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filo protozoa

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSASETOR DE CINCIAS BIOLGICAS E DA SADEDEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

KARINE DE BIASSIO KRET

Protozoa e seus Filos

PONTA GROSSA2015Protozoa e seus Filos Reino Protista:O filo PROTOZOA (protos =primeiros, + zoon=animal)compreende geralmente protistas unicelulares semelhantes a animais, de tamanho microscpico. Estrutural e funcionalmente a nica clula de um animal metazorio e por este motivo estes organismos so classificados no reino protista. Alguns protozorios tem estrutura muito simples e outros so complexos, com organelas que executam processos vitais particulares e so funcionalmente anlogas aos sistemas de orgos dos animais multicelulares. Um total de 50.000 tipos de Protozoa conhecido e, em nmero de indivduos, excedem de longe o de todos os animais. Cada espcie vive em determinado tipo de habitat mido na gua do mar ou no fundo do oceano; e na gua doce, salobra ou poluda, na terra, no solo ou matria orgnica decomposio. Muitos so de vida livre e de natao livre, enquanto outros ssseis e alguns de ambas as categorias formam colnias. Ainda outros vivem sobre ou dentro de protistas, algumas plantas e de todos os tipos de animais, inclusive do homem. Em diferentes casos as inter-relaes variam de ocorrncia casual at parasitismo estrito. Por sua vez, alguns tipos de bactrias vivem sobre ou dentro de certos protozorios, casualmente, como simbiontes ou parasitos. Muitos protozorios servem de alimentos para outros organismos de minutos. Alguns so teis na purificao de filtros de gua e de esgoto em estaes de tratamento, mas espcies causadoras de molstia, como as que causam a disenteria amebiana, a malria e a doena africana do sono, so um flagelo para a humanidade. A classificao dos Protozoa complexa, apresenta quatro subfilos e oito classes ou superclasses, agora reconhecidos por maioria dos zologos.

Filo Sarcomastigophora:Esse filo divido em dois subfilos: o Sarcodina que incluem os protozorios que se locomovem por pseudpodes (amebas) e o subfilo Mastigophora, o que se locomovem por flagelos (Giardia e Trichomonas).Os protozorios flagelados ou mastigforos so os que incluem flagelos na sua locomoo, contendo o maior nmero de espcies diferentes (cerca de 6.900)No filo so divididos em fitoflagelados e zooflagelados. Os fitofagelados so os que apresentam um ou dois flagelos e possuem cloroplasto. Esses organismos so consequentemente semelhantes a plantas, alguns profissionais consideram essa diviso sendo como as algas. A diviso dos fitoflagelados contm a maioria dos membros de vida livre da classe, e incluem organismos to comuns como Euglena, Chlamydomonas, Volvox e Peranema.J os zooflagelados possuem de uma a muitos flagelos, no tem cloroplastos e so hetertrofos. Alguns tem vida livre, mas a maioria comensal, simbitica ou parasita em outros animais, principalmente artrpodo e vertebrados. A presena de flagelos a caracterstica principal dos flagelados, e a maioria das espcies apresentam dois. Quanto ao tamanho dos flagelos, podem ser de comprimento igual ou desigual, e um pode conduzir e o outro arrastar , como no Peranema e nos dinoflagelados.Dentro os fitoflagelados existem os dinoflagelados, os quais possuem um flagelo longitudinal e um equatorial nas depresses do corpo. So previamente autotrficos e portanto contm clorofila no mascarada por outros pigmentos, o flagelo parece de colorao esverdeada.Nos zooflagelados ocorre uma nutrio heterotrfica, bem como alguns grupos, e h tambm muitas espcie parasitas. A maioria dos zooflagelados possuem de quatro a muitos flagelos. E poucas so de vida livre (Hexamita). A maioria vive anaerobicamente nos intestinos de vertebrados e insetos, especialmente baratas-de-madeira e cupins.Alguns zooflagelados causam doenas nos seres humanos como:Giardia intestinais, que ocorre no intestino dos humano, e geralmente no causa nenhum sintoma, mas pode causar diarria devido as infeces fortes. transmitida atravs de infeco fecal e sua distribuio cosmopolita.Trichomonas vaginalis um pequeno parasita com quatro flagelos anteriores que habita o trato urogenital dos humanos e causam uma doena uma doen venrea muito disseminada. Pode invadir os tecidos vivos e a vagina de mulheres fica extremamente infectada , pois surgem um corrimento amarelo-esverdeadoA Leishmania causa leses cutneas e interferidas nas respostas imunes, entre outros efeitos. O mosquito plvera constituem o hospedeiro, inseto sugador de sangue desse protistaA doena de Chagas causada pelo Trypanosoma cruzi e transmitida por barbeiros sugadores de sangue.

A maioria dos flagelados possui extremidade anterior e posterior distintas. Embora ocorra quase qualquer plano de simetria. A maioria nada livremente, mas h algumas formas ssseis. H tambm muitas espcies coloniais. Obs ( a palavra Sarcomastigophora vem do grego sarkos, que significa carne; mastix, que significa flagelo; e de phora, que significa possuir).

