propriedade rural sustentavel alan viegas

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  1  MANUAL DO PRODUTOR RURAL P P r r o o  p  p r r i i e e d d a a d d e e  R R u u r r a a l l  S S u u s s t t e e n n t t á á v v e e l l   Alan Veiga Viegas

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MANUAL DO PRODUTOR RURAL

P P r r o o  p  p r r i i e e d d a a d d e e R R u u r r a a l l  S S u u s s t t e e n n t t á á v v e e l l  

 Alan Veiga Viegas 

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SUMÁRIO 1 Apresentação........................................................................................................................4 2 Função Social da Propriedade Rural........................................................................................5 2.1 Definição ............................................................................................................................5 2.2 Amparo Legal:.......................................................................................................................5 3 Áreas de Reservas Legais......................................................................................................6 3.1 Definições ............................................................................................................................ 6 3.1.1 Reserva Legal: ......................................................................................................................6 3.1.2 Reserva Legal em Regime de Condomínio:.............................................................................. 6 3.1.3 Reserva Legal na Pequena Propriedade ou Posse Rural Familiar:.............................................. 7 3.1.4 Localização da Reserva Legal:................................................................................................ 7 3.1.5 Averbação: ............................................................................................................................ 7 3.1.6 Averbação Gratuita: ............................................................................................................... 8 3.1.7 Cômputo da Área de Preservação Permanente com a Reserva legal:......................................... 8 3.1.8 Reserva Legal com Percentual Inferior ao Estabelecido em lei:...................................................8 3.1.9 Compensação da Área de Reserva Legal :............................................................................... 8

 3.2 Procedimento para Averbação: ............................................................................................... 9 3.3 Manejo Florestal da Área de Reserva Legal............................................................................ 10 4 Áreas de Preservação Permanente, Matas Ciliares e Corredores Ecológicos ............................11 4.1 Definições: .......................................................................................................................... 11 4.1.1 Área de Preservação Permanente:........................................................................................11 4.1.2 Área de Preservação Permanente no Entorno dos Reservatórios Artificiais:...............................12 4.1.3 Matas Ciliares:.....................................................................................................................13 4.1.4 Corredor Ecológico:.............................................................................................................. 14 4.2 Amparo Legal: ...................................................................................................................14 5 Imposto Territorial Rural - ITR: ..........................................................................................14 5.1 Definição .......................................................................................................................... 14 5.2 Isenção ..........................................................................................................................14 5.3 Imunidade ..........................................................................................................................14 5.4 Áreas não tributáveis.........................................................................................................15 5.5 Amparo Legal ....................................................................................................................15 6 Pequena Propriedade Rural ou posse rural familiar: ......................................................... 15 6.1 Definição .......................................................................................................................... 15 6.2 Amparo Legal ....................................................................................................................15 7 Sistemas Agroflorestais – SAF’s .......................................................................................15 8 Área Degradada ................................................................................................................16 8.1  Definição: ..........................................................................................................................16 8.2  Como acontece a degradação?.........................................................................................16 8.3 Como evitar a degradação da área : ................................................................................17 8.4 Como recuperar a área degradada? .................................................................................17 

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9 Conservação dos Recursos Naturais ................................................................................ 17 10 Desmatamento ..................................................................................................................17 10.1 Definição ..........................................................................................................................17 10.2 O que o proprietário deve fazer antes de efetuar o desmatamento................................... 17 10.3 Compete ao produtor rural.................................................................................................18 10.4 Desmatamento em Assentamentos Rurais ....................................................................... 18 10.5 Regra geral para o desmatamento....................................................................................19 11 Queimadas e incêndios na Propriedade Rural ..................................................................19 12 A Importância de se Plantar Florestas............................................................................... 20 13 Glossário de conceitos e termos usuais.............................................................................24

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2 – Função Social da Propriedade Rural

2.1 – Definição

A propriedade rural cumpre com a suafunção social quando se torna produtiva

sem agredir ao meio ambiente. A suautilização deve ser feita de forma racionale adequada, visando a manutenção doequilíbrio ecológico e a garantia da saúde, da qualidade de vida e do bem-estarsocial e econômico dos seus proprietáriose daqueles que nela trabalham, bem comode suas famílias. O não cumprimento dafunção social torna a propriedade ruralpassível de desapropriação para fins dereforma agrária. Para tornar a propriedade

rural socialmente justa, faz-se necessárioatender aos seguintes requisitos :

a) Aproveitamento racional e adequado: É o aproveitamento que atinge osgraus de utilização da terra e deeficiência na exploração especificadosno artigo 6º da Lei nº 8.629, de 1993,preservando o meio ambiente emanejando adequadamente os solos.

b) Utilização adequada dos recursosnaturais disponíveis :Quando a exploração se fazrespeitando a vocação natural daterra, de modo a manter o potencialprodutivo da propriedade.

c) Preservação do meio ambiente : visa a manutenção das característicaspróprias do meio natural e da

qualidade dos recursos ambientais, namedida adequada à manutenção doequilíbrio ecológico da propriedade eda saúde e qualidade de vida dascomunidades vizinhas.

d) Observação das disposições queregulam as relações de trabalho : Respeitar as leis trabalhistas, oscontratos coletivos de trabalho e asdisposições que disciplinam os

contratos de arrendamento e parceriarurais.

e) Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dostrabalhadores rurais :Objetiva o atendimento dasnecessidades básicas dos quetrabalham a terra, observa as normas

de segurança do trabalho e nãoprovoca conflitos e tensões sociais noimóvel.

2.2 – Amparo Legal:

Art. 6º e 9º, da Lei nº 8.629, de 25 defevereiro de 1993.

A propriedade rural cumpre com a sua funçãosocial quando se torna produtiva, sem agredir aomeio ambiente

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3 – Áreas de Reservas Legais

3.1 – Definições

3.1.1 – Reserva Legal:

É uma área localizada no interior dapropriedade ou posse rural, que deve sermantida com a sua cobertura vegetal nativa,seja de florestas ou outras formas devegetação, por ser necessária ao usosustentável dos recursos naturais, ao abrigoe proteção da fauna e flora nativas, àconservação da biodiversidade ereabilitação dos processos ecológicos.

A legislação vigente estabelece umpercentual mínimo de 80% de reserva legalpara as propriedades rurais localizadas emáreas de florestas na Amazônia Legal,podendo este percentual ser reduzido paraaté 50% quando existir zoneamentoecológico econômico e zoneamento

agrícola, indicando claramente apossibilidade técnica desta redução. Paraas propriedades rurais localizadas em áreasde cerrado da Amazônia Legal, o percentualde reserva legal é de 35% . Nos demaisecossistemas e regiões do país, o

percentual de reserva legal é de 20% dototal da propriedade.

