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PRESSUPOSTOS D DE V VALIDAÇÃO D DE U UM Q QUESTIONÁRIO DE A AVALIAÇÃO P PSICOSSOCIAL técnico RESUMO Este estudo tem por objectivo ve- rificar a possibilidade de validação de um questionário sobre os com- portamentos do treinador. Vários estudos, mostram que os atletas se modificam devido às acções dos seus treinadores, mas revelam também, que os treinado- res podem ser influenciados pelas relações que estabelecem com os seus atletas. Assim, numa equipa desportiva, os estados emocionais e as acções do treinador influenciam a satisfação dos atletas e, portanto, o seu desempenho (Duarte, 2004). Participaram neste estudo 140 in- divíduos (n=140) de ambos os sexos, praticantes de modalidades despor- tivas colectivas. Partindo do estudo de Chelladurai (1984) citado por Cruz & Gomes (1996), elaboramos um questionário, onde foram dividi- dos os comportamentos do treina- dor em diferentes itens. Após a aplicação dos questionários, realizámos uma análise factorial exploratória de maneira a agrupar os vários itens em relação aos fac- tores que constituem o constructo. Os resultados demonstram uma va- lidade aparente pois obtivemos um KMO e um teste de esfericidade de Barllett de 0,805, para um X 2 =1203,979 com 153 0 de liber- dade, sendo este valor suficiente para a análise das componentes principais. Contudo, perante os resultados da análise das componentes principais, verificámos que as questões não estão correctamente agrupadas pelo que a validação não é exequível. ABSTRACT This aim of this study is to verify the possibility of validation of a ques- tionnaire of the coach behaviors. Some studies shows that the ath- letes modifing himself due to the coach behaviors, but also shows, that the coach can be influenced by the relations that establish with his athletes. Thus, in one sport team, the emotional states and the coachs behaviors influence the satisfaction of the athletes and, therefore, its performance (Duarte, 2004). 140 subjects (n=140) of both sex, practitioners of collective sports, had participated in this study. Considering the study of Chelladurai (1984) cited by Cruz & Gomes (1996), we elaborate a questionnai- re, where the coach behaviors had been divided in different itens. After the application of the ques- tionnaires, we achieved one explo- ratory factor analysis in way to group the several itens in relation to the factors that constitute the contents. The results shows an apparent validity because we got a KMO and a Barllett’s Test of Sphericity of 0,805 for a X 2 =1203,979 with 153 0 of freedom, being this value enough for the analysis of the main components. However, before the results of the analysis of the main components, we verified that the questions are not well grouped, wherefore the validation is not executable. AUTORES Francisco Gonçalves 1 Paulo Mourão 2 1 Licenciado e Doutorando em Educação Física e Desporto pela Universidade de Trás- -os-Montes e Alto Douro 2 Licenciado em Educação Física pelo ISMAI e Mestre em Ciências do Desporto pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro PRESSUPOSTOS D DE V VALIDAÇÃO DE U UM Q QUESTIONÁRIO D DE AVALIAÇÃO P PSICOSSOCIAL 4(4): 3 39-50 P PA AL LA AV VR RA AS S- -C CH HA AV VE E análise factorial exploratória; constructo; comportamentos treinador. K KE EY YW WO OR RD DS S exploratory factor analysis; contents; coach behavior. data de submissão A Ab br ri il l 2 20 00 07 7 data de aceitação J Ju un nh ho o 2 20 00 07 7

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PRESSUPOSTOS DDE VVALIDAÇÃO DDE UUM QQUESTIONÁRIO DE AAVALIAÇÃO PPSICOSSOCIAL

técnico

RESUMOEste estudo tem por objectivo ve-rificar a possibilidade de validaçãode um questionário sobre os com-portamentos do treinador. Vários estudos, mostram que osatletas se modificam devido àsacções dos seus treinadores, masrevelam também, que os treinado-res podem ser influenciados pelasrelações que estabelecem com osseus atletas. Assim, numa equipadesportiva, os estados emocionais eas acções do treinador influenciama satisfação dos atletas e, portanto,o seu desempenho (Duarte, 2004).Participaram neste estudo 140 in-divíduos (n=140) de ambos os sexos,praticantes de modalidades despor-tivas colectivas. Partindo do estudode Chelladurai (1984) citado porCruz & Gomes (1996), elaboramosum questionário, onde foram dividi-dos os comportamentos do treina-dor em diferentes itens.Após a aplicação dos questionários,realizámos uma análise factorialexploratória de maneira a agruparos vários itens em relação aos fac-tores que constituem o constructo.Os resultados demonstram uma va-lidade aparente pois obtivemos umKMO e um teste de esfericidade de Barllett de 0,805, para umX2=1203,979 com 1530 de liber-dade, sendo este valor suficientepara a análise das componentesprincipais.Contudo, perante os resultados daanálise das componentes principais,verificámos que as questões nãoestão correctamente agrupadaspelo que a validação não é exequível.

