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Edital n. 06/2011 COPERPS/UFPA

Mobilidade Acadmica Externa 2011

Universidade Federal do Par

Servio Pblico Federal

16 de outubro de 2011

Benedito Nunes (21 de novembro de 1929 27 de fevereiro de 2011)

REA IV: CINCIAS DAS HUMANIDADES IICincias Sociais; Direito; Filosofia; Educao Fsica; Geografia; Histria; Pedagogia; Psicologia; Servio Social.LEIA COM MUITA ATENO AS INSTRUES SEGUINTES. Este Boletim de Questes contm 40 questes objetivas, sendo 8 questes de Lngua Portuguesa, 8 de Histria, 8 de Geografia, 8 de Filosofia e 8 de Sociologia, mais a Prova de Redao. Confira se, alm deste boletim, voc recebeu o Carto-Resposta, destinado marcao das respostas das questes objetivas, e o Formulrio de Redao, destinado transcrio do texto definitivo da Redao. Verifique se o seu nome e o nmero de sua inscrio conferem com os dados contidos no Carto-Resposta. Em caso de divergncia, notifique imediatamente o fiscal de sala. A marcao do Carto-Resposta e a transcrio do texto definitivo da Redao no Formulrio de Redao devem ser feitas com caneta esferogrfica de tinta preta ou azul. O Formulrio de Redao o nico documento considerado para a correo do texto da Redao. Este boletim deve ser usado apenas como rascunho. O tempo disponvel para esta prova de quatro horas, com incio s 8 horas e trmino s 12 horas, observado o horrio de Belm/PA. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu Carto-Resposta. Os rascunhos e as marcaes assinaladas no Boletim de Questes no sero considerados na avaliao. Edital n. 06/2011 COPERPS

Nome do(a) Candidato(a):

BOLETIM DE QUESTESNmero de Inscrio:Portal UFPA na Web www.ufpa.br Informaes e Notcias sobre este concurso em: www.ceps.ufpa.br

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Edital N. 06/2011

MARQUE A NICA ALTERNATIVA CORRETA NAS QUESTES DE 1 A 40 LNGUA PORTUGUESALeia o texto abaixo para responder s questes de 1 a 8. Desabafo de um bom marido 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Minha esposa e eu sempre andamos de mos dadas. Se eu soltar, ela vai s compras. Ela tem um liquidificador eltrico, uma torradeira eltrica, e uma mquina de fazer po eltrica. Ento ela disse: Ns temos muitos aparelhos, mas no temos lugar pra sentar. Da, comprei pra ela uma cadeira eltrica. Eu me casei com a Sra. Certa. S no sabia que o primeiro nome dela era Sempre. J faz 18 meses que no falo com minha esposa. que no gosto de interromp-la. Mas tenho que admitir, a nossa ltima briga foi culpa minha. Ela perguntou: O que tem na TV? E eu disse Poeira. No comeo Deus criou o mundo e descansou. Ento, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde ento, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso. Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consert-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminho, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em pod-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei. - Quando voc terminar de cortar a grama, eu disse, voc pode tambm varrer a calada. Depois disso no me lembro de mais nada. Os mdicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida. O casamento uma relao entre duas pessoas na qual uma est sempre certa e a outra o maridoLus Fernando VerssimoFonte: www.ocrepusculo.com

1 No texto Desabafo de um bom marido, o narrador satiriza a relao marido e mulher, utilizando alguns recursos expressivos para criar o efeito humorstico que cativa o leitor. Dentre esses recursos destacamos a quebra de expectativa, em que uma afirmao quebra a expectativa criada por uma afirmao anterior. Esse recurso observado no trecho(A) (B) Minha esposa e eu sempre andamos de mos dadas. Se eu soltar, ela vai s compras. Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consert-lo. Mas tenho que admitir, a nossa ltima briga foi culpa minha. No comeo Deus criou o mundo e descansou. Ento, Ele criou o homem e descansou. Os mdicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.

3 A afirmao Eu me casei com a Sra. Certa. S no sabia que o primeiro nome dela era Sempre. (linha 04), leva compreenso de que(A) (B) (C) (D) (E) a esposa sempre fiel ao marido. o marido encontrou a pessoa certa para ele. a esposa acha que sempre tem razo. o marido no compreende a esposa. a esposa sempre dedicada ao marido.

4

(C) (D) (E)

No trecho J faz 18 meses que no falo com minha esposa. que no gosto de interromp-la. (linhas 04 e 05), a situao apresentada de forma exagerada para expressar que (A) (B) (C) (D) (E) a esposa uma pessoa que fala demais. o marido nunca interrompe a fala da esposa. o marido no fala com a esposa h 18 meses. no h dilogo entre marido e mulher. a esposa est ausente h 18 meses.

