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COLÉGIO ESTADUAL ENGENHEIRO MICHEL G. P. A. REYDAMS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DEJANIRA AGUIAR JOÃO RODRIGUES LUZIA BARBOSA ROMIG SUZANA ANTONICHEN FERNANDES RESERVA DO IGUAÇU, FEVEREIRO DE 2012

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COLÉGIO ESTADUAL ENGENHEIRO MICHEL G. P. A. REYDAMS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

DEJANIRA AGUIARJOÃO RODRIGUES

LUZIA BARBOSA ROMIG SUZANA ANTONICHEN FERNANDES

RESERVA DO IGUAÇU, FEVEREIRO DE 2012

I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Importante voltar um pouco na História para falar sobre o ensino da língua portuguesa. Durante a década de 70, o ensino da Língua Portuguesa se utilizava, principalmente os

exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. A prática

pedagógica do professor restringia-se ao uso do livro didático, de modo que foi

desconsiderado seu conhecimento, sua autonomia sua capacidade de análise e produção, era

um ensino reprodutivo baseando-se em uma pedagogia da transmissão.

Somente a partir dos anos 80 os estudos linguísticos mobilizaram os professores para

um o repensar sobre o ensino da língua materna problematizando o ensino realizado em sala

de aula. A língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem por

meio dessa interação, ou seja, a língua constitui-se por seu próprio uso.

Na década de 90, a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se em

pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem. Considerando o

contexto histórico da Língua Portuguesa, compreende-se que, o ensino de português

significa pensar numa realidade que permeia todos os nossos atos.

A linguagem, deve ser vista como ação entre os sujeitos histórica e socialmente

situados que se constitui e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na

medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada

como trabalho e produto do trabalho através da linguagem o homem se reconhece humano,

interage e troca experiências. Dentro desse contexto, observa-se que o estudo, as práticas

pedagógicas para o ensino da língua requerem novos posicionamentos em relação às

práticas de ensino, seja pela discussão crítica de algumas dessas práticas, seja pelo

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. O trabalho como um

todo está fundamentado nos seguintes objetivos:

• Utilizar a língua oral em diferentes situações e adequá-la a cada contexto e

interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Adequar o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e os suportes textuais e o contexto de produção e

leitura; Diferenciar os textos produzidos, lidos ou ouvidos, o gênero e o tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

• Desenvolver através do contato o pensamento crítico e a sensibilidade estética

dos alunos, propiciando através da literatura, a constituição de um espaço

dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da

oralidade, da leitura e da escrita.

• Perceber a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar

acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, na

vida cotidiana.

II – CONTEÚDO ESTRUTURANTE ENSINO FUNDAMENTAL

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos

marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa é o Discurso

como prática social.

As práticas pedagógicas para o ensino de língua portuguesa devem estar centradas em

ações de cunho reflexivo as quais possibilitem o educando reflexões a cerca do uso da

linguagem. Dessa forma o trabalho pedagógico não deve se restringir a apenas atividades de

leitura, escrita e oralidade.

• Prática da Oralidade

Percebe-se diariamente nas escolas, que a oralidade é trabalhada de maneira

secundária ficando apenas em lugar de destaque no planejamento.

Porém sabe-se de sua importância que existem muitas possibilidades de trabalho nas

salas de aula.

Compete a escola, promover situações que os incentivem a falar, ainda que do seu

jeito, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações

sociais. O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que possibilitem ao

aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os

diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e coerente. Sendo assim, o

professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente,

permita ao aluno conhecer, usar a variedade linguística padrão e entender a necessidade

desse uso em determinados contextos sociais.

Domínio da Língua Oral: 6º, 7º, 8º E 9º Ano

• Relatos: experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos, eventos, textos lidos, (literários ou informativos) programas

de TV (filmes. Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, etc. )

• No que se refere às atividades da fala, observar: clareza, sequencia e

objetividade na exposição de ideias - consistência argumentativa; - adequação

vocabular.

