prova pato especial cap 10-17 com respostas
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VASOS SANGÜÍNEOS E CORAÇÃO
Escolha a melhor resposta.
1. Um homem de 80 anos de idade, com diabetes de longa duração e hipertensão sistêmica,
morre de insuficiência cardíaca congestiva. A superfície luminal da aorta abdominal apresenta
placas amareladas. Qual das seguintes alterações patológicas esperar-se-ia ao exame
microscópico?
(A) Colônias bacterianas na parede do vaso
(B) Deposição de lipídios e hiperplasia de células da musculatura lisa
(C) Endarterite obliterante dos vasa vasorum
(D) Infl amação aguda da parede do vaso
(E) Necrose medial cística
2. Uma mulher de 69 anos de idade apresenta dor torácica subesternal esmagadora e náusea.
Os exames laboratoriais revelam níveis séricos elevados de proteínas cardíacas (CK-MB = 8,5
ng/ mL, troponina-I = 3,2 ng/mL). O diagnóstico de infarto do miocárdioé confi rmado por ECG.
Apesar do tratamento, a paciente torna-se hipotensa e as tentativas de reanimação não obtêm
êxito.Um corte microscópico da artéria coronária direita da paciente à necropsia demonstra
placa amarelada com material avermelhado sobre a placa ocluindo-a. Quais das seguintes
alterações patológicas são evidentes nesse espécime?
(A) Arterite e aterosclerose
(B) Aterosclerose e trombose
(C) Microaneurisma e canalização
(D) Trombose e calcifi cação
(E) Vasodilatação e arterite
3. Um homem de 45 anos de idade, com hipertensão crônica, é levado às pressas para o setor
de emergência após sofrer colapso com “dor torácica violenta” que se irradia para as costas.
A pressão arterial é de 90/50 mm Hg, e os pulsos encontram-se diminuídos. A ausculta
cardíaca revela sopro diastólico, compatível com regurgitação aórtica. O ECG é normal, e os
exames de sangue para proteínas e enzimas específicas para o coração são
negativos. O paciente morre 24 horas após dar entrada. A aorta torácica apresenta trajeto entre
a íntima e a média desde a inserção da valva aórtica até os primeiros ramos arteriais com
abertura para o peritôneo. Qual das seguintes opções é a
causa mais provável da morte desse paciente?
(A) Aneurisma aórtico dissecante
(B) Aneurisma sacular roto
(C) Aterosclerose
(D) Estenose aórtica
(E) Infarto agudo do miocárdio
4. Um homem de 67 anos de idade, previamente sadio, apresenta-se na emergência com
dormência da perna esquerda. A temperatura e a pressão arterial são normais. O exame físico
revela palidez e perna esquerda fria, com ausência de pulso distal. O ECG não revela
anormalidades. O arteriograma demonstra aorta abdominal acentuadamente dilatada e oclusão
da artéria poplítea esquerda. O bloqueio é removido cirurgicamente, e o paciente se recupera.
Qual dos seguintes itens é a fonte mais provável do tromboêmbolo arterial nesse paciente?
(A) Êmbolos paradoxais
(B) Endocardite não-bacteriana
(C) Trombo a partir de aorta ateromatosa
(D) Trombo mural ventricular esquerdo
(E) Trombose venosa profunda
5. Um homem de 45 anos de idade apresenta dor nas pernas durante exercícios físicos e
destruição das pontas dos dedos. Ele relata fumar 80 maços de cigarro por ano. Os exames
laboratoriais mostram hemoglobina a 16 g/dL, leucometria 8.500/_L, colesterol sérico de 220
mg/dL, glicose sangüínea em jejum a 90 mg/dL e testes negativos para anticorpos
antinucleares. A biopsia da área afetada revela trombos intraluminais em artérias de tamanho
médio e inflamação que se estende das artérias para veias e nervos circunvizinhos. Qual o
diagnóstico
apropriado?
(A) Arterite de Takayasu
(B) Doença de Buerger (tromboangiite obliterante)
(C) Doença de Churg-Strauss
(D) Doença de Kawasaki
(E) Poliarterite nodosa
6. Um homem de 65 anos de idade com história de 2 anos de angina de peito é internado no
hospital com dor torácica subesternal excruciante, não aliviada por repouso nem por
medicação. O exame físico revela diaforese e dispnéia. Os resultados dos exames laboratoriais
incluem leucometria de 13.000/L, CK-MB de 6,8 ng/mL e troponina-I de 3,0 ng/mL. O ECG
revela elevação
do segmento ST. O paciente morre 1 hora após a internação. À necropsia, o coração revela-se
aumentado, porém normal nos demais aspectos anatômicos. Qual das seguintes opções é a
causa mais provável da morte?
(A) Infarto agudo do miocárdio e fibrilação ventricular
(B) Infarto do miocárdio organizado e fibrilação atrial
(C) Perfuração do septo interventricular e infarto em organização
(D) Síndrome pós-infarto do miocárdio
(E) Tamponamento cardíaco pós infarto agudo do miocárdio
7. Um homem de 54 anos de idade vai à emergência 3 semanas após sofrer um infarto agudo
do miocárdio, com queixa de dor lancinante no lado esquerdo do tórax. Ao exame físico, o
paciente mostra-se apreensivo e com transpiração profusa. A pressão arterial é de 80/40 mm
Hg, e o pulso é de 100/minuto. O
paciente morre em minutos. A parede ventricular à necropsia é está infartada em organização e
rota. Qual é a provável causa do óbito?
(A) Aneurisma aórtico dissecante
(B) Choque séptico
(C) Edema pulmonar
(D) Tamponamento cardíaco
(E) Tromboembolia pulmonar
8. Uma mulher de 69 anos de idade apresenta dor torácica subesternal esmagadora e náusea.
Ela é tratada com ativador de plasminogênio, oxigênio e sulfato de morfina. Os exames
laboratoriais mostram leucometria de 13.000/L, CK-MB de 6,6 ng/mL e troponina-I de 2,5
ng/mL. O ECG revela elevação do segmento ST. O cateterismo cardíaco demonstra
aterosclerose difusa das principais artérias coronárias. Posteriormente, a paciente torna-se
agudamente hipotensa e sofre parada cardíaca. A superfície do coração infartado apresenta-se
rota ao exame de necrópsia. Em que momento
após o infarto agudo do miocárdio esse distúrbio patológico deve
ter ocorrido?
(A) 0 a 6 horas
(B) 6 a 12 horas
(C) 12 a 24 horas
(D) 1 a 4 dias
(E) 6 meses a 1 ano
9. Uma mulher de 68 anos de idade, com história de diabetes melito, morre repentinamente de
parada cardíaca agudo do miocárdio. A paciente já sofrera um infarto, maciço, do miocárdio 1
ano antes. O coração à necropsia mostra, além do infarto recente, um infarto organizado em
ventrículo esquerdo com trombose sobre a área infartada. Qual das seguintes opções é a
complicação sintêmica mais provável advinda do distúrbio descrito acima sobre o infarto
antigo?
(A) Aneurisma de artéria coronária
(B) AVC
(C) Embolia pulmonar
(D) Estenose aórtica
(E) Miocardiopatia hipertrófica
10. Uma mulher de 60 anos de idade, com história de tabagismo (30 maços por ano) e 10 anos
de enfisema, morre de insuficiência cardíaca congestiva. Não há evidências de doença da
artéria coronária ou de cardiopatia valvular. O coração à necropsia apresenta-se com prede
ventricular direita espessada. Qual das seguintes opções é a causa mais provávelda hipertrofia
ventricular direita?
(A) Estenose pulmonar
(B) Fibroelastose endocárdica
(C) Hipertensão essencial
(D) Hipertensão pulmonar
(E) Hipertensão sistêmica
11. Um homem de 72 anos de idade apresenta dificuldade para respirar. Ele afirma apresentar
falta de ar à noite, a menos que use três travesseiros para manter-se mais elevado. A
avaliação dos sinais vitais revela temperatura normal, taquipnéia branda e pressão arterial de
180/100 mm Hg. O exame físico revela obesidade, edema nas pernas com cacifo 2+,
hepatosplenomegalia e estertores na base dos dois pulmões. A radiografia do tórax mostra
leve aumento do coração e leve derrame pleural. O ecocardiograma demonstra hipertrofia
ventricular esquerda sem anomalias
cardíacas valvulares. Qual das seguintes opções é o diagnóstico
mais provável?
(A) Cardiopatia hipertensiva
(B) Cor pulmonale agudo
(C) Insuficiência renal
(D) Miocardiopatia dilatada
(E) Pericardite constritiva
12. Um homem de 62 anos de idade com história de hipertensão é levado à emergência com
dor torácica esquerda intensa e dorsalgia. A pressão arterial é de 80/50 mm Hg. O exame físico
revela palidez e sopro de regurgitação aórtica. O ECG não mostra infarto do miocárdio. A
radiografia do tórax demonstra alargamento do mediastino. Qual das seguintes opções é o
diagnóstico mais provável?
