protótipo para habitação de interesse social industrializada e sustentável - guilherme garcia

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DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTÁVEL PROTÓTIPO PARA HABITAÇÃO

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O projeto do aluno Guilherme Garcia desenvolvido no curso de Arquitetura da UnB, visa o desenvolvimento de um protótipo para Habitação de Interesse Social (HIS) que contribua com a melhoria dos produtos fornecidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, tendo como referências as experiências ocorridas no Reino Unido e no Brasil e como principais critérios a industrialização, a sustentabilidade e o desempenho utilizando o Método Moderno de Construção.

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  • DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL PROTTIPO PARA HABITAO

  • 1. Apresentao e Introduo

    2. Fundamentao

    3. Programa de Necessidades

    4. A base do Projeto

    5. O Ncleo do Projeto

    6. O Conjunto do Projeto

    7. Sustentabilidade e Inovao

    8. Partido

    Itens da apresentao PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • O projeto visa o desenvolvimento de um prottipo para Habitao de Interesse Social (HIS)

    que contribua com a melhoria dos produtos fornecidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida,

    tendo como referncias as experincias ocorridas no Reino Unido e no Brasil e como principais

    critrios a industrializao, a sustentabilidade e o desempenho utilizando o

    Mtodo Moderno de Construo.

  • Brasil possui um dficit habitacional de aproximadamente 5,24 milhes de domiclios,

    segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (Ipea),

    tendo por base o ano de 2012

  • Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), lanado em 2009, foi proposto para subsidiar

    a aquisio da casa prpria para famlias de baixa renda.

    Apesar de estar alcanando a meta, o PMCMV tem sido muito criticado pela qualidade

    da habitao construda.

  • Consiste na produo de habitaes em fbricas, tendo por benefcios: maior velocidade na produo, melhoria na qualidade do produto e diminuio de gastos de energia e gerao de resduos.

    Tipos de MMC so:

    1. Construo Volumtrica(modular)

    2. Construo em Painis

    3. Construo hbrida

    Inclui uma srie de mtodos construtivos inovadores. Uma gama de materiais podem ser utilizados, porm a madeira, o ao e o concreto so os mais utilizados.

    O MMC PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • O PISAC resultado de uma parceria entre agentes pblicos e privados do Brasil e do Reino Unido. uma plataforma que integra a pesquisa ao setor produtivo, onde a prpria indstria pode investir em cincia, pesquisa e desenvolvimento.

    Localizao PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • Localizao PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • O prottipo para habitao de interesse social ser projetado para o parque do PISAC. Entretanto ele deve ser pensado de tal forma que possa ser construdo em qualquer outra localizao que receba um programa de HIS do governo. Por isso, imperativo que o prottipo tenha:

    1. Flexibilidade

    2. Adaptabilidade

    3. Diversidade

    Programa de necessidades pensado para famlias que se enquadram nas faixas 2 e 3 do PMCMV.

    Programa de Necessidades PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • De qualquer maneira, antes de pensar nas possibilidades que cada famlia poder trabalhar e, independente da faixa salarial que ele se enquadra, o prottipo precisa atender especificaes mnimas determinadas pela Portaria N 465 do PMCMV.

    PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Programa de Necessidades

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Programa de Necessidades

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    MMC Volumtrico

    Essa tipologia vem sendo usada para a produo, em larga escala, de banheiros industrializados para hotis. A principal estrutura utilizada o LSF, porm algumas empresas trabalham tambm com concreto armado.

    Principais empresas: 1. Tecnobanho

    2. New Forms

    A base do Projeto

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    A base do Projeto

    Estrutura em Light Steel Frame

    A estrutura em LSF considerado um sistema inovador mas j regulamentado pela diretriz SINAT n 003.

    Caractersticas: 1. Montantes de ao, espaados em 40cm na

    horizontal.

    2. Placas cimentcias e de gesso acartonado nos tamanhos 1,20x2,5 e 1,2x3,00)

    3. Permite a construo de at 5 pavimentos

    Principais empresas: 1. Knauf

    2. Brasilit

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    A base do Projeto

    Conceito de Container

    Utilizando as dimenses padro de container facilitamos o transporte da habitao industrializada pois podemos utilizar um meio de transporte j existente ao invs de ter que criar todo um novo sistema.

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    O corao da casa

    Conceito de ncleo surgiu, inicialmente, a partir da necessidade de condensar todas as partes hidrulicas da casa para reduzir as distncias percorridas pelas instalaes. Depois a industrializao se apropriou do conceito para sistematizar a produo da habitao.

    O Ncleo do Projeto

    Fonte: Solar Decathlon 2013: Stanford University Start.Home

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Um ncleo bsico contm: 1. Cozinha

    2. Banheiro

    3. rea de Servio

    4. Armrio de equipamentos

    O Ncleo do Projeto

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    O Conjunto do Projeto Espao Urbano de Qualidade Diversidade

    Fonte: Architectenbureau Marlies Rohmer - Waterbuurt West District - Holanda

  • Plano de pesquisa BRE Watford, London 1. Materiais Inovadores

    2. Gesto de materiais

    3. Sistemas contrutivos inovadores

    4. Sistemas de monitoramento

    5. Certificao BREEAM

    6. Prottipos do BRE

    Sustentabilidade e Inovao PROTTIPO PARA HABITAO

    DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Partido Croquis

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Partido Croquis

  • UNIVERSIDADE DE BRASLIA UnB

    FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO FAU

    INTRODUO AO TRABALHO FINAL DE GRADUAO

    ALUNO GUILHERME GARCIA 09/95746

    ORIENTADORA RAQUEL BLUMENSHEIN

    BRASLIA 2014

    PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL INDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIALINDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Trabalho Final de GraduaoAluno: Guilherme Garcia Nunes Silva

    Orientador: Profa. Raquel Naves Blumenschein

    PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIALINDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

    Trabalho Final de GraduaoAluno: Guilherme Garcia Nunes Silva

    Orientador: Profa. Raquel Naves Blumenschein

  • PROTTIPO PARA HABITAO DE INTERESSE SOCIALINDUSTRIALIZADA E SUSTENTVEL

  • 5SISTEMAS CONSTRUTIVOS 31

    Ecomech - Inglaterra 31

    Laing ORouke 32

    Formecon - Irlanda 33

    Baneiro Pronto 34

    TECNOLOGIAS 34

    Esquadrias Especiais 34

    Reuso guas Pluviais 35

    Microgerao de energia e Painis Fotovoltaicos Trmicos (PVT) 36

    Cobertura 37

    REFERNCIAS ARQUITETNICAS 39

    CUB HOUSE 39

    THE 90+ SOLUTION 40

    FORMECON 41

    CONCEPO DO PROJETO 43CONCEPO DO PROJETO 45O PROTTIPO 47REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 89

    APRESENTAO 11INTRODUO 13FUNDAMENTAO 15

    O MMC NO REINO UNIDO 16

    O MMC NO BRASIL 17

    CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVOIMENTO DE INOVAO E SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE CONSTRUDO - CEPAC 20

    SITUAO 21

    DIRETRIZES NORTEADORAS 23

    PROGRAMA DE NECESSIDADES 23

    CONCEITOS E PRINCPIOS 25

    NBR 15.575: NORMA BRASILEIRA DE DESEMPENHO DE EDIFCIOS 25

    SISTEMA NACIONAL DE AVALIAO TCNICA 27

    BREEAM: METODOLOGIA DE AVALIAO AMBIENTAL DO ESTABELECIMENTO DE PESQUISA DA CONTRUO 28

    SELO PROCEL EDIFICA 30

    Regulamento Tcnico da Qualidade para o Nvel de Eficincia Energtica de Edificaes Residenciais (RTQ-R) 30

    SUMRIO

  • 7palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14. 20Figura 12. Vedao com placas cimentcias em uma das casas da Vila Dignidade em Avar. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14. 20Figura 13. Casas da Vila Dignidade, em Avar, finalizadas. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 14/05/14, 20Figura 14. Localizao do campus da UnB no Gama Fonte: Google 21

    Figura 15. Localizao do CEPAC no Campus Fonte: LASUS 21

    Figura 16. Localizao do Prottipo no CEPAC Fonte: CEPLAN 21

    Figura 17. Mquina de compresso das peas dos painis para injeo do poliuretano 31Figura 18. Retirada dos excessos do Poliuretano 31Figura 19. Painis prontos 31Figura 20. Esquema de montagem dos painis na obra atravs de trilhos instalados na fundao. 31Figura 21. Detalhe do painel e processo de cura do concreto 32Figura 22. Estrutura para elevador e painel sendo iados na obra 32Figura 23. Instalao da fachada pronta na obra 32Figura 24. Sistema de lajes industrializadas onde se concreta apenas a juno entre as placas. 32Figura 25. Detalhe construtivo SmartWall 32Figura 26. Sistema SmartWall montado na obra 32Figura 27. Colagem dos conectores plasticos com cola especial na placa cimentcia. 33Figura 28. Fixao do trilho na fundao. 33

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: Jornal Nacional 13Figura 02. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: Jornal Nacional 13Figura 03. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: O Globo 13Figura 04. Construo Volumtrica sendo transportada para o canteiro de obra. Fonte: http://www.buildingproducts.co.uk/images/userfiles/web3.jpg acesso: 04/06/14. 15Figura 05. Unidades volumtricas idnticas sendo produzidas em fbrica. Fonte: http://www.howickltd.com/images/stories/pods1.jpg acesso: 04/06/14 15Figura 06. Painis abertos de Light Steel Frame. Fonte: http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/img-2-508$$5129.jpg acesso: 04/06/14. 15Figura 07. Painel Fechado sendo iado na obra. Fonte: http://www.codesixsolutions.co.uk/images/tfh2.jpg acesso: 04/06/14. 16Figura 08. Painel de Concreto. Fonte: http://www.ecopore.com/2010/wp-content/uploads/2009/05/ecopore-concreto-leve-20110531_html_m5eb9e5e0.jpg acesso: 04/06/14. 16Figura 09. Unidade volumtrica sendo inserida na construo em painis. Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_Xlpf7u3iQZ8/Sw2d3JcAPqI/AAAAAAAAADA/6_MtYNUOgFE/s1600/SHS+Loading.jpg acesso: 14/05/14. 16Figura 10. Concretagem da fundao tipo radier Vila dignidade Avar. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14. 20Figura 11. Montagem dos painis em fbrica para a Vila Dignidade em Avar.Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/

  • 8 9

    Figura 56. Croqui 01 - Planta Volumtrica dividida em dois mdulos no sentido longitudinal 43Figura 57. Croqui 02 - Planta Volumtrica dividida em 3 mdulos no sentido transversal 43Figura 58. Croqui 03 - Planta pensada para o sistema em painel e de dois pavimentos 43Figura 59. Croqui 04 - Planta com a escada externa ao corpo principal da casa e banheiro no lado oposto. 44Figura 60. Croqui 05 - Vista da fachada principal mostrando uma inteno de forma 44Figura 61. Croqui 06 - Planta com a escada externa e banheiro junto a circulao vertical. Ampliao planejada indicada 44Figura 62. Croqui 07 - Vista da fachada principal com a ampliao planejada 44Figura 63. Croqui 08 - Planta com o bloco da escada desalinhado em relao ao banheiro para permitir iluminao e ventilao natural. 44Figura 64. Croqui 09 - Partido da volumetria 45Figura 65. Croqui 09 - Partido da diversidade projetual 45

    engenhariae.com.br/wp-content/uploads/2013/04/telhado.jpg 38Figura 45. Foto de um telhado verde com sistema laminar instalado e seu detalhe do telhado construtivo Fonte: ECOTELHADO 38Figura 46. Mdulo bsico da Cub House. Fonte: http://www.bre.co.uk/filelibrary/Innovation_Park/CUB_brochure.pdf 39

