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Prontidão para resposta à fauna Guia de boas práticas para gestão de incidentes e para profissionais de resposta a emergências

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Prontidão pararesposta à fauna

Guia de boas práticas para gestão de incidentes e para profissionais de resposta a emergências

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A associação global da indústria de óleo e gás para assuntos sociais e ambientais

14º piso, City Tower, 40 Basinghall Street, Londres EC2V 5DE, Reino Unido Telefone: +44 (0)20 7633 2388 Fax: +44 (0)20 7633 2389E-mail: [email protected] Site: www.ipieca.org

Relatório 516 da IOGP

Data de publicação: 2014

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Associação Internacional de Produtores de Óleo e Gás

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Prontidão pararesposta à fauna

Guia de boas práticas para gestão de incidentes e para profissionais de resposta a emergências

Imagens reproduzidas com cortesia de: Figura 3 (página 17) adaptada de C. J. Camphuysen, comunicadopessoal sobre o uso de dados corrigidos sobre aves marinhas no mar do banco de dados 4.1 da EuropeanSeabirds at Sea (ESAS; mantido pelo Joint Nature Conservation Committee (JNCC) em Aberdeen, Escócia);Figura 4 (página 18) adaptado da ICES (2005).

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Essa publicação faz parte da série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP, que resume as visõesatuais sobre boas práticas para diversos temas de prontidão e resposta de derramamentos deóleo. A série visa ajudar a alinhar atividades e práticas de indústria, informar grupos de interesse eatuar como uma ferramenta de comunicação para promover conscientização e educação.

A série atualiza e substitui a bem estabelecida 'Série de relatórios de derramamento de óleo' daIPIECA publicada entre 1990 e 2008. Ela trata de temas que são amplamente aplicáveis aos setoresde exploração e produção, além de atividades de envio e transporte.

As revisões estão sendo realizadas pelo projeto conjunto da indústria (JIP) para resposta aderramamentos de óleo da IOGP-IPIECA. O JIP foi criado em 2011 a fim de implementaroportunidades de aprendizado com relação a prontidão e resposta de derramamentos de óleoapós o incidente de controle de poço no Golfo do México ocorrido em 2010.

Observação sobre boas práticas

O termo 'boas práticas' é uma declaração de diretrizes, práticas e procedimentos reconhecidosinternacionalmente que permitem que a indústria de petróleo e gás tenha um desempenhoaceitável em relação à saúde, segurança e meio ambiente.

As boas práticas para um determinado tópico mudarão ao longo do tempo diante de avanços detecnologia, experiência prática e compreensão científica, além de mudanças nas esferas políticas e sociais.

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Prefácio

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Índice

Prefácio 2

Introdução 4

Como usar este guia 4

O que é a resposta à fauna oleada? 4

Por que se preparar? 5

O ciclo de prontidão 6

Onde começar 7

Elaboração de um plano de resposta à fauna 7

Definição da filosofia e escopo do plano 7

A estrutura de um plano de fauna 9

Definição de objetivos e identificação de desafios 13de planejamento

Avaliação como parte do processo de planejamento 16

Desafios de incidentes e estratégias de resposta 21

Como tornar o plano operacional 30

Desenvolvimento de capacidade: uma abordagem escalonada 30

Estabelecimento e treinamento da equipe de resposta de nível 1 31

Programas de treinamento 32

Equipamentos e instalações 34

Simulados 36

Colocando à prova: resposta a incidentes 38e avaliação do plano

Resposta a incidentes 38

Cronologia da resposta 39

Avaliando o sucesso de uma resposta 46

Programas de longo prazo 47

Avaliação 48

Leituras adicionais 50

Agradecimentos 51

Anexos

Anexo 1: Visão geral de resposta à fauna oleada 52

Anexo 2: Glossário de termos 55

Anexo 3: Abreviações 57

Anexo 4: Equipamentos e instalações 58

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Como usar este guia

Este guia para prontidão para resposta à fauna foi preparado como um manual de curso paraprofissionais cuja função é desenvolver a prontidão para resposta à fauna oleada para sua empresaou país e para aqueles que só possuem conhecimento superficial sobre a resposta à fauna. Em vezde servir como um modelo para o desenvolvimento do plano de resposta, o presente documentobusca fornecer uma compreensão sobre os princípios da prontidão e resposta à fauna oleada, alémde um caminho lógico para alcançar a boa prática ao minimizar os impactos na fauna dederramamentos de óleo. Dessa forma, o documento será útil para aqueles que se preparam pararesponder a um incidente que envolva fauna oleada e para aqueles que estão encarregados deavaliar os esforços de prontidão.

O documento proporciona uma visão geral dos principais conceitos e soluções sobre prontidão pararesposta à fauna oleada e explica o nível máximo em que a prontidão integrada pode ser alcançada.No entanto, as diretrizes não substituem a necessidade do envolvimento de profissionais experientesem resposta à fauna oleada nos esforços de resposta e prontidão. Em vez disso, espera-se que, aofornecer uma introdução a alguns detalhes e complexidades ligados ao campo de resposta à fauna,maior atenção seja concedida ao valor daqueles que se dedicaram a dominar o assunto. Embora estedocumento fale diretamente sobre o conhecimento e experiência obtidos ao responder aderramamentos de óleo cru e combustíveis ao longo de diversas décadas, muitas dessas mesmastécnicas, políticas e procedimentos operacionais podem ser aplicadas em derramamentos de outrassubstâncias químicas que são transportadas por navios, trens ou oleodutos e que possam afetar afauna. Sendo assim, este documento também será útil para planejadores encarregados de sepreparar para eventos que envolvam tais produtos.

O que é a resposta à fauna oleada?

A resposta à fauna oleada, muitas vezes considerada como um sinônimo da reabilitação da faunaoleada, é um dos aspectos menos compreendidos e mais subestimados de uma resposta aderramamentos de óleo. Ela pode ser definida de modo mais preciso como a combinação deatividades que buscam minimizar os impactos de um derramamento de óleo sobre a fauna (comoaves, mamíferos e répteis) por meio da prevenção do oleamento, onde possível, e da mitigação dosefeitos sobre os indivíduos oleados. As atividades de resposta incluem a avaliação de riscos à faunaem tempo e espaço, monitoramento em tempo real dos paradeiros da fauna em relação ao óleo,

proteção de locais de nidificação, afugentamento edispersão (afastar os animais para longe do óleo),captura e coleta preventiva de animais não afetados esuas crias/ovos, coleta e análise dos corpos de animaismortos, eutanásia, reabilitação de animais oleados, suasoltura na natureza e, por fim, monitoramento dasobrevivência após a soltura.

Há décadas, as atividades de resposta à fauna existiamseparadamente dos principais sistemas de pesquisa edesenvolvimento e prontidão para resposta aderramamentos de óleo, e faziam aparências ad hocrealizadas apenas por quem estivesse mais próximo ealerta o bastante para se envolver. No entanto, graçasao trabalho profissional de ONGs e de algumas

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Introdução

A integração legalobrigatória doplanejamento defauna oleada (porexemplo, nos EUA)forneceuoportunidades maiorespara ONGsmelhorarem osprotocolos de cuidadoscom animais eprofissionalizar seusserviços.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

universidades pioneiras, os protocolos de reabilitação de fauna oleada foram aprimorados,especialmente em países cuja legislação agora emprega um valor explícito sobre a mitigação erestauração de danos à natureza. Nas últimas décadas, incidentes que ocorreram em todo o mundodemonstraram que a resposta à fauna se desenvolveu como uma atividade profissional capaz deser integrada com sucesso em uma resposta a derramamentos de óleo.

Esse reconhecimento, juntamente com as oportunidades proporcionadas pelas autoridadesvisionárias e grupos da indústria, levou à elaboração de novos conceitos e soluções para minimizardanos à animais selvagens e suas populações. Dependendo dos parâmetros do processo deplanejamento, além das metas definidas para prontidão para resposta à fauna oleada, diversasoperações podem agora ser consideradas, o que ocorre tanto no campo quanto em condiçõescontroladas em uma instalação.

Por que estar preparado?

Qualquer incidente com óleo tem potencial de causar impacto à fauna. Esses impactos podem terconsequências legais, econômicas, culturais, políticas ou de percepção pública para a indústria e ogoverno. Embora as normas atuais possam não exigir uma resposta à fauna, o público pode exigirque medidas profissionais sejam adotadas, especialmente quando os perigos ou danosrelacionados a fauna estão sendo informados pela mídia.

É importante notar que a escala dos impactos sobre a fauna não está ligada à quantidade de óleoderramado. Em vez disso, a escala depende de diversos outros fatores que incluem a época e olocal do incidente, o tipo de produto, padrões climáticos e oceanográficos e os movimentoscorrespondentes das espécies que se alimentam, aninham ou no geral habitam uma determinadaárea. Mesmo um vazamento com pequeno volume de óleo pode ter um impacto grande em áreasde grande abundância de fauna, ou pode ameaçar indivíduos, as crias ou o habitat das espéciesque são protegidas por seu valor de conservação nacional ou internacional.

Se animais se tornarem ameaçados ou oleados, isso provavelmente vai chamar a atenção e gerarpreocupações da mídia e do público. Se a recuperação da fauna afetada não for legalmenteobrigatória, não ocorrendo de modo efetivo, ou não ocorrendo de forma alguma, os indivíduosafetados ou organizações podem optar por desenvolver seus próprios esforços de resgate. Sem umesforço de pré-planejamento que seja integrado suficientemente no sistema de gestão de incidentes(SGI), esses esforços vão, na melhor das hipóteses, ser de pouca valia. O mais provável é que eles ameacem a integridade e a segurança depessoas e animais, podendo ter um impacto negativo sobre a eficácia e apercepção pública da resposta do incidente.

Alternativamente, um esforço de resposta à fauna totalmente integrado,profissional e bem planejado, coordenada pelos gerentes de resposta àfauna oleada com experiência, possibilita uma atividade de respostaalinhada com objetivos mais amplos em termos de saúde, segurança eoperação. Ao levar em conta o potencial de impactos na fauna antes deum possível derramamento, as opções de resposta podem ser avaliadas eos objetivos definidos. Além disso, a uniformidade de esforço pode seralcançada entre vários grupos de interesse, garantindo que a curta janelade oportunidade para responder a acidentes com a fauna viva possa serusada de forma efetiva e adequada.

O derramamento deTricolor (Bélgica, 2002)foi relativamentepequeno em termos devolume, mas teve umimpacto em umgrande número deaves marinhas; mais de 2.000 avesoleadas vivas foramrecebidas pelasorganizações de faunado país dentro daprimeira semana da resposta.

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O ciclo de prontidão

Quando um país, uma empresa ou uma organização leva em conta a elaboração de um nível deprontidão para resposta à fauna, pode muitas vezes ser difícil identificar como isso pode ser feito epor onde começar. A Figura 1 mostra como a prontidão para resposta à fauna pode serdesenvolvida por meio de uma série de etapas consecutivas (avaliação, planejamento,implementação e avaliação) que formam um processo contínuo e cíclico.

Se um incidente ocorrer, o plano de resposta à fauna oleada desenvolvido fornecerá orientaçãopara as diferentes fases da resposta. A avaliação da resposta vai trazer de volta a experiência parao ciclo de prontidão e resultar em melhorias adicionais no futuro. Ao elaborar um plano deresposta à fauna oleada, presume-se que haja um plano de emergência de derramamento de óleoem vigor, proporcionando uma análise do risco de derramamento de óleo e as sensibilidadesambientais relacionadas como uma base para se trabalhar. O plano de emergência dederramamento de óleo fornecerá a estrutura e a definição de um sistema de gestão de incidentesno caso de um incidente.

Simulados

Estratégia

Integração

Risco de derramamentode óleo

Abundâncias de faunasazonais e espaciais

Cenário de oleamento/resposta a fauna

Responsabilidades legais/exigências públicas

Capacidades de resposta(experiência, forças de trabalho,

equipamentos, instalações)- Nível 1, Nível 2, Nível 3

Operações

Dados

Lacunas identi�cadas

Lições aprendidasNoti�cação

Avaliação/tática

Mobilização

Operações

Iniciar, elevar

Operações de escala máxima

Redução, desmobilização

Relatórios, indenização, reivindicações

Estudos de sobrevivênciapós-derramamento

Avaliação de impactos

Programas de restauração

Avaliaçãoanterior ao

derramamento

Avaliação

Desenvolvimentode capacidade

e habilidade

Implementação: programas de longo prazo

Implementação:incidentes emtempo real

5

Desenvolvimentodo plano /

Revisão

Plano de resposta aderramamento de óleo

Início

SGI

Subseção de faunaTreinamento

Aquisições, pesquisae desenvolvimento

O ciclo vermelho é acadeia de atividadesregulares que levam àprontidão ampla. Ociclo verde é a cadeiade atividades quedevem serimplementadas logoapós um incidenteameaçar a fauna(discutido naspróximas seçõesdesta orientação). Os anexos 1 e 2proporcionamdetalhes adicionaissobre consideraçõesoperacionais para aresposta à fauna.

Figura 1 O ciclo para desenvolvimento de prontidão de resposta à fauna oleada

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Elaboração de um plano de resposta à fauna

Um plano de resposta à fauna visa fornecer uma estrutura integrada e definida para aqueles querealizam atividades de resposta à fauna, além dos objetivos, estratégia, orientação técnica e informaçõesnecessárias para desempenhar a tarefa com êxito. Quando totalmente integrada em um plano deemergência de derramamento de óleo, a resposta à fauna pode ser direcionada e coordenada comoparte da estrutura de gestão de incidentes para que prioridades possam ser definidas em relação aoutros aspectos da resposta, e recursos possam ser disponibilizados conforme necessário e adequado.

O desenvolvimento de um plano de resposta à fauna deve ser baseado em uma avaliação adequadados riscos a fauna, cenários e capacidades de resposta disponíveis. Seus objetivos e preparoestratégico devem refletir os requisitos legislativos para as atividades de resposta programadas e osvalores social, econômico, cultural e emocional que a fauna representa, como percebidos pelacomunidade local.

O processo pelo qual o plano de resposta à fauna é desenvolvido pode variar conforme necessário paraatender às necessidades do órgão ou da agência que será responsável por gerenciá-lo. A característicamais marcante de um plano de fauna é que ele condensa toda uma ampla variedade de informações econhecimentos específicos, estando uma grande parte com cientistas, universidades e ONGs - todosestes sendo grupos de interesse. Foi provado que os planos de fauna mais eficazes são aqueles quegarantem que os principais grupos de interesse sejam consultados e desempenhem seu papel.

Reuniões com grupos de interesse são normalmente organizadas durante a fase de avaliação. Depoisque interesses de diversos grupos de interesse são esclarecidos e equilibrados, a elaboração do planopode ter início. Isso pode ser realizado por uma equipe ou um especialista em resposta à faunaoleada, sob a supervisão de um grupo de projeto dos principais grupos de interesse que ajudam afornecer as informações mais importantes.

Depois de acordado e aprovado, o plano deveser formalmente assinado e adotado. As revisões de qualquer plano também sãonecessárias regularmente para manter dadosatualizados permitindo a modificação do planoa fim de refletir e incorporar informaçõesnovas e recentes - por exemplo, aprendizadosa partir de um simulado ou derramamento,mudanças na posição ou compromisso dossignatários ou novas experiências e dadoscientíficos de outras fontes. Consulte a seçãosobre a avaliação do plano (páginas 48-49)para obter mais detalhes.

Definição da filosofia e escopo do plano

Compreender e incorporar os valores dos grupos de interesse no escopo, objetivos e estratégia de umplano de resposta à fauna vai ajudar a obter o suporte amplo das comunidades locais. Além disso, na maioria dos países há uma obrigação legal para conservação e bem-estar dos animais, algo queprecisa ser respeitado e incluído no processo de planejamento. Em um nível tático, a consideração

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Por onde começar

Embora a assinatura ea adoção formal doplano sejam um grandemarco, nessa etapa oprocesso é apenas umaintenção escrita. Para desenvolverintegralmente seuvalor, é necessário umprograma deimplementação devários anos; oselementos de talprograma sãodiscutidos na seção'Como colocar o planoem ação', na página 30.Se

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desses fatores permite a tomada mais ágil de decisões após um incidente real, especialmente quandotais decisões envolvem escolhas difíceis sobre questões potencialmente sensíveis.

Os gerentes de resposta precisam saber se certas opções de resposta podem ser consideradasinadequadas para uso em uma resposta específica ou dentro de um plano de fauna. Essa percepçãoeconomiza tempo e permite que eles se concentrem nas ferramentas consideradas aceitáveis. Umbom exemplo na resposta à fauna oleada é a eutanásia, onde o uso e o método são amplamenteinfluenciados por valores culturais. Algumas culturas valorizam a vida acima de tudo, e a eutanásianão é uma opção. Outras podem valorizar mais o fim do sofrimento, e a eutanásia em massa podeser a opção adotada. Se esses valores culturais ou locais entrarem em conflito com o plano e aestratégia de resposta, eles devem ser solucionados por meio de uma discussão bem antes doincidente. Adiar a solução até um derramamento ocorrer só vai aumentar a dificuldade da decisão ediminuir a probabilidade de se chegar a uma resposta mutuamente aceitável.

As reações do público nem sempre fornecem os melhores princípios orientadores para umaresposta, mas devem, ainda assim, serem consideradas como um termômetro de valores culturaisque pode influenciar a estratégia de resposta à fauna e a percepção de uma determinadaabordagem. Os valores que os seres humanos e as comunidades humanas (como o público geral,oficiais eleitos, ONGs e povos indígenas) associam à fauna podem variar bastante. Os responsáveispor atividades de resposta à fauna devem estar cientes sobre tais valores e sentimentos, e garantirque sejam reconhecidos, respeitados e, onde possível, acomodados no processo de planejamento.A tabela 1 na página 9 fornece uma visão geral dos princípios e valores que são importantes paradecidir as ações de resposta.

