proteção de circuitos

68
Módulo 1 S Proteção das Instalações elétricas de BT contra os efeitos das sobrecargas através dos Disjuntores e Fusíveis Seminários Técnicos 2003 Engenheiros e Projetistas s

Upload: engleoalves

Post on 24-Nov-2015

60 views

Category:

Documents


17 download

TRANSCRIPT

  • Mdulo 1 SProteo das Instalaes eltricasde BT contra os efeitos dassobrecargas atravs dosDisjuntores e Fusveis

    Seminrios Tcnicos 2003Engenheiros e Projetistas

    s

    Produtos e Sistemas Industriais,

    Prediais e Automao Siemens

    Central de Atendimento Siemens

    Tel. 0800-119484

    e-mail: [email protected]

    www.siemens.com.br

    Siemens Ltda. As informaes aqui contidas correspondem ao estado atualtcnico, e esto sujeitas a alteraes sem aviso prvio.

    Produzido em mai/03IND2-3/2124-CA

    FbricaSo Paulo:Rua Cel. Bento Bicudo, 111Lapa 05069-900Tel. (55 11) 3833-4511Fax (55 11) 3833-4655

    VendasBelo Horizonte:Tel. (55 31) 3289-4400Fax (55 31) 3289-4444

    Braslia:Tel. (55 61) 348-7600Fax (55 61) 348-7639

    Campinas:Tel. (55 19) 3754-6100Fax (55 19) 3754-6111

    Curitiba:Tel. (55 41) 360-1171Fax (55 41) 360-1170

    Fortaleza:Tel. (55 85) 261-7855Fax (55 85) 244-1650

    Porto Alegre:Tel. (55 51) 3358-1818Fax (55 51) 3358-1714

    Recife:Tel. (55 81) 3461-6200Fax (55 81) 3461-6276

    Rio de Janeiro:Tel. (55 21) 2583-3379Fax (55 21) 2583-3474

    Salvador:Tel. (55 71) 340-1421Fax (55 71) 340-1433

    So Paulo:Tel. (55 11) 3817-3000Fax (55 11) 3817-3071

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    1

    ndice Pgina 1. Introduo 2. Clculo das Correntes de Curto-Circuito na Baixa Tenso 2.1 Reatores Limitadores da Corrente de Curto-Circuito e Fusveis de Back-up 05

    2.2 Efeitos das Correntes de Curto-Circuito 06

    2.3 Correntes Subtransitria, Transitria e Estacionria 08

    2.4 Grfico de uma Corrente de Curto-Circuito na Baixa Tenso 10

    3. Mtodo aproximado para Clculo das Correntes de Curto-Circuito nos Circuitos em Baixa Tenso - Derivados de Redes de Distribuio 3.1 A Alimentao por rede de Mdia Tenso 11

    3.2 Os Geradores 11

    3.3 Os Motores de Induo 12

    3.4 Transformadores de dois Enrolamentos 12

    3.5 Transformadores com trs Enrolamentos 13

    3.6 Condutores. 14

    3.7 Dispositivos de Manobra e Proteo 14

    3.8 Desenvolvimento do Clculo 14

    3.9 Metodologia de Clculo 15

    3.10 Tabela das Resistncias dos Condutores 16

    3.11 Tabela das Reatncias dos Cabos e Condutores 17

    3.12 Barramentos 17

    3.13 Ampacidade dos Barramentos 18

    4. Mtodo Prtico do Clculo das Correntes de Curto-Circuito 4.1 Curto Circuito Trifsico Alimentado por uma nica fonte em ponto distante do Gerador 20

    4.2 Curto Circuito Monofsico para terra em Ponto Remoto de Alimentador com

    uma s fonte 22

    4.3 Contribuio de Motores para a Corrente de Curto-Circuito 23

    4.4 Nomogramas para Determinao os Valores das Resistncias e Indutncias e das

    Correntes de Curto-Circuito para Clculos de Curtos-Circuitos 25

    4.5 Exemplo para Redes em 220 V 26

    4.6 Exemplo para Redes em 380V 28

    4.7 Exemplo para Redes em 480V 30

    4.8 Formulrio para Clculo das Correntes de Curto-Circuito nas Redes de

    BT pela DIN VDE 0102 32

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    2

    5. Estudo de Caso: Aplicao Industrial Mtodo Simplificado 5.1 Determinao a Impedncia do Gerador Equivalente Rede de Mdia Tenso 35

    5.2 Reatncia do Transformador 36

    5.3 Impedncia dos Cabos 36

    5.4 Reatncias de Condutores 37

    5.5 Reatncias dos Motores 37

    5.6 Diagrama de Impedncias, Levando em Conta as Reatncias das

    Mquinas e do Transformador e as Reatncias e Resistncias dos Cabos 38

    5.7 Clculo das Correntes de Curto-Circuito 38

    5.8 Corrente Total a ser Interrompida pelo DPCC 38

    6. Proteo com Disjuntores 6.1 Proteo Contra Curtos Circuitos com Disjuntores 42

    6.2 Geradores de Potncia Reduzida 42

    6.3 Capacitores 42

    6.4 Transformadores 43

    6.5 Transformadores BT/BT 43

    6.6 Proteo de Linhas com minidisjuntores 44

    6.7 Capacidade de Interrupo 44

    7. Proteo com Fusveis 7.1 Proteo de Condutores (Cabos) 46

    7.2 Proteo de Transformadores 47

    7.3 Proteo de Capacitores 48

    7.4 Proteo de Semi-Condutores 48

    8. Coordenao entre DPCC 8.1 Exemplo de Circuito Radial.(Coordenao entre Fusveis) 50

    8.2 Coordenao entre Disjuntores 52

    9. Comparao entre Propriedades Protetoras de Disjuntores e Fusveis 9.1 Anexos 54

    9.2 Literatura Bsica 54

    9.3 Acrnimos 54

    9.4 Definies Aplicveis aos Dispositivos de Proteo: Disjuntores e Fusveis 55

    9.5 Disjuntores 55

    9.6 Fusveis 60

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    3

    1. Introduo

    Para especificar corretamente os dispositivos de manobra e proteo das instalaes eltricas, bem como

    os condutores e equipamentos, necessrio conhecer a sobrecorrente de curto-circuito que poder ocorrer

    nessa instalao.

    Alguns componentes das instalaes eltricas so destinados a interromper a corrente de curto circuito,

    enquanto outros devem suportar os seus efeitos sem serem danificados.

    As prescries definidas se destinam s instalaes em baixa tenso que so alimentadas pelas redes

    publicas ou privadas. Redes pblicas so aquelas que fornecem energia aos consumidores em geral, no

    importando se o fornecedor empresa pblica ou privada. Rede privada a usual para atender instalaes

    industriais ou comerciais de grande parte.

    Clculos suficientemente precisos para especificao dos equipamentos so feitos admitindo que essa rede

    de mdia tenso tem impedncia nula (isto , qualquer que seja a corrente de curto circuito na baixa tenso,

    a tenso da rede se mantm constante). Para esses clculos ser suficiente conhecer os dados do

    transformador: potncia aparente, tenses nominais e impedncia percentual de curto-circuito. Para os

    projetos de instalaes em baixa tenso, o clculo pode ser empregado porque o pequeno desvio estar a

    favor da segurana.

    Se o projeto necessitar a especificao e dimensionamento da entrada em mdia tenso com os

    componentes de proteo, barramentos e acessrios ser necessrio o conhecimento dos parmetros da

    rede de mdia tenso: potncia de curto-circuito no ponto de entrega da instalao, tenso nominal e

    relao R/X.

    Como exemplo desenvolvido um pequeno projeto de instalao industrial com o roteiro de clculo e a

    maneira de especificar os componentes.

    So apresentadas as principais caractersticas dos Dispositivos de Proteo contra curto-circuito:

    disjuntores ou fusveis (DPCC)*; os disjuntores e os fusveis so dados as principais definies, as

    aplicaes mais encontradas no dia-a-dia do projetista e as regras bsicas da coordenao entre os DPCC.

    * Os acrnimos so dados por extenso na primeira vez que aparecem no texto. Em anexo so apresentados

    todos eles em ordem alfabtica.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    4

    2. Clculo das Correntes de Curto-Circuito na Baixa Tenso

    essencial o clculo das correntes de curto circuito, porque o responsvel tcnico deve demonstrar que

    levou em conta essas correntes para cumprir o especificado pela NBR-5410:1997, item 1.3.3.2.

    1.3.3.2 Proteo contra correntes de curto-circuito

    Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que interrompam a corrente nesse circuito quando pelo

    menos um de seus condutores for percorrido por uma corrente de curto-circuito, devendo a interrupo

    ocorrer num tempo suficientemente curto para evitar a deteriorao dos condutores.

    5.3.1 Regra geral

    Os condutores vivos devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de seccionamento automtico contra

    sobrecargas (ver 5.3.3) e contra curtos-circuitos (ver 5.3.4), exceto quando as sobrecorrentes forem

    limitadas de acordo com 5.3.6. Alm disso, a proteo contra sobrecargas e a proteo contra curtos-

    circuitos devem ser coordenadas de acordo com 5.3.5.

    NOTAS:

    1- Os condutores vivos protegidos contra sobrecargas, de acordo com 5.3.3, so considerados igualmente

    protegidos contra qualquer falta capaz de produzir sobrecorrentes na faixa das correntes de sobrecarga.

    2- Para as condies de aplicao, ver 5.7.4.

    3- A proteo dos condutores realizada de acordo com esta seo no garante necessariamente a proteo

    dos equipamentos

    ligados a esses condutores.

    Dizemos que h um curto-circuito quando h uma falha na isolao (slida, lquida, gasosa) e o circuito

    percorrido pela corrente que sai da fonte vai at o ponto de falha e retorna fonte mais curto que o

    circuito original (fonte carga - fonte).

    O curto-circuito pode ser slido [bolted]* quando o contato entre os condutores firme e permanente e a

    corrente assim obtida a maior corrente possvel para o circuito com defeito naquele ponto. Uma situao

    prxima a essas ocorre nos circuitos em baixa tenso quando algum esquece uma ferramenta sobre os

    barramentos de fases diferentes e o circuito religado aps a manuteno.

