pro.ntr.002 - nutricional da clÍnica obstÉtrica

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SERVIÇO DE QUALIDADE Tipo do Documento: Protocolo Clínico PRO.NTR.002 Página 1/25 Título do Documento: NUTRICIONAL DA CLÍNICA OBSTÉTRICA – 1º ANDAR Emissão: 24/03/2017 Revisão Nº: 01 – 08/01/2018 1 I. AUTORES Lusyanny Parente Albuquerque Ivana Fontenele Carlos Luana Cabral Holanda Roberta Ribeiro Coelho Joelma Maria Araújo de Oliveira Saulo de Leite de Paula Julyanne Torres Frota II. INTRODUÇÃO O diagnóstico nutricional e o acompanhamento do ganho de peso correspondem a uma parte essencial dos procedimentos básicos da atenção à saúde da gestante e do bebê (BRASIL, 2006). Para avaliar o estado nutricional da gestante, é necessário a aferição do peso e da estatura da mulher, além do cálculo da semana gestacional. Com esses dados, será determinado o estado nutricional da gestante, tendo como critério prioritário a classificação do IMC por semana gestacional (BRASIL, 2012). E, posteriormente, será possível o cálculo das necessidades nutricionais desta. Destaca-se que o ponto de corte para classificação de baixo peso materno difere daquele adotado para adultos, sendo essa diferença atribuída aos cuidados necessários para minimizar os riscos de retardo de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, prematuridade e outras possíveis complicações maternas e neonatais (WHO, 1995). Na internação hospitalar a avaliação antropométrica da gestante, com base em seu peso e sua estatura, permite conhecer seu estado nutricional atual e subsidiar a previsão do ganho de peso até o final do período de internação. Essa conduta permite também identificar fatores de risco nutricionais e corrigi-los por meio da dietoterapia. A clínica obstétrica da Maternidade Escola Assis Chateaubriand está localizada no primeiro andar, sendo dividida em seis enfermarias que recebem puérperas e gestantes de alto risco. Destas, duas recebem pacientes de acordo com os seguintes critérios: uma recebe puérperas e/ou gestantes com alterações pressóricas de difícil controle (pré-eclâmpsia de todos os graus e tipos) e com cardiopatia, já na outra são localizados os leitos de monitorização, onde recebem pacientes que necessitam monitoramento diário rigoroso proveniente da emergência, sala de parto, sala de recuperação ou da Unidade de Terapia Intensiva Materna.

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Título do Documento: NUTRICIONAL DA CLÍNICA OBSTÉTRICA –

1º ANDAR Emissão: 24/03/2017

Revisão Nº: 01 – 08/01/2018

1

I. AUTORES

• Lusyanny Parente Albuquerque

• Ivana Fontenele Carlos

• Luana Cabral Holanda

• Roberta Ribeiro Coelho

• Joelma Maria Araújo de Oliveira

• Saulo de Leite de Paula

• Julyanne Torres Frota

II. INTRODUÇÃO

O diagnóstico nutricional e o acompanhamento do ganho de peso correspondem a uma parte

essencial dos procedimentos básicos da atenção à saúde da gestante e do bebê (BRASIL, 2006).

Para avaliar o estado nutricional da gestante, é necessário a aferição do peso e da estatura da

mulher, além do cálculo da semana gestacional. Com esses dados, será determinado o estado

nutricional da gestante, tendo como critério prioritário a classificação do IMC por semana gestacional

(BRASIL, 2012). E, posteriormente, será possível o cálculo das necessidades nutricionais desta.

Destaca-se que o ponto de corte para classificação de baixo peso materno difere daquele

adotado para adultos, sendo essa diferença atribuída aos cuidados necessários para minimizar os

riscos de retardo de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, prematuridade e outras possíveis

complicações maternas e neonatais (WHO, 1995).

Na internação hospitalar a avaliação antropométrica da gestante, com base em seu peso e sua

estatura, permite conhecer seu estado nutricional atual e subsidiar a previsão do ganho de peso até o

final do período de internação. Essa conduta permite também identificar fatores de risco nutricionais e

corrigi-los por meio da dietoterapia.

