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Propaganda eleitoral:o que você precisa saber

Magno Pereira Hermélio Silva

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7Magno Pereira e Hermélio Silva

Propaganda eleitoral: o que você precisa saber

Copyright © by Magno Pereira da Silva e Hermélio Ni-colau da Silva, , 2020 - Dados Internacionais e Catalogação na Publicação (CIP).

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil).

______________________________________________________

Pereira, Magno e Silva, Hermélio. Propaganda eleitoral: o que você precisa saber.

Rondonópolis, MT, 2020.ISBN 978-85-917831-6-8.1. Ciência política.

______________________________________________________

Índice para catálogo sistemático: Ciência política - CDD 320.

Diagramação: Antonio Marcio Rodrigues Moreira.Revisão: Hermélio Silva.Capa: Designer Marcelo Oliveira Souza / Gráfica Famas.Impressão e acabamento: Gráfica União.Editora: E. O. dos Santos Editora.

2020_________________Impresso no Brasil

Agradecimentos

A Tribuna.Antonieta da Silva Araújo.Cesar Augusto.Cláudio Ferreira de Souza.Cleomar Pilar.Danilo Ferreira Oliveira.Edson Ceretta.Guilherme Sturm.José Joaquim de Lima.Kleber Paulino de Almeida.Marileide Pereira da SilvaMaurício Castilho.Pedro Rosa Rodrigues.Robertinho Gomes.Roberto Nunes.Rolfo Celestino.Solange Oliveira.Stalyn Paniago Pereira.

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9Magno Pereira e Hermélio Silva Magno Pereira e Hermélio Silva

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Dedicatória

A família é a base referencial de uma sociedade civilizada, e a mim é caro não dedicar esta obra a pessoas importantes do meu seio de parentela, como:

A esposa Vânia Silveira de Souza.Aos meus pais Antonia Meire e Luiz Pereira da

Silva.Aos irmãos Marileide, Mario Cesar, Marineide,

Marley (in memorian) e Marlene.Aos filhos Camila, Magno Junior e Enzo Gabriel.

Magno Pereira.

Índice

Nota dos autores.................................................................17Prefácio................................................................................13

CAPÍTULO I.......................................................................19A pré-campanha, uma evolução boa..............................19As formas de divulgação dos atos pré-campanha........21

CAPÍTULO II......................................................................25A desinformação na Propaganda e no Processo Eleito-ral (Fake News)..................................................................62A propaganda eleitoral......................................................29Adesivos..............................................................................72As formas de propaganda eleitoral.................................31Banca de revista..................................................................55Bandeiras.............................................................................69Bandeiras e mesas..............................................................51Bandeirolas e flâmulas em veículos................................52Banner.................................................................................76Boataria...............................................................................77Camisetas, bonés, cestas básicas......................................54Carreatas.............................................................................49Carros de som.....................................................................58Cavaletes e bonecos...........................................................54Colinhas..............................................................................71Comícios..............................................................................56Debates................................................................................59

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Derrame de santinhos no dia da eleição.........................79Do direito das mulheres na propaganda eleitoral........60Dos cuidados na divulgação da pesquisa eleitoral.......61Facebook................................................................................36Facebook Messenger..............................................................44Fogos....................................................................................50Foto......................................................................................47Informações obrigatórias..................................................64Instagram.............................................................................43Internet.................................................................................33Internet - Redes sociais e o voto.......................................35Jingle.....................................................................................48Jornal impresso...................................................................31LinkedIn................................................................................44Lojas, cinemas, igrejas, estádios, muros, tapumes........55Marketing eleitoral – Pesquisas.........................................28Modelos de adesivos e outros meios...............................72Modelos de impressos – Alguns......................................64Outdoor, painel eletrônico, backlight e similares.............54Pesquisas eleitorais............................................................60Pinterest...............................................................................44Planejamento......................................................................25Planejamento de campanha e estratégia de comunica-ção........................................................................................26Praguinhas..........................................................................70Rádio e Televisão...............................................................32Rádio peão..........................................................................79Santão..................................................................................76

Santinhos.............................................................................64Showmícios...........................................................................57Skype....................................................................................45Slogan...................................................................................47Snapchat...............................................................................45Telefone...............................................................................45Telemarketing.......................................................................54Trio elétrico..........................................................................58Twitter..................................................................................54Vídeo do candidato para reuniões..................................49Visual da campanha..........................................................46WhatsApp.............................................................................41YouTube...............................................................................36

CAPÍTULO III....................................................................81A imprensa na eleição........................................................81Imprensa e publicações......................................................81

CAPÍTULO IV....................................................................83Calendário eleitoral...........................................................87Calendário eleitoral - Eleições 2020.................................87O dia a dia do candidato....................................................83

CAPÍTULO V....................................................................111Dia da eleição....................................................................116Faltando 03 dias para a eleição........................................115Faltando 15 dias para a eleição........................................115Faltando 30 dias para a eleição........................................114

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Faltando 45 dias para a eleição.......................................112Faltando de 90 a 45 dias para a eleição.........................112Monitoramento................................................................111Véspera da eleição............................................................115

CAPÍTULO VI..................................................................119Cálculo de vagas de vereadores: quociente eleitoral, quociente partidário e média/sobra.............................119Distribuição das demais vagas remanescentes............124Fórmula: Distribuição da 1ª vaga remanescente.........124Fórmula: Quociente eleitoral (QE)................................120Fórmula: Quociente partidário (QP).............................122

CAPÍTULO VII.................................................................127Condutas vedadas............................................................127Desincompatibilização....................................................131

CAPÍTULO VIII....................................................................135Financiamento coletivo - Robô de arrecadação................135

Prefácio

O que acontece quando a técnica e o primor da boa escrita se unem? Bem, nasce um livro. A seara pública me rendeu bons amigos e grandes exemplos. Conheci Magno Pereira no exercício da profissão. A primeira frase gravada por mim ao ouvir suas palavras de apresentação numa determinada reunião foi: “meu trabalho é eminentemente técnico”. Assim, iniciava a construção de uma amizade em 2005. Pessoa direta, sincera e sem rodeios. Logo precisei de uma expressão que o definisse e, assim lhe digo constantemente: “você é cirúrgico com as palavras”. Tenho a satisfação em testemunhar o crescimento profissional e pessoal desse grande amigo nesses 15 anos de amizade. Experiente e atuante em várias vertentes da área pública (Controle Interno, Administração Pública, Processo Legislativo, etc) sempre enfatizei que sua área por excelência e paixão evidente era o Direito Eleitoral. Não tenho receio em escrever que muito aprendi e tenho nele a primeira referência quando o assunto é Eleições. Assim, dividindo uma sala onde debatemos e refletimos o direito público, hoje, sempre dizemos que temos uma parceria fechada para uma longa vida profissional. Tenho aprendido com esse amigo que além dos estudos também precisamos alimentar e cuidar da alma. Eis, o meu exemplo de

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que o ser humano está em constante transformação e crescimento pessoal e profissional. Conhecer Magno é muito mais que um aperto de mão de um advogado com vasta experiência na área pública e, ter o prazer de conhecer um servo de Deus, católico dedicado à Igreja que coloca a família num patamar de importância digno de admiração.

Conversar com Hermélio Silva é compreender que precisamos ter mais percepção das pequenas coisas, dos detalhes. Talvez, em toda a minha vida profissional, não tenha esbarrado com tamanha educação e sutileza no trato das palavras. Meticuloso e perfeccionista, já me fez refletir sobre a organização das horas do meu dia, eis que ele se revela num bom administrador do tempo, isso justifica as suas várias obras publicadas e ainda o suporte técnico para aqueles que almejam uma produção literária. Defino Hermélio como uma multiplicidade da comunicação escrita ou falada. Sua preocupação na transmissão da informação pública quanto à percepção e compressão pelas pessoas o tornou referência nos temas de Recepção, Cerimonial, Publicidade e Propaganda. Essa multiplicidade, o torna um profissional de relações públicas com uma excelente capacidade de se comunicar seja no mundo das palavras escritas seja na linguagem falada. Pouco sei de sua vida

pessoal, sempre reservado, só nos deixa escapar algumas certezas: o bom filho que sempre enaltece as qualidades de sua mãe, um vovô coruja e um cuidadoso e atencioso marido. Não caberia neste texto descrição diferente, se você deseja ter uma prosa agradável e de proveito, aconselho preparar uma boa xícara de café e ter como convidado meu amigo Hermélio para ocupar a outra cadeira da mesa.

Então, quando esses profissionais se juntam para uma produção escrita em conjunto temos um resultado único: uma obra técnica ao alcance de todos aqueles que participam ativamente do processo eleitoral, seja na condição de eleitor, de candidato, de suporte técnico de assessoria e consultoria ou até mesmo daquele que embora distante desse processo se dedica ao tema. Este livro claramente evidencia seu sucesso, pois o diferencial está na preocupação em transformar todo o conhecimento técnico e formal da legislação e jurisprudência eleitoral, numa linguagem acessível, de fácil leitura e compreensão que, possa transitar tanto nas mãos dos profissionais da área eleitoral, como daqueles que não detém conhecimento técnico, mas atuam diretamente nas campanhas e nos processos eleitorais.

Você leitor, tem em mãos um verdadeiro manual, no qual um advogado com vasto conhecimento no

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Direito Público e Eleitoral, um renomado escritor e profissional da Comunicação e ainda, um contador com significativo conhecimento em economia e gestão empresarial compartilharam seus conhecimentos e suas experiências de longos anos atuando ativamente nas eleições, principalmente do Estado de Mato Grosso. Enfim, recebemos um presente de elevada apreciação.

Boa leitura.

Antonieta AraújoAdvogada e professora de Direito

Nota dos autores

A democracia é o regime em que há um governo do povo, pelo povo e para o povo, já diria Abraham Lincoln, presidente americano (1861). Claro que para o bom amadurecimento da democracia se faz necessário uma representação ao máximo das vontades das pessoas.

O ápice para a compreensão democrática é a existência de eleições livres e até competitivas, com o soberano respeito da vontade popular. O Brasil vem aprimorando nas últimas décadas sua democracia, onde o ecoar das liberdades necessárias, como de expressão, vem como o contraponto do achincalhar dos detratores democráticos.

O processo eleitoral brasileiro tem como um dos seus pilares a propaganda, como forma da arregimentação e convencimento do cidadão eleitor, dentro daquilo que se propõe como melhoria para a sociedade.

Sendo salutar e necessária, a participação da população no debate eleitoral, ao menos informando-se, já que de uma maneira ou de outra, receberemos os reflexos das ações e decisões ora tomadas, e certamente, terá pessoas que votam e outras que serão votadas. Assim, esperamos contribuir neste processo democrático como todo cidadão que queira

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um maior mergulho daquilo que se precisar saber quanto a propaganda, bem como das nuances do pleito eleitoral.

Mesclamos modestamente neste livro o marketing político-eleitoral com a Lei das Eleições, com o intuito de ajudar os pré-candidatos, candidatos, eleitores e leitores nas suas avaliações e decisões para serem votados, votarem e entenderem o processo nesse pleito de 2020, principalmente o sistema proporcional.

CAPÍTULO I

A pré-campanha, uma evolução boaA legislação impõe que a propaganda eleitoral

só é permitida após o dia 16 de agosto. A evolução substancial aprazível recente, veio

com o advento da minirreforma eleitoral, trazida na lei 13.165 de setembro de 2015. O cerne central foi a possibilidade de antecipar atos fora do prazo eleitoral sem que houvesse repreenda, dando maior equilíbrio eleitoral, essencialmente para aqueles não detentores de mandatos eletivos.

Dentre as principais alterações legislativas, estão aquelas disciplinadas no artigo 36-A que fora acrescido junto a lei 9.504/1997. Além do mais, outros atos são importantes e merecem destaque, seja pela permissão ou vedação. Como enumeramos a seguir, alguns pontos importantes em uma pré-candidatura.