Não faz parte da área de reserva legal asáreas de preservação permanente, osproprietários rurais devem declará-lasseparadamente e delas cuidar de acordocom a legislação vigente.

3.1.2 – Reserva Legal em Regime deCondomínio:

É a área destinada à reserva legal,instituída por mais de uma propriedade ruralem regime de condomínio. Neste caso, osproprietários que não possuem em seusimóveis o percentual mínimo de reserva

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legal, poderão em conjunto adquirir umimóvel rural localizado na mesma baciahidrográfica e destiná-lo a compensar asreservas de suas propriedades, respeitandoo percentual mínimo em relação a cada

imóvel, inclusive do imóvel adquirido paraeste fim, mediante aprovação do órgãoambiental competente e as devidasaverbações referente a todos os imóveisenvolvidos.

3.1.3 – Reserva Legal na PequenaPropriedade ou Posse Rural Familiar:

Para o cumprimento da manutenção oucompensação da área de reserva legal empequena propriedade ou posse ruralfamiliar, podem ser computados os plantiosde árvores frutíferas ornamentais ouindustriais, compostos por espéciesexóticas, cultivadas em sistema intercalarou em consórcio com espécies nativas.

3.1.4 – Localização da Reserva Legal:

A Área de reserva legal deve ser escolhidapelo proprietário e ser aprovada pelo órgãoambiental estadual competente ou,

mediante convênio, pelo órgão ambientalmunicipal ou outra instituição devidamentehabilitada, devendo ser considerados, noprocesso de aprovação, a função social dapropriedade, e os seguintes critérios einstrumentos, quando houver: o plano de 

bacia hidrográfica; o plano diretor municipal; o zoneamento ecológico-econômico; outras categorias de zoneamento ambiental e a proximidade com outra reserva legal, área de preservação permanente, unidade de conservação ou outra área legalmente protegida.

3.1.5 – Averbação:

A área de reserva legal deve ser averbada à

margem da inscrição de matrícula doimóvel, no registro de imóveis competente,sendo vedada a alteração de sua

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destinação, nos casos de transmissão, aqualquer título, de desmembramento ou deretificação de área, com as exceçõesprevistas na Lei nº 4.771/65 – CódigoFlorestal.Na posse, a reserva legal é assegurada por

Termo de Ajustamento de Conduta, firmadopelo possuidor com o órgão ambientalestadual ou federal competente, com forçade título executivo e contendo, no mínimo, alocalização da reserva legal, as suascaracterísticas ecológicas básicas e aproibição de supressão de sua vegetação,aplicando-se, no que couber, as mesmasdisposições previstas na legislação vigentepara a propriedade rural.

3.1.6 – Averbação Gratuita:

A averbação da reserva legal da pequenapropriedade ou posse rural familiar égratuita, devendo o Poder Público prestarapoio técnico e jurídico, quando necessário.

3.1.7 – Cômputo da Área de PreservaçãoPermanente com a Reserva legal:

Será admitido, pelo órgão ambientalcompetente, o cômputo das áreas relativasà vegetação nativa existente em área depreservação permanente no cálculo depercentual de reserva legal, desde que nãoimplique em conversão de novas áreas parao uso alternativo do solo, e quando a somada vegetação nativa em área depreservação permanente e reserva legalexceder a oitenta por cento da propriedaderural localizada na Amazônia Legal,

cinquenta por cento da propriedade rurallocalizada nas demais regiões do país e,vinte e cinco por cento da pequenapropriedade cuja área não supere:

a) Cinquenta hectares, se localizada nopolígono das secas ou a leste domeridiano de 44ºW, do estado doMaranhão; e

b) Trinta hectares, localizada emqualquer outra região do País.

3.1.8 – Reserva Legal com Percentual Inferiorao Estabelecido em lei:O proprietário ou possuidor de imóvel ruralcom área de reserva legal em extensãoinferior ao que estabelece a legislaçãovigente, deve adotar as seguintes

alternativas, isoladas ou conjuntamente:

I – recompor a reserva legal de suapropriedade mediante o plantio, a cada trêsanos, de no mínimo 1/10 da área totalnecessária à sua complementação, comespécies nativas, de acordo com critériosestabelecidos pelo órgão ambientalestadual competente;

II – conduzir a regeneração natural da

reserva legal, neste caso, somente quandosua viabilidade for comprovada por laudotécnico e autorizada pelo órgão ambientalestadual competente;

III – compensar a reserva legal por áreaequivalente em importância ecológica eextensão, desde que pertença ao mesmoecossistema e esteja localizada na mesmamicrobacia, conforme critérios estabelecidosem regulamento.

Na recomposição de que trata oinciso I, o órgão ambiental estadualcompetente deve apoiartecnicamente a pequena propriedadeou posse rural familiar.

3.1.9 – Compensação da Área de ReservaLegal :

O proprietário ou possuidor de imóvel ruralcom área de floresta ou outra forma devegetação nativa em extensão inferior aospercentuais mínimos estabelecidos pelalegislação vigente tem as seguintesalternativas: recompor a reserva legalmediante o plantio de espécies florestaisnativas , conduzir a regeneração naturalquando sua viabilidade for comprovada porlaudo técnico ou compensá-la por outraárea.

A compensação pode ser implementadamediante o arrendamento de área

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averbada sob regime de servidão florestalou reserva legal. O arrendamento de áreade reserva legal somente ocorrerá, quandona propriedade rural do arrendador existirárea de reserva legal devidamenteaverbada, em extensão superior aos

percentuais mínimos estabelecidos em lei.Assim, a área com excedente de vegetaçãonativa poderá ser negociada paracompensar a área de reserva legal de outrapropriedade, respeitado o percentual legalmínimo em relação a cada imóvel envolvido.

Outra forma de compensação se dá pormeio da aquisição de Cotas de ReservaFlorestal – CRF. Tais Cotas são títulosrepresentativos de vegetação nativa sob

regime de servidão florestal, de ReservaParticular do Patrimônio Natural ou reservalegal instituída voluntariamente emextensão superior aos percentuais mínimosexigidos por lei.

Em todas as formas de compensação faz-se necessário por exigência legal, que aárea a ser arrendada seja equivalente emimportância ecológica e extensão, quepertença ao mesmo ecossistema e esteja

localizada na mesma microbaciahidrográfica.

