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PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA – CERMAM 2019/2020_02 CONHECIMENTOS EM CLÍNICA MÉDICA

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CLÍNICA MÉDICA 01. Paciente de 68 anos de idade, motorista, começou

a apresentar quadro de distúrbio cognitivo progressivo associado a incontinência urinaria e dificuldade para locomoção. Qual o diagnóstico provável? a) Doença de Alzheimer b) Degeneração subaguda combinada da medula c) Paraparesia espástica tropical d) Sindrome de Hakim-Adams

02. Paciente de 65 anos de idade, motorista,

apresentando bradicinesia, rigidez, tremores, dificuldade de atenção e concentração, confusão extrema com alucinações e flutuações do estado mental, sensibilidade a neurolépticos. O diagnóstico é: a) Demência por corpúsculo de Lewy b) Doença de Parkinson c) Paralisia supranuclear progressiva d) demência vascular

03. Paciente de 23 anos de idade, universitária,

apresentou queda da própria altura, não conseguindo se levantar, sem auxílio. À admissão na emergência, estava paraparética com reflexos ausentes medicada com sintomáticos e encaminhada para fisioterapia e neurologia. Cerca de 2 anos após, apresentou episódio semelhante, sendo realizada ressonância magnética de crânio que mostrou lesões em “dedos de Luva” (“Dawson’s fingers”) algumas impregnadas pelo gadolínio e presença de lesão em nervo óptico a esquerda. Qual exame solicitaria para complementar o seu diagnóstico? a) Antiaquaporina-4 b) Pesquisa de bandas oligoclonais c) Pesquisa de proteína 14.3.3 d) Sorologia para JC vírus

04. Paciente de 50 anos de idade, diabético, com quadro

súbito de ptose palpebral, pupila midriática e estrabismo divergente a direita é muito sugestivo de: a) Aneurisma de artéria basilar b) Aneurisma de artéria comunicante anterior c) Aneurisma de artéria comunicante posterior d) Aneurisma de artéria cerebral média

05. Um paciente de 20 anos de idade teve o

diagnóstico recente de epilepsia. Apresentava como manifestações sensação parestésicas ou disestésicas, principalmente da face e braço. Esse tipo de manifestação clínica é decorrente de epilepsia focal em qual topografia? a) Frontal b) Parietal c) Temporal d) Occipital

06. Em pacientes com insuficiência hepática fulminantes por paracetamol deve ser administrado o antídoto: a) N-acetilcisteína b) Prednisolona c) Carvão ativado d) Flumazenil

07. Sobre a doença celíaca, podemos afirmar que:

a) A amamentação e o tempo de introdução do

trigo na dieta podem reduzir o risco ou atrasar o aparecimento da doença celíaca em crianças sob risco.

b) O tratamento é realizado com corticoide, seguido de manutenção com azatioprina.

c) São fatores de risco para doença celíaca os indivíduos com diabetes melito tipo I e II, doença auto-imune da tireoide, cirrose biliar primária, síndrome de Turner e síndrome de Down.

d) O tratamento da doença celíaca previne a progressão da doença, porém não há remissão com melhora do padrão histológico.

08. São causas de disfagia orofaríngea originadas pelo

sistema nervoso central, EXCETO: a) Esclerose lateral amiotrófica b) Acidente vascular encefálico c) Doença de Alzheimer d) Síndrome de Guillain-Barré

09. São manifestações atípicas de Doença do Refluxo

Gastroesofágico, EXCETO: a) Apneia do sono b) Esôfago de Barret c) Pneumonia de repetição d) Otite média

10. São causas de gradiente de albumina soro-ascite

> 1,1g/dl, EXCETO: a) Trombose de veia porta b) Ascite cardíaca c) Ascite biliar d) Síndrome de Budd-Chiari

11. Qual o diagnóstico mais provável de um paciente

com condrocalcinose e osteoartrite prematura (abaixo de 50 anos) e atípica, comprometendo principalmente metacarpofalangeanas? a) Artrite psoriásica b) Hemocromatose c) Artrite reativa por HIV d) Artrite reumatóide de longa evolução