Ameba (pseudpodes) Giardia lamblia (flagelado) Sarcodina Mastigophora

Filo Ciliophora:Os ciliados so um dos mais importantes grupos de protozorios, com cerca de 12.000 espcies conhecidas e representantes em praticamente todos os ecossistema aquticos, marinhos e de gua doce e no solo. Vrias so parasitas ou comensais de vrios invertebrados e outras ainda vivem no tubo digestivo dos mamferos herbvoros, aos quais ajudam a estabilizar as enormes populaes de bactrias simbiticas que digerem celulose que eles se alimentam, podendo considerar-se igualmente seus simbiontes. Conhece-se apenas uma espcie que parasita do homem, o Balantidium coli, o agente da balantidase ou disenteria balantdica.Apesar de unicelulares, os ciliados podem ser considerados como protozorios grandes, com algumas espcies atingindo 2mm e alguns tem estrutura complexa. Seu nome provm da presena de clios, que ocorrem em todos os membros deste grupo, embora os da subclasse Suctoria os possuam apenas durante uma fase do seu ciclo de vida. Os clios servem para a locomoo, para se prenderem a um substrato, para a alimentao e como orgos, alis organelos dos sentidos.Os tintindeos so ciliados que produzem uma lrica, uma espcie de casca, que acumula no fundo dos oceanos, permitindo estudar a sua histria. Encontraram-se depsitos do perodo Ordoviciano com mais de 400 milhes de anos.Os ciliados so os protozorios mais rpidos que os flagelados (coanoflagelados e dinoflagelados,etc) por conta dos inmeros clios presentes e sua superfcie. Acredita se que a locomoo ciliar se d a seguinte maneira: o movimento de um clio provoca a movimentao da gua, que por sua vez incentiva a movimentao do clio seguinte. E assim sucessivamente, e esse movimento chamamos de ondas metacronais.Alguns ciliados que vivem entre gros de areia ou as espcies de Vorticella ou Stentor so muito contrteis e fogem rapidamente de predadores em potencial. A concentrao ocorre porque h encurtamento das fibras proticas estriadas denominadas mionemas.Um exemplo de ciliado o Paramecium (paramcio), protozorio de vida livre, muito comum em lagoas, tanques e poas de gua doce e que tem hbito filtrador.O Paramecium, como protozorio ciliado tem caracterstica peculiares a serem definidas. Por exemplo, alm de os clios ajudarem na sua locomoo, so tambm usados para trazer alimento para dentro do citstoma onde sero fagocitados aps passar pela citofaringe.

Paramecium caudatum Oxytricha trifallax

Filo Apicomplexa:Atualmente j foram contabilizadas aproximadamente 5.000 espcies deapicomplexos. Os representantes deste filo so parasitas comuns de animais, tais como vermes,equinodermos,insetosevertebrados. Podem ser parasitas intra ou extracelular (ou ambos), isso depender da espcie em questo. Os representantes dofilo apicomplexaso responsveis pelamalria, que uma doena parasitria, eleita a n 1 da humanidade. Tambm so chamados deEsporozorios.Esses organismos so chamados assim porque os estgios mveis, infecciosos portam umcomplexo apicalanterior que se prende ou que penetra no interior da clula hospedeira. Este complexo apical bem desenvolvido porque consiste em um conide anterior, em um ou dois anis polares, em duas ou vinte estruturas glandulares na forma de garrafas (roptrias), alm de numerosos tbulos derivados da membrana do Complexo de Golgi (micronemas). O conide est aberto em ambas as extremidades e tambm envolvido pelos anis polares que se conectam com microtbulos subpeliculares. Os micronemas possuem enzimas que so utilizadas para penetrar na clula hospedeira, porm as funes dos outros componentes celulares ainda no esto bem claras para a cincia. Os apicomplexos tem flagelos que ocorrem nos seus microgametas, mas so carentes de clios e pseudpodes.Os representantes deste filo podem apresentar um ou mais poros para alimentao denominadosmicrporos, localizados geralmente na lateral do corpo.Na figura ao lado temos a vista lateral de umesporozoriorepresentante dos apicomplexos, dando nfase a suas estruturas corporais.Os ciclos de vida destes organismos podem ser extraordinrios ou bsicos. Quando extraordinrio, os apicomplexos atingem uma complexidade muito grande, pois possuem uma capacidade infeccionaria alta, atingindo mais de um hospedeiro. Contudo, quando bsico, bem simples: seus estgios sexuais e clonais so haplides, com exceo do zigoto. O estgio mvel infestante chamado deesporozoto, que haplide e penetra no corpo do hospedeiro retirando nutrientes, crescendo e se diferenciando em umgamonte(clula produtora de gametas). Normalmente os gamontes feminino e masculino se pareiam, tendo a sua volta um envoltrio comum (cisto) e cada um produzindo muitos gametas atravs da fisso mltipla no interior do cisto. Quando j esto completamente desenvolvidos os gametas formam zigotos diplides, sendo que cada um produz uma cpsula protetora extracelular que ser chamada deesporo.Aps esta fase, j no interior do esporo, o ncleo do zigoto faz meiose pra voltar o n haplide dos cromossomos e dar continuidade divisomittica, resultando em oito esporozotos. Nesse ciclo de vida ocorre a produo de gametas conhecida como gamogonia, ocorre tambm a produo de esporos denominada esporogonia.