    [ ]* indicamos entre colchetes a terminologia em ingls

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    5

    Este tipo de curto ocorre geralmente nas mdias e altas tenses quando os condutores foram interligados

    (para proteo dos operadores) e energizado inadvertidamente. Essa interligao pode ser feita por um

    conjunto de cabos, conectores e uma haste de aterramento ou por chaves de terra (ou tambm

    denominadas de aterramento) que ligam terra os terminais de entrada de uma chave seccionadora. O

    primeiro exemplo ocorre nas linhas de distribuio e o segundo nas seccionadoras de entrada das

    subestaes; em ambos os casos a inteno proteger os trabalhadores das linhas ou das subestaes

    contra ligaes indesejadas das fontes que alimentam os circuitos.

    Alm do curto-circuito slido pode haver o curto-circuito por arco eltrico: havendo uma falha da isolao a

    tenso entre condutores das fases ou entre esses e a terra estabelece um arco que funciona como um

    condutor gasoso, que diminui o valor da corrente de curto-circuito.

    Pode haver tambm a perfurao da isolao por uma sobretenso (de origem atmosfrica ou por

    manobras no prprio circuito) o que pode criar caminho para estabelecer a corrente de curto-circuito.

    A intensidade dessa corrente pode ser muito alta como nos curtos-circuitos slidos ou muito baixa como nos

    curtos circuitos para terra pela queda de um condutor na terra em local de resistividade alta.

    2.1 Reatores limitadores da corrente de curto-circuito e fusveis de back-up

    Quando a corrente de curto-circuito muito alta e h vantagem em reduzi-la para diminuir os custos dos

    disjuntores de alta capacidade de interrupo possvel intercalar, em serie com a fonte, uma reatncia que

    limite a corrente a um valor inferior ao da corrente nominal de interrupo do disjuntor disponvel ou

    economicamente vivel. Estes reatores so geralmente de ncleo de ar e so reforados com resina epoxy

    ou poliester, para suportar os efeitos mecnicos da corrente de curto-circuito. A indutncia ser includa no

    circuito junto da fonte e a resistncia ser desprezada.

    Outra soluo mais econmica o emprego de fusveis limitadores de alta capacidade (fusveis de back-up)

    interrompendo a corrente em um valor adequado para a capacidade do disjuntor. O inconveniente do ponto

    de vista da continuidade da operao que ambos os protetores atuaro: o fusvel atuar antes, mas a It

    que ele deixa passar far o disjuntor desligar tambm.

    possvel ainda usar um disjuntor de menor corrente de interrupo a jusante, dimensionado para operar

    simultaneamente como o disjuntor principal de maior capacidade. Aqui tambm ser perdida a continuidade

    de operao j que as outras cargas tambm sero desligadas.

    A partir das correntes de curto circuito sero escolhidos os DPCC (fusveis ou disjuntores) e ser feita a

    seletividade e a coordenao entre eles.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    6

    A seletividade ou discriminao a propriedade atravs da qual podemos escolher qual entre dois DPCCs

    deve atuar primeiro e a coordenao a escolha de todos os DPCCs de um circuito de modo que, em caso

    de uma falta, seja desligada a menor parte possvel do circuito.

    2.2 Efeitos das correntes de curto-circuito Efeitos mecnicos: uma corrente passando entre dois condutores em paralelo provoca o aparecimento de uma fora proporcional ao quadrado da corrente e inversamente proporcional distncia, entre os

    condutores:

    d/kxiF 2=

    No caso genrico de correntes desiguais (i1 e i2) dados em kA, considerando a distncia ( em cm) entre os

    suportes dos barramentos e a distncia (a, em cm) entre os centros das duas barras, a fora F em N ser

    calculada por:

    ai*i2,0F 2

    l= N

    Se for a mesma corrente (i) que passa pelos dois condutores, o clculo de F ser feito por:

    a

    i2,0F 2 l=

    A fora F ser de atrao ou repulso conforme a corrente passa pelas barras no mesmo sentido, ou em

    sentido contrrio e tende a deformar as barras como indicado a seguir: [1]

    F

    F

    I

    I1 I2

    a i

    F

    F

    I

    I1

    I2

    a i

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    7

    Se forem vrias barras em paralelo por fase

    s

    22p

    a.

    ni

    2,0F l

    =

    Onde:

    F fora em N

    ip2 corrente de cc (2 polos) em kA

    n nmero de barras em paralelo/ fase

    as distncia efetiva entre as fases do barramento

    Nota: A fora entre os condutores tem o dobro da freqncia da corrente (120Hz) no caso dos sistemas em

    60Hz e ser mxima no primeiro ou segundo meio-ciclo do curto-circuito.

    Efeitos trmicos: aumentando o valor eficaz da corrente, aumenta o aquecimento dos condutores que podem destruir a isolao. O efeito trmico depende do quadrado da corrente e da durao (I2t).

    F 120 Hz

    I = 60Hz

    F, i

    t

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    8

    2.3 Correntes subtransitria, transitria e estacionria No caso tpico de um curto-circuito prximo a um gerador temos uma corrente que vai decrescer a partir de um instante inicial (corrente subtransitria) passa por um valor intermedirio (corrente transitria) e

    chega ao valor final (corrente estacionria), como exemplificado a seguir:

    Onde:

    ia componente alternada

    Ic componente contnua

    i corrente total de curto-circuito

    Dependendo do instante da onda de tenso em que ocorre o curto-circuito pode haver uma componente

    unidirecional amortecida exponencialmente e denominada componente contnua. O valor mximo terico

    inicial da componente contnua o valor de crista do valor estacionrio.

    Quando h a componente contnua a corrente de curto-circuito assimtrica em relao ao eixo dos

    tempos. Para haver mxima assimetria (ou seja, para haver o valor mximo da componente contnua)

    preciso que o curto circuito se d no instante em que a tenso do circuito passe pelo zero. Quando o curto-

    circuito ocorre no instante em que a tenso passa pelo valor de crista no haver a componente contnua e

    a corrente de curto-circuito ser simtrica.

    Em qualquer desses casos o valor da corrente ser decrescente pela variao da reatncia da mquina que

    passar de um valor inicial muito baixo a um valor final constante. Para efeito de clculo so considerados

    trs valores para as maquinas rotativas:

    xd - reatncia sub-transitria que determina o valor inicial no primeiro ciclo da corrente de curto circuito, a

    denominada corrente subtransitria.

    x`d - reatncia transitria que determina o valor caracterstico seguinte (no perodo de 0,5s a 0,2s), a

    corrente transitria.

    xd - reatncia sncrona constante que determina o valor final da corrente de curto-circuito.

    Momento da falha

    ia = sen (t + ) ic = sen eRL- tic = sen eRL- t

    i = ia + ic

    t

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    9

    Os valores das reatncias das mquinas rotativas so dados nominais e so fornecidos pelo fabricante em

    valor percentual adotando como base os valores nominais de potncia e tenso da prpria mquina. No

    caso dos motores de induo a queda da corrente quando ele passa a funcionar como gerador muito

    rpida e s se considera o valor Xd.

    O aquecimento dos condutores (cabos ou partes condutoras dos equipamentos) se calcula pelo valor eficaz

    decrescente da corrente de curto-circuito.

    Todos componentes de um circuito ficam sujeitos aos efeitos dos curtos-circuitos e so ensaiados para

    verificar sua suportabilidade.

    Essa verificao pode ser simultnea (de preferncia, pelas normas IEC e ABNT de clusulas comuns) ou

    em ensaios separados. simultnea quando o laboratrio consegue montar um circuito e provocar o curto-

    circuito de modo que se consegue o valor de crista inicial especificado (que produz o efeito mecnico) e o

    valor eficaz mdio (que produz o efeito trmico) durante o tempo especificado (geralmente 1s).

    Consideram algumas normas (como a ANSI C37. 20c.1974) ainda a possibilidade de vibrao dos

    barramentos que podem entrar em ressonncia e por isso a corrente no ensaio de barramentos mantida

    por um intervalo de tempo julgado suficiente (10 ciclos) para verificar essa condio.

    Para o efeito trmico pode-se jogar com os valores de corrente e tempo considerando vlida a equao

    I2t = constante

    no intervalo entre 0,5s e 5s.

    Nas baixas tenses possvel contar com DPCCs limitadores: fusveis e disjuntores

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    10

    2.4 Grfico de uma Corrente de Curto-Circuito na Baixa Tenso

    Nos curtos circuitos nas redes de distribuio o andamento da corrente tem a forma indicada acima.

    Nos circuitos em baixa tenso o clculo das correntes pode ser simplificado como veremos a seguir. Para

    os circuitos em alta tenso, prximos s estaes geradoras o clculo deve ser feito pelas componentes

    simtricas como descrito na literatura [2] [3]**

    ** as referncias bibliogrficas so indicadas por um nmero entre colchetes e esto listadas no fim do

    texto.

    a) A falta se d no instante em que a tenso est passando pelo mximo e por isso no h componente contnua

    b) A falta se d quando a tenso est passando pelo zero e a componente contnua tem o seu valor mximo.

    O valor de componente alternada praticamente constante porque as impedncias XG e XG do gerador so muito pequenas em relao impedncia das linhas e transformadores desde a gerao at o ponto de curto.

    assimtrico

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    11

    3. Mtodo aproximado para clculo das correntes de curto circuito nos circuitos em baixa tenso derivados de redes de distribuio.

    Para realizar os clculos os componentes dos diagramas unifilares so substitudos por seus circuitos

    eltricos equivalentes. Assim um circuito pode ser formado por impedncias equivalentes (diagramas de

    impedncias) ou por reatncias equivalentes (diagrama de reatncias). O diagrama de reatncias obtido

    do diagrama de impedncias quando so desprezadas as resistncias em face das reatncias, o que pode

    ser feito na maioria dos clculos das correntes de curto-circuito, com exceo de circuitos em baixa tenso

    com condutores longos, nos quais as resistncias dos condutores podem ser da mesma ordem ou mesmo

    maiores que as reatncias.

    3.1 A alimentao por rede de mdia tenso

    A rede da mdia tenso tem uma corrente de curto circuito no ponto de entrega da instalao fornecida pela

    concessionria, a qual geralmente fornece a potncia de curto-circuito (Pcc) em MVA. Alm desse valor

    pode fornecer tambm a relao X/R. Se este valor no for fornecido pode ser adotado o valor caracterstico

    X/R = 15 [1]. A rede de mdia tenso pode ser substituda por um gerador equivalente com a tenso do

    secundrio do transformador (em vazio) que a ela estiver ligado e com a impedncia calculada a partir da

    PCC e da tenso do secundrio.