Estrutura legal

Antes de atribuir responsabilidades para operações e tomada de decisões em uma resposta à faunaoleada, é importante estar ciente sobre as exigências legislativas locais. Aspectos importantes aserem considerados incluem conservação e proteção de espécies (licenças de manejo, espéciesprioritárias), bem-estar animal, segurança alimentar, segurança de profissionais, proteção do meioambiente, e leis e normas de acesso público. Certas agências, ministérios ou departamentos terãoautoridade legal sobre os diversos aspectos da resposta à fauna e recomenda-se que seuenvolvimento ocorra em uma etapa inicial. Pode ser necessário que diversas dessas autoridadessejam envolvidas a fim de se levar em conta adequadamente todos os aspectos da resposta.Podem surgir questões de competência conflitante, não definida ou até mesmo negada, comopiniões divergentes entre as agências. Os papéis e deveres das diversas autoridades devem serreconhecidos e respeitados na elaboração de um plano. Quanto maior for o envolvimento noprocesso de planejamento, melhor o plano vai refletir a abordagem e a estrutura de comando maisadequada e aceitável.

Decisões políticas

Um dos aspectos mais desafiadores do processo de planejamento é garantir que o plano e osistema de prontidão subjacente tenham o mais amplo apoio político. Isso vai proporcionar umsólido ponto de partida para treinamentos e investimentos, e vai ajudar a alcançar os melhoresresultados esperados em relação aos objetivos identificados, incluindo as expectativas públicas e oalcance de um benefício ambiental líquido, especialmente em áreas onde os riscos ultrapassaremos limites locais, regionais ou nacionais. Depois que a tomada de decisões políticas tiver sidorealizada, o processo de elaboração do plano pode ter início.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

A estrutura de um plano de fauna

O principal desafio no processo de elaboração de um plano é reunir todos os aspectos em um sódocumento que:l explique de forma clara o que o plano visa fazer, por quê, quando, como e por quem;l forneça instruções operacionais claras e diretas para permitir que gerentes e profissionais de

resposta respondam de forma rápida quando orientados a tal; el forneça os principais dados e recursos de suporte para possibilitar a tomada de decisões

eficiente e eficaz.

O ideal é que o plano seja composto de três seções separadas, sendo elas: estratégia, operações edados. A Tabela 2, nas páginas 10-12, lista os principais aspectos que precisam ser consideradosdentro de cada uma dessas três seções.

Tabela 1 Exemplos de princípios e valores e como eles podem levar a reações e/ou interferência do público se os animais ficaremoleados em um incidente.

PrincípioValores que podem serfirmemente mantidos

Possíveis reações humanas se os animaisficarem oleados Relação de ações de resposta

Bem-estar dos animais

Cualquier animal individualrepresenta valores intrínsecos(incluidos los valores religiososo culturales) y se debemaximizar su bienestar si seextrae del medio ambientenatural.

l Animais vivos devem ser resgatados paraque possam receber os cuidadosapropriados.

l Animais oleados não devem sofrer senão puderem ser resgatados e devementão sofrer eutanásia.

l Esforços proativos decaptura de animais paraevitar oleamento.

l Reabilitação ou eutanásiaapós captura, usando ummétodo humano (aceitávelao público).

Conservação Um animal selvagemrepresenta um ambientesaudável, natural e preservado;ele é uma parte intrínseca domeio ambiente e deve serpreservado por essa razão.

l O ambiente é afetado e esse dano deve ser avaliado e reparado; isso inclui a reabilitação de animais afetados pelo óleo.

l O poluidor é responsável e devecompensar pelos danos e/ou restauraçãodas populações de animais selvagens.

l Se uma certa espécie estiver em risco, ela deve ser resgatada como prioridade.

l Captura, transporte para aunidade, tratamento naunidade e soltura para oambiente natural longe do óleo.

Sem intervenção Um animal selvagem não devereceber nenhuma forma deassistência humana; suasobrevivência deve dependerapenas de condições naturais.

l Animais não devem ser ajudados, aindaque possam sofrer e morrer sem talassistência.

l Não se deve gastar dinheiro em animaisenquanto as necessidades de diversoshumanos não são atendidas.

l Nenhuma intervenção decampo é realizada.

l Garantir a saúde e asegurança dos membros dopúblico (para evitar qualqueração fora da resposta oficial).

l Monitorar animais e avaliar amortalidade, se possível eadequado.

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Tabela 2 Aspectos que precisam ser considerados dentro da estratégia, operações e seções de dados do plano de fauna.

continuação…

1. Sección de estrategia

Introdução e escopol Autoridades e responsabilidades; comitê de coordenaçãol Exigências estatutárias (normas relativas a permissões de manejo de vida selvagem, permissões de

reabilitação, espécies protegidas, transporte nacional e internacional de fauna e gerenciamento de resíduos)l Limites geográficos do planol Limites administrativos relevantesl Interface com outros planos/representação em centros de controle conjuntos

Análise de riscosl Identificação de atividades e riscos (tráfego de petroleiros, clima inadequado)l Tipos de óleo que podem ser derramadosl Espécies e habitats vulneráveis; sazonalidadel Abundância de espécies e sua suscetibilidade ao oleamento; espécies predominantes em riscol Efeitos do óleo na fauna em riscol Desenvolvimento de cenários de fauna oleadal Espécies prioritárias para proteção e/ou reabilitaçãol Considerações locais especiais

Estratégia de resposta a derramamentol Filosofia e objetivosl Condições adversas e limitantes; resposta escalonadal Estratégia para saúde e segurançal Estratégia para evitar que o óleo chegue à fauna e para evitar o oleamento da faunal Estratégia para monitoramento de fauna oleada (viva e morta) no mar l Estratégia para fauna oleada perdida e viva (incluindo triagem) l Estratégia para fauna oleada encalhada mortal Estratégia para armazenamento e descarte de resíduos oleados (sólidos e água de lavagem)

Equipamento, suprimentos e serviçosl Equipamentos de instalações temporáriasl Equipamentos veterináriosl Equipamentos de captura e coletal Equipamentos de TI, escritório e comunicaçãol Inspeção, manutenção e testes

Gerenciamento, recursos humanos e treinamentol Relação com o sistema de gestão de incidentesl Gerente de resposta à fauna e unidades funcionais de apoiol Gráfico de organização de incidentesl Profissionais de resposta nacionais (licenciados) de fauna oleadal Profissionais de resposta internacionais e consultores de fauna oleadal Disponibilidade de profissionais (locais, sob chamada)l Disponibilidade de mão-de-obra adicional (voluntários)l Cronogramas de treinamento/segurança e programa de simulados/treinamentos

Comunicações e controlel Unidade de fauna, sistema de gestão de incidentesl Instalações temporárias e permanentesl Equipamento de comunicação da equipe de campol Relatórios, manuais, mapas, gráficos e registros de incidentes (manutenção de registros)l Criação de sites

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

1. Seção de estratégia (continuação)

Ativação, desativação

Simulado, treinamento, revisão do plano

Financiamentol Controles financeirosl Pedidos de indenização

2. Seção de Operações

Procedimentos iniciaisl Comunicado do incidente, estimativa preliminar de nível de respostal Notificação dos principais membros da equipe e autoridadesl Definição e preenchimento de equipe da sala de controlel Coleta de informações (tipo de óleo, localização do óleo, previsão climática, espécies oleadas no mar,

espécies oleadas em terra)l Identificar espécies em risco imediatol Estimar o porte esperado do incidente para a fauna com base na estação do ano e na localização do

derramamento

Operações, planejamento e procedimento de mobilizaçãol Estabelecimento de uma equipe de resposta completal Identificação das prioridades imediatas da respostal Mobilização da resposta imediatal Identificação/definição de instalação para recebimento de faunal Preparação de nota inicial para a imprensal Planejamento de operações de médio prazo (24, 48 e 72 horas)l Decidir se é necessário elevar a resposta para um próximo nívell Mobilização de recursos necessários (ou colocação em estado de espera)l Montagem de equipes de coleta e busca na praia, comunicação e transporte

Controle das operaçõesl Estabelecimento de uma equipe de gestão com especialistas e consultoresl Atualização de informações (previsões climáticas, monitoramento aéreo, relatórios de praia)l Revisão e planejamento das operaçõesl Obtenção de equipamentos, suprimentos e profissionais adicionaisl Preparação de um relatório de incidente diário e de relatórios de gestão l Preparação de relatórios financeiros e contábeis de operações l Preparação de comunicados para conferências públicas e de imprensal Briefing para oficiais do governo

Encerramento de operaçõesl Decidir os níveis críticos diários de perda de animais abaixo dos quais a coleta e a busca serão encerradasl Retirada de equipamentos; limpeza, manutenção e recolocaçãol Elaboração de um relatório formal detalhadol Revisão de planos e procedimentos a partir das lições aprendidas

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No momento da resposta, a seção Operaçõesproporciona instruções claras, como um roteiro,que permitem que profissionais iniciemrapidamente e mantenham as principaisatividades. A seção Dados é como um conjuntode ferramentas que proporciona informaçõesrelevantes e material de suporte a decisões,conforme logicamente necessário em qualqueretapa da resposta, a fim de manter o fluxo idealdas operações. Os profissionais de respostadevem ter a estratégia em mente (ou no bolso),e não em suas mãos. Em um plano bemelaborado, a estratégia é refletida de modoconsistente nas seções de operações e dados.

Estratégia

Operações

Dados

3. Seção de dados

Mapas/gráficosl Instalações costeiras, estradas de acesso, hotéis, etc.l Mapas/atlas de distribuição de espécies; sazonalidadel Locais de risco e provável destino do óleol Tipos de linhas de costa e zonas para estratégias de coleta e buscal Planos de área (no caso de locais complicados, remotos ou vulneráveis)

Listasl Espécies vulneráveis e sua suscetibilidade ao oleamento, história natural, comportamento em cativeiro,

sucesso esperado de reabilitação, doenças mais comunsl Equipamentos para busca e coleta em linha de costa: EPI; redes e outras ferramentas; sacolas plásticas;

etiquetas; equipamentos de comunicação (incluindo fabricante/fornecedor, tipo, tamanho, local,transporte, contato, tempo de entrega, custo e condições)

l Instalações: centros de reabilitação permanente, laboratórios universitários; armazéns de estoquel Equipamento de suporte: comunicações; serviço de alimentação; moradia; transporte; saneamento de

campo; abrigo; freezers e casas refrigeradas; operadores de locação de barcos (incluindo disponibilidade,contato, custo e condições)

l Detalhes de contato para organizações e agentes de emergência identificadosl Organizações relevantes e seus campos de responsabilidade: governo local e nacional; organizações de

proteção aos animais; departamentos universitários; centros de reabilitação de fauna; etc. (incluindo onome do contato, formação e responsabilidade, endereço, telefone, fax e e-mail)

l Fontes de profissionais: médicos veterinários; enfermeiras veterinárias; profissionais de reabilitação defauna; biólogos de fauna; analistas; autoridades locais; fornecedores de alimentação; empresas desegurança; voluntários (incluindo disponibilidade, contato, custo e condições)

l Listas de verificação: preenchimento de equipe; kits veterinários; requisitos de instalação; kits de equipede busca e coleta; alfândega; gerenciamento de resíduos; briefings de segurança; etc.

l Listas de verificação para incorporar a fauna em unidades funcionais de um IMS (logística, administração,finanças, planejamento, etc.)

l Critérios de triagem

Dadosl Fichas de instruções de manejo de faunal Protocolos de reabilitação e cuidados com animaisl Manuais de necropsial Quadros de aviso para informar o público

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Integração

Integrar um plano de resposta à fauna à um plano de emergência de derramamento de óleo nonível apropriado garante que a resposta à fauna alcance os objetivos consistentes com a respostageral. Essa integração é relevante tanto para incidentes onde a fauna oleada é avistada antes dovazamento ser comunicado como também onde óleo livre é observado no ambiente, fornecendoassim suporte ao SGI mesmo se a fauna oleada for a única ação de resposta necessária. Aintegração possibilita que a resposta à fauna se beneficie de disposições administrativas nacionaise internacionais em vigor para assistência mútua (resposta escalonada). Alguns acordosinternacionais para cooperação de resposta a derramamento de óleo começaram agora a integrara resposta à fauna em suas disposições e políticas.

Definição de objetivos e identificação dos desafios de planejamento

O objetivo de todo plano de resposta à fauna será minimizar o impacto nos animais, suaspopulações e o habitat. Isso será alcançado com maior custo-benefício se o óleo puder ser mantidolonge dos animais e seus habitats, ou se os animais puderem ser mantidos longe do óleo. Noentanto, as circunstâncias de um incidente podem significar que há pouco ou nenhum tempodisponível para alcançar nenhuma dessas metas, e essas operações podem ter um efeito limitadoou podem não ser realizadas. Se os animais ficarem oleados, o plano deve informar de forma claratodas as possíveis operações e técnicas que podem ser aplicadas a fim de minimizar o impacto dooleamento.

A fauna adiciona uma camada de complexidade a qualquer situação de resposta de derramamentode óleo. Em casos ondes o óleo se movimenta em direção à áreas onde a vida animal é abundante,ou onde ele já começou a afetar a fauna, devem ser tomadas decisões sobre o que fazer, comofazer, quando e por quem. Em uma resposta a derramamento, as decisões devem ser tomadas deforma rápida, uma vez que há pouco tempo para iniciar uma medida efetiva. Medidas preventivasdevem ser adotadas rapidamente antes que os animais possam ser contaminados. Medidas paraminimizar os efeitos do oleamento devem ser adotadas antes que os animais fiquem hipotérmicos,sofram os efeitos tóxicos do óleo ou percam a condição corporal crítica.

Embora isso pareça simples, o processo de tomada de decisões precisa levar um grande númerode fatores em conta para avaliar a viabilidade das diferentes opções de resposta e seu sucessoesperado em consideração das condições específicas em jogo (consulte a Figura 2 na página 14).

Caixa 1 Estados Bálticos desenvolvem e adotam planos nacionais de resposta à fauna oleada

Os estados do Mar Báltico integraram a prontidão de resposta à faunaoleada em suas disposições de resposta e prontidão de poluição marinhasob proteção do Grupo de Resposta da Comissão Báltica de Proteção aoAmbiente Marinho (ou comissão Helsinki - HELCOM).

Os estados são obrigados a elaborar e adotar seus próprios planos nacionaisde resposta à fauna oleada até 2016, que são apoiados por um mecanismoregional definido para comunicar e solicitar assistência no caso de umincidente de fauna oleada na área do Mar Báltico.

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Isso inclui o contexto do derramamento (incluindo infraestrutura local e o suporte legal), aviabilidade técnica de montar uma resposta à fauna (incluindo a saúde e a segurança dosprofissionais de resposta), a viabilidade financeira e quaisquer valores culturais que possaminfluenciar as opções e objetivos de resposta.

Todos esses elementos são melhor considerados como parte de um processo de planejamentoproativo para garantir uma resposta eficiente e integrada do esforço caso um incidente ocorra.

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Os fatores maisimportantes queafetam a viabilidadedas diferentesoperações que podemser consideradosdurante uma respostaà fauna oleada sãoapresentados aqui. A natureza de muitosdesses fatores podeser avaliada antes queum incidente dederramamentoocorra, e pode serfornecida na etapa deplanejamento. Isso vaipossibilitar a rápidatomada de decisõestáticas durante umaresposta real.

Fatores de fauna oleadaa serem levados em conta:

Oleado/não oleado? Números? Espécies?

Estado de conservação? Condição de saúde?

Quais opções de resposta escolher:Prevenção de oleamento? Mitigação de oleamento?

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Fundos da ONG

Fundos governamentais

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Valores e expectativas

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Ambiente socioeconômico

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Infraestrutura local (estradas,

aeroportos, assentamentos)

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Acesso à fa

una afetadaSaúde, segurança, meio ambiente

Fundos relacionados ao

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Figura 2 Fatores que afetam a viabilidade das diferentes operações que podem ser considerados duranteuma resposta à fauna oleada

Depois que os princípios orientadores foram definidos, o planejador de resposta deve considera ascinco questões operacionais (consulte a tabela 3) que vão levar à definição de objetivos deresposta e à identificação de desafios de planejamento específicos associados com cada objetivo.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Tabela 3 Aspectos generales de los problemas más importantes y los desafíos relacionados que se deben considerar en la planificación y lapreparación de respuesta para atención de la fauna. (Consulte el Apéndice 1 para ver mayores detalles acerca de los objetivos operativos).

Questões operacionais Objetivos Desafios de fauna

1. É possível manter o óleo afastado dos animais?

l Manter a poluição na, ou próxima da, fonte.l Recolher o óleo de forma rápida e eficiente.l Proteger áreas sensíveis.l Saber onde estão as prioridades a qualquer

momento.

l Há capacidade adequada para combater o óleo nafonte/no mar?

l Há dados disponíveis suficientes para uma análise derisco confiável?

l Há mapas de sensibilidade sazonal disponíveis, além deinformações sobre padrões de migração ecomportamento reprodutivo das espécies?

l É possível obter informações em tempo real sobre adistribuição dos animais em relação ao óleo?

