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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ FELIPE SUCHEK PROPOSTA DE LABORATÓRIO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PARA ENGENHARIA ELÉTRICA CURITIBA 2016

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Page 1: PROPOSTA DE LABORATÓRIO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PARA ... · DALI - Digital Addressable Lighting Interface DIN - Deutsches Institut für Normung ESN ... TUTORIAL DE CRIAÇÃO DE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

FELIPE SUCHEK

PROPOSTA DE LABORATÓRIO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PARA

ENGENHARIA ELÉTRICA

CURITIBA

2016

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FELIPE SUCHEK

PROPOSTA DE LABORATÓRIO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PARA

ENGENHARIA ELÉTRICA

Trabalho de Conclusão de Curso de

Graduação em Engenharia Elétrica da

Universidade Federal do Paraná,

apresentado como requisito parcial à

obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof. Dr. James Alexandre

Baraniuk

CURITIBA

2016

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TERMO DE APROVAÇÃO

FELIPE SUCHEK

PROPOSTA DE LABORATÓRIO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PARA ENGENHARIA ELÉTRICA

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do

grau de Bacharel em Engenharia Elétrica, Setor de Tecnologia, Universidade

Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora:

___________________________________

Prof. Dr. James Alexandre Baraniuk

Orientador - Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR

___________________________________

Prof. Dr. João da Silva Dias

Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR

___________________________________

Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay Vila

Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR

Curitiba, 13 de Dezembro de 2016.

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RESUMO

O amplo desenvolvimento dos sistemas automatizados e a carência por profissionais capacitados neste segmento motivou o desenvolvimento deste trabalho. É de extrema importância que os estudantes obtenham conhecimento teórico e prático sobre automação industrial. Este trabalho tem como objetivo propor um protótipo de laboratório de automação industrial e roteiros de atividades práticas que possam ser desenvolvidas a partir do protótipo proposto. O trabalho traz a especificação dos equipamentos que devem ser adquiridos para a montagem de um protótipo básico de automação industrial, o diagrama elétrico para montagem dos equipamentos, proposta nos padrões do Fundo de Desenvolvimento Acadêmico para que a Universidade Federal do Paraná possa solicitar verba para investimento e os roteiros de atividades práticas para que os estudantes possam desenvolver os seus conhecimentos sobre o tema. Como validação do projeto foram realizadas atividades práticas com alguns estudantes e técnicos de laboratório da Universidade Federal do Paraná. Os estudantes que participaram das atividades mostraram-se satisfeitos e entusiasmados com a possibilidade de existir um laboratório de automação.

Palavras-chave: CLP, IHM, DALI, Protótipo, Laboratório Didático, Automação

Industrial

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO ............................................................... 13

FIGURA 2 - DALI STAND ALONE ............................................................................ 17

FIGURA 3 - TOPOLOGIA DO CONJUNTO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO

PROPOSTO .............................................................................................................. 19

FIGURA 4 - CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ....................................... 21

FIGURA 5 - MÓDULOS DE EXPANSÃO .................................................................. 21

FIGURA 6 - INTERFACE HOMEM MÁQUINA .......................................................... 22

FIGURA 7 - INVERSOR DE FREQUÊNCIA MODULAR ........................................... 23

FIGURA 8 - PROTÓTIPO MONTADO ...................................................................... 25

FIGURA 9 – DIAGRAMA ELÉTRICO DO PROTÓTIPO DESENVOLVIDO .............. 25

FIGURA 10 - CPU1214C .......................................................................................... 37

FIGURA 11 - PLACA DE SINAL SB1232 .................................................................. 38

FIGURA 12 - PESQUISA REALIZADA COM ESTUDANTES APÓS A REALIZAÇÃO

DAS ATIVIDADES PRÁTICAS .................................................................................. 41

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CLP - Controlador Lógico Programável

CNI - Confederação Nacional da Indústria

CPU - Central Processing Unit

DALI - Digital Addressable Lighting Interface

DIN - Deutsches Institut für Normung

ESN - Energi Savr Node

IEC - International Electrotechnical Commission

IHM - Interface Homem-Máquina

IP - Internet Protocol

KB - Kilobyte

LED - Light-Emitting Diode

NBR - Norma Brasileira

SCE - Siemens Automation Cooperates with Education

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

TCP - Transmission Control Protocol

TIA - Totally Integrated Automation

UFPR - Universidade Federal do Paraná

UNEXPO Universidad Nacional Experimental Politécnica

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 9

1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 10

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 12

2.1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ........................................................................ 12

2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE AUTOMAÇÃO ...................................... 14

2.3 PROTOCOLO DALI ..................................................................................... 16

3 DESCRIÇÃO DO PROJETO .............................................................................. 18

3.1 TOPOLOGIA ................................................................................................ 18

3.2 ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES .................................................. 20

3.3 PROTÓTIPO ................................................................................................ 24

3.4 DIAGRAMA ELÉTRICO ............................................................................... 25

3.5 ROTEIROS DE ATIVIDADES PRÁTICAS ................................................... 26

3.5.1 Roteiros envolvendo CLP ...................................................................... 26

3.5.2 Roteiros envolvendo a IHM ................................................................... 28

3.5.3 Roteiros com Inversor de Frequência .................................................... 29

3.6 FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO DO CLP ........................................ 30

3.6.1 Dados, Variáveis, Constantes e Operadores ......................................... 31

3.6.2 Diagrama Ladder ................................................................................... 32

3.7 CUSTOS ...................................................................................................... 35

4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 37

4.1 MATERIAL ................................................................................................... 37

4.2 MÉTODOS ................................................................................................... 39

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................. 40

5.1 O PROTÓTIPO E O DIAGRAMA ELÉTRICO .............................................. 40

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5.2 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS COM OS ESTUDANTES ..... 40

5.3 RESULTADO DA PESQUISA ...................................................................... 41

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45

APÊNDICE 1 - INSTALAÇÃO DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ..... 47

APÊNDICE 2 - APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO E

ESTABELECIMENTO DA COMUNICAÇÃO ENTRE O COMPUTADOR E O

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ........................................................... 51

APÊNDICE 3 – TUTORIAL DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PROJETO NO

SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO TIA PORTAL V13 ............................................. 57

APÊNDICE 4 – TUTORIAL DE CRIAÇÃO DOS BLOCOS DE FUNÇÕES NO

SOFTWARE TIA PORTAL V13 ................................................................................. 72

APÊNDICE 5 – CONEXÕES ELÉTRICAS DOS DISPOSITIVOS DE CAMPO ÀS

ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS DO CLP ............................................................... 79

APÊNDICE 6 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA INTERFACE HOMEM MÁQUINA 80

APÊNDICE 7 – TUTORIAL DE PERSONALIZAÇÃO DAS TELAS DA IHM

CONFORME PROJETO DESENVOLVIDO NO CLP ................................................ 87

APÊNDICE 8 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ANALÓGICAS DO

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ......................................................... 101

APÊNDICE 9 – PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS PRATICOS PARA UTILIZAÇÃO DO

CLP E DA IHM ........................................................................................................ 105

APÊNDICE 10 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA

107

APÊNDICE 11 – PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS COM INVERSOR DE

FREQUÊNCIA E INTEGRAÇÃO COM O CLP E COM A IHM ................................ 117

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1 INTRODUÇÃO

Na atualidade, a automação industrial está em grande evidência, pois tudo

está se automatizando e se modernizando. A automação industrial surgiu nos

tempos da Revolução Industrial, onde se buscava a produção em série de produtos.

Os vem se aprimorando os processos em busca da melhoria da qualidade dos

produtos produzidos e do aumento da produtividade em busca da competitividade.

No Brasil, pela visão da Confederação Nacional da Indústria, a automação

industrial está atrasada em relação a outros países. As máquinas automatizadas

surgiram a partir da década de 90 no Brasil. A intensificação das políticas de apoio à

inovação deve aumentar a demanda por automação. Dos mais diversos setores

industriais brasileiros, 43% deles demandam por automação dos seus processos

(CNI, 2013).

Pesquisa feita pela Pollux Automation, publicada na revista o Amanhã em

14/07/2015 mostra que, a falta de capacitação tecnológica, desconhecimento das

tecnologias, falta de capacidade técnica das empresas e a baixa oferta de

provedores e integradores de tecnologia, representam 23% dos fatores que

impedem o avanço mais rápido da automação industrial no Brasil (AMANHÃ, 2015).

A proposta do presente trabalho consiste na sugestão de implementação de

um sistema de automação que possa simular um ambiente industrial, ambiente este

que alguns dos estudantes irão se deparar quando ingressarem no mercado de

trabalho. O projeto prevê roteiros de estudos que poderão ser utilizados pelos

estudantes para a realização de atividades didáticas, relacionadas a disciplinas

teóricas as quais são submetidos ao longo do curso de Engenharia Elétrica desta

universidade. Este trabalho, contempla também a modernização do laboratório de

acionamentos, PK-12, já existente no Departamento de Engenharia Elétrica da

Universidade Federal do Paraná.