    Figura 47. Perspectivas da Cub house em suas 3 opes. Fonte: http://www.bre.co.uk/filelibrary/Innovation_Park/CUB_brochure.pdf 39

    Figura 48. Planta baixas das opes para a Cub House. Fonte: http://www.cubhousingsolutions.com/downloads/FAQs_Plans.pdf 39Figura 49. Perspectiva do bloco de apartamentos Fonte: http://www.bdreside.co.uk/the-developments/william-street-quarter/ 40Figura 50. Perspectiva do bloco de apartamentos baixo Fonte: http://www.bdreside.co.uk/the-developments/william-street-quarter/ 40Figura 51. Foto do bloco de apartamentos Fonte: http://www.construction-manager.co.uk/on-site/housing-quarter-masters-barking-scheme/ 40Figura 52. Corte humanizado das unidades habitacionais Fonte: http://www.buildoffsite.com/pdf/Events/2013/SalfordConference/Presentation5_DeliveringNewHomes_BDye&AShepherd.pdf 40

    Figura 53. Foto dos painis intalados e com armadura passada Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco 41Figura 54. Foto dos painis recebendo instalao eltrica Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco 41Figura 55. Foto da montagem dos painis no segundo pavimento Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco 41

    Figura 29. Instalao do painel no trilho 33Figura 30. Armao de ao para concretagem 33Figura 31. Concretagem dos painis 33Figura 32. Banheiro Pronto montado na Fbrica 34Figura 33. Banheiro Pronto sendo iado na obra 34Figura 34. Imagem comparando dois tipos de vidros duplos. esquerda vidro com vacuo e a direita o vidro duplo comum. Fonte: http://www.pilkington.com 35Figura 35. Detalhe das peas componentes do vidro vcuo Fonte: http://www.pilkington.com 35Figura 36. Distribuio do consumo de gua nas residncias brasileiras. Fonte: Adaptado de HAFNER, 2007. 35Figura 37. Sistema de uso de gua de chuva no jardim e na lavanderia e vaso sanitrio. Fonte: Arago, 2010. 36Figura 38. Esquema da gerao de energia solar e ligao com a rede pblica Fonte: http://www.brasilsolair.com.br/produtos-e-servicos 36Figura 39. Detalhe dos componentes do painel solar hbrido PVT Fonte: http://www.solimpeks.com/pv-t-hybrid-collectors/ 37

    Figura 40. Painel solar hbrido PVT Fonte: http://www.solimpeks.com/pv-t-hybrid-collectors/ 37

    Figura 41. Telhado Frio no contexto urbano Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual 37

    Figura 42. Aplicao do Elastoceramic sobre cobertura existente Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual 37

    Figura 43. Telhado verde no contexto urbano Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual 38

    Figura 44. Cultivo de hortalias no telhado verde Fonte: http://www.

    LISTA DE FIGURAS LISTA DE FIGURAS

  • 11

    APRESENTAO

    O projeto visa o desenvolvimento de um prottipo de pesquisa e desenvolvimento de solues para Habitao de Interesse Social (HIS) que contribua com a melhoria dos produtos fornecidos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, tendo como referncias as experincias ocorridas no Reino Unido e no Brasil e como principais critrios a industrializao, a sustentabilidade e o desempenho utilizando o Mtodo Moderno de Construo (MMC) . Entre as experincias identifica-se o processo ingls que partiu para produo industrializada da habitao utilizando os MMC e os projetos que vem sendo desenvolvidos pelo BRE . No contexto brasileiro temos a Norma de Desempenho NBR 15.575 que pode ser considerada um marco para a construo civil, porm ela no determina claramente critrios de sustentabilidade. Em funo do estado da arte do conhecimento na rea, e da prpria disponibilidade de legislaes especficas, a NBR 15.575 no estabelece requisitos e critrios especficos de adequao ambiental, observando que os empreendimentos e sua infraestrutura (arruamento, drenagem, rede de gua, gs, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construdos e mantidos de forma a minimizar as alteraes no ambiente.

    Por esse motivo, para os critrios de adequao ambiental e sustentabilidade sero adotados aqueles presentes na avaliao do Building Research Establishment Environmental Assessment Methodology (BREEAM).

  • 13

    Em contrapartida, no Reino Unido, em 2003, o governo britnico argumentou que o dficit habitacional gerava consequncias socioeconmicas diretas . Na poca, era estimado que em 2016 o Reino Unido teria 3 milhes de novas residncias. Desenvolveu-se ento o Sustainable Communities Plan (Plano para Comunidades Sustentveis), cujo objetivo era construir esse nmero de habitaes dentro desse princpio. Nesse sentido, o governo fortemente encorajou o uso

    O Brasil possui um dficit habitacional de aproximadamente 5,24 milhes de domiclios, segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (Ipea), tendo por base o ano de 2012. Esse clculo leva em considerao habitaes precrias; casas improvisadas e/ou rsticas; casas sem dependncia exclusiva moradia, como pessoas que moram no trabalho; ou casas cuja construo tenha caractersticas de favela, construdas com madeira aproveitada ou outro material similar. Leva-se em considerao no s a precariedade da habitao, mas tambm de sua localizao, como: carncia de servios pblicos bsicos, ocupaes irregulares e desordenada do territrio e reas pouco propcias urbanizao.

    Alm da precariedade, tambm foi levado em considerao para o clculo, os casos com mais de uma famlia vivendo no mesmo cmodo ou domiclio e famlias muito grandes para uma mesma moradia.O Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), lanado em 2009, foi proposto para subsidiar a aquisio da casa prpria para famlias com renda at 3 salrios mnimos ou facilitar as condies de acesso ao imvel para famlias com renda de 3 a 10 salrios mnimos. Apesar de estar alcanando a meta, o PMCMV tem sido muito criticado pela qualidade da

    INTRODUO

    habitao construda. De acordo com o Tribunal de Contas da Unio (TCU) falta rigor na gesto dos processos de contratao e acompanhamento dos projetos. Foram encontrados defeitos construtivos em 07 dos 11 empreendimentos de unidades habitacionais para o PMCMV escolhidos para fiscalizao in loco . As unidades entregues mais recentemente possuam desconformidade com as especificaes mnimas do Programa, construdas com materiais de baixssima qualidade e sem ateno s normas tcnicas exigidas, comprometendo assim a segurana e o bem estar dos beneficiados pelo programa.

    Figura 01. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: Jornal Nacional

    Figura 02. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: Jornal Nacional

    Figura 03. Notcia sobre os problemas do MCMV Fonte: O Globo

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    INTRODUO

    do Mtodo Moderno de Construo (MMC), mais especificamente a partir de 2004, em que pelo menos 25% das novas habitaes de uso social financiadas pelo governo deveria usar o MMC.O interesse pelo MMC foi conduzido pelo crescimento do dficit entre a demanda por habitao e o que era produzido naquela nao. O suprimento de residncias era de 175 mil ao ano. A previso para 2016 eram de 3 milhes com uma mdia de 230 mil por ano. Essa discrepncia era proveniente principalmente da falta de habitaes de interesse social (HIS).O governo britnico decidiu ento tomar uma iniciativa para encorajar a construo de mais habitaes e previu que o MMC poderia ser a resposta.

    A construo volumtrica muito eficiente, principalmente, quando vrias unidades idnticas so produzidas em larga escala, e sendo utilizadas em pequenas residncias ou flats.

    A construo em painis definida pela produo das partes que constituem as vedaes externas e divises internas de uma construo, sendo as mesmas confeccionadas em fbrica para serem encaixadas no canteiro de obra formando a estrutura. O sistema pode incluir paredes, pisos e telhados para criar a estrutura completa. Os principais tipos de painel so:

    FUNDAMENTAO

    Figura 04. Construo Volumtrica sendo transportada para o canteiro de obra. Fonte: http://www.buildingproducts.co.uk/images/userfiles/web3.jpg acesso: 04/06/14.

    Figura 05. Unidades volumtricas idnticas sendo produzidas em fbrica. Fonte: http://www.howickltd.com/images/stories/pods1.jpg acesso: 04/06/14

    Figura 06. Painis abertos de Light Steel Frame. Fonte: http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/img-2-508$$5129.jpg acesso: 04/06/14.

    O MMC consiste na produo de habitaes em fbricas, tendo por benefcios: maior velocidade na produo, melhoria na qualidade do produto e diminuio de gastos de energia e gerao de resduos. Geralmente, o MMC determinado pela execuo de algumas partes da casa fora do canteiro de obra, numa fbrica especfica. Os principais produtos do MMC so painis e mdulos. Os painis incluem paredes, pisos e telhados pr-fabricados, que so transportados para o canteiro e podem ser montados rapidamente. J os mdulos, chamados de Ready-made rooms (cmodos prontos), so ambientes completos que ao serem encaixados, assim como peas do jogo Lego, conformam a habitao no local de destino. Esses mdulos, por vezes, so agrupados na prpria fbrica, saindo de l uma moradia praticamente pronta para habitar.O MMC inclui uma srie de mtodos construtivos inovadores , como por exemplo, os painis de concreto. Uma gama de materiais podem ser utilizados, porm a madeira, o ao e o concreto so os materiais mais utilizados. Em 2003, o UK Housing Corporation publicou um sistema de classificao que foi adaptado e utilizado por outras corporaes. Este sistema foi dividido em trs principais classificaes: (1) a construo volumtrica, (2) a construo em

    painis e (3) a construo hbrida. A construo volumtrica, tambm

    conhecida como construo modular, constituda por unidades tridimensionais produzidas inteiramente em fbrica, transportadas j prontas para o canteiro de obras e montadas em cima da fundao Figura 2. As unidades so produzidas com materiais ou mtodos inovadores como light steel frame (estrutura de ao dobrado a frio) e wood frame (estrutura de madeira).

    Painis abertos: painis entregues no canteiro apenas com a estrutura. O isolamento, janelas, instalaes etc so colocados no local da obra.