2. É possível manteros animaisafastados do óleo?

l Transferência dos animais (ou, no caso detartarugas, seus ovos/ninhos, se apropriado)para longe do óleo ou de um local ameaçadopor:l afugentamento/dispersão;l captura preventiva ou coleta.

l Existe capacidade adequada para interação comconhecimento e compreensão apropriados?

l Quais espécies estão presentes?l Como os animais vão reagir aos métodos (há

possibilidade de impactos adversos?)?l O que deve ser feito com os animais

capturados/coletados: como os animais podem sermantidos vivos e saudáveis durante o cativeiro; há umlocal seguro para transferência dos animais; onde,quando e como eles devem ser soltos?

l Que medidas são necessárias após a soltura?

3. Como os animaisdevem ser tratadosquando estiveremoleados?

l Coleta/remoção de animais mortos.l Tratar animais vivos de acordo com o método

mais aceitável (resgate/reabilitação oueutanásia).

l Quem vai realizar isso?l É possível definir métodos científicos e sistemáticos para

coleta?l Há métodos de reabilitação de fauna oleada confiáveis e

aprovados disponíveis que definam os limites(específicos ou quantitativos de acordo com as espécies)desses métodos?

l Métodos de eutanásia que foram considerados efetivos,aceitáveis (humanos) e seletivos foram (isso é, nãomatar/afetar animais que não são alvo)?

4. Como a própriaresposta podeminimizar os danosàs pessoas, ao meioambiente e aosanimais?

l Priorizar a segurança humana a todo momento(sem resposta ou resposta adiada se forconsiderada insegura).

l Coletar/remover animais mortos (coletar earmazenar de forma segura uma vez que elesconstituem dados científicos valiosos; evitar oacúmulo e coleta para fins de necropsia).

l Garantir o bem-estar dos animais a todomomento.

l Considerar o benefício ambiental líquido.

l Existe consciência dos potenciais efeitos nocivos de umaresposta (saúde e segurança; poluição secundária;perturbação de animais não oleados; e sofrimentodesnecessário ou morte de animais) e existem métodospara evitar tais efeitos?

l Há métodos em vigor para desencorajar o público derealizar atividades por conta própria fora da respostacoordenada?

5. Como a mídia e opúblico podem serinformados paraque a resposta sejacompreendida eapoiada?

l Comunicar o plano de resposta e os desafiosimediatos.

l Fornecer atualizações diárias sobre a resposta.l Permitir que o público participe (autorizar a

participação de voluntários; fornecerconsumíveis como toalhas).

l Fornecer uma perspectiva de ação pública (oque fazer se um animal oleado for encontrado).

l Permitir que a mídia informe sobre a resposta à fauna.

l Estratégias para comunicação em massa (por exemplo,uso de sites dedicados com diversas informações básicas)foram desenvolvidas e facilmente implementadas?

l Lições das experiências anteriores foram incluídas nasinformações em massa?

l Há dados de referência (por exemplo, tamanho dapopulação e integridade antes da ocorrência doderramamento)?

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Avaliação como parte do processo de planejamento

Para desenvolver um plano de resposta à fauna efetivo (e implementá-lo caso um incidente ocorra),uma avaliação completa da situação anterior ao derramamento, em termos de risco e prontidão deresposta, precisa ser feita para que a estratégia e as táticas mais eficazes possam ser determinadas.

Tal avaliação é melhor realizada por profissionais de resposta à fauna oleada experientes eespecialistas na fauna local. Eles precisarão coletar, avaliar e incorporar informações de diversasfontes, formatos variáveis e diferentes níveis de detalhe e veracidade. Entre eles, estão dados derisco de derramamento de óleo, abundância e sensibilidade de fauna, infraestrutura costeira,instalações disponíveis, estoques de equipamentos e as capacidades e nível de treinamento deprofissionais de resposta locais. Esse componente de coleta de informações é realizado de formamais eficiente por meio do uso de um conjunto de técnicas, incluindo, entre outras, consulta deespecialistas locais, regionais e de espécies, revisão de literatura disponível e analisada por pares,realização de visitas completas ao local e reunião com organizações de resposta a derramamentode óleo interessadas e disponíveis com responsabilidades e interesses regionais. Cenários deincidentes e opções de resposta precisam ser desenvolvidas e discutidas com autoridades de faunalocal e grupos de resposta local. Os diferentes elementos de uma avaliação são explicados maisdetalhadamente abaixo.

Risco de derramamento de óleo

A melhor avaliação de risco de derramamento de óleo vem do plano de emergência dederramamento de óleo atual. As diferentes situações de derramamento (acidentes de navegação,acidentes de plataforma) vão ajudar a identificar as épocas e regiões de risco para os quais o perfilde fauna precisa ser elaborado. Informações sobre condições climáticas e meteorológicas tambémserão necessárias e podem ser fornecidas pelos operadores do plano. Além disso, muitos planos deemergência de derramamento de óleo incluem mapas de sensibilidade, que podem ser usadoscomo base para desenvolver mapas de sensibilidade mais detalhados mas compatíveis para asprincipais espécies em risco.

Fauna sob risco

Os dados sobre abundâncias e atividades defauna na área de planejamento sãonormalmente mais bem coletados por meio de colaboração com biólogos locais eespecialistas ambientais com experiênciarelevante, além de autoridadesregulamentares de fauna. Dados relevantestambém podem estar disponíveis por meio debancos de dados nacionais e internacionais.

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Esquerda: Ilha dos pássaros na Baia de Algoa, no Sul daÁfrica, a maior colônia de atobás do mundo. Dados sobreabundâncias de fauna são essenciais para a avaliação dafauna em risco.SA

NCC

OB

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Elementos chave

EspaçoCompreender quais áreas em uma região estão em maior ou menor risco em termos de números deanimais afetados permite a separação efetiva de recursos (por exemplo, instalações, equipamentos eprofissionais). Ter instalações próximas aos locais onde os animais estão sob maior risco, e ainda assimperto de ambientes urbanos onde haja uma base sólida de voluntários e disponibilidade imediata desuprimentos necessários, permite um plano mais eficiente. Além disso, identificar as principais áreasde preocupação permite a identificação das organizações e sistemas existentes (por exemplo, centrosde reabilitação, escritórios governamentais) que possam reduzir a necessidade da criação de novasestruturas ou ajustar as existentes. Por fim, ao compreender os locais geográficos de maior risco, épossível determinar e pré-estabelecer pontos de acesso, áreas de concentração para as equipes derecuperação de fauna (para animais vivos e mortos) e esforços de afugentamento dentro do plano.

EspéciesA identificação de taxa e espécies em risco na região, e compreensão de suas necessidades críticas,vai ditar os métodos adequados de reconhecimento, técnicas de captura e equipamentos,exigências de profissionais e infraestrutura de instalação, além de requisitos de comunicadosgovernamentais e locais. Por exemplo, há diferenças significativas entre as necessidades deresposta relacionadas a cetáceos vivos (por exemplo, golfinhos e toninhas) ou répteis (por exemplo,tartarugas ou cobras) em relação a de aves (pelágicas, costeiras ou de água doce). Além disso, conhecer o estado de conservação de cada espécie (por exemplo, ameaçada ou emperigo) permite uma resposta priorizada aos animais de maior preocupação.

TempoCompreender a natureza temporal do número de espécies e atividades em áreas de risco, bemcomo quando estão no estágio de vida mais sensível (por exemplo, jovens, condição de saúdefraca, época de muda) possibilita uma prontidão baseada no grau de risco. Por exemplo, oplanejamento pode incluir contar com recursos adicionais disponíveis em certas épocas do anocom base nos padrões migratórios ou na presença de espécies de maior valor ecológico ou sobmaior risco dos efeitos do óleo.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Sensibilidades dosestágios de vida,como o período demuda, são um fatoressencial nasconsiderações detempo para oplanejamento eresposta à fauna.

A abundânciasazonal das espéciessensíveis pode variarconsideravelmente,influenciando assim aprobabilidade de umderramamentocausar um grandenúmero deocorrências deanimais oleados.

Figura 3 Flutuações bimestrais na abundância de aves aquáticas na área sul do Mar do Norte

Aves mergulhadoras

mergulhões

pardela-branca

atobá

pato marinho

moleiros

outras gaivotas

rissa

trinta-réis

alcídeos

Dez-Jan Fev-Mar Abr-Mai Jun-Jul Ago-Set Out-Nov

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SANCC

OB

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Cenários de oleamento de fauna e fatores críticos

Os potenciais cenários para impactos da fauna podem ser projetados ao estudar o impactoambiental previsto de um derramamento de óleo ao longo da distribuição de espécies vulneráveisna época e por estação, com base na experiência histórica. Dados demonstram que não há relação direta entre a quantidade de óleo derramado e o número de mortes de animais(consulte a Figura 4).

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A relação entre aquantidade de óleoderramado em umincidente e a escalado impacto sobre afauna não é linear.Alguns dos maioresincidentes com afauna foramcausados por umaquantidaderelativamentepequena de óleoderramado.

O oleamento da fauna pode ocorrer em ambientes marinhos, de água doce ou até mesmoterrestres dependendo das circunstâncias do derramamento e do comportamento das espécies.Biólogos familiarizados com a área onde o óleo se espalha podem ser capazes de prever quaisespécies, e seus números, estão em risco de oleamento na época do ano.

Em derramamentos marinhos, nem todos os animais oleados chegam à costa. Muitos podemmorrer e desaparecer no mar. Por isso, o número dos que chegam à costa é uma fração do númerototal de óbitos.

Uma característica importante dos animais que entram em contato com o óleo e ainda estão vivos éque eles podem conseguir nadar, caminhar ou voar grandes distâncias antes de sofrerem maioresdanos. Ventos e correntes podem ter um efeito diferente sobre os animais do que no óleo, de formaque os animais não necessariamente seguem o caminho das manchas de óleo. Isso pode resultar emdezenas ou centenas de animais oleados seguindo para áreas onde não há poluição visível, podendoassim espalhar a poluição para áreas que podem não estar incluídas nos planos de limpeza.

Tais movimentos podem ser difíceis de prever, e as operações de reconhecimento de fauna naresposta podem, portanto, precisar incluir extensões consideráveis de habitat longe de onde oimpacto principal foi comunicado. A modelagem dos efeitos de correntes e ventos sobre omovimento de animais oleados, além das manchas de óleo no início do incidente, podemaumentar a eficiência das equipes de coleta.

Figura 4 Comparação da quantidade de óleo derramado em um incidente e a escala do impacto sobre a fauna

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200.000 250.000

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Assim como em outras áreas de uma resposta a derramamento de óleo, situações inesperadas eextremas podem gerar desafios adicionais para a resposta à fauna, especialmente se o incidenteocorrer longe de onde os recursos estão disponíveis e se um grande número de animais tiveremsofrido oleamento. A reabilitação de fauna oleada deve então ocorrer dentro de uma janela deoportunidade limitada para ser bem sucedida antes que os efeitos do oleamento tenham atingidoum grau muito elevado. Se a resposta for elaborada muito tarde, a oportunidade para reabilitaçãoefetiva pode ser perdida, deixando a eutanásia como a única solução para fins de bem-estar animal.

Cenários de avaliação

Uma série de potenciais cenários são discutidos abaixo juntamente com seus desafios específicos.

Cenário 1: Incidente próximo aos recursos necessáriosAo elaborar estratégias regionais, um planejador deve avaliar áreas de possível risco e identificaras necessidades de recursos com relação à localização de municípios e cidades, além de estradasprincipais. Locais para montagem de uma unidade de reabilitação de fauna oleada nessas, ouperto dessas cidades podem ser selecionadas com base em critérios pré-determinados. Porexemplo, o petroleiro MV Sea Empress naufragou a cerca de 16 km da cidade de Milford Haven noReino Unido em 1996. Milford Haven tinha um plano ativo e instalações pré-determinadas quepoderiam ser convertidas com mão-de-obra local (SEEEC, 1998).

Cenário 2: Incidente remotoEm áreas remotas, a reabilitação pode não fazer parte do conjunto de opções de resposta viáveis.No entanto, antes que a reabilitação seja descartada, as duas soluções principais a seguir devemser levadas em conta:1. Criação de um acampamento ou

estabelecimento- pode ser umaunidade temporária criada usandodiversas unidades móveisfuncionais, incluindo reservatóriosde água, geradores, refeitórios eafins onde a equipe operacional eos equipamentos podem sertrazidos e suportados por diversassemanas por vez. Essa técnica foiempregada após o naufrágio doMV Oliva na Ilha de Nightingale noarquipélago de Tristan da Cunha,as ilhas habitadas mais remotas do mundo. Sem acesso por ar, suprimentos, equipamentos eprofissionais foram transportados por mar direto da África do Sul.

2. Captura, triagem e estabilização de animais na área afetada: isso pode ser seguido pelotransporte para unidades de reabilitação nas partes mais desenvolvidas do país.

Em áreas remotas onde os riscos são consideráveis ou os recursos são vulneráveis, um plano deresposta e investimentos regulares em prontidão de resposta podem garantir o uso mais eficaz dajanela de oportunidade para a fauna em risco.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Desafios logísticosaumentamsignificativamenteem um incidenteremoto. Essa unidadede reabilitaçãoremota foi construídanas ilhas de Tristanda Cunha usandosuprimentos eprofissionaistreinados da África do Sul.

SANCC

OB

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Cenário 3: Condições extremas de trabalhoMesmo em uma situação ideal onde instalações possam ser montadas perto dos recursosnecessários, as condições meteorológicas ou marítimas podem se tornar muito extremas para queas operações sejam seguras e tenham êxito. Isso pode ser previsto em áreas conhecidas por suastemperaturas extremas no verão ou no inverno, ou por suas flutuações atmosféricas sazonais (porexemplo, monções). Isso pode exigir estratégias sazonais ou a elaboração de critérios de limitecríticos dos quais a escolha de opções de resposta alternativas pode depender. Por exemplo, asrespostas de fauna realizadas durante o incidente de Macondo (Golfo do México, 2010) eSelendang Ayu (Alasca, 2004) exigiram diversos ajustes nas operações de campo e localizações deinstalações devido às condições meteorológicas extremas, incluindo baixas/altas temperaturas etempestades árticas/tropicais, respectivamente.

Cenário 4: Enorme número de feridosMesmo o maior arranjo conceitual para uma instalação de reabilitação pode ser sobrecarregadopelo número de feridos que chegam todos os dias precisando de cuidados. Como foi o caso nosderramamentos de Erika e Tricolor (França, 1999 e 2002, respectivamente), é possível que diversosmilhares de animais possam chegar nos primeiros dois dias. Embora possa ser levado em contaampliar o espaço e a capacidade de uma instalação atual, ou a criação de uma segunda ou terceiraunidade, em algum ponto, um ou mais fatores críticos relevantes para a operação bem-sucedida daunidade não vão conseguir acompanhar a expansão. Esses fatores incluem profissionais, uso deágua, espaço, alimentação ou orçamento disponível. Contanto que uma situação seja prevista pormeio de critérios de suporte de tomada de decisões, tal situação de sobrecarga pode ser evitada.Um sistema de triagem (consulte a página 23 para obter a definição completa do termo) deve sercolocado em vigor logo no início como a ferramenta de gestão definitiva para garantir o uso idealde recursos, tendo em mente o bem-estar dos animais, conservação da fauna, eficácia e bom custo-benefício. Isso não significa que a eutanásia seja uma opção barata e “simples”. Estratégias queenvolvam a eutanásia de um grande número de animais podem ter que ser consideradas, masexigirão recursos logísticos consideráveis, além do envolvimento direto de autoridades estatutáriasde fauna.

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As épocas de pico deentrada variamsignificativamenteentre diferentesderramamentos

Figura 5 Comparação das épocas de pico de entrada de diferentes derramamentos

5.000

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dos

dias após o início do incidente

Incidente de Macondo

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O sucesso de um esforço de reabilitação profissional está fortemente ligado ao nível de integraçãocom a resposta de derramamento de óleo e sua capacidade de mobilizar recursos de modoeficiente com relação à ocorrência de animais feridos e sua coleta. O número de animais quechega à unidade para receber cuidados pode subir rapidamente ou se estender por semanas - um fator que não depende da quantidade de óleo derramado. O local do derramamento (isso é, offshore, como no incidente de Macondo no Golfo do México, ou perto da costa, como noderramamento de Rena na Nova Zelândia em 2011) ou a velocidade e a escala da resposta decampo também podem influenciar as épocas de pico de entrada.

Os números de entrada de animais podem ultrapassar os recursos de uma unidade em um só dia.Além disso, manter o sistema operante por um período prolongado também é um desafiosignificativo de recursos humanos, logística e finanças. Uma vez que também há um período detempo entre a entrada do último animal e a soltura do último ser, a unidade de reabilitação podeestar entre as últimas operações a serem desmobilizadas.

Capacidades de resposta

Por último mas não menos importante, a capacidade e a habilidade dos recursos atuais precisamser avaliadas com relação às possíveis situações. A capacidade de qualquer unidade permanente éum parâmetro importante para avaliar o uso ideal da unidade em uma resposta (como um centrode estabilização, ou centro completo de reabilitação, ou ambos, mas em situações diferentes). O equipamento disponível precisa ser avaliado pelas organizações de resposta, e deve-se levar emconta quão rápido e por quem ele pode ser mobilizado e implantado. Os recursos humanosprecisam ser avaliados quanto ao nível de conhecimento específico, treinamento e especializaçãodos profissionais chave, bem como de cada possível organização de resposta como um todo(número de equipe, voluntários associados, seu nível de treinamento e a capacidade daorganização em desempenhar um papel). O plano também precisa apoiar a integração corretaquando várias entidades forem identificadas, a fim de garantir o uso eficaz de recursos quetrabalham juntos para cumprir metas do plano e da resposta.

