projetos de melhorias de sistemas eletroeletrônicosºdo programático planejamento dos projetos de...
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Curso de Formação Profissional Técnico em
Eletroeletrônica – Módulo II
Senai Arcos-MG
CFP Eliezer Vitorino Costa
Raphael Roberto Ribeiro Silva
Técnico em eletroeletrônica pelo INPA – Arcos
Estudante de Engenharia Elétrica do IFMG - Formiga
Projetos de Melhorias de
Sistemas Eletroeletrônicos
Conteúdo Programático
Planejamento dos projetos de melhorias:
• Definição do escopo junto ao cliente: Como interagir com o cliente,
Levantamento dos dados pertinentes, Determinação do escopo do projeto,
Validação do escopo junto ao cliente; Diferenciais: Inovação, ecoeficiência;
• Análise da viabilidade: técnica, financeira; Elaboração de cronograma:
etapas para a execução, prazos para fornecimento dos recursos materiais e
humanos, pontos de verificação e ajustes.
• Definição de critérios para avaliação do protótipo, produto ou sistema
Processos de fabricação
Manutenção
Segurança
Impactos ambientais
Determinação do alcance do escopo definido com o cliente
Conteúdo Programático
Desenvolvimento dos projetos de melhorias:
• Alocação de recursos para execução
Técnicos e/ou tecnológicos
Humanos
Materiais
• Execução
Construção de protótipos, produtos e/ou sistematização de resultados.
Testes e simulações
Conteúdo Programático
• Validação do projeto
Avaliação das características técnicas e funcionais
Avaliação do alcance do escopo definido com o cliente
• Elaboração de documentação técnica da integração
Memorial descritivo
Registro de avaliação de viabilidade
Registro de validação
Planejamento do Projeto de Sistemas
EletroeletrônicosCiclo de desenvolvimento de projeto.
FASES ATIVIDADES
Construção do Escopo
Definição inicial do escopo
Pesquisa das tecnologias aplicáveis
Previsão dos recursos materiais e humanos
Estudo das atividades do projeto (EAP)
Analise das viabilidades técnica e financeirainiciais
Validação do escopo inicial
Planejamento do Projeto de Sistemas
EletroeletrônicosCiclo de desenvolvimento de projeto.
FASES ATIVIDADES
Planejamento da execução do projeto
Definição das atividades de execução do projeto
Definição dos prazos e controles de entrega para cada fase
Definição dos critérios de aprovação e validação do produto.
Definição dos critérios de aprovação e validação de resultado das atividades
Planejamento das atividades de execução do projeto
Analise das viabilidades técnica e financeira finais
Planejamento do Projeto de Sistemas
EletroeletrônicosCiclo de desenvolvimento de projeto.
FASES ATIVIDADES
Construção, teste e validação do protótipo
Execução das atividades
Construção dos protótipos
Verificação do funcionamento dos protótipos
Validação dos protótipos
Planejamento do Projeto de Sistemas
EletroeletrônicosCiclo de desenvolvimento de projeto.
FASES ATIVIDADES
Conclusão do Projeto
Determinação das atividades e recursos para manutenção e produção
Validação do produto
Entrega do produto
Encerramento formal do projeto
Definição do Escopo Inicial
Segundo o Project Management Body Of Knowledge (PMBok), escopo ou
âmbito do projeto é definido como “a soma dos produtos, serviços e resultados
a serem fornecidos na forma de projeto”.
Ou seja, escopo é a declaração documentada das características do
projeto e de todos os fatores que permitirão atender ou não a essas
características.
Dessa forma, o escopo determinará todas as ações que devem ser
desenvolvidas nas fases posteriores do projeto, inclusive a sua própria
viabilidade técnica e econômica.
Definição do Escopo Inicial
Levantamento dos Dados
De maneira geral, um projeto resulta em um produto ou serviço.
Assim sendo, quase tudo o que for definido para o uso do produto pode
também se aplicar a prestação do serviço.
Dessa forma, os dados fundamentais para a definição do escopo são:
a) As características básicas de funcionamento do produto;
b) As condições técnicas e ambientais de uso do produto;
c) As necessidades de recursos tecnológicos, físicos e financeiros para
produção e utilização do produto;
d) As expectativas dos clientes;
e) As legislações aplicáveis ao produto;
f) As previsões de demanda e de vida útil;
g) as informações sobre o gerenciamento de resíduos durante a produção, o
uso e a destinação final do produto.
