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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI WESLEY DE FREITAS BORGES PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SETOR OPERACIONAL DO ATLÂNTICO SHOPPING Balneário Camboriú 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

WESLEY DE FREITAS BORGES

PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SETOR OPERACIONAL

DO ATLÂNTICO SHOPPING

Balneário Camboriú

2009

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WESLEY DE FREITAS BORGES

PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SETOR OPERACIONAL

ATLÂNTICO SHOPPING

Balneário Camboriú

2009

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração com ênfase em Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientador: Prof. Marcos Aurélio Batista , Msc

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WESLEY DE FREITAS BORGES

PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SETOR OPERACIONAL

ATLÂNTICO SHOPPING

Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em

Administração – Ênfase em Gestão Empreendedora, Universidade do Vale do Itajaí,

Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de concentração: Organização, Sistemas e Métodos

Balneário Camboriú, 01 de julho de 2009.

_______________________________

Prof. MSc. Marcos Aurélio Batista

Orientador

_____________________________

Prof. MSc. Sueli Maria Stoll

____________________________

Prof. Dra. Sara Joana Gadotti dos Anjos

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: Wesley de Freitas Borges

Área de concentração: Organização, Sistemas e Métodos

Professor responsável pelo estágio: Prof. Lorena Schrõder

Supervisor da Empresa: Sérgio Cardoso

Professor orientador: Marcos Aurélio Batista

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Condomínio Edifício Atlântico Shopping

Endereço: Av. Brasil 1271, Centro - Balneário Camboriú SC

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Setor operacional

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Sérgio Cardoso – Administrador

Carimbo do CNPJ da Empresa:

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 20 de Junho de 2009.

O Condomínio Edifício Atlântico Shopping Center, pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo

acadêmico Wesley de Freitas Borges.

___________________________

Responsável pela empresa

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“Não há nenhum segredo para o

sucesso. É o resultado de preparação,

trabalho duro e aprender com o

fracasso”. (Gen. Colin L. Powell)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido saúde, sabedoria e

principalmente força para que pudesse chegar até aqui, vencendo uma série de

obstáculos que encontrei pelo caminho.

A minha esposa Keyla Borges, minhas filhas Laura Emanuelly e Ana Gabriela

por me apoiarem com muito amor e carinho nas horas que mais precisei, passando por

todos estes anos muitas vezes sozinhas, porém compreendendo e apoiando mais este

projeto pessoal que sem dúvida será para contribuir ao sucesso de nossas vidas.

A minha mãe e meus irmãos que foram também um alicerce para minha

caminhada.

Ao meu Saudoso Pai que foi sem dúvida uma grandiosa inspiração para que eu

nunca desistisse, sua força, seu carinho, seu amor, sempre me acompanha.

Ao corpo docente do curso de administração e principalmente ao Prof. Msc

Marcos Aurélio Batista que com muita propriedade conduziu e norteou o projeto. Não

poderia deixar de agradecer também a Prof. Dra. Sara Joana Gadotti dos Anjos, por

sua pequena contribuição, porém fundamental para o sucesso deste estudo.

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RESUMO

Levando em consideração os objetivos propostos no desenrolar do trabalho, entende-se que a sistematização dos processos envolvidos em uma organização visa melhor conhecer, analisar, intervir e racionalizar os sistemas administrativos, bem como formalizá-los e os implantar. Assim, a Teoria de Sistemas proporciona ao executor uma forma de como lidar com as organizações com elevado grau de complexidade e diferenciação, propiciando subsídios ao tratamento planejado da transição, ou seja, da trajetória dos sistemas administrativos ou da mudança propriamente dita. A importância e objetivos deste estudo para o setor operacional do Atlântico Shopping é buscar a organização e a sistematização por intermédio de referências na área de sistemas, organização e métodos, residindo no fato de que todas as decisões e ações inerentes aos aspectos mencionados podem ser levadas a efeito sob o enfoque da Teoria dos sistemas. Coerentemente, todos os aspectos abordados neste trabalho obedecerão aos conceitos, prescrições e características dessa teoria.

Palavras-chaves: Organização. Sistema. Processo.

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ABSTRACT

Taking in consideration the objectives considered in uncurling of the work, it is understood that the systematization of the involved processes in an organization better aims at to know, to analyze, to intervine and to rationalize the administrative systems, as well as legalizing them to implant and them. Thus, the Theory of Systems provides to the executor a form of as to deal with the organizations with high degree of complexity and differentiation, propitiating subsidies to the planned treatment of the transistion, that is, of the trajectory of the administrative systems or the change properly said. The importance and objectives of this study for the operational sector of the Shopping Atlantic are to search the organization and the systematization for intermediary of references in the area of systems, organization and methods, inhabiting in the fact of that all the inherent decisions and actions to the mentioned aspects can be taken the effect under the approach of the Theory of the systems. Coherently, all the boarded aspects in this work will obey the concepts, lapsing and characteristics of this theory. Word-keys: Organization. System. Process.

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LISTA DE GRÁFICOS

Figura 01 Organograma do Setor Operacional..................................................... 27

Figura 02 Organograma reestruturado Setor Operacional.................................... 75

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LISTA DE QUADROS QUADRO 01 .................................................................................................... 37

QUADRO 02 .................................................................................................... 37

QUADRO 03 .................................................................................................... 38

QUADRO 04 .................................................................................................... 39

QUADRO 05 .................................................................................................... 39

QUADRO 06 .................................................................................................... 41

QUADRO 07 .................................................................................................... 52

QUADRO 08 .................................................................................................... 44

QUADRO 09 .................................................................................................... 45

QUADRO 10 .................................................................................................... 46

QUADRO 11 .................................................................................................... 47

QUADRO 12 .................................................................................................... 47

QUADRO 13 .................................................................................................... 48

QUADRO 14 .................................................................................................... 48

QUADRO 15 .................................................................................................... 50

QUADRO 16 .................................................................................................... 51

QUADRO 17 .................................................................................................... 51

QUADRO 18 .................................................................................................... 52

QUADRO 19 .................................................................................................... 53

QUADRO 20 .................................................................................................... 57

QUADRO 21 .................................................................................................... 58

QUADRO 22 .................................................................................................... 59

QUADRO 23 .................................................................................................... 60

QUADRO 24 .................................................................................................... 61

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 15

1.1 Tema......................................................................................................... 15

1.2 Problema.................................................................................................. 16

1.3 Objetivos................................................................................................... 16

1.3.1 Objetivo geral............................................................................................ 16

1.3.2 Objetivos específicos................................................................................ 16

1.4 Justificativa............................................................................................... 16

1.5 Contextualização do ambiente de estágio................................................ 17

1.6 Organização do trabalho.......................................................................... 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................. 20

2.1 Administração........................................................................................... 21

2.2 Organização............................................................................................. 22

2.3 Organização Sistemas e Métodos............................................................ 23

2.4 Estrutura e Desenho Organizacional........................................................ 24

2.5 Tipos de Estruturas................................................................................... 25

2.6 Representação Gráfica da Estrutura Organizacional............................... 28

2.6.1 Organograma............................................................................................ 28

2.7 Processo................................................................................................... 30

2.8 Classificação dos processos.................................................................... 31

2.8.1 Controle dos Processos............................................................................ 32

2.8.2 Melhoria nos Processos........................................................................... 32

2.9 Quadro de Distribuição do Trabalho......................................................... 33

2.10 Estratégia para Análise da Distribuição do Trabalho................................ 37

2.11 Indicadores de Problemas na Distribuição do Trabalho.......................... 39

2.12 Manual...................................................................................................... 39

2.13 Normalização............................................................................................ 42

3 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................. 44

3.1 Tipologia de pesquisa.............................................................................. 44

3.2 Sujeito do estudo..................................................................................... 45

3.3 Instrumentos de pesquisa........................................................................ 45

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS......................................... 46

4.1 Descrição das Atividades......................................................................... 47

4.1.1 Responsabilidade do Gerente Operacional.............................................. 47

4.1.2 Descrição dos cargos e atribuições dos colaboradores do setor

Operacional..............................................................................................

48

4.2 Reconhecimento das Atividades de Setor Operacional........................... 50

4.2.1 Reconhecimento das Atividades do Gerente Operacional....................... 50

4.2.2 Reconhecimento das Atividades dos Serviços Gerais............................. 54

4.2.3 Reconhecimento das Atividades do Pedreiro........................................... 56

4.2.4 Reconhecimento das Atividades do Setor Elétrico................................... 57

4.2.5 Reconhecimento das Atividades do Encanador....................................... 61

4.2.6 Reconhecimento das Atividades do Mecânico de Ar Condicionado........ 63

4.3 Reorganização Das Atividades................................................................. 68

4.3.1 Descrição do cargo de cargo Supervisor Operacional............................. 69

4.4 Acompanhamento da Gerência de Operações........................................ 70

4.4.1 Acompanhamento do Setor Elétrico......................................................... 72

4.4.2 Acompanhamento do Setor Hidráulico..................................................... 73

4.4.3 Acompanhamento do Mecânico de Ar Condicionado............................... 74

4.4.4 Proposta de implantação do Programa.................................................... 75

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 76

6 REFERÊNCIAS........................................................................................ 78

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Tema

Diante da necessidade de se obter resultados positivos na área operacional de

uma empresa, busca-se cada vez mais aprimorar as atividades em todos os setores

evitando com que haja o retrabalho e a perca de tempo nas atividades desenvolvidas

diariamente ou periodicamente.

Portanto, este estudo tem como objetivo buscar em fontes bibliográficas

ferramentas cientificamente testadas e aprovadas para orientar e ser implantado no

setor operacional do Atlântico Shopping.

A idéia surgiu quando detectados dentro do setor, dificuldade como política de

pessoal indefinida, problemas nos procedimentos de trabalho e funcionais. Desta

forma, surgiu a necessidade de buscar uma melhor maneira de visualização e

acompanhamento das tarefas, procurando melhorar os métodos na execução dos

trabalhos para propor uma remodelagem do setor. O presente trabalho demonstrará a

possibilidade de sistematizar e organizar as atividades operacionais nas tarefas e

procedimentos realizados nos vários setores do condomínio, apresentado significativos

ganhos. É abordada de forma sucinta a necessidade de comprometimento e de

conscientização das pessoas ligadas ao processo administrativo em questão. São

apresentadas sugestões de padronização e de especificação, conectando-se o aspecto

teórico ao prático.

A área de OSM busca soluções para os problemas, envolvendo mudanças

nos processos e efetivando linhas gerais em fase de implantação e controle de

resultados. As atividades relacionadas a essa área podem contribuir para a eficácia e

melhoria contínua no departamento operacional.

Para isto, serão abordadas bibliografias e fontes que possa servir de orientação

fazer com que atinja os objetivos propostos.

A sistematização proposta implica em posicionar decisões dentro do setor

criando uma estrutura estável e dinâmica, que definirá o trabalho que as pessoas,

como indivíduos ou integrantes de grupos, deverão realizar.

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1.2 Problema

Após serem analisados determinados processos e métodos aplicados no setor

operacional do Atlântico Shopping, detectou-se que há dificuldades por parte dos

colaboradores em visualizar e acompanhar a médio e longo prazo o desenvolvimento

das tarefas que devem ser realizadas, ou seja, isto dificulta os planejamentos e em

determinados períodos causam acúmulo e sobrecarga de trabalho. Outro fator

primordial é a formação de novos profissionais que são contratados, leva-se tempo e

dedicação para explanar suas funções e responsabilidades que deverá assumir.

A partir do problema identificado surge a pergunta de pesquisa: Quais os meios e

ações devem ser utilizados para tornar o setor operacional do Atlântico Shopping

em um referencial de trabalho?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Sistematizar as atividades do setor de operações do Atlântico Shopping.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Descrever os cargos do setor operacional;

• Reconhecer a periodicidade das atividades dos setores;

• Reorganizar as atividades do setor;

• Propor um sistema de acompanhamento das operações.

1.4 Justificativa

A intenção de sistematizar o setor operacional do Atlântico Shopping Center vem

de encontro à busca de solução para obtenção de resultados mais eficientes e eficazes

nos processos e procedimentos realizados, o que sem dúvida, virá de encontro aos

interesses da empresa, por quanto minimizará os gastos e tempo com treinamento de

pessoal e reduzindo a rotatividade dos mesmos.

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Outro fator preponderante que faz com que a organização busque aperfeiçoar

seus processos operacionais é a forte concorrência que desde dezembro de 2007 vem

desenvolvendo as mesmas atividades que até então somente o Atlântico explorava,

que é o Balneário Camboríu Shopping. Este possui uma área de terreno de

58.139,84m2 e 40.515,72m2 de área construída; um estacionamento rotativo para

1200 carros entre área coberta e descoberta; 7 lojas âncoras e 2 mega lojas; 16

operações na praça de alimentação; 2 restaurantes; 11 lojas na área de serviços; 190

lojas satélites e 6 salas de cinema multiplex Stadium.

Não obstante a concorrência ter uma série de fatores positivos tais como mix

variado, ampla área de estacionamento, etc, o Atlântico está localizado em um ponto

estratégico com excelente localização.

Portanto, voltando ao foco da justificativa, podemos dizer que o setor

operacional é o coração do empreendimento pois sua responsabilidade é de abrir e

fechá-lo em perfeitas condições de funcionamento e operação.

