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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Escola de Administração Departamento de Ciências Administrativas Carina da Motta Esteves PROPOSTA DE READEQUAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO DE UMA PEQUENA EMPRESA DE SOFTWARE VISANDO À ORIENTAÇÃO PARA MERCADO Porto Alegre 2012

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    Escola de Administrao

    Departamento de Cincias Administrativas

    Carina da Motta Esteves

    PROPOSTA DE READEQUAO DOS PROCESSOS DE

    NEGCIO DE UMA PEQUENA EMPRESA DE SOFTWARE

    VISANDO ORIENTAO PARA MERCADO

    Porto Alegre

    2012

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    Carina da Motta Esteves

    PROPOSTA DE READEQUAO DOS PROCESSOS DE

    NEGCIO DE UMA PEQUENA EMPRESA DE SOFTWARE

    VISANDO ORIENTAO PARA MERCADO

    Trabalho de concluso de curso de graduao apresentado ao Departamento de Cincias Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em Administrao.

    Orientador: Prof. Dr. Henrique M. R. de Freitas

    Porto Alegre 2012

  • 3

    Carina da Motta Esteves

    PROPOSTA DE READEQUAO DOS PROCESSOS DE

    NEGCIO DE UMA PEQUENA EMPRESA DE SOFTWARE

    VISANDO ORIENTAO PARA MERCADO

    Trabalho de concluso de curso de graduao apresentado ao Departamento de Cincias Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em Administrao.

    Conceito final: Aprovado em ........ de ..........................de.......... BANCA EXAMINADORA ___________________________________ Prof. Dr. UFRGS ___________________________________ Prof. Dr. UFRGS ___________________________________ Prof. Dr. UFRGS ___________________________________ Orientador: Prof. Dr. Henrique M. R. de Freitas - PPGA/EA/UFRGS

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus, primeiramente, por permitir que eu saboreie diariamente o

    prazer de viver. A meus pais, irm e afilhado por todo o amor, carinho e dedicao

    que me ofereceram e por todos os ensinamentos que levarei pela vida.

    A UFRGS por nutrir em mim e nos demais alunos uma admirao e desejo de

    pertencimento a este grupo que s saciado quando chegada formatura. Alm

    disso, sou grata a Universidade por ter me oportunizado o encontro com meu amor,

    meu querido noivo, que muito me ajudou a constituir este trabalho. Muito Obrigada!

    Sinto-me gratificada tambm com a oportunidade que obtive de realizar este

    estudo, no meu primeiro local de trabalho, foi uma experincia que levarei para

    sempre.

    Aos colegas de trabalho eu agradeo pela convivncia agradvel, pela

    disposio em auxiliar-me neste estudo e pelos ensinamentos.

    Ao Professor Henrique Freitas, agradeo pela oportunidade concedida.

    Ao Dr. Srgio Spritzer, sou grata por quem me tornei hoje.

  • 5

    O verdadeiro sbio aquele que assim se dispe que os acontecimentos

    exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraar-se cercando-se de

    realidades mais prximas de si do que os fatos, e atravs das quais os fatos,

    alterados para de acordo com elas, lhe chegam.

    Fernando Pessoa

  • 6

    RESUMO

    O trabalho em questo foi elaborado em uma empresa do setor de TI o qual

    tem passado por um significativo crescimento nos ltimos anos. Diante deste

    contexto a organizao estudada apresentou um relevante crescimento ao longo da

    sua histria, que a levou a uma inadequao dos processos vigentes, uma vez que

    estes no acompanharam o ritmo de expanso da empresa e se mostraram

    desajustados. Assim este trabalho pretende realizar uma proposta de readequao

    dos processos de negcio de uma pequena empresa de software visando

    orientao para mercado a partir da metodologia da observao participante e

    atravs do relato de toda a vivncia no ambiente de estudo por meio do

    mapeamento realizado setor a setor. Desta forma, tornando-se possvel sintetizar os

    requisitos para alimentar um novo sistema de informao, em fase de implantao

    que tem por objetivo servir de base para o aprimoramento do relacionamento com os

    clientes e readequar os processos de negcio da organizao otimizando a gesto.

    Palavras - Chave: Readequao de processos de negcio, mapeamento de

    processos, relacionamento com clientes, CRM, orientao para mercado.

  • 7

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Organograma da TSI ...............................................................................18

    Figura 2: Esquematizao da Reviso da Literatura ...........................................24

    Figura 3: Marketing Holstico .................................................................................27

    Figura 4: Fluxo dos Processos de Negcio ..........................................................33

    Figura 5: Processos de Negcios ..........................................................................33

    Figura 6: Fluxograma da Expedio de Nota Fiscal na TSI..................................48

    Figura 7: Fluxograma de Controle bancrio na TSI..............................................49

    Figura 8: Fluxograma do Pagamento de Royalties referentes a software na

    TSI..............................................................................................................................50

    Figura 9: Fluxograma da Contabilidade na TSI.....................................................50

    Figura 10: Fluxograma referente ao Patrimnio da TSI........................................51

    Figura 11: Fluxograma referente Gesto de Pessoas contato de novo

    colaborador na TSI...................................................................................................52

    Figura 12: Fluxograma referente ao controle de estgios na TSI........................53

    Figura 13: Fluxograma referente ao benefcio do vale-refeio na TSI..............54

    Figura 14: Fluxograma referente ao benefcio de vale-transporte na TSI...........55

    Figura 15: Fluxograma da Folha de Pagamento da TSI........................................56

    Figura 16: Fluxograma da Folha Ponto na TSI......................................................57

    Figura 17: Fluxograma das Frias para o controle interno da TSI......................58

    Figura 18: Fluxograma das Frias para controle da empresa terceirizada de

    contabilidade da TSI.................................................................................................58

  • 8

    Figura 19: Fluxograma das Folgas dos funcionrios da TSI...............................58

    Figura 20: Fluxograma referente a escolha do plano de sade na TSI...............59

    Figura 21: Fluxograma ao Oramento na TSI........................................................60

    Figura 22: Fluxograma da Proposta de Venda da TSI..........................................62

    Figura 23: Fluxograma de Venda na TSI................................................................66

    Figura 24: Fluxograma do processo de Divulgao da TSI.................................66

    Figura 25: Fluxograma da realizao de Eventos pela TSI.................................68

    Figura 26: Fluxograma do Mapo da TSI...............................................................70

    Figura 27: Fluxograma do Suporte tcnico via e-mail da TSI..............................72

    Figura 28: Fluxograma do Suporte Tcnico via telefone da TSI..........................73

    Figura 29: Esquematizao do novo Sistema.......................................................75

    Figura 30: Campos para o novo sistema referentes a Assinantes do Suporte ao

    Usurio......................................................................................................................77

    Figura 31: Campos para o novo sistema referentes Capacitao....................78

    Figura 32: Campos para o novo sistema referentes Proposta de Venda....... 79

    Figura 33: Campos para o novo sistema referentes Gesto.............................80

    Figura 34: Campos para o novo sistema referentes ao Licenciamento de

    Softwares..................................................................................................................81

    Figura 35: Interface do novo sistema Cadastro de Empresas..........................82

    Figura 36: Interface do novo sistema Cadastro de Usurios............................83

  • 9

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1: Modificao no perfil da empresa ao longo do tempo.......................17

    Quadro 2: Tipo de produto/servio oferecido pela TSI ................................21 e 22

    Quadro 3:Mapeamento do Setor Gesto................................................................44

  • 10

    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................................... 12

    1.1 DEFINIO DA PROBLEMTICA DE PESQUISA ............................................. 13

    1.1.2 Problema ......................................................................................................... 13

    1.1.3 Justificativa ..................................................................................................... 15

    1.1.4 Objetivos ......................................................................................................... 15

    1.2 CARACTERIZAO DA ORGANIZAO .......................................................... 16

    1.2.1 A Empresa ....................................................................................................... 16

    1.2.2 Portiflio de Produtos e Servios ................................................................. 17

    2 REVISO DA LITERATURA .................................................................................. 23

    2.1 Orientao da Empresa para o Mercado............................................................. 24

    2.2 Sistema de Informao........................................................................................ 29

    2.3 Gesto de Processos de Negcio Bpm Business Process Management ...... 31

    3 MTODO ................................................................................................................ 36

    3.1 Etapas do Processo de Observao Participante ............................................... 37

    3.1.1 Primeira etapa: ....................................................................................... 37

    3.1.2 Segunda etapa: ...................................................................................... 38

    3.1.3 Terceira etapa ......................................................................................... 38

    4 PROPOSTA DE READEQUAO DOS PROCESSOS DE NEGCIO ................ 39

    4.1 Relato e anlise do ambiente de trabalho na TSI ................................................ 39

    4.2 Mapeamento dos processos de negcio da TSI ................................................. 41

    4.2.1 Gesto .................................................................................................... 41

    4.2.2 Comercial ............................................................................................... 59

    4.2.3 Comunicao.......................................................................................... 64

  • 11

    4.2.4 Tcnico ................................................................................................... 70

    4.3 Readequao dos processos para a implementao do novo Sistema de Gesto

    .................................................................................................................................. 73

    4.4 Esboo da interface do novo Sistema de Gesto ................................................ 81

    5 CONCLUSO ......................................................................................................... 83

    BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 85

    ANEXOS ................................................................................................................... 89

  • 12

    1 INTRODUO

    O presente estudo discorrer a respeito de um setor que tem passado por um

    significativo crescimento, segundo dados do IBGE (2009), o setor de Tecnologia da

    Informao - TI brasileiro. Roberto Saldanha, Analista do IBGE, salienta que: O

    mercado cresceu bastante, o nmero de empresas aumentou e o nmero de

    empregos tambm. A receita bruta do setor, entre empresas com 20 ou mais

    pessoas, totalizou R$ 39,4 bilhes.

    Conforme IBGE (2009), a maior parte da receita veio do desenvolvimento e

    licenciamento de software customizvel (R$ 5,85 bilhes), consultoria (R$ 5,55

    bilhes) e software sob encomenda (R$ 5,49 bilhes). No total, essas trs atividades

    concentram 43% da renda auferida pelas empresas de TI brasileiras. O segmento de

    servios o maior consumidor de TI no pas, respondendo por 51,8% das compras,

    seguido de perto pelo setor pblico, com 18,2%.