    3.2 Os geradores

    Estas mquinas apresentam uma reatncia varivel caracterizada por trs valores:

    xd, xd e xd

    As resistncias so muito pequenas em relao s reatncias e por isso so normalmente desprezadas.

    Para levar em conta as resistncias, os seus valores no regime subtransitrio podem ser avaliados por: [1]

    RG = 0,05 xd, quando UNG > 1 kV e SNG 100MVA

    RG = 0,07 xd, quando UNG > 1 kV e SNG < 100 MVA

    RG = 0,15 xd, quando UNG < 1 kV

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    12

    3.3 Os motores de induo Para essas mquinas a impedncia pode ser calculada por:

    NM

    NM

    NM

    anan

    NMM

    MMM

    SUx

    II1

    I3UZ

    jXRZ

    ==

    +=

    onde:

    UNM tenso nominal

    Ian corrente de rotor bloqueado

    INM corrente nominal

    SNM potncia aparente nominal

    XM reatncia

    Para os motores de baixa tenso, podemos considerar os seguintes valores prticos:

    XM/RM = 0,30, XM = 0,958 ZM e Ian/INM = 5 [1]

    O sub-ndice M para indicar que se trata de motor.

    Observao: Nas mquinas rotativas so dados de placa que interessam nos clculos: a Tenso Nominal, a

    Potncia Nominal e os valores percentuais das Reatncias ou Impedncias Nominais tendo como base os

    valores nominais de Potncia e Tenso.

    3.4 Transformadores de dois enrolamentos No transformador so fornecidas pelo fabricante as seguintes caractersticas nominais que interessam para

    os clculos de curto-circuito.

    Potncia Aparente Nominal SN

    Tenso Nominal UN

    Impedncia Nominal (%) ZN tambm conhecida como tenso de curto-circuito.

    s vezes so dadas tambm as perdas no cobre Pcu determinadas em ensaio, que serviro para determinar

    o valor da componente resistiva da impedncia.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    13

    Valem as relaes

    Z = R + jX

    22

    N

    2N XR

    SU.

    100ZZ +==

    ZNXN

    Como R

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    14

    3.6 Condutores

    A resistncia dos condutores calculada por:

    ou kS

    R l=

    Onde:

    Resistividade

    k Condutividade

    comprimento do condutor

    S seo reta

    A indutncia pode ser desprezada para os condutores at 35mm2 e a partir da pode ser obtida em tabelas

    [1].

    3.7 Dispositivos de manobra e proteo

    Os valores das reatncias (X = 15 m em mdia) [1] para os disjuntores e seccionadores e das

    resistncias (alguns ) podem ser desprezados em face dos valores dos outros componentes dos

    circuitos (cabos, transformadores, motores). Os dispositivos de manobra e proteo aparecem nos

    diagramas unifilares onde importante saber sua posio para o clculo das correntes nesses pontos mas

    no so representados nos diagramas de reatncias por no influrem nos clculos.

    3.8 Desenvolvimento do clculo

    Montando um circuito com todos os componentes representados por suas impedncias podemos montar

    uma tabela aonde vo sendo representados os valores individuais das resistncias e reatncias e no fim de

    cada trecho podemos calcular a impedncia total at aquele ponto:

    22 XRZt +=

    e a corrente naquele ponto Ik = Vo/Zt onde Vo a tenso fase terra no secundrio do transformador em

    vazio e Zt a impedncia.

    Para visualizar melhor, possvel montar um diagrama das resistncias e outro das reatncias e chegar ao

    diagrama das impedncias atravs do qual sero calculadas as correntes de curto circuito em cada trecho.

    sR l=

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    15

    3.9 Metodologia de clculo

    O clculo pode ser feito em valores percentuais (ou por unidade) a partir dos dados de placa dos

    equipamentos ou pelos valores reais obtidos a partir dos dados de placa.

    Trabalhando com valores por unidade (p.u.): [2] [3]

    Vantagens

    Trabalhamos com nmeros menores

    Os valores para mquinas semelhantes so muito prximos

    Os valores em p.u. (ou porcentuais) das mquinas e transformadores so dados de placa

    A corrente em p.u. a mesma para as diferentes partes do circuito.

    Trabalhando com valores reais

    Vantagens

    mais fcil ter uma avaliao dos valores reais

    Os equipamentos de interrupo e proteo tm seus dados de placa em valores reais.

    Observaes:

    Os curtos circuitos trifsicos causam em geral as maiores correntes que devero ser interrompidas

    pelos Dispositivos de Proteo contra Curtos-Circuitos DPCC*.

    Os curtos circuitos fase-fase tm um valor de corrente de 87% da corrente de um curto trifsico.

    Nos sistemas aterrados solidamente a corrente de curto para terra pode alcanar valores poucos %

    acima da corrente de curto circuito trifsico; isto entretanto, ocorre quando h poucos motores e a

    contribuio do sistema primrio pequena.

    O clculo da corrente trifsica de curto circuito feito pela corrente de fase do circuito monofsico

    equivalente.

    Escolha dos valores de base para trabalhar com valores p.u.

    A potncia de base (kVAb): potncia aparente em kVA da maior fonte (mquina ou transformador)

    A tenso de base Vb: tenso fase-fase do lado da baixa do transformador

    A corrente de base: obtida da potncia de base e da tenso de base pela relao

    xVbxkVAIb b

    31000

    =

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    16

    Impedncia de base

    xIb3VbZb =

    Calculados os valores de base deve ser montado o diagrama de impedncia do circuito equivalente.

    Com exceo dos condutores cuja resistncia nas baixas tenses pode ter valor no desprezvel, a maioria

    dos equipamentos pode ser representada somente por sua reatncia e o diagrama a ser considerado pode

    ser o das reatncias. Os parmetros dos condutores podem ser calculados ou obtidos em tabelas [1].

    Os acrnimos, so apresentados por extenso, na primeira vez e em ordem alfabtica nos Anexos

    3.10 Resistncias dos condutores Tabela 3.1[1]

    Cobre Alumnio Seo Resistncia por condutor Seo Resistncia por condutor

    a 70 C a 80 C

    mm /km mm /km 0,75 29 25 1,495

    1 21,7 35 1,092

    1,5 14,47 50 0,8

    2,5 8,71 70 0,554

    4 5,45 95 0,401

    6 3,62 120 0,318

    10 2,16 150 0,26

    16 1,36 185 0,209

    25 0,863 240 0,161

    35 0,627 300 0,131

    50 0,463

    70 0,321

    95 0,232 120 0,184

    150 0,15

    185 0,1202

    240 0,0922

    300 0,0745

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    17

    A reatncia pode ser obtida de grficos ou, ou tabelas.

    3.11 Tabela de Reatncias dos Cabos e Condutores Tabela 3.2 [1]

    Cabo para 0,6 / 1 kV Seo NKBA, por condutor NKLEY, NYY, NYCY, NYCWY

    com 4 com 3 com 3

    XL XL XL

    mm /km mm /km 1,5 0,138

    2,5 0,132

    4 0,128

    6 0,121

    10 0,114

    16 0,118 0,108

    25 0,112 0,105

    35 0,11 0,102

    50 0,108 0,085 0,102

    70 0,104 0,082 0,098

    95 0,103 0,081 0,098

    120 0,102 0,08 0,096

    150 0,103 0,081 0,096

    185 0,102 0,08 0,096

    240 0,1 0,79 0,096

    300 0,1 0,096

    3.12 Barramentos

    Se houver um barramento, a escolha feita por tabelas com dimenses em mm.

    Essas tabelas do a capacidade de conduo de corrente para vrias configuraes de barramentos em

    paralelo.

    Nota: - Para barramentos curtos pode-se desprezar a reatncia e calcular a resistncia pela frmula geral

    dos condutores.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    18

    3.13 Ampacidade dos Barramentos Tabela 3.3

    Temperatura ambiente 35C Temperatura do barramento 65 Corrente mxima at 60Hz

    Largura X Espessura

    Seo Peso Sem pintura Nmero de barras por fase

    Com pintura, de preferncia preto fosco Nmero de barras por fase

    Bsicas Sob encomenda mm2 kg/m

    Material

    I II III I II III - - 15x3

    12x2 15x2 -

    23,5 29,5 44,5

    0,209 0,262 0,396

    108 128 162

    182 212 282

    - - -

    123 148 187

    202 240 316

    - - -

    - 20x3 20x5 -

    20x2 - - 20x10

    39,5 59,5 99,1 199

    0,351 0,529 0,822 1,77

    162 204 274 427

    264 348 500 825

    - - - -

    189 237 319 497

    302 394 560 924

    - - - -

    - - -

    25x3 25x5 25x10

    74,5 124 249

    0,663 1,11 2,22

    245 327 -

    412 586 1200

    - - -

    287 384 -

    470 662 1320

    - - -

    30x5 30x10

    - -

    156 299

    1,35 2,66

    379 573

    672 1060

    896 1480

    447 676

    760 1200

    944 1670

    40x5 40x10

    - -

    195 399

    1,77 3,55

    482 715

    836 1290

    1090 1770

    573 850

    952 1470

    1140 2000

    - 50x10

    50x5 -

    249 499

    2,22 4,44

    583 852

    994 1510

    1260 2040

    697 1020

    1140 1720

    1330 2320

    60x5 60x10

    - -

    299 599

    2,66 5,33

    688 985

    1150 1720

    1440 2300

    826 1180

    1330 1960

    1510 2810

    80x5 80x10

    - -

    399 799

    3,55 7,11

    885 1240

    1450 2110

    1750 2790

    1070 1500

    1680 2410

    1830 3170

    100x5 100x10

    - -

    499 999

    4,44 8,89

    1080 1490

    1730 2480

    2050 3260

    1300 1810

    2010 2850

    2150 3720

    120x10 160x10 -

    - - 200x10

    1200 1800 2000

    10,7 14,2 17,8

    E-CU F30

    1740 2220 2690

    2860 3590 4310

    3740 4680 5610

    2110 2700 3290

    3280 4130 4970

    4270 5360 6430

    Notas: 1.Nas execues de barramentos com duas ou mais barras por fase, a distncia entre elas dada pela prpria espessura da barra.

    2. A pintura como recurso de aumentar a ampacidade no aceita por algumas normas. Verificar em cada aplicao.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    19

    4. Mtodo prtico de clculo das correntes de curto circuito

    Em uma rede trifsica, podem ocorrer curtos-circuitos resultantes entre trs fases, duas fases ou entre uma

    fase e o Neutro ou o PE.