• No que se refere à fala do outro : reconhecer as intenções e objetivos; - julgar

a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias da clareza e

consistência argumentativa

• No que se refere ao domínio da norma padrão: concordância verbal e nominal,

regência verbal e nominal; conjugação verbal; emprego de pronomes,

advérbios e conjunções .

Prática de Leitura

Leitura, entendida como um processo de produção de sentido se dá a partir e

interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

Se, na atribuição de sentido ao texto há que se levar em conta o diálogo, as relações

estabelecidas entre textos, ou seja, a intertextualidade, é de se lembrar também que o

diálogo intertextual não esgota as possibilidades dialógicas de um texto, multiplica-as.

As atividades com texto deve permitir ao aluno a leitura de textos para os quais já

tenha construído uma competência e, gradativamente, a leitura de textos mais difíceis que

impliquem o desenvolvimento de novas estratégias por parte do professor.

Prática da Escrita : 6º, 7º, 8º E 9º Ano

Quando se refere a escrita deve-se levar em consideração as condições em que a

produção acontece a qual determina o texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por

que, quando, onde e como se escreve. Além disso, cada gênero textual tem suas

peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza uma

história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico, filosófico.

Essas e outras composições precisam circular na sala de aula como experiências reais

de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

A prática da escrita em sala de aula, possibilitam aos alunos a ampliação do uso das

linguagens verbais e não verbais pelo contato direto com textos dos mais variados gêneros.

Aprendendo a produzir nos mais variados contextos.

Domínio da Escrita: 6º, 7º, 8º E 9º Ano

a) No que se refere à produção de textos: produção de textos ficcionais (narrativos);

produção de textos informativos; produção de textos dissertativos .

b) No que se refere ao conteúdo: clareza, coerência e argumentação;

c) No que se refere à estrutura: processos de coordenação e subordinação na construção das

orações; uso de recursos coesivos; organização de parágrafos; pontuação;

d) No que se refere à expressão: adequação à norma padrão;

e) No que se refere à organização gráfica: ortografia , acentuação, recursos gráficos –

visuais (margem, título, etc) .

f) No que se refere à aspectos da gramática tradicional: reconhecer e refletir sobre a

estruturação do texto: (recursos coesivos, conectividade sequencial e a estruturação

temática) refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais;

- o sintagma verbal e nominal e sua flexão;

- a complementação verbal:verbos transitivos e intransitivos;

- as sentenças simples e complexas;

- a adjunção;

- a coordenação e a subordinação;

II – CONTEÚDO ESTRUTURANTE ENSINO MÉDIO

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos

marcado por relações sociais, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa é o Discurso

como prática social.

As práticas pedagógicas para o ensino de língua portuguesa devem estar centradas em

ações de cunho reflexivo as quais possibilitem o educando reflexões a cerca do uso da

linguagem. Dessa forma o trabalho pedagógico não deve se restringir a apenas atividades de

leitura, escrita e oralidade.

1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO

Leitura

- Crônicas;

- Contos sobre os mais variados temas incluindo cultura afro e Educação Fiscal;

- Narrativas longas e curtas;

- Textos diversificados (poéticos, científicos, bíblicos, jornalísticos, informativos, literários,

publicitários, entre outros), privilegiando a mistura de gêneros, os intertextos e os textos que

apontam para outro).

Escrita

- Enumeração;

- Classes de palavras;

- Pontuação;

- Tipos de discurso;

- Ortografia;

- Aspecto estrutural da poesia;

- Figuras de linguagem;

- Linguagem figurada;

- Tipos de linguagens;

- Normas da língua;

- Variações linguísticas;

- Interpretações de texto;

- Produção de texto.

- Análise de textos que se referem implícita ou explicitamente a outro texto, notando-se a

mistura de gêneros;

Oralidade

- Leituras lúdicas;

- Crônicas em letras de música;

- Poemas;

- Haicai;

- Fábulas;

- Textos científicos, reportagens, artigos;

- Leitura de textos diversos quanto à estrutura, mas que abordam o mesmo tema.