PODE:1) O pretenso candidato pode participar de

entrevistas, programas, encontros ou debate de rádio, na televisão e na internet, podendo expor plataforma;

2) O cidadão com aspiração no pleito eleitoral pode expressar o seu desejo de ser candidato nas

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eleições vindouras, fazendo menção à pretensa candidatura;

3) É permitido ainda que o cidadão divulgue seu posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive em redes sociais, sítios eletrônicos pessoais e aplicativos;

4) Pode o cidadão, pretenso candidato, exaltar e dizer das suas qualidades pessoais;

5) É Permitido ao pretendente ao cargo público eleitoralmente, informar as ações políticas desenvolvidas e as que se pretende desenvolver;

6) É legítimo realizar campanha para arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo.

Diferente de outros momentos, na minirreforma houve a ampliação das atividades que se voltem ao processo e debate eleitoral, permitindo ao cidadão que queira participar, um leque mais amplo com ações prévias.

Neste liame, é cuidadosa a atenção para não incorrer em atos afrontatórios legais no período pré-eleitoral, sendo em algumas situações posta de maneira clara, exemplo da vedação literal ao pedido explícito de voto. Não pode o pretenso candidato pedir ao eleitor o voto, tal comportamento deve ser feito no prazo de permissão de campanha eleitoral.

Quando se diz da vedação legal observamos que os Tribunais têm punido aqueles que tentam burlar a lei com pedido de voto de forma camuflada ou subliminar, ou que promova o desequilíbrio com abuso do poder econômico, dentro de uma lógica das possibilidades de um pré-candidato médio. Enumeramos pontos importantes de vedação em uma pré-candidatura.

NÃO PODE:01) Não pode pedir votos. Se fizer o pedido

explícito de voto é considerado propaganda eleitoral antecipada, sujeito a sanção;

02) Não usar no período prévio de atos que são proibidos durante campanha eleitoral;

03) Não pode transmitir ao vivo as prévias partidárias em rádio e televisão;

04) É proibida a propaganda paga nas emissoras de rádio, televisão e internet na pré-campanha.

As formas de divulgação dos atos pré-campanhaVárias são as formas autorizadas por lei, para a

divulgação do cidadão, pretenso candidato, de suas intenções.

A primeira e mais importante são as redes sociais.

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O pré-candidato pode utilizar todas as plataformas (Facebook, Instagram, WhatsApp, etc) para se comunicar com o eleitor. Podendo inclusive nas comunicações diretas individuais aprofundar o debate com o eleitor.

Esse é o instrumento mais indicado, pois é de fácil acesso à maioria da sociedade e não tem gasto nenhum.

A lei eleitoral permite também que sejam realizadas, rodadas de entrevistas nos meios de comunicação (rádios, televisão e internet) com os pretensos candidatos, devendo as emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico.

Permite a legislação ainda que sejam realizados encontros em ambientes fechados e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais e ainda sejam realizadas, também a expensas de partido político, reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.

Importante que se diga que a jurisprudência vem caminhando no sentido da boa recepção de permissivo eleitoral na plenitude, se realizado com prudência, como o caso da produção de material gráfico (adesivos, panfletos, etc) para a divulgação dos atos de pré-campanha. Nestes casos fazemos

somente uma ressalva, deve o pré-candidato tomar cuidado com gastos excessivos e bons registros com o consentido legal, sobre pena de sofrer ação própria do Ministério Público, bem como, posteriormente ser representado por aqueles que se sentirem prejudicados pelo eventual abuso.

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CAPÍTULO II

PlanejamentoA campanha eleitoral, se baseia em um tripé de

profissionais orientando o candidato, deve contar o mesmo com a assessoria de um Consultor de Marketing, um Advogado e um Contador. Nos primeiros contatos com o candidato busca-se as informações, pretensões e projetos, a partir daí monta-se as propostas com as orientações a serem seguidas. A possibilidade de sucesso da candidatura passa por essas rotinas.

Considerando o propósito do livro, iremos nos limitar a trazer uma visão do que pode e deve ser feito no que diz respeito à propaganda eleitoral e algumas nuances importantes afetas.

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br.freepik.com.

Planejamento de campanha e estratégia de comunicação

Com informações mais específicas ao planejamento, relacionamos as demandas mais importantes para se obter sucesso na campanha, atentando para as ações a seguir, mas adequando-as dentro do limite orçamentário de cada candidato:

Consultorias para:- Legislação eleitoral.- Contabilidade.- Jurídico.- Produção de material de campanha.

- Imagem pessoal.- Som volante e reuniões com indicação

estrutural.- Pesquisas com leitura profissional: qualitativas

e quantitativas.- Expedição de documentos oficiais (autorizações,

ofícios, contratos e contatos com autoridades).- Mapeamentos de locais.- Planejamento de campanha.- Estratégia de comunicação.- Palestras sobre eleições 2020 e motivação

pessoal.

Realização:- Planejamento de campanha, reavaliar a cada

semana.- Avaliação, crítica e produção dos discursos

(postura, microfone, abordagens, falas...).- Palestras especiais (motivacional e eleitoral)

para cabos eleitorais, parentes e simpatizantes.- Pacote de mídia para o candidato, com música,

jingle, falas, spots, por estúdio profissional.- Vídeos de até quatro minutos produzidos e

finalizados com direção de fotografia profissional,

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para uso em reuniões durante a campanha.- Produção de textos para biografia e impressos.- Produção de jornais impressos de duas páginas.- Redes sociais com produção de conteúdo.- Assessoria de imprensa.- Kit som - Sistema de som e telão para eventos.

Marketing eleitoral – PesquisasA leitura do marketing político/eleitoral, um

importante instrumento para se iniciar qualquer trabalho em campanha eleitoral. Devemos partir do seguinte pressuposto na contratação da empresa de pesquisa:

- Qualidade, confiança, sigilo e responsabilidade da empresa.

- Sem conflito de interesse na região pesquisada.- Compreensão e confirmação do briefing.- Cumprimento de prazos, abrangência geográ-

fica, coleta de dados e relatório final detalhado grafi-camente.

- Mínimo de três grupos de discussão.- Envolvimento de profissionais capacitados.- Programa de tratamento estatístico.

Foto: www.tse.jus.br.

A propaganda eleitoralA partir do dia 16 de agosto, está liberada a

propaganda eleitoral. Entre outros importantes atos de campanha, a propaganda eleitoral talvez seja o que mais tenha importância e relevância para um resultado satisfatório do candidato.

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www.pixabay.com.

Existem vários formatos de propaganda, e é com base nos conceitos de cada candidato que se monta a sua estratégia de marketing e planejamento de comunicação.

De posse das propostas define-se as ações, como mensagem, visual, programas, produção de artes, quantidades de materiais e orçamentos.

Vamos apresentar algumas das formas de propaganda, as vedações e os requisitos legais que devem ser observados, tudo isso, com base na lei das eleições, nas resoluções editadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e também no entendimento jurisprudencial do TSE.

As formas de propaganda eleitoralA propaganda eleitoral é aquela direcionada à

população com a finalidade de divulgar o candidato, que busca o voto do eleitor, dizendo ou reforçando que ele é o melhor para aquele cargo em disputa.

Jornal impressoImportante meio de comunicação que deve ser

explorado. Como o voto válido pode ser de qualquer parte do município é uma maneira de se chegar a locais mais distantes, pois a propaganda nesse meio alcança mais pessoas, com informações mais relevantes sobre o candidato, além disso, este veículo de comunicação agrega valores à comunidade, pois geralmente abre espaço para outras informações. Ademais, tal meio de comunicação ainda possui um importante papel, visto que uma parcela muito grande da população acha que a notícia deve estar no jornal impresso, ou seja, a confirmação de fato está naquela plataforma, sem contar a empatia com o grupo de comunicação, que geralmente abre espaço espontâneo para matérias e outras divulgações.

Segundo a professora e jornalista da UFMT Mariângela Sólla López (2019), em Mato Grosso a vida do jornalismo impresso em relação à internet é cíclica, sempre teve veículos que abriam e fechavam as portas

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e que não é devido ao impacto das novas tecnologias não. Os profissionais da área, buscam trabalhar na fabricação de fatos e notícias, e o caminho que vem dando certo até agora, é desvendar essas fake news e mostrar para o seu público o que é notícia falsa. Os jornais hoje têm a tarefa de serem mais críveis para que as pessoas acreditem e tenham credibilidade, com trabalho sério, conteúdo de qualidade para que o consumidor da informação tenha a certeza de que não está consumindo fake news com princípios e valores que norteiam a informação e isso tem que estar claro para o público.

Dentro do limite orçamentário, esse nicho do mercado é muito interessante, devendo investir na propaganda eleitoral permitida para divulgação paga em jornal impresso, de até 10 anúncios por veículo.

Rádio e TelevisãoTodas as oportunidades para propagar o

candidato devem ser usadas, guardando os limites do bom senso. Existem impedimentos, mas o que for permitido é para ser usado mesmo, só não pode ser sentimentalista, chato, repetitivo e sem discurso.

A televisão é a sala de estar do eleitor. Perca tempo gravando um bom comercial, mas corra atrás do voto, principalmente se for candidato da proporcional, uma vez que o tempo que lhe será dado vai ser pequeno demais.

InternetO segundo melhor caminho para se chegar ao

eleitor são as redes sociais, perdendo apenas para a televisão. Uma página nas redes sociais é muito vista e é fácil repercutir as mensagens e postagens. Entretanto repetimos que a televisão para o candidato a vereador não tem a mesma importância que as redes sociais e a visita direta, pois geralmente o tempo dado ao candidato é muito ínfimo.

Na coluna Radar, da revista Veja 2.289, de 3.10.2012, página 60, diz que ainda não foi em 2012, que a internet ajudou os marqueteiros, bem como não foi importante em 2010.

Em 2014 notou-se a velocidade espantosa da internet para repercutir informação e as discussões partidárias na disputa presidencial.

Em 2016 não foi subestimada.Em 2018 fez a diferença, uma vez que a campanha

mesmo estadual notou-se que houve necessidade dela para alcançar objetivos de divulgação e outros municípios distantes, quando o candidato não visitou ou só pode visitar poucas vezes, devido ao tamanho do estado.

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www.pixabay.com.

Com regras novas, a popularização das redes sociais e os problemas identificados pela Justiça Eleitoral, em decorrência das experiências vivenciadas na eleição passada, as eleições 2020 serão realizadas de forma mais assertiva. Acredita-se que as mudanças mais impactantes serão implantadas nas campanhas pela Internet e no combate às fake news. Mesmo que a eleição seja em outubro está autorizada a pré-campanha e deve ter preocupação em não infringir a legislação.

Não podemos deixar de falar sobre a arrecadação de doações, através das vaquinhas virtuais, que se bem-feita terá sim, este ano, bom retorno, lembrando

que devem atentar para o pedido de apoio financeiro, e quando não for permitido ainda, o pedido de votos.

Também lembramos do impulsionamento de conteúdo eleitoral, uma prática vedada aos eleitores.

A boca de urna eletrônica, quando não poderá ser feita publicação de conteúdo de propaganda do candidato.

Internet - Redes sociais e o votoVamos falar um pouco sobre as dez redes sociais

mais usadas no Brasil. O Facebook não é mais o primeiro colocado, perdeu o posto para o Youtube.

O brasileiro gasta em média três horas e meia nas redes sociais, perdendo apenas o primeiro lugar para as Filipinas.

Foto: www.tse.jus.br.

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Conforme relata Amanda Imme (2020), as redes sociais são canais importantes para atingir seu público-alvo. E, para identificar em quais sua audiência está e fazer bom uso delas, é interessante conhecer as mais populares, que têm maior número de usuários.

Então, vejamos:

1ª – YouTubeSegundo o site resultadosdigitais.com.br, o

YouTube passou o Facebook, que em 2019, tornou-se a rede social mais utilizada pelos brasileiros. É a principal rede social de vídeos online da atualidade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente, podendo ser usado para distribuição de conteúdo.

2ª – FacebookPerdeu o posto de primeiro colocado, mas é

muito usado e ainda figura com grande desenvoltura, sendo a mais utilizada pela população mundial.

