ubiquinona est pre-sente em quase todas as clulas e em vrias formas bioqumicas. Doponto de vista qumico, a ubiquinona consiste numa molculacircular e uma cadeia lateral. Quanto mais longa for a cadeia lateral,maior a quantidade de coenzimas. O tecido humano contm Q10,o tecido do rato contm Q9 e as bactrias E.Coli contm Q8.

    Acerca de molculas, tomos e electres

    odas as molculas so formadas por tomos. O tomo compos-to por um ncleo e vrios electres em redor. Os tomos estounidos por ligaes qumicas denominadas molculas. A molcula a poro mais pequena de uma substncia que conserva as suaspropriedades qumicas e fsicas. O Q10 uma molcula grandecom a capacidade extraordinria de receber e transmitir electres

    durante o metabolismo energtico.

    O Q10 o nico antioxidante lipossolvel que oser humano consegue produzir

    As nossas clulas precisam de oxignio para transformar os alimen-tos em energia, mas o oxignio tambm pode prejudicar as clulas

    quando se transforma em radicais livres de oxignio, os quais socompostos de oxignio agressivos que perderam ou receberam umelectro. Por causa desta instabilidade temporria, tentam restabe-lecer o seu equilbrio ligando-se a outras molculas. Por sua vez,estas molculas sofrem agresso neste processo e tornam-se novosradicais livres de oxignio. Quando um automvel ganha ferrugemou uma ma cortada oxida, devido aos radicais livres de oxignio. precisamente assim que estas formaes de radicais conseguemagredir as clulas humanas e desencadear uma reaco em cadeia dentro e fora das nossas clulas.Quando respiramos, cerca de um a cinco por cento do oxignioque inspiramos transformado em radicais livres de oxignio,devido utilizao natural, embora incompleta, do oxignio.

    A estimulao de radicais livres aumenta com factores como taba-gismo, infeco, intoxicao, metais pesados, radiaes, luz solar,

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    trabalho fsico pesado e stress. Pensa-se que os processos de enve-lhecimento tambm tm influncia, uma vez que a utilizao na-tural de oxignio fica diminuda.Embora os radicais livres de oxignio apenas existam por fracesde segundo, podem provocar agresso substancial s membranascelulares e ao ADN (o nosso cdigo gentico). Os radicais livrestambm podem atacar as mitocndrias que, em colaborao como Q10, so responsveis pela renovao energtica e muitas outrasfunes. Voltaremos a este assunto mais adiante. igualmente perigoso quando os radicais livres atacam o colesterol

    LDL fazendo com que este oxide e se deposite nas paredes dosvasos sanguneos. E quando este processo tem lugar, o colesteroltorna-se nocivo, criando condies para aterosclerose.Os radicais livres esto associados a mais de 200 doenas, incluin-do diversos tipos de perturbaes cardiovasculares, artrite reuma-tide e cancro. Os radicais livres tambm podem acelerar o enve-lhecimento da pele e outros processos de envelhecimento.

    Para se proteger destes radicais livres, o organismo precisa de an-tioxidantes que servem de defesa e proteco contra as agressesdos radicais livres. O Q10 o nico antioxidante lipossolvel queo ser humano consegue produzir. O Q10 uma parte muito im-portante das nossas defesas de primeira linha que protegem o co-lesterol, as clulas e as membranas celulares, contribuindo paraprevenir inmeras doenas e o envelhecimento.

    Os radicais livres so molculas de o xignio que provocam leso emclulas e tecidos. S o produzidos naturalmente no organismo, por

    exemplo, durante processos metablicos. Os radicais livres podem destruiras clulas, provocar doenas e envelhecimento precoce.

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    Diversas formas de Q10H duas formas principais de Q10. Uma essencial ao metabolis-mo energtico, a outra um antioxidante. So conhecidas comoubiquinona e ubiquinol.

    A ubiquinona a forma oxidada de Q10. De cor amarelada, es-pecialmente importante para o nosso metabolismo energtico.O ubiquinol, com as suas molculas de hidrognio adicionais, aforma no-oxidada e reduzida de Q10. De cor esbranquiada, especialmente importante como antioxidante.

    Atravs de processos enzimticos, a ubiquinona e o ubiquinol esto

    constantemente a mudar de uma forma para a outra, consoante asnecessidades do organismo.Segundo os especialistas, 96% do Q10 no sangue de uma pessoa

    jovem na forma de ubiquinol, sendo os restantes 4% na formade ubiquinona. E isto porque o ubiquinol , principalmente, ne-cessrio como antioxidante no sangue, e porque a transformaoem ubiquinona mais importante dentro da mitocndria, onde

    tem lugar o metabolismo energtico. A maioria das pessoas conse-gue transformar facilmente a ubiquinona em ubiquinol, mantendo--se, assim, a proporo adequada entre as duas formas. Alm disso,a maior parte das pessoas pode tomar suplementos de Q10 naforma de ubiquinona, uma vez que o organismo transforma o Q10ora numa, ora noutra forma. Os estudos cientficos citados nestelivro tm por base suplementos de Q10 na forma de ubiquinona.

    A molcula Q10 funciona como um par redoxnico

    A capacidade do Q10 de surgir na forma reduzida ou na oxidada tambm conhecida por par redox nica, em termos bioqu-micos. A molcula alterna entre duas funes independentes e vitais,sendo que nenhuma delas pode ser substituda por qualquer outracoisa.

    Como obtemos Q10 ser que obtemos osuficie te?

    O Q10 uma substncia lipossolvel produzida no fgado. Estpresente em todas as clulas do organismo. Para produzir Q10, o

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    organismo precisa de determinadas vitaminas, minerais e amino-cidos (fenilalanina, tirosina e metionina). A investigao em animaismostra, inclusivamente, que a vitamina E aumenta em 30% aproduo de Q10 no fgado.ambm obtemos determinada quantidade de Q10 na alimentao:a carne (principalmente, corao e vsceras), o peixe gordo, cereaisintegrais, frutos secos e leos vegetais so excelentes fontes. Segun-do Jrgen Vormann, professor e cientista alemo de Nutrio, umregime alimentar tpico apenas fornece cerca de 2-3 mg de Q10diariamente.

    Por conseguinte, a nossa produo endgena de Q10 a fonteprincipal. A nossa produo de Q10 aumenta at aos 20-25 anos,idade a partir da qual comea a diminuir. Muitas pessoas comeama notar a diferena a partir dos 50 anos.O stress, certas doenas e a utilizao de medicamentos tambmpodem contribuir para a diminuio dos nveis de Q10. Sabe-se,por exemplo, que muitos doentes cardacos tm nveis baixos de

    Q10 (este tema ser abordado nos prximos captulos).Felizmente, esta perda pode ser compensada por suplementos. Ocaptulo 12 contm mais informaes sobre qualidade, utilizaode Q10 e nveis de ingesto ideais.Teor de Q10 em vrios alimentos mg/kg

    leo de soja 54-280Azeite 4-160

    Corao de vaca 113

    Sardinha 5-64

    Fgado 39-50

    Carne de vaca 26-40Noz 19

    Brcolos 6-9

    Ma 1

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    Absoro e circulao de Q10O Q10 uma substncia lipossolvel que absorvida no intestinodelgado. Daqui transportada para o sistema linftico do intestinoe para o sangue, onde os nveis de Q10 atingem o mximo aps6-8 horas. Depois de absorvida no sistema intestinal, a maior par-te da ubiquinona transformada em ubiquinol. Durante o trans-porte do Q10 para o sistema linftico e para o sangue, o Q10 estligado ao seu parente qumico, o LDL. O ubiquinol tambm tema funo de um antioxidante importante no sangue e na linfa.Durante o metabolismo energtico, o ubiquinol e a ubiquinona

    mudam de uma forma para a outra na mitocndria.

    Concluso

    O Q10 uma coenzima essencial que tem um papel activo naproduo de energia de todas as clulas. Embora a maior parte donosso Q10 seja produzida pelo nosso organismo, esta produo

    endgena diminui com o avanar da idade, podendo reduzir anossa vitalidade e fora muscular.O stress, certas doenas e a utilizao de medicamentos podemcontribuir para diminuir os nveis de Q10.O Q10 tambm um antioxidante importante, o nico antioxi-dante lipossolvel que ns produzimos. Proporciona protecoessencial s nossas clulas, mitocndrias e sistema cardiovascular.

    A capacidade do Q10 em actuar como par redox em diversas formase com diversas funes , em termos bioqumicos, nica. A maiorparte das pessoas consegue transformar facilmente a ubiquinonaem ubiquinol, nas quantidades que o organismo necessita.Est provado que determinadas doenas e problemas fazem baixaro teor de Q10 do organismo quando, efectivamente, h maiornecessidade desta coenzima. Doena e nveis reduzidos de Q10 souma combinao indesejvel.Segundo os cientistas, uma diminuio de 25% dos nveis deQ10 no organismo, pode provocar doena grave. Se estes nveisbaixarem em 75% ou mais, o ser humano pode, eventualmente,no sobreviver.

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    fcil aumentar os nveis de Q10 atravs da alimentao e desuplementos.

    Nveis adequados de Q10 esto associados a vitalidade,sade e bem-estar em humanos e animais. O dfice dQ10 est associado a deteriorao, doena e depresso.

    Citao: Peter H. Langsjoen M.D.