Diferenciais de Inovação e Ecoeficiência
Um projeto deve, sempre que possível, incorporar elementos de inovação.
Os tablets e os smartphones são exemplos recentes de produtos inovadores.
Esses equipamentos nos permitem realizar tarefas complexas como ler e
enviar e-mails, tirar e enviar fotos, consultar e reproduzir conteúdos em vários
tipos de mídia, praticamente de qualquer local.
Para que um produto seja considerado inovador, ele deve possuir
características inéditas, tais como:
a) Aplicação de novas tecnologias;
b) Uso de novos materiais;
c) Mudança nas características de funcionamento;
d) Mudanças nos processos de produção ou fornecimento.
Diferenciais de Inovação e Ecoeficiência
A ecoeficiência envolve:
a) Fornecer bens e serviços, a preços competitivos, que satisfaçam as
necessidades humanas e tragam qualidade de vida.
b) Reduzir progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos
utilizados durante a produção.
Desse modo, estaremos buscando tanto a eficiência econômica quanto a
ecológica.
Diferenciais de Inovação e Ecoeficiência
Na área de eletroeletrônica, deve-se buscar soluções que façam o uso
mais eficiente da energia e causem o menor impacto ambiental possível.
Exemplos:
a) A troca da iluminação baseada em lâmpadas incandescentes e
fluorescentes por lâmpadas de LED que tem durabilidade media de 100 mil
horas.
b) Especificação de equipamentos e dispositivos, com maior eficiência
energética, e compostos por materiais ecologicamente adequados.
c) Implantação de politica de segregação e descarte ecológico dos resíduos,
em todos os departamentos e em todas as etapas dos processos da
empresa.
d) Desenvolvimento de programas de conscientização sobre ecoeficiência,
que alcancem todos os usuários e colaboradores.
Aspectos Adicionais a Serem Considerados
1 – Qualidade do projeto ou produto: Identificar os requisitos e impactos
decorrentes nos processos de gestão da qualidade, gerados pelo projeto e, se
for o caso, ao produto obtido. Mesmo que a empresa tenha um sistema de
gestão da qualidade baseado na norma ISSO 9001, a preocupação com a
qualidade de seus produtos é um foco de atenção de qualquer gestor. Se o
projeto não atender aos padrões de qualidade da própria empresa, como fica a
sua imagem perante seus clientes e o mercado em geral?
Aspectos Adicionais a Serem Considerados
2 – Gestão de Recursos Humanos: Identificar e gerencia a qualificação dos
recursos humanos dos colaboradores que interagem com o projeto e, quando
aplicável, com o produto gerado. É preciso determinar quais são os
colaboradores mais bem preparados para cada uma das etapas de
desenvolvimento e execução do projeto, além das necessidades de
treinamento para atender a demanda de qualificação da equipe. O mesmo se
aplica para os colaboradores que trabalham nas linhas de produção, no caso
de o projeto gerar um produto a ser produzido em serie.
Aspectos Adicionais a Serem Considerados
3 – Gestão dos riscos: Identificar e gerenciar os riscos envolvidos na
execução do projeto ou produto.
Fatores de risco a serem considerados:
a) Os custos do projeto;
b) O tipo e a duração das atividades; os fatores internos e externos que
influenciem os resultados do projeto.
Análise da Viabilidade Técnica e Financeira
A analise da viabilidade técnica e financeira é feita em três momentos. São
eles:
1 – Início do Projeto
Nessa fase, normalmente o produto ainda não existe. Ele ainda esta sendo
projetado, dimensionado e simulado antes da construção dos primeiros
protótipos. Nesse ponto, já é feita a primeira analise de viabilidade técnica e
financeira do produto, que dará uma estimativa do custo dos recursos
necessários e das previsões de demanda. Esta analise servira de base para a
decisão de investir ou não no planejamento e no desenvolvimento do projeto.
