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Alexandre Marques de Almeida
PROJETO DE UM TROCADOR DE CALOR DE
FLUXO CRUZADO PARA AQUECIMENTO DE
GASOLINA
Telêmaco Borba - PR2007
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FATEB – FACULDADE DE TELÊMACO BORBA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
Alexandre Marques de Almeida
PROJETO DE UM TROCADOR DE CALOR DE
FLUXO CRUZADO PARA AQUECIMENTO DE
GASOLINA
Trabalho apresentado para a disciplina de
Transferência de Calor, do Curso de
Engenharia Química, da Faculdade deTelêmaco Borba, como requisito parcial
para aprovação desta disciplina.
Professor: Luis Renato Pesch
Telêmaco Borba - PR2007
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO TROCADORES DE CALOR ------------------------------------------- 01
2. OBJETIVOS --------------------------------------------------------------------------------- 06
3. VARIAVEIS DE PROCESSO NO PROJETO DE UM TROCADOR DE CALOR --- 06
3.1 NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS -------------------------------- 06
3.2 TEMPERATURAS DE OPERAÇÃO ---------------------------------------------------- 07
3.3 PRESSÕES DE OPERAÇÃO ----------------------------------------------------------- 08
3.4 VELOCIDADE DE ESCOAMENTO ----------------------------------------------------- 09
3.5 PERDA DE CARGA ADMISSÍVEL ------------------------------------------------------ 10
3.6 FATOR DE SUJEIRA OU INCRUSTAÇÃO -------------------------------------------- 11
3.7 LOCALIZAÇÃO DOS FLUIDOS -------------------------------------------------------- 14
4. AGUPAMENTO DE TUBOS EM FLUXO CRUZADO ---------------------------------- 17
5. COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR ------------------------ 18
6. PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DOS FLUIDOS NO TROCADOR ------------- 19
6.1 CORRELAÇÕES TERMOFÍSICAS PARA A GASOLINA --------------------------- 24
6.2 CORRELAÇÕES TERMOFÍSICAS PARA O CO2 ------------------------------------ 25
7. MODELAGEM DO BALANÇO DE ENERGIA E MASSA DO TROCADOR DE
CALOR ------------------------------------------------------------------------------------------- 26
7.1 DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA ----------------------- 28
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7.2 MÉTODO ITERATIVO DE KERN PARA PROJETO DE TROCADORES DE
CALOR --------------------------------------------------------------------------------------------------35
7.3 MÉTODO DA EFETIVIDADE – NUT --------------------------------------------------------41
7.4 MÉTODO DE PARAGEM DA ITERAÇÃO E EXCESSO DE ÁREA ------------------44
7.5 FLUXOGRAMA DO ALGORÍTMO PARA SIMULAÇÃO --------------------------------44
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO ----------------------------------------------------------------46
9. CONCLUSÕES ------------------------------------------------------------------------------------56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------------58
ANEXO---------------------------------------------------------------------------------------------------59
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1. INTRODUÇÃO TROCADORES DE CALOR
Quando um trocador de calor é colocado em um sistema de transferência
térmica, uma queda de temperatura é necessária para a transferência do calor. As
proporções desta queda de temperatura podem ser reduzidas, utilizando-se um
trocador de calor maior. Isso aumentará, porém, o custo do trocador de calor.
Considerações econômicas são importantes em um projeto de engenharia. Em se
tratando de equipamentos de troca de calor completo, não só as características de
desempenho térmico são importantes no projeto de engenharia, mas também os
requisitos de potência de bombeamento e a economia do sistema. A função de
trocadores de calor é cada vez mais essencial atualmente, à medida que os
engenheiros se preocupam com a energia e desejam otimizar os projetos, em
termos tanto de análise térmica e de retorno econômico do investimento, quanto de
retorno de investimento em energia de um sistema. Desse modo, a economia e
outros fatores, como a disponibilidade e a quantidade de energia e matérias-primas
para a conclusão de determinada tarefa, devem ser considerados.
O trocador de calor é um dispositivo no qual o calor é transferido entre
uma substância quente e uma substância mais fria, geralmente fluidos. Existem três
tipos básicos de trocador de calor:
• Recuperadores: nesse tipo de trocador de calor, os fluidos
quente e frio são separados por uma parede, e o calor é transferido por meio de uma
combinação de convecção para e a partir da parede e de condução através da
parede. Esta pode incluir superfícies estendidas, como aletas, ou outros dispositivos
de aumento de transferência de calor;
• Regeneradores: em um regenerador, os fluidos quente e frio
ocupam alternadamente o mesmo espaço no núcleo do trocador. O núcleo do
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trocador ou “matriz” serve como dispositivo de armazenagem de calor que,
periodicamente aquecido pelo fluido mais quente, transfere o calor para o fluido mais
frio. Na configuração de matriz fixa, os fluidos quente e frio passam alternadamente
através de um trocador de calor estacionário. Para a operação contínua, são
necessárias duas ou mais matrizes. Um arranjo de matrizes geralmente utilizado é o
“leito compacto”. Outro método é o regenerador rotativo, no qual uma matriz circular
gira e expõe alternadamente parte de sua superfície ao fluido quente e ao fluido frio;
• Trocadores de Calor de Contato Direto: neste tipo de trocador
de calor, os fluidos quente e frio entram em contato direto. Exemplo de tal dispositivo
é uma torre de refrigeração, na qual um jorro de água cai do topo da torre e entra em
contato direto com um fluxo de ar ascendente, que o resfria. Outros sistemas de
contato direto utilizam líquidos imiscíveis ou troca de sólido para gás. O método do
contato direto ainda está no estágio de pesquisa e desenvolvimento.
Neste trabalho pretende-se implementar um projeto para um trocador de
calor tipo casco e tubo a fim de se aquecer um fluxo de gasolina a 200 m3 /h, onde a
temperatura inicial na alimentação é de 450 °C e a temperatura final que se deseja
na saída do trocador de calor é de 520 °C, e a pres são no sistema encontra-se a
200 kPa.
Um tipo mais comum de trocador de calor, bastante utilizado nasindústrias químicas e de processo, é o arranjo de envoltório e tubos ou
simplesmente casco e tubos, como mostrado na figura 1.1. Neste tipo de trocador,
um fluido desloca-se dentro de tubos, e outro fluido é forçado a se deslocar ao longo
do envoltório e sobre a parte externa dos tubos. O fluido é forçado a deslocar-se
sobre os tubos e não ao longo deles, pois obtém-se um coeficiente de transferência
de calor mais alto no escoamento cruzado que no escoamento paralelo aos tubos.
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Para a obtenção de correntes cruzadas no lado do envoltório, defletores
são posicionados dentro do envoltório. Esses defletores garantem que o
escoamento se desloque transversalmente aos tubos em cada seção, escoando
para baixo na primeira, para cima na segunda e etc. Dependendo do arranjo dos
coletores nas duas extremidades do trocador de calor, obtém-se uma ou mais
passagens pelos tubos. Para um arranjo de duas passagens pelos tubos, o coletor
de entrada é dividido de modo que o fluido, deslocando-se para dentro dos tubos,
escoa em metade do feixe de tubos em um sentido, dê a volta e retorne ao longo da
outra metade do feixe de tubos para o local onde iniciou o percurso. Três e quatro
passagens pelos tubos podem ser obtidas, alterando-se o arranjo do espaço no
coletor. Uma variedade de defletores tem sido utilizada na indústria, mas o tipo mais
comum é o defletor de disco e anel, como mostrado na figura 1.2.
Figura 1.1 – Trocadores de Calor tipo casco e tubos com defletores (chicanas).
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Figura 1.2 – Tipos de defletores mais comuns em trocadores de calor casco e tubo.
O trocador de calor é um equipamento que efetua a transferência de calor
de um fluido para outro. O tipo mais simples de trocador de calor consiste de um
recipiente em que um fluido quente e outro frio são misturados diretamente. Em tal
sistema, ambos os fluidos adquirirão a mesma temperatura final, e a quantidade de
calor transferida pode ser estimada através da igualdade entre a perda de energia
do fluido quente e a energia ganha pelo fluido frio. Os mais comuns são os
trocadores de calor em que um fluido se encontra separado do outro por meio de
uma parede, através da qual o calor se escoa, estes tipos de trocadores são
chamados recuperadores . Existem várias formas destes equipamentos, variando do
simples tubo dentro de outro, até os condensadores e evaporadores de superfície
complexa. Entre estes extremos, existe um vasto conjunto de trocadores de calor
comuns tubulares. Essas unidades são largamente utilizadas, devido à possibilidade
de serem construídas com grande superfície de transferência, em um volume
relativamente pequeno, além de possibilitar a fabricação com ligas metálicas
resistentes à corrosão e, são apropriados para o aquecimento, resfriamento,
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evaporação ou condensação de qualquer fluido.
O projeto completo de um trocador de calor pode ser dividido em três
partes principais:
• Análise Térmica: se preocupa, principalmente, com a determinação da
área necessária à transferência de calor para dadas condições de temperaturas e
escoamentos dos fluidos.
• Projeto Mecânico Preliminar: envolve considerações sobre as
temperaturas e pressões de operação, as características de corrosão de um ou de
ambos os fluidos, as expansões térmicas relativas e tensões térmicas e, a relação
de troca de calor.
• Projeto de Fabricação: requer a translação das características físicas e
dimensões em uma unidade, que pode ser fabricada a baixo custo (seleção dos
materiais, selos, invólucros e arranjo mecânico ótimos), e os procedimentos na
fabricação devem ser especificados.
Para atingir a máxima economia, a maioria das indústrias adota linhas
padrões de trocadores de calor. Os padrões estabelecem os diâmetros dos tubos e
as relações de pressões promovendo a utilização de desenhos e procedimentos de
fabricação padrões. A padronização não significa entretanto, que os trocadores
possam ser retirados da prateleira, porque as necessidades de serviço são as maisvariadas. O engenheiro especialista em instalações de trocadores de calor em
unidades de energia e métodos de instalação, é solicitado frequentemente para
selecionar a unidade de troca de calor adequada a uma aplicação particular. A
seleção requer uma análise térmica, para determinar se uma unidade padrão (que é
mais barata!) de tamanho e geometria especificados, pode preencher os requisitos
de aquecimento ou resfriamento de um dado fluido, com uma razão especificada,
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neste tipo de análise deve ser levado em conta, no que diz respeito ao custo, a vida
do equipamento, facilidade de limpeza e espaço necessário, além de estar em
conformidade com os requisitos dos códigos de segurança da ASME.
2. OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivo o projeto, dimensionamento e simulação de
um trocador de calor tipo fluxo cruzado (cross flow ) para aquecimento de gasolina
sob condições severas de temperatura (450 – 520 °C) . O fluido escolhido para
aquecer a gasolina foi o gás CO2 proveniente dos gases de exaustão de um gerador
de vapor ou de uma planta geradora de vapor e potência. Para tanto foi definido
uma série de variáveis iniciais para iteração, adequando as variáveis a fim de se
obter os melhores resultados na simulação do trocador de calor. Para a simulação
utilizou-se a ferramenta Compaq Visual Fortran 6.6 para a programação dos
algoritmos e sub-rotinas.
3. VARIAVEIS DE PROCESSO NO PROJETO DE UM TROCADOR DE
CALOR
3.1 NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS
A natureza dos fluidos que circulam num trocador de calor constitui um
fator fundamental no seu estudo. É óbvio que há diferença notória num processo se
o fluido em questão é ácido sulfúrico (produto extremamente corrosivo), ou leite
(produto alimentício), ou sulfeto de carbono (produto muito tóxico) ou vapor d'água
(fluido com coeficiente de troca térmica muito elevado).
As propriedades físicas de maior interesse na troca térmica são a
condutibilidade térmica, a densidade, a viscosidade e o calor específico. Elas
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influem, juntamente com algumas variáveis geométricas e de operação,
decisivamente no desempenho de um trocador de calor. Vale lembrar que os valores
dessas propriedades variam em função da temperatura que, por sua vez, se altera
ao longo de um trocador de calor. Na maioria das vezes, é aceitável como
simplificação que se adotem os valores das propriedades à temperatura média entre
a entrada e a saída.