A clínica obstétrica da Maternidade Escola Assis Chateaubriand está localizada no primeiro

andar, sendo dividida em seis enfermarias que recebem puérperas e gestantes de alto risco. Destas,

duas recebem pacientes de acordo com os seguintes critérios: uma recebe puérperas e/ou gestantes

com alterações pressóricas de difícil controle (pré-eclâmpsia de todos os graus e tipos) e com

cardiopatia, já na outra são localizados os leitos de monitorização, onde recebem pacientes que

necessitam monitoramento diário rigoroso proveniente da emergência, sala de parto, sala de

recuperação ou da Unidade de Terapia Intensiva Materna.

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1. ADMISSÃO DA PACIENTE

Verificar as admissões através da lista de admissão de pacientes e prescrição médica. O livro

de ocorrência também pode ser usado como apoio para a obtenção das informações sobre pacientes

admitidas e pacientes que foram transferidas ou de alta. Em seguida, coletar nos prontuários os dados

gerais das pacientes: nome completo (sem abreviações), número prontuário, data de nascimento, data

de internação (DIH), idade, diagnóstico clínico, sinalizar se a paciente é puérpera (nesse caso registrar

a data e tipo de parto) ou gestante (tomar nota da semana gestacional e data da referida semana),

resultado dos exames de HIV e sífilis (VDRL), presença de comorbidades e prescrição dietética.

2. PRIMEIRA VISITA AO LEITO

No primeiro contato com a paciente o nutricionista deverá:

1. Apresentar-se e informar a função do nutricionista;

2. Investigar:

� Motivo da internação hospitalar (diagnóstico clínico);

� Se a paciente é gestante ou puérpera;

� Semana gestacional em caso de gestante e data do parto em caso de puérperas;

� Restrições alimentares (aversão x alergias alimentares);

� Funcionamento intestinal (constipação x diarreia);

� Aceitação da dieta;

� Peso pré-gestacional, alterações de peso (perda ou ganho) e tempo da alteração (dias,

semanas ou meses);

3. Questionar o estado geral da paciente (se deambula normalmente, presença de tontura,

dores e/ou sangramentos intensos que impossibilitem deambular) para analisar

possibilidade de retirá-la do leito para realização da avaliação antropométrica;

4. Informar à paciente a respeito do acompanhamento nutricional que será iniciado.

2.1 Conduta nutricional

A conduta nutricional será de acordo com a prescrição dietética, preferências e aversões

alimentares, hábito intestinal, diagnóstico clínico, comorbidades associadas (verificar glicemia, pressão

e exames disponíveis), diagnóstico nutricional atual e padrão das dietas disponíveis no hospital. Caso

necessário (em casos de perda de peso durante o período gestacional, ganho de peso abaixo do

recomendado, náuseas intensas e baixa ingestão alimentar) iniciar suplementação adequada.

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2.1.1 Padrões de dieta hospitalar em situações especiais

SITUAÇÃO CONDUTA

Diabetes*

Dieta específica para diabetes (arroz integral no almoço, sem macarrão e sem adição de açúcar nos sucos, vitaminas e mingau)

Usar preferencialmente leite desnatado

Monitorar diariamente a glicemia

Usar fibra em caso de glicemia descompensada e/ou suplementação específica

Hipertensão

Dieta hipossódica

Adicionar 1 sachê de 1g de sal no almoço e 1g no jantar

Monitorar diariamente a pressão

Adicionar limão para melhor aceitação

Diarreia

Dieta branda

Excluir lactose

Mingau apenas de arrozina, cremogema e maisena

Excluir frutas laxativas (mamão e ameixa.)

Caso necessário fazer uso de prebióticos, probióticos ou simbióticos

Constipação

Inserir frutas laxativas e evitar as frutas constipantes

Preferir mingau de aveia

Adicionar mix de fibras 1 a 2 x ao dia

Oferecer vitamina de mamão ou ameixa

Estimular consumo de água e deambulação, se possível Baixa aceitação da dieta / Perda de peso

Aumentar aporte calórico-proteico

*Observação 1: As refeições (almoço, lanche da tarde e jantar) das pacientes diabéticas são ofertadas

em horários diferenciados, sendo esta meia hora antes do convencional, conforme acordado com o

serviço de enfermagem, sendo a ceia, a última refeição, ofertada as 21 horas.

Observação 2: Em caso de hipoglicemia, segundo protocolo do setor de enfermagem, ficará

estabelecido que será solicitado Glicose de Milho (tipo mel Karo®) (1 colher de sopa) ou dois tabletes

de doce correspondentes a 15g de carboidrato ao setor de nutrição. Após ofertado à paciente, a

glicemia será verificada novamente depois de 15 minutos, se ainda for constatado hipoglicemia, o

processo será repetido.