Na impossibilidade de compensação dareserva legal dentro da mesma microbaciahidrográfica, deve o órgão ambientalestadual competente aplicar o critério demaior proximidade possível entre apropriedade desprovida de reserva legal e aárea escolhida para compensação, desdeque na mesma bacia hidrográfica e no

mesmo Estado.

O proprietário rural deve ficar atento, nomomento de decidir pelo regime em queaverbará a sua área com cobertura vegetalnativa excedente, uma vez que a instituiçãoda servidão florestal pode ser temporáriaou permanente e, a área sob regime dereserva legal, tem caráter permanente e amesma limitação de uso imposta aopercentual legal mínimo referente à reservada propriedade .

Amparo Legal : M. P. Nº 2.166/67, de2001.

3.2 – Procedimento para Averbação:

a) Documentação necessária:

1 – O Processo terá inicio com aassinatura do requerimento por parte dointeressado ou seu representante legal

2 – Documento da propriedade doimóvel, que podem ser:

2.1 – Escritura da propriedadecontendo o memorial descritivo,acompanhada de certidão de breve relatocom data da expedição de até 90 (noventa)dias ou;

2.2 – Certidão de registro de inteiroteor, com data de expedição de até 90(noventa) dias, ou:

2.3 – Formal de Partilha de processode inventário já em curso, acompanhado docompetente alvará judicial podendo oinventariante requerer o protocolo em nomede todos o herdeiros ou quaisquer dosherdeiros requerer em seu próprio nomecom anuência dos demais herdeiros e doinventariante, ou:

2.4 – Documentos de posse, comsentença transitada em julgadoreconhecendo o direito de eventual ação deusucapião, registrada junto ao Cartório deRegistro de imóveis competente.

3 – INCRA (ITR) atualizado;4 – Dados do Proprietário nº de

identidade, CPF/CGC, procuração, se for ocaso;

5 – Croqui de localização e roteiro

indicativo de acesso à propriedade;6 – Mapa da propriedade;

b) – Fluxo de Processo

1 – Protocolado o requerimento, numprazo de até 180 (cento e oitenta) dias, serárealizado a vistoria técnica na propriedade,anexando o respectivo laudo de vistoria aoprocesso;

2 – Recolhimento de taxa de vistoria

correspondente;3 – Juntada dos demais documentosnecessários;

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4 – Estabelecimento de um prazomáximo de 180 (cento e oitenta) dias paraque o proprietário apresente o mapa dapropriedade;

5 – Preenchimento pelo OrgãoAmbiental do Termo de Responsabilidade

de Averbação de Reserva Legal, ou Termode compromisso de Averbação de ReservaLegal, conforme for o caso;

6 – Levar ao Cartório, Mapa daPropriedade e termo de responsabilidade deAverbação de Reserva legal, proceder aaverbação na matrícula do imóvel;

7 – Devolução das vias do mapa e dotermo ao processo, comprovando aaverbação mediante carinho aposto aosdocumentos ou por certidão;

8 – Arquivamento do processo junto aoÓrgão Ambiental.

c) Mapa da Propriedade

O Mapa da propriedade deverá serapresentado em 04 (quatro) vias que terãoa seguinte destinação: 1ª via doproprietário, 2ª via do processo (ÓrgãoAmbiental), 3ª via da fiscalização (BatalhãoFlorestal) e 4ª via do cartório de Registro deImóveis, obedecendo a relação área dapropriedade e escala conformediscriminação abaixo:

- 001 a 100 ha 1 : 2.500- 101 a 500 ha 1 : 5.000- 501 a 5.000 ha 1 : 10.000- Acima de 5.000 ha 1 : 20.000

 Discriminação das áreas e sua locação no

mapa com seguintes informações:

a) Área total da propriedade;b) Áreas de Preservação Permanente

e de Reserva Legal;c) Áreas Florestais;d) Áreas de exploração econômica,

tais como pastagens, agricultura,reflorestamentos, etc;

e) Locação de infra-estruturaconstruída, edificações, cercas

estradas, rede de energia elétrica,etc.;

f) Locação da hidrografia;

g) Confrontantes;h) Coordenadas geográficas e

orientação do norte magnético;i) Memorial descritivo da linha

perimétrica da propriedade e daÁrea de Reserva Legal, indicando

rumos e distâncias; j) Data e assinatura por técnicohabilitado.

k) Diferenças entre a área da escriturae a do mapa de até 10% (dez porcento) serão aceitas, prevalecendopara efeito de averbação a área domapa, ficando o proprietárioobrigado a retificação prévia dosdocumentos, caso a diferença sejamaior.

3.3 – Manejo Florestal da Área de ReservaLegal

A vegetação da área de reserva legal podeser utilizada somente por meio do manejoflorestal sustentável, assim, o interessadoem explorá-la para obtenção de benefícioseconômicos e sociais deve utilizar-se doPlano de Manejo Florestal Sustentável, queé um documento técnico onde constamtodas as atividades a serem executadasdurante o período do manejo e que tem porprincípio, assegurar que a área de reservalegal seja explorada respeitando-se osmecanismos de sustentação doecossistema objeto do manejo, ou seja, aconservação dos recursos naturais, aconservação da estrutura da floresta e desuas funções e a manutenção dabiodiversidade.

O Plano de Manejo Florestal Sustentáveldeve ser registrado no IBAMA ou órgãoambiental competente.

3.4 – Amparo Legal: Lei nº 4.771/65-CódigoFlorestal e Medida provisória nº 2.166-67,de 2001.

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4 – Áreas de Preservação Permanente,Matas Ciliares e Corredores Ecológicos

4.1 – Definições:4.1.1 – Área de Preservação Permanente:É a área coberta ou não por vegetaçãonativa, com a função ambiental de preservaros recursos hídricos, a paisagem, aestabilidade e a fertilidade do solo, abiodiversidade, assim como, de proteger afauna e a flora e assegurar o bem-estar das

populações humanas. A área depreservação permanente é intocável e asupressão parcial ou total da suavegetação só será autorizada em caso deutilidade pública ou de interesse social.

Quando tratar-se de área de preservaçãopermanente em propriedade rural, a suasupressão dependerá de autorização doórgão ambiental competente.