  • 16 17

    O MMC NO BRASIL

    O Brasil tem 172.703 empresas de construo que responderam por 4% do PIB em 2009, com taxas de crescimento sucessivos, de 1995 a 2007. A taxa mdia de crescimento durante este perodo foi de cerca de 9,7% por ano. (fonte: IBGE) A maioria so pequenas e mdias empresas, que coloca um problema para o desenvolvimento de tecnologias novas e inovadoras. A grande maioria dessas empresas ainda usam tecnologias obsoletas em uma base diria, com baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento e no tem acesso a solues novas e inovadoras. Pode-se argumentar que, alm das dificuldades, na medida em que a inovao est em causa, a procura constante de crescimento de novas habitaes no mercado ideal para o MMC: a indstria pode ter mais certeza de que seu alto investimento inicial vai pagar.O MMC no Brasil ainda utilizado de maneira tmida e geralmente aliado a mtodos tradicionais da construo civil. Sistemas pr-fabricados ainda so muito utilizados, principalmente pilares e vigas e blocos pr-moldados de cimento.A incorporao a cidades de extensos contingentes de migrantes rurais como mo-de-obra sem qualificao profissional, sujeita a receber baixos salrios e portanto no se

    do Reino Unido. A reduo na quantidade de resduos produzidos usando MMC devido a possibilidade dos materiais de fbrica serem encomendados com especificaes exatas, e h um menor risco de deteriorao no local, por exemplo, atravs de tempo chuvoso.Casas MMC tipicamente tm menos defeitos e pode ser construdo de forma mais rpida. O nmero de defeitos em casas tradicionalmente construdas no Reino Unido considervel, com alocao de at R$ 8.000 por casa para corrigir problemas. Uma maior utilizao de produo na fbrica, reduz os defeitos, pois h menos risco de danos durante o tempo de construo, e os materiais podem ser mais facilmente padronizadas e testadas.

    O exemplo de utilizao mais notvel no Reino Unido no proveniente de uma produo em grande escala, mas sim do parque de prottipos do Building Research Establishment (BRE). A inteno da construo de um prottipo para habitao seria verificar cada caso e definir efetivamente as vantagens sustentveis do MMC, alm de servir como divulgao das tecnologias inovadoras utilizadas. No parque encontramos 08 casas com mais de 400 inovaes construtivas. Destas, uma se destaca pelo nvel de industrializao com influncias diretas na velocidade de construo e custo.

    de concreto - o equivalente a 25 mil casas construdas por ano com solues MMC. Aps a reviso Barker (2003) argumentou que falta de habitao teria consequncias econmicas e sociais generalizadas, o governo decidiu tomar uma iniciativa para incentivar a construo de mais casas usando MMC, com base na sua, benefcio ambiental e qualidade social. O Housing Corporation, o regulador de habitao social para a Inglaterra e Pas de Gales, determinado, que a partir de 2004, 25% das casas com financiamento do governo deve ser construdo usando MMC. Isso foi antes de a recesso de 2007. Quando a demanda habitacional caiu, o elevado capital inicial necessrio para construir uma casa MMC teve seus efeitos, como no havia demanda para construir casas em volume e to rapidamente. Assim, o processo de construo mais lenta a partir dos mtodos tradicionais foi novamente mais rentvel. Uma pesquisa conduzida pela Building Research Establishment (BRE) determinou que as casas construdas com MMC so mais eficientes energeticamente falando. Essas casas demandam menos energia para aquecer pois elas possuem maior nvel de isolamento trmico nas alvenarias. Alm disso, a racionalizao da construo necessria para a produo em escala reduz consideravelmente o desperdcio. A construo e demolio compreende 25% dos resduos

    O MMC NO REINO UNIDO

    A Pr-fabricao foi utilizada no Reino Unido, em perodos de alta demanda, por exemplo, imediatamente aps a Segunda Guerra Mundial. No total, cerca de um milho de casas pr-fabricadas foram construdos durante o sculo 20, muitos dos quais foram concebidos para ser temporrio. No entanto, surgiram problemas sobre a qualidade dos materiais de construo e acabamento pobre, levando a atitudes pblicas negativas em relao pr-fabricao (fonte: Parlamento da Cincia e Tecnologia, 2003).O Mtodo Moderno de Construo (MMC) surgiu como um novo termo para diferenciar de pr-fabricao e fora do local tcnicas atuais desses sistemas no-tradicionais do passado. Em 2003, a grande maioria das residncias ingls ainda foram construdos usando mtodos convencionais. No entanto, houve um aumento no uso da MMC influenciado, entre outras coisas, pelo aumento da procura de habitao e da escassez de mo de obra qualificada.

    Algumas empresas privadas de construo comeou a investir em fbricas MMC para aumentar a produo. H uma dcada, cerca de 10% dos lares britnicos foram construdos usando estrutura de madeira e 5% outro tipo de MMC, como estrutura de ao e painis

    Painis de concreto: painis com mesmas caractersticas dos painis fechados, porm sua estrutura feita em concreto moldado na fbrica.

    A construo hbrida, tambm conhecida como semi-volumtrica, basicamente constituda pelas unidades volumtricas

    Painis fechados: painis com a mesma estrutura do aberto, porm j vm de fbrica com isolamento, janela, instalaes e acabamentos.

    FUNDAMENTAO

    Figura 07. Painel Fechado sendo iado na obra. Fonte: http://www.codesixsolutions.co.uk/images/tfh2.jpg acesso: 04/06/14.

    Figura 08. Painel de Concreto. Fonte: http://www.ecopore.com/2010/wp-content/uploads/2009/05/ecopore-concreto-leve-20110531_html_m5eb9e5e0.jpg acesso: 04/06/14.

    integradas com o sistema em painis ou com o sistema tradicional. Ambientes com muitas instalaes e acabamentos, como banheiros e cozinhas, podem ser construdos utilizando a construo volumtrica, ao passo que outras partes so executadas com o sistema em painis.

    Figura 09. Unidade volumtrica sendo inserida na construo em painis. Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_Xlpf7u3iQZ8/Sw2d3JcAPqI/AAAAAAAAADA/6_MtYNUOgFE/s1600/SHS+Loading.jpg acesso: 14/05/14.

    A industrializao da construo com a utilizao de materiais e mtodos inovadores, promovido pela utilizao do MMC, demanda a especializao de toda a cadeia construtiva. Independente da tipologia escolhida, desde a produo dos materiais, a logstica de transporte, a modulao, a mo de obra e as fbricas especializadas at a chegada ao canteiro de obra, a montagem final precisa ser adaptada e estar preparada para a utilizao do mtodo. Por esse motivo, a evoluo do pr-fabricado para o MMC ocorreu de maneira diferente no Reino Unido e no Brasil.

    FUNDAMENTAO

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    em conjunto com as polticas do governo para resolver este dficit habitacional, poderia proporcionar uma oportunidade para introduzir a industrializao, MMC e inovao no pas. A alta demanda por habitao social vai ajudar a pagar o alto capital inicial necessrio e ajudar a criao do MMC no pas, permitindo que as empresas a investir no mercado imobilirio de mdia e alta mais tarde. No entanto, h um nmero de desafios ao investimento.

    O primeiro desafio a cultura atual e prtica, o que impedir o Brasil de beneficiar plenamente destes processos. Normalmente, os sistemas de construo so determinados aps a concluso da fase de concepo, o que em muitos casos ainda muito bsico, enquanto a mudana do desenho so feitas frequentemente durante a fase de construo, invariavelmente levando a incerteza e impreciso (fonte: Ibracon). Sem um congelamento de design, no possvel industrializar a construo, mas essa no uma prtica comum adotada por gerentes de projetos brasileiros.O segundo desafio alta tributao. Encargos trabalhistas atuais torn-lo invivel para as empresas de construo menores para contratar a mo de obra necessria e muitas vezes so contornadas. Um estudo realizado na construo brasileira realizada pela Fundao Getulio Vargas (FGV) e

    monotonia e impossibilidade de participao dos usurios na concepo do produto.Os processos e produtos racionalizados e semi-industrializados possuem como caractersticas bsicas a racionalizao do projeto e execuo, a utilizao de pr-fabricao e o emprego de mtodos mecanizados, buscando alternativas que permitam ganhos de produtividade. Esses processos foram desenvolvidos ou importados, no Brasil, principalmente a partir da dcada de 1970, e empregados na construo de grandes conjuntos habitacionais. Essas inovaes propiciaram um avano quantitativo na produo de habitaes, porm qualitativamente os resultados deixaram a desejar. (MORAES, 2002, p.42)O subsector da construo civil, responsvel pela construo de edifcios residenciais e comerciais, corresponde a 59% da indstria brasileira de construo civil em geral, que teve uma taxa de crescimento mdio anual de 12,3% entre 2002 e 2007 (fonte: PAIC). Em 2009, a quatro anos Minha Casa Minha Vida programa de habitao social financiada a construo de trs milhes de unidades, com um investimento total de R$ 200 milhes. A terceira fase do programa, lanado este ano, prope a construo de mais de trs milhes de moradias (fonte: IPEA 2013).Esta crescente demanda por habitao social,

    constituindo um mercado para a indstria da construo, tem sido apontada como sendo a razo principal, pela qual no h interesse, no h vantagens econmicas ou sociais em industrializar a construo. (BRUNA, 1976, p.101)No Brasil, o impulso decisivo em direo seriao de moradias dado pelo Banco Nacional de Habitao (BNH) a partir dos anos 60. Mas nesse caso, os procedimentos construtivos foram regidos pelo interesse do complexo industrial da construo civil j institudo, de modo a persistir a manufatura seriada em detrimento ao desenvolvimento de modos de pr-fabricao. No visa tambm melhorar as condies de trabalho nos canteiros, ou modos de combinar sries e possibilidades de individualizao.

    At hoje, os exemplos de pr-fabricao na habitao so restritos e esto fundamentalmente divididas entre a concepo de unidades prontas (que raramente passam da fase de prototipagem) e a pr-fabricao pesada (um expediente interno da indstria da construo, do qual o usurio mal toma conhecimento). No espanta, portanto, que, entre ns, a pr-fabricao ainda seja associada, ora a casas unifamiliares com forma nica e predefinida, ora a obras de grande porte (conjuntos habitacionais), implicando, nos dois casos, repetio,

    FUNDAMENTAO

    contratados, seis em licitao e quinze em viabilizao totalizando 558 unidades.

    O projeto Vila Dignidade de Avar foi apresentado pela Associao Brasileira da Construo Metlica (ABCEM), no mesmo ano, na Construmetal. O foco da apresentao foi a utilizao do Light Steel Frame em obras de mdio e grande porte e, mais especificamente, suas vantagens gerais e especficas.

    As vantagens gerais esto relacionadas prpria condio do material escolhido e de sua produo industrial. Os perfis metlicos formam painis de alvenaria extremamente leves que permitem uma fundao menos robusta (Figura 10), diminuindo os gastos com concreto. Alm disso, sua montagem dentro da fbrica (Figura 11) permite um controle preciso da quantidade de material utilizado, reduzindo custos com desperdcios. As placas cimentcias e de gesso acartonado (Figura 12), utilizadas para o fechamento das vedaes e seus resduos, so reciclveis. E, por fim, o telhado prova de insetos por no fazer o uso de madeira.

    na indstria. H uma grande dificuldade em estabelecer a avaliao ou aprovao de produtos inovadores ou processos de construo necessrio, eo mesmo vale para os critrios de certificao ambiental. No Brasil, h muito poucas instituies capazes de avaliar as inovaes e certificaes tcnicas. Portanto, pode-se dizer atualizao regulao acontece devagar. Alm disso, h excesso de burocracia e falta de coordenao entre os rgos das trs esferas de governo.