12. Qual das doenças osteo-metabólicas a seguir NÃO

é considerada fator de risco para o desenvolvimento da OSTEOARTRITE (OA):

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a) Osteoporose b) Acromegalia c) Diabetes mellitus d) Gota

13. Um homem de 55 anos vem à emergência referindo

dor articular com início há dois dias. Após anamnese dirigida, você o examina e constata a presença de edema, derrame articular e eritema cutâneo somente do joelho direito. O diagnóstico menos provável é: a) Artrite reativa b) Artrite reacional pós-viral c) Gota d) Artrite séptica

14. A positividade do anticorpo anticitrulina (anti-CCP)

em um paciente com artrite reumatóide (AR) está associada: a) Ao prognóstico: estes pacientes têm doença

mais leve, com menos erosões ósseas. b) Com menor índice de atividade inflamatória da

doença. c) A uma maior chance de doença mais grave com

maior progressão radiográfica. d) É um marcador de boa resposta terapêutica aos

agentes biológicos anti TNF alfa. 15. A terapia com Anti-TNF, usadas em doenças

inflamatórias como Artrite Reumatoide e Espondilite anquilosante, está associada com qual das seguintes complicações? a) Neuropatia periférica b) Cirrose Hepática c) Risco aumentado de necessitar de transplante

hepático d) Insuficiência Cardíaca

16. A Síndrome da linfocitose infiltrativa difusa

mimetiza qual doença do tecido conectivo? a) Dermatopolimiosite b) Síndrome de Sjogren c) Lupus Eritematoso Sistêmico d) Esclerodermia

17. Em relação à nefrite lúpica, é CORRETO afirmar:

a) No tratamento de indução da nefrite lúpica

proliferativa, o micofenolato mofetil (MMF) apresenta resultados semelhantes ao uso de ciclofosfamida em pacientes sem insuficiência renal.

b) Na nefrite lúpica proliferativa difusa, os pacientes beneficiam-se com o uso de azatioprina e pulsoterapia com metilprednisolona como tratamento de indução.

c) A pulsoterapia com ciclofosfamida a cada três meses durante dois anos é o tratamento de manutenção mais indicado em pacientes que responderam à indução com ciclofosfamida.

d) Pacientes com nefrite lúpica apresentam maior risco de falência ovariana com o uso de azatioprina em relação às pacientes que usaram ciclofosfamida.

18. Masculino, 47 anos, em investigação para dor crônica abdominal tipo cólica. Sem outras queixas. É hipertenso há 4 anos (Losartana 100mg/dia) e dislipidêmico (Sinvastatina 20mg/dia). Exame físico sem alterações importantes, exceto por leve desconforto a palpação de hipocôndrio direito e IMC 36,4kg/m2. TC de abdômen evidencia “nódulo em haste lateral de adrenal esquerda, medindo 0,8x0,7cm”. Encaminhado a endocrinologia para avaliação. Sobre o caso acima, identifique as afirmativas com os exames que você solicitaria na avaliação inicia desse paciente: I. Aldosterona plasmática e atividade plasmática

de renina II. Cortisol e ACTH basal III. Teste de supressão pós 1 mg de dexametasona

(para dosagem de cortisol) IV. Metanefrinas livres plasmáticas V. Ácido vanilmandélico VI. 17-hidroxiprogesterona

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas. b) Somente as afirmativas II, V e VI estão corretas. c) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.

19. Sobre a Cabergolina, fármaco utilizado no tratamento

dos prolactinomas, é INCORRETO afirmar: a) Representa tratamento de primeira linha para

prolactinomas, sejam estes micro ou macroprolactinomas.

b) Trata-se de droga agonista dopaminérgica, seletivo para receptor D1 e D2.

c) Os efeitos adversos mais comuns incluem náuseas e vômitos.

d) Tem melhor tolerabilidade quando comparada a Bromocriptina.

