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COLÉGIO ESTADUAL BRASMADEIRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA IBEMA, 129 - BRASMADEIRA - FONE:3323-3005 - CASCAVEL PR [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Segundo Geraldi (1997), o homem no decorrer da história, acreditou em três concepções de linguagem. A primeira delas concebia a linguagem como expressão verbal do pensamento, ou seja, o homem falava, apenas aquilo que pensava. Sendo assim, quem não se expressava era considerado alguém incapaz de pensar, o que não é verdade, pois até o ato de ficar calado, já pressupõe algo. A segunda concebia a linguagem como código de comunicação, isto é, havia o emissor que enviava uma mensagem ao receptor. A terceira, por sua vez, concebe a linguagem como interação social, na qual, a linguagem pressupõe, ação, isto é, é através dela que o ser humano age e interage em seu meio, mostrando e construindo assim, o seu papel histórico, social em um determinado tempo. O sujeito cria o seu discurso à partir das representações que possui sobre a realidade que o cerca. Desta forma, o seu discurso está vinculado ao tipo de situação que o produziu; o discurso caminha para a satisfação do interlocutor, ou seja, há o jogo de interesse, por isso, convencer o outro acerca de suas convicções, pensamentos, ideologias é o seu principal papel, estabelecendo assim, muitas relações. Por meio dela realizam-se no interior de situações sociais, ações linguísticas que modificam tais situações, através da produção de enunciados, dotados de sentido e organizados de acordo com a gramática de uma língua(ou variedade de língua).(KOCK, 1984, p. 66). Essas relações entre interlocutores, por sua vez, variam de acordo com o contexto histórico em que situam, pois conforme com quem se fala, o que se fala, para que se fala e em que época, situação se fala acontece a ação que sugere inúmeras

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Page 1: PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA … · e organizados de acordo com a gramática de uma língua(ou variedade de língua).(KOCK, 1984, p. 66). Essas relações entre interlocutores,

COLÉGIO ESTADUAL BRASMADEIRA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA IBEMA, 129 - BRASMADEIRA - FONE:3323-3005 - CASCAVEL – PR

[email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo Geraldi (1997), o homem no decorrer da história, acreditou em três

concepções de linguagem. A primeira delas concebia a linguagem como expressão verbal

do pensamento, ou seja, o homem falava, apenas aquilo que pensava. Sendo assim,

quem não se expressava era considerado alguém incapaz de pensar, o que não é

verdade, pois até o ato de ficar calado, já pressupõe algo. A segunda concebia a

linguagem como código de comunicação, isto é, havia o emissor que enviava uma

mensagem ao receptor.

A terceira, por sua vez, concebe a linguagem como interação social, na qual, a

linguagem pressupõe, ação, isto é, é através dela que o ser humano age e interage em

seu meio, mostrando e construindo assim, o seu papel histórico, social em um

determinado tempo. O sujeito cria o seu discurso à partir das representações que possui

sobre a realidade que o cerca. Desta forma, o seu discurso está vinculado ao tipo de

situação que o produziu; o discurso caminha para a satisfação do interlocutor, ou seja, há

o jogo de interesse, por isso, convencer o outro acerca de suas convicções,

pensamentos, ideologias é o seu principal papel, estabelecendo assim, muitas relações.

Por meio dela realizam-se no interior de situações sociais, ações linguísticas que

modificam tais situações, através da produção de enunciados, dotados de sentido

e organizados de acordo com a gramática de uma língua(ou variedade de

língua).(KOCK, 1984, p. 66).

Essas relações entre interlocutores, por sua vez, variam de acordo com o

contexto histórico em que situam, pois conforme com quem se fala, o que se fala, para

que se fala e em que época, situação se fala acontece a ação que sugere inúmeras

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reações do ¨ouvinte¨. Sendo assim, a fala não se desvincula do papel do sujeito, ao

contrário, transparece toda a subjetividade dos sujeitos.

Portanto, a linguagem é viva, sofre mutações e pode transformar o mundo, ¨(...)

não é só pensamento. A linguagem, assim entendida, não é automática, mas intencional,

não mero estoque de palavras (ou regras), mas um modo de usá-las, um trabalho¨.

(GERALDI, 1997, p.23).

