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1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE- LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova le- vando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qual- quer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, nu- meradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergên- cia, comunique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento vá- lido para a correção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RES- POSTA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresenta- das 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a respos- ta, preenchendo todo o espaço compreendido no cír- culo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamen- te, seu cartão-resposta devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identifi- cação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. VG2 – 1ª ETAPA

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1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO:a) utilizar ou portar, durante a realização da prova,

MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE-LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE;

b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova le-vando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;

d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado,

APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qual-quer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL.

2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, nu-meradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira:a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área

de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de

Língua Estrangeira;c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área

de Matemática e suas Tecnologias.

3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergên-cia, comunique-a imediatamente ao aplicador.

4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento vá-lido para a correção da prova.

5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RES-POSTA. Ele não poderá ser substituído.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresenta-das 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a respos-ta, preenchendo todo o espaço compreendido no cír-culo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamen-te, seu cartão-resposta devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identifi-cação de sala.

10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.

VG2 – 1ª ETAPA

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LC - 2º dia | Página 2

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Tema: Esporte e mídia.

Considerando os textos seguintes como motivadores, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO discutindo o uso do esporte como espetáculo midiático de consumo. Desenvolva seu texto utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação e as reflexões feitas sobre o tema em questão. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Coerente com sua argumentação, elabore uma proposta de intervenção ou de conscientização destinada a resolver a(s) problemática(s) em foco. Texto I

As atividades atléticas sempre estiveram relacionadas a instituições nas sociedades passadas. Na Grécia Antiga, elas faziam parte da religião e da educação grega. Na época do Império Romano, os Jogos Públicos foram utilizados para alienar o povo, evitando insurreições populares, na chamada “Política do Pão e Circo”. Na Europa, entre os séculos XVIII e XIX, surgiu o movimento ginástico, que visava melhorar a saúde das pessoas. No entanto, foi utilizado para o treinamento militar, atendendo aos interesses nacionalistas da época. A regulamentação de jogos populares na Inglaterra fez surgir, em meados do século XIX, o Esporte Moderno. Este, impregnado de valores da Revolução Industrial, foi utilizado pela burguesia industrial para disciplinar os operários. Os Jogos Olímpicos da era moderna propagaram o esporte por todo o mundo. Apesar de este ter se tornado uma instituição independente, continuou a ser apropriado por estados nacionais e por outras instituições. Este fato pôde ser observado na Alemanha nazista durante os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e também durante toda a Guerra Fria. Com o desenvolvimento da mídia, o esporte foi englobado pelas estruturas econômicas do mundo capitalista e tornou-se uma mercadoria da indústria cultural.

SIGOLI, M. A., DE ROSE JR., D. A história do uso político do esporte. R. bras. Ci e Mov. 2004; 12(2): 111-119.

Texto II

Trechos da entrevista concedida pelo Ministro do Esporte Aldo Rebelo à Veja em 19 de setembro de 2012:

A Seleção Brasileira fez dois jogos no Brasil que não encheram os estádios e não agradaram à torcida. Há um processo de elitização do futebol? A Seleção não atrai mais o torcedor?

Há um evidente processo de elitização, o que pode ser prejudicial ao futebol, que é uma instituição que nasceu no Brasil à margem do mercado e do estado. É uma instituição essencialmente popular, que deu aos pobres seus grandes ídolos, como Friedenreich, Fausto “Maravilha Negra”, Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Pelé, Neymar... Quando o mercado se apropria dessa instituição, o torcedor deixa de se comportar como um apaixonado pelo esporte e passa a ser um consumidor do produto. Isso é legítimo, mas traz um risco ao próprio negócio. Se o produto não for de boa qualidade ou for banalizado, o público se desencantará. A Seleção Brasileira está exposta a jogos que têm apenas interesse comercial, com adversários fracos como África do Sul e China. A convocação da Seleção era um evento que parava o país. Hoje, alcançou um grau de vulgaridade que não impressiona mais a ninguém. Os dirigentes precisam levar isso em conta em benefício do próprio futebol. A Seleção Brasileira está vulgarizada e banalizada. Isso é um problema a dois anos da Copa do Mundo no Brasil.

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LC - 2º dia | Página 3

A Seleção deixou de interessar ao público?Sem dúvida. Hoje, o torcedor dá muito mais valor a seu clube do que à Seleção. E, muitas vezes, vai ao estádio para

vaiar na Seleção o atleta do adversário, como aconteceu com o Neymar no amistoso contra a África do Sul. O público está praticamente desprezando a Seleção. A culpa não é do torcedor, mas do espetáculo que ele recebe.

Há um risco de esse desprezo à Seleção chegar ao ápice se o Brasil tiver um mau desempenho em 2014?A Copa costuma reconstituir o espírito do torcedor de Seleção. É um momento em que, apesar das decepções, a

torcida trata bem os jogadores. Ainda mais em casa.Disponível em http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=9396. Acesso em 13/02/13.

Texto III

http://ericksilveira.blogspot.com.br/2011/07/no-new-york-times-sobre-fifa-cultura-e.html, acesso em 13/02/13.

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LC - 2º dia | Página 4

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção inglês)

QUESTÃO 1

Disponível em: http://pennavepost.com. Acesso em: 05 mar. 2013.

Os verbos frasais (“Phrasal Verbs”) são verbos que têm o seu sentido alterado em razão do acréscimo de uma preposição ou de uma partícula adverbial a ele. De acordo com a imagem acima que reproduz, de forma sarcástica, o momento que antecedeu a morte do rei Ricardo III, o verbo frasal “bring it on” remete

A à suposta bravura do rei que não se deixa intimidar pelas mais terríveis ameaças feitas pelo inimigo. B à imensa lealdade do rei que, mesmo ameaçado, não trai a confiança que seus súditos depositaram nele. C à total indiferença do rei que não se entrega, mesmo assistindo seus súditos sofrerem nas mãos do inimigo. D à insatisfação do rei diante da possibilidade iminente de ter o seu trono usurpado pela cobiça do inimigo. E à visível fragilidade do rei que implora clemência diante das terríveis ameaças feitas a ele pelo inimigo.

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LC - 2º dia | Página 5

QUESTÃO 2

U.S. BABY’S HIV INFECTION CURED THROUGH VERY EARLY TREATMENT

A baby girl in Mississippi who was born with HIV has been cured after very early treatment with standard HIV drugs, U.S. researchers reported on Sunday, in a potentially ground-breaking case that could offer insights on how to eradicate HIV infection in its youngest victims.

The child’s story is different from the now famous case of Timothy Ray Brown, the so-called “Berlin patient,” whose HIV infection was completely eradicated through an elaborate treatment for leukemia in 2007 that involved the destruction of his immune system and a stem cell transplant from a donor with a rare genetic mutation that resists HIV infection.

Instead of Brown’s costly treatment, however, the case of the Mississippi baby, who was not identified, involved the use of a cocktail of widely available drugs already used to treat HIV infection in infants.

When the baby girl was born in a rural hospital in July 2010, her mother had just tested positive for HIV infection. Because her mother had not received any prenatal HIV treatment, doctors knew the child was at high risk of infection.

Disponível em: http://www.reuters.com. Acesso em: 05 mar. 2013.

Uma equipe de médicos norte-americanos anunciou o primeiro caso de cura funcional de uma criança de dois anos contaminada com o vírus HIV. Com base no texto acima, a criança

A recebeu uma combinação de drogas experimentais pro-jetadas especificamente para atender as demandas do sistema imunológico infantil.

B contraiu a doença meses depois do seu nascimento, em função de uma transfusão realizada após um gravíssimo acidente doméstico.

C foi curada após receber uma doação de células-tronco provenientes de um indivíduo que era geneticamente imune ao vírus da AIDS.

D apresentou, apesar da cura funcional, inúmeras sequelas da doença que, provavelmente, vão acompanhá-la pelo resto de sua vida.

E submeteu-se a um tratamento padrão, porém precoce, que consiste no uso de um coquetel de drogas já utiliza-das para combater o HIV.

QUESTÃO 3

SALT OVER LEFT SHOULDER

Why do people toss salt over their left shoulders? Well, how else are you supposed to prevent the devil from sneaking up on you?

“The devil is believed to detest salt, as it is incorruptible, immortal, and linked to God,” writes Richard Webster in “The Encyclopedia of Superstitions.”

“Salt is a preservative, which makes it a natural enemy of anyone or anything that seeks to destroy. If a superstitious person accidentally spills some salt, he must immediately toss a pinch of salt over his left shoulder. This is because the devil is likely to attack from the rear, and will also attack from the left, or sinister, side. The presence of salt will immediately scare off the devil before he has time to cause any difficulties.”

Disponível em: http://www.today.com. Acesso em: 05 mar. 2013.

Algumas superstições são tão arraigadas nas sociedades modernas que todo mundo, de leigo a cientista, sucumbe a esses atos insensatos (ou, pelo menos, se sente um pouco desconfortável se não o faz). De acordo com o texto acima, que trata de uma superstição tipicamente americana, acredita-se que o sal

A atrai a sorte para quem faz uso dele por estar estreita-mente relacionado à criação divina.

B reflete todo o sincretismo religioso que faz parte do con-texto do comportamento humano.

C repele a presença do mal por ser um elemento de nature-za imortal e incorruptível.

D destrói incondicionalmente todo aquele ou tudo aquilo que dele insiste em se aproximar.

E inspira bons fluidos por estar associado ao processo na-tural de conservação e purificação.

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LC - 2º dia | Página 6

QUESTÃO 4

Disponível em: http://sayingimages.com. Acesso em: 05 mar. 2013.

Provérbios são frases e expressões, geralmente curtas, que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. A combinação de elementos verbais e não verbais (presentes no texto acima) reflete

A a impossibilidade de se estabelecer vínculos de confian-ça com pessoas que não valorizam a importância da le-aldade.

B a necessidade de se preservar uma relação pautada pela confiança, sob pena de não poder mais restaurá-la de-pois.

C a indignação das pessoas que tiveram a sua confiança traída de maneira recorrente por aqueles que elas tanto amavam.

D a falta de sensibilidade daqueles que não enxergam na confiança, o principal ingrediente para uma relação afe-tiva plena.

E a ingenuidade daqueles que acreditam que as consequên-cias da quebra de confiança são perfeitamente reversí-veis.

QUESTÃO 5

Disponível em: http://morristowngreen.com. Acesso em: 05 mar. 2013.

O atleta paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius, de 26 anos, foi detido pela polícia no dia 14 de fevereiro, acusado de matar a própria namorada, a modelo Reeva Steekamp, na residência dele em Pretória. Steekamp, de 30 anos, foi baleada três vezes, morrendo no local. De acordo com o texto acima, escrito em forma de poema, o autor

A defende Pistorius contra a acusação de homicídio, ale-gando que não há evidências concretas de que o atleta tenha assassinado a própria namorada.

B argumenta que Pistorius merece um tratamento especial, caso venha a ser condenado, por se tratar de um portador de necessidades especiais.

C critica as linhas de investigação adotadas pela polícia, ar-gumentando que há inúmeras falhas técnicas na coleta de evidências contra Pistorius.

D questiona a tese sustentada por Pistorius de que ele teria tirado a vida da própria namorada por acidente, ao con-fundi-la com um suposto invasor.

E sustenta que não existe a menor possibilidade de saber o que realmente aconteceu, a menos que Pistorius decida fazer uma confissão do crime.

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LC - 2º dia | Página 7

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção espanhol)

Texto para a questão 1.

