prova de artes

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROCESSO DE PROMOÇÃO 004. PROVA OBJETIVA PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – ARTE PROFESSOR II – ARTE Você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 60 questões objetivas. Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e na folha de respostas. Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala. Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta. Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu. A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição da resposta definitiva. Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridos 75% do tempo de duração das provas. Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de questões dissertativas, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência. Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES. 01.09.2013

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Processo de Promoção

004. PROVA ObjetiVA

Professor de educação Básica ii – arte

Professor ii – arte

� Você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 60 questões objetivas.

� Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.

� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala.

� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.

� Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.

� A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição da resposta definitiva.

� Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridos 75% do tempo de duração das provas.

� Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de questões dissertativas, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência.

� Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

aguarde a ordem do fiscal Para aBrir este caderno de questões.

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FORMAÇÃO PedAgógicA

01. Com relação ao agrupamento de alunos e à formação de tur-mas, de acordo com Gomes (2005), o conjunto das pesqui-sas de diferentes orientações teóricas e metodológicas

(A) comprova que a formação de turmas homogêneas di-minui drasticamente o hiato de aproveitamento entre as mais e menos “fortes”.

(B) aponta uma enorme vantagem dos grupos homogêneos, em termos de rendimento escolar, em relação às turmas heterogêneas.

(C) demonstra que a organização flexível de grupos homogê-neos constituídos em função do nível de domínio de uma competência específica traz efeitos negativos inegáveis.

(D) aconselha cautela na formação de grupos homogêneos, pois há uma persistente tendência de atração entre fato-res sociais e culturais e condições educacionais.

(E) indica uma enorme vantagem dos grupos heterogêneos, em termos de rendimento escolar, em relação às turmas homogêneas.

02. Saviani (2010) afirma que “a ‘pedagogia das competências’ apresenta-se como outra face da ‘pedagogia do aprender a aprender’, cujo objetivo é

(A) fornecer aos indivíduos os instrumentos adequados para transformar informação em conhecimento, a partir da concepção de que a inteligência sensório-motora chega a se constituir em pensamento lógico”.

(B) dotar os indivíduos de comportamentos flexíveis que lhes permitam ajustar-se às condições de uma sociedade em que as próprias necessidades de sobrevivência não estão garantidas”.

(C) possibilitar aos indivíduos a capacidade de filtrar as in-formações produzidas em uma velocidade sem prece-dentes, habilitando-os a viver em um mundo em que o conhecimento é valor de troca”.

(D) preparar os indivíduos para a aquisição, de forma ativa e autônoma, de informações e conhecimentos que lhes garantirão tanto a inserção quanto a permanência no mercado de trabalho”.

(E) levar os indivíduos a adaptar-se a uma sociedade global, vista como um organismo vivo em que as ações indivi-duais têm um impacto direto sobre a vida das pessoas do mundo todo e, no qual, cada ser vivente tem um lu-gar determinado e um papel a cumprir”.

03. De acordo com Hoffmann (2001), avaliar para promover significa

(A) aferir o nível de desenvolvimento de competências e habilidades previstas para cada etapa de escolaridade, tendo como objetivo a seleção dos melhores educandos.

(B) compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visan-do à promoção moral e intelectual dos alunos.

(C) verificar em que medida conteúdos escolares têm sido assimilados pelos educandos, a fim de determinar a ap-tidão ou inaptidão para o prosseguimento escolar.

(D) diagnosticar problemas de aprendizagem a tempo de se fazerem intervenções corretivas pontuais, para evitar a re-provação de educandos em avaliações de finais de ciclos.

(E) considerar a aprendizagem como desenvolvimento cog-nitivo de habilidades, com vistas à classificação dos educandos em uma escala de proficiência.

04. Chrispino (2007) afirma que, no ambiente escolar, o conflito

(A) manifesta-se, às vezes, de forma violenta; nesses casos já existia conflito antes na forma de divergência ou an-tagonismo que não havia sido ainda identificada.

(B) é a principal causa do desempenho insatisfatório dos alunos no processo de ensino-aprendizagem e, por esse motivo, precisa ser banido.

(C) ocorre quando uma das partes conflitantes não admite seu erro e, portanto, deixaria de existir se docentes e discentes fossem mais humildes.

(D) passou a ser combatido com mais veemência atualmen-te porque traz apenas malefícios às relações entre pes-soas, grupos sociais, organismos políticos e Estados.

(E) pode e deve ser evitado sempre, pois atenta contra a ordem em um Estado democrático de direitos e não traz vantagem alguma.

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07. Na obra Estudos da Infância: educação e práticas sociais, ao tecer considerações acerca da Zona de Desenvolvimento Proximal, Vasconcelos afirma que “quando falamos no ní-vel de desenvolvimento de uma criança, estamos falando de, pelo menos, dois níveis, o e o ”.

Assinale a alternativa que, de acordo com a autora, preen-che, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

(A) atual … potencial

(B) psíquico … intrapsíquico

(C) afetivo … intelectual

(D) individual … coletivo

(E) familiar … social

08. Ao tecer alguns comentários sobre a Educação Especial, Libâneo et alii (2003) afirmam que

(A) em meados do século XX, iniciou-se o quarto estágio de tratamento aos deficientes, e eles passaram a ser segrega-dos em instituições, para receber educação diferenciada.

(B) o Brasil tem feito um excelente trabalho de capacitação a distância de professores da rede regular de ensino, por meio de programas de TV, e resolveu definitivamente o problema da inclusão.

(C) em função do alto custo que as escolas comuns teriam para se adaptarem às demandas dos educandos com de-ficiência, eles devem ser tratados em escolas especiais.

(D) desde o final do século XX, a real situação das escolas, dos alunos e dos professores no Brasil tem possibilita-do, finalmente, seguir ao pé da letra a Declaração de Salamanca com garantia de êxito.