O Facebook é uma rede social de fácil manuseio, tem várias oportunidades de divulgação e é o principal mercado das lives tanto usadas por igrejas, músicos, artistas diversos e até para performances nacionais, que está em voga, rendendo dividendos

aos apresentadores, neste momento em que não pode fazer seus shows com aglomerados de pessoas.

Vai ser quase impossível o candidato não estar no Facebook.

Como a população está mais politizada, ávida por novidades e o Facebook é a ferramenta mais usada que o Twitter, Site, Blog, Youtube, Instagram (divulgação de fotos), Flickr (compartilhamento de fotos) e Soundcloud (compartilhamento de arquivos de áudio), o candidato deve atentar para esse recurso, postando seu material com produção profissional, falando diretamente com seu eleitor, mesmo que tenha de identificar que é uma equipe sua respondendo pelo abastecimento, no caso de não poder atender com rapidez. Usar do recurso para iniciar discussões de seu interesse, potencializando seus amigos, repercutindo suas mensagens, chamando seus eleitores para compartilhar e comentar seus posts e agregando novos adeptos.

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Segundo a revista Veja 2.585, de 6.6.18, seção Sobedesce, página 42, o Facebook já estava perdendo terreno no mercado internacional, quando ainda estava em terceiro lugar em 2017, segundo o ranking da Amazon, passou para o quarto lugar atrás do Google, YouTube e Reddit, mas não perdeu a importância no Brasil, e ainda é o melhor caminho para propagar uma campanha eleitoral, entre as redes sociais, tanto é que está em segundo lugar no momento.

O Facebook dissemina a informação mais célere, mas deve ser com bom senso na dosagem dos posts, para não cansar o internauta, nem criar rejeição. Deve-

se cuidar na dosagem, postando pequenos textos com poucas fotos, mas potencializar aquelas de adesões importantes ou reuniões de lideranças. A preocupação com um intervalo de tempo entre as postagens também deve ser seguida à risca, primeiro para não postar tudo de uma vez e o assunto ser consumido por poucos, devido à rapidez das postagens de outros usuários, o que é levado pela rolagem para um arquivo de mais difícil visão, segundo é o contrário, que em doses homeopáticas há muita chance de alguém que ainda não viu seu material, vê-lo. Pode ficar redundante postar novamente, mas pode-se alcançar novos internautas, leitores, eleitores. Também o envio das publicações nos grupos de WhatsApp e até individuais é de suma importância para a repercussão. Muito interessante uma visita a uma casa, e na sequência a assessoria enviar o link de postagem no Facebook, falando sobre a visita, é de um encantamento sem igual, além de enviar as fotos também pelo aplicativo.

No Facebook há possibilidade de conquistar novos eleitores e manter aqueles já conquistados, portanto é um excelente canal para divulgação da campanha do candidato. Ali se pode postar a agenda, acompanhar, provocar, compartilhar, curtir e comentar as ações, impulsionando aquelas de interesse do candidato e tratando de forma adequada, aquelas que não

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têm interesse de repercussão, além de possibilitar a exclusão ou ocultar comentários indesejáveis.

A divulgação das propostas, perfil, linha do tempo, fotos antigas e atuais são de suma importância no Facebook. Imagens caricatas, humorísticas, charges, santinhos e novidades da campanha devem ser postados e repercutidos. Zelar para que não se propague demandas sem interesse ou negativas, por isso o profissional que cuida das redes sociais deve estar atento, em especial para com outros endereços ou mídias.

Repercutir assuntos de interesse positivo, como matérias, reuniões, pesquisas e imagens, com unicidade da informação.

As redes sociais são fontes de pesquisas qualitativas importantes e baratas, além de ser um medidor rápido de como anda a campanha.

Deve haver uma coesão com o que se fala na televisão e rádio, nos impressos, à imprensa, redes sociais e o que se fala nas reuniões, comícios ou olho no olho.

3ª – WhatsAppUma rede social muito popular dos brasileiros.

É muito pequena a quantidade de pessoas que tem celular e não tenha esse aplicativo, já apelidado de “Zap Zap”.

Usado para bate-papo, postagens diversas, como notícias e muito usado para repercutir matérias. Muitos se informam inicialmente através do WhatsApp e só depois vão buscar a notícia em canais mais confiáveis, talvez até abrindo links de veículos mais sérios.

Será, com certeza, o centro de debates, denúncias, matérias e outras repercussões durante as eleições de 2020.

Os compartilhamentos de mensagens, vídeos e bate-papos serão propagados de forma rápida, alcançando outros usuários e o mais importante, vários grupos.

Será usado como plataforma do candidato, entre seus entes, cabos eleitorais, apoiadores, entre outros para propagar suas ações e projetos políticos.

Não há regulamentação clara no Brasil, entretanto já há um caminhar jurisprudencial quanto a este formato de comunicação, ponderando ilícitos e propaganda eleitoral irregular. Há uma nuvem fosca se é telefone ou mídia social. Criptografado para não ser grampeado, e nem com autorização judicial a

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empresa compartilhou informações que subsidiariam uma investigação criminal.

Vai ser a diferença na campanha. Usado para repercutir assuntos bons e ruins, favoráveis e desfavoráveis.

Massifica a informação em minutos, passando para pessoas e grupos.

As redes sociais na campanha têm limites e não pode haver agressões e divulgação de inverdades.

Incluir cabos eleitorais em diversos grupos para repercutir as ações do candidato é importantíssimo.

A fiscalização será difícil, mas as postagens podem ser reveladas por pessoas ou grupos infiltrados,

que copiarão as mensagens para denúncias aos organismos oficiais.

4ª – InstagramCriado exclusivamente para o celular, mas já

é possível visualizar publicações no desktop, mas o formato continua para aparelhos móveis. Comprado pelo Facebook, hoje é possível postar fotos com tamanhos e formatos diferentes, além de vídeos e stories.

Pelo Stories, pode fazer posts de perguntas, enquetes, vídeos em sequência, uso de GIFs, podendo ter efeitos de corte, legendas e sobreposição.

Consideramos que essa rede social poderá ser um dos meios mais usado na internet.

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5ª – Facebook MessengerÉ uma ferramenta de mensagens instantâneas

do Facebook, mas separada da plataforma. Tem que baixar o aplicativo para os usuários da rede social via smartphones, já que não é mais possível responder mensagens pelo aplicativo do Facebook.

6ª – TwitterUma rede social que explodiu em 2009, mas vem

caindo e não é muito usado em cidades interioranas. É um canal onde os políticos de grande estatura divulgam as informações em primeira mão.

7ª – LinkedInUma rede social voltada para profissionais.

Buscam as comunidades, que reúnem interessados em algum tema, profissão ou mercado específico.

8ª – PinterestUma rede social de fotos, para criar pastas

e guardar suas inspirações, upload de imagens, como moda, maquiagem, casamento, gastronomia, arquitetura, faça você mesmo, viagem e design. Usado mais pelo público feminino.

9ª – Skype

Usado para realizar chamadas de vídeo e voz, entre outros, de forma gratuita, entretanto é mais usado por empresas. Em tempos de debates de isolamento social uma ferramenta a ser observada.

10ª – SnapchatÉ um aplicativo de compartilhamento de fotos,

vídeos e textos. São conteúdos que desaparecem algumas horas após a publicação. Usado mais por jovens.

TelefoneAinda temos muitos telefones fixos e o seu uso

não deve ser desprezado, principalmente para aquelas pessoas idosas e de bairros distantes, mesmo usando o celular não custa fazer algumas ligações para sua agenda, só não se esquecendo do uso proibido do telemarketing.

Divulgue seu fone à vontade, se puder atenda aos eleitores, mas cuide-se que o outro lado pode estar gravando. Também, poderá deixar um assessor para esse serviço, com os devidos cuidados.

Visual da campanha

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Produção de todo material com as informações iguais, como cores e tipo de letras. Baseadas nas cores do partido e naquelas que identifica o candidato, deve-se formar a mensagem num todo. Se puder, contrate um profissional para essa produção.

São as artes de todas as peças publicitárias, e as próprias peças.

A correta colocação de tais peças nos organismos usados, como comício, reuniões, portas, janelas, fachada da coordenação, automóveis e imóveis diversos devem ter uma sensibilidade no seu uso para repercutir o máximo possível, de modo que as cores, formatos, slogans transmitam imediatamente ao leitor que aquele material pertence a tal candidato, mesmo se existir inúmeros outros. www.pixabay.com.

FotoNão use sua foto de quatro anos atrás, nem abuse

do Photoshop.A foto da campanha deve ser igual a foto da

urna eletrônica, que será em preto e branco. Lembre-se disso.

SloganUma frase que defina o candidato ou a sua

campanha.Um exemplo: “Hagar Ésse, primeiro o povo!”.

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JinglePara um bom jingle é preciso que se tenha um

texto que propague as propostas e os conceitos descobertos na pesquisa qualitativa, que falaremos mais à frente. Escolher uma boa melodia, paródia, que deverá ser cantada por profissionais. Uma novidade seria a inversão de gênero na interpretação, ou o uso de ambos.

Exigir do produtor musical que não produza outro jingle com a mesma música, para aquele pleito na sua cidade, em caso da eleição proporcional.

www.pixabay.com.

Vídeo do candidato para reuniõesProdução de vídeos contando um pouco da vida

do candidato, para utilização nas reuniões. O vídeo deve ter uma produção profissional, com no máximo quatro minutos. Se possível crie novos vídeos para a veiculação mais próxima da eleição. Esses vídeos para os candidatos a vereador devem ter uma situação parecida com a do a prefeito. Inicia-se falando da família, crescimento, mudanças, perfil, ideias e propostas.

CarreatasAs carreatas são ações importantes nas cidades

menores, pois são consideradas como medidores da pulsação da campanha. Também é uma oportunidade para agregar apoiadores e repercutir o apoio das lideranças formadoras e informadoras de opinião, da região, bairros e da cidade.

Deve-se avaliar o interesse do local, da sua possibilidade e do nicho de propensos eleitores.

É o momento de se fazer bons filmes ou vídeos para repercussão, através das redes sociais.

Evento caro e perigoso, pois a cobrança de distribuição de combustível, de verba para colocação de perfurate (adesivo transparente no vidro traseiro

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dos veículos), o que não recomendamos.

FogosMesmo caso das carreatas, pois são valorosas

as manifestações de apoio dos eleitores. Mede-se a campanha com essa ação também, e ela traz eleitores e curiosos para o evento.

Algumas cidades proíbem soltar fogos, outras num terminado espaço, principalmente nos centros da cidade.

No dia 23.5.18, o prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) sancionou um projeto de lei que proíbe soltar fogos de artifício barulhentos dentro do município de São Paulo.

Peça para a assessoria verificar esses casos com zelo, mas a repercussão em bairros e regiões denotam crescimento da campanha e do nome do candidato. br.freepik.com.

Bandeiras e mesasÉ bom para mostrar volume, mas há uma

clara manifestação negativa dos eleitores, quando os voluntários e cabos eleitorais ficam o dia todo ao sol escaldante a balançar as bandeiras. Sugerimos estratégias coordenadas para que não fique muito

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tempo nessa ação. Talvez, se der uma cobertura especial ao cabo eleitoral que segura a bandeira, exigindo que ele use roupas adequadas, filtro de proteção solar, óculos, entre outras ações, demonstrando a preocupação com o ser humano.

As bandeiras e mesas para distribuição de materiais de campanha são permitidas ao longo das vias públicas, desde que móveis e não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos (Lei nº 9.504/1997, art. 37, §6º).

Não podem ser fixadas em local público e ali permanecer durante todo o período da campanha. Devem ser colocados e retirados diariamente, entre 6h e 22h (Lei nº 9.504/1997, art. 37, § 7º).

Se notar que essa ação já está sendo copiada ou feita por vários candidatos, o melhor é não fazer e levar a equipe para outra ação.

Bandeirolas e flâmulas em veículosRecurso ainda pouco usado, uma vez que a

opção pelo adesivo é maior e não tem tanto manuseio. Importante para as carreatas.

