proposta pedagÓgica curricular de histÓria … · o reino de cuxe, de axum, povos bantos. origem...

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IZABEL FONSECA SIQUEIRA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL ...comportamo-nos em nossas vidas orientando-nos, nos pensamentos que temos, sobre o que as coisas são, com as quais e das quais vivemos, acharemos com surpresa que muitas delas talvez a maioria não as pensamos nunca por nossa conta, com plena e responsável evidência de sua verdade; ao contrário, pensamo-las porque se dizem. Eis aqui este estranho impessoal, o se, que agora parece instalado dentro de nós, formando parte de nós, pensando idéias que nós simplesmente pronunciamos.” (Ortega Y Gasset) O passado é dia/vivido; o pressente a noite/reflexão. O presente é ambíguo: em relação a si próprio é sonhador, noturno; em relação ao passado, assume uma posição reflexiva, interrogadora, procurando laçar indiretamente luzes sobre ele próprio. O passado é uma referência da realidade, sem a qual o presente é pura irreflexão” (José Carlos Reis) RESERVA DO IGUAÇU, FEVEREIRO DE 2011

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IZABEL FONSECA

SIQUEIRA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

“...comportamo-nos em nossas vidas orientando-nos, nos

pensamentos que temos, sobre o que as coisas são, com as quais e

das quais vivemos, acharemos com surpresa que muitas delas –

talvez a maioria – não as pensamos nunca por nossa conta, com

plena e responsável evidência de sua verdade; ao contrário,

pensamo-las porque se dizem. Eis aqui este estranho impessoal, o

se, que agora parece instalado dentro de nós, formando parte de

nós, pensando idéias que nós simplesmente pronunciamos.”

(Ortega Y Gasset)

“O passado é dia/vivido; o pressente a noite/reflexão. O presente é

ambíguo: em relação a si próprio é sonhador, noturno; em relação

ao passado, assume uma posição reflexiva, interrogadora,

procurando laçar indiretamente luzes sobre ele próprio. O passado

é uma referência da realidade, sem a qual o presente é pura

irreflexão”

(José Carlos Reis)

RESERVA DO IGUAÇU, FEVEREIRO DE 2011

I- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Sentimos sempre ao ligar uma televisão que muitas coisas ficam tão próximas e outras

como se fossem uma ilha distante, vemos absurdos tão reais e equívocos tão hilários. Mas o que é

realidade, qual destas informações realmente se desenrolam no cotidiano? O que é a “verdade”? Ou

então aquela velha pergunta maniqueista de quem é o mocinho e quem é o bandido? Todavia aceitamos

tudo que nos emitem como “verdade” inquestionável, aceitamos palavras e imagens emitidas por um

grupo de pessoas que como qualquer ser humano, tem seus interesses, más nós de uma forma

pateticamente inocente aceitamos este assim dito, pois “fora dito por fulano”.

Nós vivemos não mais só em uma selva de pedra, mas também em pântano de

informações, que circulam e entram em nossas residências sem pedir licença, e nós por vivermos na

monotonia e no marasmo de vidas normatizadas por um tempo mecanizado em função dos números

cifrados, aceitamos, pois aquilo vai completando o nosso vazio existencial, e ai nos perguntamos: como

que estou e estão preenchendo o meu vazio?

Neste sentido propomo-nos a levar ao alcance do educando saberes que lhe propiciem

restabelecer uma ligação com a experiência da memória/vivência, experiência a qual é basilar para que

se cultive uma sociedade humanamente saudável, pois percebemos que todas as pessoas se vêem

isoladas do “mundo”, cercadas pelas muralhas da individualidade. Todos percebem que estamos em

uma era de “caos”, mas ninguém se propõe a resolvê-la, pois para estas o problema esta além de seus

muros, logo não é seu.

Uma lógica vazia, fruto de uma incompreensão da realidade histórica em que está

inserido, da ausência de discussões e debates políticos. Vivemos em uma sociedade infectada por um

hedonismo infindo e letal.

Para tanto propomo-nos a instigar os educandos a compreender melhor as manifestações

a sua volta, percebendo estas como fruto dos atos humanos, levando-os a perceber que tudo que o ser

humano cria reflete a ele, que em tudo a uma verdade e uma não verdade, duas faces da moeda, ou

então se apropriando da expressão de Michel Foucault, onde este afirma que:

[...]o problema não é de se fazer a partilha entre o que num discurso revela da

cientificidade e da verdade e o que revelaria de outra coisa; mas de ver

historicamente como se produzem historicamente os efeitos de verdade no

interior de discursos que não são em si nem verdadeiros nem falsos[...]”