LAS BALLENAS

Una de las características más importantes y significativas de estos mamíferos marinos es su habilidad para la ecolocación, es decir, localizar un objeto mediante la emisión y recepción de sonidos. Se dice que las ballenas emiten sonidos en diferentes frecuencias, vibraciones y suspiros. Además, cuando sacan la cabeza fuera del agua, emiten una especie de bramidos. Se ha comprobado que la ballena yubarta o jorobada emite un verdadero canto que puede alargarse durante horas. Estos cantos están compuestos por estribillos que se repiten y que son oídos desde muy lejos. Por tanto, podemos decir que el oído es el sentido más importante de las ballenas.

Se sabe que producen al menos dos tipos de sonidos. Los sonidos de ecolocación y las vocalizaciones. Los primeros son como una especie de sonar biológico, mientras que los segundos son conocidos como las canciones de ballenas. Estos son, además, un buen medio de comunicación entre las ballenas. Cada especie tiene una voz diferente, pero los cantos son comunes al grupo. Estos cantos pueden escucharse a una distancia de hasta 30 km.

Gracias al sistema de ecolocación, estos animales pueden explorar su entorno, precisando el tamaño y la distancia de cada objeto. Les ayuda a orientarse y a navegar, así como a cazar en la oscuridad. Cabe destacar que tanto delfines como ballenas en cautividad desarrollan una gran capacidad de aprendizaje. En libertad, es difícil observarlos, así que se tiene menos información al respecto. Por tanto, a pesar de lo que se diga o piense, de momento no hay nada probado acerca de la similitud entre el lenguaje de las ballenas y el de los seres humanos. De todas formas, se dice que el que tiene el privilegio de oír estos sonidos o cantos queda perplejo ante su belleza y magnitud, ya que son capaces de penetrar en los sentimientos humanos.

http://www.areadelfines.com/d-comunicacion-ballenas.html

acceso 10.02.13 (adaptado)

QUESTÃO 1

A audição é o sentido mais importante das baleias. Sabe-se que produzem ao menos dois tipos de sons: os que intervêm em seu sistema de ecolocalização e as vocalizações. De acordo com o texto, é correto dizer que

A a atitude mundial em relação às baleias ainda não mu-dou. Elas ainda são vistas como criaturas apavorantes como mostrado em “Moby Dick”.

B os cientistas puderam concluir que as baleias são nor-malmente criaturas ameaçadoras e têm um alto nível de inteligência.

C as baleias yubartas são conhecidas pelas suas canções, que podem durar horas e serem ouvidas a quilômetros de distância.

D as baleias não produzem sons como os humanos, pois suas cordas vocais não funcionam debaixo d´água.

E os especialistas estão preocupados que a poluição cau-sada pelo homem esteja abafando e obstruindo os sons dos animais do mar.

Texto para a questão 2.

LOS NAZIS

Los alemanes crearon una serie de instalaciones de detención para encarcelar y eliminar a los “enemigos del estado.” La mayoría de los prisioneros en los primeros campos de concentración era comunistas alemanes, socialistas, social demócratas, romas (gitanos), testigos de Jehová, homosexuales, clérigos cristianos, y personas acusadas de comportamiento “asocial” o anormal.

Después de la anexión de Austria en marzo de 1938, los nazis arrestaron judíos alemanes y austriacos y los encarcelaron en los campos de Dachau, Buchenwald, y Sachsenhausen, en Alemania. Después de los pogroms de Kristallnacht, en noviembre de 1938, los nazis llevaron a cabo arrestos masivos de hombres judíos y los encarcelaron en campos por periodos breves.

Equipos especiales de las SS llamados “Unidades de la calavera” (Totenkopfverbände) vigilaban los campos, y competían unos con otros en crueldad. Durante la Segunda Guerra Mundial, médicos nazis hacían experimentos sobre los prisioneros de algunos campos. Bajo el impacto de la guerra, el sistema de campos nazis creció rápidamente. Después de la invasión alemana de Polonia en septiembre de 1939, los nazis abrieron campos de trabajos forzados donde miles de prisioneros murieron de agotamiento y hambre.

http://www.ushmm.org/wlc/es/article.php?ModuleId=10005754

acceso 09.02.13 (adaptado)

QUESTÃO 2

O nazismo é a ideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler, e adotada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945, e esse período ficou conhecido como Alemanha Nazista ou Terceiro Reich. Marque a alternativa de acordo com o texto.

A O Nazismo foi um sistema de governo no qual o Chefe de Estado era eleito diretamente pelo povo.

B O termo “National Sozialistische”, que em português dá origem a “Nazismo” era utilizado como forma de apoio aos comunistas.

C Os nazistas prenderam e encarceraram judeus alemães e austríacos nos campos de Dachau em 1938.

D Os nazistas efetuaram prisões de brasileiros por breves períodos, em novembro de 1938, durante o violento mas-sacre de Kristallnacht.

E O nazismo podia tomar decisões políticas com os cida-dãos, direta ou indiretamente, por meio da democracia.

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LC - 2º dia | Página 8

Texto para a questão 3.

LA SIESTA

La famosa siesta española nos trae una sensación de calma y tranquilidad en medio del ajetreo diario. Pero para muchos turistas es una causa de frustración y confusión. Entre las 2 y las 5 de la tarde, España cierra para permitir a sus ciudadanos descansar después de una mañana larga y frenética y prepararse para una tarde llena de trabajo. Mientras tanto, el turista común elige esta hora para pasear por las calles y comprar recuerdos, periódicos o simplemente visitar la ciudad, e invariablemente encuentra las tiendas cerradas y las calles vacías…

La siesta es un corto sueño de 15 o 30 minutos. De todas formas, esta definición está lejos de las 3 horas de pausa en la mitad del día laboral. La siesta se ha extendido por toda España, Latinoamérica, Filipinas, Oriente Medio y el norte de África. Es una necesidad, porque alrededor de las 2 del mediodía, el calor alcanza su punto álgido y es demasiado intenso afuera. De ahí que los habitantes de estas zonas se echen una siesta y esperen cómodamente en sus casas a que pase el bochorno.

Esta no es siempre la causa. En áreas como el norte de España, el sur de Argentina y Chile, donde no hace tanto calor y es más una evasión que una justificación, la siesta ha pasado de ser una necesidad a ser un lujo, e incluso un hábito. Al dividirse la jornada laboral, la siesta se ha convertido en un momento en el que los trabajadores van a casa y pasan tiempo con su familia y amigos, y no necesariamente duermen. A menudo las familias usan este tiempo para tener una larga comida familiar. Es decir, la costumbre vespertina ayuda también en la motivación para trabajos, los movimientos de nuestros cuerpos; evitando accidentes en el trabajo y aumentando la memoria.

http://www.donquijote.org/culture/spain/society/customs/siesta_es.asp

acceso 10.02.13 (adaptado)

QUESTÃO 3

Se no Brasil, tirar uma soneca pode ainda ser visto como uma prática preguiçosa, médicos especialistas no sono computam esses minutinhos a mais com o travesseiro como um tempo preciso no seu dia. Depois da leitura do texto, é correto entender que

A a verdade é que vivemos em uma sociedade que nos pri-va do sono, dormimos menos do que deveríamos. Por isso devemos todos repousar após o almoço.

B alguns especialistas afirmam que devemos recusar a sesta porque o excesso de descanso pode significar que a qualidade do sono noturno não anda bem.

C a sesta ajuda os espanhóis a encarar outro turno pesado de trabalho, no entanto tal hábito deixa turistas sem alter-nativas de tempo para compras.

D a sesta não é recomendada, pois depois torna-se neces-sário o uso de estimulantes, isso provoca gastos no con-sumo de cafezinhos para acordar.

E os adultos precisam dormir cada vez mais, em relação aos mais jovens, pois o sono tem efeitos reparadores após um prolongado período de vigília.

Texto para a questão 4.

LA RENUNCIA DEL PAPA ES UN GESTO VALIENTE

Sorpresa absoluta. El resto de confesiones religiosas han mostrado su asombro ante la histórica decisión del Papa Benedicto XVI de renunciar a su cargo por falta de fuerzas. Varias referencias religiosas del mundo han considerado la actitud de mucho coraje. El líder de los protestantes en España, Mariano Blázquez, ha calificado de “gesto valiente” la decisión del Papa de abandonar su puesto cuando las condiciones físicas no permiten ejercerlo al 100%: “Es un gesto valiente. Podría haberse mantenido en el puesto, aunque no tomase muchas decisiones, pero ha preferido dejarlo, que es lo correcto”, ha manifestado Blázquez.

A juicio del secretario ejecutivo de la Federación de Entidades Religiosas Evangélicas de España (Ferede), la retirada del Papa “marca un hito positivo y favorable para la Iglesia Católica”. “Es positivo saber retirarse. Se debería asentar como costumbre que cuando una persona no reúna las facultades físicas necesarias pueda dejar sus responsabilidades. Es lo normal”, ha argumentado Blázquez. Tatary reconoce que, con el paso del tiempo, el Papa sí que hizo esfuerzos en favor del diálogo interreligioso: “Benedicto XVI lo ha hecho bien al servicio de la Iglesia católica y ha intentado acercarse a las otras religiones. Su Pontificado ha sido muy corto y no ha podido dejar mucha huella”, ha añadido.

El presidente de la Federación de Comunidades Judías de España, Isaac Querub, ha mostrado su respeto por la decisión del Pontífice y ha valorado su “rigurosa formación intelectual”. “El Papa ha trabajado por el encuentro entre católicos y judíos”, ha asegurado. Benedicto XVI viajó a Israel en 2009 donde visitó el memorial Yad Vashem para honrar a las víctimas de los nazis y reunirse con supervivientes de los campos de concentración.

http://www.elmundo.es/elmundo/2013/02/11/internacional/1360585200.html

acceso 10.02.13 (adaptado)

QUESTÃO 4

Jornais do mundo todo destacam o anúncio da renúncia do papa Bento XVI. O pontífice justificou a saída por sua “idade avançada” e “falta de vigor”. Depois da leitura do texto acima, é correto afirmar que

A periódicos lembram que Bento XVI foi eleito papa aos 78 anos, tendo se tornado o mais velho indicado ao posto desde o século XVIII.

B representantes das mais diversas religiões do mundo acham que a renúncia vai mandar “ondas de choque” através da comunidade católica global.

C fiéis de todo mundo não se mostraram assustados por-que o fato é “extremamente comum”, por exemplo, a últi-ma renúncia papal foi de João Paulo II.

D no Bild, editado na Alemanha, onde nasceu Bento XVI, a notícia teve grande destaque e a ela foi considerada “precipitada” e “rara”.

E vários líderes religiosos consideraram a atitude do Papa XVI como muito respeitada, colocando sua decisão como muito sábia.

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LC - 2º dia | Página 9

Texto para a questão 5.

DESDE LA ERA ANTIGUA SE DABA UNA IMPORTANCIA PRIMORDIAL AL HUMOR EN LA VIDA DEL SER HUMANO.

En el lejano Oriente, la risa es muy apreciada, los

budistas zen buscan la iluminación a través de una gran carcajada. Hace más de 4000 años en el antiguo imperio chino, había unos templos donde las personas se reunían para reír con la finalidad de equilibrar la salud. En la India también se encuentran templos sagrados donde se puede practicar la risa. También Sócrates (s. VI a. C.) expresaba: “La alegría del alma forma los bellos días de la vida”. Sin embargo, la filosofía de Occidente no ha considerado bien a las personas divertidas o con humor, probablemente esto pudiese estar influenciado en parte por el cristianismo u otras religiones donde está bien visto sufrir en este mundo para conseguir una recompensa en el otro.

