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Colégio de Nossa Senhora de Fátima - Leiria PROVA DE AFERIÇÃO DE GEOGRAFIA Resumo dos conteúdos lecionados no 7º ano Filipe Botelho Colégio de Nossa Senhora de Fátima 2018/2019

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Filipe Botelho Colégio de Nossa Senhora de Fátima - Leiria

0 Prova de Aferição de Geografia

PROVA DE AFERIÇÃO DE GEOGRAFIA

Resumo dos conteúdos lecionados no 7º ano

Fi lipe Botelho

Colégio de Nossa

Senhora de Fátima

2018/2019

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Filipe Botelho Colégio de Nossa Senhora de Fátima - Leiria

1 Prova de Aferição de Geografia

Informações sobre os temas a estudar, estrutura e materiais

Nota → Este resumo não comtemplará os conteúdos relacionados com o tema “Atividades

Económicas”, visto serem conteúdos a serem lecionados no 9º ano. Esta situação prende-se com

a reduzida carga horária da disciplina de Geografia no 7º e 8º ano.

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2 Prova de Aferição de Geografia

Tema I

A Terra: estudos e representações

1. A GEOGRAFIA E O TERRITÓRIO (PÁG. 8 A 15)

Noção de Geografia – Ciência que observa, descreve e explica/interpreta os fenómenos que

ocorrem à superfície da Terra e as suas inter-relações.

Temas estudados:

➢ Os fenómenos naturais e a forma como estes condicionam as atividades humanas

➢ As atividades humanas, especialmente a sua organização espacial

➢ Os lugares e as comunidades humanas

➢ Os problemas sociais e ambientais, bem como a solução para os mesmos

Objeto de estudo: Superfície terrestre

Método de trabalho em Geografia (etapas):

• Observar os elementos da paisagem – através da observação direta ou indireta

• Localizar esses elementos

• Descrever esses mesmos elementos;

• Interpretar e explicar as observações realizadas;

A superfície da Terra, objeto de estudo da Geografia, é composta por diferentes paisagens.

Paisagem – Toda a porção da superfície terrestre que se pode observar e estudar e que resulta

da ação de fenómenos naturais e humanos.

Nas paisagens existem dois tipos de elementos: os naturais/físicos e os humanos.

Elementos naturais – São os elementos que não apresentam a interferência humana, como

por exemplo as montanhas, os rios, os glaciares, etc.

Elementos humanos – São as marcas da atividade humana na paisagem, como por exemplo

os prédios, as estradas, os postes de eletricidade, as explorações agrícolas.

Com base no maior ou menor número de elementos naturais ou humanos podem-nos

aparecer dois tipos de paisagem: a paisagem natural e a paisagem humanizada.

Paisagens naturais – Paisagens que não apresentam vestígios da atividade humana.

Paisagens humanizadas/humanas – Paisagens que apresentam alterações atribuídas à ação

humana.

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3 Prova de Aferição de Geografia

As paisagens podem ser classificadas/hierarquizadas em função da maior ou menor influência

humana → grau humanização

Grau de humanização – Corresponde à maior ou menor transformação da superfície terrestre

provocada pelo Homem. Quanto maior for a ação do Homem na paisagem maior será o grau

de humanização.

A observação de uma paisagem e a identificação dos seus elementos pode ser feita a partir de

três planos de observação:

▪ Primeiro plano: Aquele que se encontra mais próximo do observador.

▪ Plano intermédio: Aquele que se encontra numa posição intermédia.

▪ Plano de fundo: Aquele que se encontra mais afastado do observador, junto à linha

do horizonte.

2. A REPRESENTAÇÃO DA SUPERFÍCIE TERRESTRE (PÁG. 18 A 35)

A superfície da Terra pode ser representada, principlamente, através de mapas (representação

plana) ou do globo. Cada uma destas formas de representação da superfície terrestre tem as

suas vantagens e desvantagens.

VANTAGENS DESVANTAGENS

MAPAS Pode representar uma parte da

superfície da Terra

Apresentação distorção na medida

que a Terra não é plana

Fácil arrumação e transporte

GLOBOS Representação mais fiel da Terra Pouco prático

Quase não apresenta distorções Difícil transporte e arrumação

Não se consegue ver toda a superfície

Terra.

Atualmente as fotografias aéreas, os ortofotomapas e as imagens de satélite são outras formas

de representação da superfície terrestre cada vez mais utilizadas. No entanto, cada uma desta

formas de representação também tem as suas vantagens e desvantagens.

Fotografia aérea → Fotografia obtida por sensores a bordo de aeronaves.

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4 Prova de Aferição de Geografia

Ortofotomapa → Representação cartográfica construída a partir de fotografias aéreas

corrigidas, de modo a não apresentarem qualquer distorção.

Imagem de satélite → Imagem captada a partir de um satélite.

Os tipos de projeções cartográficas (pág. 22)

A representação da superfície terrestre através de mapas tem o problema destes apresentarem

sempre um certo nível de distorção. De modo, a diminuir as distorções decorrentes da passagem

de um globo para um mapa/pano utilizam-se as projeções cartográficas.

• Azimutal → Utiliza um plano como superfície de projeção. É mais indicada para

representar com o mínimo de distorções a região dos polos.

• Cónica → Utiliza um cone como superfície de projeção. É mais indicada para

representar as regiões de latitudes médias (Europa, América do Norte, etc).