    A maiores correntes so causadas por curtos-circuitos trifsicos ou monofsicos diretamente nos terminais

    do lado da baixa tenso do transformador (e este for a nica fonte de corrente para o curto-circuito).

    Curto-circuito em terminais de transformadores Curto-circuito ao longo dos condutores Tipo de curto-

    circuito Corrente de curto-circuito Relao

    Corrente de curto-circuito Relao

    Trifsico

    Z.3UI 3k = 1I

    I3k

    3k =

    Z.3UI 3k = 1I

    I3k

    3k =

    Bifsico

    Erro! Vnculo no vlido.

    87,0II

    3k

    2k =

    Erro! Vnculo no vlido.

    87,0II

    3k

    2k =

    Monofsico

    Z.3UI 1k = 1I

    I3k

    1k =

    )ZZ.(3UI

    N1k +

    =

    5,0II

    3k

    1k

    Z

    ZZ

    Z

    ZZ

    Z

    ZZ

    Z

    Z

    Z

    Z

    ZZ

    ZZ

    ZZZ

    Z

    ZZZZ

    ZZNZ

    ZN

    FXLRLXTRTXQ1RQ1 Q

    3cUnT ~

    Ik"

    FXLRLXTRTXQ1RQ1 Q

    3cUnT ~

    Ik"

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    20

    Simbologia:

    Q ponto de conexo rede

    SkQ Potncia inicial simtrica de curto-circuito no ponto de conexo rede vr relao nominal de tenses na derivao principal

    F ponto de falta

    RQt resistncia equivalente do alimentador

    RT resistncia equivalente do transformador

    RL resistncia equivalente dos condutores

    XQt reatncia equivalente do alimentador

    XT reatncia equivalente do transformador

    XL reatncia equivalente dos condutores

    Exemplo para clculo da corrente subtransitria inicial de curto-circuito para uma nica fonte de

    alimentao e curto-circuito remoto em relao ao gerador.

    4.1 Curto-circuito trifsico alimentado por uma nica fonte em ponto distante do gerador

    Corrente inicial de curto-circuito Ik

    Da figura 4.1,

    22

    "

    3

    .3.

    kk

    nT

    k

    nTk

    XR

    UcZ

    UcI+

    ==

    (Eq. 4.1)

    c fator para determinao da tenso equivalente

    UnT: Tenso nominal do enrolamento da baixa tenso do transformador.

    Para clculo da maior corrente de curto-circuito, usar

    cmx. = 1,0 para 220/380V (ou 230/400V ) ou 1,05 para outras tenses

    Rk = RQ t + RT + RL; a soma das resistncias por condutor, da fig. 4.1 na temperatura de 20C do condutor

    Xk = XQt + XT + XL; a soma das reatncias serie por condutor, da fig. 4.1

    Corrente de pico de curto-circuito ip

    "kp I2.i =

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    21

    O fator X obtido pela fig. 4.2 entrando com o valor R/X = Rk / Xk na abcissa, ou calculado

    numericamente pela equao:

    XR3

    e.98,002,1

    +=

    Fig. 4.2: Fator X em funo da relao R/X

    Corrente de curto-circuito bifsico em ponto remoto em circuito alimentado por uma nica fonte

    Corrente c.a. inicial de curto-circuito

    "k

    "2k I2

    3I =

    "kI determinado pela equao 4.1 usando os valores:

    para clculo da maior corrente de curto-circuito, usar

    cmx. = 1 para 220/380 V, ou alternativamente 1,05 para outras tenses

    RL para o condutor na temperatura 20 C

    Para clculo da menor corrente de curto-circuito, usar:

    cmin. = 0,95 para 220/380 V ou alternativamente 1,0 para outra tenses.

    RL do condutor na temperatura de 80 C

    0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

    0 0.196 0.37 0.5 0.63 0.7 0.77

    2.0

    1.8

    1.6

    1.4

    1.2

    1.0

    0.1904

    1.57

    x

    R/X

    Cos

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    22

    Corrente de pico de curto-circuito:

    "

    2k2p I2i =

    O fator pode ser obtido da figura 4.2 ou calculado numericamente. Pode ser assumida a relao R/X aplicvel a um curto-circuito trifsico ( 0,20).

    2L0T0LTQt

    2L0T0LT1Q

    nT1k

    )XXX2X2X2()RRR2R2R2(U.c.3"I

    +++++++++= Eq. 4.2

    4.2 Curto-circuito monofsico para terra em ponto remoto de alimentador com uma s fonte

    Para transformadores dos grupos vetoriais Dy, Dz, Yy, e Yz, nos quais o centro da estrela aterrado

    somente no lado da baixa tenso, aplica-se a equao 4.2. Assim: "1kI corrente inicial de curto-circuito de uma falta monofsica

    c fator para determinar a tenso de alimentao do circuito

    UnT tenso nominal no lado da baixa do transformador (ex. 380 V)

    R0T resistncia de seqncia zero do transformador

    R0L resistncia de seqncia zero dos condutores

    X0T reatncia de seqncia zero do transformador

    Para calcular os valores mais altos e mais baixo da corrente de curto-circuito, usar os valores de c e de RL com o mesmo critrio do caso anterior.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    23

    4.3 Contribuio de motores para a corrente de curto-circuito

    A DIN VDE 0102 recomenda o clculo da contribuio dos motores no clculo dos curtos-circuitos. Os

    motores sncronos e capacitores so considerados como geradores.

    Na baixa tenso eles podem ser desprezados se a soma das correntes nominais do grupo de motores Im for

    menor que 1% da corrente trifsica de curto-circuito ou seja se

    knM"I.01,0I <

    Tambm no precisa ser levada em conta a corrente de motores se eles no esto ligados, em termos de

    diagrama do circuito (intertravamentos), ou devido sua funo no processo (acionamento reverso).

    O clculo da maior corrente de curto-circuito produzida por motores assncronos quando h um curto-

    circuito nos seus terminais feito por meio das seguintes equaes:

    Corrente inicial de curto-circuito:

    M

    nT"M3k X3

    UI =

    Corrente de pico de curto-circuito: "

    M3kMpM I2.i =

    UnT Tenso nominal da B.T do transformador

    M

    nT

    nManM X3

    U.I/I

    1X =

    Unt Tenso nominal da BT do transformador

    XM = 1.4 correspondendo a Rm/Xm = 0,3

    (valor assumido) [1]

    UnM = Tenso nominal do motor (ex. 380V)

    Ian = Corrente de rotor bloqueado

    IaM = Corrente nominal do motor

    XM = Reatncia de curto-circuito do motor

    ''kI

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    24

    Quando h vrios motores ligados a um mesmo barramento de baixa tenso, os motores e seus

    alimentadores podem ser combinados e representados pelo circuito equivalente de um nico motor para

    simplificar o clculo.

    Para o circuito equivalente, usar

    XM: pela frmula acima

    InM: a soma das correntes nominais de todos motores individuais do grupo de motores

    Ian/InM = 5

    M = 1.4 correspondendo a RM/XM = 0,3

    (ver fig. 4.2)

    Com esses valores prticos recomendados [1], a influncia dos alimentadores dos motores individuais j

    esto levados em conta.

    Exemplo

    Dado: (sem motores) = 20 kA

    Ik3M (grupo de motores) = 400 A; UnT = 380V

    Valor a ser calculado (com motores)

    Clculo:

    == 109695,0400.3

    380XM

    A2000109695,0.3380I" M3k ==

    Resulta: (com motores) = 22 kA

    Concluso: A contribuio do grupo de motores corrente de curto circuito aumenta em 10% a

    Corrente de curto-circuito

    "3kI

    "3kI

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    25

    4.4 Nomogramas para determinao dos valores das resistncias e indutncias e das correntes de curto-circuito para clculos de curtos-circuitos.

    Assume-se que:

    a rede alimentada somente por transformadores

    a tenso primria do transformador permanece constante (ou o que o mesmo, a impedncia da rede

    nula)

    As reatncias e resistncias (X e R) para os vrias trechos de linhas areas ou de cabos, assim como as

    resistncia RT e XT podem ser obtidas dos nomogramas.

    Tabela 4.1 (na pgina seguinte)

    Tenses de reatncias ux dos transformadores com ukr = 4% e ukr = 6% e vrios valores URr

    uRr em % Ux em % com ukr = 4% Ux em % com ukr = 6% 1

    1,1 1,2 1,3

    3,87 3,85 3,82 3,78

    5,92 5,89 5,88 5,86

    1,4 1,5 1,6 1,7

    3,75 3,71 3,67 3,62

    5,83 5,81 5,78 5,75

    1,8 1,9 2,0 2,1

    3,57 3,52 3,46 3,40

    5,72 5,69 5,66 5,62

    2,2 2,3 2,4 2,5

    3,34 3,27 3,20 3,12

    5,58 5,54 5,50 5,45

    A tenso de reatncia (tabela 4.1) calculada por:

    22Rrkrx uuu =

    Um tenso de reatncia do transformador (%)

    Ukr impedncia de curto-circuito do transformador (%)

    Ukr queda de tenso resistiva do transformador (%)

    Os valores para Ukr e Urr so dados pelos catlogos de transformadores.