Un defensor y permanente expositor sobre la temática del humor relacionado con aspectos psicológicos ha sido W. Fry, al cual no se puede dejar de mencionar cuando se debata sobre estos elementos de la vida del hombre en sentido genérico, quien destaca, de manera categórica, la importancia de este acto, gesto o actitud ante la vida. Durante el desarrollo del ser humano, uno de los elementos que más atrae a las personas es la risa o su atenuación; en un bebé la sonrisa que nos muestra es uno de los mejores regalos que nos da la vida, lo que refleja un estado de bienestar y salud.

No hay que sentirse bien para buscar tener buen humor; a pesar de las adversidades de la vida, el hombre se debe entrenar constantemente en mantener el ánimo a disposición de chiste, la broma, pues la vida es muy seria para tomársela de esta manera. Sonreír o reír no significa que no se tomen las cosas en serio, por el contrario, la risa es algo muy serio.

En una ocasión le preguntaron a un humorista si él hacía fácil su papel, a lo que respondió que en lo absoluto, por lo serio y complejo que era esta actividad; es más fácil hacer llorar a una persona que hacerla reír. Y no dejaba de tener razón.

http://www.uakix.com/articulos/el-humor-de-la-vida-o-la-vida-del-humor.html

acceso 09.02.13 (adaptado)

QUESTÃO 5

O riso é uma expressão facial decorrente da flexão dos músculos das extremidades da boca. De acordo com o texto lido, é correto inferir que

A o tempo todo estamos rindo, e em situações extraordi-nariamente diversas percebemos que controlamos cons-cientemente o nosso riso.

B o riso desarma as pessoas, cria uma ponte entre elas e facilita o comportamento amigável.

C o sorriso causa transformações químicas e físicas nos alimentos orgânicos e os convertem em compostos me-nores, hidrossolúveis e absorvíveis.

D o sorriso é um fenômeno humano que consiste basica-mente no processo de extração de energia acumulada nas situações de muito stress.

E uma boa gargalhada permite que a energia corporal cir-cule de maneira mais impedida, melhora a circulação sanguínea e fortalece o sistema imunológico

QUESTÃO 6

Petição ao prefeitoGovernador desta cidade,Excelentíssimo PrefeitoGeneral Mendes de Morais,Ouça o que digo, e tenho

[que há deMover-se-lhe o sensível

[peitoDado às coisas municipais!Há no interior do quarteirãoFormado pelas avenidasAntônio Carlos, Beira-Mar,Wilson e Calógeras, tãoBem traçadas e construídas,Um pântano que é de

[amargar!Não suponha que eu

[exagero,Excelência: é a verdade pura,Sem nenhum véu de fantasia,Já o pintei uma vez: não queroFabricar mais literaturaSobre tamanha porcaria!Reporters, a quem nada

[escapa,

Escreveram sueltos diversosSobre esse foco de infecção.Fotógrafos bateram chapa...Coisas melhores que os

[meus versosDe velho poeta solteirão!Fiz, por sanear-se esta

[marema*,Uma carta desesperadaAo seu ilustre antecessor.Uma carta em forma de

[poema:O homem saiu sem fazer

[nada...Pelo martírio do Senhor,Ponha o pátio, insigne Prefeito,Limpo como o olhar da

[inocência,Limpo como – feita a ressalvaDa muita atenção e respeitoDevidos a Vossa Excelência –Sua excelentíssima calva!

Manuel Bandeira, “Mafuá do Malungo”. Poesia completa e prosa.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 407-8

*Marema: designação comum aos pântanos do litoral da Itália.

Assinale o comentário que encontra sustentação no texto de Bandeira.

A O título sugere uma forma de linguagem que é perfeita-mente compatível com textos poéticos.

B Ao redigir uma petição numa forma de linguagem própria de poema, o enunciador está ridicularizando a poesia.

C Por meio de vários tipos de irreverência na linguagem, o poeta denuncia o estado de degradação da cidade e o descaso dos governantes.

D Ao utilizar formas de tratamento típicas do gênero das relações oficiais, o poeta quer enfatizar a gravidade do assunto e o respeito para com a autoridade.

E Todas as prescrições típicas da linguagem protocolar fo-ram cumpridas pelo poeta, desde o tratamento cerimo-nioso (Excelentíssimo) até combinações sintáticas refina-das (Mover-se-lhe o sensível peito).

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QUESTÃO 7

O juramento dos Horácios (1784), de Jacques-Louis David.

O CONTEXTO DA CENA

O quadro O juramento dos Horácios retrata um tema histórico da Roma Antiga. As cidades de Roma e Alba estavam em guerra e um acordo definiu que a disputa seria resolvida por um combate mortal entre três homens de cada lado. Os romanos enviaram os trigêmeos Horácios, e os albanos enviaram os trigêmeos Curiácios. O vencedor e único sobrevivente foi um dos Horácios, que, ao chegar a Roma, descobriu que sua irmã Camila (a mulher do meio) estava noiva de um dos Curiácios. Enraivecido, matou-a. Foi condenado à morte, mas conseguiu revogação da pena.

A cena retrata o momento em que os três irmãos Horácios juram ao pai lealdade à República.

O resgate à cultura greco-romana caracterizou o neoclassicismo nas artes plásticas. Neste movimento estético, é possível notar

A a busca da mitologia como forma de idílio bucólico confor-me apresenta a pintura de Jacques-Louis David.

B o jogo Wz x Sombra identificador do conflito existencial pelo qual passava a burguesia.

C a representação de temas da cultura antiga em busca de racionalidade, equilíbrio e valorização das formas huma-nas na arte.

D a identificação de pintores como Jacques-Louis David na busca da hipertrofia da forma, do exagero que também era comum na arte sacra.

E a presença de temas heroicos como uma forma de fuga, de evasão da realidade cotidiana.

Texto para as questões 8 e 9.

PALAVRAS, PALAVRAS, PALAVRAS

Um amigo erudito, que ocasionalmente vem visitar meu enfisema, como não tem fundos para flores ou presentes, me traz o prazer de sua presença e um papo – monólogo ou preleção, a bem dizer – sobre seu assunto favorito: vida, paixão e morte das palavras.

Sabe que eu tenho o mesmo gosto por elas que ele, embora indigno de beijar seus pés incalustres (obsoleto, português do Brasil: livre de calos). Sempre que posso tomo nota depois de pedir a devida vênia (outro termo nosso em vias de extinção) e fico por uns dias pesquisando e, que me resta?, meditando.

Meu amigo, que ensina inglês para emigrantes lusos e brasileiros recém-chegados à Grã-Bretanha (pois é, nem todo mundo está indo embora), gosta de se dizer poliglota, embora mais de uma vez tenha me explicado, e eu sempre esquecendo, a contradição existente na confecção do termo formado por poli + glota. “Trata-se de um idiotismo lusitano seiscentista”, já me explicou e, tamanha sua verve formal e presença avassaladora, que eu já me esqueci. Em matéria de idiotismos minha cota já se esgotou.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1093251-ivan-lessa-palavras-palavras-palavras.shtml

QUESTÃO 8

Considerando-se a temática central explorada no texto, é possível identificar a predominância da função

A apelativa, já que destaca o receptor. B emotiva, já que destaca o interlocutor. C referencial, já que destaca a informação. D metalinguística, já que destaca o código. E poética, já que destaca a mensagem.

QUESTÃO 9

Podemos inferir que há reflexão semelhante à exposta no texto em:

A “Palavra eu preciso/ preciso com urgência” (Sérgio Brito, Marcelo Fromer)

B “Lutar com palavras é a luta mais vã/ Entanto lutamos mal rompe a manhã” (Carlos Drummond de Andrade)

C “É proibido não rir dos problemas/ não lutar pelo que se quer/ abandonar tudo por medo” (Pablo Neruda)

D “Sonhar/mais um sonho impossível/ lutar quando é fácil ceder/ vencer o inimigo invencível” (Chico Buarque)

E “Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.” (Gonza-guinha)

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QUESTÃO 10

A função de linguagem predominante no quadrinho aparece em

A “Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento ex-traordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me.” (Graciliano Ramos)

B “a luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta bran-ca onde corre o sangue de suas veias de água salgada.” (João Cabral de Melo Neto)

C “Olá, como vai?/ Eu vou indo e você, tudo bem?/ Tudo bem, eu vou indo pegar um lugar no futuro e você?” (Pau-linho da Viola)

D “Se um dia você for embora/ Ria se teu coração pedir/ Chore se teu coração mandar.” (Danilo Caymmi & Ana Terra)

E “Alô, alô continuas a não responder/E o telefone cada vez chamando mais” (André Filho, com O Grupo do Canhoto)

QUESTÃO 11

Leia o texto a seguir, extraído da edição de 10/4/2006 do jornal O Estado de S. Paulo, página A14.

ONU PROJETA CENÁRIO SOMBRIO PARA REGIÃO DO MEDITERRÂNEO

“A costa do Mar Mediterrâneo (...) corre o risco de um colapso ambiental. Um levantamento da ONU apontou que, se o ritmo de degradação da região não for revertido, em 20 anos os balneários estarão saturados e o impacto social em alguns países da região poderá ser profundo. (...) Segundo as previsões da ONU, em 2025, 312 milhões de turistas passarão pelas praias do Mediterrâneo por ano. Hoje, são 175 milhões.(...) A população das cidades costeiras também tende a uma explosão. (...) Com uma urbanização excessiva, a previsão é de que o consumo de água seja incrementado em 25%.(...) A costa do Mediterrâneo poderá se transformar em um local com sérios problemas de acesso à água limpa, em que a desertificação irá gerar o empobrecimento do setor rural e a perda de biodiversidade será irreversível. (...) Para completar o cenário catastrófico, a poluição das águas do mar mais navegado do mundo tende a chegar a uma situação crítica. Cresce a cada ano o número de embarcações que transitam pelas águas do Mediterrâneo, derramando produtos químicos e combustível em uma região que hoje é responsável por 7% da biodiversidade marinha mundial.”

De acordo com o texto e utilizando os seus conhecimentos sobre o tema, é possível afirmar que

A o agravamento do efeito estufa é, sem dúvida, um dos responsáveis pela atual situação da costa do Mar Medi-terrâneo, ao promover a elevação do nível dos mares.

B apesar do tom alarmista do artigo, a situação não é tão grave, uma vez que a região é responsável apenas por uma parcela da biodiversidade marinha, menos importan-te do que a biodiversidade terrestre.

C a desertificação citada no artigo refere-se a um processo devido, naquela região, à ação dos ventos quentes e se-cos provenientes do Saara.

D o derramamento de produtos químicos é, em última aná-lise, o principal responsável pelos “problemas de acesso à água limpa” mencionados no texto.

E o excessivo número de pessoas que buscam a região com propósitos turísticos a cada ano está provocando degradação ambiental na costa do Mar Mediterrâneo.

QUESTÃO 12

SONETO

Três dúzias de casebres remendados,Seis becos, de mentrastos entupidos,Quinze soldados, rotos e despidos,Doze porcos na praça bem criados.

Dois conventos, seis frades, três letrados,Um juiz, com bigodes, sem ouvidos,Três presos de piolhos carcomidos,Por comer dois meirinhos esfaimados.

As damas com sapatos de baeta,Palmilha de tamanca como frade,Saia de chita, cinta de raqueta.

O feijão, que só faz ventosidadeFarinha de pipoca, pão que greta,De Sergipe d’El-Rei esta é a cidade.

In: DIMAS, Antonio (org.) Literatura Comentada. São Paulo: Abril, 1981.

A respeito do poema de Gregório de Matos, é correto afirmar que A como representante dos poemas encomendados, elogia

Sergipe, um dos centros urbanos que Gregório de Matos enalteceu, assim como o fez à Bahia, a Recife e a Lisboa.