    Em relao utilizao do MMC voltado HIS temos alguns poucos exemplos. O CBCA (Centro Brasileiro de Construo em Ao) apresentou em 2010 na Construmetal (Congresso Latino-americano da Construo Metlica) um projeto de HIS desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de So Paulo (CDHU) feito inteiramente em Light Steel Framing. O Programa Vila Dignidade destinava-se especificamente ao atendimento de idosos de baixa renda, sendo uma parceria entre a CDHU, a Secretaria de Habitao, , a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e as Prefeituras dos Municpios Paulistas. O primeiro empreendimento do Programa foi construdo na cidade de Avar, SP. Foram erguidas 22 unidades de 43m contendo sala/cozinha, quarto, banheiro e jardim, em 12 meses. Alm de Avar, o Programa inclui mais trs empreendimentos

    da Associao Brasileira de Materiais de Construo (Abramat), em 2009, estima-se que apenas 1,5 milhes do total de sete milhes de trabalhadores do Brasil esto formalmente registrados.Durante a importao pode funcionar bem na maioria dos mercados, as altas tarifas e impostos de importao do Brasil fazer isso difcil. Taxas podem variar de 0 a 35% sobre o, seguro e frete valor de custo (CIF) e desde tarifas podem ser alteradas pelo governo, em qualquer momento, os importadores esto sujeitas a riscos e incertezas. O resultado pode ser um aumento de 100% no custo dos produtos importados (Brasil. Terra do futuro 2012), de modo a melhor alternativa a implantao de fbricas locais. No entanto, estes podem ser muito difceis de financiar de modo a encontrar os parceiros certos que iro partilhar set-up e garantir a aceitao das novas tecnologias fundamental para o sucesso.O resultado qualquer trabalho baseado na construo industrializada, que faz uso de componentes de maior valor agregado est sujeita a controlos mais fiscais. Consequentemente MMC compete em condies desiguais com a construo convencional.O terceiro desafio o fracasso do governo para resolver a lacuna de normalizao tcnica

    FUNDAMENTAO

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    CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVOIMENTO DE INOVAO E SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE CONSTRUDO - CEPAC

    O CEPAC resultado de uma parceria entre agentes pblicos, privados e acadmicos do Brasil e do Reino Unido com o intudo de desenvolver, testar e disseminar inovaes e tecnologias na produo e manuteno do ambiente construdo.O CEPAC uma instituio com a misso de trabalhar em rede para fomentar inovaes tecnolgicas, de alto desempenho, baixo custo e sustentveis, atendendo a atual e futura demandas enfrentadas pelo setor da construo no Brasil. Baseado no modelo desenvolvido pelo Building Research Establishement (BRE) o CEPAC uma plataforma que integra pesquisa ao setor produtivo, onde a prpria indstria, coletivamente, pode investir em cincia, pesquisa e desenvolvimento, acelerando o seu processo de evoluo. Este modelo amplifica ainda, o impacto de investimentos pblicos e oferece a oportunidade de fortalecimento do alinhamento de politicas, metas, programas e aes do MCTI, MEC, Mcidades, MDIC, MMA entre outros. As principais aes do CEPAC so:1. Atendimento a Estratgia Nacional de

    Cincia, Tecnologia e Inovao do MCTI

    No caso das vantagens especficas ao projeto Vila Dignidade em Avar foram listadas na apresentao da Associao:

    Otimizao do cronograma: a obra prevista para 12 meses foi executada em 05 meses e 25 dias;

    Melhor aproveitamento do canteiro de obras; e

    Possibilidade de execuo de vrias etapas da construo ao mesmo tempo.

    Podemos observar, portanto, com as experincias da utilizao do MMC, tanto no Reino Unido quanto no Brasil, que as vantagens do sistema trariam transformaes significativas para o Programa Minha Casa Minha Vida, tanto na questo de agilidade e aumento substancial da produo de HIS, quanto na qualidade e na sustentabilidade.

    FUNDAMENTAO

    Figura 10. Concretagem da fundao tipo radier Vila dignidade Avar. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14.

    Figura 11. Montagem dos painis em fbrica para a Vila Dignidade em Avar.Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14.

    Figura 12. Vedao com placas cimentcias em uma das casas da Vila Dignidade em Avar. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 05/06/14.

    Figura 13. Casas da Vila Dignidade, em Avar, finalizadas. Fonte: http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/palestras/palestra-alexandre-mariutti.pdf acesso: 14/05/14,

    um conjunto de instrumentos, aes e ferramentas,

    Esto previstos para a infraestrutura do CEPAC: um edifcio de laboratrios para pesquisa, desenvolvimento e ensaios tecnolgicos visando a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e a prestao de servios indstria; uma praa de exposio de prottipos de edificaes para demonstrao de materiais, tecnologias e sistemas; um centro de estudo e pesquisa de energia de baixo carbono; um centro de visitantes e um edifcio sede administrativo.

    SITUAO

    (2012), que entre outras estratgias, estabelece fortalecer o desenvolvimento de inovaes tecnolgicas para a evoluo de projetos de cidades sustentveis, em especial nas reas de habitao popular, saneamento bsico, reduo das emisses de carbono e fontes alternativas de energia;

    2. Integrao de redes de pesquisa nacionais e internacionais a partir de uma demanda especfica do setor produtivo, pblico, privado ou academia;

    3. Desenvolvimento tecnolgico de produtos a partir de demandas especficas do setor produtivo, pblico, privado ou academia;

    4. Desenvolvimento de solues tecnolgicas para melhoria de processos produtivos e produtos no mbito do Programa Minha Casa Minha Vida e/ou outras Polticas de Habitao de Interesse Social

    5. Atendimento das necessidades do setor da construo de ensaios e inspees;

    6. Teste e certificao de materiais / componentes / sistemas;

    7. Consultorias;8. Capacitao, treinamentos e eventos

    tcnicos;9. Criao de uma plataforma de

    gerao, gesto, integrao e difuso de conhecimento, composta e apoiada por

    FUNDAMENTAO

    Figura 14. Localizao do campus da UnB no Gama Fonte: Google

    Figura 15. Localizao do CEPAC no Campus Fonte: LASUS

    Figura 16. Localizao do Prottipo no CEPAC Fonte: CEPLAN

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    PROGRAMA DE NECESSIDADES

    A unidade habitacional deve possuir uma sala, um dormitrio para casal, um dormitrio para duas pessoas, ozinha, rea de servio (externa), circulao e banheiro. A rea til mnima (rea interna sem contar reas de paredes) deve ser de 36,00 m2. O p direito mnimo de 2,30 m nos banheiros e 2,50 m nos demais cmodos.Dimenso dos Cmodos: Dormitrio casal Quantidade mnima de mveis: 1 cama (1,40 m x 1,90 m); 1 criado-mudo (0,50 m x 0,50 m); e 1 guarda-roupa (1,60 m x 0,50 m). Circulao mnima entre mobilirio e/ou paredes de 0,50 m. Dormitrio duas pessoas Quantidade mnima de mveis: 2 camas (0,80 m x 1,90 m); 1 criado-mudo (0,50 m x 0,50 m); e 1 guarda-roupa (1,50 m x 0,50 m). Circulao mnima entre as camas de 0,80 m. Demais circulaes mnimo de 0,50 m. Cozinha Largura mnima da cozinha: 1,80 m. Quantidade mnima: pia (1,20 m x 0,50 m); fogo (0,55 m x 0,60 m); e geladeira (0,70 m x 0,70 m). Previso para armrio sob a pia e gabinete.

    econmica-produtiva e a social. A ambiental caracterizada pela

    preocupao do impacto que a habitao ir causar ao meio ambiente durante a produo(construo), sua vida til e demolio ou desconstruo.

    A econmica-produtiva, visa a entrega de um produto de melhor qualidade com reduo de custos para a indstria e, consequentemente, para o consumidor final. A partir de uma construo racionalizada possvel diminuir o tempo de produo em pelo menos 50% e gerar menos desperdcios (resduo).

    A social visa uma melhoria na qualidade da mo de obra e do ambiente de trabalho. Construes industrializadas levam a uma maior qualificao da mo de obra alm de reduzir o tempo no canteiro de obra, pois a maior parte da construo ocorre no ambiente seguro e controlado da fbrica.

    Para que as inovaes do prottipo possam ser mais facilmente absorvidas para a produo de HIS, ele deve seguir o programa de necessidades estabelecidos pela a caixa para o PMCMV, publicado na portaria N 465.

    O prottipo para habitao de interesse social ser projetado para o parque do CEPAC. Entretanto ele deve ser pensado de tal forma que suas inovaes possam ser absorvidas pela indstria e aplicadas em HIS. Por isso, importante que o prottipo tenha adaptabilidade e diversidade em sua concepo alm de seguir princpios de sustentabilidade.Pensando nisto, a modulao do projeto de extrema importncia, ou melhor, indispensvel. No somente devia a possibilidade de ampliao, mas tambm por se tratar de uma construo industrializada pensada para a produo em larga escala.A diviso modular do prottipo permite infinitas possibilidades de combinaes que podem se adequar as necessidades de cada famlia. A diversidade trazida pelas combinaes extremamente bem vinda quando pensamos na questo urbana. Se cada famlia puder adaptar o projeto, temos uma customizao da habitao. Logo, quando pensamos em um bairro, por exemplo, podemos ter uma sequencia de habitaes edificadas a partir do mesmo sistema, porm esteticamente diferentes entre si. A sustentabilidade um tema extremamente amplo e consequentemente bastante polmico. Por isso, este projeto focado em 3 vertentes. A sustentabilidade ambiental, a

    DIRETRIZES NORTEADORAS

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    Tecnologias Inovadoras Aceitveis as tecnologias inovadoras

    testadas e aprovadas conforme a Norma de Desempenho - NBR-15.575 e homologadas pelo SINAT ou que comprovarem desempenho satisfatrio junto CAIXA.

    Sustentabilidade Aquecimento solar nas unidades (item

    obrigatrio em todas as regies). Sistema aprovado pelo INMETRO.

    Medio individualizada de gua e gs (ou sistema de botijo individualizado).

    Acessibilidade e Adaptao Disponibilizar unidades adaptadas ao

    uso por pessoas com deficincia, com mobilidade reduzida e idosos, de acordo com a demanda, com kits especficos devidamente definidos. Na ausncia de legislao municipal ou estadual que estabelea regra especfica, disponibilizar no mnimo 3% das UH.

    Instalaes Lavatrio e Vaso SanitrioLoua sem coluna e torneira metlica cromada com acionamento por alavanca ou cruzeta. Acabamento de registro de alavanca ou cruzeta. Vaso Sanitrio com caixa de descarga acoplada. Tanque Capacidade mnima de 20 litros, de concreto pr-moldado, PVC, granilite ou mrmore sinttico com torneira metlica cromada com acionamento por alavanca ou cruzeta. Acabamento de registro de alavanca ou cruzeta.

    Pia cozinha Bancada de 1,20 m x 0,50 m com cuba de granilite ou mrmore sinttico, torneira metlica cromada. Torneira e acabamento de registro de alavanca ou cruzeta.

    ReservatrioCaixa d gua de 500 litros ou de maior capacidade quando exigido pela concessionria local. Mquina de Lavar Prever soluo para mquina de lavar roupas (ponto eltrico, hidrulica e de esgoto).