Além das propriedades físicas citadas, é preciso ter em conta
características como a corrosividade, a toxidez, a periculosidade, a inflamabilidade.
Para esses casos, a garantia de que não exista vazamento do fluido deve ser maior.
Os cuidados para a detecção de um eventual vazamento devem ser redobrados,
assim como as providências posteriores devem ser imediatas e de preferência
automaticamente acionadas. Imagine o desastre numa fábrica se, num resfriador, o
ácido sulfúrico fura um dos tubos e contamina a água de resfriamento do lado do
casco, sabendo que o circuito da água de resfriamento é integrado a outras
unidades e se trata de um circuito fechado: vai ocorrer uma verdadeira proliferação
do "vírus da acidez" pelo "corpo" da fábrica toda.
3.2 TEMPERATURAS DE OPERAÇÃO
As temperaturas de entrada e saída de um fluido num trocador de calor,
chamadas de temperaturas terminais (nos extremos do trocador), dependem das
exigências do processo. Elas, portanto, são em geral especificadas e vão determinar
o valor do potencial térmico (a força motriz térmica) para promover a troca térmica. É
importante especificar, além do valor nominal desejado, qual a faixa de tolerância
dentro da qual o valor pode flutuar sem prejuízos ao processo, o que se reflete
diretamente nos aspectos de operação, instrumentação e controle do processo.
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Por outro lado, se os valores das temperaturas terminais (ou os valores
das diferenças entre elas) forem muito elevados, devem ser seguidas
recomendações sobre o assunto: por exemplo, o uso de materiais de construção
mais nobres, uso de juntas de expansão etc.
3.3 PRESSÕES DE OPERAÇÃO
Como o trocador de calor é sempre um equipamento inserido numa
unidade de processo, as pressões dos fluidos também dependem do resto do
sistema. Em alguns casos, porém, as pressões são ditadas pelas exigências
específicas do processo de troca térmica. Por exemplo, para possibilitar a
condensação de certos fluidos, a pressão de operação tem que ser alta, se dejesar
usar água como fluido de resfriamento. Ou então, no caso de um trocador de calor
de placas, a pressão de operação não pode ser muito elevada, pela dificuldade de
prover uma resistência mecânica estrutural às placas e às vedações entre elas.
Para as situações em que as pressões são muito elevadas, deve-se
consultar normas específicas a respeito. A espessura da parede deve ser
naturalmente maior e sistemas de segurança adequados precisam ser previstos.
Um outro aspecto sobre a pressão diz respeito à contaminação dos
fluidos num acidente de ruptura dos tubos. Se, por motivos de processo ou de
segurança, é preferível que o fluido A seja contaminado pelo fluido B e não vice-
versa, como o caso do resfriamento do ácido sulfúrico (fluido A) por água (fluido B),
então opera-se com uma pressão maior no lado do fluido B do que a do A. Assim,
quando ocorre um vazamento pelos tubos, o fluido B, que tem pressão maior, passa
para o lado do fluido A e não o oposto. Mas é importante lembrar que num trocador
de calor há uma queda de pressão entre a entrada e a saída e, para aproveitar o
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fato acima, a pressão de saída do B (a mínima do B no trocador) tem que ser maior
que a pressão de entrada do fluido A (a máxima do A no trocador).
3.4 VELOCIDADE DE ESCOAMENTO
A velocidade de escoamento influi em quatro aspectos fundamentais: a
eficiência de troca térmica, a perda de carga, a erosão e o depósito de sujeira
(incrustação). Quanto maior a velocidade de escoamento num trocador de calor,
maior a intensidade de turbulência criada e melhor deve ser o coeficiente de
transporte de energia. Conseqüentemente, a área do trocador necessária para uma
dada carga térmica será menor. Nesse aspecto, é desejável que a velocidade de
escoamento seja alta.
Mas essa turbulência intensa também implica num atrito maior e uma
perda de carga maior, podendo até ultrapassar valores máximos admissíveis. Nesse
aspecto, não é desejável uma velocidade de escoamento exagerada.
Então, há um compromisso entre melhorar a eficiência de troca térmica
sem acarretar uma perda de carga excessiva. A busca desse compromisso constitui
um dos principais objetivos no projeto de um trocador de calor.
Além desses dois pontos, a velocidade de escoamento está ligada à
erosão e ao depósito de sólidos. Uma velocidade muito pequena pode favorecer o
depósito de sujeira e a dificuldade da sua remoção. Por outro lado, uma velocidade
exageradamente alta pode acarretar uma erosão intensa; se o fluido é corrosivo ou
contém sólidos em suspensão, o efeito será mais danoso ainda. Então, de novo, a
velocidade de escoamento não pode ser nem muito alta nem muito baixa.
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3.5 PERDA DE CARGA ADMISSÍVEL
A queda de pressão (ou mais precisamente a variação de energia
expressa em altura manométrica) entre a entrada e a saída é conhecida como a
perda de carga num trocador de calor. Para cada fluido num dado processo, é
estipulado um valor de perda de carga máximo ou perda de carga admissível, por
várias razões.
Uma perda de carga excessiva representa um consumo operacional de
energia elevado, devendo portanto ser evitada. Além disso, não se deve esquecer
que o trocador de calor é sempre um equipamento componente de uma unidade de
processo. O fluido que sai dele, em muitas vezes, vai ainda passar por tubulações e
outros equipamentos a jusante, com suas respectivas perdas de carga; portanto na
saída do trocador de calor, o fluido precisa ter ainda uma pressão suficiente para
vencer as perdas subseqüentes.
Um aspecto muito importante que, às vezes, pode ser esquecido é o
seguinte. Para um trocador de calor em geral, deve-se trabalhar com um valor de
perda de carga o mais próximo possível do admissível. Por exemplo, não é
interessante operar um trocador de calor com perda de carga de 3 psi, se a
admissível é de 10 psi. Isso se deve exatamente ao que já foi exposto
anteriormente: quanto maior a intensidade de turbulência, melhor o desempenho de
troca térmica. Então, para um trocador de calor, deve-se usufruir de toda a
dissipação de energia por atrito prevista, sem contudo ultrapassar o valor
admissível.
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3.6 FATOR DE SUJEIRA OU INCRUSTAÇÃO
O depósito de materiais indesejáveis na superfície de um trocador de
calor aumenta a resistência à transferência de energia, diminuindo a eficiência de
troca térmica e pode obstruir a passagem do fluido, aumentando a sua perda de
carga.
Um dos modos adotados na prática para saber o grau de depósito num
trocador de calor em operação é acompanhar, ao longo do tempo de uso, as
temperaturas e as pressões terminais do trocador. À medida que o depósito
aumenta, a eficiência de troca térmica cai (observado através das temperaturas) e a
diferença de pressões cresce.
O processo de formação do depósito é em geral complexo. Pode ser
devido à sedimentação, à polimerização, à cristalização, ao coqueamento, à
corrosão, ou a causas de natureza orgânica (como algas). Esses mecanismos
podem ocorrer independente ou paralelamente.
A taxa de depósito é afetada pelas condições de processo do trocador
tais como a natureza dos fluidos, a velocidade de escoamento, as temperaturas dos
fluidos, a temperatura na parede, o material de construção do equipamento, o grau
de acabamento da superfície como a rugosidade ou tipo de revestimento interno.
Para facilitar a quantificação desse efeito que conforme visto é
complicado, costuma-se usar um parâmetro definido como fator de incrustação ou
fator de sujeira ("fouling factor"). Dimensionalmente é o inverso do coeficiente de
transporte de energia por convecção. Logo, quanto maior o fator de incrustação,
maior o depósito, maior a resistência à troca térmica. O depósito pode consistir em
ferrugem, incrustação de caldeira, silte, coque ou vários outros tipos de material. Em
geral, o fabricante não pode prever a natureza do depósito de sujeiras ou a taxa de
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incrustação. Portanto, só é possível garantir o desempenho dos trocadores de calor
não incrustados. A resistência térmica do depósito pode ser quase sempre obtida a
partir de testes reais ou da experiência. Caso os testes de desempenho sejam
realizados em um trocador de calor não incrustados e repetidos após a unidade ter
funcionado durante determinado intervalo de tempo, a resistência térmica do
depósito (ou fator de incrustação), R d pode ser determinada a partir da relação.
( )111
.eqU U
Rd
d −=
Onde:
U = coeficiente global de transferência de calor do trocador não contaminado;
U d = coeficiente global de transferência de calor do trocador após a contaminação;
R d = fator de contaminação (ou resistência térmica unitária) do depósito.
Uma forma prática conveniente da equação (1) é:
( )21
1 .eq
U R
U
d
d
+
=
Fatores de incrustação referentes a várias aplicações foram compilados pela Tubular
Exchanger Manufactures (TEMA) e estão disponíveis em suas publicações. Os
fatores de incrustação devem ser aplicados como indicado na equação a seguir para
o coeficiente de transferência global de calor de projeto, U d ,
dos tubos sem aletas e
com depósitos:
( )31
1
00
0
0
.eq
Ah
A
A
A R R R
h
U
iii
ik
d
+
+++
=
Onde:
=d U coeficiente global de transferência de calor de projeto, em W/m2
K, com base
na área da superfície externa do tubo;
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=0
h coeficiente médio de transferência de calor do fluido no lado externo da
tubulação, em W/m2K;
=ih coeficiente médio de transferência de calor do fluido no lado interno da
tubulação, em W/m2K;
=0
R resistência unitária de incrustação no lado externo da tubulação, em m2K/W;
=i R resistência unitária de incrustação no lado interno da tubulação, em m2K/W;
=k R resistência térmica unitária da tubulação, em m2K/W, com base na área de
superfície externa do tubo;
=
i A
A0 razão entre as superfícies externa e interna do tubo.
Faixas de valores típicos desse fator podem ser encontrados na literatura
para diversos casos de operação comuns. Esses valores são interessantes e úteis
porque servem de orientação geral. Mas como o depósito é um processo complexo,depende de uma série de variáveis e portanto difícil de ser previsto, os valores
típicos da literatura devem ser usados com muita reserva e cuidado, pois nunca vão
refletir a realidade específica de um processo. Os valores mais confiáveis são os
obtidos experimentalmente para um dado caso particular.
O fator de incrustação deve ser considerado a priori num projeto de
trocador de calor, pois a área de troca térmica calculada deve ser suficiente para as
necessidades do processo quando o trocador está novo (limpo) e quando está em
operação há algum tempo (já com sujeira). Como o valor desse fator é difícil de ser
previsto, essa deficiência constituirá uma das causas principais da imprecisão no
projeto de um trocador de calor. A experiência profissional nesse aspecto será
fundamental.
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3.7 LOCALIZAÇÃO DOS FLUIDOS
Para um trocador de calor do tipo casco-tubos, uma das decisões
importantes a ser tomada no início do projeto é definir qual dos fluidos deve circular
pelo lado interno (feixe tubular) e qual pelo lado externo (casco). Uma localização
mal feita implica num projeto não otimizado e numa operação com problemas
freqüentes.
Os aspectos básicos levados em consideração referem-se à limpeza do
equipamento, à manutenção, a problemas decorrentes de vazamento e à eficiência
de troca térmica. Muitos dos fatores que influem nesses aspectos já foram
abordados anteriormente. Para decidir a localização dos fluidos, deve-se considerar:
(a) Fluido com maior tendência de incrustação: A velocidade de
escoamento pelo lado dos tubos (escoamento em trecho reto ou em U) é mais
uniforme e mais fácil de ser controlada. Por outro lado no casco, devido aos desvios,
a velocidade não é regular em todo o trajeto; pode haver regiões no casco com
velocidades bem pequenas ou até zonas mortas.