(A) Aneurisma dissecante
(B) Parede miocárdica rota
(C) Pericardite
(D) Tamponamento cardíaco
(E) Tromboembolia pulmonar
13. Um homem de 50 anos de idade, com adenocarcinoma do pâncreas, é levado à
emergência em um estado comatoso. A TC do cérebro é compatível com infarto recente no
lobo temporal esquerdo. As culturas de sangue são negativas. O paciente não recobra mais a
consciência e vem a óbito 2 dias depois. A fotografia mostra o coração à necropsia. Qual das
seguintes opções é a etiologia subjacente mais provável do AVC nesse paciente?
(A) Cardiopatia carcinóide
(B) Endocardite bacteriana subaguda
(C) Endocardite trombótica não-bacteriana
(D) Estenose aórtica calcifi cada
(E) Metástases cardíacas
14. Um homem de 78 anos de idade, com história de síncope recorrente, é submetido a
cirurgia devido a valvopatia estenótica aórtica. Observa-se uma valva acentuadamente
deformada e rígida, e o paciente morre durante a cirurgia. A valva aórtica à necropsia se
encontra espessada e endurecida, com consistência semelhante ao osso. Qual é o diagnóstico
adequado?
(A) Aortite sifilítica
(B) Endocardite bacteriana
(C) Endocardite marântica
(D) Estenose aórtica calcificada
(E) Valva aórtica bicúspide
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Escolha a melhor resposta.
15. Um homem de 40 anos de idade é admitido no hospital com angústia respiratória intensa.
Sua temperatura é de 38,7oC, as incursões respiratórias são de 32/minuto e a pressão arterial
é de 130/90 mm Hg. Ele tosse constantemente e expectora escarro com cor de geléia de
groselha. A radiografi a do tórax revela consolidação pulmonar difusa bilateral. O exame físico
mostra estertores e macicez à percussão sobre os campos pulmonares inferiores esquerdos.
Subseqüentemente, o paciente morre de complicações de sepse bacteriana. À necropsia o
pulmão esquerdo revela lobo inferior totalmente edemaciado e congesto, homogeneamente
comprometido. Demais lobos pulmonares preservados. Qual o diagnóstico adequado?
(A) Abscesso pulmonar
(B) Broncopneumonia
(C) Pneumonia atípica
(D) Pneumonia intersticial
(E) Pneumonia lobar
16. Uma mulher de 64 anos de idade, que sofreu choque e sepse, apresenta declínio da função
respiratória e é colocada em um ventilador. Apesar da terapia intensiva, a paciente morre 3
semanas depois de insuficiência respiratória. O RX revela sinais precoces de faveolamento
alveolar (pulmão em favo de mel). O exame histológico dos pulmões à necropsia revela
membranas hialinas em organização e sinais precoces de fibrose septal intersticial alveolar
difusa. Qual das seguintes opções descreve mais adequadamente os achados patológicos
nesse espécime de necropsia?
(A) Atelectasia
(B) Broncopneumonia
(C) Bronquiectasia
(D) Pneumonia lobar
(E) Dano alveolar difuso em organização
17. Um rapaz de 16 anos de idade é levado às pressas à emergência após sofrer uma ferida
pérfuro-cortante no tórax durante uma briga. O exame físico revela que a entrada da ferida tem
2,5 cm e se situa no quinto espaço intercostal direito na linha mesoclavicular.
A temperatura do paciente é de 37oC, a freqüência respiratória é de 35 incursões/minuto e a
pressão arterial é de 90/50mm Hg. A radiografi a mostra ar no espaço pleural direito. Qual dos
seguintes distúrbios pulmonares é a complicação esperada do pneumotórax que está surgindo
nesse paciente?
(A) Atelectasia
(B) Empiema
(C) Lesão alveolar difusa
(D) Piotórax
(E) Quilotórax
18. Um homem de 55 anos de idade é admitido no hospital com falta de ar crescente e tosse
seca nos últimos anos. Diariamente, ele fuma um maço e meio de cigarros e bebe cerca de 4
garrafas de cerveja. Constantemente ele “arfa por ar” e agora caminha com difi culdade porque
fi ca sem ar com apenas alguns passos. Observa-se expiração prolongada associada a sibilo.
O exame físico demonstra tórax em barril, hiper-ressonância à percussão e baqueteamento
dos dígitos. A face do paciente encontra-se inchada e vermelha, e ele apresenta edema com
cacifo das pernas. A radiografi a do tórax revela hiperinsufl ação, achatamento do diafragma e
aumento do espaço aéreo retroesternal. Qual das seguintes opções é o diagnóstico adequado?
(A) Asma
(B) Bronquite crônica
(C) Enfisema
(D) Pneumonia intersticial habitual
(E) Pneumonite por hipersensibilidade
19. Qual das seguintes alterações descreve mais adequadamente a provável histopatologia
dos pulmões do paciente descrito na pergunta anterior?
(A) Destruição das paredes dos espaços aéreos sem fibrose
(B) Espessamento da membrana basal epitelial
(C) Fibrose intersticial do parênquima pulmonar
(D) Hiperplasia proeminente de células da musculatura lisa brônquica
(E) Linfócitos restritos ao interstício
20. Uma menina de 8 anos de idade é levada ao consultório do médico com leve angústia
respiratória. Ela apresenta história de alergias a gato e lã, e seus pais afirmam que ela
apresenta crises recorrentes de infecções no trato respiratório superior. O exame físico mostra
sibilos expiratórios, uso de musculatura respiratória acessória e tórax hiper-ressonante à
percussão. A análise da gasometria arterial revela alcalose respiratória, e o número de
eosinófilos periféricos encontra-se elevado. Qual é o diagnóstico adequado?
(A) Asma
(B) Bronquiolite aguda
(C) Fibrose cística
(D) Pneumonite por hipersensibilidade
(E) Síndrome de Kartagener
21. Um mineiro de carvão de 65 anos de idade dá entrada no hospital para avaliação de
pneumopatia crônica. O paciente admite fumar um maço de cigarros por dia há 40 anos. Ao
exame físico, observa-se que ele apresenta tórax em barril e usa músculos acessórios para a
inspiração. Sua face encontra-se inchada e vermelha. Ele tem edema com cacifo 2+ dos
membros inferiores. A radiografi a do tórax é compatível com fi brose difusa, com alguma
nodularidade em áreas centrais. Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Antracose-silicose
(B) Asbestose
(C) Lesão alveolar difusa
(D) Psitacose
(E) Sarcoidose
22. Um homem de 23 anos de idade queixa-se de obstrução nasal, secreção
serossanguinolenta, tosse e escarro sanguinolento. A radiografi a do tórax demonstra lesões
cavitárias e múltiplos nódulos nos dois campos pulmonares. A TC revela obliteração de
diversos seios maxilares. A urinálise revela hematúria e cilindros eritrocitários. Os exames
laboratoriais demonstram anemia e níveis séricos elevados de C-ANCA. Qual das seguintes
alterações é o diagnóstico mais provável?
(A) Adenocarcinoma do pulmão
(B) Granulomatose de Wegener
(C) Granulomatose sarcóide necrosante
(D) Síndrome de Churg-Strauss
(E) Tuberculose
23. Uma mulher negra de 25 anos de idade apresenta história de 3 meses de tosse e falta de
ar ao esforço. A radiografi a do tórax revela aumento de linfonodos hilares e mediastinais. Os
exames laboratoriais revelam níveis séricos elevados de enzima conversora da angiotensina e
aumento da excreção de cálcio na urina de 24 horas. A microscopia revela granulomas
tuberculóides sem necrose caseosa. As colorações para microrganismos no tecido são
negativas. Qual das seguintes alterações é odiagnóstico mais provável?
(A) Granulomatose de Wegener
(B) Sarcoidose
(C) Silicose
(D) Síndrome de Goodpasture
(E) Tuberculose
24. Uma tabagista de 31 anos de idade queixa-se de tosse nãoprodutiva, dor torácica, falta de
ar ao esforço, e fadiga. O hemograma completo é normal. A radiografi a do tórax demonstra
nódulos mal defi nidos, infi ltrados reticulonodulares, uma pequena lesão cavitária no lobo
médio direito e adenopatia mediastinal. A histologia da biopsia transbrônquica apresenta
granulomas com necrose caseosa e BAAR no Ziehl. Qual das seguintes alterações é o
diagnóstico mais provável?
(A) Fibrose intersticial pulmonar
(B) Granulomatose de Wegener
(C) Histiocitose de células de Langerhans
(D) Linfangioleiomiomatose
(E) Tuberculose
25. Uma mulher de 53 anos de idade, com história de tabagismo, apresenta uma história de 3
meses de dor torácica, tosse e febre branda. A radiografia do tórax demonstra massa periférica
no lobo superior esquerdo. Qual é o diagnóstico mais provável?