Por conseguinte, Bakhtin (1986) ao apresentar conceitos sobre as narrativas

enriquece a análise da construção e reconstrução dos processos identitários, pois ressalta

o quanto o diálogo faz-se essencial na construção da consciência de cada individuo.

Diálogo esse, que é multivocal e que se produz na interlocução e interação de forças

centrípetas, isto é, na necessidade de se ligar ao outro, e de forças centrífugas, na

necessidade da diferenciação do outro. Teoriza ainda que a comunicação social “(...) se

dá pela interação verbal realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação

verbal constituiria realidade fundamental da língua”.(1986, p.123). Além disso, o autor

salienta que a interação se constitui, também, pelos fatores extralinguísticos (gestos,

olhares, posturas), pois estes podem sugerir inúmeros significados. Desta forma, como

sugere Mendes (2002) as identidades se constroem no e pelo discurso em lugares

históricos e institucionais específicos, em formações prático-discursivos especificas e por

estratégias enunciativas precisas.

Hall (2003, p. 504) contribui enfocando que “a identidade é um conceito crucial,

porque funciona como articulador, como ponto de ligação, entre os discursos e as práticas

que procuram interpelar-nos, falar-nos ou colocar-nos no nosso lugar enquanto sujeitos

sociais de discursos particulares, por um lado, e, por outro, os processos que produzem a

subjetividade, que nos constroem como sujeitos que podem falar e ser falados”. Para

tanto “a identidade é socialmente distribuída, construída e reconstruída nas interações

sociais”.

Diante da comprovação de que a linguagem é constituidora de discursos e de

sujeitos, questionamo-nos quais as práticas docentes que contribuirão para que o aluno

apreenda a leitura como algo que o constituirá enquanto sujeito do seu próprio discurso,

bem como, deixando-se ser constituído pela mesma?

Para responder este questionamento aborda-se a teoria da Estética da recepção,

na qual o leitor deixa a sua posição de paciente da leitura e passa a ser agente, ou seja, o

leitor, assim como, o autor da obra e a própria obra é parte importante dessa tríade, pois

as suas percepções, a sua visão de mundo, influenciarão o caráter da mesma, ou seja,

quando se publica um livro, o mesmo não está acabado por si só, com o trabalho do

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autor, ao contrário, o mesmo ainda precisa passar pelo crivo do leitor. Assim,ler é criar o

texto.

Assim, o texto interage, dialoga com o leitor. Diálogo que não se realiza numa

situação face-a-face. Desse modo, “o leitor, contudo, nunca pode saber do texto o quão

precisas são suas apreensões sobre ele. (...) Não há quadro de referências que governe a

relação texto-leitor; ao contrário. Os códigos que poderiam reger tal interação são

fragmentados no texto e primeiro precisam ser reagrupados ou, na maioria dos casos,

reestruturados antes que se possa estabelecer qualquer quadro de referências.” (ISER,

1996, p. 166).

Diante disso, o professor possui um papel interessante e importante entre a obra

e o leitor-aluno, pois esse para sentir o gosto e a vontade de ler, precisará de alguém que

o auxilie. As motivações para a leitura podem ser favorecidas por meio de atitudes

simples como, “uma boa apresentação da obra; uma conversa ou uma pesquisa sobre um

tema relacionado com a obra; a leitura, em voz alta, de uma parte da obra capaz de

despertar o interesse ou a curiosidade dos alunos.”

Além disso, as Diretrizes Curriculares do Paraná enfocam o caráter social da

linguagem a partir de Bakhtin que formula os conceitos de dialogismo e dos gêneros

discursivos. Para o autor o gênero é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica

com a língua, privilegiando o contato real do estudante com a multiplicidade de textos

produzidos e que circulam socialmente. Para tanto o texto é visto como o lugar onde os

participantes da interação dialógica se constroem e são construídos.

