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1 PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MARINHA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Recife, fevereiro de 2014

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PPRROOPPOOSSTTAA DDEE CCRRIIAAÇÇÃÃOO DDEE

UUNNIIDDAADDEE DDEE CCOONNSSEERRVVAAÇÇÃÃOO

MMAARRIINNHHAA NNOO EESSTTAADDOO DDEE

PPEERRNNAAMMBBUUCCOO

Recife, fevereiro de 2014

2

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE – SEMAS

AGENCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - CPRH

Governador: Eduardo Henrique Accioly Campos

Vice – Governador: João Soares Lyra Neto

Sérgio Luis de Carvalho Xavier Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS

Hélvio Polito Lopes Filho Secretário Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS

Carlos André Cavalcanti Diretor Presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH

Paulo Teixeira de Farias Diretor de Recursos Florestais e Biodiversidade – CPRH

Paulo Camaroti Diretor Técnico Ambiental – CPRH

Samanta Della Bella Gerente da Unidade de Gestão de Unidades de Conservação – CPRH

EQUIPE TÉCNICA

Assis Lacerda CPRH Jóice Brito CPRH

Marcos Lacerda CPRH Samanta Della Bella CPRH

PARTICIPAÇÃO

Moacyr Araujo UFPE

3

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 4

2. CONTEXTO ................................................................................................. 5

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA .............................................. 6

I. Localização e Abrangência da Unidade de Conservação .......................... 9

II. Aspectos Biológicos ................................................................................. 10

4. JUSTIFICATIVA PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ... 15

5. OBJETIVOS DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ..................................... 17

6. PROPOSIÇÃO DE CATEGORIA DE MANEJO ......................................... 18

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 21

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................ 22

9. ANEXO I .................................................................................................... 24

4

1. APRESENTAÇÃO

A presente proposta foi elaborada pela equipe técnica da Agência

Estadual de Meio Ambiente – CPRH, com a participação do Departamento de

Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, visando

embasar a criação de Unidade de Conservação marinha no litoral

pernambucano em ambientes estuarinos e marinhos de águas rasas, a fim de

conservar a biodiversidade de forma a garantir o uso sustentável dos recursos

naturais.

5

2. CONTEXTO

A conservação da biodiversidade se constitui uma das diretrizes do

governo estadual. Em junho de 2007, o Plano Estratégico Ambiental de

Pernambuco, endossado pelo Governador Eduardo Campos, definiu seis

programas, dentre eles, o Programa de Conservação da Biodiversidade que

estabelece como ação prioritária, a criação do Sistema Estadual de Unidade de

Conservação – SEUC. Em 2009, após discussões com a sociedade civil e

aprovação no Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, o referido

programa foi instituído por meio da Lei Estadual nº 13.787 de 08 de junho deste

ano. Este ato significa um marco para a estruturação de ações mais efetivas

por parte do governo de Pernambuco, no que se refere à proteção de seu

patrimônio natural.

O SEUC definiu, dentre outras diretrizes, que “no conjunto das Unidades

de Conservação, estejam representadas amostras significativas e

ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do

Estado de Pernambuco e das suas águas jurisdicionais, salvaguardando o

patrimônio biológico, geológico, geomorfológico, espeleológico, arqueológico,

paleontológico e, quando couber, histórico e cultural” (Artigo V, inciso I).

O Programa de Conservação da Biodiversidade, estabelecido no artigo

49 do SEUC, define uma série de metas e atividades voltadas à promoção da

proteção in situ dos biomas e ecossistemas existentes em Pernambuco. Este

Programa está estruturado a partir de oito componentes, destacando-se a

“Identificação de Áreas Prioritárias para Criação de Unidades de Conservação

Estaduais” e “Criação de Novas Unidades de Conservação Estaduais”. O

estabelecimento do SEUC e do Programa de Conservação da Biodiversidade

reflete o compromisso com uma política pública voltada para a sustentabilidade

socioambiental, com uma visão de futuro onde o desenvolvimento equilibrado e

a melhoria da qualidade de vida do povo pernambucano é a meta a ser

atingida.

O estabelecimento de um sistema representativo e efetivo de áreas

marinhas protegidas também faz parte da estratégia global de conservação de

6

biodiversidade, sendo inclusive pactuado como meta a ser cumprida pelos

países signatários da Convenção de Diversidade Biológica – CDB (CBD, 2002).