É permitida a confecção, a distribuição e a utilização de displays, bandeirolas e flâmulas em veículos automotores particulares, pois não

proporcionam vantagem ao eleitor; a proibição somente é aplicável para veículos automotores prestadores de serviços públicos (Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 6º, e Res.-TSE nº 22247/2006).

br.freepik.com.

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Camisetas, bonés, cestas básicas...Importantes peças de campanhas usadas no

passado recente, mas é vedada na campanha eleitoral, a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor (Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 6º).

Outdoor, painel eletrônico, backlight e similaresEstão proibidos.É proibida a utilização de outdoors (Lei nº

9.504/97, art. 39, § 8º). O TSE já estabeleceu que painel eletrônico, backlight ou similar são classificados como outdoors, portanto, caracterizam propaganda eleitoral irregular (Res.-TSE nº 23.084/09 e 23.610/2019).

Cavaletes e bonecos São proibidas placas, faixas, cavaletes, bonecos e

assemelhados (Lei nº 9.504/1997, art. 37).

TelemarketingNão é permitida a propaganda via telemarketing

em qualquer horário, bem como por meio de disparo

em massa de mensagens instantâneas sem anuência do destinatário (C.F., art. 50, X e Xl; Código Eleitoral, art. 243, VI; Lei n° 9.504/1 997, art. 57-J; e art. 34 da Resolução TSE n° 23.610/2019).

Banca de revistaNão é permitida a propaganda, pois nos bens

cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados (Lei nº 9.504/1997, art. 37).

Lojas, cinemas, igrejas, estádios, muros, tapumes...

Proibida a propaganda em bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pelo Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada. Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como em

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muros, cercas e tapumes divisórios, não é permitida a colocação de propaganda eleitoral de qualquer natureza (Lei nº 9.504/1997, art. 37, § 4º; e § 2º§ 3º do art. 19 Res. TSE nº23.610/2019).

ComíciosOs comícios poderão ser realizados. É autorizado

o uso de aparelhagem de som fixa. Se usar trio elétrico, ele terá de permanecer parado servindo apenas como suporte para divulgação de jingles e mensagens do candidato.

Sabemos da dificuldade de se levar participantes para os comícios, mas recomendamos pelo menos dois eventos, no lançamento da campanha, para dizer que é mesmo candidato, repercutindo o máximo possível e nos últimos dias, também demarcando espaço e divulgar a ação após a realização, propagando nas redes sociais e mídias possíveis. Fazer isso na sua região.

br.freepik.com.

ShowmíciosEstão proibidos.Muito usado no passado, mas os showmícios ou

eventos assemelhados para a promoção de candidato e a apresentação remunerada ou não, de artistas com o objetivo de animar comício e reunião eleitoral, não são mais permitidos e inclusive estão proibidos aos candidatos profissionais da classe artística se apresentar como tal.

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Trio elétricoSó para os comícios, e que esteja parado, usando

apenas o sistema de som. Em sendo minitrio, com potencial nominal de amplificação maior que 10.000W (dez mil watts) e até 20.000W (vinte mil watts) é permitido, bem como o uso de minitrio em carreatas, caminhadas e passeatas ou durante reuniões, desde que observado o limite de 80dB (oitenta decibéis) de nível de pressão sonora, medido a 7m (sete metros) de distância do veículo (Lei n° 9.504/1997, art. 39, § 11; e § 3º, II § 4 da Res. TSE nº 23.610/2019).

Carros de somVocê já imaginou uma carreata sem o carro

de som? Concordamos com o uso do carro de som na campanha. É uma forma barata de se chegar ao eleitor. Passa-se a mensagem de forma objetiva, com nome, número, slogan, jingle, além de divulgar ações pontuais, como reuniões, comícios, etc. Tem que estar acompanhando uma caminhada, carreata ou passeata.

A campanha ganha muito com o som volante, acompanhando as caminhadas, carretas ou passeatas só precisa observar as normas e não ficar passando apenas numa rua, ou num bairro, pois a repetição, neste caso chateiam as pessoas. Deve-se criar um roteiro e programar as datas para não maximizar desnecessariamente um público específico.

O som volante impacta se fizer bem feito, pois cria curiosidade nas pessoas e elas vão buscar mais informações para se inteirar melhor, quando notam essa ação, que deve envolver pessoas acompanhando o som volante, minimante denotando uma caminhada. Daí essa provocação vai fazer o aguçamento de uma propaganda perfeita, chamativa e de impacto, que agregada a outras ações, que vão martelar na cabeça do ouvinte, pois o som tem esse poder.

Tanto pode usar o som volante comum, como os minitrios, observando os limites permitidos.

DebatesNão fuja do debate, mas faça uma boa preparação

para sua participação não ficar insossa. Preocupe-se com as cores da roupa, sua postura e não seja diferente do que é no dia a dia.

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Do direito das mulheres na propaganda eleitoral

O debate que envolve a participação das mulheres no processo eleitoral ganhou novo capítulo em 2018, quando o Supremo Tribunal Federal na análise da ADI 5617 no debate de gênero, equiparou o patamar legal mínimo de candidaturas femininas, dentro do disposto do art. 10, § 3º, da Lei das Eleições, isto é, ao menos 30% de cidadãs, devem ter acesso aos recursos do Fundo Partidário a que lhes serem destinados, que deve ser interpretado como também de 30% do montante do Fundo alocado a cada partido, para as eleições majoritárias e proporcionais.

Neste mesmo liame o Tribunal Superior Eleitoral também ratificou o entendimento de que a interpretação se estenderia em relação a distribuição do tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, na obediência mínima da proporcionalidade de gênero, assegurando as mulheres o direito minimamente a 30% do tempo de propaganda, ou o contrário, dos homens ficarem com 30% e as mulheres com 70%

Pesquisas eleitoraisClaro e sucinto: se tiver bem na pesquisa dê

o máximo de publicidade nela. Caso contrário, esqueça-a.

No ano da eleição as pesquisas de opinião pública devem ser registradas na justiça eleitoral em até 05 (cinco) dias antes da divulgação, devendo ser atendidos critérios que informe contratante, valor pago, metodologia, sistema de verificação de dados, sob pena de multa (Lei n°9.504/1997, art. 33; Res. TSE nº 23.600/2019).

Dos cuidados na divulgação da pesquisa eleitoral

A divulgação de pesquisa é uma ferramenta importante no processo eleitoral, devendo haver o cuidado na sua divulgação, visto as restrições legais e compreensão jurisprudencial da justiça eleitoral.

Divulgar uma pesquisa de opinião sem o devido registro pode ensejar ao divulgador uma salgada multa no valor de cinquenta mil a cem mil Ufirs, mesmo que seja em ferramentas como WhatsApp e assemelhados, devendo ser observado, entretanto, se houve legítimo direito de expressão e comunicação ou se houve aptidão para levar ao “conhecimento público” o resultado da pesquisa eleitoral que interfira ou desvirtue a legitimidade e o equilíbrio do pleito.

Nos casos da divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil Ufirs.

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É importante certificar, tratar-se de pesquisa legítima registrada ou verificar sua origem, estando em consonância com a regra eleitoral, evitando sanção eleitoral, principalmente a pessoa que participe do pleito como candidato.

A desinformação na Propaganda e no Processo Eleitoral (Fake News)

Tem sido uma preocupação recorrente da justiça eleitoral o combate a desinformação, as chamadas fake news, dos mais variados temas, quando atinentes ao processo eleitoral. Conscientizar principalmente os eleitores e candidatos sobre o fenômeno, e incentivá-los a exercer um espírito crítico em relação às informações que eles recebem e repassam sem a devida checagem dos fatos tem sido uma árdua missão liderada pelo TSE, que até criou um grupo gestor de um programa de enfrentamento à desinformação com foco nas Eleições 2020.

Foto: www.tse.jus.br.

A comunicação rápida num processo eleitoral pode determinar o sucesso ou fracasso de um projeto, sendo salutar a atenção redobrada e observância das consequências futuras, devendo estar atentos a detalhes na informação e sua propagação. O endurecimento a desinformação (Fake News) e aprimoramento do controle pela justiça eleitoral tem levado a sanção muitas pessoas, estando este regramento límpido no dispositivo legal. A utilização, na propaganda eleitoral, de qualquer modalidade de conteúdo, inclusive veiculado por terceiros, pressupõe que o candidato, o partido ou a coligação tenha verificado a presença de elementos que permitam concluir, com razoável segurança, pela fidedignidade da informação, sujeitando-se os responsáveis ao eventual direito

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de resposta e principalmente a responsabilidade penal (Lei n°9.504/1997, art. 58; art. 9º Res. TSE nº 23.610/2019)

Modelos de impressos – Alguns

Informações obrigatóriasQuando versamos sobre material impresso a

norma impõe que todo material de campanha eleitoral deve conter o número do CNPJ ou CPF do responsável pela confecção, bem como de quem o contratou e a respectiva tiragem. A não obediência da determinação pode ensejar a responsabilização do candidato pela veiculação de propaganda irregular e, dependendo da situação, pela prática de ato de abuso de poder (Lei n° 9.504/1 997, art. 38, § 10; Código Eleitoral, arts. 222 e 237; e Lei Complementar n° 64/1990, art. 22; § 1º Res. TSE nº 23.610/2019).

SantinhosGeralmente são feitos na vertical, no tamanho

7cm X 10cm, em papel couchê 80 gramas, colorido e chamativo.

A quantidade deve ser dosada, mas não deve ter dó de distribuir e entregar aos cabos eleitorais.

Muitos não serão distribuídos, portanto não temos como controlar, por isso é melhor ficar na dúvida e distribuir à vontade.

Deve-se ter cuidado na quantidade impressa, e informar no próprio santinho. Como já dissemos, nunca sobra, mas se sobrar faça a devolução no final da campanha à justiça eleitoral.

1º modelo: com as informações tradicionais e exigências eleitorais na frente, e no verso um breve currículo, perfil ou a linha do tempo do candidato.

Deverá ser usado no início da campanha divulgando o nome e o número.

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2º modelo: um lado igual ao modelo anterior, e o verso, com as propostas de campanha.

A mesma ideia de divulgar o nome e número, com os projetos propostos.

3º modelo: com imagens e informações do candidato da majoritária, geralmente é doado pela campanha majoritária.

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4º modelo: igual ao primeiro modelo, porém com a urna no verso, para ser usado mais próximo da eleição.

A repercussão já deve dar prioridade ao número, com mais ênfase.

BandeirasEm pano, com a arte do candidato, tamanho que

sugerimos de até meio metro quadrado.Uma opção: 0,80cm de largura por 0,60cm de

altura.

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PraguinhasAdesivo com média de 7cm X 7cm, para colagem

em camisas, camisetas e usadas como adereços, no dia a dia, eventos, comícios, reuniões e até para ser usado no dia da votação.

ColinhasPara usar próximo a data da eleição,

potencializando o número do candidato.

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Modelos de adesivos e outros meios

AdesivosAdesivo para moto, em formato menor.

Adesivo impresso microperfurado para colocação no vidro traseiro de veículos – Perfurate.

Ter o cuidado para fazer um tamanho que

atenda vários modelos de veículos, pois há diversos tamanhos de vidros traseiros e não ter que cortar informações importantes, como as obrigatórias (CNPJ, quantidade...) e o nome e número do candidato para adequar ao veículo.

Sugere-se obter autorização por escrito, constando que é voluntário da campanha, para evitar denúncias de troca por “vale-combustível”.

Adesivo para porta de veículo, até o tamanho máximo de 50cm X 40cm (Lei n° 9.504/1 997, art. 38, § 03).

Pode-se colocar um adesivo de cada lado do veículo, e deve-se evitar a justaposição, ou seja, olhando para o adesivo você não enxergue outro.

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Adesivo para portas e janelas de moradias e outros espaços, tamanho sugerido de 30cm X 10cm.

Adesivo para colocação em bens particulares, com autorização do proprietário, no tamanho máximo de 0,50m². Podendo ser colado em papelão para exposição externa e durar mais, devido às intempéries.

Sugestão: 0,60cm de largura por 0,80cm de altura.