(E) os profissionais das escolas especiais poderiam formar os professores das escolas comuns, de modo que estes se tornassem mais aptos a atuar na educação integra-dora.

09. Com relação às crises e aos conflitos interpessoais, Perre-noud (2000) afirma que, no trabalho em equipe,

(A) o apelo à harmonia é mais eficaz do que a reconstrução do problema, pois reconstruí-lo significa trazer à tona mágoas ou ressentimentos.

(B) decidir pela dissolução de uma equipe, quando seus membros alimentam regressões mais do que desejos de cooperação, é aceitar o fracasso, não é uma decisão vá-lida em hipótese alguma.

(C) o conflito precisa ser considerado como um componen-te da ação coletiva, que pode ser utilizado de maneira mais construtiva do que destrutiva.

(D) deve haver uma busca incansável pela paz e pela har-monia, pois cabe à escola lutar por uma sociedade sem conflitos, uma vez que o conflito é algo essencialmente ruim.

(E) a solução definitiva de conflitos interpessoais requer, necessariamente, a mobilização de recursos externos de regulação, pois as pessoas envolvidas neles perdem a noção de moderação.

05. De acordo com o documento Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008), é correto afirmar que o(a)

(A) universalização da escola resolveu o problema da ex-clusão, tanto da exclusão pela falta de acesso a bens materiais quanto da exclusão pela falta de acesso ao co-nhecimento e aos bens culturais.

(B) conceito de autonomia para gerenciar a própria apren-dizagem (aprender a aprender) corresponde a relegar a escola ao plano secundário, pois atualmente a educação ocorre eficazmente em outros espaços.

(C) Proposta Curricular traz como um de seus princípios centrais a concepção de que a escola é instituição que apenas ensina, portanto seu sucesso depende de sua ca-pacidade de transmitir informações.

(D) atuação do professor, os conteúdos, as metodologias disciplinares e a aprendizagem requerida dos alunos precisam ser dissociados ao se adotarem as competên-cias como referência.

(E) currículo é a expressão de tudo o que existe na cultura científica, artística e humanista, transposto para uma situação de aprendizagem e ensino, logo as atividades extraclasse podem ser curriculares.

06. Com relação aos Fundamentos Estéticos, Políticos e Éticos do Novo Ensino Médio Brasileiro, de acordo com as Dire-trizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998), é correto afirmar que a

(A) política é o âmbito do aprender a ser e fazer, o que requer uma postura crítica em relação a propostas go-vernamentais que visam solucionar os problemas da educação de forma simplista.

(B) estética da sensibilidade é um princípio inspirador do en-sino de conteúdos ou atividades expressivas, por isso é necessário limitar o lúdico a espaços e tempos exclusivos.

(C) política da igualdade parte do princípio de que oferecer oportunidades iguais é condição necessária e suficiente para oportunizar tratamento diferenciado, visando pro-mover igualdade entre desiguais.

(D) ética só é eficaz quando desiste de formar pessoas “ho-nestas”, “caridosas” ou “leais” e reconhece que a edu-cação é um processo de construção de identidades.

(E) moralidade industrial taylorista realizou um esforço permanente para devolver ao âmbito do trabalho e da produção a criação e a beleza, esforço assumido atual-mente pela estética da sensibilidade.

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12. Com relação aos pilares da educação, Delors et alii (2010) afirmam que o

(A) “aprender a ser” visa contribuir para o desenvolvimento total da pessoa – espírito e corpo, inteligência, sensibi-lidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espi-ritualidade.

(B) “aprender a conhecer” visa, primordialmente, à aquisi-ção de um repertório de saberes codificados.

(C) “aprender a fazer” visa ao domínio de teorias e técnicas, com a finalidade exclusiva de preparar o indivíduo para o mercado profissional em um mundo cada vez mais competitivo.

(D) “aprender a viver juntos” requer do indivíduo o desa-pego à sua própria identidade em favor de um bem co-letivo.

(E) “aprender a aprender” visa à compreensão do outro e à percepção das interdependências, no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.

13. Com relação à leitura e à escrita como objetos de ensino, Lerner (2002) defende o ponto de vista de que é preciso

(A) fragmentar a língua escrita para que se possa exercer um controle estrito sobre sua aprendizagem.

(B) considerar a leitura, também, como uma atividade orientada por propósitos – de buscar uma informação necessária para resolver um problema prático.

(C) afastar a versão escolar da leitura e da escrita da versão social não escolar, pois são dois fenômenos culturais bem distintos.

(D) contornar a complexidade da leitura reduzindo-a a seus elementos mais simples, o que possibilita o estudo por-menorizado de cada um deles.

(E) ensinar a leitura com rigor científico, estabelecendo uma sequência que parta inicialmente da compreensão das letras e sílabas.

10. Na perspectiva dialética, de acordo com Vasconcellos (2008), há sete categorias básicas de construção do conheci-mento. Dentre essas categorias, pode-se mencionar a Práxis, que, segundo o autor, é o(a)

(A) amplo e complexo processo de estabelecimento de rela-ções entre o objeto de conhecimento e as representações mentais prévias e as necessidades do sujeito.

(B) inserção da experiência de aprendizagem num quadro mais geral da realidade e do saber; localização do obje-to no conjunto de relações essenciais que o constituem.

(C) exigência, no processo de conhecimento, da atividade do aluno para ser sujeito do próprio conhecimento (agir para conhecer), e da articulação do objeto com a prática social mais ampla (objeto-realidade).

(D) postura do professor no sentido de, ao invés de dar pron-to, levar o aluno a pensar, a partir do questionamento de suas percepções, representações e práticas.

(E) movimento dialético de aproximação-distanciamento que o professor faz durante o processo de aprendizagem na interação com os alunos em sala de aula.