  Constitui Área de PreservaçãoPermanente a área situada:

I - em faixa marginal, medida a partir donível mais alto, em projeção horizontal, comlargura mínima, de:a) trinta metros, para o curso d`água commenos de dez metros de largura;b) cinqüenta metros, para o curso d`água

com dez a cinqüenta metros de largura;c) cem metros, para o curso d`água comcinqüenta a duzentos metros de largura;d) duzentos metros, para o curso d`águacom duzentos a seiscentos metros delargura;e) quinhentos metros, para o curso d`águacom mais de seiscentos metros de largura;

II - ao redor de nascente ou olho d`água,ainda que intermitente, com raio mínimo decinqüenta metros de tal forma que proteja,em cada caso, a bacia hidrográficacontribuinte;

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III - ao redor de lagos e lagoas naturais, emfaixa com metragem mínima de:a) trinta metros, para os que estejamsituados em áreas urbanas consolidadas;b) cem metros, para as que estejam emáreas rurais, exceto os corpos d`água com

até vinte hectares de superfície, cuja faixamarginal será de cinqüenta metros;

IV - em vereda e em faixa marginal, emprojeção horizontal, com largura mínima decinqüenta metros, a partir do limite doespaço brejoso e encharcado;

V - no topo de morros e montanhas, emáreas delimitadas a partir da curva de nívelcorrespondente a dois terços da altura

mínima da elevação em relação a base;

VI - nas linhas de cumeada, em áreadelimitada a partir da curva de nívelcorrespondente a dois terços da altura, emrelação à base, do pico mais baixo dacumeada, fixando-se a curva de nível paracada segmento da linha de cumeadaequivalente a mil metros;

VII - em encosta ou parte desta, comdeclividade superior a cem por cento ouquarenta e cinco graus na linha de maiordeclive;

VIII - nas escarpas e nas bordas dostabuleiros e chapadas, a partir da linha deruptura em faixa nunca inferior a cemmetros em projeção horizontal no sentido doreverso da escarpa;

IX - nas restingas:a) em faixa mínima de trezentos metros,medidos a partir da linha de preamarmáxima;b) em qualquer localização ou extensão,quando recoberta por vegetação comfunção fixadora de dunas ou estabilizadorade mangues;

X - em manguezal, em toda a sua extensão;XI - em duna;

XII - em altitude superior a mil e oitocentosmetros, ou, em Estados que não tenham

tais elevações, à critério do órgão ambientalcompetente;

XIII - nos locais de refúgio ou reprodução deaves migratórias;

XIV - nos locais de refúgio ou reprodução deexemplares da fauna ameaçadas de extinçãoque constem de lista elaborada pelo PoderPúblico Federal, Estadual ou Municipal;

XV - nas praias, em locais de nidificação ereprodução da fauna silvestre;

Nota: Na ocorrência de dois ou mais morros oumontanhas cujos cumes estejam separadosentre si por distâncias inferiores a quinhentos

metros, a Área de Preservação Permanenteabrangerá o conjunto de morros ou montanhas,delimitada a partir da curva de nívelcorrespondente a dois terços da altura emrelação à base do morro ou montanha de menoraltura do conjunto, aplicando-se o que segue:I - agrupam-se os morros ou montanhas cujaproximidade seja de até quinhentos metros entreseus topos;II - identifica-se o menor morro ou montanha;III - traça-se uma linha na curva de nívelcorrespondente a dois terços deste; eIV - considera-se de preservação permanentetoda a área acima deste nível.

4.1.2 – Área de Preservação Permanente noEntorno dos Reservatórios Artificiais:

Constitui Área de Preservação Permanente aárea com largura mínima, em projeçãohorizontal, no entorno dos reservatóriosartificiais, medida a partir do nível máximonormal de:

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I - trinta metros para os reservatórios artificiaissituados em áreas urbanas consolidadas e cemmetros para áreas rurais;

II - quinze metros, no mínimo, para osreservatórios artificiais de geração de energia

elétrica com até dez hectares, sem prejuízo dacompensação ambiental.

III - quinze metros, no mínimo, parareservatórios artificiais não utilizados emabastecimento público ou geração de energiaelétrica, com até vinte hectares de superfície elocalizados em área rural.

§ 1º Os limites da Área de PreservaçãoPermanente, previstos no inciso I, poderão ser

ampliados ou reduzidos, observando-se opatamar mínimo de trinta metros, conformeestabelecido no licenciamento ambiental e noplano de recursos hídricos da bacia onde oreservatório se insere, se houver.

4.1.3 – Matas Ciliares: Estão inseridas dentrodas áreas de preservação permanenteexistentes nas margens dos córregos, riachos,ribeirões, rios ou qualquer curso d’água etambém, nas nascentes, olhos d’água, lagos,lagoas, barragens, açudes e represas naturaisou artificiais. Elas são representadas por faixasestreitas de vegetação nativa, que se debruçamsobre as águas protegendo o ambiente por elascoberto, assim como, os cílios protegem osolhos. É por isso que recebem esse nome.

As faixas de matas ciliares, sendo parteintegrante das faixas marginais das áreas depreservação permanente, contribuem

significativamente com a sustentabilidadeeconômica, social e ambiental da propriedaderural, proporcionando, dentre outros, osseguintes benefícios:

I – Evitam a erosão e o empobrecimento do solopor elas coberto e funcionam como barreirasnaturais que impedem o carreamento de terra eoutros detritos trazidos pela enxurrada, inclusiveresíduos de produtos tóxicos – veneno, evitandodesta forma que tudo vá parar dentro d’água, o

que causaria o assoreamento dos rios e lagos ea conseqüente diminuição da oferta de água,

que é o recurso natural mais valioso dapropriedade rural.

II – Oferecem condições favoráveis de vida paraa fauna silvestre e aquática, servindo-lhes deproteção e abrigo e produzindo o alimento que

necessitam, tais como, raízes, folhas, flores,frutos e até mesmo os insetos que nelasproliferam servem de alimento, principalmentepara os peixes.

III - Funcionam como corredores ecológicos,possibilitando maior segurança e liberdade paraa passagem e circulação de espécies de aves eanimais silvestres.

É importante observar que é proibido explorar o

solo com atividade agropecuária ou qualqueroutra, deixando somente a faixa de mata ciliar.Neste caso, deve-se obedecer o que determinao art. 2.º da Lei nº 4.771/65 – Código Florestal.