O adesivo é um importante meio de se comunicar com o eleitor e propagar a campanha. Um espaço enorme, onde se pode divulgar a imagem do candidato no início da campanha e à medida que o tempo chegar próximo à data da eleição, o ideal é potencializar o número do candidato.

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Observando a unicidade da informação do candidato, não há necessidade de trocar o adesivo, quando se inicia o procedimento de maior vulto para propagar o número do candidato, uma vez que as cores, o número e a imagem farão o eleitor juntar as peças.

SantãoImpresso em papel para colocação em bens

particulares, com autorização do proprietário, no tamanho máximo de 0,50m². Podendo ser colado em papelão para exposição externa.

Sugestão: 0,60cm de largura por 0,80cm de altura.

BannerPara ser usado nas reuniões, com tamanho

máximo de 0,50m².Sugestão: 0,60cm de largura por 0,80cm de

altura.

BoatariaPrepare-se para o “comitê da maldade”, hoje

mais conhecido como “comitê do ódio”. São boatos que surgem para prejudicar a sua campanha. Na maioria das vezes, são produzidos pelos adversários diretos. Vão falar que você foi preso, morreu, está internado, tomou alguns tiros, não diz a verdade, não será eleito, e se for não será diplomado, e se for não tomará posse, se tomar não vai assumir...

Tem situações em que foram descobertas pessoas infiltradas na equipe, é o famoso “fogo amigo” ou “dormindo com o inimigo”.

Faça ouvidos de mercador na sua maioria, e

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79Magno Pereira e Hermélio Silva Magno Pereira e Hermélio Silva

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deixe o seu “comitê de crise” avaliar e “vacinar”. Se você perder tempo para responder – e é o que querem - estarão atrapalhando e atrasando sua campanha. Tirando seus votos e sua vontade de vencer. Vá pedir votos!

Os profissionais da sua equipe devem avaliar os problemas e ver se serão resolvidos, descartados ou respondidos. Se decidirem em responder devem definir quais os veículos e meios que deverão potencializar, evitando o crescimento dos adversários ou versões diferentes que estimulam a amplificação do problema.

Devemos ponderar todas as situações, pois geralmente é errada a primeira atitude que tomamos quando estamos em crise. A pressa é amiga da imperfeição. Lembre-se de consultar seu conselho político e o seu consciente.

br.freepik.com.Rádio peãoAssim como existe a boataria, devemos sim usar

a rádio peão favoravelmente, soltando informações proativas, repercutindo resultados de pesquisas eleitorais, e outras ações do candidato, sempre de forma legal, lícita e moral.

Derrame de santinhos no dia da eleição É propaganda irregular sujeita à multa.Comumente usados no dia da eleição, próximo

aos locais de votação. O derrame de santinhos na madrugada da eleição pode prejudicar o candidato, pois a concordância desse ato também pode gerar

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multa, além da rejeição do eleitor, devido à poluição feita.

Tenha cuidado com a guarda do material, faça a devolução à justiça eleitoral do que sobrou. Na campanha você distribue ao máximo os santinhos e outros materiais, e perde o controle do domínio específico e esse material estará nas mãos de amigos, cabos eleitorais, concorrentes e até pessoas que querem prejudicar a sua campanha.

CAPÍTULO III

Imprensa e publicações

A imprensa na eleiçãoO papel da imprensa deve ser apartidário,

ouvindo as pessoas, cobrando soluções e identificando as carências. As pesquisas eleitorais também devem ser tratadas com zelo pela imprensa, com uma leitura mais profunda, e evitar a publicação fiel das matérias enviadas pelas assessorias de comunicação dos candidatos, pois denotam o que se quer publicar.

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83Magno Pereira e Hermélio Silva Magno Pereira e Hermélio Silva

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O debate deverá ser centrado no cidadão como protagonista, dando-lhe ouvido e transformando o resultado em políticas públicas. Necessidade se faz de separar a notícia da informação imperiosa do candidato que vem pautada nos releases.

O candidato quer espetacularizar seus feitos e propostas, produzidos pelos marqueteiros em planejamento de campanha e estratégia de comunicação bem feitos, que douram o candidato e sua imagem. Os programas de governo são peças que a imprensa deve avaliar, além de buscar informações sobre seu passado político ou empresarial, e o sucesso dos seus pleitos, quando teve a oportunidade de mostrar ser um bom gestor, com experiência e resolução dos problemas enfrentados.

As promessas dos palanques, das redes sociais, e de discursos são esquecidas pela coletividade e relembrá-las é ação do jornalismo de qualidade. Vislumbrar um bom futuro, sem perder os acertos e erros do passado, denotando a transparência, ética, qualidade, competência e comprometimento com a coisa pública.

O leitor e eleitor esperam uma imprensa isenta, que divulgue tudo que ele possa usar para decidir seu apoio e voto. A imprensa ajudará o indeciso a se decidir.

CAPÍTULO IV

O dia a dia do candidatoLevantar cedo e alimentar-se. Ir a uma feira,

a um café da manhã numa empresa ou reunião programada.

Caso tenha dúvida do nome da pessoa que vai contratar, não arrisque. Tente descobrir antes ou peça ao assessor para lhe informar. Se não tiver a informação, chame-a de senhor, senhora, amigo, amiga...

O reduto eleitoral é muito importante. São os nichos onde aquele candidato específico tem influência, tem amigos, companheiros de trabalho, afeições com colegas de profissão, e tantas outras oportunidades, como o seio familiar, militar, de professores, bancários, mototaxistas, economiários, sindicalistas, esportistas, garimpeiros, radialistas, apresentadores e outros mais.

Se estiver numa cidade pequena vá até o supermercado principal, é ali que as pessoas se encontram, principalmente se for num fim de semana.

Prepare-se para todas as situações possíveis, desde ser bem recebido ou não. Estar num evento festivo ou funeral. Cumprimente olhando nos olhos e

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com um aperto de mão. Se não puder cumprimentar todos dê uma saudação com a mão e externe sua simpatia.

Prepare as intervenções genéricas, pois não seria bom perguntar se está tudo bem num velório.

br.freepik.com.

Peça votos e peça votos avaliando o contexto. Receberá efusivos sins e nãos. Alegre-se com o primeiro e procure conquistar o segundo, mas sem perder tempo quando verificar que não vai persuadir

o interlocutor. Claro que não deve ser um robô, mas tenha santinhos no bolso e assessores para continuar a conversa ouvindo os eleitores. Acelere na busca de novas conquistas.

O tempo para conquistar a confiança do eleitor no contato físico é curto. Procure potencializar o coletivo e as ações de marketing e comunicação.

O eleitor se acha íntimo do candidato quando decide votar nele, e também acha que o seu voto é o decisivo. Analise e aceite como a mais pura verdade, mas não fique jogando conversa fora tendo outros compromissos a cumprir.

Vá a todos os eventos possíveis. Atente para a pesquisa quantitativa que porventura tenha acesso e use-a favoravelmente potenciando os melhores índices e buscando melhorar os piores.

Mande alôs para os eleitores nas redes sociais. Grave vídeos curtos divulgando as ações, locais visitados e a visitar. Mesmo que profissionais contratados abasteçam essa plataforma, demonstre que está em contato direto com os eleitores, buscando dar respostas para algumas pessoas, de forma que atenda aos demais, como um assunto provocado, mas que é de interesse da campanha repercutir. O alcance das redes sociais é enorme e a sua disseminação é rápida.

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Transforme o leitor em um agente ativo. Faça-o sentir que será o vetor da mudança que estar por vir.

Não tenha preguiça, mas se sentir cansado dê uma pausa e recomece tudo de novo.

Use roupas leves e calçados apropriados para caminhadas.

Se terminou a agenda e sobrou tempo vá visitar uma família ou contatar novos eleitores, procurando falar com a maior quantidade de pessoas ou lideranças.

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Calendário eleitoral

Calendário eleitoral – Eleições 2020Este calendário é um resumo para uso no

dia a dia, você tem acesso, de forma dinâmica, às informações relativas às eleições, separadas por mês e dia, sabemos que a publicação do livro foi após alguns eventos, mesmo assim, mantemos para facilitar buscas ou tirar dúvidas porventura existentes.

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Dá atenção aos prazos é importante para que não haja confusão, e dependerá qual o assunto telado e a legislação que o afeta diretamente. Quando contados em meses, sendo de 30 dias comercial, em sendo em dias contado meses de 28, 29 e 31 dias, e em horas determinado na própria norma.

Lembramos que todos os eventos estão disponibilizados no Calendário Eleitoral no site do Tribunal Superior Eleitoral.

1º DE JANEIRO – QUARTA-FEIRA1. Data a partir da qual fica vedada

a execução de programas sociais por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por este mantida, ainda que autorizados em lei ou em execução orçamentária no exercício anterior (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 11).

5 DE MARÇO – QUINTA-FEIRA1. Data a partir da qual, até 3 de abril de

2020, considera-se justa causa a mudança de partido pelos detentores do cargo de vereador para concorrer a eleição majoritária ou proporcional (Lei nº 9.096/1995, art. 22-A, III).

3 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA1. Último dia em que se considera justa

causa a mudança de partido pelos detentores do cargo de vereador para concorrer a eleição majoritária ou proporcional (Lei nº 9.096/1995, art. 22-A, III).

4 DE ABRIL – SÁBADO (6 MESES ANTES)1. Data até a qual todos os partidos

políticos que pretendam participar das eleições de 2020 devem ter obtido registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 4º).

2. Data até a qual os pretensos candidatos a cargo eletivo nas eleições de 2020 devem ter domicílio eleitoral na circunscrição na qual desejam concorrer e estar com a filiação deferida pelo partido, desde que o estatuto partidário não estabeleça prazo superior (Lei nº 9.504/1997, art. 9º, caput e Lei nº 9.096/1995, art. 20, caput).

6 DE MAIO – QUARTA-FEIRA (151 DIAS ANTES)

1. Último dia para o eleitor solicitar operações de alistamento, transferência e revisão (Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput).

2. Último dia para utilização do serviço de

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pré-atendimento, via internet, para requerimento de operações de alistamento, transferência e revisão para zonas eleitorais no exterior (Título Net Exterior).

3. Último dia para o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida solicitar sua transferência para seção eleitoral apta ao atendimento das suas necessidades (Lei nº 9.504/1997, art. 91, caput e Res.-TSE nº 21.008/2002, art. 2º).

4. Último dia para que os presos provisórios e os adolescentes internados que não possuírem inscrição eleitoral regular sejam alistados ou requeiram a regularização de sua situação para votarem nas eleições de 2020, mediante revisão ou transferência do seu título eleitoral.

15 DE MAIO – SEXTA-FEIRA (151 DIAS ANTES)

1. Data a partir da qual é facultada aos pré-candidatos a arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo, ficando a liberação de recursos por parte das entidades arrecadadoras condicionada ao cumprimento, pelo candidato, do registro de sua candidatura, da obtenção do CNPJ e da abertura de conta bancária (Lei nº 9.504/1997, art. 22-A, § 3º).

1º DE JUNHO – SEGUNDA-FEIRA1. Data em que o Tribunal Superior

Eleitoral divulgará, na internet, o quantitativo de eleitores por município, para fins do cálculo do limite de gastos e do número de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais (Lei nº 9.504/1997, art. 100-A e Lei nº 13.488/2017, art. 6º).

5 DE JUNHO – SEXTA-FEIRA1. Data a partir da qual a Justiça Eleitoral

deve tornar disponível aos partidos políticos a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 9º).

30 DE JUNHO – TERÇA-FEIRA1. Data a partir da qual é vedado às

emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 45, § 1º).

4 DE JULHO – SÁBADO (3 MESES ANTES)1. Data a partir da qual é vedado a

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qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas (Lei nº 9.504/1997, art. 77).

5 DE JULHO – DOMINGO1. Data a partir da qual, até 4 de agosto

de 2020, observado o prazo de 15 (quinze) dias que antecede a data definida pelo partido para a escolha dos candidatos em convenção, é permitido ao postulante à candidatura a cargo eletivo realizar propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor (Lei nº 9.504/1997, art. 36, § 1º).