11. Vasconcellos (2008) elenca alguns critérios para a elabora-ção dos instrumentos de avaliação numa perspectiva liber-tadora. Dentre eles, os critérios , que dizem respeito ao conteúdo da avaliação, o qual “é uma amostra representativa do que está sendo trabalhado, a fim de que o professor tenha indicadores da aprendizagem do aluno na sua globalidade”.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto, de acordo com o autor.

(A) compatíveis

(B) essenciais

(C) contextualizados

(D) abrangentes

(E) reflexivos

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16. Em cada processo de avaliação a que se refere a Lei Com-plementar n.º 1.097/2009, será exigido do candidato de-sempenho mínimo para aprovação. Os servidores que atingirem esse desempenho mínimo serão classificados de acordo com alguns critérios adotados para classificação, dentre eles, pode-se mencionar o seguinte:

(A) maior tempo de permanência na unidade de ensino ou administrativa de classificação, considerada a faixa em que concorrer à promoção.

(B) maior pontuação na Segunda Parte da Prova, Parte Dis-sertativa, composta de 1 (uma) questão, sobre formação pedagógica por campo de atuação.

(C) maior tempo de magistério, incluindo atividades exer-cidas na rede municipal de ensino e na rede particular.

(D) maior grau de formação acadêmica em área relacionada ao componente curricular que ministra.

(E) maior pontuação na Primeira Parte da Prova, Prova Ob-jetiva, composta por 60 questões de múltipla escolha, sobre formação específica por campo de atuação.

17. De acordo com a Lei Complementar n.º 1.078/2008, é corre-to afirmar que a Bonificação por Resultados (BR)

(A) será paga aos servidores transferidos ou afastados du-rante o período de avaliação, independentemente do cumprimento de metas.

(B) integra e se incorpora aos vencimentos e salários do ser-vidor para todos os efeitos legais.

(C) será paga a aposentados e pensionistas que tenham obti-do desempenho satisfatório na avaliação para promoção.

(D) constitui prestação pecuniária eventual, desvinculada dos vencimentos ou do salário do servidor.

(E) será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária ou benefício, incidindo sobre a mesma os descontos previdenciários.

18. De acordo com o Parecer CEE n.º 67/1998, é correto afirmar que

(A) o aluno, com rendimento insatisfatório em até 5 (cin-co) componentes curriculares, será classificado na série subsequente, devendo cursar, concomitantemente ou não, estes componentes curriculares.

(B) a progressão parcial de estudos não poderá, em hipótese alguma, ser adotada em cursos de formação profissional, pois esses cursos são regidos por normas específicas.

(C) os procedimentos adotados para o regime de progressão parcial de estudos serão disciplinados na proposta peda-gógica de cada unidade escolar.

(D) o aluno, com rendimento insatisfatório em mais de 3 (três) componentes curriculares, será classificado na mesma sé-rie, ficando dispensado de cursar os componentes curricu-lares concluídos com êxito no período letivo anterior.

(E) a progressão parcial de estudos será admitida para alu-nos da 8.ª série do ensino fundamental, restrita à mo-dalidade regular, desde que sejam asseguradas as con-dições necessárias à conclusão do ensino fundamental.

14. Na concepção construtivista, de acordo com Coll et alii (2006), é correto afirmar que a

(A) dimensão formadora da função do professor é uma dimen-são individual, estritamente autogestionada, trata-se de sua capacidade de continuar aprendendo.

(B) participação e a coletividade em si são o propósito que se persegue, ainda que não sejam meios indispensáveis na construção do conhecimento.

(C) complexidade da tarefa do professor reduz-se àquilo que envolve sua função formadora em relação aos alu-nos sob sua responsabilidade na escola.

(D) educação é motor ao desenvolvimento, considerado globalmente, e isso supõe incluir as capacidades de equilíbrio pessoal, de inserção social, de relação inter-pessoal e motoras.

(E) função formativa da escola será desempenhada adequa-damente à medida em que houver uma “vulgarização” dos saberes produzidos pelas instituições de pesquisa científica.

15. Rios (2005) afirma que “a revolução tecnológica e a globa-lização da economia e da política e os fenômenos sociais delas decorrentes trouxeram ao campo da educação novas provocações e inquietações”. Com isso, algumas demandas foram colocadas para a Filosofia e a Didática, dentre elas, a superação da massificação decorrente da globalização, que diz respeito à necessidade de um(a)

(A) diálogo dos saberes que se encontram na ação docente, a revisão de conteúdos, métodos, processos avaliativos, apoiada em fundamentos consistentes.

(B) descoberta e valorização da sensibilidade, a articulação de todas as capacidades dos indivíduos na busca pelo bem comum.

(C) combate para que a cultura local não seja apagada pela cultura de massa imposta por grandes potências políti-cas e econômicas.

(D) percepção clara das diferenças e especificidades dos sa-beres e práticas para um trabalho coletivo e interdisci-plinar.

(E) postura crítica frente à interferência de organizações internacionais em políticas públicas, sobretudo no que tange a questões ligadas à educação.

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FORMAÇÃO esPecíFicA

21. De origem árabe, é uma espécie de instrumento aproximado ao violino rústico, usada em geral pelos cantadores de cordel do Nordeste e também nas Folias do Divino, no Moçambi-que, e nos fandangos.

O excerto descreve

(A) o cavaquinho.

(B) a viola.

(C) o bandolim.

(D) a rabeca.

(E) o violão.

22. Almeida e Pucci (2003) sugerem o estudo de relações cul-turais a partir da festa do bumba meu boi em virtude de seu conteúdo

(A) envolver várias áreas como história, dança, literatura, teatro e música.

(B) ser resultado de uma nítida influência das etnias portu-guesa e indígena.

(C) ser um exemplo direto das múltiplas influências da etnia africana.

(D) ter sido deturpado por influência da televisão.

(E) apresentar origem brasileira comprovadamente au-tóctone.