Mata Ciliar Preservada trazendo inúmeros benefíciospara as propriedades rurais

Mata Ciliar Degradada deixando o rio sem proteção

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A ausência da Mata Ciliar favorece a formação devoçorocas, queda de árvores, perda de solo,contaminação e assoreamento dos rios

4.1.4 – Corredor Ecológico: Sãorepresentados na propriedade rural, porfaixas de terras cobertas por vegetaçãonativa e que se destinam a dar liberdade esegurança para a passagem e circulaçãode aves e animais silvestres, bem como,para possibilitar a dispersão de sementesdas espécies vegetais neles existentes.

Na demarcação da reserva legal, oproprietário rural deve cuidar para que elapermaneça interligada por corredor

ecológico com as áreas de preservaçãopermanente, em especial, com aquelasque margeiam os cursos d’água, assim, épossível estabelecer conexão com asáreas de preservação permanente,corredores ecológicos e reservas legaisdas propriedades vizinhas.

No caso da existência de área desmatada,que inviabilize o corredor ecológico, a áreadeve ser recomposta artificialmente com o

plantio de espécies vegetais nativasregionais, ou por meio de regeneraçãonatural se for comprovada a suaviabilidade técnica.

Os corredores ecológicos são importantespara a natureza e traz benefícios para aspessoas que vivem no meio rural, uma vezque contribuem com a conservação dabiodiversidade, com a quantidade equalidade das águas, com a fertilidade do

solo, com a qualidade do ar e o equilíbriodo clima e com o embelezamento daspaisagens.

Agindo desta forma, o proprietário rural fazcom que a sua propriedade cumpra comsua função social, tornando-a muito maisagradável e saudável para se viver.

4.2 – Amparo Legal: Lei nº 4771, de 1965 – Código Florestal, Medida provisória2166/67 de 2001 e Resolução doCONAMA nº 302 e 303 de 20/03/02

5 – Imposto Territorial Rural - ITR:

5.1 – Definição: Trata-se de um imposto deapuração anual que tem como fato geradora propriedade, o domínio útil ou a posse de

terras localizadas na zona rural. Destaforma, deve contribuir com o ITR oproprietário de imóvel rural, o titular de seudomínio útil ou o seu possuidor a qualquertítulo.

5.2 – Isenção: É isento do imposto o imóvelrural compreendido em programa oficial dereforma agrária, caracterizado comoassentamento e que atenda aos seguintesrequisitos:

• seja explorado por associação oucooperativa de produção;

• a gleba de terra por família que tenha aárea de pequena propriedade, conformeespecificado no item 6.1;

• o assentado não possua outro imóvel.

O proprietário que possua mais de umimóvel rural, cuja área total seja igual ou

inferior à pequena propriedade conformeespecificado no item 6.1 também é isentodo imposto, observados os seguintesrequisitos:• explore só ou com sua família, podendo

receber ajuda eventual de terceiros;• Não possua imóvel urbano.

5.3 – Imunidade: A pequena propriedadeé imune e por isso não contribui com o ITR,ou seja, não paga o imposto desde que, o

seu proprietário não possua outro imóvel enela trabalhe para retirar o seu sustento, sóou com sua família.

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Os assentados pela reforma agráriae os pequenos proprietários rurais,conforme descritos nos itens 5.2 e5.3, não pagam o ITR.

São consideradas pequenas propriedadesrurais os imóveis com área igual ou inferiora:

I – 100 ha, se localizado em municípiocompreendido na Amazônia Ocidental ou noPantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

II – 50 ha, se localizado em município

compreendido no Polígono das Secas ou naAmazônia Oriental;III – 30 ha, se localizado em qualquer outromunicípio.

5.4 – Áreas não tributáveis: As áreaslocalizadas no interior da propriedade rural,sobre as quais o proprietário não paga oimposto são:

• De reserva legal;• De preservação permanente;• De interesse ecológico para proteção

dos ecossistemas, assim declaradas

por ato do órgão ambientalcompetente, federal ou estadual;

• Comprovadamente imprestáveis paraqualquer exploração agrícola,pecuária, granjeira, aqüícola ouflorestal, declaradas de interesse

ecológico por ato do órgão ambientalcompetente, federal ou estadual;• Sob regime de servidão florestal.

5.5 – Amparo Legal: Lei nº 9.393, de 1996.

6 – Pequena Propriedade Rural ou posserural familiar:

6.1 – Definição: É um imóvel rural que,direta e pessoalmente explorado peloagricultor e sua família lhes absorvatoda a força de trabalho, admitida aajuda eventual de terceiro, garantido-lhes a subsistência e o progresso sociale econômico. O tamanho da pequenapropriedade ou posse rural familiar évariável conforme a região onde selocaliza, que pode ser de 30, 50 ou 150hectares.

6.2 – Amparo Legal: Medida Provisória2166-67, de 2001.

7 – Sistemas Agroflorestais – SAF’sA atividade agroflorestal é uma forma demanejo e uso dos recursos naturais,representada pelo plantio de árvoresdestinadas à produção e ao corte emconsórcio com o cultivo de lavouras e frutase a criação de animais, simultaneamentedistribuídos numa mesma área ou em

seqüência temporal.

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Tal sistema não chega a ser uma grandenovidade para quem trabalha no meio rural,principalmente no caso das pequenaspropriedades ou posses rurais familiares,uma vez que, neste caso, todos os espaçosde terras são aproveitados com a plantaçãode lavouras, de pastagens, e com a criaçãode animais. Assim, para que fiquecaracterizado o sistema agroflorestal, faltaapenas plantar árvores florestais com finsprodutivos.

É bom lembrar a importância social,econômica e ambiental, representada pelacombinação de árvores com agricultura epecuária. A propriedade rural assimordenada e manejada, torna-se maissaudável para se morar, aumenta a rendada área, protege e enriquece o solo,melhora a quantidade e a qualidade daságuas, mantém o equilíbrio do meio

ambiente.

8- Área Degradada

8.1 – Definição:É uma parte de terra danificada, fraca epobre, que não serve para criar animaisnem para produzir alimentos.

8.2 - Como acontece a degradação?O desmatamento desordenado, a ocupaçãode áreas impróprias ao cultivo, o usoincorreto do fogo, a utilização de máquinase implementos de forma inadequada, o usoindiscriminado de agrotóxicos, aconcentração de animais que provoca acompactação do solo por pisoteio intensivo.São estes os principais fatores que acabamcom a camada rica do solo, deixando a terra

exposta e desprotegida da ação dos ventose das chuvas, podendo dar início aprocessos de erosão e formação devoçorocas.