2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO

Leitura

- Textos informativos: notícia, reportagem, entrevistas;

- Reportagem com infográfico;

- Narrativas longas: romances;

- Principais elementos da narrativa;

- Crônicas;

-Cultura afro-brasileira

- Educação fiscal

Escrita

- Estruturação do texto jornalístico;

- Fonologia: pontuação, acentuação, aspectos gráficos;

- Morfologia: pronomes, verbos, estrutura e formação das palavras, substantivo, adjetivo,

artigo, numerais;

- Sintaxe: concordância nominal e verbal, passiva sintética e analítica, sentenças

coordenadas, substantivas e complexas;

- Produção de texto: em prosa, poema, jornalístico, resumo, conto.

Oralidade

- Lendo a imprensa criticamente;

- Pausa poética;

- Leitura de classificados poéticos;

- Plano de leitura de narrativas longas;

- “Deslocamento” do texto jornalístico para o poético;

- Textos que abordam temas afro-brasileiros;

- Cultura indígena;

- Questão ambiental;

- Poesia.

TERCEIRA SÉRIE

Leitura

- Tema abordado por vários tipos de textos.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação

dodiscurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,

numa troca

informal de idéias, numa entrevista.

- Textos de opinião e editoriais;

- Ponto de vista e argumentação;

- Texto publicitário e sua linguagem;

- Literatura brasileira, período colonial e autores; Romantismo e autores; Realismo e

autores;

Parnasianismo e autores; Simbolismo e Naturalismo e autores; Semana da Arte

Moderna,Modernismo e literatura Contemporânea e autores;

- Literatura em Portugal;

- Do Renascimento ao Romantismo e autores;

- Realismo, Simbolismo, Modernismo e autores;

- Literatura africana, autores e obras;Escrita

- Interpretação dos textos;

- Produzir texto com o tema “cidade” ou outro que julgar melhor;

- Produção de carta do leitor;

- Bilhete;

- Pronomes

- Uso do infinitivo;

- Crase;

- Uso do hífen e parênteses;

- Dissertação;

- Acentuação, pontuação e resumo;

- Produção de texto de editorial.

ORALIDADE

- Contação de histórias;

- Poemas;

- Texto teatral;

- Análise dos meios de comunicação;

- Texto não-verbal e gráficos;

- Contos;

- Crônicas;

III – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na escola que o aluno, encontra o espaço para as práticas de linguagem que certamente

lhe trará possibilidade de interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso

da língua, em instancias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. No espaço

escolar educadores e educandos podem aprimorar as possibilidades do domínio nas práticas

discursivas da oralidade, da leitura e da escrita. Importante ressaltar que é de fundamental

importância que as outras matérias também auxiliam quanto ao uso norma culta.

ORALIDADE

Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher

ou dar informações, fazer e dar entrevistas.

• Apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, etc;

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme, um

livro e também depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio

aluno ou pessoas de seu convívio;

• Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

• Contação de histórias, dramatização;

• Identificar entre os mesmos níveis de registros as similaridades e diferenças

entre as modalidades oral e escrita;

• Construir significados após leitura e discussão de textos;

• Interpretação e estabelecimento de comparações entre autores e textos;

• Confrontar as linguagens nos diferentes tipos de textos;

ESCRITA

• Análise de entrevistas televisivas;

• Produção de textos variados: relatos (histórias de vida), poemas, contos, crônicas,

notícias, resumos, bilhetes, cartas, cartazes e avisos.

Além dos conteúdos presentes neste documento, o educador também tratará de forma

intencional, (exposto nos PTD) os Desafios Educacionais Contemporâneos, estes que

pressupõem uma abordagem sobre as questões sociais, culturais, ambientais e históricas,

devem ser trabalhados na disciplina os quais se contextualizam, como condição de

compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações.

É preciso que fique claro que os “desafios educacionais” não podem se impor à disciplina

numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em

seu contexto . São cinco os desafios: Educação Ambiental, Cidadania e Direitos Humanos,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Enfrentamento da Violência na

Escola.