Desafios de incidentes e estratégia de resposta

Saúde e segurança

A prioridade número um de uma resposta de incidentes, antes que se leve em conta as atividadesde resposta à fauna oleada, deve ser a saúde e a segurança das pessoas envolvidas e do público.

O trabalho com animais vivos ou mortos apresenta questões específicas de saúde e segurança,como o risco de ferimentos (mordidas, arranhões) ou zoonoses. Além disso, atividades de campoligadas à resposta à fauna possuem questões de segurança específicas do local que precisam sertratadas, incluindo condições meteorológicas, climáticas, água (isso é, correntes e marés), materialperigoso, terreno (por exemplo, litorais rochosos), equipamentos (por exemplo, barcos e veículos 4 x 4 (ATVs)) e outros animais (como, por exemplo, ursos). Um plano efetivo de prontidão a faunainclui a exigência de um plano de segurança escrito que deve ser desenvolvido e(preferencialmente) assinado por todos os participantes para enfatizar sua conscientização sobreos perigos gerais e específicos do incidente. Profissionais de resposta à fauna e voluntários podemse proteger ao compreender as questões relevantes de saúde e segurança relacionadas ao seutrabalho e ao usar medidas de controle adequadas.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Acima: o uso deequipamento deproteção individual(EPI) adequado é umamedida de controleimportante paraajudar a garantir asegurança e a saúdede profissionais deresposta em campo.

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Efeitos do óleo sobre a fauna

Todas as possíveis operações em uma resposta à fauna oleada são direcionadas de forma a evitar queo óleo tenha um impacto sobre os animais ou de forma a minimizar os efeitos do oleamento caso aprevenção falhe. Essas operações estão diretamente relacionadas à compreensão do comportamentoe do movimento das espécies em risco, e do próprio óleo, além dos efeitos do óleo sobre a fauna.

As aves são, provavelmente, a consequência mais visível dos danos do óleo ao meio ambiente, emuitas vezes são o primeiro indicador do impacto na fauna. Eles também são o grupo de animaiscom maior probabilidade de serem vistos na área para ações prioritárias. No entanto, muitosoutros animais podem ser afetados, podendo a resposta ser montada para eles.

Cada grupo de animais (sejam eles aves, mamíferos ou répteis) é afetado de diferentes formas. Issopode ocorrer devido a diversos fatores que incluem tipo de óleo, condições meteorológicas,ambientais e o tempo e localização do impacto. Os efeitos físicos imediatos sobre os animaispodem ser alguns dos mais óbvios.

Depois que aves ou certos mamíferos marinhos com muita pelagem (por exemplo, lobos marinhose lontras do mar) são oleados, eles perdem a capacidade da plumagem ou pelagem de manter ocalor corporal. Na água, os animais perdem rapidamente a capacidade de flutuar e podem sofrerhipotermia. Os animais que não conseguem manter a temperatura do corpo e a flutuabilidadepodem afogar, enquanto outros podem buscar a segurança relativa da costa. Eles tambémenfrentam desafios físicos de desidratação e fome.

Em um esforço para remover o óleo, os animais ingerem o produto, causando problemas internos -que se combinam aos externos. Desidratação, problemas gastrointestinais e anemia sãocomplicações comuns encontradas em animais oleados. Muitos desses problemas podem causarefeitos de longo prazo, sendo alguns irreversíveis. Os efeitos tóxicos do óleo ingerido vão afetar ofígado, gases voláteis causam danos ao pulmão e os efeitos de longo prazo podem afetar areprodução e a sobrevivência de ovos e jovens.

Alguns mamíferos marinhos e répteis podem tolerar um certo nível de oleamento externo; noentanto, os efeitos internos da ingestão de óleo e da inalação de gases são tão nocivos para elesquanto para os aves.

IPIECA • IOGP

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Direita: aves oleadosmuitas vezes realizamo alisamentoexcessivo com o bicoem um esforço pararemover o óleo,resultando em suaingestão.

Extrema direita: osefeitos internos daingestão de óleo e dainalação de gases sãotão nocivos pararépteis quanto para aves.

OWCN

, UC Davis

OWCN

, UC Davis

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Triagem - o uso eficaz de recursos

Dependendo do número e das espécies de animais afetados e/ou que chegam a uma unidade dereabilitação, recursos financeiros, capacidade humana disponível e a razão para a entrada deanimais, pode ser necessário empregar um sistema de seleção (por exemplo, triagem). Esse é umprocesso gerenciado de seleção que visa garantir que os recursos disponíveis possam ser usadospara proporcionar os resultados ideais aos animais com maior chance de soltura e sobrevivência alongo prazo, ao mesmo tempo em que também minimizam o sofrimento daqueles com menoreschances. As estratégias de triagem, bem como as diretrizes sobre quando a eutanásia é a melhoropção, devem ser desenvolvidas dentro do processo de planejamento com o veterináriodesignado e com as autoridades estatutárias de fauna relevantes para permitir a participaçãoplena sem atrasos desnecessários durante o incidente. A implementação de estratégias específicaspode ser feita sob medida para o incidente.

Opções de resposta

Medidas de prevenção

l Avaliação de campoAvaliações de campo podem ser realizadas a pé, a bordo de veículos, barcos ou aeronaves, e devem ser realizadas em a) áreas oleadas e b) nas áreas que correm risco de oleamento ou c) onde a fauna afetada possa chegar à costa. Avaliações de campo podem servir para:l confirmar e verificar informações de referência;l fazer um levantamento sobre os números da fauna;l identificar habitats e espécies prioritárias;l localizar indivíduos oleados; el monitorar os impactos do derramamento de óleo na fauna ao longo do tempo, incluindo

impactos sobre o comportamento animal.

É importante notar que as atividades de monitoramento devem continuar durante o período dasoperações de resposta à fauna, não apenas em apoio a medidas preventivas.

l Afugentamento/dispersãoAfugentamento e dispersão são termos usados para atividades realizadas a fim de evitar que osanimais entrem em áreas contaminadas e/ou para afastá-los de áreas que podem ser afetadaspelo derramamento. Entre as técnicas, estão:l perturbação humana (a simples presença de pessoas no habitat);l perturbação por veículos (veículos terrestres, barcos, aeronaves);l perturbação visual (luzes, refletores, bandeiras, estátuas, balões, etc.);l perturbação auditiva (geradores de ruídos, biossônicos, canhões de propano);l pirotecnia (canhões de gás, sinalizadores); el estruturas físicas (cercas, barreiras contra

multidão) para evitar que os animais acessemlocais contaminados.

Animais muitas vezes se acostumam com osestímulos de afastamento, chegando a umponto onde a eficácia cai acentuadamente e ométodo deve ser alterado. As técnicas deafugentamento/dispersão devem ser realizadaspor profissionais experientes e treinados uma

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Las evaluaciones en campo puedenemprenderse a pie, en vehículo, en bote oen aeronaves.

Esse dispositivotradicional paraespantar avesfunciona compropano e produzuma 'explosão'periódica alta (masinofensiva), e éapenas um exemplode um conjunto detécnicas deafugentamentodisponíveis.

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vez que há diversos fatores a serem considerados, tanto antes quanto durante o afugentamento.Entre eles estão a área geográfica (se há um ambiente não oleado e adequado para atransferência dos animais) e a variação de espécies. O afugentamento efetivo exige a criatividadede especialistas com conhecimento do comportamento das espécies e sua história natural paraque os métodos mais adequados possam ser aplicados. Uma consideração significativa é anecessidade de evitar métodos que façam com que os animais se movam em direção ao óleo em vez de se afastar dele.

l Captura preventivaAssim como com o afugentamento, essa opção de resposta evita, em primeiro lugar, que osanimais fiquem oleados. Aqui, os animais são capturados antes de sofrerem oleamento e são:l mantidos em cativeiro até o risco de oleamento ser eliminado; oul transferidos para um habitat alternativo onde não haja riscos, ou longe o bastante para que

espécies com fidelidade local só retornem depois do risco ter sido eliminado.

A captura preventiva pode ser logisticamente desafiadora devido aos requisitos para:l aprovações de agências relevantes;l planejamento de captura adequado (técnicas e profissionais) para garantir o bem-estar

dos animais;l acomodações adequadas no cativeiro (estadia, pares, experiência profissional, etc.); el soluções corretas de realocação (local de soltura, transporte, fidelidade local, tempo previsto

de retorno, custos energéticos de retorno, etc.).

A dificuldade em capturar animais em segurança e demanter sua saúde em cativeiro ou durante sua realocaçãonão deve ser subestimada. Quaisquer decisões de realizara captura preventiva devem ser tomadas com muitocuidado uma vez que os riscos para a fauna podem seraltos. Os riscos de oleamento devem ser avaliados emrelação aos riscos de ferimentos, doenças ou morte doanimal durante atividades de captura preventiva. Asdecisões devem ser baseadas na probabilidade deoleamento dos animais - em situações nas quais aprobabilidade de oleamento é alta, as vantagens dacaptura preventiva pode superar os riscos. No entanto, ademora na tomada de decisões pode ser um fatorlimitante; em muitos casos, há uma janela temporal curtana qual a captura preventiva pode ocorrer. Embora acaptura preventiva seja uma atividade complexa com

grandes riscos, ela foi usada com eficácia durante o derramamento de Treasure (África do Sul, 2000)para limitar os possíveis custos de reabilitação de um grande número de pinguins, e durante oderramamento de Rena para garantir a sobrevivência de uma parte significativa da população deborrelho-ruivos da Nova Zelândia.

Lidando com vítimas vivas

l Coleta de fauna oleadaAnimais oleados tanto vivos quanto mortos precisam ser coletados durante uma operação deresposta a derramamento de óleo. A fauna oleada viva é coletada para posterior avaliação,tratamento, reabilitação ou eutanásia. As técnicas de coleta para animais vivos variam de acordocom a espécie, tipo de habitat, estágio de vida, acesso a eutanasia. Las técnicas de recolección para

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Uma estratégia decaptura preventiva foiusada com eficáciadurante oderramamento deRena na NovaZelândia paraproteger os rarosborrelho-ruivos daNova Zelândia.

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los animales vivos varían según la especie, el tipo de hábitat, la etapa de la vida, el acceso aequipo/personal especializado y el grado de impregnación de hidrocarburos. En función de estasvariables, la estabilización básica (ver página 27) también puede ofrecerse en el campo. Es posibleque algunas especies no lleguen a la costa hasta estar casi muertas. La recolección debe incluir lastécnicas en el agua, siempre que estas se puedan realizar de manera segura.

l A eutanásia é uma ferramenta estratégicaOs requisitos operacionais para eutanásia como uma ferramenta estratégica a ser usada emconjunto com a reabilitação, ou como uma alternativa a ela, são muitas vezes subestimados naetapa de planejamento. Seu uso exige tanto planejamento quanto qualquer outra opçãooperacional. Em um cenário de pior caso, a chegada diária de animais pode chegar a centenasou até milhares de feridos por dia. O plano de fauna deve tratar da cenário de pior caso e, combase nas prioridades e valores definidos no plano, fornecer alternativas para que os gerentes deresposta usem essa opção, seja de forma principal ou em combinação, a fim de atender aosobjetivos do incidente.

A eutanásia deve ser usada dentro das leis e normas vigentes no local do incidente, e os métodosdevem estar em conformidade com os padrões de bem-estar animal e médicos veterinários globais.O bem-estar dos animais oleados sempre deve ter alta prioridade em toda tomada de decisões.

l RehabilitaciónO processo de reabilitação é, em termos técnicos, o aspecto mais complexo de todo o conjuntode operações de fauna, uma vez que diversos fatores devem ser reunidos em uma combinaçãoe configuração específicas.

Quanto maior for o porte de um esforço de reabilitação, mais a operação será pautada pelaexistência de uma infraestrutura logística efetiva - geralmente influenciada pela localização dasinstalações. Esforços maiores exigem mais profissionais (que precisam se alimentar, beber, dormir,percorrer distâncias entre a unidade e suas casas/hotéis), um suprimento regular de alimentos paraos animais, disponibilidade significativa de serviços públicos (água, eletricidade, gásnatural/propano) e um amplo conjunto de consumíveis. Isso significa que as unidades dereabilitação estão mais bem situadas quando estão próximas de onde essas necessidades possamser atendidas (isso é, perto de cidades ou municípios). Elas não precisam estar perto de onde osanimais são coletados, contanto que um plano efetivo de transporte possa ser implementado.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Esforços de busca e coleta naágua durante a resposta àfauna oleada no incidente deMacondo no Golfo do México.

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Métodos de reabilitação foram desenvolvidos visando reverter de modo eficaz o efeito dooleamento, e garantir que a saúde de um animal oleado seja a mesma de antes do incidente.Embora os princípios dos métodos de reabilitação de fauna oleada sejam genéricos (estabilização >descontaminação/lavagem > condicionamento > soltura), há diferenças nos detalhes específicosde metodologia para indivíduos, ligados a, entre outros, os seguintes elementos:l grupo de espécies (aves, répteis, mamíferos);l seres aquáticos ou terrestres;l adultos ou pré-adulto; el comportamento na área de cuidados (estadia em grupo ou individual).

Isso ajuda a ilustrar por que uma reabilitação éum desafio complexo, especialmente se umamplo conjunto de espécies forem admitidospara tratamento. Normalmente, diferentesgrupos de espécies serão separados dentro dainstalação ou até mesmo colocados emdiferentes instalações, com profissionais deresposta experientes nesse grupo de espéciesdirecionando seus cuidados. Do mesmo modo,se muitos animais chegarem por dia, otratamento dos animais é normalmentegerenciado em grupos (gestão de saúde embando) em vez de individualmente, a fim deaplicar o melhor tratamento possível para omaior grupo de animais.

l Avaliação clínica e triagemCada indivíduo oleado deve passar por uma avaliação veterinária completa e ser priorizadopara tratamento posterior. A triagem é o processo pelo qual recursos são alocados de modoestratégico entre diversos indivíduos a fim de garantir o maior benefício líquido (consulte apágina 23). Indivíduos são priorizados para tratamento com base nas exigências médicas e/ouestado de conservação, além de estágio de vida (por exemplo, adultos reprodutores podem serpriorizados em vez de juvenis). Animais que forem considerados candidatos para eutanásiatambém são identificados nessa etapa com base na recomendação do veterinário da resposta, e de acordo com as necessidades de bem-estar animal e/ou protocolos de triagem.

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Direita: exemplos dereabilitação de aves e instalaçõesassociadas

Diferentes grupos de espéciesnormalmenteprecisam serseparados dentro da unidade dereabilitação oucolocados eminstalações diferentes,e seu cuidado deveser gerenciado porprofissionais comexperiência nessas espécies.

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, UC Davis

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l EstabilizaçãoAnimais contaminados pelo óleo normalmente sofrem de um conjunto de efeitos traumáticos epsicológicos bem documentados. A fase de estabilização de uma resposta busca tratar dosefeitos mais debilitantes e preparar a fauna oleada para o processo de descontaminação, que éfisicamente exaustivo. Normalmente, a estabilização vai tratar de problemas termorregulatórios,desidratação, suporte nutricional e remoção superficial de contaminante das membranasmucosas sensíveis (ao redor dos olhos, narinas, bocas e cloaca). A estabilização também ofereceaos animais oleados um período de descanso durante o qual é importante que possíveis efeitosestressantes sejam eliminados ou, pelo menos, minimizados. Para algumas espécies (incluindomamíferos marinhos e tartarugas), essa fase pode ser curta ou ainda completamente eliminada.

l DescontaminaçãoDepois de estabilizados, o óleo externo é removido dos animais. O processo de descontaminaçãoespecífico varia de certa forma entre aves, mamíferos e répteis, mas normalmente é composto dalavagem de indivíduos em uma sucessão de banhos com água fresca morna e um detergentetestado. Depois que todos os vestígios de óleo tiverem sido removidos, o detergente é enxaguadocompletamente e, dependendo das espécies, o animal é secado com sopradores de ar mornos oulâmpadas aquecedoras ou são deixados secando naturalmente.

l AcondicionamientoO condicionamento para soltura posterior do animal nanatureza é uma exigência fundamental da resposta à faunaoleada e deve ser um objetivo comum para todas asoperações de reabilitação de fauna oleada. Após adescontaminação, esforços se concentram em preparar osanimais para um retorno adequado para a natureza,garantindo que estejam com comportamentos e estadobiológico normais, além de fisicamente aptos para sobrevivere reproduzir assim como antes do incidente de oleamento(ou o mais próximo possível disso). Uma parte importante dareabilitação desses animais que dependem dos pelos ou daspenas para isolamento térmico é incentivar sua limpeza oualisamento com o bico. Essas atividades ajudam a realinhar apelagem ou plumagem e promovem uma superfície à provad'água, que é fundamental para a sobrevivência de aves emamíferos com muitos pelos. É essencial que esses animaistenham acesso a piscinas de reabilitação adequadas, viveirosou aviários durante essa etapa.

l Preparação para solturaAntes da soltura, é necessário elaborar critérios bemdefinidos. Entre eles, estão a avaliação da condição doanimal (incluindo saúde, comportamento e proteção contraágua; consulte a foto à direita), além de uma avaliação dohabitat (incluindo limpeza e risco de contaminação após asoltura). Normalmente, o objetivo é soltar os animais naárea de seu local de coleta, para que eles possam ser:1) devolvidos para um habitat que se sabe que terá recursos

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Abaixo (superior):Atobás do Cabo em piscinas decondicionamentodurante a resposta à fauna noderramamento deóleo do Kiani Satu naÁfrica do Sul em 2013.

Abaixo (inferior):animais sãopreparados parasoltura em umaunidade dereabilitaçãotemporária.

