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Prontidão e resposta para derramamentos de óleo: uma introdução

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Prontidão e respostapara derramamentos de óleo: uma introdução

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A associação global da indústria de petróleo e gás para assuntos sociais e ambientais

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Relatório 520 da IOGP

Data de publicação: 2015

Aviso de isençãoEmbora tenhamos realizado todos os esforços para garantir a precisão das informações contidasna presente publicação, nem a IPIECA, a IOGP ou nenhum de seus membros anteriores, atuais oufuturos garante sua precisão ou irá, independentemente de negligência nossa ou deles, assumir responsabilidade por nenhum uso previsível ou imprevisível dessa publicação.Consequentemente, tal uso é feito sob risco próprio do leitor com base que qualquer utilizaçãopelo leitor constitui um acordo com os termos do aviso de isenção. As informações contidas napresente publicação não buscam constituir orientação profissional dos diversos colaboradores e nem a IPIECA, a IOGP nem seus membros aceitam qualquer responsabilidade pelasconsequências ou o uso indevido de tal documentação. O presente documento pode fornecerorientação complementar aos requisitos da legislação local. No entanto, nada no presentedocumento visa substituir, alterar, prevalecer sobre ou de outra forma se desviar de taisrequisitos. No caso de qualquer conflito ou contradição entre as provisões do presentedocumento e a legislação local, as leis aplicáveis devem prevalecer.

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Prontidão e respostapara derramamentos de óleo: uma introdução

As fotografias reproduzidas são cortesia de: capa (esquerda): Petronia, (centro): Shutterstock.com,(direita): Oceans and Fisheries; páginas 5, 17 e 20: OSRL; página 11: Cedre; páginas 12 e 18 (parte inferior):USCG; página 15: Oceans and Fisheries; página 18 (parte superior): Agência de Controle de Poluição de Minnesota; página 19 (parte superior: Agência de Proteção Ambiental dos EUA, (centro): ITOPF, (parte inferior): OWCN, UC Davis.

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Essa publicação faz parte da série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP, que resume as visões atuaissobre boas práticas para diversos temas de prontidão e resposta de derramamentos de óleo. A série visa ajudar a alinhar atividades e práticas de indústria, informar partes interessadas e atuar comouma ferramenta de comunicação para promover conscientização e educação.

A série atualiza e substitui a bem estabelecida 'Série de relatórios de derramamento de óleo' da IPIECApublicada entre 1990 e 2008. Ela trata de temas que são amplamente aplicáveis aos setores deexploração e produção, além de atividades de envio e transporte.

As revisões estão sendo realizadas pelo projeto de indústria em conjunto (JIP) de resposta aderramamentos de petróleo da IOGP-IPIECA. O JIP foi criado em 2011 a fim de implementaroportunidades de aprendizado com relação a prontidão e resposta a derramamentos de óleo após o incidente de controle de poço no Golfo do México ocorrido em 2010.

A série de relatórios originais da IPIECA será progressivamente substituída após a publicação dos diversostítulos nessa nova série Guia de boas práticas durante 2014 e 2015.

Observação sobre boas práticas

O termo 'boas práticas', no contexto de um projeto de indústria em conjunto (JIP), é uma declaração dediretrizes, práticas e procedimentos reconhecidos internacionalmente que permitem que a indústria depetróleo e gás tenha um desempenho aceitável quando o assunto é saúde, segurança e meio ambiente.

As boas práticas para um determinado tópico mudarão ao longo do tempo diante de avanços de tecnologia,experiência prática e compreensão científica, além das mudanças nos ambientes político e social

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Prefácio

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

Índice

Prefácio 2

Introdução 4

Prefácio 4

Objetivo 5

Organização 6

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso 6

Prontidão 6

Resposta 6

Restauração 6

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso 7

Sistema de gestão de incidentes 7

Prontidão e resposta em níveis 8

Envolvimento de partes interessadas - 9alinhamento, integração e tomada de decisões

Análise de benefício ambiental líquido 10

Consciência sobre a situação, objetivos alinhados 11e estratégia de resposta

Prontidão 12

Planejamento de contingência 12

Mapeamento de sensibilidade para uma 13resposta a derramamentos de óleo 13

Treinamento de resposta a derramamentos 13de óleo

Exercícios de derramamento de óleo 13

Resposta 14

Saúde e segurança de profissionais de resposta 14a derramamentos de óleo 14

Controle da fonte 14

Vigilância, modelagem e visualização 15

Técnicas de resposta 16

Tipos de equipamento e técnicas 16a serem empregadas

As vantagens e as desvantagens de cada técnica 16de resposta a derramamentos de óleo

Dispersantes: aplicação na superfície 17

Dispersantes: aplicação submarina 17

Contenção e recolhimento no mar 17

Queima in-situ 18

Avaliação da costa (SCAT) 18

Limpeza da costa 18

Respostas em terra 19

Gerenciamento de resíduos 19

Fauna oleada 19

Recuperação 20

Impactos ambientais marinhos 21

Impactos ambientais costeiros 21

Avaliação econômica e compensação 21

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Prefácio

A indústria de petróleo e gás reconhece que derramamentos podem ter sérias consequências ecológicase socioeconômicas e são potencialmente perigosos para trabalhadores e a comunidade como um todo.Esforços significativos são realizados para projetar operações e empregar procedimentos a fim de evitarque derramamentos ocorram em primeiro plano e melhorar a eficácia e a celeridade das operações delimpeza no caso de um incidente. A indústria incorpora constantemente novas pesquisas, entendimentose lições aprendidas para melhorar a prevenção de derramamentos e, como resultado, o número degrandes incidentes de derramamento (normalmente definidos como derramamentos de óleo superioresa 700 toneladas) de atividades de transporte e relacionadas foi reduzido em mais de dez vezes desde adécada de 70 até os dias atuais (Figura 1).