Análise da Viabilidade Técnica e Financeira
2 – Final da fase de planejamento do projeto
Após a fase de validação da proposta e do planejamento constroem-se um
ou mais protótipos desse produto, para a realização de ensaios nas condições
reais de funcionamento, verificando se as características do produto estão
sendo atendidas. No case de não atender, o produto retorna para fase de
projeto. Nesse momento, a determinação dos recursos e, consequentemente,
dos custos sera mais próxima do resultado final, sendo mais precisa.
Análise da Viabilidade Técnica e Financeira
3 – Quando são requisitadas alterações no projeto
Os pedidos de mudanças só poderão ser atendidos depois de avaliarmos
os impactos decorrentes dos custos e da viabilidade técnica do projeto.
Nessas analises de viabilidade, o desempenho do produto, seu custo de
produção a expectativa de demanda pelo mercado e o preço de venda, são
critérios que devem ser levados em conta para determinar se é viável para a
empresa colocar o produto em produção e oferta-lo ao mercado.
Análise da Viabilidade Técnica e Financeira
A viabilidade técnica pode ser feita a partir da comparação dos recursos
tecnológicos disponíveis com os previstos para o projeto.
Assim, os critérios de analise da viabilidade técnica podem ser:
a) Disponibilidade das tecnologias escolhidas em quantidade tal que atendam
a produção e deem suporte ao uso do produto;
b) Disponibilidade das ferramentas, equipamentos e dispositivos
especificados no mercado;
c) Disponibilidade de mão de obra adequada e suficiente para realização da
produção;
d) Atendimento aos requisitos legais e as normas aplicáveis ao produto ou ao
serviço.
Análise da Viabilidade Técnica e Financeira
Com relação a viabilidade financeira, devemos comparar os investimentos
necessários na produção do produto com as expectativas de valor de venda e
demanda. Essa relação permitira medirmos:
a) Os tempos necessários para que o investimento feito no produto seja
recuperado;
b) Os lucros que serão gerados para a empresa, a médio e longo prazos.
Os critérios de viabilidade financeira de um produto são:
a) Levantamento dos custos diretos e indiretos com o desenvolvimento e a
produção do produto;
b) Existência de recursos financeiros no mercado, para assegurar a
realização do projeto e manter o produto operando;
c) Retorno esperado com o produto ou serviço adequado ao investimento
aplicado para desenvolve-los.
Validação do Escopo Inicial do Projeto
Uma vez definido o escopo inicial, ele precisa ser submetido a validação
do cliente. Esse processo visa avaliar e estabelecer junto ao cliente os
seguintes aspectos do projeto:
a) Todas as características funcionais do projeto;
b) As soluções tecnológicas que serão aplicadas;
c) As estimativas de prazo e custo para execução do projeto;
d) Quaisquer outros fatores ainda não levados em conta, que possam
influenciar significativamente no custo ou no prazo de execução do projeto,
como, por exemplo, mudanças ou incorporação de novas funcionalidades
ou uso de tecnologias alternativas.
Critérios para Avaliação do Protótipo/Produto
Critérios para Avaliação do Protótipo/Produto
PROCESSOS RECOMENDAÇÕES
Operação com Segurança
Procedimentos de operação segura do equipamento ou sistema
Relação de EPIs e EPCs a serem utilizados em conjunto com o equipamento ou sistema
Processos de produção
Sequencia de montagem dos dispositivos
Necessidades de treinamento dos colaboradores
Especificações criticas para aquisição de componentes, maquinas e equipamentos para produção
Especificações para aquisição de ferramentas e instrumentos utilizados na produção
Critérios para Avaliação do Protótipo/Produto
PROCESSOS RECOMENDAÇÕES
Ensaios e pontos de verificação e ajustes
Procedimentos de ajuste e teste a serem feitos durante a produção, instalação e validação do produto
Procedimentos de teste a serem utilizados pelos clientes
Processos de manutenção
Procedimento para manutenção
Especificações criticas para aquisição de componentes, maquinas e equipamentos para manutenção
Especificações para aquisição de ferramentas e instrumentos utilizados na manutenção
Controle dos impactosambientais
Procedimentos para evitar ou minimizar os impactos durante a instalação, operação e manutenção do equipamento ou sistema
Planejamento das Etapas para Execução
1 – Definição das Atividades de Execução
Definido e validado o escopo do projeto, deve-se criar um plano de
gerenciamento de sua execução. Esse plano, ou a definição das atividades de
execução deve conter todas as etapas de execução, para transformar o
escopo em um produto ou serviço.