2 A palavra desabafo, no ttulo do texto, anuncia que o marido(A) (B) (C) (D) (E) analisar o comportamento de um bom marido. atestar a experincia feliz que seu casamento. exaltar o relacionamento entre marido e mulher. falar dos problemas que enfrenta no casamento dar conselhos sobre como ser um bom marido.

5 Ao podar a grama alta com uma tesourinha de costura, a esposa estava(A) (B) (C) (D) (E) tentando aliviar o estresse do dia a dia. limpando o jardim que estava muito sujo. mostrando ao marido como se apara grama. provocando o marido que no consertava o aparador de grama. executando uma tarefa domstica de rotina.

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A resposta do marido pergunta O que tem na TV? (linha 06) causou uma briga entre o casal porque (A) (B) (C) (D) (E) a pergunta feita pela esposa foi ofensiva. o marido no entendeu a pergunta da esposa. a resposta do marido mostrava a indiferena dele em relao esposa. o marido aproveitou a ambiguidade da pergunta para provocar a esposa. a esposa no entendeu a resposta do marido.

HISTRIA

9 Tempo palavra de muitos significados, e em alguns deles empregado como sinnimo de passado, ciclos, durao, eras, fases, momentos ou mesmo histria, o que contribui para o obscurecimento das discusses tericas dos historiadores sobre ele, e acaba confundindo o pblico leitor. (GLEZER, Raquel. Tempo e histria. Cincia e Cultura, 2002). Com base nesse texto e nas diversas noes de tempo, correto afirmar que o tempo histrico (A) um tempo abstrato, baseado em critrios cientficos de natureza experimental que do a noo objetiva da realidade. um tempo vivido e experimentado pelo homem pessoal e coletivamente na construo de sua histria. um tempo baseado na noo de evoluo e progresso das sociedades humanas, sem retrocessos e descontinuidades. um tempo baseado na anlise do passado e em antigos documentos sobre a vida de nossos antepassados. um tempo cclico de eterno retorno, baseado nas lendas e nos mitos formadores das sociedades humanas.

7I II III

Em relao aos trechos abaixo Se eu soltar, ela vai s compras. (linha 01) S no sabia que o primeiro nome dela era Sempre. (linha 04) J faz 18 meses que no falo com minha esposa. (linhas 04 e 05) (D) (B)

(C)

correto afirmar que as palavras se, s e j expressam, respectivamente, (A) (B) (C) (D) (E) tempo, condio e restrio. condio, restrio e tempo. condio, tempo e restrio. restrio, condio, tempo. tempo, restrio e condio.

(E)

8 O texto enfatiza a ideia de que um bom marido aquele que(A) (B) (C) (D) (E) no faz gozao com a esposa. prestativo nas atividades domsticas. faz tudo que a esposa quer. admite que a esposa sempre tem razo. no provoca brigas.

10 O historiador Fernand Braudel realizou um movimento de combinar um estudo da longa durao com o de uma complexa interao entre o meio, a economia, a sociedade, a poltica, a cultura e os acontecimentos. (BURKE, Peter. A Escola dos Annales, (1929 1989): a Revoluo Francesa da Historiografia, 1997). Com base nessa referncia sobre o historiador francs, correto afirmar que Braudel(A) pertenceu a linhagem positivista da Escola do Annales, valorizando a documentao poltica e econmica como explicao da histria. elaborou uma explicao da histria baseada nas diferentes noes de tempo curto, mdio e de longa durao, ou seja, do acontecimento, da conjuntura e da estrutura. foi um historiador marxista que se voltou para a interpretao do meio ambiente articulado com a cultura, em seus estudos sobre as sociedades africanas. participou da criao da Escola dos Annales, em 1929, com os historiadores Marc Bloch e Lucien Febvre, com o interesse de renovar a historiografia. o autor da obra mais importante da historiografia francesa do sculo XX a respeito da Amrica no tempo de Felipe II, da Espanha.

(B)

(C)

(D)

(E)

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11 Sabe-se que em Roma, na Antiguidade, o escravo era inferior por natureza, no importa quem seja e o que faa; isso acompanha uma inferioridade jurdica. (VEYNE, Paul. O Imprio Romano. In: Histria da vida privada, 1989). Considerando-se a ideia em destaque nessa citao, correto afirmar que:(A) A verdadeira natureza da escravido estava diretamente ligada ao trabalho manual do escravo, seja ele qual fosse. A humanidade e a natureza do escravo estavam definidas principalmente por sua inferioridade em relao aos outros povos no romanos. A inferioridade do escravo tornava a escravido romana uma realidade social e jurdica incontestvel. A evidncia da escravido no estava associada ao trabalho desempenhado por um escravo ou por um homem livre. A escravido romana era diferente em cada regio do Imprio, dependendo da relao e do domnio estabelecido pelo senhor em relao a seu escravo.