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Introdução

Figura 1: Número de grandes derramamentos de petróleo (superiores a 700 toneladas) de petroleiros, 1970 a 2014

2010-14:1,8 derramamento -por ano em média

2000-09:3,4 derramamentos -

por ano em média

1990-99:7,7 derramamentos -

por ano em média

1980-89:9,4 derramamentos -

por ano em média

1970-79:24,5 derramamentos -

por ano em média

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Em um evento improvável de um derramamento, a principal meta da indústria é minimizar seu impactosobre as pessoas, o meio ambiente e as comunidades. Isso é feito ao garantir uma resposta bemplanejada, rápida e eficaz. Embora os objetivos de resposta variem dependendo das circunstânciasespecíficas do derramamento, há certos objetivos básicos que vão pautar qualquer resposta, os quaispodem ser resumidos da seguinte forma:l resguardar a segurança e a saúde das pessoas, tanto dos profissionais de resposta quanto

das comunidades;l interromper a fonte de derramamento o mais rápido possível;l minimizar o impacto ao meio ambiente e à comunidade;l minimizar o risco do óleo chegar à costa em situações de incidentes offshore; el minimizar o risco do óleo chegar a cursos d'água ou lençóis freáticos em situações onshore.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

Objetivo

O presente documento apresenta um resumo dos componentes essenciais de uma estrutura eficaz de prontidão, resposta e restauração em caso de derramamentos de óleo. Ele descreve os princípiosbásicos que são usados pela indústria para pautar a estrutura e que seguem a série de 'Guias de boas práticas' (GPGs) da IPIECA-IOGP sobre prontidão e resposta de derramamentos de óleo. São fornecidos hiperlinks por todo o documento, destacados em azul, que direcionam você para cadaGPG respectivo, além de outras fontes relevantes, para obter informações mais detalhadas.

A série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP resume as visões atuais sobre boas práticas para diversostemas de prontidão e resposta de derramamentos de petróleo. A série visa alinhar atividades e práticasde indústria, informar partes interessadas e atua como uma ferramenta de comunicação para promoverconscientização e educação.

O material também está disponível nos sites da IPIECA e da IOGP, em www.ipieca.org e www.iogp.org, respectivamente.

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Organização

O presente documento é organizado seguindo quatro componentes primários:l Princípios essenciais para uma resposta de sucesso;l Prontidão;l Resposta; el Restauração.

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso

Antes de discutir as diferentes estratégias e atividades de prontidão, resposta e restauração, é importantecompreender os fundamentos que são essenciais para uma resposta bemsucedida. Entre essesfundamentos, existe um sistema eficaz de gestão de incidentes (IMS) em vigor, juntamente com umrobusto programa de envolvimento de partes interessadas para garantir que a comunidade afetada peloderramamento de óleo apoie as estratégias e táticas que a indústria planeja implementar caso umderramamento ocorra. Uma boa compreensão da comunidade afetada pelo derramamento de óleosobre o conceito de prontidão e resposta em níveis juntamente com o processo de avaliação debenefício ambiental líquido (NEBA) e a necessidade de um bom processo de tomada de decisõestambém são pilares essenciais para uma resposta de sucesso.

Prontidão

Além dos fundamentos mencionados acima, um programa de prontidão de derramamento eficaz deveser colocado em vigor para garantir que as empresas estejam corretamente preparadas para responder a possíveis situações de derramamento de óleo, incluindo uma descarga drástica. Programas deprontidão normalmente incluem, entre outros, um amplo plano de contingência de derramamentos de petróleo (OSCP) e um programa eficaz de treinamento e exercícios, juntamente com a implementaçãodo conceito de resposta em níveis.

Resposta

A próxima etapa na estrutura é responder a um derramamento de óleo caso ocorra. Em primeiro lugar o mais importante é garantir a proteção da saúde e da segurança dos profissionais de resposta, mas essecomponente também trata das diversas opções de resposta para avaliar e tratar de derramamento deóleo offshore e onshore, além de gerenciamento de resíduos, proteção ambiental, fauna oleada e outros.

Restauração

Depois que a fase de emergência de uma resposta a derramamentos é concluída, medidas normalmenteprecisarão ser adotadas para avaliar os possíveis impactos ao ambiente e realizar as atividades derestauração associadas ou compensar os impactos.

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Uma resposta bemsucedida a derramamentos de óleo define o cerne de um conjunto de boas práticas.Esses são os pilares de uma estrutura eficaz de prontidão a derramamentos de óleo; eles são defendidospela indústria e são fundamentais para minimizar o potencial de danos à comunidade e ao meioambiente. Essas boas práticas essenciais começam com compreender que, mesmo com um sólido focoem prevenção, ainda há possibilidade de incidentes de derramamento de óleo ocorrerem. Dessa forma,os operadores devem contar com planos de contingência executáveis e eficazes, capazes de manter uma resposta para até e incluindo uma liberação ou descarga drástica.

Sistema de gestão de incidentes

A gestão eficaz de incidentes exige a capacidade de estabelecer comando e controle das respostas de atividade - isso é, transferir a gerência da resposta do modo reativo inicial para onde o escopo doincidente é compreendido, medidas de resposta apropriadas sejam tomadas coerentes com asestratégias de resposta e onde a consequência do incidente seja guiada por um conjunto claro deobjetivos para proteger pessoas e o meio ambiente. O sistema de gestão de incidentes (IMS) define epadroniza os processos e a estrutura organizacional de gestão para possibilitar a integração plena dasdiversas organizações envolvidas enquanto promove a coordenação e a gestão corretas de incidentes.

A figura 2 ilustra uma estrutura típica de gestão de incidentes. No entanto, há variações em cada país.

Os princípios de IMS foram desenvolvidos na década de 70 por serviços de combate a incêndio como um método de gestão para esclarecer relações de comando e fazer uso eficaz de cooperação e auxíliomútuos para incidentes de grande escala envolvendo múltiplas autoridades. Embora originalmentedesenvolvidos para combater incêndios, o conceito de IMS é agora aplicado a muitos outros eventos ou incidentes de emergência, incluindo derramamentos de óleo.

A experiência mostrou o valor de unificar e integrar funções de resposta a incidentes em umaorganização única, gerenciada e apoiada por uma estrutura de comando e processos de suporte, e comuma clara 'linha de visão' entre comando e campo. A organização de resposta a incidentes alcança maiorsucesso quando os seguintes princípios essenciais são aplicados:l uso de uma organização única e integrada para gerenciar a resposta;l organização por função, como, por exemplo, comando, operações, planejamento, logística

e financeiro

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso

Comando Contato com partes interessadas externas

Seção de Operações Seção de Planejamento Seção de Logística Seção de Administraçãoe Finanças

Figura 2: Estrutura típica de gestão de incidentes

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l estabelecer relações de subordinação hierárquicas claras; el manter a organização modular, dimensionável e de porte apropriado.

O GPG de sistema de gestão de incidentes apresenta elementos comuns de um IMS para partesinteressadas que podem ser chamadas para trabalhar em conjunto a fim de fornecer experiênciaespecífica, assistência ou recursos de resposta durante um incidente de emergência.