Neste sentido levar ao mesmo perceber que em tudo a uma intenção, uma estrutura

exposta e uma estrutura interna, pressa nas entrelinhas dos textos, imagens e monumentos. Fazê-los

perceber que tudo que aqui o esta, inserido no espaço ocupado pela sociedade é documento da

passagem do ser humano por este planeta.

Levá-los a entender o sentido das identidades produzidas pelos grupos humanos,

levando a sua compreensão a diferença entre Estados e Nação, levado ao seu entender que identidade

nacional é uma comunidade imaginada1, e que por traz desta homogeneização, existe uma

heterogeneidade imensa, a qual nós estamos inseridos, fendo-os deslumbrar as inúmeras “nações

brasileiras” que estão inseridas dentro do Estado Federativo do Brasil.

Levá-los a Ter uma postura reflexiva e uma visão armada dentro de uma perspectiva

histórica, posturas basilares para a formação de uma personalidade humanamente sadia e

conseqüentemente de um cidadão que exerça plenamente a sua função.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1

Levar a compreensão dos mesmos, a importância das grandes navegações não como meramente

uma expansão do comércio mas como a alavanca que iniciou o processo de globalização,

demonstrando-lhes as profundas mudanças que ocorreram no que tange as questões da cultura e

das mentalidades;

Proporcionar-lhes uma compreensão da diversidade cultural e da complexidade política que

havia aqui nas terras de além mar antes da vinda dos primeiros colonos portugueses;

Instigar os mesmos a debaterem questões e problemáticas contemporâneas dentro de uma

perspectiva histórica e em uma relação presente/passado;

Instigá-los a ampliarem as suas leituras, demonstrando-lhes que aquele que não lê vê o mundo

apenas com seus olhos, e aquele lê, vê o mundo com os seus olhos e com os dos autores que leu;

Despertar em suas almas a sede e o amor ao saber, levá-los a não se satisfazerem-se com

respostas rasas e vazias, e desta forma, instigá-los a tomarem uma postura de livres pensadores,

princípio basilar da cidadania;

Proporcionar ao educando uma melhor compreensão da sociedade através de comparações

presente/passado, de realidades culturais distintas, e desta maneira fazê-los perceber que a

beleza da humanidade esta na compreensão de sua diversidade e não no fechar os olhos ao que

se faz presente, tomando uma postura pré-concebida;

Levar ao educando, uma compreensão da economia da América Portuguesa, do período do Brasil

Império e de todo o desenrolar de nossa história econômica, instigando-os a realizarem comparações

com a economia atual, levando-os a perceber a nossa problemática, com suas particularidades, como

um todo, e não de forma fragmentada;

Proporcionar aos alunos, uma visão dos movimentos populares que ocorreram nestas terras,

levando-os a compreender que mais importante que o movimento popular, sendo ele bem sucedido

ou fracassado, é o que ele quer dizer e qual a reação da sociedade diante deste;

Expor aos mesmo, uma discussão sobre nossa trajetória política, tanto no campo interno como no

externo, levando-os a perceber e a debater a problemática dos sistemas democráticos, tanto no

Brasil, como na América Latina e no mundo;

Apresentar-lhes e levar a sua compreensão diferentes sujeitos históricos e seu papel marginal em

nossa sociedade, levando-os a perceber os valores desta;

Levar a sua compreensão a importância da liberdade, e a valorizarem e prezarem por esta, pois é

somente livre que é possível formar e agir como cidadão.

II - CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Relações de

Trabalho

Relações

Culturais.

Relações de

Poder

O que é História?

Sujeitos históricos

Fontes históricas

O Trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico

Mitos sobre origem da terra, a teoria do Big-bang

Teorias científicas sobre a origem do ser humano, mitos sobre o

surgimento.

O povoamento da América, teorias de ocupação, os primeiros habitantes

da América,

Sítio Arqueológico de Pedra Furada.

O rio Nilo, o poder dos faraós, a divisão da sociedade, a religião.

O reino de Cuxe, de Axum, povos bantos.

Origem do Estado na Mesopotâmia, invasões de outros povos, cultura

Migrações dos Judeus, disputas na Palestina, a cultura

O Império Persa e sua influência no mundo antigo

O Comércio marítimo dos fenícios

China e suas dinastias, os soldados de terracota, Índia e suas

religiosidade, Japão.

Como viviam os gregos, Atenas e Esparta, cultura mitologia e filosofia,

legado cultural.

A vida dos antigos romanos, conquistas, conflitos, fundação do Império,

O cristianismo, a crise do Império, legado cultural.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

Trabalho

Relações

Culturais.

Relações de

Poder

História e fontes históricas.

Cultura e tempo.

Sobre a origem do ser humano.