O Brasil inclusive foi o primeiro país signatário da CDB, compromisso assumido

durante a Eco’92, realizada na cidade do Rio de Janeiro. No Brasil, o Plano

Nacional de Áreas Protegidas (PNAP) prevê a implantação de unidades de

conservação marinhas como uma ferramenta importante para a conservação

da biodiversidade, além da gestão e recuperação dos estoques pesqueiros.

Entre as metas do Plano se inclui o estabelecimento de um sistema efetivo e

representativo de áreas costeiras e marinhas protegidas; e até o ano de 2015,

a meta de que todas as áreas e sistemas de áreas protegidas até então

existentes, sejam integradas mediante a utilização da abordagem

ecossistêmica, levando-se em consideração a conectividade ecológica e o

conceito das redes ecológicas (MMA, 2006).

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA

A zona costeira brasileira possui uma extensão aproximada de 8,5 mil

Km, sendo uma área ocupada desde o período da colonização e de acordo

com dados do IBGE, concentra cerca de 22% da população brasileira

(JUNIOR, 2005).

A Zona Costeira de Pernambuco estende-se do município de Goiana, ao

norte, no limite com o Estado da Paraíba, até o município de São José da

Coroa Grande, ao sul, na divisa com o Estado de Alagoas. Corresponde a uma

faixa de 187 km de extensão e abrange vinte e um municípios, constituindo-se

no mais importante aglomerado populacional do Estado, onde se concentra

cerca de 44% de sua população. (CPRH, 2001).

O litoral pernambucano está situado na província sedimentar da costa

brasileira que se estende desde Fortaleza (CE) até Cabo Frio (RJ). Esta

plataforma apresenta como característica principal a presença de bioclastos.

Segundo sua origem, estes sedimentos são classificados como do tipo

biogênico, ou seja, compostos por materiais produzidos por organismos, sendo

formados a partir da fragmentação de partes duras da biota, tais como

conchas, ossos, dentes e tecas e incluem elevados teores de carbonato de

7

cálcio (CaCO3). A abundância de sedimentos biogênicos se deve à localização

da área na porção da plataforma continental brasileira na qual predominam as

algas calcárias verdes (Halimeda) seguidas das algas coralíneas ramificadas e

dos briozoários e foraminíferos (COSTA et al, 2010).

A Plataforma Continental de Pernambuco se caracteriza por sua

reduzida largura, pouca profundidade, declive suave, águas relativamente

quentes, elevada salinidade e por apresentar-se, quase inteiramente, coberta

por sedimentos carbonáticos biogênicos. Sua largura varia de 42 km, no litoral

norte, a 30 km em frente ao Cabo de Santo Agostinho, litoral sul, abrangendo

um valor médio de 35 km. A declividade média é de 1:660 (1,5 m/km), e a

profundidade de quebra da plataforma, apresentada na literatura, está em torno

de 50±10 m (ASSIS, 2007).

Ao longo da costa Pernambucana existem diversos Estuários, ocupados

pela vegetação de mangue, este ambiente tem grande relevância para

conservação da biodiversidade, além de servir de berçário da vida silvestre,

funcionando como local de reprodução para muitas espécies, inclusive

espécies de importância econômica.

Os principais estuários do Estado de Pernambuco estão inseridos nas

APAs Estuarinas, criadas pela Lei Estadual n° 9.931 de 1986, a saber: APA

Estuaria dos Rios Goiana e Megaó, APA Estuarina do Rio Itapessoca, APA

Estuarina do Canal de Santa Cruz, APA Estuarina do Rio Jaguaribe, APA

Estuarina do Rio Timbó, APA Estuarina do Rio Paratibe, APA Estuarina do

Rio Beberibe, APA Estuarina do Rio Capibaribe, APA Estuarina dos Rios

Jaboatão e Pirapama, APA Estuariana dos Rios Sirinhaém e Maracaípe, APA

Estuarina do Rio Formoso, APA Estuarina do Rio Carro Quebrado e APA

Estuarina do Rio Una.

Segundo definição de Cameron e Pritchard (1963), os estuários são um

corpo de água semi-fechado que tem uma livre conexão com o mar aberto e

dentro a água marinha sofre diluição pelo aporte de água continental. Portanto

a característica mais fundamental de um estuário é a interação que ocorre em

8

seu interior entre a água salgada e doce (AMORIM, 2012). Sendo a faixa de

transição entre os ambientes terrestre e marinho.