A política educacional do estado do Paraná oportunizando o direito a educação a

todos, defende a educação inclusiva de forma gradativa com responsabilidade. Tornando

a escola com maior qualidade, que ela, além de ser responsável pela transmissão do

conhecimento científico historicamente acumulado pela humanidade, também um espaço

acolhedor, colaborativo adotando uma postura mais humanitária, construindo uma

comunidade consciente e inclusiva. Desta forma, na disciplina de Língua Portuguesa

como área de conhecimento integrante da grade curricular da instituição escolar. Com a

preocupação em atender a diversidade de alunos, sejam por condição social, econômica

cultural, racial, deficiência físicas, sensoriais, deficiência mental/intelectual, transtornos

funcionais específicos, condutas típicas, até mesmo superdotação, enfim os diversos

ritmos de aprendizagem, entre outros, optou-se pela flexibilização curricular, atendendo as

necessidades educativas individuais de cada um, oportunizando a todos o acesso aos

conhecimentos necessários da Língua Portuguesa, bem como, o significado para a vida

do aluno.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares objetiva-se:

empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado,

gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção e leitura;

refletir sobre os textos produzidos, lidos e ouvidos;

aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e sensibilidade estética;

reconhecer a importância da norma culta da língua, bem como as outras

variedades linguísticas.

Desenvolver atitudes inclusivas que venham a atender toda a diversidade

existente no contexto escolar, dando espaço nos currículos para a construção de

currículos flexíveis, com a responsabilidade e compromisso em atender a pluralidade de

alunos considerando suas necessidades educativas especiais;

É importante ressaltar que tais objetivos e práticas não se esgotam no período

escolar, ao contrário, se estende por toda a vida do aluno.

2 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

2.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas

sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes

esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

5ª Série ou 6º Ano (Ensino Fundamental)

Os gêneros a serem trabalhados nesse ano seriam quadrinhas, adivinhas, álbum

de família, anedotas, músicas, bilhetes, parlendas, cantigas de roda, piadas, contos de

fadas, fábulas, tiras.

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LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto ;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentatividade;

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Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos. finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

Identifique o tema;

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explicitas no texto;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Identifique a idéia principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as idéias com clareza;

Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo: -às situações de produção propostas(gênero, interlocutor, finalidade...); -à

continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade;

Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Utilize discurso de acordo com a situação de produção(formal/informal);

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Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

Compreenda argumentos no discurso do outro;

Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas,

gestos, etc;

Respeite os turnos de fala.

6ª Série ou 7º Ano (Ensino Fundamental)

Os gêneros a serem trabalhados nesse ano seriam carta pessoal, provérbios,

cartão, receitas, causos, relatos de experiências vividas, trava-línguas, convites, letras de

músicas, narrativas de aventura, lendas, classificados, anúncio, folder.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Aceitabilidade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

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Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição.

Semântica.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

Identifique o tema;

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explicitas no texto;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a idéia principal do texto.

Análise as intenções do autor;

Identifique o tema;

Deduza os sentidos das palavras e /ou expressões a partir do contexto.

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ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as idéias com clareza;

Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo: -às situações de produção propostas(gênero, interlocutor, finalidade...); -à

continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade;

Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Utilize discurso de acordo com a situação de produção(formal/informal);

Apresente suas idéias com clareza;

Expresse oralmente suas idéias de modo fluente e adequado ao gênero

proposto;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos;

Respeite os turnos de fala;

Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões,etc.

7ª Série ou 8º Ano (Ensino Fundamental)

Os gêneros a serem trabalhados nesse ano seriam biografias, narrativas de

enigma, contos, narrativas de ficção científica, narrativas de humor, narrativas de terror,

crônicas de ficção, narrativas fantásticas, paródias, haicai, poemas, sinopses de filmes,

placas, cartazes, slogan.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

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Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

Semântica:

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Significado das palavras;

Sentido conotativo e denotativo;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas ...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explicitas no texto;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a idéia principal do texto.

Análise as intenções do autor;

Identifique o tema;

Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou sentido

conotativo;

Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre

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as partes e elementos do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as idéias com clareza;

Elabore textos atendendo:

-às situações de produção propostas(gênero, interlocutor, finalidade...);

-à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade;

Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc;

Empreguem palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,

retomadas e sequenciação do texto;

Percebe a pertinência e use os elementos discursivos,textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos

do texto.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

Apresente suas idéias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos;

Organize a sequência da fala;

Respeite os turnos de fala;

Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões,etc.

Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.

Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

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juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

8ª Série ou 9º Ano (Ensino Fundamental)

Os gêneros a serem trabalhados nesse ano seriam romances, textos dramáticos,

memórias, relato histórico, relatórios, cartazes, debate regrado, resenha, resumo,

seminário, texto argumentativo, texto de opinião, palestra, pesquisas, caricatura, e-mail.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade e intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Semântica:

Operadores argumentativos;

Polissemia;

Sentido conotativo e denotativo;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

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Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Modalizadores;

Polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático ;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas ...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

Localize informações explícitas e implícitas no texto;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a idéia principal do texto.

Análise as intenções do autor;

Identifique o tema;

Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou sentido

conotativo;

Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre

as partes e elementos do texto.

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as idéias com clareza;

Elabore textos atendendo: -às situações de produção propostas(gênero,

interlocutor, finalidade...); -à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc;

Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc;

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Empreguem palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial.

Percebe a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos

do texto.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos;

Organize a sequência da fala;

Respeite os turnos de fala;

Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões,etc.

Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.

Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

1º, 2º e 3º Anos (Ensino Médio)

Os gêneros a serem trabalhados nesses anos seriam agenda cultural, anúncio de

emprego, artigo de opinião, manchete, caricatura, carta ao leitor, mesa redonda, carta do

leitor, notícia, cartum, reportagens, charge, resenha crítica, crônica jornalística, editorial,

entrevista (oral e escrita), músicas, paródia, publicidade comercial, comercial para TV,

texto político, carta de reclamação, carta de solicitação.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

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Finalidade do texto ;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Modalizadores;

Figuras de linguagem;

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

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Partículas conectivas;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Semântica:

Operadores argumentativos;

Modalizadores;

Sentido conotativo e denotativo;

Figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,

Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

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Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e

não verbais;

Posicione-se argumentativamente;

Produza inferências a partir de pistas textuais;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a idéia principal do texto.

Análise as intenções do autor;

Identifique o tema referente à obra literária, amplie seus horizontes de

expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de

diferentes épocas com o contexto histórico atual;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou sentido

conotativo;

Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre

as partes e elementos do texto.

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

Entenda o estilo que é próprio de cada gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com clareza;

Elabore textos atendendo: -às situações de produção propostas(gênero,

interlocutor, finalidade...); -à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc;

Empreguem palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial.

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ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente as suas

ideias;

Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

Respeite os turnos de fala;

Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas

em sua apresentação e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates,

mesas redondas, diálogos, discussões, etc;

Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e

gestuais, pausadas e entonação nas exposições orais entre outros elementos

extralinguísticos.

3 – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Conforme as DCEs, a sala de aula e os outros espaços de encontro com os

alunos, são locais onde os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de

promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita,

para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com

seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a

outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a

autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao

convívio social (p. 64 e 65).

Logo, o professor possui um papel importante na aquisição do domínio das

práticas discursivas pelo aluno, pois o mesmo poderá aprimorar, reelaborar sua visão de

mundo e ter voz na sociedade. Além de possibilitar ao aluno, o aprimoramento linguístico

que o instrumentará para leitura dos “textos que circulam socialmente, identificando neles

o não dito, o pressuposto”. Ao mesmo tempo que favorece a tomada de decisões como

sujeito, detentor de um saber subjacente ao contexto de seu momento histórico e das

interações ali realizadas.

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LEITURA

Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhar discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilizar textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:

gráficos,fotos, imagens, mapas, e outros;

Relacionar o tema com o contexto atual;

Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

Estimular e encorajar os alunos a participarem das leituras motivando-os

como capazes e valorizando-os nos pequenos avanços;

Oferecer estímulos ( materiais coloridos, temas que fazem parte da realidade

do aluno, clima agradável pedagogicamente, etc) suficientes para despertar o interesse

do aluno pela leitura;

ESCRITA

Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,

do gênero, da finalidade;

Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

Acompanhar a produção do texto;

Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,

observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a

uma aventura, etc.);

Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

Acompanhar a produção do texto de forma individualizada;

Motivar e encorajar os alunos a realizarem a escrita, mostrando que são

capazes e valorizando toda produção que o aluno efetivar;

Partir da escrita sobre temas que é significativo para a vida do aluno;

Partir de produção de escritas com descrição de cenas e ou fatos em figuras

ilustradas, quando o aluno apresentar dificuldade em escrever assunto abstrato;

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Motivar o aluno a escrever sobre ele mesmo, sendo possível conhecer um

pouco sobre a vida dele caso ele não fale.