1.2 OBJETIVOS

De forma a orientar as atividades a serem executadas, este trabalho está

orientado pelo objetivo geral de

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“Propor um protótipo de laboratório didático de automação com

roteiros de estudos e experimentos para os estudantes de Engenharia

Elétrica.”

Para que possa ser atingido o objetivo geral, pretende-se atender aos

seguintes objetivos específicos:

Elaboração de roteiros de atividades ligadas á programação de

controladores lógicos programáveis, interfaces homem-máquina e

parametrização de inversores de frequência;

Elaboração de tutorial de utilização de equipamentos baseado no

protocolo DALI para o controle automático em sistemas de iluminação;

Desenvolvimento do projeto do protótipo com controlador lógico

programável, interface homem-máquina e inversor de frequência;

Implementação física do protótipo proposto a fim de realizar as atividades

de programação e parametrização dos equipamentos;

Validação das atividades propostas com estudantes e/ou técnicos do

Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do

Paraná;

Obtenção de um projeto nos padrões do Fundo de Desenvolvimento

Acadêmico.

1.3 JUSTIFICATIVA

Devido à importância do aprendizado prático e a vivência com situações

reais que os estudantes irão enfrentar quando ingressarem no mercado de trabalho,

está sendo proposto a reformulação e a modernização do laboratório de

acionamentos, PK-12, no prédio de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do

Paraná.

É importante que os alunos tenham acesso a este tipo de laboratório,

complementando o seu conhecimento no tema Automação Industrial para que

estejam preparados para solucionar problemas encontrados na indústria similares

aos propostos nos roteiros de atividades deste trabalho.

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Esta proposta traz também, a contribuição de uma tecnologia pouco

difundida no ambiente acadêmico brasileiro, permitindo que alunos se familiarizem

com sistemas de controles de iluminação automáticos, permitindo que novos

trabalhos possam integrar o sistema de iluminação Stand-Alone com outros

sistemas de automação predial ou até mesmo em sistemas supervisórios.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho é dividido em seis capítulos. Inicialmente composto por

uma fundamentação teórica sobre os assuntos relevantes a este projeto, pela

proposta elaborada, materiais e métodos utilizados, análise dos resultados, e por fim

pelas conclusões e possíveis trabalhos futuros.

No primeiro capítulo realiza-se a introdução com a apresentação geral do

projeto, onde é feita a contextualização dos assuntos que serão abordados.

No capítulo 2 está apresentada a fundamentação teórica, onde está

apresentados o histórico e alguns conceitos relacionados à automação industrial,

controladores lógicos programáveis, interfaces homem máquina, inversores de

frequência e o protocolo DALI (Digital Addressable Lighting Interface).

Na descrição do projeto, apresentado no terceiro capítulo está descrito a

topologia do laboratório didático de automação explicitando o diagrama elétrico do

protótipo e a topologia do sistema de iluminação automático baseado no protocolo

DALI.

Os materiais e métodos utilizados na elaboração do trabalho estão

detalhados no capítulo 4. Foram descritos os equipamentos utilizados na montagem

do protótipo do laboratório didático de automação e do sistema de iluminação com

controle automático de forma que qualquer pessoa que tenha interesse em recriar o

protótipo consiga fazer. Também estão apresentados os métodos utilizados para se

obter os resultados esperados para o presente projeto.

No capítulo 5 foram feitas as análises dos resultados obtidos a partir do

laboratório didático de automação proposto.

Finalmente, no capítulo 6 estão descritas as conclusões referentes ao

presente trabalho, com ênfase nos trabalhos futuros que poderão ser desenvolvidos

a partir deste.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a fundamentação teórica, realizou-se a busca de livros e artigos

relacionados a laboratórios para o ensino de automação. Os artigos foram extraídos

a base de dados de periódico da CAPES. Neste capítulo estão apresentadas as

informações encontradas relacionadas aos laboratórios de automação voltados ao

uso didático, aos controladores lógicos programáveis, aos inversores de frequência

e aos sistemas de iluminação com tecnologia DALI.

2.1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

A palavra automação, do inglês automation, surgiu na década de 60 na

indústria de equipamentos com o objetivo de enfatizar a participação dos

computadores no controle automático industrial. Hoje todo e qualquer sistema que

substitua o trabalho humano visando soluções rápidas, econômicas e seguras para

atingir os objetivos das indústrias e demais áreas são chamados de automação.

Sempre utilizando computadores no processamento das informações, existem

sistemas de automação industrial, automação residencial, automação comercial

entre tantas outras (CASTRUCCI e MORAES, 2007).

Um dos motivos da implementação da automação na indústria, foi a

necessidade da redução de custos de trabalho, ou seja, em uma linha de produção

automatizada a quantidade de operadores é menor que em uma linha manual. Além

da redução dos custos de trabalho a automação traz maiores níveis de qualidade,

otimização na utilização da matéria prima produtiva, maior qualidade e controle das

informações relativas ao processo e um melhor planejamento (CASTRUCCI e

MORAES, 2007).

Inicialmente as linhas de produção automatizadas eram baseadas em

sistemas de controle através de relés, temporizadores e contatores. Os sistemas

compostos por relés eram eficientes até que fosse necessário realizar uma alteração

na linha de produção, porém na indústria automobilística o lançamento de um novo

modelo implicava diretamente na alteração da linha o que resultava no dispêndio de

dias ou semanas para adaptar a lógica de relés a nova realidade produtiva. Com

isso, em 1968 a General Motors iniciou o desenvolvimento de controladores lógicos

programáveis (CLPs) que são dispositivos digitais que controlam máquinas e

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processos e vieram substituir os sistemas baseados em lógica de relés. A

modificação da lógica dos comandos em Controladores Programáveis consiste

basicamente na alteração do software e não do hardware, diferentemente de

sistemas baseados em circuitos de relés (CASTRUCCI e MORAES, 2007).

Através dos Controladores Programáveis é possível automatizar uma

infinidade de ações com confiabilidade, precisão e rapidez. As informações dos

dispositivos de campo são recebidas, analisadas, processadas e decisões são

tomadas. As decisões se tornam comandos enviados às saídas tudo isso em

intervalos de tempo da ordem de microssegundos.

Um sistema de automação industrial não se restringem a utilização dos

CLPs no controle lógico e dinâmico de uma máquina ou processo. Normalmente

este controlador estará interligado a sistemas supervisórios, interfaces homem-

máquina e demais equipamentos industriais através de redes de comunicação. Essa

interligação visa auxiliar operadores a supervisionar e analisar os problemas que

possam ocorrer (CASTRUCCI E MORAES, 2007).

A Figura 1 representa o que chamamos de Pirâmide de Automação, com os

diferentes níveis de automação encontrados em uma planta industrial.

FIGURA 1 - PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO

FONTE: http://www.automacaoindustrial.info/a-piramide-da-automacao-industrial/

Acessado em 04/04/2016 às 17:20

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2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DE AUTOMAÇÃO

Segundo Alayón, González e Toledo (2013), em Automação o conteúdo

teórico é importante, mas o conhecimento prático também o é, por isso a

importância da concepção de laboratórios experimentais modernos destinados à

educação em instituições de ensino de engenharia. O laboratório deve estabelecer

um método para ensinar os conceitos que são envolvidos na Automação Industrial.

Ensinar sobre Controladores Lógicos Programáveis é um dos principais objetivos

devido a sua ampla utilização na indústria nos dias de hoje. Ele deve contemplar

equipamentos modernos, atraentes, motivadoras e oferecer conhecimentos

complementares dos principais desenvolvimentos ocorridos no chão de fábrica

recentemente.

Alayón, González e Toledo (2013), propuseram um projeto de laboratório

baseado no conceito Smart House, onde o objetivo é a casa se autocontrolar por

meios de dispositivos automáticos. Um CLP foi aplicado no projeto para realização

do controle centralizado das tarefas automatizadas como controle de iluminação,

abertura e fechamento da porta da garagem, elevador, detecção de intrusos e

alarmes. Por ser um produto industrial, o CLP não é utilizado normalmente para

automações prediais, no qual são sugeridos sistemas de controle distribuído de

acordo com os padrões como, por exemplo, a norma KNX. Foi definido o uso do

CLP ao KNX principalmente pela importância de aprendizado neste tipo de

equipamento quando se trata de automação no ambiente educacional (ALAYÓN,

GONZÁLEZ E TOLEDO, 2013).

O projeto de Alayón, González e Toledo (2013) teve como objetivo principal

melhorar a aprendizagem de conceitos abstratos que envolvem a operação de

equipamentos eletrônicos, sensores e atuadores através de experimentos de

laboratório. Compreender o funcionamento de um CLP, melhorar a habilidade de

programação dos alunos e a transferência do conhecimento teórico para problemas

e situações reais introduzindo conceitos de automação através de problemas

práticos. Concluíram que o laboratório projetado por eles é uma excelente

ferramenta educacional para os alunos por permitir o aprendizado sobre o uso e os

benefícios da modelagem, e da simulação que constitui uma excelente base para a

detecção e eliminação dos erros da configuração do sistema de da programação. Os

experimentos realizados no laboratório permitem aos alunos aplicar e complementar

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os conhecimentos adquiridos em aulas teóricas. Esta experiência mostrou-se

atraente e motivadora para os alunos(ALAYÓN, GONZÁLEZ E TOLEDO, 2013).