ABSTRACTThis aim of this study is to verify thepossibility of validation of a ques-tionnaire of the coach behaviors.

Some studies shows that the ath-letes modifing himself due to thecoach behaviors, but also shows,that the coach can be influenced bythe relations that establish with hisathletes. Thus, in one sport team,the emotional states and the coachsbehaviors influence the satisfactionof the athletes and, therefore, itsperformance (Duarte, 2004).

140 subjects (n=140) of both sex,practitioners of collective sports,had participated in this study.

Considering the study of Chelladurai(1984) cited by Cruz & Gomes(1996), we elaborate a questionnai-re, where the coach behaviors hadbeen divided in different itens.

After the application of the ques-tionnaires, we achieved one explo-ratory factor analysis in way to groupthe several itens in relation to thefactors that constitute the contents.

The results shows an apparentvalidity because we got a KMO anda Barllett’s Test of Sphericity of 0,805 for a X2=1203,979 with1530 of freedom, being this valueenough for the analysis of the maincomponents.

However, before the results of theanalysis of the main components,we verified that the questions arenot well grouped, wherefore thevalidation is not executable.

AUTORESFrancisco Gonçalves1

Paulo Mourão2

1 Licenciado e Doutorando em EducaçãoFísica e Desporto pela Universidade de Trás--os-Montes e Alto Douro

2 Licenciado em Educação Física pelo ISMAI e Mestre em Ciências do Desporto pelaUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

PRESSUPOSTOS DDE VVALIDAÇÃO DE UUM QQUESTIONÁRIO DDE AVALIAÇÃO PPSICOSSOCIAL4(4): 339-50

PPAALLAAVVRRAASS--CCHHAAVVEEanálise factorial exploratória;constructo; comportamentostreinador.

KKEEYYWWOORRDDSSexploratory factor analysis;contents; coach behavior.

data de submissãoAAbbrriill 22000077

data de aceitaçãoJJuunnhhoo 22000077

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1. INTRODUÇÃO

A avaliação permite um diagnósti-co efectivo do desempenho dosalunos ou atletas, de modo a quepossamos direccionar os proces-sos de treino e de ensino conformeas necessidades de cada um. ODesporto e a Actividade Física têm,entre outros, o objectivo de ofere-cer aos seus praticantes a oportu-nidade de vivências das mais di-versas manifestações corporais eintelectuais (Etchepare & Pereira,2004).Tendo em consideração estesaspectos, torna-se fundamental e muito importante a existência de instrumentos validados para aavaliação em diversos campos noâmbito desportivo. É neste sentido,que se realiza o presente trabalho,ou seja, no âmbito da disciplina deAvaliação Psicossocial, inserida noMestrado em Avaliação nas Activi-dades Físicas e Desportivas - Uni-versidade de Trás-os-Montes e AltoDouro, onde nos foi proposto queelaborássemos um sistema deavaliação original que pudesse serfuturamente validado.Desta forma, com o nosso trabalhoprocuramos cumprir os requisitosde construção e validação de umquestionário de avaliação Psicos-social no contexto desportivo.Dada a importância do papel dostreinadores no processo de treinoe dada a necessidade de saber ecompreender as preferências dosatletas relativamente aos compor-tamentos do treinador, optamospor enveredar pelo tema central daLiderança no contexto desportivo.Desta forma, efectuamos um ques-tionário com o intuito de conhecerque comportamentos os atletaspreferem da parte do treinadorpara podermos ficar com um ins-trumento que permita dar a conhe-cer aos treinadores os compor-

tamentos de liderança preferidospelos seus atletas contribuindoassim para um bom funcionamentoda relação treinador-atleta.

Assim, numa primeira parte donosso trabalho procuramos exporalguns conceitos fundamentais rela-cionados com a liderança no con-texto desportivo. Seguidamenteapresentamos os pressupostosmetodológicos que tivemos de cum-prir e que são necessários para aelaboração do questionário, termi-nando com a apresentação, discus-são e conclusões dos resultadosdemonstrados através da análisefactorial exploratória.

2. ENQUADRAMENTOTEÓRICO

“Em nenhum outro domínio oucontexto que não seja o desporto,

encontramos tantos indivíduos,desde crianças, jovens e adultos,

que de forma voluntária aceitam aautoridade de uma pessoa, neste

particular, do seu treinador” (Frias, 2000, p.4).

Foram diversos os conceitos deliderança que encontramos naliteratura sendo varios os autoresque se debruçaram sobre a defi-nição deste conceito, no entanto, a definição mais consensual e fre-quentemente citada é a de Barrow(1977) o qual definiu genericamen-te liderança como um processocomportamental que visa influen-ciar indivíduos e grupos, tendo emvista objectivos estabelecidos. Fo-ram vários os autores que salienta-ram esta definição (Chelladurai,1984; Cruz & Gomes, 1996; Horn,1992; Penedo, 2000; Serpa, 1990;Weinberg & Gould, 1995; Pires etal, 1999).