23. A partir do século XVI, o Brasil tornou-se um grande impor-tador de escravos. Em um processo de resistência e acomo-dação, os escravos foram recriando clandestinamente, nos espaços permitidos, cultos, ritos e valores culturais, sob a forma de brincadeiras, folguedos e batuques. Essas mani-festações foram transmitidas de geração em geração e são praticadas por brasileiros até os dias de hoje, tanto os de origem africana como europeia. Como exemplos dessas ma-nifestações, têm-se:

(A) jongo, capoeira, maracatu e tambor de criola.

(B) ciranda, cacuriá, pastoris e reisados.

(C) carimbó, candomblé, xondaro e toré.

(D) catira, caboclinho, bumba meu boi e marujada.

(E) fandango, caxambu, congada e duuru.

24. Na definição de Almeida e Pucci (2003), a etnomusicologia é o estudo

(A) das estruturas lógicas na música.

(B) das músicas de diferentes povos.

(C) dos significados nas músicas cantadas.

(D) das narrativas mitológicas na música.

(E) da música produzida por povos primitivos.

19. Com relação à reclassificação do aluno, em série mais avan-çada, tendo como referência a correspondência idade/série e a avaliação de competências nas matérias da base nacional comum do currículo, em consonância com a proposta peda-gógica da escola, é correto afirmar, de acordo com o Parecer CEE n.º 67/1998, que a reclassificação

(A) não poderá ser feita mediante solicitação do aluno e, sim, por solicitação de seu representante legal mediante requerimento dirigido ao diretor da escola.

(B) ocorrerá até o final do primeiro bimestre letivo para o aluno recebido por transferência ou oriundo de país es-trangeiro.

(C) poderá ser feita mediante proposta apresentada pelo professor ou professores do aluno, com base nos re-sultados de avaliação diagnóstica ou da recuperação intensiva.

(D) ocorrerá em qualquer época do período letivo para o aluno da própria escola, mediante avaliação diagnóstica solicitada pelo conselho de classe.

(E) poderá ser feita para o aluno que possa cursar em série mais avançada, desde que ele não apresente defasagem de conhecimentos ou lacuna curricular de séries ante-riores.

20. Analise as seguintes afirmações, classificando-as em V (ver-dadeira) ou F (falsa).

( ) As classes e as aulas de recuperação intensiva poderão constituir e ampliar a jornada de trabalho do docente titular de cargo, e, também se for o caso, compor sua carga suplementar.

( ) Pode atuar como Professor Auxiliar o docente titular de cargo, que se encontre na situação de adido, sem desca-racterizar essa condição, ou a título de carga suplemen-tar de trabalho.

( ) A atuação do Professor Auxiliar ocorrerá exclusiva-mente na Recuperação Intensiva, para atender alunos que continuem demandando mais oportunidades de aprendizagem.

Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta das afirmações, de acordo com a Resolução SE n.º 02/2012, de cima para baixo.

(A) V; V; V.

(B) F; V; F.

(C) V; F; F.

(D) F; V; V.

(E) V; V; F.

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29. “Puxador de samba” ou o “puxar a toada”, utilizado na festa do Boi do Maranhão, ou mesmo nos procedimentos em rodas de ciranda e nos maracatus, são influência africana, a partir do canto responsorial. Assinale a alternativa que defina, do ponto de vista musical, sua forma na origem.

(A) Ser responsabilidade unicamente do chefe espiritual.

(B) Alternância de coro e solista.

(C) Fusão dos pregões de rua com cantos religiosos.

(D) Responsabilidade exclusivamente masculina.

(E) Repetição à exaustão, levando ao transe.

30. Algumas características musicais são comuns às produções de diferentes comunidades indígenas brasileiras, segundo Almeida e Pucci (2003). Assinale uma, a partir das alterna-tivas apresentadas.

(A) Melodias possuem referência tonal-harmônico aproxi-mada da música ocidental europeia.

(B) Ausência da marcação de pulso, como, por exemplo, aquelas realizadas com as mãos, que dão caráter hipnó-tico à música.

(C) Presença, no canto, de duas vozes em terças, carregadas de lirismo e melancolia.

(D) A inexistência de registros de alguns tipos de instru-mentos musicais, como os de percussão e sopro.

(E) Forma cíclica: melodias que se repetem durante muito tempo, criando um estado de transe nos rituais.

31. Os jogos teatrais podem trazer vitalidade para a sala de aula e, segundo Viola Spolin (2008), a oficina de teatro pode tor-nar-se um lugar onde professor e alunos encontram-se como parceiros de jogo, envolvidos um com o outro, prontos a en-trar em contato, comunicar, expressar, responder e descobrir. Uma das mais relevantes habilidades desenvolvidas pela ofi-cina de jogos, segundo a autora, é a

(A) comunicação por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais.

(B) categorização de elementos visuais para aplicação cênica.

(C) tradução de elementos do texto escrito para o campo sonoro.

(D) interpretação de indicações cênicas a partir de narrativas literárias.

(E) aplicação dos estudos sobre espaço para a organização cênica.

25. Em seu livro O ouvido pensante, M. Schafer (2003) propõe um exercício no qual os alunos conversam entre si, mas no lugar de vozes terão apenas os instrumentos em sua mão, comunicando pensamentos, emoções e ideias. Para Schafer, essa é uma proposta de atividade de

(A) música improvisada, que é composta na mesma hora que está acontecendo.

(B) precisão musical, na qual a cada palavra se relaciona uma nota.

(C) colecionismo sonoro, no qual alunos criam a partir dos instrumentos.

(D) impressão vocal, já que os instrumentos imitam vozes.

(E) esgoto sonoro, já que a sonoridade produzida tem um resultado caótico.

26. Em seu sentido mais amplo, ritmo divide o todo em partes. O ritmo articula um percurso, como degraus ou qualquer ou-tra divisão arbitrária. Pode haver ritmos regulares e ritmos nervosos, irregulares. O ritmo regular sugere divisões crono-lógicas de tempo real, tempo do relógio. Já o ritmo irregular espicha ou comprime o tempo real, gerando um tempo virtu-al, que também pode ser chamado de tempo

(A) irreal.