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Leia a seguir um trecho da Carta ao Rei D. Joo IV em 1654, escrita pelo Padre Antnio Vieira. Aqui ser bem que se note que os ndios so os que fazem as canoas, as toldam, as calafetam, os que as velejam, os que as remam, e muitas vezes, como veremos, os que as levam s costas, e os que cansados de remar as noites e os dias inteiros, vo buscar o que ho de comer eles os portugueses, que sempre o mais e melhor. (Cartas, 1970). A partir da leitura do trecho e no conhecimento sobre o tema, correto afirmar que se trata de (A) uma denncia sobre a explorao e escravido a que eram submetidos os ndios pelos portugueses na Amaznia colonial. um relato sobre as formas de trabalho indgena no contexto do Diretrio Pombalino, que os mantinha sob o regime de escravido. uma confisso do Padre sobre a explorao do trabalho dos ndios da Amaznia pelos jesutas, tanto nos transportes quanto na busca de comida para as aldeias. uma denncia sobre o mau uso da mo de obra indgena, na pesca e no extrativismo das drogas do serto. um trecho de sermo enviado ao Rei, no qual se mostra a indignao da Igreja Catlica sobre os abusos do portugueses em relao aos ndios da Amaznia.

(B)

(C)

(D)

(B)

(E)

(C)

(D)

A Cavalaria era parte da estrutura de poder na Idade Mdia ocidental, por isso Jean Flori afirma que Se nos restringirmos ao sentido militar da palavra cavalaria, defini-la-emos essencialmente como um grupo profissional, o dos guerreiros de elite, atacando impetuosamente, de lana ou espada em punho, em todos os campos de batalha da Europa Medieval. (FLORI, Cavalaria. In: LE GOFF, J. & SCHMITT, J. C. Dicionrio temtico do Ocidente Medieval, 2002). Com base nesse texto e no assunto tratado, correto afirmar que a cavalaria era uma instituio (A) militar com carter religioso, dedicada preservao dos valores cristos na sociedade medieval. de carter militar e de nobreza associada ao combate e guerra como forma de manuteno e legitimao do poder. nobre associada ao movimento templrio, que buscava a proteo dos lugares sagrados do Cristianismo na Europa e em Jerusalm. papal, comandada por senhores feudais que a utilizavam como um exrcito pessoal na defesa de suas propriedades rurais. militar profissional, baseada em preceitos religiosos como forma de garantir a permanncia dos valores morais e dos costumes.

12

(E)

14 A chamada Revoluo Industrial na Inglaterra, ocorrida no final do sculo XVIII e princpios do sculo XIX, teve impactos mundiais. correto afirmar que essa conjuntura histrica(A) uniu capital comercial disponvel, progresso tcnico e apoio da antiga aristocracia e da monarquia voltada para a atividade mercantil. se formou de um esprito cientfico e tcnico aplicado produo industrial, contrastando com a realidade absolutista na Inglaterra. teve como base o cercamento dos campos e a construo de fbricas nas antigas fazendas, o que enfraqueceu a vida urbana com um novo proletariado rural. se baseou fundamentalmente no comrcio mercantil e na busca de especiarias asiticas cobiadas pelos centros europeus. articulou a dominao colonial, produo fabril e o comrcio mundial no processo de desenvolvimento do capitalismo.

(B)

(B)

(C)

(C)

(D)

(D)

(E)

(E)

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Leia o seguinte trecho escravocrata, de Juvenal Tavares.

do

poema

A

um

GEOGRAFIA

Toma a enxada e cava a terra dura; Come o po com o suor da tua testa; Infeliz, acabou-se a escravatura!(Versos antigos e modernos, 1889)

17 Sobre o crescimento da populao brasileira segundo os resultados do Censo Demogrfico 2010, correto afirmar:(A) Houve a diminuio do ritmo de crescimento da populao brasileira. A populao saltou de 119,0 milhes em 1991 para 169,8 milhes em 2000 e chegou a 200,0 milhes em 2010. Isso significa que o Brasil experimentou um crescimento demogrfico de 15,6% na dcada de 1990 e de 12,3% nos anos 2000. Houve o aumento do ritmo de crescimento da populao brasileira. A populao saltou de 146,8 milhes em 1991 para 169,8 milhes em 2000 e chegou a 190,7 milhes em 2010. Isso significa que o Brasil experimentou um crescimento demogrfico de 12,3% na dcada de 1990 e de 15,6% nos anos 2000. A importncia que as cidades de porte mdio passaram a ter na ltima dcada foi o destaque nos primeiros resultados do Censo 2010. Municpios de at 100 mil cresceram em mdia apenas 3,7%. Cidades acima de 2 milhes de habitantes cresceram 9,8%. J as cidades com populao entre 100 mil e 2 milhes tiveram uma alta de 25%. A importncia que as cidades de grande porte que passaram a ter na ltima dcada foi o destaque nos primeiros resultados do Censo 2010. Municpios de at 1000 mil cresceram em mdia apenas 3,7%. Cidades acima de 2 milhes de habitantes cresceram 25%. J as cidades com populao entre 100 mil e 2 milhes tiveram uma alta de 9,8%. A importncia que as cidades de pequeno porte passaram a ter na ltima dcada foi o destaque nos primeiros resultados do Censo 2010. Municpios de at 100 mil cresceram em mdia apenas 3,7%. Cidades acima de 2 milhes de habitantes cresceram 9,8%. J as cidades com populao entre 100 mil e 2 milhes tiveram uma alta de 25%.

