propriedades do material dragado
TRANSCRIPT
MONITORAMENTO DAS ATIVIDADES DE DRAGAGEM
EM PORTOS BRASILEIROSJosé Carlos Cesar Amorim – IME/FRF
Sylvia Niemeyer Pinheiro Lima – CPEA Fátima de Freitas Lopes Soares – FEEMA
V Reunião da Comissão Interamericana de Portos da Organização dos Estados
AmericanosCIP – OEA
11 a 14 de setembro de 2007Salvador - BA
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 2
Dragagem é o processo de realocação de sedimentos para fins de construção e manutenção de vias aquáticas.
Durante séculos, os resíduos de dragagem foram dispostos de forma aleatória, sem nenhum questionamento.
A preocupação com a gestão adequada do material dragado só passou a aparecer nos últimos 20 anos.
Várias centenas de milhões de metros cúbicos são dragados anualmente, em todo mundo.
A dragagem está diretamente relacionada ao custo das importações e exportações do país.
Cada 1 m de calado para a operação de navio corresponde a 7 a 9 mil toneladas de carga que não pode ser embarcada.
Subutilização dos berços de atracação Segurança de navegação Competitividade entre os portos no país e em outros países
Importância da DragagemImportância da Dragagem
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 3
Comentários Gerais sobre a DragagemComentários Gerais sobre a Dragagem
Uma parte substancial do material dragado é composta de sedimentos limpos, sem nenhuma contaminação, podendo ser utilizada diretamente sem necessidade de tratamento.
Prevê-se que cerca de 10% de todo o material dragado nos portos mundiais seja contaminado. A preocupação ambiental vem impondo medidas restritivas ao uso desses sedimentos.
Estima-se que o custo da disposição dos sedimentos em áreas confinadas especiais, ou o próprio confinamento in situ do material dragado, utilizado com a finalidade de se isolar os sedimentos, seja de 3 a 6 vezes superior à simples descarga no mar.
Há registros de casos de tratamento de materiais contaminados com custos de 10 a 100 vezes superiores aos da sua simples utilização sem tratamento.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 4
TIPOSDE
DRAGAGEM
DRAGAGEMDE
MANUTENÇÃO
DRAGAGEMDE CONTROLE
AMBIENTAL
DRAGAGEMDE INVESTIMENTO
OU APROFUNDAMENTO
DRAGAGEMDE
MINERAÇÃO
Tipos de DragagemTipos de Dragagem
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 5
Equipamentos de DragagemEquipamentos de Dragagem
Segundo Góes (2005), os equipamentos de dragagem podem ser classificados em três grandes grupos:
Equipamentos Mecânicos
Equipamentos Hidráulicos
Equipamentos Especiais
Equipamentos Pneumáticos
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 6
Caçamba de Mandíbulas
(Grab dredge)1
Equipamentos Mecânicos
Escavadeira Frontal (Dipper dredge)
2
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 7
Retroescavadeira (Hoe)3
Pá-de-arrasto (Drag-line)4
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 8
Draga de Alcatruzes (Bucket dredge)
5
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 9
Dragas de Arrasto Autotransportadoras (AT)1
Equipamentos Hidráulicos
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 10
Dragas de Sucção e Recalque com Desagregador (SR)2
Tipos de Lâminas
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 11
São equipamentos utilizados na execução de serviços de dragagem ambiental dotados de desagregadores especiais, destinados a causar o mínimo de dispersão nos sedimentos a serem dragados do fundo.