• Cilíndrica → Utiliza um cilindro como superfície de projeção. É mais indicada para

representar as regiões equatoriais. É a projeção utilizada para elaborar os

planisférios.

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5 Prova de Aferição de Geografia

Os elementos fundamentais dos mapas (pág. 24)

Os mapas para estarem corretos têm de possuir, necessariamente os seguintes elementos:

• Título – Identifica o assunto do mapa, bem como a área representada.

• Legenda – É uma espécie de “dicionário” do mapa que permite a sua leitura, pois,

sendo ele uma representação reduzida da superfície da Terra, elementos como o

relevo, as ruas, as florestas, aparecem substituídos por um conjunto de símbolos

com os respetivos significados. Explica o significado dos símbolos utilizados no

mapa

• Escala – Estabelece a relação que existe entre as distâncias no mapa e as

correspondentes distâncias reais, indicando-nos o número de vezes que a

realidade foi reduzida.

• Orientação – É determinada por um dos rumos da rosa-dos-ventos, geralmente o

norte, e a partir do qual se podem determinar as outras direções.

As escalas: definição, leitura, tipos e relação com a área representada, a redução e pormenor

Definição – Relação entre as distâncias representadas no mapa (dm) e as distâncias reais (DR).

Indica o número de vezes que a realidade foi reduzida.

Leitura - 1/175000 – Lê-se 1 para 175.000 e quer dizer que um centímetro no mapa

corresponde a 175000 centímetros na realidade, ou seja, 1750 metros ou 1,75 quilómetros.

Tipos e relação com a área representada, a redução e pormenor

Mapa de grande escala – (superiores a 1:100000) – Mapa onde a realidade está pouco

reduzida. Apresenta uma área pequena com muito pormenor. Denominador inferior a

100 mil.

Mapa de pequena escala – (inferiores a 1:100000) – Mapa onde a realidade está muito

reduzida. Apresenta uma área extensa com pouco pormenor. Denominador superior ou

igual a 100 mil.

As escalas nos mapas podem apresentar-se duas formas:

Escala numérica – Escala que relaciona duas distâncias: distância no mapa e distância

real, através de um sinal de divisão ou de um número fracionário.

1/25000

1:400000000

1:60000

Maior

denominador

Menor

denominador

Maior redução

Menor redução

Menor grau de

pormenor

Maior grau de

pormenor

Maior área

representada

Menor área

representada

Mapas de

pequena escala

Mapas de grande

escala

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6 Prova de Aferição de Geografia

Escala gráfica – Representação, num segmento de reta, da correspondência entre a

distância no mapa e a distância real e que se encontra normalmente dividida em

centímetros.

Os principais tipos de mapas quanto ao tema e à área

Classificação quanto à área:

Classificação quanto ao tema:

Quanto ao tema os mapas podem ser:

➢ Mapas gerais – representam simultaneamente vários fenómenos geográficos, não

tendo por isso um tema específico. São normalmente mapas topográficos quanto à área.

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7 Prova de Aferição de Geografia

➢ Mapas temáticos – Mapas que tratam de aspetos geográficos particulares:

▪ Mapas políticos → mostram as fronteiras dos países, concelhos, etc

▪ Mapas físicos → mostram fenómenos da natureza. Podem ser:

▪ Hipsométricos → se mostrarem a altitude

▪ Climáticos → se representarem os climas

▪ etc

▪ Mapa económico → se mostrarem a distribuição de temas relacionados

com as atividades económicas.

▪ Mapa demográfico → se mostrarem a distribuição de uma variável

demográfica (natalidade, mortalidade, migrações, etc

▪ Mapa de estradas

Exemplos de mapas temáticos

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8 Prova de Aferição de Geografia

3. A LOCALIZAÇÃO DOS DIFERENTES ELEMENTOS DA SUPERFÍCIE TERRESTRE

A localização dos diversos elementos à superfície da Terra pode ser feita através de tipos de

localização: a relativa e a absoluta.

A localização relativa (pág. 38 a 41)

Localização relativa - É a localização de um lugar relativamente a outro, cuja localização já é

conhecida. Tem por base os rumos da rosa-dos-ventos.

A localização relativa de um lugar pode ser determinada através dos seguintes processos

• Através do movimento aparente do sol → O sol nasce a este, ao meio-dia

aponta o norte e ao pôr do-sol indica-nos o oeste.

• Através da Estrela Polar (que indica, no hemisfério norte, o ponto cardeal

norte) e do Cruzeiro do Sul (que indica, no hemisfério sul, o sul)

• Através da bússola (cuja agulha aponta o norte magnético);

• Através do GPS

A localização absoluta (pág. 42 a 46)

Para ultrapassar as limitações da localização relativa (pouca exatidão), pode-se

recorrer a um sistema mais rigoroso, designado de localização absoluta, que utiliza um

conjunto de elementos geométricos de referência.

Os elementos geométricos da esfera terrestre são:

Eixo da Terra: linha imaginária que passa pelos polos e pelo centro da Terra e em torno do qual

esta executa o seu movimento de rotação.

Polos geográficos: Pontos de interseção entre a superfície terrestre e o eixo da Terra, ou seja,

são os pontos onde o eixo da Terra toca a superfície da Terra.

Informação útil

➔ Setentrional é sinónimo

do ponto cardeal norte

➔ Meridional é sinónimo

do ponto cardeal sul

➔ Oriente é sinónimo de

este

➔ Ocidente é sinónimo de

oeste

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9 Prova de Aferição de Geografia

Círculo máximo: Linha imaginária que divide a Terra em duas partes iguais.