    Segundo o IBGE (2009), percebe-se que o setor apresenta grande potencial

    econmico, o que instigou a realizao deste trabalho que visa explorar o

    funcionamento de uma pequena empresa de software localizada na Regio

    Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul e a qual ser aqui denominada

    TSI.

    Dessa forma, tem-se o problema do presente estudo o qual se refere ao

    acentuado crescimento que a TSI apresentou ao longo da sua histria e que a levou

    a uma inadequao dos processos vigentes, uma vez que estes no acompanharam

    o ritmo de expanso da empresa e se mostraram desajustados. Sendo assim, o

    objetivo geral deste trabalho readequar os processos de negcio de uma pequena

    empresa de Software por meio do mapeamento e da simplificao destes processos,

    visando subsidiar a elaborao de um novo sistema de informao voltado para o

    relacionamento com os clientes.

  • 13

    Para um maior embasamento do trabalho em questo, faz-se necessrio uma

    reviso terica a qual discorrer sobre: orientao para mercado, marketing de

    relacionamento, sistema de informao, gesto do relacionamento com clientes

    (CRM) e gesto dos processos de negcio. importante ressaltar que o mtodo

    aqui utilizado foi o da observao participante, j que ofereceu um melhor

    enquadramento nas caractersticas do trabalho, portanto a partir do mtodo

    escolhido foi realizado o relato de toda a vivncia no ambiente de estudo.

    Posto isto, importante ressaltar que este estudo resultou no mapeamento

    de setor a setor da organizao para, finalmente, ser possvel readequar os

    processos de negcio na TSI visando orientao para mercado. E, por meio do

    qual, proporcionou os requisitos para alimentar o novo sistema de informao, em

    fase de implantao.

    Por fim, sendo admissvel verificar como a vivncia na organizao se

    mostrou uma oportunidade nica a qual proporcionou a realizao deste estudo e a

    possibilidade de um aproveitamento dele pela empresa TSI como

    facilitador/solucionador das necessidades atuais da organizao apresentadas neste

    trabalho.

    1.1 Definio da problemtica de pesquisa

    1.1.1 Problema

    A organizao estudada no presente trabalho atua no mercado h

    aproximadamente 20 anos, no ramo de TI, caracterizada como uma empresa de

    pequeno porte e com poucos funcionrios, porm apresentou um grande

    crescimento ao longo deste perodo. No entanto os processos de negcios no

    acompanharam o ritmo desta expanso e hoje se apresentam inadequados para a

    atividade demandada pela empresa, alm disso, h poucas ferramentas para lidar

    com a gesto do relacionamento com os clientes o que torna a empresa vulnervel

    no que diz respeito ao entendimento e satisfao das necessidades e desejos por

    eles demandadas.

  • 14

    A empresa se divide em quatro setores, sendo eles gesto, tcnico,

    comunicao e comercial, os quais apresentam uma variada e extensa gama de

    atividades a serem realizadas diariamente. Este contexto torna os colaboradores

    executores de multitarefas as quais so auxiliadas por um sistema de informao,

    chamado SBG, que foi desenvolvido sobre a plataforma do prprio produto da

    empresa, inicialmente, obteve sucesso, uma vez que a empresa era incipiente,

    contudo, ao decorrer do tempo, sofreu diversas adaptaes que resultaram no

    sistema utilizado at os dias atuais, apesar de no ser a ferramenta mais adequada.

    J que, com o crescimento da empresa o sistema se tornou defasado e se

    apresentou incapaz de integrar as informaes de forma a facilitar o acesso para os

    usurios, visto que ele no relacional como um sistema de informao

    convencional. Dessa forma, este sistema ao longo dos anos exigiu que muitos

    processos fossem criados para oferecer suporte ao negcio da empresa, obrigando

    os colabores a realizar diversas tarefas e controles paralelos manualmente que

    ocupam muito tempo, dificultam o atendimento e a resposta aos questionamentos

    dos clientes, alm de no agregarem valor e no auxiliarem na busca pela

    satisfao dos anseios dos clientes.

    Sendo assim, possvel notar que o acmulo de atividades do dia a dia

    resulta em uma ineficincia na atividade empresarial, que por sua vez apresenta

    uma desorganizao nos controles das atividades e uma falta de mapeamento dos

    processos a serem realizados. Esta situao no resolvida devido ao contexto

    muito dinmico que o trabalho no ramo da TI provoca e a falta de tempo dos

    colaboradores envolvidos para pensar as atividades.

    Tambm possvel observar que simples tarefas so efetuadas por meio de

    extensos e, s vezes, repetitivos processos os quais provocam uma lentido, um

    gargalo em toda a execuo do trabalho na organizao como um todo, uma vez

    que muitas atividades esto interligadas.

    Assim, a oportunidade desta readequao nos processos a adoo de uma

    ferramenta de gesto do relacionamento com os clientes CRM, a qual possibilita a

    empresa a adotar uma orientao para o mercado, focando ainda mais em seus

    clientes e na busca pela excelncia em atender suas necessidades e seus desejos,

  • 15

    a fim de satisfaz-los, uma vez que a organizao procura continuamente o

    aperfeioamento das suas prticas.

    Devido ao atual contexto, vem sendo desenvolvido um novo sistema de

    informao para a empresa em questo visando simplificao dos processos de

    negcio de forma a aumentar a eficincia organizacional, para isso necessrio

    readequar os processos vigentes, ou seja, eliminar processos no mais necessrios,

    criar novos e adequar os existentes.

    1.1.2 Justificativa

    Atualmente, est em andamento um projeto para a implantao de um

    Sistema de Informao na empresa TSI, desse modo de fundamental relevncia

    que haja uma readequao nos processos de gesto no intuito de entender as reais

    necessidades demandadas pelo ambiente de trabalho da TSI e o que o novo

    sistema deve contemplar para tornar o trabalho mais eficiente.

    Alm disso, acredita-se que o estabelecimento de processos simplificados

    pode oportunizar um melhor gerenciamento de atividades de grande importncia

    para o funcionamento da empresa j que, atualmente, no h a possibilidade de

    acompanh-las com devido cuidado exatamente pela falta de tempo e retrabalho

    ocasionado pela ineficincia dos processos. Permitindo, assim, aos gerentes pensar

    a organizao e melhorar o relacionamento com os clientes, atividade vital para o

    bom funcionamento de uma empresa.

    1.1.3 Objetivos

    A seguir o objetivo geral que norteou o estudo aqui exposto, em seguida, os

    objetivos especficos os quais detalham o trabalho realizado.

    a) Objetivo Geral

    Readequar os processos de negcio de uma pequena empresa de Software

    por meio do mapeamento e da simplificao destes processos, visando subsidiar a

    elaborao de um novo sistema de informao voltado para o relacionamento com

    os clientes.

    b) Objetivos Especficos

    i) Revisar e mapear os processos de negcio da empresa;

  • 16

    ii) Adequar os processos de negcio da empresa ao novo Sistema de

    Informao;

    iii) Eliminar processos em desacordo/desnecessrios com o novo Sistema

    de Informao caso preciso;

    iv) Criar novos processos de negcio adequados ao novo Sistema de

    Informao caso necessrio;

    1.2 Caracterizao da Organizao

    A seguir abordar-se- a histria da organizao estudada, seu

    desenvolvimento ao decorrer dos anos, sua estrutura e o seu portflio de produtos

    oferecidos atualmente.

    1.2.1 A Empresa

    A organizao em destaque neste estudo uma empresa de software

    representante exclusiva do conjunto de softwares TSI, composto pelos sistemas TSI

    verso 1, TSI verso 2, TSI verso 3 e TSI verso 4, nascida de uma parceria

    franco-brasileira que atua no mercado desde 1993, est presente no ramo de TI com

    sede em Canoas, Rio Grande do Sul, e ser denominada aqui de TSI.

    Atuante em todo o territrio nacional e tambm na Amrica Latina, a TSI

    uma organizao consagrada no mercado de TI por oferecer solues para o apoio

    tomada de deciso. Sendo assim, busca oferecer a pesquisadores, a analistas e a

    executivos, no mundo gerencial e no mundo da educao, ferramentas e tecnologia

    de pesquisa e de explorao e anlise de dados.

    O pacote de software TSI composto por potentes ferramentas para apoiar

    todo o processo de pesquisa, tanto gerencial quanto acadmico. Figurando hoje

    entre uma das mais respeitadas ferramentas para esta rea no pas, permite a

    realizao de anlises quantitativas e qualitativas, possibilitando ainda a publicao

    de questionrios (coleta) e relatrios (anlise) na Web, sendo versteis e podendo

    ser utilizados nas mais diversas atividades de estruturao e de gesto de dados,

    tornando-se uma ferramenta importante e til para qualquer ramo de atividade e

    setor da organizao.

  • 17

    No decorrer dos seus quase 20 anos de histria passou por um intenso

    crescimento, cerca de 350% nos ltimos cinco anos. Todavia a estrutura

    organizacional da empresa se mostrou incapaz de acompanhar esta expanso o que

    ocasionou a inadequao dos processos de gesto e tornou o sistema de

    informao adotado, at os dias de hoje, insustentvel para a atividade demandada

    pela empresa. A modificao no perfil da Organizao pode ser observada no

    quadro (1) abaixo:

    Quadro 1: Modificao no perfil da empresa ao longo do tempo

    1995 1999 2005 HOJE

    PORTE Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno

    PESSOAS 02 Scios e 01 Diretor 01 Diretor 01 Diretor 06 Scios

    02 Funcionrios 04 Funcionrios 09 Funcionrios 12Funcionrios 04 Estagirios

    SISTEMA FCV 1(sistema de informao predecessor do SBG)

    FCV 2(sistema de informao predecessor do SBG)

    SBG 1(sistema criado na plataforma do prprio software)

    SBG 2(sistema criado na plataforma do prprio software)

    FONTES DE DADOS

    -Proposta de venda - Vendas - Contador - Banco (receitas e despesas)

    -Proposta de venda - Vendas - Contador - Banco (receitas e despesas)

    -Dados de auditoria -Mapo (agenda e relato das atividades: comunicao e prospeco) -Recursos de comunicao (chat, blog) -Espao aberto (opinio dos colaboradores) - Money - Contador - E-mail

    -Dados de auditoria -Mapo (agenda e relato das atividades: comunicao e prospeco) -Recursos de comunicao (chat, blog) -Espao aberto (opinio dos colaboradores) - Money - Contador - E-mail