Para tanto, O.S.M vem de encontro as necessidades, pois a partir de seus

princípios pode-se focar em ações estratégicas eficientes para desenvolver um

planejamento de trabalho levando há uma sistematização eficiente e por conseqüência

levará o setor há um patamar de referência.

O Atlântico Shopping por apresentar uma infra-estrutura de aproximadamente

26000m², será beneficiado com a inclusão dos objetivos propostos neste estudo de

caso.

Quanto ao aprendizado que o mesmo está proporcionando para a formação

acadêmica, será de grande relevância e um grande desafio colocar em prática o que o

estudo propõe.

1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio

A economia de Balneário Camboriú é voltada essencialmente para o turismo. A

população residente representa apenas um quarto do total de moradores na cidade

durante a temporada de verão. Por esse motivo, o mercado varejista é de fundamental

importância para o município, bem como atrações e uma busca constante pela

qualidade de vida.

Sendo assim, o Condomínio Comercial Atlântico Shopping Center iniciou suas

obras em 1992, através da iniciativa do empresário Wilson Granado, proprietário da

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construtora Granacon. A construção foi finalizada cinco anos depois, e inaugurada no

dia 6 de dezembro de 1997.

O bloco comercial onde se localiza o shopping era antigamente um parque de

diversões, o chamado Estrela do Sul. Na Avenida Brasil, com 22 mil metros de área

construída, o espaço compreende um bloco comercial com mais dois blocos de

edifícios residenciais.

No início de suas atividades, o Atlântico Shopping Center era administrado pela

empresa carioca Mercante Mix, que logo foi substituída pela pessoa do síndico Sr. Aido

Nard, na época. Após uma reestruturação, em maio de 2000, assumiu a sindicância o

Sr. Ancelmo Manoel dos Santos Filho, que permanece no cargo até hoje.

Com o passar dos anos a empresa vem inovando e se adaptando as novas

necessidades do mercado. Em setembro de 2001 a administração recebeu novas e

modernas instalações, e por volta de 2003, apesar de contar com um mix de produtos e

serviços diversificados, foi disponibilizada uma ala específica para serviços no piso G1.

Ao completar seus dez anos de atividade em Balneário Camboriú, o Atlântico

Shopping está procurando cada vez mais atender seus diversos públicos de forma

eficaz e manter sua tradição, competência e responsabilidade para com a comunidade.

O Atlântico Shopping tem como missão ser um empreendimento de referência

no comércio de moda, lazer e entretenimento. Portanto, seu objetivos é consolidar sua

marca junto a seus parceiros, fornecedores e clientes, aumentando o fluxo de pessoas

nas suas áreas comuns e tornando-se um referencial no segmento varejo, tanto na

cidade como em todo o Vale do Itajaí.

1.6 Organização do trabalho

O estudo está dividido em 05 (cinco) capítulos, que tem por objetivo facilitar o

entendimento dos conceitos.

No primeiro capítulo é apresentada a introdução do estudo, caracterizando-se o

tema e apresentando o problema de pesquisa a ser desenvolvido e os objetivos que se

pretende atingir com o estudo.

Na seqüência, o segundo capitulo procura trazer um estudo bibliográfico focando

na área de atuação que é a administração, aspectos relevantes sobre as organizações,

OSM que foi um norte para o estudo, as estruturas das organizações, apresentação do

organograma e por último os processos envolvidos.

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No terceiro capítulo, o estudo abrange as técnicas metodológicas empregadas

para realização, estruturação e elaboração da pesquisa, descrevendo os

procedimentos que se baseou o trabalho, para que se conseguisse a concretização dos

objetivos.

O quarto capítulo introduz a apresentação e análise dos dados os quais

descrevem as atividades, as responsabilidades de cada função, direcionando-o para

obtenção de se chegar aos objetivos propostos, ou seja, são as etapas que

compreenderam a implantação de estudo do trabalho, buscando compreender o melhor

meio para se atingir as metas traçadas.

O quinto capítulo apresenta as considerações finais, as quais abrangem

principais aspectos do estudo realizado, bem como uma análise dos objetivos

propostos que foram alcançados no decorrer do projeto e conclui com sugestões a

trabalhos futuros.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Administração

Atualmente, para administrar uma empresa é fundamental a participação de

profissionais eficientes e eficazes para desenvolver suas tarefas designadas pela

empresa.

Para Silva (2001, p. 05) “administração é relacionada com o alcance de objetivos

por meio dos esforços de outras pessoas”.

Segundo Waldo (Apud CURY, 2000, p. 23) “a administração é um tipo de

esforço humano cooperativo que possui um alto grau de de racionalidade”. A este

respeito é esclarecedor transcrever que a administração nas organizações é um dos

processos cuidadosos e decisivos, é uma área que almeja por profissionais

capacitados, pois suas ações são racionais, exige esforço de reflexão, pensamento e

raciocínio lógico e ágil dentro da empresa.

Administração significa ação de administrar. Gestão de negócios públicos ou particulares. Governo, regência. Conjuntos de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado. Prática desses princípios, normas e funções. Função de administrador, gestão, gerência. Pessoal que administra; direção. (MASIERO, 1996, p. 12)

Portanto, a administração é necessária em todos os tipos de atividades

organizadas e em todos os tipos de organização. A administração é universal porque

tem um corpo abrangente de conhecimento.

Administração é a arte de fazer coisas através de pessoas. É o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos (STONER, 1999, p. 04).

De acordo com Megginson (1998) a administração é importante nas

organizações por três razões:

1) Para alcançar os objetivos;

2) Para equilibrar objetivos conflitantes;

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3) Para conseguir eficiência e eficácia.

Para Maximiano (2002, p. 283) “a administração é um processo de tomar

decisões, de realizar ações que compreende quatro processos principais interligados:

planejamento, organização, execução e controle”.

Portanto, a administração faz parte de qualquer escala de aplicação de recursos,

a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho

das organizações, esta possui um conjunto de princípios, normas e funções que tem

por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência,

para se obter determinado resultado. As habilidades administrativas são importantes

para qualquer pessoa que tome decisões sobre a utilização de recursos para realizar

objetivos, ou que seja em ambiente onde essas decisões são tomadas.

Segundo Chiavenato (1997, p. 24) “ as organizações existem para cumprir

objetivos que os individuos isoladamente não podem alcançar em face das suas

limitações individuais”.

É de maior relevância refletir sobre o conceito organizacional e as suas

características as quais serão abordadas no capitulo que segue.

2.2 Organização

“A organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de

duas ou mais pessoas” (CHIAVENATO, 1997, p. 23).

Organização refere-se ao ato de dividir toda uma organização em unidades, comumente chamadas de divisões ou departamentos, em subunidades, comumente chamadas de seções, tendo responsabilidades específicas e uma hierarquia de relacionamentos: a estrutura organizacional. Ela também se refere à coordenação dessas unidades e subunidades interagindo para atingir todos os objetivos organizacionais (SIMCSIK, 2001, p. 71).

Sendo assim, para a existência de uma organização é essencial a cooperação

entre pessoas, pois convivem e se relacionam constantemente, portanto, é importante

cooperarem uns com os outros, formando organizações para alcançar certos objetivos.

D`ascenção (2001, p. 40), traz que a história da civilização revela-nos que a

humanidade, na busca constante de atender a suas necessidades, sempre procurou

formar grupos de pessoas, com interesses semelhantes, para atingir um ou mais

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objetivos. O ser humano percebeu, desde os primórdios dos tempos, que sozinho tudo

era muito dificil, mas em grupo as necessidades eram mais fáceis de ser atendidas.

Dando sequência, ele diz que a formação de agrupamentos humanos que

uniam esforços e recursos para atender a suas necessidades. Essa união, por meio de

um processo evolutivo, levou os grupos à busca constante de melhores condições que

permitissem menores esforços, menor utilização de recursos e mais resultados

alcançados. O nome que se deu à busca do atendimento das necessidades humanas

foi trabalho. Os grupos perceberam, ao longo do tempo, que o trabalho bem distribuido

entre seus membros permitia esforços menores e facilitava o alcance de seus

objetivos. Perceberam também que os recursos eram escassos e precisavam ser bem

utilizados, evitando-se o desperdício.

Às atividades de formar agrupamentos humanos, distribuir o trabalho entre seus

membros e equacionar a utilização dos recursos, visando ao atendimento de suas

necessidades, deu-se o nome de organização. (D´ASCENÇÃO, 2001 p.48)

2.3 Organização Sistemas e Métodos

Organização, Sistemas e Métodos são atividades administrativas voltadas

para a consecução da melhor atividade dos recursos materiais, com técnicas

científicas que envolvem aspectos comportamentais no ambiente interno ou externo da

empresa (SIMCSIK, 2001).

OSM é uma atividade administrativa voltada para a obtenção da melhor qualidade e produtividade possível dos recursos humanos e recursos materiais, através de técnicas cientificas que envolvem os aspectos comportamentais e estruturais (SIMCSIK, 2001, p. 01).

Organização, Sistemas e Métodos é uma área clássica da administração que

lida com um conjunto de técnicas que tem como objetivo principal aperfeiçoar o

funcionamento das organizações.

Um dos objetivos de Organização, Sistemas e Métodos é procurar a melhor qualidade na solução de problemas, evitando a aplicação pura e simples de métodos e modelos externos nacionais ou estrangeiros, aclimatizando-os e adaptando-os quando possível,sem nunca esquecer das peculiaridades de cada cultura, linguagem e produto (SIMCSIK, 2001, p. 33).

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Para Oliveira (2005, p. 478), a responsabilidade básica da área de Sistemas,

Organização e Métodos é a de executar as atividades de levantamento, elaborar

análise, ação e implementação de sistemas administrativos na empresa. O objetivo é o

de criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução das atividades, eliminar

atividades em duplicidade, padronizar, melhorar o controle, e solucionar problemas,

também chamados de patologias organizacionais.

Segundo Cury (2000, p. 122) a função de Organização e Métodos é uma das

especializações de Administração que tem como objetivo a renovação organizacional.

Ela modela a empresa, trabalhando sua estrutura (organograma), seus processos e

métodos de trabalho.

De acordo com Machiline (1986, p. 05), organização no sentido nato da palavra,

significa “conjunto de atividades de direção, inclusive planejamento, chefia de operação

e controle”.

As atividades operacionais de uma organização constituem-se nos resultados

finais do segmento á qual ela existe. Em síntese, significa com que meios e de que

maneira se fará a produção, a transformação ou a realização dos serviços. Isto

equivale a dizer como se colocará em funcionamento a máquina organizacional,

observada a filosofia da instituição e seu plano estratégico e tático. Assim, o plano

operacional incorpora-se a todo o sistema é e dele uma instância importantíssima,

porque é com ele que a teoria dos demais planejamentos se transforma em realidade e

os objetivos pré-estabelecidos se concretizam. Desta forma as empresas se

estabelecem, compram , transformam, vendem, prestam serviços e auferem lucros.

Enfim, o ciclo do sistema se completa, funcionando como um organismo vivo e

integrado.

2.4 Estrutura e desenho organizacional

“O processo de organizar ou processo de organização, cria uma estrutura

estável e dinâmica, que define o trabalho que as pessoas, como indivíduos ou

integrantes de grupos, devem realizar.” (MAXIMINIANO, 2002, p. 265)

A estrutura organizacional é definida como um sistema de suporte de

relacionamentos consistentes entre as várias posições dentro de uma organização.

(SILVA, 2001).

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Para Cury (2000, p. 217) a estrutura é o arranjo dos elementos constitutivos de

uma organização, ou seja, é a forma mediante a qual estão integrados e se

apresentam os elementos componentes de uma empresa.

Já Bernabei (2003, p.74), define que a estrutura é um conjunto de relações

(formalizadas ou não) que unem os indivíduos, os grupos e as áreas de atividades

consignadas ou desenvolvidas por quem quer que seja.

Segundo o mesmo autor, quatro são os componentes da estrutura:

1. Alocação de responsabilidades e tarefas;

2. Relacionamento de subordinação;

3. Agrupamentos dos indivíduos em departamentos;

4. Mecanismos de coordenação e de integração.

O desenho organizacional envolve a definição da estrutura básica da empresa e

como a tarefa empresarial serão divididos e atribuídos entre departamentos, divisões,

grupos, posições e cargos, aspectos geralmente apresentados nos organogramas,

manuais e descrições de cargos. Inclui a definição de autoridades e responsabilidades

das pessoas, além da comunicação entre estas e seus grupos. (Maximiano, 2002, p.

265).

Responsabilidades são as obrigações, funções, papéis, deveres ou tarefas das pessoas ou grupos de trabalho. Autoridade (formal) é o poder de decisão investido numa pessoa ou grupo, que possibilita mobilizar o comportamento alheio para a realização das tarefas. Autoridade e responsabilidade são agrupadas em unidades de trabalho, chamados cargos e departamentos. O sistema de comunicações de uma estrutura organizacional fornece a interligação das unidades de trabalho e possibilita sua ação coordenada (MAXIMINIANO, 2002, p. 268).

O desenho organizacional se refere ao processo de determinar a forma

organizacional apropriada, às bases da departamentalização e da coordenação

(SILVA, 2001 p.382).

Silva (2001) aborda três aspectos do desenho organizacional:

1. É um fator crítico para o sucesso de longo prazo;

2. É um processo contínuo, que se altera pelas mudanças do ambiente;

3. Não é universalizado, pois cada projeto depende do contexto de cada

organização.

