prova escrita nacional de prática processual penal - novembro de 2009

Upload: advogadosestagiarios

Post on 08-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/7/2019 Prova escrita nacional de Prtica Processual Penal - Novembro de 2009

    1/3

    ORDEM DOS ADVOGADOS

    CNEF / CNAComisso Nacional de Estgio e Formao / Comisso Nacional de Avaliao

    PROVA ESCRITA NACIONAL DOEXAME FINAL DE AVALIAO E

    AGREGAO

    (RNE)Questes de Prtica Processual Penal

    (5,5 valores)

    28 de Novembro de 2009

  • 8/7/2019 Prova escrita nacional de Prtica Processual Penal - Novembro de 2009

    2/3

    LEIA PRIMEIRO TODO O ENUNCIADO E RESPONDA DEPOIS DE FORMA

    SINTTICA E OBJECTIVA A TODAS AS QUESTES ABAIXO INDICADAS,INDICANDO AS DISPOSIES LEGAIS APLICVEIS E FUNDAMENTANDO AS

    SUAS RESPOSTAS, TENDO EM CONSIDERAO A SEGUINTE HIPTESE:

    No dia 10 de Junho de 2009 pelas 06H45, no acesso A3, no Concelho da Maia, Carlos

    Maria Trindade, solteiro, estudante, nascido em 10 de Junho de 1981, conduzia o

    veculo ligeiro de passageiros com a matrcula 00-07-BB, tendo tido um acidente de

    viao com um outro veculo, que causou danos materiais a ambas as viaturas.

    Chamada a PSP a mesma levantou um auto da ocorrncia e submetido o referido

    Carlos a exame de pesquisa de lcool no ar expirado, apresentou o mesmo uma taxa

    de lcool no sangue (TAS) de 1,36 gramas, conforme ficou registado (talo 1234).

    Efectuada a contra prova apresentou uma TAS de 1,25 g/l TAS. Os testes de prova e

    contra prova foram realizados no aparelho de controlo de alcoolemia marca Drger,

    modelo Alcotest 7110 MK III P, srie n. ARRA-0013, aprovado pelo IPQ 211.06-

    07.3.06, publicado no D. R. n. 109, II srie, de 06/Jun./07, sob despacho de 11037/07.

    Constitudo arguido apenas e to s por esta ltima situao, foram-lhe comunicados

    os seus direitos e deveres, bem como que poderia apresentar na audincia de

    julgamento at cinco testemunhas de defesa.

    Mais foi notificado para comparecer em 11 de Junho de 2009, pelas 10H00 no Tribunal

    Judicial da Comarca da Maia, tendo ainda sido sujeito a Termo de Identidade e

    Residncia e logo depois restitudo liberdade.

    Tinha sido a primeira vez que o referido Carlos Maria Trindade foi detido ou se

    apresentava num Tribunal para ser julgado.

    a)

    O Carlos Maria Trindade contactou-o(a) enquanto advogado(a), relatando-lhe o

    sucedido e sem lhe passar uma procurao escrita pretendeu que o patrocinasse na

    audincia de julgamento. O que devia fazer o referido Carlos logo no incio dessa

    audincia de julgamento?

    Cotao 0,5

  • 8/7/2019 Prova escrita nacional de Prtica Processual Penal - Novembro de 2009

    3/3

    b)

    O Carlos Maria Trindade antes da audincia de julgamento encontrava-se um

    pouco nervoso e informou-o(a) que era a primeira vez que tinha tido problemas com ajustia. Questionou-o(a) sobre a possibilidade de no ser julgado. Qual a informao

    que lhe daria? Em caso afirmativo, exponha as diligncias e os formalismos que

    seriam necessrios para realizar, com sucesso, a inteno manifestada por Carlos

    Trindade.

    Cotao 2,0 vals

    c)

    1) No incio da audincia de julgamento compareceu o outro interveniente no acidente

    de viao, acompanhado do seu advogado, o qual apresentou a respectiva procurao

    forense e declarou verbalmente que pretendia constituir-se assistente. Ouvido o

    Ministrio Pblico o mesmo disse que no era o momento para requerer essa

    pretenso. Sendo-lhe dada a palavra para se pronunciar enquanto advogado(a) do

    Carlos, em que sentido e com que argumentos sustentaria, ento, a posio da

    defesa?

    Cotao 1,0 vals.

    d)

    Aps o interrogatrio do Carlos Maria Trindade, que admitiu os factos em

    causa e aps ter sido consignado em acta essa confisso, efectuada de modo integral

    e sem reservas, o mesmo Carlos relatou a sua situao econmica e pessoal, tendo o

    Ministrio Pblico e a defesa apresentado as suas alegaes. Ouvido o Carlos pela

    ltima vez, a Sr. Juza retirou-se por breve instantes da sala por se encontrar mal

    disposta. Passados poucos momentos voltou um Sr. Juiz dando conta que a sua

    colega tinha sido conduzida ao Hospital e que seria ele prprio a proferir a sentena, o

    que imediatamente fez, condenando o arguido.

    Enquanto advogado(a)defensor, diga como procederia para reagir, tempestivamente, a

    esta deciso e exponha, apresentando os fundamentos, o meio processual que

    entende como mais correcto para o efeito.

    Cotao 2,0 vals.