Equipamentos Especiais
Desagregador Helicoidal Desagregador de Disco
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 12
Equipamentos PneumáticosAs dragas pneumáticas não utilizam desagregadores, promovendo a sucção do material do fundo por ar comprimido. Aplicam-se em dragagens ambientais praticamente sem turbidez dos contaminantes.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 13
Propriedades do Material DragadoPropriedades Físicas
Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes:
• Forma e composição – Corresponde à descrição geral dos sedimentos.• Granulometria – É a base para a classificação do material dragado. Deve ser
realizada de acordo com a Norma Brasileira NBR 7181.• Peso específico – O peso específico das partículas sólidas afeta a consolidação do
material disposto. É necessário no cálculo do índice de vazios.• Densidade in-situ – É importante para a determinação do volume in-situ, no
transporte e na disposição do material dragado.• Plasticidade – É relevante apenas para siltes e argilas. Testes mais comuns para a
sua obtenção são o Limite de Liquidez de Atterberg e o Limite de Plasticidade .• Volume de água – É usado para o cálculo do índice de vazios in-situ.• Viscosidade – Determina o comportamento do material dragado quando submetido a
uma tensão. • Características de retenção de água.• Permeabilidade – É a medida da facilidade com que a água passa pelo material. • Velocidade de sedimentação - Determina a taxa com que as partículas em
suspensão atingem o fundo. • Consolidação – Descreve a reorganização das partículas do sedimento em um
estado mais denso, acompanhada pela expulsão de água. • Compactação – Mecanicamente, aumenta a concentração de sólidos por unidade de
volume do solo. • Matéria orgânica.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 14
Propriedades do Material Dragado – (cont.)Propriedades Químicas
Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes:• pH - É um dos parâmetros de maior utilidade. É uma medida da concentração e
atividade do hidrogênio ionizado. • Carbonato de cálcio equivalente - Indica a quantidade de cal necessária para
neutralizar a acidez presente no material dragado e manter o pH em um certo nível. • Capacidade de troca de cátions• Salinidade - É a medida da concentração de sais solúveis. • Potencial Redox (EH) - É uma medida da atividade dos elétrons.• Oxigênio dissolvido (OD) - Sua deficiência é fatal para muitas espécies aquáticas.• Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) – É a capacidade de oxigênio necessária
durante a decomposição aeróbica de matéria orgânica em um corpo d’água• Carbono orgânico total - É o melhor método de se obter o conteúdo de matéria
orgânica.• Carbono orgânico dissolvido - É importante para sedimentos contaminados.• Nutrientes (compostos de nitrogênio e fósforo) - São constituintes essenciais
dos organismos vivos.• Taxa Carbono:Nitrogênio (C:N) - Determina se as condições do material dragado
são adequadas ao desenvolvimento de microorganismos e vegetais.• Potássio - Importante para o uso benéfico do material dragado para a agricultura.• Contaminantes - O tipo e quantidade de contaminantes presentes no material
dragado indicam a potencialidade de seus efeitos adversos no ecossistema aquático, terrestre e à saúde humana.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 15
Propriedades do Material Dragado – (cont.)Propriedades Biológicas
Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes:
• Microorganismos – Os microorganismos de interesse são os patogênicos, vírus e parasitas, como é o caso dos coliformes fecais e protozoários.
• Características toxicológicas – Podem ser determinadas por uma variedade de testes como: testes biológicos de toxicidade aguda, testes biológicos de toxicidade crônica, testes de bioacumulação e biomarcadores.
• Testes biológicos de toxicidade aguda – Testam os efeitos de exposições em curtos períodos. A toxicidade é expressa como a concentração média letal (LC50), concentração esta capaz de matar 50% dos organismos de teste em um determinado intervalo de tempo.
• Testes biológicos de toxicidade crônica – Avaliam os efeitos sub-letais resultantes de exposições prolongadas a baixas concentrações.
• Testes de bioacumulação – Determinam a biodisponibilidade e o potencial para longos períodos de acumulação na cadeia alimentar aquática, a níveis que poderiam ser prejudiciais aos consumidores do topo da cadeia, incluindo o homem, sem que, no entanto, ocorra a morte dos organismos intermediários.
• Biomarcadores – Disponibilizam informações sobre o efeito de baixas concentrações contínuas de contaminantes.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 16
Na década de 1970 foram estabelecidas várias convenções e protocolos para controle da disposição de material dragado. Destacam-se, dentre elas, a Convenção de Londres e a Convenção de Oslo e Paris (OSPARCON).
O formato atual da Convenção de Londres apresenta 10 artigos, que abordam as obrigações dos países contratantes, no que concerne à garantia da adequação das propriedades do material disposto no mar e encoraja a cooperação entre os 81 países membros atualmente participantes.