Os primeiros povoadores da Terra.

A Pré-História brasileira.

Mesopotâmia.

Egito.

A Núbia e o Reino de Kush.

Hebreus, Fenícios e Persas.

China.

O mundo grego e a democracia.

A cultura grega.

Roma antiga.

O Império Romano.

A crise de Roma e o Império Bizantino.

7ª SÉRIE CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

Trabalho

Relações

Culturais.

Relações de

Poder

Os francos.

O feudalismo.

Os árabes e o islamismo.

A África negra antes dos europeus: o Império do Mali e o reino do Congo.

China Medieval.

Mudanças no feudalismo.

Fortalecimento do poder dos reis.

Renascimento e humanismo.

Reformas e contra reforma.

As grandes navegações.

Astecas, Maias e Incas.

Povos indígenas no Brasil.

Colonização espanhola da América.

Colonização portuguesa: administração.

Economia e sociedade colonial.

8ª SÉRIE CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

Trabalho

Relações

Culturais.

Relações de

Poder

Os francos.

O feudalismo.

Os árabes e o islamismo.

A África negra antes dos europeus: o Império do Mali e o reino do Congo.

China Medieval.

Mudanças no feudalismo.

Fortalecimento do poder dos reis.

Renascimento e humanismo.

Reformas e contra reforma.

As grandes navegações.

Astecas, Maias e Incas.

Povos indígenas no Brasil.

Colonização espanhola da América.

Colonização portuguesa: administração.

Economia e sociedade colonial.

As relações de poder no nascimento das primeiras civilizações, as interações grupais (relações

culturais),e, na construção e organização das sociedades surge ainda as relações de trabalho. São alguns

dos fatores decisivos para os chamadas povos antigos a adentrarem períodos novos na história, é claro

que com eventuais mudanças e muitas permanências.

1º ANO – EM

CONTEÚDOS

ESTRUTURAN

TES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

Trabalho

- A Origem da Vida;

- O surgimento do homem;

- A Antiguidade Oriental

- Estudo dos Povos Mesopotâmicos;

- Reflexão sobre a formação das primeiras civilizações organizadas;

- Conceito de Civilização;

- O Egito Antigo;

- Fenícios, hebreus e persas;

- Formação atual do Oriente Médio;

-Cultura Africana e Afro-brasileira;-

- O mundo grego;

- O legado para o mundo;

Relações

Culturais.

Relações de

Poder

- trabalhos artísticos da Grécia;

- As origens romanas;

- Fases políticas romanas;

- Estudo crítico do Direito Romano;

- Formação da Idade Média;

- Estudo das religiões (pesquisa)

- O enfoque religioso medieval;

- O feudalismo e estrutura social;

- Relações de poder (estudo temático);

- Conceitos do mundo medieval;

- A ciência medieval;

- Novas descobertas geográficas;

- Renascimento

- O pensamento renascentista;

As transformações geradas pelo modernismo constituíram um panorama capitalista, onde desde

seu nascimento, propagou aos continentes, sistemas de defesa e situações em lutas pelo poder;

exploração do trabalho, em prol do progresso e da modernidade, assim como também as variadas

culturas transpareceram nesse cenário.

CONTEÚDOS 2º EM

Relações de Trabalho

Relações Culturais.

Relações de Poder

- A Era dos Impérios Coloniais;

- Estudo comparativo do Brasil e dos EUA;

- Capitanias e Governos-gerais;

- A exploração do trabalho indígena;

- O surto da escravidão;

- O engenho de açúcar;

- O uso do trabalho escravo;

- Cultura africana e afro-brasileira;

- Relações de Trabalho (temática);

- Monarquias européias

- Reis absolutistas da história (pesquisa)

- Os holandeses no Nordeste;

- A idade do ouro no Brasil;

- As riquezas do Brasil atual (debate);

- Iluminismo;

- Estudo de pensadores iluministas;

- As reformas pombalinas;

- Era das revoluções e dos impérios;

- Formação estadunidense;

- Revolução Francesa;

- Revolução Industrial;

- Inconfidência Mineira;

- Lutas pela Independência;

- Era Napoleônica;

- Estudo de material de vídeo e áudio;

- As independências americanas;

- Nações e nacionalismos;

- Estudo das idéias revolucionárias do século XIX e seus pensadores;

- Era dos Impérios;

- Pesquisa do imperialismo (África, Egito, Ásia);

- O império do café no Brasil;

- O período romântico;-

- As lutas abolicionistas;

- Estudo de textos de Castro Alves;

- Trabalho com a música afro-brasileira;

- Atividades conclusivas e avaliações.