Ospina et al (2014) propuseram a estrutura de um laboratório remoto utilizando o

potencial da Internet e as diferentes tecnologias de virtualização existente para

integrar estas novas tecnologias em laboratórios com máquinas elétricas e

automação, onde normalmente é exigida a presença física para acesso a eles. A

proposta foi apresentada como ferramenta de apoio para o desenvolvimento das

atividades práticas remotamente do curso de automação industrial oferecidos aos

estudantes da Universidade Nacional da Colômbia (OSPINA et al, 2014).

Ospina et al (2014) sugeriram a utilização da interface gráfica NETLAB como

ponte e gerenciador de acesso aos equipamentos e softwares de automação e

controle presentes fisicamente no laboratório de automação. NETLAB é uma

plataforma de laboratório para uso acadêmico. Através desta plataforma professores

e alunos podem acessar remotamente o laboratório com equipamentos reais,

portanto é uma alternativa a presença física em sala de aula para realização dos

experimentos propostos. Ele permite acesso aos equipamentos do laboratório vinte

e quatro horas por dia, sete dias por semana com isso os professores podem

despender mais tempo ensinando e menos tempo na gestão das atividades em

laboratório. Os recursos laboratoriais podem ser compartilhados entre as

Universidades, alunos podem trabalhar em grupos sem a necessidade de estar no

mesmo local físico. Todas as atividades realizadas pelos alunos são registradas no

sistema, permitindo os professores avaliar o desempenho do aluno no laboratório

mesmo não estando presente durante as atividades(OSPINA et al, 2014).

Da mesma forma que Alayón, González e Toledo, Zerpa et al citam a

importância de atividades práticas que materializam os conhecimentos teóricos de

novas tecnologias adquiridos em sala de aula e permitem que os estudantes tornem-

se mais competentes para enfrentar o atual ambiente de trabalho, exigente e de

rápida mudança. O projeto proposto por eles envolve o desenvolvimento de uma

automação de processo em um laboratório remoto onde a programação e controle

do processo se dá através da Internet. O sistema foi instalado no Laboratório de

Automação Industrial da Universidade Nacional Experimental Politécnica “Antonio

José de Sucre” (UNEXPO) Vicerrectorado Barquisimeto. A arquitetura do sistema

instalado contempla uma rede de instrumentação com sensores e atuadores

industriais e um sistema de controle industrial com conexão com a internet.

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Propuseram utilizar um CLP com comunicação TCP/IP e protocolo de comunicação

Modbus, uma câmera com conexão Ethernet que permite a visualização através de

uma página na internet e um protótipo que reproduz a realidade de um processo

industrial de preparação de alimentos (ZERPA et al, 2009).

Zerpa et al (2009), concluíram que o projeto de laboratório de automação

remoto é um incentivo aos estudantes pois traz o contato com modelos reais de

processos industriais, de modo que eles podem executar tarefas de controle,

monitorar variáveis, alterar algoritmos de controle em vez de ter contato apenas com

simulações de softwares ou interruptores e LEDs(ZERPA et al, 2009).

2.3 PROTOCOLO DALI

Sistemas de barramento de instalação vêm sendo desenvolvidos desde a

década de 1980. Esses sistemas permitem a comunicação digital entre todos os

componentes de um sistema de iluminação. Antigamente os sistemas de iluminação

tinham como único objetivo fornecer uma quantidade adequada de luz para

realização nas tarefas num determinado ambiente. Hoje em dia busca-se conforto,

funcionalidade e conservação de energia nestes sistemas. Os sistemas existentes

baseados em interruptores e dimmers não estão aptos a atender esta demanda e os

controles com interface analógica não apresentam flexibilidade nem são capazes de

controlar individualmente as luzes de um sistema de iluminação (DALI AG, 2001)

Em sistemas de barramento os comandos são trocados entre os dispositivos

de controle e os equipamentos de iluminação, garantindo alta funcionalidade e

flexibilidade. Existem no mercado diversos destes sistemas, porém normalmente

implicam em um custo elevado de equipamentos e exigem amplo conhecimento

para projetar e instalar, o que acaba encarecendo a implementação deste tipo de

sistema. Diante disso a indústria de iluminação criou um novo padrão para

comunicação individual entre os componentes de um sistema de iluminação com

componentes de baixo custo e fácil de manusear, o protocolo DALI (DALI AG, 2001).

O protocolo DALI (Digital Addressable Lighting Interface) define a

padronização de interface digital de reatores e drivers. O padrão DALI é especificado

conforme a norma IEC 60929 o que garante a interoperabilidade e a

intercambialidade de reatores e drivers de diversos fabricantes. Para realizar o

controle de luminosidade através da dimerização de luminárias, o padrão utilizado

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na indústria é a interface de controle analógica 1-10VCC, porém o DALI foi

concebido para se tornar um novo padrão de mercado. Devido a sua flexibilidade e

simplicidade de instalação, o DALI, irá gradualmente substituir os sistemas com

interface analógica (DALI AG, 2001).

As vantagens do protocolo DALI sobre os sistemas de controle analógico

incluem a possibilidade de controle individual ou em grupo de dispositivos de

iluminação, mensagem de status dos dispositivos controlados como lâmpada

queimada por exemplo, dimerização logarítmica conforme sensibilidade do olho

humano, simplicidade no cabeamento de controle sem polarização do sinal de

controle. Em um sistema de controle de iluminação baseado no protocolo DALI

podem ser utilizadas até 64 endereços individuais, 16 endereços de grupos ou 16

cenas de iluminação pré-programadas (DALI AG, 2001).

Os sistema de controle de iluminação DALI não é adequado para gestão de

edifícios devido a sua baixa complexidade, por isso sistemas baseados em DALI

como subsistemas de controle de iluminação dentro de Sistemas de Gestão de

Edifícios. A integração do sistema de controle DALI ao sistema de gerenciamento de

edifícios pode ser feita com o DALI como um sistema Stand-Alone onde não há

conexão com o sistema de gerenciamento do edifício. É a forma mais simples de

aplicação, porém o sistema de controle acaba não utilizando toda a funcionalidade

disponível no DALI. O sistema é composto por uma unidade de controle onde todos

os sensores e elementos de controle estão ligados de forma analógica ou digital. As

funções de comissionamento, start-up e manutenção são todas realizadas

localmente (DALI AG, 2001).

FIGURA 2 - DALI STAND ALONE

FONTE: DALI AG (2001)

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3 DESCRIÇÃO DO PROJETO

De forma geral, este trabalho tem como proposta a elaboração do projeto de

um laboratório didático de automação que permita a realização de atividades

práticas e familiarize os estudantes com equipamentos que são utilizados em

sistemas de automação. A implementação do laboratório permitirá que os

estudantes coloquem em prática alguns conceitos vistos em disciplinas cursadas no

curso de Engenharia Elétrica e que tenham contato com tecnologias que são pouco

difundidas no ambiente acadêmico.

O projeto do laboratório proposto está dividido em duas partes distintas:

laboratório de automação industrial composto por equipamentos que são

encontrados em máquinas industriais automatizadas e laboratório de automação

para sistemas de iluminação, composto por equipamentos utilizados em ambientes

que se busca a eficiência dos sistemas de iluminação: plantas industriais, prédios

sustentáveis, residências, etc.

Neste capítulo será descrito o projeto do laboratório didático proposto,

iniciando com uma visão geral, seguido pela explicação detalhada das partes que

compõe o laboratório.

A proposta é composta pelas seguintes partes:

Elaboração da topologia do laboratório didático de automação;

Especificação dos equipamentos e componentes;

Elaboração do diagrama elétrico do protótipo;

Montagem do protótipo;

Elaboração de roteiros de estudos com atividades práticas

compatíveis com o protótipo montado;

Validação dos roteiros de estudos através da realização de atividades

práticas com estudantes do curso de Engenharia Elétrica da

Universidade Federal do Paraná

Levantamento do valor a ser investido para se obter os equipamentos

necessários para a montagem de protótipos conforme o projeto

proposto.

3.1 TOPOLOGIA

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Definiu-se uma topologia baseada no protocolo Ethernet devido à tendência

dos equipamentos se comunicarem neste protocolo devido à velocidade e

capacidade de tráfego de informações. A topologia é composta por um computador,

controlador lógico programável (CLP), interface homem-máquina (IHM), inversor de

frequência e um switch de rede para interligação destes equipamentos. Além dos

equipamentos interligados através da rede Ethernet, será conectado um motor de

indução trifásico ao inversor de frequência. A Figura 3 apresenta de uma forma geral

a topologia do laboratório didático proposto.