Como a velocidade de escoamento influi no depósito, conforme visto,
recomenda-se circular o fluido mais sujo (com maior fator de incrustação) no lado
dos tubos. Além disso a limpeza mecânica e química é bem mais fácil pelos tubos.
No casco, a limpeza mecânica às vezes é impraticável e a limpeza química pode ser
não tão eficiente pela existência de zonas de baixa turbulência.
Vale lembrar que a água de resfriamento é um dos fluidos industriais com
alto fator de sujeira e portanto, de modo geral, circula preferencialmente pelos tubos.
Mesmo para a água de resfriamento tratada, cujo fator de sujeira já não é tão
elevado, recomenda-se em geral a sua circulação pelos tubos.
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(b) Fluido corrosivo: É melhor circular o fluido corrosivo no lado dos tubos.
Pois, assim, "só se corrói" o tubo, que pode ser protegido com uso de material de
construção mais resistente ou até ser revestido internamente, se for o caso. O
material de construção e o grau de acabamento do casco poderão então ser
diferentes e mais brandos.
(c) Fluido com temperatura ou pressão muito elevadas: Para serviços de
alta temperatura ou alta pressão, os cuidados com o material de construção e
vedação têm que ser maiores. Portanto, pelo mesmo motivo anterior, é preferível
circular o fluido nessas condições no lado dos tubos.
Vale ressaltar que o critério exposto não implica em que o fluido com
maior temperatura ou maior pressão do que o outro necessariamente deve ser
locado nos tubos. Mas se o valor da temperatura ou da pressão for
significativamente apreciável, requerendo material de construção especial ou outros
cuidados especiais, então esse fluido merece uma preferência de circular pelos
tubos.
(d) Fluido com menor velocidade de escoamento: Uma velocidade baixa
de escoamento prejudica a troca térmica. Devido à possibilidade de colocação
conveniente de chicanas ou defletores transversais, é mais fácil provocar uma
turbulência intensa no casco do que no lado dos tubos. Logo, mesmo que a vazãode escoamento seja baixa, há um recurso construtivo (chicana) para incrementar a
troca térmica no lado do casco.
Então, quando a diferença entre as vazões é significativa, em geral é mais
econômico circular o fluido de menor vazão no lado do casco e o de maior vazão no
lado dos tubos.
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(e) Fluido mais viscoso: Um fluido com alta viscosidade também dificulta a
troca térmica. Assim pelo mesmo motivo do item anterior, circula-se o fluido mais
viscoso no lado do casco onde é mais fácil intensificar a turbulência. Mas se a
diferença de viscosidades entre os dois fluidos for pequena (por exemplo, a de um
fluido é de 0,5 cP e do outro 1 cP), nesse caso, torna-se indiferente a sua locação
quanto ao critério de viscosidade.
(f) Fluidos letais e tóxicos: Para operação desses fluidos, por motivos de
segurança, a vedação é fundamental. A estanqueidade é mais simples de ser
garantida no lado dos tubos, usando um espelho (chapa onde estão consolidados os
tubos) duplo por exemplo. Então os fluidos periculosos devem circular
preferencialmente pelo lado dos tubos.
(g) Fluido com diferença entre as temperaturas terminais muito elevada:
Se a diferença entre as temperaturas de entrada e saída for muito alta (maior que
150oC) e se houver mais de uma passagem pelo lado dos tubos, recomenda-se
circular esse fluido pelo casco. Esse procedimento minimiza problemas construtivos
causados pela expansão térmica.
Em muitos casos, podem ocorrer situações conflitantes, de acordo com as
recomendações prescritas acima. Por exemplo, um dos fluidos é muito incrustante e
o outro escoa sob temperatura muito elevada; segundo os critérios mencionados, osdois fluidos deveriam circular pelo lado dos tubos. Uma prioridade que serve de
orientação é dada pela seguinte relação onde o fluido de posição anterior é em geral
alocado nos tubos:
• Água de resfriamento;
• Fluido corrosivo ou fluido com alta tendência de incrustação;
• Fluido menos viscoso;
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17
• Fluido de temperatura e pressão elevadas;
• Fluido de maior vazão.
4. AGUPAMENTO DE TUBOS EM FLUXO CRUZADO
O calculo do coeficiente de transferência de calor entre um banco de
tubos e um fluido escoando em ângulo reto em relação aos tubos é um passo
importante no projeto e na analise de desempenho de muito tipos de trocadores de
calor comerciais. Trocadores de calor de fluxo cruzado são aquecedores tubularesnos quais o produto de combustão, após deixarem uma caldeira, economizador ou
superaquecedor, são utilizados para pré-aquecer o ar ou outro fluido, que entra nas
unidades de geração de vapor.
Para o aquecedor aqui proposto, o mesmo principio dos aquecedores de
ar será aplicado. Sendo que este trocador de calor não possui casco propriamente
dito e sim um envoltório retangular que tem por objetivo a sustentação da bancada
de tubos e isolamento térmico, nestes envoltórios o gás escoa no espaço entre a
parte externa dos tubos e o envoltório. Como a área transversal do escoamento está
continuamente mudando ao longo do caminho, o gás nas laterais do envoltório
acelera e desacelera periodicamente. Situação similar existe em alguns trocadores
de calor líquido-líquido de tubos curtos não abafados, nos quais o fluido na lateral do
envoltório escoa sobre os tubos.
Os dados sobre transferência de calor e queda de pressão para um
grande número de desses núcleos de trocadores de calor foram compilados por
Kays e London . Seu resumo inclui os dados sobre bancos de tubos sem
revestimento, bem como tubos com aletas de placa, de tira, de placa ondulada, de
pino e assim por diante.
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18
A transferência de calor em escoamentos sobre agrupamentos de tubos
depende principalmente do padrão de escoamento e do grau de turbulência que, por
sua vez, são funções da velocidade do fluido e do tamanho e arranjo dos tubos
dispostos em linha ou alternados (triangular ou quadrado), respectivamente.
As equações disponíveis na literatura para o calculo dos coeficientes de
transferência de calor no escoamento sobre bancos de tubos baseiam-se totalmente
em dados experimentais, pois o padrão de escoamento é muito complexo para ser
tratado de forma analítica. Sendo que o tratamento algébrico e as equações
relacionados a este trabalho baseados totalmente em estudos destes autores. Os
experimentos tem mostrado que, no escoamento sobre bancos de tubos alternados,
a transição do escoamento laminar para o turbulento é mais gradual que no
escoamento através de uma tubulação, ao passo que, para agrupamentos de tubos
em linha, os fenômenos de transição se parecem com aqueles observados no
escoamento da tubulação. Nos dois casos, a transição do escoamento laminar para
o turbulento começa em um número de Reynolds com base na velocidade na área
de escoamento mínimo, aproximadamente 200, e o escoamento torna-se totalmente
turbulento em um número de Reynolds de aproximadamente 6000.
5. COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALORUma das primeiras tarefas em análise térmica de um trocador de calor é
avaliar o coeficiente global de transferência de calor entre duas correntes de fluido.
Por definição sabe-se que o coeficiente global de transferência de calor entre um
fluido quente à temperatura T q e um fluido frio à temperatura T f separados por uma
parede plana sólida é definido por:
) ( )4.eqT T UAq f q −=
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19
Onde: ( )511
11
2211
3
1
.eq
AhkA
L
Ah R
UA
k
n
nn
+
+
==
∑=
=
Para um trocador de calor casco e tubo, a área na superfície de
transferência de calor interna é Lr iπ 2 e a área na superfície externa é Lr 0
2π .
Assim, caso o coeficiente global de transferência de calor seja baseado na área
externa, A0 , U fica:
( )6
1
2
1
0
00
0
0.eq
hkL
r r ln A
Ah
A
U
i
ii
+
+
=
π
E caso seja baseado na área interna, Ai obtemos:
( )7
2
1
1
00
0
.eq
Ah
A
kL
r r ln A
h
U
iii
i
i
+
+
=
π
6. PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DOS FLUIDOS NO TROCADOR
Para calcular a troca térmica entre os fluidos, necessita-se primeiro das
propriedades físicas desses. Uma vez que esses valores variam com a temperatura
e com a pressão, foram utilizadas tabelas encontradas na literatura paracorrelacionar os dados e obter equações que descrevam a variação desses
parâmetros nas faixas de temperatura em estudo. Como a pressão praticamente não
varia no trocador, todas as equações foram feitas considerando a mesma como
constante. As propriedades físicas da água foram ajustadas através do MS-Excel
segundo tabela das propriedades termofísicas do Perry (1999) para a gasolina, e
das propriedades termofísicas do gás CO2 segundo tabela do Kreith (2003). Os
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20
ajustes são mostrados na figuras e tabelas a seguir. O ajuste para encontrar
correlações foi necessário devido a restrições dos valores tabelados, pois as
temperaturas neste projetos são muito elevadas.Tabela 6.1 – Propriedades Termofísicas da Gasolina segundo Perry.
PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DA GASOLINA
T (°C) Densidade
(kg/m 3 ) Cp
(kJ/kg.K) Viscosidade
(Pa.s) k
(W/m.K) Pr
-50 0,001710 0,131-40 0,001400 0,128 -30 0,001170 0,125
-20 784 1,88 0,000990 0,123 15,10 -10 775 1,92 0,000850 0,121 13,50 0 767 1,97 0,000735 0,120 12,10 10 759 2,02 0,000645 0,118 11,00 20 751 2,06 0,000530 0,116 9,4130 743 2,11 0,000464 0,114 8,59 40 735 2,15 0,000410 0,112 7,87 50 721 2,20 0,000367 0,110 7,34 60 717 2,25 0,000330 0,108 6,88 70 708 2,30 0,000298 0,106 6,47 80 699 2,35 0,000270 0,104 6,10
90 690 2,41 0,000246 0,102 5,81100 681 2,46 0,000225 0,100 5,54
Tabela 6.2 – Propriedades Termofísicas do Gás CO2 segundo Kreith.
PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DO CO2
T (°C) Densidade (kg/m 3 )
Cp (kJ/kg.K)
Viscosidade (N.s/m2)
k (W/m.K)
Pr
-53 2,4733 783 1,111E-05 1,080E-02 0,818 -23 2,1657 804 1,259E-05 1,288E-02 0,793 27 1,7973 871 1,496E-05 1,657E-02 0,770 77 1,5362 900 1,721E-05 2,047E-02 0,755 127 1,3424 942 1,932E-05 2,461E-02 0,738 177 1,1918 980 2,134E-05 2,897E-02 0,721227 1,0732 1013 2,326E-05 3,352E-02 0,702 277 0,9739 1047 2,508E-05 3,821E-02 0,685 327 0,8938 1076 2,683E-05 4,311E-02 0,668
Ajustando os valores acima tabelados para as temperaturas de operação do
trocador de calor, encontrou-se os seguintes gráficos de correlação, onde foi testado
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três ajustes diferentes, polinomial de 2ª ordem, polinomial de 3ª ordem e
exponencial, a fim de encontrar a melhor correlação para os valores tabelados.
Densidade da Gasolina
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
-50 50 150 250 350 450 550
Temperatura (°C)
D e n s i d a d e ( k g / m 3 )
Polinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
Capacidade Calorífica Gasolina
0
2
4
6
8
10
12
-50 50 150 250 350 450 550
Temperatura (°C)
C p ( k J / k
g . K
)
Polinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
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Viscosidade Gasolina
-0,06
-0,05
-0,04
-0,03
-0,02
-0,01
0
0,01
0,02
-50 50 150 250 350 450 550
Temperatura (°C)
V i s c o s i d a d e ( P a . s )
Polinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
Condutividade Térmica Gasolina
-0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0
0,1
0,2
-50 50 150 250 350 450 550
Temperatura (°C)
k ( W
/ m . K )
Polinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
Figura 6.1 – Gráficos dos ajustes realizados no MS-Excel, a fim de encontrar a melhor
correlação para as propriedades termofísicas da Gasolina.