Essa mistura forma um solo alagado, salino, rico em nutrientes e em

matéria orgânica, a partir dos quais surgem os manguezais, ecossistema que

portam comunidades vegetais típicas de ambientes alagados, resistentes à alta

salinidade da água e do solo.

Os estuários em condições naturais são biologicamente mais produtivos

do que os rios e os oceanos que os formam, pois, apresentam altas

concentrações de nutrientes devido à descarga de água doce na parte interna

e a entrada de água do mar e também aos transportes de sedimentos em

suspensão e nutrientes orgânicos e inorgânicos (DAMATTO, 2010).

Os estuários também apresentam, de maneira geral, inúmeras funções

vitais, como ecossistemas complexos, sendo o habitat natural de aves,

mamíferos e peixes, além de serem rotas migratórias propícias a diversos

peixes com valores comerciais (DAMATTO, 2010).

Tornando este ambiente importante para a conservação destas

espécies, além de atuar juntamente com os recifes costeiros na manutenção da

biodiversidade e dos recursos pesqueiros do estado de Pernambuco.

Devido a proximidade com faixa de praia, a maioria dos recifes costeiros

foi pesadamente explorada tanto para pesca artesanal como comercial. Mais

recentemente, o turismo descontrolado e o desenvolvimento urbano ao longo

de toda a costa setentrional brasileira figuram como as maiores ameaças

(FERREIRA & MAIDA, 2006).

Os recifes de coral e os arrecifes, recifes de arenito ou arenitos de praia

são formações que abrigam grande biodiversidade, tanto de vertebrados

quanto de invertebrados, e estão distribuídos ao longo da costa pernambucana.

Os Recifes de coral são ecossistemas altamente diversificados, ricos em

recursos naturais e de grande importância ecológica, econômica e social. Estes

9

ecossistemas abrigam recursos pesqueiros importantes, atuam na proteção da

orla marítima e contribuem com seus recursos na economia de várias

comunidades costeiras (MAIDA & FERREIRA, 2006).

Os arenitos de praia desempenham as mesmas funções dos recifes de

coral, porém diferente dos recifes de coral, que são formados por organismos

vivos, os recifes de arenito são formados pela cimentação inorgânica

ocasionada provavelmente pela supersaturação de carbonato de cálcio

(CaCO3) provocado pela temperatura da água elevada e o regime de

mesomaré (variação de 2-4m) que gera um ciclo de ambiente seco e úmido

(FERREIRA JÚNIOR, 2011).

No Estado de Pernambuco os arenitos de praia encontram-se dispostos

paralelamente à linha de costa na forma de faixas longas e estreitas,

separadas umas das outras por depressões onde são depositadas areias ou

lamas, podendo ficar com os topos emersos quando das preamares.

(FERREIRA JÚNIOR, 2011).

Além da função de conservação da biodiversidade os recifes submersos

agem como obstáculos naturais à passagem das ondas, pois reduzem a altura

da onda antes e após a sua passagem pelos recifes, em função do local e do

estágio de maré, ressaltando claramente a importância dessas estruturas como

defensores naturais da linha de costa submetida ao aumento do nível do mar

(COSTA, 2010).

I. Localização e Abrangência da Unidade de Conservação

A APA Marinha Pernambuco possui aproximadamente 148.000ha, está

localizada em ambientes estuarinos e marinhos de águas rasas da costa

pernambucana, engloba diversos estuários, os arenitos de praia, os recifes de

coral e os recifes artificiais, formados pelo naufrágio de diversas embarcações.

Limita-se com os Estados de Alagoas (ao sul) e Paraíba (ao norte). Nesta APA

estão os estuários dos Rios Goiana e Megaó, Rio Itapessoca, Canal de Santa

Cruz, Rio Jaguaribe, Rio Timbó, Rios Jaboatão e Pirapama, Rios Ipojuca e

Merepe, Rios Sirinhaém e Maracaípe, Rio Formoso, Rio Carro Quebrado e Rio

10

Uma (Anexo: Mapa da área proposta para criação da Unidade de

Conservação).