(B) mecânico.

(C) psicológico.

(D) denso.

(E) livre.

27. A atividade que propõe que alunos observem e registrem sons de um ambiente, como conteúdo para a disciplina de Música, pode ser considerada

(A) inadequada, já que coletar sons não é uma atividade do âmbito da linguagem musical.

(B) adequada, já que ao observar os sons do ambiente, o aluno está realizando treinamento auditivo.

(C) inadequada, já que o contato com o ambiente sonoro do mundo contemporâneo ameaça a acuidade auditiva.

(D) adequada, já que o objetivo da atividade é detectar defi-ciências auditivas por parte dos alunos.

(E) inadequada, já que a atividade não colabora em um aprimoramento da sensibilidade musical.

28. O fado é um tipo de música de tradição popular urbana de melodias melancólicas, acompanhadas pelo som das guitarras portuguesas. Segundo etnomusicólogos, sua origem é

(A) a ópera, italiana.

(B) o juju, nigeriano.

(C) o lundu, brasileiro.

(D) o mynio, japonês.

(E) o raï, marroquino.

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35. O movimento enfeixado pelas vanguardas históricas euro-peias, em teatro, foi marcado pela crise da própria cultura ocidental – é o primeiro momento de um processo ao qual continuamos ainda hoje presos. O caráter avassalador dessa crise radica no fato de que a totalidade dos valores sobre os quais se apoia o mundo ocidental passam a ser problemati-zados; são valores que perdem a sua vigência, despidos que são de sua dimensão de fundamento último e estável. E o que afeta a todos os aspectos da cultura não poderia deixar de atingir também o teatro. Esse caráter caótico e confuso também afeta o teatro contemporâneo.

(Gerd Bornheim apud Mate, Alexandre. In: Cultura é Currículo)

Segundo Alexandre Mate, os movimentos artísticos caracte-rísticos das vanguardas históricas no teatro são:

(A) expressionismo (Alemanha), futurismo (Itália), cubo--futurismo (Rússia), dadaísmo (Suíça) e o surrealismo (França).

(B) expressionismo (Estados Unidos), futurismo (Ale-manha), cubo-futurismo (França), dadaísmo (Suíça) e o surrealismo (França).

(C) dadaísmo (Estados Unidos), construtivismo (Rússia), surrealismo (França), raionismo (Rússia) e o constru-tivismo (Rússia).

(D) surrealismo (Espanha), suprematismo (Holanda), da-daísmo (França), cubismo (França) e o construtivismo (Rússia).

(E) impressionismo (França), primitivismo (Espanha), surrealismo (Espanha), expressionismo (Holanda) e o fauvismo (França).

36. Pode ser caracterizado(a) como uma fusão ou síntese men-tal, na qual pormenores isolados ou fragmentos se uniriam em um nível mais elevado de pensamento, por meio de uma forma atípica de raciocinar e de se emocionar. Para Eisenstein, “é a forma que nasce da colisão de duas to-madas independentes” e nessa perspectiva “a justaposição ensejaria mais o produto do que a soma dos fragmentos”.

A descrição, elaborada primeiramente por Eisenstein (Mate, Alexandre. In: Cultura é Currículo), é de uma das noções características das vanguardas teatrais do início do século XX, que é

(A) o grotesco.

(B) a montagem.

(C) a provocação.

(D) o decadentismo.

(E) o experimentalismo.

32. O cubo-futurismo russo apropriou-se das formas popula-res de cultura como forma de propagandear o socialismo. (...) Dessa mescla, surge o agitatsiya propaganda: teatro de agit-prop (agitação e propaganda socialistas). As obras cubo-futuristas eram apresentadas principalmente em es-paços públicos, caracterizando-se por

(Mate, A. In: Cultura é Currículo)

(A) textos jornalísticos, propaganda partidária, experimen-talismo.

(B) musicais, apego à tradição cultural, temática regional.

(C) textos curtos, problematização política, forma popular.

(D) transposição de textos eruditos, temática subjetiva, experimentalismo.

(E) narrativas populares, temática urbana, influência do cinema.

33. Na análise do espetáculo teatral, um tópico importante é re-lacionado aos critérios de avaliação do trabalho dos atores. O fato de, nessa avaliação, se considerar a presença de atores famosos que também atuam na televisão é

(A) relevante, porque essa presença é maior garantia da qualidade do que é apresentado.

(B) irrelevante, já que hoje em dia mais importante do que a atuação na televisão é a atuação no cinema.

(C) relevante, porque indica a versatilidade do artista em questão, sua circulação em vários meios.

(D) irrelevante, já que mais importante, por exemplo, é sua capacidade de convencer o público a partir da atuação.

(E) relevante, já que o fato de aparecer na televisão vai gerar boas críticas contribuindo para melhor aprecia-ção do espetáculo.

34. Ao preparar atividades que impliquem em ida ao cinema e o debate posterior sobre a linguagem cinematográfica, o professor deve apropriar-se de seus elementos. Um desses elementos é o roteiro, como o descrito no texto a seguir:

Roteiro - planejamento do filme a partir de um (o tema central do filme, sua sinopse), que constitui a base do . Tem a forma de um texto escrito, às vezes também desenhado ( ), e pode ser subdividido em sequências, planos, cenas, diálogos. Contém indicações minuciosas sobre personagens, cenários, situações. Quando uma obra literária é levada à tela, faz-se uma , um roteiro cinematográfico a partir dela.

(Villaça, Mariana. In: Cultura é Currículo)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-mente, as lacunas do texto.