    CLIENTES 100 clientes 500 clientes 1.000 clientes 1.500 clientes

    GAMA DE PRODUTOS/ SERVIOS

    - Licenciamento do Software - Treinamento e capacitao gerencial - Organizao de eventos - Planejamento estratgico

    -Licenciamento do Software - Treinamento e capacitao gerencial - Hot line - Organizao de eventos - Planejamento estratgico

    - Licenciamento do Software - Treinamento - Suporte tcnico - Pesquisas via web - Consultoria e assessoria em mtodo e anlise - Desenvolvimento de aplicaes customizadas baseadas nas necessidades dos clientes

    - Licenciamento do Software - Treinamento - Suporte tcnico - Pesquisas via web - Consultoria e assessoria em mtodo e anlise - Desenvolvimento de aplicaes customizadas baseadas nas necessidades dos clientes

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 18

    No quadro (1) acima, pode-se observar que o porte da empresa se manteve o

    mesmo ao longo do tempo, no entanto o nmero de colaboradores cresceu

    aproximadamente seis vezes desde sua concepo, diversas pessoas j passaram

    pela empresa, todavia um ncleo permanece desde o princpio, o qual j contava

    com pessoas qualificadas nos seus quadros tcnico, comercial e de gesto, visto

    que iniciou trs pessoas, hoje so vinte e cinco pessoas, umas mais implicadas na

    frente de contato com a clientela, outras mais remotas, em apoio constituindo uma

    equipe multidisciplinar com forte ligao acadmica, ressaltando a busca pelo

    investimento continuo na qualificao da sua equipe de trabalho que hoje conta com

    mestres doutores e especialistas. Atualmente, a estrutura da empresa apresenta-se

    representada pelo organograma abaixo (FIGURA 1):

    Figura 1: Organograma da TSI

    Fonte: Elaborado pelo autor

    O sistema que hoje se apresenta defasado, o SBG, j uma evoluo do

    sistema inicial, o FCV foi constitudo a partir da plataforma do software

    comercializado pela organizao possua duas verses nas quais sofreu algumas

    alteraes, no intuito de o adequar as atividades da empresa em diferentes perodos

    da histria.

    J o atual SBG proveniente de uma destas adequaes do predecessor

    FCV, foi uma reviso deste antigo sistema no qual se modificou o layout, os dados

    inseridos e os processos at ento adotados. O SBG possui tambm duas verses,

  • 19

    a primeira apresentava dois sistemas que trabalhavam separadamente, um para o

    setor comercial e outro para o setor administrativo-financeiro, o que ocasionava

    divergncia de informaes e dificuldade ao acesso delas. Assim, concedeu-se a

    ltima verso que unificou as duas reas em um nico programa, no entanto elas

    ainda no possuem a capacidade de interao e troca de informaes e dados.

    No que diz respeito s fontes de dados, estas vem sofrendo um

    aperfeioamento no decorrer dos anos, como se pode observar no quadro (1),

    inicialmente os dados utilizados eram a proposta de venda, a venda, o contador e

    um banco onde eram contabilizadas as despesas e as receitas da empresa, j que a

    demanda era pequena e contornvel por meio apenas destas fontes. Foi assim at o

    ano de 2005, quando se percebeu a necessidade de melhorias, adaptaes, que

    vieram por meio de uma reviso e da implantao de novas fontes de dados como:

    dados de auditoria, a fim de garantir o controle contbil mais detalhado; mapo, o

    qual se caracteriza por ser uma agenda e relatos das atividades: comunicao e

    prospeco; recursos de comunicao como chat, blog e e-mail, recursos que

    agilizaram o trabalho dos setores e tambm o contato com os clientes; espao

    aberto, um espao no qual os colaboradores podem compartilhar pensamentos,

    ideias e opinies; money, um software para registro financeiro; contador, mais

    exatamente, uma empresa de contabilidade terceirizada a qual passou a ser

    responsvel por toda a contabilidade da empresa at hoje.

    A carteira de clientes representada por empresas de diversos ramos de

    atividade como: institutos de pesquisa e consultoria, empresas privadas,

    organizaes pblicas e instituies de ensino, dentre outras, uma vez que o

    negcio da TSI permite esta variabilidade. A clientela foi formando-se aos poucos,

    em 1995 eram cem clientes e hoje passa dos mil e quinhentos, fato que demonstra

    de forma simples e clara a importncia que os clientes representam para a empresa

    e a ateno e respeito que preciso ter com eles, ou seja, buscando sempre

    entender e antever as suas necessidades, alm de atend-las da melhor forma

    possvel.

    Visando melhor atender aos clientes a empresa aumentou e aperfeioou sua

    gama de produtos e servios ao longo dos anos como possvel observar no quadro

  • 20

    (1), e hoje disponibiliza inclusive servios customizados baseados nas necessidades

    do cliente.

    A fim de subsidiar toda esta estrutura a empresa precisou definir o negcio no

    qual ela atuaria que hoje pode ser descrito como: Facilitar a coleta e anlise de

    dados, a misso que a moveria: Oferecer tecnologias, mtodos e desenvolver

    solues para coleta, preparao, anlise de dados (quanti & qualitativos,

    acadmicos e gerenciais) e seu uso e difuso, propiciando servios e capacitao

    para melhores condies de pesquisa e de tomada de deciso nas organizaes.

    Os valores e os princpios que a guiariam: Time, compromisso, qualidade,

    iniciativa, simplicidade, dilogo, respeito, reconhecimento e transparncia. Ao com

    responsabilidade e autonomia, com foco na ao a empreender; com disciplina,

    organizao, ritmo e perseverana. Elaborao e explicitao de novas ideias, de

    implantao rpida, gradativa e efetiva. Assim como a viso: Ser reconhecida no

    Brasil como referncia em solues e em softwares para coleta e anlise de dados.

    1.2.2 Portflio de produtos e servios

    O mercado de pesquisa vem crescendo muito nos ltimos anos e tem deixado

    de pertencer apenas a centros acadmicos e s instituies especializadas, para ser

    incorporado por empresas de diversos ramos da atividade econmica e que esto

    cada vez mais preocupadas em estudar as oportunidades do mercado, antever

    tendncias, entender o cliente dentre outras possibilidades possveis.

    O perfil deste mercado tambm est mudando, segundo dados do IBGE

    (2009), de um mercado voltado para a comercializao de produto (software) para a

    prestao de servios especializados como treinamento, consultoria e customizao

    de servios. Outra tendncia da TI a virtualizao, a qual:

    Entende-se que foi no sentido de adequar tecnologias e necessidades que teve origem [...].percebe-se que a convergncia tecnolgica liderada pela TI envolvendo a indstria de computao, de telecomunicaes e as funes de realidade virtual desenvolvidas comeam a ser implementadas e associa-se este fato a ideia de virtualizao. (CANO; BECKER; FREITAS; 2004, p. 11)

    Sendo assim, as tendncias de mercado direcionam o foco da empresa, que

    alm de prover tecnologias e solues, presta servios especializados e consultoria

    tcnica e metodolgica nas reas de pesquisa, coleta, anlise de dados, processo

    decisrio e inteligncia como possvel observar no quadro (2) abaixo:

  • 21

    Quadro2: Tipo de produto/servio oferecido pela TSI

    TIPO DE PRODUTO/ SERVIO

    DISPONIBILIZADO PELA TSI

    DESCRIO

    SOFTWARE Conjunto de ferramentas que proporciona

    autonomia de ao ao usurio, permite realizar

    qualquer tipo de tabulao de dados e todos os

    processos de uma atividade de pesquisa:

    concepo do questionrio, digitao ou

    importao das respostas e posterior anlise dos

    dados, tanto quantitativos quanto qualitativos.

    CAPACITAO Treinamento para auxiliar os usurios da gama de

    softwares TSI no uso dos recursos e de todas as

    potencialidades que o sistema oferece. realizada

    por meio de mdulos pr-definidos ou

    customizados conforme necessidades dos clientes.

    SUPORTE AO USURIO Servio oferecido por meio de um canal na internet

    (site) no qual os usurios contam com o apoio da

    equipe tcnica para esclarecer dificuldades

    encontradas na utilizao do software. Este servio

    inclui tambm um rico acervo de dicas, tutoriais

    passo a passo, manuais, guias, alm um

    atendimento personalizado e pr-ativo da equipe

    de ateno aos assinantes.

    SOLUES CUSTOMIZADAS Aplicativos e servios desenvolvidos para clientes

    que demandam solues especficas, visando

    sistematizar um processo de coleta e anlise de

    dados.

    CONSULTORIA Por possuir uma equipe formada por profissionais

    qualificados, com experincia em pesquisas

    acadmicas e em consultorias, a empresa presta

    consultoria metodolgica e de anlise de dados em

    todas as etapas de pesquisa.

    TSI NA WEB Iniciado em 2008, encontra-se ainda em fase de

    aprimoramento, o TSI na Web uma plataforma

    que permite pesquisas via internet, possibilitando

    todas as etapas de uma pesquisa sem a

  • 22

    necessidade de instalao do software tradicional

    no computador, o que permite a mobilidade por

    meio do acesso ao programa de qualquer

    computador ou dispositivo mvel e em qualquer

    parte do mundo pelo usurio.

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 23

    2 REVISO DA LITERATURA

    Neste tpico ser apresentada uma breve reviso da literatura, a fim de

    propiciar embasamento terico para o presente trabalho. Posto isto, inicialmente

    abordar-se-o os conceitos de Marketing como orientao para mercado, na

    sequncia ser apresentado o conceito de marketing de relacionamento para, a

    partir da, expor o conceito de sistema de informao e mais especificamente o CRM

    Customer Relationship Management. Finalmente, os processos de negcio sero

    abordados, devido importncia destes para o funcionamento de toda a estrutura

    que representa a organizao. Sendo assim o esquema abaixo (figura 2), permite a

    visualizao destas etapas fundamentais para atingir os objetivos aqui propostos:

    Figura 2: Esquematizao da Reviso da Literatura

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 24

    2.1 ORIENTAO DA EMPRESA PARA O MERCADO

    A funo de Marketing em uma organizao no deve ser uma preocupao

    exclusiva da rea de marketing, uma vez que uma variedade de departamentos

    participa da gerao de inteligncia de mercado, de sua disseminao e da

    execuo de aes em resposta a ela. Por isso, a funo marketing tem uma

    importncia na organizao como um todo e deve ser uma responsabilidade de

    todos os setores dentro da empresa.