    Sala de estar/refeies Largura mnima sala de estar/refeies: 2,40 m. Quantidade mnima de mveis: sofs com nmero de assentos igual ao nmero de leitos; mesa para 4 pessoas; e Estante/Armrio TV. Banheiro Largura mnima do banheiro: 1,50 m. Quantidade mnima: 1 lavatrio sem coluna, 1 vaso sanitrio com caixa de descarga acoplada, 1 box com ponto para chuveiro (0,90 m x 0,95 m) com previso para instalao de barras de apoio e de banco articulado, desnvel mx. 15 mm; Assegurar a rea para transferncia ao vaso sanitrio e ao box. rea de Servio Quantidade mnima: 1 tanque (0,52 m x 0,53 m) e 1 mquina (0,60 m x 0,65 m). Em Todos os Cmodos Espao livre de obstculos em frente s portas de no mnimo 1,20 m. Deve ser possvel inscrever, em todos os cmodos, o mdulo de manobra sem deslocamento para rotao de 180 definido pela NBR 9050 (1,20 m x 1,50 m), livre de obstculos. Ampliao da UH Os projetos devero prever a ampliao das casas.

    DIRETRIZES NORTEADORAS

    determinado tambm que as guas servidas provenientes dos sistemas hidro-sanitrios devem ser encaminhadas s redes pblicas de coleta.Desempenho estrutural.A estrutura deve atender, durante a vida til do projeto, aos seguintes requisitos: No ruir ou perder a estabilidade de

    nenhuma de suas partes; Prover segurana aos usurios sob ao

    de impactos, vibraes e outras solicitaes decorrentes da utilizao normal da edificao, previsveis na poca do projeto;

    No provocar sensao de insegurana aos usurios pelas deformaes de quaisquer elementos da edificao;

    No repercutir em estados inaceitveis de fissuras de vedaes e acabamentos;

    No prejudicar a manobra normal de partes mveis, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalaes em face das deformaes dos elementos estruturais;

    Atender s disposies das normas NBR 5629, NBR 11682 e NBR 6122 relativas s interaes com o solo e com o entorno da edificao.

    NBR 15.575: NORMA BRASILEIRA DE DESEMPENHO DE EDIFCIOS

    A NBR 15.575/2013 foi redigida segundo modelos internacionais de normatizao de desempenho, ou seja, para cada necessidade do usurio e condio de exposio, aparece a sequncia de: requisitos de desempenho, critrios de desempenho, e respectivos mtodos de avaliao. Os requisitos de desempenho da Norma so:Requisitos Gerais: Sade, Higiene e Qualidade do ar.A habitao deve prover condies adequadas de salubridade aos seus usurios, dificultando o acesso de animais e propiciando nveis aceitveis de partculas em suspenso, micro-organismos, bactrias, gases txicos e outros. O sistema de gua fria deve ser preservado contra qualquer risco de contaminaes. Adequao Ambiental.Em funo do estado do conhecimento na rea, e da prpria disponibilidade de legislaes especficas, a NBR 15.575 no estabelece requisitos e critrios especficos de adequao ambiental. A norma recomenda dispor os sistemas hidro-sanitrios com aparelhos economizadores de gua e estabelece ainda, que no deve haver risco de contaminao do solo ou do lenol fretico pelos sistemas prediais de esgoto. Fica

    No Brasil, temos a Norma de Desempenho NBR 15.575 que pode ser considerada um marco para a construo civil e foi desenvolvida para que o produto entregue, a edificao, atenda a requisitos e critrios mnimos de desempenho de acordo com mtodos de avaliao especficos, garantindo assim sua qualidade. Porm, por definio, materiais e sistemas inovadores, devem atender tambm o SINAT, por no fazerem parte dos mtodos tradicional j conhecidos. Para as questes relacionadas a sustentabilidade, o Building Research Establishment Enviromental Assessment Metodology (BREEAM) introduzido de maneira a complementar a Norma e o SINAT, aprofundando os critrios de sustentabilidade e de inovao.

    CONCEITOS E PRINCPIOS

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    de geminao. A Norma de desempenho 15.575 estipula

    nveis requeridos de iluminncia natural e artificial nas habitaes, reproduzindo, neste ltimo caso, as prprias exigncias da Norma de Iluminao de Interiores, a NBR 5413.

    Estanqueidade guaA sade e higiene dos moradores de uma habitao podem ser comprometidas por uma srie de fatores, sendo a umidade a fonte potencial de doenas respiratrias, formao de fungos e outros. Alm disso, a durabilidade da construo est diretamente associada proteo de seus elementos dos efeitos da gua. A NBR 15.575 estabelece critrios para estanqueidade de fachadas, pisos de reas molhadas, coberturas e demais elementos da construo, incluindo as instalaes hidro-sanitrias.Durabilidade e ManutenibilidadeA habitao o bem mais almejado pelos seres humanos. Tem significado emblemtico, que, em muito, transcende a posse material. Particularmente nos casos de financiamentos prolongados, extremamente importante que a construo mantenha caractersticas aceitveis de desempenho durante prazo denominado na norma como Vida til de Projeto.

    direito mnimos, so estabelecidos critrios regulando a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, como determina a Norma de Acessibilidade NBR 9050/2004.Conforto Ttil e AntropodinmicoCom base nos princpios da ergonomia, na estatura mdia das pessoas e na fora fsica passvel de ser aplicada por adultos e crianas que devem ser desenvolvidos os componentes e equipamentos da construo. Estabelece ainda a planicidade requerida para os pisos que limitaro tambm as vibraes que poderiam causar desconforto.Desempenho Termo-acstico-luminoso O adequado desempenho trmico repercute

    no conforto das pessoas e em condies adequadas para o sono e atividades normais em uma habitao, contribuindo ainda para a economia de energia. A avaliao de desempenho pode ser feita com base nas propriedades trmicas dos materiais das fachadas e das coberturas, ou ainda por simulao computacional.

    O rudo gerado pela circulao de veculos, crianas brincando, msica alta e a circulao de pessoas ou queda de objetos no apartamento vizinho so causas de desconforto. Por isso, faz-se necessria a adequada isolao acstica por parte de fachadas, coberturas, entrepisos e paredes

    Segurana contra incndioA norma visa, em primeiro lugar, integridade fsica das pessoas e, depois, prpria segurana patrimonial. Os critrios possuem recursos para: dificultar o incio de incndio e a sua propagao; o Tempo Requerido de Resistncia ao Fogo TRRF de elementos e componentes da construo; as rotas de fuga; a propagao de fumaa; os equipamentos de extino; e tambm a facilidade de acesso dos bombeiros para combate a incndios j deflagrados.

    Segurana no uso e operaoNesta parte da Norma ficam determinados requisitos e critrios visando a minimizar a possibilidade de ferimentos nos usurios da habitao, choques eltricos, tropees, quedas e queimaduras. Isso inclui, por exemplo, a quantificao do coeficiente de atrito de pisos, a resistncia mecnica de guarda-corpos, os cuidados na manuteno de telhados entre outros.Funcionalidade e AcessibilidadeA Norma vai alm dos atributos essenciais, como desempenho estrutural e segurana contra incndio, de modo que a habitao apresente compartimentao adequada e espaos suficientes para a disposio de diversos utenslios domsticos como camas e armrios. Alm dos espaos e p-

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    Snchez, 2012)

    A Diretriz SINAT um documento de referncia contendo diretrizes para a avaliao tcnica especialmente desenvolvida para uma determinada famlia de produtos, baseado no conceito de desempenho de produtos. Para os sistemas construtivos inovadores so adotados requisitos, critrios e mtodos de avaliao previstos na NBR 15.575 - Desempenho de edifcios habitacionais de at cinco pavimentos (MITIDIERI et al. 2007). Caso no exista publicada uma Diretriz aplicvel ao produto, a Instituio Tcnica Avaliadora autorizada elabora uma minuta de Diretriz e a submete apreciao. At o presente momento existem seis Instituio Tcnica credenciadas no SINAT, com a funo de propor Diretrizes, realizar avaliaes tcnicas e elaborar Documento de Avaliao Tcnica - DATecs (MC, 2012). (Zanoni e Snchez, 2012)

    A partir da aprovao e publicao da Diretriz, o proponente de um produto inovador pode solicitar ITA a elaborao de um DATec para seu produto ou sistema construtivo (MITIDIERI et al. 2007). DATec um documento sntese de divulgao dos resultados da avaliao tcnica do produto, realizada por uma ITA com a chancela SINAT, com base na metodologia determinada pela Diretriz. Para o produto ser alvo de um DATec, necessrio que exista uma Diretriz SINAT. (Zanoni e Snchez, 2012)

    SISTEMA NACIONAL DE AVALIAO TCNICA

    No Brasil, os produtos ou mtodos inovadores, como por exemplo o llight steel framing, no possuem norma prescrita (ABNT) como os mtodos tradicionalmente utilizados. Por isso em 2007 foi criado O SINAT (Sistema Nacional de Avaliao Tcnica de produtos inovadores) no mbito do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), do Ministrio das Cidades (MC) como mecanismo que proporciona a validao de novas tecnologias atravs de avaliaes tcnicas para determinar os valores de desempenho mnimo que eles devem atender. Os produtos e sistemas construtivos inovadores so aquele que, no possuindo normas tcnicas prescritivas especficas ou no sendo identificados como sistemas tradicionais consagrados pelo seu uso, precisam ser balizados para adquirirem credibilidade e reconhecimento perante os consumidores e os agentes financiadores. A reduo dos riscos decorrente do desconhecimento do desempenho real de produtos no normalizados, o aumento da credibilidade, o estmulo e a disseminao das inovaes tecnolgica tendem a ampliar a oferta de tecnologias para a produo, principalmente no mbito da habitao, visando a reduo de custos e o aumento de produtividade (TCHNE, 2009). (Zanoni e

    A vida til da edificao depende da eficincia do projeto, da construo, das condies de agressividade do meio e dos cuidados no uso e manuteno. A durabilidade prevista em projeto s poder ser atingida no caso do seu uso correto e pela adoo de eficientes processos de manuteno de acordo com o manual do usurio.

    CONCEITOS E PRINCPIOS

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    ofuscamento, iluminao externa e interna. Qualidade interna do ar

    Reconhecer e incentivar um ambiente interno saudvel atravs da especificao e instalao de ventilao adequada, equipamentos e acabamentos de acordo com os critrios de avaliao: pr-requisito (nenhum material pode conter amianto), minimizar as fontes de poluio do ar (tintas com componentes volteis), e potencial para ventilao natural.

    Qualidade da guaMinimizar o risco de contaminao da gua em edifcio de servios e garantir o fornecimento de fontes limpas, frescas de gua para a construo de usurios de acordo com os critrios de avaliao: todos os sistemas de gua do edifcio devem ser projetados de acordo com as medidas definidas nos guias de sade e segurana dos regulamentos nacionais relevantes para minimizar o risco de contaminao microbiana.

