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Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça AvaliadorDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Com base nas disposições do Estatuto do Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e do
Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens subsequentes.
De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância qualificadora do crime de posse ou porte de
arma de fogo ou munição o fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.
(Errado)
• Q247131 Prova: CESPE - 2004 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal - RegionalDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Assustado com o aumento do número de roubos em sua região, Haroldo, que vive em uma fazenda situada no
interior do estado do Amazonas, decidiu adquirir de seu vizinho Moacyr uma arma de fogo de uso permitido. A arma
de Moacyr é devidamente registrada e Haroldo pretende mantê-la no interior de sua casa, com finalidade de
proteger-se contra eventuais agressores. Nessa situação, a compra da referida arma efetuada por Haroldo precisa
ser previamente autorizada pelo Sistema Nacional de Armas (SINARM).
Prova: CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor PúblicoDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Julgue os itens seguintes, com relação aos crimes previstos na Lei Antidrogas, no Estatuto do Desarmamento e no
CDC.
Suponha que Tobias, maior, capaz, tenha sido abordado por policiais militares quando trafegava em sua moto, tendo
sido encontradas com ele duas armas de uso restrito e munições, e atestada, em exame pericial, a impossibilidade
de as armas efetuarem disparos. Nessa situação hipotética, resta caracterizado o delito de porte de arma de uso
restrito, devendo Tobias responder por crime único.
Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de JustiçaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Com base no Estatuto do Desarmamento, assinale a opção correta.
a) Considere que um agente tenha sido encontrado, em um mesmo contexto fático, portando arma de
fogo de uso permitido e de uso restrito e munições, sem autorização e em desacordo com determinação legal. Nessa
situação, ele responderá somente pelo delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
b) Oficial de justiça é agente autorizado, de forma expressa, a portar arma quando em serviço.
c) São expressamente vedados a aquisição e o porte de arma por pessoas com menos de vinte e cinco
anos de idade, ainda que sejam integrantes das forças armadas.
d) É crime possuir, ou manter sob a guarda, arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido, em
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, no interior da residência, sendo a pena referente a esse crime
aumentada, caso tenha sido praticado por funcionário público.
e) É atípica a conduta de porte ou posse de arma de fogo, caso essa arma tenha sido considerada, de
modo absoluto ou relativo, inepta para efetuar disparos, em virtude de, nesse caso, não se atingir o bem jurídico
tutelado.
Prova: CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Em relação aos crimes contra a administração pública e aos delitos praticados em detrimento da ordem econômica e
tributária e em licitações e contratos públicos, julgue os itens de 37 a 41.
Servidor público alfandegário que, em serviço de fiscalização fronteiriça, permitir a determinado indivíduo
penalmente imputável adentrar o território nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o
devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira deverá responder pela prática do crime de
facilitação de contrabando, com infração do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do Estatuto do
Desarmamento.
Prova: CESPE - 2013 - DPE-RR - Defensor PúblicoDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Assinale a opção correta de acordo com o Estatuto do Desarmamento.
a) Considere a seguinte situação hipotética.
Paulo, agente de segurança de uma empresa privada, em dia de folga, efetuou diversos disparos com arma de fogo
de propriedade da citada empresa, para o alto, no bairro em que morava, de modo a causar temor em desafetos que
estavam nas proximidades da sua residência.
Nessa situação, ficou configurado, em concurso, os crimes de disparo e porte de arma de fogo, com a incidência da
causa de aumento de pena da metade, em razão da condição pessoal do agente.
b) Constitui crime a omissão de cautela necessária para impedir o acesso de menor ou deficiente
mental a arma de fogo que esteja na posse ou propriedade do agente. Incidirá agravante se a omissão for imputada
a integrante das Forças Armadas, das polícias ou a empregado de empresa de segurança privada.
c) As condutas consistentes em consertar, dar manutenção e executar limpeza em arma de fogo
exercidas de maneira informal e na própria residência não foram contempladas no referido estatuto e, portanto, são
consideradas atípicas.
d) As condutas de reciclar, recarregar, adulterar e produzir, de qualquer forma, munição ou explosivo
têm como elemento normativo do tipo a sua prática sem autorização legal, sendo irrelevante, para a caracterização
do delito, a quantidade de munição ou de explosivos.
e) A conduta de empregar artefato explosivo sem autorização legal ou em desacordo com
determinação legal de que resulte explosão ou incêndio que acarrete perigo concreto para a vida ou o patrimônio
alheio é punida nos mesmos termos do crime de disparo de arma de fogo, independentemente do concurso com os
crimes de explosão e incêndio previstos no CP.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - SegurançaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao registro
de armas, julgue os itens a seguir.