As abordagens teóricas iniciais aoestudo da liderança surgiram emcontextos exteriores ao desporto edesignavam-se por abordagem tipo“traço” porque pretendiam estudaras características ou traços dapersonalidade que eram comunsaos grandes líderes (Duarte, 2004)e abordagem comportamental (da-do preocupar-se com as descober-tas dos comportamentos dominan-tes e predominantes dos lídereseficazes (Weinberg & Gould, 1995).

Mais tarde, já na década de 70,originaram-se várias teorias situa-cionais e interaccionais, devido aofracasso das abordagens iniciaisem discriminarem de forma consis-tente a liderança eficaz da ineficaz,assim como a falta de generaliza-ção a diferentes contextos.

O modelo Multidimensional da Lide-rança desenvolvido por Chelladurai(1984, 1990, 1993) é específico e adaptado a contextos desportivose é o mais conhecido e testado pe-los investigadores (Cruz & Gomes,1994).

Segundo Weinberg (1995), estateoria conceptualiza a liderançacomo um processo interactivo,dado ser contingente quer parafactores situacionais, quer para ascaracterísticas do líder/treinadore os membros do grupo (isto é, osatletas). Desta forma, a liderançadesportiva pode variar em funçãodas características dos despor-tistas e das limitações da situação.

A seguinte figura ilustra o modelode Chelladurai e os elementos prin-cipais deste modelo de liderançano desporto (ver figura 1).

Este modelo assenta na premissade que a eficácia da liderança éespecífica ao contexto, isto é, oscomportamentos do líder variamem função dos atletas e do con-texto particular em que se desen-volve a actividade.

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio

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Como podemos observar pela fi-gura 1 este modelo identifica comodimensões vitais da liderança olíder e as suas características (per-sonalidade, experiência, conheci-mentos), os subordinados (idade,sexo, habilidade, experiência namodalidade) e o contexto (situa-ções, estrutura e filosofia do clube,da equipa, etc.) (Duarte, 2004).

Por vezes é estabelecida uma re-lação entre a satisfação dos des-portistas e o estilo de liderançautilizado pelo treinador. Assim, porexemplo, demonstrou-se que osatletas ficam mais satisfeitos comos seus treinadores quando estesdemonstram comportamentos dereforço positivo, apoio social, trei-no e instrução e comportamentodemocrático por esta ordem. Poroutro lado existe menor satisfaçãonos atletas quando os treinadoresexibem comportamentos autocrá-ticos (Duarte, 2004).

De um modo geral, os estudos rea-lizados apontam para comporta-mentos de treino-instrução e dereforço como sendo os preferidospelos atletas. Relativamente à pre-ferência dos atletas sobre o estilode decisão, os comportamentosautocráticos são, de um modo ge-ral, os menos desejados como refe-rem Chelladurai (1984) e Terry &Howe, (1984).

No entanto, e com base na litera-tura, o que se conclui é que os líde-res que obtêm melhores resulta-dos no nível da satisfação e dorendimento não utilizam apenasum estilo de liderança. Recorrem,no mesmo dia ou na mesma se-mana, a vários estilos diferentes,em função das necessidades dasituação e do grupo com que estãoa interagir, ordenando a utilizaçãode cada um deles, e mudando deum estilo para outro sempre quefor necessário (Duarte, 2004).

Os resultados obtidos pelos atletasde uma equipa reflectem muitasdas vezes o investimento efectuadopor parte dos treinadores na mes-ma daí que se torne fundamental a relação e cooperação entre otreinador e atleta (Serpa, 1996).

Segundo Terry (1996), o modo maissimples de compreender o treino é observar a interacção entre otreinador, os atletas e a situação. A compatibilidade entre estas trêsvirtudes vão determinar o êxito. Aexperiência, a performance e acoesão de grupos também vão serdeterminantes para o grupo.

3. METODOLOGIA

33..11.. AAmmoossttrraa A população abordada no presenteestudo é constituída por 140 indi-víduos (N = 140), todos praticantesde modalidades colectivas, e oriun-dos da Região Norte do País.

Os nossos questionários foram apli-cados em dois escalões diferentes,um dos 12 aos 15 anos (N = 58) e

outro dos 18 aos 26 anos (N =82), em ambos os sexos (feminino,N = 79; masculino, N = 61).

A escolha por estas idades deveu-se ao facto de, em estudos ante-riores, já terem sido identificadasdiferenças entre sexos e faixasetárias no que diz respeito aoscomportamentos do treinador.

Segundo Cruz & Gomes (1996) àmedida que os atletas vão envelhe-cendo e adquirindo mais experiên-cia, aumentam as suas preferênciaspor comportamentos autocráticose aumenta também o desejo e anecessidade de apoio social porparte do treinador.

Segundo Serpa (1990), os atletasmasculinos valorizam mais os com-portamentos autocráticos e os detreino-instrução em detrimento dosdemocráticos. Por sua vez, os atle-tas do sexo feminino preferem com-portamentos democráticos.

O quadro que se segue resume as ca-racterísticas gerais da nossa amostra.