(A) Adenocarcinoma
(B) Carcinoma ductal
(C) Carcinoma de células pequenas
(D) Carcinoma escamocelular
(E) Mesotelioma
26. Uma mulher de 67 anos de idade apresenta história de 3 semanas de dor torácica e
escarro sanguinolento. A radiografia do tórax demonstra massa volumosa no interior do
parênquima. A histologia revela lesão de pequenas células. Qual é o diagnóstico adequado?
(A) Adenocarcinoma
(B) Adenocarcinoma metastático
(C) Carcinoma de células grandes
(D) Carcinoma indiferenciado
(E) Hamartoma
27. Um homem de 68 anos de idade, que trabalhou em uma fabricação de manufaturados e
estaleiro durante toda a vida, queixa-se de história de 4 meses de desconforto torácico, mal
estar, febre, sudorese noturna e perda de peso. A radiografi a do tórax revela derrame pleural e
massa pleural. O paciente morre de falência cardiorrespiratória. Qual é o diagnóstico mais
provável?
(A) Carcinoma de células grandes
(B) Carcinoma metastático
(C) Mesotelioma
(D) Tumor carcinóide
(E) Tumor fi broso da pleura localizado
28. Um homem de 28 anos de idade apresenta 6 dias de febre e falta de ar. Sua temperatura é
de 38,7oC, a freqüência respiratória, de 30 incursões/minuto e a pressão arterial, de 120/80
mm Hg. A radiografia de tórax revela infiltrados intersticiais difusos. As culturas de escarro são
negativas, e o paciente não responde a antibioticoterapia padronizada.. A histologia revela
infiltrado linfocitário septal com edema do mesmo e ocasionais membranas hialinas. Qual dos
seguintes itens é o diagnóstico adequado?
(A) Carcinoma escamoso
(B) Pneumonite intersticial
(C) Pneumonia lipídica
(D) Pneumonia estafiloccocica
(E) Pneumonia por Pneumoccoco
TRATO GASTROINTESTINAL E GLÂNDULAS ANEXAS
Escolha a melhor resposta.
29. Uma mulher de 58 anos de idade sofre um AVC maciço e vem a óbito. O estômago à
necropsia apresenta-se com lesão ulcerada profunda com coágulos recobrindo a sua
superfície. Antes de sua morte, essa paciente mais provavelmente teria exibido qual das
seguintes alterações?
(A) Disfagia
(B) Esteatorréia
(C) Hipersecreção de ácido gástrico
(D) Melena
(E) Sangramento varicoso
30. Um homem de 60 anos de idade apresenta história de 8 semanas de perda de peso
progressiva, náusea e dor abdominal alta que não responde a antiácidos ou a antagonistas de
receptor de H2. Os exames laboratoriais mostram anemia ferropriva. A gastroscopia revela
uma lesão ulcerada, semelhante a cratera, no antro, com margens endurecidas, irregulares e
elevadas. O paciente é submetido a gastrectomia parcial. O espécime cirúrgico revela células
atípicas em anel de sinete infiltrando parede gástrica no bordo da lesão ulcerada. Qual das
seguintes opções é o diagnóstico
mais provável?
(A) Adenocarcinoma
(B) Gastrite erosiva aguda
(C) Linite plástica
(D) Úlcera de Curling
(E) Úlcera péptica
31. Uma mulher de 55 anos de idade queixa-se de dor gastrintestinal alta e fezes negras. A
endoscopia alta revela massa amarelada, lisa e firme na submucosa do estômago. A biopsia
gastroscópica revela células fusiformes com citoplasma vacuolado no estroma da parede
gástrica com epitélio normal. A massa é removida, e a histologia do espécime cirúrgico revela
células mesenquimais estromais fusiformes atípicas. Qual das seguintes opções é o
diagnóstico mais provável?
(A) Adenocarcinoma gástrico
(B) Adenoma tubular
(C) Linfoma gástrico
(D) Tumor estromal gastrintestinal
(E) Úlcera péptica
32. Uma mulher de 56 anos de idade vai ao médico após observar múltiplos nódulos no
pescoço. O exame físico mostra linfonodos supraclaviculares aumentados e sem sensibilidade.
A endoscopia alta revela espessamento da mucosa gástrica, com um tumor evidente. Os
resultados da histologia da biopsia gástrica são células pequenas de citoplasma escasso de
aspecto linfóide na mucosa e submucosa do órgão com atipias. Qual das seguintes opções é o
diagnóstico mais provável?
(A) Adenocarcinoma
(B) Doença de Ménétrier
(C) Leiomiossarcoma
(D) Linfoma gástrico
(E) Linite plástica
33. Uma mulher de 23 anos de idade, com história de transtorno alimentar, queixa-se de
vômitos, náusea e dor abdominal intensa. O exame físico revela distensão abdominal e
constipação. A radiografia do abdome mostra níveis hidroaéreos e sombra hipertransparente
na área epigástrica. O material que obstrui o trato gastrintestinal é removido cirurgicamente e
apresenta-se como massa constituída por tufos de cabelos firmemente emaranhados. Qual das
seguintes opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Divertículo do estômago
(B) Fitobezoar
(C) Linfoma gástrico
(D) Tricobezoar
(E) Vôlvulo do estômago
34. Um homem de 55 anos de idade faz colonoscopia de rotina. Um pequeno nódulo elevado
na mucosa, medindo 0,4 cm de diâmetro, é identificado. O espécime cirúrgico é apresenta
como pólipo pequeno. O exame histológico revela células caliciformes e células absortivas do
intestino em um arranjo em vilos digitiforme com acentuada atipia nuclear, sem sinais de
invasão do estroma. Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Adenocarcinoma moderadamente diferenciado
(B) Adenoma viloso com displasia de alto grau
(C) Pólipo de Peutz-Jeghers
(D) Pólipo hiperplásico com atipias
(E) Pólipo inflamatório com displasia
35. Uma mulher de 65 anos de idade faz colonoscopia de rotina. Durante o procedimento, uma
massa de 2 cm é identificada e excisada. O espécime cirúrgico apresenta-se como lesão
polipóide de aspecto verrucoso. O exame histológico revela criptas e túbulos irregulares
revestidos por epitélio pseudoestratificado com núcleos hipercromáticos, sem características
displásicas de alto grau. Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável para a lesão
colônica dessa paciente?
(A) Adenocarcinoma
(B) Adenoma tubular
(C) Adenoma viloso
(D) Pólipo hiperplásico
(E) Tumor carcinóide
36. Uma mulher de 63 anos de idade queixa-se de sangramento retal de 1 semana de duração.
Exames laboratoriais mostram anemia microcítica hipocrômica (hemoglobina = 7,6 g/dL e VCM
= 70 m3). A colonoscopia revela um pólipo de 3 cm, que é removido. A paciente indaga sobre
o risco relativo de câncer originando-se nos diversos tipos de pólipos gastrintestinais. Qual dos
seguintes tipos de pólipo colônico tem maior probabilidade de sofrer transformação maligna?
(A) Adenoma tubular
(B) Adenoma viloso
(C) Pólipo de Peutz-Jeghers
(D) Pólipo hiperplásico
(E) Pólipo linfóide
37. Uma porção do intestino grosso foi removida de um homem de 34 anos de idade com uma
doença familiar que afeta o trato gastrintestinal. O espécime cirúrgico apresenta-se com
inúmeros pólipos de diversos tamanhos, alguns tubulares outros vilosos recobrindo quase toda
a extensão da peça. Esse paciente provavelmente é portador de uma mutação na linhagem
germinativa de qual dos seguintes genes?
(A) APC
(B) C-myc
(C) DCC
(D) p53
(E) Ras
38. Um homem de 34 anos de idade, com AIDS, apresenta história de 3 meses de constipação
e dor abdominal baixa. O paciente tem história de diarréia crônica e tosse persistente. Nos
últimos dias, ele observou sangue nas fezes. Os exames laboratoriais revelam anemia
ferropriva branda. As amostras de fezes são positivas para sangue oculto. Um exame de
sangue demonstra contagem de CD4 < 50/L. A sigmoidoscopia revela uma massa na região
retossigmóide. Além do linfoma de células B, esse paciente corre risco maior de desenvolver
qual dos seguintes tumores do trato gastrintestinal?
(A) Adenocarcinoma colônico
(B) Leiomiossarcoma
(C) Melanoma
(D) Sarcoma de Kaposi
(E) Tumor carcinóide
39. Um homem de 62 anos de idade é levado à emergência em estado de desorientação. O
exame físico revela sinais de má higiene e odor de álcool, além de icterícia, esplenomegalia e
ascite. O paciente apresenta tremor adejante grosseiro das mãos, eritema palmar e angiomas
aracneiformes difusos. O abdome exibe veias paraumbilicais dilatadas. Os níveis séricos de
ALT, AST, fosfatase alcalina e bilirrubina encontram-se levemente aumentados. Logo após dar
entrada, o paciente vomita uma grande quantidade de sangue. Qual das seguintes opções é a
etiologia subjacente mais provável da hematêmese nesse paciente?
