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PROPOSTA DE GOVERNO

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Ao se elaborar um projeto, é fundamental perguntar-se: O que queremos? Em se tratando de projetos para a cidade, é ainda mais complexo, pois temos que ter em mente não só o que queremos mas sim o que nossa cidade necessita, o que podemos fazer para tornar a administração pública mais eficaz e igual para toda a população. E é neste sentido que após consultarmos e reunirmos com vários seguimentos organizados e informais do nosso município que apresentamos aqui uma ideia do que achamos necessário, não apenas em projetos sociais, mas, também em projetos de expansão e desenvolvimento. É claro que sabemos que para termos governabilidade teremos que fazer alianças com os partidos que formarão a câmara municipal, com o intuito de buscar um bloco de pessoas que queiram ser agentes de transformação em nosso município, e assim praticarmos uma política de representação de todas as classes do nosso município.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O desenvolvimento local sustentável como forma de articulação das dimensões social, ambiental, econômica, cultural, político e ético, que garantam a preservação da vida e dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras. Isto implica na perspectiva de que os ganhos e benefícios do crescimento econômico sejam apropriados, para toda a população. O desenvolvimento econômico e a inclusão social não devem ser usados pelos administradores com desculpa para ações e atitudes que acarretem desequilíbrio ecológico ambiental e destruição dos recursos naturais. Sob esta ótica, vemos a sustentabilidade como condição estratégica para garantir o direito à cidadania e superar a pobreza, e os diversos tipos de violência contra a população. O desenvolvimento deve agregar metodologia e ferramentas tecnológicas com objetivo de modernização, sem com isto, desperdiçar ou esgotar os recursos existentes, nem desenvolver um setor social local à custa da manutenção ou ampliação da pobreza de outro.

Vejo que o nosso município muito pode e deve fazer para induzir o desenvolvimento local e regional, é de nossa responsabilidade dialogar com todos os setores da sociedade local e promover o diálogo entre todos os agentes econômicos, setores produtivos, segmentos sociais e os setores excluídos, e além destes, temos também a obrigação de buscar com outras instâncias políticas e com os governos dos municípios da região as possíveis formas e instrumentos que impulsionem o desenvolvimento sustentável da nossa região.

Ter acesso à Educação, à Saúde, à Habitação, ao Trabalho, ao Crédito e financiamentos públicos, isto tudo é indispensável para uma vida de boa qualidade em uma sociedade democrática moderna. Essa perspectiva ganha ainda mais importância nos municípios com o IDH mais baixo.

Promover economia solidária, o cooperativismo, a rede de fornecimento dos produtores da agricultura familiar, o empreendedorismo, as microempresas e o terceiro setor.

Identificar e explorar potencias vocacionais do município, tendo em vista suas já existentes redes econômicas, suas riquezas naturais, suas vantagens competitivas e suas inserções na economia regional, fomentando sempre, o Carter sustentável do desenvolvimento.

Conhecer as potencialidades do município é fundamental, ter uma visão empreendedora se faz necessário para um administrador publico. É fundamental adequar as propostas de desenvolvimento às

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necessárias determinações do Plano Diretor do Município. O Plano diretor de crescimento sustentável deve possuir instrumentos urbanísticos de zoneamento ecológico-econômico, isto é fundamental para o conhecimento das potencialidades econômicas do município.

PARTICIPAÇÃO POPULAR E CIDADÃ e CONTROLE SOCIAL

A participação popular cidadã e controle social serão conquistas obtidas conjuntamente com os movimentos sociais e outros setores da nossa sociedade, em torno da luta dos direitos e a busca de melhores condições de vida para nossa população. Implementar canais institucionais de participação popular, criando o que convencionamos chamar aqui “POR BROTAS” introduzindo novas formas de relação entre o governo e a sociedade, adotando a prática de diálogo com os diversos movimentos sociais, historicamente excluídos pelos governos nos processos de tomada de decisões.

Fortalecimento dos conselhos e comitês municipais apoiando e respeitando as suas deliberações para que assim possam agir e oferecer ações no planejamento e orçamento participativo do município. Os conselhos e comissões têm seus tempos de mandato definidos para os seus integrantes e em muito deles tem sua própria legislação. É preciso respeitar estes mandatos, mesmo que seja para negociar mudanças necessárias.