33..22.. EEllaabboorraaççããoo ddoo QQuueessttiioonnáárriiooAntes de partirmos para a elabo-ração do questionário, debruçamo--nos sobre alguma da literatura

RReevviissttaa ddee DDeessppoorrttoo ee SSaaúúddee

da Fundação Técnica e Científica do Desporto

Característicasdas situações

ANTECEDENTES

Característicasdo líder

Característicasdos membros

Comportamentorequerido

COMPORTAMENTOS DO LÍDER CONSEQUÊNCIAS

Comportamentoactual

RReennddiimmeennttooSSaattiissffaaççããoo

Comportamentopreferido

FFIIGGUURRAA1Modelo Multidimensional de Liderança (adaptado de Chelladurai, 1993).

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existente sobre a liderança emcontextos desportivos para que,com base na teoria elaborar pu-déssemos elaborar um questionárioque fosse de encontro aos nossosobjectivos.

Assim, dado que nos interessavaanalisar os comportamentos dotreinador, um dos estudos que nosdespertou bastante interesse foi o

de Chelladurai (1984) citado porCruz e Gomes (1996), uma vez queassenta em dimensões da Escalada Liderança no Desporto onde oscomportamentos do treinador es-tão divididos em cinco dimensões.Após uma leitura cuidada desteartigo resolvemos acrescentar aestas cinco dimensões uma sexta,comportamento premissivo, onde o

treinador deixa fazer tudo o que osatletas quiserem intervindo poucono processo de treino (Martens,1990), uma vez que achamos quenestas cinco dimensões não estãodescritos estes comportamentosque são muitas vezes adoptamospelo treinador e interferem muitasvezes no processo de treino/ensino.

Posto isto, e com base na des-crição feita por Chelladurai (1984)citado por Cruz e Gomes (1996)dividimos cada um destes compor-tamentos em três itens comopodemos observar pelo seguintequadro (ver quadro 2).

Seguidamente, e aquando da ela-boração do questionário, os itensforam ordenados de forma alea-tória como podemos observar noquestionário elaborado, que é apre-sentado de seguida.

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio

N

61

%

43,6

Masculino

N

79

%

56,4

Feminino

Género

DDEESSCCRRIIÇÇÃÃOO DDAA AAMMOOSSTTRRAA (N = 140)

N

58

%

41,4

dos 12 aos 15

N

82

%

58,6

dos 18 aos 26

Idade

QQUUAADDRROO1Descrição da amostra.

Democrático

CCoommppoorrttaammeennttooss

O treinador permite que os atletas participem na elaboração dos objectivos.

O treinador permite que os atletas escolham o capitão de equipa.

O treinador partilha a opinião com os atletas.

CCaarraacctteerrííssttiiccaass

QQUUAADDRROO2Itens referentes a cada comportamento.

AutocráticoO treinador dá preferência à sua autoridade pessoal.

O treinador elabora os objectivos da equipa de forma individual.

O treinador elege o capitão de equipa.

Apoio Social

Recompensador

O treinador preocupa-se com o bem-estar dos atletas.

O treinador cria um clima positivo na equipa.

O treinador tem boa relação inter-pessoal com os atletas.

O treinador só dá feedbacks positivos.

O treinador recompensa os atletas após um bom comportamento.

O treinador incentiva frequentemente os atletas.

Instrução e TreinoO treinador limita-se a ensinar a componente técnica e táctica da modalidade.

O treinador clarifica a relação entre os atletas.

O treinador transforma o treino árduo em fácil.

PremissivoO treinador deixa que os atletas façam o que eles quiserem.

O treinador interfere pouco no processo de treino.

O treinador permite que todos participem no processo de treino

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33..33.. QQuueessttiioonnáárriioo PPrroopprriiaammeennttee DDiittoo

RReevviissttaa ddee DDeessppoorrttoo ee SSaaúúddee

da Fundação Técnica e Científica do Desporto

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Mestrado em Avaliação nas Actividades Físicas e DesportivasQQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO SSOOBBRREE OOSS CCOOMMPPOORRTTAAMMEENNTTOOSS DDOO TTRREEIINNAADDOORR

Idade: ________ Sexo: M____ F_____ Modalidade que pratica ______________

Escalão_______________ Anos de Prática ___________

Neste questionário, pedimos-lhe que indique a sua opinião acerca dos comportamentos queconsidera mais importantes que um treinador apresente.

Não há respostas certas ou erradas. O que realmente importa é que indique o que pensa comsinceridade. Para cada uma das situações abaixo descritas, coloque um círculo em redor donúmero que melhor reflectir a sua opinião: 1- Discordo Completamente; 2- Discordo; 3- NemDiscordo, Nem Concordo; 4- Concordo; 5- Concordo Completamente.

1- O treinador permite que os atletas participem na elaboração dos objectivos. 1 2 3 4 5

Quais os comportamentos do treinador que consideras mais importantes?