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2.5 Tipos de estruturas

Montar uma estrutura organizacional consiste em dividir tarefas entre unidades

de trabalho chamadas departamentos. Alguns critérios orientam o processo de

departamentalização, que definem as responsabilidades especializadas das unidades

da estrutura organizacional.

Na concepção de Oliveira (2005, p.88), “Estrutura Organizacional é o conjunto

ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades

organizacionais de uma empresa”.

Em perspectiva distinta, Oliveira (1998) aborda que a estrutura organizacional é

um instrumento básico que visa os objetivos e estratégias estabelecidas para o

desenvolvimento das empresas. É uma ferramenta necessária para alcançar as

situações e os processos organizacionais. Este autor (1998) continua contribuindo,

afirmando que, quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada,

ela propicia para a empresa alguns aspectos:

• identificação das tarefas necessárias;

• a organização das funções e responsabilidades;

• informações, recursos e feedback aos empregados;

• medidas de desempenho compatíveis com os objetivos;

• e condições motivadoras.

As formas de estruturação das organizações dependem da atividade, das

condições de mercado, e do tipo de controle da administração.

Bernabei (2003, p. 77) apresenta três tipologias de escolha às quais a empresa

deve fazer frente:

1. sistema de poderes-personalidades;

2. sistemas de relações; e

3. sistemas de informações.

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Bernabei (2003) apresenta os diversos critérios de departamentalização:

• Estrutura Elementar – típica das pequenas empresas, sobretudo de condução

familiar. Dois níveis: no primeiro, deveres e responsabilidades de governo

econômico e de direção; no segundo, atividade operacional de produção;

• Estrutura Funcional – a organização se vale dos benefícios da especialização e

da padronização para alcançar a eficiência. (diretorias de: MKT, Engenharia,

Produção, Finanças). É organizada por posições e funções rigidamente

programadas através de regras e procedimentos que antecipam a coordenação

dos serviços;

• Estrutura multidivisional (por produtos ou áreas geográficas) – a estrutura de

cada divisão se parece com a funcional e é constituída de departamentos, onde

cada linha de produtos agrupa as funções sob sua divisão;

• Estrutura funcional com product manager – os product managers são

encarregados de gerir, além das fases do processo produtivo, também o

planejamento, a venda, a distribuição ou o marketing. (BERNABEI, 2003 p.87).

Assumem a responsabilidade do resultado econômico, sem ser de todo modo

dotado de autoridade hierárquica sobre os órgãos diretivos;

• Estrutura por projetos – as diversas funções são transformadas em objetivos e

atribuídas como tarefas a um time de projeto. Um projeto é um conjunto de

atividades contemporâneas voltadas à realização de um produto/serviço único.

São constituídos grupos inter-funcionais para a gestão de uma atividade

temporária e não repetitiva. (BERNABEI, 2003 p.91);

• Matriciais – é usualmente implementada na cúpula da organização e inclui as

duas estruturas de comando (funcional e divisional);

Organizações sem fronteiras – no ambiente interno não existem relações

verticais ou horizontais; a ênfase é a velocidade, a responsabilidade e a

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flexibilidade. A fronteira externa é permeável (quem, dentro ou fora da organização,

pode resolver melhor este problema?) (SILVA, 2001).

2.6 Representação gráfica da estrutura organizacional

2.6.1 Organograma

Organograma pode ser definido como uma representação gráfica da estrutura

organizacional da empresa ou de um departamento.

Machline (1986, p. 26), cita que o organograma, “É constituído essencialmente

de dois tipos de elementos interligados, linhas e retângulos, as primeiras representando

o fluxo de autoridade na organização, os últimos contendo os nomes ou títulos

administrativos entre os quais flui a autoridade”.

Organograma é conceituado, segundo Cury (1995, p. 229-230), como uma

representação gráfica e abreviada da estrutura da organização. Este autor salienta

que há vários tipos de organogramas, alguns mais simples, outros mais sofisticados e

até os complexos.

Com uma perspectiva mais atual e abrangente, Chinelatto (2000, p.105)

sustenta que organograma é o gráfico que representa a estrutura formal da

empresa, ou seja, a disposição e a hierarquia dos órgãos. A estrutura da empresa

pode ser representada de várias maneiras, sendo que, a escolha do tipo ideal, fica a

critério do analista, considerando sempre a natureza da organização e o seu nível de

concentração ou desconcentração.

Em outra visão, Alvarez (1997, p. 263), afirma que “organograma é um gráfico

que estabelece a estrutura formal da empresa (ou área) num determinado momento,

portanto, ela é estática”.

Na visão de Cury (1995), o organograma tem como finalidade representar:

• Os órgãos componentes da empresa;

• As funções desenvolvidas pelos órgãos, de forma genérica e quando

possível;

• As vinculações e/ou relações de interdependência entre os órgãos;

• Os níveis administrativos que compõem a organização;

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• A via hierárquica.

Chinelato (2000) aborda que para a elaboração de um organograma, são

necessários certos cuidados: os de natureza estética, outros de natureza técnica.

Na seqüência apresentam-se relacionados alguns deles:

• Devem ser evitadas siglas e abreviaturas dos órgãos;

• A subordinação de um órgão em relação a outro é representada por linha

cheia, de cima para baixo, ou da esquerda para a direita; os órgãos de

igualdade superior não podem estar ligados uns aos outros, mas sim à

linha da autoridade superior;

• Deve ser buscado um equilíbrio estético entre os espaços laterais e verticais dos

órgãos de mesmo nível hierárquico;

• O organograma a não deve ser fracionado em hipótese alguma, deve

contar somente em uma única folha.

Existem vários tipos de organogramas, desde o modo mais simples aos mais

sofisticados e complexos, formais e informais, com maiores detalhes ou não. Esses

tipos são utilizados para representarem a maioria das organizações.

De acordo com as teorias de Rocha (1995, p. 95), é possível se observar um

tipo de organograma, mostrado a seguir:

Organograma hierárquico – é o mais conhecido, utilizado para representar a

organização formal, configurada na estrutura oriunda do regulamento da empresa,

demonstrando os diversos órgãos, seus posicionamentos, vias hierárquicas, que

formam a estrutura da instituição. A esse organograma são atribuídos os quatro

tipos, segundo Rocha (1995):

• Clássico – é o mais comum, é constituído de retângulos e linhas verticais e

horizontais. Apresenta a maior facilidade de construção, sendo de grande

flexibilidade em termos de mudanças estruturais;

• Em Barras – é aquele onde os órgãos componentes da estrutura são

configurados através de longos retângulos horizontais, começando todos na

mesma posição à esquerda, e prolongando-se para a direita;

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• Circular, em setores ou setogramas – sua construção é baseada em círculos

concêntricos, de modo que represente os diversos níveis hierárquicos,

estética e compactamente, posiciona-se a autoridade máxima no centro, à

medida que os órgãos aproximam-se da periferia, diminui seu nível hierárquico;

• Radial ou solar – nesse tipo de organograma procura-se representar a

estrutura formal usando a configuração do sistema solar, a autoridade

máxima localiza-se no círculo posicionado na parte central do gráfico,

equivalendo à posição do sol, os departamentos ocupam as posições dos

outros planetas, e as divisões e setores correspondem aos satélites e

subsatélites.

Na estrutura de um organograma no topo ficam os cargos mais importantes, e

na medida em que decresce vão surgindo os subordinados.

Cada retângulo representa um cargo, todos os retangulos devem ser do mesmo

tamanho. Quando os cargos forem da mesma importância, devem estar na mesma

altura.

Nos retângulos do organograma, só poderão ser usados o nome dos cargos e

nunca nomes próprios (colaboradores).

Entre os títulos mais utilizados são: presidente, vice-presidente, diretor, gerente,

chefe, subchefe, superintendente, supervisor, encarregado, mestre, assistente,

assessor, entre outros (D´ASCENÇÃO, 2001).

Organograma é um gráfico que representa a estrutura organizacional e, pode

trazer informações do tipo: Divisão do trabalho (retângulos); Autoridade e hierarquia

(níveis); e comunicação (linhas).

A figura apresentada na seqüência retrata o organograma do Setor Operacional

do Atlântico Shopping:

Gráfico 1: Organograma Setor Operacional

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2.7 Processo

Para Cruz (1997, p.84) “processo é a forma pela qual um conjunto de

atividades cria, trabalha ou transforma insumos com a finalidade de produzir bens ou

serviços, que tenham qualidade assegurada, para serem adquiridos pelos clientes”.

Em outra perspectiva, Davenport (1994), define processos como um conjunto de

atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar num produto especificado

para um determinado cliente ou mercado. Um processo se acentua como uma

ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, como um

começo, um fim, e inputs e outputs identificados: uma estrutura para a ação.

Muitas organizações adotaram uma visão orientada para processos em suas

operações, destacam Hanner e Champy (2000 apud CARNEIRO, 2002, p.32),

substituindo o ponto de vista tradicional, voltado para obtenção de benefícios através

de uma melhor integração das operações. Muitos fatores podem afetar o sucesso do

enfoque por processos, mas o mais importante é a capacidade de representar tanto os

processos quanto os modelos.

Cheung e Bal (1999 apud CARNEIRO, 2002) evidenciaram que em muitas

organizações, os processos são vistos muito próximos ao melhoramento contínuo,

com aumento da produtividade ou reestruturação organizacional, visando à

otimização das tarefas.

Devenport e Short (2001 apud CARNEIRO, 2002) definiram os processos

em três dimensões:

• Entidades: os processos ocorrem entre entidades organizacionais. Eles

podem ser: interorganizacionais, interfuncionais e interpessoais.

• Atividades: os processos podem envolver dois tipos de atividades: gerencial e

operacional.

• Objetos: os processos resultam na manipulação de objetos, que podem ser

físicos ou informacionais.

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2.8 Classificação dos processos

Garvin (1998 apud SANTOS, 2000) define processos, no sentido mais amplo,

como um conjunto de tarefas e atividades interligadas que juntas transformam

entradas (inputs) em saídas (outputs).

Armistead e Machin (1997 apud SANTOS, 2000) agrupam os processos de

negócios em quatro categorias: processos operacionais, processos de suporte,

processos de estabelecimento de direção e processos gerenciais.

Os processos operacionais se referem à forma que o trabalho é feito na

organização para produzir bens e serviços e os processos de suporte por sua vez,

permitem a realização dos processos operacionais, como por exemplo, a provisão

de tecnologia, gestão de recursos humanos e contabilidade. Os processos de

estabelecimento de direção estão relacionados com a definição da estratégia da

organização. Já os processos gerenciais envolvem as atividades de tomada de

decisões e comunicação. Independente do tipo, os processos organizacionais

podem variar no grau de complexidade, tornando-se necessário estabelecer uma

hierarquia de processos.

O projeto de processos de serviços, no âmbito da gestão de operações, está

relacionado aos processos operacionais. Os processos operacionais também podem

ser chamados de processos de transformação, devido à transformação das entradas

em saídas (SLACK et al., 1997 apud SANTOS, 2000). As entradas podem ser divididas

em recursos transformados e recursos transformadores. Os recursos

transformados (materiais, informações e consumidores) são aqueles onde o valor é

agregado, mudando de estado durante o processo; enquanto os recursos

transformadores (instalações e pessoal) são aqueles que agem sobre os recursos

transformados, agregando-lhes valor. As saídas de um processo operacional podem

ser bens ou serviços.

Na verdade, muitas das técnicas utilizadas para projetar processos de

serviços podem ser aplicadas tanto no projeto de novos serviços como na análise do

projeto de serviços existentes. De acordo com Gummesson (1994 apud

SANTOS, 2000, p.31), como não existe uma tradição em se projetar novos

serviços, freqüentemente é necessário que a metodologia de projeto de serviços

também seja adequada para a análise dos processos existentes.

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De fato, a garantia da qualidade desde o projeto e a melhoria da

qualidade em processos existentes só são possíveis com um profundo

entendimento do processo.

2.8.1 Controle de processos

Na perspectiva de Paladini (1995, p.168) o processo se configura como:

“qualquer conjunto de condições, ou causas que, agindo juntas, geram um dado

resultado”. Sendo que controle de processos pode ser considerado como um

conjunto de atividades a serem realizadas, planejadas e desenvolvidas com a

finalidade de conhecer o processo em estudo.

Pode-se entender que o controle de processos envolve técnicas que podem

avaliar as alterações de processos produtivos e que controles de processos buscam

determinar a capacidade de um processo. Paladini (1995) utiliza o termo capacidade

para definir o comportamento normal de um processo, quando operado em estado

de controle estatístico, fazendo com que o processo atue com efeitos

previsíveis.

Este autor também chama a atenção, quando expressa que a determinação da

capacidade de um processo utiliza métodos científicos, evitando procedimentos

baseados em métodos de ensaio-erro ou intuição.

A análise da capacidade produz um diagnóstico do processo em termos

de consistência e atendimento a determinados padrões, e sempre está baseada

na natureza das variações, ou seja, reflexo de causas que estão atuando sobre

o processo. A análise do processo determina se elas são aleatórias, revelando

uma situação normal do processo, ou se as causas são apenas observáveis

(DAVENPORT, 1994).

2.8.2 Melhorias dos processos

É importante compreender e conhecer um processo existente antes de

projetar um novo, podendo melhorá-lo.

As iniciativas de melhoria exigem informações detalhadas sobre os atuais

processos, sendo necessário documentar o fluxo de processo e os participantes

devem definir suas atividades, para que possam ser analisadas com amplitude

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suficiente. A análise dos processos existentes deve incluir descrições de cargos,

relações de técnicas e conhecimento das mudanças organizacionais.