Com base nos versos dedicados pelo poeta Juvenal Tavares aos donos de escravos, correto afirmar que: (A) trazem um contedo abolicionista, mostrando ao senhor que com a abolio da escravido, ele ter que trabalhar ou pagar pelo trabalho livre. trazem a imagem do escravo infeliz, que mesmo com o fim da escravido ficar desamparado, sem casa, sem comida e sem trabalho. mostram o discurso abolicionista, que propunha que os senhores ocupassem o lugar de seus escravos na hierarquia social da poca. refletem a disputa de poder entre senhores e escravos na construo de uma nova sociedade republicana, igualitria, livre e fraterna. trazem um novo modelo de sociedade utpica na qual os escravos devem ocupar o lugar de seus patres no controle de seu prprio trabalho. (B)

(B)

(C)

(D)

(C)

(E)

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Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ningum respeita a Constituio Mas todos acreditam no futuro da nao Que pas esse?(RUSSO, Renato. Que pas esse, 1987)

(D)

No trecho acima, o cantor e compositor Renato Russo denuncia a realidade brasileira da dcada de 1980. Com base nos versos e no conhecimento sobre aquele contexto poltico, correto afirmar que a msica em questo (A) tratava dos anseios da chamada gerao cocacola, alienada poltica e pouco interessada nos destinos da nao. denunciava a corrupo nas altas instncias do pas, ao acusar a permanncia dos militares no poder e no governo central. criticava os desvios de verbas no Senado Federal, evidenciados pela exploso do caso mensalo, que envolveu partidos do governo e da oposio. tratava da necessidade de uma nova Constituio, que seria finalmente promulgada em 1988, portadora de nova esperana para os brasileiros. denunciava as mazelas da poltica brasileira, no contexto da chamada abertura poltica e do primeiro governo civil aps vinte anos de governos militares.

(E)

(B)

(C)

(D)

(E)

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Observe o mapa abaixo, em que se apresenta a proposta, em destaque, de rediviso territorial da Amaznia Legal e do Nordeste.

Fonte: http://blogjunioralbuquerque.blogspot.com/2011/05/projetos-criam-mais-11-estados-para-o.html.

A leitura do mapa permite afirmar: (A) As novas propostas de rediviso territorial do Brasil, com a criao de novos estados na Amaznia Legal e Nordeste, esto relacionadas s mudanas no povoamento do territrio nacional. Entre 1970 e 2000, novas fronteiras de povoamento se estabeleram nas regies Centro Oeste e Norte do pas, o que alterou o aporte demogrfico e proporcionou o surgimento de novas cidades e espaos rurais. As novas propostas de rediviso territorial da Amaznia Legal e do Nordeste brasileiro esto relacionadas a diversos fatores, entre os quais: as estratgias geopolticas de controle das fronteiras (caso dos territrios federais do Alto Rio Negro, Solimes e Juru) e expanso de novas fronteiras de povoamento. A criao de novos estados na Amaznia Legal e Nordeste est relacionada s demandas das sociedades locais e regionais. Trata-se de propostas de autonomia de espaos territoriais de povoamento antigo e consolidado, que somente agora encontraram as condies polticas para efetivao de seus pleitos. As propostas de criao de novos estados na Amaznia Legal e Nordeste tm motivaes diferentes. No primeiro caso, relacionam-se s necessidades das estratgias geopolticas do estado nacional no que diz respeito ao controle das fronteiras; e no segundo caso, associam-se s demandas das oligarquias locais do sudoeste da regio Nordeste do pas. As propostas de criao de novos estados e territrios federais na Amaznia Legal e Nordeste esto relacionadas ampliao da presena do Estado nas regies em pauta, principalmente no que concerne necessidade de atendimento das demandas regionais por sade, educao e cultura.