20. Crise tireotóxica (CT) é um quadro grave,

potencialmente fatal, de exacerbação clínica do hipertireoidismo. Sobre essa condição, assinale a alternativa INCORRETA: a) Os glicocorticoides, apesar de seu efeito

estimulatório na conversão periférica de T4 em T3, tem seu uso recomendado em casos de CT pelo risco de insuficiência adrenal relativa.

b) Suspensão do tratamento com droga anti-tireoidiana e cirurgias (tireoidianas ou não) figuram como fatores desencadeantes de CT.

c) O índice de Burch e Wartofsky é útil para avaliar, de forma objetiva, pacientes com suspeita de CT. Entre seus critérios, avalia-se temperatura e frequência cardíaca.

d) Propiltiouracil é o fármaco de escolha para o manejo da CT, pois além de bloquear a sínteses de hormônios tireoidianos, tem efeito adicional de inibir a conversão periférica de T4 em T3, quando administrado em altas doses.

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21. Mulher, 65 anos, sem doenças prévias, é internada em UTI por choque séptico de foco pulmonar. Evolui com instabilidade hemodinâmica, com droga vasoativa e em ventilação mecânica. O residente solicitou parecer da endocrinologia após os seguintes resultados: TSH 0,1 mUI/L (VR 0,4 a 4); T4 total 7,0 mcg/dL (VR 6 a 12); T3 total 0,5 ng/mL (VR 0,7 a 1,8). Com base na hipótese diagnóstica mais provável, qual das seguintes alternativas está CORRETA? a) Deve-se Iniciar levotiroxina 50 mcg/dia já que o

nível de T3 total está baixo. b) Deve-se iniciar metimazol 10 mg/ d. c) No paciente grave, há menor conversão

periférica de T4 para T3 reverso por provável maior atividade da deiodinase tipo 3.

d) No paciente grave, há redução da secreção pulsátil de TSH pela aumento da conversão de T4 em T3 no tecido hipotálamo-hipofisário, inibindo a secreção de hormônio liberador de tireotrofina (TRH) e de hormônio tireoestimulante (TSH), apesar do T3 sérico baixo.

22. De acordo com as recomendações mais recentes

da Sociedade Brasileira de Diabetes, em relação ao manejo da hiperglicemia hospitalar, marque a alternativa INCORRETA: a) A insulinoterapia é o tratamento de primeira linha

para hiperglicemia no ambiente hospitalar e deve ser iniciada no caso de hiperglicemia persistente ≥ 140 mg/ dL. Uma vez iniciada, deve-se buscar o alvo entre 140 e 180 mg/ dL.

b) Recomenda-se a realização de pelo menos um teste de glicemia admissional, sendo hiperglicemia hospitalar definida por valores de glicemia maiores ou iguais a 140 mg/dL.

c) O uso das tabelas progressivas de insulina deve ser abolido por agravar a variabilidade glicêmica e elevar a incidência de hipoglicemias.

d) Todos os pacientes com história de DM ou hiperglicemia detectada na admissão hospitalar devem realizar a dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c) de imediato.

23. Homem, 55 anos, diabético, hipertenso e com insuficiência cardíaca classe funcional NYHA III, IMC de 33 kg/ m² apresenta em consulta ambulatorial glicemia 138 mg/dL, HbA1c 8,0%, creatinina 1,5 mg/dL, TFG (CKD-EPI) 51,6 mL/min. Qual medicação é a melhor escolha para esse paciente? a) Dapagliflozina. b) Metformina. c) Alogliptina. d) Gliclazida.

24. Segundo o Manual de Recomendações para

Controle da Tuberculose no Brasil de 2019, qual o período de tratamento da tuberculose osteoaroarticular e meningoencefálica, sem outras intercorrências?

a) 9 meses (2RHZE/7RH) b) 6 meses (2RHZE/4RH) c) 12 meses (2RHZE/10RH) d) 10 meses (2RHZE/8RH)

25. O tratamento das Doenças Intersticiais Pulmonares com drogas antifibróticas, como por exemplo a Pirfenidona ou o Nintedanibe estão indicados para qual doença? a) Doença Intersticial Pulmonar associada a

Doença do Tecido conectivo b) Fibrose Pulmonar Idiopática c) Doença Intersticial Pulmonar associada a