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Tabela 1- Pontos de corte para referenciar hipoglicemia ou hiperglicemia no andar

3. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

3.1 Primeiro passo: conferir idade gestacional

Anotar a semana gestacional (gestantes) e data do parto (puérperas) registrada no prontuário

na admissão da paciente. No caso da idade gestacional colocar entre parênteses a data (dia/mês/ano)

do registro.

3.2 Segundo passo: determinação do estado nutricional

Aferição de peso atual e altura, para posterior cálculo do IMC e determinação do ganho de peso

gestacional. O peso pré-gestacional será questionado à paciente ou verificado no cartão da gestante:

Observação: Serão excluídas da avaliação nutricional as pacientes com diagnóstico de óbito fetal,

anencefalia e demais malformações fetais incompatíveis com a vida.

3.2.1 Adulto

Índice de Massa Corpórea (IMC): Peso (kg)/Altura(m)²

Tabela 2- Pontos de corte estabelecidos para adultos

4.1 ADULTO

Para o diagnóstico nutricional inicial:

O ideal é aferir o peso da paciente antes da gestação, entretanto pode-se utilizar:

1. IMC pré-gestacional: referido até 2 meses antes;

2. IMC com medição até 13a semana gestacional;

3. IMC com dados da primeira consulta de pré-natal.

PACIENTES HIPOGLICEMIA HIPERGLICEMIA

GESTANTES DIABÉTICAS 60mg/dl 101mg/dl

PUÉRPERAS DIABÉTICAS 70mg/dl 140mg/dl

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3.2.2 Adolescente (≥10 anos e < 20 anos de idade)

Para avaliação nutricional pré-gestacional de adolescente utiliza-se o índice antropométrico

(IMC/IDADE).

Tabela 3 - Pontos de corte de IMC-para-idade estabelecidos para adolescentes

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Tabela 4 - IMC(kg/m2) por idade (em meses) para o sexo feminino-a partir dos 5 anos e 1mês

(61 meses) aos 19 anos (228meses)

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3.2.3 Técnicas de aferição de peso e estatura (adultos e adolescente)

3.2.3.1 Peso

Adultas e adolescentes devem ser pesadas descalças e com roupas leves, sendo orientadas a

estar com as mãos livres e a retirar dos bolsos qualquer objeto que possa interferir no peso. A paciente

deve ficar com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo, mantendo-se parada até a

estagnação do valor de aferição.

3.2.3.1.2 Passos para o uso da balança mecânica de plataforma

Inicialmente certifique-se de que a balança de plataforma está afastada da parede.

1º Passo: Destravar a balança;

2º Passo: Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha

horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador;

3º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;

4º Passo: Após a calibração da balança, ela deve ser travada e só então a gestante deve subir na

plataforma para ser pesada;

5º Passo: Posicionar a paciente de costas para a balança, descalço, com o mínimo de roupa possível,

no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-

lo parado nessa posição;

6º Passo: Destravar a balança;

7º Passo: Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos;

8º Passo: Depois mover o cursor menor para marcar os gramas;

9º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;

10º Passo: Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o bom

funcionamento do equipamento;

11º Passo: Realizar a leitura de frente para o equipamento, para visualizar melhor os valores apontados

pelos cursores;

12º Passo: Anotar o peso na ficha de avaliação da gestante;

13º Passo: Auxiliar a gestante a descer da balança;

14º Passo: Retornar os cursores ao zero na escala numérica.

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Imagem 1- Balança mecânica de plataforma

Imagem 2 -Técnica de aferição do peso em balança mecânica

3.2.3.2 Estatura

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A estatura é a medida do indivíduo na posição de pé, encostado numa parede ou antropômetro

vertical. Desta forma segue os passos para aferição da estatura das gestantes;

1º Passo: Posicionar a paciente descalça e com a cabeça livre de adereços, no centro do equipamento.