(A) Cirrose hepática com varizes esofágicas
(B) Esteatose hepática com deficiência de vitamina K
(C) Gastrite aguda com anemia megaloblática
(D) Hepatite alcoólica aguda com encefalopatia hepática
(E) Laceração de Mallory-Weiss
40. Uma mulher obesa (IMC = 32 kg/m2), de 42 anos de idade, apresenta dor abdominal
intensa que se irradia para as costas. Não há história de consumo de álcool ou outras drogas.
A pressão arterial é de 90/45 mm Hg, as incursões respiratórias são de 32/minuto e o pulso é
de 100/minuto. O exame físico revela sensibilidade abdominal, posição de proteção e rigidez. A
radiografia do tórax mostra derrame pleural esquerdo. Exames laboratoriais indicam elevação
sérica de amilase (850 U/L) e lipase (675 U/L) e hipocalcemia (7,8 mg/dL). Qual das seguintes
opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Aneurisma dissecante da aorta
(B) Colecistite aguda
(C) Hepatite alcoólica
(D) Pancreatite aguda
(E) Pancreatite calcárea crônica
SISTEMA NEFROURINÁRIO
Escolha a melhor resposta.
41. Uma mulher de 46 anos de idade apresenta história de 6 meses de vaga dor abdominal alta
após refeições gordurosas, uma certa distensão abdominal e indigestão freqüente. O exame
físico mostra uma mulher obesa (IMC = 32 kg/m2) com sensibilidade no quadrante superior
direito. A TC revela cálculos biliares e um rim ectópico. Qual das seguintes opções é a
localização esperada
do rim ectópico?
(A) Aderido à glândula supra-renal esquerda
(B) Adjacente à vesícula biliar
(C) Epigástrio posterior
(D) Fundido lateralmente com o rim contralateral
(E) Pelve
42. Um menino de 8 anos de idade apresenta cefaléia, tontura e mal-estar. Ele fora atendido 2
semanas antes devido a grave inflamação na garganta. O exame físico revela edema facial. A
pressão arterial é de 180/110 mm Hg. A urina coletada em 24 horas demonstra oligúria, e a
análise urinária mostra hematúria. Qual das seguintes alterações descreve mais
adequadamente o distúrbio clínico desse paciente?
(A) Glomerulonefrite membranosa
(B) Nefrite hereditária
(C) Nefropatia da membrana basal glomerular delgada
(D) Síndrome nefrítica aguda
(E) Síndrome nefrótica
43. Um menino de 12 anos de idade queixa-se de inchaço nos pés nas últimas 3 semanas. Nos
outros aspectos, ele é saudável, sem doença conhecida pregressa. Os sinais vitais são
normais. O exame físico revela edema com cacifo dos membros inferiores e abdome inchado.
A análise da urina mostra proteína 4+, porém sem hemácias ou leucócitos. Qual das seguintes
opções fornece o diagnóstico mais provável a ser considerados na sua avaliação desse
paciente?
(A) Síndrome nefrótica por doença de lesão mínima
(B) Hipertensão maligna
(C) Necrose tubular aguda
(D) Glomerulonenefrite lúpica
(E) Tumor de Wilms
44. Um homem de 44 anos de idade queixa-se de inchaço nas pernas e ao redor dos olhos.
Seu abdome tornou-se protuberante e ele sente falta de ar. O exame físico revela edema
generalizado e ascite. A proteína sérica total é de 5,2 g/dL (referência = 5,5–8,0g/dL), e a
albumina é de 1,9 g/dL (referência = 3,5–5,5 g/dL). O colesterol sérico encontra-se elevado
(530 mg/dL). Há 5 g de proteína em uma amostra de urina de 24 horas. O sedimento urinário
contém muitos cilindros hialinos, porém nenhuma hemácia nem células inflamatórias. A biopsia
do rim foi positiva por imunofluorescência direta para IgG. Qual das seguintes alterações é o
diagnóstico mais provável?
(A) Doença por lesão mínima
(B) Glomerulonefrite segmentar focal
(C) Glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I
(D) Glomerulonefropatia membranosa
(E) Glomerulonefropatia por amilóide
45. Uma moça de 14 anos de idade apresenta história de 5 dias de hipertensão, oligúria e
hematúria. Ela fora atendida 2 semanas antes devido a uma infecção grave da garganta por
estreptococos do grupo A (-hemolíticos). A biopsia do rim exibe glomerulonefrite. A coloração
imunofluorescente para qual das seguintes proteínas conferiria a evidência mais forte para a
glomerulonefrite dessa paciente ser mediada por imunocomplexos?
(A) Complemento
(B) Fator de Hageman (fator da coagulação XII)
(C) Fibrinogênio
(D) Plasminogênio
(E) Trombina
46. Uma grávida de 20 anos de idade (grávida II, para I) queixa-se de desconforto pélvico
baixo, febre e dor durante a micção nos últimos 2 dias. Ela também relata ter observado
sangue na urina. Qual das seguintes alterações é a causa mais provável da hematúria nessa
paciente?
(A) Cálculos vesicais
(B) Carcinoma de células transicionais da bexiga
(C) Cistite aguda
(D) Glomerulonefrite pós-infecciosa
(E) Pielonefrite aguda
47. Um homem de 65 anos de idade apresenta episódio recente de hematúria indolor. Os
sinais vitais são normais. Todos os exames de sangue e a análise da urina são normais, exceto
pela presença de sangue na urina. O paciente fuma, mas não ingere bebidas alcoólicas. Qual
das seguintes alterações é a causa mais provável da hematúria nesse paciente?
(A) Cálculos vesicais
(B) Carcinoma da bexiga
(C) Carcinoma da próstata
(D) Cistite aguda
(E) Pielonefrite aguda
48. Um homem de 67 anos de idade queixa-se de maior freqüência de micção, dor à micção e
desconforto pélvico. O paciente foi submetido a uma ressecção transuretral da próstata 3
meses atrás, que precisou de um cateter de demora (tanto antes quanto após a cirurgia). As
culturas de urina são negativas. A cistoscopia revela múltiplas áreas de hemorragia na parede
da bexiga. A biopsia mostra fibrose da lâmina própria e uma predominância de linfócitos. Qual
das seguintes opções é a causa mais provável dos sintomas urinários nesse paciente?
(A) Cistite aguda
(B) Cistite crônica
(C) Divertículo da bexiga
(D) Linfoma maligno
(E) Malacoplaquia
49. Um homem de 72 anos de idade apresenta episódio repentino de hematúria indolor. A
cistoscopia revela um tumor papilar solitário, de 2 cm, na parede posterior da bexiga. A biopsia
revela estrutura papilar composta por epitélio transicional urotelial sem atipias acentuadas e
com invasão estromal superficial. Qual das seguintes alterações é o diagnóstico mais
provável?
(A) Adenocarcinoma
(B) Adenoma tubular
(C) Adenoma viloso
(D) Carcinoma de células transicionais de alto grau, invasor
(E) Carcionoma de células transicionais, papilar, de baixo grau
50. Um homem de 62 anos de idade apresenta história de 1 mês de hematúria indolor
intermitente. A cistoscopia revela múltiplas áreas planas, aveludadas e vermelhas, na mucosa
da bexiga. A histologia da biopsia revela lesão plana, não papilar, com epitélio do tipo
transicional apresentando displasia de alto grau sem invasão estromal. Qual das seguintes
alterações é o diagnóstico apropriado?
(A) Carcinoma de células transicionais in situ
(B) Carcinoma de células transicionais invasivo
(C) Cistite intersticial crônica
(D) Malacoplaquia
(E) Papiloma de células transicionais
Respostas
1. A resposta é B-deposição de lipídios e hiperplasia de células da musculatura
lisa. A aterosclerose é uma doença de artérias elásticas e musculares,
de grosso e médio calibres, que resulta no acúmulo progressivo,
no interior da íntima, de células inflamatórias, células
hiperplásicas da musculatura lisa, lipídios e tecido conjuntivo. A
lesão resultante característica, a placa lipídica (ateroma), contém
coleções de lipídios extracelulares e muitos macrófagos repletos
de lipídio (células espumosas). Não é um processo infl amatório
ou infeccioso agudo (opções A e D). A endarterite obliterante
(opção C) é uma lesão sifi lítica.
Diagnóstico: Aterosclerose
2. A resposta é B-aterosclerose e trombose. A fi gura demonstra um ateroma
associado a trombose. O ateroma maduro é muito trombogênico.