Toxicidade por Medicamento d) Sarcoidose estádio IV

26. O uso de macrolídeo como terapia continuada pelo

prazo mínimo de 6 a 12 meses em pacientes com bronquiectasias é recomendado em que situação? a) Naqueles que apresentaram pelo menos 2

exacerbações por ano e que excluíram infecção ativa por micobactérias não tuberculosas.

b) Naquelas com infecção ativa por Pseudomonas sp.

c) Em todos os pacientes com bronquiectasias independente de terem tido exacerbações ou não.

d) Nos pacientes com bronquiectasias varicosas. 27. O uso de biomarcadores, tais como a proteína C

reativa (PCR), na avaliação de pacientes com Pneumonia Adquirida na Comunidade apresentam as seguintes características EXCETO: a) Auxiliam a monitorização da resposta

terapêutica. b) Níveis podem estar alterados no início da

doença, antes das anormalidades clínicas e radiológicas.

c) São usados para definir o esquema antibiótico a ser introduzido.

d) Podem auxiliar na definição do prognóstico.

28. A classificação da gravidade da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em leve, moderada, grave ou muito grave, segundo as recomendações atuais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia leva em consideração que parâmetros? a) Apenas os valores do VEF1 pós-broncodilatador

expressos em porcentagem do predito. b) Os valores do VEF1 pós-broncodilatador

expressos em porcentagem do predito e a escala de dispneia do mMRC ou o escore do CAT (COPD assessment test – CAT – Teste de avaliação da DPOC), sendo usado o critério com pior resultado.

c) Apenas o escore do CAT (COPD assessment test – CAT – Teste de avaliação da DPOC).

d) Os valores do VEF1 pós-broncodilatador expressos em porcentagem do predito e a escala de dispneia do mMRC.

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29. Mulher, 48 anos, deu entrada na emergência de um hospital geral queixando- se de fraqueza, dor e sensação de aumento da língua e parestesias dos pés há 15 dias. De antecedentes patológicos, refere vitiligo e gastrite. Os exames laboratoriais evidenciam: hematócrito 20%; hemoglobina 6,3 g/dl; volume corpuscular médio 110 fl; leucócitos 2.980 mm3; plaquetas 90.000 mm3; desidrogenase lática LDH 470 UI/L (normal até 190). Diante do quadro clínico e dos exames laboratoriais, qual das hipóteses diagnósticas abaixo é a mais provável? a) Anemia hemolítica autoimune. b) Leucemia Mieloide aguda. c) Anemia ferropriva. d) Anemia megaloblástica.

30. Em relação ao mieloma múltiplo, é INCORRETO

afirmar que: a) A maioria dos pacientes com mieloma múltiplo

apresentam a produção de proteína monoclonal e a mais frequente é do tipo IgA.

b) Segundo os critérios diagnósticos para mieloma múltiplo sintomático do IMWG (Internation Myeloma Working Group, 2003), o paciente deve apresentar necessariamente: 1) proteína monoclonal presente (sérica e/ou urinária); 2) plasmócitos monoclonais >10% na medula óssea e/ou plasmocitoma; 3) dano orgânico relacionado ao mieloma múltiplo.

c) A sobrevida dos pacientes com mieloma múltiplo pode variar de meses a mais de dez anos. O Sistema de Estadiamento Internacional (ISS) é utilizado com frequência na prática clínica e está baseado na dosagem sérica da beta 2 microglobulina e albumina.

d) As opções terapêuticas para tratarmos o mieloma múltiplo são variadas e dependem do estadiamento, da idade do paciente e das manifestações clínicas. Poliquimoterapia oral e endovenosa, imunomoduladores, e transplante autólogo de medula óssea podem ser utilizados.