Equador: Círculo máximo, perpendicular ao eixo da Terra e que a divide em duas partes iguais –

o hemisfério norte e sul.

Meridianos: Círculos máximos que passam pelos polos, traçados na direção Norte/Sul, e que

são traçados de perpendicularmente ao Equador.

Meridiano de Greenwich: Meridiano principal ou de referência que divide a Terra em dois

hemisférios: oriental e ocidental.

Círculos menores: Linha imaginária que divide a Terra em duas partes desiguais.

Paralelos: Círculos menores paralelos ao equador.

O conjunto dos elementos geométricos da esfera terrestre compõe a rede cartográfica,

usada para localizar com precisão os lugares. Nesta rede cartográfica, o Equador e o

Semimeridiano de Greenwich constituem as linhas de referência parao cálculo de duas

coordenadas geográficas: a latitude e a longitude.

Latitude: Distância angular compreendida entre o equador e o paralelo do lugar. Varia

entre 0º (equador) e 90º N (polo norte) e S (polo sul).

Longitude: Distância angular compreendida entre o semimeridiano de Greenwich e o

semimeridiano do lugar. Varia entre 0º (Semimeridiano de Greenwich) e 180º Este ou

Oeste.

Como ler a latitude e a longitude?

Valores da

longitude

Valores da

latitude

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10 Prova de Aferição de Geografia

Pegando no exemplo do ponto E:

• A sua latitude é de 60ºN, porque se situa sobre o paralelo dos 60º (linha horizontal) e a

norte do equador.

• A sua longitude é de 100ºE, porque se situa sobre o semimeridiano dos 100º (linha

vertical) e a este do semimeridiano de Greenwich (linha do 0º que passa junto ao Reino

Unido)

Os limites e principais elementos naturais, países e capitais de cada um dos continentes

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11 Prova de Aferição de Geografia

Portugal: divisão estatística e administrativa

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12 Prova de Aferição de Geografia

A União Europeia (pág. 58)

• Ano de fundação → 1957 Tratado que lhe deu origem → Tratado de Roma

Países que fazem parte da União Europeia e respetiva capital, por ano de adesão

Adesão País Capital

1957

França Paris

Alemanha Berlim

Países Baixos Amesterdão

Bélgica Bruxelas

Luxemburgo Luxemburgo

Itália Roma

1973

Reino Unido Londres

Irlanda Dublin

Dinamarca Copenhaga

1981 Grécia Atenas

1986 Portugal Lisboa

Espanha Madrid

1995

Áustria Viena

Suécia Estocolmo

Finlândia Helsínquia

2004

Polónia Varsóvia

Estónia Tallinn

Letónia Riga

Lituânia Vilnius

República Checa (Chéquia) Praga

Eslováquia Bratislava

Eslovénia Ljubljana

Malta La Valletta

Chipre Nicósia

Hungria Budapeste

2007 Roménia Bucareste

Bulgária Sófia

2013 Croácia Zagreb

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13 Prova de Aferição de Geografia

Tema II

O Meio Natural

1. O CLIMA

Estado de tempo – Estado da atmosfera num dado momento e num determinado lugar.

Clima – Sucessão habitual dos estados de tempo, sobre um determinado lugar, durante um

longo período (geralmente 30 ou mais anos).

Tanto o estado do tempo como o clima podem ser caracterizados por um conjunto de

fenómenos, a que se dá o nome de elementos de clima. Os principais elementos de clima são a

temperatura, a precipitação, a pressão atmosférica, a humidade atmosférica e o vento.

A temperatura: variação temporal e especial (pág. 10 a 21)

Temperatura → Grau de aquecimento da atmosfera. Mede-se em graus celsius.

A variação da temperatura ao longo do dia ou de um ano dependo da inclinação dos raios

solares, da espessura da atmosfera a atravessar e da área de incidência (área da superfície

terrestre que é aquecida pelos raios solares.

Maior inclinação → Maior espessura da atmosfera a atravessar → Maior área de

incidência → Menor temperatura

Menor inclinação → Menor espessura da atmosfera a atravessar → Menor área de

incidência → Maior temperatura.

Como varia a temperatura ao longo de um dia? (pág. 10 e 11 do manual)

• A variação diurna da temperatura varia em função do movimento de rotação da Terra,

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14 Prova de Aferição de Geografia

Como varia a temperatura ao longo de um ano? (pág. 12 e 13 do manual)

Para explicar a variação anual da temperatura e a consequente sucessão das estações

do ano, recorre-se ao movimento de translação da Terra. Este movimento, juntamente com o

facto de o eixo da Terra estar inclinado, faz com que existam alturas em que o hemisfério norte

seja o mais aquecido (verão) e outras em que é o menos aquecido (inverno).

Durante o movimento de translação há quatro posições estratégicas. Estas marcam o

início das estações do ano e influenciam a evolução das temperaturas.

• Equinócios de março e setembro (21 de março e 23 de setembro) – Os raios solares

incidem perpendicularmente ao Equador, pelo que o dia e a noite têm a mesma duração

em todo o globo.

• Solstício de Junho (21 de junho) – Os raios solares incidem perpendicularmente ao

Trópico de Câncer, pelo que os dias são maiores do que as noites no Hemisfério Norte

(que é o mais aquecido) e nas latitudes superiores ao Círculo Polar Ártico o sol nunca se

põe. No Hemisfério Sul verifica-se exatamente o contrário. Deste modo, é Verão no

Hemisfério Norte e Inverno no Hemisfério Sul.