A seguir é mostrado os gráficos para as correlações ajustadas para as
propriedades termofísicas do Gás CO2, onde também testou-se três ajustes
diferentes para encontrar a melhor correlação das propriedades de interesse.
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Densidade do CO2
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
-50 50 150 250 350 450 550 650
Temperatura (°C)
D e n s i d a d e ( k g / m 3 )
Poinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
Capacidade Calorífica CO2
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
-50 50 150 250 350 450 550 650
Temperatura (°C)
C p ( k J / k g . K )
Polinômio de 2ª Ordem Polinômio de 3ª Ordem Exponencial
Viscosidade CO2
0
0,000005
0,00001
0,000015
0,00002
0,000025
0,00003
0,000035
0,00004
0,000045
0,00005
-50 50 150 250 350 450 550 650 750
Temperatura (°C)
V s i s c o s i d a d e ( N . s
/ m 2 )
Polinômio 2ª Ordem Polinômio 3ª Ordem Exponencial
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24
Condutividade Térmica CO2
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
-50 50 150 250 350 450 550 650
Temperatura (°C)
k ( W / m . K
)
Polinômio 2ª Ordem Polinômio 3ª Ordem Exponencial
Número de Prandtl CO2
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
-50 50 150 250 350 450 550 650
Temperatura (°C)
P r
Polinômio 2ª Ordem Polinômio 3ª Ordem Exponencial
Figura 6.2 – Gráficos dos ajustes realizados no MS-Excel, a fim de encontrar a melhor
correlação para as propriedades termofísicas do CO2.
6.1 CORRELAÇÕES TERMOFÍSICAS PARA A GASOLINA
Através da analise dos ajustes propostos pelo Excel, foi escolhida a
melhor correlação que estimasse o valor da propriedade de interrese na faixa de
temperatura selecionada. As equações escolhidas para a gasolina a uma faixa de
temperatura de -50 a 500 °C, foram as seguintes:
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a) Densidade em kg/m 3 :
C ematemperatur T
,C ; , B; , A:testanCons
°=
=== 267678321000030
C BT AT +−−=2 ρ
b) Capacidade Calorífica à Pressão Constante em kJ/kg.K
C ematemperatur T
,C ; , B; A:testanCons
°=
==×=−
9684104401056
C BT AT Cp ++=2
c) Viscosidade em Pa.s:
C ematemperatur T
, B; , A:testanCons
°=
== 0135000080
BT exp A −×= µ
d) Condutividade térmica em W/m.K:
C ematemperatur T ,C ; , B; A:testanCons
°=
==×=−
11970000201068
C BT AT k +−=2
e) Número de Prandtl:
C ematemperatur T
, B; , A:testanCons
°=
== 008408311
BT exp APr −×=
6.2 CORRELAÇÕES TERMOFÍSICAS PARA O CO2
Também para o CO2, através da analise dos ajustes propostos pelo Excel,
foi escolhida a melhor correlação que estimasse o valor da propriedade de interrese
na faixa de temperatura selecionada. As equações escolhidas para o CO2 a uma
faixa de temperatura de -53 a 677 °C, foram as segu intes:
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26
a) Densidade em kg/m 3 :
C ematemperatur T
, B; , A:testanCons
°=
== 0026098521
BT exp A −×= ρ
b) Capacidade Calorífica à Pressão Constante em kJ/kg.K
C ematemperatur T
,C ; , B; , A:testanCons
°=
=== 838339407000060
C BT AT Cp ++−=2
c) Viscosidade em Pa.s:
C ematemperatur T
C ; B; A:testanCons
°=
×=×=×=−−− 5811
101105102
C BT AT ++−=2 µ
d) Condutividade térmica em W/m.K:
C ematemperatur T , D;C ; B; A:testanCons
°=
=×=×=×=−−−
014501071051025811
DCT BT AT k +−+−=23
e) Número de Prandtl:
C ematemperatur T
, B; , A:testanCons
°=
== 0005078720
BT exp APr −×=
7. MODELAGEM DO BALANÇO DE ENERGIA E MASSA DO
TROCADOR DE CALOR
Condições conhecidas para o projeto:
a) Fluido frio – Gasolina:
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27
h
mQ
C T
C T
f
fs
fe
3
200
520
450
=
°=
°=
&
b) Fluido Quente – Gás CO 2 (valores estimados para calculo inicial do
balanço de energia):
C T
C T
qs
qe
°=
°=
480
550
Através do balanço de energia entre a entrada e a saída dos fluxos
mássicos dos fluidos utilizados no trocador de calor tem-se a taxa total de
transferência de calor do processo:
) ) fs fe f f qsqeqq T T CpmT T Cpmq −=−= &&& (7.1)
Onde qm& é o fluxo mássico do fluido quente, f m& é o fluxo mássico do
fluido frio, qCp é o calor específico do fluido quente, f Cp é o calor específico do
fluido frio, qeT é a temperatura de entrada do fluido quente, qsT é a temperatura de
saída do fluido quente, feT é a temperatura de entrada do fluido frio, fsT é a
temperatura de saída do fluido frio. Levando em conta o coeficiente de película do
trocador coeficiente de convecção), bem como a área de troca térmica, a taxa de
transferência de calor é dada por:
( ) LMTDUAq =& (7.2)
Onde U é o coeficiente global de troca térmica, A é a área da superfície
de troca térmica e LMTD é a média apropriada das diferenças de temperatura dos
fluidos quente e frio.
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7.1 DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA
Em geral, as temperaturas dos fluidos m um trocador de calor não são
constantes, variando de ponto para ponto à medida que o calor passa do fluido mais
quente para o mais frio. Portanto, mesmo para uma resistência térmica constante, a
taxa de calor irá variar ao longo do percurso dos trocadores, pois seu valor depende
da diferença de temperatura entre os fluidos quente e frio na seção.
Considerando um trocador de correntes paralelas. Como hipótese de
trabalho, considerando também que o fluido quente passa pelo tubo central e fluido
frio no espaço anular entre tubo central e carcaça. O fluido quente entra à
temperatura qeT e sai à temperatura qsT . Por outro lado, o fluido frio entra à
temperatura feT e sai à fsT . O comprimento do trocador é L e a área de troca é A.
Neste estudo, considerou-se uma área elementar dA, de troca de calor, para depois
integrar os resultados por toda a área.
Agora, considerando as seguintes hipóteses:
a) Regime permanente;
b) Calores específicos não são funções da temperatura (se a faixa de
variação for muito grande, valores médios devem ser usados;
c) Escoamento totalmente desenvolvido (implicando que os coeficientes
de troca de calor por convecção, h, e o coeficiente global são constantes ao longo
do trocador);
Para começar, vamos aplicar a primeira lei da Termodinâmica para
relacionar as quantidades de troca de calor:
Da corrente quente: qqqq dT Cpmdq ××−= & (7.3)
Da corrente fria: f f f f dT Cpmdq ××−= & (7.4)
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29
Foi utilizado o sinal negativo pois sabe-se de antemão que se uma
corrente se esfria, a outra se esquenta. Isto é, necessariamente os sinais de dTq e
dTf devem ser opostos.
Figura 7.1 – Distribuição de temperatura no trocador de calor de correntes paralelas de
passagem única.
Pode-se escrever as duas equações da seguinte forma:
q
q dqCpm
dT &
1−= (7.5)
f
f f
f dqCpm
dT &
1−= (7.6)
Notando que dq q e dq f são iguais, podemos escrever que:
( ) dqCpmCpm
T T d f f qq
f q
+−=−
&&
11(7.7)
Entretanto, devemos lembrar que, por definição, o calor trocado pode ser
escrito como:
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) f q T T UdAdq −= (7.8)
Onde U é o coeficiente global de troca de calor.
( ) ( ) f q f f qq
f q T T UdACpmCpm
T T d −
+−=−
&&
11(7.9)
Considerando as hipóteses feitas anteriormente, podemos separar as
variáveis e integrar a equação, desde A = 0 até A = A, que resulta em:
UACpmCpmT T
T T ln
f f qq feqe
fsqs
+−=
−
−
&&
11(7.10)
Lembrando as expressões da 1ª Lei da Termodinâmica para cada uma
das correntes, temos que:
)qsqeqqq T T Cpmq −= & (7.11)
) fe fs f f f T T Cpmq −= & (7.12)
Entretanto, é claro que q q = q f , que chamaremos simplesmente de q .
Assim:
( ) ( )q
T T T T
CpmCpm fe fsqsqe
f f qq
−+−=
+
&&
11(7.13)
Substituindo esta expressão na anterior que relaciona U, obtemos:
( ) ( )[ ]
q
UAT T T T
T T
T T ln
fe fsqsqe
feqe
fsqs −+−=
−
−(7.14)
Ou seja:
( ) ( )( )( )
−
−−
−+−=
feqe
fsqs
fe fsqsqe
T T
T T ln
T T T T UAq (7.15)
que é do tipo T UAq ∆= . O termo entre chaves é conhecido como a
diferença média logarítmica de temperaturas ou LMTD (do inglês Log Mean
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31
Temperature Difference ). Operando neste termo, podemos escrevê-lo de forma
ligeiramente diferente, mais usual:
−=
saída
entrada
saídaentrada
T
T ln
T T LMTD
∆
∆
∆∆ (7.16)
Com as seguintes definições:
fsqssaída
feqeentrada
T T T
T T T
−=
−=
∆
∆
Para um trocador de calor de correntes paralelas, a entrada é óbvia.
Entretanto, para
trocadores de correntes opostas ou cruzadas, que é o caso aqui
estudado, a situação é um pouco mais complexa. Por isto, é comum alterarmos a
definição acima para uma outra:
−=
imamin
máxima
imaminmáxima
T
T ln
T T
LMTD
∆
∆
∆∆
(7.17)
Na prática, a utilização da temperatura média logarítmica é somente uma
aproximação, pois, em geral, U não é uniforme nem constante. Entretanto, no
projeto, o coeficiente global de transferência de calor é quase sempre avaliado em
uma seção média na metade da distância entre as extremidades e tratado como
constante. Caso U apresente variação significante, a integração numérica passo a
passo da equação 7.8 pode ser necessária.
No caso do trocador aqui projetado, de correntes cruzadas, que
funcionam com escoamentos mistos e não-misturados, a derivação matemática de
uma expressão para a diferença de temperatura média torna-se muito complexa. O
procedimento normal é modificar a LMTD simples por meio de fatores de correção,
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32
publicados na forma de gráficos por Browman e pela TEMA. Para trocadores de
correntes cruzadas os gráficos existentes são apresentados a seguir.
(a)
(b)
(c)
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Figura 7.2 – (a) Trocador de calor de fluxo cruzado, com uma passagem no casco, uma ou
mais fileiras paralelas de tubos. (b) Trocador de calor de fluxo cruzado, duas passagens, duas
fileiras de tubos; para mais que duas passagens, use FT = 1,0. (c) Trocador de calor de fluxo
cruzado com uma passagem no casco, uma passagem de tubo, ambos os fluidos não
misturados. [ Fonte: Perry 1999 ]
O fator F para a correção da LMTD, pode ser também obtido a partir de
equações, para aplicação na simulação em Fortran 90. O desenvolvimento das
expressões algébricas para o fator de correção F para as mais diversas
configurações de trocadores de calor, pode ser visto em Bowman et al., [1940],
Jakob, [1957], Saunders, [1988] e Tubular Exchange Manufacturers Association,
[1978] . Kern apresenta a dedução dessa equação para uma passagem no envoltório
(e duas ou mais no tubo), e para duas passagens no envoltório e quatro ou mais
passagens no tubo. Saunders apresenta essas equações para N trocadores em
série com uma passagem no envoltório e duas ou mais passagens (pares) no tubo
(o número de passagens no tubo praticamente não afeta o valor de F ). As equações
aplicadas foram:
Dados as expressões de R e S:
( ) fe fs
qsqe
T T
T T R
−
−= (7.18)
)( ) feqe
fe fs
T T
T T S
−
−= (7.19)
Para N = 1 e R ≠ 1:
( )
( )
( )( )
+++−
+−+−−
−
−+
=
112
1121
1
11
2
2
2
R RS
R RS
ln R
S
SRln R
F (7.20)
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No caso particular de imominmáximo T T ∆∆ = , percebe-se que a adimensional R
é igual a 1 e a equação 7.19 acima não pode ser utilizada> neste caso, deve-se
utilizar S* no lugar de S, onde S* é defini pela seguinte equação:
( )( )1=⇒
+−= R
N S N S
S*S (7.21)
1
1
1
11
1
1
1
≠⇒
−
−
−
−
−
−
= R
RS
SR
S
SR
*S N
N
(7.22)
Onde N é o número de trocadores de calor em série.