    Energia Monitoramento da energia

    Reconhecer e incentivar o monitoramento do consumo de energia operacional atravs de sub-medio de acordo com os critrios de avaliao: Os principais sistemas consumidores de energia (Aquecimento e

    atendidas minimamente por pelo menos um dos critrios de avaliao descritos abaixo:Gesto Sustentabilidade

    Garantir a entrega de um ativo funcional e sustentvel projetado e construdo de acordo com as expectativas de desempenho e de acordo com os critrios de avaliao: projeto e concepo, construo e entrega, e ps-ocupao.

    FuncionalidadeProjetar, planejar e entregar edifcios funcionais inclusivos e acessveis, de acordo com usurios atuais e futuros da edificao de acordo com os critrios de avaliao: design inclusivo e acessvel, manual do usurio, avaliao do ps-ocupao e divulgao de informao.

    Sade e Bem estar Conforto Luminoso

    Iluminao natural, iluminao artificial e controles dos ocupantes so considerados na fase de projeto para garantir desempenhos luminotcnicos melhores, prticas e conforto para os ocupantes do edifcio de acordo com os critrios de avaliao: pr-requisito (Lmpadas fluorescentes de alto desempenho ou LED), iluminao natural, controle de

    BREEAM: METODOLOGIA DE AVALIAO AMBIENTAL DO ESTABELECIMENTO DE PESQUISA DA CONTRUO

    O Building Research Establishment Environmental Assessment Metodology BREEAM um mtodo reconhecido internacionalmente de avaliao ambiental e um sistema de classificao para edificaes desenvolvido pelo BRE. Desde o seu lanamento, em 1990, j certificou mais de 250 milhes de edifcios e agora est ativo em mais de 50 pases. O BREEAM define um padro para projetos, construes e operaes sustentveis e se tornou uma das medidas mais abrangentes e amplamente reconhecidas de desempenho ambiental.Utilizando a anlise de critrios cientificamente embasados que abrangem uma srie de questes que avaliam: energia, uso dgua, sade e bem-estar, poluio, transporte, materiais, resduos, uso da terra, ecologia e processos de gesto. A partir deles, os edifcios so classificados e certificados em uma escala de: Aprovado, Bom, Muito bom, Excelente e ProeminentePara o prottipo utilizaremos os requisitos mnimos de desempenho de uma habitao para a classificao Muito bom do BREEAM, que so: Gesto, Sade e bem estar, Energia, gua, e Inovao. Cada requisito mnimo possui uma srie de questes que devem ser

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    Inovador:A segunda por pedido feito para a BRE pelo assessor do BREEAM, a fim de que uma determinada tecnologia de construo ou recurso, projeto ou processo de construo seja reconhecido como inovador. Se a candidatura do projeto for aprovada e o cumprimento for verificado no ps-obra, um crdito de Inovao pode ser concedido.

    Um adicional de 1% pode ser acrescido pontuao geral de um edifcio para cada crdito de inovao alcanado. O nmero mximo de crditos de inovao que pode ser concedido por qualquer edifcio de 10%.

    cozinha), cada medidor (principal e secundrio) deve ter a capacidade de apresentar uma leitura instantnea do consumo.

    InovaoUm dos objetivos do BREEAM apoiar a inovao na indstria da construo civil. Isso possvel atravs de crditos adicionais disponveis para reconhecer os benefcios relacionados sustentabilidade ou aos nveis de desempenho, que atualmente no so reconhecidos.Desta forma, o BREEAM premia edifcios que vo alm das melhores prticas em termos de um determinado aspecto da sustentabilidade, ou seja, onde o edifcio ou a sua gesto demonstrou inovao.Assim, conceder crditos para a inovao permite aumentar o desempenho de seus edifcios e, alm disso, ajuda a apoiar o mercado para novas tecnologias, design ou construes inovadoras.H duas maneiras pelas quais o BREEAM concede crditos de inovao: Exemplar:

    A primeira por critrios de desempenho definidos exemplares em uma edio BREEAM existente, ou seja, indo alm dos critrios de avaliao padro do BREEAM.

    refrigerao de ambientes, Aquecedores de gua, Umidificao, Ventiladores, iluminao) devem ser monitorados usando um sistema Building Energy Management (BEMS). Um BEMS acessveis so fornecidos abrangendo o fornecimento de energia a todas as rea ou no caso de edifcios ocupaes individuais, por andar. Quando o edifcio tem uma variada gama de funes com diferentes perfis de consumo de energia, a medio deve cobrir o fornecimento de energia por reas funcionais / departamentos relevantes.

    gua Consumo da gua

    Reduzir o consumo de gua potvel para uso sanitrio qualquer tipo de edifcios atravs do uso de componentes eficientes de gua e sistemas de reciclagem de gua.

    Monitoramento da guaGarantir que o consumo de gua possa ser monitorado e controlado e, portanto, incentivar a reduo do consumo de acordo com os critrios de avaliao: especificao de um medidor de gua na rede de abastecimento para cada edifcio (Medidor Principal), locais com grande consumo de gua na construo devem ser equipados com sub-medidores ou medidores secundrios (Ex: Piscinas, lavanderia,

    CONCEITOS E PRINCPIOS

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    reas teis.Para obter o nvel de eficincia das reas de uso comum so avaliadas as reas comuns de uso frequente (iluminao artificial, bombas centrfugas e elevadores) e as reas comuns de uso eventual (iluminao artificial, equipamentos, sistema de aquecimento de gua para banho e piscina e sauna) existentes na edificao. Para as reas de uso comum tambm possvel somar bonificaes.

    trabalhando atravs de 6 vertentes de atuao: Capacitao, Tecnologia, Disseminao, Regulamentao, Habitao e Eficincia Energtica e Planejamento.

    Regulamento Tcnico da Qualidade para o Nvel de Eficincia Energtica de Edificaes Residenciais (RTQ-R)

    O RTQ-R apresenta requisitos para a classificao da eficincia energtica de unidades habitacionais autnomas (UH), edificaes unifamiliares, edificaes multifamiliares e reas de uso comum.Para as UHs e edificaes unifamiliares h dois sistemas individuais que compem o nvel de eficincia energtica de acordo com a Zona Bioclimtica e regio geogrfica em que a edificao se localiza: a envoltria e o sistema de aquecimento de gua.Para garantir nveis de eficincia mais elevados preciso atender a certos pr-requisitos para cada um dos sistemas analisados. Alm disso, h a possibilidade de bonificaes querepresentampontos extras e visam incentivar o uso de estratgias mais eficientes. A partir destas verificaes ser obtida a Pontuao Total da UH(PTUH) e seu nvel de eficincia correspondente.

    Em edificaes multifamiliarespondera-se a pontuao total de todas as UHs pelas suas

    Alta resistncia integral elimina a necessidade de paredes estruturais internas. O sistema de construo pode se estender por 7,25 metros e permite a futura reorientao das paredes internas para novas necessidades dos residentes.

    SISTEMAS CONSTRUTIVOS

    Ecomech - Inglaterra

    O sistema projetado para exceder todas as leis de controle da construo, cumprir com todas as decises do governo sobre mtodos modernos de construo e oferecer uma resposta sria a recontratao de trabalho semiqualificada para a indstria da construo no Reino Unido e recontratao de trabalho semiqualificado para a indstria da construo no Reino Unido e energizar um lento setor de construo. Com 80% de uniformizao no tamanho dos painis e um design nico e simples de Inter travamento, a fabricao fora do canteiro do sistema de construo pode ser usado para a maioria dos novos projetos de construo, seja para uso industrial, setor pblico, habitao, ou extenses de casa. Trreo ou de vrios andares.Os painis so estruturais e de engenharia de preciso com interconexes que permitem maior resistncia estrutural, melhor desempenho contra incndio, melhores propriedades trmicas, e a capacidade de se adaptar ao canteiro que exigem edifcio em painis individuais, paredes completas (janelas pr-instalada), ou mesmo em forma modular. Ideal para compilao completa ou como painis de fechamento em arranha-cus.

    SELO PROCEL EDIFICA

    O Programa Nacional de Eficincia Energtica em Edificaes PROCEL EDIFICA foi institudo em 2003 pela ELETROBRAS/PROCEL e atua de forma conjunta com o Ministrios de Minas e Energia, o Ministrio das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das reas governamental, tecnolgica, econmica e de desenvolvimento, alm do setor da construo civil.O PROCEL promove o uso racional da energia eltrica em edificaes desde sua fundao, sendo que, com a criao do PROCEL EDIFICA, as aes foram ampliadas e organizadas com o objetivo de incentivar a conservao e o uso eficiente dos recursos naturais (gua, luz, ventilao etc.) nas edificaes, reduzindo os desperdcios e os impactos sobre o meio ambiente.O consumo de energia eltrica nas edificaes corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no pas. Estima-se um potencial de reduo deste consumo em 50% para novas edificaes e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficincia energtica em edificaes.

    Buscando o desenvolvimento e a difuso desses conceitos, o Procel Edifica vem

    CONCEITOS E PRINCPIOS CONCEITOS E PRINCPIOS

    Figura 17. Mquina de compresso das peas dos painis para injeo do poliuretano

    Figura 18. Retirada dos excessos do Poliuretano

    Figura 19. Painis prontos

    Figura 20. Esquema de montagem dos painis na obra atravs de trilhos instalados na fundao.

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    Laing ORouke

    A Laing j possui um programa para construir casas que so espaosos, com eficincia energtica alm de sustentveis e substanciais, ou seja, duram pelo menos 100 anos. Maximizar a eficincia de fabricao de carcaa em um ambiente automatizado de qualidade controlada. Investir em pessoas atravs da criao de carreiras em uma fbrica que tem longevidade e um futuro. Utilizando estruturas inovadoras para criar a ligao entre investidores institucionais e usurios finais para entregar novas casas. Para isso eles determinaram, dentre as diversas da empresa, utilizar 5 tecnologias off-site. (Parede dupla, Fachada, Smartwall, Lajes e Pods para banheiros)As Parede dupla ou sees slidas podem ser usadas para a construo desde ncleos de edifcios com at 50 pavimentos at subsolos a prova dgua. Utilizando Concreto de alta performance, ou concreto low carbon ou concreto leve.A soluo para fachada possui alta performance com painis com isolamento termo-acstico podendo ser estruturais ou no. A smartwall so painis no estruturais em light steel frame com placas cimentcias duplas e com todas as instalaes (eltrica e hidrulica) pr instaladas.

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    Formecon - Irlanda

    O sistema Formecon alia maior contedo tcnico, industrializao, e flexibilidade para, entre outros, oferecer, a custos similares aos do sistema tradicional, melhor qualidade e prazos mais curtos na construo de edificaes, com menor utilizao de mo-de-obra, e gerao de resduos bastante reduzida.

    O sistema Formecon constitudo de paredes mistas moldadas em loco. Utiliza chapas de fibrocimento, conectores plsticos e cola com alto poder adesivo para unir as partes e compor a forma permanente, com espessuras definidas, para paredes de concreto.

    O resultado a montagem de paredes para formar um bloco nico, na figura de um projeto completo, o qual, aps a incluso da ferragem requerida pelo calculista, e a passagem das instalaes previstas em projeto, preenchida com concreto, tornando-se a parede completa. No processo, a chapa de fibrocimento que inicia como forma para moldar as paredes, no final a superfcie acabada

    BENEFCIOS Aumento da produtividade. Reduo do nmero de pessoas no canteiro

    de obras. Mo-de-obra mais qualificada trabalhando

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    Figura 27. Colagem dos conectores plasticos com cola especial na placa cimentcia.