A trombose de uma placa aterosclerótica pode ocluir repentinamente
a luz de artérias musculares de calibre médio, provocando
necrose isquêmica de tecidos dependentes. A oclusão
trombótica pode manifestar-se como infarto do miocárdio, AVC
ou gangrena de alças intestinais ou membros inferiores.
Diagnóstico: Infarto do miocárdio
3. A resposta é A-aneurisma aórtico dissecante. O aneurisma dissecante
refere-se à entrada de sangue na parede arterial e sua extensão
ao longo do comprimento do vaso, que está associada a um enfraquecimento
da túnica média aórtica. Os pacientes com a síndrome
de Marfan correm grande risco de desenvolver aneurisma
aórtico dissecante devido à fraqueza congênita em artérias elásticas
de grosso calibre (proteína fi brilina anormal). A aorta mostrada
na fotografi a apresenta aterosclerose (opção C), que, por si
só, não é provável de causar a morte nesse paciente. O aneurisma
sacular (opção B) não está presente.
Diagnóstico: Aneurisma aórtico dissecante
4. A resposta é C-trombo a partir de aorta ateromatosa. Esse paciente apresenta
um aneurisma aórtico abdominal. O trombo que se forma
sobre o aneurisma pode transformar-se em êmbolo e se alojar em
um vaso distal. Nesse caso, um tromboêmbolo ocluiu a artéria
poplítea, provocando isquemia da perna esquerda do paciente.
Embora um trombo mural do ventrículo esquerdo (opção D)
possa formar êmbolo, não há evidências de infarto do miocárdio
nesse caso. As opções A, B e D são causas muito mais raras de
tromboembolia.
Diagnóstico: Tromboembolia arterial
5. A resposta é B-doença de Buerger. A doença de Buerger (tromboangiite
obliterante) é uma doença infl amatória oclusiva de artérias
de pequeno e médio calibres da porção distal dos braços e
das pernas. O papel etiológico do tabagismo tem sido enfatizado
pela observação de que a interrupção do tabagismo pode ser sucedida
por remissão. O exame microscópico de vasos afetados
revela infi ltrados polimorfonucleares estendendo-se para veias
e nervos vizinhos. A infl amação do endotélio está associada a
trombose e obliteração dos vasos afetados. As outras opções não
estão associadas a tabagismo e não exibem esses achados histológicos
característicos.
Diagnóstico: Doença de Buerger
6. A resposta é A-fi brilação ventricular. As arritmias contribuem com
50% de todas as mortes nas primeiras 24 horas após um infarto
agudo do miocárdio. Com freqüência, o infarto agudo está associado
a batimentos ventriculares prematuros, taquicardia ventricular,
bloqueio cardíaco completo e fi brilação ventricular. A causa
de arritmias é multifatorial, mas a isquemia aguda pode promover
transtornos da condução e irritabilidade do miocárdio. As
outras opções ocorrem após períodos mais longos.
Diagnóstico: Infarto do miocárdio
7. A resposta é D-tamponamento cardíaco. O espécime macroscópico
revela ruptura da parede do miocárdio, o que provoca tamponamento
cardíaco. Essa catástrofe refl ete o acúmulo de líquido
pericárdico (nesse caso, sangue), que restringe a movimentação
do coração. O pulso paradoxal (queda > 10 mm Hg na pressão
arterial na inspiração) é observado com freqüência nesses casos.
Diagnóstico: Hemopericárdio
8. A resposta é D-1 a 4 dias. A ruptura do miocárdio pode ocorrer
em praticamente qualquer momento durante os primeiros 3 dias
após um infarto, mas é encontrada mais freqüentemente entre o
primeiro e o quarto dia. Durante esse intervalo crítico, a parede
infartada encontra-se fraca, sendo composta por tecido necrótico
mole. A matriz extracelular no interior do infarto é degradada
por proteases liberadas por células infl amatórias. As opções A, B
e C são incorretas, porque a força da parede ventricular é mantida
durante as primeiras 24 horas. A opção E é incorreta porque
o tecido cicatricial que se formou até esse momento proporciona
estabilidade mecânica ao local da lesão.
Diagnóstico: Hemopericárdio, tamponamento cardíaco
9. A resposta é B-AVC. À medida que um infarto do miocárdio sofre
cura, a matriz colagenosa recém-depositada é suscetível a estiramento
e pode tornar-se dilatada. Trombose mural no aneurisma
é comum e pode levar à liberação de êmbolos ao cérebro (AVC).
A embolia pulmonar (opção C) envolve o sistema venoso e a circulação
direita do coração.
Diagnóstico: Aneurisma ventricular, trombo mural
10. A resposta é D-hipertensão pulmonar. O cor pulmonale é defi nido
como hipertrofi a e dilatação ventricular direitas, associadas a hipertensão
pulmonar. A etiologia mais comum do cor pulmonale
é a doença pulmonar obstrutiva crônica, geralmente como conseqüência
de tabagismo. A estenose pulmonar (opção A) é uma
causa rara de cor pulmonale.
Diagnóstico: Cor pulmonale
11. A resposta é A-cardiopatia hipertensiva. A hipertensão é defi nida
como um aumento persistente da pressão arterial sistêmica até níveis
superiores a 140 mm Hg (sistólica) ou 90 mm Hg (diastólica),
ou ambas. A hipertensão crônica provoca hipertrofi a compensatória
do ventrículo esquerdo em decorrência do aumento da carga
imposta ao músculo cardíaco. A parede ventricular esquerda e o
septo interventricular tornam-se uniformemente espessados.
Diagnóstico: Cardiopatia hipertensiva
12. A resposta é A-aneurisma dissecante. A dissecção da aorta refl ete hemorragia entre os
planos laminares da média, e, ao longo desses
mesmos planos, com a formação de um canal repleto de sangue
no interior da parede aórtica. Com freqüência, rompe-se para
fora, provocando hemorragia maciça para as cavidades intratorácicas.
Mais de 90% das dissecções ocorrem em homens com
idade entre 40 e 60 anos e antecedente de hipertensão. O segundo
principal grupo de pacientes, em geral mais jovens, apresenta
uma anormalidade de tecido conjuntivo, sistêmica ou localizada,
que afeta a aorta (p.ex., síndrome de Marfan).
Diagnóstico: Dissecção da aorta
13. A resposta é C-endocardite trombótica não-bacteriana. A endocardite
trombótica não-bacteriana, também conhecida como endocardite
marântica, refere-se à presença de vegetações estéreis em valvas
cardíacas aparentemente normais, quase sempre associadas
a câncer ou alguma outra doença debilitante. A causa da endocardite
marântica não é bem compreendida, mas é atribuída a
um aumento da coagulabilidade sangüínea e depósito de imunocomplexos.
O principal risco consiste na embolização para órgãos
distantes. A endocardite bacteriana subaguda (opção B) exibe
culturas de sangue positivas.
Diagnóstico: Endocardite marântica
14. A resposta é D-estenose aórtica calcificada. A estenose aórtica calcifi -
cada refere-se a uma estenose do orifício da valva aórtica em decorrência
da deposição de cálcio nas cúspides e no anel valvares.
Existem três causas principais para a patologia: doença reumática,
estenose calcificada senil e estenose aórtica bicúspide congênita.
A estenose aórtica calcifi cada está relacionada com o efeito
cumulativo dos anos de traumatismo devido ao fl uxo sangüíneo
turbulento ao redor da valva. A valva aórtica bicúspide (opção E)
é incorreta, porque são mostradas três cúspides valvares. Vegetações
da endocardite marântica (opção C) estão ausentes.
Diagnóstico: Estenose aórtica calcificada
15. A resposta é E-pneumonia lobar. O termo pneumonia lobar refere-se
à consolidação de um lobo inteiro; a broncopneumonia (opção
B) signifi ca focos sólidos dispersos no mesmo lobo ou em vários
lobos. A pneumonia lobar manifesta-se com uma consolidação
difusa de um ou mais lobos pulmonares. Em oposição à pneumonia
lobar, a pneumonia intersticial (opção D) basicamente envolve
os septos alveolares. A pneumonia atípica (opção C) é encontrada
com maior freqüência na pneumonia por micoplasmas.
O abscesso pulmonar (opção A) pode ser uma complicação de
pneumonia lobar ou de broncopneumonia.
Diagnóstico: Pneumonia lobar
16. A resposta é E-fibrose de septos alveolares-dano alveolar difuso em organuização.
A fase de organização de lesão alveolar difusa começa aproximadamente 1 semana após a
lesão inicial. Essa fase é marcada pela proliferação de fi broblastos
no interior das paredes alveolares. Macrófagos alveolares digerem
os remanescentes de membranas hialinas e outros resquícios
celulares. A seguir, fi brose frouxa torna espessos os septos alveolares.
Essa fi brose sofre resolução em casos leves, porém, nos
casos graves, pode evoluir para a reestruturação do parênquima
pulmonar e a formação de cistos.