2- O treinador elege o capitão da equipa. 1 2 3 4 5

3- O treinador preocupa-se com o bem-estar dos atletas. 1 2 3 4 5

4- O treinador recompensa os atletas após um bom comportamento. 1 2 3 4 5

5- O treinador clarifica a relação entre os atletas. 1 2 3 4 5

6- O treinador interfere pouco no processo de treino. 1 2 3 4 5

7- O treinador permite que os atletas escolham o capitão de equipa. 1 2 3 4 5

8- O treinador dá preferência à sua autoridade pessoal. 1 2 3 4 5

9- O treinador cria um clima positivo na equipa. 1 2 3 4 5

10- O treinador só dá feedbacks positivos. 1 2 3 4 5

11- O treinador limita-se a ensinar a componente técnica e táctica da modalidade. 1 2 3 4 5

12- O treinador deixa que os atletas façam o que eles quiserem. 1 2 3 4 5

13- O treinador partilha a sua opinião com os atletas. 1 2 3 4 5

14- O treinador elabora os objectivos da equipa de forma individual. 1 2 3 4 5

15- O treinador tem boa relação interpessoal com os atletas. 1 2 3 4 5

16- O treinador incentiva frequentemente os atletas. 1 2 3 4 5

17- O treinador transforma o treino árduo em fácil. 1 2 3 4 5

18- O treinador permite que todos participem no processo de treino. 1 2 3 4 5

Obrigado pela colaboração!

DiscordoCompletamente

ConcordoCompletamente

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33..44.. DDeeffiinniiççããoo ddoo CCoonntteexxttoo ddeeAApplliiccaaççããoo ddoo QQuueessttiioonnáárriioo

Dado que todos teríamos opor-tunidade de aplicar questionáriosem equipas diferentes, e dada anecessidade de uniformizarmos osprocedimentos aquando da aplica-ção dos mesmos, foram estabe-lecidos alguns passos a cumprircomuns a todos antes da aplicaçãodo nosso questionário.

Assim, antes da aplicação do ques-tionário foi pedida autorização aoresponsável de cada equipa parapodermos aplicar os questionáriosaos jogadores e foram dados aconhecer ao mesmo os objectivosque pretendíamos com o mesmo.

Foi pedido ao treinador que osquestionários fossem aplicadosantes do treino semanal para quehouvesse maior concentração nopreenchimento do mesmo, uma vezque, os atletas, no final do treino,saem fatigados e com vontade dese despacharem para tomar banho.

Para além dos questionários, foramfornecidos aos atletas cadernos ecanetas para que os mesmos pu-dessem responder ao mesmo tempoe em igualdade de circunstância.

Os questionários foram aplicadosquinze (15) minutos antes do iníciodo treino no próprio pavilhão umavez que as condições de iluminaçãosão normalmente, melhores que asdo balneário. Foi assegurado quedurante o preenchimento dos ques-tionários não decorriam treinos.

De forma a evitar uma leitura erra-da das instruções referentes aopreenchimento do teste e permitiruma conduta mais natural e infor-mal durante a aplicação do mesmo,cada investigador teve de familia-rizar-se antecipadamente com asinstruções do teste.

Foram esclarecidas ainda algumasdúvidas relativamente ao preenchi-mento do mesmo.

Dada a importância do treinador edos comportamentos do mesmopara os atletas, pareceu-nos bas-tante importante, antes de lhes en-tregarmos os questionários, apre-sentar e expor o objectivo da apli-cação, tentando motivar e despertaro interesse dos atletas, levando auma resposta sincera dos mesmos.

33..55.. PPrroocceeddiimmeennttooss EEssttaattííssttiiccoossCom a análise factorial exploratóriapartimos de um conjunto inicial detraços psicológicos, tentando verifi-car um conjunto menor de variáveishipotéticas (factores), com o intuitode simplificar as ideias chave doselementos. Devemos, assim, agru-par os vários itens em relação aosfactores que constituem o cons-tructo. A análise exploratória deveser parcimónia, ou seja ser o maissimples e curta possível, para que ainformação daí proveniente possaser mais facilmente analisada.

Após a definição das variáveis, inde-pendentes (idade e género) e dasdependentes (18 característicascomportamentais), procedemos àintrodução e edição de dados, eposterior análise exploratória.

Para a análise exploratória é, fun-damental seguirmos um conjuntode passos determinantes, para avalidação dos questionários:

1. Selecção das variáveis para aná-lise (q1 a q18);

2. De seguida realizámos uma aná-lise factorial descritiva, onde selec-cionamos a opção Initial Solution,com o intuito de apresentarmos acomunalidades, os valores própriose a percentagem de variância expli-cada. Selecionamos ainda o testeKMO (Kaiser-Meyer-Olkin) e o deesfericidade de Bartlett de modo a saber se a aplicação da análisefactorial tem validade para as va-riáveis escolhidas;

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio

FFIIGGUURRAA2 Análise factorial. FFIIGGUURRAA4 Extracção de Factores.

FFIIGGUURRAA3 Teste KMO e de Bartlett.