    Na perspectiva de Drucker (2002) s h uma definio vlida para a finalidade

    de uma empresa: criar um consumidor. Para que isso acontea preciso que a

    organizao conhea as necessidades e preferncias de seu pblico.

    Segundo Kotler e Keller (2006, p. 14), a orientao de Marketing surgiu nos

    anos 50, perodo que se deixou a filosofia de fazer-e-vender para seguir a nova

    corrente filosfica que acreditava no sentir-para-reponder e que era voltada para o

    cliente. A partir da, passa-se a crer que para atingir os objetivos organizacionais a

    empresa precisa ser mais eficaz do que a concorrncia nos quesitos criao,

    entrega e comunicao de um valor superior, sob a ptica do cliente, e seus

    mercados-alvos escolhidos.

    Heiens (1989) define que orientao para o consumidor o conjunto de

    crenas que pe o interesse do consumidor em primeiro lugar, embora no

    excluindo aqueles de todos os demais participantes como proprietrios,

    administradores e empregados, de forma a desenvolver uma empresa lucrativa no

    longo prazo.

    Heiens (1989) ainda salienta que uma organizao orientada para o cliente

    aquela na qual os trs pilares do conceito de marketing - foco no consumidor,

    marketing coordenado e lucratividade - se manifestam operacionalmente.

    No entanto, a orientao para marketing sofreu algumas evolues at o que

    surgimento da orientao para mercado. Posto isto, Lafferty e Hult (2001) distinguem

    estes conceitos dizendo que a orientao para marketing foca na orientao para o

    cliente, em suas necessidades e na gerao de lucro por meio da satisfao deles.

    Enquanto a orientao para mercado vai mais alm, se coloca como uma filosofia a

  • 25

    qual deve ser praticada por toda a organizao e no s pela rea de marketing.

    Alm disso, se baseia no s na anlise do cliente, mas tambm na da concorrncia

    visando entender como esta se posiciona para, a partir disto, definir seu prprio

    posicionamento estratgico.

    A orientao para o mercado vem sendo utilizada como estratgia para ampliar a capacidade das organizaes na obteno de vantagens competitivas sustentveis, pois cria uma cultura empresarial que estimula comportamentos necessrios criao de valor superior ao cliente (NARVER; SLATER, 1990, p.21)

    Narver e Slater (1990, p. 21) tambm definem orientao para mercado como

    um constructo unidimensional que consiste em trs componentes comportamentais:

    (1) orientao para o cliente (entender o mercado), (2) orientao para o concorrente

    (entender as foras, fraquezas, capacitaes e estratgias dos principais

    concorrentes) e (3) coordenao interfuncional (uso de recursos de todos os

    departamentos para fornecer valor para o cliente). Alm disso, o conceito engloba

    dois critrios de deciso: foco no longo-prazo e objetivo de lucro.

    Na perspectiva de Day (apud GAVA; SILVEIRA 2007, p. 53), a orientao

    para o mercado representa a habilidade superior em entender e satisfazer os

    clientes, tarefa que se relaciona inequivocamente questo das capacidades

    (capabilities). Sendo assim, uma organizao orientada ao mercado possui as

    capacidades superiores de senso de mercado, ou seja, ter a capacidade de sentir os

    eventos e tendncias do ambiente de forma mais avanada que os concorrentes; e

    ligao com o consumidor - capacidade em criar e gerenciar relacionamentos com

    os clientes.

    Adiante Day (2001) afirma que, as empresas esto descobrindo que uma forte

    orientao para o mercado pode aumentar a eficcia de qualquer estratgia e pode

    constituir uma das poucas fontes sustentveis de vantagem que restam em um

    ambiente de rpidas mudanas tecnolgicas e agressivas imitaes pela

    concorrncia.

    J conforme Kotler e Keller (2006, p. 15), a dcada de 90 proporcionou uma

    abordagem mais rica e transcendente sobre orientao de marketing, a qual diz

    respeito ao Marketing Holstico, que pode ser visto como:

    O desenvolvimento, o projeto e a implementao de programas, processos e atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das

  • 26

    interdependncias de seus efeitos. Ele reconhece que no marketing tudo importante o consumidor, os funcionrios, outras empresas e a concorrncia, assim como a sociedade como um todo e que muitas vezes se faz necessria uma perspectiva abrangente e integrada. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questes e certificar-se de que as decises em uma rea so coerentes com as decises em outras. (KOTLER, 2006, p. 15).

    Dessa forma, esta abordagem tenta conciliar o escopo e as complexidades

    das atividades de marketing e, segundo Kotler e Keller (2006, p.16), por meio da

    figura (3) abaixo, podemos ter uma viso geral do que realmente caracteriza o

    marketing holstico, assim como do que ele composto:

    Figura 3: Marketing Holstico

    Fonte: Adaptado de Kotler e Keller (2006, p. 16)

    Esta abordagem de orientao para mercado ser aqui utilizada, visto que

    pressupe um adequado conhecimento deste para fins do trabalho realizado. Alm

  • 27

    de ter maior sensibilidade em relao ao mercado e maior adaptabilidade s suas

    constantes mudanas.

    Sendo assim, deste esquema ser abordada mais detalhadamente apenas a

    parte que diz respeito ao objetivo do trabalho, ou seja, Marketing de

    Relacionamento.

    Marketing de Relacionamento

    Marketing de Relacionamento, conforme Gummesson (2010) a interao

    das redes de relacionamentos. Sendo que para constituir relacionamentos h a

    necessidade de que pelo menos duas das partes estejam em contato uma com a

    outra. E, tomando por definio rede como um conjunto de relacionamento de

    muitas partes, que podem se transformar em complexos modelos.

    Consequentemente, o contato ativo das partes entre si nas redes chamado de

    interao.

    Segundo Gummesson (2010), Marketing de Relacionamento uma

    abordagem para desenvolver clientes leais de longo prazo e, consequentemente,

    aumentar a lucratividade.

    Quando se fala de marketing de relacionamento est tratando-se de

    comprometimento, de entender, de desenvolver e de manter relacionamentos

    profundos e duradouros baseados na confiana mtua ao longo da cadeia produtiva

    na qual se est inserido. Uma vez que, o marketing de relacionamento tem como

    meta construir relacionamento de longo prazo mutuamente satisfatrio com partes-

    chave - clientes, fornecedores, distribuidores e outros parceiros de marketing - a fim

    de conquistar ou manter negcios com elas (KOTLER; KELLER, 2006, p.16).

    Tambm segundo Stone e Woodcock (1998), o marketing de relacionamento

    o uso de vrias tcnicas e processos de marketing, vendas, comunicao e

    cuidado com o cliente para identific-los de forma individualizada e nominal,

    desenvolvendo um relacionamento duradouro entre empresa e clientes, alm de

    administrar tal relacionamento para que o benefcio seja mtuo entre clientes e

    empresa.

  • 28

    Sintetizando essa ideia, os autores Rapp e Collins (1996) avaliam o Marketing

    de Relacionamento como fundamental para maximizao da funo de Marketing.

    No entanto, no rompem com o modelo tradicional, nem o consideram ultrapassado,

    apenas acreditam que o aprofundamento passa necessariamente pelo Marketing de

    Relacionamento.

    J para Gordon (1999), os profissionais de marketing poderiam criar novos

    valores para seus clientes, seus funcionrios, seus fornecedores e seus

    investidores, com o gerenciamento dos relacionamentos. A ideia central que os

    relacionamentos so os verdadeiros bens das empresas e, no os produtos,

    mquinas e know how, embora estes tenham grande importncia, justamente, pelo

    fato de os relacionamentos proporcionarem s empresas rendimentos de longo

    prazo e de baixos riscos, bem como a oportunidade de aumentar, de vrias formas,

    os rendimentos e os lucros.

    Segundo Kotler e Keller (2006, p. 16), fundamental que o marketing de

    relacionamento resulte em uma rede de marketing a qual consiste na empresa e nas

    partes envolvidas como fornecedores, clientes, distribuidores, funcionrios,

    revendedores e etc. e por meio da qual haja um relacionamento profissional

    mutuamente benfico, j que a concorrncia entre empresas tende a cada vez mais

    dar lugar concorrncia entre redes de marketing, por isso a importncia em

    estabelecer uma rede de relacionamento consistente em que os lucros sero

    consequncia garantida.

    Tambm, importante ressaltar que h uma relao estreita entre marketing

    de relacionamento e satisfao do cliente, uma vez que um dos intuitos do marketing

    de relacionamento ter clientes satisfeitos e nesse sentido que as aes so

    tomadas.

    Segundo Gummesson (2010), o Marketing de Relacionamento o conceito

    para um novo marketing, enquanto CRM - Customer Relationship Management

    consiste em tcnicas para tratar dos relacionamentos com o cliente na prtica. Ou

    seja, o CRM considerado uma ferramenta para auxiliar a execuo do Marketing

    de Relacionamento.

    Por isso, o presente estudo apresentar, na sequncia, o conceito de

    sistemas de informao, em especial, CRM - Customer Relationship Management.

  • 29

    2.2 SISTEMA DE INFORMAO

    A finalidade dos sistemas de informao obter as informaes certas para

    as pessoas certas, no momento certo, na quantidade certa e no formato certo.

    (TURBAN; RAINER; POTTER, 2007, p. 3). Esta afirmao demonstra bem a razo

    do crescente uso de TI no meio organizacional, j que o dinamismo exigido hoje pelo

    mercado demanda grande esforo das organizaes para conseguirem administrar e

    enfrentar a concorrncia, alm de atender, satisfazer e antever as necessidades e

    os desejos dos consumidores.

    Na perspectiva de Laudon e Laudon (2004, p.7) sistemas de informao:

    Contm informaes sobre pessoas, locais e coisas significativas para a organizao ou para o ambiente que a cerca. No caso da informao quer dizer dados apresentados em uma forma significativa e til para os seres humanos. Dados ao contrrio so correntes de fatos brutos que representam eventos que esto ocorrendo nas organizaes ou no ambiente fsico, antes de terem sido organizados e arranjados de uma forma que as pessoas possam entend-los e us-los. (LAUDON & LAUDON, 2004, p. 7)

    Para Oliveira (2008), os sistemas de informao so um processo de

    transformao de dados em informaes que so utilizadas na estrutura decisria da

    empresa, proporcionando, ainda a sustentao administrativa para otimizar os

    resultados esperados.