    Das figuras 4.3 a 4.5, portanto, pode ser determinado o valor eficaz da corrente inicial simtrica de curto

    circuito Ik em funo da soma geomtrica das reatncias e resistncias. Os valores assim determinados

    tm todos um fator de segurana em grau varivel, desde que a corrente de curto-circuito limitada em boa

    parte pelos efeitos das resistncias de contato, laos de corrente e da corrente de deslocamento. Esses

    fatores no so levados em conta pelo uso dos diagramas.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    26

    4.5. Exemplo para redes em 220 V

    Transformador: 1600 kVA

    Cabo: 100m (3x150mm2)

    Linha area: Cobre, comprimento 80 m

    Seo 3 x 120 mm2

    Transformador: Impedncia ukr = 6%

    Queda de tenso resistiva uRr = 1%

    Tenso nominal de operao: 220V (no lado da baixa-tenso)

    Tenso na reatncia: %92,516uuu 222Rr2krx ===

    Onde: R Resistncia em 20C XF Reatncia das linhas areas Xk Reatncia dos cabos RT Resistncia XT Reatncia (no caso de condutores de alumnio, os valores de resistncia tirados do grfico precisam ser multiplicados por 1.7)

    a) Resistncia e reatncia de linhas areas e cabos b) Resistncia e reatncia de transformadores

    Figura 4.3 Nomograma para determinar a corrente de curto-circuito da rede em 220/230V 1)

    5 6 8 102 2 3 4 6 8 103 2 m 3

    16mm

    2

    2

    3

    4

    6

    8101

    2

    3

    4

    6

    8102

    2

    3

    4

    6

    103

    R/X

    3

    4

    6

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    4

    5

    7

    125 200 320 500 800 1000 1600 2000 3200 kVA

    R/X

    m

    SnT

    RTt

    XTt

    XTt

    XTtXTt

    XTt

    XTt

    ukT =10%

    m

    8%

    6%

    5%

    4%

    3%

    25mm

    2

    35mm

    2

    50mm

    2

    70mm

    2

    95mm

    2

    120m

    m2

    150m

    m2

    185m

    m2

    240m

    m2

    t

    RT

    RT

    RTRTXFRTRTRTRTRTRTXk

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    27

    Tabela das resistncias e reatncias 4.2

    Resistncia

    R m

    Reatncia

    X m

    Linha area e cabo da

    figura 4.3a

    Transformador da figura 4.3

    12,0

    12,0

    0,45 * 1,09 1)

    26,0

    7,2

    1,8 * 1,09 1)

    Impedncia total do percurso do

    curto-circuito 24,5 35,2

    1) Para redes de 230V, as impedncias resistiva e reativa mostrados na fig. 4.3 esto deslocadas para cima de aproximadamente 9%.

    A impedncia total do percurso a soma aritmtica das impedncias individuais, resistivas e indutivas,

    respectivamente (tabela 4.2).

    A obteno por leitura do valor corresponde corrente simtrica de curto-circuito.

    Pelo uso dos valores totais da resistncia e reatncia determinadas acima, a corrente de curto-circuito pode

    ser lida na figura 4.3c. A interseo entre as linhas vertical da resistncia e horizontal da reatncia da a

    corrente inicial simtrica de curto-circuito Ik. Se este ponto ficar entre duas curvas, o valor real da corrente

    de curto-circuito simtrica inicial deve ser obtido por interpolao. Assim, a corrente inicial de curto-circuito

    simtrica para os valores determinados de resistncia e de reatncia aproximadamente Ik = 3000A.

    R Resistncia X Reatncia

    Figura 4.3c - Corrente c.a. inicial simtrica de curto-circuito Ik (valor eficaz) em funo da reatncia e da

    resistncia totais do percurso da corrente de curto-circuito.

    6 8 100 2 3 4 6 8 101 2 3 4 6 8 102 m 146

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    2

    6

    8

    102

    1.6X

    m

    R

    1000 A

    1500 A

    2000 A

    2000 A

    3000 A

    4000 A

    5000 A6000 A

    8000 A

    10000 A

    15000 A

    20000 A

    25000 A

    30000 A

    40000 A

    50000 A

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    28

    4.6. Exemplo para redes em 380 V

    Transformador: 1600 kVA

    Cabo: 100m (3x150mm2)

    Linha area: Cobre, comprimento 80 m

    Seo 3 x 120 mm2

    Transformador: Impedncia ukr = 6%

    Queda de tenso resistiva uRr = 1%

    Tenso nominal de operao: 380V

    Tenso na reatncia: %92,516uuu 222Rr2krx ===

    Onde: R Resistncia em 20C XF Reatncia das linhas areas Xk Reatncia dos cabos RT Resistncia XT Reatncia (no caso de condutores de alumnio, os valores de resistncia tirados do grfico precisam ser multiplicados por 1.7)

    a) Resistncia e reatncia de linhas areas e cabos b) Resistncia e reatncia de transformadores

    Figura 4.4 Nomograma para determinar a corrente de curto-circuito da rede em 380/400V 1)

    5 6 8 102 2 3 4 6 8 103 2 m 3

    16mm

    2

    2

    3

    4

    6

    8101

    2

    3

    4

    6

    8102

    2

    3

    4

    6

    103

    R/X

    3

    4

    6

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    4

    5

    7

    125 200 320 500 800 1000 1600 2000 3200 kVA

    R/X

    m

    SnT

    RTt

    XTt

    XTt

    XTtXTt

    XTt

    XTt

    ukT =10%

    m

    8%

    6%

    5%

    4%

    3%

    25mm

    2

    35mm

    2

    50mm

    2

    70mm

    2

    95mm

    2

    120m

    m2

    150m

    m2

    185m

    m2

    240m

    m2

    t

    RT

    RT

    RTRTXFRTRTRTRTRTRTXk

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    29

    Tabela das resistncias e reatncias 4.3

    Resistncia

    R m

    Reatncia

    X m

    Linha area e cabo da

    figura 4.3a

    Transformador da figura 4.3b

    12,0

    12,0

    1,3 * 1,1 1)

    26,0

    7,2

    5,2 * 1,1 1)

    Impedncia total do percurso do

    curto-circuito 25,4 38,9

    1) Para redes de 400V, as impedncias resistiva e reativa mostrados na fig. 4.4 esto deslocadas para cima de aproximadamente 10%.

    A impedncia total do percurso a soma aritmtica das impedncias individuais, resistivas e indutivas,

    respectivamente (tabela 4.3).

    A obteno por leitura do valor corresponde corrente simtrica de curto-circuito.

    Pelo uso dos valores totais da resistncia e reatncia determinadas acima, a corrente de curto-circuito pode

    ser lida na figura 4.4c. A interseo entre as linhas vertical da resistncia e horizontal da reatncia da a

    corrente inicial simtrica de curto-circuito Ik. Se este ponto ficar entre duas curvas, o valor real da corrente

    de curto-circuito simtrica inicial deve ser obtido por interpolao. Assim, a corrente inicial de curto-circuito

    simtrica para os valores determinados de resistncia e de reatncia aproximadamente Ik = 4700A.

    R Resistncia X Reatncia

    Figura 4.4c - Corrente c.a. inicial simtrica de curto-circuito Ik (valor eficaz) em funo da reatncia e da

    resistncia totais do percurso da corrente de curto-circuito.

    6 8 100 2 3 4 6 8 101 2 3 4 6 8 102 m 146

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    2

    6

    8

    102

    1.6X

    m

    R

    1000 A

    1500 A

    2000 A

    2000 A

    3000 A

    4000 A

    5000 A6000 A

    8000 A

    10000 A

    15000 A

    20000 A

    25000 A

    30000 A

    40000 A

    50000 A

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    30

    4.7. Exemplo para redes em 480 V

    Transformador: 1600 kVA

    Cabo: 100m (3x150mm2)

    Linha area: Cobre, comprimento 80 m

    Seo 3 x 120 mm2

    Transformador: Impedncia ukr = 6%

    Queda de tenso resistiva uRr = 1%

    Tenso nominal de operao: 500V

    Tenso na reatncia: %92,516uuu 222Rr2krx ===

    Onde: R Resistncia em 20C XF Reatncia das linhas areas Xk Reatncia dos cabos RT Resistncia XT Reatncia (no caso de condutores de alumnio, os valores de resistncia tirados do grfico precisam ser multiplicados por 1.7)

    a) Resistncia e reatncia de linhas areas e cabos b) Resistncia e reatncia de transformadores

    Figura 4.5 Nomograma para determinar a corrente de curto-circuito da rede em 500V 1)

    5 6 8 102 2 3 4 6 8 103 2 m 3

    16mm

    2

    2

    3

    4

    6

    8101

    2

    3

    4

    6

    8102

    2

    3

    4

    6

    103

    R/X

    3

    4

    6

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    4

    5

    7

    125 200 320 500 800 1000 1600 2000 3200 kVA

    R/X

    m

    SnT

    RTt

    XTt

    XTt

    XTtXTt

    XTt

    XTt

    ukT =10%

    m

    8%

    6%

    5%

    4%

    3%

    25mm

    2

    35mm

    2

    50mm

    2

    70mm

    2

    95mm

    2

    120m

    m2

    150m

    m2

    185m

    m2

    240m

    m2

    t

    RT

    RT

    RTRTXFRTRTRTRTRTRTXk

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    31

    Tabela das resistncias e reatncias 4.4

    Resistncia

    R m

    Reatncia

    X m

    Linha area e cabo da

    figura 4.3a

    Transformador da figura 4.3b

    12,0

    12,0

    2,2

    26,0

    7,2

    9,5

    Impedncia total do percurso do

    curto-circuito 26,2 42,7

    A impedncia total do percurso a soma aritmtica das impedncias individuais, resistivas e indutivas,

    respectivamente (tabela 4.3).

    A obteno por leitura do valor corresponde corrente simtrica de curto-circuito.

    Pelo uso dos valores totais da resistncia e reatncia determinadas acima, a corrente de curto-circuito pode

    ser lida na figura 4.5c. A interseo entre as linhas vertical da resistncia e horizontal da reatncia da a

    corrente inicial simtrica de curto-circuito Ik. Se este ponto ficar entre duas curvas, o valor real da corrente

    de curto-circuito simtrica inicial deve ser obtido por interpolao. Assim, a corrente inicial de curto-circuito

    simtrica para os valores determinados de resistncia e de reatncia aproximadamente Ik = 5800A.

    R Resistncia X Reatncia

    Figura 4.5c - Corrente c.a. inicial simtrica de curto-circuito Ik (valor eficaz) em funo da reatncia e da

    resistncia totais do percurso da corrente de curto-circuito.

    6 8 100 2 3 4 6 8 101 2 3 4 6 8 102 m 146

    8

    100

    2

    3

    4

    6

    8

    101

    2

    3

    2

    6

    8

    102

    1.6X

    m

    R

    1000 A

    1500 A

    2000 A

    2000 A

    3000 A

    4000 A

    5000 A6000 A

    8000 A

    10000 A

    15000 A

    20000 A

    25000 A

    30000 A

    40000 A

    50000 A

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    32

    4.8 Formulrio para clculo das correntes de curto-circuito nas redes de BT pela DIN VDE 0102

    Curto-circuito trifsico alimentado pela rede Tenso BT do transformador

    UrTUS = 231, 400, 525 ou ........ V,

    50 ou ......... Hz

    Dados da rede Processo de clculo

    322rTUS

    322rTUS

    322rTUS

    10.6,275525U

    10.160400U10.4,53231U

    ==

    ==

    ==

    Resistncia

    R (m)

    Resistncia

    X (m)

    a) Rede

    SkQ ....... MVA (fornecido pela

    concessionria)

    ........ MVA (Valor real)

    UnQ ........ kV

    Referido ao lado da BT

    ==

    ==

    ==

    QtQt

    QtQt

    rTOS

    rTUS3"

    kQ

    2nQ

    Qt

    X.1,0RZ.995,0X

    )UU

    .(10.S

    U.1,1Z

    b) Transformador

    SrT

    (kVA)

    ukr

    (%)

    uRr (%)

    1

    2

    3

    Total SrT Valores mdios Se necessrio, obter dados do

    catlogo.