Utilizar de informações claras e explicitas, nos meios de comunicações (rádio, jornais e internet) de forma que a população possa entender o que o administrador público esta querendo ou pretendendo. A manutenção dos privilégios no acesso e entendimento das informações reduz a possibilidade da participação cidadã, quando provocada pelo uso de linguagem pouco compreensível aos menos esclarecidos.

No âmbito interno é de suma importância ao administrador público ter a consciência que ele precisa colocar pessoas capacitadas e qualificadas a desempenhar as suas funções e que estejam empenhadas e envolvidas na realização da proposta de governo, com planejamento, execuções coerentes, com diretrizes e mecanismos publicamente compromissados. O administrador publico deve entender que o poder deve ser compartilhado entre o governo e a sociedade na tomada de decisões. O governo deve entender que ele tem obrigação de explicar e explicitar os seus projetos e interesses, e em casos específicos, deve defender o seu programa de governo já que possui sua legitimidade na representação pelo voto do povo, o governo deve ter em mente que ele é o ator central do processo participativo e não um mero porta-voz dos interesses difusos da sociedade. A participação popular e cidadã tem que vir acompanhada de mecanismos de controle social, ou seja, o monitoramento, pela sociedade – preferencialmente organizada e institucionalmente reconhecida, dos processos políticos, administrativos e financeiros da gestão publica, especialmente os de política pública, desde sua elaboração, passando pela execução, avaliação e replanejamento, com isto estará fortalecendo o papel do estado e da sociedade. No sentido de governabilidade ampliada, (estado e sociedade) voltado para a transformação da sociedade, a participação cidadã, além de ética e politicamente justa, favorece a implementação dos programas de governo. Isto porque reforça a correlação de forças em favor da mudança, ampliando o conjunto de sujeitos que podem garantir a governabilidade do agente, enfim, assegura que todos os setores tenham domínio dos conflitos e das informações do governo e também das ações a serem tomadas para dar soluções a estes.

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POLITICAS SOCIAIS E A AFIRMAÇÃO DE DIREITOS

As políticas sociais são um conjunto de concepções, objetivos e ações coordenadas e contínuas que iremos implementar no governo, realizadas em áreas especificas voltadas ao atendimento de necessidades sociais em diversos campos que fazem parte das responsabilidades do administrador e são regidas por legislações, diretrizes conceituais, normas técnico-operativas, planejamento, avaliação e provisão orçamentária. Neste eixo podemos garantir que estarão englobadas as políticas públicas municipais de educação, saúde, assistência social, transferência e redistribuição de renda, direitos humanos, abastecimento e segurança alimentar, geração de trabalho e renda, segurança pública, cultura, lazer, esporte, política agropecuária e distribuição da produção da agricultura familiar, meio ambiente, inclusão digital, ações afirmativas visando garantir a igualdade de gênero, étnico-racial, os direitos da mulher e a liberdade de orientação sexual e religiosa. Essas políticas dizem respeito diretamente à concretização de direitos sociais e são tensionadas pelo conflito de interesses em disputa na sociedade, por isso, apesar dos aspectos específicos de cada política social, é imperativo explicitarmos seus vínculos com nosso projeto global, buscando um padrão de responsabilidade e compromisso com a justiça social que acreditamos que o nosso município necessite e que nós defendemos. Sabemos que estas políticas são expressão de direitos e devem ser implementadas de forma democrática e planejada, visando contribuir para o enfrentamento da exclusão e das desigualdades sociais aqui existentes.

Premissas comuns que devem orientar o programa de governo nas áreas de políticas sociais:

1. Estado local forte para realizar o planejamento e gestão das políticas. 2. Construção articulada e integrada das políticas sociais. 3. Igualdade com Equidade. 4. Gestão democrática, participativa e eficiente, com controle social. 5. Construir e ampliar uma cultura de respeito e valorização dos direitos sociais e humanos. 6. Elaborar ações e políticas pública para as crianças e para os adolescentes do nosso município. 7. Elaborar ações e políticas pública para os idosos para trazer sua autoestima e dignidade. 8. Elaborar ações e políticas pública de acessibilidade para os portadores de deficiência. 9. Defesa e garantia do Estado laico. 10. Buscar ações para a formação de uma cidade educadora. 11. Buscar ações para a formação de uma cidade saudável. 12. Elaborar ações e políticas públicas para a construção de uma segurança pública municipal mais

eficaz e eficiente, com implantação de câmaras de segurança em diversos pontos da cidade.

Por fim nossos candidatos e candidatas firmaram compromissos com a governabilidade do nosso município e com o comprometimento dos projetos aqui relacionados para que possamos assegurar a continuidade além tempo de governo, como uma política de Estado.