(A) argumento … enredo … storyboard … adaptação

(B) enredo … argumento … storyline … edição

(C) storyline … enredo … animação … montagem

(D) plano … storyboard … cena … trama

(E) texto … desfecho … fotogramas … versão

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37. Com o intuito de provocar uma interpretação pessoal dos diversos aspectos observados no espetáculo assistido por alunos, o professor pode estruturar procedimentos que os convidem a criar cenas de elaboração compreensiva. São prolongamentos criativos que buscam dar conta das ques-tões propostas pela encenação. Os alunos são convidados a conceber breves atos artísticos, que não se estruturam ne-cessariamente como continuidade do espetáculo, mas como exercícios interpretativos do espetáculo assistido.

(Koudela, Ingrid. In: Cultura é Currículo)

A sugestão de Koudela, de estimular o aluno a manifestar-se criativamente sobre as cenas vistas em um espetáculo, pode ser melhor exemplificada em uma atividade de

(A) relato técnico.

(B) prova dissertativa.

(C) pesquisa na internet.

(D) desenho sobre o tema.

(E) prova de múltipla escolha.

38. (...) apresenta um teatro desnudado, que revela os mecanis-mos utilizados – refletores de luz, maquinário cenográfico, etc. –, retirando as tapadeiras, rotundas e tudo o que possa esconder a construção e o funcionamento dos objetos que constituem a cena, evitando o ilusionismo e assumindo a teatralidade da encenação. O palco rasga as cortinas, porque quer revelar as engrenagens teatrais e sociais.

(Desgranges, Flavio. In: Proposta Curricular do Estado de São Paulo – Arte)

Essa abordagem teatral foi primeiramente idealizada por

(A) Peter Brook.

(B) Bertolt Brecht.

(C) Dario Fo.

(D) Robert Wilson.

(E) Victor Garcia.

39. Vsevolod Meyerhold analisa o grotesco no teatro. Conceito importante na produção artística das vanguardas históricas, o grotesco, para aquele autor, aborda de forma inédita

(A) o corpo humano, distorcendo-o.

(B) o cotidiano, desnaturalizando-o.

(C) as imagens, estilizando-as.

(D) a guerra, naturalizando-a.

(E) a velocidade, incorporando-a.

40. A partir de sua fundação, em 1974, com a estreia do espetá-culo História de Lenços e Ventos, continua a ser referência do teatro de qualidade para crianças. A descrição indica o trabalho do

(A) Teatro Ventoforte, fundado por Ilo Krugli.

(B) Teatro Oficina, fundado por José Celso Martinez Correa.

(C) Teatro Tablado, fundado por Maria Clara Machado.

(D) Teatro Escola de São Paulo, fundado por Tatiana Belinky e Julio Gouveia.

(E) Teatro da Carochinha, fundado por Pernambuco de Oliveira.

41. Isadora Duncan provocou grande sensação em sua época com suas propostas ousadas. Considerada uma revolucioná-ria, dançava com músicas que eram, em geral, tocadas em concertos, e não com músicas compostas para balé. Outra inovação característica era

(A) utilização de efeitos de luzes e de grandes pedaços de seda esvoaçantes, movimentados com bastões amar-rados nos braços.

(B) influência da cultura dos países do Oriente, com ilumi-nação e guarda-roupa minuciosamente elaborados.

(C) utilização de túnicas inspiradas nos antigos gregos e dança com pés descalços, sem sapatilhas de ponta usadas no balé.

(D) teorização sobre o equilíbrio e o desequilíbrio do corpo humano com quedas e recuperações.

(E) tendência neoclássica, com adesão ao vocabulário clássico que os modernos irão questionar.

42. A teoria e prática das pesquisas e propostas em dança de Rudolf Laban frisam a importância da conscientização das influências recíprocas e simultâneas entre a ação e os pro-cessos intelectuais e emocionais. Essa característica se des-dobra em outra, importante em seu trabalho, que

(A) propõe práticas para o ensino da dança que enfocam o universo de pessoas com dificuldades de movimentação.

(B) propõe práticas para o ensino da dança que enfocam o universo de pessoas com dificuldades emocionais.

(C) serve principalmente como base para o treino de bailarinos clássicos de formação norteamericana.

(D) tem eficácia para profissionais de diferentes àreas ligadas à expressão do corpo.

(E) dificulta o treino de bailarinos profissionais, já que é uma proposta educacional.

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46. (...) permitir a vivência de possibilidades infinitas do univer-so do movimento, estimulando a experiência do sistema cor-poral em um amplo sentido: experiência, criação/produção e análise/fruição artística.

(Rengel, Lenira. In: Cultura é Currículo).

O excerto define

(A) as coreografias modernas.

(B) proposta de treino no balé moderno.

(C) técnica coreográfica de Maurice Bejart.

(D) o papel da dança na escola.

(E) proposição educacional de Martha Graham.

47. Na análise das instâncias conectadas que compõem qualquer dança, Valerie Preston (In: Cultura é Currículo) aponta: o intérprete, o movimento e

(A) o corpo e o gesto.

(B) a plateia e o palco.

(C) a luz e a música.

(D) a coreografia e o público.

(E) o espaço e o som.

48. Em roda de conversa, antes de assistir a um espetáculo de dança, o professor pode pedir descrições de quem já visitou espetáculos, relatos de cena, da narrativa, dos movimentos, dos objetos cênicos, da comunicação entre os bailarinos. Também quem nunca assistiu a um espetáculo pode comen-tar sobre suas expectativas.

Assinale a alternativa que representa o objetivo educacional dessa atividade.

(A) Descrever e analisar aspectos do espetáculo de dan-ça assistido a partir das observações comentadas dos alunos.

(B) Desenvolver o processo de criação de danças, a partir da descrição e análise de um espetáculo.

(C) Ampliar o conhecimento dos alunos sobre as instâncias que formam a dança a partir do levantamento e sistema-tização de suas representações sobre essa arte.

(D) Exercitar atividades de dança, a partir do aprimoramento físico e da convivência social.

(E) Sistematizar as aprendizagens sobre a notação da dança, demonstrando como a linguagem verbal é limitada para essa apreensão.

