Realização:

GÊNEROS DISCURSIVOS

O que é gênero discursivo/textual?

O que é tipologia textual?

Gênero discursivo/textual:

“Usamos a expressão gênero textual [...] para referir os textos materializados

que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características

sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e

composição característica” (MARCUSCHI, 2005, p.22-23). Exemplo: carta,

anúncio, piada, conto, fábula e etc.

Tipologia textual:

Já os tipos textuais de acordo com autor: “usamos [...] para designar uma

espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua

composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas”

(2005, p. 22). Sendo apenas seis: narração, dissertação, argumentação,

descrição, exposição e injunção.

Os gêneros discursivos constituem uma listagem

bastante ampla, eis aqui alguns exemplos: receita –

carta – resumo – poema – resenha - debate – anúncio

– telefonema - instrução de uso – verbete – notícia-

reportagem – mapa – resenha – fábula - conto –

crônica - história em quadrinho - charge – artigo -

música – horóscopo - aula expositiva - conversação

espontânea, entre outros.

É a finalidade que define qual gênero utilizar:

Saber como chegar a um endereço desconhecido por nós? > Consultar omapa;

Conversar com parentes que estão longe? > Telefonar, mandar carta ou e-mail;

Criar um clima de descontração com amigos? > Contar piadas, conversar;

Distrair uma criança? > Ler um conto de fadas, brincar de adivinhações;

Em todas as situações acima, usamos diferentes gêneros discursivos/texto;

Texto é um enunciado verbal que faz sentido em para alguém emdeterminada situação;

Situações diversas, finalidades diversas, diferentes gêneros;

Não importa qual o gênero, todo texto pode ser analisado sob trêscaracterísticas:

Tema – Estrutura composicional – Estilo.

POR QUE DEVEMOS TRABALHAR COM OS GÊNEROS

DISCURSIVOS/TEXTUAIS E NÃO COM AS TIPOLOGIAS

TEXTUAIS?

EM UM GÊNERO DISCURSIVO/TEXTUAL TEMOS O

PREDOMÍNIO DE UMA TIPOLOGIA TEXTUAL.

Atividade 1:

Distribuir vários clássicos da literatura infantil (contos, fábulas).

Solicitar que identifiquem as tipologias textuais presentes na obra e qual é a

tipologia textual predominante?

O que é suporte de um gênero textual?

O suporte permeia a construção de sentido do texto?

Atividade 02:

Literatura: A verdadeira história da Chapeuzinho

Vermelho, de Baruzzi e Natalini.

Passar somente as imagens para que, no coletivo, a

sala construa/reconstrua a história.

Contar/ler a história para o grupo, para que

possam comparar se as imagens foram

constituidoras de sentido.

Houve a identificação das personagens?

Houve reconhecimento do espaço onde se passa a

história e de algumas ações das personagens?

Houve a identificação do conflito, do clímax do conflito

e até mesmo do desfecho da história?

O título permeou a construção de sentidos?

O Lobo estava cansado de ser

mau. Escreveu, então, uma carta

para Chapeuzinho Vermelho,

pedindo para que a menina o

ajudasse a ser bonzinho, ter

bons modos, ser gentil e até

melhorar sua ortografia.

Chapeuzinho

Vermelho recebeu a

cartinha do Lobo e

resolveu telefonar

para ele, dizendo:

Oi, Lobo. Li sua cartinha

e vou ajudá-lo, mas você

tem de prometer fazer

tudinho do jeito que eu

mandar.

Obrigado,

Chapeuzinho.

Estou a

caminho.

Na manhã seguinte,

bem cedinho, o Lobo

chegou na casa da

Chapeuzinho Vermelho.

Chapeuzinho estava muito

animada.

- É tão legal ajudar as

pessoas .

Vamos começar logo com a

sua reeducação.

A regra mais importante é

nada de carne!

Vou encontrar

um prato

vegetariano

bem gostoso

para nós.

Eu acho que deve ser

bom estar de banho

tomado para o jantar!

- Bem, você precisa de um banho

– disse Chapeuzinho Vermelho.

Isto está

me

deixando

com fome!