(B)

(C)

(D)

(E)

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19(A)

A leitura do mapa ao lado permite afirmar: Na regio Norte do Brasil, a criao de novos municipios ocorreu de forma difusa, rma principalmente aps 1991. Apesar de a criao de novos municpios ter ocorrido em todos os estados da regio Norte, os estados de Tocantins, Amazonas e Roraima apresentam maior concentrao das novas unidades poltico polticoadministrativas. A criao de novos municpios na regio Norte do Brasil ocorreu aps 1988, graas s alteraes na legislao referente ao s tema, e ocorreu principalmente nos espaos de povoamento antigo. A criao de novos municpios ocorreu aps 1988 com a promulgao da nova Constituio Federal. Os estados da Constituio regio Norte em que houve nmero maior de emancipaes foram os estados do Amazonas e Acre. Os novos municpios da regio Norte do Brasil esto localizados principalmente no arco de povoamento consolidado, segundo Bertha Becker (2006). So reas de povoamento antigo na regio.

(B)

(C)

(D) (E)

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O grfico a seguir apresenta dados percentuais das reas federalizadas do estado do Par: Unidades de Conservao Federal (UCF); Terras Indgenas (TI); reas Militares (AM) e INCRA.

reas Federalizadas no Estado do Par, 2011% do Territrio Estadual 60 50 40 30 20 10 0 UCF Srie1 14,5 TI 22,7 AM 1,8 INCRA 25,43

Total de reas Federalizadas 53,9

Sobre o assunto, correto afirmar: (A) (B) A presena federal no estado do Par, por meio do DEL. 1164/91 parte das estratgias e das aes pblicas de planejamento territorial, apropriao e uso dos recursos naturais regionais. A federalizao do territrio do estado do Par ocorreu a partir de 1971 (DEL. 1164/71). A princpio, o objetivo era o controle territorial em funo de questes de Segurana e Desenvolvimento; atualmente, o objetivo o de ordenamento do territrio, com vistas a disciplinar e organizar as formas de uso e ocupao do espao regional. A federalizao das terras da Amaznia ocorreu em 1971. O DEL 1164/71 estabeleceu que as reas situadas nas faixas de 100 km nas margens das rodovias federais (construdas e projetadas) passariam para o domnio da Unio. No caso do Par, cerca de 80% das terras foram federalizadas. o. A federalizao do territrio do estado do Par est associada s aes pblicas de planejamento do desenvolvimento regional. Os Planos, Programas e Projetos implantados desde a dcada de 19 1970 foram concebidos a partir do estabelecimento inicial de controle territorial em 1953. A federalizao das terras do estado do Par desde o inicio da dcada de 1970 parte de estratgias preservacionistas e conservacionistas do estado nacional. Os confl conflitos territoriais, impactos sociais e ambientais tm motivado o Estado a implementar aes nesse sentido. m

(C)

(D)

(E)

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A tabela a seguir apresenta dados percentuais (1970-2007) sobre a taxa de urbanizao para os municpios da Regio de Integrao do Tapajs, estado do Par.Taxa de Urbanizao para os Municpios da RI do Tapajs, 1970 2007 ANO MUNICPIO 1970 1980 1991 1996 2000 Aveiro Itaituba Jacareacanga Novo Progresso Rurpolis Trairo 12,56% 29,76% 14,54% 54,25% 22,95% 53,42% 20,03% 21,09% 63,73% 6,19% 23,55% 20,51% 17,70% 18,95% 68,06% 25,68% 36,68% 34,14% 21,64%

2007 18,64% 69,80% 15,35% 81,43% 37,07% 36,69%

FONTE: IBGE Censos Populacionais de 1970, 1980, 1991 e 2000 Contagem Populacional 1996 e 2007

Elaborao e Clculo SEPOF/DIEPI/GEDE

A leitura da tabela permite afirmar: (A) O processo de urbanizao tem-se evidenciado na RI do Tapajs. Somente o municpio de Jacareacanga apresenta taxa de urbanizao baixa (15%), segundo dados de 2007. Justifica-se, pois, o referido municpio apresentar populao migrante na maior parte do territrio. O processo de urbanizao da RI do Tapajs est relacionado expanso do povoamento por meio das rodovias BR 163 (Cuiab Santarm) e BR 230 (Transamaznica). Cidades como Rurpolis e Novo Progresso so exemplos de novas cidades. As taxas de urbanizao da RI do Tapajs ao longo do tempo, 1970 2007, so evidncias do intenso processo de concentrao populacional urbana na regio. Esse processo deve-se ao xodo rural. O processo de urbanizao est associado s necessidades de servios (escolas, hospitais, comrcio, etc) na regio. Itaituba como importante subcentro regional do Oeste do Par exemplifica o alto grau de urbanizao (69,80%). O processo de urbanizao tem se evidenciado na Regio de Integrao do Tapajs, principalmente porque se trata de regio de povoamento antigo e consolidado.