Fazem parte desta Unidade de Conservação os municípios de Goiana,

Itapissuma, Itamaracá, Igarassú, Abreu e Lima, Paulista, Olinda, Recife,

Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém, Rio

Formoso, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande.

Os principais critérios que nortearam a definição do perímetro para

criação da Unidade de Conservação levou em consideração a fragilidade dos

ambientes estuarinos e marinhos de águas rasas e a pressão antrópica sofrida

por estes ambientes, a APA engloba a maioria dos recifes artificiais, novos

ambientes ricos em biodiversidade, formados pela grande quantidade de

naufrágios concentrados na área de influência do Porto do Recife.

II. Aspectos Biológicos

A Unidade de Conservação será composta por ambientes estuarinos e

marinhos de águas rasas, estes possuem grande biodiversidade e relevância

ambiental para conservação.

A flora destes ambientes é composta principalmente pela vegetação de

mangue, no estuário; bancos de fanerógamas, no ambiente marinho e

fitoplancton, que circula nestes ambientes.

A vegetação característica do mangue possui baixa diversidade de

espécies, sendo formada principalmente por bosques ora mistos ora

monoespecíficos, que abrigam tanto a fauna terrestre quando aquática.

Servindo de habitat e/ou berçário para diversas espécies. As árvores típicas

deste ecossistema são: Rhizophora mangle (mangue-vermelho); Laguncularia

racemosa (mangue-branco); Conocarpus erectus (mangue-de-botão) e

Avicennia schaueriana (mangue-preto, canoé).

Apesar da baixa diversidade do manguezal com relação à flora, o

estuário possui grande diversidade quanto à fauna, principalmente com relação

11

a diversas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, além de servirem de

habitat para determinadas espécies de aves e mamíferos.

As fanerógamas marinhas (gramas marinhas) formam um importante e

diverso habitat na zona costeira, sendo utilizadas por diversos organismos.

Seus bancos extensos provêm valiosos recursos em águas costeiras rasas em

todo o mundo, sendo muitas vezes reconhecidas como habitats, com

abundância, riqueza e diversidade de fauna ou flora maior que sedimentos não

vegetados (MARQUES & CREED, 2008).

As espécies de gramas marinhas brasileiras pertencem a três gêneros:

Halodule (Família: Cymodoceaceae), Halophila (Hydrocharitaceae) e Ruppia

(Ruppiaceae), englobando apenas cinco espécies, estas tendo forte afinidade

com a flora do Caribe (MARQUES & CREED, 2008).

Na costa brasileira foram identificadas cinco espécies de grama marinha,

sendo quatro no Estado de Pernambuco, destas, Halophila baillonii é restrita a

uma localidade próxima à cidade do Recife e ao Caribe, encontra-se a cerca de

30m de profundidade, porém é considerada extremamente rara, principalmente

após a realização de tentativas, sem sucesso, de localização entre a Ilha de

Itamaracá e o continente; Halophila decipiens possui maior distribuição,

ocorrendo entre os Estados do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro e atingido

a profundidade de até 22m; Ruppia maritima possui uma distribuição mais

ampla, além de Pernambuco está presente nos Estados do Piauí, Ceará,

Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,

sendo encontrada sempre em estuários de águas salobras até hipersalinas e

profundidades rasas de até 3m de profundidade; Halodule wrightii também

possui ampla distribuição na costa brasileira, sendo mais abundante nordeste,

crescem em áreas da costa que variam de abrigadas a moderadamente

abrigadas até cerca de 10m de profundidade, formando extensivos bancos

entre os recifes e o continente (MARQUES & CREED, 2008).

Com fauna e flora bastante rica e variada, diversos organismos foram

descritos ocorrendo associados às pradarias de grama marinha em

12

Pernambuco e na Paraíba, tais como diatomáceas, algas (Chlorophyta e

Rhodophyta), hidrozoários, ascídias, ouriços-do-mar, crustáceos e

foraminíferos, além disso, muitos animais vágeis, especialmente indivíduos

pequenos ou juvenis de peixes e crustáceos, encontram abrigo entre as folhas.

Outra evidência da relevância ambiental destas pradarias de grama

marinha foi observado na alimentação de tartarugas verdes (Chelonia mydas)

através do consumo de angiospermas marinhas, Creed (2003) observou a

espécie se alimentando em um banco de H. wrightii no Arquipélago dos

Abrolhos a uma taxa de 32 mordidas.min-1 (MARQUES & CREED, 2008).