Chapeuzinho Vermelho colocou o

Lobo para trabalhar...

- Enquanto estou na escola, você

pode ficar aqui e limpar a casa

- Depois você pode pegar a gente na escola e nos

levar para casa, como um bom Lobo.

Hummm!

- Não esqueça de ajudar a

Mamãe na cozinha.

Já deve estar

quase na hora

do almoço.

- E seja bonzinho com

a Vovó.

Aqui é Cristina Andersen para o Jornal

Florestal. Estou aqui com o Lobo, o

famoso mocinho que finalmente topou

dar uma entrevista para seus fãs.

Em pouco tempo, todo mundo percebeu como o

Lobo estava bonzinho. Ele se tornou uma

celebridade na floresta.

Chapeuzinho passou a achar o

comportamento do Lobo um pouco

irritante...

Oi Lenhador. Quer ir

ao parque?

Obrigada Chapeuzinho, vou

colocar no meio desse buquê que

o Lobo meu deu.

Não se preocupe

querida. O Lobo

acabou de

aparecer com uma

surpresa deliciosa.

Valeu Chapeuzinho.

Estou assistindo um jogo

de futebol com o Lobo.

Oi Vovó. Posso

levar seu lanche?

Trouxe uma flor

para você,

Mamãe.

PARA O

LOBO!

- Chega!Isso foi longe demais. Eu é

que devia ser a pessoa mais

popular aqui.

Então , ela bolou um

plano para mostrar a

todos como o Lobo era

DE VERDADE ...

Lobo estava muito feliz por ter sido

convidado para a festa, mas

Chapeuzinho Vermelho tinha

preparado uma armadilha

perigosa para ele: um sanduiche

ESPECIAL

Hum! Vamos ver o

que vai acontecer

quando ele comer

isso.

Assim que o Lobo deu uma mordida no

sanduiche misterioso, ele voltou a ser o

malvado de antes, perseguindo o

Lenhador ao redor da mesa até ser

expulso da cidade

Chapeuzinho Vermelho ficou

muito contente de voltar a ser a

pessoa mais boazinha da

floresta. Para provar, ela foi levar

uma cesta de guloseimas para

a Vovozinha.

Um dos princípios norteadores do nosso trabalho é

dar voz ao educando para que ele possa expressar os

conteúdos da sua atividade psíquica, organizar seu

pensamento, colocar-se perante o outro e por

conseguinte construir a sua identidade social e definir

o seu espaço na sociedade.

Pensando nisso é que faremos a interpretação do texto

oralmente. (Vamos dar voz aos nossos educandos).

Atividade 03:

Interpretação oral da obra “A verdadeira história de

Chapeuzinho Vermelho”.

Qual é o nome da história?

Qual é o autor da obra?

A qual gênero textual essa obra pertence? Explique.

Quais são os personagens?

Onde se passa a história?

O que aconteceu na história?

Você conhece outras versões para a história da Chapeuzinho Vermelho?

Você concorda com o comportamento da Chapeuzinho Vermelho?

Você gostou da história?

Qual foi a melhor parte que você gostou?

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Atividade 04:

No início da história, o Lobo Mau escreve uma carta para Chapeuzinho Vermelho.

Se você fosse o Lobo Mau da história, o que você escreveria na sua carta para a

Chapeuzinho Vermelho? (Escolher algumas cartas para transcrever no quadro).

Carta escrita pelo Lobo Mau. (transcrever a carta do Lobo no quadro)

Florestina, 21 de fevereiro de 2013.

Querida Chapeuzinho Vermelho,

Como você está? E sua família, ela está bem? Espero que estejam todos bem. Estou

escrevendo essa carta porque estou muito arrependido por ter te maltratado tanto,

queria te pedir desculpas por também ter maltratado sua vovozinha. Quero ser seu amigo

e quero que você me ajude a melhorar a minha ortografia, que me dê comida, que me

deixe morar em sua casa, que não corra de mim, que me respeite e que converse com

sua vovozinha para que ela seja minha amiga e que goste de mim.

Chapeuzinho Vermelho, espero que você me ajude e que seja minha amiga.