    Cardiologista, Tyler Texas, USA 2003

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    Captulo 2

    O Q10 refora as clulas

    e retarda os sinais deenvelhecimento

    Para funcionarmos em perfeitas condies fsica e mentalmente

    precisamos de muita energia. So muitas as pessoas que ingeremcaf, coca cola, ou estimulantes para aumentar os seus nveis ener-gticos, o que pode causar problemas. Em primeiro lugar, o orga-nismo no necessita destas substncias. Em segundo, os estimulan-tes podem sobrecarregar os nveis de acar no sangue e o sistemanervoso central, e provocar perturbao do sono quando ingeridosem grandes quantidades ou com muita frequncia. o que acon-

    tece muitas vezes com estas doses energticas que tendem a criarhabituao e que, como se sabe, esgotam os nveis de nutrientes noorganismo. Por esta mesma razo, no se deve ingerir bebidas comcafena depois das 17h.Alm disso, muitas pessoas utilizam ervas medicinais adaptognicas,como o ginseng, para aumentar os nveis energticos, mas tambmpode causar problemas. As pessoas que utilizam ginseng devem

    interromper regularmente a sua utilizao, para permitir ao orga-nismo adaptar-se. O ginseng tambm est contra-indicado na hi-pertenso e infeces agudas.Contrariamente a diversos estimulantes e plantas medicinais adap-tognicas, o Q10 um estimulante energtico completamentenatural, que no afecta os nveis de acar no sangue nem o sistemanervoso central, j que parte integrante da nossa bioqumica ce-lular. Como j foi referido, a produo endgena de Q10 comeaa diminuir a partir dos 20-25 anos, ao mesmo tempo que diminuemos nveis celulares do composto. Pensa-se que se deve ao facto de oser humano, por natureza, no estar destinado a chegar a idademuito avanada. Da que tenhamos de passar por uma deterioraofsica lenta, durante vrias dcadas.

    No entanto, j possvel reabastecer as clulas de Q10 para oresto da vida. -nos, assim, possvel adiar e reduzir a perda de

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    energia relacionada com a idade que provoca deteriorao. Nunca tarde demais para comear a tomar Q10, sendo que esta umaforma excelente de recuperar alguma da vitalidade e juventudeperdidas. Alm disso, ao contrrio dos estimulantes, os suplemen-tos com Q10 no criam habituao. Para perceber porque que oQ10 uma substncia to invulgar, h que aprofundar a estruturada clula e analisar de perto as mitocndrias e as suas inmerasfunes associadas ao Q10.

    Q10, a galinha e o ovo

    Muitas doenas e problemas de sade fazem-se acompanhar debaixos nveis de energia. Por outro lado, muitos destes problemaspodem ocorrer em consequncia de as clulas no terem energiapara realizarem as suas funes. al como na clebre pergunta oque nasceu primeiro, a galinha ou o ovo?, pode ser difcil deter-minar qual dos dois vem primeiro.

    As mltiplas funes das mitocndrias e doenasmitocondriais comunsAs mitocndrias (tambm conhecidas por organelos) existem emtodas as nossas clulas. As mitocndrias tm algumas semelhanascom as bactrias e so estruturas vivas independentes com cdigogentico prprio, ADN mitocondrial (ADNmt) e capacidadeinata de reproduo no interior da clula.

    espantoso se pensarmos que as mitocndrias apenas se transmi-tem do vulo da me, quando morrem durante a fecundao dovulo pelo espermatozide. A cincia fala de Eva mitocondrialcujo ADNmt, segundo esta teoria, todos ns herdmos das nossasmes ancestrais desde que existe vida humana.Normalmente, comparam-se as mitocndrias a pequenas centraiselctricas que fornecem energia ao organismo. Contudo, tmmuitas outras funes vitais, como a diviso celular, sinalizao declcio, controlo do crescimento e morte celular programada (apop-tose). Por outras palavras, as mitocndrias so largamente respon-sveis pela sade das clulas, suas funes e capacidade de se auto-destrurem depois de esgotadas ou afectadas por deteriorao do

    ADN que, eventualmente, pode provocar cancro.

    H determinadas funes mitocondriais que apenas so realizadas

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    em clulas especficas, razo pela qual o seu teor proteico varia emconformidade. As mitocndrias actuam como organelos indepen-dentes que, realizam uma srie de funes vitais. A simbiose entreas mitocndrias e as respectivas clulas hospedeiras descrita maisdetalhadamente pela microbiloga Lynn Margulis, que salienta quenenhuma forma de vida pode ser considerada de modo indepen-dente, e que estamos completamente dependentes dos organelosque se encontram dentro e fora das clulas. Curiosamente, osmesmos organelos e micrbios que nos so vitais podem tornar-senocivos nossa sade e, eventualmente, fatais, caso no tenham as

    condies ideais.Podem ocorrer alteraes mitocondriais ligadas a diversas doenase ao processo de envelhecimento. Amostras teciduais de doentes deidade mais avanada, revelam actividade enzimtica reduzida nacadeia de transporte de electres das mitocndrias, em que o Q10,como j foi referido, tem um papel essencial na renovao energ-tica. Os investigadores supem que problemas como enxaquecas,

    senilidade, sndrome de fadiga crnica (SFC), fibromialgia, e do-enas neurodegenerativas, como a doena de Parkinson, podem serconsequncia de disfuno mitocondrial. Este assunto ser tratadono captulo 9.Contrariamente s clulas, as mitocndrias so incapazes de repa-rar a deteriorao do prprio ADN, pelo que so altamente vulne-rveis agresso dos radicais livres.

    Como as mitocndrias tm tantas funes importantes no meta-bolismo celular, a deteriorao das mitocndrias e o eventualfuncionamento deficiente podem conduzir a diversas doenas. Soexemplo perturbaes neurolgicas, como esquizofrenia, demncia,

    Alzheimer, Parkinson e convulses epilpticas, mas tambm podemverificar-se perturbaes cardiovasculares e diabetes. H mesmoevidncias de que a agresso de radicais livres ao ADN mitocondrialcria condies para estas doenas.As mitocndrias so entidades extremamente activas que, emqualquer circunstncia, precisam de proteger o seu ADN, vulne-rvel, com antioxidantes. O Q10 j demonstrou ser um dos antio-xidantes mais potentes para este fim. Quanto ao stress oxidativo, anvel microscpico, pode ser comparado a um ataque terrorista

    s clulas.

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    As mitocndrias tm um papel decisivo nasseguintes funes

    Produo do energia Sinalizao do clcio Sntese das hormonas esterides (hormonas sexuais) Regulao do potencial de membrana (a diferena de potencial

    elctrico entre o interior e o exterior de uma clula biolgica) Destoxificao de amnia das clulas hepticas Apoptose (morte programada das clulas)

    O stress dirio aumenta a necessidade de Q10

    O stress nos humanos pode ser comparado conduo numa viarpida e aumenta substancialmente a necessidade de Q10, j queprovoca o sobreaquecimento de muitas clulas e aumento daproduo de radicais livres.

    Se o organismo estiver em estado de stress permanente e tiver faltade Q10, pode tornar-se um crculo vicioso. As muitas pessoas quesofrem de stress e se sentem cada vez mais cansadas e sem forastm falta de Q10 para a produo de energia. Os baixos nveis deQ10 tambm as tornam mais vulnerveis s agresses dos radicaislivres, pelo que entram num estado conhecido por stress oxidativo.

    Stress oxidativo e como este conduz doena e aoenvelhecimento aceleradoTodos ns estamos expostos a diferentes tipos de stress mental.Todavia, o stress oxidativo o stress bioqumico que ocorre noorganismo e que aumenta com maior actividade dos radicais livres.O stress oxidativo pode ter muitas causas.Como os radicais livres so produzidos naturalmente como partedo nosso metabolismo energtico, a sua libertao aumenta auto-maticamente em situao de stress (desde que a utilizao de oxi-gnio seja reduzida nas mitocndrias) e elevado nvel de actividadefsica. O stress oxidativo aumenta igualmente em consequncia de

    tabagismo, infeces, exposio a poluentes ambientais, entre outros.Os glbulos brancos podem produzir radicais livres e us-los como

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    msseis, no combate a infeces e intoxicaes, ainda que, simul-taneamente, seja muito importante proteger as nossas clulas comantioxidantes.Numa pessoa saudvel, existe equilbrio entre os radicais livres e osantioxidantes. Se, contudo, os nveis de stress oxidativo ultrapas-sarem certos limites, h um efeito negativo nas clulas do organis-mo e respectivas mitocndrias, o que pode conduzir a diversasdoenas. Mais, um elevado nvel de stress oxidativo provoca enve-lhecimento acelerado do organismo, tanto interior como exterior-mente.

    possvel determinar cientificamente o stress oxidativo no orga-nismo. Se o seu nvel for muito elevado, importante reduzir osmalefcios, atravs do aumento do aporte de Q10 e outros antio-xidantes provenientes de alimentao e suplementos. possvelassim reduzir a carga de stress oxidativo.Importa tambm pensar em termos de preveno efectiva, porquetodos estamos expostos em certa medida a stress oxidativo ao lon-

    go da vida. Mesmo a idade deixa marcas.Os estudos mostram que os nveis de Q10 em vrios rgos baixamcom o avanar da idade. Segundo muitos especialistas, o Q10 podeproteger o ADN mitocondrial, permitindo s mitocndrias conti-nuarem a produzir quantidade suficiente de energia pelo maiorperodo de tempo possvel.

    O Q10 favorece a funo cerebral

    O crebro utiliza 20-25% da energia do organismo (em repouso),pelo que precisa de muito Q10. Em perodos de grande actividadecerebral por exemplo, ao estudar para um exame, em que o de-sempenho mental posto prova por perodos mais curtos ou maislongos o Q10 pode contribuir para a renovao de oxignio eenergia, permitindo o funcionamento perfeito do crebro. igual-mente importante manter estabilizados os nveis de acar nosangue e manter-se fisicamente activo, fazendo, por exemplo, ca-minhadas ou exerccio com regularidade.Segundo o cientista americano, Dr. Elkashef, a suplementao comQ10 pode ter efeito teraputico na memria, na concentrao e

    noutras funes cognitivas. ambm til nas enxaquecas, senili-dade e perturbaes neurolgicas, como esquizofrenia (o captulo

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    9 tem mais informaes sobre este tema).

    Para ter uma pele saudvel e uma tez bonita, importante favore-cer as funes biolgicas das clulas da pele. A pele reveste umasuperfcie de cerca de dois metros quadrados do nosso corpo, peloque o nosso maior rgo. As diversas camadas da pele tm asseguintes funes:

    eliminao de toxinas manuteno do equilbrio lquido

    regulao da temperatura corporal proteco contra microrganismos nocivos sntese da vitamina D obtida atravs da exposio solar

    Para manter a sade e a elasticidade da pele, so necessrio nveisadequados de nutrientes e gua. Mesmo os cremes e loes maisdispendiosos no tero grande efeito, se a pele no obtiver nutrien-

    tes suficientes do interior.O tempo tambm nocivo para a pele e os banhos de sol, em ex-cesso, aceleram o envelhecimento cutneo.O tabagismo (mesmo passivo) produz grandes quantidades deradicais livres, que destroem as clulas cutneas e deterioram a tez.E a situao piora quando os radicais livres provocam deterioraodo sistema circulatrio. A diminuio da irrigao sangunea afec-

    ta o transporte de nutrientes para a pele e limita a eliminao dosprodutos residuais. H, por isso, vrias razes que explicam asrugas e a tez plida e spera de muitos fumadores.