Creed (2003) também identificou que a ocorrência do peixe-boi marinho

(Trichechus manatus manatus) parece ter grande relação com a disponibilidade

de alimento. Ao longo do litoral nordestino, os valores da média de peixes-boi

em áreas onde há a disponibilidade de alimento (macroalgas, fanerógamas

marinhas, mangue e outros) tiveram diferença significativa para outras onde

não se registrou a disponibilidade de alimento, corroborando com resultados de

estudos realizados por Luna e Passavente (2010). A distribuição dos sirênios

seria claramente paralela à distribuição dos bancos de fanerógamas marinhas

nas regiões tropicais e subtropicais, sendo o capim-agulha (Halodule sp. e

Halophila sp.) o principal alimento encontrado no trato intestinal dos peixes-boi

mortos por caçadoresi. Na região de Itamaracá, estado de Pernambuco, o

Projeto Peixe-Boi coleta 12t·ano-1 de H. wrightii (capim agulha) como a

principal fonte de alimento para os animais em cativeiro (MARQUES & CREED,

2008).

O peixe-boi marinho (Trichechus manatus manatus), espécies de

mamífero aquático herbívoro, pertence à Ordem Sirenia, possuem reprodução

demorada (um filhote a cada três anos), os indivíduos adultos podem medir

entre 2,5 e 4,0 metros e pesar de 200 a 600kg e o animal mais velho teve sua

idade estimada como maior que 50 anos (LUNA et al., 2011).

A caça predatória diminuiu severamente a abundância do peixe-boi

marinho e hoje a espécie é classificada na categoria “vulnerável” à extinção

13

pela IUCN (2010), ou seja, apresentam alto risco de extinção na natureza a

médio prazo (LUNA & PASSAVANTE, 2010).

Por serem herbívoros os peixes-bois precisam ingerir grande quantidade

de alimento, comendo todo dia 8 a 13% do seu peso corporal, por isso os

animais passam de seis a oito horas diárias se alimentando. No Brasil a

espécie se alimenta principalmente de algas (Gracilaria cornea, Soliera sp. e

Hypnea musciformes), capim marinho Halodule wrightii, folhas de mangue

sendo as espécies Avicennia nitida, Rhizophora mangle e Laguncularia

racemosa, ninga (Montrichardia arborescens), paturá (Spartina brasiliensis),

mururé (Eichhornia crassipes) e junco (Eleocharis interstincta) (LUNA et al.,

2011).

Atualmente o peixe-boi marinho vive em águas costeiras entre os

Estados de Alagoas ao Amapá, porém com duas descontinuidades no

nordeste, sendo uma entre Barra de Camaragibe/AL e Recife/PE, com

extensão aproximada de 200Km, e outra entre Iguapé/CE e Jericoacoara/CE,

com extensão aproximada de 300Km (LUNA & PASSAVANTE, 2010).

Segundo Luna e Passavante (2010), entre os Estados de Alagoas e

Pernambuco a descontinuidade provavelmente não se caracteriza pela

existência de barreira ecológica, já que a existência de estuários e áreas

costeiras protegidas por recifes de coral e arenitos de praia são propícios à

presença desta espécie, diferentemente da descontinuidade no Estado do

Ceará, devido a condições desfavoráveis a sua presença.

Desta forma é evidente que a criação da Unidade de Conservação pode

contribuir de forma prática nos esforços para a conservação in situ do peixe-boi

marinho, já que diversos estuários do estado podem ser potencialmente locais

para reintrodução da espécie.

Outra espécie integrante da lista de animais ameaçados a extinção é o

mero (Epinephelus itajara), peixe marinho com longevidade maior que 35 anos,

chegando a ultrapassar os 300 kg, o que lhe torna o maior representante da

Família Serranidae. Os juvenis abrigam-se em mangues nos primeiros 6-7

14

anos de vida, chegando à fase adulta quando atingem cerca de um metro e

passam a levar uma vida solitária junto a recifes na plataforma continental. Na

época da reprodução, eles migram para próximo a manguezais, formando

agregações reprodutivas. Durante este período o mero torna-se extremamente

vulnerável à pesca e caça submarina. A causa para o declínio nas populações

de mero reside em características inerentes à espécie, tais como:

comportamento reprodutivo gregário, crescimento lento, indivíduos longevos e

maturação tardia, além da ausência de comportamento de fuga perante o

homem. Somam-se a esses fatores a degradação de habitats de criação,

alimentação e reprodução, como mangues e recifes costeiros (REUSS-

STRENZEL & ASSUNÇÃO, 2008).