Se R = , a equação 7.19 passa a ser:
( )
( )( )( )
+−
−−−
=
222
2221
2
*S
*Sln*S
*SF (7.23)
Para N > 1, utiliza-se as equações 7.20 ou 7.21 e 7.19 ou 7.23.A abordagem de Saundres busca generalizar as equações de F a fim de
facilitar a utilização em modelagens computacionais, além de fornecer valores mais
precisos do que tirados de leituras de gráficos. No procedimento manual do projeto
os gráficos de F são utilizados com facilidade mesmo com R = 1.
Portanto, a equação 7.16 ficara da seguinte forma:
−×=
imamin
máxima
imaminmáximacor
T
T ln
T T F LMTD
∆
∆
∆∆(7.24)
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7.2 MÉTODO ITERATIVO DE KERN PARA PROJETO DE
TROCADORES DE CALOR
O trocador de calor deve satisfazer os requisitos do processo, isto é,
realizar a troca de calor especificada com perda de carga limitada (limite pré-
determinado), mesmo com incrustação, até a parada para limpeza ou manutenção.
Há muitas incertezas no projeto, como a previsão das propriedades
físicas, as correlações para o cálculo dos coeficientes de transmissão de calor, as
restrições de dimensão e parâmetros, as condições operacionais podem variar e o
desconhecimento das características da incrustação.
No projeto de trocadores de calor costuma-se distinguir a avaliação
(“rating”) e o dimensionamento (“sizing”).
Na avaliação de um trocador de calor, este já existe e está totalmente
especificado, as entradas ou dados conhecidos são as dimensões e o tipo do
equipamento, as vazões e as temperaturas de entrada dos fluidos e as perdas de
carga admissíveis. O calor trocado, as temperaturas de saída e as perdas de cargas
e calor serão calculados e comparados com o que o processo necessita. Se o
desempenho térmico for aceitável e a perda de carga não ultrapassar os limites
estabelecidos, o trocador poderá ser utilizado no processo. A avaliação não implica
em chegar à melhor forma de utilizar o equipamento, mas simplesmente se
determinado serviço pode ser realizado, que neste trabalho trata-se do aquecimento
de gasolina de 450 para 520 °C, sendo assim, deve s er avaliado as possibilidades
para execução desta tarefa pelo equipamento.
No dimensionamento, a área de troca de calor e as dimensões do
trocador de calor devem ser determinadas, essa é a especificação para construir um
trocador de calor para atender às necessidades de um processo. O que se conhece
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como entradas para o projeto são as vazões e as temperaturas de entrada dos
fluidos, uma das temperaturas de saída, o tipo de superfície, as perdas de carga
admissíveis e as propriedades físicas dos fluidos. O dimensionamento resulta na
avaliação de vários trocadores propostos, com diferentes detalhes geométricos.
O método segundo Kern utilizado para o projeto de um trocador de calor
para aquecimento de gasolina, propõe as seguintes etapas:
a) Determinação das condições de processo : composição, vazões,
temperaturas e pressões das correntes envolvidas;
b) Determinação das propriedades físicas necessárias: densidade, calor
específico, viscosidade, e condutividade térmica em geral;
c) Escolha do tipo de trocador de calor : contra corrente, correntes
paralelas, casco e tubo ou corrente cruzada;
d) Estimativas preliminares: da área e diâmetros dos tubos, em
conseqüência, das dimensões e arranjos do envoltório e tubos;
e) Avaliação térmica do modelo escolhido: conduzindo a elaboração de
modificações no modelo proposto ou sua rejeição.
O projeto de trocadores de calor é um processo iterativo, seguindo o
roteiro mostrado na figura 7.3.
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Figura 7.3 – Fluxograma para o projeto de um trocador de calor (Bell, 1981).
Deve-se notar que o centro desse procedimento consiste, de forma
simplificada, em supor um trocador, impondo suas características geométricas com
base em critérios e/ou experiência e testá-lo. A análise criteriosa dos resultados
indicará nova tentativa ou aceitação do trocador suposto.
Portanto, no inicio do processos iterativo, o objetivo é supor um trocador
de calor existente e verificar se ele consegue realizar o serviço. Para obter esse
trocador, a ser testado, foi adotado o seguinte procedimento:
• Arbitrado um valor de U d inicial para iteração e calculado a área de troca
térmica através da equação de projeto:
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d cor T
U LMTD
q A
×= (7.25)
Com a área de troca térmica At , o diâmetro dos tubos e a velocidade de escoamento
admissível da gasolina nos tubos, já arbitrados, calculou-se o número de tubos N t
que comporá o feixe do trocador e o comprimento L do feixe de tubos .
• Adotou-se um número de passagens para o lado tubo, considerando a perda
de carga permitida;
• Calculo da potência necessária para a troca térmica e das vazões mássicas
dos fluidos frio (gasolina) e quente (gás CO2), através de:
Vazão mássica fluido frio – Gasolina: f f f Qm ρ && = (7.26)
Potência do trocador de calor: ) fe fs f f T T Cpmq −= && (7.27)
Vazão mássica do fluido quente – CO2: ( )qsqeqq
T T Cp
qm
−=
&& (7.28)
• Calculo da área transversal de escoamento do tubo, a área de troca térmica,
da área de escoamento nos tubos, número de tubos necessários pra a troca
térmica e o comprimento do feixe de tubos, através de:
Área dos tubos:4
2
itb
D A
π = (7.29)
Área de troca Térmica: ( )cor d T LMTDU
q
A
&=
(7.30)
Área de escoamento lado tubo:t
t et v
Q A
&
= (7.31)
Número de tubos para o feixe:tb
et tb
A
A N = (7.32)
Comprimento dos tubos:tbe
T
t N D
A L
π = (7.33)
• Calculo da área de escoamentos no envoltório, da vazão mássica por unidade
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de área, numero de Reynolds e da velocidade de escoamento no envoltório:
Área de escoamento lado envoltório: lht ec L L L A ××= (7.34)
Vazão mássica por unidade de área lado tubo:et
f t
A
mG &
= (7.35)
Vazão mássica por unidade de área lado envoltório:ec
q
c A
mG
&
= (7.36)
Número de Reynolds lado tubo:( )
f
it t
DG Re
µ = (7.37)
Numero de Reynolds lado envoltório: ( )
q
ecc
DG Re
µ = (7.38)
Velocidade de escoamento lado envoltório:q
cc
GV
ρ = (7.39)
• Calculo dos coeficientes de convecção do fluido frio h f e do fluido quente h q .
Utilizando-se esse procedimento, calcula-se primeiramente os coeficientes
convectivos de troca térmica. O regime de escoamento no trocador é do tipo
turbulento. Assim, o coeficiente convectivos da gasolina e do CO2 são
calculados a partir da seguinte correlação, segundo Incropera e DeWitt, 1996
e válida para esse tipo de regime:
Coeficiente de convecção lado tubo:
i
f
,
w
f
f
f f ,
f
t i
f D
k k
CpG D ,
h
=
1403180
0270 µ
µ µ
µ
(7.40)
Coeficiente de convecção lado envoltório:
e
q
,
w
q
q
,
q
se
q D
k k
CpG D ,
h
=
1403180
360 µ
µ µ
µ
(7.41)
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Coeficiente de convecção lado tubo, tomando por base a área externa do tubo:
e
i f ie
D
Dhh = (7.42)
Coeficiente global de troca de calor limpo(U cl ) e sujo, incrustado (U cs ):
qie
qiecl
hh
hhU
+= (7.43)
in
cl
cs
RU
U +
=1
1(7.44)
Calculo do fator de incrustação teórico:
d cl
d clin
U U
U U F
−= (7.45)
F in deve ser maior que F in verdadeiro. Porem o problema é quanto maior. F in
representa a incrustação dos dois fluidos, portanto, é a soma dos fatores de
incrustação dos dois fluidos. Kern utiliza a condição F in calculado > F in verdadeiro
para que o trocador seja aceitável termicamente.
Calculo da temperatura da parede dos tubos:
( ) fmqm
qie
ie fmw T T
hh
hT T −
++= (7.46)
• Calculo da perda de carga nos tubos através do fator de atrito, sendo que a
perda de carga no lado do envoltório foi desprezado:
Fator de atrito nos tubos segundo Churchill :
16
37530
=
t ReE (7.47)
( )α 2707
90
. Re
J
,
t
+
= (7.48)
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16
14572
=
t Gln ,F (7.49)
( )
++
=
− 51
12
88
,
t
F E Re
ft (7.50)
Cálculo da perda nos trechos retos:
( )( )140
201040
,
w
f
t t p f L v Ln ft ,P
=
µ
µ ρ ∆ (7.51)
Cálculo da perda nos retornos:
( )( )( )2000290 t f p R vn ,P ρ ∆ = (7.52)
Cálculo da perda total nos tubos:
R LT PPP ∆∆∆ += (7.53)
• Potência de bombeamento do fluido frio (gasolina) nos tubos:
b f
t f b
PmPot
η ρ
∆&= (7.54)
7.3 MÉTODO DA EFETIVIDADE – NUT
Foi utilizado anteriormente o LMTD (média logarítmica das diferenças detemperatura) para a analise do trocador de calor, supondo o conhecimento de todas
as temperaturas das correntes dos fluidos. Porem, para a situação de avaliação de
um trocador de calor, onde apenas as temperaturas de entrada e saída do fluido
quente (gasolina) são conhecido, o processo torna-se iterativo. Nessas condições,
uma alternativa seria usar outra abordagem, o chamado método da efetividade –
NTU (número de unidades de transferência), proposto por Nusselt em 1930 e
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desenvolvido por Kays e London .
A efetividade do trocador de calor (ε ) é a razão entre o calor transferido
(q ) e o calor máximo que poderia ser transferido dispondo-se de área infinita,
portanto:
maxq
q
&
&=ε (7.55)
A efetividade é um adimensional cujo valor estará entre 0 a 1. Podemos
obter a seguinte expressão para o calor:
) feqeminr T T C q −= ε & (7.56)
A equação 7.55 passa a ter grande importância, pois se conhecermos o
valor de da efetividade ε e as temperaturas de entrada dos fluidos quente e frio,
podemos determinar a quantidade de calor trocado no equipamento mesmo sem
conhecer as temperaturas de saída dos fluidos. As temperaturas de entrada dos
fluidos sempre são conhecidas e são as que aparecem na equação 7.55. No caso
de uma avaliação (“rating”) de um trocador existente isso é importante, pois as
temperaturas de saída não são conhecidas. O mesmo pode ocorrer para qualquer
situação de utilização de um trocador fora das condições para as quais ele foi
projetado.
Para um trocador de calor de fluxo cruzado, as capacidades caloríficas
são iguais, ou seja C f = C q onde C f e C q é dado por:
f f f CpmC &= (7.57)
qqq CpmC &= (7.58)
Definindo ainda a razão entre as capacidades caloríficas como uma
grandeza adimensional C r dado por:
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max
minr
C
C C = (7.59)
O número de unidades de calor (NTU) é um parâmetro adimensional
utilizado na análise de transferência de calor e costuma ser apresentado como:
min
T
C
UA NTU = (7.60)
De acordo com Foust et. al., o conceito de unidades de transferência
costuma ser mais utilizado em operações de transferência de massa como
expressão do desempenho do equipamento ou da dificuldade da transferência em
determinado sistema. A unidade de transferência é uma estimativa da quantidade
transportada entre as fases, expressa em termos do aumento da grandeza intensiva
resultante do transporte, em relação à força motriz da transferência. Assim, a
unidade de transferência para o calor é a razão entre o aumento de temperatura
resultante da transferência de calor ∫ dt e a força motriz térmica (
t).