Como base legal temos:

Cidadania e Direitos Humanos

Cidadania e Direitos Humanos no âmbito da Coordenação dos Desafios Educacionais

Contemporâneos, da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – CDEC/DPPE/SEED, nasce

com o desafio de implementar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos nas escolas de

nossa rede.

Tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes

sujeitos de direito e fomentando maior justiça social.

No intuito de valorizar ações de cidadania, esta demanda responde ainda pelas ações

interinstitucionais de acompanhamento e fomento de programas federais e estaduais como: Atitude,

Saúde na Escola, Segurança Social, entre outros.

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.

Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei .

10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena”.

OPRESIDENTEDAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 26-A da Lei . 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. rt" style="margin-right: 0cm" align="justify"> “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de

ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

Art. rt" style="margin-right: 0cm" align="justify"> § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá

diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois

grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no

Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas

contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no

âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”

(NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

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História do Paraná (Lei no 13.381/01)

PROCESSO N.o 1078/06

DELIBERAÇÃO N.o 07/06 APROVADA EM 10/11/06

COMISSÃO TEMPORÁRIA (PORTARIA N.o 7/06-CEE/PR)

INTERESSADO: SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO DO PARANÁ

ESTADO DO PARANÁ

ASSUNTO: Inclusão dos conteúdos de História do Paraná no currículos da Educação Básica.

RELATORAS: CLEMENCIA MARIA FERREIRA RIBAS E LILIAN ANNA WACHOWICZ

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO do Estado do Paraná, usando de suas atribuições que lhe são conferidas

por Lei, tendo em vista a Lei Estadual n.o 13.381/2001 e considerando a Indicação no 01/06 da Comissão Temporária

(Portaria no 7/06-CEE/PR) que a esta se incorpora e ouvida a Câmara de Legislação e Normas,

DELIBERA:

Art. 1o A presente Deliberação institui a inclusão dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da educação

básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, do

potencial e das possibilidades de valorização do nosso Estado.

Art. 2o Os estabelecimentos de ensino poderão ofertar a disciplina História do Paraná na parte diversificada do

currículo, em mais de uma série ou distribuir os seus conteúdos em outros componentes curriculares, baseados em

bibliografia especializada.

§ 1o Para a aprendizagem dos conteúdos curriculares, as escolas deverão oferecer atividades por diversas abordagens

metodológicas, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, com o estudo das

comunidades, municípios e regiões do Estado.

§ 2o A distribuição de conteúdos da História do Paraná em outras disciplinas configura-se no uso de materiais

pedagógicos específicos, dados de fatos relacionados ao Paraná e ao seu desenvolvimento, bem como suas dificuldades

e desafios.

PROCESSO N.o 1078/06

Art. 3o As mantenedoras deverão observar, na elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino, que

os conteúdos específicos de História do Paraná sejam contemplados e propiciar aos educadores formação continuada,

no que diz respeito à temática da presente Deliberação.

Parágrafo único. O plano de formação continuada a que se refere o caput deste artigo, deverá constar do Projeto

Pedagógico da Instituição.

Art. 4o As mantenedoras deverão, gradativamente, dotar as escolas de acervo que possibilite consulta, pesquisa, leitura

e estudo da História do Paraná.

Art. 5o A presente Deliberação entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Sala Pe. José de Anchieta, em 10 de novembro de 2006.

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Meio Ambiente (Lei no 9.795/99

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999.

Mensagem de Veto Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Regulamento

Ambiental e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Lei:

CAPÍTULO I

DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à

sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar

presente, de forma articulada,

em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:

I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que

incorporem a dimensão ambiental,

promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação,

recuperação e melhoria do meio

ambiente;

II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas

educacionais que desenvolvem;

III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, promover ações de educação

ambiental integradas aos

programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de

informações e práticas educativas

sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à

capacitação dos trabalhadores,

visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo

produtivo no meio ambiente;

VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que

propiciem a atuação individual

e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.

Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:

I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o

sócio-econômico e o cultural,

sob o enfoque da sustentabilidade;

III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;

VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;

VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:

I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas

relações, envolvendo aspectos

ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II - a garantia de democratização das informações ambientais;

III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;

IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do

meio ambiente, entendendo-

se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à

construção de uma

sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,

justiça social, responsabilidade

e sustentabilidade;

VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o

futuro da humanidade.

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Educação Fiscal (Portaria 413/2002 ).

Portaria Interministerial no 413, de 31 de dezembro de 2002

Define competências dos órgãos responsáveis pela implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal -

DOU de 2.1.2003

PNEF.

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA e o MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas

atribuições, tendo em vista o Convênio de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério da Fazenda, o Distrito

Federal e os Estados, resolvem:

Art. 1o Implementar o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF com os objetivos de promover e institucionalizar

a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo,

levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para uma relação harmoniosa entre o

Estado e o cidadão.

Art. 2o A implementação do PNEF é de responsabilidade do Grupo de Trabalho de Educação Fiscal – GEF.

Art. 3o O GEF é composto por um representante, em caráter efetivo e permanente, de cada um dos seguintes órgãos:

I – Ministério da Educação;

II – Escola de Administração Fazendária - ESAF;

III – Secretaria da Receita Federal;

IV – Secretaria do Tesouro Nacional;

V – Secretaria de Fazenda de cada Estado e do Distrito Federal;

VI – Secretaria de Educação de cada Estado e do Distrito Federal.

Art. 4o A Coordenação e a Secretaria-Executiva do PNEF e do GEF estão a cargo da ESAF, que deverá baixar os atos

necessários à sua regulamentação.

Parágrafo único. Constitui órgão vinculado ao GEF o Grupo de Educação Fiscal nos Estados – GEFE, o Grupo de

Educação Fiscal da Secretaria da Receita Federal – GEFF e o Grupo de Educação Fiscal dos Municípios – GEFM, de

acordo com o estabelecido nos artigos de 5o a 20.

Art. 5o O GEFE é composto, em cada Estado, por representantes de cada um dos seguintes órgãos:

I – Secretaria de Fazenda;

II – Secretaria de Educação;

III – demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF nos Estados.

Art. 6o O GEFF é composto, na Secretaria da Receita Federal, pelos representantes:

I – nacional;

II – regionais, das dez regiões fiscais e/ou sub-regionais;

III – dos demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF.

Art. 7o O GEFM é composto, em cada Município, por representantes de cada um dos seguintes órgãos:

I – Secretaria de Fazenda ou Finanças;

II – Secretaria de Educação;

III – demais órgãos envolvidos no desenvolvimento do PNEF no Município.

Art. 8o As deliberações do GEF e dos órgãos a ele vinculados são tomadas por meio da maioria de votos de seus

representantes.

Art. 9o Compete ao Ministério da Educação:

I - sensibilizar e envolver os seus servidores na implementação do PNEF;

II - destinar recursos para a divulgação nacional e o desenvolvimento institucional (consultorias e assessoramento) do

PNEF;

III - disponibilizar técnicos para a realização de cursos, palestras e outras ações necessárias à implementação do PNEF;

IV - integrar e articular o PNEF às ações dos diversos programas desenvolvidos pelo MEC;

V - inserir o tema Educação Fiscal nos Parâmetros Curriculares Nacionais;

VI - incentivar as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios a tratar Educação Fiscal como temática a ser

trabalhada nos currículos

de educação básica e de educação de jovens e adultos;

VII - propor medidas que garantam a reflexão sobre políticas tributária e fiscal no ensino superior, nas modalidades de

graduação e pós- graduação;

VIII - propor medidas objetivando o tratamento de Educação Fiscal como temática a ser trabalhada no ensino superior,

nos currículos destinados à formação docente, em especial à formação pedagógica;

IX - manter um representante permanente junto ao GEF;