ORALIDADE

Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros.

Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,

como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre

outros.

Oportunizar o aluno a falar de si próprio, para a melhoria de sua própria

apresentação;

Usar gravador, dando ao aluno a oportunidade de ouvir e controlar sua

própria voz, articulação, etc;

Encaminhamentos Metodológicos nas Ações Inclusivas na Organização em Sala de

Aula;

Estabelecer com os alunos as regras e os limites, necessários em um grupo

diferentes entre si;

Estabelecer relações com os conteúdos aprendidos com o contexto diário

dos alunos;

Encaminhar as atividades acadêmicas em um ambiente que por si só tenha

significado e estabilidade para o aluno;

Adotar estratégia de funcionalidade na interação e busca de alternativas

para potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e ou neurológica;

Organizar o ensino individualizado sempre que fazer necessário; atendendo

a necessidade educacional do aluno;

Estruturar o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das

atividades de forma a diminuir ao máximo a agitação que um ambiente com um grupo

complexo pode apresentar ao aluno ansioso;

Desenvolver atitudes de reflexão que os erros fazem parte do processo para

a aquisição do conhecimento;

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Elaborar adaptações curriculares, de metodologias/estratégias, conteúdos,

objetivos avaliação, temporalidade, espaço físico e materiais adequando as

especificidades do aluno.

3.2 – SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

Com o objetivo de fornecer subsídios para uma educação de qualidade, a nossa

escola tem sala de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa aos alunos que

frequentam o 6º Ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma possibilidade ímpar de

ampliação do tempo de aprendizagem destinado aos alunos que necessitam de

atendimento pedagógico específico. Nesse sentido, entende-se que para haver uma

concretização de propostas que atendam às defasagens diagnosticadas – leitura, escrita,

oralidade– é necessário um tempo maior de permanência do aluno na escola e,

consequentemente, sua inclusão na sociedade. Para que se efetive uma aprendizagem é

importante que se utilize uma metodologia diferenciada, dinâmica, e propiciadora do

desenvolvimento da criatividade dos sujeitos envolvidos no processo

ensino/aprendizagem.

Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em

diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizarem-se da necessidade de uma transformação emancipadora.

Portanto, as salas de apoio à aprendizagem precisam atender igualmente aos

sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e

cultural e as possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características

devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos

conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos.

3.3 – DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Ao compreender a instituição escolar como um espaço privilegiado de formação

dos cidadãos e cidadãs de nosso país, devemos assumir uma política educacional para

as relações étnico-raciais, de forma que possamos, mediante a formação dos coletivos

escolares, contribuir para reverter esta dívida histórica nacional, traduzida pelas situações

de exclusão e de invisibilidade às quais foram remetidas, desde a colonização

portuguesa, toda uma população de afrodescendentes e africanos.

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Além disso, o acolhimento da diferença cultural na escola, segundo José Jorge de

Carvalho, tem a função de construir um pacto social mais democrático, igualitário e

fraterno. O que „‟significa trazer para dentro da escola práticas, valores, saberes das

várias comunidades que fazem parte da nação e submetê-las a um tratamento

pedagógico sensível às diferenças, para que as crianças e os adolescentes tenham

oportunidade de aprender e mesmo no limite absorver pelo menos os princípios das

tradições culturais de diversas regiões e grupos dos países, incluindo aquelas regiões e

grupos tratados com preconceito e rejeição.’’ (CARVALHO, 2004).

Para tanto, é imprescindível um currículo multicultural, no qual a prática

pedagógica esteja empenhada em abandonar a perspectiva monocultural e reescrever o

conhecimento com base nas visões e experiências dos diferentes grupos, abordando

conteúdos que concorram para desafiar a lógica eurocêntrica, cristã, masculina, branca e

heterossexual. Para assim, dar um novo significado aos conteúdos, verificando como eles

surgiram, em que contexto histórico social, quais eram as ideologias dominantes do

período. Além de criar um contexto no qual as inter-relações favoreçam a aprendizagem.

Não basta só reconhecer a diferença é preciso estabelecer relações entre as pessoas.