Diagnóstico: Lesão alveolar difusa
17. A resposta é A-atelectasia. O pneumotórax, defi nido como presença
de ar na cavidade pleural, pode ser causado por perfuração
traumática da pleura ou pode ser espontâneo. Os casos traumáticos
incluem feridas penetrantes da parede torácica (p.ex., ferida
perfurante ou fratura de costela). O pneumotórax traumático é
mais comumente iatrogênico e diagnosticado após aspiração de
líquido oriundo da pleura (toracocentese), biopsias pleurais ou
pulmonares, biopsias transbrônquicas e ventilação assistida com
pressão positiva. O pneumotórax causa colabamento de pulmão
previamente expandido, um distúrbio denominado atelectasia.
Outras causas de atelectasia são defi ciência de surfactante, compressão
dos pulmões e obstrução brônquica. O quilotórax (opção
E) consiste no acúmulo de líquido linfático no interior do
espaço pleural e é uma complicação rara de traumatismo.
Diagnóstico: Atelectasia
18. A resposta é C-enfisema. Doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) é um termo inespecífi co que descreve pacientes com
bronquite crônica ou enfi sema que mostram uma diminuição no
volume expiratório forçado. O enfi sema caracteriza-se principalmente
por pulmões hiperinsufl ados. A bronquite crônica (opção
B) ocorre após infecções recorrentes e, assim como a asma (opção
A), em geral não está associada a pulmões hiperinsufl ados. A
principal causa de enfi sema é o tabagismo, e o enfi sema de moderado
a grave é raro em não-fumantes.
Diagnóstico: Enfi sema
19. A resposta é A-destruição das paredes dos espaços aéreos sem fi brose.
Enfi sema é uma doença pulmonar crônica caracterizada por aumento
dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com
destruição de suas paredes, porém sem fi brose nem infl amação.
Diagnóstico: Enfi sema
20. A resposta é A-asma. A asma é uma doença pulmonar crônica
causada por aumento da responsividade das vias respiratórias a
diversos estímulos. Os pacientes quase sempre apresentam crises
de sibilos, dispnéia e tosse. Os episódios agudos de asma podem
alternar-se com períodos assintomáticos ou podem ser sobrepostos
em um contexto de obstrução crônica das vias respiratórias.
A hipótese de consenso atribui a hiper-responsividade brônquica
na asma a uma reação infl amatória a diversos estímulos, sejam
extrínsecos (p.ex., pólen) ou intrínsecos (p.ex., exercícios físicos).
A asma extrínseca é tipicamente uma doença infantil, ao
passo que a asma intrínseca, em geral, começa em adultos.
Diagnóstico: Asma
21. A resposta é A-antracose-silicose. A poeira do carvão compõe-se de
carbono amorfo e outros constituintes da superfície da terra,
incluindo quantidades variáveis de sílica. O carbono amorfo,
por si só, não é fi brogênico porque não é capaz de destruir macrófagos
alveolares. É simplesmente uma poeira incômoda que
provoca antracose inócua. Por outro lado, a sílica é muito fi brogênica,
e a inalação de partículas de rochas pode, por conseguinte,
provocar lesões de antracose-silicose. A pneumoconiose
dos mineiros de carvão também é conhecida como “doença
do pulmão negro” devido aos depósitos maciços de partículas
de carbono.
Diagnóstico: Doença pulmonar dos mineiros de carvão, antracose-silicose
22. A resposta é B-granulomatose de Wegener. A granulomatose de Wegener
(GW) é uma doença de etiologia desconhecida, caracterizada
por infl amação granulomatosa necrosante asséptica e vasculite.
Essa doença afeta o trato respiratório superior e inferior
e os rins. Os aspectos pulmonares da GW incluem infl amação
granulomatosa necrosante, necrose do parênquima e vasculite.
Na maioria dos casos, múltiplos nódulos, variando entre 2 e 3
cm de diâmetro, são vistos nos pulmões. A GW afeta mais comumente
a cabeça e o pescoço, sucedidos por pulmão, rim e olho.
As manifestações respiratórias incluem sinusite, tosse, hemoptise
e pleurite. O envolvimento sinusal não é comum nas opções
incorretas. A síndrome de Churg-Strauss (opção D) compartilha
algumas características com a GW, mas se caracteriza por asma,
eosinofi lia periférica e P-ANCA.
Diagnóstico: Granulomatose de Wegener
23. A resposta é B-sarcoidose. A sarcoidose é uma doença granulomatosa
de etiologia desconhecida. Na sarcoidose, o pulmão é o
órgão envolvido com maior freqüência, mas linfonodos, pele e
olhos também são alvos comuns. A enzima conversora da angiotensina
(ECA) é produzida por macrófagos epitelióides e encontra-
se elevada no sangue. É comum a regressão espontânea das
lesões, porém, em alguns casos, a doença provoca fi brose pulmonar
e insufi ciência respiratória. Os sintomas de doença pulmonar
incluem dispnéia, tosse e sibilo. Nenhuma das outras opções
está associada a aumento dos níveis séricos de ECA.
Diagnóstico: Sarcoidose
24 – A resposta é E - Tubersulose
25. A resposta é A-adenocarcinoma. O adenocarcinoma do pulmão manifesta-
se em geral como uma massa subpleural periférica composta
de estruturas neoplásicas semelhantes a glândulas. CânceSistema
res do pulmão centrais (hilares) podem ser de qualquer um dos
tipos histológicos (p.ex., opções B, C e D), ao passo que os cânceres
de pulmão periféricos são diagnosticados mais comumente
como adenocarcinomas. Com freqüência, estão associados a
fi brose pleural e cicatrizes subpleurais. Na apresentação inicial,
os adenocarcinomas em geral consistem em massas irregulares,
embora possam ser grandes a ponto de substituir completamente
o lobo inteiro do pulmão. O mesotelioma (opção E) tem base
na pleura.
Diagnóstico: Adenocarcinoma do pulmão
26. A resposta é C-carcinoma de células pequenas. O carcinoma de células
pequenas (anteriormente denominado carcinoma de “células
em aveia”) é um tumor epitelial muito maligno do pulmão, e que
exibe características neuroendócrinas. Contribui com 20% de todos
os cânceres do pulmão e está fortemente associado a tabagismo.
As metástases ocorrem precocemente e são disseminadas. Os
tumores carcinóides (opção E) também contêm grânulos neuroendócrinos,
mas as células tumorais encontram-se organizadas em
um padrão diferenciador. Além disso, a síndrome de Cushing é
encontrada com freqüência em pacientes com carcinoma de células
pequenas, mas não no tumor carcinóide (opção E).
Diagnóstico: Carcinoma de células pequenas do pulmão
27. A resposta é C-mesotelioma. O mesotelioma maligno é uma neoplasia
de células mesoteliais que é mais comum na pleura, mas
também ocorre no peritônio, no pericárdio e na túnica vaginal
do testículo. O tumor está fortemente associado a exposição
ocupacional (inalação) a asbesto. Com freqüência, os pacientes
manifestam primeiramente um derrame pleural ou uma massa
pleural, dor torácica e sintomas inespecífi cos, como perda de
peso e mal-estar. Os mesoteliomas pleurais tendem a se disseminar
localmente e extensivamente no interior da cavidade torácica.
Podem ocorrer metástases disseminadas.
Diagnóstico: Mesotelioma
28. A resposta é B – pneumonite intersticial
29. A resposta é D-melena. Estima-se que as úlceras pépticas do estômago
e duodeno acometam 10% da população dos países industrializados
ocidentais em algum momento durante a vida. As
úlceras pépticas manifestam-se como úlceras arredondadas, em
saca-bocado. A erosão através das artérias provoca sangramento
e anemia ferropriva. Melena refere-se a fezes negras como piche,
compostas principalmente de sangue oriundo do trato digestivo
alto e que foi processado pela ação dos sucos gástricos. A melena
é encontrada com freqüência em pacientes que sofrem de úlcera
péptica crônica. Diferentemente das úlceras duodenais, a maioria
dos pacientes com úlceras gástricas secreta quantidades normais
ou diminuídas de ácido gástrico (ver opção C).
Diagnóstico: Úlcera péptica
30. A resposta é A-adenocarcinoma. O adenocarcinoma do estômago
contribui com mais de 95% dos casos de tumores gástricos malignos.
A maioria dos pacientes apresenta metástases no momento
em que são atendidos para exame. O sintoma inicial mais freqüente
do câncer gástrico é a perda de peso, em geral associada
a anorexia e náusea. A maioria dos pacientes queixa-se de dor
epigástrica, um sintoma que mimetiza úlcera gástrica benigna e,
com freqüência, é aliviada por antiácidos ou por antagonistas de
receptor H2. Ao exame macroscópico, o câncer gástrico revela-se
uma massa polipóide, fungóide ou ulcerada, ou como infi ltração
difusa da parede do estômago. Esse paciente tem um carcinoma
ulcerativo. A úlcera péptica (opção E) não se manifesta, de modo
típico, com perda rápida de peso, e as úlceras benignas em geral
não apresentam margens elevadas irregulares.