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3. Na escolha de extracção dos fac-tores, optámos pelo método dascomponentes principais e a análiseda matriz de correlação, para valo-res próprios (eigenvalues) superio-res a 1;

4. Para transformar, os coeficientesdas componentes principais emestruturas simplificadas, procede-mos à rotação. O objectivo é dividiro conjunto inicial de variáveis emsubconjuntos com maior grau deindependência possível. A utilizaçãodo método Varimax para relaçõesortogonais deve-se ao facto de que-rermos que para cada componenteprincipal existam apenas algunspesos significativos e que todos osoutros sejam próximos de zero;

6. Para terminar, seleccionados Op-tions, de modo a escolher a formacomo os Missing são tratados e demodo a controlar o aspecto dasmatrizes finais.

4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

44..11.. VVaalliiddaaddee ddaa AAnnáálliissee FFaaccttoorriiaall

RReevviissttaa ddee DDeessppoorrttoo ee SSaaúúddee

da Fundação Técnica e Científica do Desporto

FFIIGGUURRAA5 Rotação.

5. De seguida, recorremos aos Fac-tor Scores e escolhemos o métodoatravés do qual são calculados osScores para cada caso. Estes Sco-res dão o valor das componentespara cada indivíduo;

FFIIGGUURRAA6 Factor Scores.

FFIIGGUURRAA7 Opções de análise.

NOTA

Eventualmente, no final deste pro-cesso, podemos especificar o nú-mero de factores pretendidos, ou ovalor próprio de eigenvalues, acimado qual se obtêm os factores. Nonosso caso, seleccionamos 6 fac-tores: democrático, autocrático, deapoio social, recompensador, deinstrução e treino e permissivo.

33..66.. LLiimmiittaaççõõeess ddoo EEssttuuddooUma das limitações do nosso es-tudo diz respeito ao tamanho daamostra, dado que, para o númerode itens que o teste possui e o fac-to de poder querermos aplicá-lo emambos os géneros a amostra deve-ria ser mais abrangente (cerca de200 indivíduos).

Outra limitação refere-se ao factode não terem sido controlados osprecedentes relativos à aplicaçãodo teste. Este aspecto assumegrande importância dado que, ascaracterísticas situacionais a quetiveram expostos antes da aplica-ção do teste, podem influenciar asrespostas dadas pelos atletas.

QQUUAADDRROO3KMO e de Bartlett’s Test.

Kaiser-Meyer-

Olkin Measure

of Sampling

Adequacy

,805

Bartlett’s Test

of Sphericity

Approx. Chi-Square

df

Sig.

1203,979

153

,000

O teste de KMO obteve um valor de0,805, o que indica que a análisedas componentes principais é boa,pelo que podemos utilizar a análisedas componentes principais. O tes-te da esfericidade de Bartlett, dáum valor de X2=1203,979; com153 graus de liberdade. Este resul-tado permite verificar que as variá-veis são correlacionáveis.

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Através dos métodos utilizadospara a extracção dos factores, ob-tivemos 5 componentes, pois sãoapenas 5 que apresentam umvalor próprio superior a 1. As 5componentes explicam mais de68% da variância dos dados iniciais.

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio

44..22.. EExxttrraaccççããoo ddooss FFaaccttoorreess

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

Componentes

5,642

3,066

1,376

1,143

1,028

,871

,802

,712

,572

,532

,404

,393

,337

,291

,277

,225

,170

,158

Total

31,343

17,033

7,647

6,348

5,714

4,836

4,456

3,958

3,179

2,955

2,245

2,185

1,873

1,614

1,542

1,250

,942

,880

% Variância

31,343

48,376

56,023

62,371

68,085

72,921

77,377

81,336

84,514

87,469

89,714

91,899

93,772

95,386

96,928

98,178

99,120

100,000

% Cumulativa

VVaalloorreess pprróópprriiooss iinniicciiaaiiss

5,642

3,066

1,376

1,143

1,028

Total

31,343

17,033

7,647

6,348

5,714

% Variância

31,343

48,376

56,023

62,371

68,085

% Cumulativa

EExxttrraaccttiioonn SSuummss ooff SSqquuaarreedd LLooaaddiinnggss

QQUUAADDRROO4Extracção dos Factores.

FFIIGGUURRAA8Extracção dos Factores.

1

2

3

4

5

6

0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

EIG

EN

VA

LUE

COMPONENTE NUMBER

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t

Através da análise dos valores dacomponente matriz e da compo-nente matriz rodada, verificamosque as características correspon-dentes à “q1”, “q5”, “q6”, “q7” e“q14”, cuja interpretação não eraclara na primeira tabela (compo-nente matriz), surge-nos agorafiltrado na tabela com os valoresreferentes à rotação.

Quando um item tiver valores emdois ou mais factores, se a dife-rença entre os valores for superiora 0,15 seleccionamos o factor como valor mais elevado. Se assim nãofor elimina-se o item.