As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do Exército.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - SegurançaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao registro
de armas, julgue os itens a seguir.
Compete exclusivamente ao Comando do Exército a identificação das alterações feitas nas características ou no
funcionamento de armas de fogo.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - TransporteDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao
registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete ao SINARM informar às secretarias de segurança pública dos estados e do Distrito Federal os registros e
autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para
consulta.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - TransporteDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao
registro de armas, julgue os itens a seguir.
As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do Exército.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - TransporteDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao
registro de armas, julgue os itens a seguir.
O interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido deve, além de declarar a efetiva necessidade de adquiri-la,
atender a alguns requisitos, entre os quais se incluem as comprovações de idoneidade, mediante a apresentação de
certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela justiça federal, estadual, militar e eleitoral, e de não
estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.
Prova: CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado - TransporteDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que se refere ao Sistema Nacional de Armas (SINARM) e ao
registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete exclusivamente ao Comando do Exército a identificação das alterações feitas nas características ou no
funcionamento de armas de fogo.
Prova: CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz FederalDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Assinale a opção correta tendo como referência o Estatuto do Desarmamento.
a) Um fazendeiro poderá pleitear à autoridade policial federal a aquisição e registro de arma de fogo,
desde que preencha determinados requisitos legais, como contar com mais de vinte e um anos de idade, incorrendo
na posse irregular de arma de fogo o fazendeiro que, não cumprindo esses requisitos, adquirir arma de fogo e mantê-
la em sua propriedade rural.
b) Modificar as características de uma arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de
uso restrito, constitui, por equiparação, crime de comércio irregular de arma de fogo.
c) O proprietário de arma de fogo legalmente registrada em seu nome deverá, no prazo de vinte e
quatro horas depois de ocorrido o fato, registrar ocorrência policial e comunicar à Polícia Federal a sua perda, sob
pena de responder por crime de omissão de cautela, previsto na Lei n.º 10.826/2003.
d) Aquele que exerce a função de frentista em posto de combustíveis durante o período noturno e
possui certificado de registro de arma de fogo da qual é o legítimo proprietário pode, sem incorrer em crime, mantê-
la em seu local de trabalho, para defesa pessoal.
e) São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização de réplicas e simulacros de armas de fogo que
com estas se possam confundir, salvo as réplicas e simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção
de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército, e os brinquedos. Aquele que, sem
autorização legal, proceder à fabricação de simulacro de arma de fogo, que com esta possa se confundir, responde
pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo.
Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto do Desarmamento.
O agente encontrado portando arma de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado estará sujeito à sanção prevista para o crime de posse ou porte ilegal
de arma de fogo de uso restrito.
Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivão de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto do Desarmamento.
O proprietário de comércio de médio porte localizado em violento bairro da periferia da cidade que possua arma
regularmente registrada encontra-se autorizado a portá-la livremente, desde que no interior do estabelecimento,
caso seja o responsável legal pela empresa.
Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área JudiciáriaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Em relação aos crimes em espécie, julgue os itens subsequentes.
Considere que Marcos, penalmente capaz, em comemoração à vitória de seu time de futebol, tenha disparado vários
tiros para o alto, com arma de fogo de uso permitido, em uma praça pública de intensa movimentação e que,
identificado e preso em flagrante pela conduta, tenha apresentado o porte e o registro da arma. Nessa situação,
Marcos deverá responder pelo crime de expor a perigo a vida ou a saúde de outrem.
Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área JudiciáriaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Acerca das leis penais extravagantes, julgue os itens subsecutivos, de acordo com o magistério doutrinário e
jurisprudencial dominantes.
Considere a seguinte situação hipotética.
Antônio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o flagraram portando três cartuchos intactos de
munição de calibre 40, de uso restrito das forças policiais. Indagado a respeito de sua conduta, Antônio informou não
possuir autorização para portar as munições, alegando, no entanto, não possuir arma de fogo de qualquer calibre.