(DAVENPORT, 1994).

Dando continuidade ao pensamento deste autor, as oportunidades nascem de

análises detalhadas das atuais operações dos processos, e os problemas são

documentados durante as atividades de entendimento, dando origem ao nível de

exame às oportunidades de simplificação e racionalização.

Existem várias ferramentas e técnicas que podem ser usadas nos processos

existentes. No contexto de uma iniciativa de inovação, a diagramação do processo ou

mesmo o fluxograma, tem valor de comunicação como um mecanismo de

comunicação que pode ser usado em toda a abordagem para documentar a

evolução do fluxo de trabalho do processo.

Diferentes tipos de fluxogramas são usados na melhoria de processos

administrativos, os diagramas em blocos de alto nível, são usados para checar um

entendimento preliminar de um processo e de suas fronteiras, finalizando ao alcance

das atividades de melhoria. (DAVENPORT, 1994).

Visto que, o entendimento dos processos existentes é um elemento

essencial de todas as abordagens tradicionais baseadas em processos, analisam-se

métodos, ferramentas e técnicas que possam ser usadas para melhorar os processos.

2.9 Quadro de Distribuição do Trabalho (QDT)

O QDT é o instrumento utilizado com o objetivo de se analisar as diversas

atividades atribuiídas a cada uma das unidades orgânicas existentes numa dada

empresa, através do diagnóstico das tarefas executadas por seus empregados,

visando aferir a carga de trabalho e a racionalidade de sua distribuição.

Na visão de Cury (1995), a análise da distribuição do trabalho é uma técnica,

que tem como finalidade avaliar a distribuição das atividades entre os diversos

órgãos, analisando as tarefas individuais de cada empregado. Ela deve ser

desenvolvida no sentido de identificar a carga de trabalho de cada unidade da

organização, visando à racionalidade de sua distribuição, sendo que, consiste do

trabalho realizado, individualmente, em sua classificação de atividades/tarefas. O

quadro de distribuição de tarefas é o instrumento utilizado para analisar as diversas

atividades atribuídas a cada uma das unidades orgânicas existentes em uma

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dada empresa, através do parecer das tarefas executadas por seus empregados,

visando avaliar a carga de trabalho e a racionalidade de sua distribuição. (CURY,

1995)

Com um a visão mais abrangente, Alvarez (1997) menciona que o quadro de

distribuição do trabalho é uma ferramenta que estabelece as tarefas efetuadas

dentro de uma determinada área, especificando quanto tempo é gasto por cada um

dos funcionários na atividade geral, ou mesmo, feita individualmente.

Em perspectiva atual, Oliveira (2005), enfatiza que as empresas não

deveriam ser vistas como um todo estático, mas como um arranjo necessário

de áreas e unidades organizacionais, onde decorre a necessidade, dessas

unidades organizacionais, de realizar sua missão e alcançar seus objetivos.

Oliveira (2005, p.334) aponta que as empresas podem estabelecer três

objetivos básicos do modelo de estudo da distribuição da carga de trabalho:

• Distribuir, de forma balanceada, entre as unidades organizacionais, as tarefas

a serem realizadas pela empresa;

• Redistribuir, de forma criteriosa e racional, as tarefas que já vêm sendo

realizadas pela empresa;

• Funcionar como instrumento de estudo da situação existente e de

mudança para a situação desejada, quando da racionalização organizacional.

Uma visão oposta é apresentada por Araújo (1994), quando salienta que um

dos objetivos do QDT é o de minimizar tensões internas, tensões motivadas,

inclusive, por atritos relacionados a aspectos funcionais. Afirma que os exemplos de

insatisfação com a chefia, com os colegas em geral, são vários e justificam

uma ação objetiva para tratar de assuntos subjetivos. Assim, Araújo (1994) menciona

no QDT dois grandes objetivos: um de natureza funcionalista, isto é, voltado

para a organização e suas unidades, vista como um todo integrado, outro, de

natureza comportamental, onde através dos artifícios permitidos pela técnica, os

conflitos podem ser m inimizados ou até eliminados.

Em outra perspectiva, Alvarez (1997) observa os seguintes aspectos:

identificar quais as atividades consomem o tempo de cada um dos funcionários;

definir quem faz o que e quantas horas totais em dia, semana, ou mês, cada

funcionário dedica ao trabalho, são pontos relevantes considerados como principais

objetivos do quadro de distribuição do trabalho.

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Oliveira (1998) sustenta que o quadro de distribuição de trabalho é um

instrumento de estudo que possibilita ao analista de sistemas, organizações e

métodos:

• Visão panorâmica de todas as tarefas executadas na unidade organizacional;

• Análise comparativa das tarefas executadas pelos diferentes funcionários;

• Análise comparativa da duração das tarefas;

• Verificar se a capacidade profissional dos funcionários está sendo

eficientemente utilizada.

• Verificar se há equilíbrio no volume de trabalho executado pelos funcionários;

• Verificar o grau de especialização das tarefas;

• Verificar o critério utilizado para a distribuição do trabalho entre os

funcionários da unidade organizacional: natureza, similaridade ou

complementaridade das tarefas;

• Verificar se existe tarefas dispersas entre vários executores ou se os mesmos

estão executando tarefas desconexas;

• Analisar, de forma global, a distribuição do trabalho entre funcionários,

• Estabelecer a situação ideal, racionalizando a distribuição das tarefas.

Este autor (1995) salienta que para alcançar todos os aspectos mencionados, é

necessário que se construa um quadro de distribuição do trabalho que contenha,

fundamentalmente:

• Todas as tarefas realizadas na unidade organizacional, agrupadas por

funcionários;

• Homogeneidade no registro de duração das tarefas;

• Cálculo das durações das tarefas e somatório das mesmas em atividades;

• Cálculo do tempo empregado por cada funcionário na realização de suas

tarefas, evidenciando-se a ociosidade ou o emprego de horas extras;

• Ordem seqüencial das execuções, por funcionário;

• Número de vezes que a tarefa é repetida, dentro da unidade de tempo

considerada.

Embora um pouco trabalhoso, o QDT, é um dos instrumentos mais fáceis de ser

usado e a luz dos dados coletados pode se obter informações valiosíssimas.

Para sua confecção, devem ser efetuados passos como, definir as tarefas

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individuais; consolidar as atividades; montar o quadro de distribuição do trabalho

e depois, analisar o quadro, que pode ser ajustado de acordo com a convivência

do analista e a situação que se trata.

Todas as entrevistas feitas com os funcionários para saber ao certo suas

determinadas funções deverão ser efetuadas no quadro, caso haja modificações

ou alterações, devem ser transmitidas a todos os funcionários envolvidos no

trabalho em análise, todas as informações necessárias e eliminadas as eventuais

dúvidas para que eles possam elaborar definições de suas tarefas de maneira

autônoma, proporcionando a auto-análise e auto–avaliação (ALVAREZ, 1997).

Em função de inúmeras atividades desempenhadas em quaisquer setores

dentro de uma organização, o QDT pode estabelecer para cada função o prejuízo de

tempo que ela pode trazer para a organização, propiciar uma análise de tempo das

funções diversificadas e estabelecer questões que devem ser analisadas para a

adequada distribuição dos trabalhos dos funcionários da empresa.

A literatura é unanime quando aponta o Quadro de Distribuição do Trabalho

(QDT), como sendo a técnica que mais se adapta a estudos ligados à distribuição do

trabalho.

A descrição de cargo é um instrumento válido, mas nunca como instrumento de

análise global, pelo simples fato de que a descrição de cargos mede o cargo e não a

sua atuação e interação dentro da unidade (ARAÚJO, 1994).

Há, também, quem considere que o estudo do trabalho pode ser conduzido,

mediante a entrevista com a chefia, identificação de problemas e encaminhamento da

solução. Evidentemente, que esse não é o melhor caminho de um estudo integrado e

total de uma unidade da organização.

O QDT vai oferecer ao estudioso uma opção excepcional de desenvolvimento de

trabalho que pode resultar favoravelmente, tomados alguns cuidados que será descrito

nas páginas seguintes.

A primeira etapa para sistematizar e organizar, é se efetuar um levantamento

minucioso das tarefas desenvolvidas na unidade organizacional sob intervenção,

operador por operador, tendo como objetivo a elaboração de uma lista completa e

minuciosa de todo trabalho realizado. Este levantamento é importante, considerando a

necessidade de identificação das atividades realmente desenvolvidas, não aquelas

porventura inscritas no regimento interno, se existente, nem as que o chefe, às vezes,

pensa que são executadas (CURY, 1995).

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Cabe um esclarecimento para maior logicidade do raciocínio para se dar uma

idéia dos conceitos de função, atividades e tarefas, o que será discutido baseado no

pensamento de Cury (1995).

• Função: corresponde a uma agregação de atividades análogas,

interdependentes que se encadeiam num único campo especializado de

trabalho, devendo, consequentemente, para sua maior eficácia, ter o seu

desenvolvimento alocado a uma unidade organizacional específica, sob uma

única direção. Exemplo de uma função simples: compras de material;

• Atividade: compreende um agrupamento de uma série de tarefas

complementares, correspondendo, assim, a um conjunto de tarefas / ações de

cada unidade organizacional, caracterizada pelo consumo de recursos e

orientadas para um objetivo definido, de carater global. Exemplo: a função de

compras se decompõe, por hipótese, nas seguintes atividades: pesquisa de

mercado, seleção de fornecedores, licitações, julgamento, adjudicação,

diligenciamento, etc;

• Tarefa: é “entendida como o meio pelo qual se atinge cada atividade ou objetivo

global de cada unidade organizacional, compreendendo uma ou mais rotinas

(passos, movimentos, micromovimentos) referentes aos empregados.” Portanto,

são as tarefas sequencias de passos predeterminados, indispensáveis à

identificação de uma continuidade operativa, limitadas pelas atribuições do

executante. Exemplo: a atividade de licitação envolve as tarefas de elaboração

de um edital, recebimento de propostas, efetivação de mapa comparativo de

preços etc.

2.10 Estratégia para análise da Distribuição do Trabalho

Araújo (1994) apresenta a estratégia voltada à distribuição do trabalho está

dividida em quatro etapas, todas importantes e que dependem de informações e da

ajuda do pessoal que atua na unidade.

• Identificação das tarefas individuais. Essa primeira etapa consiste na busca das

tarefas realizadas pelos funcionários da unidade, um a um. As tarefas devem se

entendidas como um agrupamento de passos sequenciais, considerando-se a

divisão do trabalho existente entre os funcionários. Na prática, seguindo a

orientação de Ronchi, o relacionamento das tarefas será realizado segundo

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duas fases distintas: preliminar e definitiva. Preliminar, porque serão listados os

vários elementos de trabalho assim como são indicados, sem uma clara

distinção entre tarefas e passos e definitiva, resultante de uma conciliação

posterior, onde serão apontadas as tarefas. Essa tomada de informações tem

um medida de tempo. Via de regra, o tempo tomado para cada tarefa é o da

semana. Ou seja, o funcionário é questionado sobre o tempo de execução

daquela tarefa durante o período de uma semana. Nada impede que o período

de tempo seja o do mês, dia, hora etc. Todavia, a sugestão fica para o período

semanal, representativo do mês, que é a medida usada pelas organizações.

• Agrupar as tarefas semelhantes em atividades ou serviços. Nessa etapa é

feita a identificação das tarefas que tenham caráter de similiridade e

complementaridade. E o consequente agrupamento em atividades ou serviços.

A diferença está em que algumas vezes é necessário somar uma tarefa à outra,

para que tenhamos um serviço. De qualquer maneira, esta etapa é facilitada

pelo conhecimento que chefe e funcionários têm da unidade em estudo.

Identificar os serviços ou as atividades é função que pode ser realizada

mediante duas alternativas, ambas simples. A primeira, de caráter nitidamente

técnico, é a formulação da atividade ou serviço por meio da somatória das

tarefas similares e complementares. A segunda alternativa, pouco técnica mas

baseada na experiencia de todos na unidade, é a opinião e o ponto de vista

sobre os serviços realizados pela unidade. Ambas são válidas, apesar de a

primera alternativa ser mais confiável, pois exige de todos uma atenção maior

que a simples opinião sobe quais os serviços desenvolvidos;

• Montagem do Quadro de Distribuição do Trabalho. Essa é, sem margem de

dúvida, a etapa mais simples, pois exige apenas a transposição dos dados

colhidos nas etapas anteriores e um esforço adicional de mera soma dos totais

de horas das tarefas e dos serviços;

• Análise do Quadro de Distribuição do Trabalho. Diferentemente da etapa

anterior, esta requisitará o melhor de cada um dos envolvidos. Via de regra, a

análise é efetuada com base em quatro blocos: tempo, capacidade profissional,

equilibrio no volume de trabalho e condições exteriores de mudança.

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2.11 Indicadores de Problemas na Distribuição do Trabalho

Segundo Araújo (1994), o profissional de O&M terá alguns indicadores sobre a

má ou boa distribuição do trabalho numa dada unidade. Um deles é a insatisfação de

unidades que mantêm alguma relação funcional com a unidade em estudo. Atrasos na

entrega de documentos ou informações, divulgação de dados incorretos, aspectos

exteriores de ineficiência internas e interação social conflitiva entre a organização com

a unidade objeto do estudo. O rendimento individual pode ser um indicador de falhas

na distribuição interna do trabalho. É claro que pode ser uma dificuldade existente

apenas no plano individual ser de origem funcional-grupal.