    Adentrando nestes conceitos, pode-se perceber a dimenso que o uso das

    tecnologias tem tomado nos ltimos anos, e como hoje elas esto oportunizando o

    melhor atendimento s necessidades dos clientes:

    A mistura de tecnologias da Internet e preocupaes empresariais tradicionais,est influenciando todos os setores empresariais e, sem dvidas, a mais recente fase no processo de evoluo dos negcios. Todas as companhias precisam atualizar suas infra-estruturas de negcios e mudar sua maneira de trabalhar para que possam atender mais rapidamente s necessidades de seus clientes. (OBRIEN, 2004)

    Sendo assim, neste estudo abordar-se- sistema de informao voltado para

    o foco no cliente, ou seja, como ferramenta para um bom relacionamento cliente

    empresa, visando busca da satisfao das necessidades dos consumidores.

  • 30

    Gesto do Relacionamento com os clientes - Customer Relationship Management

    CRM

    Para Gummesson (2010), CRM so valores e estratgias do Marketing de

    Relacionamento, enfatizando o relacionamento entre cliente e fornecedor, os quais

    dependem da ao humana e da tecnologia da informao, alm de poderem ser

    aplicados na prtica.

    J segundo Eggert e Fassot (apud GUMESSON, 2010, p. 326), o eCRM

    compreende a anlise, o planejamento e a gesto dos relacionamentos com o

    cliente, por meio do auxilio da mdia eletrnica, principalmente da internet, e tendo

    como meta da organizao o foco em clientes selecionados.

    Em contrapartida Payne e Frow (apud GUMMESSON, 2010, p. 326),

    acreditam que o CRM une o potencial das estratgias de marketing de

    relacionamento e TI a fim de estabelecer relacionamentos lucrativos e de longa

    durao com clientes e outros stakeholders-chave. J que ele propicia

    oportunidades para a utilizao de dados e informaes com o intuito de entender os

    clientes e coproduzir valor com eles. Sendo que, para tal necessrio que haja uma

    integrao multifuncional de processos, pessoas, operaes e habilidades de

    marketing que so viabilizadas por meio de informao, tecnologia e aplicaes.

    Nas trs abordagens acima, o que se pode observar que todas elas

    sugerem que o CRM um modo de implementar as estratgias e a filosofia do

    Marketing de Relacionamento.

    Conforme Turban et al. (2010, p. 348), a gesto de relacionamento com o

    cliente (custumer relationship management CRM) um esforo corporativo no

    intuito de conquistar e manter clientes lucrativos. Visa construo de

    relacionamento alicerados na sustentabilidade e no longo prazo, alm de agregar

    valor tanto para o cliente, quanto para a organizao.

    O CRM uma estratgia para selecionar e gerenciar clientes afim de otimizar uma agregao de valor de longo prazo. O CRM exige uma filosofia e uma cultura de negcios centradas no cliente para dar suporte a processos eficazes de marketing, vendas e de servios. (THOMPSON, 2003 apud TURBAN et al., 2010, p. 348)

  • 31

    Segundo Turban et al. (2010, p.348), CRM abrange muito alm das reas de

    marketing e vendas, visto que uma empresa precisa ser capaz de modificar o modo

    como seus produtos so configurados ou seus servios so entregues, baseados

    em clientes individuais.

    Alm disso, conforme Turban et al. (2010, p. 349), para construir

    relacionamentos duradouros, no basta ser focado no cliente tpico do mercado o

    cliente mdio, preciso interagir com o cliente em mbito individual.

    Enfim, propondo atingir os objetivos do presente estudo, faz-se necessrio

    abordar o conceito de gesto de processos de negcio, no intuito de por meio da

    readequao dos processos de negcio da empresa em questo, alcanar a

    aplicao dos demais conceitos aqui trabalhados.

    2.3 GESTO DE PROCESSOS DE NEGCIO BPM Business Process

    Management

    de fundamental importncia possuir uma viso holstica de um negcio para

    o seu adequado gerenciamento. Esta viso mais bem representada por um

    processo de negcio (business process Management - BPM).

    Desse modo, faz-se inevitvel a conceituao de processos de negcio, que

    se caracterizam por ser um conjunto de atividades organizadas, atravs da qual uma

    organizao deve ser estruturada, com o objetivo de produzir valor (output) para os

    seus clientes. (WIKIPDIA, 2011). Sendo assim, a figura (4) abaixo sugere de forma

    esquematizada que se podem definir processos de negcio como um conjunto de

    atividades desenvolvidas a partir de um objetivo pr-definido que ir concretizar-se

    num resultado especfico, em termos de produto ou servio que se pretenda realizar:

  • 32

    Figura 4: Fluxo dos Processos de Negcio

    Fonte: WIKIPDIA, 2011.

    Na perspectiva de Turban et al. (2010, p.340), um processo se estende por

    diversas reas funcionais, j que um processo de negcio pode envolver at todos

    os departamentos de uma organizao.

    Segundo Rozenfeld (1996), BPM compreende um conjunto de atividades

    realizadas na empresa, associadas s informaes que manipula, utilizando os

    recursos e a organizao da empresa. A partir disso, formada uma unidade coesa

    e deve ser focado em um tipo de negcio, o qual normalmente est direcionado a

    um determinado mercado/cliente, com fornecedores bem definidos na figura (5)

    abaixo:

    Figura 5: Processos de Negcios

    Fonte: ROZENFELD (1996)

    http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/Bps.html

  • 33

    Para McDaniel (apud KRAFTA, 2007, p. 21), dentre as contribuies prticas

    do BPM (Business Process Management) h um agrupamento por nveis ttico e

    estratgico. O primeiro destaca-se pela rapidez a qual agrega aos processos,

    qualidade da informao e facilidade na comunicao entre setores, o que reflete,

    por sua vez, em ganhos estratgicos. J que, a rapidez nos processos permite

    empresa responder aos estmulos do mercado, agregando valor do ponto de vista de

    marketing e de atendimento ao cliente.

    A rapidez e eficincia trazidas pelo processo de BPM podem levar tambm a

    outros ganhos estratgicos, como reduo de custos em larga escala,

    aprimoramento de sistemas de produo, etc. (MCDANIEL, 2001 apud KRAFTA,

    2007, p.21).

    Para a Gartner Reserch, 2008:

    Os desafios de alinhamento de processos entre reas funcionais, aumento da efetividade organizacional e, em ltima anlise, do aumento do valor criado para o consumidor, tem feito a gesto de processos uma das maiores prioridades do mundo de negcios, tanto no setor pblico quanto no setor privado.( GARTNER RESERCH, 2008; p. 8)

    a) Reengenharia de processos de negcio

    [...] as organizaes precisam aprimorar seus processos de negcio internos

    e correlacionar esses processos com aqueles de outras organizaes que estariam

    vinculadas a ela na cadeia de suprimentos. (TURBAN et al., 2010, p. 342). Por isso,

    a necessidade de uma reengenharia nos processos de negcio nas empresas

    crescente.

    Conforme Hammer; Stanton (apud KRAFTA, 2007, p. 21), as ondas de

    reengenharia verificadas ao longo das ltimas dcadas ajudaram executivos a

    perceber suas reas como parte de um todo, que no podem funcionar sozinho e

    que est permanentemente mudando.

    Segundo Turban et al. (2010, p. 342 - 343), reengenharia pode ser definida

    como o rearranjo radical dos negcios de uma empresa, j que implica em

    mudanas no processo atual que visam o aumento da eficincia e a criao de

    novos modelos de processos. No entanto, o que realmente faz com que a

  • 34

    reengenharia tenha valor para uma organizao a economia que ela provoca

    quando realizada antes da automatizao com softwares caros como o ERP.

    Dessa forma, para que a reengenharia seja feita bem sucedida importante

    seguir alguns princpios como salienta Amoroso (apud Turban et al., 2010, p. 344):

    a) Adicionar um novo processo: crie um processo inteiramente novo; entenda

    as funcionalidades; adicione os novos fluxos decidindo quais processos

    so mais afetados pelo novo processo.

    b) Excluir um processo: anlise o valor agregado de cada processo

    configurando mtricas, coletando dados e analisando os resultados;

    identifique processos de baixo ou nenhum valor agregado candidatos

    excluso; primeiro redirecione, mova ou exclua os fluxos dos processos de

    dados antes de excluir o processo.

    c) Expandir um processo: decida quais atividades devem ser adicionadas a

    um processo; adicione novas bolhas de processo e fluxo de dados

    relacionados no nvel explodido; adicione os fluxos apropriados de dados

    (no mnimo uma sada adicional); decida aonde os fluxos de dados

    precisam ir.

    d) Reduzir um processo: decida quais atividades devem ser excludas; exclua

    bolhas de processos e fluxos relacionados de dados no nvel expandido;

    exclua os fluxos apropriados de dados (no mnimo uma sada adicional);

    refocalize os fluxos de dados desconectados, porm, necessrios.

    e) Combinar um processo: decida quais atividades de um processo devem

    ser combinadas; mova as atividades e fluxos de dados relacionados no

    diagrama explodido para os novos processos; redirecione os fluxos de

    dados e/ou fluxos de dados excludos; adicione pelo menos um novo fluxo

    de dado ao novo sistema.

    f) Dividir um processo: decida quais atividades de um processo devem ser

    divididas em um novo processo; mova as atividades e fluxos de dados

    relacionados no diagrama explodido; redirecione os fluxos de dados e

    fornea algum inter-relacionamento entre os novos processos.

  • 35

    Desse modo, importante compreender ao mximo os processos de negcio

    de uma organizao, uma vez que a partir deste entendimento que se torna

    possvel eliminar processos que no agregam valor algum a empresa, logo,

    melhorando a eficincia destes e otimizando a gesto da organizao em todos os

    nveis.

  • 36

    3 MTODO

    O mtodo utilizado neste trabalho de concluso do curso de administrao o

    mtodo da observao participante, uma vez que, segundo Ldke e Andr (1986

    apud LIMA ET AL. 1999, p. 131) possibilita o contato pessoal do pesquisador com o

    objeto de investigao, permitindo acompanhar as experincias dirias dos sujeitos

    e apreender os significados que atribuem realidade e s suas aes.