RReevviissttaa ddee DDeessppoorrttoo ee SSaaúúddee

da Fundação Técnica e Científica do Desporto

44..33.. AAnnáálliissee ddaass CCoommppoonneenntteess pprriinncciippaaiiss

Q3

Q9

Q15

Q13

Q16

Q18

Q1

Q17

Q4

Q8

Q12

Q2

Q6

Q7

Q10

Q11

Q14

Q5

,820

,819

,775

,762

,739

,687

,630

,610

,532

-,525

,455

Componente 1

,476

-,730

,642

-,627

-,569

-,555

,456

Componente 2

,468

,406

,409

-,489

Componente 3

,679

-,408

Componente 4

,593

,472

Componente 5

CCoommppoonneenntteess

QQUUAADDRROO5Análise das Componentes principais.

Q15

Q9

Q3

Q17

Q13

Q18

Q1

Q16

Q7

Q2

Q8

Q10

Q12

Q6

Q4

Q11

Q5

Q14

,836

,819

,801

,752

,745

,741

,618

,586

,428

Componente 1

,439

,886

-,859

-,544

,519

Componente 2

,409

,737

,733

,598

Componente 3

-,820

,678

Componente 4

,454

,833

Componente 5

CCoommppoonneenntteess

QQUUAADDRROO6Análise das Componentes principais, após rotação.

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Na elaboração do nosso questio-nário, com base na teoria analisa-da, agrupamos os itens em estudoem seis factores. Quando procede-mos à análise estatística, o soft-ware utilizado agrupou-os em cincofactores. No entanto, e com basenos pressupostos analisados, que-ríamos saber qual seria o melhoragrupamento dos itens segundo aideia inicial dos seis factorespreviamente seleccionados para onosso questionário. Deste modo,procedemos à rotação dos dados,seleccionando no método de ex-tracção dos factores, pela análisedas componentes principais, 6 fac-tores para posterior agrupamentodos itens.

Após uma análise cuidada do agru-pamento dos itens em 6 factores,deparámo-nos com uma divisãoque não corresponde à elaboradapor nós inicialmente. A distribuiçãodas perguntas (itens) por cadacomportamento (factor), efectuadano questionário por nós construí-do, ocorreu de acordo com o apre-sentado de seguida (ver quadro 8).

Por outro lado, ao ser efectuada aanálise factorial exploratória paraos 6 factores deparamo-nos com oseguinte agrupamento, que nãoestá de acordo com o definido pornós (ver quadro 9).

Segundo a análise do agrupamentoefectuado pelo programa estatís-tico (ver quadro 7), podemos ve-rificar que a questão 16 (q16), foiagrupada em dois factores. Noentanto, como a diferença entreambos é inferior a 0,15 este itemdeverá ser eliminado.

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio

44..44.. CCoommppoonneennttee mmaattrriizz rrooddaaddaa,, ppaarraa ooss 66 ffaaccttoorreess ddeeffiinniiddooss ppaarraa oo nnoossssoo qquueessttiioonnáárriioo

Q15

Q9

Q3

Q13

Q17

Q18

Q16

Q1

Q7

Q2

Q6

Q4

Q12

Q14

Q8

Q11

Q5

Q10

,848

,830

,802

,752

,747

,737

,594

,594

,427

Comp. 1

,461

,875

-,867

-,495

,428

Comp. 2

,727

,700

,695

Comp. 3

-,485

,805

,544

Comp. 4

,865

-,435

Comp. 5

,664

,612

Comp. 6

CCoommppoonneenntteess

QQUUAADDRROO7Análise das Componentes principais, após o método de rotação para os 6 factores do questionário.

q1, q7, q13

DDeemmooccrrááttiiccoo(Factor 1)

q2, q8, q14

AAuuttooccrrááttiiccoo(Factor 2)

q3, q9, q15

AAppooiioo SSoocciiaall(Factor 3)

q4, q10, q16

RReeccoommppeennssaaddoorr(Factor 4)

q5, q11, q17

IInnssttrruuççããoo////TTrreeiinnoo

(Factor 5)

q6, q12, q18

PPeerrmmiissssiivvoo(Factor 6)

QQUUAADDRROO8Agrupamento dos itens em 6 factores, no nosso questionário.

q1, q3, q9,

q13, q15,

q17, q18

DDeemmooccrrááttiiccoo(Factor 1)

q2, q7

AAuuttooccrrááttiiccoo(Factor 2)

q4, q6, q12

AAppooiioo SSoocciiaall(Factor 3)

q8, q14

RReeccoommppeennssaaddoorr(Factor 4)

q11

IInnssttrruuççããoo////TTrreeiinnoo

(Factor 5)

q5, q10

PPeerrmmiissssiivvoo(Factor 6)

QQUUAADDRROO9Agrupamento dos itens em 6 factores, através do método de rotação para os 6 factores.