O excesso de liberalidade dado ao executante da tarefa, pode ocasionar falhas

no funcionamento e na qualidade do produto final exibido pela unidade. Evidentemente

a atuação inventiva e racionalizadora, mas não se pode negar que tudo isso pode gerar

disfunções e desequilibrio interno. E, finalmente, a própria insatisfação da chefia da

unidade, passada ao profissional sob a forma de descontentamento com funcionários,

qualidade do trabalho, reclamações de outras unidades, demoras e atrasos

generalizados.

Quaisquer que sejam os indicadores, caberá ao profissional a proposição de

analisar a distribuição do trabalho e não, por exemplo, esta ou aquela rotina. Não é

dificil encontrar chefias que já sabem o que querem, restando, apenas, ao profissional

do estudo sistemático, atender à reivindicação. Embora as chefias estejam envolvidas

no cotidiano de suas unidades, por vezes, perdem-se na identificação e terminam por

solicitar um estudo inadequado às necessidades internas. E a função do profissional

de O&M é a de aconselhar e desenvolver o melhor estudo (ARAUJO, 1994)

2.12 Manual

Manuais são os processos que devem ser executados por alguém de forma

escrita clara e objetiva, deixando os procedimentos e regras definidas, tendo como

orientação para o trabalho diário.

Segundo Cury (2000, p. 198), “manuais são documentos elaborados dentro de

uma empresa com finalidade de uniformizar os procedimentos que devem ser

observados nas diversas áreas de atividades, sendo portanto ótimo instrumento de

racionalização”.

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Todo manual deve ser projetado para se adequar à necessidade específica para

a qual ele está preparado, desse modo, não existe um manual “padrão” que possa ser

adotado por todos os departamentos, ele deve ser modificado de acordo com o formato

que ofereça um resultado mais positivo a organização.

Os procedimentos apresentados deverão ser revisados periodicamente, visando

sempre a manutenção e a elaboração dos propósitos apresentados no contexto do

trabalho.

Manual para D´ascenção, (2001, p. 152), é:

D´ascenção (2001) diz que para elaboração do manual é preciso que se siga um

roteiro com 9 etapas, são elas:

1. Definição do processo e seus objetivos;

2. Escolha do(s) responsável(is) pela preparação do manual administrativo;

3. Análise preliminar da empresa (conhecimento global);

4. Planejamento do manual (cronograma, custos, colaboradores, informações);

5. Levantamento de informações (entrevistas, observação direta, questionário,

análise de documentação);

6. Elaboração (redação, diagramação e formatação, codificação, impressão e

encadernação, teste-piloto);

7. Implantação (apresentação e treinamento, distribuição, acompanhamento);

8. Atualização (revisão, reemissão ou cancelamento);

9. Avaliação.

Nas organizações é possível encontrar alguns tipos diferentes de manuais,

conforme Oliveira (2002, p. 403).

1. Manual de organização ou de funções – tem como finalidade definir tarefas e

responsabilidades de cada setor perante a empresa.

É o conjunto ou a coleção sistemática de normas, diretrizes, políticas, objetivos, instruções e orientações que indicam para todos os funcionários da organização o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito.

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2. Manual de normas e procedimentos – são instruções normativas que regem

na empresa.

3. Manual de política e diretrizes - utilizada geralmente pela alta administração,

auxilia no processo de tomadas de decisões.

4. Manual do empregado – contêm histórico da empresa, benefícios, as

atividades que a empresa desenvolve, mais utilizado pela classe operacional.

5. Manual de finalidade múltipla – possui um organograma, quantidade geral de

empregados, atividades desenvolvidas na empresa.

6. Manual de instruções especializadas – normas e instruções de aplicação

específicas.

O manual de instruções especializadas, também pode ser chamado de

manual de processos administrativos, onde descreve as atividades, o que, como,

quem, para que, é feito.

Para o presente trabalho será utilizado como base de estudo prático o

manual de instruções especializadas.

Conforme Oliveira (2002, p. 403), tras como finalidades:

• Treinamento e capacitação de funcionários novos e antigos;

• Instrumento de consulta diária;

• Estimular aprendizado de todo o pessoal de um setor para eventuais ausências

como problemas de saúde, férias, licenças, etc;

• Padronização dos processos de maneira eficiente e eficaz.

O conteúdo de um manual, segundo Oliveira (2002), é:

• Esclarecer todos os processos que envolvem a determinada função, podendo ter

forma de fluxograma;

• Lidar como o sistema de informação que será gerenciará sua atividade;

• Identificar os modelos de documentação exigidas para cada processo;

• Dar instruções para avaliação das tarefas.

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D`ascenção (2001, p. 167), acrescenta ainda mais um tipo de manual, o

eletrônico.

A tecnologia oferece essa abertura para implantação de manuais on-line.

Conforme o mesmo autor, manual eletrônico é, “o que é elaborado e disponibilizado

aos usuários por meio de redes de computadores existentes na empresa”.

Os manuais eletrônicos apresentam algumas vantagens, como: são dispensadas

a impressão e encadernação, dispensa a distribuição física, atualização pode ser

feita de imediato pelos responsáveis, custos mais reduzidos, acesso rápido, não

ocupam espaço físico, não exigem cuidado especial para arquivamento, entre

outros.

Já as desvantagens dos manuais eletrônicos são as mesmas dos outros tipos de

manuais.

2.13 Normalização

Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), “normalização é

a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais,

prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau

ótimo de ordem em dado momento” (COLENGHI, 2003, p. 70).

Para Colenghi (2003, p. 70), a confecção de um manual de gestão da qualidade

ou outros; é cabível fazer considerações a respeito de normalização, com o objetivo de

facilitar a compreensão de todos os instrumentos a serem utilizados.

Colenghi (2003, p. 70) afirma que “na prática a normalização faz parte da vida

das empresas e das pessoas, que seja na fabricação de produtos, na transferencia de

tecnologias, na preservação do meio – ambiente e na melhoria da qualidade de vida,

como por exemplo, os da normas de segurança do trabalho”.

Conforme Colenghi (2003, p. 70), dentro de áreas específicas a normalização

possui os seguintes objetivos:

a) Economia: Proporciona a redução da crescente variedade de produtos e

procedimentos;

b) Segurança: Proteger a vida humana e a preservação da saúde;

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c) Comunicação: Proporciona meios mais eficientes na troca de informações

entre fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações

comerciais e de serviços;

d) Proteção do consumidor: Prover a sociedade meios eficazes para aferir a

qualidade dos produtos e serviços;

e) Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: Evitar a existência de

regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países,

facilitando, assim, o intercâmbio comercial.

De acordo com Colenghi (2003, p. 71), “a normalização é um destes

mecanismos que podem ajudar as empresas a vencerem estes obstáculos, pois

através dela se consegue diminuir os custos e melhorar a qualidade dos produtos e dos

serviços”.

Acrescenta Colenghi (2003, p. 72) que qualitativamente, ainda permite:

melhorar a normalização e a qualidade dos produtos e serviços; utilizar

adequadamente os recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos;

padronizar a produção; uniformizar a prestação de serviços; facilitar o desenvolvimento

de pessoal; registrar o conhecimento tecnologico; racionalizar e otimizar os processos;

facilitar a contratação ou venda de tecnologia, evitar acidentes, etc. Enquanto,

quantitativamente, a normalização facilita: reduzir os esperdícios; padronizar

componentes; diminuir o consumo de materiais, padronizar os equipamentos; aumentar

a produtividade; controlar os processos; cumprir os objetivos e as metas, entre outros.

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3 METODOLOGIA

Segundo Ruiz (1996) “pesquisa cientifica é a realização concreta de uma

investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da

metodologia consagradas pela ciência”. A seguir, apresenta-se o delineamento da

presente pesquisa, apresentando a abordagem da pesquisa, a tipologia e os objetivos

do tipo de pesquisa

3.1 Tipologia de pesquisa

A pesquisa tem uma abordagem qualitativo, pois, não emprega dados

estátisticos nem levantamento de dados que necessitem ser mensurados por números.

Não tem pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.

(OLIVEIRA, 1999).

Uma pesquisa pode ter objetivos diferentes, como: estudo exploratórios, quando

não existe informação sobre tema, pode ser explicativo, quando se analisa causas ou

consequências de um assunto, ou ainda descritiva, quando se deseja descrever um

assunto, aplicado neste trabalho. Neste caso será utilizada a pesquisa do tipo

descritiva.

Segundo Ruiz (1996, p. 49), a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e

correlaciona fatos ou fenomenos (variáveis) sem manipulá-los. Ela procura descobrir,

com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e

conexão com outros, sua natureza e características.

Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social,

politica e economica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do individuo

tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.

A pesquisa descritiva desenvolve-se principalmente, nas Ciências Humanas e

Sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados e cujo

registro não consta de decumentos.

Os dados, por ocorrerem em seu habitat natural, precisam ser coletados e

registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito.

O tipo de pesquisa empregada foi um estudo de caso, que Richardson (1999, p.

79) caracteriza pelo “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de

maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento”.

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3.2 Sujeitos de Estudo

A população da presente pesquisa é composta por 14 funcionários do

Condomínio Edificio Atlântico Shopping, situado em Balneário Camboriu, SC, que tem

como principal característica desenvolver e manter o empreendimento em perfeitas

condições de funcionamento.

Conforme Lakatos e Marconi (2002, p. 41), população é o conjunto de seres

animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.

3.3 Instrumentos de Pesquisa

A metodologia da pesquisa utilizada neste projeto de conclusão é do tipo estudo

de caso, pois buscou-se obter os dados através de brainstorming efetuado com os

funcionários que integram o setor, os quais, nortearam os principais aspectos e

informações relevantes ao estudo. Assim, a coleta de dados foi realizada através de

um brainstorming aplicados à 14 funcionários do setor operacional.

Além do brainstorming foi utilizada a observação participante. O método de

observação consiste no registro de comportamentos, fatos e ações relacionadas com o

objetivo da pesquisa, sem que haja comunicação com os pesquisadores, e não envolve

questionamentos e respostas, verbais ou escritas. (OLIVEIRA, 1998)

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Serão abordados neste capítulo a descrição e a análise dos setores, os quais

formam a área operacional do shopping.

Para visualisar a necessidade de se implantar uma nova sistemática de trabalho

no setor, é necessário buscar as causas e as falhas que existem no processo, ou seja,

dado há um volume muito grande de trabalho em certos períodos, muitas vezes

acontecem acúmulos de trabalhos sendo executados os que tem prioridades e são

mais emergentes, porém, não se tem ferramentas adequadas como um quadro de

distribuição de trabalho, um mapeamento periódico das necessidades para nortear os

parâmetros necessários para indicar qual procedimento ou qual ação deve ser tomada

para resolução da anomalia.

Com isso, a tendência é ocorrer diversos problemas para a organização, ou seja,

a ordenação das funções dos cargos podem não estar claramente definida. Quanto

maior a organização, maior será o problema, pois ocorre um efeito cascata, em

decorrência dos problemas serem propagados para os níveis subseqüentes.

Entre alguns problemas mais comuns ocorridos nas falhas operacionais, são:

falta de padronização, baixa eficiência e a dificuldade ou impossibilidade da aplicação

de melhoria contínua.

Como as tarefas para processos específicos não estão delineadas, pode ocorrer

de algum colaborador "pular" algum passo importante do processo, ou mesmo realizar

alguma ação incorreta, por fim, pode resultar em re-trabalho e baixa eficiência. Outro

ponto importante salientar que em longo prazo a organização pode sofrer problemas

em relação a aplicação de mecanismos de melhoria continua, ou simplesmente não

conseguir encontrar problemas devido a desorganização ou não padronização dos

processos.

Então para fomentar o desenvolvimento organizacional, a definição de um

mapeamento ou um plano de manutenção operação e controle, tornam-se

extremamente importantes para análise do processo, pois primeiramente definem-se as

rotinas e a periodicidade com que cada atividade necessita, desta forma, haverá maior

possibilidade na identificação de problemas em qualquer estágio, por fim, a

organização não fica refém dos colaboradores, pois as definições de processos (o que

deve ser feito e por quem) estão estabelecidas e descritas em documentos elaborados

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pelo coordenador da área, o que resulta em aumento de produtividade e eficiência nas

atividades e um maior controle sobre as áreas.

4.1 Descrição das atividades

Serão descritos neste capítulo as funções e responsabilidades de cada cargo

ocupado no setor operacional.

Como já mencionado, o setor operacional é um setor de vital importância para o

shopping, pois é dele a responsabilidade de abrir e fechar as portas em perfeitas

condições de funcionamento e principalmente aparência, visual.