Nessa situação, a conduta de Antônio é atípica, pois a munição, por si só, não oferece qualquer potencial lesivo.
Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista - ProcessualDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Jonas, policial militar em serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em estacionamento público
próximo a uma casa de eventos, onde ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de Mauro, com
vinte e quatro anos de idade, que já ostentava condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na
oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete para abrir um automóvel e neste ingressou
rapidamente. Fábio, com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou pela porta direita do
passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se evadir do
local na condução do veículo. Jonas informou sobre o fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em
diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem.
Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua
cintura: um revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o portador não tinha qualquer registro ou
porte legalmente válido em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio.
Com referência à situação hipotética acima relatada, jugue os itens que se seguem.
Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, previsto na lei que dispõe sobre o
registro, a posse e a comercialização de armas de fogo e munição.
Prova: CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de JustiçaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Crimes Hediondos; Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Considerando o Estatuto do Desarmamento, a lei que trata dos crimes contra o meio ambiente, a que dispõe sobre os
crimes hediondos e o entendimento dos tribunais superiores acerca dos institutos de direito penal, assinale a opção
correta.
a) O cidadão que possui, em sua residência, para defesa pessoal e de seus familiares, revólver de
calibre 38 com numeração raspada e sem registro pratica o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) O agente de segurança cuja arma seja furtada dentro do banco privado onde trabalhe e que não
registre ocorrência policial no prazo de vinte quatro horas estará incurso no crime de omissão de cautela, previsto na
Lei n. o 10.826/2003.
c) Superado o prazo da suspensão condicional do processo por crime contra o meio ambiente e
comprovado, pelo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, não ter sido completa a reparação, o
benefício da suspensão condicional do processo será revogado.
d) A lei posterior que, de qualquer modo, favoreça o agente aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Por essa razão, o agente condenado por crime hediondo
em 1998, que não teria direito a progredir de regime por vedação expressa da lei, faria jus à progressão de regime
caso tal vedação fosse declarada inconstitucional pelo STF e adviesse lei prevendo progressão de regimes para os
crimes hediondos, desde que o agente fosse réu primário e tivesse cumprido dois quintos da pena.
e) Suponha que João seja preso por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e que, no relatório
apresentado pelo delegado de polícia, conste a informação de João ter sido, ao tempo do crime, empregado de
empresa de segurança privada e de transporte de valores. Nessa situação, a pena imposta a João deverá ser
aumentada da metade.
Prova: CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia FederalDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
À luz da lei dos crimes ambientais e do Estatuto do Desarmamento, julgue os itens seguintes.
Para se configurar o delito de posse ilegal de arma de fogo, acessórios ou munição, esses artefatos devem ser
encontrados no interior da residência ou no trabalho do acusado; caso sejam encontrados em local diverso desses,
restará configurado o delito de porte ilegal.
Certo Errado
(anulado)
Prova: CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia FederalDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
À luz da lei dos crimes ambientais e do Estatuto do Desarmamento, julgue os itens seguintes.
Responderá pelo delito de omissão de cautela o proprietário ou o diretor responsável de empresa de segurança e
transporte de valores que deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal, nas primeiras vinte
e quatro horas depois de ocorrido o fato, a perda de munição que esteja sob sua guarda.
Prova: CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JuizDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
A polícia rodoviária federal, em 20/5/2011, durante abordagem de rotina dos motoristas na BR-101, nas proximidades
de Campos dos Goytacazes – RJ, abordou o veículo conduzido por Nicolas, maior, capaz, cidadão francês, que,
acompanhado de Sandra, brasileira, maior, solteira, apresentou, juntamente com os documentos do veículo, alugado,
habilitação estrangeira, com tradução juramentada, vencida havia poucos dias. O elevado grau de nervosismo de
Nicolas motivou os policiais a fazerem revista minuciosa no veículo, no qual encontraram seis fuzis, oito pistolas e 22
caixas de munição, tudo de procedência estrangeira. Nicolas confessou que as buscara no Paraguai para revendê-las
no Rio de Janeiro ! RJ e argumentou que a companheira, que acreditava estar em viagem de turismo, nada sabia
sobre o comércio das armas. O francês foi preso em flagrante, e, na delegacia, constatou-se que era reincidente: fora
condenado no Brasil por tráfico internacional de drogas e porte de armas, e cumprira as penas. Nicolas foi expulso do
país em 10/10/2010, em cumprimento a decreto publicado em 2/9/2010. Apurou-se, igualmente, que o estrangeiro
regressara ao país em março de 2011, por meio da fronteira do Paraguai, e passara a residir na cidade de Belford
Roxo – RJ, com Sandra.