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adequados para sua sobrevivência; 2) devolvidos para a mesma população da qual foramremovidos; e 3) tenham um nível de familiarização com o local de soltura. Muitas espéciestambém apresentam grande fidelidade local, o que significa que vão retornar para seu habitatoriginal independentemente do local de soltura.

Entre outras considerações ao planejar uma soltura de animal selvagem, estão:l a necessidade de permissões adequadas;l exigências de marcação/anilhamento;l medidas de acompanhamento após a soltura;l local de soltura adequado (por exemplo, fontes de alimentos, territorialidade, detalhes

congêneres, etc.);l logística de transporte;l hora do dia;l considerações meteorológicas (incluindo previsões); el envolvimento da mídia/público.

l Coleta de animais oleados mortosAs carcaças de aves, mamíferos e tartarugas oleadas podem fornecer informações essenciaispara uma avaliação de impacto e interesse ecológico como um todo. Um protocolo eficaz paracoleta, avaliação e armazenamento apropriados e sistemáticos de animais oleados mortos é,portanto, essencial. Animais mortos são coletados para ajudar a avaliar o impacto doderramamento nas populações afetadas, para informações patológicas e veterinárias e pararemover carcaças contaminadas da cadeia alimentar/meio ambiente. A necropsia de animaismortos deve ser realizada para avaliar descobertas patológicas e possibilitar umadocumentação ampla das mortalidades relacionadas ao óleo.

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Abaixo, esquerda:instalações denecropsiapossibilitam aavaliação dedescobertaspatológicas.

Abaixo, direita: avesoleados cometiquetas deinformaçãoaguardando uma necropsia.

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Suporte às opções de respostaQuaisquer que sejam as opções de resposta escolhidas para a fauna, certas atividades de suportesempre precisam ser discutidas, incluindo documentação e manutenção de registros, além dogerenciamento de resíduos.

l Manutenção de registrosAlém de ser uma exigência legal em alguns países, a manutenção de registros e adocumentação são uma rotina de extrema importância que é inevitável para a comunicaçãointerna durante um derramamento, além do desenvolvimento de relatórios confiáveis eposteriores análises para diversas finalidades (indenizações, avaliações de impacto, avaliação,etc.). Exceto para voluntários, cada comando e profissional de resposta deve manter umregistro pessoal onde todas as principais decisões e instruções recebidas ou fornecidas sãomantidas, juntamente com uma observação sobre a data e hora do respectivo evento. Alémdessa documentação pessoal, todos os dados críticos coletados do campo e da área de trabalhodevem ser coletados. Para isso, o plano de resposta deve fornecer formulários padronizados econsistentes internamente que fazem parte de um plano de documentação estratégica, isso é,cada formulário fornecerá dados para uso no SGI). Cada formulário deve ter seus própriosprotocolos de comunicação e plano de relatórios.

Para a avaliação de impacto, é essencial que seja fornecida uma contagem precisa do númerototal de animais coletados (vivos ou mortos), a espécie, idade e da (possível) origem. Animaismortos, além de indivíduos vivos que foram levados para a terra, devem ser registrados eexaminados. O destino dos animais vivos ao longo do processo de reabilitação deve serregistrado e comunicado individualmente - o ideal é que isso seja feito em um banco de dadoscentralizado onde todos os dados são regularmente reunidos. Formulários de coleta de dadospro-forma devem ser definidos com os grupos de interesse (institutos científicos e outros, alémde organizações de bem-estar) antes de qualquer incidente.

l Gerenciamento de resíduosCada componente da resposta à fauna deve visar minimizar a poluição secundária e resíduossempre que possível. Isso pode ser alcançado estabelecendo diretrizes gerais para ocomportamento da equipe, semelhantes às que se aplicam à resposta a derramamento de óleocomo um todo. A resposta à fauna normalmente só retira o resíduo (o animal) da zona poluída.Antes que o animal seja lavado, seu ambiente imediato (viveiro, sacola para carcaça) serápoluído e isso vai gerar resíduos. Deve-se também levar em conta resíduos médicos (comoseringas e luvas) e resíduos produzidos pelas pessoas (como plásticos e embalagens dealimentos). A própria lavagem pode causar um problema de águas residuais (óleo comdetergente) que precisarão ser processadas.

O plano de resposta deve identificar a legislação nacional relevante e as autoridadesresponsáveis pela gerenciamento de resíduos. O plano deve incluir procedimentos quegarantam a rápida concessão de licenças e permissões pertinentes. Operações de respostadevem estar em conformidade com esses regulamentos. Deve ser possível integrar asdisposições para o descarte de resíduos de resposta à fauna com disposições similares adotadaspela iniciativa de resposta de derramamento geral.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

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Como colocar o plano em ação

Depois que o escopo e os objetivos do plano de resposta à fauna tiverem sido definidos, uma cadeia deatividades deve ser seguida visando desenvolver as capacidades dos grupos de interesse identificadose garantir que eles tenham os recursos e treinamentos adequados para alcançar os objetivos definidosno plano. Essa seção descreve esses elementos de desenvolvimento de capacidade.

Desenvolvimento de capacidade: uma abordagem escalonada

O sistema de resposta escalonada fornece uma solução para a eficiência de custos nodesenvolvimento da prontidão adequada para todo o conjunto de cenários imagináveis, desde umincidente insignificante para a fauna (poucos animais ameaçados ou afetados) até um cenário de piorcaso possível (por exemplo, milhares de animais, diferentes grupos de espécies, grandes áreas delinhas de costa complicadas).

Em uma resposta escalonada, ativos são mobilizados localmente ou de grandes distâncias de acordocom o porte e complexidade do incidente e da disponibilidade de recursos adequados. Em uma resposta de nível 1, ativos são mobilizados dentro de poucas horas após a notificação doincidente; eles são mobilizados de estoques pré-identificados nas proximidades das áreas de maiorrisco para lidar com um incidente na sua etapa inicial de desenvolvimento. Se um cenário maiscomplicada começar a se desenrolar, recursos adicionais podem ser mobilizados/sequenciados deuma região próxima caso estejam disponíveis (nível 2) ou de outra área no mundo (Nível 3). A capacidade de nível 1 é a base sobre a qual todas as respostas são desenvolvidas e visa garantir ouso máximo da janela de oportunidade para minimizar os impactos do derramamento.

A primeira etapa para desenvolver a capacidade de resposta à fauna é identificar recursos locais,regionais ou internacionais existentes e sua capacidade de colaborar em uma resposta. Dependendodos requisitos da situação, o público também pode ser incorporado nos esforços de resposta à faunaem uma capacidade de voluntariado convergente (consulte as páginas 32-33). Em certos casos,problemas de segurança ou responsabilidade civil podem limitar ou até mesmo impedir essa opção.Em outros, a opção pode ser facilitada e fornecer um método efetivo de envolver comunidades locaisem esforços de resposta. Em alguns países, foram desenvolvidos sistemas que incorporamformalmente voluntários e que tratam de questões de responsabilidade civil e seguro de indenização.

Um responsável pelo plano em um país ou região onde foram identificados riscos relativamente altospode levar em conta o desenvolvimento de capacidade de nível 1 ao longo dos anos caso essa nãoexista. Dependendo da eficiência de custo e nível de exposição, essa capacidade de nível 1 pode serampliada por meio de treinamento e investimento em equipamentos e suprimentos. Isso significaque, ao longo do tempo, a capacidade de nível 1 se torna menos dependente de recursos de nível 3para lidar com incidentes de maior escala. Recursos de nível 2, se disponíveis, podem atender aalgumas necessidades de prontidão em escala regional (subglobal; consulte a Figura 6).

Uma capacidade de nível 1 é necessária no nível que foi definido no plano de resposta à fauna deacordo com os cenários de incidente mais prováveis considerados. Se um cenário mediano dealgumas dezenas de animais afetados for esperada após um incidente de derramamento de óleo, seránecessária uma capacidade de nível 1 inferior àquela na qual centenas de animais podem seresperados para atendimento em um só dia.

Numa grande área geográfica de risco, pode ser adequado dispor de mais do que uma única unidadede nível 1, cada uma delas preparada para lidar com uma sub-região diferente dentro do plano e cadauma agindo como assistência de nível 2 de outras. Alternativamente, uma unidade de nível 2 podeestar disponível em um país próximo (o qual, naquele país atua como unidade de nível 1) ou de outrooperador na região.

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A Figura 6 mostra queum país que não estápreparado e nãopossui recursosdependerá denível 2/nível 3 mesmopara incidentes demenor porte. Paísesque investiram nacapacidade de nível 1podem lidar comincidentes maissignificativos antes deprecisar acionarrecursos de nível 2 ou 3.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

A capacidade de nível 3 é fornecida por meio de uma rede de especialistas altamente especializados ecertificados que incorpora recursos de nível 1 e visa fornecer assistência de resposta à fauna paraqualquer situação de incidente em qualquer zona climática.

Estabelecer e treinar uma equipe de resposta prática de nível 1

Uma equipe de resposta de nível 1 pode ter qualquer porte, mas no mínimo deve ser compostapelos elementos necessários para atender às necessidades de prontidão local (primeira resposta)como definido no plano de resposta em relação à análise de risco. No formato mais básico, a equipepode ser composta de um pequeno grupo de gerentes/coordenadores treinados que lideram umnúmero maior de profissionais de resposta avançados e voluntários convergentes. Se mobilizado,esse grupo deve no mínimo estar apto para preparar um sistema para iniciar as operações decampo (avaliação inicial de impactos e oportunidades de afugentamento/dispersão, coleta deanimais vivos e mortos), além de montar e operar instalações onde animais vivos coletados possamser transportados para seus cuidados iniciais. Dessa forma, eles podem eliminar a lacuna de tempoentre a ativação do plano e o tempo segundo o qual profissionais de resposta de nível 2/nível 3mais experientes e mobilizados chegarão, conforme necessário para atender ao porte do incidente.

Figura 6 O conceito de resposta escalonada

aumento dacomplexidade

do incidente

incidente grandee complicado

incidentesério

incidentepequeno

incidenteinsigni�cante

despreparado,sem recursos

Resposta de nível 1: uso de recursos locais

Resposta de nível 2: uso de recursos regionais de países próximos ou de outra operadora

Resposta de nível 3: uso de recursos internacionais

despreparado,recursos limitados

preparação básica,recursos básicos

bem preparado,recursos razoáveis

maiorprontidão

no país

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Ao longo do tempo, a equipe de nível 1 (que pode ser composta por organizações não envolvidasna resposta à fauna oleada em tempo integral) pode desenvolver sua capacidade e experiênciapor meio de treinamentos e simulados, mas também atendendo a derramamentos fora de suaprópria região (consulte a Figura 7).

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O desenvolvimento dacapacidade de nível 1 émelhor organizado combase nos princípios epadrões globais de nível 3. Isso não vaiapenas permitir queprofissionais de respostalocais compreendam asrazões e procedimentosde metodologias ereflexões elaboradasinternacionalmente,como também vaipossibilitar que elesdesenvolvam habilidadese experiências que levamao seu reconhecimentocomo um recurso denível 2/nível 3. Ossimulados reforçam otreinamento da equipede nível 1 e a integraçãode SGI, mas tambémdevem desenvolver aintegração de recursos de nível 2 e 3.

Caixa 2 Voluntários

Figura 7 Desenvolvimento de capacidade de nível 1

Desenvolvimento de capacidade de nível 1

Voluntarios avanzados

Voluntários avançados

Pro�ssionais de resposta aptos

Gerentes de resposta competentes Gerentes de resposta

Pro�ssionais de resposta aptosTreinamento

Treinamento

Treinamento

Treinamento

Simulados

Sistema de resposta global de nível 3

Programas de treinamento

Para se ter uma resposta à fauna eficaz, é necessário treinamento especializado a fim de garantircompreensão comum de princípios básicos de resposta à fauna oleada. Os possíveis tomadores dedecisão em uma reposta de fauna oleada devem receber treinamento teórico para compreendertodos os aspectos importantes em uma resposta em diversos cenários. Cientistas de fauna,gerentes de conservação e veterinários são bons candidatos para assumir cargos de liderança etomada de decisões. Eles vão precisar de treinamento (incluindo simulados tipo tabletop) paraobter uma boa visão geral de todos os aspectos da resposta a derramamento de óleo, além detreinamento especial sobre os diversos aspectos de seus determinados cargos a fim decompreender os deveres individuais e como grupo.

Membros do público podem ser voluntários em umaresposta à fauna. Para fins deste documento, voluntários sãoprofissionais que não recebem pagamento pelo seu trabalho.Funcionários de ONGs, instituições científicas ou órgãosgovernamentais que sejam remunerados durante o tempode trabalho em uma resposta não são consideradosvoluntários, independentemente de seu empregador teroferecido seus serviços de forma voluntária ou não.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Treinamento de resposta à fauna oleada

O treinamento para resposta à fauna oleada é melhor organizado em diferentes níveis decompetência esperada como indicado abaixo.

Voluntários convergentes (sem competência)Membros do público normalmente têm interesseem se envolver quando um incidente ocorre. Ovoluntário convergente oferece tal envolvimentoe exige um nível básico de treinamento ao chegarno incidente. Voluntários convergentes podemapoiar o trabalho manual envolvido no cuidadode animais oleados e também podem ajudar naprovisão de suporte geral para a resposta,incluindo tarefas como limpeza, trabalhoadministrativo e a gestão técnica de instalações.

Voluntários avançados (competência básica)Indivíduos que tenham passado por treinamentoprévio, ou que tenham experiência comovoluntários em atividades de resposta à faunaoleada, incluindo experiência em cuidado deanimais, podem receber treinamento comantecedência para permitir que realizem certas tarefas sozinhos com necessidade apenas limitadade supervisão. Esse treinamento exigiria um nível maior de compromisso do candidato e precisaser realizado por profissionais de resposta competentes.

Profissionais de resposta aptosIndivíduos que possam dedicar muito tempo ao treinamento e para o desenvolvimento e prática dehabilidades podem ser treinados para o nível de um profissional de resposta apto. Neste nível, oindivíduo estaria apto a preencher cargos essenciais na área de trabalho de uma operação deresposta, liderando grupos de voluntários em um certo departamento, garantindo que o trabalho sejaentregue na mais alta qualidade e se encaixando na cadeia de comando como um chefe de seção.

Gerentes de resposta competentesIndivíduos que acumularam grande experiência como profissionais de resposta e quecompreendem todos os detalhes de metodologias de sucesso em diferentes situaçõesdesafiadoras podem ser considerados para ocupar as principais posições na resposta à fauna,como diretor da subseção de fauna, adjunto do diretor da subseção, supervisor de grupo derecuperação de fauna, supervisor de grupo de estabilização de campo, supervisor de grupo deprocessamento e cuidados, supervisor de grupo de afugentamento e líder de unidade de cuidadosde fauna. Isso exigiria treinamento adicional, simulados e o desenvolvimento de habilidades de liderança.

Além de contribuircom recursos deprofissionaisadicionais para umaoperação de respostaà fauna, o uso devoluntários podeoferecer umaimportanteoportunidade para oenvolvimento dacomunidade.

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, UC Davis

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Equipamentos e instalações

Além de profissionais experientes e treinados, dois outros elementos essenciais para uma resposta àfauna de sucesso são a disponibilidade de equipamentos adequados e instalações apropriadas. Há umamplo conjunto de opções para ambas, mas é importante lembrar que elas são as ferramentas que osprofissionais vão usar para atender aos objetivos do plano. É essencial que as ferramentas certasestejam disponíveis no momento certo. Como mencionado anteriormente, o tempo é essencial naresposta à fauna. A mobilização pontual dessas ferramentas é essencial para garantir que a 'janela deoportunidade' de uma resposta à fauna de sucesso seja utilizada do modo mais eficiente.

Equipamento

Dentro de um sistema escalonado, o equipamento de fauna de nível 1 deve ser estocado localmentee estar prontamente disponível no local dentro de poucas horas. Equipamentos de nível 2 devemestar prontamente disponíveis com fornecedores identificados e chegar ao local dentro de 24 a48 horas. Equipamentos de nível 3 devem estar disponíveis em níveis regional ou global em estoquesou por fornecedores de varejo, podendo chegar ao local dentro de 48 a 72 horas. Embora esses

parâmetros sirvam como diretrizes gerais, osrequisitos de tempo específicos para osequenciamento dos equipamentos podemvariar dependendo dos potenciais cenáriosde oleamento.

Diversas organizações mantêm estoquesde equipamentos de fauna1 e listas depedidos iniciais baseadas nas necessidadesdo plano ou outros planos nos quais elessão um recurso listado. No entanto,estoques e listas de equipamentos devem,contudo, sempre ser adaptados ao plano.Diferenças no clima, espécies e técnicaspodem aumentar ou diminuir a relevânciade certos equipamentos.

Instalações

Tendo a instalação correta e pronta para receber animais tão logo seja necessário é essencial para osucesso de uma resposta à fauna oleada; uma falha nessa área é um dos obstáculos mais comunspara o sucesso. Os requisitos para instalações adequadas podem ser atendidos por uma ou maisdas três abordagens diferentes (o uso de instalações permanentes, construções de oportunidade ouinstalações móveis) conforme necessário para tratar as necessidades de um determinado plano damelhor maneira possível. Qualquer que seja a abordagem selecionada, as instalações devem incluirsistemas confiáveis para o suprimento de água potável, eletricidade, aquecimento ou resfriamentoe ventilação a fim de atender aos requisitos específico da fauna2.

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Estoque deequipamento defauna na base da OSRL emSouthampton, no Reino Unido.