43. Como proposta de sala de aula, é muito proveitoso, e fonte de prazer, conhecer modalidades de dança e suas particula-ridades, o que serve para enriquecimento do vocabulário de movimentos do aluno. Segundo Lenira Rengel (In: Cultura é Currículo), quanto ao exercício da dança, é recomendável

(A) o adestramento tendo o balé clássico como fundamen-tação, a partir das quais outras danças serão aprendidas.

(B) o treino fundamental a partir da musculação que vai fortalecer o corpo para qualquer modalidade de dança.

(C) a iniciação a partir das danças folclóricas brasileiras como forma de privilegiar nossa cultura.

(D) a prática de tipos de dança propostos na contempora-neidade, que são mais compreensíveis para os alunos.

(E) o exercício de múltiplos tipos de danças, pois amplia as possibilidades de expressão do corpo em movimento.

44. Um exemplo de produção artística no âmbito da estética da “nova dança”, que impregna o trabalho de vários coreógra-fos a partir dos anos 1980 até os dias de hoje, é a coreografia Rosas danst Rosas. Marcou o início da companhia Rosas, dirigida por Keersmaeker, que, em sua composição, além da estrutura minimalista, usa técnicas de espirais, dando maior vigor e velocidade aos movimentos dos bailarinos. O gestual violento e de “choque”, que caracterizam a “nova dança”, são

(A) influência direta do crescente interesse em lutas mar-ciais.

(B) efeito da formação universitária multidisciplinar de jovens coreógrafos.

(C) interferência de políticas internacionais para o ensino de dança.

(D) reflexo das imagens contemporâneas expostas na mídia.

(E) resposta crítica à delicadeza dos movimentos da dança moderna.

45. Suas obras mostram, por exemplo, pessoas comuns andando nas ruas, pois o treinamento, repetido à exaustão, faz parecer que os movimentos são “naturais”. Entretanto, no decorrer da representação de ações cotidianas, os bailarinos costu-mam cantar, gritar, falar e rir, colocando a plateia diante de sentimentos perturbadores e diante de situações inesperadas.

A descrição corresponde às propostas coreográficas de

(A) Simone Forti.

(B) David Gordon.

(C) Maguy Marin.

(D) Pina Bausch.

(E) Mikhaïl Barychnikov.

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53. Observe as figuras.

Leonardo da Vinci. A última ceia. 1495-1498

(disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:DaVinci_LastSupper_high_res_2_nowatmrk.jpg)

Tintoretto. A última ceia. 1594.

(disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tintosoup.jpg)

Ao tratar um mesmo tema, os pintores atribuem significados a acontecimentos ou narrativas que, mesmo contrastantes, não se excluem. Além disso, no caso do tema de A última ceia, observa-se um distanciamento geracional, entre Leo-nardo e Tintoretto, em suas diferenças de valores e expecta-tivas. Nas obras apresentadas, esses valores pertencem,

(A) no caso de Leonardo, ao Maneirismo, caracterizado pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior emoção. E Tintoretto, ao Rococó, com sua fórmulas decorativas e ornamentais.

(B) no caso de Leonardo, ao Renascimento, comprometido com o projeto de difusão e propaganda do cristianismo europeu. E Tintoretto, ao Rococó, com aversão à orna-mentação excessiva.

(C) no caso de Leonardo, ao Renascimento, que seguia os ideais do Iluminismo. E Tintoretto, ao Barroco, como arma ideológica contra o “luxo imoral” e a “afetação decadente” das elites.

(D) no caso de Leonardo, ao Barroco, comprometido com o projeto de difusão e propaganda do cristianismo euro-peu. E Tintoretto, ao Rococó, com suas fórmulas deco-rativas e ornamentais.

(E) no caso de Leonardo, ao Renascimento, uma época eufórica e otimista. E Tintoretto, ao Barroco, com sua carga drámatica, conflituosa e demonstrativa da insegu-rança humana.

49. Ao se tornarem mais integrados com seu próprio corpo e desenvolverem seu vocabulário de movimentos, criando as-sim um repertório próprio, podem fazer com que seus alunos também ampliem o seu, afirmem sua personalidade, revelem suas preferências e apreciem a dança.

(Rengel, Lenira. In: Cultura é Currículo)

O excerto indica que, para estimular e refletir sobre os con-teúdos da linguagem, o professor/educador de dança deve(A) exercitar o corpo em qualquer modalidade esportiva.(B) enfocar a transmissão de um vocabulário sobre a dança.(C) trabalhar os conteúdos de dança a partir de um viés

teórico.(D) exercitar os movimentos em sala de aula juntamente

com os alunos.(E) experienciar a dança e o movimento para poder produzir

e analisar.

50. A congada, cortejo de dança e música, tem origem(A) indígena e africana.(B) africana e islâmica.(C) africana e cristã.(D) indígena e cristã.(E) indígena e portuguesa.

51. Ao organizar seu curso de artes para operários, Ostrower tem como objetivo demonstrar o conceito FORMA = CONTEÚDO, em termos de estrutura espacial. A abstração e a dificuldade de compreensão, dessa proposta, são negadas pela autora, porque(A) descobrir o espaço e descobrir-se nele é ação que surge

a partir dos primeiros movimentos físicos do corpo.(B) utilizar as ferramentas de medição e registro do espaço

– acessíveis a todos – são facilitadoras desse exercício.(C) inúmeros são os exemplos, na história da arte, da rela-

ção forma e conteúdo, que fundamentam o estudo do espaço.

(D) no momento em que o indivíduo passa a frequentar a escola, passa a se apropriar dessas noções e vocabulários.

(E) com exercícios visuais bidimensionais práticos é possível, mesmo ao adulto sem conhecimento de arte, compreender a proposta.