Plasmodium falciparumFilo Microspora Cerca de 800 espcies do filo Microspora , so parasitas intracelulares que ocorrem e quase todos os filos de animais; algumas so inclusive encontradas em outros protistas, incluindo gregarnidos e ciliados. Muito permanece desconhecido acerc de vrios estgios nas histrias de vida dos micrsporos; h at desavenas sobre se esto presentes quaisquer fases sexuadas. A forma comum e visvel que ocorre nos tecidos do hospedeiro e o esporo, e a base nos detalhes das estruturas do esporo que o filo definido e as espcies so caracterizadas. Os microspora ocorrem como esporos unicelulares, uni ou binucleados no interior de um tpico cisito. O esporo apresenta uma cpsula polar e um nico tubo polar (o tubo polar tem sido referido como filamento polar). Quando um esporo ingerido por um hospedeiro potencial, o tubo polar se estende, levado consigo o citoplasma do espero, e se prende e penetra nas clulas da parede do intestino do hospedeiro. Esses organismos causam prejuzos para os tecidos do hospedeiro, e espcies que infectam insetos comercialmente importantes (por exemplo, bicho-da-seda, abelhas melferas) so de considervel importncia econmica. Evidncia recente sugere que ele so aparentados com os fungos

AlgaeFilo Labyrinthomorpha:Protistas coloniais fusiformes, no amebide que se locomovem no interior de uma trilha de muco anastomosado, secretado por organelas caractersticas, os magenetossomos, e contendo citoplasma extracorpreo. Este ltimo inclui fibras de octina que podem ser parcialmente responsveis pelo movimento de escorregamento das clulas. Seu ciclo de vida inclui um estagio de esporos haploide flagelado.As redes de muco so principalmente saprtrofos marinhos, crescendo sobre gramneas e algas

LabyrinthulaFilo MyxozoaO filo myxozoa possui uma grande diversidade, sendo conhecidas cerca de 2.300 espcies, as quais infectam principalmente peixes, mas tambm anfbios, rpteis e aves.Myxozoa so endoparasitas que podem ser encontrados infectando vrios orgos e, geralmente, apresentam alta especificidade tanto para o hospedeiro quanto para os tecidos que infectam. Os parasitas desenvolvem-se em cistos ou plasmdios que podem provocar compresso do tecido do hospedeiro. So pluricelulares e seus esporos (as formas resistentes), dependendo da espcie so formados pela juno de duas a sete valvas, apresentam de uma a sete cpsulas polares, cada uma contendo um filamento espiralado em seu interior (filamento polar). No interior dos esporos esto presentes um ou mais esporoplasmas, que possuem forma amebide e so clulas infectantes para o novo hospedeiro.O ciclo de vida da maioria das espcies de mixospordeos ainda e desconhecidos, porm para algumas delas foram identificados estgios myxosporos encontrados infectando principalmente peixes, mas tambm outros vertebrados como anfbios , rpteis e aves e o estgio actinosporo que corre em aneldeos.Entre as cercas de 2.300 espcies de Myxozoa conhecidas , a grande maioria das infeces no resulta em doena para o hospedeiro, contudo algumas espcies so capazes de causar doena com importante impacto sobre os hospedeiros selvagens e/ou de pisciculturas.Umas das espcies de maior importncia e amplamente estudada M.cerebralis agente etiolgico causador da doena do rodopio em salmondeos. Este parasita responsvel por uma alta taxa de mortalidade em salmonideos no mundo todo, inclusive em ambiente natural , e foi relatado como sendo responsvel pelo declnio de 90% da populao de trufa arco-irs no rio Madison em Montana nos EUA, durante o perodo de 1991 e 1995. O parasita infecta a cartilagem da coluna vertebral do peixe provocando uma reao inflamatria que gera compresso da medula espinhal e do tronco enceflico , o que produz o comportamento de rotao do peixe, sendo a partir da a denominao de doena do rodopio. Quando a inflamao ocorre na poro posterior da espinha tambm pode ocorrer leses nos nervos responsveis pelo controle da deposio de pigmentos, o que leva ao escurecimento caracterstico da poro caudal do peixe. No Brasil, algumas espcies de mixosporideos tem apresentado grande importncia, por possurem potencial para diminuir a produtividade na piscicultura.

Myxobolus cerebralis

REFERNCIAS:

Ruppert, Edward E., Fox, Richard S., Barnes, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. So Paulo. Roca, 2005

Brusca, Richard C. Invertebrados/ Richard .Brusca ,Gary J. Brusca; com ilustraes de Nancy Haver, [coordenador da traduo Fbio Lang da Silveira ; traduo Alvaro Esteves Migotto...et al]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007