    Figura 28. Fixao do trilho na fundao.

    Figura 29. Instalao do painel no trilho

    Figura 30. Armao de ao para concretagem

    Figura 31. Concretagem dos painis

    Figura 21. Detalhe do painel e processo de cura do concreto

    Figura 22. Estrutura para elevador e painel sendo iados na obra

    Figura 23. Instalao da fachada pronta na obra

    Figura 24. Sistema de lajes industrializadas onde se concreta apenas a juno entre as placas.

    Figura 25. Detalhe construtivo SmartWall

    Figura 26. Sistema SmartWall montado na obra

    em ambiente controlado. Volume de resduos bastante reduzido. Flexibilidade.

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    Estudos realizados no Brasil e no exterior mostram que dentro de uma residncia o maior consumo de gua concentra-se na descarga dos vasos sanitrios, na lavagem de roupas e nos banhos. Em mdia, 40% do total de gua consumida em uma residncia so destinados aos usos no potveis. (GONALVES, 2009)

    Reuso guas Pluviais

    O ser humano necessita de certa quantidade de gua potvel para sua sobrevivncia. De acordo com a ONU, essa quantidade de aproximadamente 21 litros por pessoa por dia. O acesso gua torna-se cada vez mais difcil, especialmente pelo fato do homem contaminar, em suas diversas formas, a pequena parcela de gua que se tem disponvel. O consumo varia de local para local. Segundo Rocha (1999), nas capitais brasileiras, o consumo mdio da ordem de 300 a 450 litros por dia, usando-se a gua para todos os servios.De acordo com Gonalves (2009), o consumo de gua residencial pode constituir mais da metade do consumo total de gua nas reas urbanas. Na regio metropolitana de So Paulo, o consumo de gua residencial corresponde a 84,4% do consumo total urbano, incluindo tambm o consumo em pequenas indstrias. O consumo de gua residencial inclui tanto o uso interno quanto o uso externo a residncias. Os usos de gua internos distribuem-se em atividade de limpeza e higiene, enquanto que os usos externos ocorrem principalmente devido irrigao, lavagem de veculos, piscinas e jardim, entre outros.

    espessura de um vidro simples.2. Isolamento trmico quatro vezes melhor que

    vidro simples3. Indicado como um substituto para vidros

    simples em janelas antigas, mantendo a aparncia de edifcios histricos.

    4. Oferece uma boa performance acstica para baixo rudo

    5. Soluo comprovada; instalado com sucesso no Reino Unido e usada no Japo por mais de uma dcada.

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    A gua destinada ao consumo humano pode ter dois fins distintos:

    Potveis higiene pessoal, ingesto e preparao de alimentos (usos de gua com rigoroso padro de potabilidade, conforme estabelecido na legislao aplicvel);

    No potveis lavagem de roupas, carros, irrigao de jardins, descarga de vasos sanitrios, piscinas, caladas, entre outros. (GONALVES, 2009)

    Segundo Oliveira (2007) a bacia sanitria apontada em geral como uma das maiores responsveis pelo consumo de gua em edifcios residenciais, com uma participao superior a 20%.

    CONCEITOS E PRINCPIOS

    Figura 34. Imagem comparando dois tipos de vidros duplos. esquerda vidro com vacuo e a direita o vidro duplo comum. Fonte: http://www.pilkington.com

    Figura 35. Detalhe das peas componentes do vidro vcuo Fonte: http://www.pilkington.com

    Figura 36. Distribuio do consumo de gua nas residncias brasileiras. Fonte: Adaptado de HAFNER, 2007.

    TECNOLOGIAS

    Esquadrias Especiais

    Aproximadamente 25% do calor que entra nas casas passa atravs das janelas. Com o aumento da conta de energia e aumento da conscincia ambiental, tem se dado cada vez mais nfase em formas de economizar energia em todos os tipos de edifcios.Ao substituir uma esquadria simples com vidro nico por janelas com isolamento trmico e vidros duplos, a quantidade de transferncia energia pode ser reduzida em at 75%.

    Vidros com vcuo proporcionam um nvel semelhante de eficincia energtica como os vidros duplos porm, com apenas um quarto da espessura do vidro duplo. O vidro duplo possui em mdia 24mm de espessura incluindo as duas folhas de vidro mais o espao entre eles. O vidro com vcuo, alm de utilizar folhas de vidros mais finas, precisa apenas de 2mm entre uma folha e outra, totalizando 6,5mm de espessura. Essa tecnologia permite que este sistema possa ser utilizados nos padres existentes de esquadrias brasileiras, que so bastante delgadas. Outros benefcios do sistema incluem:1. Desempenho trmico igual ou melhor do

    que a de vidros duplos, mas com a mesma

    Baneiro Pronto

    O banheiro pronto um sistema pr-fabricado de soluo para Construo Civil, onde os banheiros so fabricados em linha de produo industrial e chegam prontos obra, bastando posicion-los na rea planejada e conect-lo s redes de gua, esgoto e energia. Desta forma, todas as etapas de controle de materiais, acabamentos, execuo de instalaes e controle de qualidade so realizados na fbrica.

    Os revestimentos, as instalaes eltricas e hidrulicas e todos os acessrios so instalados nas linhas de montagem por profissionais capacitados com funes especficas. Depois de prontos, os banheiros so inspecionados e aferidos pelo controle de qualidade nas vrias etapas: Estanqueidade, vazo, caimento, presso e circuitos eltricos. Assim que aprovados, os banheiros so devidamente embalados com uma lona especfica e o transporte para as obras executado em carretas.O banheiro pronto executado no sistema Dry Wall, possui a estruturao das paredes executada com perfis especiais de ao galvanizado com espessura de 1,5 e 1,0 mm, compondo as paredes atravs da solda em sua montagem, recebendo as placas de gesso acartonado hidrofulgante, tipo Dry-

    Wall RU (resistentes umidade), que ajudam na estanqueidade da clula. So fixadas com parafusos especiais nas especificaes recomendadas pelo fabricante. O piso estruturado em concreto armado com espessura de 5 cm, estruturado com tela de ao CA50 5 mm, com malha de 10x10 cm, e perfis de ao galvanizado dobrados em seu permetro, soldados de maneira a permitir o recebimento da fixao das paredes. Este sistema construtivo permite obter clulas com peso reduzido, com reflexo positivo na estrutura do edifcio e nas exigncias em equipamentos de elevao no canteiro.

    Figura 32. Banheiro Pronto montado na Fbrica

    Figura 33. Banheiro Pronto sendo iado na obra

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    camada nica.5. Reflete at 90% da energia solar incidente;

    o que se reflete em at 35% de economia de energia no ar condicionado.

    6. Estende a vida til do telhado, pois diminui a temperatura superficial reduzindo significativamente a fadiga estrutural por dilatao e amplia a vida til dos materiais que o compem, minimizando os gastos de manuteno e substituio.

    7. Possui baixo VOC Carbono Orgnico Voltil,

    Cobertura

    Telhados convencionais podem atingir uma diferena trmica de 31 a 47C maior que a temperatura do ar ambiente em qualquer dia. Telhados com cobertura asfltica convencional, por exemplo, podem atingir de 74 a 85C ao meio dia durante o vero. Telhados metlicos ou com cobertura metlica possuem alta refletncia e baixa emitncia trmica e podem aquecer de 66 a 77C. Cool RoofTelhados frios executados com elastoceramic possuem tanto alta refletncia quanto alta emitncia e atingem uma temperatura mxima de 43 a 46C sob o Sol de vero. Ou seja, uma temperatura mdia 35C menor quando comparado com cobertura asfltica convencional e 27C menor quando comparado com cobertura metlica. Suas principais caractersticas incluem:1. Polmeros termoplsticos para reduzir a

    fragilidade e melhorar a adeso.2. Refletncia solar > = 78 %, ou maior quando

    novos e uma emitncia trmica > = 80 a 90 %.

    3. uma membrana impermevel.4. Aplica-se a qualquer substrato pr-

    existente, incluindo manta asfltica, cascalho mido, metal, e vrios materiais de

    fotovoltaicos convencional normalmente s convertem 10-15% da radiao solar em eletricidade e o restante dissipada na forma de calor.Os painis fotovoltaicos-trmicos (PVT) geram eletricidade e calor trmico ao mesmo tempo a partir de um mesmo painel. O calor absorvido a fim de produzir gua quente e, desta forma, a eficincia do PV otimizado conforme o calor da placa transferido para a produo de gua quente.

    CONCEITOS E PRINCPIOS CONCEITOS E PRINCPIOS

    Figura 39. Detalhe dos componentes do painel solar hbrido PVT Fonte: http://www.solimpeks.com/pv-t-hybrid-collectors/

    Vidro TemperadoEVA

    Clulcas fotovotaicas

    EVA

    Tubulao de cobre

    EVA

    Isolante Poliuretano

    Figura 40. Painel solar hbrido PVT Fonte: http://www.solimpeks.com/pv-t-hybrid-collectors/

    Vantagens da micro gerao Produz eletricidade nos pontos de consumo; Compartilha o sistema de alimentao da

    carga, de modo que, quando a gerao for maior do que o consumo, o excedente de energia possa ser injetado na rede eltrica;

    Gera energia de forma distribuda, reduzindo as perdas na transmisso e distribuio;

    Se adapta aos recursos renovveis e s necessidades energticas de cada lugar;

    Utiliza-se de fontes solar fotovoltaica e elica de maneira independente ou combinadas em instalaes hbridas.

    Reduz consideravelmente os valores da sua conta de luz.

    Gera crditos de energia durante o dia que podem ser utilizados noite ou em outras pocas do ano (consumveis em at 36 meses).

    Gera energia limpa contribuindo com a preservao do planeta.

    No mais necessria a utilizao de baterias.

    Os Painis fotovoltaicos (PV) utilizados na microgerao operam em um paradoxo - eles precisam de luz solar para gerar eletricidade, mas sofrem uma degradao no desempenho medida que ficar mais quente. Painis

    Microgerao de energia e Painis Fotovoltaicos Trmicos (PVT)

    O uso de energia renovvel atravs da microgerao distribuda est em expanso no cenrio mundial, impactando positivamente diversos setores da economia de pases como; Alemanha, Itlia, Estados Unidos e China. No Brasil, o atual contexto poltico e social, leva a criao de polticas que visem criao de programas e projetos de incluso socioeconmica da populao de baixa renda. As caractersticas climticas naturais do pas so ideais para o desenvolvimento das energias renovveis, principalmente a solar. E neste cenrio que o prottipo se insere com o objetivo de tornar a microgerao distribuda uma soluo alternativa e motivadora do desenvolvimento econmico e social da regio e tambm da sua sustentabilidade.