31. Em relação à mielodisplasia, assinale a alternativa INCORRETA. a) Ocorre com mais frequência na faixa etária

acima de 70 anos. b) O número de reticulócitos é habitualmente

aumentado. c) A celularidade da medula usualmente está

aumentada. d) O volume corpuscular médio habitualmente é

normal ou aumentado. 32. Homem, 35 anos, bancário, inicia com quadro de

dor abdominal com duração de 2 meses. Devido ao rápido aumento do volume abdominal e à dor, realiza ecografia que evidencia ascite e volumosas adenomegalias retroperitoniais. É encaminhado ao cirurgião que verifica a existência de um linfonodo cervical esquerdo de 2,5 cm, arredondado e

indolor. Hemograma sem anemia ou plaquetopenia, porém com leucocitose e neutrofilia. A melhor conduta para esclarecimento diagnóstico a ser adotada nesse caso é: a) Videolaparoscopia com biopsia dos linfonodos

do retroperitônio. b) Biopsia por agulha do linfonodo cervical

esquerdo. c) Biopsia de linfonodo cervical esquerdo. d) Biopsia de medula óssea com cariotipagem.

33. Chega ao PS paciente com quadro de dor torácica

típica iniciada há 2 horas, tabagista, hipertensão com antecedentes de AVC há 2 meses e hipercolesterolemia em tratamento. Faz uso de AAS, sinvastatina e betabloqueador. O ECG apresenta supradesnivelamento do segmento ST de V1 a V6. Após as condutas clínicas iniciais qual a conduta mais apropriada em relação a terapia de reperfusão. a) Angioplastia primária. b) Fibrinolítico endovenoso. c) Está contraindicada qualquer terapia de

reperfusão. d) Heparina de baixo peso molecucar

34. Os principais marcadores de mau prognóstico da

Insuficiência Cardíaca são, EXCETO: a) Sódio plasmático < 130 mEq/l b) Níveis elevados de BNP c) Hipertensão Arterial d) Caquexia

35. Em relação ao tratamento da Insuficiência cardíaca

sistólica algumas medicações utilizadas apresentam impacto em morbidade ou sintomas e outras ao contrário se mostram benéficas com impactos em mortalidade, alterando o curso da doença. São elas, EXCETO:

a) Ramipril b) Carverdilol c) Bisoprolol d) Digoxina

36. Dentre as Anginas de causa não ateroesclerótica,

encontramos a Síndrome de Takotsubo, que se caracteriza por diversos fatores, EXCETO: a) Caracteriza-se pela ocorrência de disfunção

diastólica transitória, que simulam um IAM porém sem lesão obstrutiva.

b) A função contrátil dos segmentos médio e apical do ventrículo esquerdo encontra-se deprimida e há hipercinesia compensatória do segmento basal na sístole.

c) Na forma atípica (40%) dos casos, a hipocinesia se restringe ao segmento médio do ventrículo esquerdo.

d) O início do quadro está frequentemente relacionado a estresse físico ou emocional, acometendo mais o sexo feminino.

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37. É considerado contraindicação absoluta ao uso dos trombolíticos nas Síndromes coronarianas agudas: a) Acidente vascular isquêmico há mais de 3 meses. b) Malformação arteriovenosa (MAV) cerebral

conhecida. c) Gestação. d) Cirurgia nas últimas 3 semanas.

38. A pericardite aguda é causada pela inflamação do

pericárdio e deve ser feito diagnóstico diferencial com outras causas de dor torácica na sala de emergência. Ao eletrocardiograma encontramos algumas alterações típicas, EXCETO: a) Infradesnivelamento do segmento ST com

supradesnivelamento de PR, mais frequente nas derivações DI, DII, aVF e V3 – V6.

b) Inversão de onda T generalizada. c) Precoce reversão das alterações do segmento

ST, segmento PR desviado. d) Tardio progressivo achatamento e inversão de

onda T. 39. Ao exame físico algumas manobras podem

diferenciar o sopro de Estenose Aórtica com o sopro da Cardiomiopatia Hipertrófica. Sendo CORRETO afirmar que: a) Na ortostase o sopro da estenose Aórtica

aumenta e o da Cardiomiopatia Hipertrófica diminui

b) Na posição de cócoras o sopro da Estenose aórtica diminui e o da Cardiomiopatia Hipertrófica aumenta

c) Na manobra de Vasalva o sopro da Estenose Aórtica diminui e o da Cardiomiopatia Hipertrófica aumenta

d) Em todas as manobras o sopro das duas patologias aumenta, o que diferencia é a intensidade e a irradiação.