4.1.1 Responsabilidades do gerente operacional

• Elaborar planos e estratégias para soluções de problemas;

• Acompanhar e divulgar os indicadores de desempenho de sua equipe;

• Propor e executar modificações e melhorias nos equipamentos;

• Garantir o cumprimento do plano de segurança da gerência de área;

• Controlar gastos da manutenção com materiais, serviços, etc;

• Desenvolver as habilidades técnicas e comportamentais da equipe, promovendo

ambiente favorável;

• Identificar e dimensionar os recursos, prazos e condições operacionais

necessárias ao desenvolvimento das atividades de sua equipe;

• Disponibilizar recursos necessários para atendimento aos serviços de

emergências, bem como atuar imediatamente na análise da anomalia;

• Promover a união e o trabalho em equipe através de suas habilidades

gerenciais, assegurando o moral elevado através do gerenciamento de horas

extras, absenteísmo, turnover, garantindo contínuo controle sobre o sistema de

freqüência e férias de sua equipe;

• Dar apóio e suporte para eventos do marketing, tais como, natal, páscoa, dia

das mães, etc;

• Efetuar análises de custo e benefícios de produtos de limpeza;

• Controlar e gerenciar consumo de energia e água fazendo relatórios diários;

• Controlar e apoiar operação diária na área de climatização e exaustão;

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• Verificar e controlar manutenção preventiva e corretiva do sistema central de ar

condicionado;

• Dar suporte emergencial às lojas do shopping;

• Vistoriar e orientar lojistas para questões de segurança em redes de gás, ar

condicionado, exaustão e redes hidráulicas;

• Vistoriar e fiscalizar empresa terceirizada de desinsetização e desratização área

comum e lojas;

• Gerenciar anualmente documentos concernentes aos órgãos fiscalizadores, tais

como, CREA-SC, corpo de bombeiros, Vigilância Sanitária, etc;

4.1.2 Descrição dos cargos e atribuições dos colaboradores do setor operacional

• Serviços Gerais: é o colaborador responsável por dar um suporte a todas as

áreas do shopping (ar condicionado, elétrica, civil, hidráulica, marketing-

eventos,etc), executa tarefas manuais simples que exijam muitas vezes esforço

físico, certos conhecimentos e habilidades elementares, realiza a conservação das

instalações e equipamentos, controla e verifica diariamente o nível da cisterna e

caixa d´agua. Realiza também pinturas e reparos concernentes, porém quando se

necessita de um trabalho direcionado com maior teor de complexidade, então

contratamos um profissional da área. Reparos e manutenção com menor grau de

complexidade no forro de gesso também é efetuado pela equipe.

• Pedreiro: Seleciona material apropriado ao trabalho a ser executado, de acordo

com as características da obra; prepara argamassa; constrói alicerces, assenta

tijolos de acordo com os desenhos e formas indicados nas plantas; executa tarefas

de rebocar as estruturas construídas, empregando argamassa de cal cimento e

areia, atentando para o prumo e nivelamento das mesmas; executa revestimentos

de pisos, paredes e tetos, realiza trabalhos de manutenção corretiva em geral do

prédio;

• Eletrecista: Instalar, inspecionar e reparar instalações elétricas, interna e

externa, luminárias e demais equipamentos elétricos, cabos de transmissão;

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consertar aparelhos elétricos em geral; manutenção e conservação nos

equipamentos de som, proceder à conservação de aparelhagem eletrônica,

realizando pequenos consertos; fazer enrolamento de bobinas, desmontar, ajustar,

limpar e operar grupo gerador, manter e conservar quadros de força e comando;

fazer e consertar instalações, solicitar juntamente ao setor de almoxarife o

suprimento de materiais e peças necessárias à execução dos serviços; executar

tarefas afins;

• Encanador: executa a manutenção e instalação de tubulações de água e

esgotos pertencentes ao condomínio, monta e instala registros e outros acessórios

de canalização; executa a manutenção de todas as instalações, efetua diariamente

manutenção preventiva e corretiva nas caixas de gordura e passagem, válvulas

hidras, saboneteiras, mictórios, vasos sanitários e torneiras dos WC;

• Mecânico/Operador Ar Condicionado: é o colaborador responsável em

executar manutenção preventiva e corretiva de todo sistema de ar condicionado,

dividindo o sistema em duas partes, CAG (Central de Água Gelada) e os

Climatizadores (Fan and Coil), não obstante, ele também é um operador dos

equipamentos.

O operador de ar condicionado tem como principal responsabilidade checar

diariamente as condições de funcionamento e operação do sistema, ou seja, liga

todo sistema, acompanha as operações, verificar diariamente os planos de

processos do dia, realiza programações/preparações de baixo grau de

complexidade. Verifica visualmente se há defeitos ou não conformidades nos

equipamentos com leituras diárias e com parâmetros pré definidos de operação,

efetuam limpezas periódicas nos filtros de ar, filtros de água, grelhas e dutos;

• Serralheiro: Executa serviços de serralheria, trabalhando o material, medindo,

riscando, furando, cortando, torcendo e unindo partes por meio de parafusos,

rebites, solda e outros, de acordo com as especificações de projetos ou geralmente

idéias concebidas pela própria equipe, para reparar, confeccionar e montar

estruturas metálicas em geral.

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4.2 Reconhecimento das atividades do Setor Operacional

Os quadros a seguir têm como objetivo descrever e reconhecer as atividades

as quais cada profissional do setor deverá desenvolver e também informará suas

respectivas periodicidades.

Serão informadas as atividades as quais possuem vital importância para o

desenvolvimento das operações diárias do setor operacional.

4.2.1. Reconhecimento das atividades do Gerente Operacional

O gerente operacional possui atividades diárias (quadro 1), semanais (quadro 2),

mensais (quadro 3), trimestrais (quadro 4) e anuais (quadro 5).

Atividades Diárias

Período das 08h às 12h

• Ler e responder emails; 08hs às 09h

• Conferência geral nos pisos para abertura do

shopping;

09 às 10h

• Visita nos setores: Central de segurança

(recolhimento de notas fiscais);

• Troca de informações sobre atividades do dia

anterior, se tem algum relato ou problema;

• Troca de informações com chefe de limpeza

para checar andamento dos trabalhos;

• Troca de informações com responsável pelo

setor e visita a Central de AR Condicionado

para acompanhar operação do dia anterior,

etc;

10 às 12h

• Resolução de eventualidades, atendimento a

fornecedores, lojistas, troca de informações

com administradores.

• Checagem e assinatura das notas fiscais para

contas a pagar;

14 às 18h

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• Definições com responsável pelo

almoxarifado por compras com maior valor e

análise de orçamentos;

• Acompanhamento dos trabalhos em

execução pela equipe de manutenção.

Quadro 1 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

Atividades Semanais

2ª feira

• Análise do consumo de água e energia

Coletas de dados e preenchimento da planilha

de controle.

• Programação das atividades da semana.

• Feedback semana anterior.

• Verificar organização e limpeza dos setores:

Almoxarifado, Elétrica, Ar Condicionado,

Central de Segurança, Serralheria,

Estacionamento e Manutenção;

Quadro 2 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Semanais do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade Mensal

Dia 30 de cada mês

• Fechamento da planilha do consumo de água

e energia.

• Conferência das faturas de água e energia

analisando-as com controles diários.

• Avaliação de todos os funcionários do setor,

avaliando vários quesitos e enviando a

administração.

• Envio de uma ordem de serviço para setor

elétrico para manutenção preventiva da porta

automática entrada “C”.

• Efetuar conferência da leitura do gás

efetuada pelo almoxarife de todas as lojas e

enviar para coordenador financeiro.

Dia 15 de cada mês

• Solicitar ao operador da central de ar

condicionado leitura do hidrômetro da torre de

resfriamento para envio a emasa (distribuidora

de água).

• Conferir e vistoriar todos os fan coils (térreo,

1º e 2º piso);

• Avaliação e programação manutenção

preventiva dos chillers, bombas primárias,

bombas secundárias, bombas de

condensação e torres de resfriamento;

• Verificar e acompanhar emissão de notas

fiscais enviadas pela empresa responsável

pela manutenção dos elevadores e escadas

rolantes e os trabalhos realizados no mês.

Dia 01 de cada mês

Quadro 3 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Mensais do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade Trimestral

Janeiro – Abril – Julho -

Outubro

• Programação manutenção preventiva grupo

gerador (Cada 250hs trabalhadas ou Três

meses) – Troca de óleo, filtros de óleo, filtros

de combustível, troca fluído do radiador,

acessórios;

• Programação de manutenção preventiva

portão de acesso a garagem do shopping,

lubrificação, reapertos, checagem geral de

funcionamento.

Quadro 4 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Trimestrais do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

Atividade Anual

Janeiro

• Planejamento de trabalhos e serviços para 1º

Trimestre.

• Planejamento e cronograma de férias para

equipe de manutenção.

• Planejamento de trabalhos e serviços para 2º

Trimestre.

Abril

• Programação de limpeza e manutenção

fachada shopping (pastilhas, lavação, reparos,

etc).

Junho

• Programação inicio dos preparativos para

montagem do natal (reciclagem e organização

do material a ser utilizado);

• Seleção de funcionários a serem utilizados

para o evento.

Agosto

Quadro 5 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Anuais do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.2.2 Reconhecimento das atividades dos Serviços Gerais

Atividades Diárias

Período das 08h às 12h

• Verificar no mural se existe alguma atividade

específica programada para execução;

• Conferência geral nos pisos para abertura do

shopping;

• Conferir nível da cisterna e caixa d´agua;

• Conferir papéis das vitrines das lojas (quando

fechadas);

• Verificar alguma anomalia no forro de gesso;

• Verificar materiais estranhos nos pisos que

não condizem com as atividades, em fim,

fazer uma vistoria geral.

08 às 10h

• Dar continuidade à determinado serviço

programado em específico, caso não tenha,

checar se algum outro setor necessita de um

apóio;

• Efetuar limpeza e organização nos locais de

trabalho.

10 às 12h

• Dar continuidade à serviço

específico/determinado, resolução de

eventualidades, organização e entrega de

possíveis ferramentas retiradas no

almoxarifado;

• Efetuar limpeza e organização grupo gerador;

• Efetuar limpeza e organização do vestuário.

13 às 16hs

• Início do 2º turno, verificar nível da caixa e

cisterna de água;

• Verificar com chefe de limpeza se há alguma

anomalia nos banheiros (vazamento

16 ás 24h

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torneiras, vasos sanitários, mictórios,

fechaduras das portas, etc);

• Resolução de eventualidades.

• Início do 3º turno, Executar atividades

conforme planilha de tarefas repassadas na

primeira semana do mês. Caso não for

possível efetuar trabalhos programados por

algum motivo, o mesmo deverá efetuar uma

checagem para reparos e pinturas nas

garagens 1 e 2;

• Manutenção preventiva dos carrinhos da doca

(lubrificação, limpeza, etc);

• Checagem diária nas portas do elevador de

carga e nas paredes que estão em volta;

• Checagem periódica dos pés de borracha das

cadeiras;

• Checagem periódica do estado de

conservação e manutenção das mesas e

cadeiras da praça de alimentação.

22 às 06h

Quadro 6 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias Serviços Gerais Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.2.3 Reconhecimento das atividades do Pedreiro

Atividades Diárias

Período

• Verificar no mural se existem atividades

específicas programadas para execução;

• Conferência geral nos pisos vistoriando

granitos quebrados;

• Cantos de colunas quebradas;

• Rejunte e pedras quebradas na doca (carga e

descarga);

• Vistoria e manutenção geral nas colunas e

pisos das garagens 1 e 2.

22 às 06h

Quadro 7 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias Pedreiro Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.2.4 Reconhecimento das atividades Setor Elétrico

Atividades Diárias

1º Período das 08h às 16h

• Verificar no mural se existe alguma atividade

específica programada para execução;

• Conferência geral nos pisos para abertura do

shopping;

• Ligar toda iluminação do shopping às

09:50min

• Verificar se existem lâmpadas queimadas

dentro do shopping;

• Fazer atendimentos as lojas (troca de

lâmpadas, acessória, orientações em geral);

• Checar quadros de comando e força quando

solicitados pela central de ar condicionado.

08 às 12h

• Dar continuidade há algum serviço

programado em específico;

• Verificar estética de instalações efetuadas

nas garagens 1 e 2 (infra estrutura aparente);

• Checar nível de estoque de materiais

juntamente com almoxarife;

• Acompanhar funcionamento da porta

automática entrada “C”;

• Checar funcionamento CFTV (Circuito

fechado de TV);

• Resolução de eventualidades.

13 às 16hs

• Inicio 2º turno;

• Dar continuidade há algum tipo de serviço

específico – determinado;

• Resolução de eventualidades;

• Organização e limpeza da oficina de

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trabalho;

• Limpeza e organização do grupo gerador;

• Monitorar operação do grupo gerador das

18:25h às 21:35h (inverno);

• Monitorar operação do grupo gerador das

19:25h às 22:35h (verão);

• Dar suporte ao setor de serviços gerais;

• Verificar se iluminação das fachadas do

shopping ligaram automaticamente às 18:30h;

• Desligar iluminação do shopping às 22:15h ou

conforme necessidade baseado no

movimento de clientes;

15 às 23h

Quadro 8 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias do Eletrecista Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade mensal

Dia 2 à 5 de cada mês

• Vistoriar todos os quadros de disjuntores que

alimenta o shopping;

• Verificar todas as ligações e terminais dos

quadros;

• Verificar e inspecionar subestação;

• Verificar organização e limpeza da

subestação;

• Verificar e inspecionar ligações de telefones

na sala do DG;

• Verificar organização e limpeza do DG;

• Verificar organização e limpeza das casas de

máquina dos elevadores;

• Verificar condições de funcionamento e

instalações nas casas de máquina da

terceirizada responsável pela manutenção

dos elevadores.

• Manutenção preventiva sistema de CFTV-

CENTRAL DE SEGURANÇA.

Dia 20 de cada mês

• Manutenção preventiva porta automática

(limpeza, reapertos, lubrificação, etc.)