O uso inadequado do solo e a falta de coberturavegetal expõem o solo à ação dos ventos e daschuvas, originando processos erosivos, formaçãode voçorocas, perda de solo e fertilidade

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8.3 – Como evitar a degradação da área :

Adotando as técnicas de manejo econservação do solo quando da utilizaçãode novas áreas destinadas à práticaagropecuária, de forma a garantir que o solo

permaneça coberto com a sua camada dematéria orgânica o mais próximo possívelda sua condição natural. Ao escolher aárea a ser trabalhada deve-se antesidentificar a sua vocação natural, ou seja, sea terra é realmente boa para a prática deagricultura ou pecuária. É preciso tambémtomar alguns cuidados, tais como, evitardesmatamentos desnecessários, preservaras áreas de reserva legal e de preservaçãopermanente, evitar ao máximo o uso do

fogo, preparar o solo em curvas de nível,proceder a análise do solo, usar adubosapropriados, controlar a erosão, praticar arotação de culturas e pastagens, combateras pragas e doenças, utilizar agrotóxicosconforme recomendação técnica, usarmáquinas e implementos adequados,manejar corretamente os animais evitandopisoteio intensivo, dentre outros.

8.4 – Como recuperar a área degradada?

A recuperação da área degradada deve serfeita visando devolver ao local as condiçõesambientais antes existentes e pode serfeita de duas formas :

I ) se a degradação não estiver em estágiomuito avançado, é possível recuperar aárea por meio da regeneração natural davegetação nativa.

II ) a área em estágio muito avançado dedegradação só pode ser recuperada com aimplantação de reflorestamento oupastagens, por meio de técnicas e manejode conservação do solo. Neste caso, antesdo plantio das mudas ou sementes dasespécies escolhidas, nativas ou exóticas,deve-se providenciar a análise da terra, queindicará a forma adequada de utilização deadubos, calcário e outros insumos

fertilizantes.

9– Conservação dos Recursos NaturaisOs recursos naturais existentes na propriedaderural ,solo, água, fauna, flora, devem sermanejados de forma sustentável, para que possaassegurar a manutenção e a preservação dabiodiversidade e a obtenção contínua de

benefícios sociais, econômicos e ambientais. Omanejo sustentável dos recursos naturais seresume em explorá-los respeitando tudo que anatureza nos oferece e a vocação natural daterra, de modo a manter o potencial produtivo dapropriedade e a manutenção dos recursosnaturais nela existentes para as presentes efuturas gerações. 

10 – Desmatamento

10.1 – DefiniçãoEntende-se por Desmatamento a operação desupressão total da vegetação nativa dedeterminada área para o uso alternativo dosolo.

Considera-se nativa toda vegetação original,remanescente ou regenerada, caracterizadapelas florestas, capoeiras, cerradões, cerrados,campos, campos limpos, vegetações rasteiras,

etc.• Assim, é entendido que a

retirada de toda vegetaçãooriginal de uma determinadaárea caracteriza oDesmatamento.

• Considera-se como usoalternativo do solo o empregode outra atividade, comoagricultura e pecuária, em uma

área anteriormente ocupadapela vegetação nativa.10.2 - O que o proprietário deve fazerantes de efetuar o desmatamento

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O primeiro passo é um ato deconsciência do proprietário. Jásabendo da importância de semanter em sua propriedade áreascom vegetação nativa, combenefícios diretos para a fauna,

flora água e solo, o proprietáriodeve observar se já não existemáreas desmatadas em suapropriedade que possam servirpara os propósitos desejados.

Um segundo passo seria o proprietário,sabendo que o desmatamento envolveum impacto ao meio ambiente dos maisacentuados, devido à descaracterizaçãototal do ambiente natural, considerar o

desmatamento como sendo a últimaalternativa, pois se a área desejada parao desmate ainda possui uma boa reservade madeira, com madeira de boaqualidade em quantidadeseconomicamente viáveis, ao invés de sedesmatar, existe a possibilidade deimplantar na área um Plano de ManejoFlorestal Sustentado, onde o proprietáriotem, por meio de técnicas específicas, aoportunidade de manter um estoque de

madeira em crescimento enquantoaproveita o potencial de madeiradisponível como alternativa de renda napropriedade.

Nos casos em que a área solicitadarealmente depende do corte raso davegetação para possibilitar o uso agrícolaou a formação de pastagens, oproprietário possui a alternativa deintercalar faixas de vegetação nativa

entre as áreas de plantio, reduzindodesta forma os impactos envolvidos coma perda de solo, processos erosivos eformação de voçorocas.

O Desmate feito em faixas protege o soloevitando a perda de fertilidade e a formação devoçorocas

Se a alternativa for realmente a de realizar oDesmatamento, o proprietário necessitaráde uma autorização específica. Para tantodeve ser procurado o IBAMA ou órgãoambiental estadual competente. 

10.3 - Compete ao produtor rural

O proprietário rural interessado em efetuar oDesmatamento de uma área na suapropriedade, deve protocolar em qualquerunidade do IBAMA ou órgão ambientalestadual competente o requerimento edocumentos necessários, de acordo com aregião do país e o tamanho da propriedade,acompanhados de um Plano ou Projeto deDesmate. 

10.4 - Desmatamento em AssentamentosRuraisPara o caso específico dos AssentamentosRurais, as instituições responsáveisdeverão apresentar ao IBAMA ou órgãoambiental estadual competente, a seguintedocumentação: 

I – Documento de Criação do Projetode Assentamento - PA;

II – No caso de PA com parcelas

medidas e demarcadas, a planta geral domesmo contendo: as áreas de conservaçãoe de utilização e demais áreas; além da

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hidrografia; confrontantes; coordenadasgeográficas; escala e convenções;

III - No caso de PA sem oparcelamento implementado, a planta com operímetro, contendo localização aproximadadas parcelas (mediante plotagem, dentrodos limites do PA, de 01 ponto decoordenadas UTM/Geográficas, indicativode cada parcela). As plantas deverão contera identificação das áreas de conservação einformações se as mesmas estãoaverbadas ou não;

IV - Relação de Beneficiários doSistema de Informação de Projetos deReforma Agrária - SISPRA e suas

respectivas parcelas no Projeto deAssentamento, no caso de projetos doInstituto Nacional de Colonização eReforma Agrária – INCRA; e

V – Documentos paradescaracterizações de até 3ha ao ano eacima de 3ha ao ano, respectivamente.Para solicitação da Autorização deDesmatamento de no máximo 3ha/ano ointeressado deve protocolar o requerimento

simplificado, juntamente com o DIPRO, noIBAMA ou órgão conveniado no Estado,observando as proibições e limitespermitidos para conversão, conformedisposto na legislação vigente. Paraconversões superiores a 3ha/ano, deve-seprotocolar o requerimento completo.