B satiriza Sergipe, um dos centros urbanos que Gregório de Matos criticou, ressaltando a pobreza do local, o que dá ao poema um tom social, próprio da poética gregoriana.

C pertence à lírica filosófica do autor, que se caracteriza por te-cer uma série de elogios a um local ou a uma pessoa, para em seguida lhe traçar os defeitos e pedir por sua redenção.

D os dois tercetos enaltecem a beleza da mulher e elogiam a boa alimentação local, por meio da perífrase, recurso linguístico muito utilizado pela estética barroca.

E presencia no poema um dos recursos mais importantes do Barroco, o conceptismo, jogo de ideias constituído por analogias e por sutilezas do raciocínio e do pensamento lógico.

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QUESTÃO 13

INFANTIL

O menino ia no mato e a onça comeu ele. Depois o caminhão passou por dentro do corpo do

[menino e ele foi contar para a mãe. A mãe disse: mas se a onça comeu você, como é que o caminhão passou por dentro do seu corpo? É que o caminhão só passou renteando meu corpo e eu desviei depressa. Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia. Eu não preciso de fazer razão.

Manoel de Barros

Podemos inferir da leitura de "Infantil" que o poeta Manoel de Barros

A evita adentrar no universo lúdico do imaginário infantil. B associa a livre criação artística à livre criação infantil. C dialoga com situações oníricas e destoantes da criação

artística. D vincula o discurso do poeta à sapiência maternal. E mostra a lógica infantil atrelada à lógica racional do adulto.

QUESTÃO 14

Galvão. Disponível em: <http://www.vidabesta.com.br>. Acesso em: 30 jul. 2009.

A crítica revelada na tira se dá por meio da A associação entre a palavra “sonhos” e significados como

“aspirações” e “projetos de vida”. B revelação de que a personagem foi enganada ao adquirir

um produto falsificado. C relação de cumplicidade entre amigas que compartilham

experiências íntimas. D constatação da compradora de que a bolsa nova é maior

do que esperava. E decepção da proprietária ao perceber que sua bolsa está

fora de moda.

QUESTÃO 15

“Asa branca”, composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, é umas das canções mais conhecidas da história da música brasileira. Transcrevemos dela a quarta estrofe, procurando “imitar” a pronúncia das palavras na gravação do próprio Luiz Gonzaga:

Hoje longe muitas légua,Numa triste solidão,Espero a chuva caí de novo,Pra mim vortá pro meu sertão.

Em algumas gravações mais recentes, porém, os intérpretes de “Asa branca” preferiram alterar a variante linguística empregada por Luiz Gonzaga, cantando:

Hoje longe muitas léguas,Numa triste solidão,Espero a chuva cair de novo,Para eu voltar para o meu sertão.

Comparando os dois textos e considerando que o narrador de “Asa branca” é um típico retirante nordestino, podemos afirmar que

A a gravação de Luiz Gonzaga se vale de registros linguís-ticos incompatíveis com a situação de comunicação apre-sentada na canção.

B a versão mais “formal” da letra da canção é mais persua-siva, já que respeita o padrão culto da língua e, por isso, atinge mais falantes.

C ambas as versões de “Asa branca” produzem os mesmos efeitos, já que essas sutilezas gramaticais não interferem na produção do sentido.

D a gravação de Luiz Gonzaga emprega uma variante lin-guística mais coerente com o tema da canção.

E a segunda versão da letra se vale de uma variante lin-guística típica de alguém que está diante do problema da seca no Nordeste.

QUESTÃO 16

Marque a opção que identifica autor e período literário a que pertence o seguinte excerto:“Essa foi a origem do pecado original, e esta é a causa original das doenças do Brasil – tomar o alheio, cobiças, interesses, ganhos e conveniências particulares, por onde a justiça se não guarda e o Estado se perde. Perde-se o Brasil, Senhor (digamo-lo em uma palavra), porque alguns ministros (...) não vêm cá buscar o nosso bem, vêm cá buscar os nossos bens. Assim como dissemos que se perdeu o mundo, porque Adão fez só a metade do que Deus lhe mandou, em sentido averso – guardar sim, trabalhar não, assim podemos dizer que se perde também o Brasil, porque alguns de seus ministros não fazem mais que a metade do que [...] lhes manda.”

A Lima Barreto, Pré-Modernismo. B Padre Bernardes, Neoclassicismo. C Rui Barbosa, Modernismo. D Padre Vieira, Barroco. E Frei José de Santa Rita Durão, Arcadismo.

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QUESTÃO 17

Os quadros abaixo fazem parte de um “Manifesto” criado por uma revista feminina:

Adaptado: http://revistatpm.uol.com.br/manifesto

Observando as estruturas que compõem os textos acima, podemos perceber que eles apresentam

A o emprego da linguagem formal. B a valorização de uma aparência natural, despojada. C a desconstrução de clichês divulgados na mídia. D a desconstrução da imagem de esposa perfeita. E a desmistificação da família perfeita.

QUESTÃO 18

COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL

1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro que se ativam com nicotina.

2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles en-louquecem e você sente os desagradáveis sintomas da falta do cigarro.

3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu organismo, facili-tando o processo de parar de fumar e ajudando a sua for-ça de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de chances de parar de fumar.

Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado).

Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente,

A as rimas entre Niciga e nicotina. B o uso de metáforas como “força de vontade”. C a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil”

e “facilidade”. D a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fa-

zem um apelo direto ao leitor. E a informação sobre as consequências do consumo do ci-

garro para amedrontar o leitor.

QUESTÃO 19

Sobre a ação dos casseurs (= quebradores), atuantes nas manifestações populares ocorridas nos últimos meses na França:“São pequenos grupos de jovens, ágeis como lontras, violentos como lobos. Jogam pedras nos policiais, fogem, voltam, espancam e roubam estudantes retardatários, batem e fazem sangrar. E desaparecem de repente na noite.”

Gilles Lapouge, O Estado de S. Paulo, 30/3/2006

Sobre os jovens espartanos na Grécia Clássica:“Os jovens viviam em pequenos grupos. Encorajados a roubar invadiam os jardins e os alojamentos dos homens, com muito jeito e muita cautela; quem fosse apanhado levava muitos açoites, por ser considerado ladrão negligente e inábil. Roubavam quanto alimento podiam, aprendendo a atacar adestradamente a quem dormia ou afrouxava a vigilância.”

Plutarco, Vida de Licurgo, pp. 28-9

A respeito dos textos, pode-se considerar que A ambos descrevem as mesmas circunstâncias sociais. B o primeiro mostra os efeitos da exclusão social, e o se-

gundo refere-se à inclusão. C os dois descrevem os efeitos sociais da desestruturação

da ordem pública. D o primeiro é alusivo a uma ação organizada com cunho

ideológico; o segundo, a uma situação puramente anár-quica.

E o primeiro alude à manipulação política da juventude fran-cesa; o segundo, à exclusão social em que viviam os jo-vens espartanos.

QUESTÃO 20

Tiradentes (1948-9), de Cândido Portinari.

A imagem de Tiradentes esquartejado recriada na pintura modernista de Cândido Portinari resgata um fato histórico importante da época do Arcadismo brasileiro. Observando atentamente a pintura à luz desse contexto pode-se dizer

A que Portinari com suas imagens neocubistas idealizou o drama dos inconfidentes e fantasiou a cena apresentada.

B que o quadro captou o drama e a intensidade da cena já que retrata a morte trágica de um mártir brasileiro.

C que o excesso de fragmentação que marca o estilo do pintor modernista não é capaz de captar com verossimi-lhança a cena que representa o desfecho trágico da In-confidência Mineira.

D que a influência de Pablo Picasso na obra de Portinari foi definitiva para a formatação da arte rococó no Brasil ocorrida à época da Inconfidência Mineira.

E que a representação da cena do esquartejamento de Ti-radentes tem valor histórico-documental pelo fato de ter sido criada por um grande pintor modernista.

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QUESTÃO 21

Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/45229-charge.shtml

A charge apresenta uma reflexão a respeito A da ingenuidade dos cadeirantes brasileiros. B dos constantes obstáculos que um deficiente precisa su-

perar ao longo da vida. C do preconceito que dificulta a integração do cadeirante

em sociedade. D do descaso do mercado imobiliário para com as necessi-

dades dos cadeirantes. E das medidas ineficientes para garantir a autonomia dos

cadeirantes no Brasil.

QUESTÃO 22

No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação:

A Campanha contra o governo do Estado e a violência en-tram em nova fase.

B A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha.

C Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência.

D A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase.

E Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase.

QUESTÃO 23

Texto I

Florindo, também supersticioso, não teve ânimo de resistir; mas quando chegaram aos cajueiros ele agarrou-a, tirou-a de novo a si e, em voz cálida, que tremia, concordando com o seu escrúpulo, pediu-lhe:

— Oia, ocê tem razão... mas... e depois da reza? Depois da reza ocê vem?

— Não, Florindo. A gente tem de se casá... Pois não é mió?Coelho Neto, “Escrúpulo”, in Banzo

Texto II

VÍCIO NA FALA

Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados

Poesias Reunidas, Oswald de Andrade

Fundamentado nos textos I e II podemos afirmar que A no texto I, a expressão culta do narrador é claramente

diferenciada do registro linguístico popular com que as personagens se expressam no diálogo.

B entre o narrador do texto I e o enunciador do texto II, am-bos cultos, há uma idêntica maneira de ver e de avaliar as camadas populares.

C no texto II, a expressão culta do enunciador não se apro-xima do registro popular das personagens pressupostas, na medida em que ele também subverte as regras gra-maticais ao suprimir a pontuação.

D no texto I tanto narrador quanto personagens possuem a mesma variação linguística.

E no texto II encontramos uma clara predominância de lin-guagem arcaica.

QUESTÃO 24

Ainda, a respeito dos textos da questão 23 (anterior), podemos concluir que

A no texto II, a agressão à norma culta feita pelo enunciador não é proposital, mas não se pode dizer o mesmo das personagens implícitas.

B no texto I, o narrador culto desvaloriza as personagens, não só por mimetizar suas falas incultas, em contraste com o seu domínio linguístico sofisticado, mas, também, por preconceito social .

C no texto II, o enunciador valoriza as personagens ao con-siderar que elas são capazes de construir telhados cor-retamente, a despeito da incorreção gramatical de seu modo de falar (“teiado”).

D cotejando os dois textos, nota-se que os modos de proce-der da literatura culta em relação às formas populares são diversas. No caso, a diversidade é devida, em boa parte, às características inerentes a dois momentos histórico--literários: o Pré-Modernismo que, geralmente, enfatizou a inferioridade cultural das camadas populares, e o Par-nasianismo que, ao contrário, valorizou as manifestações da cultura popular.

E não podemos associar os textos em nenhum ponto linguístico.

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LC - 2º dia | Página 15

QUESTÃO 25

ARCADISMO: EXPRESSÃO ARTÍSTICA DA BURGUESIA

Como expressão artística da burguesia, o Arcadismo identifica-se com as ideias da Ilustração e as veicula sob a forma de valores que se opõem ao tipo de vida levado pelas cortes aristocráticas e à arte que consumiam, o Barroco.

Daí a idealização da vida natural, em oposição à vida urbana; a humildade, em oposição aos gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo, em oposição à fé; a linguagem simples e direta, em oposição à linguagem complexa e elitista do Barroco. Esses valores artísticos e culturais assumiram no contexto da sociedade europeia do século XVIII um significado de clara constestação política, pois evidenciavam os privilégios e a vida luxuosa da nobreza e do clero.