52. No documento Proposta Curricular do Estado de São Paulo – Arte: Ensino Fundamental – Ciclo II e Ensino Médio (2008), o conhecimento da Área de Linguagens, Códigos e suas Tec-nologias deve ser prioritariamente contextualizado. Dados, informações, ideias e teorias não podem ser apresentados de maneira estanque, separados de suas condições de produção, do tipo de sociedade em que são gerados e recebidos, de sua relação com outros conhecimentos. Assim, a contextualização pode se dar em três níveis, são eles:(A) pessoal, social e global.(B) material, conceitual e compartilhado.(C) sincrônico, diacrônico e interativo.(D) conceitual, operacional e comunicacional.(E) local, regional e global.

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57. O vocábulo (...) tem se generalizado nos últimos anos como a expressão mais universal, de todas as formas de expressão artística que se apropriam de recursos tecnológicos recente-mente desenvolvidos, sobretudo, pelas indústrias da eletrô-nica que disponibilizam interfaces áudio-tátil-moto-visuais propícias para a realização de trabalhos artísticos, seja nos campos mais consolidados (...) seja em campos ainda não inteiramente mapeados e conceitualizados, como arte cola-borativa baseada em ambientes físicos ou virtuais, aplicação de recursos de hardware e software para a geração de obras interativas, probabilísticas, potenciais, acessíveis.

(Itaú Cultural apud Santos, Nara. In: Oliveira, Marilda O. Arte, educação e cultura, 2007)

O verbete refere-se

(A) à informática.

(B) à artemídia.

(C) a poéticas tecnológicas.

(D) à arte & tecnologia.

(E) à arte cibernética.

58. Em Viena, durante os anos 1897 até 1938, ano de ocupação nazista, naquela cidade perdurou o trabalho com crianças e adolescentes que se tornaria um marco para o ensino da arte modernista e cuja repercussão tem sido avaliada e reavaliada sob vários pontos de vista ainda hoje. Teve como mentor

(A) Johannes Itten.

(B) Paul Klee.

(C) Wassily Kandinsky.

(D) Viktor Lowenfeld.

(E) Franz Cizek.

59. A leitura do espaço arquitetônico, e seus modos de represen-tação, colabora com aspectos importantes para o currículo em arte. O espaço expressa um sistema de intenções, valores e simbolismo que remete a uma tradição cultural. Ler o es-paço construído significa

(A) conhecer a história dos estilos arquitetônicos em dife-rentes contextos e verificar sua aplicabilidade atual.

(B) observar os elementos e disposição espacial dos edifí-cios e transcrevê-los a partir dos códigos de representa-ção do desenho arquitetônico.

(C) identificar os elementos que compõem a edificação e as relações dos usuários com o espaço.

(D) compreender a apropriação errônea que usuários prova-velmente fazem do espaço, para propor novas formas de organização.

(E) reconhecer as diferentes formas de representação bidi-mensional dos elementos arquitetônicos e edificações.

54. A leitura da obra de arte é considerada uma atribuição de significado. Segundo Pillar (1999), a leitura se torna signi-ficativa quando

(A) são utilizadas ferramentas de descrição, análise e in-terpretação consolidadas no campo do ensino das artes visuais.

(B) se circunscreve às características formais que consti-tuem a obra, único dado aferível e compartilhado so-cialmente.

(C) estabelece conexões com as emoções do leitor, de modo que ele acesse suas percepções inconscientes.

(D) o leitor é informado de fatos concretos que contextuali-zam a obra em seu momento de produção.

(E) o leitor estabelece relações entre o objeto de leitura e suas próprias experiências de leitor.

55. Na análise de diferentes tecnologias de produção de ima-gens, Arlindo Machado (In: Pillar, 1999) define a infografia como um meio que produz um tipo de imagem

(A) dependente da captura de um objeto real, guardando semelhanças com esse objeto.

(B) de natureza pictórica, bastante granulada e sem oferecer muita definição, um defeito que os artistas exploram.

(C) automatizada a partir do real, e memorizada e capturada por meio de uma matriz.

(D) gerada por linguagem e cálculo, nada preexiste à ima-gem a não ser o programa que a gerou.

(E) cujo processo imediato de obtenção elimina as etapas, necessárias às fotografias, de laboratório.

56. A disseminação do interesse pela na educação escolar ocorreu no Brasil, sobretudo, após a publicação do livro A imagem no Ensino da Arte ( ), de Ana Mae Barbosa. Antes, as atividades relativas às artes visuais desenvolvidas na educação escolar se limitavam ao fazer, orientadas por uma pedagogia e do laissez-faire, ou, ao contrário, pelo ensino do desenho .

(Almeida, Celia de Castro. In: Oliveira, Marilda O. Arte, educação e cultura, 2007)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-mente, as lacunas do texto.

(A) crítica da obra de arte … 1973 … tecnicista … livre

(B) leitura da obra de arte … 1991 … da auto-expressão … geométrico

(C) história da arte … 1980 … tradicional … arquitetônico

(D) filosofia da arte … 2000 … escolanovista … de obser-vação

(E) produção da obra de arte … 2010 … Waldorf … livre

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60. A alteração do ensino de arte modernista – centrado na livre expressão e fazer artístico – para um ensino pós-moderno de arte, no qual ao fazer artístico se agregam história da arte e a análise interpretativa da produção artística, foi deflagrada, no Brasil, por

(A) Ivone Richter, a partir de seus estudos sobre interdisci-plinaridade e multidisciplinaridade.

(B) Augusto Rodrigues, um dos fundadores da Escolinha de Artes no Brasil com seu projeto multiculturalista.

(C) Anita Malfatti, em sua atuação como professora mar-cada pela ideia da aprendizagem livre e do incentivo à expressão criativa.

(D) Rosa Iavelberg, a partir de sua pesquisa sobre o desenho de crianças e jovens de uma perspectiva cultural.

(E) Ana Mae Barbosa, responsável pela difusão da prática de leitura de imagem no ensino artístico.

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