Chapman faz os seguintes comentários sobre NTU: a capacidade de
trocar calor, por grau de diferença de temperatura média, de um trocador de calor é
dado por UA. O calor transferido por grau de variação de temperatura, para ou de
um ou outro fluido, é dada pelos produtos f f Cpm& e qqCpm& , sendo m& a vazão
mássica dos fluidos e C o calor específico. O produto UA pode seradimensionalizado pela divisão por Cpm& , fornecendo um número que denota a
capacidade de transferir calor, NTU é definida como a razão entre UA e o menor
Cpm& , dada pela equação 7.60.
Para o calculo da efetividade ε foi aplicado a correlação proposta por
Incropera e DeWitt para trocadores de calor de escoamento cruzado com um passe
no tubo, onde ambos os fluidos não se misturam:
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( ) ( )[ ]
−−
−= 1
11
780220 ,r
,
r
NTU C exp NTU C
expε (7.61)
Definido a equação da efetividade, e calculando o calor q r através da
equação 7.50 pode-se encontrar as temperaturas reais de saída dos fluidos quente
(gás CO2) e frio (gasolina), através de:
+=
f f
r fe fsr Cpm
qT T
&
&(7.62)
r qeqsr Cpm
q
T T &
&
(7.63)
7.4 MÉTODO DE PARAGEM DA ITERAÇÃO E EXCESSO DE ÁREA
Para parar a iteração do coeficiente global de troca térmica, usou-se a
seguinte equação de erro:
100×−
=
necessaria
necessaria projeto
A
A AEA (7.64)
Onde projeto A é área de troca térmica com d U inicial da iteração, e necessaria A
é a nova área de troca térmica com o novo clU calculado pela iteração.
Ludwing et. al. Recomenda que EA esteja entre 10% e 20% para que o
trocador seja aceitável termicamente. Pois a necessaria A é a área de troca de calor que
realmente se necessita para realizar o serviço de aquecimento da gasolina
especificado. Portanto, definiu-se o critério de paragem da iteração através de EA =
20%, através de:
ITERAÇÃOFINALIZE EAEASE calculado ≤
7.4 FLUXOGRAMA DO ALGORÍTMO PARA SIMULAÇÃO
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Figura 7.4 – Fluxograma do algoritmo para o projeto do trocador de calor.
INICIO PROGRAMA
Variáveis para iteração inicial: diâmetrointerno, diâmetro externo, passo entretubos, largura e altura do envoltório,
número de itera ões, U d inicial.
Apresentação inicialdo programa
Calculo com os valorespré-estabelecidos
Calculo dos adimensionaisR e S e LMTD corrigido
Estimando as propriedadestermofísicas dos fluidos,
Gasolina e Gás CO2
i = 1, n itera ões
Resultadosaceitáveis ? [S/N]
Alterar valoresiniciais
Salvar osresultados ?
S/N
FINALIZA PROGRAMA
Gravação dosresultados emar uivo *.txt
Apresentaçãodos
resultados
Sim
Não
Sim
Não
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8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A simulação para projeto do trocador de calor foi realizada com base nos
seguintes dados de entrada fixos:
Dados de projeto do fluido a ser aquecido - Gasolina:
kPaP
C T
C T h
mQ
fe
fs
fe
f
200
520
450
2003
=
°=
°=
=&
Valores Estimados para o fluido de aquecimento – Gás CO2:
kPa ,P
C T
C T
qe
qs
qe
32101
480
550
=
°=
°=
Os resultados obtidos na simulação são mostrados nas figuras a seguir
com dimensão fixa do envoltório, onde pode-se observar que a medida que
aumenta-se a área dos tubos, menor será o numero requerido de tubos e maior será
o comprimento destes tubos.
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Figura 8.1 – Simulação com diâmetro externo de ¾ in para os tubos, com dimensão de 2 x 3 m
no envoltório.
A seguir é mostrado a simulação para um tubo com 1 in de diâmetro
externo e com dimensão de envoltório de 2 x 3 m, calculando-se assim o
comprimento dos tubos.
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Figura 8.2 – Simulação com diâmetro externo de 1 in para os tubos, com dimensão de 2 x 3 m
no envoltório.
A próxima simulação aplicou-se um tubo com diâmetro externo de 2 in a
fim de se verificar os resultados obtidos com a mesma dimensão do envoltório.
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Figura 8.3 – Simulação com diâmetro externo de 2 in para os tubos, com dimensão de 2 x 3 m
no envoltório.
Pode-se observar nestas simulações, que ao variarmos as dimensões dos
tubos iremos variar o comprimento dos tubos, no entanto deve-se fixar um limite
para isto, tendo em vista que o comprimento elevado torna a construção do
equipamento oneroso e de difícil aplicação. Assim sendo, tentou-se mudar as
dimensões do envoltório limitando os diâmetros dos tubos a fim de obter um melhor
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resultado construtivo e térmico. Os resultados das simulações são mostrados nas
figuras a seguir para dimensão de envoltório fixa em 5 x 5 m.
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Figura 8.4 – Simulação com diâmetro externo de ¾ in para os tubos, com dimensão de 5 x 5 m
no envoltório.
A figura a seguir mostra a simulação com dimensão de envoltório de 5 x 5
m, para tubos com 1 in de diâmetro externo.
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Figura 8.5 – Simulação com diâmetro externo de 1 in para os tubos, com dimensão de 5 x 5 m
no envoltório.
Agora é mostrado simulação com tubos de 2 in com dimensão fixa deenvoltório de 5 x 5m.
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Figura 8.6 – Simulação com diâmetro externo de 2 in para os tubos, com dimensão de 5 x 5 m
no envoltório.
Tabela 8.1 – Comparativo dos resultados obtido nas simulações.
Simu- lações
Área tubo (m2)
Área Envoltório
Potência (MW)
Potência por tubo
(kW)
Perda de calor (MW)
1 1,73E-04 2,275 336,067 34,847 48,313
2 3,10E-04 5,300 333,567 62,024 50,812
3 1,61E-03 43,607 300,596 290,431 83,784
4 1,73E-04 26,562 304,787 31,604 79,592
5 3,10E-04 64,542 302,414 56,232 81,965
6 1,61E-03 1158,231 306,968 296,587 77,412
Tabela 8.2 – Comparativo dos resultados obtido nas simulações.
Simu- lações
Área de troca térmica
(m2)
Número tubos
Comprimento tubos (m)
U (kW/m2.K)
Temperatura saída
Gasolina (°C)
1 218,838 9644,000 0,379 49,294 511,202
2 379,045 5378,000 0,883 27,790 510,747 3 1200,501 1035,000 7,268 6,533 504,742
4 613,227 9644,000 1,062 13,257 505,505
5 1107,920 5378,000 2,582 7,189 505,073
6 7652,605 1035,000 46,329 1,083 505,902
Comparando os valores obtidos nas simulações pode-se observar que a
melhor otimização térmica encontrada foi a simulação 1 mostrada na figura 8.1,
porem construtivamente este arranjo não é adequado, devendo-se optar pela
condição apresentada na simulação 4 ou 5. Estas condições mostradas nas figuras
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8.4 e 8.5 mostram uma grande perda de calor, resultando em um equipamento de
baixa rendimento térmico. Encontramos assim, um dilema, pois quando se encontra
uma condição construtiva adequada perde-se em rendimento térmico, e quando
otimizamos o rendimento térmico, perdemos em termos de construção mecânica do
equipamento, tornando-o oneroso e caro.
Sendo assim, tendo em vista a questão do custo-benefício do projeto, a
melhor formação encontrada é na simulação 2, mostrada na figura 8.2.
Neste trabalho não será proposto a construção e projeto mecânico do
trocador de calor, pois não é nosso objetivo, portanto a definição do arranjo dos
tubos deve ser estudado em eventual projeto mecânico, aqui apenas será sugerido o
tipo de disposição dos tubos no trocador.
9. CONCLUSÕES
O modelo proposto por Kern et. al., se mostrou eficiente para a
modelagem e projeto térmico do trocador aqui proposto, porem necessita-se de um
tempo maior de estudo para diluir os erros e instabilidade do algoritmo construído
através deste método. Portanto erro ainda podem ser encontrados com relação a
alguns valores, principalmente com referencia ao fluido de aquecimento – gás CO2 –
que passa pelo envoltório, sendo que este gás foi aqui calculando tendo em vista
uma condição de processo idealizada, sabe-se no entanto, que gases de combustão
são extremamente contaminados com partículas e impurezas altamente incrustantes
e corrosivas dependendo obviamente da origem dos gases utilizados para o
aquecimento.
Com base nestas conclusões a tabela a seguir apresenta as condições
proposta para o projeto deste trocador de calor:
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Tabela 9.1 – Relação dos itens de projeto do trocador de calor.
Material tubos aço-liga 1,25% de Cr e 0,5% de Mo
Material envoltório aço-liga 1,25% de Cr e 0,5% de Mo
Diâmetro externo [in] 1,000 Diâmetro interno [in] 0,782
Área do Tubo [cm 2 ] 3,098
Potência requerida para aquecimento [MW] 333,567
Potência de bombeamento [W] 50,812
Número de Tubos 5378,000
Comprimento dos Tubos [m] 1,000
Vazão mássica Gasolina [kg/s] 1106,880
Vazão mássica CO2 [kg/s] 4,690
Pressão de entrada Gasolina [kPa] 200,000
Pressão de saída Gasolina [kpa] 197,340
Também vale lembrar que não foi considerado a composição da gasolina
tendo em vista que este é um fator determinante no rendimento térmico do
equipamento, pois de acordo com a concentração de enxofre, por exemplo, maior
será a capacidade de sujidez da gasolina e maior a tendência de formação de
depósitos e incrustação nos tubos em um prazo curto de tempo, diminuindo o
rendimento térmico do trocador.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Editora Thomson Learning. São Paulo. 2003. p.435-467.
[2] S. FOUST, ALAN. A. WENZEL, LEONARD. W. CLUMP, CURTIS. MAUS,
LOUIS. ANDERSEN, L. BRYCE. Princípios das Operações Unitárias . LTC –
Livros Técnicos Científicos Editora S/A. 2°edição. 1982. p.286-315.
[3] H. PERRY, ROBERT. W. GREEN, DON. Perry’s Chemical Engineer’s
Handbook . McGraw-Hill Handbooks Companies. 7°Edition. 1999 .
[4] CÉSAR DA COSTA ARAÚJO, EVERALDO. Trocadores de Calor . EdUFSCar
– Editora da Universidade Federal de São Carlos. São Carlos – SP. 2002.
[5] CONDESSA, DIEGO SANTOS. Análise da Transferência de Calor em
Radiadores Utilizados em Sistemas de Transmissão e Distribuição de
Energia.
[6] INCROPERA, F. P. & DEWITT, D. P. Fundamentos de Transferência de Calor
e Massa . LTC - Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro. 1998.
[7] MC CABE, WARREN L. & SMITH, JULIAN C. Unit Operations of Chemical
Engineering . McGraw-Hill Book Company Ltd. International Student Edition.