Organizando essas informações, teremos a disposição ferramentas
eficientes para o controle da execução do projeto.
Planejamento das Etapas para Execução
2 – Previsão e Alocação dos Recursos para a Execução das Atividades
Para viabilizar a execução das atividades, precisamos prever os recursos
humanos e materiais necessários. Os recursos materiais, por sua vez, podem
se dividir em: componentes materiais, ferramentas, maquinas e equipamentos.
A definição destes recursos é necessária para a avaliação dos custos e,
consequentemente, da viabilidade de execução do projeto.
Planejamento das Etapas para Execução
3 – Prazos para Fornecimento dos Recursos Materiais e Humanos
A definição em que instantes os recursos devem estar disponíveis serve
para que as atividades de realização do projeto não sejam prejudicadas pela
falta de algum recurso.
As situações imprevistas, relacionadas a realização do projeto ou a entrega
dos recursos, devem ser contornáveis, para evitar atrasos na conclusão dos
trabalhos.
Validação do Escopo do Projeto
É preciso sempre validar o escopo do projeto junto aos clientes antes de
passarmos as etapas seguintes, uma vez que o escopo a ser validado contem
todas as especificações para que o funcionamento do produto ocorra conforme
o previsto.
Tais especificações são:
a) A descrição completa do funcionamento do produto;
b) Os recursos físicos, financeiros e humanos necessários;
c) Os requisitos de infraestrutura e de suporte necessários;
d) A estimativa da viabilidade técnica e financeira do produto;
e) A estimativa dos prazos.
Cronograma de Execução do Projeto
O cronograma de atividades deve ser elaborado a partir do EAP e das
previsões de alocações de recursos e prazos para fornecimento, abordadas
nos anteriormente.
As ferramentas mais utilizadas para elaboração de cronogramas são as
planilhas eletrônicas, que podem inclusive transformar cronograma em um
diagrama de Gantt, que é mais eficiente, principalmente quando desejamos
acompanhar a execução das atividades.
Alocação dos Recursos
Na fase de planejamento do projeto foram previstos todos os recursos
necessários para executá-lo.
Se na construção do produto/protótipo, algum dos recursos não estiverem
disponíveis, sera necessário fazer uma analise criteriosa das condições e
recursos atuais, para decidir sobre dar continuidade ou não à execução do
projeto.
Se a decisão for por continuar, essa analise deve resultar na indicação das
alterações necessárias e na elaboração da sua documentação, tanto no que se
refere ao escopo, quanto nos recursos alocados para garantir a sequencia das
atividades.
Novamente se fará necessário uma nova validação do escopo ou do
cronograma, junto ao cliente, caso esses dois aspectos tenham sido alterados.
Definição do Escopo Inicial
Os protótipos são construídos para a validação das características físicas
e funcionais dos produtos, que não podem ser comprovadas em ambientes
virtuais de simulação.
Os dados obtidos a partir dos protótipos devem ser analisados
criteriosamente e ensaios de funcionalidade devem ser feitos até que se possa
garantir sistematicamente o alcance dos resultados, previstos na fase de
dimensionamento.
Assim que os resultados previstos forem atingidos, deve-se então
prosseguir com as próximas fases de execução do projeto.
Validação do Projeto
O ato de validar o projeto envolve comparar as características funcionais,
técnicas e econômicas previstas, com as obtidas depois da fase de execução.
As atividades envolvidas nesse processo podem variar dependendo do tipo
de projeto que foi desenvolvido e do detalhamento do escopo, mas devem
incluir a avaliação das características técnicas e funcionais, testes e
simulações e a avaliação do alcance do escopo definido com o cliente.
Elaboração de Documentação Técnica
Os principais documentos da gestão de projetos variam de acordo com o
porte do empreendimento e das diretrizes da empresa. No entanto, podemos
citar alguns que são os mais comuns. São eles:
• Memorial descritivo;
• Registro da avaliação de viabilidade;
• Registro de validação e comissionamento;
• Plano de gerenciamento do projeto;
• Termos de abertura e encerramento do projeto.