Com base na situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.
a) A lei permite, para o tráfico internacional de armas, de forma diversa do que prevê para o tráfico de
drogas, o concurso material com o contrabando, o que enseja a extinção da punibilidade desse último, mediante o
pagamento do imposto devido, antes de oferecida a denúncia
b) Nicolas deve ser acusado, além de tráfico internacional de armas, da prática de crime de trânsito,
por ter conduzido veículo automotor com habilitação estrangeira vencida, o que pressupõe risco à incolumidade
pública, sendo este crime, de perigo abstrato, absorvido pelo de reingresso de estrangeiro expulso, ante o princípio
da consunção.
c) Por ser considerado meio para o tráfico internacional de armas, o crime de reingresso de estrangeiro
expulso, caracterizado como a entrada, no território nacional, de estrangeiro com armas de fogo e munições, sem
autorização da autoridade competente, reputa-se absorvido por aquele, incidindo o princípio da absorção.
d) Caso se demonstre, no processo, que Sandra tinha ciência do tráfico de armas e da condição
irregular de seu companheiro estrangeiro no país, ela deve ser responsabilizada, em concurso de pessoas, por todos
os crimes cometidos pelo réu, acrescidos do delito personalíssimo de ocultar estrangeiro irregular.
e) Constatando-se que as armas e as munições fossem de uso privativo das forças armadas e que
seriam destinadas à real ofensa da integridade física aos chefes dos poderes da União, estaria caracterizado crime
contra a segurança nacional, pelo princípio da especialidade.
Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
De acordo com a legislação especial pertinente, julgue os itens de
81 a 91.
Considere a seguinte situação hipotética.
Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de calibre 38, quando foi abordado em uma operação
policial de trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma, desmuniciada, embaixo do banco do
motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram localizados 5 projéteis do mesmo calibre. Indagado a
respeito, Alfredo declarou não possuir autorização legal para o porte da arma nem o respectivo certificado de
registro. O fato foi apresentado à autoridade policial competente.
Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das munições e a imediata liberação de
Alfredo, visto que, estando o armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo.
Prova: CESPE - 2007 - DPU - Defensor PúblicoDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Julgue os itens que se seguem segundo as leis penais especiais.
É pacífico o entendimento, na jurisprudência, de que o porte de arma desmuniciada, ainda que sem munição ao
alcance do agente, gera resultado típico, pois se trata de crime de perigo abstrato.
Prova: CESPE - 2007 - TJ-TO - JuizDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 8.137, de 27 de Dezembro de 1990 (Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo); Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
No que concerne às leis penais especiais, assinale a opção correta
a) Na hipótese de ação praticada por organização criminosa, o acusado envolvido na ação será apenas
civilmente identificado e não deve ser submetido a identificação criminal, de acordo com direito garantido em regra
geral da Constituição Federal.
b) Nos crimes contra as relações de consumo, previstos na Lei n.º 8.137/1990, não se admite a
modalidade culposa.
c) Segundo entendimento do STF, é inconstitucional a vedação de fiança, legalmente prevista, nos
crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
d) Nos crimes contra a economia popular, a lei não admite a concessão de suspensão da pena quando
o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções.
Prova: CESPE - 2008 - TJ-SE - JuizDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Com relação ao Estatuto do Desarmamento, Lei n.º 10.826/2003, assinale a opção correta.
a) O agente que perambula de madrugada pelas ruas com uma arma de fogo de uso permitido, sem
autorização para portá-la, comete infração penal, independentemente de se comprovar que uma pessoa determinada
ficou exposta a uma situação de perigo.
b) Na hipótese de porte de arma absolutamente inapta a efetuar disparos, o fato é considerado típico,
porque se presume o risco em prol da coletividade, apesar de não haver exposição de alguém a uma situação
concreta de perigo.
c) O crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse admite tentativa.
d) O porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável e hediondo, sendo irrelevante o fato
de a arma de fogo estar registrada em nome do agente.
e) No crime de comércio ilegal de arma de fogo, a pena é aumentada se a arma de fogo, acessório ou
munição for de uso permitido.