Os recifes constituem a base de uma comunidade marinha costeira

imensamente complexa e de grande valor ecológico, sendo um dos

ecossistemas marinhos mais produtivos do mundo, além de formar uma

estrutura com funções ecológicas que suportam uma alta diversidade de

espécies. Quando em equilíbrio, são produtivos e auto-suficientes,

beneficiando não apenas seus habitantes permanentes, mas também outras

espécies, que vêm se reproduzir e alimentar, uma vez que as águas tropicais

circundantes são tipicamente oligotróficas. Em diferentes graus, a área recifal

se constitui um armazenador de energia e de nutrientes, onde esses últimos

são reciclados e consumidos rapidamente. Os recifes de coral possuem ainda

grande importância como defesa costeira natural, além de fonte alimentar e de

renda, através do turismo, para as comunidades costeiras (MAIDA &

FERREIRA, 2006).

Outro componente muito importante para manutenção do equilíbrio

ecológico é a comunidade fitoplanctônica, que representa a base da teia

alimentar dos ambientes aquáticos, sendo considerada como um dos principais

produtores desses ecossistemas. Tal afirmativa decorre do papel exercido

pelos organismos fitoplanctônicos ao produzir a matéria orgânica inicial que

permitirá o funcionamento da quase totalidade das teias alimentares,

sustentando, assim, os demais níveis tróficos. Nos ecossistemas estuarinos,

esta comunidade é influenciada pela combinação dos fatores biológicos,

15

climatológicos e hidrológicos, sendo afetada pelas variações sazonais e diárias

do ambiente, como pluviosidade, profundidade da zona eufótica, alterações do

padrão de circulação da água e mudanças na sua composição química, sendo

as alterações na composição do fitoplâncton refletidas em toda a biota

estuarina (CPRH, 2010).

A comunidade fitoplanctônica na região da APA de Guadalupe, inserida

na proposta de criação desta Unidade de Conservação, possui representante

distribuídos em oito classes taxonômicas: Coscinodiscophyceae,

Bacillariophyta, Dinophyta, Cyanophyta, Chlorophyta, Euglenophyta,

Rhodophyta e Chrysophyta, com predomínio de espécies marinhas neríticas

e/ou oceânicas. No inventário florístico da região da APA de Guadalupe

observa-se a predominância das diatomáceas no complexo costeiro. Os

demais grupos de microalgas possuem uma menor representatividade, porém

de grande relevância para o incremento da flora local (CPRH, 2010).

4. JUSTIFICATIVA PARA CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

O Estado de Pernambuco possui Unidades de Conservação no âmbito

Federal, Estadual e Municipal, distribuídas nos Biomas Caatinga, Mata

Atlântica e Aquático, destas, 71 Unidades foram criadas a nível estadual.

Várias destas Unidades de Conservação estão em ambientes costeiros,

por vezes sobrepostas, porém poucas englobam ambientes costeiros e

marinhos. As Unidades de Conservação que possuem o ambiente marinho

estão concentradas nos extremos do litoral norte e sul do Estado, além do

distrito de Fernando de Noronha.

No Litoral Sul, a Área de Proteção Ambiental – APA Costa dos Corais –

PE/AL (Gestão Federal – ICMBio), o Parque Natural Municipal – PNM Forte de

Tamandaré (Gestão Municipal – Prefeitura de Tamandaré) e a APA de

Guadalupe (Gestão Estadual – CPRH) possuem áreas marinhas sobrepostas,

cuja gestão é realizada de forma participativa e integrada entre as Unidades de

Conservação. No Litoral Norte, a APA de Santa Cruz (Gestão Estadual –

CPRH) e a Reserva Extrativista – RESEX Acaú-Goiana – PE/PB (Gestão

16

Federal – ICMBio) possuem áreas marinhas contiguas, podendo haver gestão

integrada deste ambiente.