Engajado no processo de luta ideológica e política que levaria a burguesia ao poder em 1789, o Arcadismo pode ser visto, sob o ponto de vista ideológico, como uma arte revolucionária. Contudo, do ponto de vista estético, é uma arte conservadora, pois ainda se liga aos modelos clássicos, tanto tempo cultivados pelas cortes aristocráticas.

Somente no século XIX, após a Revolução Francesa, é que aconteceria a verdadeira revolução burguesa na literatura, com o surgimento do Romantismo.

Com relação ao contexto histórico do Arcadismo é correto afirmar que:

A foi marcado pelo declínio da influência greco-romana. B afastou-se dos ideais bucólico-pastoris na arte por ser

burguês. C foi intensificado com o surgimento das navegações e do

imperialismo colonial. D foi precursor do Romantismo, pois já trazia a semente

dos ideais de uma burguesia ascendente. E aproximou-se dos ideais populares e legitimou a valoriza-

ção das questões sociais na ideologia e na arte.

QUESTÃO 26

Considere a imagem a seguir:

Adaptado: http://olharcriativo.wordpress.com/2012/01/11/slogans-sinceros-e-criativos/

A fim de propor uma campanha publicitária às avessas, a charge emprega o seguinte recurso:

A abdicação da leitura do texto não verbal para aperfeiçoar a compreensão.

B apresentação de uma qualidade atribuída à marca por meio da publicidade oficial.

C desassociação de contextos díspares em cada período: o bíblico e o contemporâneo.

D utilização da maçã como um símbolo de “acerto” cometi-do por Adão e Eva e também pelo consumidor.

E o uso da expressão “pagar caro” em sentido conotativo no primeiro período e denotativo no segundo.

QUESTÃO 27

As histórias em quadrinhos, por vezes, utilizam animais como personagens e a eles atribuem comportamento humano. O gato Garfield é exemplo desse fato.Van Gogh, pintor holandês nascido em 1853, é um dos principais nomes da pintura mundial. É dele o quadro a seguir.

O 3º. quadrinho sugere que Garfield: A desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão. B que todo pintor deve fazer algo diferente. C defende que para ser pintor a pessoa tem de sofrer. D conhece a história de um pintor famoso e faz uso da ironia. E acredita que seu dono tenha tendência artística e, por

isso, faz a sugestão.

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QUESTÃO 28

Os dois textos seguintes servem de base para responder à questão. Trata-se de um fragmento do linguista Fernando Tarallo e de um trecho da “Carta pras icamiabas”, extraído da obra Macunaíma, de Mário de Andrade.

Texto I

Em toda comunidade de fala são frequentes as formas linguísticas em variação. (...) A essas formas em variação dá-se o nome de “variantes”. “Variantes linguísticas” são, portanto, diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto, e com o mesmo valor de verdade.

Fernando Tarallo. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 1994.

Texto II

Ora, sabereis que a sua riqueza de expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam numa língua e escrevem noutra. (...) Nas conversas, utilizam-se os paulistanos dum linguajar bárbaro (...) mas si de tão desprezível língua se utilizam na conversação os naturais desta terra, logo que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de Lineu, exprimindo-se numa outra linguagem, mui próxima da vergiliana, no dizer de um panegirista meigo idioma, que, com imperecível galhardia, se intitula: língua de Camões. (...) Outrossim, hemos adquirido muitos livros bilíngues, chamados “burros”, e o dicionário Pequeno Larousse; e já estamos em condições de citarmos no original latino muitas frases célebres dos filósofos e os testículos da Bíblia.

Mário de Andrade. Macunaíma. São Paulo: Martins Fontes, s.d.

Relacionando os dois textos, podemos afirmar, sobre o fragmento da “Carta pras icamiabas”, que o enunciador:

A procura utilizar uma variante linguística culta, para mos-trar-se superior aos paulistanos, cuja “asperidade” critica.

B demonstra, ao empregar uma linguagem mais formal, seu empenho em escolher uma variante compatível com o gênero carta familiar.

C considera o “linguajar bárbaro” dos paulistanos como uma variante inaceitável na conversação.

D ironiza os paulistanos, parodiando o pedantismo com que utilizavam a variante culta escrita.

E admira a riqueza intelectual dos paulistanos, que domi-nam tanto o “linguajar bárbaro” quanto o “meigo idioma” de Camões.

QUESTÃO 29

Ornemos nossa testas com as flores,e façamos de feno um brando leito;prendamo-nos, Marília, em laço estreito,gozemos do prazer de sãos amores (...)(...) aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forçase ao semblante a graça.

Tomás Antônio Gonzaga

Sabendo-se que os versos acima estão inseridos no contexto estético do Arcadismo, assinale o que for correto.

A O eu-lírico, ao lamentar as transformações notadas em seu corpo e alma pela passagem do tempo, revela-se amoroso homem de meia-idade.

B Que retomam tema e estrutura de uma “canção de ami-go”, está expresso o estado de alma de quem sente a ausência do ser amado.

C Nomeia-se diretamente a figura ironizada pelo eu-lírico, a mulher a quem se poderiam fazer convites amorosos mais ousados.

D Em que se notam diálogo e estrutura paralelística, o pon-to de vista dominante é o do amante que vê seus senti-mentos antagônicos refletidos na natureza.

E A natureza é o espaço onde o amado se sente à vonta-de para expressar diretamente à amada suas inclinações amorosas.

QUESTÃO 30

POÇAS D´ÁGUA

As poças d´água são um mundo mágico Um céu quebrado no chão Onde em vez de tristes estrelas Brilham os letreiros de gás Néon.

Mario Quintana, Preparativos de viagem, São Paulo: Globo, 1994.

Levando-se em conta o texto como um todo, é possível inferir que a metáfora presente no primeiro verso se justifica porque as poças

A estimulam a imaginação. B permitem ver as estrelas. C são iluminadas pelo Néon. D se opõem à tristeza das estrelas. E revelam a realidade como espelhos.

QUESTÃO 31

Fonte: www.tirinhas.net

A imagem acima reflete uma situação de entrevista de emprego. Acerca da leitura da cena acima, nota-se que

A há uma desvalorização de outros idiomas em função da supervalorização da língua portuguesa.

B a língua portuguesa assume seu status culto formal, sen-do tratada de forma rebuscada, erudita.

C a candidata afirma conhecer de forma acurada vários idiomas, mas demonstra não dominar a norma culta de sua língua materna.

D o idioma inglês é mais valorizado pela candidata, pois é uma das línguas exigidas nos processos seletivos.

E não há regra específica para definir a forma como a can-didata utiliza a língua portuguesa, afinal trata-se da lin-guagem oral.

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QUESTÃO 32

O texto a seguir reproduz um e-mail e parte da respectiva resposta, publicados na coluna de aconselhamento psicológico “Fale com ela”, da psicanalista Betty Milan. De acordo com as regras adotadas pela coluna, a mensagem eletrônica não traz identificação do remetente.“A primeira moça que eu conheci tinha 18 anos. Eu era um ano mais velho, e nós namorávamos muito bem. Eu era respeitoso, pois tenho probidade e sisudez, mas descobri que ela saía com outros rapazes. Todas as outras que eu namorei tinham defeitos que eu não tenho, fumavam, bebiam e se drogavam. Hoje, a maioria das mulheres quer ficar se alcoolizando, se drogando e até se prostituindo. Quando eu, que sou circunspecto, bizarro, sisudo, vou encontrar uma mulher correta, sem tantos defeitos e com alto grau intelectual? “O seu e-mail me obrigou a consultar mais de uma vez o dicionário. Primeiro, para saber por que você se gaba de ser sisudo, adjetivo que, na língua falada, tem uma conotação por vezes negativa. Consta, no “pai dos burros”, que sisudo é quem tem siso, ou seja, bom senso, juízo. (...)Depois da primeira consulta, eu voltei ao dicionário para saber o que significa bizarro. No primeiro sentido, significa gentil, nobre, generoso, porém no quinto significa esquisito, e eu me disse que você talvez veja tantos defeitos nas mulheres e tão poucas qualidades por ser esquisito.

(Revista da Folha, 12/03/2006)

A respeito do e-mail e do fragmento da resposta, podemos concluir que

A no e-mail não predomina a função emotiva, já que o re-metente usa a linguagem com o objetivo principal de criar uma imagem positiva de si.

B a colunista dá mostras de ser uma pessoa inculta, que não conhece o sentido correto das palavras, interpretan-do-as de acordo com seu uso incorreto, típico da língua falada.

C no fragmento da resposta predomina a função referen-cial. A colunista comenta as palavras selecionadas pelo remetente para desmascará-lo: ele é uma pessoa que exibe seu conhecimento de maneira esnobe, sem ajustar seu discurso à situação.

D o remetente do e-mail intencionalmente emprega um registro excessivamente formal da linguagem para, por meio desse recurso, dar credibilidade à imagem que pre-tende criar de si.

E em sua resposta, a colunista compara o sentido de cer-tas palavras na linguagem falada e na linguagem formal, mostrando que as palavras podem gerar interpretações distintas conforme o contexto em que são empregadas.

QUESTÃO 33

CARTA 1ª

Em que se descreve a entrada que fez Fanfarrão em Chile.

Amigo Doroteu, prezado amigo,Abre os olhos, boceja, estende os braçosE limpa, das pestanas carregadas,O pegajoso humor, que o sono ajunta.Critilo, o teu Critilo é quem te chama;Ergue a cabeça da engomada fronhaAcorda, se ouvir queres coisas raras.“Que coisas, (tu dirás), que coisas podesContar que valham tanto, quanto valeDormir a noite fria em mole cama,Quando salta a saraiva nos telhadosE quando o sudoeste e outros ventosMovem dos troncos os frondosos ramos?”

In: Cartas chilenas. Tomás Antônio Gonzaga

O vocativo presente no texto revela o predomínio da função de linguagem

A poética, pela presença das metáforas. B metalinguística, pelo contexto bem marcado. C conotativa, por chamar a atenção do interlocutor. D fática, por vislumbrar apenas o canal comunicativo. E emotiva, por expressar os desejos do emissor das cartas.

QUESTÃO 34

Fonte: http://tinyurl.com/bsdkxx

A imagem acima, do aclamado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, mostra que as fotografias sempre devem ser lidas com atenção e acuidade. A opção de colocar, no primeiro plano, figuras humanas provoca no espectador uma atitude de

A questionamento sobre a hostilidade da natureza. B admiração pela beleza do cenário. C surpresa pelo jogo de luz e sombra. D mobilização para combater as injustiças sociais. E reflexão sobre desamparo e fragilidade.

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QUESTÃO 35

O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos a seguir.

PRONOMINAIS

Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom brancoda Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro

ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens ( .. ).”

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, infere-se que ambos:

A condenam essa regra gramatical. B acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. C criticam a presença de regras na gramática. D afirmam que não há regras para uso de pronomes. E relativizam essa regra gramatical.

QUESTÃO 36

O projeto de aproveitamento das águas do rio São Francisco, utilizando-se o processo de transposição, para atender às necessidades de estados que não fazem parte dessa bacia hidrográfica, como Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, é um tema bastante polêmico que vem ganhando espaço nos noticiários. Sobre esse assunto, leia os seguintes textos:

Texto I

“O que o São Francisco doará para o semiárido setentrional é apenas 1,4% da vazão mínima que ele hoje joga no mar. É quase nada, se comparado aos mais de 60% que o rio Piracicaba manda para o abastecimento da cidade de São Paulo; aos cerca de 60% que o rio Paraíba do Sul desvia para o abastecimento do Rio de Janeiro. O Projeto São Francisco é um empreendimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável. Sua concepção atual, fruto também da parte bem intencionada das críticas que recebeu, mudará a vida de 12 milhões de nordestinos, como regra, pobres, sem prejudicar um único brasileiro.”