Ass. Lobo Mau

Solicitar que os alunos apontem o que está igual e o que está diferente nas cartas; o

tema, a estrutura composicional e o estilo.

CARTA

(só agora o professor apresenta as partes que compõem a carta)

A carta é um gênero discursivo que costuma apresentar, uma estrutura

COMPOSICIONAL padrão, composta de:

- Cabeçalho - onde aparece local e data em que a carta foi escrita;

- Saudação e o vocativo – comuns na abertura da carta; e pode ser seguido de

dois pontos, de vírgula ou não conter pontuação;

- O corpo do texto – o que se quer comunicar;

- Despedida – fase em que o autor encerra sua carta;

- Assinatura – que deixa claro e nomeia a autoria do texto.

Atividade 05: agora que você já sabe tudo o que compõe uma carta,

reescreva a sua carta.

CIDADE E DATA

NOME DA PESSOA A QUEM

VOCÊ ENVIARÁ A CARTA

ASSUNTO DA CARTA

DESPEDIDA

ASSINATURA

Atividade 04:

Para enviar a carta à Chapeuzinho precisamos de um envelope.

Você pode criar o seu próprio envelope, veja como é fácil!

Atividade 06:

Como preencher um envelope?

ESCREVA AQUI O NOME E O

ENDEREÇO DA PESSOA PARA QUEM

VOCÊ ENVIARÁ A CARTA.

DESTINATÁRIO

COLE O SEU SELO AQUI.

VOCÊ PODE CRIAR UM SELO.

ESCREVA SEU NOME E SEU

ENDEREÇO. (QUEM ESCREVEU A

CARTA). REMETENTE

Sugestão de atividade 07:

Neste momento, o professor pode contrapor os elementos que compõem a

carta pessoal e a carta do leitor, entre outras.

O que muda de uma “carta pessoal” para a “carta do leitor” e o que se repete?

Carta do leitor: (entregar revistas para que os alunos vejam a carta do leitor no

suporte).

Foz do Iguaçu, 28 de setembro de 2007.

ISTOÉ,

Parabenizo a ISTOÉ pela reportagem. É preciso que esse assunto entre na

pauta da sociedade brasileira e que a família brasileira reassuma o seu papel

de orientar os jovens. O álcool se torna ainda mais perigoso diante da

hipocrisia de que “beber socialmente” é plenamente aceitável.

O número de mortos dá uma clara medida de que pouco ou nada se faz para

evitar a tragédia.

José Elias Neto

No jornal da floresta também aparece os três porquinhos.

O que está escrito? Onde está escrito?

Com qual finalidade eles escreveram isso?

Atividade 08:

Neste momento, o professor pode introduzir o gênero textual

anúncio publicitário e os meios de circulação (onde são

encontrados os anúncios publicitários, pode trabalhar também

com os gêneros textuais que compõem o jornal).

Atividade 09:

Agora, usando a imaginação crie um anúncio publicitário, pode ser para trocar,

vender, comprar ou alugar. É a sua vez!

LEMBRE-SE DAS CONDIÇÕES DE

PRODUÇÃO:

Quem vai produzir?

Para quem vai produzir?

Com qual finalidade vai produzir?

Onde este anúncio vai circular?

Qual a linguagem que você vai

empregar para convencer a

pessoa a adquirir o produto?

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO

Carvalho (2000), a linguagem publicitária sustenta uma argumentação queleva o consumidor a convencer-se de forma consciente ou inconscientemente.

Há nessa linguagem uma série de recursos linguísticos e estilísticos usadoscom o propósito, exclusivamente, de levar o outro a aderir a determinado“produto”.

Esses recursos são, entre outros, frases curtas e muitas vezes incompletas,dando margem à imaginação do leitor; uso de variação linguística, uma formade adaptação da fala ou da escrita ao contexto ou situação de produção; usode termos ou expressões estrangeiras; uso de palavras-chave, carregadas designificação; adjetivos; verbos; advérbios; imperativo; elipses; gírias,regionalismos e neologismos. Tais recursos são empregados de acordo com ocontexto vivenciado pelo anúncio que está sendo elaborado.