Pernambuco, por sua concentração de ecossistemas ricos e diversos,

tem sido palco, há vários séculos, de degradação ambiental intensa causada

pelos processos de desenvolvimento.

As maiores ameaças à biodiversidade marinha e costeira são a

degradação e/ou descaracterização de habitats, sobreexplotação para

consumo e fontes de poluição de origem terrestre. As alterações causadas pelo

homem têm descaracterizado, degradado e destruído os ecossistemas

costeiros e marinhos em larga escala, levando muitas espécies, e até mesmo

comunidades inteiras à extinção. Um exemplo disso é a vertiginosa queda de

abundância de recursos pesqueiros e conseqüente queda na produção de

pescados na costa brasileira de norte a sul.

Neste contexto, a proteção desses ambientes pode garantir a

manutenção e conservação de populações de diversas espécies da fauna e

flora, além do estabelecimento de estratégias para ações de proteção, manejo

e monitoramento dos mesmos, principalmente com relação à existência de

espécies ameaçadas de extinção, a exemplo das espécies de tartarugas

marinhas, o peixe-boi (Trichechus manatus manatus) e o mero (Epinephelus

itajara).

Neste sentido, a criação da APA Marinha Pernambuco pretende

contribuir de forma geral para a conservação, preservação, recuperação e

restauração desses ecossistemas, bem como ampliar a representatividade dos

mesmos através da criação de ambientes protegidos legalmente, com enfoque

no uso sustentável e conservação dos ambientes estuarinos e marinhos de

águas rasas, que estão mais suscetíveis à pressão antrópica direta e indireta,

ocasionada principalmente pelo turismo desordenado nos recifes de coral e

arenitos de praia, pesca predatória, sobrepesca, degradação ambiental dos rios

e estuários que influenciam diretamente o ambiente marinho.

17

5. OBJETIVOS DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

A especificação dos objetivos de conservação e manejo da área é o

primeiro passo para a definição da categoria de UC que melhor se adéqua a

estes objetivos. Assim, foi definido como função primordial para a criação da

unidade de conservação o seguinte:

Favorecer o uso sustentável dos recursos naturais;

Proteger as espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção;

Promover e apoiar meios e incentivos para atividades de pesquisa

científica, estudos e monitoramento ambiental, articulando com

diversas instituições superiores de ensino e pesquisa;

Favorecer condições para realização das atividades de

ecoturismo e turismo de aventura de forma sustentável;

Possibilitar a formação de Corredores de biodiversidade com

demais áreas protegidas;

Garantir a conservação dos recifes coralígenos e de arenito, com

sua fauna e flora;

Ordenar o turismo ecológico, científico e cultural, e demais

atividades econômicas compatíveis com a conservação

ambiental;

Ordenar a atividade de pesca comercial artesanal, de subsistência

e amadora de forma sustentável;

Preservar as áreas de reprodução, desenvolvimento e

alimentação da fauna e flora marinha e estuarina, especialmente

para as espécies ameaçadas;

Incentivar a prática de atividades de baixo impacto;

Mapear zonas de uso restrito a fim de:

- Recuperar a estrutura populacional natural de espécies

exploradas (idade, crescimento, gênero, e diversidade

genética);

- Proteger a biodiversidade em todos os níveis e todos os taxa;

18

- Eliminar os impactos dos aparelhos de pesca e da pesca

acidental;

- Oferecer locais livres de distúrbios para desova, alimentação,

refúgio e assentamento;

- Permitir a obtenção de dados essenciais para o manejo

pesqueiro (p. ex. mortalidade natural);

- Fornecer locais para monitoramento de longo termo que

sirvam como referência e controle, e onde Projetos de

Pesquisa específicos possam ser desenvolvidos sem serem

afetados por atividades humanas.

- Criar oportunidades para a população vivenciar momentos

em áreas sem distúrbios ou modificações, e assim desfrutar

de uma experiência natural genuína;

- Permitir que a sociedade perceba e compreenda os efeitos

da ação humana e os benefícios do manejo.