FIGURA 3 - TOPOLOGIA DO CONJUNTO DIDÁTICO DE AUTOMAÇÃO PROPOSTO

FONTE: O autor (2016)

Pode se observar todos os equipamentos interligados através de uma rede

de comunicação baseado no protocolo Ethernet que permite o envio e recebimento

de informações entre todos os dispositivos. Através de softwares específicos

instalados no computador é possível interfacear todos os dispositivos presentes na

topologia.

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3.2 ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES

A partir da definição da topologia para o laboratório didático foi possível

realizar a especificação dos componentes que teve como premissas a análise das

características técnicas, o conhecimento do autor na área e a disponibilidade dos

equipamentos para a montagem do protótipo para validação dos resultados sem a

necessidade de grandes investimentos financeiros por parte do autor.

Como suporte na especificação dos equipamentos foram utilizados

catálogos técnicos de produtos, datasheets e manuais técnicos fornecidos pelos

fabricantes e que podem ser consultados nos Anexos deste trabalho.

Os componentes do laboratório de automação industrial foram

dimensionados de forma que os estudantes possam realizar a simulação de

sistemas automatizados encontrados comumente em máquinas e processos de

pequeno porte. Especificou-se o CLP, a IHM e o inversor de frequência com

interface de comunicação incorporada que permite a integração destes

equipamentos a uma rede de comunicação facilitando a interoperabilidade entre eles

sem a necessidade de aquisição de equipamentos adicionais para a tradução entre

protocolos de comunicação.

Para compor a topologia foi especificado um CLP da família Simatic S7-1200

do fabricante Siemens. A escolha foi feita baseado na capacidade de

processamento e quantidade de entradas e saídas compatíveis com as atividades

práticas que serão realizadas no laboratório didático proposto e por apresentar uma

interface de comunicação incorporada de fábrica, requisito para a utilização

integrada com interface homem máquina e inversor de frequência. Outra motivação

foi a ampla presença de equipamentos deste fabricante em plantas industriais de

empresas no Brasil.

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FIGURA 4 - CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

FONTE: Modificado de Siemens (2012)

A CPU escolhida, S7-1214C, possui alimentação em corrente alternada

(100-240Vca), quartorze entradas digitais alimentadas em 24Vcc, dez saídas digitais

a relé, duas entradas analógicas de sinal de tensão (0-10V) e uma porta RJ-45 de

comunicação Ethernet. Dentre as quatorze entradas digitais, seis são entradas

rápidas que estão aptas a receber sinais de frequência até 100kHz, comumente

fornecidos por encoders ou sensores de velocidade. O CLP escolhido é modular

permitindo a expansão da quantidade de entradas e saídas, tanto digitais quanto

analógicas. É possível acrescentar também módulos de comunicação caso seja

necessário estabelecer a comunicação entre o CLP e equipamentos com outros

protocolos de comunicação. A Figura 5 mostra uma CPU e os possíveis módulos de

expansão do controlador lógico programável.

FIGURA 5 - MÓDULOS DE EXPANSÃO

FONTE: Modificado de Siemens (2012)

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Como interface gráfica entre os equipamentos foi definido a utilização de

uma interface homem-máquina (IHM) para que seja possível a visualização e edição

das variáveis envolvidas na programação do CLP e na parametrização do inversor

de frequência. A IHM escolhida tem funcionalidades básicas compatíveis com as

necessidades que um laboratório didático de automação necessita.

FIGURA 6 - INTERFACE HOMEM MÁQUINA

FONTE: Siemens (2014)

Na Figura 6 pode-se observar a interface homem-máquina que foi

especificada para a proposta do laboratório didático. Trata-se de uma IHM com tela

colorida sensível ao toque de 4,3 polegadas e 4 teclas. A IHM possui alimentação

em 24Vcc e interface e comunicação Profinet.

Para realização de atividades envolvendo controle de velocidade e

posicionamento de motores de indução trifásico foi definida a utilização de um

inversor de frequência modular composto por módulo de potência, módulo de

controle e painel de operação. A Figura 7 mostra cada uma das partes de um

inversor de frequência modular.

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FIGURA 7 - INVERSOR DE FREQUÊNCIA MODULAR

1

2

3

1 - Painel de Operação2 - Módulo de Controle3 - Módulo de Potência

Fonte: Modificado de Siemens (2012)

O modelo especificado permite o acionamento e o controle de velocidade

escalar e vetorial de motores trifásicos até 0,55kW em 220Vca. O inversor de

frequência escolhido possui interface de comunicação Ethernet para que possa ser

integrado aos CLP e IHM através de uma rede industrial. O inversor de frequência

será integrado à rede existente entre o CLP e IHM onde os alunos executarão as

atividades propostas segundo o roteiro de estudos proposto neste projeto.

Na última etapa do projeto a proposta é de aplicação de um sistema de

controle de iluminação automático baseado no protocolo DALI.

O protocolo DALI permite o controle de sistemas de iluminação desde

comandos de liga e desliga remotos, controle da luminosidade em ambientes que

possuem iluminação natural através de sensores de luminosidade, controle da

luminosidade em ambientes através de sensores de presença, identificação de

luminárias com falha, entre outras funções.

Neste trabalho será apresentado o protocolo DALI em detalhes, roteiros de

estudos onde os alunos possam conhecer e se familiarizar com esta nova tecnologia

e tornarem-se aptos projetar e implementar projetos luminotécnicos mais eficientes.

Um protótipo com controlador DALI, sensores de luminosidade e luminárias

LED dimerizáveis será montado para demonstrar o funcionamento do sistema.

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Foi escolhido como controlador do sistema de iluminação um equipamento

do fabricante Lutron modelo Energi Savr Node (ESN). O controlador recebe o sinal

de sensores de luminosidade, que enviam o nível de iluminância presente no

ambiente e de acordo com a parametrização controla a iluminação do ambiente

variando o fluxo luminoso de cada uma das luminárias, para atender os requisitos de

iluminação exigidos por norma para aquele determinado tipo de ambiente de

trabalho.

Como complemento será realizado um estudo de eficiência energética em

uma sala de aula que possui iluminação natural durante o dia. Será comparado o

consumo de energia elétrica na situação em que esta sala está submetida a uma

iluminação convencional não dimerizável a LED, com o consumo de energia elétrica

para as mesmas condições de iluminância, porém com a utilização de iluminação

dimerizável a LED. Serão considerados os níveis de iluminância mínimos

especificados pela NBR 8995.

Através da dimerização automática será possível analisar a diferença de

consumo de energia elétrica em ambientes que possuem boa iluminação natural

quando são aplicadas luminárias dimerizáveis controladas através do protocolo

DALI. Coletaremos os dados para comparação e poderemos definir se há viabilidade

econômica na aplicação de sistemas de controle de iluminação através do protocolo

DALI.

3.3 PROTÓTIPO

Para a montagem do protótipo do laboratório de automação foram utilizados

alguns equipamentos gentilmente cedidos pela empresa Comercial Elétrica DW,

empresa esta que o autor exerce atividade profissional e outros equipamentos já

existentes no laboratório de acionamentos, sala PK12, do Departamento de

Engenharia Elétrica desta Universidade.

O controlador lógico programável, o inversor de frequência e o controlador

DALI foram fixados a uma placa de montagem 340x450mm através de trilho DIN de

35mm. Foram inseridos conectores de passagem de 2,5mm² onde foram realizadas

as conexões elétricas dos equipamentos. A seguir está apresentada a imagem do

protótipo montado para a validação dos roteiros de estudos com atividades práticas.

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FIGURA 8 - PROTÓTIPO MONTADO

FONTE: O autor (2016)

3.4 DIAGRAMA ELÉTRICO

A Figura 9 apresenta o diagrama elétrico do protótipo que foi implementado

para a validação das atividades práticas propostas nos roteiros de estudos.

FIGURA 9 – DIAGRAMA ELÉTRICO DO PROTÓTIPO DESENVOLVIDO

~= CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

S7-1200 - CPU 1214C DC/DC/RLY

L+ M

GN

D

L+ M 1M

I0.0

I0.1

I0.2

I0.3

I0.4

I0.5

I0.6

I0.7

I1.0

I1.1

I1.2

I1.3

I1.4

I1.5

2M

AI 0

AI 1

INVERSOR DEFREQUÊNCIA

G120C0,55kW 200-240VCA

PROFINET

1

2

3

4

12

13

21

22

28

69

34

5

6

7

8

16

17

19

20

18

9

L1 L2 L3 U2 V2 W2

RÉGUA DE BORNES DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL RÉGUA DE BORNES DO INVERSORDE FREQUÊNCIA

ALIMENTAÇÃODO MOTOR

FONTE: O autor (2016)

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Este diagrama foi desenvolvido com objetivo que estudantes, professores

e/ou técnicos com conhecimento básico em eletricidade possam, a partir dos

equipamentos especificados, montar o protótipo sugerido neste projeto.