Diante do exposto, urge em nossas escolas a realização de atividades linguísticas

que preparam os nossos alunos para a leitura de textos de jornais, historinhas, lendas e

etc sobre a diversidade; entrevistas com lideranças dos grupos étnicos pesquisados e

pessoas da comunidade; pesquisa bibliográfica sobre os temas estudados; pesquisa na

internet; relatos orais de entrevistas; composição de textos sobre a temática estudada;

realização de exposição de textos;seminários; dramatizações; montagens de Painéis;

debates; recital de poesias

Para o Ensino Médio é necessário a leitura de obras literárias que retratem a

questão negra, indígena, de classe social, como exemplo, pode-se citar, A Escrava Isaura,

A moreninha, Iracema, O Seminarista, O Guarani, Canaã, Os Sertões, Navio Negreiro e

outros.

4 – AVALIAÇÃO

Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a

avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas

concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade

linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita, considerando-se a

avaliação formativa e somativa.

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Conforme Luckesi (2005, p. 166),

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir

a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária

para que isso aconteça é de que avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de

autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o

crescimento.

Nessa concepção a avaliação deve considerar ritmos e processos de

aprendizagens diferentes dos estudantes, pois ao apontar as dificuldades, possibilita-se

que a intervenção pedagógica aconteça , ao mesmo tempo, que informa os sujeitos do

processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário,

num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa contação de história,

as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa

análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se

posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos

políticos, programas televisivos, etc) e de suas próprias falas, mais ou menos formais,

tendo em vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos empregaram

no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua

reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa aval iação precisa

considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação

do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. A partir

daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como

na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam

quanto de seu próprio texto.

Assim percebendo a sala de aula com alunos heterogêneos com as diferenças

culturais, as necessidades educativas especiais, preveem-se as adaptações curriculares

no contexto escolar, também nas formas de avaliação, considerando os interesses e

possibilidades do aluno real. A avaliação deve acontecer de maneira individual e

diferenciada, adequada à necessidade educativa do aluno. Quanto a diferenciação da

avaliação, esta será considerado instrumentos metodológicos diferenciados se preciso

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forem tais como: provas e trabalhos com linguagem clara e objetiva nos enunciados e em

todo o enredo, adotar sistemas alternativos de comunicação, adaptação de materiais,

condições físicas e ambientais, maior tempo na realização das provas e trabalhos,

interação professor/aluno, entre outros, em consonância com critérios específicos

estabelecidos e não critérios gerais. Será observado também, mediante dados da

avaliação, com análise criteriosa, se constatado dificuldade acentuada na aprendizagem

do aluno, encaminhar o mesmo para avaliação no contexto escolar, para os devidos

encaminhamentos;

Será realizada a partir da participação, dos trabalhos orais e escritos em sala e

extraclasse, sendo individual ou em grupo. Na sala de aula o aluno será avaliado

continuamente conforme o desenvolvimento das atividades.

Os trabalhos extra classe serão avaliados no seu conteúdo geral, como também a

responsabilidade do educando em cumprir com o que foi solicitado.

Portanto, os alunos serão avaliados por seus trabalhos orais e escritos, provas

com e sem consultas, seminários,debates, capacidade de sintetizar ideias contidas nos

textos, bem como argumentar com elas.

Cabe ressaltar também, que de acordo com a Del. 007/99, sempre que se fizer

necessário, será realizado a recuperação paralela dos conteúdos não apropriados,

oportunizando que todos os alunos assimilem os conhecimentos. Cada um possui suas

especificidades, formas e ritmos de aprendizagem, que muitas vezes necessitam de

recuperação de estudos, atendendo assim as particularidades individuais de cada aluno.

5 – REFERÊNCIAS

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Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1986.

___________.Estética da Criação Verbal. T

rad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

CARVALHO, Jose Jorge de. A construção do pluralismo cultural no Brasil. IN: BOLETIM

SALTO PARA O FUTURO, julho 2004.

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português.

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In: João W. (org). O texto na sala de aula. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1997.

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Trad. Johannes Kretschmer. EdLTERJ, 1996.

KOCH, Ingedore: TRAVAGLIA, Luiz C. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo:Contexto,

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LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 8. ed. Rio de Janeiro: DP&A,

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MENDES, José Manuel Oliveira. O desafio das identidades. In: SANTOS, B. de S. A

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação

especial para a Construção inclusivos. Curitiba, SEED, 1996.