    ==

    ==

    ==

    %100.SU.uR

    RZX

    %100.SU

    .uZ

    rT

    2rT

    RrT

    2T

    2TT

    rT

    2rT

    krT

    c) Cabo ou linha

    area

    ..................... x ................. mm2 n* q l = .............. m Cu

    m/m33,0'**xm/m08,0'**x

    Al

    Fe

    =

    =

    nl'.xX

    10.n.qe.lR

    1L

    31L

    d) Barramentos no

    quaro de manobra

    Barras

    por fase ......... x ....... x ........ mm

    thus

    m/m12,0'**xm.........l

    Ph/mm........q 2

    ==

    ==

    =

    _____.12,01'.xX

    10.n.qe.R

    2L

    32L

    l

    e) Cabo de

    distribuio

    ..................... x ................. mm2 n* q l = .............. m Cu

    m/m08,0'**x Al Fe

    ==

    =

    _____.08,0nl'.xX

    10.n.qe.lR

    3L

    33L

    n* = nmero de condutores paralelos por fase

    x** = valores vlidos para 5 Hz (para as demais freqncias, converter proporcionalmente)

    1 2 31 2 3

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    33

    Mxima corrente trifsica inicial no ponto de curto circuito no ponto:

    O mx. valor prospectivo de crista de corrente considerado (corrente prospectiva)

    ==k

    rTk z

    Ul.3

    "

    =rTUSU

    =rTOSU

    Tenso nominal da baixa tenso do transformador (ex.: 400V, veja acima)

    Tenso nominal da alta tenso do transformador

    =+= 22 kkk XRz

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    34

    5. Estudo de Caso: Aplicao Industrial Mtodo Simplificado

    Rede: 13,8 kV

    Potncia de curto circuito no local da conexo: Pcc = 750MVA

    Transformador: 750 kVA, 13,8 kV () /380 V ( Y ), Z 5,5 %

    5.1 Determinao da impedncia do gerador equivalente rede de MT

    Valor referido baixa tenso

    Em geral despreza-se o valor de Re e adota-se Xe= Ze

    Se for conhecida (ou adotada) a relao R/X (0,15)

    pode-se calcular:

    192m

    === m192,010x750

    380PccUsZ 3

    22

    e

    === m19,010x750

    380PccUsZ 3

    22

    e

    G

    MotorM

    M

    M

    TG

    MotorM

    M

    M

    T

    GM

    M

    M

    GM

    M

    M

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    35

    5.2 Reatncia do Transformador

    Pode-se admitir tambm reatncia igual a impedncia

    Se for conhecida, por ensaio, a perda no cobre pode-se determinar a componente resistiva da impedncia;

    como primeira aproximao pode-se adotar Z = X.

    5.3 Impedncia dos cabos

    No caso dos cabos em BT a resistncia frequentemente mais importante que a indutncia e pode ser

    calculada pela relao:

    S.kRc

    l=

    onde:

    R resistncia em ohms,

    comprimento em metros ou quilmetros,

    k condutividade em Siemens/mm2 (56 para o cobre e 34 para o alumnio),

    S seo em mm2.

    Para 2 cabos de 120mm2 com 100 m de comprimento e em paralelo:

    Para 1 cabo de 240mm2 e comprimento de 150m

    Para 2 cabos de 240mm2 em paralelo e comprimento de 200m

    == m4,756x120x2

    100Rc == m8,4100x2096,0Xc

    == m2,1156x240

    150Rc== m4,14150x096,0Xc

    == m4,756x480

    200Rc == m6,9200x2096,0Xc

    = m100Zx

    PUZ 0

    0

    N

    BT2

    Xm6,10100

    5,5x750380Z

    2

    ===

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    36

    5.4 Reatncias de Condutores [1]

    cabo de 240mm2: 0,096m/m

    cabo de 120mm2 = 0,096m/m

    5.5 Reatncias dos motores M1: 20kW, cos = 0,88, IN = 360A, IP=6,9x360, VN = 380V, X = 30%

    M2: 240kW, cos = 0,98, IN = 430A, IP = 7x430, VN = 380V, X = 30%

    M3: 300kW, cos = 0,89, IN = 530A, IP = 7x530, VN = 380V, X = 30%

    == m19027,227

    380x10030"

    2

    == m17789,244

    380x10030"

    2

    == m12808,337

    380x10030"

    2

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    37

    5.6 Diagrama de impedncias, levando em conta as reatncias das mquinas e do transformador e a reatncias e resistncias dos cabos

    Dispositivos Proteo Contra Curto-circuito representados de A a H: Fusvel ou Disjuntor

    5.7 Clculo das correntes de curto circuito

    Para o dimensionamento do DPCC representado em A, determinam-se as correntes de curto-circuito antes

    e depois dele e escolhe-se a maior delas.

    5.8 Corrente de curto-circuito depois de A fornecida pela alimentao:

    ( )kA6,18

    79,11320

    16,10192,03380I 1cca ==

    ++=

    ( )kA1,1

    7,192.3380

    ZZZ3380I

    1b2c2m2cca ==

    ++=

    C F

    H G

    XL1 Rc1 M1

    B E

    XL1 Rc1 M1

    A D

    XL1 Rc1 M1

    C F

    H G

    XL1 Rc1 M1

    B E

    XL1 Rc1 M1

    A D

    XL1 Rc1 M1

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    38

    Idem fornecida pelo motor M2

    Idem fornecida pelo motor M1

    Corrente total a ser interrompida por A: 18,6kA + 1,1kA + 1,1kA = 20,8kA

    Para um curto circuito antes do DPCC A, a corrente ser s a fornecida pelo motor M3 que ser da mesma

    ordem de grandeza que o dos motores M1 e M2, 1, 1kA e portanto a corrente a ser utilizada para A ser:

    kA8,20Icc

    O mesmo procedimento ser feito para os demais DPCC.

    Determinadas as correntes sero especificados os fusveis e/ou disjuntores e ser feita a coordenao entre

    eles.

    ( ) =+++=+++ m7,1922,1114,14177XRXX 221b2C2c2m

    ( )kA1,1

    9,196220

    4,7118,41903

    380I22

    1cca ==++++

    =

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    39

    6. Proteo com disjuntores

    Uma vez calculada a corrente de curto-circuito devem ser escolhidos os dispositivos de proteo que a

    interrompa no menor espao de tempo possvel, como especificado no item 5.34 da NBR 5410:1997.

    5.3.4 Proteo contra correntes de curto-circuito

    5.3.4.1 Regra geral

    Devem ser previstos dispositivos de proteo para interromper toda corrente de curto-circuito nos

    condutores dos circuitos, de forma a evitar que os efeitos trmicos e dinmicos da corrente prevista possam

    causar a danificao dos condutores e / ou de outros elementos do circuito.

    5.3.4.2 Determinao das correntes de curto-circuito presumidas

    As correntes de curto-circuito presumidas devem ser determinadas em todos os pontos da instalao

    julgados necessrios. Essa determinao pode ser efetuada por clculo ou por medida.

    Usando disjuntores permitidos pela NBR-5361(disjuntor tipo NEMA), o projetista deve obter as

    caractersticas para satisfazer o item 5.3.4.3 da NBR 5410:1997:

    5.3.4.3 Caractersticas dos dispositivos de proteo contra correntes de curto-circuito

    Todo dispositivo que garanta a proteo contra curtos-circuitos deve atender s duas condies seguintes:

    a) sua capacidade de interrupo deve ser no mnimo igual corrente de curto-circuito presumida no ponto

    da instalao, exceto na condio indicada a seguir:

    - um dispositivo com capacidade de interrupo inferior admitido se um outro dispositivo com a

    capacidade de interrupo necessria for instalado a montante. Nesse caso, as caractersticas dos dois

    dispositivos devem ser coordenadas de tal forma que a energia que deixam passar os dispositivos no seja

    superior que podem suportar, sem danos, o dispositivo situado a jusante e as linhas protegidas por esse

    dispositivo;

    NOTA - Em certos casos, pode ser necessrio tomar em considerao outras caractersticas, tais como os

    esforos dinmicos e a energia de arco, para os dispositivos situados a jusante. Os detalhes das

    caractersticas que necessitam de coordenao devem ser obtidos junto aos fabricantes desses

    dispositivos.

    b) a integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser inferior ou igual integral de Joule necessria

    para aquecer o condutor desde a temperatura mxima para servio contnuo at a temperatura limite de

    curto-circuito (ver tabela 29), o que pode ser indicado pela seguinte expresso:

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    40

    2t

    0

    22 Skdti

    Onde:

    t

    0

    2dti : a integral de Joule que o dispositivo de proteo deixa passar, em ampres quadrado-segundo;

    22Sk : a integral de Joule para aquecimento do condutor desde a temperatura mxima para servio contnuo at a temperatura de curto-circuito, admitindo aquecimento adiabtico, sendo:

    k igual a:

    115 para condutores de cobre com isolao de PVC;

    135 para condutores de cobre com isolao de EPR e XLPE;

    74 para condutores de alumnio com isolao de PVC;

    87 para condutores de alumnio com isolao de EPR ou XLPE;

    115 para as emendas soldadas a estanho nos condutores de cobre correspondendo a uma temperatura de

    160C;

    S a seo do condutor em milmetros quadrados.

    NOTAS:

    1 Para curtos-circuitos de qualquer durao, onde a assimetria da corrente no seja significativa, e para

    curtos-circuitos assimtricos de durao 0,1s t 5s, pode-se escrever:

    I2t k 2 S 2

    onde:

    I corrente de curto-circuito presumida simtrica, em ampres;

    t durao, em segundos.

    2 Outros valores de k, para os casos mencionados abaixo, ainda no esto normalizados:

    - condutores de pequena seo (principalmente para sees inferiores a 10 mm);

    - curtos-circuitos de durao superior a 5 s;

    - outros tipos de emendas nos condutores;

    - condutores nus;

    - condutores blindados com isolante mineral.