40. Tratar pacientes com cetoacidose diabética é um dos maiores desafios na unidade de terapia intensiva. Considere os 03 cenários abaixo e indique as medidas críticas pertinentes na prescrição médica para cada cenário.

Paciente 1: Pressão arterial: 70 x 60 (63) mmHg,

Glicemia sérica: 400mg%. PH 7,20, HCO3: 13 PCO2: 28. K+ 3,5 . Na+ 135. Cl 100.

Paciente 2: Pressão arterial: 120 x 70 (86) mmHg. Glicemia sérica: 380mg%. PH 7.22. HCO3 14. PCO2: 26. K+ 3,5. Na+ 138. Cl 106.

Paciente 3: Pressão arterial: 110 x 70 (83) mmHg. Glicemia sérica : 220mg%. PH 7,30. HCO3 14. PCO2: 26. K+ 3,4. Na+ 129. Cl 108.

a) Paciente 1: Expansão volêmica com cristalóide.

Paciente 2: Hidratação com SF 0,45 % com 20 a 40 meq/ L de K + e insulina regular endovenosa.

Paciente 3: Hidratação com SF 0,9% com 20 a 40 meq/ L de K +, insulina regular endovenosa e Glicose 5%.

b) Paciente 1: Insulina regular endovenosa. Paciente 2: Hidratação com SF 0,9% com 20 a 40 meq/ L de K + e insulina regular endovenosa. Paciente 3: Hidratação com SF 0,9% com 20 a 40 meq/ L de K +.

c) Paciente 1: Hidratação com SF 0,45% e com 20 a 40 meq/ L de K +. Paciente 2: Hidratação com SF 0,9% com 20 a 40 meq/ L de K + e insulina regular endovenosa. Paciente 3: Hidratação com SF 0,9% com 20 a 40 meq/ L de K +.

d) Paciente 1: Expansão volêmica com cristaloide. Paciente 2: Hidratação com SF 0,9 % com 20 a 40 meq/ L de K + e insulina regular endovenosa. Paciente 3: Hidratação com SF 0,45% e Glicose 5% com 20 a 40 meq/ L de K +.

41. Na síndrome coronariana aguda, a correta interpretação do eletrocardiograma e o cálculo de escores são essenciais para a boa prática e decisão clínica. Qual diagnóstico eletrocardiográfico e o escore decisivo para início da proteção gástrica com inibidores da bomba de prótons?

a) SCA com supra de ST anterior extenso. Roxanna menor que 10.

b) SCA com supra de ST em parede anterior. TIMI RISK 7.

c) SCA com supra de ST anterior extenso. Roxanna maior que 15.

d) SCA com supra de ST em parede anterior. TIMI RISK 4.

42. Paciente masculino, 32 anos, com cirrose

descompensada e presença de ascite, dá entrada na sala de emergência do Hospital 28 de agosto com hemorragia digestiva alta. Conduzido com reanimação clínica, controle de vias aéreas. Realizada endoscopia digestiva alta que demonstra sangramento ativo não pulsátil tratado com ligadura elástica. Assinale qual a classificação segundo FORREST e outras medidas pertinentes para o caso: a) Ib. Omeprazol. Profilaxia para PBE com

cefalosporina de 3º geração. Rifaximina. Lactulose.

b) Ia. Omeprazol. Profilaxia para PBE com cefalosporina de 3º geração. Rifaximina. Lactulose.

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PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA – CERMAM 2019/2020_02 CONHECIMENTOS EM CLÍNICA MÉDICA

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c) Ib. Omeprazol. Não é necessária profilaxia para PBE. Rifaximina. Lactulose.

d) Ia. Omeprazol. Não é necessária profilaxia para PBE. Rifaximina. Lactulose.