Prova: CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia CivilDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), assinale a opção correta.
a) Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos que realizar publicidade
para venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.
b) Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia Federal, o delito de posse de
arma de fogo foi claramente abolido pela referida norma.
c) É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como majorante no delito de roubo,
porquanto, ainda que desprovida de potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à vítima.
d) A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a majoração, de um terço até
metade, da pena eventualmente aplicada ao criminoso.
e) É permitido o porte de arma de fogo aos integrantes das guardas municipais dos municípios com
mais de cinquenta mil e menos de quinhentos mil habitantes, mesmo fora de serviço.
Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - EspecíficosDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Com relação à legislação especial, julgue o item que se segue.
De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples fato de portar arma de fogo de uso permitido
com numeração raspada viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito de mera conduta
ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a segurança coletiva.
Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - EspecíficosDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Com relação à legislação especial, julgue o item que se segue.
As armas de fogo apreendidas após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente à Secretaria de Segurança Pública do
respectivo estado, no prazo máximo de 48 horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às
Forças Armadas, na forma da lei.
Prova: CESPE - 2009 - PC-RN - Delegado de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
Em 17/2/2005, Vitor foi surpreendido, em atitude suspeita, dentro de um veículo estacionado na via pública, por
policiais militares, que lograram êxito em encontrar em poder do mesmo duas armas de fogo, sem autorização e em
desacordo com determinação legal, as quais eram de sua propriedade, sendo um revólver Taurus, calibre 38, com
numeração de série raspada, e uma garrucha, marca Rossi, calibre 22.
De acordo com a situação hipotética acima, com o Estatuto do Desarmamento e com a jurisprudência do STF,
assinale a opção correta.
a) Vitor praticou a conduta de portar arma de fogo com numeração suprimida.
b) A conduta de ser proprietário de arma de fogo não foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do
Desarmamento.
c) A posse pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou local de trabalho.
d) Vitor praticou a conduta de possuir arma de fogo.
e) A conduta de portar arma de fogo foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do Desarmamento.
Prova: CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de JustiçaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); Lei nº 9.613, de 3 de Março de 1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro); Lei nº 9.034, de 3 de Maio de 1995 (Lei de Combate ao Crime Organizado);
A respeito dos crimes de remoção ilegal de órgãos, tecidos e partes do corpo humano, de lavagem de dinheiro, dos
previstos na Lei do Porte de Armas e das disposições penais sobre prevenção e repressão de ações praticadas por
organizações criminosas, assinale a opção correta.
a) O instituto da delação premiada, previsto na lei que dispõe sobre a utilização de meios operacionais
para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas, possibilita ao juiz a faculdade de
reduzir a pena de um a dois terços, quando a colaboração espontânea do agente levar ao esclarecimento de
infrações penais e a respectiva autoria.
b) A remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas,
mediante autorização do membro do MP competente, é fato atípico.
c) Conforme a jurisprudência do STJ, o crime de lavagem de dinheiro pressupõe a ocorrência de crime
antecedente, que deve estar listado no rol meramente exemplificativo do art. 1.º da Lei n.º 9.613/1998.
d) Segundo a jurisprudência do STJ, diante da literalidade dos artigos da Lei n.º 10.826/2003, relativos
ao prazo legal para regularização do registro da arma, ocorreu abolitio criminis temporária em relação à posse ilegal
de armas de fogo, munição e artefatos explosivos, praticada dentro desse período.
e) Os delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo são
inafiançáveis, salvo quando a arma estiver registrada em nome do agente.
Prova: CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigação e Agente de PolíciaDisciplina: Direito Penal | Assuntos: Lei nº 10.826, de 22 de Dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
A Lei n.º 10.826/2003 - Estatuto do Desarmamento - determinou que os possuidores e os proprietários de armas de
fogo não-registradas deveriam, sob pena de responsabilidade penal, no prazo de 180 dias após a publicação da lei,
solicitar o seu registro, apresentando nota fiscal de compra ou a comprovação da origem lícita da posse ou entregá-
las à Polícia Federal. Houve a prorrogação do prazo por duas vezes - Lei n.º 10.884/2004 e Lei n.º 11.118/2005 - até a
edição da Lei n.º 11.191/2005, que estipulou o termo final para o dia 23/10/2005.