• Solstício de dezembro (21 de dezembro) – Os raios solares incidem

perpendicularmente ao Trópico de Capricórnio, pelo que os dias são menores do que as

noites no Hemisfério Norte (que é o menos aquecido) e nas latitudes superiores ao

Círculo Polar Ártico é sempre noite No Hemisfério Sul verifica-se exatamente o

contrário. Deste modo, é Inverno no Hemisfério Norte e Verão no Hemisfério Sul.

Como varia a temperatura à superfície terrestre? (pág. 12 e 13 do manual)

Como a Terra apresenta uma forma esférica, a sua superfície não é aquecida de igual

modo. Nas regiões intertropicais, como a inclinação dos raios solares é pequena, o aquecimento

é maior, pelo que as temperaturas médias são as mais altas do planeta. Nas regiões polares, os

raios solares incidem com grande inclinação, logo as temperaturas médias são as mais

reduzidas.

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15 Prova de Aferição de Geografia

Da diferenciação do aquecimento da superfície terrestre resultam as zonas climáticas

ou zonas térmicas. Estas são a base da classificação dos climas.

Quais os fatores que influenciam a distribuição da temperatura? (pág. 15 a 19)

• Latitude: As temperaturas são mais elevadas nas regiões equatoriais e vão diminuído

em direção às regiões polares, devido ao aumento da inclinação dos raios solares;

• Altitude: A temperatura diminui cerca de 0,6ºC por cada 100m que se sobe em altitude.

(menos gases na atmosfera – ar mais rarefeito)

• Exposição das vertentes: As vertentes expostas a sul (no hemisfério norte) são mais

quentes, devido ao facto de estarem viradas para o sol.

• Proximidade do mar/continentalidade: Quanto maior for a distância ao mar, maior será

diferença entre as temperaturas registadas no Inverno e as no Verão, devido ao facto

de oceano ser um regulador térmico.

• Correntes marítimas: As regiões que são influenciadas por correntes frias vão

apresentar maiores amplitudes térmicas, ou seja, vão apresentar temperaturas mais

elevadas no verão e mais baixas no inverno.

Como varia a temperatura em Portugal Continental? (pág. 20)

• Inverno → Devido à influência da latitude, proximidade

ao mar e latitude

o Regiões mais quentes → Litoral (Ocidental e Sul)

o Regiões mais frias → Nordeste de Portugal e

Serra da Estrela

• Verão → Devido à influência da altitude e da

proximidade ao mar

o Regiões mais quentes → Vale do Douro; Interior

Alentejano; Beira Baixa

o Regiões mais frias → Litoral norte e centro;

Serras da Estrela e do Gerês

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16 Prova de Aferição de Geografia

A pressão atmosférica (pág. 24 a 27)

Pressão Atmosférica – Força exercida pela atmosfera em cada unidade de superfície

terrestre. Exprime-se em hectopascais (hPa). Mede-se utilizando um barómetro.

A pressão atmosférica varia em função da:

• Altitude – Quanto maior for a altitude, menor será a pressão atmosférica, devido ao facto

de o ar ser mais rarefeito (menor densidade do ar) e o peso da coluna de ar ser menor.

• A temperatura – Quando mais elevada for a temperatura, menor será a pressão

atmosférica porque o calor faz dilatar o ar, levando ao afastamento das moléculas, o que

faz com que o ar se expanda, ficando mais leve. O arrefecimento do ar leva a uma contração

do ar, tornando-o mais pesado, aumentando por isso a pressão atmosférica.

A pressão atmosférica pode ser representada através de linhas que unem pontos com igual valor

de pressão atmosférica – as linhas isóbaras. Estas apresentam um traçado mais ou menos

curvilíneo, podendo assim distinguir-se dois tipos de centros de pressão, com características e

estados do tempo associados diferentes.

• Centro de baixas pressões (depressão) – A

pressão atmosférica diminui da periferia para o

centro, sendo o ar ascendente na vertical e

convergente na horizontal. A este tipo de centros

de pressão está associado mau tempo, com céu

nublado e precipitação.

• Centro de altas pressões (anticiclones) – A

pressão atmosférica aumenta da periferia para o centro.

O movimento vertical do ar é descendente e à superfície

é divergente. A este tipo de centro de pressão está

associado céu limpo, sem nuvens nem precipitação.

Possível identificar na atmosfera faixas mais ou menos paralelas de altas e de baixas

pressões, que se apresentam de forma alternada em latitude e que são as responsáveis pela

formação dos ventos dominantes à superfície da Terra. (ver figura na página seguinte)

Importante → O ar, ou seja, o vento, desloca-se sempre das altas para as baixas pressões.

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17 Prova de Aferição de Geografia

A precipitação (pág. 24 a 27)

Precipitação – Queda de água resultante da condensação do vapor de água existente na

atmosfera. Pode dar-se sob a forma líquida (pluviosidade) ou sólida (neve, granizo, saraiva).

Mede-se utilizando um pluviómetro.

Como se forma a precipitação? Etapas.

• Ascensão do vapor de água/ar em altitude;

• Diminuição da temperatura;

• Atinge-se o ponto de saturação.

• Condensação do vapor de água devido à diminuição da temperatura em altitude –

formação de nuvens – em volta dos núcleos de condensação.