X - incluir a Educação Fiscal nos programas de capacitação e formação de servidores e nos demais eventos realizados;

XI - sensibilizar e propor medidas e ações que garantam o envolvimento das Secretarias de Educação dos Estados e

Municípios na implementação do PNEF

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Enfrentamento à violência na escola

No Brasil, mudanças estruturais na assistência à Infância, a partir do final do século XIX, substituem

gradativamente a piedade e o amor cristão pela racionalidade científica. A criança pobre deixa de ser propriedade

exclusiva da assistência caritativa da Igreja. Surge, mesmo como filantropia, uma política de assistência que não

objetiva mais a esmola, mas a reintegração social dos desajustados.

Já no século XX, mais especificamente no ano de 1927, é promulgado o primeiro código de menores, também

conhecido como Código de Mello Mattos. Esse período caracterizou-se pela criação de colônias correcionais para a

reabilitação de delinqüentes e abandonados. O Estado passa a assumir a tutela do menor abandonado ou infrator.

Em 1979 surge o Código de Menores. Cria-se a figura do menor em situação irregular. O termo menor ainda

hoje é utilizado de forma pejorativa para designar crianças e adolescentes no Brasil.

Apenas em 1990, fruto do desdobramento da Constituição Federal de 1988 (em especial de seu artigo 227), da

Convenção Internacional de 1989, bem como da reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais,

surge o Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA traz a doutrina jurídica da proteção integral. A criança deixa de

ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do estado e passa a ser entendida como um sujeito de

direito e em desenvolvimento. Daí a importância da educação. Importante lembrar que a Constituição de 1988 é

também conhecida como Constituição Cidadã, e foi construída após duas décadas de vigência de uma ditadura militar

(1964/1985).

Tal compreensão é vital para entendermos a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente,

principalmente para dissiparmos falas de senso comum que imputam ao ECA a culpa pela indisciplina e violência nas

escolas considerando-se que tal fenômeno é social e histórico. É claro que todo direito pressupõe uma reciprocidade de

deveres, por isso cabe a todos os envolvidos no processo educativo de crianças e adolescentes,

pautar esta questão.

Além da compreensão acerca do ECA , é importante compreendermos que um trabalho de enfrentamento à

violência na escola pressupõe, por parte desta mantenedora, de um encaminhamento pautado em três eixos de ação:

diagnóstico, estudo e produção de material de apoio didático- pedagógico; formação continuada dos profissionais da

educação; e, acompanhamento e promoção de ações interinstitucionais. Esses eixos foram definidos pela Coordenação

de Desafios Educacionais Contemporâneos – CDEC/DPPE/SEED e balizam suas ações. Importante: todos os eixos

devem ser vistos de forma interligada.

Partindo deste pressuposto, quando da criação da CDEC, em 2007, iniciamos o processo de construção dos

Cadernos Temáticos de Enfrentamento à Violência nas Escolas e de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas - impressos

e encaminhados às escolas de nossa rede. O primeiro lote foi entregue em 2009 a segunda impressão será distribuída no

segundo semestre de 2010, totalizando 24.000 exemplares de cada volume. O uso desse material como subsídio às

escolas passa a ser fomentado, em especial, no Itinerante 2010, uma vez que pautamos nossa

participação na implementação dos Cadernos Temáticos.

Concomitantemente a esse processo de construção dos Cadernos Temáticos ocorre a formação continuada dos

profissionais da educação. O Seminário Integrado sobre Drogas, Evasão, Indisciplina e Violência na Escola é o melhor

exemplo dessa capacitação, fato confirmado pela avaliação positiva quanto aos eventos / etapas já realizados/as.

O Seminário Integrado tem esse nome, pois integra demandas afins de diferentes coordenações e

departamentos. Um dos objetivos é fortalecer a rede de proteção social e consequentemente o Sistema de Garantias de

Direitos do qual a educação faz parte. Por esta razão foi pensado de forma descentralizada nos 32 NREs, a partir da

análise do diagnóstico realizado nas escolas da rede pública estadual, no ano de 2008.