    Para alm de uma vida saudvel e cuidados da pele regulares tudoindica que bons nveis de Q10 contribuem para uma pele maissaudvel e bem conservada. E, para isso, concorrem trs factores.Primeiro, o Q10 favorece o metabolismo energtico e a renovaodas clulas da pele. Segundo, o Q10 um potente antioxidante queprotege as clulas da pele contra os radicais livres. erceiro, o Q10favorece uma boa circulao, capaz de transportar nutrientes paraas clulas da pele e ajudar a eliminar os produtos residuais.

    O efeito do Q10 melhora significativamente quando tambm setoma selnio. O selnio um elemento estrutural de diversas sele-

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    noprotenas, algumas das quais contribuem para manter a estrutu-ra da pele saudvel. Sendo um potente antioxidante, o selnioajuda inclusivamente a proteger contra os malefcios dos radicaislivres, causados, pelo tabagismo e pela exposio a poluentes am-bientais. Para uma tez perfeita e saudvel, os fumadores precisamde uma quantidade suficiente de selnio.

    Concluso

    Contrariamente a diversos estimulantes, o Q10 um estimulanteenergtico natural e parte integrante da bioqumica do organismo.Quando a falta de Q10 est na origem da falta de energia, no hvantagem em utilizar estimulantes sintticos, na tentativa de au-mentar os nveis de energia.

    Alm de controlar a produo de energia, as mitocndrias tmmuitas outras funes importantes, que vo do controlo da diviso

    celular ao metabolismo e morte celular programada (apoptose), oque leva a autodestruio das clulas.Ao contrrio das clulas, as mitocndrias no conseguem reparara deteriorao do prprio ADN, pelo que ficam extremamentevulnerveis. Tudo indica que o stress oxidativo e a agresso dosradicais livres ao ADN mitocondrial abre caminho a vrios proces-sos de envelhecimento e a doenas. O Q10 o antioxidante mais

    potente na proteco do ADN das mitocndrias.Os suplementos com Q10 so a soluo para quem sofre de stress,queira ter mais energia e retardar o processo de envelhecimento.

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    Captulo 3

    Exerccio fsico, queima

    de gordura e massamuscular

    anto a condio fsica como os nveis de Q10 so determinantes

    para o modo como se metaboliza o oxignio quando se faz exerc-cio fsico.Como j foi referido, as clulas musculares consomem grandesquantidades de Q10 durante a actividade fsica, pelo que a falta deQ10 pode diminuir a funo muscular.Faz todo o sentido tomar suplementos com Q10, porque a coen-zima Q10 participa no metabolismo energtico e funciona como

    um antioxidante potente que previne o stress oxidativo. Segundoa investigao, o Q10 ajuda prtica de exerccio intensivo por umperodo mais longo e com menor cansao.

    Excesso de peso e queima de gordura

    No que respeita ao excesso de peso e queima de gordura, importa

    considerar que existem diferentes tipos de tecido adiposo comdiferentes funes.Basicamente, temos dois tipos de gordura com propriedades dife-rentes.

    O tecido adiposo branco encontra-se por todo o organismo. Seingerirmos mais calorias do que as que queimamos, normalmente,depositam-se na regio abdominal (silhueta em forma de ma).Este tipo de gordura especialmente nocivo. ambm se deposita volta da anca e das coxas (silhueta em forma de pra). destesdepsitos de tecido adiposo que a maioria das pessoas deseja elimi-nar por razes estticas e de sade.

    O tecido adiposo escuro muito menos predominante e contmgrande quantidade de mitocndrias que lhe do a colorao escu-

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    ra. As mitocndrias tambm contm uma enzima, denominadaUCP1, que responsvel por queimar a gordura escura que per-mite mantermo-nos quentes com tempo frio. Inversamente, podeser reduzido atravs do suor, o que no acontece com o tecidoadiposo branco.Os investigadores descobriram que as clulas do tecido adiposobranco podem ser estimuladas, se possurem mais mitocndrias emaiores nveis de enzima UCP1, o que lhes permite realizar osprocessos geradores de calor que eliminam a gordura.Inclusivamente, a cincia tem a expectativa de fomentar a formao

    de maiores quantidades de tecido adiposo escuro como futura es-tratgia contra o excesso de peso e doenas associadas ao estilo devida.

    Estimule a enzima que queima gordura, comexerccio e Q10Os msculos conseguem queimar hidratos de carbono e gordura

    para alimentar a renovao energtica. udo indica que os mscu-los contm outra enzima mitocondrial, chamada UCP3, que con-tribui para queimar gordura. Este aspecto muito importante, umavez que os estudos mostram que a UCP3 pode ser estimulada poractividade fsica moderada, quando no se fica sem flego (meta-bolismo aerbio), e com suplementos de Q10. Mesmo caminhar150 minutos por semana tem revelado que estimula a actividade

    da UCP3 em doentes com diabetes do tipo 2.A actividade fsica moderada estimula a chamada boa condiometablica, um aspecto que vale a pena sublinhar, especialmentepara quem pretenda perder peso mas no consegue praticar exer-ccio fsico intensivo. Surpreendentemente, muitas pessoas conse-guem ter excelentes resultados na sua luta contra o peso, medianteuma alimentao de estabilizao do acar no sangue, utilizaode suplementos com Q10 e muita actividade fsica moderada (ac-tividade aerbica), como caminhar, subir e descer escadas, tarefasdomsticas, ciclismo, dana, jogar golfe, e aproveitar todas asoportunidades possveis e imaginrias para se mexer e estimular aUCP3 mitocondrial. Uma meta til ser andar, pelo menos, 10.000passos todos os dias. A longo prazo, o que conta o total de passos

    que se anda por semana. Usar um aparelho para contar os passos(pedmetro) torna esta tarefa muito fcil e motivadora.

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    Metabolismo aerbio e anaerbio com e semoxignio

    Durante o metabolismo aerbio, as clulas utilizam oxignio equeimam hidratos de carbono e gordura. O oxignio necessriopara queimar gordura, pelo que quanto mais ofegante a pessoaestiver, maior o esforo do organismo para queimar gordura.O metabolismo anaerbio acontece quando o esforo demasiadocansativo ou acelerado para o sangue conseguir manter o forneci-mento de oxignio aos msculos em esforo. Apenas so queimados

    os hidratos de carbono e h acumulao de cido lctico. Normal-mente, a pessoa sente-se ofegante por falta de oxignio.

    Boa condio metablica e queima de gordura sem cansao

    A boa condio metablica estimulada por actividade fsica mo-derada, em que a pessoa no se sinta completamente ofegante. E o

    Q10 contribui para isso. A produo mitocondrial da enzima UCP3 estimulada, o que contribui para queimar gordura do tecidomuscular. Idealmente, qualquer actividade deve ter uma duraomnima de 30 minutos. No caso de ter um trabalho sedentrio, aconselhvel levantar-se vrias vezes ao dia.

    Melhoria do desempenho dos atletas sem

    dopingOs atletas esto constantemente procura de novas maneiras legaisde aumentar o seu desempenho. E os suplementos de Q10 j pro-varam como so importantes.Por exemplo, um estudo alemo, realizado por investigadores deOlympiasttzpunkt Rhein in Essen, Alemanha, mostrou que seissemanas de suplementao com Q10 produziram melhoria signi-ficativa do desempenho mximo de atletas de elite alemes. Aos100 atletas, do sexo masculino e feminino, que se preparavam paraos Jogos Olmpicos de Londres 2012, foram administrados 300mg de Q10 ou placebo. Foi pedido aos participantes de ambos osgrupos que se esforassem ao limite, utilizando um ergmetroantes do estudo comear, aps trs semanas e, de novo, aps seis

    semanas. O seu desempenho foi medido em wattspor quilogramade peso corporal.

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    O desempenho dos participantes do grupo de controlo aumentou,em mdia, em 8,5%, ao passo que o dos participantes do grupoque recebeu Q10 atingiu 11%. Ao comparar os dois grupos, osinvestigadores verificaram que o desempenho do grupo que recebeuQ10 era 29% melhor que o do grupo de controlo. Sabendo quemuitas vezes so diferenas mnimas que determinam o vencedor,os suplementos de Q10 podem ser de enorme importncia para osatletas de competio.Investigadores finlandeses realizaram um estudo semelhante numgrupo de esquiadores de corta-mato e verificaram que o desempe-

    nho dos que tomaram 90 mg de Q10 diariamente foi superior emvrios aspectos. Os esquiadores apresentaram uma melhor capaci-dade de captao de oxignio e conseguiram ter um desempenhomelhor, porque houve uma melhoria do limiar de cido lctico(limiar anaernio). 94% dos esquiadores que tomaram Q10 refe-riram que o seu desempenho tinha melhorado e, simultaneamente,o tempo de recuperao tinha diminudo. As melhorias referidas

    foram avaliaes subjectivas.Ambos os estudos referidos demonstraram que os suplementos comQ10 permitem aumentar a respirao aerbia (com oxignio) e,consequentemente, dilatar o limiar de cido lctico que se verificaquando a combusto se torna anaerbia (sem oxignio).Alm disso, o Q10 capaz de reduzir os efeitos secundrios dautilizao de medicamentos antidislipidmicos (estatinas), como

    dores musculares e miastenia, que sero pormenorizados no cap-tulo 6.

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    O Q10 contribui para reduzir a perda de massamuscular relacionada com a idade?