14 DE JULHO – TERÇA-FEIRA1. Data a partir da qual, até 28 de agosto

de 2020, os mesários e os convocados como apoio logístico que atuarão em seção ou local diverso de sua seção de origem, inclusive os que atuarão nas mesas instaladas nos estabelecimentos penais e de internação de adolescentes, poderão solicitar transferência temporária de seção, desde que pertencente ao mesmo município.

20 DE JULHO – SEGUNDA-FEIRA1. Data a partir da qual, até 5 de agosto

de 2020, é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e a escolher candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).

2. Data a partir da qual, observado o dia seguinte ao qual se realizou a convenção, a ata e a lista dos presentes deverão ser transmitidas via internet ou, na impossibilidade, ser entregues na Justiça Eleitoral, para publicação no sítio eletrônico do tribunal regional eleitoral correspondente (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).

3. Data a partir da qual a Justiça Eleitoral encaminhará à Secretaria da Receita Federal do Brasil o pedido de inscrição no CNPJ das candidaturas cujos registros tenham sido requeridos pelos partidos políticos ou coligações, o qual deverá ser atendido em até 3 (três) dias úteis (Lei nº 9.504/1997, art. 22-A, § 1º).

4. Data a partir da qual é assegurado o exercício do direito de resposta ao candidato, ao partido político ou à coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social (Lei nº 9.504/1997, art. 58, caput).

5. Data a partir da qual, considerada a

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data efetiva da realização da respectiva convenção partidária, é permitida a formalização de contratos que gerem despesas e gastos com a instalação física e virtual de comitês de candidatos e de partidos políticos, desde que só haja o efetivo desembolso financeiro após a obtenção do número de registro de CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.

6. Último dia para a Justiça Eleitoral dar publicidade aos limites de gastos estabelecidos em lei para cada cargo eletivo em disputa (Lei nº 9.504/1997, art. 18).

7. Data a partir da qual os partidos políticos e os candidatos, após a obtenção do número de registro de CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais, deverão enviar à Justiça Eleitoral, para fins de divulgação na internet, os dados sobre recursos financeiros recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, observado o prazo de 72 (setenta e duas) horas do recebimento desses recursos (Lei nº 9.504/1997, art. 28, § 4º, I).

8. Data a partir da qual, observada a publicação dos editais de pedido de registro de candidaturas, os nomes de todos os candidatos

registrados deverão constar da lista apresentada aos entrevistados durante a realização das pesquisas eleitorais.

4 DE AGOSTO – TERÇA-FEIRA1. Último dia, observado o prazo de 15

(quinze) dias que antecede a data definida pelo partido para a escolha dos candidatos, para o postulante à candidatura a cargo eletivo realizar propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor (Lei nº 9.504/1997, art. 36, § 1º).

5 DE AGOSTO – QUARTA-FEIRA (60 DIAS ANTES)

1. Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e a escolher candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).

2. Data a partir da qual é assegurada aos partidos políticos a prioridade postal para a remessa de material de propaganda de seus candidatos registrados (Código Eleitoral, art. 239).

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6 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA1. Data a partir da qual é vedado às

emissoras de rádio e de televisão, em sua programação normal e em seu noticiário (Lei nº 9.504/1997, art. 45, I e III a VI):

I – transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;

II – veicular propaganda política;III – dar tratamento privilegiado a candidato,

partido ou coligação;IV – veicular ou divulgar, mesmo que

dissimuladamente, filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, exceto programas jornalísticos ou debates políticos; e

V – divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro (Lei nº 9.504/1997, art. 45, VI).

14 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA1. Último dia para a transmissão, até as

23h59 (vinte e três horas e cinquenta e nove minutos), do pedido de registro via internet pelos partidos.

15 DE AGOSTO – SÁBADO1. Último dia para os partidos políticos e

as coligações apresentarem à Justiça Eleitoral, até as 19h (dezenove horas), o requerimento de registro de seus candidatos (Lei nº 9.504/1997, art. 11, caput).

2. Último dia para os tribunais e conselhos de contas tornarem disponível à Justiça Eleitoral relação daqueles que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, ressalvados os casos em que a questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou em que haja sentença judicial favorável ao interessado (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 5º).

3. Data a partir da qual os cartórios eleitorais e as secretarias dos tribunais eleitorais permanecerão abertos aos sábados, domingos e feriados.

4. Data a partir da qual os prazos

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processuais relativos aos feitos das eleições de 2020, salvo os submetidos ao procedimento do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990, não se suspenderão aos sábados, domingos e feriados (Lei Complementar nº 64/1990, art. 16).

5. Data a partir da qual, até 18 de dezembro de 2020, o mural eletrônico, mensagens instantâneas e mensagens eletrônicas serão utilizados para as comunicações da Justiça Eleitoral nos processos de registro de candidatura, nas representações, reclamações e direito de resposta e nas prestações de contas, observadas as regras específicas das resoluções respectivas.

6. Data a partir da qual, até 18 de dezembro de 2020, a publicação dos atos judiciais será realizada em mural eletrônico, disponível no sítio eletrônico do respectivo tribunal, com o registro do horário da publicação, e os acórdãos serão publicados em sessão de julgamento.

7. Último dia para que os partidos providenciem a abertura de conta bancária específica destinada ao recebimento de doações de pessoas físicas para a campanha eleitoral, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil, caso não a tenham.

8. Data a partir da qual não será permitida a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 33, § 5º, c.c. o art. 36).

16 DE AGOSTO – DOMINGO1. Data a partir da qual será permitida a

propaganda eleitoral, inclusive na internet (Lei nº 9.504/1997, arts. 36, caput, e 57-A).

2. Data a partir da qual, até 3 de outubro de 2020, os candidatos, os partidos e as coligações podem fazer funcionar, das 8h (oito horas) às 22h (vinte e duas horas), alto-falantes ou amplificadores de som, nos termos da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral que disciplina a propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 39, §§ 3º e 5º, I).

3. Data a partir da qual, até 1º de outubro de 2020, os candidatos, os partidos políticos e as coligações poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8h (oito horas) às 24h (vinte e quatro horas), podendo o horário ser prorrogado por mais 2 (duas) horas quando se tratar de comício de encerramento de campanha (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único, e Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 4º).

4. Data a partir da qual, até as 22h (vinte e duas horas) do dia 3 de outubro de 2020, poderá haver

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distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhadas ou não por carro de som ou minitrio (Lei nº 9.504/1997, art. 39, §§ 9º e 11).

5. Data a partir da qual, até 2 de outubro de 2020, serão permitidas a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide (Lei nº 9.504/1997, art. 43, caput).

6. Data a partir da qual, independentemente do critério de prioridade, os serviços telefônicos, oficiais ou concedidos, farão instalar, nas sedes dos diretórios devidamente registrados, telefones necessários, mediante requerimento do respectivo presidente e pagamento das taxas devidas (Código Eleitoral, art. 256, § 1º).

18 DE AGOSTO – TERÇA-FEIRA1. Último dia para a Justiça Eleitoral

publicar edital dos pedidos de registro de candidatos apresentados pelos partidos políticos ou coligações (Código Eleitoral, art. 97).

20 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA1. Último dia, observado o prazo de

2 (dois) dias contados da publicação do edital de candidatos do respectivo partido político ou coligação no Diário da Justiça Eletrônico, para os candidatos escolhidos em convenção solicitarem seus registros à Justiça Eleitoral, até as 19h (dezenove horas), caso os partidos políticos ou as coligações não os tenham requerido (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 4º).

22 DE AGOSTO – SÁBADO1. Último dia para a Justiça Eleitoral

publicar edital dos pedidos de registro individual de candidatos escolhidos em convenção cujos partidos políticos ou coligações não os tenham requerido (Código Eleitoral, art. 97 e Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 4º).

23 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA1. Último dia, observado o prazo de 5

(cinco) dias contados da publicação do edital de candidaturas requeridas pelos partidos políticos ou coligações, para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público impugnar os pedidos de registro (Lei Complementar nº 64/1990, art. 3º).

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103Magno Pereira e Hermélio Silva Magno Pereira e Hermélio Silva

Propaganda eleitoral: o que você precisa saber Propaganda eleitoral: o que você precisa saber

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2. Último dia, observado o prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação do edital de candidaturas requeridas pelos partidos políticos ou coligações, para qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos dar notícia de inelegibilidade de candidato (Código Eleitoral, art. 97, § 3º).

27 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA1. Último dia, observado o prazo de 5

(cinco) dias contados da publicação do edital de candidaturas requeridas individualmente, para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público impugnar os pedidos de registro individuais (Lei Complementar nº 64/1990, art. 3º).

2. Último dia, observado o prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação do edital de candidaturas requeridas individualmente, para qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos dar notícia de inelegibilidade de candidato (Código Eleitoral, art. 97, § 3º).

28 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA (37 DIAS ANTES)

1. Data a partir da qual, até 1º de outubro de 2020, será veiculada a propaganda eleitoral gratuita

no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput, e art. 51).

4 DE SETEMBRO – SEXTA-FEIRA (30 DIAS ANTES)

1. Data a partir da qual estará disponível, na internet, o serviço de consulta à seção de votação, atualizada com as informações a respeito da transferência temporária do eleitor.

2. Último dia para os partidos políticos ou as coligações comunicarem à Justiça Eleitoral as anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária (Lei nº 9.504/1997, art. 7º, §§ 2º e 3º).

3. Último dia para os órgãos de direção dos partidos políticos preencherem as vagas remanescentes para as eleições proporcionais, observados os percentuais mínimo e máximo para candidaturas de cada gênero, no caso de as convenções para a escolha de candidatos não terem indicado o número máximo previsto no caput do art. 10 da Lei nº 9.504/1997 (Lei nº 9.504/1997, art. 10, § 5º).

9 DE SETEMBRO – QUARTA-FEIRA1. Data a partir da qual, até 13 de setembro

de 2020, os partidos políticos, os candidatos deverão

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enviar à Justiça Eleitoral, por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), a prestação de contas parcial, dela constando o registro da movimentação financeira e/ou estimável em dinheiro ocorrida desde o início da campanha até o dia 8 de setembro do mesmo ano, para fins de cumprimento do disposto no art. 28, § 4º, II, da Lei nº 9.504/1997.

Foto: www.tse.jus.br.

13 DE SETEMBRO – DOMINGO1. Último dia para que os partidos políticos

e os candidatos enviem à Justiça Eleitoral, por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), a prestação de contas parcial, dela constando o registro da movimentação financeira e/ou estimável

em dinheiro ocorrida desde o início da campanha até o dia 8 de setembro do mesmo ano, para fins de cumprimento do disposto no art. 28, § 4º, II, da Lei nº 9.504/1997.

14 DE SETEMBRO – SEGUNDA-FEIRA (20 DIAS ANTES)

1. Data em que todos os pedidos de registro de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias e publicadas as decisões a eles relativas (Lei nº 9.504/1997, art. 16, § 1º).

2. Último dia para o pedido de substituição de candidatos para os cargos majoritários e proporcionais, exceto em caso de falecimento, caso em que poderá ser efetivado após esta data, observado, em qualquer situação, o prazo de até 10 (dez) dias contados do fato, inclusive anulação de convenção, ou da decisão judicial que deu origem à substituição (Lei nº 9.504/1997, art. 7º, § 4º, e art. 13, §§ 1º e 3º).

15 DE SETEMBRO – TERÇA-FEIRA1. Data em que será divulgada, pela

internet, em sítio eletrônico criado pela Justiça

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Eleitoral para esse fim, a prestação de contas parcial, dela constando o registro da movimentação financeira e/ou estimável em dinheiro ocorrida desde o início da campanha até o dia 8 de setembro do mesmo ano (Lei nº 9.504/1997, art. 28, § 4º, II).

19 DE SETEMBRO – SÁBADO (15 DIAS ANTES)

1. Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito (Código Eleitoral, art. 236, § 1º).