A Rede de Proteção Social dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes visa fortalecer o Sistema de Garantia

de Direitos, do qual a Educação faz parte. Consiste na integração, em sintonia com a sociedade civil e por meio da

intersetorialidade, das políticas públicas na área da educação, saúde, segurança, assistência social, atendimento jurídico,

entre outras. Baseada num trabalho planejado, dentro de princípios como a horizontalidade, o diálogo, o

comprometimento, visa dinamizar a garantia de direitos assim como possibilita o reconhecimento de que o fenômeno

da violência é multifacetado e que seu enfrentamento envolve uma ação articulada e integrada.

Outro trabalho que visa fortalecer a rede de proteção social é desenvolvido por meio da revisão do Plano

Estadual de Enfrentamento à Violência, com participação efetiva da CDEC/DPPE/SEED e sob a coordenação da

Secretaria de Estado da Criança e da Juventude - SECJ. O documento final revisado e atualizado será colocado à

apreciação dos Secretários de Estado e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA/PR e

terá vigência no período de 2010 a 2015 definindo-se ações das instituições envolvidas nesse processo. Cabe

também à Comissão Estadual articular as comissões regionais, a fim de fortalecer as redes de proteção. Definiu-se, a

partir do número de regionais da SECJ, o total de 12 Comissões Regionais. A Secretaria de Estado do Trabalho,

Emprego e Promoção Social - SETP, por exemplo, possui 18 regionais e a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná -

SESA 22.

Por fim, a CDEC trouxe para análise junto à Comissão Interdepartamental de Enfrentamento à Violência –

CIEVE (comissão composta por representantes de diferentes setores da SEED), um documento em forma de minuta,

que tem por objetivo fornecer às escolas uma orientação pautada em bases legais quanto à questão do enfrentamento à

violência e indisciplina na escola. Após inúmeras leituras e sugestões dos membros da CIEVE, o documento foi

entregue à DPPE para apreciação e devidos encaminhamentos. Dessa forma, a Coordenação de Desafios Educacionais

Contemporâneos busca cumprir seu ciclo de trabalho dentro dos três eixos anteriormente apontados. Isso mostra que a

SEED tem hoje uma proposta viável de trabalho para a nossa rede de ensino.

Enfrentamento à violência na escola: explicitar e conectar

Explicitar:

- Que tipo de violência está presente na escola? Violência na escola, violência da escola ou violência contra a escola.

- Identificar fatores de risco e fatores de proteção. Potencializar o segundo.

Conexões internas:

- Fortalecer as instâncias colegiadas por meio da gestão democrática.

Conexões externas:

- Fortalecer e se necessário acionar a rede de proteção social.

IV – AVALIAÇÃO

No processo avaliativo é importante que se avalie o processo, ou seja, o crescimento

individual de cada aluno. Dessa forma se faz necessário práticas avaliativas de forma

contínua. O professor pode se utilizar de observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e ou objetivo.

Importante pensar na avaliação como uma prática reflexiva e contextualizada que

possibilite aos alunos a compreensão dos elementos contidos no texto, a expressão de ideias

com fluência, argumentação e produção textual que contemple os elementos necessários,

tais como: originalidade, criticidade, correção gramatical, coesão e coerência.

DELIBERAÇÃO CEE No 07/99

Fixa normas para a oferta de cursos sequenciais por

campo de saber.

O Conselho Estadual de Educação, com fundamento na Lei Federal no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, e nos termos das Indicações CEE no

03/98 e CEE no 09/99.

Delibera:

Art. 1o – Os cursos sequenciais por campo de saber, considerados como pós-médios e de educação

superior, constituem subcampos multidisciplinares, a par dos demais cursos de educação superior, e

poderão ser ofertados pelas instituições de educação superior vinculadas ao sistema estadual de

ensino, nos termos desta Deliberação, tanto para graduados como para não graduados egressos do

ensino médio.