O mundo contemporâneo reafirma as relações de poder com novas facetas, frente a novos

conflitos com características que alteram subitamente a herança cultural trazida ao longo dos anos.

Avanços assombrosos na ciência e na tecnologia, porém os retrocessos permeam com crises que

denotam a falta de controle que humanidade criou de si mesma.

CONTEÚDOS 3º EM

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de Trabalho

Relações Culturais.

Relações de Poder

- A república no Brasil;

- Os governos provisórios;

- O coronelismo;

- Os novos coronéis do nosso tempo;

- Revoltas na república;

- A presença do negro na sociedade brasileira (aspectos culturais);

- A guerra do Contestado;

- Revoltas urbanas na república velha

- Primeira Guerra Mundial;

- fases da guerra;

- Revolução Russa;

- o socialismo;

- Crise de 29;

- Como funciona a Bolsa de Valores;

- A Revolução de 30;

- Teorias Totalitárias;

- Biografia dos grandes ditadores;

- a violência;

- Relações de poder e violência

- Segunda Guerra Mundial;

- A guerra passo a passo;

- Guerra Fria;

- Fim da era Vargas;

- Período do Regime Militar no Brasil;

- os presidentes militares;

- Revolução Cubana;

- Guerra do Vietnã;

- Revolução Cultural na China;

- Fim da Ditadura no Brasil;

- Plano cruzado;

- Era Collor e Plano Real;

- Globalização e o neoliberalismo;

III - METODOLOGIA E RECURSOS DIDÁTICOS

Partimos de uma problematização a fim de instigar a reflexão do educando a partir de

seu contexto social, de sua realidade historicamente determinada e, principalmente, de seu cotidiano.

Este deverá ser um processo dialógico, para assim motivar o diálogo fluido e límpido, para assim ser o

motor de elaboração do conhecimento.

Através da realização de pesquisas seguidas de seminários e debates, pretendemos

estimular a curiosidade e a criatividade, ensinando assim os alunos a elaborarem soluções para os

problemas propostos e para os desafios que vierem a surgir no correr da realização da atividade.

Como a história é sempre um vir a ser, tomaremos como metodologia também a análise

de documentos (escritos, iconográficos, filmes e músicas) para assim, fomentar a capacidade

interpretativa do discente e, deste modo, fomentar a sua criticidade.

Por fim, não dispensamos o uso das aulas expositivas munidas com o aparato

tecnológico (parco) disponível em nossa Instituição de Ensino. Estas aulas expositivas dever-se-ão ser

norteadas pelo desenrolar do uso da maiêutica socrática a fim de instigar os alunos a cultivarem a

dúvida, pois, como nos lembra Eugene Ionesco, não é a resposta que esclarece, mas sim, uma pergunta

bem formulada e refletida.

No Ensino Médio, para abordar os conteúdos estruturantes: relações de trabalho,

relações de poder e as relações culturais, torna-se necessário que se proponha recortes espaço

temporais e conceituais à luz da historiografia de referência. Estes recortes constituem nos conteúdos

específicos (tais como: conceitos, acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados pelos

alunos do Ensino Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que

melhor responde a problemática, constitui o tema. E este se desdobra nos conteúdos específicos que

fundamentam a resposta para a problemática.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de História devem ser abordados através de

temas, na compreensão de que não é possível representar o passado em toda sua complexidade. Num

primeiro momento deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer representar do

ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o tempo histórico em um período bem

definido demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu início e seu

final. Por fim, o professor e alunos definem um espaço ou território de observação do conteúdo

tematizado. O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica escolhida e

os documentos históricos disponíveis. Além dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um

sentido a seleção temática realizada, o qual é dado pela problematização.

A narração, a descrição e a argumentação, explicação e problematização, será constante

na prática pedagógica sendo assim, o uso de documentos em sala de aula proporciona a produção de

conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se respostas para as

problematizações que foram formuladas a princípio.

Além dos conteúdos presentes neste documento, o educador também tratará de forma intencional,

(exposto nos PTD) os Desafios Educacionais Contemporâneos, estes que pressupõem uma abordagem

sobre as questões sociais, culturais, ambientais e históricas, devem ser trabalhados na disciplina os

quais se contextualizam, como condição de compreensão do conhecimento em suas múltiplas

manifestações.

É preciso que fique claro que os “desafios educacionais” não podem se impor à disciplina numa

relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto . São

cinco os desafios:

Como base legal temos:

Cidadania e Direitos Humanos Cidadania e Direitos Humanos no âmbito da Coordenação dos Desafios Educacionais Contemporâneos, da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – CDEC/DPPE/SEED, nasce com o desafio de implementar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos nas escolas de nossa rede. Tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior justiça social. No intuito de valorizar ações de cidadania, esta demanda responde ainda pelas ações interinstitucionais de acompanhamento e fomento de programas federais e estaduais como: Atitude, Saúde na Escola, Segurança Social, entre outros. “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.

Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei . 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

OPRESIDENTEDAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o O art. 26-A da Lei . 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. rt" style="margin-right: 0cm" align="justify"> “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Art. rt" style="margin-right: 0cm" align="justify"> § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxx

História do Paraná (Lei nº 13.381/01)

PROCESSO N.º 1078/06 DELIBERAÇÃO N.º 07/06 APROVADA EM 10/11/06 COMISSÃO TEMPORÁRIA (PORTARIA N.º 7/06-CEE/PR) INTERESSADO: SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO DO PARANÁ ESTADO DO PARANÁ ASSUNTO: Inclusão dos conteúdos de História do Paraná no currículos da Educação Básica.

RELATORAS: CLEMENCIA MARIA FERREIRA RIBAS E LILIAN ANNA WACHOWICZ O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO do Estado do Paraná, usando de suas atribuições que lhe são conferidas por Lei, tendo em vista a Lei Estadual n.º 13.381/2001 e considerando a Indicação nº 01/06 da Comissão Temporária (Portaria nº 7/06-CEE/PR) que a esta se incorpora e ouvida a Câmara de Legislação e Normas, DELIBERA: Art. 1º A presente Deliberação institui a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado. Art. 2º Os estabelecimentos de ensino poderão ofertar a disciplina História do Paraná na parte diversificada do currículo, em mais de uma série ou distribuir os seus conteúdos em outros componentes curriculares, baseados em bibliografia especializada. § 1º Para a aprendizagem dos conteúdos curriculares, as escolas deverão oferecer atividades por diversas abordagens metodológicas, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, com o estudo das comunidades, municípios e regiões do Estado. § 2º A distribuição de conteúdos da História do Paraná em outras disciplinas configura-se no uso de materiais pedagógicos específicos, dados de fatos relacionados ao Paraná e ao seu desenvolvimento, bem como suas dificuldades e desafios. PROCESSO N.º 1078/06 Art. 3º As mantenedoras deverão observar, na elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino, que os conteúdos específicos de História do Paraná sejam contemplados e propiciar aos educadores formação continuada, no que diz respeito à temática da presente Deliberação. Parágrafo único. O plano de formação continuada a que se refere o caput deste artigo, deverá constar do Projeto Pedagógico da Instituição. Art. 4º As mantenedoras deverão, gradativamente, dotar as escolas de acervo que possibilite consulta, pesquisa, leitura e estudo da História do Paraná. Art. 5º A presente Deliberação entrará em vigor a partir da data de sua publicação. Sala Pe. José de Anchieta, em 10 de novembro de 2006. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999. Mensagem de Veto Regulamento

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem; III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação; V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente; VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental: I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx x

Educação Fiscal (Portaria 413/2002 ).

Portaria Interministerial nº 413, de 31 de dezembro de 2002

DOU de 2.1.2003 Define competências dos órgãos responsáveis pela implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal -PNEF.

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA e o MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, tendo em vista o Convênio de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério da Fazenda, o Distrito Federal e os Estados, resolvem: Art. 1º Implementar o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF com os objetivos de promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo, levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Art. 2º A implementação do PNEF é de responsabilidade do Grupo de Trabalho de Educação Fiscal – GEF. Art. 3º O GEF é composto por um representante, em caráter efetivo e permanente, de cada um dos seguintes órgãos: I – Ministério da Educação; II – Escola de Administração Fazendária - ESAF; III – Secretaria da Receita Federal; IV – Secretaria do Tesouro Nacional; V – Secretaria de Fazenda de cada Estado e do Distrito Federal; VI – Secretaria de Educação de cada Estado e do Distrito Federal. Art. 4º A Coordenação e a Secretaria-Executiva do PNEF e do GEF estão a cargo da ESAF, que deverá baixar os atos necessários à sua regulamentação. Parágrafo único. Constitui órgão vinculado ao GEF o Grupo de Educação Fiscal nos Estados – GEFE, o Grupo de Educação Fiscal da Secretaria da Receita Federal – GEFF e o Grupo de Educação Fiscal dos Municípios – GEFM, de acordo com o estabelecido nos artigos de 5º a 20. Art. 5º O GEFE é composto, em cada Estado, por representantes de cada um dos seguintes órgãos: I – Secretaria de Fazenda; II – Secretaria de Educação; III – demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF nos Estados. Art. 6º O GEFF é composto, na Secretaria da Receita Federal, pelos representantes: I – nacional; II – regionais, das dez regiões fiscais e/ou sub-regionais; III – dos demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF. Art. 7º O GEFM é composto, em cada Município, por representantes de cada um dos seguintes órgãos: I – Secretaria de Fazenda ou Finanças; II – Secretaria de Educação; III – demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF no Município. Art. 8º As deliberações do GEF e dos órgãos a ele vinculados são tomadas por meio da maioria de votos de seus representantes. Art. 9º Compete ao Ministério da Educação: I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF; II - destinar recursos para a divulgação nacional e o desenvolvimento institucional (consultorias e assessoramento) do PNEF; III - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras e outras ações necessárias à implementação do PNEF; IV - integrar e articular o PNEF às ações dos diversos programas desenvolvidos pelo MEC; V - inserir o tema Educação Fiscal nos Parâmetros Curriculares Nacionais; VI - incentivar as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios a tratar Educação Fiscal como temática a ser trabalhada nos currículos de educação básica e de educação de jovens e adultos; VII - propor medidas que garantam a reflexão sobre políticas tributária e fiscal no ensino superior, nas modalidades de graduação e pós-graduação; VIII - propor medidas objetivando o tratamento de Educação Fiscal como temática a ser trabalhada no ensino superior, nos currículos destinados à formação docente, em especial à formação pedagógica; IX - manter um representante permanente junto ao GEF; X - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação de servidores e nos demais eventos realizados; XI - sensibilizar e propor medidas e ações que garantam o envolvimento das Secretarias de Educação dos Estados e Municípios na implementação do PNEF xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxx

Enfrentamento à violência na escola

No Brasil, mudanças estruturais na assistência à Infância, a partir do final do século XIX, substituem gradativamente a piedade e o amor cristão pela racionalidade científica. A criança pobre deixa de ser propriedade exclusiva da assistência caritativa da Igreja. Surge, mesmo como filantropia, uma

política de assistência que não objetiva mais a esmola, mas a reintegração social dos desajustados.

Já no século XX, mais especificamente no ano de 1927, é promulgado o primeiro código de menores, também conhecido como Código de Mello Mattos. Esse período caracterizou-se pela criação de colônias correcionais para a reabilitação de delinqüentes e abandonados. O Estado passa a

assumir a tutela do menor abandonado ou infrator.

Em 1979 surge o Código de Menores. Cria-se a figura do menor em situação irregular. O termo menor ainda hoje é utilizado de forma pejorativa para designar crianças e adolescentes no Brasil.

Apenas em 1990, fruto do desdobramento da Constituição Federal de 1988 (em especial de seu artigo 227), da Convenção Internacional de 1989, bem

como da reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais, surge o Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA traz a doutrina jurídica da proteção integral. A criança deixa de ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do estado e passa a ser entendida

como um sujeito de direito e em desenvolvimento. Daí a importância da educação. Importante lembrar que a Constituição de 1988 é também conhecida como Constituição Cidadã, e foi construída após duas décadas de vigência de uma ditadura militar (1964/1985).

Tal compreensão é vital para entendermos a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente, principalmente para dissiparmos falas de senso

comum que imputam ao ECA a culpa pela indisciplina e violência nas escolas considerando-se que tal fenômeno é social e histórico. É claro que todo direito pressupõe uma reciprocidade de deveres, por isso cabe a todos os envolvidos no processo educativo de crianças e adolescentes, pautar esta

questão.

Além da compreensão acerca do ECA , é importante compreendermos que um trabalho de enfrentamento à violência na escola pressupõe, por parte desta mantenedora, de um encaminhamento pautado em três eixos de ação: diagnóstico, estudo e produção de material de apoio didático-pedagógico;

formação continuada dos profissionais da educação; e, acompanhamento e promoção de ações interinstitucionais. Esses eixos foram definidos pela Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos – CDEC/DPPE/SEED e balizam suas ações. Importante: todos os eixos devem ser vistos de

forma interligada.

Partindo deste pressuposto, quando da criação da CDEC, em 2007, iniciamos o processo de construção dos Cadernos Temáticos de Enfrentamento à Violência nas Escolas e de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - impressos e encaminhados às escolas de nossa rede. O primeiro lote foi entregue em 2009 a segunda impressão será distribuída no segundo semestre de 2010, totalizando 24.000 exemplares de cada volume. O uso desse material como subsídio às escolas passa a ser fomentado, em especial, no Itinerante 2010, uma vez que pautamos nossa participação na implementação dos

Cadernos Temáticos.

Concomitantemente a esse processo de construção dos Cadernos Temáticos ocorre a formação continuada dos profissionais da educação. O Seminário Integrado sobre Drogas, Evasão, Indisciplina e Violência na Escola é o melhor exemplo dessa capacitação, fato confirmado pela avaliação

positiva quanto aos eventos / etapas já realizados/as.