Memorial Descritivo
O memorial descritivo é um dos principais documentos técnicos do projeto.
Ele tem a função de apresentar aos clientes uma síntese das informações mais
importantes do projeto, incluindo a descrição das situações atual e da que
existira após a conclusão, além dos investimentos necessários para que a
mudança ocorra.
A finalidade básica do memorial é subsidiar a decisão pela execução ou
não do projeto, sempre com base na comparação das vantagens obtidas em
relação ao custo.
Ele não é o projeto em si, pois, na maior parte das vezes, a equipe que
recebe esse documento não possui os conhecimentos técnicos específicos que
envolvem a solução apresentada. No entanto, é essa equipe que tem a
autoridade para decidir estrategicamente pela adoção da solução proposta.
Dessa forma, os dados apresentados devem ser os necessários e suficientes
para que os clientes tomem uma decisão administrativa correta.
Memorial Descritivo
Os principais itens de um memorial descritivo são:
a) Identificação do projeto
Nesse item há todos os dados da empresa ou da equipe de projeto,
identificando o próprio projeto, o cliente, as datas de inicio e conclusão do
projeto, isto é, contem todas as informações que permitam a caracterização
desse projeto, diferenciando-o dos demais feitos pela empresa executante.
Memorial Descritivo
b) Legislação e normas aplicáveis
Há casos nos quais o produto deve, obrigatoriamente, atender aos
requisitos ditados por normas técnicas ou legislações especificas, como, por
exemplo, os equipamentos das áreas medicas e hospitalares, de energia e de
telecomunicações. No caso de não atendermos ou considerarmos os requisitos
legais, podemos correr o risco de termos, inclusive, impedidas a execução do
projeto ou a comercialização do produto.
Uma pesquisa deve ser feita, pela equipe de projeto, para determinar se
existem requisitos legais aplicáveis aos produtos, pois eles podem variar entre
os países, estados e ate mesmo municípios, onde os produtos serão utilizados.
Memorial Descritivo
c. Características básicas do projeto
Esse item trará a definição do escopo inicial e das principais características
funcionais do produto. Deve demonstrar como ele irá atender as expectativas e
as necessidades dos clientes.
No caso de características definidas por normas e legislações, deve ficar
claro, pelo menos, a quer normas e legislações o projeto atenderá.
Memorial Descritivo
d. Premissas e considerações
Quando aplicável, devem ser explicitadas todas as considerações feitas
para viabilizar o dimensionamento dos elementos do projeto. Muitas vezes
esse item pode estar diluído no memorial descritivo. Ele aparecera a parte
sempre que as considerações feitas devam ser justificadas.
Memorial Descritivo
e. Detalhamento dos componentes, materiais e equipamentos
empregados
Esse aspecto trará uma relação dos itens que iremos adquirir de terceiros,
para compor o projeto ou ao produto.
Ele serve como uma garantia básica da qualidade desses elementos,
indicando aos clientes a real dimensão do que ele deve encontrar ao adquirir o
produto.
Os componentes são listados por suas características técnicas ou por
códigos de referencia dos fornecedores.
Memorial Descritivo
f. Detalhes importantes para o entendimento completo do projeto
Nesse tópico devem ser listados todas as informações não consideradas
anteriormente, mas necessárias para a decisão sobre a continuidade do
projeto. Ele normalmente é aplicável a projetos de médio e grande portes.
Memorial Descritivo
g. Registro de avaliação de viabilidade
A analise das viabilidades técnica e financeira é critica para as tomadas de
decisão sobre o projeto. As viabilidades devem ser feitas no inicio e no final da
fase planejamento, de modo a demonstrar se o produto atendera as
necessidades dos clientes, aos requisitos legais e quais os recursos
necessários para a execução do projeto.
Com base nos registros gerados por essa analise é que os clientes
validarão o escopo do projeto, autorizarão seu inicio e alocarão os recursos
para sua execução.
Memorial Descritivo
h. Registros de validação e comissionamento
Quando os trabalhos envolverem também a instalação do produto, ou o
serviço ofertado for a instalação de um sistema, há um registro especial de
validação denominado comissionamento.