1 Consulte o Anexo 4 para obter informações sobre estoques de equipamentos de fauna atuais2 Consulte o Anexo 4 para obter uma lista de exemplos reais de soluções de instalações para prontidão de resposta à fauna

Sea Alarm

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Instalações permanentes/prontas para usoInstalações permanentes ou prontas para usosão construídas sob medida ou remodeladasapós um derramamento ocorrer e, portanto,estão disponíveis para atender aos requisitos deinstalações adequadas assim que foremnecessárias a fim de atender às metas dereabilitação do plano. Uma opção pronta parauso normalmente gera um grande custo paraconstrução ou remodelagem e manutenção,mas pode garantir economias durante umaresposta. Uma versão híbrida dessa abordagempode ser uma instalação permanente projetada para cuidar de um certo número de animais mas quepossua um plano de expansão secundária com adições temporárias que possam ser implementadascaso a capacidade atual seja excedida.

Construções de oportunidadePode ser possível utilizar uma construçãoadequada para reabilitação de fauna oleadaque seja normalmente empregada para outrafinalidade mas com capacidade de sertransformada rapidamente em uma unidadeapropriada. Entre os exemplos, estão depósitos,grandes lotes vagos, centros comunitários, etc.O uso dessa opção vai exigir planejamentoconsiderável e contratos com proprietários deconstruções, fornecedores e profissionais a fim de garantir que a instalação possa estar pronta eoperante dentro de algumas horas quando necessária e que seja capaz de fornecer as necessidadesde espaço, água, aquecimento e ventilação para atender às metas do plano de fauna.

Instalações móveisInstalações móveis são compostas de módulos(reboques, contêineres, tendas, etc.) que podemser facilmente transportados e montados ondequer que seja necessário. As necessidades deinfraestrutura podem variar e possíveisdisposições podem, por exemplo, variar de umgrande espaço de depósito com água e serviçospúblicos até um andar ou convés de umabarcaça ou navio de grande porte. Taisinstalações podem ser usadas para operaçõesde campo ou todas as fases de reabilitação. Háuma ampla variedade de exemplos de unidadesmóveis disponíveis voltadas para uso comocomponentes específicos ou como umainstalação de reabilitação de fauna oleada completa.

Além do equipamento usado pela equipe de resposta, o plano deve prover os recursos necessáriospara realização da missão. Entre eles, estão alimentos e estadia, transporte e veículos deprofissionais, descarte de resíduos, comunicações e serviços laboratoriais veterinários.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

O Centro de Educação e oCentro de Cuidados deFauna Oleada da Baia deSan Francisco são duasinstalações de cuidadosprimários para aves oleadosdentro da Rede de Cuidadosde Fauna Oleada daCalifórnia.

Estas instalaciones móvilespara rehabilitación defauna se construyerondurante el derrame delRena en Nueva Zelanda,usando una combinaciónde unidades construidaspara el fin y tiendas decampaña.

Um exemplo de uma'construção deoportunidade' utilizadadurante o incidente deMacondo no Golfo doMéxico, 2010.

OWCN

, UC Davis

Maritime New

Zea

land

Rescate internaciona

l de aves

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Além de desenvolver um plano de respostaà fauna oleada, o governo da Holandaimplementou um programa de simuladosde vários anos que envolve grupos deinteresse (incluindo ONGs) a fim de ajudara garantir a prontidão de respostaoperacional.

Tabela 4 As vantagens e desvantagens de diferentes tipos de instalações que podem estar disponíveis

Simulados

Simulados desempenham um papel essencial nos planos de resposta à fauna, identificandopossíveis lacunas ou pontos fracos e suas possíveis soluções, além de maximizar o sucesso quandoum incidente real ocorre. Essas são ferramentas igualmente importantes para familiarizarprofissionais, tanto dentro da resposta à fauna quanto na resposta mais ampla, com os principaisdetalhes específicos de um plano ou de uma área com a qual cada um pode se deparar duranteum incidente real. Simulados também proporcionam excelentes oportunidades de treinamentopara todos os profissionais envolvidos em áreas que podem não ser praticadas regularmente,como gestão de incidentes, procedimentos logísticos e de documentação, manuseio seguro demateriais perigosos e trabalho em equipe organizacional e entre várias agências.

Simulados são mais eficazes quando há objetivos claros e cenários relevantes com uma simulaçãorealista e detalhada. Há um valor óbvio em integrar a questão da fauna em simulados de respostaa derramamento de óleo de grande porte, uma vez que isso proporciona melhor compreensãotanto dos profissionais de resposta à fauna quanto aos gerentes de resposta a derramamento deóleo sobre os desafios que podem ser enfrentados. Isso também incentiva maior avaliação dos

Sea Alarm

Tipo de instalação Vantagens Desvantagens

Permanente/pronta para uso

l Disponível imediatamentel Conscientização da comunidadel Facilmente empregada para treinamento

e simuladosl Simplifica o planejamento

l Altos custos iniciaisl Custos de manutençãol Possivelmente distante do local onde animais são coletadosl O porte da instalação pode limitar a capacidade e exigir expansão

(que pode ou não ser viável)

Construção deoportunidade

l Sem custos (ou custos baixos) fora de umevento de derramamento

l Menor manutençãol Flexibilidade

l Tempo para identificar e prepararl Custo adicional em emergêncial Local desconhecido na comunidadel Se não for pré-identificado, o local ideal pode não estar disponível

durante a resposta

Instalaçõesmóveis

l Flexibilidade em termos de localização e configuração

l Menores custos iniciais

l Certo tempo de transporte e preparol Complexidade de planejamentol Maior manutençãol Maiores necessidades de suporte e logística, incluindo requisitos

de infraestrutura de segundo plano (água, eletricidade, etc.)

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pontos fortes e possíveis conflitos que profissionais de resposta e gerentes de incidentes podemagregar a uma resposta. Simulados proporcionam uma oportunidade para identificar soluçõesalternativas ou equilibradas, sob circunstâncias onde há menor pressão do que em uma operaçãode resposta a derramamento real. Isso gera frutos ao longo do tempo, e melhor profissionalismo edesenvolvimento de equipe serão uma vantagem significativa em um evento real.

Simulados podem ter diversos formatos, dependendo dos seus objetivos da e dos participantesdisponíveis. Elas incluem (em ordem crescente de complexidade e inclusive as atividades desimulados anteriores): exercícios de notificação, exercícios do tipo tabletop, exercícios demobilização de equipamentos e atividades de gestão de incidentes. Simulados que se concentramem operações de fauna também podem ser usados para treinar ou testar partes específicas de umplano de resposta à fauna. Limitar o foco da resposta à fauna também vai limitar os custos e acomplexidade do planejamento e da execução do simulado, embora se percam oportunidades dedesenvolvimento de equipe com outras pessoas no sistema de gestão de incidentes mais amplo.

Planejamento de simulados

Simulados devem ter metas claras e objetivas. As metas iniciais declaradas podem ser de alto nível,mas os simulados devem ser detalhados em atividades específicas durante o seu processo deplanejamento a fim de garantir que o valor máximo seja alcançado. Também é essencial quecomponentes individuais de um simulado permaneçam relevantes dentro dos objetivos gerais.Planejadores e avaliadores de simulados devem ter ampla experiência em derramamento de óleo eresposta à fauna para que uma situação realista possa ser proporcionada, juntamente com aorientação eficaz dos participantes. O planejamento para garantir um conjunto de níveis deexperiência entre os envolvidos pode maximizar as oportunidades de aprendizado. Para obter maisinformações sobre simulados de derramamento de óleo, consulte o documento IPIECA-IOGP, 2014.

Implementação do simulado

Os simulados devem começar com um briefing, além da identificação e organização de deveres eresponsabilidades. Depois disso, é iniciado o evento, mantendo o desempenho e o ritmo dosimulado em uma velocidade adequada para desafiar e ensinar os participantes. O simulado éentão encerrado, e é feita uma avaliação estruturada antes da conclusão geral.

Avaliação e análise do simulado

A avaliação dos simulados deve se concentrar no desenvolvimento de capacidade e em identificarpontos fortes, fracos e possíveis soluções para todos os profissionais envolvidos,independentemente de sua experiência.

O processo de análise deve levar em conta os objetivos do simulado e o nível de sucesso ematendê-los, devendo também identificar lacunas e novas prioridades. As lições aprendidas devemser incorporadas ao programa de simulados e ao plano de resposta à fauna (consulte também aseção sobre avaliação na página 48).

Um bom programa de simulados é um processo orgânico e em contínua evolução. Sua finalidadeé atender às necessidades do responsável pelo plano, agências governamentais, os profissionaisde resposta e outros grupos de interesse na construção e demonstração da capacidade parasuperar os desafios de resposta à fauna oleada.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

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Teste em prática: resposta a incidentes e avalição do plano

Resposta a incidentes

Na prática, um plano de resposta à fauna eficaz deve permitir que o melhor sistema de respostapossível seja preparado no caso de um incidente. Esse sistema deve entrar em vigor rapidamentepor meio de tomada de decisões de qualidade, além de permitir que objetivos definidos sejamalcançados - os quais, por sua vez, vão proporcionar confiança e um sólido espírito de equipeentre todos os envolvidos, desde gerentes até voluntários. As considerações gerais a seguir devemser levadas em conta ao desenvolver um plano de resposta à fauna eficaz.

Integrar a resposta à fauna dentro do plano de resposta geral

Um dos segredos para uma resposta à fauna desucesso é o sólido suporte da equipe de gestão deincidentes. A melhor maneira de fazer isso é comcomunicação e compreensão clara das expectativas enecessidades dos profissionais de resposta à fauna, etodo o sistema de resposta a derramamento de óleo,do qual a fauna é apenas um aspecto. Problemas defauna devem ser representados dentro da seção deplanejamento de SGI, e decisões relacionadas aoplanejamento, que possam ter impacto sobre aresposta à fauna, devem ser comunicadas de formaclara aos profissionais de resposta em terra.

Figura 8 Um exemplo de setor de fauna em um sistema de gestão de incidentes

coordenador de instalaçãocoordenador de voluntários

Diretor da subseção de fauna

Adjunto do diretor da subseção de fauna

Grupo dereconhecimento

de faunaGrupo de

afugentamento de fauna/captura preventiva

Grupo deprocessamento e

cuidados de faunaGrupo de transporte

e recuperaçãode fauna

Unidade de transportee recuperação de

mamíferos marinhosUnidade de transportee recuperação de aves

Unidade deprocessamento

de faunaUnidade de

cuidadosde fauna

Unidade delevantamento

de linha de costaUnidade de

levantamentopor barco

Unidade delevantamento

aéreo

Força-tarefade avesoleados

Força-tarefade mamíferos

marinhosoleados

Equipe demobilização deanimais vivos

Equipe demobilização deanimais mortos

Maritime New

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Resposta à fauna - janela de oportunidade crítica

Em uma resposta à fauna, um atraso hoje pode significar que os animais estarão oleados, e talvezaté mortos, amanhã. Depois que os animais estão oleados, há um curto período durante o qual épossível capturar, reabilitar e soltá-los com sucesso. Se essa janela for perdida, a oportunidade deintervir com sucesso é perdida. Por isso, é importante que a ativação do plano de fauna seja levadaem conta imediatamente após o derramamento de óleo a fim de garantir o início pontual deoperações de prevenção e proteção (afugentamento, captura preventiva) e o desenvolvimento deinfraestrutura de reabilitação básica antes que animais oleados comecem a chegar. A notificaçãodos responsáveis pela tomada de decisão sobre a fauna deve então ser integrada nosprocedimentos de notificação de todos os planos de resposta a derramamento de óleo.

Uma resposta é um exercício

Nem todo cenário que ocorre será um incidente de pior caso possível. Não obstante, qualquerresposta vai testar as capacidades de cada profissional de resposta e a infraestrutura de respostacomo um todo. O erro humano e de sistemas sempre pode e certamente vai ocorrer. Mesmo umincidente em tempo real será uma excelente oportunidade de aprendizado, e, neste sentido, podeser considerado como um exercício de mobilização completa na qual o sistema como um todopode ser colocado à prova. Quanto mais oportunidades forem aproveitadas para exercitar o planoe o sistema atual de prontidão, melhor será a resposta a um incidente onde houver oleamento deanimais. Ainda assim, os cenários são imprevisíveis e a resposta a novos desafios pode precisar serdirecionada por decisões táticas tomadas durante os ânimos da estratégia do plano. Por sua vez,essas decisões vão proporcionar lições para o futuro.

Cronologia de resposta

Assim como com atividades de resposta de derramamento de óleo, pode-se (e deve-se) distinguirentre as três fases de atividades operacionais na ordem cronológica de eventos associados comum incidente típico de fauna: emergência; projeto; e desmobilização. As diferentes fases nemsempre são definidas de forma clara, mas podem e vão ser reconhecidas durante a resposta aderramamento. Reconhecer que diferentes fases existem e que vão aparecer é a principal lógica na hora de elaborar um plano de resposta. As seções de operação e dados do plano devem serdesenvolvidas de forma a minimizar o período entre a ativação do plano e o início da fase deprojetos. Em outras palavras, a orientação deve visar minimizar a duração da fase de emergência.O ideal é que a fase de emergência acabe assim que gerentes e profissionais de resposta tenhamdesenvolvido rotinas eficientes, conforme sistemas de comunicação já funcionem bem einstalações estejam montadas e operantes com fluxo de entrada e saída de animais. Essa fase doprojeto será reconhecida pelo envolvimento de todos, e os níveis de estresse começam a cair, com as pessoas se sentindo mais relaxadas e confiantes em seus cargos. Na falta de um plano deresposta à fauna, a fase de emergência (que é relativamente ineficaz) pode ser ampliada,possivelmente pela extensão de resposta - o que faz com que as pessoas fiquem cansadas,frustradas, irritadas e tristes, com o sentimento de que falharam na resposta.

Uma ordem cronológica de eventos para uma resposta à fauna e as tarefas a serem realizadas emcada fase é descrita na Tabela 5 da próxima página.

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Tabela 5 As diferentes fases em uma resposta e as ações e tarefas correspondentes.

Fase na resposta Ação Tarefas

Ativação do plano de fauna

Notificação, avaliaçãoe mobilização

l Notificar os tomadores de decisões: determinar se o plano de fauna deve ounão ser ativado e sob quais circunstâncias

l Subseção de fauna integrada no SGIl Alerta aos profissionais de resposta de níveis 1, 2 e/ou 3l Avaliação de informações confiáveis sobre a situação do derramamento e

realização de inspeção de campo para analisar o possível porte do impactosobre as diversas espécies/grupos de espécies

l Decidir qual escala de mobilização é necessária (nível 1, 2 ou 3) para cada opçãode resposta considerada

l Garantir a mobilização dos recursos adequados

Gestão da emergência Prever e reagir àsituação emdesenvolvimento

Desenvolver rapidamente um sistema de resposta para o porte adequado:l Contato com a seção de logística/planejamento da equipe de gestão de

incidentesl Garantir o funcionamento de sistemas de comunicação e fluxo de dadosl Desenvolver um plano de ação de resposta (24 a 48 horas) que seja atualizado

diariamente para cada seção operacionall Dar continuidade às avaliações de campo para monitorar possíveis mudanças

no porte e novos desdobramentosl Iniciar as operações no estágio de nível 1:

l operações de campol instalações de faunal integração de voluntários (se adequado)

l Integrar níveis 2 e/ou 3 na chegadal Aumentar as operações atuais conforme necessário

Gerenciamento de projetos

Cumprir com osobjetivos de plano

Garantir a estabilidade, eficácia e economia das operações:l Implementar planos e rotinas de profissionais de longo prazol Confirmar os fluxos contínuos de comunicaçãol Garantir o uso eficiente de recursosl Elaborar planos de longo prazo (incluindo o plano de desmobilização)l Garantir que ações de menor prioridade sejam executadasl Desenvolver e iniciar o plano de monitoramento após o derramamento

Desmobilização Reduzir a operação de volta ao início

Desmobilização em fases (redução de operações de campo; trabalho a serfinalizado nas instalações; recursos de nível 1 são os últimos a seremdesmobilizados):l Desmobilização de profissionais (campo > instalações)l Desmobilização de equipamentos de fauna (campo > instalações)l Desmobilização de instalações de fauna l Encerramento formal de resposta à faunal Encerrar o SGI (unidade de fauna)

Pós desmobilização Processamento depedidos e relatórios

l Avaliação de ‘limpeza a frio’ dentro de 1 a 2 mesesl Classificação e análise de todos os dados l Conclusões e recomendações l Encerramento financeirol Preparo e envio de pedidos de indenização

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Na fase de gestão de emergência:

A seção de operações do plano deve fornecer:l um gráfico organizacional que descreve a

estrutura da unidade de fauna (permitindoexpansão e contração simplificadasconforme adequado)

l cartões de ação para cada funçãol um sistema de suporte de decisões para

iniciar as opções de respostal uma ficha operacional para cada opção

de resposta.

Na etapa de ativação do plano de fauna:

O plano de emergência de derramamento de óleo deve:l notificar os profissionais de que um plano

de fauna pode precisar ser ativadoimediatamente após um incidente dederramamento ser comunicado

l fornecer uma lista de contatos detomadores de decisões de fauna.

A seção de operações do plano deve:l fornecer um fluxograma para definir as

etapas que podem precisar ser seguidas, da notificação de um incidente dederramamento até a mobilização no nívelnecessário (Nível 1, 2 ou 3)

l designar os profissionais responsáveis porrealizar uma avaliação de campo e coletardados relevantes no tempo adequado.

A seção de dados do plano deve fornecer:l detalhes de contato dos fornecedores de

todos os recursos identificados (nível 1, 2ou 3)

l critérios de suporte de decisão para ajudara reconhecer cenários e decidir qualespecialidade precisa ser mobilizada e emqual nível

l uma descrição do sistema deinformações/dados que deve estardisponível para os tomadores de decisõesde SGI (unidade de situação de fauna).