• Queda de água sob a forma líquida ou sólida;

Tipos de chuvas:

Tendo em conta a forma como se faz a ascensão do ar podemos ter os seguintes tipos de

precipitação

• Chuvas orográficas – Resultam da ascensão forçada do ar quando este encontra uma

montanha. Essa ascensão leva a que o ar encontre menores temperaturas, levando à

condensação do vapor de ar e consequentemente à formação de nuvens e à queda de

água.

• Chuvas frontais – Resultam do encontro de duas massas de ar com características

diferentes, o que faz com o ar mais quente seja obrigado a subir e arrefecendo, o que

faz com que se verifique a condensação e a posterior precipitação.

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18 Prova de Aferição de Geografia

• Chuvas convectivas – A sua origem está relacionada com a ascensão do ar devido à

existência de temperaturas muito elevadas junto ao solo, o que leva a uma diminuição

da pressão atmosférica. Com a ascensão do ar este arrefece, o vapor de água condensa

e acaba por precipitar.

• Chuvas convergentes – chuvas que resultam da convergência de ventos numa

determinada área, levando a uma ascensão do ar.

Quais os fatores que influenciam a distribuição da precipitação?

A latitude → Onde predominarem os centros de altas pressões (subtropicais e polares)

vai existir menos precipitação. Pelo contrário, onde a influência das baixas pressões

(equatoriais e subpolares) for maior a precipitação será mais elevada.

A altitude – Quanto maior for a altitude maior será a precipitação, pois o aumento da

altitude leva à diminuição da temperatura e consequentemente à

condensação/precipitação.

A proximidade/afastamento ao mar – Quanto maior for a distância ao mar menor será a

precipitação devido à menor influência dos ventos húmidos provenientes do mar.

As grandes zonas de pressão – Nas zonas onde predominam as altas pressões, os

quantitativos pluviométricos vão ser menores.

A exposição geográfica das vertentes – Nos locais onde o relevo se encontra paralelo ao

litoral (relevo concordante) a precipitação vai ser maior na vertente virada para o lado do

vento do que na vertente contrária, onde o ar vai ser mais seco.

As correntes marítimas – Nas correntes marítimas frias a evaporação é menor logo vai

existir menos precipitação, o contrário acontece nas correntes quentes.

Como se distribui a precipitação no mundo? E em Portugal?

Maiores valores → Regiões

equatoriais

Menores valores → Regiões

polares, norte de África e Médio

Oriente.

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19 Prova de Aferição de Geografia

Como identificar os climas através de um gráfico termopluviométrico

Climas quentes → Possuem uma temperatura média anual superior ou igual a 20ºC

• Clima equatorial → Não tem meses secos

• Clima tropical húmido → Tem mais meses húmidos do que secos

• Clima tropical seco → Tem mais meses secos do que húmidos

• Clima desértico quente → Só tem meses secos

Climas temperados → Possuem temperaturas médias anuais entre 8ºC e 19ºC

• Clima temperado mediterrâneo → Os meses mais quentes

correspondem aos meses secos;

• Clima temperado marítimo → Não tem meses secos

• Aumenta de sul para norte – devido à maior

influência das baixas-pressões subpolares.

• Diminui do litoral para o interior – devido à

diminuição da influência do oceano

• É mais elevada nas regiões de maior altitude

(chuvas orográficas) – Serra da Estrela e

Noroeste de Portugal Continental.

• É mais reduzida no sul do país (afastamento

do mar e maior influência das altas pressões

subtropicais)

Um mês é considerado

seco quando a coluna da

precipitação está abaixo da

linha da temperatura

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20 Prova de Aferição de Geografia

• Clima temperado continental → Tem temperaturas negativas no

inverno e os meses mais chuvosos correspondem aos meses mais

quentes.

Climas frios → Possuem temperaturas médias anuais negativas.

• Polar e subpolar → Apresentam pouca precipitação

• Altitude → Apresentam muita precipitação

Características de cada um dos climas

CLIMAS QUENTES:

1. Clima equatorial:

Localiza-se nas regiões intertropical/equatorial e é

caracterizado por apresentar temperaturas médias

mensais elevadas durante todo o ano (superiores a

20ºC) e uma reduzida amplitude térmica. A

precipitação é muito elevada, não existindo meses

secos. Predomina a floresta equatorial, que é muito

rica em espécies arbóreas e herbáceas.

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21 Prova de Aferição de Geografia

2. Clima tropical húmido:

Localiza-se nas regiões intertropicais e é caracterizado

por apresentar temperaturas médias mensais elevadas

durante todo o ano (superior a 20ºC) e uma baixa

amplitude térmica. A precipitação é irregular, mas

abundante, existindo duas estações: uma húmida e

longa e outra seca e curta. Apresenta poucos/3 meses

secos. A vegetação característica é a floresta tropical.

3. Clima tropical seco:

Localiza-se nas regiões intertropicais, logo a seguir ao

clima tropical húmido, e é caracterizado por apresentar

temperaturas médias mensais elevadas (superiores e

20ºC) e reduzidas amplitudes térmicas. A precipitação

é abundante, apresentando muitos/7 meses secos.

Existem duas estações: uma curta estação húmida e

uma longa estação seca. A vegetação característica é a

savana, com plantas adaptadas à falta de água.

4. Clima desértico quente:

Localiza-se nas regiões intertropicais e caracteriza-se

por apresentar temperaturas médias mensais elevadas

e amplitudes térmicas diurnas muito elevadas. A

precipitação é muito reduzida, só tendo meses secos. A

quase ausência de vegetação é uma das suas

características, excepto nos oásis. Existência de plantas

xerófilas.