§ 1o – Os campos de saber podem compreender ou estar contidos em parte de uma ou mais das

áreas fundamentais, profissionais ou tecnológicas do conhecimento, que abrangem as ciências

matemáticas, físicas, químicas e biológicas, as geociências, as ciências humanas, a filosofia, as

letras e as artes.

§ 2o – Os cursos sequenciais, que podem ser anteriores, simultâneos ou posteriores aos cursos de

graduação, e que não dependem de vaga em processo seletivo classificatório, abrangem Cursos

Superiores de Formação Específica e Cursos Superiores de Complementação de Estudos.

Art. 2o – Os cursos superiores de formação específica têm destinação coletiva, carga horária e

duração definidas, menores que as de curso de graduação, conduzem a diploma de curso superior de

formação específica e estão sujeitos a processo de autorização e de reconhecimento por este

Conselho.

§ 1o – Fica ressalvada, quanto à autorização, a autonomia das universidades e dos centros

universitários.

§ 2o – Os processos de autorização e de reconhecimento obedecerão as normas que se aplicam aos

cursos de graduação contidas na Deliberação CEE no 04/98.

§ 3o – As instituições concederão diploma aos que concluírem estes cursos com assiduidade e

aproveitamento, conforme as respectivas propostas e os termos da autorização concedida.

§ 4o – Devem constar do diploma o campo de saber respectivo, a carga horária e a data de

conclusão e mais os dizeres "Diploma de Curso Superior Sequencial de Formação Específica".

Art. 3o – Os cursos superiores de complementação de estudos, que têm destinação coletiva ou

individual, não dependem de prévia autorização deste Conselho, nem estão sujeitos a

reconhecimento, e conduzem a certificado de curso superior de complementação de estudos.

§ 1o – As instituições devem manter registros das propostas de cada curso, bem como do

desempenho de cada aluno, para assegurar a comprovação dos estudos realizados.

§ 2o – As instituições concederão certificado aos que concluírem estes cursos com assiduidade e

aproveitamento, conforme as respectivas propostas e conforme os critérios por elas fixados.

§ 3o – Devem constar do certificado o campo de saber respectivo, a carga horária e a data de

conclusão e mais os dizeres "Certificado de Curso Superior Sequencial de Complementação de

Estudos".

Art. 4o – Os estudos realizados nos cursos sequenciais podem vir a ser aproveitados em outros

programas e cursos de educação superior, desde que façam parte ou sejam equivalentes a disciplinas

dos currículos destes.

Parágrafo único – Na hipótese de aproveitamento em curso de graduação, os egressos dos cursos

sequenciais devem submeter-se, previamente, a processo seletivo classificatório, nos termos das

normas gerais das instituições.

Art. 5o – Esta Deliberação entra em vigor na data de sua homologação e publicação, revogando-se

as disposições em contrário.

V – COMPLEMENTAÇÕES CURRICULARES

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contra turno é um

Programa da Secretaria de Estadual de Educação que deve ser concebido como um projeto

educativo, integrado, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas,

visando o empoderamento educacional de todos os sujeitos envolvidos através do contato

com os equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que está

situada. Assim, ao pretender reconstituir a condição de ambiente de aprendizagem à

comunidade, a escola estará contribuindo para uma cidade educadora, visualizando e

ampliando as possibilidades educativas fora do espaço escolar. Desta formas os espaços

externos ao ambiente escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias

com órgãos e entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da

Escola.

No Colégio Michel no momento há uma Sala de Recursos no período da manhã,

atendendo alunos com dificuldades de aprendizagem comprovadas por laudo médico. No

período da tarde funciona a Sala de Apoio. As aulas do Apoio estão distribuídas em duas

vezes por semana, atendendo alunos das quintas séries os quais foram selecionados para

frequentarem pois, apresentam defasagem de conteúdos, precisando assim de um

atendimento mais individualizado. O CELEM (Espanhol) funciona no período matutino e

vespertino.

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana. Brasília- DF,

2004.

_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes

curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história

e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de

Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. 2004.

_______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009.