(B)

(C) (D)

(E)

22 A regio Norte apresenta o maior nmero de assentamentos de Reforma Agrria do Brasil. O grfico a seguir mostra a distribuio de nmero de projetos e capacidade de assentamento de famlias pelos estados da regio.Regio Norte - Projetos de Reforma Agrria e nmero de famlias at 2000200000 Nmero 150000 100000 50000 0 Acre N. de Projetos Cap. Famlias 58 11.369 Amazonas 30 16.471 Amap 27 8.918 Par 382 100.035 Rondnia 81 21.327 Roraima 29 13.723 Tocantins 183 15.885 Regio Norte 790 187.728

Fonte: Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria, 2000.

Sobre o assunto, correto afirmar: (A) (B) (C) O estado do Par apresenta o maior nmero (382) de assentamentos de reforma agrria do total da regio (790), os quais esto localizados principalmente no Sudeste do estado e ao longo da rodovia Transamaznica. Todos os estados da regio norte apresentam assentamentos da reforma agrria. Os estados do Acre e Tocantins, entretanto, concentram os assentamentos com maiores capacidades de abrigar famlias. Os assentamentos de reforma agrria da regio Norte esto localizados nas reas de domnio do Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria na Regio. O estado do Amazonas concentra o maior nmero de assentamentos com maior capacidade de abrigar famlias. A leitura do grfico permite constatar que a capacidade de abrigar famlias no est associado ao nmero de assentamentos. O estado do Acre tem o menor nmero de assentamentos para o maior nmero de famlias. Dos 790 projetos de assentamento da regio Norte, a maioria est localizada no estado do Tocantins, estado recentemente criado como unidade da federao.

(D) (E)

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Observe a imagem de satlite da Amaznia magem Amaznia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonia

Com base na anlise da imagem, correto afirmar que (A) a delimitao identificada corresponde abrangncia espacial da Amaznia Legal, isto , refere-se rea definida em 1953 pela Lei 1.806, em que se incorpora Amaznia brasileira, o es estado do Maranho (oeste do meridiano 44), o estado de Gois (norte do paralelo 13 de latitude sul atualmente estado de Tocantins) e sul, Mato Grosso (norte do paralelo 16 latitude sul) para efeito de planejamento regional. norte a imagem mostra a abrangncia espacial no mapa da ecorregio amaznica definida pelo WWF. A linha espacial abrange espacialmente a bacia de drenagem da Amaznia. Os critrios de delimitao da rea representada so, sobretudo, ecolgicos. a delimitao identificada corresponde a rea da regio Norte do Brasil. Os critrios de delimitao so Norte polticos e administrativos e essa rea o resultado da juno dos territrios do estados da regio. a delimitao presente na imagem corresponde aos limites e rea de abrangncia da Floresta Amaznia. O principal critrio utilizado a presen da floresta em sua diversidade de formaes vegetais. cipal presena a imagem mostra a abrangncia espacial da bacia sedimentar amaznica. Os critrios utilizados foram geolgicos, isto , dizem respeito aos elementos constitutivos das terras e solos regionais. das

(B)

(C) (D) (E)

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Sobre as relaes entre o urbano e o rural (como a relao, mostrada na figura ao lado, entre a cidade de Belm e a ilha do Combu), considerando as , caractersticas de Belm e das ilhas nas proximidades, correto afirmar: (A) No sentido Combu Belm, as relaes , caracterizam-se pela presena da atividade turstica: h fluxos de turistas em busca de luxos observar a paisagem e de conhecer restaurantes tpicos. No sentido Combu Belm, as relaes so caracterizadas pela presena de fluxos da produo pesqueira da ilha. Belm

(B)

Combu

(C) (D) (E)

No sentido Belm Combu, as relaes caracterizam-se pela presena de fluxos de produo de aa do bairro do Jurunas. caracterizadas No sentido Combu Belm, as relaes so caracterizadas pelo fluxo da produo extrativista (aa, principalmente). No sentido Combu Belm, as relaes so caracterizas pelo fluxo de pessoas que vivem na ilha e trabalham em atividades tercirias em Belm.

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FILOSOFIA

25 De acordo com Hessen, tanto o subjetivismo como o relativismo no negam a possibilidade da verdade do conhecimento. A diferena entre ambos deve-se ao fato de o(a)I subjetivismo se basear na relatividade da verdade do conhecimento devido a causas externas ao sujeito cognoscente. relativismo se basear na relatividade da verdade do conhecimento devido a fatores inerentes ao sujeito cognoscente. posio subjetiva reconhecer a validade da verdade do conhecimento limitado apenas ao sujeito. relativismo atribuir a limitao da veracidade do conhecimento apenas esfera exterior ao prprio sujeito cognoscente.

28 A linguagem formal da lgica caracteriza-se pela metalinguagem. Essa caracterstica justifica-se pelo fato de se tratar de uma linguagem que(A) (B) (C) (D) (E) se baseia em uma linguagem metafsica. se funda sobre um pressuposto metafsico. se refere a outra linguagem ou discurso. traduz entidades metafsicas por meio de uma linguagem formal. equivale a uma lgica metafsica.