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GESTÃO ÉTICA DEMOCRATICA E EFICIENTE

No atual modelo de estado democrático pressupõe enfrentar os desafios de instituir e implementar um novo modelo de gestão da administração pública em seus diversos níveis, este modelo teve ter como principais diretrizes: ampliar a capacidade gerencial e transformar a relação entre Estado e Sociedade visando prestar serviços e promover políticas publicas eficazes para a realidade do município. Ampliar a capacidade gerencial diz respeito à garantia da dimensão estratégica no planejamento de ação governamental, para que o governo cumpra os objetivos previstos, metas e prazos. Isto deverá ser perseguido através da institucionalização de processos de planejamento, monitoramento e avaliação das gestões comuns aos diferentes níveis da administração e articulados entre si, de modo a provocar mudança cultural no cotidiano das diversas áreas da administração pública. Busca de eficácia das políticas implementadas – significa atingir os resultados esperados, cumprindo as diretrizes, metas e compromissos estabelecidos, assumidos perante a população. Busca de eficiência nas ações e programas, o que significa fazer o máximo possível, da melhor forma possível e com o menor gasto possível de recursos e esforços individuais e coletivos.

Matricialidade da elaboração e execução das políticas publicas, pensando a coordenação e a execução de forma integrada e articulada em planos e programas. Cada departamento ou secretaria é um órgão executor das políticas incorporadas nesse plano ou programa governamental e não seu coordenador de forma autônoma ou desarticulada.

Profissionalização dos agentes públicos e coordenação, com estabelecimento de novas formas e rotinas de trabalho; desenvolvimento, avaliação e valorização de competências para o trabalho; valorização para os que trabalham e inovam, valorização dos executores e operadores de políticas publica.

Criação de ambiente ético, de respeito e de confiança em relação aos agentes públicos, propiciando o resgate da sua autoestima, reconhecendo-os como profissionais que desenvolvem um trabalho importante no resgate da cidadania plena, possibilitando acesso a bens e serviços públicos.

Uso intensivo e apropriado das tecnologias de informação e comunicação para implementar modelos de gestão eficientes, eficazes e democráticos como o objetivo de facilitar o acesso a informação e aos serviços públicos, buscando transparência e controle das ações sociais

Integrar as políticas setoriais com revisão ou fortalecimento de estruturas administrativas do governo. Integrar estas políticas por meio de “agendas de governo” ou por “programas” ou “núcleos”

Descentralização administrativa, inclusive do ponto de vista territorial, visando melhoria e qualidade no atendimento ao cidadão e a cidadã, com garantia de respeito as diretrizes comuns a toda gestão. A descentralização administrativa envolve a articulação das políticas a partir da referencia das especificidades territoriais, considerando a diversidade intraurbana de cada setor do nosso município.

O objetivo básico da modernização administrativa é governar de forma eficaz, eficiente, transparente, participativa e ética, com planejamento e monitoramento dos projetos prioritários, seja nos bairros ou no centro da cidade.

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CONCLUSÃO

Neste projeto procuramos trazer apenas um dorso global, daquilo que vemos e julgamos ser importante para elevar o nosso município a outros patamares, observamos que o município possui total condições e infraestrutura para se fazer uma gestão eficaz e participativa, iremos investir em aprimorar e qualificar as condições existentes, e consequentemente criar outros mecanismos, processos e meios que julgamos ser importantes para que tenhamos uma administração pública participativa com a sociedade. Vemos ser de suma importância criar políticas de promoção da igualdade racial, da opção sexual, e religiosa, e do atendimento e orientação dos idosos, adolescentes e crianças.

E também fundamental alencarmos aqui a urgente necessidade que o nosso município tem em criar políticas públicas de combate a corrupção, contra o tráfico de drogas e a prostituição infantil, pois são temas que batem diariamente às portas das famílias de nossa cidade.

Temos como um dos principais objetivos em nosso projeto de governo a criação de mecanismos e meios para levar a todos os cidadãos acessibilidade em nosso município, no sentido de resgatar a autoestima dos portadores de necessidades especiais, até mesmo porque, somos um município voltado para a expansão turística e constantemente observamos as enormes dificuldades enfrentadas pelos mesmos.

Estas são algumas ideias e compromissos de gestão pública que viemos aqui registrar para deixar público e notório nossa intenção de gestão participativa.

Brotas, 03 de julho 2012.

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