    3 A corrente nominal do dispositivo de proteo contra curtos-circuitos pode ser superior capacidade de

    conduo de corrente dos condutores do circuito.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    41

    6.1 Proteo contra curto circuitos com disjuntores

    6.2 Geradores de potncia reduzida (de reserva).

    Estes geradores no podem operar em paralelo com a rede mas podem ser ligados em paralelo entre eles.

    necessria uma chave de transferncia para separar da rede evitando o paralelismo com ela.

    A proteo feita por disjuntores com dispositivo de disparo eletrnico com as caractersticas:

    Proteo contra sobrecargas (L)

    Proteo contra curtos-circuitos com temporizao (S)

    Proteo contra curto-circuito pleno (I)

    Proteo de falta terra (G)

    6.3 Capacitores

    Os capacitores exigem disjuntores com uma capacidade de interrupo superior corrente de curto-circuito

    disponvel nos seus terminais.

    muito importante tambm a corrente de ligao quando h bancos de capacitores em paralelo. Para

    reduzir a corrente de ligao de bancos em paralelo devem ser usados resistores ou indutores.

    Alm da corrente de ligao de alta frequncia devem ser considerados:

    as sobretenses de manobra que exigem maior capacidade do Dispositivo de Proteo contra

    Sobretenses (DPS)

    Manobras freqentes

    I2t

    IIM IN

    D1

    D2 NR

    MSK2S2

    IR

    S = curva I2t do condutorD1 = curva I2t - disjuntor 1D2 = curva I2t - disjuntor 2

    S = curva I2t do condutorD1 = curva I2t - disjuntor 1D2 = curva I2t - disjuntor 2

    I2tI2t

    IIMIM ININ

    D1

    D2 NR

    MSK2S2

    IRIR

    S = curva I2t do condutorD1 = curva I2t - disjuntor 1D2 = curva I2t - disjuntor 2

    S = curva I2t do condutorD1 = curva I2t - disjuntor 1D2 = curva I2t - disjuntor 2

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    42

    Os condutores dos circuitos com capacitores e os dispositivos de seccionamento devem ter IN maior que a

    IN do capacitor pelas seguintes razes:

    a tolerncia na capacitncia de 15%

    h um acrscimo da corrente pela variao da tenso inclusive a transitria e a contribuio das

    harmnicas.

    Para os disjuntores os fabricantes recomendam um acrscimo de 50% em relao corrente do capacitor,

    dando um total de 65%.

    Como os capacitores suportam correntes de 1,3 x a corrente nominal, eles no so protegidos contra as

    sobrecargas. Estas s podem ocorrer na presena de harmnicas. Quando h uma combinao entre a

    capacitncia do capacitor, a reatncia do transformador e da linha possvel haver ressonncia para

    alguma harmnica. Para evitar isso podem ser usadas duas alternativas:

    equipar os capacitores com indutores ou choques de modo a formar um circuito sintonizado para uma

    frequncia de ressonncia inferior frequncia da harmnica de ordem mais baixa,

    Introduo de filtros ressonantes para, eliminar as harmnicas existentes no circuito.

    6.4 Transformadores A proteo feita somente para os transformadores no incluindo os condutores de ambos os lados.

    Condies a serem verificadas:

    a proteo de sobrecarga deve limitar as sobrecargas aos valores tolerveis (30% a 40% ou 50%)

    se a falta for do lado da carga a proteo deve evitar danos ao transformador e deve ter a capacidade

    de interrupo adequada para esses casos.

    a corrente transitria de energizao deve ser suportada pelo disjuntor.

    Baseado em exigncia complementar com proteo contra faltas terra.

    a IR (corrente de ajuste) do disjuntor do secundrio no deve exceder 125% da corrente secundria

    nominal do transformador; em casos especiais com instalao supervisionada, o disjuntor pode ter IR de

    250% da corrente secundria.

    6.5 Transformadores BT/BT A proteo no primrio, o disjuntor deve ser ajustado para 125% da corrente nominal do primrio.

    Obs.: Se a corrente nominal for menor que 9A o ajuste ser para 1,67 vezes a corrente nominal do

    primrio.

    Com a proteo no secundrio no h necessidade de proteo no primrio se a proteo no

    secundrio for ajustada para 1,25 x IN(s) ou se o alimentador do primrio tiver proteo ajustada para at

    2,5 x IN(p).

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    43

    6.6 Proteo de linhas com minidisjuntores Campo de aplicao

    Esses disjuntores so usados para proteo contra curtos circuitos e sobrecargas de condutores em

    instalaes eltricas e sistemas de distribuio. Nos sistemas TT e TN com desligamento por equipamento

    de proteo contra sobrecargas os minidisjuntores tambm evitam a permanncia de tenses de toque

    elevadas no caso de faltas.

    Estes disjuntores so tambm aplicados em ambientes industriais, em sistemas de distribuio em edifcios

    muito altos ou em aplicaes comerciais para proteger partes de equipamentos eltricos e pequenas

    mquinas.

    Os disjuntores para proteo de linhas tm disparadores fixos para cada corrente nominal. Por isso eles no

    so ideais para proteo de motores.

    Os minidisjuntores at 63 A so apropriados para uso em sistemas at 240/415 V. Os minidisjuntores

    c.a./c.c. so adequados para sistemas at 440 V cc

    6.7 Capacidade de interrupo

    As classes de capacidade de interrupo so definidas na norma NBR IEC 898. 5.3.4.1 Os valores

    padronizados at 10.000 A so: 1500 A, 3000 A, 4500 A, 6000 A, 10.000 A e tambm 1000 A, 2000 A, 2500

    A, 5000 A, 7500 A e 9000 A. Para valores acima de 10.000 at 25.000 A inclusive, o valor preferencial

    20.000 A.

    Se a capacidade for maior que a capacidade de interrupo do mini - disjuntor possvel usar um fusvel ou

    um outro disjuntor a montante que interromper a corrente de curto-circuito. A energia I2t que o fusvel ou

    disjuntor deixa passar ir atuar o minidisjuntor. Para os disjuntores 5Sx a coordenao ser feita

    obedecendo a tabelas fornecidas pelo fabricante.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    44

    Seletividade

    Disjuntor a jusante Disjuntor montante 3VF2 In (A) 16 20 25 32 40 45 50 63 70 80 90 100

    I > (A) 350 450 500 600 750 750 800 800 900 900 1000 1000

    Icn (kA) 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18

    Seletividade (kA)

    5SX1 Curva B

    6

    10

    16

    20

    25

    32

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    0.3

    0.2

    0.4

    0.3

    0.3

    0.5

    0.4

    0.3

    0.3

    0.7

    0.5

    0.4

    0.4

    0.4

    1

    0.7

    0.6

    0.6

    0.6

    0.6

    1

    0.7

    0.6

    0.6

    0.6

    0.6

    1

    0.7

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    1

    0.7

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    1.2

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    1.2

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    1.5

    1

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    1.5

    1

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    5SX1 Curva C

    0.5

    1

    1.6

    2

    3

    4

    6

    8

    10

    16

    20

    25

    32

    40

    50

    63

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    2.9

    2.9

    2.9

    2.9

    0.3

    0.3

    0.3

    0.2

    0.2

    3

    3

    3

    3

    0.4

    0.4

    0.4

    0.4

    0.3

    0.3

    3

    3

    3

    3

    0.5

    0.5

    0.5

    0.4

    0.4

    0.3

    0.3

    3

    3

    3

    3

    0.7

    0.7

    0.7

    0.5

    0.4

    0.4

    0.4

    0.4

    3

    3

    3

    3

    1

    1

    1

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    0.6

    0.6

    3

    3

    3

    3

    1

    1

    1

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    0.6

    0.6

    3

    3

    3

    3

    1

    1

    1

    0.7

    0.7

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    3

    3

    3

    3

    1

    1

    1

    0.7

    0.7

    0.7

    0.7

    0.6

    0.6

    3

    3

    3

    3

    1.2

    1.2

    1.2

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    0.7

    0.7

    3

    3

    3

    3

    1.2

    1.2

    1.2

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    0.7

    0.7

    0.7

    3

    3

    3

    3

    1.5

    1.5

    1.5

    1

    1

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    0.7

    3

    3

    3

    3

    1.5

    1.5

    1.5

    1

    1

    0.8

    0.8

    0.8

    0.8

    0.7

    0.7

    0.7

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    45

    7. Proteo com fusveis 7.1 Proteo de condutores (cabos)

    Para a proteo de cabos so usados fusveis gG. A primeira condio que a corrente nominal do fusvel

    IN seja maior ou igual mxima corrente de carga que o cabo pode conduzir permanentemente no circuito

    onde est instalado. Por sua vez a corrente nominal do fusvel deve ser menor ou igual capacidade IZ de

    conduo do cabo (mxima corrente que ele pode suportar permanentemente). Por breves intervalos de

    tempo, o cabo pode conduzir correntes maiores que a corrente IZ.

    Sendo conhecida a curva de suportabilidade corrente-tempo do condutor, a proteo ser suficiente se a

    curva de tempos mximos de fuso do fusvel esquerda da curva do cabo.

    Alm disso, a I2t de interrupo do fusvel deve ser inferior ao I2t suportvel pelo cabo. A suportabilidade do

    cabo dada pela expresso K2S2, onde S a seo transversal do cabo e K uma constante padronizada

    pela NBR-5410:1997 em funo da bitola do cabo, do material (cobre ou alumnio) e do isolamento (PVC...).

    Para o tempo de 0,5 a 5 s vale a relao: I2t = K2S2

    O grfico da figura abaixo mostra a coordenao entre o fusvel e o cabo

    Por esse grfico pode-se ver que a corrente b mnima de fuso do fusvel deve ser somente um pouco

    menor que a corrente permanente suportvel pelo cabo. Se o fusvel tiver um fator de fuso (relao entre a

    corrente nominal de fuso e a corrente nominal) de 1,5 o cabo deveria conduzir permanentemente uma

    corrente 50% maior que a corrente nominal do fusvel, o que eleva muito o custo da instalao. A vida da

    isolao cai 50% cada vez que se eleva de 10C a temperatura permanente do cabo. Levando em conta a

    relao custo/benefcio, as normas de um modo geral especificam que a corrente mnima de operao do

    fusvel ( do DPCC de uma maneira geral) seja igual ou menor que 1,45 vezes a capacidade de conduo de

    Corrente

    Tempo

    d

    c b a

    a = Corrente nominal do fusvel

    b = Corrente nominal mnima de fuso do fusvel

    c = Caracterstica de suportabilidade do cabo

    d = Caracterstica (i, t) do fusvel

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    46

    corrente do cabo. A IEC 269-1 especifica, para um fusvel gG, um ensaio para verificar se esses fusveis

    so capazes de proteger os cabos para sobrecorrentes de longa durao.