10.5 - Regra geral para o desmatamento

O proprietário rural é obrigado a utilizar omaterial lenhoso e outras formas vegetaisde interesse biológico/econômico,proveniente de derrubada para fins de usoalternativo do solo.

A concessão da autorização paradesmatamento fica condicionada aapresentação do Termo deResponsabilidade de Averbação deReserva Legal ou do Termo deCompromisso para Averbação de Reserva

Legal, devidamente averbado à margem damatrícula do imóvel, no Cartório de Registrode Imóveis.

11 – Queimadas e incêndios naPropriedade Rural

A queimada é uma forma controlada do usodo fogo, muito utilizada pelos produtores ruraisna limpeza de área para plantação das

lavouras ou limpeza das pastagens nativas.

Para fazer a queima controlada é precisoavaliar o que vai ser queimado, enleirar ouencoivarar os restos de vegetação paradiminuir a ação do fogo, preparar o aceiro deacordo com a queima a ser feita, comunicaraos vizinhos que vai fazer a queimada,

informando o dia e horário, evitar os horáriosmais quentes e com muito vento, providenciarpessoal treinado e material apropriado paraconter o fogo somente na área a serqueimada.

O proprietário rural só pode fazer uso do fogomediante autorização do IBAMA ou órgãoambiental competente, onde o interessadoreceberá todas as orientações técnicas

necessárias para evitar que a queimacontrolada se transforme em incêndio, que é o

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fogo sem controle que causa muitos prejuízosqueimando tudo o que encontra pela frente,plantações, pastagens, cercas, pontes,ranchos, casas, currais, madeiras, redes deenergia elétrica, animais domésticos esilvestres, reservas de florestas.

12 - A Importância de se PlantarFlorestas

A Implantação de Florestas napropriedade traz muitas vantagens parao produtor rural. Com o plantio deárvores o produtor obtém matérias-primas e energia de forma renovada egarante a sustentabilidade da suapropriedade.

Os princípios básicos do cultivo deárvores, chamado de silvicultura,possuem desenvolvimento satisfatório,tornando plenamente produtivo terrenosdegradados e impróprios à atividadeagropecuária. A floresta dentro dapropriedade desempenha váriasfunções:

Econômica 

Gerando bens, funcionando como umaalternativa de renda dentro dapropriedade, gerando empregos eserviços, além de fornecer valiososprodutos como madeira para asconstruções e mobiliário, celulose parao papel, lenha e carvão para ascaldeiras, substâncias medicinais,óleos, resinas, gomas, essências, mel,frutos, flores e muitos outros.

EcológicaGerando ambientes mais adequadospara uma grande variedade de vidasilvestre, favorecendo a infiltração e oacúmulo de água no solo, regularizandoo nível da água dentro dos rios,córregos e nascentes da propriedade,protegendo o solo contra a erosão,evitando a formação de voçorocas,servindo de proteção contra os ventos,

que secam o solo e favorecem aformação de áreas desérticas.

Social

Criando ambientes mais agradáveis,com sombras e temperaturas maisamenas, possibilitando a utilização daárea como espaços para o lazer e

funcionando como elemento contra apoluição atmosférica ou sonora.

Assim, as florestas podem desempenhartodos estes papéis. Para tanto éimportante que a condução e o uso dasflorestas (naturais ou plantadas)aconteça em perfeito equilíbrio e

harmonia com a Natureza, permitindoque o proprietário colha todos osbenefícios que as florestas tem paraoferecer.

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13 - GLOSSÁRIO DE CONCEITOS E TERMOS USUAIS:

•   Área antropizada : Diz-se da área que perdeua sua condição original em razão daintervenção do homem. A qualquer

empreendimento feito pelo homem, que altereas características naturais da área, dá-se onome de ação antrópica.

•   Área abandonada, subutilizada ouutilizada de forma inadequada : São asterras improdutivas, que por não seremmanejadas de forma sustentável, não alcançamos graus de utilização e eficiência naexploração e não cumprem com a funçãosocial da propriedade rural.

•   Área de declarado interesse ecológico : Existem dois tipos de áreas que podem serdeclaradas de interesse ecológico, são elas:

I - para proteção de ecossistemas, assim declaradasmediante ato do órgão ambiental competente,federa ou estadual;

II - imprestáveis para qualquer exploração agrícola,pecuária, granjeira, aqüicola ou florestal,

declarada de interesse ecológico por ato doórgão ambiental competente, federal ouestadual.

•   Área erodida : Refere-se a área degradada pelaação da erosão.

•   A jusante : Indica um lugar ou uma área quese localiza abaixo de outro em relação ao cursod’água. Tudo que está a jusante encontra-se nadireção da foz do curso d’água, ou seja, abaixodo ponto de referência.

•   A montante : Indica um lugar ou uma áreaque se localiza acima de outra em relação a umcurso d’água. Tudo que está a montanteencontra-se na direção da nascente do cursod’água, ou seja, acima do ponto de referência.

•  Biodiversidade : É a existência em umadeterminada região, de uma grande variedade

de seres vivos de todas as espécies e origens.

•  Bioma : Grande comunidade ou conjunto decomunidades ecológicas, distribuídas numagrande área geográfica caracterizada por umtipo de vegetação dominante.

•  Biota : É o conjunto de seres animais e vegetais de uma região.

•  Chorume : Denominação dada ao líquido queresulta dos processos químicos e biológicosproveniente da degradação dos resíduossólidos orgânicos, ou seja, trata-se de umlíquido altamente contaminante que escorre dolixo.

•  Conservação da natureza : Trata-se domanejo sustentável dos recursos naturais,assegurando a manutenção e a preservação dabiodiversidade, visando a obtenção contínuade benefícios sócio-econômicos e ambientais.

•  Corte raso : Significa fazer a derrubada detodas as árvores de uma determinada área, sejapara a implantação de lavouras, pastagens oupor qualquer outro motivo.

•  Desenvolvimento Sustentável : Para que apropriedade rural tenha sustentabilidade aolongo do tempo, os seus recursos ambientaisdevem ser explorados de forma socialmentejusta e economicamente viável, a fim depermitir que a natureza, uma vez preservada,continue a oferecer condições favoráveis à

 vida.

•  Desertificação : É o processo pelo qual o

solo perde suas características favoráveis à vidae se torna estéril. A água torna-se escassa, a vegetação desaparece, o solo perde a matériaorgânica, cessam as atividades biológicas, e aárea assim empobrecida torna-se um deserto.