24 DE SETEMBRO – QUINTA-FEIRA1. Último dia para o eleitor requerer a

segunda via do título eleitoral dentro do seu domicílio eleitoral (Código Eleitoral, art. 52).

Foto: www.tse.jus.br.

2. Data a partir da qual a Justiça Eleitoral esclarecerá o eleitor sobre o que é necessário para votar, vedada a prestação de tal serviço por terceiros.

29 DE SETEMBRO – TERÇA-FEIRA (5 DIAS ANTES)

1. Data a partir da qual nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou por desrespeito a salvo-conduto (Código Eleitoral, art. 236, caput).

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1º DE OUTUBRO – QUINTA-FEIRA (3 DIAS ANTES)

1. Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput e Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único).

2. Último dia para propaganda política mediante reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8h (oito horas) e as 24h (vinte e quatro horas), com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único e Lei nº 9.504/1997, art. 39, §§ 4º).

3. Último dia para a realização de debate no rádio e na televisão, admitida sua extensão até as 7h (sete horas) do dia 2 de outubro de 2020 (Res.-TSE nº 21.223/2002).

2 DE OUTUBRO – SEXTA-FEIRA (2 DIAS ANTES)

1. Último dia para a divulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda eleitoral e a reprodução, na internet, de jornal impresso com propaganda eleitoral relativa ao primeiro turno (Lei nº 9.504/1997, art. 43, caput).

3 DE OUTUBRO – SÁBADO (1 DIA ANTES)1. Último dia para a propaganda eleitoral

mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8h (oito horas) e as 22h (vinte e duas horas) nos termos da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral que disciplina a propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 39, §§ 3º e 5º, I).

2. Último dia, até as 22h (vinte e duas horas), para a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhados ou não por carro de som ou minitrio (Lei nº 9.504/1997, art. 39, §§ 9º e 11).

4 DE OUTUBRO – DOMINGODIA DAS ELEIÇÕES (1º turno)1. Data em que se realizará a votação do

primeiro turno das eleições, por sufrágio universal e voto direto e secreto, observando-se, na seção eleitoral, de acordo com o horário local:

- A partir das 7 horas1.1. Instalação da seção eleitoral (Código

Eleitoral, art. 142).1.2. Emissão do Relatório Zerésima da urna

eletrônica instalada na seção eleitoral.

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- Às 8 horas1.3. Início da votação (Código Eleitoral, art. 144).- Às 17 horas1.4. Encerramento da votação (Código Eleitoral,

arts. 144 e 153).- A partir das 17 horas1.5. Emissão dos boletins de urna.

2. Último dia para o partido político requerer o cancelamento do registro do candidato que dele for expulso, em processo no qual seja assegurada a ampla defesa, com observância das normas estatutárias (Lei nº 9.504/1997, art. 14).

3. Último dia para candidatos e partidos arrecadarem recursos e contraírem obrigações, ressalvada a hipótese de arrecadação com o fim exclusivo de quitação de despesas já contraídas e não pagas até esta data (Lei nº 9.504/1997, art. 29, § 3º).

4. Data na qual, a partir das 17h (dezessete horas) da respectiva unidade da Federação a que pertence o município, serão divulgados os resultados das votações para todos os cargos, incluindo os votos em branco, os nulos e as abstenções verificadas no primeiro turno.

CAPÍTULO V

MonitoramentoMontar um plano de avaliação, com tempo

definido para cada período.Resumimos alguns tópicos para facilitar a

identificação do tempo, porém a sua viabilidade e construção fica a critério do candidato e sua coordenação.

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Faltando de 90 a 45 dias para a eleição- Não peça votos.- Validar o planejamento de campanha.- Cumprimento dos ritos legais.- Avisar família, amigos, vizinhos, simpatizantes

e a todos que puder, que é pré-candidato.- Estudos para montagem da equipe.- Calcular e definir gastos.- Definir arte.- Jingle (letra e música).

Faltando 45 dias para a eleição- Peça votos.- Ponha a campanha na rua, com as mais diversas

e permitidas ações. - Comício ou ação relevante para repercussão

pública.- Comunicação que é candidato.- Criar fatos positivos.- Motivar equipe.- Visitas e reuniões diárias.- Palestra com seus cabos eleitorais, motivando-

os.

- Viva a campanha como se fosse o projeto atual de vida.

- Priorizar a divulgação do nome e número do candidato.

- Focar na comunicação num todo.- Intensificar as caminhadas.- Visitas agendadas e imprevistas.- Reuniões agendadas.- Manter um ritmo constante.- Não tenha vergonha de fazer o mesmo discurso,

pois com o tempo ele vai tomando robustez.- Reavaliar o discurso.

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Faltando 30 dias para a eleição- Peça votos sempre que fizer um contato.- Repercutir ou relançar a campanha.- Motivar equipe.- Visitas e reuniões diárias.- Revisitas aos indecisos.- Reforçar a divulgação do número do candidato.- Reavaliar o discurso.

Faltando 15 dias para a eleição- Peça votos.- Visitas e reuniões diárias.- Potencializar a distribuição de colinhas, se

possível em forma de adesivo para colagem em vestuário, carteiras de bolso, bolsas, celulares e outros produtos de uso pessoal.

- Palestra motivacional e de informações com a equipe e lideranças.

- A campanha, nesse período deve apresentar o melhor índice de crescimento, ou buscar alcançá-lo (a famosa “barrigada”, quando se está crescendo, em alta).

Faltando 03 dias para a eleição- Não esmoreça, demonstre segurança.- Use o telefone/celular, caso não possa fazer

visitas.- Último dia para a divulgação da propaganda

eleitoral gratuita no rádio e na televisão (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput).

Véspera da eleição- Não se desespere, não é em um dia que você vai

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fazer tudo que não fez durante a campanha. Lembre que você tem uma equipe e ela trabalhou para o seu sucesso.

- Faça algumas visitas ou reuniões e descanse.

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Dia da eleição- Alimente-se bem.- Não use santinhos, colinhas ou material, que

possam lhe acusar da prática de boca de urna. Sua presença e imagem já diz tudo.

- Peça para um assessor ou alguém da família dirigir o veículo.

- Se a fila para votação não estiver grande, não use da prerrogativa de passar à frente.

- Vote sem pressa, cumprimentando todos os mesários de forma geral.

- Cumprimente as pessoas com saudação.- Olhe nos olhos das pessoas, como fez durante

toda a campanha.- Visite outros colégios eleitorais.

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119Magno Pereira e Hermélio Silva Magno Pereira e Hermélio Silva

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CAPÍTULO VI

Cálculo de vagas de vereadores: quociente eleitoral, quociente partidário e média/sobra

Com a mudança legislativa na minirreforma eleitoral da Lei 13.165/2015, bem como da lei 13.488/2017, o Supremo Tribunal Federal em análise das ADI´s 5420/5920/5947 em março de 2020, mediante a colocação em prática de regras relacionadas ao quociente eleitoral e que tutela a distribuição das vagas restantes no cálculo de vagas nas eleições proporcionais, como vereadores, julgou constitucional as mudanças. É importante e necessário que todo cidadão envolvido numa eleição proporcional saiba das mudanças na regra e possa ter a melhor estratégia eleitoral. O quociente eleitoral define os partidos que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, sendo no caso da eleição 2020 para vereador. Para definir o quociente eleitoral divide-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral (cidade), desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior (Código Eleitoral 4.737/65, art. 106).

Nas eleições proporcionais, contam-se

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como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias (Lei n. 9.504/97, art. 5º). Não é mais computado os votos em branco.

Fórmula: Quociente eleitoral (QE) = número de votos válidos divido pelo número de vagas.

Exemplo com nomes de partidos fictícios e cálculos hipotéticos:

Partido Votos nominais + votos de legenda

Partido Rondon 15.000Partido Carreiros 11.000Partido Poguba 4.750Partido Arareau 17.000Votos em branco 1.500Votos nulos 1.000Vagas a preencher 9Total de votos válidos

(conforme a Lei n. 9.504/97) 47.750

QE = 47.750 ÷ 9 = 5.305555 => QE = 5.306 - arredondado

No exemplo telado, os partidos Rondon, Carreiros e Arareau, atingiram o quociente eleitoral e

terão direito a preencher vagas disponíveis. O cálculo continua como era na regra antiga. No quociente partidário se buscará a definição do número inicial de vagas que caberá a cada partido que tenham alcançado o quociente eleitoral. A regra é que cada partido terá o seu quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados ao mesmo partido, aqui sendo desprezada a fração (Código Eleitoral, art. 107).

Seguidamente, estarão no rol dos eleitos, os candidatos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, (no exemplo 530 votos), tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido (Código Eleitoral Lei 4.737/65 art. 108).

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Fórmula: Quociente partidário (QP) = (número de votos válidos do partido) ÷ (quociente eleitoral)

Exemplo:

Partido Cálculo Quociente partidário

Partido RondonQPRondon =

15.000 ÷ 5.306 = 2,826988

2

Partido CarreirosQPCarreiros =

11.000 ÷ 5.306 = 2,073124

2

Partido ArareauQPArareau

=17.000 ÷ 5.306 = 3,203920

3

Total de Vagas preenchidas por quociente parti-

dário (QP)

7

O passo seguinte vem com apuração da média

ou sobra, momento pelo qual ocorre a distribuição das demais vagas que não foram preenchidas no cálculo do quociente partidário dos partidos. As vagas não preenchidas com a aplicação dos quocientes partidários e votação nominal mínima de 10% serão distribuídos com a seguintes regras:

I – o número de votos válidos atribuídos a cada partido político será dividido pelo número de lugares por eles obtidos pelo cálculo do quociente partidário mais um, cabendo ao partido político que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima;

II – será repetida quantas vezes forem preciso a operação para a distribuição de cada um dos lugares em aberto;

III - quando não houver mais partidos com candidatos que atendam às duas exigências do item I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias.

Muito importante!Uma das novidades é a de que as vagas não

preenchidas com a aplicação do quociente partidário e a exigência de votação nominal mínima, serão distribuídas entre todos os partidos políticos que participam do pleito, independentemente de terem ou não atingido o quociente eleitoral, mediante observância do cálculo de médias. Havendo empate entre candidatos, a vaga será destinada ao mais idoso, e quando o quociente e a votação nominal mínima não forem alcançados, a vaga será preenchida por aquele candidato mais votado, mesmo abaixo da votação mínima.

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Fórmula: Distribuição da 1ª vaga remanescenteDistribuição da 1ª vaga remanescente (1ª Média)

= número de votos válidos do partido, dividido pelas vagas obtidas via quociente partidário + 1.

Distribuição das demais vagas remanescentesDistribuição das demais vagas remanescentes

(Médias) = número de votos válidos do partido, dividido pelas vagas obtidas via quociente partidário + vagas remanescentes obtidas pelo partido + 1. Havendo mais vagas remanescentes, repete-se a operação.

Exemplo:

1ª Média (1ª rodada)Partido Cálculo Média

Partido Rondon MRondon = 15.000 ÷ (2+0+1) 5.000

Partido Carreiros MCarreiros = 11.000 ÷ (2+0+1) 3.666

Partido Poguba MPobuba = 4.750 ÷ (0+0+1) 4.750

Partido Arareau MArareau = 17.000 ÷ (3+0+1) 4.250

Partido que atingiu a maior média - 1ª rodada

Partido Rondon

2ª Média (2ª rodada)Partido Cálculo Média

Partido Rondon

MRondon = 15.000 ÷ (2+1+1) 3.750

Partido Carreiros

MCarreiros = 11.000 ÷ (2+0+1) 3.666

Partido Poguba MPoguba = 4.750 ÷ (0+0+1) 4.750

Partido Arareau

MArareau = 17.000 ÷ (3+0+1) 4.250

Partido que atingiu a maior média - 2ª rodada Partido Poguba

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Resumo das vagas obtidas por partido

Partido Pelo QP Pela média Total

Partido Rondon 2 1 (1ª média) 3

Partido Carreiros 2 0 2

Partido Poguba 0 1 (2ª média) 1

Partido Arareau 3 0 3

Total 7 2 9

No exemplo apresentado restou ao final a seguinte composição: o partido Rondon ficaria com 3 vagas, sendo uma da 1ª média/sobra; o partido Carreiros ficaria com 02 vagas pelo quociente partidário; o partido Poguba ficaria com 01 vaga pela 2ª média/sobra; e o partido Arareau ficaria com 03 vagas pelo quociente partidário.