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO

A linguagem escrita ou visual sempre leva o público alvo a uma

reação. No caso da linguagem da publicidade essa reação, muita

vezes, realiza-se por meio da manipulação. Daí a necessidade da

formação de sujeitos capazes de interagirem socialmente com

sua realidade a fim de transformá-la, não se deixando alienar

pelos vários meios de comunicação e de informação que a todo o

momento chega até nós, sabendo que há posicionamentos,

escolhas e ideologias por trás do mais aparente e imparcial texto.

Sugestão:

O professor pode trabalhar com as diferenças entre a

publicidade (anúncio publicitário) e propaganda.

PUBLICIDADE

X

PROPAGANDA

Exemplos de propaganda:

Se a publicidade (anúncio publicitário) tem

finalidade comercial, a propaganda tem

finalidade social, de conscientização.

Atividade 10:

Agora que você já sabe o que é anúncio publicitário e o que é

uma propaganda, escreva uma propaganda para “A verdadeira

história de Chapeuzinho Vermelho”.

LEMBRE-SE DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO:

Quem vai produzir?

Para quem vai produzir?

Com qual finalidade vai produzir?

Onde esta propaganda vai circular?

Qual a linguagem que você vai empregar na

propaganda para convencer a pessoa?

Atividade11:

Para ajudar a mamãe da Chapeuzinho na

cozinha o Lobo fez uma receita de pudim de

leite condensado que ficou uma delícia!

Você sabe o que é uma receita?

Você já fez uma receita? Socialize com o

grupo!

Vamos fazer, oralmente, uma receita?

Que ingredientes devemos usar?

Qual o modo de preparo?

Após o professor ter registrado no quadro a

receita produzida pelo grupo é hora de

comparar a recita produzida com outras

receitas. (Pode ser a mesma receita de

pudim de leite condensado que fazemos em

casa).

PUDIM DE LEITE CONDENSADO

Ingredientes:

1 lata de leite condensado;

1 medida da lata de leite condensado de leite;

3 colheres de açúcar

3 ovos

Modo de preparo/fazer:

Ligue o forno para aquecer por 10 minutos em fogo baixo;

Bata no liquidificador os ovos, o leite moça e o leite por 3 minutos;

Faça uma calda com o açúcar, deixe esfriar um pouco;

Coloque a calda numa forma com furo no meio;

Coloque o pudim sobre a calda;

Leve ao forno, não precisa ser em banho-maria, espere ficar moreninho em cima, em

torno de 40 minutos;

Aguardar esfriar e leve à geladeira de um dia para o outro.

COMPARANDO AS

RECEITAS

A receita é um gênero textual que apresenta partes bem

definidas:

Título;

- Ingredientes - (relaciona os ingredientes estipulando as quantidades necessárias,

indicadas em gramas, xícaras, colheres ou pitadas);

- Modo de preparo/fazer - (indica, passo a passo, a sequência dos procedimentos e a

junção dos ingrediente a ser seguida para se obter o melhor resultado da receita) os

verbos se apresentam no modo imperativo (coloque, bata) e infinitivo ( colocar aos

poucos, misturar de vagar);

- Obs: A receita pode apresentar outras informações, como o grau de dificuldade, o

tempo médio de preparo, rendimento, calorias ou como decorar e servir;

- Linguagem clara e objetiva - emprega o padrão culto da língua.

Agora é a sua vez!

Atividade 12:Em grupos de 5, produza um conto dando uma nova versão

para “A verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho”. Use a sua

imaginação, você pode recorrer a personagens de outras histórias

que você já conhece ou criar novos personagens, novas situações

ou ainda um novo local para se passar a história.

Depois, socializar as novas versões da história com a sala.

(Cada componente do grupo pode ser uma personagem).

Atividade 13:

De posse de um novo conto vamos:

PENSAR;

REGISTRAR;

PREPARAR ATIVIDADES;

Pensando na educação inclusiva.

(Cada educador pode pensar nas especificidades do grupo que

atende e promover material que contemple a todos)

AGORA É A SUA VEZ!

FIM!