No Brasil, a disposição do material dragado é regulada pela Resolução 344 de março de 2004 do CONAMA. Esta Resolução estabelece os procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado.
Disposição do Material DragadoConvenções e Acordos Mundiais e Regionais
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 18
Resolução CONAMA Nº 237/1997 – Resolução CONAMA Nº 237/1997 – Dragagens e derrocamento sujeitos ao Dragagens e derrocamento sujeitos ao licenciamento ambiental;licenciamento ambiental;
Resolução CONAMA nº 344/04 – Resolução CONAMA nº 344/04 – Estabelece as diretrizes gerais e os Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras. em águas jurisdicionais brasileiras.
Resolução CONAMA Nº 01/1986 –Resolução CONAMA Nº 01/1986 –Elaboração de EIA e RIMA;Elaboração de EIA e RIMA;
Legislação Brasileira
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 19
Levantamentos iniciais
ONDE ONDE DRAGARDRAGAR
QUANTO QUANTO DRAGARDRAGAR
O QUÊ O QUÊ DRAGARDRAGAR
Localização da área a ser dragada em relação a pontos fixos, marcos de referência,
etc., utilizando-se de métodos topográficos e geodésicos
Batimetria que permite estabelecer
a forma da superfície do material a ser dragado
Métodos sísmicos e sondagens geotécnicas,permitindo conhecer as características do solo
e subsolo marinhos
Levantamentos Iniciais
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 20
Investigação Laboratorial
Caracterizar os materiais dragados física, química e ecotoxicologicamente..
Na caracterização física são determinadas as quantidades de material a ser dragado,
a distribuição granulométrica e o peso específico dos sólidos.
A caracterização química deve determinar as concentrações de poluentes
no sedimento.
A caracterização ecotoxicológica avalia os impactos potenciais à vida aquática
existente na área.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 21
NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL A SER DRAGADO
(em unidade do material seco)
ÁGUA DOCE ÁGUA SALINA /
SALOBRA
POLUENTES
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 1 NÍVEL 2
Arsênio (As) 5,91 171 8,22 702
Cádmio (Cd) 0,61 3,51 1,22 9,62
Chumbo (Pb) 351 91,31 46,72 2182
Cobre (Cu) 35,71 1971 342 2702
Cromo (Cr) 37,31 901 812 3702
Mercúrio (Hg) 0,171 0,4861 0,152 0,712
Níquel (Ni) 183 35,93 20,92 51,62
Met
ais P
esad
os e
Ars
ênio
(m
g/kg
)
Zinco (Zn) 1231 3151 1502 4102
BHC (Alfa-BHC) - - 0,323 0,993
BHC (Beta-BHC) - - 0,323 0,993
BHC (Delta-BHC) - - 0,323 0,993
BHC (Gama-BHC / Lindano) 0,941 1,381 0,321 0,991
Clordano (Alfa) - - 2,263 4,793
Clordano (Gama) - - 2,263 4,793
DDD 3,541 8,511 1,221 7,811
DDE 1,421 6,751 2,071 3741
DDT 1,191 4,771 1,191 4,771
Dieldrin 2,851 6,671 0,711 4,31
Endrin 2,671 62,41 2,671 62,41
Pest
icid
as o
rgan
oclo
rado
s ( g
/kg)
Heptacloro Epóxido 0,61 2,741 0,61 2,741
PC Bs
(g/
kg)
Bifenilas Policloradas – Totais
34,11 2771 22,72 1802
Benzo(a)antraceno 31,71 3851 74,81 6931
Benzo(a)pireno 31,91 7821 88,81 7631
Criseno 57,11 8621 1081 8461
Gru
po A
Dibenzo(a,h)antraceno 6,221 1351 6,221 1351
Acenafteno 6,711 88,91 162 5002
Acenaftileno 5,871 1281 442 6402
Antraceno 46,91 2451 85,32 11002
Fenantreno 41,91 5151 2402 15002
Fluoranteno 1111 23551 6002 51002
Fluoreno 21,21 1441 192 5402
2-Metilnaftaleno 20,21 2011 701 6701
Naftaleno 34,61 3911 1602 21002
Gru
po B
Pireno 531 8751 6652 26002
Hid
roca
rbon
etos
Pol
icíc
licos
Aro
mát
icos
– P
AH
s (
g/kg
)
Soma# de PAHs 1000 3000
Níveis de classificação do material a ser dragado
Segundo a CONAMA nº 344/04:
Nível 1: nível abaixo do qual prevê-se baixa probabilidade de efeitos adversos à biota;
Nível 2: nível acima do qual prevê-se um provável efeito adverso à biota.