CLIMAS TEMPERADOS:

1. Clima temperado mediterrâneo:

A sua maior área de incidência é no Hemisfério Norte e no

continente europeu. É caracterizado por apresentar

temperaturas médias mensais elevadas, no verão (18ºC –

25ºC), e moderadas, no inverno (mais de 8ºC) e amplitudes

térmicas anuais moderadas. As precipitações são

irregulares, concentrando-se principalmente no inverno e

no outono, sendo o verão quente e quente. Apresenta

quatro estações bem definidas e cerca de cinco meses

secos. A vegetação característica é constituída por uma

cobertura arbustiva densa, por plantas aromáticas e por

árvores de pequeno porte e de folha persistente, como o pinheiro manso, a oliveira, a azinheira

e o cipreste.

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22 Prova de Aferição de Geografia

2. Clima temperado marítimo:

Localiza-se na Europa Ocidental, no noroeste dos

EUA e na Nova Zelândia/ Sudeste da Austrália.

Apresenta temperaturas médias mensais

moderadas e uma amplitude térmica anual

reduzidas. As precipitações são abundantes e

regulares ao longo de todo o ano, ocorrendo os

máximos no inverno e outono, não existindo meses

secos. A vegetação característica é a floresta

caducifólia (folha caduca – perdem a folha durante

os períodos mais frios).

3. Clima temperado continental:

Localiza-se no interior dos continentes (fator

continentalidade) e na fachada oriental dos continentes.

Apresenta temperaturas médias anuais baixas, Verões

relativamente quentes e Invernos muito frios, pelo que a

amplitude térmica anual é elevadas. Os maiores

quantitativos pluviométricos registam-se no verão (chuvas

convectivas) e neva durante o Inverno. A vegetação

característica é a pradaria e a floresta mista, constituída

por árvores de folha persistente e caduca.

CLIMAS FRIOS:

1. Clima frio polar e subpolar:

Localizam-se nas latitudes mais elevadas e são

caracterizados por temperaturas médias anuais

muito baixas e por uma amplitude térmica anual

muito elevada. A precipitação é reduzida, ocorrendo

principalmente no verão. Não existem meses secos.

A vegetação característica é a taiga (floresta de

coníferas) nas latitudes mais baixas, sendo que nas

latitudes mais elevadas quase que não há vegetação,

existindo apenas uma vegetação baixa e dispersa

constituída por líquenes e musgos, denominada

tundra.

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23 Prova de Aferição de Geografia

2. Clima frio de montanha:

De uma maneira geral, a temperatura média anual é

sempre baixa, em função da altitude. A precipitação

é elevada, devido ao facto de predominarem as

chuvas orográficas. Este clima encontra-se nas

grandes cadeias montanhosas como os Alpes, os

Pirenéus e os Himalaias. No entanto, os regimes

térmicos e pluviométricos são muito difíceis de

definir, uma vez que estes climas resultam do

agravamento local das condições climáticas derivado

da altitude na região em que se inserem.

O clima temperado mediterrâneo em Portugal (pág. 62 e 63 do manual)

Todo o território português possui um clima temperado mediterrâneo, à exceção das

ilhas das Flores e do Corvo, nos Açores. Nestas ilhas do grupo ocidental dos Açores encontramos

o clima temperado marítimo.

Surgem, no entanto, variações espaciais que se podem explicar por fatores como a

proximidade ao oceano Atlântico, a latitude, a altitude e disposição do relevo em relação à linha

de costa (concordante ou discordante).

As regiões de Portugal em termos climáticos são:

• Regiões a sul do rio Tejo e sul da Madeira → Clima temperado

mediterrâneo típico → Verões quentes e secos e Invernos

amenos e pouco pluviosos. Amplitude térmica anual moderada.

5 a 6 meses secos.

• Litoral a norte da Serra de Sintra e Açores → Clima temperado

mediterrâneo de influência marítima → Devido à proximidade

ao mar e à maior latitude (maior influência das baixas-pressões

subpolares) a amplitude térmica anual vai ser reduzida, a

temperatura média anual mais baixa, a quantidade de

precipitação maior e o número de meses secos menor.

• Interior Norte e Centro → Clima temperado mediterrâneo de

influência continental → Devido ao afastamento ao oceano a

amplitude térmica anual vai ser relativamente elevada e a

quantidade de precipitação relativamente baixa. Maior número

de meses secos do que nas regiões do litoral Norte e Centro.

• Regiões montanhosas (serras do Gerês e da Estrela) → Clima

temperado mediterrâneo com influência da altitude. Devido à

altitude as temperaturas médias anuais vão ser relativamente

baixas e a precipitação muito alta. Reduzido número de meses

secos.

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24 Prova de Aferição de Geografia

Tema II

O Meio Natural

2. O RELEVO

Conceitos iniciais

Relevo: Termo que descreve a paisagem quanto à variação da altitude, da forma e da

dimensão.

Altitude: Distância em metros medida na vertical, desde o nível médio das águas do mar

até ao lugar considerado. Pode ser positiva ou negativa.

As principais formas de relevo (pág. 70 e 71)

Montanhas: Forma de relevo que apresenta um cume rochoso, vertentes muito

inclinadas e altitudes geralmente superiores a 1000m

Planaltos: Forma de relevo aplanada com altitudes superiores a 200m e delimitada por

vertentes muito inclinadas. Resultam da erosão do topo de antigas montanhas e do

encaixe dos rios, que se apresenta muito acentuado.