Ativação do plano de fauna

A ativação do plano de fauna deve ser programada para a primeiraoportunidade possível, quando o risco de um derramamento é alto (comono naufrágio de um navio) ou imediatamente após um derramamento tersido comunicado. Isso permite que especialistas e gerentes de faunaavaliem o possível impacto sobre a fauna e analisem o nível no qualrecursos precisam ser mobilizados, se aplicável.

A ativação do plano de fauna não deve estar vinculada à ativação de umaresposta de linha de costa, uma vez que isso pode fazer com que a janelade oportunidade seja perdida; como quesito mínimo, procedimentos denotificação sempre devem ser realizados.

Notificação, avaliação e mobilizaçãoDepois que o plano de fauna é ativado, o procedimento de notificaçãogarante que todas as autoridades adequadas, tomadores de decisões egrupos de interesse sejam informados sobre os detalhes do incidente dopossível impacto. Ao fornecer informações precisas e adequadas durante oprocesso de notificação, o envolvimento pontual dos principais tomadoresde decisões vai garantir uma ação rápida.

Uma equipe de avaliação é mobilizada imediatamente após a ativação doplano. O objetivo é coletar o máximo de informações de campo possível(por exemplo, valores de referência, números de animais afetados,espécies envolvidas, etc.) para garantir que gerentes de incidentes possamtomar uma decisão bem informada quanto ao tipo de resposta que seránecessária, com base em projeções realistas de impactos sobre a fauna.

Se ficar claro logo no início que o derramamento pode ter um impactosobre a fauna, a mobilização imediata de recursos de nível 1 pode ocorrer,seguida de recursos de nível 2 e 3 conforme adequado. Na prática, amobilização de recursos escalonados normalmente ocorre paralelamentecom as atividades da equipe de avaliação. Depois que gerentes deincidente determinarem as opções para resposta à fauna, a mobilizaçãopontual de profissionais de resposta à fauna oleada, instalações eequipamentos de resposta será essencial para o sucesso da operação geralde resposta à fauna.

Fase de gestão de emergência

Durante essa fase, o plano atende a realidade do incidente. Inicialmente,gerentes, profissionais de resposta à fauna e voluntários mobilizados 'caemde paraquedas', saindo de suas rotinas diárias para um ambiente estressantede incidente de derramamento. Eles precisam se adaptar rapidamente aosseus cargos, conectarem aos profissionais e suas posições e garantir que aresposta seja escalonada para o porte adequado a fim de garantir suaeficiência e eficácia. As ferramentas que foram identificadas no plano devemser rapidamente avaliadas em relação às necessidades do incidente paragarantir que haja recursos adequados a fim de possibilitar uma resposta

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segura e efetiva. Essa fase exige a ação rápida para colocar os recursos maisadequados em prática e definir o curso da resposta à fauna ao tomardecisões importantes e colocar procedimentos e protocolos em prática queserão usados para nortear a resposta à fauna até sua conclusão. Essa fase édinâmica, e novas informações serão coletadas diariamente, proporcionandouma oportunidade de aprimorar e ajustar continuamente o plano de forma amelhor alcançar os objetivos da resposta à fauna.

Alguns dos principais objetivos da fase de emergência são:l determinar como as principais decisões serão tomadas dentro da

subseção de fauna;l organizar uma equipe de fauna e nomear profissionais adequados para

os cargos;l definir procedimentos de comunicações com outros elementos da

estrutura de gestão de incidentes;l identificar necessidades de equipamentos e instalações específicas do

incidente, contratá-las e prepará-las para a operação;l avaliar oportunidades para minimizar os impactos sobre a fauna,

incluindo a prevenção ao oleamento ao elaborar e implementarmétodos adequados;

l propor e definir prioridades para a resposta à fauna, incluindoprioridades de espécies (baseado na avaliação de pré-derramamento);

l definir protocolos de cuidados animais específicos do derramamento,incluindo critérios de derramamento e monitoramento pós-derramamento; e

l desenvolver uma política de eutanásia por escrito com consenso dosprofissionais de resposta, agências governamentais adequadas e a parteresponsável (se a política não foi pré-definida).

A fim de dinamizar esse processo, o plano de fauna deve visar ajudar osgerentes a tomar boas decisões de modo pontual, fornecendo ferramentase informações que devem ser incluídas nas decisões (por exemplo,modelos, listas de verificação, agendas de reuniões, etc.).

Nessa fase, investimentos em prontidão oferecem grandes retornos, como, por exemplo:l tomadores de decisões disponíveis treinados e com prática;l instalações de fauna oleada pré-identificadas e disponíveis para rápida

ativação; el módulos de treinamento disponíveis que podem ser usados para

procedimento de saúde e segurança e envolvimento de voluntários(que podem ser aplicados em toda a resposta).

Fase de projeto

Essa fase só pode surgir depois que os objetivos da fase de emergência forematendidos. A fase de projeto de uma resposta envolve atividades rotineirascontínuas e diárias exigidas pela equipe de resposta à fauna após amobilização e ativação inicial de operações. Essa parte da resposta é uma

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Na fase de projeto:

A seção de estratégia do plano deve fornecer:l objetivos clarosl requisitos detalhados para desmobilização

e relatórios.

A seção de operações do plano:l Todos os aspectos em uso ativo

(consulte a página 11)

A seção de dados do plano:l Todos os aspectos em uso ativo

(consulte a página 12)

Na fase de gestão de emergência:(continuação):

A seção de dados do plano deve fornecer:l mapasl plano de montagem e layouts de

instalaçãol detalhes de contato de todos os

prestadores de serviços identificados paracada opção de resposta

l formulários de SGIl formulários específicos de faunal protocolos de tratamento de fauna

(incluindo eutanásia)l meios comunicação de mídia auxiliaresl modelos de documentos e listas de

verificação simples, incluindo uma agendadas primeiras reuniões da subseção de fauna

l um sistema e formulários para coleta eorganização de todas as informaçõescríticas em um só lugar

l procedimentos pré-definidos para obterpermissões e licenças depois do manuseioe tratamento (incluindo eutanásia) dafauna

l informações úteis e atualizadas da seçãode dados.

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execução contínua do plano de fauna, com mudanças sendo feitas com base na natureza dinâmica doincidente específico. Diferente da fase de emergência, ações rápidas são menos críticas do queatividades bem planejadas e metódicas projetadas para minimizar medidas retrógradas e caóticas,tanto em campo quanto nas instalações. A fase do projeto é muitas vezes a mais longa das fases daresposta, além de ser a mais diversa. Animais (e recursos associados) estarão em transição da capturainicial e do cativeiro de animais oleados na resposta para o cativeiro de limpeza e solturaposteriormente na resposta.

A situação menos agitada que surge na fase de projeto permite que gerentes consultem a seção deestratégia do plano para verificar se os objetivos forem devidamente atendidos e se nada foiignorado. É importante manter uma prontidão para elevar operações/instalações se necessário epara usar essa oportunidade para enfatizar novamente a necessidade de comunicações eficientestanto com gerentes de incidente quanto com o público a fim de manter sólido suporte,especialmente uma vez que outras partes da resposta podem se desenrolar mais rapidamente. Os gerentes podem usar orientação da seção de estratégia para começar a preparar um plano dedesmobilização e os relatórios necessários sobre o incidente.

Fase de desmobilização

Embora a meta de toda fase seja garantir que o nível adequado de recursos esteja disponível paraalcançar os objetivos da unidade de fauna, a fase de desmobilização é uma redução estratégicagradual das atividades operacionais baseada na diminuição da ameaça à fauna. Isso ocorre de acordocom um plano que deve ser elaborado durante a fase de projeto. É de suma importância no plano dedesmobilização definir as circunstâncias específicas que vão impulsionar uma redução no uso deatividades de campo, como o afastamento, coleta ou monitoramento, além do ponto no qual ofechamento e o desmanche das instalações temporárias de estabilização e reabilitação pode ocorrer.Ele também deve prever a possibilidade de um pequeno número de animais que precisem decuidados de longo prazo antes da soltura e de animais que não conseguem atingir os critérios desoltura. Por fim, o plano deve levar em conta mudanças nas circunstâncias que possam acionar umareativação da resposta à fauna (incluindo como isso ocorreria), além de descarte ou armazenamentode materiais e equipamentos.

Pós-desmobilização - relatórios após as atividades

A geração de relatórios deve ocorrer como parte do sistema de relatórios SGI geral, mas também deveser feita por cada grupo e organização interessada. Quanto ao relatório de SGI, é importante que todosos dados coletados sejam apresentados em um formato que possibilitará uma avaliação útil e seu usoposterior em procedimentos legais e pedidos de indenização. Os dados devem conter estatísticasessenciais e relatórios de eventos e decisões táticas relacionadas, para os quais informações serãofornecidas por registros pessoais e do registro da subseção de fauna/SGI. Quando relatórios foremenviados por indivíduos, é importante que conclusões e recomendações sejam formuladas de formaque possam ser usadas para uma avaliação por todos os grupos de interesse no plano.

Pós-desmobilização - pedidos de indenização e compensação

As atividades de resposta à fauna podem ser elegíveis para compensação. As possíveis fontes decompensação para custos gerados durante uma resposta à fauna oleada vão variar de acordo coma natureza e a localização do incidente. Diversos potenciais cenários de pedidos de indenizaçãosão apresentadas abaixo.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

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Poluição por navio petroleiro (óleo de carga, óleo cru)No caso de um derramamento de óleo persistente (por exemplo, cru, bunker ou óleo lubrificante) porum navio que transporta óleo a granel, ou derramamento de óleo combustível de um petroleiro ouainda de um petroleiro com resíduos de óleo persistente que ocorra dentro da zona econômicaexclusiva (ZEE) de um estado contratante, dois mecanismos de compensação podem ser aplicados. Essassão a Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil para Danos Causados por Poluição por Óleo(1992 CLC) e o Fundo Internacional para Compensação por Danos Causados por Poluição por Óleo(Fundo de 1992). Cada um desses mecanismos de compensação usa diretrizes do Manual de Pedidos deIndenização dos Fundos Internacionais de Compensação de Poluição por Óleo, que tratamexplicitamente da compensação disponível para resposta à fauna. Também podem haver mecanismosde compensação em países que não fazem parte das convenções do Fundo ou da CLC. A compensaçãopara resposta à fauna também pode estar disponível a partir de outras fontes, como fundos domésticos.

Derramamentos não provenientes de petroleiros ou de origem desconhecidaA Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil para Danos Causados por Poluição por Óleo de2001 (a 'Convenção de Petroleiros') regula a compensação para danos por poluição causada porderramamentos de óleo transportados como combustível nos tanques de armazenagem de navios nãopetroleiros. Critérios de admissibilidade similares e conceitos de 'razoabilidade' se aplicarão para a CLCde 1992 e o Fundo de 1992. O termo 'derramamento de origem desconhecida' indica um derramamentode óleo para o qual a origem não foi identificada. Para fins de compensação por danos resultantes detais derramamentos, eles podem ser amplamente divididos em duas categorias: aquelas que sãoconsideradas como de origem de um petroleiro não identificável e aquelas que não podem seratribuídas a um petroleiro (por exemplo, de uma embarcação que não é de carga, de um naufrágio, umoleoduto, uma exsudação natural ou outra origem). Em casos nos quais possa ser comprovado que oóleo teve origem de um petroleiro (por exemplo, uma grande quantidade de cru não nativo chegando aum litoral de costa) e o país afetado seja parte do Fundo de 1992, a compensação pode estar disponívelsob a Convenção Bunker. Em casos de derramamento de origem desconhecida onde os danos nãopossam ser atribuídos a um petroleiro, não há legislação internacional existente que trate dacompensação, e os custos normalmente são cobertos pelo governo do país afetado ou por aqueles querealizam a operação de resposta à fauna.

Caixa 3 Restauração

Em alguns países (às vezes exigido por lei), programas derestauração podem incluir atividades para recuperarpopulações de fauna afetadas a fim de compensar perdas - por exemplo, ao fornecer habitats novos ou aprimorados paraa fauna que possa ter sofrido danos. É necessário propor echegar a um consenso sobre projetos com envolvimentodireto de autoridades regulamentares de fauna, seguido porum programa de ação, monitoramento e avaliações de váriosanos. Projetos de fauna financiados por meio de acordos deindenização de avaliação e danos incluem:l um projeto para substituição de caixas de ninhos de

mérgulo-unicórnio e mérgulo-sombrio, e a criação de locaisde nidificação para painhos cinzentos nas Ilhas de Farallon,financiados por danos do derramamento do navio decontêineres de Cosco Busan na Califórnia, em 2007; e

l um projeto para proteger a colônia de corta-água emTaiaroa Head, na Nova Zelândia, financiado por danos doderramamento de Luckenbach na Califórnia.

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Derramamentos de instalações offshoreA responsabilidade civil por danos causados por derramamentos de instalações offshore (queincluem plataformas e oleodutos) é do operador da plataforma. É provável que um sistema deserviços para compensação de danos seja estabelecido rapidamente no caso de umderramamento, e que comece a avaliar e a pagar indenizações pendentes dos procedimentosjurídicos, o que pode levar muitos anos.

Preparação e envio de pedidos de indenizaçãoO processo de elaboração de pedidos de indenização é normalmente executado em duas etapas,que são:1. manutenção de registros detalhados no momento dos custos serem gerados; e2. vínculo de registros e custos com a justificativa da atividade no momento do pedido de

indenização ser compilado, normalmente quando a resposta é concluída.

Na fase de emergência inicial, o requisito de registrar informações necessárias para o reembolsoposterior de custos é normalmente ignorado, uma vez que os profissionais operacionais estãoocupados com outras tarefas de resposta. Ainda assim, não se deve subestimar a importância deregistros precisos. Um pedido de indenização considerado bem embasado normalmente incluirácinco registros de informações genéricos, que são:l informações recebidas;l reuniões e decisões;l atividade;l gastos; el eficácia e resultados de ações.

Pedidos de indenização de sucesso: a importância da manutenção de registrosInstalações de operações de resposta à fauna podem exigir um nível considerável de recursos elogística. É necessário manter amplos registros sobre o porte da operação, incluindo: osprofissionais envolvidos; qualquer trabalho realizado para equipar uma instalação; equipamentoscomprados ou danificados; e bens consumíveis usados (roupas de proteção, medicamentos,alimentos, água e afins fornecidos para o cuidado dos animais e para os profissionais). Tambémdeve ser mantido um inventário de animais, incluindo aqueles tratados pela instalação. Fotografiasfornecem um registro inestimável sobre o trabalho realizado e os recursos envolvidos. A marcaçãode imagens com data, hora e localização auxiliar na catalogação e identificação posteriores das atividades.

É importante reconhecer que a participação de voluntários em operações de resposta dederramamento de óleo não é livre de custos. Embora a mão-de-obra voluntária em si sejaoferecida gratuitamente, cada voluntário exigirá algum nível de EPI, alimentos e transporte para o local, além de supervisão competente. Os voluntários podem receber um pagamento em basediária para cobrir as despesas, exceto caso alimentação e acomodações sejam fornecidasseparadamente. Pode também ser necessário um seguro. Além disso, é necessário manter umregistro dos nomes de cada voluntário, seus locais de trabalho e as atividades executadas. A obrigatoriedade de assinatura de entrada e saída nos locais de trabalho pode facilitar o registropreciso dessas informações.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

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Medição do sucesso de uma resposta

Se uma resposta à fauna for considerada viável e for ativada, a percepção do sucesso depende devários outros fatores, incluindo:l a capacidade dos esforços em proteger os animais contra o oleamento e aumentar o status de

bem-estar de animais oleados ao minimizar seu sofrimento e/ou recuperar a expectativa devida na natureza;

l o nível de pré-planejamento e capacidade/habilidade dos profissionais de resposta de nível 1(consulte a definição na página 30) em lidar rapidamente com chegadas mais imediatas deanimais e operar instalações de estabilização básicas;

l o nível de integração na resposta global, de modo que as instalações estejam prontas quando osanimais chegarem e a fase de projeto se torna parte integrante do esforço amplo de resposta;

l o envolvimento de especialistas com certificação internacional em planejamento, prontidão eresposta, especialmente no que se refere à avaliação de cenários de pior caso e em evitar errospor falsa intuição;

l a disponibilidade de recursos logísticos e técnicos para montar e operar as instalações;l em respostas remotas, a capacidade do esforço de fauna em capturar e transportar animais

para centros de recursos onde as operações de instalação possam ser mais eficazes;l o nível de integração de recursos locais para a resposta; el o aumento na capacidade de resposta local e a integração de comunidades próximas nos

esforços de resposta e prontidão contínuos.

O sucesso de uma operação de resposta à fauna oleada possui então diversos parâmetros, dandomargem para análises e avaliações detalhadas de áreas onde uma resposta foi considerada bem-sucedida. Isso vai além da contagem de animais soltos e reabilitados, que muitas vezes é usadacomo um indicador incorreto e bastante limitado do sucesso.

IPIECA • IOGP

46

Alunos na OmanuPrimary School, naNova Zelândia,ajudam na solturade pequenospinguins azuis apóssua reabilitaçãodepois doderramamento de Rena.