Dia 30 de cada mês

Quadro 9 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Mensais do Eletrecista Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade Semestral

Junho – Dezembro

• Efetuar inspeção, limpeza e reaperto de todos

os quadros de comando e força da central de

ar condicionado e fan coils;

• Efetuar reapertos nos barramentos nos

quadros de força dos chillers;

• Efetuar reaperto nos bornes dos motores dos

chillers.

• Limpeza dos vidros das luminárias dos três

pisos;

• Limpeza e inspeção das luminárias externas

da fachada do shopping.

Março – Setembro

Quadro 10 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Semestrais do Eletrecista Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.2.5 Reconhecimento das atividades do Encanador

Atividades Diárias

08hs às 16h

• Verificar no mural se já tem alguma atividade

específica programada para execução;

• Conferência geral nos banheiros (pias,

torneiras, mictórios, vasos sanitários, etc),

para abertura do shopping;

• Verificar nível de água da cisterna e caixa d

água;

• Dar suporte e resolução de problemas junto à

lojistas.

08 às 12h

• Dar continuidade há algum serviço

programado em específico;

• Dar suporte aos serviços gerais;

• Limpeza e organização ao local de trabalho e

adjacências.

13 às 16hs

Quadro 11 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias do Encanador Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

Atividades Semanais

2º feira

• Fazer abertura para inspeção e limpeza nas

caixas de gordura de dentro do shopping, das

07h às 09:30h;

• Fazer abertura para inspeção e limpeza nas

caixas de gordura de fora do shopping, das

10h ás 12h.

Quadro 12 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Semanais do Encanador Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade mensal

Dia 1º de cada mês

• Verificar e inspecionar todas as caixas de

gordura de todas as lojas da praça de

alimentação e quiosques de cafés instalados

no piso térreo;

• Dar suporte aos serviços gerais;

Limpeza e organização ao local de trabalho e

adjacências.

Quadro 13 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Mensais do Encanador Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

Atividade Trimestral

março – junho –setembro -

dezembro

• Juntamente com empresa terceirizada com

caminhão hidrojato de alta vazão, é feito uma

limpeza geral em todas as caixas de gordura

e passagem de dentro e fora do shopping.

• As atividades tem início as 06:30h com

término aproximado para 09:30h.

Quadro 14 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Trimestrais do Encanador Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.2.6 Reconhecimento das atividades do Mecânico de Ar Condicionado

tividades Diárias

Período das 08hs às 12hs

• Verificar no mural se já tem alguma atividade

específica programada para execução;

• Efetuar sangria e dosagens dos produtos

químicos para as torres de resfriamento;

• Ligar exaustão as 08:00h;

• Conferência geral nos equipamentos

(Chillers, bombas, fan coils) para abertura do

shopping;

• Ligar 09:45h toda central de ar condicionado

– 01 chiller - 01 bomba primária – 01 bomba

de condensação – 01 torre (CONDIÇÃO DE

INVERNO)

• Ligar 08:15h toda central de ar condicionado

– 02 chiller - 02 bomba primária – 02 bomba

de condensação – 02 torres de resfriamento

(CONDIÇÃO DE VERÃO – DEZEMBRO,

JANEIRO FEVEREIRO E MARÇO);

• Acompanhar e monitorar funcionamento dos

equipamentos;

• Efetuar diariamente a leitura da demanda e

deixar registrado no computador da

automação;

• Efetuar diariamente leitura dos chillers e

deixar registrado com data e hora na planilha

de controle;

• Conferir nível do tanque de inventário;

• Entrar em cada fan coil para verificar

funcionamento das máquinas e deixar

registrado no plano de manutenção operação

08 às 12hs

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e controle horário e nome do funcionário que

inspecionou;

• Dar continuidade há algum serviço

programado em específico;

• Efetuar limpeza e organização da CAG-

Central de Ar Condicionado;

• Monitoramento e acompanhamento do

sistema;

• Dar suporte ao setor de serviços gerais;

• Desligar todo sistema de ar condicionado as

22:00hs – Chiller e fan coils;

• Desligar sistema de exaustão quando as

operações da praça de alimentação

estiverem encerradas.

15 às 23hs

Quadro 15 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Diárias do Mecânico Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade mensal

Dia 1 à 5 de cada mês

• Efetuar troca dos filtros de ar das serpentinas;

• Efetuar limpeza geral nos fan coils com lava

jato;

• Efetuar inspeção nos mancais e correias dos

ventiladores;

• Efetuar inspeção nas bandejas de drenagem

das serpentinas;

• Efetuar limpeza e inspeção nas carenagens

dos ventiladores.

Quadro 16 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Mensais do Mecânico Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

Atividade Bimestral

Janeiro – Março – Maio –

Julho – Setembro -

Novembro

• Efetuar esvaziamento das duas torres de

resfriamento e efetuar limpeza geral

internamente e externamente;

• Efetuar limpeza e inspeção nas grelhas de

insuflamento dos pisos.

Quadro 17 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Bimestrais do Mecânico Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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Atividade Trimestral

Fevereiro – Maio – Agosto –

Novembro

• Efetuar inspeção dos mancais e

rotores dos ventiladores;

• Efetuar limpeza e lubrificação dos

mancais dos ventiladores dos fan

coils e exaustão;

• Efetuar limpeza e lubrificação dos

mancais dos ventiladores das

torres de resfriamento;

• Limpeza externa dos quadros de

comando dos fan coils e da CAG;

• Limpeza e inspeção nos filtros Y

das bombas da CAG;

• Inspeção nas válvulas de

retenção das bombas da CAG;

• Limpeza e inspeção nos filtros dos

Fan Coils.

Quadro 18 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Trimestrais do Mecânico Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

As atividades descritas nos quadros apresentados, favorecem e facilitam ao

gestor do projeto mensurar e visualizar a quantidade de funcionários e o delineamento

das atividades que deverão ser desenvolvidas, portanto, deve-se buscar o máximo de

informações e as mais importantes para registro nos quadros.

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Atividade Anual

Maio à Junho

• Reforma e pintura das bombas da

CAG;

• Reforma e pintura das torres de

resfriamento;

• Reforma e pintura dos Chillers.

• Reforma e pintura dos Fan Coils –

Térreo, 1 e 2 piso;

• Limpeza interna dos dutos de

insuflamento.

• Lubrificação dos mancais dos

motores dos chillers;

• Limpeza interna dos dutos e

sistema de ventilação do

exaustão;

• Inspeção em todas as lojas

sistema de ar condicionado e

exaustão;

• Inspeção e limpeza do tanque de

inventário;

• Inspeção e limpeza dos tanques

de gelo.

Agosto à Setembro

Quadro 19 – Quadro de Distribuição de Tarefas das Atividades Anuais do Mecânico de Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.3 REORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Para que esse sistema seja eficiente, viu-se dentro do estudo que deverá ser

criado um novo cargo dentro da organização, “supervisor operacional”, o qual terá por

objetivo, checar diariamente todas as atividades que devem ser desenvolvidas

diariamente e as que serão executadas em periodicidades pré determinadas.

Para melhor visualizar e poder ter um acompanhamento das atividades

programadas no mapeamento, foi criado um check-list das atividades, ou seja, é um

espelho do reconhecimento de cada setor, à qual será a ferramenta que o supervisor

operacional deverá controlar todas as atividades programadas.

Como mencionado, foram feitos reconhecimentos de todas as funções da área

operacional, portanto, foram feitos os check-list dos setores os quais requerem maior

grau de controle e que existam periodicidades pré definidas, citamos a gerência

operacional (QUADRO 17), setor hidráulico (QUADRO 18), setor elétrico (QUADRO

19) e ar condicionado (QUADRO 20).

Nos demais setores, os quais não foram citados na criação do check-list,

entendemos que por serem atividades diárias e repetitivas, o supervisor operacional

diariamente estará acompanhando este trabalho.

Assim como foram descritas as funções dos setores operacionais, é

imprescindível que seja feito também a descrição do cargo do “Supervisor

Operacional”.

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4.3.1 Descrição do cargo “Supervisor Operacional”

Será o responsável em organizar o reconhecimento das atividades com a

responsabilidade de acompanhar as tarefas que deverão ser desenvolvidas, os prazos

de execução, quem deverá executar a tarefa, enfim, irá nortear todas as etapas das

execuções programadas.

A seguir algumas considerações importantes para o cargo do

“Supervisor”: (Adaptado de OLIVEIRA 1998)

• Visão panorâmica de todas as tarefas executadas nos setores;

• Análise comparativa das tarefas executadas pelos diferentes funcionários;

• Análise comparativa da duração das tarefas;

• Verificar se a capacidade profissional dos funcionários está sendo

eficientemente utilizada.

• Verificar se há equilíbrio no volume de trabalho executado pelos funcionários;

• Verificar o grau de especialização das tarefas;

• Verificar o critério utilizado para a distribuição do trabalho entre os

funcionários da unidade organizacional: natureza, similaridade ou

complementaridade das tarefas;

• Verificar se existem tarefas dispersas entre vários executores ou se os mesmos

estão executando tarefas desconexas;

• Analisar de forma global a distribuição do trabalho entre funcionários,

• Estabelecer a situação ideal, racionalizando a distribuição das tarefas.

Com a inclusão do novo cargo dentro da área de operações, segue a nova

estrutura proposta para o organograma:

Figura 2: Organograma reestruturado Setor Operacional

Gerente Operacional

Serviços Gerais Pedreiro Encanador Eletrecista

Supervisor Operacional

Mecânico de Ar Condicionado

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4.4 Acompanhamento da Gerência de Operações

CHECK-LIST

Cargo: Gerente Operacional Mês: Agosto/2009 Realizado por: __________________________________________________________ Dia Dia

Sem. Atividade Periodicidade Realizado Conferido

01 S 02 D 03 S • Análise do consumo de água e energia Coletas de

dados e preenchimento da planilha de controle. • Programação das atividades da semana.

Semanal

04 T • Fechamento da planilha do consumo de água e energia. • Conferência das faturas de água e energia analisando-as

com controles diários. • Avaliação de todos os funcionários do setor, avaliando

vários quesitos e enviando a administração.

Mensal

05 Q • Envio de uma ordem de serviço para setor elétrico para manutenção preventiva da porta automática entrada “C”.

Mensal

06 Q • Atividades Diárias 07 S • Atividades Diárias 08 S • Atividades Diárias 09 D • Atividades Diárias 10 S • Análise do consumo de água e energia Coletas de

dados e preenchimento da planilha de controle. • Programação das atividades da semana.

Semanal

11 T • Atividades Diárias 12 Q • Planejamento de trabalhos e serviços para 1º Trimestre.

• Planejamento e cronograma de férias para equipe de manutenção.

• Planejamento de trabalhos e serviços para 2º Trimestre. • Programação de limpeza e manutenção fachada

shopping (pastilhas, lavação, reparos, etc). • Programação inicio dos preparativos para montagem do

natal (reciclagem e organização do material a ser utilizado);

• Seleção de funcionários a serem utilizados para o evento.

Anual

13 S • Atividades Diárias 14 S • Efetuar conferência da leitura do gás efetuada pelo

almoxarife de todas as lojas e enviar para coordenador financeiro.

• Solicitar ao operador da central de ar condicionado leitura do hidrômetro da torre de resfriamento para envio a emasa (distribuidora de água).

• Conferir e vistoriar todos os fan coils (térreo, 1º e 2º piso);

Mensal

15 S • Atividades Diárias 16 D • Atividades Diárias 17 S • Análise do consumo de água e energia Coletas de

dados e preenchimento da planilha de controle. • Programação das atividades da semana.

Semanal

18 T • Atividades Diárias 20 Q • Avaliação e programação manutenção preventiva dos

chillers, bombas primárias, bombas secundárias, bombas de condensação e torres de resfriamento;

• Conferir e vistoriar todos os fan coils (térreo, 1º e 2º piso);

Mensal

21 S • Atividades Diárias 22 S • Atividades Diárias 23 D • Atividades Diárias 24 S • Análise do consumo de água e energia Coletas de

dados e preenchimento da planilha de controle. • Programação das atividades da semana.

Semanal

25 T • Programação manutenção preventiva grupo gerador (Cada 250hs trabalhadas ou Três meses) – Troca de óleo, filtros de óleo, filtros de combustível, troca fluído do

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radiador, acessórios; • Programação de manutenção preventiva portão de

acesso a garagem do shopping lubrificação, reapertos, checagem geral de funcionamento.

Trimestral

26 Q • Atividades Diárias 27 Q • Atividades Diárias 28 S Verificar e acompanhar emissão de notas fiscais enviadas

pela empresa responsável pela manutenção dos elevadores e escadas rolantes e os trabalhos realizados no mês.

Mensal

29 S • Atividades Diárias 30 D • Atividades Diárias 31 S • Análise do consumo de água e energia Coletas de

dados e preenchimento da planilha de controle. • Programação das atividades da semana.

Semanal

Quadro 20 – Periodicidade das Atividades do Gerente Operacional Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.4.1 Acompanhamento do Setor Elétrico

CHECK-LIST

Cargo: ELETRECISTA Mês: Agosto/2009 Realizado por: __________________________________________________________ Conferido por: __________________________________________________________ Dia Dia

Sem. Atividade Periodicidade Realizado Conferido

01 S • Atividades Diárias 02 D • Atividades Diárias

03 04 05 06

S • Vistoriar todos os quadros de disjuntores que alimenta o shopping;

• Verificar todas as ligações e terminais dos quadros; • Verificar e inspecionar subestação; • Verificar organização e limpeza da subestação; • Verificar e inspecionar ligações de telefones na sala do

DG; • Verificar organização e limpeza do DG; • Verificar condições de funcionamento e instalações nas

casas de máquina da terceirizada responsável pela manutenção dos elevadores.