Colinas: Forma de relevo com uma altitude, normalmente, inferior a 400m, com formas

arredondadas e fraco declive.

Vales: Depressão alongada, inclinada numa determinada direção em toda a sua

extensão, e que se situa entre duas áreas de maior altitude.

Planícies: Forma de relevo plana e de fraca altitude (inferior a 200m), que resulta da

ação erosiva dos vários agentes ou da deposição de sedimentos transportados pelos rios

(planície aluvial). Os rios nunca correm encaixados.

Como evoluem as formas de relevo? (pág. 72 e 73)

As montanhas têm origem nos agentes internos/tectónicos:

• Colisão → Encontro de duas placas tectónicas com densidades semelhantes,

que ao chocarem provocam o enrugamento da superfície da Terra

• Subducção → Encontro de duas placas tectónicas com densidades diferentes,

em que a mais pesada (oceânica) se afunda por baixo da mais leve (continental),

que acaba por enrugar.

As restantes formas de relevo têm origem ou evoluem em função dos agentes

externos/erosivos, que atuam em três fases:

• Desgaste

• Transporte

• Acumulação

São exemplos de agentes erosivos o mar, os rios, a águas, os glaciares ou o vento

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25 Prova de Aferição de Geografia

Os planaltos são o resultado da ação prolongada, ao longo de milhões de anos, do

desgaste do cume de antigas montanhas, tornando-o aplanado. As planícies podem ter origem

na acumulação de sedimentos ou são o resultado do desgaste total de antigas formas de relevo.

Por fim, os vales resultam da ação de desgaste provocada pela ação dos rios ou dos glaciares.

Principais serras de Portugal continental

O território continental português apresenta duas grandes áreas separadas pelo rio

Tejo. Enquanto a norte dele o relevo, principalmente no interior, é mais acidentado, a sul é mais

uniforme, apresentando vastas planícies e elevações de baixa altitude. Apesar de a serra com

maior altitude ser a da Estrela, com 1993 m, a maior altitude de Portugal encontra-se na ilha do

Pico, nos Açores, com 2351m.

As principais serras de Portugal Continental são:

Nota → As principais cadeias montanhosas do resto do mundo encontram-se nas páginas 10 e

11 desde resumo.

1

3

4

5

2

6

9

7

8

10

11

1. Peneda Gerês

2. Montesinho

3. Marão

4. Estrela

5. Aire e Candeeiros

6. São Mamede

7. Sintra

8. Arrábida

9. Monchique

10. Caldeirão

11. Caramulo

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26 Prova de Aferição de Geografia

Tema II

O Meio Natural

3. A DINÂMICA DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA E DO LITORAL

A Dinâmica de uma bacia hidrográfica

Conceitos importantes:

Rio: Grande curso de água doce e superficial que corre por um leito, também chamado

canal de escoamento, em direção ao mar, lago ou outro rio. Os rios são importantes

porque:

• Permitem o escoamento superficial das águas;

• São um importante agente de modelação do relevo (desgaste/erosão,

transporte e acumulação;

• Constituem um importante recurso natural para o Homem;

Rede hidrográfica – conjunto formado pelo rio principal e os seus tributários (afluentes

e subafluentes)

Bacia hidrográfica – Área drenada por uma rede hidrográfica.

Interflúvio – Linha por onde se faz a separação de duas bacias hidrográficas, pois

marcam a mudança no sentido do escoamento. Correspondem normalmente aos cumes

das formas de relevo.

Caudal → Volume de água que passa durante um determinado período de tempo, numa

dada secção do rio. Mede-se em m3/s.

Regime → Variação do caudal dos rios ao longo de um ano. O regime pode ser de três

tipos:

• Efémero → Apenas apresentam algum caudal depois de uma grande

quantidade de chuva, sendo a sua ocorrência imprevisível.

• Intermitentes → Apresentam água corrente durante os meses mais húmidos

(do outono até à primavera no nosso clima), secando durante os meses

secos.

• Permanente ou perene → Apresentam sempre água corrente, apesar de

esta poder variar ao longo ano.

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27 Prova de Aferição de Geografia

Fatores naturais que influenciam o caudal de um rio:

• Precipitação → Nas áreas ou nos períodos em que houver mais precipitação

mais água é drenada para os rios, aumentando o seu caudal.

• Tipo de rocha → O tipo de rocha influencia a maior ou menor infiltração das

águas, influenciando o caudal dos rios. Onde há rochas impermeáveis

(granito, xisto) a infiltração será menor e logo maiores serão os caudais.

Onde predominam as rochas impermeáveis (calcário, areias) a infiltração

será maior e o caudal menor.

• Tipo de relevo (declive) → Quanto maior o declive menor será a infiltração,

logo maior será o caudal.

• Vegetação → A vegetação irá fomentar a infiltração das águas e um

escoamento superficial das águas mais lento, fazendo diminuir o caudal dos

rios.

A partir dos estudos dos perfis transversais dos rios, bem como o seu regime e caudal podemos

identificar num rio, três tipos de leito: o leito normal, o de estiagem e o de cheia.

• Leito normal → Área normalmente ocupada pelas águas de rio.

• Leito de estiagem → Área normalmente ocupada pelas águas de um rio

quando o caudal é menor, geralmente durante o Verão.