Assinale a opção correta acerca do estatuto mencionado no texto acima.
a) O porte consiste em manter no interior de residência, ou dependência desta, ou no local de trabalho
a arma de fogo.
b) A posse pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou do local de trabalho.
c) As condutas delituosas relacionadas ao porte e à posse de arma de fogo foram abarcadas pela
denominada abolitio criminis temporária, prevista na Lei n.º 10.826/2003.
d) O porte de arma, segundo o Estatuto do Desarmamento, pode ser concedido àqueles a quem a
instituição ou a corporação autorize a utilização em razão do exercício de sua atividade. Assim, um delegado de
polícia que esteja aposentado não tem direito ao porte de armas; o pretendido direito deve ser pleiteado nos moldes
previstos pela legislação para os particulares em geral.
e) A objetividade jurídica dos crimes de porte e posse de arma de fogo, tipificados na Lei n.º
10.826/2003, restringe-se à incolumidade
QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO
1 – Configura crime portar arma de fogo desmuniciada?
A PRIMEIRA TURMA DO STF ENTENDE SER CRIME
Para a configuração do delito de porte ilegal de arma de fogo é irrelevante o fato de a arma encontrar-se desmuniciada e de o agente
não ter a pronta disponibilidade de munição. Com base nesse entendimento, a Turma desproveu recurso ordinário em habeas corpus
interposto por condenado pela prática do crime de porte ilegal de arma de fogo (Lei 9.437/97, art. 10), no qual se alegava a atipicidade
do porte de revólver desmuniciado ante a ausência de lesão ao bem jurídico penalmente protegido. Assentou-se que a objetividade
jurídica da norma penal transcende a mera proteção da incolumidade pessoal para alcançar a tutela da liberdade individual e do corpo
social como um todo, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança coletiva que a lei propicia. Enfatizou-se, destarte,
que se mostraria irrelevante, no caso, cogitar-se da eficácia da arma para configuração do tipo penal em comento — isto é, se ela
estaria, ou não, municiada ou se a munição estaria, ou não, ao alcance das mãos —, porque a hipótese seria de crime de perigo
abstrato para cuja caracterização desimporta o resultado concreto da ação.RHC 90197/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 9.6.2009.
(RHC-90197
A SEGUNDA TURMA DO STF ENTENDE QUE NÃO É CRIME
Arma desmuniciada ou sem possibilidade de pronto municiamento não configura o delito previsto no art. 14 da Lei 10.826/2003. Com
base nesse entendimento, a Turma, por maioria, deferiu habeas corpus para trancar ação penal instaurada em desfavor de denunciado
pela suposta prática do crime de porte ilegal de arma de fogo, em razão de possuir, portar e conduzir espingarda, sem munição, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Vencidos os Ministros Ellen Gracie, relatora, e Joaquim Barbosa
que denegavam o writ por considerar típica a conduta narrada na inicial acusatória.HC 97811/SP, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o
acórdão Min. Eros Grau, 9.6.2009. (HC-97811
COMO MARCAR NA PROVA?
Se a prova for objetiva marque de acordo com a Lei, ou seja É CRIME (ART. 14 e 16 da Lei 10.826/03)
2- É indispensável a realização de perícia para constatação da potencialidade lesiva da arma de fogo?
AMBAS AS TURMAS DO STF ENTENDEM DESNECESSÁRIA A PERÍCIA
A Turma indeferiu habeas corpus em que condenados por tráfico de entorpecentes (Lei 6.368/76, art. 12 c/c o art. 18, III) e porte ilegal
de munição de uso restrito (Lei 10.826/2003, art. 16) pleiteavam a concessão da ordem para que fosse reconhecida a atipicidade do
delito descrito no art. 16 da Lei 10.826/2003, pela ausência de laudo pericial (CPP, art. 158) das munições apreendidas que atestasse a
sua potencialidade lesiva. Alegava, também, a impetração: a)inobservância do disposto no art. 31, parágrafo único, da Lei 10.409/2002,
em decorrência de juntada de documento sigiloso relativo à quebra de sigilo telefônico fora do prazo legal, qual seja, após a realização
da audiência de instrução e julgamento e b) contrariedade aos critérios definidos no art. 59 do CP, por ter sido a pena-base fixada acima
do mínimo legal, sem motivação idônea.HC 93876/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 28.4.2009. (HC-93876Quanto ao primeiro ponto,
observou-se que o Estatuto do Desarmamento — que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo — fora
promulgado com o objetivo de disciplinar a venda de armas e munições em território nacional, bem como de regulamentar os registros e
portes das armas que estão em posse de cidadãos comuns, visando, em última análise, garantir a segurança da coletividade.