3.5 ROTEIROS DE ATIVIDADES PRÁTICAS

Os roteiros de estudos com atividades práticas foram desenvolvidos com o

objetivo dos estudantes desenvolverem os conhecimentos adquiridos em algumas

das disciplinas do curso de Engenharia Elétrica e familiarizá-los com controladores

lógicos programáveis, interfaces homem máquina, inversores de frequência e

controladores de iluminação baseados no protocolo DALI. Além disso, foram

propostas algumas atividades baseadas em situações reais frequentemente

encontradas em sistemas de automação industriais e situações cotidianas reais.

Foram elaborados dez roteiros de estudos que podem ser implementados e

simulados, utilizando os diversos recursos disponíveis no protótipo desenvolvido ao

longo deste projeto. A elaboração dos roteiros de atividades levou em consideração

que este será o primeiro contato dos estudantes com a plataforma de programação

e com os equipamentos especificados para composição do protótipo, logo o nível de

dificuldade aumenta a cada roteiro proposto. Espera-se que o estudante adquira

novos conhecimentos a cada atividade realizada e utilize estes conhecimentos

adquiridos nas atividades seguintes.

Todos os roteiros de atividades a serem realizadas no laboratório didático de

automação estão apresentados nos Apêndices deste trabalho.

3.5.1 Roteiros envolvendo CLP

Os roteiros de atividades práticas relacionados ao CLP foram propostos com

o objetivo de capacitar os estudantes a utilizar o equipamento a partir da condição

mais básica: retirar o equipamento da caixa, realizar a instalação física e elétrica,

energizá-lo, estabelecer comunicação com o software de programação, desenvolver

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as lógicas de programação propostas nos exercícios e descarregar para o

equipamento.

O Apêndice 1 apresenta o tutorial de instalação do CLP onde está

desenvolvido passo a passo como deve ocorrer a instalação física, como devem ser

feitas as conexões elétricas para energização do equipamento e como realizar a

conexão física entre o CLP e o computador para o estabelecimento da comunicação

entre eles.

O software que deve ser utilizado para realizar a programação do CLP está

apresentado no Apêndice 2, onde o estudante é orientado a executar o software no

computador e explorar os modos de visualização disponíveis. Estão descritas,

também no Apêndice 2, como realizar as configurações de rede do computador para

que seja possível estabelecer comunicação com o CLP. Por último está descrito o

procedimento se conectar ao CLP, restaurar os valores de fábrica, definir um nome e

o endereço de IP deste CLP.

O Apêndice 3 traz um tutorial para a criação de um novo projeto. O primeiro

passo é criar, atribuir um nome, escolher o diretório onde este projeto ficará salvo e

definir o nome do autor. Depois é necessário adicionar ao projeto um novo

dispositivo, dispositivo este que deve ser o mesmo que o equipamento disponível no

protótipo sugerido para o laboratório didático para desenvolvimento dos roteiros de

atividades práticas. Com o dispositivo, placas de sinal on-board e/ou módulos de

expansão disponíveis no protótipo inseridos no projeto o tutorial descreve como

desenvolver as lógicas de programação no software TIA Portal Basic versão 13. Por

último o Apêndice 3 sugere o desenvolvimento de uma lógica de controle de uma

partida direta de motor de indução trifásico para que o estudante possa utilizar as

instruções básicas de programação. A proposta deste trabalho é que os estudantes

utilizem o Ladder para executar as atividades no laboratório, que é uma linguagem

de programação gráfica, onde a representação é baseada em lógica de diagramas

de circuitos elétricos, os quais a maioria dos estudantes já esta familiarizada. Isso

não impede que sejam desenvolvidos roteiros de atividades utilizando linguagens de

programação mais complexas, como texto estruturado, que poderão também ser

simuladas no protótipo proposto por este trabalho.

Avançando na apresentação das funcionalidades do software, foi criado o

Apêndice 4 que descreve como são utilizados os blocos de funções na programação

de CLPs e IHMs. Também foi sugerida a criação de blocos de funções para as

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lógicas de comando de uma partida direta, partida reversora manual e partida

reversora cíclica incluindo a utilização de blocos de função de temporizadores e

contadores. Também está descrito como estes blocos que foram criados devem ser

declarados no bloco principal, para que a lógica seja executada pela CPU do

controlador.

O Apêndice 5 descreve como devem ser realizadas as conexões elétricas

das entradas e saídas digitais do CLP com os dispositivos de campo como: botão de

impulso, sinalizadores luminosos, bobinas de contatores, contatos auxiliares de relés

de sobrecarga, sensores indutivos e fotoelétricos, etc. Após realizar as conexões

elétricas conforme descrito neste Apêndice e montagem do circuito de potência das

partidas direta e reversora é possível testar fisicamente os blocos de funções

desenvolvidos nos Apêndices anteriores.

Ampliando o conhecimento dos estudantes está apresentado no Apêndice 8

como utilizar das entradas e saídas analógicas do CLP. Neste Apêndice está

descrito detalhadamente sobre as instruções de conversão de variáveis NORM X e

SCALE X, instruções essenciais quando são utilizadas as entradas e saídas

analógicas do CLP. A instrução NORM X normaliza a variável declarada na entrada

do bloco segundo os valores máximos e mínimos definidos e a instrução SCALE X

define uma escala de saída para a variável declarada na entrada deste bloco

considerando também os valores mínimos e máximos definidos.

3.5.2 Roteiros envolvendo a IHM

Buscando trazer mais conhecimento prático aos estudantes, foram propostos

roteiros de atividades com o desenvolvimento de telas para a Interface Homem-

Máquina. As telas criadas na IHM têm como principal finalidade a visualização e

alteração das variáveis envolvidas nas lógicas desenvolvidas no CLP.

O Apêndice 6 deste trabalho traz um tutorial de utilização da IHM onde está

descrito como devemos:

Inserir uma IHM ao projeto existente;

Definir o CLP que a IHM estará conectada;

Definir o Layout das telas da IHM;

Definir os Alarmes necessários;

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Definir a quantidade e o nomes da telas da IHM;

Definir Telas de Sistema e Botões da IHM.

Além dos itens acima, estão apresentados os elementos disponíveis para

inserção nas telas da IHM como:

Elementos Básicos: Linhas, Elipses, Círculos, Retângulos, Textos e

Gráficos;

Elementos Básicos Dinâmicos: Campos para entrada de dados, Botões

de Comando, Gráficos de Variáveis, Chaves Seletoras, etc;

Elementos de Controle: Visualização de Alarmes, Usuários, Gráficos

do Sistema, Receitas e Diagnósticos;

Elementos de Representação Gráfica de Equipamentos: Motores,

Reservatórios, Bombas, Misturadores, Ventiladores, Esteiras, etc.

O Apêndice 7 traz o tutorial para personalização das telas conforme o projeto

desenvolvido na lógica de programação do CLP. Sugere-se a criação de telas na

IHM, que contenham os elementos necessários para a visualização e controle dos

blocos de funções definidos nos tutoriais de CLP.

Através das telas da IHM é possível visualizar e alterar o valor de cada uma

das variáveis do CLP. Em resumo, é possível substituir os elementos de controle e

sinalização ligados nas entradas e saídas do CLP por apenas uma interface homem

máquina. Isso traz versatilidade na aplicação, redução de dispositivos de comando e

sinalização, redução de entradas e saídas digitais no CLP.

3.5.3 Roteiros com Inversor de Frequência

Além de integrar o CLP à IHM, este trabalho propõe integrar os dois

dispositivos citados a um inversor de frequência. O roteiro de atividades propostos

envolvendo inversores de frequência têm como objetivo inicial familiarizar o

estudante com os princípios básicos dos inversores: instalação, parametrização

básica e exercícios com configurações pré-definidas.

O tutorial apresentado no Apêndice 10 orienta inicialmente sobre como

realizar:

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Montagem física

Conexões elétricas de potência

Conexões elétricas de controle

Após orientar sobre a montagem e as conexões elétricas o tutorial apresenta

as configurações pré-definidas existentes no inversor. Estas configurações têm

como objetivo facilitar a parametrização do inversor para aplicações que são comuns

no dia-a-dia, evitando um esforço excessivo na alteração de uma grande quantidade

de parâmetros sendo que a mesma parametrização é utilizada por diversos usuários

de inversores de frequência.

Depois da apresentação das configurações pré-definidas, o tutorial apresenta

o painel de operação do inversor e a estrutura do menu de navegação. Através do

painel de operação e do menu de navegação é possível realizar o comissionamento

inicial do inversor, acessar e modificar os parâmetros conforme necessidade da

aplicação e monitorar os valores das variáveis do motor. Na última etapa deste

tutorial está detalhado como realizar o comissionamento básico inicial do inversor

para colocar em funcionamento.

As propostas de exercícios práticos com inversores de frequência estão

apresentadas no Apêndice 11. Inicialmente estão propostas duas atividades práticas

onde o comando e a variação da velocidade ocorre através das entradas digitais do

inversor de frequência. A terceira atividade propõe o comando através das entradas

digitais porém a velocidade é ajustada através de um potenciômetro de 5kOhms

conectado à entrada analógica do inversor de frequência. As duas últimas atividades

propostas no Apêndice 11 integram os conhecimentos adquiridos nos tutoriais de

CLP, IHM e inversor de frequência apresentados neste trabalho, com isso os

estudantes podem colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos no

desenvolvimento das atividades anteriores propostas por este trabalho.