Prontidão e resposta em níveis

O princípio de prontidão e resposta em níveis é reconhecido como a base segundo a qual é elaboradauma robusta estrutura de resposta e prontidão de derramamento de óleo. Ele estabelece a capacidadeque pode ser escalada e encaminhada para a área. Isso reduz a obtenção desnecessária de estoqueglobal em grandes quantidades de recursos de resposta, mas ainda atende a uma sólida resposta atravésda integração de capacidades local, regional e global. A estrutura de três níveis estabelecida permite que o planejador descreva como, uma resposta eficaz a qualquer derramamento de óleo, será fornecida,ou seja, de pequenos derramamentos operacionais até vazamentos drásticos no mar ou em terra.

Desenvolvida na década de 80, a abordagem de prontidão e resposta em níveis classifica capacidades de resposta e garante que os recursos apropriados estejam acessíveis a uma instalação ou região no caso de um derramamento. Esses princípios permitem que os profissionais de resposta planejem o encaminhamento de recursos de resposta regionais e globais no improvável evento de umgrande derramamento.

As classificações em níveis são amplamente definidas da seguinte maneira:Nível 1: Capacidade necessária para lidar com um derramamento local e/ou fornecer uma

resposta inicial.Nível 2: Capacidade regional necessária para complementar uma resposta de nível 1,

incluindo equipamentos gerais e ferramentas e serviços especializados.Nível 3: Recursos globais necessários para derramamentos que exigem uma resposta adicional

significativa devido ao porte do incidente, sua complexidade ou possível impacto.

É importante reconhecer que, embora o nível e o porte do derramamento sejam relevantes para aclassificação de nível, outros fatores também desempenham um papel importante, como recursosambientais em risco, acessibilidade sazonal e distanciamento geográfico. Por essa razão, os níveis nãodevem ser definidos de forma quantitativa, uma vez que há diversas variáveis em um derramamento (por exemplo, tipo de petróleo, cenário ambiental, condições climáticas, governança local, etc.) paracalcular o valor e a quantidade de recursos exigidos por um determinado volume de petróleo derramado.

O GPG de prontidão e resposta em níveis apresenta uma visão atualizada do tema, partindo de ummodelo simples baseado em escalas (requisito de recursos) até uma abordagem mais detalhada ondeexperiência e ferramentas específicas são acessadas e utilizadas onde forem benéficas. Usando umsistema recém-desenvolvido que identifica quinze categorias de planejamento de resposta, a estruturaproporciona um mecanismo para que o planejador identifique como os elementos individuais decapacidade podem ser encaminhados para o cenário de resposta de operações. Isso é um reflexo dosavanços em tecnologia, comunicações, logística e a experiência necessários para mobilizar rapidamenteo kit de ferramentas de resposta adequado para o local de um incidente.

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Envolvimento de partes interessadas - alinhamento, integração e tomada de decisões

Para o sucesso de um esforço de resposta, é essencial a necessidade de garantir que as expectativas eprioridades de todas as partes interessadas estejam alinhadas desde o início. Isso incentiva todas asdiversas partes a trabalharem juntas efetivamente rumo a uma meta comum. Entre as partes interessadas,podem estar empresas de petróleo, interesses de envio, agências do governo e comunidades locais.

As prioridades para a resposta de derramamentos vão variar inevitavelmente de acordo com ascircunstâncias individuais do derramamento, mas, no geral, o objetivo será impedir danos a ecossistemassensíveis e à saúde, segurança e propriedades de pessoas, além de manter a vitalidade e asustentabilidade das indústrias de turismo e outras comerciais e comunitárias essenciais, como a de pesca.

A celeridade é um elemento essencial em uma resposta eficaz de derramamentos de óleo, uma vez queos incidentes são muitas vezes eventos que evoluem e se espalham rapidamente na superfície da água.Uma hora perdida no início da resposta é igual a dias perdidos posteriormente no processo, e osimpactos de um derramamento podem aumentarexponencialmente devido a atrasos que ocorremno início de uma resposta. Por essa razão, é deinteresse de todos promover uma resposta rápidae eficaz através de cooperação efetiva entregoverno, indústria e partes interessadas. Isso seconverte em ações práticas que podem incluir:l organização e procedimentos claros de

resposta a emergência;l garantir o fluxo de informações objetivas

do local do derramamento;l disponibilidade de técnicas pré-autorizadas

no kit de ferramentas de resposta;l tomada de decisões apolítica; el a capacidade de mobilizar e implantar recursos

de reposta.

A cooperação e a rápida tomada de decisões pelaequipe de gestão de incidentes, usando o IMSreconhecido, vão ditar a eficácia da resposta e sãonecessárias para que essas ações práticas possamser implementadas, sendo que todas as partesprecisam seguir o mantra de 'informar, consultar e ouvir'. O envolvimento de partes interessadasno processo de planejamento de contingênciafornece a base para a tomada de decisões desucesso. Uma abordagem pautada por umaanálise de benefício ambiental líquido (NEBA)identifica ferramentas de resposta adequadas,sendo que seu uso será preferencialmente pré-aprovado pelas partes interessadas e refletidonos planos que foram exercitados corretamente.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

Abaixo: uma série de documentos'Giance/Scan'demonstrando osdiversos aspectos de uma estruturaeficaz de resposta e prontidão dederramamentos depetróleo no site do'Projeto de resposta a derramamentos de óleo' da IPIECA-IOGP.

NOSSO INIMIGO COMUM É A DISPERSÃO DO ÓLEO DERRAMADO E SEU IMPACTO EM NOSSOS VALORES COMPARTILHADOS -

PROTEGÊ-LOS É UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO.A EFICÁCIA E A CELERIDADE DE RESPOSTA SÃO AUMENTADAS ATRAVÉS DE:• COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES OBJETIVAS

• PRÉ-APROVAÇÃO DE FERRAMENTAS DE RESPOSTA

• TOMADA DE DECISÕES RÁPIDA E ISENTA

• MOBILIZAÇÃO DE CAPACIDADES DE RESPOSTA

COOPERAÇÃO PARA RESPOSTAS EFICAZES

PARA UMA RESPOSTA DE DERRAMAMENTOS DE ÓLEO EFICAZ, PRECISAMOS PROATIVAMENTE DE COOPERAÇÃO COM GOVERNOS E

COMUNIDADES LOCAIS, QUE É COMPOSTA DE:

• LINHAS ABERTAS DE COMUNICAÇÃO

• TOMADA DE DECISÕES TRANSPARENTE

• POLÍTICAS CLARAS COM RELAÇÃO A TÉCNICAS DE RESPOSTA

• EXPECTATIVAS REALISTAS SOBRE A RESPOSTA

COMUNIDADE

GOVERNO

INDÚSTRIA

Figura 3: Trechos dos documentos de 'varredura/Scan' da IPIECA-IOGP sobreresposta a derramamento de óleo

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A Convenção Internacional sobre Prontidão, Resposta e Cooperação de Poluição por Petróleo de 1990(Convenção OPRC ) é um instrumento internacional que foi assinado por diversos governos. Elaestabelece um compromisso de trabalhar de forma cooperativa com outros países e com as indústrias de petróleo, transporte e portos para garantir um sistema de resposta nacional e adequado paraderramamentos de petróleo. Ela também estipula requisitos de relatórios e planejamento e incentiva o desenvolvimento de ambos acordos bilaterais e multilaterais. Os requisitos previstos pela ConvençãoOPRC são alinhados com os princípios da resposta eficaz descrita nesse documento.

O documento atual adota o conceito de envolvimento das partes interessadas e fornece informaçõescomplementares para a discussão acima; outros GPGs sobre NEBA e planejamento de contingência dederramamento de petróleo também incorpora aspectos do engajamento das partes interessadas.

Análise de benefício ambiental líquido

A análise de benefício ambiental líquido (NEBA) é um processo usado para garantir que os impactos de derramamentos de óleo em pessoas e no meio ambiente sejam minimizados. Ela envolveconsideração e julgamento para comparar as prováveis consequências do uso de diferentes técnicas deresposta a derramamentos de óleo. O processo pode ser liderado por planejadores experientes masincentiva a participação do governo, indústria e comunidades locais. A NEBA fornece uma base científicasólida para compreender e confirmar julgamentos de valor entre diferentes recursos ecológicos esocioeconômicos. As vantagens e as desvantagens das diferentes técnicas de resposta precisam sercomparadas umas com as outras e com a limpeza natural para determinar que abordagem resultará nomenor dano possível ao meio ambiente e à comunidade local. Isso normalmente envolve as etapasmostradas na tabela 1 e o ideal é que seja realizado antes de um derramamento de óleo como uma partefundamental do planejamento de contingência.

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Tabela 1 Exemplo das principais etapas normalmente realizadas como parte do processo de NEBA

Etapa de NEBA Descrição

Avaliar dados

Pode-se considerar onde há probabilidade de derramamento de óleo e chances de derivar sob a influência de correntes e do vento; há diversos modelos detrajetória de derramamento de petróleo que corroboram essa tese. Também é útil saber como o petróleo vai 'desgastar' a medida em que deriva.

Prever asconsequências

Avaliação do que provavelmente será afetado pelo óleo derramado se nenhumaresposta for realizada. Isso pode incluir ambos recursos ecológicos esocioeconômicos e áreas com valor cultural ou histórico. Variações sazonais podem precisar ser levadas em conta.

Equilibrar concessões

A eficiência e a viabilidade do kit de ferramentas de resposta devem ser analisadasno contexto das situações representativas. Isso cobre as técnicas de resposta, as praticidades de seu uso e quanto óleo elas podem recuperar ou tratar. Se áreas em ameaça incluírem habitat costeiros sensíveis a petróleo, o papel daresposta de derramamento de petróleo no mar é prevenir ou limitar que o petróleoderramado alcance essas áreas. Experiências anteriores podem ajudar a avaliar quetécnicas de resposta de derramamento de petróleo provavelmente serão eficazes.Considerações pragmáticas devem formar uma parte importante do processo deNEBA conforme aplicado a todas as técnicas de resposta viáveis.

Selecione as melhores opções

O resultado do processo de NEBA é a seleção de uma ou mais técnicas de respostaque irão minimizar os impactos gerais de um possível derramamento no ambiente e promover a rápida recuperação e restauração da área afetada. A capacidade em níveis é então estabelecida com base nas necessidades identificadas.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

A NEBA também pode ser usada depois de um derramamento de óleo para facilitar a tomada de decisões urgentes sobre como minimizar os impactos ambientais e socioeconômicos.

O GPG de NEBA explica como o processo leva em conta as circunstâncias do derramamento, aspraticidades da resposta de limpeza, os impactos relativos das opções de resposta e limpeza e o processo pelo qual julgamentos são feitos sobre a importância relativa de fatores sociais, econômicos e ambientais.

Consciência sobre a situação, objetivos alinhados e estratégia de resposta

A comunicação de três vias é essencial para uma resposta bemsucedida e inclui o desenvolvimento de pontos pré-estabelecidos de contato para indústria, governo e a comunidade como parte do processo de preparo. Uma visão comum da situação ('consciência sobre a situação') usando ferramentasde vigilância, modelagem e visualização como formadoras para um 'contexto operacional comum' vãogarantir que todas as partes operem sob a mesma perspectiva. Isso, juntamente com boa compreensãodas principais preocupações de cada parte, objetivos maiores e prioridades, vai facilitar o alinhamento e a transparência da tomada de decisões durante a resposta para que todas as partes sejamcorresponsáveis sobre as escolhas feitas e possam apoiá-las. Embora um GPG não tenha sido preparadoespecificamente para descrever esse aspecto do derramamento de óleo, a consciência de situação éamplamente tratada através dos GPGs de detecção remota e observação aérea discutidos na seçãoResposta nas páginas 14 a 19.

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Planejamento de contingência

O planejamento de contingência de derramamento de óleo é o processo de desenvolver umacapacidade de resposta adequada a derramamentos que esteja em conformidade com a estruturanormativa local e apropriada segundo os riscos de derramamento de óleo de uma organização ouinstalação. Os processos de planejamento de resposta e avaliação de risco de derramamento de óleopermitem a identificação de, além de planejamento e provisionamento adequado para, situações detodos os portes e complexidades. Incorporados nesses processos estão os princípios de prontidão emníveis e a resposta discutida na página 8 do presente documento.