Diagnóstico: Adenocarcinoma gástrico
31. A resposta é D-tumor estromal gastrintestinal. Os tumores estromais
gastrintestinais (TEGI) derivam de células de marca-passo de
Cajal. Dentre eles, encontra-se a grande maioria dos tumores estromais
derivados do mesênquima de todo o trato gastrintestinal.
Os TEGIs gástricos em geral encontram-se na submucosa e
cobertos por mucosa íntegra. À microscopia, os tumores exibem
células fusiformes com citoplasma vacuolado. Os TEGIs são considerados
de baixo potencial maligno e são removidos cirurgicamente.
O adenocarcinoma gástrico (opção A) com freqüência
não exibe morfologia de células fusiformes.
Diagnóstico: Tumor estromal gastrintestinal
32. A resposta é D-linfoma gástrico. O linfoma gástrico é a forma mais
comum de linfoma extranodal, compreendendo 20% de todos
os tumores desse tipo. O linfoma gástrico tem prognóstico consideravelmente
melhor do que o carcinoma gástrico (45% de sobrevida
de 5 anos). Os sintomas clínicos do linfoma gástrico são
inespecífi cos e indistinguíveis dos sintomas do carcinoma gástrico
(p.ex., perda de peso, dispepsia e dor abdominal). A maioria
dos linfomas gástricos é constituída por neoplasias de células B
de grau baixo do tipo MALToma (mucosa-associated lymphoid
tissue [tecido linfóide associado a mucosa]), que surgem no contexto
de gastrite crônica por Helicobacter pylori associada a hiperplasia
linfóide. Alguns desses linfomas regridem após erradicação
da infecção. As outras opções não demonstram a lesão
linfóide mostrada aqui.
Diagnóstico: Linfoma gástrico, MALToma
33. A resposta é D-tricobezoar. Os bezoares são corpos estranhos no
estômago, compostos de alimento ou cabelo, que foram alterados
pelo processo digestivo. A massa removida do estômago
nessa paciente é uma bola de cabelo (tricobezoar) no interior
de uma matriz gelatinosa. Em geral, o tricobezoar é encontrado
em meninas de cabelo longo ou em mulheres jovens que comem
o próprio cabelo como um tique nervoso (tricotilomania;
também denominada síndrome de “Rapunzel”). Um tricobezoar
desse tipo pode aumentar por acréscimo, formando um molde
completo do estômago. Fios de cabelo podem estender-se para o
intestino delgado, alcançando o cólon transverso (síndrome de
Rapunzel). Os fi tobezoares (opção B) são concreções de material
vegetal, que em geral ocorrem em indivíduos com distúrbios que
interferem com o esvaziamento gástrico.
Diagnóstico: Tricobezoar, bezoar, síndrome de Rapunzel
34. A resposta é B-adenoma viloso com displasia de alto grau.
35. A resposta é B-adenoma tubular. Os adenomas tubulares constituem
dois terços dos adenomas colônicos benignos. Quase sempre são
lesões de superfície lisa, em geral com diâmetro inferior a 2 cm,
e, com freqüência, possuem um pedúnculo. À microscopia, os
adenomas tubulares exibem túbulos epiteliais intimamente condensados,
que podem ser uniformes ou irregulares com ramifi -
cações excessivas. Com freqüência, ocorre desenvolvimento de
displasia e carcinoma nos adenomas tubulares. Desde que os focos
displásicos permaneçam confi nados à mucosa do pólipo, a
lesão é quase sempre curada por ressecção. O adenocarcinoma
(opção A) é incorreto porque a lesão não apresenta características
displásicas. O epitélio pseudo-estratifi cado não é uma característica
de tumor carcinóide (opção E) ou de pólipo hiperplásico
(opção D). As opções incorretas não exibem tipicamente um
pedúnculo.
Diagnóstico: Adenoma colônico
36. A resposta é B-adenoma viloso. Esses pólipos compreendem um
terço dos casos de adenoma do cólon e são encontrados predominantemente
na região retossigmóide. Tipicamente, são grandes
lesões elevadas, com base ampla, exibindo uma superfície irregular
semelhante a couve-fl or. À microscopia, os adenomas vilosos
compõem-se de processos semelhantes a dedos, altos e fi nos,
que superfi cialmente assemelham-se às vilosidades do intestino
delgado. Quando comparados a adenomas tubulares (opção A),
os adenomas vilosos contêm mais freqüentemente focos de carcinoma.
Pólipos hiperplásicos (opção D) apresentam um risco
muito mais baixo de transformação maligna.
Diagnóstico: Adenoma colônico
37. A resposta é A-APC. A ilustração mostra numerosos adenomas do
cólon, compatíveis com a polipose adenomatosa familiar (PAF),
também denominada polipose adenomatosa do cólon (PAC).
Essa doença de hereditariedade autossômica dominante soma
cerca de 1% dos casos de câncer colorretal. Caracteriza-se pelo
desenvolvimento progressivo de inúmeros pólipos adenomatosos
colorretais, em particular na região retossigmóide. Mutações
na linhagem germinativa do gene APC (de adenomatous polyposis
coli), um suposto gene de supressão tumoral, são responsáveis
pela PAF. O carcinoma do colo e do reto é inevitável nesses
pacientes, e a média de idade de início situa-se nos 40 anos. O
gene DCC (deleted in colon cancer [deletado no câncer do cólon],
opção C) é um suposto gene supressor tumoral que, com freqüência,
está ausente nos cânceres colorretais. Mutações de atiTrato
vação do proto-oncogene ras (opção E) ocorrem precocemente
nos adenomas tubulares do cólon.
Diagnóstico: Polipose adenomatosa familiar, polipose adenomatosa do cólon
38. A resposta é D-sarcoma de Kaposi. O sarcoma de Kaposi do trato GI
é encontrado quase exclusivamente em pacientes com AIDS.
Um terço a metade dos pacientes com AIDS com sarcoma de
Kaposi cutâneo manifesta envolvimento do trato GI. Na maioria
dos pacientes, o sarcoma de Kaposi intestinal não provoca sintomas,
embora tenham sido relatados sangramento gastrintestinal,
obstrução e malabsorção. As outras opções não estão associadas
de modo específi co à AIDS.
Diagnóstico: AIDS, sarcoma de Kaposi
39. A resposta é A-cirrose. A cirrose representa o estágio fi nal da doença
hepática crônica e se caracteriza por fi brose extensa e formação
de nódulos de regeneração. Os pacientes com cirrose freqüentemente
apresentam complicações de hipertensão porta,
como ascite, esplenomegalia e varizes esofágicas. Estas originamse
da abertura de colaterais venosas portossistêmicas. Colaterais
ingurgitadas na submucosa do terço inferior do esôfago e da porção
superior do estômago, que se dilatam e se projetam para o
interior da luz, são suscetíveis à hemorragia. O prognóstico de
pacientes com varizes esofágicas hemorrágicas é sombrio, com
uma taxa de mortalidade de 40%. A laceração de Mallory-Weiss
(opção E) é uma causa possível de hematêmese, mas é vista apenas
em pacientes com vômitos prolongados. As outras opções
não se manifestam associadas a hipertensão porta ou sinais sistêmicos
de doença hepática em estágio terminal.
Diagnóstico: Cirrose alcoólica, varizes esofágicas hemorrágicas
40. A resposta é D-pancreatite aguda. A pancreatite aguda é defi nida
como um distúrbio infl amatório do pâncreas exócrino que decorre
de lesão das células acinares. Essa doença se manifesta por
meio de um espectro de sinais e sintomas. As formas graves
racterizam-se pelo início repentino de dor abdominal, com freqüência
acompanhada por sinais de choque (hipotensão, taquipnéia
e taquicardia). A liberação de amilase e lipase do pâncreas
lesado para o soro proporciona um marcador sensível para a monitoração
de lesão de células acinares. O derrame pleural esquerdo
é um achado comum em pacientes com pancreatite aguda devido
à irritação local abaixo do diafragma. As outras opções não
manifestam elevações nos níveis de amilase e lipase séricas.
Diagnóstico: Pancreatite, aguda
41. A resposta é E-pelve. A maioria dos rins ectópicos localiza-se ao
longo da via de migração renal durante o desenvolvimento fetal
e é caudal à posição lombar normal. Durante a vida fetal, os rins
inicialmente se localizam na porção baixa do abdome. À medida
que o desenvolvimento progride, normalmente eles se movem
para cima na direção de sua posição permanente. Os rins que
não alcançam a área lombar, mas permanecem na pelve ou na
área pré-sacral, são considerados ectópicos.
Diagnóstico: Rim ectópico
42. A resposta é D-síndrome nefrítica aguda. Esse caso é ilustrativo da
síndrome nefrítica no contexto de glomerulonefrite pós-estreptocócica.