Mantê-la de pé, ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando

para um ponto fixo na altura dos olhos;

2º Passo: A cabeça da paciente deve ser posicionada no plano de Frankfurt (margem inferior da

abertura do orbital e a margem superior do meatus auditivo externo deverão ficar em uma mesma linha

horizontal);

3º Passo: As pernas devem estar paralelas, mas não é necessário que as partes internas das mesmas

estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo reto com as pernas;

Idealmente, a paciente deve encostar os calcanhares, as panturilhas, os glúteos, as escápulas

e parte posterior da cabeça (região do occipital) no estadiômetro ou parede. Quando não for possível

encostar esses cinco pontos, devem-se posicionar no mínimo três deles.

Imagem 3- Técnica de aferição da altura segundo Plano de Frankfurt

3.3 Terceiro passo: estimar o ganho de peso ideal

Lembrando que:

1° Trimestre: Até a 13ª semanas gestacionais;

2° Trimestre: 14ª a 27ª semanas gestacionais;

3° Trimestre: ≥28ª a 40 ª semanas gestacionais.

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3.3.1 Recomendação do ganho de peso, segundo idade gestacional (IOM):

Estado Nutricional pré-gestacional

IMC(kg/m²) Ganho de peso total Ganho de peso semanal

no 2° e 3° trimestre

Baixo peso <18,5 12,5-18 0,5

Peso Adequado 18,5-24,9 11-16 0,4

Sobrepeso 25,0-29,9 7-11,5 0,3

Obesidade >30 5-9 0,2

Institute of Medicine (2009)

3.3.2 Recomendação do ganho de peso para gestantes gemelares (IOM,2009):

Estado Nutricional Inicial Ganho de peso total na gestação em Kg Adequando 17-25 Sobrepeso 14-23 Obesidade 11-19 Trigemelar 20,5-23 Quadrigemelar 20,8-31

3.3.3 Recomendação do ganho de peso para gestantes gemelares, por semama (Luke

et all. 2003):

Idade gestacional Baixo peso Eutrofia Sobrepeso Obesidade 0 a 20 semanas 600-800 450-700 450-560 340-450 20 a 28 semanas 700-800 600-800 450-700 340-570 >28semanas 600 450 450 340 Ganho Total 22,5-27,9 18-24,3 17,1-21,2 13-17,1

Observações:

1. Gestantes < 1,47m: devem ter o ganho de peso total mínimo;

2. Investigar ganho de peso > 0,5kg/semana ou > 3kg/mês, pois suspeita-se de edema;

3. Em caso de gestantes que já atingiram ganho total ainda no 2ºT, programar o ganho de peso

mínimo no período: 0,5kg/mês para sobrepesos e obesas e 1,0kg/mês para desnutridas e

eutróficas.

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3.4 Quarto passo: avaliação do estado nutricional atual x semana gestacional

Tabela 5 - Avaliação do estado nutricional da gestante, segundo Índice de Massa Corporal por

semana gestacional

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Quadro1- Avaliação do traçado da curva de acompanhamento do estado nutricional da

gestante, segundo gráfico de Índice de Massa Corporal, por semana gestacional

3.3.1 Planejamento de Condutas de acordo com o Estado Nutricional atual:

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Baixo peso (BP): Investigar a história alimentar, a hiperêmese gravídica, as infecções, as parasitoses,

as anemias e as doenças debilitantes. Dar orientação nutricional, visando à promoção do peso

adequado e de hábitos alimentares saudáveis;

Adequado (A): Explicar à gestante que seu peso está adequado para a idade gestacional. Dar-lhe

orientação nutricional, visando à manutenção do peso adequado e à promoção de hábitos alimentares

saudáveis;

Excesso de peso (S e O): Investigar a obesidade pré-gestacional, casos de edema, polidrâmnio,

macrossomia e gravidez múltipla. Dar orientação nutricional à gestante, visando à promoção do peso

adequado e de hábitos alimentares saudáveis, ressaltando que, no período gestacional, não se deve

perder peso, pois é desejável manter o ganho de peso próximo ao ganho mínimo, segundo trimestre

de gestação.