3.6 FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO DO CLP

Nesta seção serão apresentados alguns fundamentos básico sobre as

linguagens de programação utilizadas em controladores lógicos programáveis. A

norma IEC 61131-3 definiu que para a programação de CLPs podem ser utilizadas

linguagens textuais, gráficas ou estruturação de programa. Lista de Instruções e

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Texto Estruturado classificam-se como linguagens textuais, Diagrama Ladder e

Diagrama de Blocos Funcionais são classificadas como linguagens gráficas e o

Sequenciamento Gráfico de Funções é uma linguagem de estruturação de

programa. Neste trabalho optou-se por apresentar o Diagrama Ladder devido a sua

facilidade de interpretação e por ser uma linguagem baseada em diagramas

elétricos que representa contatos e bobinas interconectados a qual os estudantes já

estão familiarizados.

3.6.1 Dados, Variáveis, Constantes e Operadores

Para um melhor entendimento dos fundamentos das linguagens de

programação faz-se necessário ter conhecimento sobre tipos de dados, variáveis,

constantes e operadores. A seguir estão os quadros com uma breve explicação:

QUADRO 1 – TIPOS DE DADOS

FONTE: O autor (2016)

Os controladores lógicos programáveis possuem memórias onde cada uma

delas possui um endereço que indica onde a informação está localizada. As

informações armazenadas em memórias são chamadas de variáveis e podem

guardar diversos tipos de informações como número, letra, palavra, frase, etc. Para

armazenar e acessar essa informação é necessário saber o tipo de dado desta

informação, ou seja, o número de bytes de memória por ela ocupados e a posição

inicial deste conjunto de bytes. As variáveis possuem em geral três características:

nome, tipo de dado e a informação armazenada.

Os operadores são símbolos que indicam a operação que deve ser realizada

entre operandos, constantes ou variáveis, produzindo um determinado resultado.

Pode-se classificar os operadores em lógicos, aritméticos ou relacionais.

Tipo dos dados nº bits O que pode ser representado Obs:

Booleano 1 bit 0 ou 1

Byte 8 bits 0 a 255

Inteiro 32 bits Números Inteiros positivos e negativos

Real 32 bits Números Fracionários positivos e negativos

Character 8 bits Sequência contendo letras, número e símbolos especiais Código ASCII

Word

Double Word

TIPOS DE DADOS

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QUADRO 2 - OPERADORES ARITMÉTICOS

FONTE: Petruzella (2013)

QUADRO 3 - OPERADORES RELACIONAIS

FONTE: Petruzella (2013)

QUADRO 4 - OPERADORES LÓGICOS

FONTE: Petruzella (2013)

3.6.2 Diagrama Ladder

Para que os estudantes estejam capacitados a realizar a programação do

controlador lógico programável conforme os roteiros de atividades propostas, é

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necessário que tenha conhecimento sobre as principais instruções utilizadas na

linguagem de programação Ladder.

As instruções mais básicas do diagrama Ladder estão relacionadas à lógica

booleana. A lógica booleana consiste na combinação de contatos normalmente

abertos, normalmente fechados, NOT e bobinas de saída. Os contatos normalmente

abertos, normalmente fechados e NOT são relacionados às entradas físicas ou

memórias do CLP. Os contatos normalmente abertos estão fechados quando o bit

atribuído a ele é igual a um. Os contatos normalmente fechados estão abertos

quando o bit atribuído a ele é igual a um. É possível obter-se portas lógicas AND ou

OR conectando os contatos em série ou em paralelo respectivamente. O contato

NOT inverte o estado lógico de entrada do fluxo de potência.

A instrução de bobina de saída escreve um valor para um bit de saída. As

bobinas podem ser endereçadas como um endereço físico de saída ou então como

uma memória interna do CLP. O CLP quando em funcionamento verifica

continuamente os sinais de entrada, processa os dados de entrada conforme a

lógica do programa e em seguida define os novos valores de estados das saídas.

Este ciclo se repete diversas vezes por segundo. Se houver fluxo de energia através

de uma bobina de saída então o bit de saída será 1. Se não houver fluxo de energia

através de uma bobina de saída então o bit de saída será 0.

FONTE: O autor (2016)

CONTATO NORMALMENTE

ABERTO

CONTATO NORMALMENTE

FECHADO

CONTATO INVERSOR (NOT)

BOBINA DE SAÍDA

BOBINA DE SAÍDA INVERSA

QUADRO 5 - INSTRUÇÕES BÁSICAS

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Outra instrução básica utilizada na programação dos de CLPs são as

instruções temporizadas. As instruções temporizadas são utilizadas para criar

atrasos de tempo programados na lógica do programa.

Módulos de sinais analógicos fornecem sinais de entrada ou esperam valores

de saída que representam tanto uma faixa de tensão ou de corrente. Usualmente os

intervalos são ±10V, ±5V, ±2.5V, or 0 - 20mA. Os módulos analógicos retornam

valores inteiros, onde os sinais de corrente variam de 0 a 27648 e os sinais de

tensão variam de -27648 a 27648. Qualquer valor fora deste intervalo representa um

estouro de valores.

Em programas de lógica de controle normalmente é necessário utilizar

variáveis fornecidas por sensores analógicos para representar unidades de

engenharia como volume, temperatura, peso ou outro valor quantitativo. Para isso é

necessário normalizar a variável lida por uma entrada analógica, 0 a 27648 ou

-27648 a 27648 para um valor real de 0.0 a 1.0. Após isso, deve ser definida a

escala que este valor normalizado representa em unidade na unidade de engenharia

em questão. Para valores que estão em unidade de engenharia e necessitam ser

convertidos para um valor de saída analógica deve inicialmente normalizar o valor

em unidade de engenharia para um valor entre 0.0 e 1.0 e, em seguida escalá-lo

entre 0 e 27648 ou -27648 a 27648, dependendo o tipo de módulo analógico que

está sendo utilizado no projeto. No tutorial de utilização de variáveis analógicas

apresentado no Apêndice 8 o estudante pode ver em detalhes como utilizar as

instruções de normalização e de aplicar escala à variáveis analógicas. No mesmo

Apêndice sugere-se como atividade prática ao estudante apresentar na IHM o nível

de líquido presente em um tanque a partir da leitura fornecida por um sensor

ultrassônico analógico. O sensor ultrassônico fornece um sinal de 0-10V à entrada

analógica do CLP que converte os dados em unidade de volume e envia a IHM esta

informação.

No Apêndice 11 é apresentado como controlar a velocidade de um motor de

indução trifásico onde a velocidade é pré-definida na interface homem máquina,

enviada ao CLP que converte os dados em valores analógicos de corrente que

variam de 0 a 20mA. A saída analógica do CLP é conectada à entrada analógica do

conversor de frequência que está parametrizado para controlar a velocidade do

motor através de uma variável analógica externa.

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3.7 CUSTOS

Após a definição da topologia e da especificação dos componentes do

laboratório didático de automação proposto foi realizada uma pesquisa de preços

dos principais componentes para definir o valor do investimento necessário, e

elaboração de uma proposta nos padrões do Fundo de Desenvolvimento

Acadêmico.

Foi realizada a cotação dos equipamentos necessários para montagem de

protótipos individuais no mercado, porém ao realizar contato com o fabricante

descobriu-se que existem pacotes educacionais chamados Siemens Automation

Cooperates with Education (SCE) que são compostos por conjuntos de

equipamentos e podem ser adquiridos por instituições de ensino por um custo menor

que o de mercado. O pacote de controlador lógico programável é composto por seis

conjuntos de equipamentos que permite a montagem de seis protótipos de CLP

idênticos. O pacote estudantil de inversor de frequência é de apenas um conjunto,

sendo necessária a aquisição de seis pacotes para realizar a montagem dos

protótipos sugeridos. Já a interface homem-máquina pode ser adquirida em pacotes

estudantis com apenas um ou com seis conjuntos.

No Quadro 6 estão apresentados os custos dos pacotes estudantis que

poderão ser adquiridos pela Universidade Federal do Paraná caso haja interesse na

implementação da proposta deste projeto.