New York. 1956
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ANEXO
ALGORITMO DESENVOLVIDO NO FORTRAN 90 PARA SIMULAÇÃO
module Projeto_TC public :: Calc_LMTD,Fluido_frio,Fluido_quente,balance
contains
subroutine Calc_LMTD(F,LMTD,LMTD_c,Tfe,Tfs,Tqe,Tqs)real :: um,dois,Tfs,Tfe,Tqe,Tqs,R,S,alog,delta_t1,delta_t2,LMTD_creal :: z1,z2,z3,z4,z5,z6,zz1,zz2,zz3,zz4,zz5,zz6,Ft,LMTD,N,Sc
Tfe = 450.00Tfs = 520.00
Tqe = 550.00Tqs = 480.00
um = 1.00E00dois = 2.00E00
N = 2.00E00
delta_t1 = (Tqe - Tfs)delta_t2 = (Tqe - Tfe)
R = (Tqe - Tqs)/(Tfs - Tfe)
S = (Tfs - Tfe)/(Tqe - Tfe)
if (R .NE. um) thenSc = ((((um - R*S)/(um - S))**(um/N)) - um)/&
((((um - R*S)/(um - S))**(um/N)) - R) z1 = SQRT(R**dois + um) z2 = alog((um - Sc*R)/(um - Sc)) z3 = (um - R) z4 = (dois - Sc) z5 = (R + um - SQRT(R**dois +1)) z6 = (R + um + SQRT(R**dois +1))Ft = (z1*z2)/(z3*alog(z5/z6))else if (R == um) thenSc = S/(S-N*S+N)
zz1 = SQRT(dois) zz2 = (um - Sc) zz3 = (dois - Sc*(dois - zz1)) zz4 = (dois - Sc*(dois + zz1))
Ft = (zz1*Sc)/(zz2*alog(zz3/zz4))
end if
zz5 = (delta_t1 - delta_t2) zz6 = (alog(delta_t1/delta_t2))
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LMTD_c = Ft*(zz5/zz6) LMTD = (zz5/zz6) print*, "-----------------------------------------------------" print*, "> Valor encontrado para os coeficientes R e S"
print*, "> R =>",R print*, "> S =>",S print*, "-----------------------------------------------------" print*, "> Valor encontrado para o fator de correcao da LMTD:" print*,Ft print*, "> Valor da LMTD corrigida [oC]:" print*,LMTD_c print*, "> Valor da LMTD sem correcao [oC]:" print*,LMTD print*, "-----------------------------------------------------"return
end subroutine Calc_LMTD
Subroutine Fluido_frio (rho,cp,visc,k,Pr)real ::rho,cp,visc,k,Pr,x1,x2real ::y1,y2,a1,a2,EXP
print*, "----------------------------------------------------------" print*, "< ESTIMANDO AS PROPRIEDADES DO FLUIDO FRIO - GASOLINA " print*, "----------------------------------------------------------"!print*, "> Insira a temperatura de entrada do Fluido Lado Tubo:"!read*,Tfe
Tfe = 450.00
!correlações ajustadas no Excel x1 = 0.8321*Tfe x2 = 0.0003*Tfe**2.00!x3 = 3.00E-6*Tfe**3.00
!rho = -0,0003x2 - 0,8321x + 767,26 rho = (- x2 - x1 + 767.26)
y1 = 0.0044*Tfe y2 = 5.00E-6*Tfe**2.00!y3 = 5.00E-8*Tfe**3.00
!cp = 5E-06x2 + 0,0044x + 1,9684cp = (y2 + y1 + 1.9684)
!visc = 0,0008e-0,0135xvisc = 0.0008*EXP(-0.0135*Tfe)
a1 = 0.0002*Tfea2 = 6.00E-8*Tfe**2.00!a3 = 4.00E-9*Tfe**3.00
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!k = 6E-08x2 - 0,0002x + 0,1197 k = (a2 - a1 + 0.1197)
!Pr = 11,83e-0,0084xPr = 11.83*EXP(-0.0084*Tfe)
print*, "> As propriedades calculadas foram:" print*, "" print*, "> Densidade [kg/m3]: ...............",rho print*,"" print*, "> Calor especifico [kJ/kg.K]: ......",cp print*,"" print*, "> Viscosidade [Pa.s]: ..............",visc print*, ""
print*, "> Condutividade Termica [W/m.K]: ...",k print*, "" print*, "> Numero de Prandtl [adm]: .........",Pr print*, ""returnend subroutine Fluido_frio
Subroutine Fluido_quente (rho,cp,visc,k,Pr)real ::rho,cp,visc,k,Pr,EXPreal ::y1,y2,a1,a2,a3,z1,z2!real ::um,dois,tres,quatro,cinco,seis,sete,oito,nove,dez
print*, "----------------------------------------------------------" print*, "< ESTIMANDO AS PROPRIEDADES DO FLUIDO QUENTE - GAS CO2 " print*, "----------------------------------------------------------"!print*, "> Insira a temperatura de entrada do Fluido:"!read*,Tfe
Tfe = 550.00
!correlações ajustadas no Excel:
!rho = 1,9852e-0,0026xrho = 1.9852*EXP(-0.0026*Tfe)
y1 = 0.9407*Tfe y2 = 0.0006*Tfe**2.00!y3 = 1.00E-6*Tfe**3.00
!cp = y = -0,0006x2 + 0,9407x + 833,83cp = (- y2 + y1 + 833.83)
z1 = 5.00E-8*Tfe
z2 = 2.00E-11*Tfe**2!visc = -2E-11x2 + 5E-08x + 1E-05visc = (- z2 + z1 + 1.00E-5)
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a1 = 7.00E-5*Tfea2 = 5.00E-8*Tfe**2.00a3 = 2.00E-11*Tfe**3.00
!k = -2E-11x3 + 5E-08x2 + 7E-05x + 0,0145k = (- a3 + a2 + a1 + 0.0145)
!Pr = 0,7872e-0,0005xPr = 0.7872*EXP(-0.0005*Tfe)
print*, "> As propriedades calculadas foram:" print*, "" print*, "> Densidade [kg/m3]: ...............",rho print*,""
print*, "> Calor especifico [kJ/kg.K]: ......",cp print*,"" print*, "> Viscosidade [Pa.s]: ..............",visc print*, "" print*, "> Condutividade Termica [W/m.K]: ...",k print*, "" print*, "> Numero de Prandtl [adm]: .........",Pr print*, ""returnend subroutine Fluido_quente
Subroutine balance(mq,mf,rhof,cpf,viscf,kf,Prf,LMTD,LMTD_c,vazao,rhoq,cpq,viscq,kq,Prq,Ft)
real ::Ft,LMTD,LMTD_c,Tfe,Tfs,Tqe,Tqs,rhof,cpf,viscf,kf,Prf,rhoq,cpq,viscq,kq,Prq,qr_kwreal::vazao,EA,De,Di,L,alt_c,larg_c,passo,area_co2,npass,PI,rend_bb,press_e,press_epa,ABSreal ::esp_t,Rdf,Rdq,Tfm,Tqm,mf,pot,potkw,zz,mq,Cq,Cf,area_tubo,area_troca_t,a_esct,psireal ::a_escc,Gt,Gc,Ret,Rec,vt,vc,a1,a2,hf,b1,b2,hq,hie,Tw,viscwf,viscwq,z1,z2,aa1,aa2,aa3real ::hf_c,bb1,bb2,bb3,hq_c,hie_c,Rin,Uc_l,Uc_s,Dh,Ret_dh,fat_t,delta_pt,delta_ptb,press_sreal ::Pp,NUT,Cr,e1,e2,efet,qr,Tfs_r,Tqs_r,Perda_q,area_nes,EA_c,alog,EXP,De_in,Di_in
real ::area_p,vt_n
integer :: i,it_max,Nt character(len=30) :: result_TC,opcao
!Parâmetros internosvazao = 3.333333333333 !vazão volumetrica em m3/sEA = 20.00 !erro para iteraçãonpass = 1.00 !numero de passagens no tuboPI = 3.14159265358979 !valor PI rend_bb = 0.90 !rendimento bomba
press_e = 200.00 !pressão gasolina 200 k Pa Rdf = 0.0002 !fator incrustação interno Rdq = 0.0001 !fator incrustação externa
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psi = 6894.75729317 !conversão psi para Parg = 0.00001 !rugosidade do metalvt = 2.00 !velocidade máxima admissivel!passo_in = 1.250
!k_metal = 19.00
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">> DADOS DEFINIDOS PARA O PROJETO E SIMULACAO - AQUECIMENTOGASOLINA"
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">> Vazao Volumetrica ......................... => 200 m3/h" print*, ">> Pressao de entrada ........................ => 200 kPa" print*, ">> Temperatura de entrada Gasolina ........... => 450 oC" print*, ">> Temperatura de saida Gasolina ............. => 550 oC" print*, "-----------------------------------------------------------------------"
print*, ">> Temperatura estimada de entrada do Gas CO2..=> 550 oC" print*, ">> Temperatura estimada de saida do Gas CO2....=> 480 oC" print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">VARIAVEIS DE ENTRADA PARA SIMULACAO E OTIMIZACAO" print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "< Insira os diametros externo e interno dos tubos respectivamente [in]: " print*, "< De [ENTER]" print*, "< Di [ENTER]"read*,De_inread*,Di_in
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "< Insira as dimensoes para a area efetiva de escoamento do Gas CO2 [m]:" print*, "< Altura [ENTER]" print*, "< Largura [ENTER]"read*,alt_cread*,larg_c
print*, "-----------------------------------------------------------------------"
Ud = 1.00
do while (Ud .GT. 0.0)
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "< Defina a quantidade de iteracoes para a otimizacao da simulacao" print*, "-----------------------------------------------------------------------"read*,it_max
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "< Insira um valor arbitrado do Coeficiente Global U para iteracao:" print*, "< Para encerrar a iteracao insira '0'[ZERO] e Tecle [ENTER] " print*, "-----------------------------------------------------------------------"read*,Ud if (Ud == 0.0) exit
call Calc_LMTD(Ft,LMTD,LMTD_c,Tfe,Tfs,Tqe,Tqs)call Fluido_frio (rhof,cpf,viscf,kf,Prf)call Fluido_quente (rhoq,cpq,viscq,kq,Prq)
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do i = 1,it_max!Conversões
De = De_in*0.0254
Di = Di_in*0.0254 press_epa = press_e*1000.00esp_t = (De - Di)/2.00
Rin = (Rdf + Rdq)
! Balanço de energia q = mfCpf(Tfe - Tfs) = mqCpq(Tqe - Tqs)mf = vazao*rhof
pot = mf*cpf*(Tfs - Tfe) pot_mw = pot/1000.00
zz = cpq*(Tqe - Tqs)
mq = (pot/zz)
!area do tubo, numero de tubos e area de troca termica estimadaarea_tubo = ((PI*Di**2.00)/4.00)
!area de troca termicaarea_troca_t = pot/(Ud*LMTD_c)
!area de escoamento tubos:a_esct = vazao/vt
!numero de tubos necessarios!a_esct = area_tubo*Nt
Nt = a_esct/area_tubo
!comprimento de tubos L = (area_troca_t)/(PI*De*Nt)
!area de escoamento CO2area_co2 = (L*alt_c*larg_c) !area de passagem do CO2a_escc = area_co2
!Vazão massica por unidade de areaGt = mf/a_esct !tubosGc = mq/a_escc !envoltório
!Número de Reynolds Ret = (Gt*Di)/viscf !tubos Rec = (Gc*De)/viscq !envoltório
!Velocidade de escoamentovazao_co2 = mq/rhoq
vt_n = Gt/rhof !tubos!vc = Gc/rhoq !envoltoriovc = (vazao_co2/a_escc)
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! Diametro hidraulico pg. 321 Kreith Dh = 4.00*(((PI/4.00)*(De**2.00 - Di**2.00))/(PI*(Di+De))) Ret_dh = (Gt*Dh)/viscf
! Calculo dos coeficientes de convecção dos fluidos 'hf e hq', segundo Dittus-Boelter a1 = (Di*Gt/viscf)**0.8a2 = (cpf*viscf/kf)**(1.00/3.00)!a3 = (viscf/viscfw)**0.14 apos calcular twhf = ((0.027*a1*a2)*kf)/Di
b1 = (De*Gc/viscq)**0.55b2 = (cpq*viscq/kq)**(1.00/3.00)hq = ((0.36*b1*b2)*kq)/De
!Coeficiente de transmissão de calor lado tubo tomando como base a area externahie = hf*(Di/De)
!Temperatura da parede TwTfm = (Tfe+Tfs)/2.00Tqm = (Tqe+Tqs)/2.00Tw = Tfm + (hie/(hie+hq))*(Tqm - Tfm)
!Viscosidade corrigida fluido frioviscwf = 0.0008*EXP(-0.0135*Tw)
!Viscosidade corrigida fluido quente z1 = 5.00E-8*Tfe z2 = 2.00E-11*Tfe**2!visc = -2E-11x2 + 5E-08x + 1E-05viscwq = (- z2 + z1 + 1.00E-5)
!Recalculando hf e hqaa1 = (Di*Gt/viscf)**0.8aa2 = (cpf*viscf/kf)**(1.00/3.00)aa3 = (viscf/viscwf)**0.14 !apos calcular tw
hf_c = ((0.027*aa1*aa2*aa3)*kf)/Di
bb1 = (De*Gc/viscq)**0.55bb2 = (cpq*viscq/kq)**(1.00/3.00)bb3 = (viscq/viscwq)**0.14 !apos calcular twhq_c = ((0.36*bb1*bb2*bb3)*kq)/De
!Coeficiente de transmissão de calor lado tubo tomando como base a area externahie_c = hf_c*(Di/De)
!Coeficiente global de troca limpo e incrustado
!Uc_l = 1.00/(R1 + R2 + R3)Uc_l = (hie_c*hq_c)/(hie_c+hq_c)Uc_s = 1.00/((1.00/Uc_l)+Rin)
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!perda de carga lado tuboE = (37530/Ret)**16.00
J = ((7.00/Ret)**0.90 + 0.270*rg)