6. PROPOSIÇÃO DE CATEGORIA DE MANEJO

O Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC foi instituído

por meio da Lei Estadual nº 13.787 de 8 de junho de 2009, entendendo-se por

unidade de conservação - UC o “espaço territorial e seus recursos ambientais,

incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,

legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e

limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam

garantias adequadas de proteção”. Dentre seus objetivos, destacam-se:

Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de

ecossistemas naturais estaduais;

Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza

no processo de desenvolvimento sustentável estadual;

Proteger, no âmbito estadual, as características relevantes de natureza

geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e,

quando couber, histórica e cultural;

Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;

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Ampliar a representatividade dos ecossistemas estaduais em áreas

protegidas por Unidades de Conservação;

Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,

estudos e monitoramento ambiental;

Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a

recreação em contato com a natureza e o ecoturismo;

Priorizar os ecossistemas que se encontrem mais ameaçados de alteração,

degradação ou extinção.

As unidades de conservação – UCs integrantes do Sistema Estadual de

Unidades de Conservação – SEUC dividem-se em dois grupos, com

características específicas:

Unidade de Proteção Integral – Com o objetivo básico de

preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos

seus recursos naturais.

Unidade de Uso Sustentável – Com o objetivo básico de

compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável

de parcela de seus recursos naturais.

As categorias de manejo das UCs do grupo de Proteção Integral são:

Reserva Biológica – REBIO,

Estação Ecológica – ESEC,

Parque Estadual – PE,

Monumento Natural – MONA, e

Refúgio de Vida Silvestre – RVS.

As categorias de manejo das UCs do grupo de Uso Sustentável são:

Área de Proteção Ambiental – APA,

Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE,

Reserva de Fauna,

Floresta Estadual – FLOE,

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Reserva Extrativista – RESEX,

Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS,

Reserva de Floresta Urbana – FURB, e

Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN.

O Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC define

categorias de UCs de Proteção Integral e de Uso Sustentável. A definição de

uma categoria de manejo deve estar relacionada aos objetivos de conservação

que se deseja alcançar para uma determinada área, considerando para isso

além da significância ecológica da sua fauna e flora, os atributos naturais e

inserção no contexto nacional e regional. A criação da Unidade de

Conservação na costa pernambucana além de aumentar a representatividade

de proteção dos ambientes estuarinos e marinhos de água rasa, legalmente

protegidos no Estado de Pernambuco, deve compatibilizar a conservação da

biodiversidade com o uso sustentável dos recursos naturais.

Tendo em vista que a área proposta para criação da Unidade de

Conservação abrange uma região onde já estão consolidados diversos uso,

tais como pesqueiros, turísticos e de lazer, entende-se que a categoria da

presente Unidade de Conservação deva ser de USO SUSTENTÁVEL a fim de

garantir o USO DIRETO dos recursos naturais. O uso direto é definido como

aquele no qual a obtenção de serviços e benefícios da natureza pelo homem

se dá com apropriação e/ou consumo dos recursos naturais, e não é permitido

nas Unidades de Conservação de proteção integral.

Dentre as categorias de Uso Sustentável, a que se mostrou mais

adequada a presente proposta foi a APA – Área de Proteção Ambiental. A APA

é uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de

atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes

para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como

objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de

ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

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O principal objetivo desta Unidade de Conservação será promover o

ordenamento das atividades e usos através de seu zoneamento, assim como

propor medidas mitigadoras para as pressões antrópicas que causam

degradação ambiental e consequentemente criar mecanismos para garantir a

conservarão da biodiversidade.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com essa proposta pretende-se embasar o projeto de criação da APA

Marinha Pernambuco, Unidade de Conservação de uso sustentável, com

aproximadamente 148.000ha, englobando áreas estuarinas e marinha de

águas rasas da zona costeira do Estado de Pernambuco, incluindo dentro de

seus limites os principais estuários pernambucanos, recifes artificiais, arenitos

de praia e recifes de coral, onde está inserida grande parte da biodiversidade

associada aos ambientes costeiros.

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8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ASSIS, H. M.B.; Influência da hidrodinâmica das ondas no zoneamento

litorâneo e na faixa costeira emersa, entre Olinda e Porto de Galinhas,

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IPEN/USP; São Paulo/SP; 2010.

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23

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Ação Nacional para a conservação dos Sirênios: Peixe-boi da amazônia

(Trichechus inunguis) e Peixe-boi marinho (Trichechus manatus); ICMBio,

p.80, Brasília/DF, 2011.

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preservação do mero (Epinephelus itajara Lichtenstein, 1822); Revista de

Gestão Costeira Integrada, 8(2):203-219, 2008.

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9. ANEXO