• Leito de cheia → Área normalmente ocupada pelas águas durante os

períodos de maior cauda, geralmente nos Invernos em que chove muito.

Leito → Espaço/área ocupado pelas águas de um rio.

Os três processos de evolução de uma bacia hidrográfica:

• Desgaste/erosão

• Transporte

• Acumulação

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28 Prova de Aferição de Geografia

Caracterização de cada um dos setores de um rio (pág. 90 e 91):

Curso superior: Como os rios correm geralmente entre montanhas, onde o declive é muito

acentuado e velocidade e força das águas vai ser muito grande. Deste modo, vai predominar o

processo de desgaste do leito e das margens, construindo vales em V fechado ou em garganta.

Curso médio: Neste setor, o rio vai ter como principal papel o transporte dos materiais que

foram arrancados no curso superior. Devido à diminuição da altitude os vales apresentam-se em

V aberto.

Curso inferior: Neste setor o rio vai perdendo velocidade (em função da reduzida altitude e

declive pouco acentuado, verificando-se a acumulação dos materiais que transportava, pelo que

os vales são largos – vales em caleira – podendo dar origem a planícies aluviais.

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29 Prova de Aferição de Geografia

Principais rios de Portugal continental

A Dinâmica do litoral (a partir da página 100)

Litoral → Área de contacto entre a terra e o mar. No litoral podemos distinguir dois tipos

de costa (alta ou baixa) e duas formas particularmente relevantes (o estuário e o delta).

• Costa alta ou de arriba: Onde a linha de costa se insere num relevo alto.

Apresenta uma vertente inclinada diretamente para o mar. Está associada a locais

com rochas relativamente duras e por isso de difícil erosão.

• Costa baixa ou de praia: Onde a linha de costa se insere num relevo baixo com

rochas brandas (relativamente erosionáveis). Apresenta reduzida altitude e é

plana.

• Estuário → Formam-se em áreas onde a ação das marés e das correntes é

elevada, fazendo com que o rio desague num só braço.

• Delta → Formam-se em áreas onde a ação das marés e das correntes marítimas

é reduzida, possibilitando que a os rios depositem muitos sedimentos junto à foz

e que desaguem por vários canais.

A. Minho

B. Lima

C. Cávado

D. Ave

E. Douro

F. Vouga

G. Mondego

H. Lis

I. Tejo

J. Guadiana

K. Sado

L. Mira

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30 Prova de Aferição de Geografia

.

A erosão marinha sobre a linha de costa se faz através de três processos:

• Abrasão marinha: desgaste exercido pela ação das ondas e dos materiais nelas

contidos

• Transporte: pela ação das ondas e da deriva litoral e de praia

• Acumulação

A erosão marinha depende de um conjunto de fatores, nomeadamente:

• O grau de dureza da rocha

• Da oscilação das marés

• Da força das correntes marítimas

• Da maior ou menor deposição de sedimentos da foz dos rios.

Uma das principais consequências da ação de abrasão marinha do mar/oceano sobre o litoral é

o processo de recuo das arribas. Este processo, que é particularmente intenso em Portugal e

que põe em risco muitas infraestruturas, processa-se da seguinte forma:

A ação das ondas e dos materiais nelas contidos acaba por erodir a base das arribas. A

partir de um certo momento, o topo da arriba fica sem base de sustentação e acaba por cair,

dando origem a uma plataforma de abrasão e originando o recuo da arriba e do litoral.

À medida que a plataforma de abrasão se vai tornando mais larga, há um momento em

que o mar deixa de agir diretamente sobre a arriba (deixa de haver erosão), dando origem a

uma arriba morta ou fóssil.

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31 Prova de Aferição de Geografia

As principais formas do litoral

• Praia: Forma litoral de baixa altitude que resulta da acumulação de areias.

• Arriba: Forma litoral de elevada altitude, com vertentes abruptas para o lado do mar.

• Baía: Reentrância do litoral com comunicação com o oceano.

• Golfo: Grande reentrância do litoral com uma comunicação muito grande com o

oceano. Difere de uma baía pela sua muito maior dimensão.

• Cabo: Saliência da linha de costa que entra pelo mar dentro.

• Tômbolo: Forma do litoral que resulta da acumulação de areias e que une terra a uma

ilha, (restinga) dando origem a uma península.

• Laguna/Ria: Superfície aquosa, salgada ou salobra, separada do mar por um cordão de

areia (restinga).

• Arco litoral: Forma-se quando o mar fura dois lados de um cabo, dando origem a um

arco.

• Farilhão: Pilar rochoso isolado originado pela derrocada de um arco litoral

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32 Prova de Aferição de Geografia

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33 Prova de Aferição de Geografia

As principais formas do litoral de Portugal (pág. 105)

• Laguna de Aveiro: a acumulação de sedimentos

transportados pelo rio Vouga e a ação da corrente

litoral (deriva litoral) deu origem a uma língua de

areia (restinga) que separou a o mar da laguna.

(esta forma é popularmente conhecida por Ria de

Aveiro)

• Tômbolo de Peniche: Forma do litoral que resultou

da acumulação de areias e que uniu a antiga ilha de

Peniche ao continente dando origem a uma

península.

• Lido de Faro/Sistema de barreira de Faro:

Formação de ilhas/cordões arenosos ao longo do

litoral devido à acumulação de sedimentos

marinhos. (esta forma é popularmente conhecida

por Ria Formosa)