    H muitos indcios que apontam nesse sentido. medida que envelhecemos, perdemos naturalmente massa mus-cular. Esta perda comea por volta dos 45 anos e acelera por voltados 70-75 anos. Verifica-se diminuio da massa muscular quandoa degradao das protenas superior sua produo. Investigado-res da Universidade de Columbia descobriram que as cadeiasproteicas nos nossos msculos perdem clcio, o que desencadeia

    uma srie de processos que afectam a contraco muscular.Como j foi referido, as mitocndrias esto envolvidas na sinaliza-o de clcio celular. Portanto, possvel que as mitocndrias tenhamrelevncia a este respeito caso a funo mitocondrial esteja efectada.De qualquer modo, a deteriorao oxidativa do ADN mitocondrial(nas clulas musculares) aumenta com a idade. A deteriorao do

    ADN mitocondrial (os cdigos de ADN importantes para as es-

    truturas proteicas musculares) impede a sntese proteica ao longoda idade. Por outras palavras, a deteriorao do ADN mitocondrialest associada a perda de fibras musculares e atrofia (reduo dostecidos).Um estudo realizado em 14 homens, de idade igual ou superior a57 anos, revelou uma taxa de fibra muscular diferente entre os quetomaram Q10. Os nveis dos diferentes tipos de fibras musculares

    aproximavam-se da taxa que se verifica no tecido muscular depessoas mais jovens. Ou seja, apresentavam massa muscular mais

    jovem, provavalmente devido ao facto do Q10 neutralizar a dete-riorao oxidativa do ADN mitocondrial das clulas musculares.Claro que este efeito aumenta em pessoas fisicamente activas e que,simultaneamente, utilizam a sua massa muscular.

    Concluso

    H muitas mitocndrias nas clulas musculares e que consomemquantidades especialmente elevadas de Q10 durante a actividadefsica. Da que o dfice de Q10 possa originar diminuio da fun-o muscular e aumento do stress oxidativo.

    Est provado que o Q10 e determinadas enzimas mitocondriaistm participao activa no processo de queima de gordura. Pode

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    at ser possvel aumentar a produo destas enzimas especiais atra-vs de actividade fsica moderada regular (anaerbica) por umperodo de tempo prolongado. Isto especialmente importantepara pessoas com excesso de peso ou que, por diversas razes, noconsigam fazer exerccio fsico intenso.Os suplementos de Q10 podem, inclusivamente, melhorar o de-sempenho dos atletas de elite. Isto pode ter grande importncia nodesporto de alta competio em que, frequentemente, os resultadosso determinados por diferenas mnimas.Com o avanar da idade, ficamos cada vez mais propensos a dete-

    riorao do ADN mitocondrial nas clulas musculares, o quecontribui para a perda de massa muscular relacionada com a idade.A suplementao com Q10 pode diminuir a deteriorao oxidati-va e a perda de massa muscular, especialmente quando combinadacom exerccio fsico ou outros tipos de actividade fsica que esti-mulem os msculos.

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    que consideram que muitas doenas crnicas so, de facto, infecesque podem ter origem na cavidade bucal.Embora a periodontite no esteja associada a dor, muito impor-tante consultar o dentista regularmente como preveno. O den-tista pode examinar a profundidade das bolsas periodontais e atlimp-las. Alm disso, vale a pena equacionar os suplementos comQ10.Estudos americanos, japoneses e suecos confirmaram que os suple-mentos com Q10 podem retardar o incio de periodontite ou at,eventualmente, evitar a doena. Num estudo realizado em 120

    doentes com periodontite, as amostras teciduais revelaram que otecido gengival doente tinha dfice de Q10. Os doentes foramdivididos em dois grupos, sendo que a um foi administrado Q10e ao outro placebo. Nem os doentes nem os investigadores sabiamquem tomou o qu, informao que s foi desvendada aquando daconcluso do estudo. Os cientistas avaliaram os resultados pormediao, com sonda, da profundidade das bolsas. Quanto maior

    era a profundidade das bolsas mais grave a periodontite. Os inves-tigadores conseguiram facilmente distinguir os doentes a quemtinha sido administrado Q10, pois a profundidade das bolsas eraclaramente diferente nos dois grupos.Um estudo sueco em pequena escala, mais recente, realizado pordois dentistas, Magnus Nylander e Marina Nordlund, tambmmostrou que a suplementao com Q10 pode fortalecer as gengivas

    e reduzir a gengivorragia situao que tambm pode levar mobi-lidade dentria e perda de dentes. Foi administrado um suple-mento dirio com Q10 (BioActivo Q10 Forte) aos seis participan-tes, durante 6 a 20 semanas. Observou-se uma diminuio daprofundidade da bolsa em trs dos seis doentes do estudo.Em relao ao Q10 e periodontite, pensa-se que so vrios os me-canismos de aco. Como j foi dito, o Q10 tem um papel muitoimportante no sistema imunitrio. possvel que tambm o pro-teja contra os radicais livres, que provocam leso tecidual relacio-nada com processos inflamatrios da doena.

    A preveno da periodontite passa, em parte, por higiene dentriaadequada aps as refeies. O ideal ser usar escova elctrica e

    limpar os espaos interdentrios com um escovilho (disponvelem dentistas ou farmcias) ou com fio dentrio.

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    ZumbidosUm estudo, realizado em Berlim, confirmou que os suplementoscom Q10 so especialmente teis em homens que sofrem de zum-bidos. No estudo participaram 20 homens, que receberam 300 mgde Q10 diariamente, durante 12 semanas. O tratamento diminuiuas crises de zumbidos e melhorou a qualidade do sono dos partici-pantes. Os investigadores realaram que o Q10 importante paraa renovao energtica do ouvido interno, onde as clulas ciliadasvibram para transmitir os sinais nervosos ao crebro. igualmenteimportante investigar o stress, a tenso maxilar, a utilizao de

    analgsicos (cido acetilsaliclico) e outras causas dos zumbidos.Concluso

    A periodontite resultante da interaco entre bactrias orais,alimentao e estado imunitrio. H at ligao entre periodontitee doena cardiovascular.

    A periodontite est associada a baixos nveis teciduais de Q10 nas

    gengivas. Os suplementos com Q10 podem ajudar a prevenir oumesmo a parar a doena e suas consequncias.udo indica que o Q10 tem vrios mecanismos de aco. Reforaas defesas imunitrias, reduz a inflamao e os efeitos nocivos dosradicais livres. Para preveno da periodontite, so igualmenteaconselhveis boa higiene dentria e consultar o dentista com re-gularidade.

    Segundo investigaes realizadas pessoas que sofrem de zumbidospodem ter vantagem em tomar Q10. Contudo, factores como,tenso maxilar, utilizao de analgsicos, entre outros, tambmpodem ter influncia na doena.

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    Captulo 5

    O Q10 fortalece ocorao e o sistemacardiovascular e ajudaa baixar a tensoarterialNeste momento, inmeros estudos confirmam o papel do Q10tanto na preveno como no tratamento da insuficincia cardaca.O corao o msculo que mais trabalha. Contrai cerca de 100.000

    vezes por dia, fazendo circular o equivalente a 6.000 litros de san-gue pelo circuito vascular. O corao requer grandes quantidadesde energia. Mesmo em repouso, o corao utiliza 25% do total derenovao energtica do organismo. evidente que a concentrao de Q10 do corao especialmen-te elevada. De facto, o composto foi extrado pela primeira vez detecido cardaco da vaca.

    Tanto a produo de Q10 como o teor da substncia no tecidocardaco diminuem com o avanar da idade. Acresce que os nveisde Q10 do tecido do msculo cardaco de pessoas saudveis su-perior ao do tecido retirado de doentes cardacos com sade debi-litada. H indcios de que os suplementos de Q10 aumentam afora de contraco do msculo cardaco e, simultaneamente,previnem a aterosclerose.

    A doena cardiovascular a causa principal de morte nos pasesocidentais, pelo que importante ter os devidos cuidados com asade cardiovascular e cardaca, optando por um estilo de vidasaudvel. ambm vale a pena ponderar a utilizao de suplemen-tos com Q10 em pessoas idosas. Afinal de contas, vale mais preve-nir do que remediar.

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    Nos pases ocidentais, cerca de 6% a 10% das pessoas com idadeigual ou superior a 65 anos morrem por insuficincia cardaca.

    Mortalidade 50% mais baixa e msculo cardacomais forteUm estudo sueco revolucionrio mostrou que os suplementos comQ10 e selnio podem reduzir a mortalidade por causas cardiovas-culares em pessoas mais velhas. O estudo foi realizado em habitan-tes idosos da pequena aldeia Kisa, prxima de Linkping. Este

    estudo foi designado por KiSel-10, abreviatura do nome da aldeia,de selnio e de Q10.O investigador principal, Urban Alehagen, cardiologista da Uni-versidade de Linkping, revelou ter ficado to contente quantosurpreendido com os resultados do estudo.Esta a primeira vez que Q10 e selnio so estudados em associa-o, e a razo para a utilizao dos dois nutrientes em conjunto

    deve-se sua aco sinrgica no organismo. O organismo precisade selnio para produzir Q10 e para que o Q10 actue em ptimascondies.Dado que o organismo produz menos Q10 com o avanar daidade, e porque o solo agrcola da Escandinvia pobre em selnio nutriente igualmente importante para a sade cardiovascular fazia todo o sentido a associao dos dois.

    443 homens e mulheres, entre os 77 e 88 anos, foram divididosem dois grupos. A um grupo foram administrados suplementosdirios de 200 mg de Q10 (BioActivo Q10 Forte) e 200 mcg deselnio (SelenoPrecise), ao passo que ao outro foi administradoplacebo. O estudo, que durou cinco anos, mostrou que o grupoque recebeu Q10 e selnio, em associao, apresentava risco demortalidade (por doena cardiovascular) 54% inferior.

    Alm disso, os participantes do grupo que recebeu suplementaoapresentavam mais fora do msculo cardaco. Nas ecografias, eraevidente a maior facilidade de contraco do msculo cardacodaqueles que tomaram Q10 e selnio, comparativamente aos quetomaram placebo.

    As amostras de sangue tambm confirmaram maior fora cardaca.

    No grupo que recebeu suplementao, os nveis de N-proBNP,um marcador biolgico, eram inferiores. N-proBNP uma hor-

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    O grfico mostra a taxa de mortalidade dos dois grupos que participa-

    ram no estudo KiS el-10, em que um gr upo recebeu suplementos deQ10 e selnio e o outro recebeu placebo idntico.