PoluentesNíveis de classificação do material a ser dragado
(em unidade do material seco)Água DoceÁgua Salina/
SalobraNível 1Nível 2
Metais Pesados e Arsênio(mg/kg) Zinco (Zn) Nível 1
123Nível 2
315Nível 1
150Nível 2
410
Nível 1Nível 2
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 22
Operações de
dragagem
Transporte do material
dragado
Disposição final do
material dragado
Reutilização;Corpos hídricos;Confinamento.
Alternativas de
disposição final
Caracterização do material dragado
Alternativas de Disposição de Material Dragado
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 23
Reutilização do Material Dragado
Os usos benéficos dos materiais dragados podem ser separados em 4 amplas categorias:
Usos na Construção Civil
Usos em Agricultura, Horticultura e Reflorestamento
Proteção Costeira
Gestão Ambiental
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 24
Disposição em Corpos Hídricos Abertos - I
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 25
Disposição em Corpos Hídricos Abertos - II
a) Comportamento do Material Dragado durante e após a Dragagem
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 26
Disposição em Corpos Hídricos Abertos – III
b) Influência do ângulo de incidência na geometria do depósito
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 27
IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE MATERIAL DE DRAGAGEM NO MAR – 1A FASE
Em áreas dispersivas temos que:
impacto sobre a qualidade da água é momentâneo e não significativo
afugentamento da fauna de grande mobilidade, também considerado pouco significativo
o transporte dos sedimentos pelas correntes deve ser monitorado
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 28
IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE MATERIAL DE DRAGAGEM NO MAR – 2A FASE
Em áreas dispersivas temos que:
parte do material colapsa no fundo soterrando a fauna bentônica
O impacto físico sobre a fauna bentônica dificulta a avaliação do impacto por eventual contaminação
o transporte dos sedimentos pelas correntes de fundo é mais difícil de ser previsto e modelado mas também pode ser monitorado
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 29
Disposição em Locais Confinados
As Áreas de Disposição Confinada (ADC) – ou Confined Dredging Facilities (CDF) – vêm sendo cada vez mais utilizadas no mundo inteiro. A função deste tipo de área é confinar o material dragado contaminado, de forma a que sejam minimizados os efeitos que produz sobre a saúde humana e sobre o ambiente, em geral.
Áreas de Disposição Confinada (ADC)
Áreas de Disposição Confinada são áreas construídas artificialmente, cercadas por diques e destinadas a conter os
materiais dragados contaminados, a fim de impedir seu vazamento para o meio ambiente.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 30
Tratamento do Material Contaminado
Os processos de tratamento dos materiais contaminados são:
Pré-tratamento. Tratamento físico-químico. Tratamento biológico. Tratamento térmico. Tratamento eletrocinético. Cimentação ou Imobilização.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 31
DIRETRIZ DE DRAGAGEM LC72 – Resolução LC.52(18) -Specific Guidelines for Assessment of Dredged Material
NECESSIDADE DE DRAGAR
CARACTERIZAÇÃO DOMATERIAL DRAGADO
O MATERIAL ÉACEITÁVEL?
SIM
NÃOO MATERIAL
PODE SETORNAR
ACEITÁVEL?
FONTES DECONTAMINAÇÃO
USOBENÉFICO ÉPOSSÍVEL?
IDENTIFICAR E CARACTERIZARLOCAL DE DISPOSIÇÃO
DETERMINAR OS IMPACTOSPOTENCIAIS E PREPARARHIPÓTESES DE IMPACTO
EXPEDIRPERMISSÃO?