Ciro Gomes, Ministro da Integração Nacional

Texto II

“No caso de projetos de transposição de águas, há de ter consciência que o período de maior necessidade será aquele que os rios sertanejos intermitentes perdem correnteza por cinco a sete meses. Trata-se, porém, do mesmo período que o rio São Francisco torna-se menos volumoso e mais esquálido... O risco final é que, atravessando acidentes geográficos consideráveis, como a elevação da escarpa sul da chapada do Araripe, a transposição acabe por significar apenas um canal tímido de água, de duvidosa validade econômica e interesse social, de grande custo, e que acabaria, sobretudo, por movimentar o mercado especulativo, da terra e da política.”

Aziz Ab’Saber, geógrafo, professor do Instituto de Estudos Avançados da USP

Há uma interpretação correta dos textos, no que se diz em: A Os dois textos defendem o processo de transposição das

águas do rio, mas, por razões muito diferentes. B Os dois textos condenam o processo de transposição das

águas do rio, embora o texto I seja muito menos radical que o II.

C O texto I se posiciona favoravelmente à implantação do projeto, porém argumenta que o seu custo será muito ele-vado, ao contrário do que afirma o texto II.

D O texto I se posiciona contrariamente à implantação do projeto e seu maior argumento é que o seu custo será muito elevado.

E O texto II se posiciona contrariamente à implantação do projeto e seu argumento é que a retirada de água se fará quando o rio estiver menos volumoso.

QUESTÃO 37

LIRA XIV

Minha bela Marília, tudo passa;A sorte deste mundo é mal segura;Se vem depois dos males a ventura,Vem depois dos prazeres a desgraça.Estão os mesmos DeusesSujeitos ao poder ímpio Fado:Apolo já fugiu do Céu brilhante,Já foi Pastor de gado.

(...)

Sobre as nossas cabeças,Sem que o possam deter, o tempo corre;E para nós o tempo, que se passa,Também, Marília, morre.

In: Marília de Dirceu. Tomás Antônio Gonzaga

Assinale o item que contém o provérbio que melhor expressa os ideais árcades presentes no texto.

A “Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje”. B “Tudo o que sei é que nada sei”. C “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. D “Quem conta um conto aumenta um ponto”. E “Depois da tempestade vem sempre a calmaria”.

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QUESTÃO 38Texto I

(...) No lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam irradiações da inteligência. (...) O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem.

(...) Era realmente para causar pasmo aos estranhos e

susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intrincada que fosse.

Não havia porém em Aurélia nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças, que tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo.

ALENCAR, José de. Senhora. SP: Editora Ática, 1980.

Texto II Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez

do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir.

(...) Pombinha, só com três meses de cama franca, fizera-

se tão perita no ofício como a outra; a sua infeliz inteligência nascida e criada no modesto lodo da estalagem, medrou admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego; fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo dinheiro que a vítima pudesse dar de si.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1997.

Os textos I e II, apesar de pertencerem a movimentos literários diferentes, assemelham-se ao pôr em destaque

A a miséria em que a jovem se encontra. B o analfabetismo das personagens. C o atilamento comportamental das protagonistas. D o caráter caprichoso e audacioso de seus parceiros. E a ausência de argúcia da personagem descrita.

QUESTÃO 39A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:

PRA MIM BRINCAR

Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.

– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.

BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. Pág.19.

Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à conclusão de que

A uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.

B apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às ca-riocas.

C a tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.

D Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da Nação brasileira.

E Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares bra-sileiros uma agressão à Língua Portuguesa.

QUESTÃO 40

“Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas oh não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA antirrosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada.”

Vinicius de Moraes, A rosa de Hiroxima

A partir da leitura do poema, pode-se inferir que, nele: A a poesia parte de um dado concreto, imitando fielmente

as circunstâncias do mundo real. B a poesia cria seu próprio universo, desligando-se por

completo da realidade circundante. C a poesia funda uma nova realidade, permitindo a fuga da

violência do mundo contemporâneo. D a poesia tem o poder de resgatar a beleza das coisas

mais tristes e trágicas da realidade. E a poesia instaura uma realidade transfigurada pelo liris-

mo, perceptível em visões inusitadas e surpreendentes.

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QUESTÃO 41

Observe os textos abaixo:

Texto I

Retrato de George Dyer, Em um espelho. 1968.

Óleo sobre tela. Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid.

Texto II

A crise da razão se manifesta na crise do indivíduo, por meio da qual se desenvolveu. A ilusão acalentada pela filosofia tradicional sobre o indivíduo e sobre a razão – a ilusão da sua eternidade – está se dissipando. O indivíduo outrora concebia a razão como um instrumento do eu, exclusivamente. Hoje, ele experimenta o reverso dessa autodeificação.

HORKHEIMER, M. Eclipse da razão. São Paulo: Centauro, 2000, p.131.

Com base nas relações estabelecidas entre os dois textos, podemos inferir que

A a pintura, apesar de ser uma arte abrangente, inviabiliza qualquer diálogo com leituras filosóficas e metafísicas so-bre a realidade contemporânea.

B a crise do indivíduo implica na sua fragmentação: embora ele ainda se represente, a imagem que possui de si é incompleta, constante.

C a crise do indivíduo resulta de uma incompreensão: igno-rar que ele é uma particularidade ordenada (microcosmo) inserida numa totalidade ordenada (macrocosmo).

D o indivíduo, que é unitário, apreende a si mesmo e ao mundo plenamente, faltando-lhe, porém, os meios ade-quados para comunicar tal conhecimento.

E o desenvolvimento das ciências humanas levou a uma recusa da ideia universal de homem: nega-se à razão o poder de fundamentar absolutamente o conhecimento sobre o indivíduo.

QUESTÃO 42

TERESA

A primeira vez que vi TeresaAchei que ela tinha pernas estúpidasAchei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novoAchei que os olhos eram muito mais velhos que o

[resto do corpo(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando

[que o resto do corpo nascesse

Da terceira vez não vi mais nadaOs céus se misturaram com a terraE o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face

[das águas.

Manuel Bandeira

De acordo com as ideias expostas no poema acima, infere-se que

A há a promoção da sacralização do ideal romântico. B expressa o modo niilista com que o autor vê a realidade. C adota estruturas métricas plenamente convencionais. D trata o amor de uma forma inusitada, fora dos padrões. E faz o tempo psicológico não correspondente ao tempo

real.

QUESTÃO 43

Leia o texto a seguir.

Água também é marE aqui na praia também é margem.Já que não é urgente, aguente e sente, aguarde o

temporalChuva também é água do mar lavada no céu imagem

ANTUNES, A.; MONTE, M.; BROWN, C. Água também é mar. Memórias, crônicas e declarações

de amor. EMI, 2000.

Predomina no texto a função da linguagem A metalinguística, porque o autor expressa seu sentimento

em relação à necessidade de adaptação. B fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de

comunicação. C apelativa, porque o texto chama a atenção para os recur-

sos da metalinguagem. D poética, porque o texto enaltece os aspectos estéticos da

criação artística. E referencial, porque o texto trata de noções e informações

conceituais.

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LC - 2º dia | Página 21

QUESTÃO 44

Sobre o texto anterior, infere-se que A a atitude da personagem feminina, no segundo quadri-

nho, contesta o julgamento do personagem masculino. B se destaca o valor pejorativo com que o personagem

masculino utiliza o vocábulo cobra para referir-se à per-sonagem feminina.

C o comportamento da personagem feminina, no segundo quadrinho, confirma o juízo que faz dela o personagem masculino, no primeiro quadrinho.

D há coerência entre a postura e o que diz o personagem masculino no primeiro quadrinho, pois ele não está fazen-do uma cobrança à personagem feminina.

E o jogo de palavras - cobrar/pagar - serve para demonstrar a coerência de comportamento da personagem feminina.

QUESTÃO 45

Considerando as transformações da Arte Moderna em relação ao Período Acadêmico, observe as obras futuristas abaixo e leia o texto a seguir.

Dinamismo de um cão na coleira, Giacomo Balla, 1912.

Formas únicas na continuidade do espaço, Umberto Boccioni, 1913.

Para os futuristas, os objetos não se esgotavam no contorno aparente e os seus aspectos se interpenetravam continuamente, devido, sobretudo, à nossa visão, que é dinâmica e vê vários espaços a um só tempo ou vários tempos num só espaço.

DELL’ARCO, M. F., 1968, apud MORAIS, F. Arte é o que eu e você chamamos arte.

Rio de Janeiro: Record, 2000. p.254.

Com base nas figuras, no texto e nos conhecimentos a respeito do movimento Futurista, podemos inferir que

A a partir do contato com o Cubismo, os futuristas investi-ram menos no tema e se aplicaram a complementar seu divisionismo colorista com uma fragmentação formal do tipo cubista. As obras futuristas demonstravam a possibi-lidade de usar a arte como meio para captar os aspectos de um entorno dinâmico. O divisionismo lhes permitia im-primir um ritmo estático na composição.

B Boccioni, em seu Manifesto da Escultura Futurista, pro-clamou o uso de um único tipo de material na escultura. Enfatizou a imitação de fórmulas herdadas do passado baseadas na cópia do modelo nu e no estudo da estatu-ária clássica.

C enquanto, no Cubismo, a geometrização enfatiza a es-trutura formal do motivo representado, a fragmentação futurista tem a meta de criar elementos lineares (“linhas de força”) que podem ser seriados para produzir um efei-to de movimento. A coerência formal no Futurismo tem importância secundária.

D o Futurismo italiano foi impulsionado na primeira década do século XXI pelas exposições e imagens do Realismo e do Neoclassicismo, sendo também influenciado pelo Expressionismo alemão.

E o Futurismo teve sua origem em uma maneira de enten-der a civilização, considerando o dinamismo como sensa-ção típica do “nosso” tempo a ser buscada na pintura e na escultura. Em alguns aspectos foi um movimento radical que rechaçou todas as tradições, valores e instituições sempre respeitados. Valorizou o registro da ausência de dinamismo como valor plástico.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 46 a 90

QUESTÃO 46

Sabendo que a massa de cada átomo de Mg (magnésio) é estimada em 4,0 . 10–23 g, conclui-se que o número de átomos que compõe 48 g de Mg é

A 1,2 . 1022. B 1,2 . 1023. C 1,2 . 1024. D 4,8 . 1022. E 4,8 . 1023.

QUESTÃO 47

Sobre uma mesa retangular de uma sala, foram colocados quatro sólidos, mostrados no desenho. Uma câmera no teto da sala, bem acima da mesa, fotografou o conjunto.

Qual dos esboços a seguir representa melhor essa fotografia? A D

B E

C

QUESTÃO 48

Laura e Paula se reuniram para fazer um trabalho de artes. Laura levou certa quantidade de canetas hidrográficas e utilizou um sexto delas. Paula levou um terço da quantidade de canetas que Laura levou e usou a metade delas. Sabendo que, na confecção do trabalho, foram utilizadas apenas 8 canetas, pode-se afirmar que o número total de canetas disponíveis era

A 20. B 24. C 28. D 32. E 40.

QUESTÃO 49

Dentre outros objetos de pesquisa, a Alometria estuda a relação entre medidas de diferentes partes do corpo humano. Por exemplo, segundo a Alometria, a área A da superfície corporal de uma pessoa relaciona-se com a sua massa m

pela fórmula , em que k é uma constante positiva.Se, no período que vai da infância até a maioridade de um indivíduo, sua massa for multiplicada por 8, por quanto será multiplicada a área da superfície corporal?