4. QUINTO PASSO: ANÁLISE DOS EXAMES BIOQUIMICOS

Valores Gestante Hemoglobina

> 11g/dl

Hematócrito

33 a 44 %

Glicemia

< 85 mg/dl

Aldosterona (plasma)

< 20 ng/dl

Cortisol (plasma)

15 a 35 µg/dl

T4

10 a 17 µg/dl

T3

100 a 220 µg/dl

Cálcio total

8,1 a 9,5 mg/dl

Insulina, jejum

8 a 30 µU/ml

Ferritina

15 a 150 ng/ml

Ferro

90 µg/dl

Creatinina

< 1,0 mg/dl

Capacidade de ligação férrica

300 a 600 µg/dL

Nitrogênio ureico sanguíneo

5 a 12 mg/dl

Sódio

130 a 140 mEq/L

Proteínas urinárias

< 250 a 300 mg/24h

Colesterol

180 a 280 mg/dl

Triglicerídio

< 260 mg/Dl

Fosfatase alcalina

60 a 200 U/L

Proteína plasmática (total)

4,5 a 7,0 g/Dl

Proteína plasmática (total)

4,5 a 7,0 g/Dl

(BURROW & FERRIS, 1996)

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5. SEXTO PASSO: DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES CALÓRICAS

Para a determinação das necessidades calóricas de gestantes há diversas fórmulas (FAO/OMS

(2004) - para adultas e adolescentes; RDA (1989); Fórmula de Bolso, RDA (1989); Fórmula de bolso

ADA (2000)). Entretanto a Unidade de Nutrição e Dietética da Maternidade Escola adota as fórmulas

de EER ((DRI´s (2002/2005)).

5.1 EER (DRI´ s (2002/2005))

Requerimento energético estimado (EER) e TEE (gasto energético total)

1. Usa peso, altura e atividade física pré- gestacionais;

2. 2º Trimestre (a partir da 13ª semana);

3. 3º Trimestre (a partir 28ª semana).

5.1.1 EER pré-gestacional: 9 – 18 anos

EER = 135,3 – (30,8 x Idade [anos]) + PA x (10,0 x Peso [kg] + 934 x estatura [m]) + 25 kcal

1. PA = 1,00 se PAL estimado em ≥ 1,0 < 1,4 (sedentária);

2. PA = 1,16 se PAL estimado em ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo);

3. PA = 1,31 se PAL estimado em ≥ 1,6 < 1,9 (ativa);

4. PA = 1,56 se PAL estimado em ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativa).

1º trimestre: 0 adicional / 2º trimestre: 340 kcal adicional / 3º trimestre: 452 kcal

5.1.2 EER pré-gestacional: 19 – 50 anos

EER = 354 – (6,91 x Idade [anos]) + PA x (9,36 x Peso [kg] + 726 x estatura [m])

1. PA = 1,00 se PAL estimado em ≥ 1,0 < 1,4 (sedentária);

2. PA = 1,12 se PAL estimado em ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo);

3. PA = 1,27 se PAL estimado em ≥ 1,6 < 1,9 (ativa);

4. PA = 1,45 se PAL estimado em ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativa).

1º trimestre: 0 adicional / 2º trimestre: 340 kcal adicional / 3º trimestre: 452 kcal

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5.1.3 EER gestacional para adolescentes e adultas

EER gestação = EER pré-gestacional + adicional de energia para o gasto durante a gestação +

energia necessária para depósitos

1° TRIMESTRE = EER pré-gestacional + 0 + 0

2° E 3° TRIMESTRE = EER pré-gestacional + (8 kcal x IG em semanas) + 180 kcal

5.1.4 TEE para adolescentes: 9 – 18 anos com excesso de peso (dados pré-

gestacionais)

TEE = 389 – (41,2 x Idade [anos]) + PA x (15 x Peso [kg] + 701,6 x estatura [m])

1. PA = 1,00 se PAL estimado em ≥ 1,0 < 1,4 (sedentária),

2. PA = 1,18 se PAL estimado em ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo),

3. PA = 1,35 se PAL estimado em ≥ 1,6 < 1,9 (ativa),

4. PA = 1,6 se PAL estimado em ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativa).

1º trimestre: 0 adicional

2º trimestre: 340 kcal adicional

3º trimestre: 452 kcal

5.1.5 TEE para mulheres: 19 – 50 anos com excesso de peso (dados pré-

gestacionais)

TEE = 448 – (7,95 x Idade [anos]) + PA x (11,4 x Peso [kg] + 619x estatura [m])

1. PA = 1,00 se PAL estimado em ≥ 1,0 < 1,4 (sedentária);

2. PA = 1,16 se PAL estimado em ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo);

3. PA = 1,27 se PAL estimado em ≥ 1,6 < 1,9 (ativa);

4. PA = 1,44 se PAL estimado em ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativa).

1º trimestre: 0 adicional

2º trimestre: 340 kcal adicional

3º trimestre: 452 kcal

Observações:

1. Não somar adicional para gestação em casos de gestante do terceiro trimestre que estão

impossibilitadas de deambular;

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2. Não somar também o adicional para gestação em casos de gestante com BP, visto que usa-

se o peso ideal para o cálculo das necessidades energéticas, assim o VET pode ficar muito

alto, sendo desta forma difícil atingi-lo através da ingestão alimentar;

3. Gestantes eutróficas: se a curva apresentar-se muito ascendente ou descendente, sugere-se

usar PESO IDEAL ou PESO DA ÚLTIMA CONSULTA, visando desta forma controlar o ganho

acima ou abaixo do recomendado;

4. Em casos de gestantes com excesso de peso (sobrepeso ou obesa) analisar individualmente

a possibilidade de não realizar o adicional calórico para gestação;

6. SÉTIMO PASSO: DETERMINAÇÃO DE MACRONUTRIENTES

6.1 Proteína

Recomendação Referência 1g/kg/dia+1g (1otrimestre) 9g (2otrimestre) 31g (3otrimestre)

FAO/OMS (2007)

71g/dia 10-35% 1,1g/kg (PPG/dia)

DRIs(2002)

1,5g/kg/PG (15-19anos) FAO/OMS (2007)

15-20% do VET SBD, 2015 (DMG)

Observação:

1. Em gestações de alto risco, aporte protéico maior nas Síndromes Hipertensiva (≥2g/kg/dia);

2. Se IMC normal, usar PPG real. Se desnutrida, usar PPG ideal;

3. Preferir as de alto valor biológico (carnes, ovos) e a combinação arroz com feijão + vitamina C.

6.2 Carboidratos

Recomendação Referência 175g/dia ou 45-65% (Açúcar até 25%) DRIs(2002)

55 a 75% (Açúcar até 10%) OMS (2003)

40-45% (Açúcar 10%) Priorizar fibras solúveis

SBD (2015)

Fibras: 28g/dia (DRI/2002) – Priorizar mix de fibras

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6.3 Lipídios

Recomendação Referência 20-35% Saturada <10% Colesterol <300mg

DRIs(2002)

15-30% OMS (2003)

30-45% <7% Gordura saturada <200mg Colesterol

SBD (2015)

6.4 Micronutrientes

Nutriente Recomendação

Vitamina A Adolescente Adulta 750µg 770 µg

Vitamina C 80mg 85mg

Vitamina D 15 µg 15 µg Ácido Fólico 600 µg 600 µg

Ferro 27mg 27mg

Cálcio 1300mg 1000mg

Zinco 12mg 11mg

7. ESTADO NUTRICIONAL

Após definição do diagnóstico nutricional será traçado o plano dietoterápico conforme

necessidades nutricionais da paciente. Quanto à reavaliação, será realizada de acordo com a data da

primeira avalição e com o estado nutricional atual. Para as gestantes com estado nutricional de baixo

peso a reavaliação será a cada três dias; as gestantes com estado nutricional adequado ou sobrepeso/

obesidade a reavaliação será após sete dias.

Observação: Todas as fichas de acompanhamento nutricional da gestante serão anexadas nos

prontuários.

7.1 Intervenção Nutricional

A maternidade possui um padrão de dieta hospitalar que se adequa às necessidades

nutricionais das pacientes. Quando necessário são realizadas modificações específicas (dieta laxativa,

dieta constipante, suplementação, aumento de quantidade e modificação de consistência).

No caso de pacientes diabéticas que utilizem a técnica de contagem de carboidratos, se

solicitado, será disponibilizada a essa paciente uma tabela da dieta padrão adaptada com a quantidade

existente de carboidratos para que ela possa dar continuidade ao tratamento.