IMPLEMENTAR O PROJETO EMONITORAR AS
CONFORMIDADES
USO BENÉFICO
MONITORAMENTO EAVALIAÇÃO
OUTRO
NÃO
SIM
NÃO
NÃO
SIM
SIM
Representação do limite da convenção
ANÁLISES QUÍMICAS? ECOTOXICIDADE?
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 32
Processo de avaliação do material de dragagem e da área de disposição segundo a Resolução CONAMA 344/04
QUAIS DIRETRIZES DE QUALIDADE DE SEDIMENTO?
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 33
Nível
1
Nível
2?????Maior Maior
probabilidade de probabilidade de efeitos adversosefeitos adversos
Grupo I Grupo II Grupo III
Dispensa estudos para disposição
Requer análises ecotoxicológicas
Requer estudos detalhados dos impactos
Pequena Pequena probabilidade de probabilidade de efeitos adversosefeitos adversos
Definição dos Níveis de Contaminação
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 34
ESTUDOS NO LOCAL DE DRAGAGEM
ESTUDOS NO LOCAL DE DISPOSIÇÃO
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 35
MODELO CONCEITUALDragagem e Disposição Marítima
Fonte: Workshop CPEA/FUNDESPA
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 36
MODELO CONCEITUALMonitoramento Ambiental
Fonte: Workshop CPEA/FUNDESPA
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 37
Dificuldades e Problemas da Aplicação da Resolução 344/04
• Cada porto no Brasil tem uma solução diferente para a disposição do material de dragagem;
• As áreas de disposição são muito heterogêneas – necessidade de estudos caso-a-caso;
• Desconhecimento dos valores de “background” regional;
• Subjetividade na interpretação dos “impactos significativos” no local de lançamento;
• Não há padronização metodológica – coleta, tratamento das amostras, análises;
• Poucas alternativas para avaliação ecotoxicológica de sedimentos – poucos testes padronizados ou normatizados;
• Falta de uniformidade entre os órgãos de controle ambiental;
• Falta de laboratórios que realizem as análises químicas e ecotoxicológicas de forma a cumprir corretamente o preconiza a resolução.
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 38
Perspectivas e Necessidades Futuras• Padronização dos dados gerados
• Compilação de dados que são gerados nos processos de licenciamento
• Criação de um banco de dados brasileiro
• Redefinição de padrões de qualidade de sedimentos daqui a 5 anos
• Encurtar a distância entre:
Geração do conhecimento científico
Aplicação prática por parte dos
empreendedores
Incorporação na legislação e
políticas públicas
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 39
Monitoramento ambiental permanente, com a identificação da qualidade da água, dos sedimentos e das comunidades bentônicas;
A modelagem matemática da hidrodinâmica das correntes na área portuária, com cenários de dados pré-dragagem, durante e pós-dragagem;
Plano de monitoramento dos impactos da atividade de dragagem tanto na área dragada quanto na de descarte;
Modelagem da dispersão de pluma de sedimentos nas áreas de descarte e dragagem;
Monitoramento das atividades pesqueiras desenvolvidas na área de influência direta das atividades de dragagem e de descarte e suas interações.