Comissionamento é uma atividade que garante o atendimento aos padrões
operacionais, dentro dos requisitos estabelecidos pelo cliente final, através de
um conjunto de procedimentos e técnicas aplicadas de forma integrada, a um
produto ou instalação. Seu principal objetivo é garantir a transferência de
responsabilidade da equipe que executou o projeto para o usuário final do
sistema.
O comissionamento, de forma resumida, é um registro que indica em que
situação esta sendo feita a entrega da instalação e quais das suas principais
funcionalidades serão testadas e aferidas no local de uso.
Memorial Descritivo
i. Plano de gerenciamento do projeto
Esse documento dará as diretrizes de controle das alterações feitas no
projeto durante todas as suas fases, desde sua abertura, até a sua entrega ou
o inicio de sua produção.
O controle das alterações deverá ser feito a partir de uma sistemática de
controle de alterações que informe e atualize as mudanças feitas, de maneira
que todas as equipes atuem com a versão mais atualizada do projeto.
Memorial Descritivo
i. Termos de abertura e encerramento do projeto
O termo de abertura de projeto é semelhante ao memorial descritivo. Além
das informações normalmente contidas nesse documento, o termo de abertura
trará dados sobre os impactos do projeto na empresa, no mercado e no cliente,
definirá as responsabilidades e autoridades sobre cada uma das varias etapas
do projeto, indicando um gerente geral e, se for o caso, os responsáveis de
cada uma das equipes que atuarão no desenvolvimento e na execução do
projeto.
O termo de encerramento trará os dados sobre o final do ciclo do projeto,
incluindo a avaliação do alcance do escopo, o comissionamento e as
recomendações para todas as atividades do pós-projeto.
Melhorias para o Projeto
Quando pensamos em melhorias, estamos, na verdade, buscando obter
melhores resultados para um produto ou processo. Para alcançarmos essa
melhoria, quando tratamos de um projeto, podemos atuar em duas frentes.
A primeira, que é mais intuitiva, é na melhoria da concepção do produto
final. Nesse caso, as melhorias terão quase sempre, um caráter mais técnico,
ou seja, estarão focadas nas tecnologias e processos para construção e
produção do produto.
Porém, se focarmos todos os nossos esforços somente na melhoria do
produto final, estaremos correndo o risco de limitar esse resultado. Isso se
explica por uma famosa frase de Albert Einstein: “Insanidade é continuar
fazendo sempre as mesmas coisas, esperando resultados diferentes”.
Melhorias para o Projeto
A segunda é no ciclo de desenvolvimento do projeto, que se concentra
na gestão do processo que conduz ao produto final. Nesse contexto, as
melhorias serão implantadas nos processos e técnicas, tendo um caráter mais
gerencial.
Também não podemos garantir que um foco, somente na melhoria do ciclo
de desenvolvimento do projeto, gere um produto melhor.
Mesmo assim, as melhorias sempre são possíveis, quer seja na concepção
do produto, quer na sua implementação.
Dessa forma, a melhor chance de obtermos as melhorias em um projeto, é
atuarmos nas duas frentes. Porém, o custo dessa tarefa poderá torna-la
inviável.
Melhorias para o Projeto
A solução então é trabalhar, desde o inicio, com uma sistemática de ciclo
de projeto voltada para obtenção dos melhores resultados, utilizando os
recursos da melhor forma, buscando desenvolver um produto que atenda
também as expectativas dos clientes da melhor forma possível.
Nesse contexto, aumenta a importância da fase de levantamento do
escopo. Se o levantamento dos dados para construção do escopo for eficiente,
o produto tende a atender as expectativas dos clientes, da melhor forma
possível.
Referências Bibliográficas
PROJECT MANAGEMENTE INSTITUTE, INC. Um Guia do
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 4 ed.
Pennsylvania, EUA, 2008.
DINSMORE, Paul Campbell e NETO, Fernando Henrique da Silveira.
Gerenciamento de projetos: como gerenciar seu projeto com qualidade,
dentro do prazo e custos previstos. 6ª Reimpressão. Rio de Janeiro:
Qualitymark Editora, 2011.
VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de projetos: estabelecendo
diferenciais competitivos. 7ª edição. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.
SENAI DN. Projetos de melhorias de sistemas eletroeletrônicos.