F = (2.457*alog(1.00/J)**16.00) fat_t = (8.00*(((8.00/Ret)**12.00) + ((E + F)**-1.5))**(1.00/12.00))
delta_pt = (0.0104*fat_t*rhof*npass*L*vt**2.00*aa3)*psidelta_pr = (0.00029*npass*rhof*vt**2.00)*psidelta_ptb = ((delta_pt+delta_pr)/1000.00)
!Calculo pressão de saída do fluido frio press_s = press_e - delta_ptb
! potência de bombeamento pg. 331 Kreith
Pp = (mf*(delta_pt/rhof*rend_bb)) !W
!Metodo da efetividadeCq = mq*cpqCf = mf*cpf
NUT = (Uc_l*area_troca_t)/Cf Cr = Cq/Cf
!escoamento cruzado sem mistura 'uma passagem' e1 = ((1.00/Cr)*(NUT**0.22))e2 = (EXP(-Cr*NUT**0.78)-1.00)efet = 1.00 - EXP(e1*e2)
!taxa real de transferencia de calor qr = efet*(Cf*(Tqe - Tfe))qr_mw = qr/1000.00
!Calculo das temperaturas de saída\ Tfs_r = Tfe + (qr/(mf*cpf))
Tqs_r = Tqe - (qr/(mq*cpq))
Perda_q = ABS((pot - qr)/1000.00)
area_nes = pot/(Uc_l*LMTD_c)
EA_c = ((ABS(area_troca_t - area_nes))/area_nes)*100.00
!fator de incrustação teoricoFin = ABS((Uc_l - Ud)/(Uc_l*Ud))
if (EA_c .LE. EA) exit
Ud = Uc_lend do
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!========== Mostrando os resultados print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "RESULTADOS ENCONTRADOS PELA OTIMIZACAO - TROCADOR DE CALOR:"
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">" print*, "> Potencia necessaria para aquecimento: ..........",pot_mw,"[MW]" print*, ">" print*, "> Potencia Real Calculada: .......................",qr_mw,"[MW]" print*, ">" print*, "> Perda de Calor Estimada: .......................",perda_q,"[MW]" print*, ">" print*, "> Potencia requerida para bombeamento Gasolina: ..",Pp,"[W]" print*, ">" print*, "> Vazao massica da Gasolina: .....................",mf,"[kg/s]"
print*, ">" print*, "> Vazao massica do Gas CO2: ......................",mq,"[kg/s]" print*, ">" print*, "> Taxa de Capacidade Calorifica: .................",Cf,"[kW/K]" print*, ">" print*, "> Area de Troca Termica: .........................",area_troca_t,"[m2]" print*, ">" print*, "> Numero de Tubos necessarios: ...................",Nt,"[tubos]" print*, ">" print*, "> Comprimento dos tubos: .........................",L,"[m]" print*, ">" print*, "> Area do Tubo selecionado: ......................",area_tubo,"[m2]" print*, ">" print*, "> Area de escoamento Gasolina ....................",a_esct,"[m2]" print*, ">" print*, "> Area de escoamento CO2 .........................",a_escc,"[m2]" print*, ">" print*, "> Vazao massica por unidade de area Gasolina: ....",Gt,"[kg/s.m2]" print*, ">" print*, "> Vazao massica por unidade de area CO2: .........",Gc,"[kg/s.m2]" print*, ">"
print*, "> Numero de Reynolds Gasolina: ...................",Ret,"[adm]" print*, ">" print*, "> Numero de Reynolds CO2: ........................",Rec,"[adm]" print*, ">" print*, "> Velocidade de escoamento Gasolina: .............",vt_n,"[m/s]" print*, ">" print*, "> Velocidade de escoamento CO2: ..................",vc,"[m/s]" print*, ">" print*, "> Coeficiente de Pelicula da Gasolina: ...........",hf_c,"[W/m2.K]" print*, ">" print*, "> Coeficiente de Pelicula do Gas CO2: ............",hq_c,"[W/m2.K]"
print*, ">" print*, "> Fator de Incrustacao Interno e Externo: ........",Fin,"[W/m2.K]" print*, ">"
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print*, "> Coeficiente Global de Troca Termica Recalculado:" print*, ">" print*, "> U Limpo: ............",Uc_l,"[kW/m2.K]" print*, ">"
print*, "> U Sujo: .............",Uc_s,"[kW/m2.K]" print*, ">" print*, "> Perda de carga Lado Tubo: ......................",delta_ptb,"[kPa]" print*, ">" print*, "> Pressao de Saida Gasolina Lado Tubo: ...........",press_s,"[kPa]" print*, ">" print*, "> Efetividade Trocador de Calor: .................",Efet,"[adm]" print*, ">" print*, "> Erro definido para iteracao: ...................",EA,"[%]" print*, ">" print*, "> Erro calculado pela iteracao: ..................",EA_c,"[%]"
print*, ">" print*, "> Temperatura da parede dos tubos: ...............",Tw,"[oC]" print*, ">" print*, "> Temperatura de Saida Gasolina Lado Tubo: .......",Tfs_r,"[oC]" print*, ">" print*, "> Temperatura de Saida Gas CO2: ..................",Tqs_r,"[oC]" print*, ">" print*, "-----------------------------------------------------------------------"
end do
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">> Deseja salvar o resultado otimizado, para nova tentativa ? " print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, ">> ( S ) => salvar em arquivo com nome definido pelo usuario" print*, ">>" print*, ">> ( N ) => nao salvar e finilizar o programa" print*, "-----------------------------------------------------------------------"read (unit=*,fmt=*) opcao
if ((opcao == "s").OR.(opcao == "S")) then
print*, "-----------------------------------------------------------------------" print*, "<< - Qual o nome do arquivo para salvar os resultado obtidos ? " print*, " ----------------------------------------------------------------------" print*, "<< O nome deve ter a extensao do arquivo - por exemplo: (nome.txt)" print*, "-----------------------------------------------------------------------"read (unit=*,fmt=*) result_TC
open(unit=11,file=result_TC,status="new",position="append",action="write")write (unit=11,fmt=*) ""write (unit=11,fmt=*) "AS VARIAVEIS INSERIDAS PARA A OTIMIZACAO FORAM:"write (unit=11,fmt=*) ">> Diametro Externo Tubo ................. =>",De_in,"[in]"
write (unit=11,fmt=*) ">> Diametro Interno Tubo ................. =>",Di_in,"[in]"write (unit=11,fmt=*) ">> Velocidade admissivel nos tubos ....... =>",vt,"[m/s]"write (unit=11,fmt=*) ">> Altura do Feixe de Tubos .............. =>",alt_c,"[m]"
7/11/2019 Projeto_Trocador_de_Calor_Fluxo_Cruzado_-_Gasolina
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write (unit=11,fmt=*) ">> Largura do Feixe de Tubos ............. =>",larg_c,"[m]"write (unit=11,fmt=*) "RESULTADOS ENCONTRADOS PELA OTIMIZACAO -TROCADOR DE CALOR:"write (unit=11,fmt=*) ">"
write (unit=11,fmt=*) "> Potencia necessaria para aquecimento: ..........",pot_mw,"[MW]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Potencia Real Calculada: .......................",qr_mw,"[MW]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Perda de Calor Estimada: .......................",perda_q,"[MW]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Potencia requerida para bombeamento Gasolina: ..",Pp,"[W]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Vazao massica da Gasolina: .....................",mf,"[kg/s]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Vazao massica do Gas CO2: ......................",mq,"[kg/s]"
write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Taxa de Capacidade Calorifica: .................",Cf,"[kW/K]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Area de Troca Termica: .........................",area_troca_t,"[m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Numero de Tubos necessarios: ...................",Nt,"[tubos]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Comprimento dos tubos: .........................",L,"[m]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Area do Tubo selecionado: ......................",area_tubo,"[m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Area de escoamento Gasolina ....................",a_esct,"[m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Area de escoamento CO2 .........................",a_escc,"[m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Vazao massica por unidade de area Gasolina: ....",Gt,"[kg/s.m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Vazao massica por unidade de area CO2: .........",Gc,"[kg/s.m2]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Numero de Reynolds Gasolina: ...................",Ret,"[adm]"write (unit=11,fmt=*) ">"
write (unit=11,fmt=*) "> Numero de Reynolds CO2: ........................",Rec,"[adm]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Velocidade de escoamento Gasolina: .............",vt_n,"[m/s]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Velocidade de escoamento CO2: ..................",vc,"[m/s]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Coeficiente de Pelicula da Gasolina: ...........",hf_c,"[W/m2.K]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Coeficiente de Pelicula do Gas CO2: ............",hq_c,"[W/m2.K]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Fator de Incrustacao Interno e Externo: ........",Rin,"[W/m2.K]"
write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Coeficiente Global de Troca Termica Recalculado:"write (unit=11,fmt=*) ">"
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write (unit=11,fmt=*) "> U Limpo: ............",Uc_l,"[kW/m2.K]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> U Sujo: .............",Uc_s,"[kW/m2.K]"write (unit=11,fmt=*) ">"
write (unit=11,fmt=*) "> Perda de carga Lado Tubo: ......................",delta_ptb,"[kPa]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Pressao de Saida Gasolina Lado Tubo: ...........",press_s,"[kPa]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Efetividade Trocador de Calor: .................",Efet,"[adm]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Erro definido para iteracao: ...................",EA,"[%]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Erro calculado pela iteracao: ..................",EA_c,"[%]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Temperatura da parede dos tubos: ...............",Tw,"[oC]"
write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Temperatura de Saida Gasolina Lado Tubo: .......",Tfs_r,"[oC]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "> Temperatura de Saida Gas CO2: ..................",Tqs_r,"[oC]"write (unit=11,fmt=*) ">"write (unit=11,fmt=*) "-----------------------------------------------------------------------"
print*, "|||| -------- Tecle < ENTER > para Encerrar o Programa ---------- |||| "read *stopend if
if ((opcao == "n").OR.(opcao == "N")) then! *** Encerrando o programa após todas as etapas ***
print*, "|||| -------- Tecle < ENTER > para Encerrar o Programa ---------- |||| "read *stopend if returnend subroutine balance
end module Projeto_TC
program Cross_flowuse Projeto_TC