O Seminário Integrado tem esse nome, pois integra demandas afins de diferentes coordenações e departamentos. Um dos objetivos é fortalecer a rede de proteção social e consequentemente o Sistema de Garantias de Direitos do qual a educação faz parte. Por esta razão foi pensado de forma

descentralizada nos 32 NREs, a partir da análise do diagnóstico realizado nas escolas da rede pública estadual, no ano de 2008.

A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, do qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia com a sociedade civil e por meio da intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação, saúde,

segurança, assistência social, atendimento jurídico, entre outras. Baseada num trabalho planejado, dentro de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o comprometimento, visa dinamizar a garantia de direitos assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno da violência é

multifacetado e que seu enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada.

Outro trabalho que visa fortalecer a rede de proteção social é desenvolvido por meio da revisão do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência, com participação efetiva da CDEC/DPPE/SEED e sob a coordenação da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ. O documento final revisado e atualizado será colocado à apreciação dos Secretários de Estado e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA/PR e terá vigência no período de 2010 a 2015 definindo-se ações das instituições envolvidas nesse processo. Cabe também à Comissão

Estadual articular as comissões regionais, a fim de fortalecer as redes de proteção. Definiu-se, a partir do número de regionais da SECJ, o total de 12 Comissões Regionais. A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social - SETP, por exemplo, possui 18 regionais e a Secretaria de

Saúde do Estado do Paraná - SESA 22.

Por fim, a CDEC trouxe para análise junto à Comissão Interdepartamental de Enfrentamento à Violência – CIEVE (comissão composta por representantes de diferentes setores da SEED), um documento em forma de minuta, que tem por objetivo fornecer às escolas uma orientação pautada em bases legais quanto à questão do enfrentamento à violência e indisciplina na escola. Após inúmeras leituras e sugestões dos membros da CIEVE, o

documento foi entregue à DPPE para apreciação e devidos encaminhamentos. Dessa forma, a Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos busca cumprir seu ciclo de trabalho dentro dos três eixos anteriormente apontados. Isso mostra que a SEED tem hoje uma proposta

viável de trabalho para a nossa rede de ensino.

Enfrentamento à violência na escola: explicitar e conectar

Explicitar:

- Que tipo de violência está presente na escola? Violência na escola, violência da escola ou violência contra a escola. - Identificar fatores de risco e fatores de proteção. Potencializar o segundo.

Conexões internas:

- Fortalecer as instâncias colegiadas por meio da gestão democrática.

Conexões externas: - Fortalecer e se necessário acionar a rede de proteção social.

Lembre-se: “não existe resposta simples para um problema complexo, mas existe uma resposta possível de ser construída no coletivo, com participação, diálogo e comprometimento”.

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A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

é um trabalho desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.

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IV - AVALIAÇÃO

Avaliar o aluno não apenas dentro de uma visão holística, mas também valorizando a

individualidade, que o diferenciam e o caracterizam como ser humano. Realizar o processo de

avaliação procurando constatar o desenvolvimento de sua capacidade crítica de formular questões e de

relacionar saberes, através de provas descritivas e orais, com questões subjetivas. Também por meio de

trabalhos em grupo em individuais, fazendo uso de estratégias na interpretação e produção de textos,

que se afunilaram em debates e mesas redondas, desenhos, músicas.

DELIBERAÇÃO CEE Nº 07/99 Fixa normas para a oferta de cursos seqüenciais por campo de saber. O Conselho Estadual de Educação, com fundamento na Lei Federal no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e nos termos das Indicações CEE no 03/98 e CEE no 09/99. Delibera: Art. 1o – Os cursos seqüenciais por campo de saber, considerados como pós-médios e de educação superior, constituem subcampos multidisciplinares, a par dos demais cursos de educação superior, e poderão ser ofertados pelas instituições de educação superior vinculadas ao sistema estadual de ensino, nos termos desta Deliberação, tanto para graduados como para não graduados egressos do ensino médio. § 1o – Os campos de saber podem compreender ou estar contidos em parte de uma ou mais das áreas fundamentais, profissionais ou tecnológicas do conhecimento, que abrangem as ciências matemáticas, físicas, químicas e biológicas, as geociências, as ciências humanas, a filosofia, as letras e as artes. § 2o – Os cursos seqüenciais, que podem ser anteriores, simultâneos ou posteriores aos cursos de graduação, e que não dependem de vaga em processo seletivo classificatório, abrangem Cursos Superiores de Formação Específica e Cursos Superiores de Complementação de Estudos. Art. 2o – Os cursos superiores de formação específica têm destinação coletiva, carga horária e duração definidas, menores que as de curso de graduação, conduzem a diploma de curso superior de formação específica e estão sujeitos a processo de autorização e de reconhecimento por este Conselho. § 1o – Fica ressalvada, quanto à autorização, a autonomia das universidades e dos centros universitários. § 2o – Os processos de autorização e de reconhecimento obedecerão as normas que se aplicam aos cursos de graduação contidas na Deliberação CEE no 04/98. § 3o – As instituições concederão diploma aos que concluírem estes cursos com assiduidade e aproveitamento, conforme as respectivas propostas e os termos da autorização concedida. § 4o – Devem constar do diploma o campo de saber respectivo, a carga horária e a data de conclusão e mais os dizeres "Diploma de Curso Superior Seqüencial de Formação Específica". Art. 3o – Os cursos superiores de complementação de estudos, que têm destinação coletiva ou individual, não dependem de prévia autorização deste Conselho, nem estão sujeitos a reconhecimento, e conduzem a certificado de curso superior de complementação de estudos.