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Programas de longo prazo

Monitoramento pós soltura

A avaliação de métodos de resposta é essencial para melhorar tanto os métodos quanto aeficiência. No caso da reabilitação de fauna oleada, uma das principais medidas de sucesso é asobrevivência e a reprodução após a soltura. O monitoramento pós soltura pode ter influênciadireta sobre metodologias e práticas envolvidas em partes significativas do processo de resposta,podendo afetar diretamente o bem-estar animal. Ele também pode fornecer orientação para osprocessos de avaliação global e influenciar os planos futuros. É possível que um responsável peloplano seja solicitado a financiar o monitoramento pós soltura durante um incidente, e isso é algoque gerentes de resposta de derramamento devem levar em conta, reconhecendo quais fundos eespecialistas adicionais serão necessários. Sem tal monitoramento, é impossível avaliarcientificamente os resultados com relação aos objetivos definitivos da resposta e reabilitação, isso é, para determinar a fertilidade e longevidade dos animais soltos.

Técnicas comuns para monitoramento pós-soltura incluem:l marcação/anilhamento de aves, incluindo o uso de anilhas/etiquetas que possam ser lidas

em campo;l marcação de mamíferos marinhos e répteis marinhos;l microchipagem de pinguins e mamíferos marinhos; el implantação de equipamentos de telemetria por satélite GPS/VHF em indivíduos selecionados.

47

PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

O implante detransponderssubcutâneos(extrema esquerda) eetiquetas por satélite(esquerda) são doismétodos usados paramonitoramento pós-soltura erastreamento defauna após areabilitação.

O uso dessas técnicas em animais vai exigir a participação de diversas disciplinas, incluindo suporteveterinário e acadêmico. Muitas delas exigem monitoramento ativo de longo prazo (às vezes comsuporte de um conjunto de ONGs), e a maioria das técnicas exige autorização do governo para usoe implantação. Uma vez que pode haver um conjunto de indivíduos e grupos envolvidos noprocesso de monitoramento, o planejamento e a integração desses estudos devem serconsiderados em uma etapa inicial; o ideal é que sejam parte do plano de emergência dederramamento de óleo.

Embora uma parte essencial desse monitoramento seja alcançar a taxa de sobrevivência de longoprazo dos animais soltos, todos os resultados devem ser combinados com referência àsmetodologias usadas para reabilitar os animais em primeiro lugar. Esses estudos, incluindo a análisede seus resultados, devem então ser realizados com a participação de todos os envolvidos, e énecessária avaliação das práticas de reabilitação desde a coleta inicial dos animais até a soltura deles.

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Avaliação

A avaliação do sistema atual de prontidão para resposta à fauna oleada é de extrema importância.Todo sistema de prontidão à fauna é um esforço dinâmico e coletivo que envolve diversosparticipantes, e só funciona bem se for ativamente mantido. Unir os participantes em reuniões quepossibilitam a avaliação multidisciplinar de como uma resposta se saiu em relação a uma boaprática é um elemento importante para desenvolver e solidificar a prontidão.

Reuniões de avaliação podem ser organizadas como eventos rotineiros agendados dentro daestrutura de um programa de múltiplos anos ou após uma situação onde o sistema foi testado, comoum simulado ou incidente. Avaliar uma resposta não é uma oportunidade para culpar os outros, massim um processo que visa melhorar a eficiência e a efetividade das futuras respostas. Muitas vezes,abordagens específicas são adotadas para realizar avaliações (por exemplo, por meio de um processonormalmente chamado de 'limpeza a quente', um painel de discussão realizado imediatamente apósuma resposta onde os participantes compartilham suas perspectivas na presença de um facilitador) afim de garantir um processo construtivo. A finalidade de tais reuniões, e como elas devem contribuirpara identificar as lições aprendidas e quaisquer lacunas encontradas, é explicada na Tabela 6.

IPIECA • IOGP

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Tabela 6 A importância da avaliação e sua contribuição para identificar lições aprendidas e lacunas encontradas

continuação…

Avaliações agendadas dos programas Depois de uma simulado Después de un derrame

Quando l Uma vez por ano, nomínimo (por exemplo, noformato de uma reuniãoanual entre as partes)

l Depois da conclusão doprograma de vários anos;normalmente levando aum novo programa

l Imediatamente após um simulado -uma avaliação de 'limpeza a quente',com todos os participantes reunidos

l Um simulado de grande porte -algumas semanas após a simulação,com as principais organizações

l Avaliação de 'limpeza a quente' dosprofissionais conforme sãodesmobilizados

l Avaliação interna dentro de cadaorganização participante dentro desemanas após a desmobilização

l Avaliação de ‘limpeza a frio’ (dentro de 1 a 2 meses)

l Avaliação formal de parceiros de umplano dentro de semanas em vez demeses. Às vezes, mais de uma reuniãopode ser necessária. Avaliações podemser necessárias para diferentes disciplinas(por exemplo, questões financeiras,jurídicas e de pedidos de indenização).

Objetivo l Supervisionar o progressoe as realizações noprograma dedesenvolvimento deprontidão de vários anos

l Identificar pontos fortes e fracos naatuação em relação à seção do plano deresposta à fauna que foi o foco dossimulados

l Identificar pontos fortes e fracos naatuação em relação aosdesenvolvimento em tempo real de um incidente

Liçõesaprendidas

l Qual foi o resultado dasatividades de treinamento,paral assessores recém-qualificados;

l cursos de reciclagem; el novos módulos queforam desenvolvidos?

l Simulados normalmente testam asexpectativas que as pessoas têm sobreum plano. O plano forneceu orientaçãopara a tomada de decisões efetiva e fezcom que os principais assessores seencaixassem em seus deveres e cargosesperados rapidamente?

l Na avaliação, a resposta é melhorconsiderada como um simuladocompleto e de grande escala. Aexperiência permite uma ampla análisee avaliação dos pontos fortes e fracos

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Tabela 6 A importância da avaliação e sua contribuição para identificar lições aprendidas e lacunas encontradas (continuação)

Avaliação de programas de longo prazoA medida em que os anos passam, mais dados são disponibilizados por programas de pesquisade longo prazo - por exemplo, sobre a recuperação de população ou sobrevivência após asoltura. Quando disponíveis, tais dados devem ser incorporados na estrutura de liçõesaprendidas e usados em novas avaliações da prontidão e eficácia das opções de resposta.

Evaluaciones planificadas del programa Después de un simulacro Después de un derrame

Liçõesaprendidas(continua-ção)

l Aumento na estruturaorganizacional, assessorestransferidos, assessoresrecém-nomeados e suasnecessidades detreinamento

l Resultados de simuladosinternos

l Lições de incidentes emoutras áreas

l Lições e novas reflexões de conferências ecomunicaçõesinternacionais

l Simulados testam assessoresindividuais e permitem que elesexperimentem seu próprio nível detreinamento no ambiente simulado.

l Simulados sempre ajudam a reduzirpercepções incorretas sobre o que asorganizações ou assessores podemagregar à atividade. As pessoas estarãomais aptas para avaliar seu própriopapel em relação àquele de terceiros.

l Simulados ajudam a eliminar lacunasentre organizações e pessoas e aidentificar pontos fracos e fortes.

l Às vezes a organização do simuladopode ser limitado por razões práticas, e os participantes podem apresentarsugestões para extensão ou melhoriasfuturas

l Uma vez que um incidente em temporeal deposita grande pressão sobre odesempenho de todos os indivíduosenvolvidos, as consequências de errospodem ser mais graves, ou no mínimopercebidas como tal.

l Por isso, é essencial que uma atmosferaconstrutiva seja criada pelosorganizadores e moderadores dassessões de avaliação. No fim, podeparecer que erros não ocorreramdevido a problemas de ignorância ouconduta indevida, mas sim devido àsituação ou pela falta de orientação do plano.

Análise delacunas

l Novas reflexões departicipantes podemindicar falhas no plano,experiência, equipamentos,preparo de instalações

l Desenvolvimentos emáreas/países/estadosvizinhos podem criaroportunidades paraeliminar lacunas existentespor meio de cooperação.

l Lacunas que possam ser identificadassão relacionadas à parte específica doplano que foi testada, mas podemincluir, dependendo do porte dosimulado:l lacunas em informações que o planodeve fornecer para os assessoresexecutarem as tarefas e trabalharemjuntos;

l falta de prontidão específica emregiões, às vezes alavancada pelaextrapolação de um cenário simulado;e

l lacunas em espaço de instalação ouestoques de equipamentos.

l Simulados normalmente duram um oupoucos dias, no máximo. Eles nãodetectam com facilidade lacunasrelacionadas à capacidade de respostamantida, embora os participantespossam ser solicitados a fazerextrapolações para tal.

l A experiência acumulada da resposta deum incidente leva a diversas novasreflexões sobre possíveis situações e seuefeito sobre as capacidades de respostae o conteúdo do plano subjacente.

l Em casos extremos, pode haver motivospara mudar os objetivos de prontidãocom base na experiência do incidente, e executar uma reavaliação completa deestruturas, experiência, sistemas detreinamento, equipamentos einstalações e uma reelaboração (parcial)do plano de resposta à fauna.

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IPIECA • IOGP

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Referências e leituras adicionais

Alaska Regional Response Team, Wildlife Protection Working Group (2002). Wildlife protectionguidelines for Alaska.

AMSA (2002). National Guideline for the Development of Oiled Wildlife Response Contingency Plans.

CANUSDIX (2010). Annex-operational appendix: wildlife response guidelines. Canada-United StatesWildlife Response working group.

Canada Wildlife Service (1999). Oil Spill Response Plan. Canada Wildlife Service, EnvironmentalConservation Branch, Environment Canada Atlantic Region.

ICES (2005). Report of the Working Group on Sea-bird Ecology (WGSE). 29 March–1 April 2005, Texel, The Netherlands. ICES CM 2005/G:07, International Council for the Exploration of the Sea,Copenhagen, Denmark.)

IPIECA-IOGP (2014). Oil spill exercises. IPIECA-IOGP Good Practice Guide Series, Oil Spill ResponseJoint Industry Project (OSR-JIP). IOGP Report 515. http://oilspillresponseproject.org

Miller, E. A. editor (2000) Minimum standards for wildlife rehabilitation, 3rd edition. International WildlifeRehabilitation Council/National Wildlife Rehabilitators Association. St. Cloud, MN.

Norman, R. (2003). Why rehabilitate oiled wildlife? Proceedings from The Effects of Oil on WildlifeConference 2003. Hamburg, Germany.

Northwest Area Committee (2011). Northwest Wildlife Response Plan.

OWCN (2013). Protocols for the care of oil-affected birds. Oiled Wildlife Care Network, UC Davis WildlifeHealth Center and the California Department of Fish and Wildlife, Office of Spill Prevention andResponse.

SEEEC (1998). The Environmental Impacts of the Sea Empress Oil Spill. Final Report of the SeaEmpress Environmental Evaluation Committee, The Stationery Office, London, 1998.

Shigenaka, G., editor (2003). Oil and sea turtles: biology planning and response. US Department ofCommerce, National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), National Ocean Service,Office of Response of Restoration. Reprinted July 2010.

Ziccardi, M. (2013). Pinniped and cetacean oil spill response guidelines. NOAA Fisheries GuidanceDocument - Draft. Silverspring, MD.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Agradecimentos

Contribuíram na elaboração deste guia

Adam Grogan10

Chris Battaglia 3

Curt Clumpner* 4

Ed Levine 6

Helen McConnell 15

Hugo Nijkamp* 12

Jenny Schlieps 3

Kees Camphuysen 9

Kerri Morgan 15

Martin Heubeck 13

Michael Short 2

Michael Ziccardi 7

Nicola Beer 5

Paul Kelway* 12

Rob Holland 8

Sarah Tegtmeier 14

Saskia Sessions* 12

Tim Thomas* 12

Valeria Ruoppolo 1

Venessa Strauss 11

* Equipe editorial

As organizações são: 1 Aiuká; 2 Asia Pacific Environmental Response; 3 Focus WildlifeInternational; 4 International Bird Rescue; 5 ITOPF; 6 NOAA; 7 Oiled Wildlife Care Network,UC Davis; 8 Oil Spill Response Limited; 9 Royal Netherlands Institute for Sea Research; 10 RSPCA;11 SANCCOB; 12 Sea Alarm Foundation; 13 SOTEAG; 14 Tri-State Bird Rescue & Research;15 Wildbase, Massey University

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Anexo 1: Visão geral de resposta à fauna oleada

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53

PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNATabela A1Visão geral de resposta à fauna oleada (continuação)

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Anexo 1: Visão geral de resposta à fauna oleada(continuação)

Tabela A1 Visão geral de resposta à fauna oleada (continuação)

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Anexo 2: Glossário de termos

Afugentamento O uso de um ou mais dispositivos ou técnicas usados para assustar animais(incluindo aves) de áreas. (Consulte também 'Biossônico'.)

Alisamento As ações de um pássaro para limpar, realinhar e manter suas penas e plumagempara proporcionar uma estrutura à prova de água. (Similar à limpeza em ummamífero.)

Biossônico O uso de sons para criar uma resposta específica. Nesse caso, perturbação audívelou toques de alarme para assustar aves (e, ocasionalmente, outros animais) deáreas ou estruturas. (Consulte também 'Afugentamento'.)

Captura preventiva A ação de capturar animais (incluindo aves) antes do oleamento. Os animais sãomantidos em cativeiro ou transportados para locais alternativos.

Fecundidade A capacidade de reproduzir.

Fidelidade local O desejo natural de um animal de permanecer ou retornar para uma áreafamiliar.

Gastrointestinal Normalmente associado com estômago e intestinos, mas também descreve asestruturas da boca ao ânus.

Implantação de chips Aplicação de uma etiqueta com transponder integrado passivo - um pequenodispositivo eletrônico colocado internamente para proporcionar umaidentificação única; muitas vezes vinculado a um código de barras.

Mapas de Normalmente refere-se a mapas produzidos para identificar as principais sensibilidade áreas onde animais vivem durante toda ou parte de suas vidas. Mapas de

sensibilidade proporcionam uma indicação da importância da área para animaise podem incluir migração, alimentação, valor de conservação e afins.

Marcação, A colocação de uma anilha ou etiqueta em um pássaro para lhe fornecer uma anilhamento identidade única. Geralmente reconhecido por organizações ornitológicas que

cooperam em uma escala global para definir dados biológicos sobre os aves.

Necropsia Uma autópsia realizada em um animal.

Pelagem O pelo ou cabelo de um mamífero; normalmente compõem a proteção dosmamíferos. (Consulte também 'Plumagem'.)

Pelágico Que habita áreas de mar aberto em vez do leito do mar ou da costa.

Plumagem A cobertura de penas de um pássaro. (Consulte também 'Pelagem'.)

Reabilitar Restaurar para uma condição anterior; repatriar o animal para a natureza em umestado físico e mental no qual sua sobrevivência seja provável.

Taxa Plural de taxonomia. Um termo científico que se refere a grupos de animais, porexemplo em termos de sua relação evolutiva, geográfica ou de população.

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IPIECA • IOGP

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Anexo 2: Glossário de termos (continuação)

Telemetria Uso de transferência e dados sem fio para definir um conjunto de funções de(neste caso) animais. A transferência pode usar satélite, infravermelho, VHF, redestelefônicas e outras para transmissão e recebimento de dados. Dados recebidospodem incluir a localização do animal, sinais biológicos e padrões de atividade.

Triagem Um programa para identificar grupos de prioridade; visa classificar animais emgrupos para tratamento específicos.

Varredura A ação normal de animais de se alimentar de animais mortos.

Zoonoses Doenças infecciosas que podem ser transmitidas de animais para humanos ouvice-versa.

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PRONTIDÃO PARA RESPOSTA À FAUNA

Anexo 3: Abreviações

EEZ Zona econômica exclusiva

EPI Equipamento de proteção individual

Fundos de IOPC Fundos Internacionais de Compensação de Poluição Causada por Óleo

HELCOM Comissão de Helsinki

IFAW Fundo Internacional para Bem-estar Animal

MSRC Marine Spill Response Corporation

ONG Organização não governamental

OSRL Resposta a Derramamentos de Óleo Limitada

OWCN Oiled Wildlife Care Network, Karen C. Drayer Wildlife Health Center, UC Davis

PD Pesquisa e desenvolvimento

POLREP Relatório de poluição

SANCCOB Southern African Foundation for the Conservation of Coastal Birds

SGI Sistema de Gestão de Incidentes

UNEP Programa Ambiental das Nações Unidas

UTI Unidade de tratamento intensivo

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IPIECA • IOGP

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Anexo 4: Equipamentos e instalações

Diversas organizações mantêm estoques de equipamentos de fauna e listas de pedidosiniciais baseadas nas necessidades do plano ou outros planos nos quais eles são um recursolistado. Exemplos são apresentados abaixo.

Diversas organizações/países atenderam às necessidades de instalação para seus planos dediferentes formas. Exemplos são apresentados abaixo.

Organização Objetivo

Alaska Clean Seas Resposta de campo de nível 1: captura e estabilização de estoque

IFAW Suporte de resposta à fauna

Clean Rivers Cooperative e MSRC

Resposta de nível 1 (até 15 animais vivos) individualmente Nível 2 (16 a 100 animais vivos) quando combinada

OWCN Múltiplos estoques de nível 1 (1–200)Estoque de nível 2/3 (200–1000) centralizado

OSRL Múltiplos estoques de nível 3 para captura, estabilização, reabilitação

Organização/país Objetivo

Alaska Clean Seas (EUA) Estabilização de campo - contêiner móvel e depósito

Clean Rivers Cooperative (EUA)

Móvel nível 1 - combinação de reboques e tendas

Finlândia Móvel - múltiplos contêineres

Massey University (Nova Zelândia)

Móvel parcial - múltiplos contêineres(módulo de lavagem, sistema de água, armazenamento de equipamento)

MSRC (EUA) Móvel nível 1 - múltiplas tendas

OWCN (EUA) Níveis 1, 2 e 3 prontos para uso - múltiplas instalações situadas ao longo detoda a linha costeira

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