II

III IV

29 Aristteles distingue saber teortico de saber prtico. Aquele concerne ao conhecimento dos fatos; este s consequncias das aes humanas. Por sua vez, o saber prtico subdivide-se em prxis e tcnica. Considerando tal distino, avalie as afirmativas:I Na prxis, o agente e a ao so inseparveis da finalidade da ao. Na tcnica, a fabricao difere do agente e da ao produtora. Na prxis, o agente separa-se da finalidade da ao por ser pragmtico. Na tcnica, a ao visa a uma finalidade inseparvel de seu agente.

Esto corretas as afirmativas (A) (B) (C) (D) (E) I e II. I e III. II e III. II e IV. III e IV.

II III IV

26 Afirmar que as leis do pensamento (princpio de identidade ou de no-contradio e do terceiro excludo) se autofundamentam implica reconhecer que seu fundamento(A) (B) (C) repousa na prpria evidncia dessas leis. se baseia no princpio de causalidade inerente a todo pensamento. consiste no carter dos pressupostos necessrios de todo pensamento e no reconhecimento dessas leis. reside no princpio autofundante de toda intuio intelectual objetiva. tem por base o reconhecimento legtimo da cognio de todo fenmeno psquico.

Esto corretas as afirmativas (A) (B) (C) (D) (E) I e II I e III I e IV II e III II e IV

(D) (E)

30 De acordo com Huisman, Xenfonte nos revela que Scrates instrua o pintor e o escultor sobre o modo de representar o mais essencial no modelo, traduzindo em gesto a beleza anmica. Para Scrates, o belo residia no(a)(A) forma da beleza impressa no prprio corpo. bela forma do corpo apolneo. ideia hipostasiada da beleza. princpio transcendental das coisas belas. beleza da alma sob o invlucro do corpo. (B) (C) (D) (E)

A linguagem simblica da lgica utiliza um sistema de signos que correspondem a uma nica significao. A unicidade da significao consiste em uma dupla caracterstica: (A) (B) (C) (D) (E) Denotativa e unvoca. Conotativa e unvoca Unvoca e polissmica Conotativa e polissmica. Denotativa e polissmica.

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31 Para Plato, o amor uma inspirao que parte de uma progresso da beleza sensvel na direo de uma instncia alm, que o transfigura. Essa ascese (elevao) implica(A) amar um corpo belo e depois todos os belos corpos para compreender a necessidade de elevar-se acima das formas sensveis e, assim, atingir o belo em si. reconhecer, na beleza corprea da forma apolnea, o ideal de beleza encarnado. ultrapassar a beleza imprica para atingir a transfigurao da ideia de beleza em um corpo ideal. engendrar no amor a necessidade de exauri-lo na beleza emprico-transcendental. ultrapassar a beleza sensvel para alcanar a beleza da alma.

34 A anlise sociolgica uma preocupao recorrente entre vrios tericos das Cincias Sociais. A ideia de que os fatos sociais so exteriores ao indivduo e possuem um poder coercitivo pelo qual se impem a ele, independentemente de sua vontade individual de autoria de:(A) (B) (C) (D) (E) Pierre Bourdieu Max Weber mile Durkhim Norbert Elias Florestan Fernandes

(B) (C)

(D) (E)

35 O capitalismo impe-se ideologicamente a partir de vrias instituies, e a valorizao de seus princpios perpassa diversas instncias da realidade social. correto afirmar que essa ideologia e prticas so observadas na educao escolar quando(A) a escola combate uma cultura do lucro que se restringe apenas ao trabalho, e cria os valores e objetivos de uma nova dinmica da produo e consumos igualitrios. a concepo de educao como a atualizao histrica dos indivduos vivenciada pelo educador a partir de seu papel de mediador para uma sociedade burocrtica. h criao de uma cultura que refora os valores e objetivos proletrios da dinmica do consumo sustentvel e autocrtico em detrimento dos saberes tradicionais. a escola conserva, memoriza, integra e ritualiza uma herana cultural de saberes, ideias e valores burgueses, o que acaba por reforar as prticas capitalistas. no interior das escolas h reduo das inmeras relaes marcadas pela contradio existente entre os meios de produo e a fora de trabalho.

32

Para Leibniz, a teoria do belo est conjugada sua tese filosfica segundo a qual o universo um sistema de uma imensa hierarquia de seres viventes em perfeita harmonia. Assim, correto afirmar que, para o referido filsofo, o ato esttico o(a) (A) (B) (C) (D) (E) espelho do mundo independente da harmonia interior. espelho da harmonia interior em detrimento do mundo catico exterior. produo semelhante da obra de Deus, mas em miniatura. arrogncia do artista em face perfeio divina. representao da necessidade do artista em complementar a imperfeio do mundo graas imagem de uma inspirao mstico-potica.