Asseverou-se, ademais, que a objetividade jurídica dos delitos nela tipificados transcende a mera proteção da incolumidade pessoal,
para alcançar também a tutela da liberdade individual e do corpo social, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança
coletiva que a lei propicia. Entendeu-se, por conseguinte, irrelevante indagar-se acerca da eficácia da arma ou das munições para a
configuração do tipo penal em comento, sendo, assim, despicienda, do ponto de vista jurídico, a falta ou nulidade do laudo pericial.
Nesse sentido, reputou-se configurado o crime previsto no caput do art. 16 da Lei 10.826/2003, uma vez que restara atestada a
materialidade delitiva por outros meios de prova. Com relação à nulidade decorrente do fato de ter sido o procedimento de quebra de
sigilo telefônico juntado aos autos após a audiência de instrução e julgamento, registrou-se que a questão não poderia ser conhecida,
dado que a matéria não fora apreciada nas instâncias inferiores. Por fim, aduziu-se que o magistrado, ao fixar a pena-base dos
pacientes, fundamentara adequadamente as circunstâncias judiciais constantes do art. 59 do CP, o que justificaria a fixação do quantum
da pena acima do mínimo legal, haja vista a grande quantidade de substância entorpecente apreendida, assim como o fato de os
pacientes serem os mentores intelectuais e controladores da ação delitiva. O Min. Menezes Direito acrescentou, no ponto, a
necessidade de se deixar inequívoco que foram consideradas circunstâncias judiciais outras que não os antecedentes criminais para a
fixação da pena acima do mínimo legal, ressaltando que esse tema encontra-se pendente de julgamento pelo Plenário da Corte.HC
93876/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 28.4.2009. (HC-93876).
SEGUNDA TURMA
Porte de Arma e Perícia sobre a Potencialidade Lesiva
É desnecessária a realização de perícia para a configuração do crime de porte ilegal de arma. Com base nesse entendimento, a Turma,
vencido o Min. Eros Grau, indeferiu habeas corpus no qual se discutia a dispensabilidade, ou não, da demonstração da potencialidade
lesiva de revólver e, conseqüentemente, a exigibilidade da realização de exame pericial válido para a caracterização do tipo penal
previsto no art. 10, § 3º, IV, da Lei 9.437/97. Precedente citado: HC 93188/RS (DJE de 6.3.2009).HC 95271/RS, rel. Min. Ellen Gracie,
28.4.2009. (HC-95271)
3- Porte de Munição configura crime?
PARA O STF ESTÁ CONFIGURADO O CRIME
A Turma iniciou julgamento de habeas corpus em que a Defensoria Pública da União sustenta que o simples porte de munição sem
autorização legal não representaria ofensa ao bem jurídico protegido pela Lei 10.826/2003, qual seja, a paz social. O Min. Joaquim
Barbosa, relator, indeferiu o writ, no que foi acompanhado pelo Min. Eros Grau. Ressaltando que a intenção do legislador fora de tornar
mais rigorosa a repressão aos delitos relativos às armas de fogo, considerou que o crime de porte de munição seria de perigo abstrato e
não feriria as normas constitucionais nem padeceria de vícios de tipicidade. Enfatizou que a aludida norma tem por objetivo a proteção
da incolumidade pública, sendo dever do Estado garantir aos cidadãos os direitos fundamentais relativos à segurança pública. Ademais,
asseverou que, no caso, o paciente também fora condenado, em concurso material, pela prática do crime de receptação, não sendo o
porte de munição um fato isolado. Assim, tendo em conta essas particularidades, concluiu no sentido da tipicidade material da conduta,
aduzindo que, para se afirmar o contrário, seria exigível o revolvimento das provas dos autos, incabível na via eleita. Após, o julgamento
foi suspenso em virtude do pedido de vista do Min. Cezar Peluso. HC 92533/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 4.3.2008. (HC-92533)
A Turma retomou julgamento de habeas corpus em que se pretende, por ausência de potencialidade lesiva ao bem juridicamente
protegido, o trancamento de ação penal instaurada contra denunciado pela suposta prática do crime de porte de munição sem
autorização legal (Lei 10.826/2003, art. 14), sob o argumento de que o princípio da intervenção mínima no Direito Penal limita a atuação
estatal nesta matéria — v. Informativo 457. O Min. Joaquim Barbosa, em voto-vista, acompanhou o Min. Eros Grau, relator, e indeferiu o
writ por considerar que o crime de porte de munição é de perigo abstrato e não fere as normas constitucionais nem padece de vícios de
tipicidade. Após, o julgamento foi suspenso em virtude do pedido de vista do Min. Cezar Peluso. HC 90075/SC, rel. Min. Eros Grau,
5.6.2007. (HC-90075)
04- Quais são os requisitos legais para adquirir arma de fogo de uso permitido?