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    Activo

    Placebo

    Total de mortesMorte cardiovascular

    MORTE %

    mona e um marcador de stress cardaco, produzida quando ocorao trabalha sob tenso. cada vez mais frequente determinaros nveis desta hormona quando se faz o despiste de insuficinciacardaca.De uma maneira geral, o estudo mostrou que, nas pessoas quetomaram Q10 e selnio, a funo do msculo cardaco era subs-tancialmente melhor, o que contribui para anos de vida comqualidade.O estudo est publicado no InternationalJournal of Cardiology2012. O livro Heart-healthy Senior,do mdico Niels Hertz,

    contm mais informaes sobre o estudo.

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    Qual a fragilidade do corao?A New York Heart Association (NYHA)criou um modelo que clas-sifica os doentes com insuficincia cardaca em quatro categorias,denominadas NYHA I-IV (1-4). Esta classificao usada comoreferncia em todo o mundo.No estudo sueco KiSel-10 apenas participaram doentes de Grau I,Grau II e Grau III.

    Quando ocorrem os sintomas (dificuldade derespirar, dor torcica, palpitaes)?

    NYHA I Apenas durante exerccio ou trabalho fsicointenso

    NYHA II Durante actividade fsica normal

    NYHA III Durante actividade fsica inferior normal

    NYHA IV Em repouso

    Quanto menos Q10, mais fraco ocoraoAmostras do tecido cardaco de doentes revelaram queos que tinham corao mais fraco tinham nveis deQ10 mais baixos. Apresentavam tambm sinais de dis-

    funo.

    NYHA I NYHA II NYHA III NYHA IV

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    A investigao d esperana aos doentes cominsuficincia ca dacaDesde 1983, Svend ge Martensen, mdico-chefe no Centro doCorao do Hospital Universitrio de Copenhaga, utiliza suple-mentos com Q10 no tratamento de doentes com insuficinciacardaca. em observado que so cada vez mais os doentes cardacosque apresentam melhoria substancial quando tomam Q10. O Dr.Mortensen tambm o investigador principal do grande estudoQ-Symbio, realizado em doentes com insuficincia cardaca (NYHAGraus III e IIV) da sia, Austrlia e Europa. Neste estudo contro-

    lado com placebo, duplamente cego, participaram 422 doentescom insuficincia cardaca. Este estudo revolucionrio durou cincoanos e mostrou o seguinte: Entre os doentes cardacos que receberam diariamente 300 mg

    de Q10 (BioActivo Q10 Forte), houve aproximadamente menos42% de mortes do que nos que receberam cpsulas de placebo.O suplemento de Q10 foi administrado como parte da terapu-

    tica convencional para a insuficincia cardaca. Houve muito menos internamentos entre os que tomaram Q10.

    Esta observao confirma a investigao anterior, em que seobservou que a teraputica com Q10 aumenta a tolerncia aoexerccio fsico, reduz a fadiga e, em geral, parece aumentar aqualidade de vida dos doentes com insuficincia cardaca.

    Estes dados foram apresentados no Congresso Internacional deInsufecincia Cardaca, em Lisboa, em 2013.Em muitos outros pases, como Hungria, Itlia, Japo e Canad, habitual os mdicos administrarem Q10 aos seus doentes cardacos,e com bons resultados.

    Cardiomiopatia e a tica na investigaoA cardiomiopatia uma doena cardaca que afecta o prpriomsculo cardaco (miocrdio). Aterosclerose, ocluso coronria,hipertenso e doenas das vlvulas cardacas no se integram nestacategoria de doena cardaca.

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    Amostras teciduais, colhidas em doentes com cardiomiopatia,apontam para defeito nas mitocndrias que, por isso, no conseguemproduzir energia suficiente. Nesta doena, o teor de Q10 no ms-culo cardaco muito inferior ao normal, nomeadamente nos casosmais graves, em que a concentrao de Q10 cerca de metade daverificada num corao saudvel.Num estudo dinamarqus, em que doentes com cardiomiopatiaforam tratados com Q10, 69% dos doentes melhoraram. Contudo,quando suspenderam o tratamento com Q10, o seu estado dete-riorou-se relativamente rpido at voltarem a tomar o suplemento.

    Outros estudos mostraram aumento da taxa de sobrevivncia dedoentes com cardiomiopatia. 50% dos doentes que tomaram Q10continuavam vivos aps cinco anos, ao passo que apenas 1% dosdoentes do grupo no tratado estava vivo.Dado que os resultados da teraputica com Q10 esto comprova-dos, considera-se pouco tico administrar placebo a doentes comcardiomiopatia grave em ensaios cientficos.

    Sinais de fragilidade cardaca:

    Dificuldade em respirar, fadiga Palpitaes Dor torcica (angina de

    peito) onturasReteno de

    lquidos(sobretudo nostornozelos epernas)

    Hipertenso

    (frequentemente, no perceptvel, pelo que deve ser vigiada)Se suspeitar de fragilidade cardaca, consulte o seu mdico.

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    A ocluso coronria limita o for neci-mento do oxignio ao corao (doenacardaca isqumica). De acordo cominvestigaes realizadas, a toma de su-

    plementos com Q10 pode melhor ar ossintomas.

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    O Q10 protege contra aterosclerose e doenacardaca isqumica

    Graas ao seu papel deantioxidante potente, oQ10 consegue neutralizaro efeito nocivo dos radi-cais livres e do stress oxi-dativo. especialmenteperigoso quando os radi-

    cais livres atacam o coles-terol LDL, provocandoacumulao nas paredesdos vasos onde acaba porevoluir para aterosclerose.Este processo compar-vel obstruo de um

    cano de esgoto.A ocluso coronria, tam-bm conhecida por doen-a cardaca isqumica(isquemia significa falta deoxignio), a doena car-daca mais comum e a

    causa principal de morteno mundo ocidental. Ossintomas incluem dor to-rcica durante esforo fsico (angina de peito), trombose coronria,insuficincia cardaca e morte sbita.H vrios estudos que mostram que o Q10 tem efeito positivo nadoena cardaca isqumica.Por exemplo, a investigao americana confirma que os doentescom angina de peito tratados com Q10 conseguiram fazer exercciopor um perodo 50% mais longo antes de sentirem dor torcica.Estudos japoneses tambm mostraram que o Q10 diminui o n-mero de crises de angina.A doena cardaca isqumica limita o aporte de oxignio ao corao.

    H resultados de estudos que sugerem que o Q10 ajuda as mito-cndrias das clulas do msculo cardaco a fazerem a melhor uti-

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    lizao possvel da pouca quantidade de oxignio, reduzindo, assim,os sintomas.

    A utilizao clnica de Q10 no substitui a cardioteraputica con-vencional, mas tudo indica que o Q10 aumenta a qualidade de vidae a sobrevida de doentes j em tratamento.

    A ocluso coronria limita o aporte de oxignio ao corao (doen-a cardaca isqumica), mas os suplementos de Q10 podem me-lhorar os sintomas.

    Suplementos de Q10 e o corao

    Muitos estudos internacionais mostram que os suplementos deQ10 tm uma aco positiva no corao. Os investigadores, porregra, utilizam doses dirias de 200-400 mg. Na Hungria, o Q10

    j est homologado como teraputica na insuficincia cardaca.Com base na documentao exaustiva que corrobora esta utilizao,o objectivo ser conseguir que se estenda a todos os pases europeus.

    Reduz a deteriorao do msculo cardacops-cirurgia

    A cirurgia do corao d origem a grande quantidade de radicaislivres (stress oxidativo) que podem provocar mais deteriorao docorao. O cirurgio cardaco australiano, Professor Frank Rosen-

    feldt, mostrou que o Q10 pode ter aco protectora. Num estudorealizado em 922 doentes cardacos, verificou-se que a suplemen-tao com Q10: Reduz a deteriorao do tecido do msculo cardaco Reduz a necessidade de teraputica cardaca (inotrpica) por

    parte do doente aps cirurgia Encurta a durao do internamento Reduz a despesa com sade

    Qual a proteco do Q10 contra a hipertenso mesmo em diabticos?O Q10 tambm pode ser utilizado no tratamento da hipertenso.

    Uma metanlise (anlise de vrios estudos) confirmou diminuiode 11-17 mmHg da tenso arterial sistlica (mxima) e de 8-10

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    mmHg da tenso arterial diastlica (mnima).A hipertenso duas vezes mais frequente enquanto complicaoda diabetes. A doena est a tomar propores epidmicas e umadas principais causas de morte em todo o mundo. Cientistas isra-elitas, da Universidade de Cincias Mdicas Shaid Sadough, de-monstraram que os suplementos de Q10 so eficazes no tratamen-to da hipertenso. Neste estudo, realizado pela Universidade, em70 doentes com diabetes tipo 2, verificou-se que a administraode um suplemento dirio com 200 mg de Q10 fez baixar signifi-cativamente a tenso arterial.

    H muitas pessoas que sofrem de hipertenso sem saber. Ser, porisso, prudente medir a tenso arterial regularmente, ou pelo mdi-co ou usando um aparelho em casa. A tenso arterial elevada cr-nica tem consequncias graves.

    Jamais se deve tentar substituir os anti-hipertensores por Q10, semconsultar o mdico de preferncia que tenha conhecimentos demedicina ortomolecular (medicina biolgica que abrange a utili-

    zao de vitaminas, minerais, cidos gordos e herbais).

    O que a hipertenso?

    H dois valores de tenso arterial: tenso arterial mxima (sistlica)quando o corao se contrai e bombeia o sangue para o sistema

    cardiovascular; tenso arterial mnima (diastlica) quando o cora-o se enche de sangue, imediatamente antes da contraco seguin-te.

    A tenso arterial medida em mmHg (milmetros de mercrio).Num adulto saudvel, em repouso, a tenso arterial cerca de120/80, aumentando automaticamente em situaes de stress,nervosismo ou irritao, em que o organismo se mobiliza para aaco de luta ou fuga. A tenso arterial deve ser medida em re-pouso. Diz-se que uma pessoa hipertensa quando a tenso sist-lica superior a 140 mmHg e/ou a tenso diastlica superior a90 mmHg. Para ter uma ideia precisa, aconselhvel fazer mediesconsecutivas da tenso arterial.