    A observao participante conceituada por diversos autores, neste estudo

    ser adotada a definio de Becker (1994 apud LIMA ET AL. 1999, p. 132) o qual

    entende que o pesquisador coleta dados, participa do grupo ou organizao,

    observa as pessoas e seu comportamento em situaes de vida cotidiana.

    A observao participante implica, necessariamente, um processo longo,

    visto que para se compreender a evoluo do comportamento de pessoas e de

    grupos necessrio observ-los por um longo perodo de tempo e no num nico

    momento (WHITE 2005 apud VALLADARES, 2007, p. 153-154).

    A observao participante implica saber ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. preciso aprender quando perguntar e quando no perguntar, assim como que perguntas fazer na hora certa. As entrevistas formais so muitas vezes desnecessrias, devendo a coleta de informaes no se restringir a isso. Com o tempo os dados podem vir ao pesquisador sem que ele faa qualquer esforo para obt-los. (WHITE 2005 apud VALLADARES, 2007, p. 154).

    Esta tcnica considerada, segundo Queiroz et al. (2007) um processo pelo

    qual a interao da teoria com a prtica concorre para a transformao ou

    implementao do meio pesquisado. Posto que, essa tcnica modifica a ao do

    pesquisador que, ao integrar-se ao grupo que vivencia a realidade social, propicia

    interaes que contribuem para a mudana de comportamento do grupo observado

    de forma no intencional.

  • 37

    Na observao participante, tem-se a oportunidade de unir o objeto ao seu contexto, contrapondo-se ao princpio de isolamento no qual fomos formados. Para Morin, o conhecimento pertinente quando se capaz de dar significado ao seu contexto global, ver o conjunto complexus. Assim, a pesquisa participante que valoriza a interao social deve ser compreendida como o exerccio de conhecimento de uma parte com o todo e vice-versa que produz linguagem, cultura, regras e assim o efeito ao mesmo tempo a causa. Outro princpio importante na observao integrar o observador sua observao, e o conhecedor ao seu conhecimento. (QUEIROZ et al., 2007, p. 278)

    Para isso, desenvolver uma rotina de trabalho fundamental. O pesquisador

    no deve recuar em face de um cotidiano que muitas vezes se mostra repetitivo e de

    dedicao intensa. (WHITE 2005 apud VALLADARES, 2007, p. 153).

    de relevante importncia que o pesquisador estabelea um controle atravs

    de uma espcie de dirio no qual narre suas vivncias:

    Mediante notas e manuteno do dirio de campo (field notes), o pesquisador se autodisciplina a observar e anotar sistematicamente. Sua presena constante contribui, por sua vez, para gerar confiana na populao estudada. (WHITE 2005 apud VALLADARES, 2007, p. 153-154,).

    3.1 ETAPAS DO PROCESSO DE OBSERVAO PARTICIPANTE

    Para atingir os objetivos traados neste trabalho fez-se necessrio seguir

    algumas etapas que melhor auxiliaram no processo:

    3.1.1 Primeira etapa

    Neste momento ocorre a aproximao do pesquisador ao grupo social em

    estudo. Conforme Queiroz et al. (2007), esse um trabalho rduo, no qual o

    pesquisador precisa trabalhar com as expectativas do grupo, alm de se preocupar

    em destruir alguns bloqueios, como a desconfiana e a reticncia do grupo.

    Nessa fase, necessrio que o pesquisador seja aceito em seu prprio papel, isto , como algum externo, interessado em realizar, juntamente com a populao, um estudo. Diante disso, pode-se dizer que a verdadeira insero implica uma tenso constante do pesquisador em razo do risco de identificao total com a problemtica e o conflito de assegurar objetividade na coleta de dados. (QUEIROZ et al., 2007, p.279)

  • 38

    3.1.2 Segunda etapa

    Este o momento em que o observador procura ter uma viso global do

    contexto trabalhado. nesta etapa que ocorre a pesquisa a documentos internos da

    empresa, como fluxogramas, organogramas e o que j fora mapeado de processos.

    Alm disso, ocorre a observao do cotidiano do grupo e do local, reunies

    peridicas com os diretores e com pessoas-chaves dentro da organizao,

    buscando entender a histria da TSI como um todo.

    Segundo Queiroz et al. (2007), as informaes relevantes devero ser

    registradas cuidadosamente no dirio de campo e caso no seja possvel registro

    imediato, faz-se necessrio a utilizao de outros meios como gravaes, filmagens,

    etc.

    3.1.3 Terceira etapa

    Esta a etapa mais complexa, na qual ocorre a compilao e a anlise dos

    dados coletados. A anlise dos dados deve informar ao pesquisador a situao real

    do grupo e sobre a percepo que este possui de seu estado. (QUEIROZ et al.,

    2007, p. 279)

    Quanto ao tempo de permanncia do pesquisador em campo, no deve ser

    muito curto e nem longo demais a ponto de os dados comearem a tornarem-se

    repetitivos, portanto em torno de seis meses foi suficiente para a realizao do

    estudo.

  • 39

    4 PROPOSTA DE READEQUAO DOS PROCESSOS DE NEGCIO

    4.1 Relato e anlise do ambiente de trabalho na TSI

    Para a elaborao deste estudo foi preciso um perodo relativamente longo de

    observaes do ambiente de trabalho como um todo, para isso foi fundamental

    entender o que se faz e como se faz no cotidiano da empresa.

    Conversar com os colaboradores da TSI buscando perceber suas

    necessidades, como lidam com a rotina diria em suas funes foi uma etapa que

    trouxe muitas informaes para a realizao deste trabalho. No entanto, o fator

    determinante aconteceu medida que se vivenciou a execuo das tarefas em um

    dos setores da empresa Gesto, experincia que proporcionou riqueza ao estudo,

    j que permitiu apreender um pouco os anseios e as necessidades atuais da

    organizao.

    Alm disso, muitos documentos internos como manuais, roteiros de tarefas,

    fluxogramas e algum mapeamento j existentes foram teis para a reviso e

    concretizao do mapeamento da empresa. Lidar com o sistema em si, auxiliou no

    entendimento de como funciona a TSI e dele sairam algumas ideias e inspiraes de

    melhorias.

    Houve, tambm, a necessidade de realizar seis reunies com o diretor da TSI

    e algumas pessoas chaves dentro da Organizao, nas quais se abordou o tema

    novo sistema de gesto e se discutiu, organizou-se e se avaliou como implementar

    este novo sistema de forma a contemplar os anseios da TSI. Sendo assim, foram

    estas reunies que permitiram uma melhor compreenso do que se desejava do

    novo sistema, suas dificuldades, seu custo, suas vantagens e suas desvantagens.

    Posto isto, este tpico abordar sobre como os processos e o presente

    sistema funcionam atualmente na organizao, ou seja, aqui sero expostas todas

    as etapas do trabalho, desde as observaes de campo, as impresses e coletadas

  • 40

    atravs da vivncia na TSI pelo perodo aproxidado de seis meses, os documentos

    estudados, at as reunies nas quais se planejava e se ambicionava um novo

    sistema que conseguisse suprir as atuais necessidades da organizao.

    Para isto, importante retomar alguns ponto referentes Organizao

    tangenciando um pouco sua trajetria, j que a TSI constitui-se em uma pequena

    empresa a qual ultrapassou um espetacular crescimento nos ltimos anos, no

    entanto sua estrura de gerenciamento no estava preparada para tamanho aumento

    da demanda e se viu despreparada para lidar com ela daqui por diante.

    Esta uma constatao, mas tambm uma primeira impresso logo que se

    chega organizao,visto que com o convivio dirio foi possvel perceber que a

    rotina de trabalho apresenta-se baseada em uma demanda muito inferior a que se

    encontra hoje. Dessa forma, os diversos controles e etapas a serem feitos a cada

    nova venda, por exemplo, tornam o trabalho cansativo, o que ocupa grande espao

    de tempo, isto quando no repetitivo, ocasionando inclusive a desmotivao do

    funcionrio que lida com eles diariamente. Uma vez que, em sua maioria so

    passveis de serem automatizados, entretanto, no o so.

    Outro fator definitivo para entender a situao da TSI o atual sistema de

    gesto, o SBG, este sistema uma adaptao do software pela organizao

    comercializado e rendeu bons resultados por razovel perodo de tempo, todavia se

    esgotou. A TSI trabalha hoje com um sistema que no conversa entre as reas, ou

    seja, no integrado o que implica em retrabalho, visto que quando o comercial

    fecha uma venda e a entrega para o gesto, o ltimo tem de reescrever tudo

    novamente no sistema, desde dados como nome do cliente at informaes mais

    complexas como o que efetivamente foi vendido.

    Alm disso, o SBG vem passando por panes, devido ao grande nmero de

    observaes armazenadas, que quando ocorridas provocam perda de informaes

    importantes nele armazenadas, que algumas vezes so recuperadas, outras, no.

    Seu uso concomitantemente entre vrias pessoas tambm tem se mostrado como

    uma das causas de lentido e de risco de mau funcionamento do sistema. No

    perodo em que acompanhei as rotinas da organizao, ocorreram cerca de trs

    grandes panes, alm de frequentemente haver lendido no SBG.

  • 41

    Quanto aos processos, estes so bem definidos, porm devido incerteza

    causada pelo sistema foram sendo criados diversos controles paralelos a ele

    justamente a fim de evitar grandes perdas. No entanto estes controles, muitas

    vezes, tornam-se repetitivos e at exaustivos, uma das atividades marcadamente

    rotineira e trabalhosa que poderia ser totalmente automatizada e a confeco de

    aditivos de contrato.

    Tal atividade se baseia em copiar e colar dados do sistema para um arquivo

    .doc, salv-lo em pdf e remet-lo ao cliente, no entanto leva bastante tempo, devido

    ao grande volume que diariamente entra de aditivos a serem feitos e hoje possui

    cerca de 300 aditivos em atraso, embora todo o dia um tempo seja direcionado

    somente a tarefa de faz-los.

    Posto isto, possvel ter um panrama da atual situao da empresa, do que

    foi verificado durante a pesquisa, para dar incio ao trabalho proposto nos objetivos

    deste estudo.