43. Considere um paciente com histórico de vômitos incoercíceis há dois dias, sem diarreia, sem sinais de hipoperfusão ou outros comemorativos. Classicamente, qual perfil metabólico na gasometria arterial tem a maior probabilidade de ser encontrado neste caso? a) Acidose metabólica com ânion gap aumentado

e hipocalêmica. b) Alcalose metabólica hipoclorêmica e

hipocalêmica. c) Alcalose metabolólica hiperclorêmica e

hipocalêmica. d) Acidose metabólica hiperclorêmica e

hipercalemia. 44. O pós-operatório de tireoidectomia total pode

evoluir com complicações metabólicas. Considerando a complicação pós-operatória imediata mais frequente, assinale a alternativa de um teste clínico ou sinal que indique tal alteração e qual distúrbio pertinente: a) Allen, hipocalcemia b) Trousseau, hipercalcemia c) Chvostec, hipocalemia d) Trousseau, hipocalcemia

45. A interpretação da gasometria arterial é necessária

para condução de várias patologias. Considere a gasometria arterial abaixo de um paciente com dosagem sérica de albumina normal em choque séptico de foco pulmonar e assinale a sua CORRETA interpretação: PH: 7,25. PCO2 32. HCO3: 12. Excesso de bases: -3. Cloreto: 100. Na+ 135.

a) Acidose metabólica não compensada com

ânion gap aumentado. b) Acidose metabólica compensada com ânion

gap aumento. c) Acidose metabólica não compensada,

hiperclorêmica. d) Acidose metabólica compensada,

hiperclorêmica.

46. Um paciente apresentando bradicinesia, rigidez, instabilidade postural e discreto tremor de extremidades ao longo de 4 anos de evolução. O quadro clínico que mais chama atenção é a disfunção autonômica com hipotensão ortostática severa e quedas frequentes. Paciente não é diabético. Provavelmente estamos diante de: a) Atrofia de múltiplos sistemas b) Síndrome de Shy-Drager c) Paralisia supranuclear progressiva d) Demência por corpos de Lewy

47. Uma paciente de 25 anos, secretária, apresentou dor ocular acompanhada de borramento visual direita. O oftalmologista que atendeu, lhe disse que sua visão estava boa e receitou-lhe um colírio, melhorando o incomodo em duas semanas. Após 18 meses foi diagnosticado “labirintite” devido à crise de vertigem com náuseas e vômitos. Três meses após o último diagnóstico evoluiu com dormência e paresia em braço e perna esquerda. Foi solicitado uma RNM de crânio e coluna cervical. A lesões desmielinizantes evidenciadas na RNM de coluna cervical que contribuem para o diagnóstico de esclerose múltipla são: a) As lesões da esclerose múltipla são

inespecíficas sendo o diagnóstico clínico. b) Múltiplas lesões extensas ao longo da medula. c) Imagens de lesões desmielinizantes que não

ultrapassam 2 corpos vertebrais. d) Somente com aplicação do gadolínio é possível

o seu diagnóstico. 48. Paciente de 65 anos, diabético com hipertensão

arterial sistêmica, apresentou quadro súbito de ptose palpebral com estrabismo divergente secundário a AVC-I. Esta manifestação neurológica ocorre em decorrência de: a) Infarto do mesencéfalo b) Infarto pontino c) Infarto bulbar d) Infarto cerebelar

49. Considere um paciente asmático crítico, masculino

de 40 anos, sob intubação traqueal após refratariedade das medidas clínicas, de peso estimado 85 kg e altura atual 180 cm. Você decide ventilá-lo em modo VCV e conduzí-lo com 6 ml/kg. Qual será o volume adequado a ser programado, bem como os parâmetros de ventilação protetora a) 510 ml, pressão de platô <28 e pressão de

distensão menor que 15. b) 450 ml, pressão de platô <28 e pressão de

distensão menor que 15. c) 300 ml, pressão de platô <15 e pressão de

distensão menor que 30. d) 350 ml, pressão de platô <30 e pressão de

distensão menor que 15. 50. Paciente com diagnóstico de insuficiência cardíaca

descompensada que se encontra com a pressão arterial de 70 x 50 mmhg, tempo de enchimento capilar de 5 segundos, à ultrassonografia pulmonar identifica-se linhas A e boa movimentação pleural em ambos os hemitóraxs, edema leve em membros inferiores. Considerando este quadro. Qual perfil clínico-hemodinâmico deste paciente? a) B b) C c) A d) L