Esse novo modelo de cálculo proporciona na média a possibilidade de equidade de grandes agremiações partidárias com pequenas, e diminui o efeito de grandes puxadores de votos que elegiam candidatos com votação inexpressiva.

CAPÍTULO VII

Condutas vedadas aos agentes públicos em cam-panha eleitoral

Fica proibido aos agentes públicos, servidores ou não quanto à publicidade:

- Nos 3 (três) meses que antecede a eleição autori-zar publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das res-pectivas entidades da administração indireta com exce-ção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, salvo em caso de grave e ur-gente necessidade pública, assim reconhecida pela Jus-tiça Eleitoral;

- Realizar, no primeiro semestre do ano da eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta que ex-cedam a média dos gastos no primeiro semestre dos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito;

- Fazer pronunciamento em cadeia de rádio e tele-visão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo no pe-ríodo de 3 (três) meses antecedentes a eleição.

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Muito Importante!

A publicidade dos atos, programas, obras, servi-ços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que ca-racterizem promoção pessoal de autoridades ou de ser-vidores públicos. (Constituição Federal, art. 37, § 11)

Fica proibido aos agentes públicos, servidores ou não, quanto à Fazer/Ceder/permitir:

- Ceder ou usar, em benefício de candidato, de par-tido político ou coligação, bem móveis ou imóveis per-tencentes à administração direta ou indireta, ressalvada a realização de convenção partidária. Período: durante o pleito eleitoral;

- Usar materiais ou serviços, custeados pelos go-vernos ou casas legislativas, que excedam as prerroga-tivas consignadas nos regimentos e nas normas dos ór-gãos que integram. Período: durante o pleito eleitoral;

- Ceder servidor público ou empregado da admi-nistração direta ou indireta federal, estadual ou muni-cipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços para comitês de campanha eleitoral de candidato, de partido político ou de coligação durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver li-cenciado. Período: durante o pleito eleitoral;

- Fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, de partido político ou de coligação, de distri-buição gratuita de bens e serviços de caráter social cus-teados ou subvencionados pelo Poder Público. Período: durante o pleito eleitoral.

Fica proibido aos agentes públicos, servidores ou não, quanto à pessoal:

- Nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vanta-gens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercí-cio funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos 3 (três) meses que antecedem a eleição até a posse dos eleitos;

- Fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a re-composição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, nos 180 dias que antecedem as elei-ções até a posse dos eleitos.

Fica proibido aos agentes públicos, servidores ou não, também:

- Realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, exceto se for para cumprir obrigação

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formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública. Período: durante o pleito eleitoral;

- Contratar shows artísticos pagos com recursos pú-blicos, na realização de inaugurações. Período: durante o pleito eleitoral;

- Comparecer, qualquer candidato, a inaugurações de obras públicas. Período: durante o pleito eleitoral, iniciado nos 3 (três) meses antes da eleição.

Muito Importante!

No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de ca-lamidade pública, de estado de emergência ou de pro-gramas sociais autorizados em lei e já em execução or-çamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanha-mento de sua execução financeira e administrativa. (Lei n° 9.504/1 997, art. 73, § 10 e Res. TSE nº 23.610/2019).

Todas as condutas vedadas aqui apresentadas quando do seu descumprimento acarretará a suspensão imediata da conduta vedada, quando for o caso, e su-jeitará os agentes responsáveis à multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta

centavos) a R$ 106.410,00 (cento e seis mil, quatrocentos e dez reais), sem prejuízo de outras sanções de caráter constitucional, administrativo ou disciplinar fixadas pe-las demais leis vigentes (Lei n° 9.504/1997, art. 73, § 40, c.c. o art. 78).

DesincompatibilizaçãoUm verdadeiro palavrão: desincompatibilização,

que nada mais é que um conceito do Direito Eleitoral que consiste no ato pelo qual o candidato é obrigado a se afastar de certas funções e cargos da administração pública direta ou indireta, para poder estar apto a disputar as eleições. Os prazos são distintos, a depender do cargo ou função ocupada e a qual pleiteada na eleição.

É critério de inelegibilidade posto na Lei Complementar nº 64 de 1990, levando ao impedimento de ser eleito quando não cumprido o prazo. O objetivo da desincompatibilização é evitar que um agente público se utilize da própria administração pública em benefício pessoal.

A justiça eleitoral tem uma tabela exemplificativa com os prazos de afastamento que vai de 03 a 06 meses, dependendo do grau de envolvimento com a máquina pública e cargo pleiteado. Apresentamos alguns cargos e funções que precisam se desincompatibilizarem para a eleição de 2020:

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Cargo PrefeitoVice-prefeito Vereador

Administrador de empre-sa de economia mista que

tem como acionista majori-tário o município.

4 meses 6 meses

Administrador de entida-de representativa de classe 4 meses 4 meses

Agente comunitário de saúde. 3 meses 3 meses

Agente de Polícia 3 meses 3 mesesAgente Penitenciário 3 meses 3 meses

Autoridade Policial/Ci-vil/Militar 4 meses 6 meses

Chefe Delegacia PRF 4 meses 6 mesesChefe seção de tributos 4 meses 6 meses

Chefe de unidade escolar 3 meses 3 mesesComandante da PM 4 meses 6 mesesConselheiro Tutelar 3 meses 3 meses

Defensor Público 6 meses 6 meses

Delegado de polícia 4 meses 6 mesesDiretor de associações mu-nicipais (mantidas total ou parcialmente pelo poder

público)

4 meses 6 meses

Diretor de autarquias 4 meses 6 mesesDiretor de empresa pres-

tadora de serviço ao poder público

4 meses 6 meses

Diretor de escola 3 meses 3 meses

Dirigente Sindical 4 meses 4 meses

Fiscal de Tributo 4 meses 6 mesesMagistrado (afastamento

definitivo) 6 meses 6 meses

Membros do Ministério Público (afastamento defi-

nitivo)6 meses 6 meses

Prefeito Desnecessário na reeleição 6meses

Presidente CREA/CRECI 6 meses 6 mesesPresidente da Câmara de

vereadores Não há Não há

Presidente da Comissão de Licitação no Município 4 meses 6 meses

Presidente OAB 4 meses 4 mesesProfessor 3 meses 3 meses

Secretários Municipais 4 meses 6 mesesServidor Público de car-

reira 3 meses 3 meses

Servidor Público em cargo em comissão (exoneração)

3 meses 3 meses

Vereador Não há Não háVice-Prefeito Não há Não há

Obs.: casos com vincu-lação precária, contratos

temporários, cargos em co-missão, afastamento é de-finitivo, em sendo efetivo afastamento remunerado.

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CAPÍTULO VIII

Financiamento Coletivo - Robô de arrecadação

Com advento da alteração legislativa feita pela lei 13.487 e 13.488/2017 houve uma importante mudança no formato de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, onde fora incluído o financiamento coletivo como uma nova modalidade de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais. Na nova redação dada ao artigo 23, § 4º, inciso IV, da Lei das eleições 9.504/1997 permite que entidades privadas promovam o serviço de financiamento coletivo, o crowdfunding, robô de arrecadação, por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e recursos similares, desde que em consonância com as instruções normativas da justiça eleitoral.

A resolução nº 23.607/2019 do TSE regulamenta os critérios a serem observados para arrecadação, os gastos e a prestação de contas. O ato normativo delineia como as entidades que promovam essa técnica de arrecadação devem observar a inúmeros requisitos, clareados no art. 22 da resolução, dentre outros: cadastro prévio da instituição arrecadadora na justiça eleitoral e banco central; identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no cadastro de pessoas físicas

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(CPF) de cada um dos doadores, o valor das quantias doadas individualmente, forma de pagamento e as datas das respectivas doações; disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas; emissão obrigatória de recibo de comprovação para cada doação realizada, sob a responsabilidade da entidade arrecadadora; envio imediato para a Justiça Eleitoral, na forma por ela estabelecida, e para o candidato de todas as informações relativas à doação; ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas; observância do Calendário Eleitoral para arrecadação de recursos; observância dos dispositivos da legislação eleitoral relacionados à propaganda na internet; Bem como toda uma ritualística documental de autorização das entidades arrecadadoras junto à justiça eleitoral, Banco Central e CVM.

O processo de arrecadação para pré-candidatos é autorizado a partir de 15 de maio do ano eleitoral, ficando a liberação dos recursos arrecadados para o candidato condicionada à apresentação do seu registro de candidatura à Justiça Eleitoral e ao cumprimento dos demais requisitos (Resolução-TSE nº 23.607/2019, art. 22, § 4º).

Nos casos em que por algum motivo o pré-candidato não se torne candidato, os recursos

arrecadados pela entidade devem ser devolvidos aos doadores, na forma e nas condições estabelecidas entre a entidade arrecadadora e o pré-candidato (Resolução-TSE nº 23.607/2019, art. 22, § 5º). A captação de recursos poderá ocorrer durante todo o ciclo de campanha, cuja data limite é até o dia da eleição (Resolução-TSE nº 23.607/2019, art. 33).

Quanto aos limites de doação é o legal, e de acordo com o disposto na Resolução-TSE nº 23.607, art. 22, § 7º c.c art. 21, §§ 1º e 2º, as doações arrecadadas por meio das empresas de financiamento coletivo, de valores iguais ou superiores a R$ 1.064,10 (hum mil e sessenta e quatro reais e dez centavos), só podem ser recebidas mediante transferência eletrônica ou cheque cruzado e nominal. Essa regra deve ser observada, inclusive, na hipótese de doações sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

O processamento contábil financeiro será em conta intermediária bancária de depósito à vista, aberta em uma instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil, nos termos do art. 24, § 2º da Resolução-TSE nº 23.607/2019.

A lei divide as responsabilidades da entidade arrecadadora e agente beneficiado, onde o processamento, transparência e informes legais para a entidade e solidariamente nas demais relações, por

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exemplo, de recebimento de fontes vedadas, devendo o agente pré ou candidato cuidar de ilicitudes, termos do art. 31, §11, da Resolução-TSE nº 23.607/2019, cabendo a justiça não especializada tratar eventuais conflitos comerciais.

Uma novidade espetacular, uma vez que permite a arrecadação anterior ao ciclo eleitoral, mesmo que o uso seja em campanha, criando um canal de relação de candidatos, eleitor/doador de maneira coletiva, feito tecnologicamente, uma ferramenta necessária nos tempos que vivemos, gerando até um maior engajamento das pessoas nas eleições.

Fonte:CÓDIGO ELEITORAL – Lei nº 4.737 de 15 de

julho de 1965.Gomes, José Jairo. – Direito Eleitoral – 12. ed. –

São Paulo: Atlas, 2016.LEI COMPLEMENTAR Nº 64 de 18 de maio de

1990.LEI DAS ELEIÇÕES - Lei nº 9.504, de 30 de

setembro de 1997.LEI REFORMA ELEITORAL Nº 13.165, de 29 de

setembro de 2015.RESOLUÇÃO N° 23.600 INSTRUÇÃO N°

0600742-06.2019.6.00.0000 - CLASSE 11544— BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO N° 23.601 INSTRUÇÃO N° 0600743-88.2019.6.00.0000 - CLASSE 11544 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO N° 23.606 INSTRUÇÃO N° 0600740-36.20196.00.0000 - CLASSE 11544— BRASILIA - DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO N° 23.610 INSTRUÇÃO N° 0600751 -65.2019.6.00.0000 - CLASSE 11544— BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO N°23.607 INSTRUÇÃO N° 0600749-95.2019.6.00.0000 - CLASSE 11544—

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BRASILIA - DISTRITO FEDERALSilva, Hermélio. - Sou candidato a vereador, e

agora? A campanha eleitoral 2016, passo a passo. Rondonópolis, MT:

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