    Assim, iniciam-se os trabalhos de mapeamento ocorrido no decorrer deste

    estudo, o qual discorrer a respeito da readequao dos atuais, criao de novos e

    excluso de antigos e desnecessrios processos visando a implementao do novo

    sistema de gesto o qual tem por objetivo melhorar a relao cliente-empresa

    orientando assim a organizao para o mercado.

    4.2 Mapeamento dos processos de negcio da TSI

    A empresa se divide, basicamente, em quatro setores, os quais so: gesto,

    comunicao, comercial e tcnico, respectivamente. A partir disso, iniciou-se a

    reviso do mapeamento j existente e o mapeamento de processos no existentes

    ou no catalogados de cada uma das reas como se pode observar nos tpicos a

    seguir.

    4.2.1 Gesto

  • 42

    O setor de Gesto da Organizao abrange todo o trabalho administrativo-

    financeiro, alm da gesto de pessoas referente empresa e ao processo de

    licenciamento dos softwares comercializados pela TSI. A partir da listagem das

    atividades exercidas neste setor foi possvel realizar o respectivo mapeamento como

    se pode acompanhar no quadro (3) abaixo:

  • 43

    Quadro 3: Mapeamento do Setor Gesto

    Fonte: Elaborado pelo autor

  • 44

    A partir deste quadro (3), faz-se necessrio ressaltar que itens como venda

    significam o registro administrativo-financeiro da venda que chega ao setor aps

    passar por negociao no Comercial.

    Sendo assim, nesta etapa acontece a emisso da nota fiscal eletrnica e os

    devidos registros internos como possvel observar no quadro (3) acima. Quando

    ocorre venda de produto enviada a mdia por correio, j quando h venda de

    servio no h necessidade. Alm disso, o Gesto responsvel pela gerao,

    renovao e reposio de licenas de uso do software comercializado.

    A gesto de fornecedores tambm faz parte da rotina deste setor, ou seja,

    reponsvel por todo o fornecimento da organizao, desde alimentos e materiais

    para escritrio at itens de segurana como extintores.

    Quanto parte de Correio, esta diz respeito ao contrato com a agncia que

    busca as correpondncias, conferncia e ao arquivamento dos ARs que retornam,

    ao envio da mdia e demais correpondncias e aos controles internos em planilha

    excel, alm do controle financeiro sobre os custos gerados.

    As atividades de limpeza so terceirizadas, no entanto o Gesto que fica

    responsvel por preparar o caf e o ch, limpar a cozinha, trocar os lixos no final de

    cada experiente, encomendar gua mineral e manter sempre toalhas e guardanapos

    disposio para o uso.

    funo do setor recepcionar os clientes via telefone, e-mail e fax, no entanto

    atualmente quem cuida da portaria o comunicao. No que diz respeito ao

    relacionamento com a TSI Frana, detentora do direito de uso do software, a TSI

    Brasil mantm parceria, alm de realizar o pagamento dos royalties a ela.

    Quanto gesto de pessoas na empresa, o setor inteiramente responsvel

    por ela, ficando a cargo da gerente as atividades referidas no quadro (3) acima.

    Assim como no que diz repeito ao fiscal, pedidos de CNDs, carta de exclusividades

    e etc., e ao financeiro, transaes bancrias, pagamentos, despesas, controles

    internos.

    J as demais atividades, so bem abrangentes vo desde a preocupao

    com a segurana do estabelecimento at manuteno da infraestrutura do local.

  • 45

    A partir disto, pode-se apresentar os fluxos dos processos do setor em cada

    uma das etapas acima referidas, respectivamente:

    I. Expedio e Emisso de Nota Fiscal

    II. Faturamento

    III. Royalties

    IV. Contabilidade (servio terceirizado)

    V. Patrimnio

    VI. Pessoal (gesto de pessoas)

    a. Contatos

    b. Controle de estgio

    c. Vale-refeio

    d. Vale-transporte

    e. Folha de pagamento

    f. Folha ponto

    g. Frias

    h. Folgas

    i. Plano de Sade

    VII. Oramento

    Dessa forma, para um melhor entendimento, abaixo ser detalhado cada um

    dos tpicos citados acima, respectivamente:

    I. Expedio e emisso de nota fiscal:

    O processo descrito nesta seo provm do setor comercial da empresa e

    tem continuidade no Gesto, ou seja, no momento em que a venda fechada e os

  • 46

    regstros internos realizados pelo comercial, ela repassada ao Gesto, setor que ir

    checar os dados do comprador, a situao cadastral na Receita Federal, identificar o

    tipo de produto ou servio, emitir a nota fiscal, registrar no SBG - sistema atualmente

    utilizado - registrar nas planilhas de controle interno, elaborar o contrato de produto

    e/ou servio, encaminhar contrato e nota fiscal ao cliente via e-mail, se servio ou

    via correios, se software e, se for o caso, liberar a licena do software para o

    usurio.(FIGURA 6).

    importante ressaltar que com o advento da Nota Fiscal eletrnica as

    correspondncias reduziram drasticamente, alm da rapidez e agilidade que este

    meio trouxe ao trabalho desenvolvido no setor.

  • 47

    Figura 6: Fluxograma da Expedio de Nota Fiscal na TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 48

    II. Faturamento

    As atividades relacionadas ao faturamento so funo da gerente

    administrativa e revisadas pelo diretor da organizao. Elas abrangem toda a

    movimentao bancria que ocorre na empresa, alm dos controles e registros

    internos realizados em sua maioria no excel e no money, software utilizado para

    controle de receitas e despesa. (FIGURA 7).

    Figura 7: Fluxograma de Controle bancrio na TSI

    III. Pagamento de Royalties

    O pagamento de Royalties para a Frana funo do setor Gesto e envolve

    basicamente a realizao da traduo da fatura, a cotao do Euro no dia, o

    recolhimento das assinaturas do Diretor e da scia gerente responsvel, o envio da

    documentao por e-mail para o setor de cmbio para o pagamento efetivo da

    fatura. Depois destas etapas, o recebimento do contrato e o seu retorno assinado

    para o banco, alm da espera de retorno empresa para, s ento, arquiv-lo.

    Quanto s negociaes e relacionamento com a Frana, isto fica a cargo do Diretor

    da TSI. (FIGURA 8).

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 49

    Figura 8: Fluxograma do Pagamento de Royalties referentes a software na TSI

    IV. Contabilidade

    A contabilidade da organizao no funo exercida internamente, ou seja,

    realizada por uma empresa terceirizada contratada para isto. O que fica a cargo do

    setor de Gesto , todo o incio de ms, enviar todas a notas fiscais emitidas e

    canceladas pela empresa, alm de preencher uma planilha com todos os dados dos

    produtos/servios vendidos, os dados dos compradores e os respectivos valores de

    cada produto/servio oferecido. Alm disso, enviada a movimentao bancria do

    ms. (FIGURA 9)

    Figura 9: Fluxograma da Contabilidade na TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 50

    V. Patrimnio

    Lidar com o patrimnio da Organizao em questo tambm uma das

    funes deste setor. Toda e qualquer compra passa obrigatoriamente pelo Gesto.

    Por exemplo, a compra de um computador realizada pelo setor tcnico

    normalmente, uma vez que eles possuem requisitos para isto, no entanto, logo aps

    a realizao da transao de compra o Gesto acionado e se torna encarregado

    pela liberao do pagamento, pelos controles internos de movimentao bancria e

    pela patrimoniao do bem adquirido.(FIGURA 10)

    Figura 10: Fluxograma referente ao Patrimnio da TSI

    VI. Pessoal

    Neste tpico descrever-se- sobre a gesto de pessoas na TSI a qual

    tambm funo do setor de Gesto, mais especificamente da gerente administrativa.

    a. Contatos

    Existe na organizao um cadastro que enviado a cada coloborador assim

    que ingressa na TSI e tambm periodicamente para atualizaes. O colaborador

    preenche o cadastro e o retorna ao setor que o armazena em pasta especifica no

    servidor da empresa. (FIGURA 11).

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 51

    Figura 11: Fluxograma referente Gesto de Pessoas contato de novo colaborador na TSI

    b. Controle de Estgio

    O controle de estgio serve para as ocasies em que a TSI mantm

    estagirios ativos. Neste caso, faz-se necessrio saber a qual Instituio pertence o

    estagirio, visto que quando a Instituio privada preciso pagar uma

    porcentagem mensal do salrio do estagirio a ela o que, justamente, feito pelo

    setor em questo. J quando pblica, costuma exigir um contrato de seguro de

    vida para seus alunos.

    Alm disso, necessrio firmar contrato com a Instituio o qual deve ser

    assinado tanto pelo representante da empresa, quando pelo estagirio e ainda pela

    Instituio de Ensino como possvel observar na figura (12) abaixo:

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 52

    Figura 12: Fluxograma referente ao controle de estgios na TSI

    c. Vale-Refeio

    O vale-refeio faz parte dos beneficios oferecidos pela TSI aos

    colaboradores e estagirios em turno integral. Este feito atravs do clculo da

    quantidade necessria de vales descontado o perodo de frias, o setor

    encarregado de realizar a compra e distribuio deste vales aos seus colaboradores.

    (FIGURA 13).

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 53

    Figura 13: Fluxograma referente ao benefcio do vale-refeio na TSI

    d. Vale Transporte

    Este caracterizado por ser um benefcio de responsabilidade das empresas.

    Na TSI no diferente, colaboradores e estagirios tm direito ao auxlio transporte

    o qual calculado tendo em vista os dias trabalhados e descontado os dias de

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 54

    frias. Sendo assim, o setor responsvel pela compra e distribuio dos vales

    como possvel notar na figura 14 abaixo:

    Figura 14: Fluxograma referente ao benefcio de vale-transporte na TSI

    e. Folha de Pagamento

    A folha de pagamento desenvolvida pela gerente administrativa, ou seja,

    fica sob reponsabilidade do Gesto. Toda a ltima semana do ms realizado um

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 55

    depsito bancrio na conta de cada colaborador, no entanto antes disto se

    encaminha a planilha de folha de pagamento para a empresa de contabilidade

    terceirizada que confere os valores e libera o setor para a efetivao do pagamento.

    (FIGURA 15).