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t

Tendo em consideração todos ospressupostos de construção evalidação de um questionário deavaliação psicossocial no contextodesportivo, pretendemos no decor-rer deste trabalho, verificar se oquestionário por nós elaborado(questionário sobre os comporta-mentos do treinador), reúne condi-ções para posterior validação.A validade de constructo de umteste prende-se com a necessidadedo teste medir, na realidade, ca-racterísticas defendidas pela teoria.Cada constructo é desenvolvidopara explicar e organizar a consis-tência das respostas observadas.Estas relações comportamentais,entre os diversos indivíduos, permi-tem a validação do constructo.Assim, para esta validação serefectuada é preciso haver umaacumulação gradual das informa-ções recolhidas da amostra emcausa.Qualquer comportamento que sejaavaliado tem que ter em linha deconta as informações dadas pelosindivíduos que preenchem o questio-nário. Apenas, com a comparaçãodestas informações com a baseteórica de sustentação ao traba-lho, é que é permitido que a valida-ção do teste seja efectuada comsucesso. (Anastasi & Urbina, 2000).Neste sentido, após a construçãodo questionário, procedemos auma análise factorial exploratória,de onde podemos concluir que opresente questionário não cumpreos requisitos estatísticos necessá-rios para uma posterior validação,uma vez que, o agrupamento deitens efectuado pelo programa nãocorresponde ao agrupamento pornós inicialmente efectuado. No

entanto, é importante ressalvar acomplexidade do processo de vali-dação de um questionário, uma vezque, apesar de serem cumpridostodos os processos de validação, o resultado final nem sempre é opretendido.

No nosso caso particular, tal factopode dever-se ao número reduzido(3) de itens que definimos paracada comportamento (factor).

Outra possível justificação para osresultados explicados poderá terorigem numa ambígua formulaçãodas questões em análise, que pode-rão ter duplo significado, alterandoa interpretação das mesmas.

5. CORRESPONDÊNCIA

Francisco Gonçalves

Travessa Comendador Seabra da Silva, n.º 226

3720-297 Oliveira de Azeméis

E-mail: [email protected]@hotmail.com

Tlms: 917 668 858966 833 562

Tlf.: 256 285 335

6. REFERÊNCIAS

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2. Barrow JC (1977). The varia-bles of leadership: a review andconceptual framework. Academy ofManagement Review, 2, 231-251.

3. Bryant FB & Yarnold PR (s.d).Principal-Components Analysis andExploratory and Confirmatory Fac-tor Analysis. In JM Silva & RS Wein-berg (Eds.), Psychological Founda-tions of Sport (pp. 329-339). Cham-paign, Illinois: Human kinetics Books.

4. Chelladurai P (1984). Leadershipin sports. In JM Silva & RS Wein-berg (Eds.), Psychological Founda-tions of Sport (pp. 329-339). Cham-paign, Illinois: Human kinetics Books.

5. Cruz JF & Gomes AR (1996).Liderança de equipas desportivase comportamentos do treinador,Manual de Psicologia do Desporto(pp. 389-408) Braga: Sistemas Hu-manos e Organizacionais.

6. Duarte AM (2004). Promover amelhoria da relação atleta-trei-nador. Treino Desportivo 24, 14-21.

7. Etchepare L & Pereira É (2004).Proposta e validação de um ins-trumento para a avaliação devivências em educação física. Re-vista digital: efdeportes; [on-line],disponível em:http://www.efdeportes.com

8. Fonseca Pedro M, Fonseca An-tónio M (1997). Estilos de lide-rança preferidos e percepcionadosna esgrima de alto nível em Por-tugal: Será a perspectiva dosatletas semelhante à dos seustreinadores? Actas: V Congressode Educação Física e Ciências doDesporto dos Países de LínguaPortuguesa (pp. 431-439).

9. Frias J (2000). Treinos mais efi-cazes - A relação treinador atleta.Training, 2, 4-5.

10. Martens R (1990). SuccessfulCoaching. (2.ª Edição). Editora Lei-sure Press.

RReevviissttaa ddee DDeessppoorrttoo ee SSaaúúddee

da Fundação Técnica e Científica do Desporto

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11. Pires G, Colaço C, Monteiro E &Marcelino J (1999). O triângulo dopoder para uma liderança eficaz.Revista Ludens, 16, (1), 47-67.

12. Serpa S (1990). O treinadorcomo líder - Panorama actual dainvestigação. Revista Ludens, 12,(2), 23-32.

13. Terry P (1996). The psychologyof the coach- athlete relationship.In Bull SJ (Eds), Sport Psychology -A self-help guide (pp. 103-122).

14. Weinberg R & Gould D (1995).Leadership, Foundations of Sportand Exercise Psychology (pp. 203--219). USA: Human Kinetics.

15. Horn TS (1992). LeadershipEffectiveness in the Sport Domain.In Horn, T. S. (Eds), Advances inSport Psychology (pp. 181-199).Champaign, illinois: Human kineticsPublishers.

16. Penedo J (2000). Estudo longi-tudinal de liderança e clima moti-vacional percepcionado por ginas-tas de classes representativas.Tese de mestrado não publicada,Universidade Técnica de Lisboa -Faculdade de Motricidade Humana,Lisboa, Portugal.

investigação técnico original opinião revisão estudo de caso ensaio