A

B 4

C

D 8

E 64

QUESTÃO 50

No início de certa rodada de um jogo disputado apenas entre

Marcos e Lucas, Marcos tinha do número total de fichas,

e Lucas tinha a quantidade restante. No final dessa rodada,

Marcos tinha do número total de fichas, e Lucas tinha a

quantidade restante. Se, nessa rodada, Marcos perdeu 9 fichas, então o número de fichas de Lucas, no final dessa rodada, era igual a

A 45. B 40. C 36. D 34. E 28.

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QUESTÃO 51

O gráfico abaixo mostra a precipitação de chuva (em cm), acumulada por mês, ocorrida em Cascavel no período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2011.

Fonte: Weather Underground (www.wunderground.com)

Com base nas informações do gráfico, é possível afirmar que A quatro meses registraram queda da quantidade de chuva

em relação ao mês anterior. B o segundo trimestre do ano foi mais chuvoso que o pri-

meiro trimestre. C fevereiro acumulou mais chuva do que todos os outros

meses juntos. D em maio não choveu. E fevereiro acumulou mais chuva que os quatro meses se-

guintes.

QUESTÃO 52

Siga as etapas da brincadeira a seguir:• pense em um número de 2 a 9;• multiplique-o por 9;• pegue os algarismos do número obtido e some-os;• subtraia 5 do resultado dessa soma;• se o resultado obtido for 1, pense na letra A; se for 2, pen-

se na letra B; se for 3, na letra C; se for 4, na letra D; se for 5, na letra E, e assim por diante;

• pense em um país cujo nome comece com essa letra;• pegue a quinta letra do nome desse país e pense em um

animal cujo nome comece com essa letra.

Na Dinamarca, não tem macaco!

Essa brincadeira, geralmente, funciona pelo fato de a Dinamarca ser o país cujo nome começa com a letra D mais conhecido do mundo, pelo fato de o macaco ser o animal com letra inicial M mais fácil de se lembrar e pelo seguinte motivo matemático.

A Os números de 2 a 9 produzem resultado menor que 100 quando multiplicados por 9.

B Os múltiplos de nove produzem resultado sempre igual quando diminuídos em 5 unidades.

C Os múltiplos de 9 são constituídos de algarismos cuja soma também é um múltiplo de 9.

D Números divisíveis por 9 sempre têm dois algarismos. E Números que possuem dois algarismos sempre produ-

zem resultado 9 quando esses algarismos são somados.

QUESTÃO 53

Conta-se que Tales de Mileto se ofereceu para determinar a altura da pirâmide de Quéops, sem escalar o monumento. Segundo a lenda, a prova ter-se-ia realizado na presença do Faraó Amasis.

Tales espetou perpendicularmente ao chão a sua bengala e mediu as sombras da bengala e da pirâmide, como mostra a figura.

Após alguns cálculos rápidos, com as medidas indicadas, a resposta correta obtida é

A .

B .

C .

D .

E .

QUESTÃO 54

Uma máquina de cortar queijos o faz em setores circulares e admite regulagem para o ângulo (central) de corte, sendo constante a espessura de cada fatia de queijo. Ao regular

a máquina, um operador enganou-se em radianos; com

isso, o corte produziu um setor a menos por fatia de queijo. Nessas condições, quantos setores foram obtidos por fatias?

A 6 B 7 C 8 D 9 E 10

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QUESTÃO 55

Estima-se que a massa da Terra seja da ordem de seis setilhões de quilogramas, ou seja, 6 x 1024 kg na notação científica. Já a massa do Sol está estimada em 2 milhões de setilhões de quilogramas.Em notação científica, o produto que expressa a massa estimada do Sol, em quilogramas, é

A 0,2 . 1031. B 2,0 . 1030. C 2,0 . 1033. D 0,2 . 1034. E 20 . 1032.

QUESTÃO 56

Uma pesquisa foi feita com um grupo de pessoas que frequentam, pelo menos, uma das três livrarias, A, B e C. Foram obtidos os seguintes resultados:• Das 90 pessoas que frequentam a livraria A, 30% fre-

quentam as demais.• Das 84 pessoas que frequentam a livraria B, 25% fre-

quentam as demais.• Das 80 pessoas que frequentam a livraria C, 20% fre-

quentam as demais.• As pessoas que frequentam exatamente duas livrarias cor-

respondem a das que frequentam apenas uma.

• Oito pessoas frequentam as três livrarias.

O total de pessoas que frequentam as livrarias A ou B corresponde a

A 150. B 152. C 154. D 156. E 158.

QUESTÃO 57

Sabe-se que, para gases perfeitos, PV = nRT, em que:P : pressão apresentada pelo gás em atm;V : volume ocupado pelo gás em litros;n : número de mols do gás;R : constante universal para gases perfeitos, em atm . L . (mol)–1 . K–1;T : temperatura do gás em K.

Em uma transformação isobárica, o volume e a temperatura se relacionam por uma função afim, de , na forma V = α . T + β. Com relação a essa função, a taxa de variação e o valor inicial correspondem, respectivamente, a

A nR e 0. B nR e –P. C nR e P.

D .

E .

QUESTÃO 58

Uma pessoa, com certa doença, está perdendo massa dia a dia, de

acordo com a função m(t) = k. . O gráfico representa a perda de massa dessa pessoa após o início da doença (t = 0), sendo m(t) a massa em kg, t o tempo em dias e k uma constante.

O número de dias, após o início da doença, para que a massa dessa pessoa atinja 52,5 kg será

A 13. B 6. C 18. D 10. E 15.

QUESTÃO 59

Numa pesquisa sobre o grau de escolaridade, obtiveram-se os resultados expressos no gráfico abaixo:

Que fração do total de entrevistados representa o total de pessoas que terminaram pelo menos o ensino fundamental?

A

B

C

D

E

Considere os dados:n (0,8)n

0,5 0,8940,6 0,8750,7 0,855

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QUESTÃO 60

A tabela a seguir permite exprimir os valores de certas grandezas em relação a um valor determinado da mesma grandeza tomado como referência. Os múltiplos e submúltiplos decimais das unidades derivadas das unidades do Sistema Internacional de Unidades (SI) podem ser obtidos direta ou indiretamente dos valores apresentados e têm seus nomes formados pelo emprego dos prefixos indicados.

NOME SÍMBOLO FATOR PELO QUAL A UNIDADE É MULTIPLICADA

tera T 1012 = 1 000 000 000 000giga G 109 = 1 000 000 000

mega M 106 = 1 000 000quilo k 103 = 1 000hecto h 102 = 100deca da 10 = 10deci d 10–1 = 0,1centi c 10–2 = 0,01mili m 10–3 = 0,001

micro μ 10–6 = 0,000 001nano n 10–9 = 0,000 000 001pico p 10–12 = 0,000 000 000 001

(Quadro Geral de Unidades de Medida, 2.ª ed. INMETRO. Brasília, 2000)

Assim, por exemplo, se a unidade de referência fosse o metro (m), teríamos:28 000 µm (micrômetros) = 28 000 x 10–6 (metros) = 0,028 m (metros)Considerando o bel (b) como unidade de referência, a

expressão é equivalente a

A 0,0026 cb. B 0,026 µb. C 0,26 kb. D 2,6 db. E 26 pb.

QUESTÃO 61

O conceito de simetria surgiu na Grécia antiga como uma tentativa de explicar a beleza por bases racionais. Os gregos não eram dados a muita subjetividade − eles gostavam de achar que havia lógica por trás de tudo. Por isso, conceberam a ideia de proporção áurea, uma relação matemática segundo a qual a divisão da medida da maior parte pela menor parte de um segmento (dividido em duas partes) é igual à divisão do segmento inteiro pela parte maior. E procuravam essa proporção mágica em tudo, inclusive em seres humanos.

Revista Superinteressante, nov. 2003 (adaptado).

Considere um segmento de reta AB, dividido em duas partes, a e b, com b < a. De acordo com a descrição anterior, para a = 2, a proporção áurea se verificaria para a igualdade

A 8 = 2b + b2. B 4 = 4b + b2. C 4 = 2b + b2. D 4 = 2b + 3b2. E 8 = 2b + 3b2.

QUESTÃO 62

Os diâmetros das rodas dianteira e traseira de uma bicicleta medem 54 cm e 70 cm. Em um determinado momento, marca-se, em cada roda, o ponto de contato com o solo. A menor distância a ser percorrida pela bicicleta, em linha reta, para que os pontos marcados nas rodas toquem novamente o solo, ao mesmo tempo, é igual a(Use π = 3,14)

A 5 934,6 cm. B 4 935 cm. C 5 000 cm. D 5 600 cm. E 5 800 cm.

QUESTÃO 63

Um terreno com formato de quadrilátero está mostrado na figura.

Sabe-se que AC = 100 m e BD = 120 m. Marcam-se os pontos médios dos lados desse terreno. Qual o perímetro do quadrilátero formado por esses pontos médios?

A 200 m B 220 m C 240 m D 320 m E 340 m

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QUESTÃO 64

Para confeccionar uma bandeirinha de festa junina, utilizou-se um pedaço de papel com 10 cm de largura e 15 cm de comprimento, obedecendo-se às instruções abaixo.1. Dobrar o papel ao meio, para marcar o segmento MN, e

abri-lo novamente:

2. Dobrar a ponta do vértice B no segmento AB’, de modo que B coincida com o ponto P do segmento MN:

3. Desfazer a dobra e recortar o triângulo ABP.

A área construída da bandeirinha APBCD, em cm2, é igual a A 25 (4 – ). D 50 (3 – ). B 25 (6 – ). E 50 (6 – ). C 50 (2 – ).

QUESTÃO 65

Para uma demonstração prática, um professor utiliza um tanque com a forma de um paralelepípedo retângulo cujas dimensões internas correspondem a 30 cm de largura, 60 cm de comprimento e 50 cm de altura. Esse tanque possui uma torneira que pode enchê-lo, estando ele completamente vazio, em 10 minutos, e um ralo que pode esvaziá-lo, estando ele completamente cheio, em 18 minutos. O professor abre a torneira, deixando o ralo aberto, e solicita que um aluno registre o tempo decorrido até que o tanque fique totalmente cheio.O tempo que deve ser registrado pelo aluno é

A 21 minutos e 15 segundos. B 21 minutos e 30 segundos. C 22 minutos e 15 segundos. D 22 minutos e 30 segundos. E 23 minutos e 15 segundos.

QUESTÃO 66

Para dificultar o trabalho dos falsificadores, foi lançada uma nova família de cédulas do real. Com tamanho variável – quanto maior o valor, maior a nota – o dinheiro novo terá vários elementos de segurança. A estreia será entre abril e maio, quando começam a circular as notas de R$ 50,00 e R$ 100,00.

As cédulas atuais têm 14 cm de comprimento e 6,5 cm de largura. A maior cédula será a de R$ 100,00, com 1,6 cm a mais no comprimento e 0,5 cm maior na largura.

Disponível em http://br.noticias.yahoo.com. Acesso em 20 de abril de 2012.

Qual a diferença entre as dimensões da nova nota de R$ 100,00?

A 5,6 cm B 6,5 cm C 7,5 cm D 8,6 cm E 15,6 cm

QUESTÃO 67

Uma determinada região apresentou, nos últimos cinco meses, os seguintes valores (fornecidos em mm) para a precipitação pluviométrica média.

jun jul ago set out32 34 27 29 28

A média e a mediana do conjunto de valores acima são, respectivamente,

A 30 e 27. B 27 e 30. C 30 e 29. D 29 e 30. E 28 e 29.

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QUESTÃO 68

Carla recortou o hexágono representado abaixo nas quatro partes abaixo: um triângulo, dois retângulos e um paralelogramo.