    Figura 15: Fluxograma da Folha de Pagamento da TSI

    f. Folha Ponto

    Todo o ltimo dia do ms o setor se encarrega de imprimir uma folha ponto

    para cada colaborador a qual disponibilizada em lugar especfico na empresa e

    acompanhada pela gerente administrativa ao decorrer do ms para garantir que

    todos tenham preenchido corretamente, no final do ms o setor recolhe a assinatura

    de cada funcionrio e registra em planilha de controles internos as eventuais faltas,

    caso haja atestado arquivado juntamente com as folhas ponto.(FIGURA 16).

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 56

    Figura 16: Fluxograma da Folha Ponto na TSI

    g. Frias

    Para controle das frias h um arquivo no qual realizado o registro de cada

    colaborador, o perodo que ir tirar de frias, as folgas que teve no decorrer do ano,

    se possui frias vencidas ou no e etc. Assim, quando um funcionrio entra em

    frias comunicado a empresa de contabilidade e registrado em carteira de trabalho

    o referido perodo como possvel observar na figura (17 e 18) abaixo:

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 57

    Figura 17: Fluxograma das Frias para o controle interno da TSI

    Figura 18: Fluxograma das Frias para controle da empresa terceirizada de contabilidade da

    TSI

    h. Folgas

    Os registros e concesses de folgas so realizados pelo setor, ficando sob

    responsabilidade da gerente administrativa que verifica a possibilidade junto ao

    responsvel do setor ao qual o colaborador pertence. (FIGURA 19).

    Fonte: Arquivos da TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 58

    Figura 19: Fluxograma das Folgas dos funcionrios da TSI

    i. Plano de Sade

    O plano de sade outro benefcio que a empresa disponibiliza aos seus

    colaboradores. O Gesto responsvel por realizar toda a transao necessria,

    caso o colaborador opte pelo plano de sade. Caso contrrio ele dever assinar uma

    declarao que arquivada para futuras comprovaes. Ao final disto, as

    informaes so repassadas a empresa de contabilidade. (FIGURA 20).

    Figura 20: Fluxograma referente a escolha do plano de sade na TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 59

    VII. Oramento

    O oramento faz parte do setor, sempre que h a necessidade de alguma

    aquisio realizada uma pesquisa de preo em, no mnimo, trs fornecedores, no

    entanto quem o define o Diretor juntamente a mais dois scios os quais analisam

    trs propostas e optam pela mais adequada situao no momento. (FIGURA 21):

    Figura 21: Fluxograma ao Oramento na TSI

    Sendo assim, o setor de Gesto da TSI apresenta hoje intensa carga de

    tarefas, diversas delas repetitivas e rotineiras, no entanto , tambm, este setor o

    responsvel por tarefas de grande relevncia para o funcionamento da organizao

    e que, muitas vezes, requerem sigilo de quem nele trabalha.

    Portanto h a necessidade por um sistema de informao que contemple

    melhor os anseios do setor e que permita a ampliao das atividades gerenciais,

    como a gesto de relacionamento com o cliente, e a reduo das mecnicas e

    rotineiras, como o preenchimento de planilhas repetidamente para garantir um

    controle cujo atual sistema no oferece, que hoje ocupam muito tempo e reduzem a

    produtividade do setor.

    4.2.2 Comercial

    No setor comercial o mapeamento das atividades aconteceu de forma

    semelhante, com enfoque nas atividades mais importantes como pode-se observar

    abaixo:

    a) Proposta de Venda

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 60

    Existem diversas fontes de abordagem para com os clientes, uma vez que a

    organizao participa de eventos, feiras, palestras, workshops dentre outros tipos de

    divulgao. Alm disso, h canais como o site da empresa, email, cursos in

    company, reunies com clientes ou prospectos que, em muitos casos, iro se

    desdobrar em venda.

    Ao surgir de algum desses canais o interesse pelos produtos ou servios

    oferecidos pela organizao, iniciada uma conversa com o intuito de compreender

    o que?, para que?, em que? e como? realmente o cliente necessita e ir usar,

    neste instante importante saber se o prospecto j cliente ou no, pois inclusive

    os valores se diferenciam em alguns casos. Posto isto, caso seja cliente de praxe

    estudar o histrico deste cliente, caso no seja, inicia-se o clculo do preo a ser

    cobrado, depois disto elaborada a proposta de venda a partir de uma proposta-

    base a qual adequada s necessidades do cliente e ao tipo de servio/produto que

    est sendo comercializado, logo, registrada por uma numereo e salva em pdf

    para ser remetida via e-mail ao cliente.

    Aps estas etapas, aguarda-se o contato do cliente, caso no haja contato

    dentro de 72 horas o setor telefona para o cliente e aps uma semana o recontato

    por telefone feito para saber se h alguma dvida.

    Enfim, pergunta-se ao cliente se deseja alterar/atualizar a proposta em caso

    negativo proposta se mantm, j em caso positivo reeditada e reenviada at que

    se chegue a um acordo entre as partes. A proposta de venda est esquematizada

    na figura (22) abaixo:

  • 61

    Figura 22: Fluxograma da Proposta de Venda da TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 62

    b) Venda

    Quando uma venda fechada o comercial imprime os papis que constituem

    a transao e anexa os documentos necessrios como pedido de compra quando

    h. Aps isto, destaca os dados do pagador, do usurio, do setor dentre outros

    detalhes importantes para a confeco da nota fiscal e contratos por exemplo.

    Isto posto, o setor aciona o Gesto e repassa a venda para que seja

    concluida, j no Gesto feita a conferncia dos dados do pagador no site da

    Receita Federal, para ento, emitir a Nota fiscal, na sequncia so elaborados os

    contratos necessrios de acordo com o tipo de produto/servio vendido. Alm disso,

    abre-se uma observao no sitema SBG , no qual so registrados todos os dados do

    cliente e da venda efetuada. Paralelamente a isto, so registrados em planilhas

    excel dados que mais tarde auxiliaro o controle contbil, financeiro e tambm

    gerencial do funcionamento da empresa.

    A continuidade deste processo se d quando a chave de licena ou de servio

    so geradas, isto ocorre quando o pagamento identificado ou quando o cliente j

    conhecido e pede a liberao de uma licena temporria, chamada pr. (FIGURA

    23).

  • 63

    Figura 23: Fluxograma de Venda na TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 64

    Enfim, devido ao j supracitado crescimento da TSI, o setor Comercial

    atravessa uma fase de intensa demanda a qual apresenta dificuldades para supri-la.

    Neste contexto um sistema de informao adequado s necessidades do setor

    comercial pode representar uma ferramenta muito valiosa desde a prospeco de

    clientes em potencial at o fechamento de um negcio com um novo ou antigo

    cliente, j que proporcionam maior rapidez e agilidade no processo de venda, o que

    com certeza ir agregar mais valor ao produto/servio comercializado pela TSI

    4.2.3 Comunicao

    O setor de comunicao da TSI responsvel por atividades como

    divulgao, capacitao, eventos e mapo agenda de visitas e palestras

    realizadas pela organizao em diferentes locais.

    a) Divulgao

    O material de divulgao surge atrelado a algum evento, ou seja, a partir da

    demanda interna inicia-se a elaborao do material informativo que revisado e

    validado pela equipe para somente depois ser publicado no site da TSI e gerar

    arquivo HTML. Assim, possvel definir quem ser o pblico-alvo do evento para

    estabelecer o mailing, o qual ficar a cargo do setor tcnico enviar o material para a

    base de e-mails definida. Enfim, o setor fica responsvel por fazer contato com

    meios de comunicao local para completar o cliclo de divulgao do evento. O

    processo de divulgao pode ser observado na figura (24) abaixo representada:

  • 65

    Figura 24: Fluxograma do processo de Divulgao da TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 66

    b) Capacitao

    Em turma/ in company

    A capacitao ao uso do software comercializado pela TSI acontece em duas

    modalidades: em turma e in company. Os processos so semelhantes,

    diferenciando-se por este ser realizado com grandes turmas com pblico diverso e

    normalmente sem vnculo com empresas especficas e aquele ser realizado dentro

    de empresas que adquirem a capacitao para seus funcionrios.

    O processo de elaborao de capacitao acontece da seguinte forma:

    i. Definio do contedo ministrado

    ii. Definio do local

    iii. Definio do nmero de horas/aula

    iv. Definio do preo a ser cobrado

    v. Definio do palestrante/capacitador

    vi. Dedifinio da data da capacitao

    vii. Definio do material pra a capacitao

    Na parte de contato h as seguintes etapas:

    viii. Inscrio de participantes

    ix. Envio de convites

    x. Confirmao de recebimento do pagamento da inscrio

    J a capacitao em si dada pelos seguintes passos:

    xi. Entrega de material

    xii. Execuo da capacitao

    xiii. Verificao de presena dos inscritos

    xiv. Pesquisa de satisfao

  • 67

    xv. Relato da capacitao

    Conclue-se o processo com:

    xvi. Registro dos relatos

    xvii. Envio dos certificados aos participantes

    c) Eventos

    H na TSI um mural no qual so registradas todas as visitas do ms

    denominado mapo, ou seja, uma agenda organizada dos eventos da Empresa

    disponvel tambm na intranet da Organizao.

    Sendo assim, o primeiro passo a ser feito verificar o mapo, caso haja

    algum evento agendado estar l. A partir da, obter informaes sobre o local

    aonde o evento ser realizado para, ento, iniciar uma pesquisa procura de

    contatos na regio por meio da planilha de contatos da TSI e no caso de novos

    contatos procurar na internet, revistas, jornais e etc e com isto criar uma lista dos

    novos contatos.

    Finalmente, enviar e-mail para o mailing propondo uma palestra e mais tarde

    agendar a visita para, s assim, registrar os eventos confirmados e informar ao

    palestrante como segue na figura(25) abaixo:

    Figura 25: Fluxograma da realizao de Eventos pela TSI

    Fonte: Arquivos da TSI

  • 68

    d) Mapo Visitas

    O Mapo como dito, anteriormente, a agenda da empresa, no entanto at

    elabor-la h um espao de tempo, este que ser aqui explorado para melhor

    entendimento de como so agendadas as visitas que constam no mapo.

    Primeiramente, identifica-se uma demanda interna proveniente dos setores da

    empresa, de clientes, de prospectos, de eventos etc. Posto isto, inicia-se um estudo

    sobre as empresas para localizar a pessoa-alvo na organizao a fim de estabelecer

    contato via telefone