Perspectivas e Necessidades Futuras
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 40
Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP
www.portodesantos.com.br
EIA-RIMA para a Dragagem de Aprofundamento do Canal de Navegação e Bacias de Evolução do Porto Organizado de Santos - SP
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 41
Avanços no controle da poluição:
• Implementação de programas de controle das fontes atmosféricas
• Implementação de programas controle dos efluentes industriais
Sedimentos – passivo ambiental
Fontes:
• Henri Borden
• Efluentes industriais
• Fontes difusas
FONTES DE POLUIÇÃO DO SISTEMA ESTUARINO DE SANTOS E SÃO VICENTE
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 42
FONTES DE POLUIÇÃO E ÁREAS DE DISPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 43
ESTUDOS REALIZADOS NO
CANAL DO PORTO DE SANTOS
Compilação de dados:
• CETESB
• CODESP
• Trabalhos de pesquisa
• Novas coletas
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 44
Ponta do Munduba Ilha da Moela
1 2 3
4 5 6
7 8 95’
24°
46°20’W
Fonte: Carta 1711, DHN - Marinha do B rasil, 1998
ESTUDOS REALIZADOS NO
LOCAL DE DISPOSIÇÃO DE
SEDIMENTOS
• Análises químicas
• Ensaios ecotoxicológicos
• Modelagem matemática
Tipos de estudos:
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 45
MODELAGEM MATEMÁTICA – DISPERSÃO DOS SEDIMENTOS – simulação para 5 dias após lançamento
(sedimento na coluna d’água)
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 46
MODELAGEM MATEMÁTICA – DISPERSÃO DOS SEDIMENTOS – simulação para 5 dias após lançamento
(sedimento depositado no fundo)
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 50
Baía de Sepetiba: Monitoramento AmbientalBaía de Sepetiba: Monitoramento AmbientalEstações de Amostragem de SedimentosEstações de Amostragem de Sedimentos
Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro – CDRJ
www.portodorio.com.br DOCAS DO RIO
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 51
Baía de Sepetiba: Background RegionalBaía de Sepetiba: Background RegionalBAÍA DE SEPETIBA
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75
Número de Dados
Zinc
o (µ
g/g)
5090
CASO 1 CASO 2 CASO 3
Background RegionalContaminado
1° Nível de Ação
25
2° Nível de Ação
A-12A-13A-11
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 52
Baía de Sepetiba: Background RegionalBaía de Sepetiba: Background RegionalBaía de Sepetiba
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75
Número de Dados
Cád
mio
(µg/
g)
Background Regional
25
5090
CASO 1 CASO 2 CASO 3
1° Nível de Ação
2° Nível de Ação
Contaminado
A-13A-12A-11
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 53
Baía de Sepetiba:Baía de Sepetiba:Concentração de Zinco nos SedimentosConcentração de Zinco nos Sedimentos
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 54
Os estudos complementares visaram avaliar a forma como os metais pesados reagem diante das variações físico-químicas do ambiente e a sua dinâmica, considerando que a determinação das concentrações desses poluentes nos sedimentos não indica, de fato, um risco iminente.
A interação de componentes, tais como; a hidrodinâmica, as variações entre as fases de marés, as direções e velocidades de correntes na coluna d'água, a granulometria, a presença de carbono orgânico, a presença de sulfetos, e o potencial redox, são fatores que, entre outros, fundamentam a mobilidade dos metais no ecossistema aquático
Esta diferenciação entre os metais demonstra que a dinâmica de cada metal é distinta; o manejo da contaminação, portanto, não deve considerar todos os metais, mas sim caso a caso.
Baía de Sepetiba:Baía de Sepetiba:Estudos Complementares – Mobilidade dos MetaisEstudos Complementares – Mobilidade dos Metais
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 55
O modelo AVS¹/SEM², que determina a toxicidade de um sedimento devido a sua concentração em metais, permitiu distinguir áreas relativamente sensíveis, devido a sua baixa concentração de sulfetos, localizadas nas proximidades da ilha de Jaguanum.
O estudo demonstrou que as concentrações de zinco e cádmio na Baía de Sepetiba são elevadas, mas devido às igualmente elevadas concentrações de sulfetos, sua toxicidade ainda é baixa.¹ Extração dos sulfetos voláteis em meio ácido
² Quantificação dos metais simultaneamente extraídos
Baía de Sepetiba:Baía de Sepetiba:Estudos Complementares – Modelo de AtenuaçãoEstudos Complementares – Modelo de Atenuação
FRF-IME / CPEA / FEEMAFRF-IME / CPEA / FEEMA 56
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIAINSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA(REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA, FORTIFICAÇÃO E DESENHO,1792)(REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA, FORTIFICAÇÃO E DESENHO,1792)
José Carlos C. AmorimJosé Carlos C. AmorimChefe da Subdivisão de Pesquisa e ExtensãoChefe da Subdivisão de Pesquisa e Extensão
[email protected]@ime.eb.brTel.: 21-2546-7026Tel.: 21-2546-7026