QUADRO 6 - CUSTOS DOS EQUIPAMENTOS

PACOTE ESTUDANTIL COMPOSTO PELOS ITENS CUSTO

COMPOSTO POR 6 CONJUNTOS DE CONTROLADOR

LÓGICO PROGRAMÁVEL 6ES7214-1BE30-

4AB3

6 X CPU 1214C - S7-1200 AC/DC/RLY 6ES7214-1BG40-0XB0

R$ 14.014,00

6 X LICENÇA STEP 7 BASIC V13 6ES7214-1BG40-0XB0

6 X CABO ETHERNET INDUSTRIAL RJ-45/RJ-45, CAT 6, CABO 4X2, PRÉ MONTADO COM 2 CONECTORES RJ-45, COMPRIMENTO 6M

6XV1870-3RH60

6 X MÓDULO DE SINAL ANALÓGICO SB 1232 COM 1 SAÍDA ANALÓGICA 0-10V OU 0-20mA

6ES7232-4HA30-0XB0

COMPOSTO POR 6 CONJUNTOS DE

INTERFACE HOMEM MÁQUINA

6AV2123-2DB03-

6 X IHM SIMATIC KTP400 BASIC COLOR PROFINET

6AV2123-2DB03-0AX0

R$ 22.896,00

6 X SWITCH INDUSTRIAL 5 PORTAS ETHERNET SCALANCE

6GK5005-0BA00-1AB2

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36

0AA0 6 X LICENÇA WINCC BASIC V13 6AV2100-0AA03-0AA5

6 X CABO ETHERNET INDUSTRIAL RJ-45/RJ-45, CAT 6, CABO 4X2, PRÉ MONTADO COM 2 CONECTORES RJ-45, COMPRIMENTO 6M

6XV1870-3RH60

COMPOSTO POR 1 CONJUNTO DE

INTERFACE HOMEM MÁQUINA

6AV2123-2DB03-0AA0

1 X IHM SIMATIC KTP400 BASIC COLOR PROFINET

6AV2123-2DB03-0AX0

R$ 4.010,00

1 X SWITCH INDUSTRIAL 5 PORTAS ETHERNET SCALANCE

6GK5005-0BA00-1AB2

1 X LICENÇA WINCC BASIC V13 6AV2100-0AA03-0AA5

2 X CABO ETHERNET INDUSTRIAL RJ-45/RJ-45, CAT 6, CABO 4X2, PRÉ MONTADO COM 2 CONECTORES RJ-45, COMPRIMENTO 6M

6XV1870-3RH60

COMPOSTO POR 1 CONJUNTO DE INVERSOR DE

FREQUÊNCIA G120 6SL3200-3AX00-

0UL1

MÓDULO DE POTÊNCIA PM240-2 SEM FILTRO 0,55KW ALIMENTAÇÃO MONO/TRIFÁSICA 200-240VCA

6SL3210-1PB13-8UL0

R$ 2.980,00

UNIDADE DE CONTROLE CU250S-2 COM ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS E INTERFACE PROFINET

6SL3246-0BA22-1FA0

PAINEL DE OPERAÇÃO INTELIGENTE IOP

6SL3255-0AA00-4JA1

CARTÃO DE MEMÓRIA PARA INVERSOR G120 512MB

6SL3054-4AG00-2AA0

CABO DE COMUNICAÇÃO INVERSOR-PC USB 3M

6SL3255-0AA00-2CA0

Fonte: O autor (2016) baseado na lista de preços da Siemens para Pacotes Educacionais,

em Outubro/2016

Considerando as informações apresentadas no Quadro 6 seria necessário

um investimento de R$54.790,00 para aquisição de seis conjuntos de equipamentos

para a montagem do protótipo proposto neste projeto. Uma opção de redução de

custos seria a aquisição do pacote estudantil com apenas um ou nenhum conjunto

de IHM visto que é possível realizar a simulação da interface homem máquina

através da tela do computador. Desta forma o investimento reduziria para

R$31.894,00.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 MATERIAL

Para a realização do presente projeto foram utilizados equipamentos

desenvolvidos, produzidos e comercializados por fabricantes que tem sua marca

difundida mundialmente. A motivação desta escolha foi a facilidade de encontrar os

equipamentos no mercado nacional e o suporte técnico disponível pelos fabricantes,

caso os estudantes que irão utilizar o laboratório necessitem na implementação das

atividades práticas propostas nos roteiros de estudos ou em outras aplicações que

surjam através do interesse do próprio estudante. Além disso o estudante irá se

familiarizar com equipamentos presentes em larga escala na indústria brasileira. A

seguir serão apresentados todos os materiais utilizados no projeto e as suas

principais características.

O controlador lógico programável utilizado no protótipo apresentado neste

projeto foi a CPU 1214C 6ES7214-1BG40-0XB0 com alimentação 24VCC, memória

de trabalho de 100KB, 14 entradas digitais alimentadas em 24VCC, 10 saídas à relé,

2 entradas analógicas de tensão (0-10V). Possui uma interface de comunicação

PROFINET que é utilizada para realizar a programação, mas também é utilizada

para comunicação com interfaces homem máquina, outros CLPs ou inversores de

frequência.

FIGURA 10 - CPU1214C

FONTE: Siemens (2012)

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Para realização das atividades com saídas analógicas foi utilizado a placa de

sinal on-board com uma saída analógica com 12 bits de resolução 12bits 6ES7232-

4HA30-0XB0.

FIGURA 11 - PLACA DE SINAL SB1232

FONTE: Siemens (2014)

Para realizar o desenvolvimento das atividades de programação do CLP e

da IHM, foi utilizada a ferramenta de programação TIA Portal, que é um software do

fabricante Siemens destinado à programação dos controladores lógicos

programáveis, interfaces homem máquina e, O STEP 7 permite o desenvolvimento

da programação em um ambiente simples e de fácil compreensão para os

estudantes. Nele é possível criar, editar e monitorar as lógicas necessárias para as

mais variadas aplicações, incluindo ferramentas de gerenciamento e configuração

de todos os dispositivos do projeto.

O STEP 7 permite que o projeto seja visualizado de duas formas diferentes:

visão Portal e visão Projeto. Na primeira é a visão inicial do software onde o usuário

tem acesso a uma aba com as diferentes tarefas possíveis de realizar, uma aba com

as possíveis ações dentro da tarefa inicial selecionada e um painel de informações

para a ação selecionada. Nesta visão contém o botão para alterar o modo de

visualização para a visão Projeto. Na visão Projeto tem-se acesso aos Menus e

Barras de Ferramentas, Navegador do Projeto, Área de Trabalho, Barra de Tarefas,

Janela de Propriedades, Barra de Edição e o botão para alterar novamente para a

visão Portal. Estes dois métodos de visualização estão mais detalhados nos roteiros

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de atividades propostas, onde há uma maior explicação das ferramentas utilizadas

no desenvolvimento da atividade.

Para realização das atividades que envolviam o controle de velocidade de

motores de indução trifásico foi utilizado um inversor de frequência com alimentação

de 0,55kW e alimentação trifásica de 200-240VCA.

Além destes equipamentos foram utilizados outros materiais como cabos

para alimentação dos equipamentos e conexões elétricas entre eles, conectores de

passagem para os cabos, terminais tubulares, trilho de fixação e uma placa de

montagem. A partir destes equipamentos é possível recriar o protótipo utilizado para

realização das atividades práticas propostas nos Apêndices deste trabalho.

4.2 MÉTODOS

O presente projeto caracteriza-se como pesquisa experimental. Inicialmente

será realizada a revisão teórica dos temas relacionados ao projeto, na sequência

serão elaboradas propostas de atividades práticas a serem realizados no laboratório

didático de automação. A partir das propostas, serão desenvolvidos protótipos

funcionais dos experimentos utilizando-se de equipamentos de automação como

CLPs, Inversores e Luminárias. Na sequência, serão elaborados roteiros de

experimentos a serem realizados pelos estudantes e professores. Finalmente, os

protótipos serão testados junto a um grupo de estudantes do curso de engenharia

elétrica, de modo a validar a proposta.

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5 ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos a partir da

validação dos roteiros de atividades práticas realizada com os estudantes do curso

de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Paraná utilizando o protótipo

montado a partir das especificações deste trabalho.

Os resultados obtidos serão apresentados conforme a lista a seguir:

O protótipo e o diagrama elétrico

Realização de atividade prática com a participação dos estudantes

Pesquisa pós-atividade com os participantes da atividade prática e

com os que demonstraram interesse em participar

5.1 O PROTÓTIPO E O DIAGRAMA ELÉTRICO

Após elaboração da revisão teórica e especificação dos equipamentos

elétricos, foi realizada a montagem do protótipo físico que permitisse o

desenvolvimento das atividades práticas com os estudantes. Também foi elaborado

o diagrama elétrico do protótipo que permitisse que, em posse dos equipamentos,

qualquer pessoa com conhecimento básico em eletricidade pudesse recriar o

protótipo e realizar as atividades práticas independentemente.

5.2 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS COM OS ESTUDANTES

Para validação dos roteiros propostos foi definido a realização de uma

atividade prática de quatro horas de duração, e houve a necessidade de convidar

alguns estudantes para que de forma voluntária realizassem as atividades

propostas. Os voluntários foram convidados através da lista de discussão do curso

de Engenharia Elétrica desta universidade.

O interesse por parte dos alunos em participar da atividade de validação

dos roteiros práticos excedeu as expectativas, totalizando trinta e sete estudantes

que demonstraram interesse em participar das atividades. Levando em conta que

havia sido montado apenas um protótipo para realizar a validação das atividades, foi

necessário realizar a atividade em dois dias e horários distintos. Devido à

incompatibilidade de agenda, houve a participação de dezessete alunos no total.