Uma explicação completa sobre os processos de prontidão e planejamento de contingência é fornecidanos GPGs relevantes; no entanto, os seguintes elementos críticos sempre devem ser levados em conta:l O pilar da prontidão de resposta é a própria capacidade de responder; isso não é medido

exclusivamente por estoques de equipamento, mas também engloba profissionais, equipamentos,organizações, procedimentos, logística, treinamento, exercícios e análises.

l É essencial compreender o nível de risco, incluindo identificar o destino e a trajetória do óleo, além das principais sensibilidades ecológicas e socioeconômicas que possam estar ameaçadas em situações de planejamento realistas.

l Desenvolver planos de contingência robustos e detalhados para situações até e incluindo situaçõesdrásticas cabíveis, com a capacidade de encaminhar a capacidade identificada através de níveisconforme necessário e sem barreiras.

l Trabalhar com as agências reguladoras e a comunidade para obter pré-autorizações para as técnicasde resposta preferidas, sejam o uso de dispersantes, o potencial de queima controlada (in-situ),unidades de proteção costeiras, etc.

l Garantir que estratégias de comunicação estejam em vigor e que os principais contatos comunitários,normativos e outras partes interessadas sejam identificados e consultados no processo deplanejamento de contingência.

l Planejar para gerenciar e integrar ofertas externas de assistência que possam envolver capacidadeadicional que não é central para os planos de contingência.

Por fim, os planos de contingência devem ser preparados para englobar os conceitos acima e tambémdeve incluir componentes executáveis detalhados que possam ser traduzidos para uma capacidade físicade resposta de derramamentos. No entanto, independentemente de quão sólido seja o plano, paragarantir a capacidade ideal ele também deve incorporar:l treinamento;l exercícios;l um processo de avaliação contínua;l acesso a ambos profissionais treinados e equipamentos adequados; el os meios logísticos para mobilizar, apoiar e manter uma resposta.

O GPG de planejamento de contingência fornece orientação sobre o processo de planejamento parapossíveis derramamentos de petróleo dentro ou na água após uma liberação acidental de óleo para um ambiente marinho ou aquático, ocorra ele durante o processamento, transporte, produção ou estocagem de produtos de petróleo.

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Prontidão

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Mapeamento de sensibilidade para uma resposta a derramamentos de óleo

Mapas de sensibilidade devem ser preparadoscomo parte do processo de prontidão ouplanejamento de contingência. Eles devem serprojetados de forma a repassar as informaçõesessenciais para àqueles que vão responder aosderramamentos de petróleo identificando asunidades de recursos costeiros e áreasambientalmente sensíveis. A produção dessesmapas envolve compilar informações sobrerecursos e decidir que diretrizes para resposta depetróleo devem ser incluídas. Os usos variam deproteção e limpeza costeira prática específicapara a unidade e planejamento estratégico paragrandes áreas remotas.

O GPG de mapeamento de sensibilidade explica os processos para compilar esses mapas e as diferençasentre os mapas estratégicos e de sensibilidade tática e fornece orientação sobre como executar umprojeto de mapeamento de sensibilidade.

Treinamento de resposta a derramamentos de óleo

O treinamento para profissionais de resposta é uma pré-condição essencial para uma resposta eficaz aderramamentos de óleo que exige funcionários que compreendam e estejam aptos para desempenhardiversas funções de gestão de incidentes e resposta de emergência. O objetivo do treinamento dederramamento de óleo é garantir que esses profissionais sejam identificados e tenham oportunidadesapropriadas para aprender e manter habilidades e conhecimento relevantes. O GPG de treinamento dederramamento de óleo apresenta um processo composto por etapas, conhecido como 'ciclo detreinamento', para auxiliar organizações e indivíduos a alcançar esse objetivo. Esse documento está vinculadoe é cruzado com o GPG complementar sobre exercícios de derramamento de petróleo (consulte abaixo).

Exercícios de derramamento de óleo

O GPG de exercícios de derramamento de óleoproporciona orientação sobre como desenvolverum programa de exercícios adequado paraatender aos requisitos de treinamento paraderramamentos de uma organização ouinstalação associados com exploração eprodução, transporte de óleo por terra ou água,ou a operação de instalações de estocagem depetróleo e terminais marinhos. Essa orientação évoltada para os profissionais responsáveis porgarantir que planos de contingência dederramamento sejam praticados e verificados e é vinculada e cruzada com o GPG sobretreinamento de derramamento de óleo.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

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O processo de resposta a derramamentos de óleo normalmente procede segundo essas linhas:l Mobilização inicial: após uma verificação de um derramamento e avaliação de segurança inicial,

os profissionais de resposta vão mobilizar imediatamente toda a capacidade inicial e analisar o porte do evento e seu potencial de impacto.

l Confirmar técnicas de resposta: os profissionais de resposta então combinam o derramamento realcom a situação de planejamento mais parecida. Depois de combinado, as técnicas de resposta pré-planejadas complementares têm sua adequabilidade confirmada e são implementadas.

l Organizar a resposta: organizar a resposta exige obter os recursos apropriados para possibilitar o padrão de indústria de reação excessiva prudente. Isso também inclui o acionamento eimplementação de um sistema de gestão de incidentes em uma escala que atenda às necessidades do incidente em potencial.

l Encaminhar recursos: a capacidade é mobilizada de forma sequenciada, com encaminhamento de recursos pré-identificados externos adequados a medida em que o derramamento evolui e os profissionais de resposta compreendem o que é necessário.

l Ajuste segundo a realidade: a eficácia de técnicas e condições de incidentes são avaliadas e ajustadasao longo da resposta.

l Resposta contínua: a resposta continuará até um ponto final definido ser alcançado, no qual o tempode restauração terá início.

Observe que, após a mobilização inicial, o processo é muitas vezes cíclico. Com base no período operacional(normalmente de 24 horas), pode haver um processo contínuo de 'planejar, fazer, reavaliar e adaptar'

Saúde e segurança de profissionais de resposta a derramamentos de óleo

Quando um derramamento de óleo ocorre, a questão de saúde e segurança, tanto para o público quantopara os profissionais de segurança, é uma consideração séria. É reconhecido que questões de saúde esegurança são gerenciadas de diferentes maneiras em todo o mundo, com regimes prescritivosaltamente regulados que legislam sobre ações em alguns países e sistemas de baseados em riscos emoutros. O GPG de saúde e segurança de profissionais de resposta se concentra em identificar as principaisquestões quando um derramamento de óleo ocorre, seu nível de gravidade e as etapas práticas quedevem ser realizadas para minimizar o impacto do derramamento sobre a segurança e a segurançadaqueles que estão envolvidos em sua resposta. Embora esse documento seja voltado principalmentepara tratar de derramamentos de óleo na água, ele também pode ter aplicação no caso de um evento de derramamento em terra.