Só podem adquirir quem tiver no mínimo 25 anos. Depois de declarar efetiva necessidade, o interessado deve comprovar idoneidade
por meio de certidão de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral; residência fixa; provar
ocupação lícita; capacidade técnica e de aptidão psicológica. Também não podem estar respondendo a inquérito policial ou processo
criminal.Para memorizar os REQUISITOS do REGISTRO de armas de fogo,
CARION 25 tá?
C = capacidade técnica
A = aptidão psicológica
R = residência fixa
I = idoneidade
O = ocupação lícita
N = necessidade
25 = ter 25 anos ou mais
T = taxa
A = autorização do SINARM
05 - Quanto às armas de brinquedo? São permitidas?
São expressamente proibidas a vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas ou simulacros
de armas de fogo que com essas possam ser confundidas. Mas não há previsão de crime para a hipótese.
06 – É crime manter arma de fogo de uso permitido na minha residência sem o devido registro?
O artigo 12 do Estatuto encontra-se com a aplicabilidade suspensa, pois o prazo para regularização de arma de fogo de uso permitido
no interior da residência previsto nos art. 30 e 32 da Lei (180 dias) foi prorrogado até o fim de 2009.
O prazo para recadastramento de armas de fogo, com registro gratuito, foi prorrogado para 31 de dezembro de 2009 pela Lei 11.922/09.
Assim, o STF tem entendido que o tipo do artigo 12 do Estatuto está com a tipicidade temporariamente suspensa, uma vez que
presume-se (presunção de boa-fé) que aquele que possui arma de uso permitido no interior de sua residência não deve responder pelo
crime.
CUIDADO! NÃO SE TRATA DE ABOLITIO CRIMINIS, ou seja, quem praticou o crime na vigência da lei anterior (9.437/97) deve
ainda responder criminalmente. Ainda, a presunção de boa-fé é apenas para a POSSO IRREGULAR, não aplicando-se ao PORTE
ILEGAL.
HC 94213 / MG - MINAS GERAIS HABEAS CORPUSRelator(a): Min. MENEZES DIREITOJulgamento: 18/11/2008 Órgão Julgador:
Primeira TurmaEMENTA Habeas corpus. Porte de arma de fogo sem autorização e em oposição à determinação legal (artigo 14 da Lei
nº 10.826/03 - Estatuto do Desarmamento). Vacatio legis especial. Atipicidade temporária apenas para o crime de posse. Inexistência de
abolitio criminis para o crime de porte. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que as condutas "possuir" e
"ser proprietário" foram abolidas, temporariamente, pelos artigos 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento, mas não a conduta de portar
arma de fogo (fora da residência ou do local de trabalho). Ausente, portanto, o pressuposto fundamental para que se tenha por
caracterizada a abolitio criminis. 2. Habeas corpus denegado.
Obs.: O prazo para recadastramento de armas de fogo, com registro gratuito, foi prorrogado para 31 de dezembro de 2009 pela Lei
11.922/09. Assim, o STF tem entendido que o tipo do artigo 12 do Estatuto está com a tipicidade temporariamente suspensa, uma vez
que presume-se (presunção de boa-fé) que aquele que possui arma de uso permitido no interior de sua residência
CUIDADO! NÃO SE TRATA DE ABOLITIO CRIMINIS, ou seja, quem praticou o crime na vigência da lei anterior deve ainda responder
por ela.