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7.1.1 Tabela de dietas hospitalares de rotina

Tipo de dieta Kcal

CHO

Kcal

%

PTN

Kcal

%

LÍP

Kcal

%

Fibra

g

Ca

mg

Fe

mg

Vit A

mcg

Vit C

mg

Geral 2445,31

1411,4

57,72

466,6

19,08

567,27

23,20 26,06 697,53 11,01 270,07 84,54

Geral

Quantidade

aumentada

2895,65 1663,6

57,47

607,36

20,97

624,69

21,57 35,16 736,51 8,92 270,07 83,75

Geral

diabética 2061,74

1037,4

50,31

484,92

23,52

539,46

26,17 32,75 687,02 7,46 216,63 175,66

Geral

hipossódica

2g de sal/dia

2445,31

1411,4

57,72

466,6

19,08

567,27

23,20 26,06 697,53 11,01 270,07 84,54

Branda 2318,73 1454,1

62,71

335,72

14,48

528,93

22,81 18,28

666,64

5,80 270,07 82,05

Pastosa 2363,86

1408,9

59,6

383,8

16,24

571,14

24,16 15,61 644,9 9,47 216,63 76,10

Líquida

Completa 1798,42

1009,7

56,14

319,80

17,78

468,9

26,07 17,17 1175,03 5,17 433,27 17,12

Líquida

Restrita 181,79

178,0

97,89

3,2

1,76

0,63

0,35 0,39 71,19 0,03 0,00 80,57

8. REGISTRO NO PRONTUÁRIO

Modelo 1 – Resultado da ficha de acompanhamento nutricional da gestante

(Data e hora) # NUTRIÇÃO#

Nome completo da paciente, idade da paciente, idade gestacional

De acordo com avalição nutricional realizada, a paciente apresenta diagnóstico nutricional

(baixo peso, adequado, sobrepeso e obesidade), segundo semana gestacional.

Dados antropométricos:

Peso pré-gestacional: __kg

Altura: __m

IMC pré-gestacional: ___kg/m² e diagnóstico

Peso atual: __kg

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IMC atual: ___kg/m²

Sem/com (qual?) queixas gastrointestinais no momento da visita. Segue em dieta (prescrição),

com valor calórico total de X kcal, tendo boa/baixa aceitação.

Conduta nutricional: Acompanhamento diário da aceitação da dieta. Acompanhamento do

ganho ponderal, segundo semana gestacional. Especificar alterações das dietas padrão existentes na

maternidade. Em caso de suplementação e/ou uso de probiótico, prebiótico ou simbiótico, registrar no

prontuário.

Nome completo

CRN (Carimbar)

9. ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL DE ALTA HOSPITALAR

Após a alta médica, a gestante ou puérpera deverá receber uma orientação nutricional de alta

hospitalar, em forma de material informativo, de acordo com a sua necessidade. Dessa forma, seguem

as principais orientações nutricionais realizadas.

1.Alimentação da nutriz;

2.Dez passos para uma alimentação saudável;

3.Orientação nutricional para hipertensão + receita de sal de ervas;

4.Orientação nutricional para diabetes (Dez passos para uma alimentação saudável adaptado);

5.Orientação nutricional para usuária de anticoagulante oral;

6.Modelo de cardápio (Diabetes, perda de peso, ganho de peso e alimentação saudável);

7.Orientação nutricional para dieta constipante e laxativa;

8.Orientação nutricional para ganho de peso;

9.Orientação nutricional para nefropata;

10.Orientação nutricional para hepatopata;

11. Orientação nutricional para anemia.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio

de Janeiro: Cultura Médica, 2009.

2. ATALAH SAMUR, E. et al. Propuesta de um nuevo estándar de Evaluación nutricional em

embarazadas. Rev. Med. Chile, [S. l.], v. 125, n. 12, p. 1429-1436, 1997. BORGHI, E. et al.

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Revisão Nº: 01 – 08/01/2018

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3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Ministério da Saúde. Brasília: Editora do

Ministério da Saúde, 2012. 318 p. Cadernos de Atenção Básica, n°32.

4. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de

saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN.

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –

Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

5. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral da Política

de Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em

nível hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. (Série A. Normas e Manuais Técnicos.)

6. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Saúde da Criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.

Brasília: Ministério da Saúde, 2002. (Cadernos de Atenção Básica, v. 11.)

7. DE ONIS, M. et al. Development of a WHO growth reference for school-aged children and

adolescents. Bulletin of the World Health Organization, [S. l.], v. 85, p. 660-667, 2007.

8. DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo:

Atheneu, 2007.

9. HEALTH ORGANIZATION. Who child growth standards: length/height-for-age, weight-for-

age, weightfor-length, weight-for-height and body massindex-for-age. Methods and

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10. INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washington D.C. US: National

Academy Press, 1990. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Revisão II-5: definições,

regulamentações, regras, normas para mortalidade e morbidade. In: ______. Classificação

Internacional das Doenças. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 1993.

11. MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. [tradução]

Rio de Janeiro: Elservier, 2012.

12. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Curso de capacitación sobre la evaluación del

crecimiento del niño: versión 1. Ginebra: OMS, 2006.

13. THE NUTRITION SCREENING INITIATIVE. Incorporating nutrition screening and

interventions into medical practice: a monograph for physicians. Washington D.C. US:

American Academy of Family Physicians, The American Dietetic Association, National Council

on Aging Inc., 1994. WORLD.

14. VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

15. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global

epidemic: Report of a WHO consultation on obesity. (WHO Technical Report Series n. 894).

Geneva, Switzerland: WHO, 2000.

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Revisão Nº: 01 – 08/01/2018

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FICHA DE ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE GESTANTE Nome: Idade:

Enfermaria/Leito: Idade Gestacional (data): Data de Admissão:

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS

Dados Pré-gestacional Acompanhamento Nutricional

Altura(m) DATA

Peso PG (kg) Peso Atual(kg)

IMC PG(kg) IMC Gest.(kg/m2)

Classificação PG Semana Gest.

Feto único? S( ) N( ) Classificação

Diagnóstico Clínico: ERR prescrito

Nutricionista

EER gestação = EER pré-gestacional + adicional de energia para o gasto durante a gestação + energia necessária para

depósitos - ADICIONAL: 1º trimestre: 0 adicional / 2º trimestre: 340 kcal adicional / 3º trimestre: 452 kcal

Ganho de Peso (Kg) na Gestação segundo EN inicial e idade gestacional EN inicial

(IMC-kg/m2)

Ganho de peso

total

(1º trim)

Ganho de peso

semanal médio

(2º e 3º trim)

Ganho de peso

total Gestação GEMELAR

(após 20ª sem)

(em g/sem)

BAIXO PESO

(< 19,8) 2,3 0,5

12,5-18 700-800

ADEQUADO

(19,8 – 26,0) 1,6 0,4

11-16 700-800

SOBREPESO

(> 26,0 – 29,0) 0,9 0,3

7-11,5 700-800

OBESIDADE

(> 29,0) - 0,2

5-9 700-800

Fonte:OMS,IOM,Gutierrz e King; Story e Stang;siega-Riz etl

IMC x Classificação de adolescentes

Idade BP EUTROFIA SOBREPESO OBESIDADE FA

10 <14,23 >14,23 e <20,19 >20,19 e <23,20 >23,20 1,65

11 <14,60 >14,60 e <21,18 >21,18 e <24,59 >24,59 1,62

12 <14,98 >14,98 e <22,17 >22,17 e <25,95 >25,95 1,6

13 <15,36 >15,36 e <23,08 >23,08 e <27,07 >27,07 1,58

14 <15,67 >15,67 e <23,88 >23,88 e <27,97 >27,97 1,57

15 <16,01 >16,01 e <24,29 >24,29 e <28,51 >28,51 1,54

16 <16,37 >16,37 e <24,74 >24,74 e <29,10 >29,10 1,52

17 <16,59 >16,59 e <25,23 >25,23 e <29,72 >29,72 1,52

18 <16,71 >16,71 e <25,56 >25,56 e <30,22 >30,22 1,67

19 <16,87 >16,87 e <25,85 >25,85 e <30,72 >30,72 -

Fonte: Brasil, 2012

Fórmula para determinação de necessidades energéticas

EN adequado

EER PG: 9 – 18 anos

EER = 135,3 – (30,8 x Idade [anos] + PA x (10,0 x Peso [kg] +

934 x estatura [m]) + 25 kcal

EN adequado

EER PG: 19 – 50 anos

EER = 354 – (6,91 x Idade [anos] + PA x (9,36 x Peso [kg] +

726 x estatura [m])

EN excesso de peso-

EER PG: 9 – 18 anos

EER = 389 – (41,2 x Idade [anos] + PA x (15 x Peso [kg] +

701,6 x estatura [m])

EN excesso de peso-

EER PG: 19 – 50 anos

EER = 448 – (7,95 x Idade [anos] + PA x (11,4 x Peso [kg] +

619x estatura [m])

FA: 1,00 – 1,40 (Sedentário) EER (DRI´ s (2002/2005))