Controle da fonte

Uma parte importante de qualquer resposta a um incidente de derramamento de óleo é controlar de forma segura a origem do derramamento e impedir o fluxo adicional o quanto antes possível. Embora o controle de origem faça parte de planos para operações de embarcações, dutos, terminais eafins, é importante reconhecer o investimento significativo pela indústria no desenvolvimento e naprovisão global de capacidade de controle de origem para a contenção de vazamentos em poçosoffshore. A contenção de vazamentos é o ato de instalar um dispositivo em um poço para impedir o fluxonão controlado de hidrocarbonetos. O dispositivo tem a capacidade de fechar um poço supondo que aprópria tampa, o equipamento de fundo de poço e a boca de poço tenham a integridade de suportar aspressões de fechamento resultantes. A tampa normalmente é colocada na cabeça de poço existenteatravés da qual os hidrocarbonetos estão escapando. Se necessário, a tampa também pode ser usada

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Resposta

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como uma solução de contenção para direcionar hidrocarbonetos para a superfície para coleta enquantoo poço está sendo fechado. Embora isso esteja fora do escopo da série de GPGs atual, mais informaçõessobre esse tema podem ser obtidas em diversos sites, incluindo o Serviço de intervenção de poçossubmarinos (oferecido pela Oil Spill Response Limited), o Helix Well Containment Group (HWCG), o OSPRAG, a Marine Well Containment Company (MWCC) e outros.

Vigilância, modelagem e visualização

É importante que os profissionais de resposta, agências do governo e comunidades tenham uma claracompreensão sobre a situação de poluição, ações de resposta a caminho e o progresso feito para impedirou mitigar possíveis impactos. A 'conscientização sobre a situação' é fornecida através de umacombinação de operações de vigilância, modelagem preditiva e descrição e informes de diversosrecursos e dados de resposta.

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre observação aérea de poluição por óleo fornece orientaçãosobre a identificação e a observação de óleo derramado no mar. O documento explica os princípios doreconhecimento aéreo, além de como desenvolver um perfil de missão e estimar tipos de óleo,densidades e quantidades por uma observação aérea. É fornecida orientação sobre como calcular derivae preparar relatórios de poluição, além de orientar embarcações de resposta a partir de uma aeronave de observação.

A detecção remota por satélites é uma das diversas tecnologias que formam a estratégia de vigilância necessária para a resposta eficaz aderramamentos de óleo. As capacidades datecnologia evoluiu significativamente ao longo dasduas últimas décadas ao ponto onde a tecnologiaagora atende as necessidades úteis da indústria em termos de amostragem especial e temporal e resposta pontual. Satélites podem ser operadosindependentemente de condições climáticas,logística política ou outras terrestres ou de espaço aéreo e são especialmente úteis e de bom custo-benefício para a cobertura sinótica de áreas amplas.

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobredetecção remota por satélites fornece orientaçãosobre o papel operacional e estratégico e aplicaçãoda detecção remota por satélite para resposta aderramamentos de petróleo. O guia trata de comomontar uma equipe de resposta de detecçãoremota por satélite, a tecnologia envolvida, oprocesso de obter uma solicitação de imagem por satélite para proporcionar informações detomada de decisões e os desafios, e asoportunidades no futuro para a detecção remotapor satélite dentro da estrutura de resposta aderramamentos de óleo.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

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As vantagens e as desvantagens de cada técnica de resposta a derramamentos de óleo

Além dos prós e contras associados a cada técnica, nem todas as ferramentas e técnicas precisarãonecessariamente serem apropriadas para uso em um determinado ambiente ou situação. A tabela 3resume possíveis limitações, embora deva-se observar que essas são regras básicas e rápidas e que vão variar de acordo com as circunstâncias; por exemplo, embora a maioria dos derramamentos depetroleiros possa ser resolvida através do uso de dispersantes há algumas cargas (por exemplo, petróleo pesado) que não responderiam à aplicação de dispersante, especialmente em águas geladas.

Essas informações fornecem um ponto de partida para considerar as opções de resposta e avaliar as concessões usando o processo de NEBA que inevitavelmente precisam ser feitas durante toda grande resposta.

Técnicas de resposta

Tipos de equipamento e técnicas a serem empregadas

As técnicas que são consideradas e identificadas na etapa de planejamento de situação são derivadas dokit de ferramentas de resposta. Essas ferramentas incluem processos naturais (ou seja, biodegradação), o uso de contenção e recuperação no mar, dispersantes químicos e queima controlada (in-situ) além de limpeza e proteção costeira. Essas ferramentas são resumidas abaixo com informações adicionaisfornecidas para cada uma em subseções posteriores. A tabela 2 resume os prós e os possíveis contras de cada técnica.

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Tabela 2 Os prós e os possíveis contras das diversas técnicas de resposta a derramamentos de petróleo

Técnica Benefícios Descrição

Dispersante Remove o petróleo de superfície que possaafetar a vida selvagem e impede que opetróleo se espalhe para o litoral; melhora a biodegradação natural do óleo e reduz vapores na superfície da água.

O óleo dispersado pode inicialmente afetar a vegetação e a vida selvagem presentes na coluna d'água local.

Recuperaçãomecânica

Remove o óleo com impacto ambiental mínimo.

A recuperação mecânica pode ser ineficiente,exigir um grande número de recursos elimitada por condições da água, chegandonormalmente a no máximo 10 a 20% darecuperação do óleo.

Queimacontrolada(in-situ)

Remove grandes quantidades de óleorapidamente por meio de queima controlada (in-situ).

A queima apresenta um possível risco de segurança e redução localizada naqualidade do ar; pode ser difícil recuperarresíduos queimados.

Remoçãofísica

Restaura seletivamente o valor social eambiental em locais específicos usandodiversas ferramentas.

Métodos agressivos ou indevidos podemafetar ecossistemas e organismos individuais.

Processosnaturais

Aproveita processos naturais para remoçãode óleo, incluindo biodegradação e evite técnicas de limpeza intrusivas quepossam afetar ainda mais o ambiente.

A remoção natural pode exigir mais tempopara retornar o ambiente ao seu estado antes do derramamento em comparação com outras técnicas de resposta.