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A atividade contou com a participação de estudantes que já tiveram algum

contato com dispositivos similares e também com estudantes que naquela atividade

era o primeiro contato com o tema. Todos demonstraram grande interesse no tema e

na execução de atividades práticas com CLPs, IHM e inversor de frequência assim

portanto, seria de grande valia o investimento por parte da UFPR nos equipamentos

especificados neste projeto atualizando tecnologicamente o laboratório de

acionamentos permitindo a utilização deste na disciplina de Laboratório V por

exemplo.

5.3 RESULTADO DA PESQUISA

Para mensurar o interesse dos estudantes que participaram e demonstraram

interesse no tema Automação Industrial, foi criado uma pesquisa através dos

formulários do Google.

FIGURA 12 - PESQUISA REALIZADA COM ESTUDANTES APÓS A REALIZAÇÃO DAS

ATIVIDADES PRÁTICAS

Fonte: O Autor (2016).

Os estudantes foram questionados sobre a importância do tema Automação

Industrial ser abordado na universidade e sobre a importância da realização de

atividades práticas. Mais de 85% dos estudantes responderam ser muito importante

na opinião deles. Quando questionados quanto ao nível de interesse em participar

de uma disciplina de Automação Industrial caso fosse ofertada no curso de

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Engenharia Elétrica na UFPR, 100% dos estudantes responderam que possuem

grande interesse.

Os estudantes expuseram a opinião sobre o investimento em equipamentos

como Controladores Lógicos Programáveis, Interfaces Homem Máquina e Inversores

de Frequência para a montagem de protótipos para realização de atividades práticas

em uma disciplina de laboratório e a maioria das opiniões demonstrou ser

necessário este investimento principalmente para que os estudantes saiam da

Universidade com conhecimento prático neste tipo de equipamento, aumentando as

oportunidades de trabalho nesta área, principalmente na indústria onde ocorre a

maior demanda por profissionais com este perfil.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da realização do presente projeto foi possível perceber a importância

da inserção de atividades práticas relacionadas ao tema Automação Industrial. Os

estudantes que participaram da atividade prática realizada na UFPR mostraram-se

satisfeitos e entusiasmados neste assunto. O técnico do laboratório aprovou os

dispositivos propostos.

O desenvolvimento dos roteiros de estudos acrescentou conhecimento e

experiência ao autor. Ao longo do desenvolvimento foram encontradas dificuldades

que necessitaram ser resolvidas para que o trabalho atendesse os objetivos. Nem

sempre as informações contidas em manuais técnicos de produtos trazem todas as

informações necessárias para a solução dos problemas que surgem nas

implementações de projetos de automação.

O protótipo do laboratório pode ser utilizado de modo compartilhado com as

disciplinas de Controle e Automação, Acionamentos de Máquinas Elétricas,

Programação de Computadores, Eletrônica de Potência, Instrumentação e

Laboratório V. O protótipo proposto dará sustentação a realização de atividades

práticas particulares em cada uma destas disciplinas.

A partir da aquisição dos equipamentos sugeridos para montagem do

protótipo sugerido neste trabalho, a montagem propriamente dita do protótipo é

possível que os equipamentos sejam utilizados para o desenvolvimento de projetos

futuros. Seguem alguns temas que poderão ser desenvolvidos caso este projeto seja

implementado:

Desenvolvimento de um protótipo físico onde os estudantes possam

realizar atividades práticas cotidianas como controle de nível de

reservatórios, movimentação de materiais através de esteiras

transportadoras;

Integração do protótipo desenvolvido à ferramenta NETLAB que

permita o acesso remoto ao laboratório;

Aplicação de CLPs em sistemas de controle de demanda e

gerenciamento de energia;

Aplicação de inversores de frequência no controle de velocidade e

posicionamento de motores assíncronos.

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A introdução do conceito DALI por este trabalho permite que projetos futuros

possam utilizar os equipamentos aqui apresentados como referência no estudo de

viabilidade econômica de projetos de retrofit de sistemas de iluminação convencional

por sistemas de iluminação automático com luminária a LED dimerizáveis, sensores

de luminosidade e de presença sem fio, entre tantas coisas mais.

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REFERÊNCIAS

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SIEMENS. Industry Sector. SINAMICS G120C Inversor de frequência: Procedimentos Iniciais. 02. ed. São Paulo: Siemens Ltda, 2012. 30 p.

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Disponível em: <http://www.snumam.com.br/download-manuais/siemens/G120C_Getting Started_pt_rev2.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2016.

SIEMENS. Industry Sector. S7-1200 Programmable controller: System Manual. 04. ed. Nuremberg: Siemens Ag, 2012. 864 p. Disponível em: <https://cache.industry.siemens.com/dl/files/465/36932465/att_106119/v1/s71200_system_manual_en-US_en-US.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2016

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ZERPA, Sergio et al. Desarrollo de un Laboratorio Remoto de Automatización de Procesos vía Internet. In: LATIN AMERICAN AND CARIBBEAN CONFERENCE FOR ENGINEERING AND TECHNOLOGY, 70., 2009, San Cristóbal. San Cristóbal: Laccei, 2009. p. 1 - 9.

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APÊNDICE 1 - INSTALAÇÃO DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

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APÊNDICE 2 - APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO E

ESTABELECIMENTO DA COMUNICAÇÃO ENTRE O COMPUTADOR E O

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

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APÊNDICE 3 – TUTORIAL DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PROJETO NO

SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO TIA PORTAL V13

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APÊNDICE 4 – TUTORIAL DE CRIAÇÃO DOS BLOCOS DE FUNÇÕES NO

SOFTWARE TIA PORTAL V13

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APÊNDICE 5 – CONEXÕES ELÉTRICAS DOS DISPOSITIVOS DE CAMPO ÀS

ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS DO CLP

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APÊNDICE 6 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DA INTERFACE HOMEM MÁQUINA

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APÊNDICE 7 – TUTORIAL DE PERSONALIZAÇÃO DAS TELAS DA IHM

CONFORME PROJETO DESENVOLVIDO NO CLP

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APÊNDICE 8 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ANALÓGICAS DO

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

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APÊNDICE 9 – PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS PRATICOS PARA UTILIZAÇÃO

DO CLP E DA IHM

Exercício 1: Desenvolva a lógica no software TIA Portal V13 de um sistema de

controle para um portão automático seguindo as instruções a seguir:

a. Comando de abertura através do botão “START”;

b. Utilizar MOTOR 1 para abertura e fechamento do portão;

c. O portão deve ficar totalmente aberto durante 15 segundos;

d. O sistema possui 2 fim de cursos: FIM DE CURSO PORTAO ABERTO e FIM

DE CURSO PORTAO FECHADO que detectam quando o portão está

totalmente aberto ou totalmente fechado respectivamente;

e. O sistema possui um SENSOR DE PRESENÇA que detecta pessoas ou

objetos no curso do portão quando ele está aberto não permitindo que o

portão feche quando este sensor estiver acionado. Se o portão estiver

fechando, deve parar e começar a abrir novamente;

f. Caso o botão “START” seja pressionado novamente antes do fim do ciclo

(PORTÃO FECHADO), o portão deve iniciar a abertura novamente onde quer

que ele esteja. Se estiver aberto, deve ficar aberto por mais 15 segundos;

Exercício 2: Crie uma tela de IHM para representar o funcionamento do “Portão

Eletrônico” desenvolvido no Exercício 1. A tela de IHM deve atender os seguintes

requisitos.

a. Possuir botão “START”;

b. Elemento verde aceso sinalizando que o portão está aberto;

c. Elemento vermelho aceso sinalizando que o portão está fechado;

d. Elemento verde piscando sinalizando que o portão está abrindo;

e. Elemento vermelho piscando sinalizando que o portão está fechando;

f. Criar um DataBlock específico para esta tela da IHM;

g. Criar um Bloco de Função “IHM PORTAO ELETRÔNICO”.

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Exercício 3: Conecte um potenciômetro na fonte 0-10Vcc e conecte a saída na

entrada analógica AI 0 do CLP. Não esqueça de interligar a referência da fonte

(GND) à referência da entrada analógica do CLP (2M).

Varie a resistência do potenciômetro e observe no TIA Portal a variação do sinal

analógico.

Exercício 4: Considere que este sinal é a saída de um sensor de nível ultrassônico

que está medindo o nível de um tanque. O tanque tem 700 litros. Quando o tanque

está cheio o sinal é 0V e quando o tanque está vazio o sinal é 10V. Faça a alteração

nos parâmetros para que se obtenha esses valores na saída bloco analógico.

Exercício 5 – Crie uma tela de IHM que apresente a variação em litros deste tanque.

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APÊNDICE 10 – TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA

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APÊNDICE 11 – PROPOSTAS DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS COM INVERSOR DE

FREQUÊNCIA E INTEGRAÇÃO COM O CLP E COM A IHM

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