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    Diabticos ou pr-diabticos devem estar atentos hipertenso e aos valores de colesterolMuitas pessoas tm diabetes tipo 2 e estdio inicial da doena(sndrome metablica) sem saber. A sndrome metablica caracte-riza-se por hipertenso, nveis de colesterol elevados, nveis detriglicridos elevados, resistncia insulina e excesso de gorduraabdominal (silhueta em forma de ma). O tratamento destasdoenas, que esto a tornar-se comuns de forma preocupante,exige alterao do estilo de vida.

    ConclusoO corao um msculo que est sujeito a grande esforo, peloque necessita de grandes quantidades de Q10 para a sua renovaoenergtica.Os nveis de Q10 no corao reduzem com a idade. Alm disso, otecido do msculo cardaco de doentes com insuficincia cardaca

    tem menos Q10 do que o de pessoas saudveis. Amostras teciduaisde doentes com cardiomiopatia sugerem que as mitocndrias nofuncionam devidamente, pelo que no conseguem produzir energiasuficiente.Vrios estudos comprovaram o papel do Q10 na insuficinciacardaca, na hipertenso e no tratamento destas doenas. Tudoindica que os suplementos com Q10 tambm melhoram a fora

    de contraco do corao e previnem a aterosclerose.O KiSel-10 um estudo em que os cientistas verificaram que, nosidosos a quem foram administrados 200 mg de Q10 e 200 mcg deselnio, a mortalidade cardiovascular era 54% inferior. O grupoque recebeu suplementos tambm apresentou funo do msculocardaco substancialmente melhor do que os que receberam place-bo.Um estudo internacional o Q-Symbio tambm confirmou queo Q10 tem aco positiva nos doentes cardacos. Este estudo con-firma a investigao inicial, em que a cincia descobriu que o Q10aumenta a resistncia, reduz a fadiga e, em geral, parece aumentara qualidade e a esperana de vida dos doentes cardacos. Almdisso, o Q10 tambm reduz a deteriorao oxidativa do corao

    aps cirurgia.

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    Captulo 6

    O Q10 pode diminuiros efeitos secundriosdas estatinasMilhes de europeus tomam antidislipidmicos, entre eles medi-

    camentos para baixar o colesterol (estatinas). Este um dos tiposde medicamentos mais vendidos escala mundial. odavia, as es-tatinas so cada vez mais objecto de ateno devido aos seus in-meros efeitos secundrios.Um estudo dinamarqus, divulgado na publicao cientfica do

    American College of C ardiology, revela que 40% dos doentes quetomam estatinas tm dor muscular. Entre os atletas activos, este

    efeito secundrio atinge os 75%. Ou seja, o risco de dores muscu-lares como efeito secundrio das estatinas evolui com o aumentoda actividade fsica. Os investigadores tambm observaram umadiminuio da tolerncia glucose e uma diminuio da sensibili-dade insulina entre os utilizadores de estatinas, que, a longoprazo, pode afectar os nveis de acar no sangue e o metabolismo.O problema das estatinas reside no facto de, para alm de bloque-

    arem a sntese de colesterol, afectam outros processos enzimticos,incluindo a sntese do Q10. importante sublinhar que o colesterol uma gordura essencialou, melhor dizendo, um lpido que ajuda a manter a estrutura dasmembranas celulares, o sistema nervoso, o crebro, entre outros.

    Alm disso, o colesterol utilizado para produzir a maior parte dashormonas e da vitamina D.O colesterol produzido principalmente no fgado com a ajuda deuma enzima, denominada HMG-CoA. Esta enzima intervmtambm na sntese do Q10. Como as estatinas bloqueiam a acti-vidade da HMG-CoA, tambm afectam a produo do Q10.Esta a explicao bioqumica para os efeitos secundrios das es-tatinas, dos quais os mais habituais so dor muscular, fadiga, difi-

    culdade de respirar, impotncia e falta de vitalidade fsica emental. No chamado estudo PRIMO, que abrangeu 7.924 utili-

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    zadores de estatinas, 40% dos que apresentavam efeitos secundriostomavam analgsicos. Isto pode muito bem conduzir a um crculovicioso, j que determinados analgsicos esto associados a efeitossecundrios, como hemorragia gastrointestinal, lcera gstrica ezumbidos.

    HMG CoA

    cido Mevalnico

    HMG CoAReductase

    Dolicole(sntese de protenas)

    Esqualeno

    Colesterol(hormonas)

    Q10(energia, antioxidante)

    ESTATINAS

    Tanto o colesterol como o Q10 so produzidos pela mesma substncia,

    uma enzima denominada HMG-CoA. Como as estatinas inibem estaenzima, tambm bloqueiam a produo de Q10. Os suplementos deQ10 podem compensar esta perda e diminuir os efeitos secundrios.

    Os efeitos secundrios induzidos pelas estatinas podem diminuircom a toma de suplementos com Q10 juntamente com as estatinas,compensando a inibio da produo endgena de Q10.

    O efeito protector ficou patente num estudo de 2007, em queinvestigadores americanos administraram 100 mg de Q10 ou pla-cebo idntico a utilizadores de estatinas com dor muscular. Osdoentes que tomaram Q10 e estatinas tinham menos 40% de dormuscular. ambm sentiram muito menos limitaes pelos efeitos

    secundrios comparativamente ao grupo de controlo que recebeuplacebo.

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    Ao inibirem a produo de Q10 pelo organismo, as estatinas afec-tam no s a renovao energtica nas clulas, mas tambm o papeldo Q10 como antioxidante potente, que especialmente impor-tante para o sistema cardiovascular e para proteco do ADNvulnervel das mitocndrias. necessria mais investigao para perceber os efeitos secundriosa longo prazo da utilizao das estatinas. As clulas do corao, dosmsculos, do crebro, do fgado, dos rins, vulos e espermatozidesdependem muito da energia, pelo que so mais susceptveis de teruma resposta mais rpida (do que outras clulas) diminuio da

    renovao energtica. Contudo, em teoria, qualquer clula do or-ganismo pode ser afectada pela reduo de Q10.Segundo Peter Langsjoen, cardiologista americano, a falta de Q10provocada pelas estatinas pode ser responsvel pelo aumento sbi-to da insuficincia cardaca entre os americanos.Na publicao cientfica Diabetes Care(2012), investigadores doPhoenix Affai s Healthcare Systemconcluram que as estatinas au-

    mentam o risco de diabetes em pessoas saudveis e agravam osproblemas cardiovasculares em diabticos, devido aos nveis redu-zidos de Q10.

    As estatinas podem mesmo ter um efeito negativo na vida sexual eprovocar impotncia no homem. Num amplo estudo americano,50% dos homens utilizadores de estatinas referiram que o medica-mento diminua a sua capacidade de ter um orgasmo.

    Segundo os investigadores, deve-se ao facto de o acto sexual e oorgasmo precisarem de muitssima energia e as estatinas reduzirema renovao energtica do organismo, ao inibirem a sntese de Q10.Deste modo, importante tratar a causa subjacente do colesterolelevado, que, normalmente, inflamao, excesso de peso, sndro-me metablica ou diabetes tipo 2.ambm ser uma excelente ideia combinar a utilizao de estatinascom suplementos dirios com 100 mg de Q10.

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    Colesterol, Q10 e ateroscleroseAo ser absorvido pelo intestino, o Q10 liga-se ao colesterol LDL,no sistema linftico, antes de entrar nas clulas.O risco de aterosclerose e trombose coronria aumenta quando ocolesterol LDL agredido pelos radicais livres que provocam a suaoxidao. Felizmente, o Q10 e outros antioxidantes protegem ocolesterol LDL contra a aco nociva dos radicais livres.

    Concluso

    O colesterol um composto essencial produzido principalmenteno fgado. A aco das estatinas inibe a enzima HGM-CoA. Comoesta enzima est envolvida na produo do colesterol e do Q10 peloorganismo, as estatinas naturalmente bloqueiam a sntese dos doiscompostos. Isto explica os efeitos secundrios generalizados dasestatinas, que incluem dores musculares, fadiga, dificuldade emrespirar, impotncia e perda de vitalidade (fsica e mental), todos

    eles consequncia de as clulas terem falta de Q10 para produzirenergia.Existem vrias razes para, em geral, ser aconselhvel tomar umsuplemento com Q10 juntamente com estatinas. Para este efeito,a dose diria normal de Q10 so 100 mg.

    Alm disso, deve-se tratar a causa subjacente do colesterol elevado,que muitas vezes inflamao, sndrome metablica ou diabetes

    tipo 2, e em que o excesso de peso tem um papel fundamental.

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    Captulo 7

    Sistema imunitrio e

    inflamaAlgumas das funes do sistema imunitrio so combater a infeco,reconhecer agentes patognicos, criar imunidade, eliminar toxinasda corrente sangunea, destruir clulas anmalas e cicatrizar feridas.

    As defesas imunitrias consistem em vrias protenas e bilies deglbulos brancos com diversas funes. A maioria dos glbulosbrancos atacam directamente os micrbios, ao produzirem radicaislivres e usando-os como msseis mortais. Outros glbulos brancosproduzem anticorpos e so mais especializados.Quando h infeco, as defesas imunitrias usam os seus vrioscompostos num ataque rpido e directo. Os glbulos brancos ne-

    cessitam de grandes quantidades de energia para realizar a sua ta-refa, o que comparvel ao uso de uma arma automtica. Isto requergrandes quantidades de Q10.

    J se verificou que nveis baixos de Q10 podem levar diminuioda resistncia. Os idosos, em particular, tm resistncia limitada,devido aos nveis reduzidos de Q10. O Professor Karl Folkers, querealizou vasta investigao com Q10, confirmou que o Q10 esti-

    mula a produo do anticorpo IgG (imunoglobulina G) pelo or-ganismo. Estudos em animais mostraram que a falta de Q10 notimo (glndula situada atrs do esterno) reduz a capacidade doorganismo de combater as clulas cancergenas. Isto deve-se pro-duo diminuda das chamadas clulas .Alm disso, importante que a defesa imunitria seja capaz decombater as infeces e retirar-se quando tenha concludo a suafuno. Se assim no acontecer, consome demasiada energia. Se, osistema imunitrio falhar o alvo e produzir demasiados radicaislivres, pode ocorrer inflamao crnica. Neste aspecto, o Q10 umimportante antioxidante. Inclusivamente, observou-se que o Q10faz baixar os nveis sanguneos do marcador inflamatrio IL-6(interleucina-6).