    Santana (2004) afirma que os sistemas de coleta de guas pluviais, em geral, apresentam alguns componentes em comum, denominados componentes primrios, que so: superfcies de captao, reservatrios, mecanismos de filtragem e distribuio. Basicamente, o sistema consiste em captar a gua que cai no telhado, na varanda ou em uma laje. Deve-se tomar cuidado para que seja descartado um volume inicial de gua considerado necessrio limpeza do telhado. A partir da, essa gua passa por um filtro para que sejam retirados impurezas grosseiras e galhos. O passo seguinte armazenar o contedo em uma cisterna apropriada.

    Figura 37. Sistema de uso de gua de chuva no jardim e na lavanderia e vaso sanitrio. Fonte: Arago, 2010.

    Figura 38. Esquema da gerao de energia solar e ligao com a rede pblica Fonte: http://www.brasilsolair.com.br/produtos-e-servicos

    Figura 41. Telhado Frio no contexto urbano Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual

    Figura 42. Aplicao do Elastoceramic sobre cobertura existente Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual

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    O sistema Laminar tem a caracterstica de utilizar uma lamina dgua em um piso elevado, formando um ecodreno, essa cisterna armazena at 200 L/m2, pode ser utilizado em terraos ou lajes plana. ideal para regies de seca pela quantidade

    CUB HOUSE

    A casa modular construda na Inglaterra pela FutureForm e exige 16 dias de fabricao fora do local, com sete dias de construo no local e instalao. No momento est disponvel como uma habitao unifamiliar de um, trs ou cinco quartos. A Cub House garantida por um projeto certificado de acordo com as Normas da construo civil da Inglaterra.Os principais recursos incluem: Armao modular em Light Stell Frame com

    65-90% de ao reciclado, elevados nveis de isolamento, revestimento externo de fibra de vidro e vidros de alto desempenho.

    41 m2 de painis solares fotovoltaicos, lmpadas LED e Sistema de udio, TV HD e Pacotes de dados de banda larga instalado como padro.

    Sistema de captao de gua de chuva para irrigao do jardim.

    Arquitetura moderna com pavimentos adicionais disponveis para estender a casa no futuro. (Plug and play). Espaosa sala de estar com um bom uso do espao e luz natural.

    Entrega rpida aproximadamente 12-16 semanas.

    Pintura livre de VOC (Vapour, odour carbon).

    Inicialmente a ideia era produzir um prottipo utilizando a construo volumtrica do MMC. Por esse motivo, a primeira referncia se trata de um MMC volumtrico. Aps pesquisar 3 empresas diferentes, observou uma forte tendncia pela utilizao de sistemas em painis ou sistemas hbridos, principalmente no mbito da HIS. Foram ento escolhidas outras duas referencias, uma do Reino Unido e outra no Brasil, para melhor exemplificar o projeto e ainda determinar sua viabilidade construtiva.

    REFERNCIAS ARQUITETNICASCONCEITOS E PRINCPIOS

    6. Estende a vida til do telhado assim como no telhado frio

    7. Pode ser aplicado sobre qualquer laje observando a devida impermeabilizao e calculo estrutural.

    Greed RoofTelhados verdes vem sendo utilizados de vrias formas ao longo dos sculos. Por milhares de anos, desde os Jardins Suspensos da Babilnia para os jardins de cobertura de Le Corbusier. Alm da questo esttica, o telhado verde, assim como o telhado frio, ajuda no conforto trmico. Sua temperatura mxima fica em torno de 25C no sol do meio dia. Isso resulta numa temperatura mdia 54C menor quando comparado com cobertura asfltica convencional e 46C menor quando comparado com cobertura metlica. Seus principais benefcios incluem:1. Gesto de guas pluviais2. Os telhados verdes so uma estratgia

    para controlar o escoamento. A chuvas que cai em um telhado verde armazenada no substrato e posteriormente absorvido pelas plantas. Alguns sistemas de telhado verde possuem uma camada de drenagem de 3cm profundidade, permitindo o escoamento para um sistema de reuso das guas pluviais.

    3. Melhoria da qualidade do ar4. Diminuio do efeito ilhas de calor no

    ambiente urbano5. Possibilidade de cultivo de produtos

    orgnicos com hortas.

    Figura 43. Telhado verde no contexto urbano Fonte: DDC Cool and Green Roofing Manual

    Figura 44. Cultivo de hortalias no telhado verde Fonte: http://www.engenhariae.com.br/wp-content/uploads/2013/04/telhado.jpg

    Figura 45. Foto de um telhado verde com sistema laminar instalado e seu detalhe do telhado construtivo Fonte: ECOTELHADO

    de gua que retm. Nele pode-se usar grande variedade de coberturas verdes e pequenos arbustos. Esse sistema permite fazer a coleta da gua da chuva para reuso em bacias sanitrias e irrigao de jardins tendo em vista que alm de acumular a gua em seu prprio sistema, a vegetao e o substrato filtram a chuva, aumentanto a eficincia do sistema de reuso de guas pluviais.

    Figura 46. Mdulo bsico da Cub House. Fonte: http://www.bre.co.uk/filelibrary/Innovation_Park/CUB_brochure.pdf

    Figura 47. Perspectivas da Cub house em suas 3 opes. Fonte: http://www.bre.co.uk/filelibrary/Innovation_Park/CUB_brochure.pdf

    Figura 48. Planta baixas das opes para a Cub House. Fonte: http://www.cubhousingsolutions.com/downloads/FAQs_Plans.pdf

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    FORMECON

    Hoje h uma clara limitao em termos de mo-de-obra qualificada assim como na oferta de certos materiais e tecnologias para atender as necessidades de expanso. Ao mesmo tempo as demandas em termos de qualidade, preciso e desempenho tem crescido com a evoluo do mercado. necessrio criar alternativas, variedades, que possam tambm atender aos desafios que se colocam. Buscando oferecer opes, no final de 2013 iniciou-se a construo de um condomnio fechado na cidade de Formosa, Estado de Gois, com 6 unidades assobradadas, geminadas 3 a 3, utilizando o sistema Formecon.Em duas semanas trs pessoas, 1 carpinteiro experiente e dois ajudantes, prepararam 220 metros quadrados de parede, montando painis de acordo com um mapa de corte. Em mais duas semanas eles marcaram e elevaram as paredes no canteiro para atender o projeto de arquitetura. Eles nunca haviam feito tarefa similar anteriormente. Em paralelo, um armador e um bombeiro eletricista, cada um com um ajudante, fizeram o seu trabalho para atender os projetos complementares. O servio do armador foi facilitado porque ele passou ferro ao invs de amarrar para formar vigas e pilares, dobras

    THE 90+ SOLUTION

    O alojamento Bairro William Street, projetado pelo arquiteto Allford Salo Monaghan Morris, organizado em trs blocos de vrios pisos, dois dos quais esto seis andares e um de dez andares. O restante das unidades so de estrutura de madeira e alvenaria tradicionais low-rise casas geminadas concebidas para estar em consonncia com habitao geminada em um desenvolvimento adjacente.Os blocos de arranha-cus so um projeto completo para soluo de montagem (DFMA) fabricao. Nesta tecnologia de construo inovadora, superestrutura de concreto e pisos de concreto pr-moldados so fabricados fora do local, chegando ao local como uma srie de componentes que podem ser montados. Da mesma forma, painis de revestimento de concreto pr-moldado chegar no local, com janelas e portas j instaladas, bem como painis de metal arquitetnicos e aberturas. De metal e de madeira varandas arquitetnicos externos tambm so fabricados fora do local como uma unidade completa e ligados ao painel de revestimento no local antes da elevao. Todos os componentes atender Cdigo Nvel 4 - o que significa que eles so mais eficientes do que o exigido pela legislao e so mais baratos de operar para a autoridade e os inquilinos local.

    REFERNCIAS ARQUITETNICAS

    foram poucas. Da mesma forma o servio do bombeiro eletricista, no foi necessrio cortar paredes e chumbar caixinhas.A reduo do nmero de pessoas na obra, do volume de resduos e a facilidade com que a mo-de-obra absorveu a nova tecnologia foram alguns dos pontos de destaque. A qualidade do produto final tambm foi importante, mas j era esperada. As lajes utilizadas entre o trreo e o primeiro pavimento foram lajes mistas, com vigas pi e isopor, evidenciando a capacidade de integrao com outros sistemas.A questo do resduo foi surpreendente. At a chegada ao telhado (estrutura metlica) a obra somente usou madeira na marcao das paredes e na confeco da laje. Neste perodo foram retiradas da obra somente duas caambas de entulho, para 260 metros quadrados de rea construda.

    REFERNCIAS ARQUITETNICAS

    As paredes internas so feitas de sistema SmartWall exclusiva da empresa, que j incorpora servios eltricos. A construo desta forma significa que no h necessidade de acesso externo e reduz a quantidade de trabalho que temos a fazer na altura, tornando-o muito mais seguro, explica o lder do projeto de Laing ORourke, John Fuller. A torre foi construda em uma mdia de 8 a 8,5 dias por andar.

    Figura 49. Perspectiva do bloco de apartamentos Fonte: http://www.bdreside.co.uk/the-developments/william-street-quarter/

    Figura 50. Perspectiva do bloco de apartamentos baixo Fonte: http://www.bdreside.co.uk/the-developments/william-street-quarter/

    Figura 51. Foto do bloco de apartamentos Fonte: http://www.construction-manager.co.uk/on-site/housing-quarter-masters-barking-scheme/

    Figura 52. Corte humanizado das unidades habitacionais Fonte: http://www.buildoffsite.com/pdf/Events/2013/SalfordConference/Presentation5_DeliveringNewHomes_BDye&AShepherd.pdf

    Figura 53. Foto dos painis intalados e com armadura passada Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco

    Figura 54. Foto dos painis recebendo instalao eltrica Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco

    Figura 55. Foto da montagem dos painis no segundo pavimento Fonte: SCOM Consultoria, Projetos e Construes; Desempenho trmico e acstico de parede mista moldada em loco

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    Como j foi mencionado anteriormente, a idia inicial era produzir um prottipo utilizando a construo volumtrica do MMC. Seguindo essa linha de pensamento, as primeiras tentativas de conceber o projeto tinham dimenses bastante restritas para se adequarem aos meios de transporte existentes, como por exemplo, caminhes que transportam containers.Os primeiros desenhos dividiam a habitao no meio com os mdulos volumtricos no sentido longitudinal. Porm observou-se que os ambientes ficavam limitados, tanto em suas dimenses quanto sua distribuio. Por isso os desenhos subsequentes distribuiram os mdulos volumtricos no sentido transversal.Aps observar uma forte tendncia pela utilizao de sistemas em painis ou sistemas hbridos, principalmente no mbito da HIS, impulsionada pela maior versatilidade do sistema, o processo projetual se tornou mais livre com mais possibilidades de estudos de plantas.Alm da mudana de tipologia construtiva, decidi fazer uma mudana na tipologia arquitetnica, de uma habitao trrea para uma uma de dois pavimentos. Essa deciso foi embasada nos estudos de exemplos de HIS na inglaterra, onde, pela menor disponibilidade de espao, a grande maioria das casas so de

    CONCEPO DO PROJETO

    Figura 56. Croqui 01 - Planta Volumtrica dividida em dois mdulos no sentido longitudinal

    Figura 57. Croqui 02 - Planta Volumtrica dividida em 3 mdulos no sentido transv