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Tabela 3 Guia geral sobre a adequação de diferentes técnicas de resposta em uma variedade de circunstâncias

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

Dispersantes: aplicação de superfície

O uso de dispersante pode ser uma maneira eficaz de minimizar danos ecológicos e socioeconômicosgerais ao impedir que o óleo chegue a habitat costeiros e litorais e ao melhorar os processos debiodegradação natural que absorvem o óleo no meio ambiente. O Guia de boas práticas do IPIECA-IOGPsobre a aplicação em superfície de dispersantes explica o que são dispersantes e como eles são aplicadosem derramamentos de óleo na superfície do mar. Detalhes sobre as capacidades e as limitações dosdispersantes são apresentados, juntamente com destaques sobre a necessidade de regulação, asvantagens do pré-planejamento e autorização avançada, procedimentos operacionais e monitoramentodurante seu uso.

Dispersantes: aplicação submarina

A recente evolução da injeção de dispersantes submarinos (SSDI) como uma ferramenta de resposta parapossíveis liberações de poços em alto-mar é descrita no Guia de boas práticas sobre aplicação submarinade dispersantes. Isso inclui capacidades operacionais que foram desenvolvidas e como o plano dedecisão para SSDI pode ser justificado por abordagens NEBA. Os recursos específicos descritos incluem a capacidade de montar operações contínuas em um grande conjunto de condições marítimas, além deabordagens para monitorar a eficácia e os efeitos de sua aplicação.

Contenção e recolhimento no mar

A recuperação e a contenção na água são a localização e a coleta de óleo na superfície da água. É usado equipamento para cercar e concentrar o óleo derramado (usando barragens ou barreirasflutuantes) na superfície do mar em uma espessura de superfície adequada, possibilitando a remoção

Situações de exemplo Descrição

Dispersantes Recuperaçãomecânica

Queima in-situ

Remoção física

Processosnaturais

Liberação offshore

Derramamento de petroleiro 3 3 3 7 3

Derramamento submarino 3 3 3 7 3

Derramamento fluindo para área habitada 3 3 3 7 3

Liberação próxima à costa

Época de desova 7 3 3 7 3

Liberação onshore ou próxima da costa

Próximo a pântanos ou praias 7 7 3 3 3

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mecânica. O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre contenção e recuperação na água explica como a recuperação e a contenção efetivas podem: reduzir o impacto em seres sensíveis na água, comopássaros, peixes e mamíferos; reduzir o impacto em áreas sensíveis no litoral, removendo o óleo flutuanteno mar; reduzir a complexidade e a duração de uma resposta no litoral; e reduzir o volume de resíduosgerado por uma resposta ao impedir ou minimizar impactos ao litoral. O documento explora as razõespelas quais a contenção e a recuperação na água às vezes falham e as circunstâncias nas quais elasdevem ou não ser consideradas.

Queima in-situ

A queima in-situ (ISB) é a ignição e a queima controlada de óleo derramado na, ou perto da, área ondehouve o derramamento. A ISB é reconhecida como uma ferramenta de resposta viável para limparderramamentos de óleo em água, terra e gelo. A ISB pode reduzir rapidamente o volume de óleoderramado, reduzindo significativamente assim a necessidade de coletar, estocar, transporte e descartaro óleo recuperado. A ISB também pode encurtar o tempo de resposta geral a um derramamento,auxiliando assim na proteção ambiental. O GPG de queima in-situ contém uma compilação dasinformações com relação à queima in-situ de derramamentos de óleo. Isso inclui aspectos específicos doprocesso de queima e seus efeitos e informações práticas sobre os procedimentos a serem seguidos e equipamentos necessários para realizar as queimas in-situ.

Avaliação da costa (SCAT)

Apesar das melhores intenções de uma resposta em alto mar a um derramamento de óleo no mar ou em um rio, há chances de que pelo menos parte do óleo derramado acabe chegando ao litoral.Quando ocorre impacto ao litoral, ou quando há probabilidade disso ocorrer, a avaliação de litoral é um componente crítico do programa de resposta e proporciona informações essenciais para definirobjetivos, prioridades, limitações e pontos de término para uma resposta litorânea eficaz. O GPG deavaliação de litoral explica como um programa de avaliação de litoral eficaz apoia no processo deplanejamento, tomada de decisões e implementação para uma resposta litorânea e como os principaiscomponentes dos levantamentos litorâneos são integrados no estágios de geração de dados, tomada de decisões e implementação/encerramento de um programa de resposta litorânea.

Limpeza da costa

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre técnicas de limpeza de litoral define os fatores importantesa serem levados em conta ao avaliar a limpeza de um litoral atingido pelo óleo, incluindo as etapas a serem seguidas para gerenciar operações de limpeza de litoral. Os prós e os contras de algumas dastécnicas usadas com maior frequência são discutidos, além de identificar em qual etapa no conjuntogeral da operação uma determinada técnica terá maior chance de sucesso. Além disso, o documentoexamina a interação entre óleo disperso e diferentes tipos de litoral, sugerindo algumas possíveisabordagens para tratar dos desafios que essa abordagem pode apresentar.

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Respostas em terra

O GPG de resposta em terra apresenta uma visão geral de respostas de derramamento de óleo em terra eem ambientes aquáticos (rios e cursos de água doce, lagos e poços, pantanais e corpos d'água estuarinos eseus litorais e bancos associados), identificando semelhanças na resposta marinha e destacando questõesúnicas pertinentes aos derramamentos em terra. O documento trata da fase de resposta de incidentes emterra, onde ações são realizadas para garantir a segurança, minimizar a dispersão e ameaça imediata de um derramamento e implantar técnicas para limpar o óleo derramado em ambientes aquáticos. Ele nãotrata de derramamentos em ambientes terrestres e as possíveis ações corretivas que podem serconsideradas onde o óleo contaminou o solo subjacente ou os lençóis freáticos.

Gerenciamento de resíduos

A resposta a um derramamento de óleo muitas vezes resulta na rápida geração e acúmulo de grandesquantidades de resíduos com óleo. óleo emulsificado e areias betuminosas, cascalho e detritos presospodem aumentar o volume de resíduo muitas vezes o volume de óleo originalmente derramado. Esseresíduo muitas vezes ultrapassa a capacidade da infraestrutura de gerenciamento de resíduos disponível,algo que pode desacelerar ou descontinuar temporariamente as operações de recuperação e limpeza deóleo. Como resultado, o gerenciamento de resíduos relacionados à resposta pode se tornar o aspecto maisoneroso e demorado de um derramamento de óleo. O GPG de resíduos de derramamento de óleo defineos princípios envolvidos em identificar e planejar o gerenciamento e a minimização dos diversos fluxos deresíduos listados acima. Resíduos de diversas fontes (derramamentos offshore e onshore em todo omundo e operações a montante e a jusante em atividades de exploração e produção, processamento,refino, transporte e estocagem de óleo) são considerados.