•  Ecossistema : É o conjunto formado peloambiente físico, os seres que nele vivem e queincluem os fatores geológico, atmosférico,meteorológico e biológico que nele atuam.

•  Ecótono : É a zona de transição entre duascomunidades ecológicas e que contém espéciescaracterísticas de cada uma delas.

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 •  Ecoturismo : São as atividades turísticas

desenvolvidas de forma harmonizada com anatureza em locais ou espaços territoriais

 valorizados e preservados no sentido natural ecultural, buscando a formação de uma

consciência ecológica. 

•  Erosão : Trata-se do desgaste e da perda dosolo em conseqüência dos efeitos das chuvase dos ventos, que abrem fendas na terra e estesse alargam e se aprofundam até setransformarem em enormes buracos em formade grotas e grotões.

•  Espécie vegetal endêmica : São espécies deocorrência limitada a certos ambientes,

restritas a um habitat específico, como porexemplo, aquelas que são encontradas apenasnuma determinada ilha.

•  Espécies vegetais pioneiras : São aquelasque iniciam a ocupação de uma área abertadevido à ação do homem ou da próprianatureza.

•  Extrativismo : Trata-se da exploraçãosustentável dos recursos naturais renováveis.

•  Floresta secundária : Denominação dada àfloresta que se forma naturalmente após adestruição da floresta primária.

•  Fluxo gênico :  Trata-se da transferência de genes entre plantas ou animais da mesma espécie e se caracteriza pelo processo de reprodução por cruzamentonatural.

  Incentivos fiscais : Isenção ou redução deimpostos estabelecidos em Lei, com afinalidade de estimular gastos privados emcertas áreas ou programas.

•  Matéria prima florestal: São os produtos esubprodutos de origem florestal, ainda nãosubmetidos a processamentos.

•  Mosaico florestal: Denominação dada a umaarborização constituída por glebas adjacentes,

ou seja, próximas uma das outras, sendo cadagleba formada por essência florestal diferentedas demais. No nível da propriedade rural,

pode ser representada pela paisagem queinterliga a reserva legal, áreas de preservaçãopermanente, corredores ecológicos e áreasplantadas.

•  Período de defeso: Refere-se à época do ano

em que é proibido caçar ou pescar, ou seja, afauna está protegida por esta proibição. O casomais conhecido é o da piracema, que acontecequando os peixes formam cardumes e sedeslocam rumo às nascentes dos rios para adesova e procriação.

•  Plano Integrado Florestal: A pessoa física oujurídica que necessite de matéria-primaflorestal, cujo consumo anual seja igual ousuperior a doze mil estéreos, ou quatro mil

metros de carvão vegetal, ou seis mil metroscúbicos de toras por ano, fica obrigado amanter ou formar, diretamente ou emparticipação com terceiros, florestas destinadasà sustentabilidade da atividade desenvolvida,inclusive em futuras expansões. Observados aspeculiaridades estaduais ou regionais, os

 volumes acima descritos podem ser alteradosde acordo com critérios a serem fixados peloIBAMA.

•  Preservação : São práticas e procedimentosque visam a conservação da natureza egarantem a proteção integral dos recursosnaturais, permitindo apenas o seu uso indireto.

•  Recursos ambientais : a atmosfera, as águasinteriores, superficiais e subterrâneas, osestuários, o mar territorial, o solo, o subsolo,os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

•  Reposição Florestal Obrigatória: Éobrigado a fazer a reposição florestal a pessoafísica ou jurídica que explore, utilize,transforme ou consuma matéria-primaflorestal, devendo a reposição ser efetuada naUnidade da Federação de origem da matéria-prima utilizada, mediante o plantio de espéciesflorestais compatíveis com a atividadedesenvolvida, preferencialmente nativas e,conduzida com técnicas silviculturais que

 venham a assegurar uma produção que seja, nomínimo, igual ao volume anual necessário àatividade desenvolvida.

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•  Sítio ecológico : Área onde existem espéciesou associação de espécies vegetais e animaisraras ou em perigo de extinção.

•  Uso direto : Permite a coleta e o uso dosrecursos naturais, com fins comerciais ou não.

•  Uso indireto : Não permite o consumo,coleta, dano ou destruição dos recursosnaturais.

•   Voçoroca : Denominação dada aos buracos,especialmente os de grandes dimensões e derápida evolução, a voçoroca representa oúltimo estágio da erosão.

•  Inventário florestal : Trata-se de umconjunto de ações que tem por objetivodemonstrar a capacidade produtiva dasflorestas, apontando a natureza e a condiçãodos produtos e subprodutos nelas existentes.

•  Manejo : Técnica de utilização racional econtrolada de recursos ambientais mediante aaplicação de conhecimentos científicos etécnicos, visando atingir os objetivos deconservação da natureza.

•  Plano de Manejo Florestal: Documentotécnico onde constam todas as atividades aserem executadas durante o período de manejoflorestal.

•  Manejo Florestal Sustentável: Entende-sepor manejo florestal sustentável aadministração da floresta para a obtenção debenefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do

ecossistema objeto do manejo e atendendo-seaos princípios gerais e fundamentos técnicospertinentes.

•  Zona de amortecimento : Refere-se aoentorno de uma unidade de conservação, cujaárea de abrangência encontra-se sujeita anormas restritivas e específicas de uso,destinadas a garantir a preservação da unidade.

•  Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE

: É a divisão de um território ou de uma regiãoem zonas específicas, com o objetivo depromover estudos sobre solos e outras

características dos recursos naturais quepossibilitem identificar a sua verdadeira

 vocação e suas potencialidades, de tal forma agarantir que a sua utilização e exploração sejafeita com atividades que levem aodesenvolvimento sustentável.

O zoneamento ecológico econômico trazbenefícios à propriedade rural e ao meioambiente, na medida em que indica ao produtorrural quais atividades devem ser implantadasem sua propriedade, que pode ser agricultura,pecuária ou plantio de árvores com finsprodutivos, dentre outras.

Dependendo do resultado do zoneamento, taisatividades poderão ser implantadas de forma

isolada ( ex : somente pecuária ), intercaladas ( ex: agricultura e plantio de árvores ) ou emsistema de consórcio ( ex : as três atividadessimultaneamente distribuídas na propriedade ouem seqüência temporal ) , com a segurança deque a propriedade se tornará produtiva erentável sem causar desequilíbrio ecológico.