§ 1o – As instituições devem manter registros das propostas de cada curso, bem como do desempenho de cada aluno, para assegurar a comprovação dos estudos realizados. § 2o – As instituições concederão certificado aos que concluírem estes cursos com assiduidade e aproveitamento, conforme as respectivas propostas e conforme os critérios por elas fixados. § 3o – Devem constar do certificado o campo de saber respectivo, a carga horária e a data de conclusão e mais os dizeres "Certificado de Curso Superior Seqüencial de Complementação de Estudos". Art. 4o – Os estudos realizados nos cursos seqüenciais podem vir a ser aproveitados em outros programas e cursos de educação superior, desde que façam parte ou sejam equivalentes a disciplinas dos currículos destes. Parágrafo único – Na hipótese de aproveitamento em curso de graduação, os egressos dos cursos seqüenciais devem submeter-se, previamente, a processo seletivo classificatório, nos termos das normas gerais das instituições. Art. 5o – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua homologação e publicação, revogando-se as disposições em contrário.

V – COMPLEMENTAÇÕES CURRICULARES

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um Programa da

Secretaria de Estadual de Educação que deve ser concebido como um projeto educativo, integrado,

com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, visando o empoderamento

educacional de todos os sujeitos envolvidos através do contato com os equipamentos sociais e culturais

existentes na escola ou no território em que está situada. Assim, ao pretender reconstituir a condição

de ambiente de aprendizagem à comunidade, a escola estará contribuindo para uma cidade

educadora, visualizando e ampliando as possibilidades educativas fora do espaço escolar. Desta

formas os espaços externos ao ambiente escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de

parcerias com órgãos e entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da

Escola.

No colégio Izabel no momento há uma Sala de Recursos no período da manhã, atendendo

alunos com dificuldades de aprendizagem comprovadas por laudo médico. No período da tarde

funciona a Sala de Apoio. As aulas do Apoio estão distribuídas em duas vezes por semana, atendendo

alunos das quintas séries os quais foram selecionados para freqüentarem pois, apresentam defasagem

de conteúdos, precisando assim de um atendimento mais individualizado. O CELEM (Espanhol)

funciona no período noturno. Além destas atividades que já acontecem, está em processo uma atividade

voltada para o Ensino da Música a qual funcionará uma manhã por semana, atendendo os alunos dos

horários da tarde e noite.

VI – REFERÊNCIAS

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História – Sociedade e Cidadania – 6º, 7º, 8º, 9º ano. São Paulo: FTD, 2009.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas. São Paulo: Cia. Das Letras, 2000.

_____________. A construção da Ordem & O Teatro das Sombras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

_____________. Os Bestializados. São Paulo: Cia. Das Letras, 2000.

SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática: problemas da unidade do conteúdo – método no processo pedagógico. Campinas:

Autores Associados, 2000.

HOBSBAWN. Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Cia. Das Letras, 2002.

____________. Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

____________. Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 1992.

FREIRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Global, 2003.

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares nacionais para educação das relações etnicas raciais e para o ensino de história

e cultura Afro/brasileira e Africana. Brasília: MEC/Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial/Secretaria de

educação continuada, alfabetização e diversidade, 2004.

PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004.

SANTOS, Milton. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 8ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.

KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2005.

FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. / tradução de Wladimir Araújo. São Paulo: IBRASA,

1983.

SITES RECOMENDADOS

Wikpédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia

História Net

http://www.historianet.com.br/

Site da revista História Viva

http://www2.uol.com.br/historiaviva/

E-books Brasil

http://ebooksbrasil.org

Domínio Público

http://dominiopublico.gov.br