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    O selnio, zinco, leo de peixe (mega 3) e vitamina D, contribuemtambm para combater a inflamao.

    ConclusoAs defesas do sistema imunitrio precisam de grande quantidadede Q10, especialmente durante infeces agudas. A nossa produoendgena de Q10 vai reduzindo com o avanar da idade afectandonegativamente o sistema imunitrio, o que pode justificar maiorvulnerabilidade dos idosos a infeces.

    Ao protegermo-nos contra infeces, importante que as defesasimunitrias consigam funcionar com rapidez e preciso. Casocontrrio, corremos o risco de infeces recorrentes ou inflamaocrnica em que o sistema imunitrio tem uma reaco exagerada eataca-se a si prprio (auto-imunidade). As defesas imunitriastambm produzem radicais livres. Da que precisemos de Q10 eoutros nutrientes para impedir que o sistema imunitrio tenha uma

    reaco exagerada e para proteger as nossas clulas contra os radicaislivres.

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    Captulo 8

    Fertilidade e

    espermatozidessaudveisUm em cada sete casais no

    consegue ter filhos. A in-fertilidade pode ter muitascausas, sendo que a mqualidade do esperma uma ocorrncia cada vezmais frequente.Os espermatozides esto

    entre as clulas que maisrequerem energia. Conso-mem grandes quantidadesde energia para se desloca-rem pela distncia relativa-mente longa e passarem pela vagina, tero e trompas de Falpio,onde tem lugar a fecundao. Esta uma corrida vital, em que

    apenas alguns espermatozides efectivamente conseguem percorrera distncia de 15-25 cm para chegar ao vulo.Quanto mais saudveis forem os espermatozides produzidos pelohomem e maior for a rapidez com que conseguem deslocar-se,maiores sero as possibilidades de um deles chegar ao vulo e fe-cund-lo.Em termos anatmicos, o espermatozide possui uma cabea, umaparte central e uma cauda longa. na cabea que se encontra oncleo portador do cdigo gentico (ADN). Na parte central estoas mitocndrias que fornecem a energia que permite os movimen-tos oscilatrios da cauda. O Q10 intervm neste processo.O dfice de Q10 torna os espermatozides lentos, pelo que tmdificuldade em chegar ao seu destino. Alm disso, o Q10 protege

    as mitocndrias contra deteriorao oxidativa, reduzindo-se o riscode espermatozides com funcionamento deficiente.

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    Investigadores italianos, chefiados pelo especialista Dr. A. Mancini,

    mostraram que o smen com baixo nmero de espermatozidestem proporcionalmente baixo nvel de Q10.Cientistas eslovacos comprovaram que seis meses de tratamentocom Q10 aumenta o nmero de espermatozides e at aumenta asua mobilidade (capacidade de movimento). O tratamento tambmreduz o risco de espermatozides deformados.

    Ambos os estudos apontam o Q10 como o tratamento bvio em

    certos tipos de infertilidade masculina.H ainda uma vantagem adicional muitas pessoas sentem que osseus nveis de energia aumentam quando tomam Q10, o que tilem muitos aspectos.Poder ser boa ideia combinar Q10 com selnio e zinco, o quetambm j mostrou ser eficaz na fertilidade.

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    Concluso

    Os espermatozides consomem grandes quantidades de energiapara percorrerem a longa distncia at ao vulo, onde se d a fe-cundao. A falta de Q10 torna difcil aos espermatozides chega-rem ao seu destino. O Q10 tambm protege as mitocndrias dosespermatozides contra deteriorao oxidativa. Isto por si s dimi-nui o risco de espermatozides deformados e no funcionais. Vriosestudos mostram que os suplementos de Q10 podem ser teis nocombate a determinados tipos de infertilidade masculina. Pode ser

    positivo combinar Q10 com selnio e zinco, visto que estes nu-trientes tambm tm efeito benfico na fertilidade.

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    Captulo 9

    Doenas mitocondriais:Enxaquecas, senilidade, sndrome de fadigacrnica, fib omialgia, esquizofrenia e outrosproblemas neurolgicos.

    Como j foi referido, as mitocndrias tm outras funes para almde fornecerem energia clula. Possuem igualmente vrias prote-nas que lhes permitem realizar funes especializadas em diversosprocessos metablicos nas clulas. A deteriorao de uma mitocn-dria pode causar diversos tipos de disfuno celular e doena.O processo de envelhecimento consequncia do funcionamentodeficiente das mitocndrias e diminuio da renovao energtica

    nas clulas.As doenas mitocondriais esto frequentemente relacionadas comproblemas neurolgicos, como a doena de Parkinson e esquizo-frenia, mas tambm enxaquecas, senilidade, sndrome de fadigacrnica, fibromialgia, diabetes e outras perturbaes sistmicas.Em relao s mutaes no ADN mitocondrial (ADNmt), nor-malmente a doena transmitida pela me ao filho, visto que s as

    mitocndrias femininas so transmitidas de gerao em gerao.H determinados factores ambientais que tambm podem desen-cadear a doena mitocondrial, desde que a pessoa tenha predispo-sio para a doena. Por exemplo, suspeita-se haver ligao entreexposio a pesticidas e doena de Parkinson.

    EnxaquecasAs enxaquecas afectam cerca de 15% da populao e so uma dascausas principais de perda de produtividade no local de trabalho.anto do ponto de vista mdico como financeiro, plausvel tentarencontrar formas de reduzir esta doena dolorosa.

    Vrios estudos referem o Q10 como um tratamento eficaz. Numestudo aberto, em que os participantes receberam 150 mg de Q10

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    diariamente, 61% dos doentes referiram uma diminuio superiora 50% no nmero de dias em que tiveram enxaquecas.Num estudo de caso controlo duplamente cego, em que os parti-cipantes receberam doses mais elevadas de Q10 (3 x 100 mg),observaram-se menos crises e menos dias com enxaqueca.ambm frequente observar-se que as crianas com enxaquecastm nveis baixos de Q10. Isto ficou patente no estudo publicadoem 2007 na publicao Science. Este estudo mostrou que a suple-mentao com Q10, durante trs meses, aumentou os nveis plas-mticos de Q10 e reduziu significativamente o nmero de crises

    de enxaquecas e a sua durao.

    Na enxaqueca, tambm importante ter em contafactores determinantes como: Stress e tenso Hipoglicemia e desidratao

    Alimentos que contm ou precipitam a libertao de histaminas,como queijo, vinho tinto, alimentos marinados ou fumados,chocolate e glutamato monossdico (E621)

    Espaos com muito fumo e m qualidade do ar Plula contraceptiva e alteraes hormonais por exemplo, pu-

    berdade e menopausa Luz solar intensa e interferncia electrnica de computadores,

    televisores, etc.

    Baixo nvel de Q10 pode causar senilidade

    Pode haver relao entre senilidade nos idosos e falta de Q10. Istomesmo foi observado num estudo realizado por Magnus Nylander,dentista sueco.Os nveis sanguneos de Q10 foram medidos em 129 participantesdo estudo, todos eles com mais de 90 anos. Verificou-se que aque-les que tinham melhor funo cognitiva, em geral, tinham nveisde Q10 superiores aos dos restantes. Tal pode dever-se ao papeldesempenhado pelo Q10 na renovao energtica do crebro, mastambm porque o Q10 protege as clulas cerebrais e respectivas

    mitocndrias contra radicais livres e stress oxidativo.

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    A populao idosa est a aumentar nos pases ocidentais. A senili-dade reduz a capacidade da pessoa de gerir o seu dia-a-dia, levandoa que cada vez mais pessoas sejam foradas a viver em lares. Hrazes humanas e financeiras para encontrar novos mtodos detratar ou prevenir a senilidade.Magnus Nylander iniciou um amplo estudo para investigar aspotencialidades do Q10 de manter o crebro jovem e activo. Em-bora seja necessria mais investigao, Nylander est convencidode que os suplementos de Q10 tm um efeito importante. Nylan-der tambm investigou o Q10 na preveno e no tratamento da

    periodontite (ver captulo 4).

    Sndrome de fadiga crnica

    A sndrome de fadiga crnica (SFC) uma doena generalizada efrequentemente controversa. Caracteriza-se por fadiga extremadurante, pelo menos, seis meses e que afecta a vida diria da pessoa.

    O diagnstico feito por excluso de outras causas.A sndrome de fadiga crnica desencadeada por muitos factores,segundo a Dra. Sarah Myhill, da Universidade de Oxford, pode sercausada por disfuno mitocondrial que impede as clulas de pro-duzirem energia suficiente. Sarah Myhill investigou este problemae constatou nveis muito baixos de Q10 em amostras de sangue depessoas com a doena. Sugere ainda, que pode provocar leso do

    corao que, como se sabe, est muito dependente do Q10.As observaes de Sarah Myhill e a utilizao de Q10 em doentescom sndrome de fadiga crnica esto referidas noJournal of Cli-nical and Experimental Medicine.Consoante os nveis de Q10 decada doente, a Dra. Myhill recomenda doses dirias de 200-600mg de Q10 para obter efeito teraputico. Estas doses podem serreduzidas, dependendo dos nveis de Q10 no sangue. Recomendaigualmente magnsio e L-carnitina (que se encontra na carne ver-melha e na forma de suplemento) para obter o efeito ideal.