(B)

(C)

(D)

(E)

SOCIOLOGIA

33 Sobre as reflexes de Max Weber acerca do Mtodo Compreensivo, correto afirmar:(A) Compreender entender tanto o sentido das aes humanas quanto os aspectos exteriores dessas aes. O crime e o desvio so exemplos de aes que necessitam ser compreendidas a partir da ausncia de regulao moral da sociedade. Os seres humanos fazem leis prprias que se opem quelas da natureza, e a compreenso humana acentua essas contradies. As anlises compreensivas dos fenmenos sociais, desenvolvidas por Max Weber, limitam-se exclusivamente ao sistema capitalista. A garantia do exerccio de participao nos temas polticos assegurada pela compreenso do Estado burocrtico de direito.

36 Sobre o Trabalho de Campo e Pesquisa Participante em Cincias Sociais, correto afirmar:(A) O consentimento da pesquisa de campo restringese submisso de projeto em Comits especficos da rea de estudo antropolgico e sociopoltico. O observar na pesquisa de campo implica a interao com o Outro e evoca a habilidade para participar das tramas da vida cotidiana. A autoridade etnogrfica garantida com a elaborao de projeto de pesquisa e prescinde do saber com quem e sobre o que se pode ou no falar em campo. A experincia etnogrfica orienta a prtica da pesquisa e proporciona o conhecimento pleno da totalidade do mundo social investigado. Observar com neutralidade as formas dos fenmenos sociais implica subjetivar as interaes humanas objetivas.

(B)

(B)

(C)

(C)

(D)

(D)

(E)

(E)

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37 As ideias sobre poltica baseadas na Necessidade de admisso de que os valores morais que regulam as condutas individuais no se aplicam na ao poltica e de que impossvel governar sem fazer uso da violncia foram apresentadas por(A) (B) (C) (D) (E) Raymond Aron Montesquieu Karl Marx Geog Simmel Nicolau Maquiavel

39 Sobre a concepo de contrato social em Thomas Hobbes, correta a afirmativa:(A) Os homens vivem naturalmente e individualmente em estado de risco eminente de guerra; da a necessidade do pacto com um soberano, no qual se garante a conservao da vida aos que participam do pacto, e esses cedem seus direitos a ele. A ao um comportamento compreensivo em relao a um comportamento especfico caracterizado por um sentido subjetivo, real ou mental, ainda que essa caractersitca quase no seja percebida. Por ser um animal poltico, os seres humanos utilizam-se da democracia como a melhor forma de governo, uma vez que a democracia est diretamente ligada com sua natureza humana associativa em esferas pblicas. Os meios para o alcance da soberania devem ser to importantes e bem fundamentados quanto os fins, porque a neutralidade apresenta-se como algo intrnseco ao dilogo pblico do detentor do poder com os demais. A necessidade de lutar pelo direito a todas as coisas decorre das relaes sociais e ausncia de liberdade que os seres humanos impem sobre si mesmos diante da ameaa de estado de anarquia.

(B)

38

O Positivismo de Augusto Comte est corretamente caracterizado em (A) Quatro so os movimentos de dinmica de toda a sociedade em direo ordem e ao progresso, cujas transformaes visam s formas sociais mais estruturantes. A evoluo da sociedade ocorre quando a fora que os fatos exercem sobre os indivduos os leva a conformarem-se com as regras da sociedade em que vivem. A sociedade foi concebida como um organismo constitudo de partes interligadas e coesas que funcionam harmonicamente, segundo um modelo fsico ou mecnico. A conscincia coletiva baseia-se nos indivduos singulares e est espalhada por toda a sociedade quando estabelece a conduta moral vigente na sociedade. A evoluo da ordem social no se ope aos indivduos como fora exterior a eles, pois as normas sociais se manifestam em cada indivduo sob forma de motivao.

(C)

(D)

(B)

(E)

(C)

(D)

40 As trs principais formas exteriores do Estado, segundo Aristteles, so:(A) (B) (C) (D) (E) A monarquia, a tirania e a soberania. A repblica, o principado e a democracia. A oligarquia, o despotismo e a demagogia. O principado, a monarquia e a aristocracia. A aristocracia, a democracia e a monarquia.

(E)

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REDAOO texto Desabafo de um bom marido apresenta, de forma bem humorada, fatos do cotidiano na relao marido e mulher. Embora, no texto, o bom humor do marido tenha sido mal compreendido pela esposa, acreditamos que esse estado de esprito pode ser um facilitador nas relaes entre as pessoas. Considerando-se o humor nessa perspectiva, escreva um texto em prosa em que voc argumente sobre a importncia de se cultivar sempre o bom humor nas relaes humanas.

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