Fauna oleada

O GPG de vida selvagem atingida pelo óleo proporciona uma visão geral dos principais conceitos epráticas sobre prontidão de resposta em caso do óleo chegar a organismos vivos e explica como sealcançar um nível superior de prontidão integrada. Esse documento também compartilha conhecimento e experiência acumulados no decorrer de muitos anos na resposta de derramamentos de óleocombustível e cru em diversas décadas, oferecendo orientação sólida para gerenciar a captura, triagem,limpeza e reabilitação da fauna oleada após um derramamento. Muitas das mesmas técnicas, políticas eprocedimentos operacionais podem ser aplicadosa derramamentos de outras substâncias químicasque são transportadas por navio, trem ou duto eque podem afetar animais selvagens. Essedocumento também será útil para planejadoresencarregados de se preparar para eventos queenvolvam esses produtos e também pode serusado como uma cartilha para profissionais cujotrabalho é desenvolver os planos de prontidão devida selvagem atingida por petróleo da empresaou país e que tenham apenas um conhecimentosuperficial sobre resposta com incidentesenvolvendo vida selvagem.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

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Embora distintas e separadas dos processos de prontidão e resposta, e exigindo inevitavelmente um tempo maior, a avaliação e a restauração de impacto desempenham um papel essencial após um derramamento. Em muitos casos, uma avaliação de impacto deve ser iniciada imediatamente após a descoberta de um derramamento para coletar dados efêmeros e muitas vezes continuará muito após a fase de resposta de emergência ser concluída. Os componentes de avaliação e restauraçãopodem incluir:l Impactos ambientais: impactos de derramamento de óleo sobre ecologia marinha e sobre litorais

podem ser significativos, especialmente nas primeiras etapas de um derramamento. Dessa forma, é importante compreender quais são os possíveis impactos para que o pré-planejamento adequadopossa ser realizado a fim de iniciar rapidamente um programa de avaliação de impacto.

l Remediação: a remediação de derramamentos de óleo normalmente envolve a remoção ou otratamento de óleo residual em áreas litorâneas ou terrestres após a fase de resposta de emergênciater sido concluída e faz a transição para a fase de projeto. Normalmente, a remediação só é necessáriase houver impactos ambientais contínuos do óleo residual.

l Recuperação ambiental: a meta da restauração ambiental é restaurar o meio ambiente para àscondições anteriores ao derramamento por meio de atividades de restauração ou recuperaçãonatural, como plantio de vegetação pantaneira, reposição de sedimentos, correção de habitat, etc.

l Recuperação de comunidades: compensação de impactos financeiros é uma forma de restauração de comunidade, juntamente com campanhas de publicidade para promover empresas locais, turismo e recriação, e o melhor acesso a áreas litorâneas recreativas.

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Recuperação

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Impactos ambientais marinhos

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre os impactos de derramamentos de óleo sobre a ecologiamarinha proporciona uma visão geral sobre como os derramamentos de óleo podem afetar os recursos e funções ecológicos marinhos e quão rapidamente esses recursos e funções podem se recuperar. Ele descreve as propriedades de óleos minerais e processos físicos pelos quais os óleos derramadospassam e que são relevantes para impactos ecológicos marinhos, fornece uma descrição geral dosmecanismos e fatores que normalmente afetam os impactos de derramamentos de óleo em recursosmarinhos e suas taxas de recuperação, e descreve alguns dos impactos mais comuns que osderramamentos de óleo tiveram sobre diferentes ecossistemas, com referência a determinados estudosde caso. O documento resume a boa prática atual em resposta a derramamentos e como ela foiprojetada para maximizar o benefício ambiental líquido.

Impactos ambientais costeiros

O GPG da IPIECA-IOGP sobre os impactos de derramamentos de óleo sobre litorais proporciona uma visão geral sobre como os derramamentos de óleo podem afetar os litorais estuarinos e marinhos equão rapidamente eles podem se recuperar. O documento descreve o destino do óleo em diferenteslitorais e as características que são relevantes ao impacto e à recuperação, juntamente com os impactosecológicos do óleo em litorais. Ele explica a boa prática atual em limpeza de litorais e resume algumasdas abordagens e requisitos fundamentais da avaliação de impacto.

Avaliação econômica e compensação

Apesar dos melhores esforços daqueles envolvidos em uma resposta, uma liberação de óleo tem o potencial de afetar propriedades e atrapalhar atividades comerciais, acarretando perdas econômicas. O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre avaliação econômica e compensação leva em conta osefeitos do óleo sobre setores de pesca e turismo, além daqueles em outras atividades comerciais, e identifica as fontes de capital que podem estar disponíveis para compensar tais danos. São explicadosos esquemas de compensação e a legislação que permitem que pagamentos sejam explicados e osmétodos pelos quais os vários tipos de danos econômicos podem ser quantificados e calculados pelosesquemas e os procedimentos necessários para envio de pedidos de indenização, incluindo indenizaçõessobre os custos de uma resposta, além de danos a propriedades e por perda econômica.

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PRONTIDÃO E RESPOSTA A DERRAMAMENTOS DE óLEO: UMA INTRODUÇÃO

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A IPIECA é a associação global da indústria de petróleo e gás paraquestões sociais e ambientais. Ela desenvolve, compartilha e promoveboas práticas e conhecimento para ajudar a indústria a melhorar seudesempenho ambiental e social; e ela é o principal canal de comunicaçãoda indústria com as Nações Unidas. Através de sua liderança executiva egrupos de trabalho liderados por membros, a IPIECA reúne a experiênciacoletiva de empresas e associações de petróleo e gás. Sua posiçãoexclusiva dentro da indústria permite que seus membros respondamefetivamente às principais questões sociais e ambientais.

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A IOGP representa a indústria de petróleo e gás a montante diante deorganizações internacionais, incluindo a Organização MarítimaInternacional, Convenções Marítimas Regionais do ProgramaAmbiental das Nações Unidas (UNEP) e outros grupos que fazem partedo guarda-chuva das Nações Unidas. A nível regional, a IOGP é arepresentante da indústria para o Parlamento e a Comissão Europeia ea Comissão da Convenção para a Proteção do Meio Marinho doAtlântico Nordeste (OSPAR). De igual importância é o papel da IOGPem promulgar boas práticas, especialmente nas áreas de saúde,segurança, meio ambiente e responsabilidade social.

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