    Para verificar a condio de energia, basta verificar se o I2t do fusvel para um tempo de referncia de 5 s

    menor que a energia suportvel pelo cabo (K2 S2).

    7.2 Proteo de transformadores

    Os transformadores usados para baixar a tenso das redes de distribuio (13,8 kV a 34,5 kV) para a

    tenso de utilizao (BT) so na maioria das vezes, protegidos por fusveis em ambos os lados. Nas

    instalaes industriais, os transformadores so protegidos por fusveis na AT e por fusveis ou disjuntores

    na BT.

    A alimentao em mdia tenso pode ser feita por cabos ou por linhas areas e a posio dos fusveis

    diferente conforme o caso.

    Os fusveis instalados na entrada do transformador se destinam proteo das falhas internas e os da

    sada, proteo dos circuitos nas cargas (condutores e equipamentos). Se o esquema da distribuio for

    em malha no secundrio, os fusveis (os DPCCs) tero tambm que operar com as correntes provenientes

    dos transformadores em paralelo e isto exige que os fusveis sejam capazes de suportar as correntes de

    curto da carga e tambm as correntes de retorno dos transformadores que esto em paralelo com o

    transformador com defeito.

    Proteo de transformadores: o fusvel no deve ser com a corrente magneti- zante. Onde: a = Corrente de plena carga b = Sobrecarga permissvel c = Corrente magnetizante equivalente d = Fusvel da AT e = Fusvel da BT referido AT f = Rel do disjuntor da fonte g = Mxima corrente na AT para falta

    na BT

    100

    b

    f

    d

    e

    c

    g

    10

    1

    0,1

    Corrente

    Tem

    po

    a

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    47

    7.3 Proteo de capacitores

    Os capacitores representam um problema para os dispositivos de seccionamento e proteo principalmente

    no instante da energizao, e especialmente se estiverem em bancos que vo sendo energizados medida

    que aumentam as necessidades do sistema. As correntes de ligao ou energizao atingem valores

    altssimos (100 a 150 x IN) que podem atuar os fusveis ou causar a soldagem dos contatos dos disjuntores.

    A razo das altssimas correntes de energizao ou em caso de faltas que nesses casos alm da corrente

    fornecida pela fonte, surgiro outras componentes devidas s contribuies dos demais bancos de

    capacitores.

    A aplicao dos fusveis feita segundo diferentes concepes nos diferentes pases. Assim, alguns

    preferem instalar fusveis em cada capacitor e outros preferem instal-los em cada banco.

    As correntes nominais dos fusveis sero escolhidas de maneira que eles suportem as correntes transitrias

    de energizao (inrush current) e as de carga e operem rapidamente no caso de falta nos bancos ou em

    alguma unidade.

    Nas baixas tenses geralmente os capacitores so instalados em cada fase, enquanto nas mdias e altas

    tenses a instalao feita em bancos com a montagem em ou em com neutro aterrado ou no. Para

    que os fusveis no atuem quando ocorrem essas correntes, preciso que a sua corrente nominal seja bem

    mais alta que a correspondente corrente de carga dos capacitores.

    Os fabricantes devem ser consultados sobre a melhor especificao da proteo para cada caso.

    7.4 Proteo de semi-condutores

    Os semicondutores tm pequena massa, baixa capacidade trmica e uma alta resistividade e portanto

    apresentam aquecimento interno limitando a corrente que eles podem conduzir. As sobretenses que um

    semicondutor pode suportar na direo inversa e as sobretenses transitrias limitadas a somente duas

    vezes o valor de crista da tenso de operao, tambm dificultam a proteo.

    As condies a serem satisfeitas pelos fusveis so [1]:

    quando um semi-condutor falhar a interrupo deve ser suficientemente rpida para evitar danos a

    outros semicondutores, pois o modo de falha usual o curto-circuito o que causa altas correntes.

    em um equipamento que contm semicondutores as faltas em outras partes devem ser suprimidas

    antes que os semicondutores sejam danificados.

    as sobrecorrentes (acima de 4 IN) que possam causar danos devem ser interrompidas antes que

    ocorram os danos.

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    48

    a operao dos protetores no deve causar sobretenses perigosas em nenhum dos semicondutores

    do equipamento.

    Para satisfazer a essas condies foram desenvolvidos fusveis limitadores com tempo de cortes ainda

    menores.

    O fusvel deve estar conforme a norma IEC 269-4 que foi criada para cobrir os requisitos de desempenho

    dos fusveis para esta aplicao.

    Deve-se chamar a ateno para o fato de que os fusveis sozinhos no oferecem uma proteo completa

    em toda faixa de sobrecorrentes, devido diferena citada acima entre o aquecimento do condutor e o

    aquecimento das diferentes partes do semicondutor.

    Os fusveis so encarregados da proteo somente para as altas correntes de falta; a proteo para as

    correntes menores ser proporcionada por outros DPCC que podem ser disjuntores (CA ou CC) ou

    tiristores.

    Em um esquema tpico de proteo, um disjuntor protege contra sobrecorrentes de baixo valor e longa

    durao e os fusveis protegem contra as altas correntes que precisam ser interrompidas rapidamente.

    T(s)

    a

    b

    c

    I (kA)

    Onde: a = curva caracterstica de operao

    de um disjuntor b = curva caracterstica de um diodo

    ou de um tiristor c = curva caracterstica de um fusvel

    limitador ultra-rpido

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    49

    8. Coordenao entre DPCC

    possvel coordenar:

    fusvel com fusvel ,

    disjuntor com disjuntor,

    fusvel com disjuntor,

    fusvel com contator ou

    disjuntor com contator.

    Se a coordenao for em toda faixa de corrente nominais h coordenao completa.

    Se no for conseguido h coordenao parcial.

    Para os fusveis usar:

    Nas baixas correntes as curvas (i,t)

    Nas altas correntes os valores de I2t, deixando uma margem de 40% .

    8.1 Exemplo de circuito radial

    Coordenao de um fusvel principal e vrios fusveis alimentando cargas

    Condies:

    IN de F2 IN das cargas

    IN de F1 > IN de F2 e de IN de F3

    Para correntes de faltas de baixo valor verificar pelas curvas (i,t) para tempos mnimos de fuso:

    Se a curva de F2 ou de F3 ficar totalmente a esquerda da curva de F1 haver coordenao.

    Regra geral: Se as faixas de atuao dos fusveis no se cruzarem, h coordenao:

    F2

    Carga M

    F1

    F2

    Carga M

    F1

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    50

    Quando o tempo de pr-arco do fusvel de corrente menor for inferior a 100 ms este tempo precisa ser

    levado em considerao.

    Fazer a coordenao pelo I2t e no pelos tempos de fuso.

    Condio para uso de I2t :

    I2t de pr-arco de F1 1,4 I2t de interrupo de F2 ou de F3, porque h h possibilidade F2 ou F3

    estarem frios e F1 quente e assim poder no haver a coordenao.

    As normas de instalao do uma regra geral:

    A corrente nominal do fusvel principal deve ser 25% maior que a soma de todas as correntes nominais dos

    fusveis das cargas.

    104

    4

    2

    103

    4

    2

    102

    4

    2

    101

    4

    2

    100

    4

    2

    10-1

    4

    2

    10-2

    2 4 6 1013 2 4 6 1023 2 4 6 1033 2 4 6 1043

    Tem

    po d

    e fu

    so

    (s)

    Corrente (A) valor eficaz

    2A 6A 16A 25A 50A

    104

    4

    2

    103

    4

    2

    102

    4

    2

    101

    4

    2

    100

    4

    2

    10-1

    4

    2

    10-2

    2 4 6 1013 2 4 6 1023 2 4 6 1033 2 4 6 1043

    Tem

    po d

    e fu

    so

    (s)

    Corrente (A) valor eficaz

    104

    4

    2

    103

    4

    2

    102

    4

    2

    101

    4

    2

    100

    4

    2

    10-1

    4

    2

    10-2

    2 4 6 1013 2 4 6 1023 2 4 6 1033 2 4 6 1043

    Tem

    po d

    e fu

    so

    (s)

    Corrente (A) valor eficaz

    4A 10A 20A 35A 60A

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    51

    8.2 Coordenao entre disjuntores

    A coordenao entre os disjuntores pode ser por:

    degrau de corrente

    degrau de tempo

    e pode ser total ou parcial.

    A coordenao por degrau de corrente consiste em escolher para o disjuntor juzante, uma corrente

    suficientemente menor que a do disjuntor a montante para que as curvas de atuao dos dois disjuntores

    no se cruzem. Isto deve acontecer desde a corrente mnima de atuao at a capacidade de interrupo.

    Se as curvas se cruzarem em algum ponto a coordenao ser parcial e a partir desse ponto os dois

    disjuntores podero abrir simultaneamente.

    A coordenao por degrau de tempo obtida quando a atuao do disjuntor a montante atrasada de um

    certo t. Tambm aqui a coordenao poder ser parcial ou total.

    possvel fazer tambm, uma coordenao combinada por degraus de corrente e de tempo: haver uma

    diferena entre as correntes nominais e um degrau de tempo.

    A coordenao pode ser feita atravs das tabelas que do os limites de seletividade para diferentes curvas

    (por exemplo B, C, D) com disjuntores de mesmo tipo ou de tipo diferente ou ainda com fusveis.

    A seguir so apresentadas tabelas para mini disjuntores.

    Q1

    Q2 Q2

    Q1t

    I

    t

    Q1

    Q2

    Q1

    Q2 Q2

    Q1t

    I

    t

    Q2

    Q1t

    I

    t 150 ms

  • s

    Proteo das instalaes eltricas em baixa tenso contra os efeitos das sobrecorrentes atravs dos disjuntores e/ou fusveis

    52

    9. Comparao entre propriedades protetoras de disjuntores e fusveis Propriedade Fusveis Disjuntores Capacidade de Inter