As medidas dessas figuras são dadas em centímetros. Qual é o perímetro do hexágono?

A 15 cm B 18 cm C 26 cm D 39 cm E 81 cm

QUESTÃO 69

Dois amigos viajaram juntos por um período de sete dias. Durante esse tempo, um deles pronunciou, precisamente, 362 880 palavras. A fim de saber se falara demais, ele se questionou sobre quantas palavras enunciara por minuto. Considerando que ele dormiu oito horas diárias, o número médio de palavras ditas, por minuto, foi

A 54. B 36. C 189. D 264. E 378.

QUESTÃO 70

Juliana cortou a folha quadriculada, representada ao lado, ao longo da linha mais grossa. Ela obteve dois pedaços com diferentes perímetros.

Qual é a diferença entre esses perímetros? A 8 cm B 9 cm C 18 cm D 34 cm E 36 cm

QUESTÃO 71

Em um conjunto de pessoas, foram feitas as medidas de suas alturas, em cm, e anotadas em uma tabela.

Alturas 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169

Frequência 2 1 1 1 3 2 3 0 5 2

O valor da média mais a moda é igual a A 333,2. B 331,2. C 332,2. D 334,2. E 335,2.

QUESTÃO 72

Suponhamos que as velas de duas jangadas sejam triângulos equiláteros e que, num dado instante, as duas sejam vistas por um observador posicionado em terra, conforme mostra a figura.

Qual é o valor do ângulo x? A 30º B 40º C 50º D 60º E 70º

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QUESTÃO 73Em uma cidade, há um túnel reto de um quilômetro de comprimento cujas seções transversais, perpendiculares ao túnel, são todas congruentes e têm o formato de um retângulo de 12 metros de largura por 4 metros de altura, com um semicírculo em cima, cujo raio mede 6 metros, conforme a figura a seguir.

Para pintar a parte interna desse túnel (o chão não será pintado), serão utilizados galões de tinta, sendo cada galão suficiente para pintar até 20 metros quadrados.Com base nessas informações, é correto afirmar que, para pintar a parte interna do túnel, o número mínimo necessário de galões de tinta é de(Use π = 3,14)

A 242. D 1 232. B 442. E 1 342. C 832.

QUESTÃO 74

Na figura abaixo, estão representadas graficamente as populações rural e urbana do Brasil no período de 1950 a 1980.

(IBGE, Anuário Estatístico do Brasil, v. 58, 1998.)

Com base na figura, é correto afirmar que A em 1970, a população urbana era superior a 60 milhões

de habitantes. B de 1950 a 1980, a população urbana aumentou mais de

50 milhões de habitantes. C em 1980, a população do Brasil era inferior a 100 milhões

de habitantes. D de 1950 a 1980, a população urbana foi sempre maior do

que a rural. E de 1950 a 1980, a população urbana foi sempre menor

do que a rural.

QUESTÃO 75

Um objeto desloca-se 10 metros no sentido oeste-leste sobre um plano a partir de uma posição inicial. Em seguida, percorre mais 20 metros no sentido sul-norte, 30 metros no sentido leste-oeste, 40 metros no sentido norte-sul, 50 metros no sentido oeste-leste e 60 metros no sentido sul-norte.A distância entre a posição inicial e a posição final é

A 70 m. D 40 m. B 60 m. E 30 m. C 50 m.

QUESTÃO 76

Considere a área S da parte sombreada no triângulo retângulo isósceles OO1O2.AD, AB e BC são arcos de circunferência com centros em O2, O e O1, respectivamente, cujos raios medem 8 m.

Das figuras abaixo, a única em que a área sombreada é igual a S, é A

Circunferência de diâmetro m e semicircunfe-

rências de diâmetros .

B

Circunferência de centro O e raio igual a 4 m.

C

Circunferência de centro O e raio igual a 8 m.

D

Circunferência de centro O inscrita num quadrado de lado 8 m.

E

Circunferência de centro O inscrita num quadrado de lado

8 m.

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:QUESTÃO 77

Os desfiles de moda parecem impor implicitamente tanto o “vestir-se bem” quanto o “ser bela”, definindo desse modo padrões de perfeição. Nesses desfiles de moda, a rotação pélvica do andar feminino é exagerada quando comparada ao marchar masculino, em passos de igual amplitude. Esse movimento oscilatório do andar feminino pode ser avaliado a partir da variação do ângulo θ, conforme ilustrado na figura abaixo, ao caminhar uniformemente no decorrer do tempo (t).

(Fonte: http://www.google.com.br/search?hl-PT

Acesso em 9 de setembro de 2011 – Texto adaptado)

Um modelo matemático que pode representar esse movimento oscilatório do andar feminino é dado por:

. Nessas condições, o valor de θ(1,5) é

A .

B .

C .

D .

E .

QUESTÃO 78

A revendedora de automóveis Carro Bom iniciou o dia com os seguintes automóveis para venda:

Automóvel Nº de automóveis Valor unitário (R$)

Alfa 10 30 000Beta 10 20 000

Gama 10 10 000

A tabela mostra que, nesse dia, o valor do estoque é de R$ 600 000,00, e o valor médio do automóvel é de R$ 20 000,00. Se, nesse dia, foram vendidos somente cinco automóveis do modelo Gama, então, ao final do dia, em relação ao início do dia

A o valor do estoque, bem como o valor médio do automó-vel, eram menores.

B o valor do estoque era menor, e o valor médio do auto-móvel, igual.

C o valor do estoque era menor, e o valor médio do auto-móvel, maior.

D o valor do estoque, bem como o valor médio do automó-vel, eram maiores.

E o valor do estoque era maior, e o valor médio do automó-vel, menor.

QUESTÃO 79

Um navio, ao navegar em linha reta, passa sucessivamente pelos pontos A, B e C. O comandante, quando o navio está em A, observa o farol L e calcula o ângulo LÂC = 30º. Após navegar 4 milhas até B, verifica o ângulo . De acordo com a representação a seguir, a distância do farol ao ponto B é

A milhas. B milhas. C milhas. D milhas. E milhas.

QUESTÃO 80

Em uma creche, temos crianças de 2 a 12 anos de idade que foram separados em uma tabela por classe de idade.

Idades Frequência2 4 5

4 6 10

6 8 14

8 10 8

10 12 3

Podemos afirmar que a média de idade, nessa creche, é de A 6 anos. B 6 anos e 6 meses. C 6 anos e 8 meses. D 6 anos, 8 meses e 4 dias. E 6 anos, 8 meses e 12 dias.

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QUESTÃO 81

Assim Caminha a Humanidade – Sociedade de Consumo.

(Disponível em: <http://blogdopedronelito.blogspot.com.br/2012/02/assim-caminha-humanidade.html>.

Acesso em: 29 maio 2012.)

O código de barras pode ser tomado como um dos símbolos da sociedade de consumo e é usado em diferentes tipos de identificação. Considere que um determinado serviço postal usa barras curtas e barras longas para representar seu Código de Endereçamento Postal (CEP) composto por oito algarismos, em que a barra curta corresponde ao 0 (zero) e a longa, ao 1 (um). A primeira e a última barra são desconsideradas, e a conversão do código é dada pela tabela a seguir.

0 110001 000112 001013 001104 010015 010106 011007 100018 100109 10100

Assinale a alternativa que corresponde ao CEP dado pelo código de barras a seguir.

A 84161-980 D 86051-980 B 84242-908 E 86062-890 C 85151-908

QUESTÃO 82

Koltron possui uma pequena confecção de material esportivo. No gráfico a seguir, as funções receita mensal R(x) e custo mensal C(x) de um produto fabricado por sua confecção, em que x é a quantidade produzida e vendida.Qual o lucro obtido para se produzir e vender 1 000 unidades por mês?

A 1 900 D 2 032 B 1 976 E 2 059 C 1 984

QUESTÃO 83

Uma lâmpada elétrica move-se verticalmente, começando a subir a partir de uma altura inicial de 10 cm acima do tampo de uma mesa. Um lápis de 10 cm de comprimento é colocado verticalmente na mesa a uma distância de 10 cm da lâmpada, projetando-se assim uma sombra na mesa, como mostra a figura a seguir. Qual dos gráficos abaixo melhor representa a medida y do comprimento da sombra (em centímetros) em função da altura x (em centímetros) da lâmpada, relativamente, ao tampo da mesa?

A D

B E

C

QUESTÃO 84

O desenho mostra dois quadrados de papel sobrepostos, um de lado 5 cm e outro de lado 6 cm. Qual é o perímetro da figura formada (linha grossa no contorno do desenho) em centímetros?

A 31 D 38 B 34 E 41 C 36

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QUESTÃO 85

O gráfico a seguir representa a evolução da população P de uma espécie de peixes, em milhares de indivíduos, em um lago, após t dias do início das observações. No 150º dia, devido a um acidente com uma embarcação, houve um derramamento de óleo no lago, diminuindo parte significativa dos alimentos e do oxigênio e ocasionando uma mortandade, que só foi controlada dias após o acidente.

Com base no gráfico e nas informações, a afirmativa correta é A A população P de peixes atinge um valor máximo em t = 120.

B A população P de peixes, no intervalo [120, 210], atinge um valor mínimo em t = 120.

C A população P de peixes não se altera depois do derrama-mento de óleo no lago.

D A população P de peixes tende a desaparecer após o der-ramamento de óleo no lago.

E A população P de peixes é crescente até o instante do der-ramamento de óleo no lago.

QUESTÃO 86

O preço de alguns bens, com o passar do tempo, sofre uma desvalorização. É assim com veículos, com máquinas, ... Pensando nisso, o dono da indústria metalúrgica “Medida Certa” usa a função v(t) = 100 000 . 0,9t, com valores em reais, para estimar o valor de uma máquina de sua linha de produção, t anos após a sua aquisição. A partir dos dados, qual é a desvalorização, em reais, que essa máquina sofre após 4 anos de uso? Caso seja necessário, use: 0,94 = 0,6561.

A 65 610 D 46 905 B 58 905 E 34 390 C 50 190

QUESTÃO 87

Uma torneira com vazão constante enche um recipiente esférico, como indicado na figura abaixo.

Qual dos gráficos abaixo melhor representa a altura do líquido no recipiente em função do tempo de enchimento?

A D

B E

C

QUESTÃO 88

O retângulo ABCD foi dividido em nove quadrados, como ilustra a figura ao lado. Se a área do quadrado preto é 81 unidades e a do quadrado cinza, 64 unidades, a área do retângulo ABCD será de

A 860 unidades. D 1 056 unidades. B 990 unidades. E 1 281 unidades. C 1 024 unidades.

QUESTÃO 89

Estão relacionados abaixo os lucros, em reais, que uma empresa obteve durante 6 meses do primeiro semestre em um certo ano. 3 270, 3 649, 3 381, 3 541, 3 258, 3 533. Logo, podemos afirmar que o lucro mediano, nesses 6 meses, foi

A 3 438,67. D 3 548,00. B 3 457,00. E 3 483,00. C 3 437,00.

QUESTÃO 90

Quando o preço por unidade de certo modelo de telefone celular é R$ 250,00, são vendidas 1 400 unidades por mês.Quando o preço por unidade é R$ 200,00, são vendidas 1 700 unidades mensalmente.Admitindo que o número de celulares vendidos por mês possa ser expresso como função polinomial do primeiro grau do seu preço, podemos afirmar que, quando o preço for R$ 265,00, serão vendidas

A 1 290 unidades. D 1 320 unidades. B 1 300 unidades. E 1 330 unidades. C 1 310 unidades.

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OSG.: 1331/13 Pat/KC/LE/VM