A síndrome nefrítica caracteriza-se por hematúria (microscópica
ou macroscópica), graus variáveis de proteinúria e diminuição
da taxa de fi ltração glomerular. Resulta em elevações
da uréia e da creatinina séricas, e também em oligúria, retenção
de sal e água, edema e hipertensão. As doenças glomerulares associadas
à síndrome nefrítica são causadas por alterações infl amatórias
nos glomérulos, como infi ltração por leucócitos, hiperplasia
de células glomerulares e, em lesões graves, necrose. As
outras opções não estão relacionadas a faringite estreptocócica.
As opções A, C e E não se manifestam com hematúria.
Diagnóstico: Síndrome nefrítica, glomerulonefrite pós-infecciosa aguda
43. A resposta é A-doença por lesão mínima. A glomerulopatia por lesão
mínima provoca 90% dos casos de síndrome nefrótica em crianças
pequenas e 15% dos casos em adultos. Em geral, a proteinúria
é mais seletiva (albumina > globulinas) do que na síndrome
nefrótica causada por outras doenças; porém, essa seletividade
não pode ser usada como critério diagnóstico porque há muitas
sobreposições. Essa doença caracteriza-se patologicamente por
fusão (apagamento) dos pedicelos epiteliais viscerais; no entanto,
tal alteração só pode ser visualizada à microscopia eletrônica.
A glomerulopatia por lesão mínima é tratada com sucesso com
corticóides e não evolui para insufi ciência renal. A glomeruloesclerose
segmentar focal (GSF) é a causa da síndrome nefrótica
em 10% das crianças e 30% dos adultos. GSF é o termo aplicado
a um grupo heterogêneo de doenças glomerulares que têm diferentes
causas, como mutações, vírus, fármacos e fatores séricos.
A púrpura de Henoch-Schönlein e a nefrite lúpica (opção D) em
geral se manifestam com síndrome nefrítica e erupção cutânea,
entre outros sinais e sintomas. O tumor de Wilms (opção E) não
é uma causa de síndrome nefrótica.
Diagnóstico: Síndrome nefrótica por lesão mínima
44. A resposta é D-glomerulopatia membranosa. A glomerulopatia membranosa
é uma causa freqüente da síndrome nefrótica em adultos
e é causada pelo acúmulo de imunocomplexos na zona subepitelial
de capilares glomerulares. A microscopia com imunofl uorescência
revela depósitos granulares de IgG delineando as alças
capilares glomerulares. O curso da glomerulopatia membranosa
é muito variável, com uma gama de resultados possíveis, inclusive
a remissão espontânea (25%), proteinúria persistente e função
renal estável ou com perda apenas parcial (50%) e insufi ciência
renal (25%). A glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I
(opção C) é uma doença crônica por imunocomplexos e se caracteriza
pela deposição granular de imunoglobulina e complemento
nas alças capilares glomerulares e no mesângio.
Diagnóstico: Glomerulopatia membranosa
45. A resposta é A-complemento. Na glomerulonefrite pós-infecciosa
aguda, imunocomplexos localizam-se nos glomérulos por meio
da deposição a partir da circulação ou por formação in situ, à medida
que antígenos bacterianos se ligam a anticorpos circulantes.
A biopsia renal mostra fi xação do complemento. A ativação do
complemento é tão extensa que mais de 90% dos pacientes com
glomerulonefrite pós-infecciosa desenvolvem hipocomplementemia.
O complemento e outros mediadores infl amatórios atraem
e ativam neutrófi los e monócitos, que estimulam a proliferação
de células mesangiais e endoteliais, resultando em glomerulonefrite
proliferativa difusa. Tipicamente, o nível de C3 sérico
encontra-se deprimido durante a síndrome aguda, mas retorna
ao normal em 1 a 2 semanas.
Diagnóstico: Glomerulonefrite aguda, síndrome nefrítica
46. A resposta é C-cistite aguda. A cistite aguda é uma infl amação da
bexiga, particularmente comum em mulheres; também é uma infecção
hospitalar freqüente em pacientes internados. Na maioria
dos casos, a cistite refl ete infecção ascendente do trato urinário
inferior. Os fatores relacionados com infecção da bexiga incluem
cálculos vesicais, obstrução da saída da bexiga, diabetes melito,
imunodefi ciência, instrumentação ou cateterismo pregressos, radioterapia
e quimioterapia. O risco de cistite em mulheres aumenta
devido à uretra curta, em especial durante a gravidez. O
exame da urina em geral revela células infl amatórias, e o agente
causal pode ser identifi cado por cultura da urina. A pielonefrite
aguda (opção E) tem maior probabilidade de apresentar dor no
fl anco, sem hematúria macroscópica. Cálculos vesicais (opção A)
e carcinoma de células transicionais da bexiga (opção B) seriam
causas improváveis de hematúria macroscópica na faixa etária
desse paciente.
Diagnóstico: Cistite, aguda
47. A resposta é B-carcinoma da bexiga. O câncer da bexiga soma 3 a
5% de todas as mortes relacionadas com câncer. O carcinoma de
células transicionais da bexiga quase sempre se manifesta como
hematúria repentina e, com menor freqüência, como disúria. O
câncer da bexiga pode ser diagnosticado em qualquer faixa etária,
mas a maioria dos pacientes (80%) tem entre 50 e 80 anos de
idade. Os homens são afetados três vezes mais freqüentemente
do que as mulheres. O tabagismo é um fator de risco conhecido
para câncer da bexiga. As opções A, D e E são, com maior freqüência,
sintomáticas. O carcinoma da próstata (opção C) é uma
causa rara de hematúria.
Diagnóstico: Carcinoma de células transicionais da bexiga
48. A resposta é B-cistite crônica. Praticamente todos os pacientes com
cistite aguda ou crônica queixam-se de polaciúria, dor durante
a micção (disúria) e desconforto abdominal baixo ou pélvico. A
introdução de patógenos na bexiga pode ocorrer durante instrumentação
(p. ex., cistoscopia) e é particularmente comum em
pacientes nos quais cateteres de demora permanecem por períodos
prolongados. A não resolução da reação infl amatória está
associada aos marcos da cistite crônica, o que inclui predominância
de linfócitos e fi brose da lâmina própria. A cistite aguda
(opção A) caracteriza-se por infl amação aguda e hemorragia. Divertículos
da bexiga (opção C), malacoplaquia (opção E), e linfoma
maligno da bexiga (opção D) não são freqüentes.
Diagnóstico: Cistite, crônica
49. A resposta é E-carcinoma urotelial de baixo grau, papilar. Os tumores epiteliais, cuja
maioria constitui-se de carcinomas de células transicionais, somam
mais de 98% de todos os tumores primários da bexiga. Essas lesões
compreendem um espectro que inclui, numa extremidade,
papilomas benignos e carcinomas papilares exofíticos de grau
baixo e, na outra extremidade, carcinomas de células transicionais
invasivos e outros tumores muito malignos. O papiloma de
células transicionais da bexiga com freqüência é um achado ocasional
ou após hematúria indolor. Papilomas exofíticos benignos
constituem 2 a 3% dos tumores epiteliais da bexiga e ocorrem,
mais freqüentemente, em homens com idade superior a 50 anos.
Esses tumores mostram frondes papilares revestidas por epitélio
transicional, que são praticamente indistinguíveis do urotélio
normal. À cistoscopia, a maioria dos pacientes mostra lesões solitárias,
com 2 a 5 cm de diâmetro, embora papilomas múltiplos
não sejam raros. O carcinoma de células transicionais papilar, de
grau alto (opção D) é incorreto porque a lesão mostrada apresenta
atipia citológica mínima.
Diagnóstico: Carcinoma de células transicionais papilar da bexiga
7. A resposta é A-carcinoma de células transicionais in situ. O termo carcinoma
in situ é reservado para alterações malignas confinadas ao
urotélio plano na mucosa não-papilar da bexiga. A lesão caracteriza-
se por urotélio que exibe atipia celular de todo o epitélio
da mucosa, desde a camada basal até a superfície. O carcinoma
de células transicionais invasivo (opção B) é incorreto, porque
não há invasão da lâmina própria. Em um terço dos casos, o carcinoma
da bexiga in situ está associado a subseqüente carcinoma
invasivo. A maioria dos carcinomas de células transicionais
invasivos surge de carcinoma in situ, e não de câncer de células
transicionais papilar. Confi nada à superfície da mucosa, a lesão
in situ é observada mais freqüentemente, por meio de endoscopia,
como áreas planas, aveludadas, vermelhas e múltiplas, semelhantes
a carcinoma de células transicionais papilar. O papiloma
de células transicionais (opção E) não exibe atipia conforme
mostrado na fotomicrografi a.
Diagnóstico: Carcinoma de células transicionais in situ