• Verificar organização e limpeza das casas de máquina dos elevadores;

Mensal

07 S • Atividades Diárias 08 S • Atividades Diárias 09 D • Atividades Diárias 10 S • Efetuar inspeção, limpeza e reaperto de todos os quadros

de comando e força da central de ar condicionado e fan coils; • Efetuar reapertos nos barramentos nos quadros de força dos chillers;

• Efetuar reaperto nos bornes dos motores dos chillers. Limpeza dos vidros das luminárias dos três pisos; Limpeza e inspeção das luminárias externas da fachada do

shopping.

Semestral

11 T • Atividades Diárias 12 Q • Atividades Diárias 13 Q • Atividades Diárias 14 S • Atividades Diárias 15 S • Atividades Diárias 16 D • Atividades Diárias 17 S Atividades Diárias 18 T • Atividades Diárias 20 Q • Manutenção preventiva sistema de CFTV-CENTRAL DE

SEGURANÇA.

Mensal

21 S • Atividades Diárias 22 S • Atividades Diárias 23 D • Atividades Diárias 25 T • Atividades Diárias 26 Q • Atividades Diárias 27 Q • Atividades Diárias 28 S • Atividades Diárias 29 S • Atividades Diárias 30 D • Atividades Diárias 31 S Manutenção preventiva porta automática (limpeza,

reapertos, lubrificação, etc).

Mensal

Quadro 21 – Periodicidade das Atividades do Eletrecista Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.4.2 Acompanhamento do Setor Hidráulico

CHECK-LIST

Cargo: ENCANADOR Mês: Agosto/2009 Realizado por: __________________________________________________________ Conferido por: __________________________________________________________ Dia Dia

Sem. Atividade Periodicidade Realizado Conferido

01 S • Atividades Diárias 02 D • Atividades Diárias 03 S • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de dentro do shopping, das 07hs às 09:30hs; • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de fora do shopping, das 10hs ás 12hs.

Semanal

04 T • Atividades Diárias 05 Q • Verificar e inspecionar todas as caixas de gordura de

todas as lojas da praça de alimentação e quiosques de cafés instalados no piso térreo;

Mensal

06 Q • Atividades Diárias 07 S • Atividades Diárias 08 S • Atividades Diárias 09 D • Atividades Diárias 10 S • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de dentro do shopping, das 07hs às 09:30hs; • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de fora do shopping, das 10hs ás 12hs.

Semanal

11 T • Atividades Diárias 12 Q • Atividades Diárias 13 Q • Atividades Diárias 14 S • Atividades Diárias 15 S • Atividades Diárias 16 D • Atividades Diárias 17 S • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de dentro do shopping, das 07hs às 09:30hs; • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de fora do shopping, das 10hs ás 12hs.

Semanal

18 T • Atividades Diárias 19

Q • Juntamente com empresa terceirizada com caminhão

hidrojato de alta vazão, é feito uma limpeza geral em todas as caixas de gordura e passagem de dentro e fora do shopping.

Trimestral

20 Q • Atividades Diárias 21 S • Atividades Diárias 22 S • Atividades Diárias 23 D • Atividades Diárias 24 S • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de dentro do shopping, das 07hs às 09:30hs; • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de fora do shopping, das 10hs ás 12hs.

Semanal

25 T • Atividades Diárias 26 Q • Atividades Diárias 27 Q • Atividades Diárias 28 S • Atividades Diárias 29 S • Atividades Diárias 30 D • Atividades Diárias 31 S • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de dentro do shopping, das 07hs às 09:30hs; • Fazer abertura para inspeção e limpeza nas caixas de

gordura de fora do shopping, das 10hs ás 12hs.

Semanal

Quadro 22 – Periodicidade das Atividades do Encanador Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.4.3 Acompanhamento do Mecânico Ar Condicionado CHECK-LIST

Cargo: MECÂNICO AR CONDICIONADO Mês: Agosto/2009 Realizado por: __________________________________________________________ Conferido por: __________________________________________________________ Dia Dia

Sem. Atividade Periodicidade Realizado Conferido

01 S • Atividades Diárias 02 D • Atividades Diárias 03 S • Efetuar troca dos filtros de ar das serpentinas;

• Efetuar limpeza geral nos fan coils com lava jato; • Efetuar inspeção nos mancais e correias dos

ventiladores; • Efetuar inspeção nas bandejas de drenagem das

serpentinas; • Efetuar limpeza e inspeção nas carenagens dos

ventiladores.

Mensal

04 T • Atividades Diárias 05 Q • Atividades Diárias 06 Q • Atividades Diárias 07 S • Atividades Diárias 08 S • Atividades Diárias 09 D • Atividades Diárias 10 S • Efetuar esvaziamento das duas torres de resfriamento e

efetuar limpeza geral internamente e externamente; • Efetuar limpeza e inspeção nas grelhas de insuflamento dos pisos.

Bimensal

11 T • Atividades Diárias 12 Q • Atividades Diárias 13 Q • Atividades Diárias 14 S • Atividades Diárias 15 S • Atividades Diárias 16 D • Atividades Diárias 17 S • Efetuar inspeção dos mancais e rotores dos ventiladores;

• Efetuar limpeza e lubrificação dos mancais dos ventiladores dos fan coils e exaustão;

• Efetuar limpeza e lubrificação dos mancais dos ventiladores das torres de resfriamento;

• Limpeza externa dos quadros de comando dos fan coils e da CAG;

• Limpeza e inspeção nos filtros Y das bombas da CAG; • Inspeção nas válvulas de retenção das bombas da CAG; • Limpeza e inspeção nos filtros dos Fan Coils.

Trimestral

18 T • Atividades Diárias 20 Q • Reforma e pintura das bombas da CAG;

• Reforma e pintura das torres de resfriamento; • Reforma e pintura dos Chillers. • Reforma e pintura dos Fan Coils – Térreo, 1 e 2 piso; • Limpeza interna dos dutos de insuflamento. • Lubrificação dos mancais dos motores dos chillers; • Limpeza interna dos dutos e sistema de ventilação do

exaustão; • Inspeção em todas as lojas sistema de ar condicionado e

exaustão; • Inspeção e limpeza do tanque de inventário; • Inspeção e limpeza dos tanques de gelo.

Anual

21 S • Atividades Diárias 22 S • Atividades Diárias 23 D • Atividades Diárias 25 T • Atividades Diárias 26 Q • Atividades Diárias 27 Q • Atividades Diárias 28 S • Atividades Diárias 29 S • Atividades Diárias 30 D • Atividades Diárias

Quadro 23 – Periodicidade das Atividades Mecânico de Ar Condicionado Fonte: Elaborado pelo Pesquisador (2009)

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4.4.4 Proposta De Implantação Do Programa

Como já mencionado, o foco deste mapeamento e o respectivo check-list das

atividades operacionais são de agregar controle e principalmente organização para

com as atividades desenvolvidas na empresa.

Para viabilizar o inicio deste projeto, deve se primeiramente, convocar uma

reunião com todos os integrantes da equipe para uma explanação da nova metodologia

de trabalho e contextualizando-a de uma forma geral e abrangente.

Em uma segunda etapa, será convocado uma reunião com os setores em

especifico para verificações de suas respectivas atividades, buscar dentro de um

brainstorming a inclusão ou retirada de alguma atividade, definições para as melhores

datas e meses para se programar os trabalhos, enfim, definir melhor estratégia do

mapeamento para buscar o máximo de eficiência para o setor e consequentemente

para empresa.

Após a realização do brainstorming será proposto um programa de treinamento

para adequação da nova metodologia. Sugere-se que o programa de treinamento seja

realizado fora do horário de expediente dos colaboradores (com pagamento de horas

extras e deverá ser ministrado pelo Gerente Operacional e obedecerá ao cronograma

proposto no quadro 21.

Horários 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira

Das 13:00 às 16:00

Supervisor Operacional Eletrecista

Mecânico de Ar

Condicionado Encanador

Pedreiro e Serviços Gerais

Das 16:00 às 19:00 Eletrecista

Mecânico de Ar

Condicionado Encanador

Pedreiro e Serviços Gerais

Quadro 24 – Cronograma do Programa de Treinamento do Setor Operacional Fonte: Elaborado pelo pesquisador (2009)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A quantidade de informações obtidas no desenvolvimento da pesquisa,

proporcionou ao acadêmico uma visão sobre o problema estudado, aprimorando assim

os conhecimentos até então obtidos.

Quando iniciado o planejamento do fluxograma para os processos, chegou-se a

conclusão que seria complexo definir os processos e procedimentos dos trabalhos que

são realizados diariamente no setor operacional da empresa, ou seja, existem centenas

de trabalhos distintos e eventuais que ficariam dificil mensurar cada um deles, dai,

surgiu a idéia de se criar uma forma de identificar, reconhecer as atividades e a

periodicidade que cada trabalho deve ser realizado e pelo setor responsável.

Conforme os objetivos propostos para o estudo, conseguiu-se com as

pesquisas, encontrar ferramentas apropriadas para auxiliar na estrutura e organização

do trabalho. Ferramentas como o “QDT” à qual foi importantíssima para se atingir os

objetivos desejados vindo ao encontro das necessidades.

Como mencionado, as expectativas dentro do estudo foram satisfatórias, pois

foi possível mensurar e distribuir o quadro adequado para cada setor e visualizar ao

longo do ano o planejamento tático para desenvolvimento das atividades.

O melhor meio para se buscar a eficiência e eficácia dentro das atividades

operacionais são as ações preventivas, portanto as mesmas, ficaram bem distribuidas

e delineadas conforme proposta inicial do projeto.

Com o desenvolvimento deste, espera-se que o acompanhamento das

atividades (check-list) seja ferramentas imprescindíveis para reduzir, minimizar a

ineficiência ou ineficácia da organização, é o que o estudo propõe que seja implantado.

A finalidade de uniformizar as ações, fica explicitamente exposto aos

procedimentos que passarão a ser vistos e trabalhados por todas as pessoas ligadas à

administração do setor em destaque.

Sendo assim, espera-se conseguir adequar todo sistema dentro do que uma

empresa espera e, principalmente, todos os clientes internos e externos exigem em

termos de qualidade aplicada.

Os resultados esperados nesse trabalho, pela sua forma prática, didática e

planejada, contribuirá tanto ao gestor que desempenha a função especifica, como

garantirá resultados positivos a organização.

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Com a conclusão deste estudo e principalmente o reconhecimento das

atividades do setor operacional, outra pessoa ligada ao setor, terá reais condições de

desenvolver as principais tarefas relacionadas com a função.

Outro fator fundamental que o estudo possibilitou, foi identificar a necessidade

de um novo cargo dentro da organização, “Supervisor Operacional”. Este por sua vez,

terá uma função muito importante para que haja eficiência no acompanhamento das

tarefas.

Esse fator dará “segurança” ao gestor e a empresa, caso o profissional se

ausente por eventuais motivos.

O conteúdo do presente trabalho dará reais condições para que os objetivos

apresentados sejam alcançados, por isso, é necessário que as informações sejam

atualizadas para facilitar a tomada de decisão.

Uma série de dificuldades foram encontradas para obtenção dos dados,

diversas razões e motivos, dentre as quais, destaca-se a limitação dos funcionários

operacionais transcreverem suas funções, devido ao baixo nível cultural. Porém, dado

ao conhecimento do pesquisador na área de atuação das equipes, não foi difícil

transcrever as informações e diagnosticar o grau de importância para o estudo.

Outro fator foi a falta de disponibilidade de tempo para conciliar o encontro dos

três turnos de trabalho para discutir e levantar mais informações.

Como sugestão para novas pesquisas dentro do tema explorado, poderia ser

feito um estudo para avaliação dos resultados obtidos com o trabalho desenvolvido,

reorganizando, atualizando informações e aprimorando pontos relevantes para o

eficiência do projeto.

Outra proposta para implantação, seria a confecção de um manual das tarefas

com os processos e procedimentos para cada setor. Este seria fundamental para que

quando houvesse a integração de um novo funcionário, o mesmo já estaria munido de

uma ferramenta organizacional apropriada para desenvolvimento das suas atividades.

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MEGGINSON, Leon C. Administração: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Atlas, 1996. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, Organização e Métodos: Uma abordagem gerencial. 13.ed. São Paulo: Atlas, 2002. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, Organizações e Métodos e O&M: uma abordagem gerencial. 10 ed. São Paulo: Atlas, 1998. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, Organizações e Métodos e O&M: uma abordagem gerencial. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2005 PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade no processo: a qualidade na produção de bens e serviços. São Paulo: Atlas, 1995. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999. RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996. ROCHA, A.; Chiristensens, C. H. Marketing teoria e prática no Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas 1995. SANTOS, Luciano Costa. Projeto e análise de processos de serviços: avaliação de técnicas e aplicação em uma biblioteca. Florianópolis, 2000, 110 p. Dissertação (programa de pós-graduação em engenharia da produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. SILVA, Adelphino Teixeira. Administração Básica. São Paulo: 2. ed. São Paulo, 2001. SIMCSIK, Tímbor. Organização, sistemas e métodos. São Paulo: Futura, 2001.