    Nova esperana para doentes com fib omialgia

    Segundo um estudo espanhol recente, os suplementos de Q10

    podem diminuir em 50% a dor e a fadiga em doentes que sofremde fibromialgia.A fibromialgia uma doena crnica que se caracteriza por mais

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    de trs meses de dor difusa em regies anatomicamente determi-nadas, conhecidas por pontos dolorosos.A fibromialgia est associada a nveis alterados de determinadosneurotransmissores que controlam a sensao de dor e a reacodo organismo ao stress. Alm disso, os cientistas concentram a suaateno na enzima AMPK (AMP Protena Quinase Activada)que, globalmente, responsvel por controlar os nveis energticosdas clulas.Cerca de 5% da populao mundial sofre de fibromialgia, sendo amaioria mulheres. Embora ainda no haja certezas quanto s cau-

    sas e aos mecanismos da doena, h estudos que confirmam oenvolvimento de mitocndrias disfuncionais das clulas muscularese falta de Q10.O mdico espanhol Mario Cordero e colegas de investigao rea-lizaram um estudo pioneiro em 20 mulheres com fibromialgia.Durante um perodo de 40 dias, metade das mulheres recebeu 100mg de Q10, trs vezes ao dia (BioActivo Q10 Forte), enquanto a

    outra metade recebeu placebo idntico. Este estudo foi duplamen-te cego, pelo que nem os investigadores nem os doentes tiveramconhecimento de quem tomou o qu, antes de os resultados seremrevelados.52% dos doentes do grupo com Q10 afirmaram que os sintomasde fibromialgia tinham melhorado. Referiram menos 65% de dor,e o nmero de pontos dolorosos diminuiu em 44% comparativa-

    mente ao grupo de controlo. Os investigadores chegaram a estasconcluses com base nos dados recolhidos em questionrios pre-enchidos pelas doentes, antes e depois do estudo.

    Atendendo aos resultados do estudo, os investigadores consideramque os suplementos com 100 mg de Q10, trs vezes ao dia, souma teraputica eficaz que no s diminui a dor, mas tambmaumenta a qualidade de vida dos doentes de fibromialgia.

    Esquizofrenia

    As PET (tomografias por emisso de positres) de doentes comesquizofrenia mostram que vrias regies do crebro esto afectadaspor actividade metablica limitada. Isto prende-se com um dfice

    da funo cognitiva destes doentes.A investigao e estudos anteriores, realizados pelo Dr. Elkashef,

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    cientista americano, mostram que o Q10 pode melhorar a mem-ria, a concentrao e outras funes cognitivas.Num dos estudos do Dr. Elkashef, 10 doentes com esquizofreniareceberam 300 mg de Q10 ou placebo idntico durante oito sema-nas, aps o que se fez um teste psicolgico. Observou-se um efeitopositivo nos doentes tratados com Q10, o que pode muito bem serconsequncia do estmulo energtico nas clulas cerebrais comactividade metablica deficiente.

    Doena de Parkinson, doena de Huntington eoutras doenas neurodegenerativasO Q10 tambm pode ter efeito positivo na preveno e no trata-mento de doenas neurodegenerativas, como seja doena de Pa-rkinson, doena de Huntington e ELM (Esclerose Lateral Amio-trfica). Os investigadores acreditam que estas doenas, so causa-das por funcionamento deficiente das mitocndrias. Como j se

    referiu, o Q10 revelou ter inmeras propriedades benficas naproduo energtica e como antioxidante potente que protege oADN vulnervel das mitocndrias.O Professor Flint Beal, neurologista e cientista americano, confir-mou que a administrao de doses elevadas de Q10 (at 600 mgpor dia) a doentes com doena de Huntington pode melhorar ascapacidades motoras destes doentes, retardar a perda de peso e

    diminuir vrios outros sintomas associados a esta doena.Inclusivamente, tudo indica que os suplementos com Q10 conse-guem reduzir a degenerao dos neurnios e tecido cerebral. FlintBeal coordena actualmente, um novo estudo em 600 doentes comdoena de Huntington e cujos resultados espera ter dentro de doisanos.

    A investigadora britnica Rita Horvart, da Universidade de New-castle, observou nveis baixos de Q10 nas clulas de crianas eadultos com ataxia cerebelosa. Isto pode ser causado por deficin-cia no gene que controla a sntese de Q10. A investigadora consi-dera necessria mais investigao nesta rea.

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    Doenas neurodegenerativasA doena de Parkinson uma doena neurolgica que se caracte-riza por rigidez muscular e tremores, nomeadamente em pessoasidosas.

    A doena de Huntington caracteriza-se por movimentos involun-trios dos membros superiores e inferiores.

    A ELA (esclerose lateral amiotrfica) uma doena que paralisatodos os grupos musculares, sendo o alvo final os rgos respirat-rios.

    A ataxia cerebelosa caracteriza-se por movimentos descoordenados.

    Concluso

    As mitocndrias so essenciais para a produo energtica celulare muitas outras funes metablicas celulares, pelo que a deterio-rao das mitocndrias pode levar a inmeras doenas.Muitos processos de envelhecimento esto associados a funciona-

    mento deficiente das mitocndrias e baixa renovao energtica.Pode haver relao entre senilidade no idoso e falta de Q10. Umestudo sueco est a investigar o eventual papel do Q10 na preser-vao de crebro activo.

    As doenas mitocondriais esto frequentemente associadas a per-turbaes neurolgicas, pelo que muitas vezes so necessrios su-plementos com uma dose elevada de Q10, vrias vezes ao dia.

    Os estudos mostram que um suplemento dirio de 300 mg de Q10pode ter aco positiva nas enxaquecas, fibromialgia e esquizofrenia.Em situaes de sndrome de fadiga crnica, a investigadora SarahMyhill recomenda maiores quantidades de Q10 para obter efeitoteraputico, sendo que as doses podem ser ajustadas s necessidades.Os estudos provam que a administrao de suplementao comQ10 (at 600 mg por dia) a doentes com doena de Huntingtonpode melhorar as capacidades motoras e reduzir determinadossintomas. Os suplementos de Q10 podem at diminuir a degene-rao dos neurnios e tecido cerebral.O Q10 pode ter aco positiva na preveno e no tratamento dedoenas neurodegenerativas, como doena de Parkinson e ELA,embora seja necessria mais investigao.

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    A biodisponibilidade dossuplementos de Q10 essencialpara os resultados da investigaoclnica.Em certos estudos com Q10 nas doenas neurodege-nerativas, os cientistas utilizaram doses maiores, ouseja, 300-1200 mg/dia. No entanto, podero no ser

    necessrias doses to elevadas se o produto propor-cionar uma excelente biodisponibilidade. Por exem-plo, se for realizado um estudo com 1200 mg de Q10com fraca biodisponibilidade, provavelmente um ou-tro estudo chegaria aos mesmos resultados com ape-nas 200 mg de Q10 desde que a biodisponibilidadeseja elevada.

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    Captulo 10

    Cancro, quimioterapia,Q10 e outrosantioxidantesO cancro abrange diversas doenas em que ocorre um crescimento

    descontrolado de clulas malignas.Com o tempo, as clulas cancerosas podem disseminar-se pelacorrente sangunea e pelos canais linfticos e podem metastizar eser fatais.Embora tenha havido aperfeioamento nos mtodos de rastreio eno tratamento do cancro, as taxas de cancro continuam a subir,sendo o cancro a segunda principal causa de morte. O nmero de

    europeus que morrem de cancro anualmente equivalente ao queseria o nmero de vtimas de dois avies Jumbo lotados que sedespenhassem todos os dias do ano.Segundo os nmeros da NORDCAN (base de dados nrdica docancro), nos prximos anos as taxas de cancro aumentaro em maisde 50%.emos todas as razes para melhorar a preveno do cancro atravs

    de uma vida saudvel, mas tambm para melhorar os prpriostratamentos do cancro.

    Muitos doentes oncolgicosmorrem de malnutrioSegundo a OMS, 20-30% dos doentes oncolgicosno morrem da respectiva doena, mas sim de com-plicaes causadas por malnutrio. Da que deva serdada mais ateno a uma boa nutrio tanto na pre-veno do cancro como no seu tratamento.

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    Causas de cancroH muitos factores que podem causar esta terrvel doena. oxinasambientais, radicais livres, idade e factores relacionados com oestilo de vida, como excesso de peso, lcool e tabagismo, aumentamo risco.O plo de interesse so as mutaes genticas no ADN das clulasdoentes. O doutor Dominic DAgostino, investigador que d aulasde farmacologia molecular na Universidade da Florida do Sul, pea hiptese de a falta de mitocndrias ou defeitos mitocondriaispoderem levar a deficincia da renovao energtica e do metabo-

    lismo celular nas clulas cancerosas.Como j se referiu no Captulo 7, estudos em animais revelaramque a falta de Q10 no timo reduz a capacidade do organismo decombater as clulas cancerosas, devido baixa produo de clulas. necessria mais investigao para mapear o papel do Q10 nocancro. O composto apenas uma de muitas substncias essenciais,

    pois h muitos outros nutrientes responsveis pela manuteno declulas saudveis.

    Selnio, Q10 e outros antioxidantes actuam emconjuntoOs investigadores concentram-se frequentemente numa s soluo

    para destacar o seu efeito. H, contudo, que prestar ateno aofacto de vrios nutrientes actuarem em conjunto no organismo, oque pode ter um efeito sinrgico. o que se observa, por exemplo,com selnio e Q10. O organismo necessita de selnio para produ-zir Q10 e para que o Q10 tenha a aco ideal. Da que os investi-gadores tenham optado por combinar selnio com Q10 no j re-ferido estudo KiSel-10, em que a mortalidade cardiovascular dimi-nuiu entre os homens e mulheres que tomaram os dois nutrientes.H igualmente evidncias de que o selnio e a vitamina E actuamem conjunto nos processos bioqumicos do organismo, e que outrosantioxidantes, como as vitaminas A e C e o zinco, potenciam oefeito. No admira que os investigadores tenham optado por incluiro Q10 e vrios outros antioxidantes nos seus estudos, para verificar

    se h melhoria dos resultados.

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    O selnio e a investigao promissora com alevedura de selnio SelenoPreciseEm 1977, o professor Gerhard Schrauzer, da Universidade de SanDiego, elaborou uma lista das taxas de mortalidade por cancro, de27 pases, tendo constatado que o aporte de selnio era inversa-mente proporcional mortalidade por cancro. Desde ento, in-meros estudos epidemiolgicos mostraram que as populaes comnvei