projeto_ingridt.pdf
TRANSCRIPT
-
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARABA
PR-REITORIA DE PS-GRADUAO E PESQUISA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL (MESTRADO) UEPB/UFCG
ESTADO E SETOR PRIVADO NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE
AREIA-PB
Ingridt Millenna Vieira Dantas Miranda
Campina Grande, PB
Novembro, 2014.
-
1
ESTADO E SETOR PRIVADO NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE
AREIA-PB
Resumo:
O turismo tem se tornado uma importante ferramenta de fomento ao desenvolvimento
local. Na Paraba essa ferramenta tem sido utilizada de forma descentralizada, no
apenas no turismo de "sol e mar", a partir da existncia de polticas de incentivo e da
criao de atrativos para regies como a de Areia, que utiliza seu patrimnio histrico e
cultural para proporcionar um turismo diferenciado. A interveno do Estado atravs de
polticas pblicas e da articulao com os setores privados e a sociedade em geral
fundamental para alcance do objetivo desta ferramenta. Neste sentido, o objetivo deste
projeto analisar em que medida os investimentos pblicos vem contribuindo para a
(re)estruturao da dinmica do setor privado e quais os desdobramentos deste processo
no desenvolvimento do turismo no municpio de Areia, localizado na Microrregio
Brejo Paraibano e na Mesorregio Agreste Paraibano. Pretende-se, portanto, contribuir
com a discusso sobre a contribuio dos incentivos pblicos na dinmica do setor
privado e como este interfere no desenvolvimento do turismo em Areia.
Palavras chave: Turismo, Areia, Polticas Pblicas, Setor Privado, Desenvolvimento
Local.
-
2
1. Introduo
O turismo vem se apresentando como uma importante atividade para a
economia, em alguns estados est atividade j se tornou prioridade da administrao
pblica, assim a ao do governo torna-se estratgica no sentido de firmar parcerias com
a iniciativa privada e o setor pblico (ROCHA, 2006). O turismo dependente de
investimentos dos setores pblico e privado para se desenvolver. Logo, fundamental a
formao de uma parceria publica, privada e da sociedade em geral, objetivando a
cooperao na busca por alternativas que contribuam com o desenvolvimento da
atividade turstica (GORNI e DREHER, 2011).
Na teoria do desenvolvimento sustentvel de Sachs (2004), o Estado tem o papel
de elaborar polticas complementares de desenvolvimento a partir dos seguintes
aspectos: explorar todas as oportunidades de crescimento e gerao de emprego e renda;
desenhar polticas para consolidar e modernizar a agricultura familiar como parte de
uma estratgia para estimular o desenvolvimento rural; promover aes afirmativas para
melhorar a condio de trabalhadores por conta prpria e microempresas; estabelecer
conexes mutuamente benficas entre grandes e pequenas empresas; usar as compras
governamentais para promover as micro e pequenas empresas; fortalecer as empresas
industriais de grande porte e transform-las em atores competitivos em escala global.
Um fator determinante para a eficcia das polticas criadas pelo governo,
induzir nesse processo mecanismo de participao da comunidade. Bandeira (1999) cita
que o desenvolvimento deste mecanismo est diretamente ligado ao avano da
democracia e a sua ampla utilizao no contexto internacional, para o autor a
participao da comunidade na implantao destas polticas influencia diretamente
quando estes participam e tendem a se identificar com a ao proposta.
O Brasil foi ousado ao criar programas que apoiam as regies com potencial
turstico (SILVA, 2011). Na Paraba algumas regies vm tendo destaque por ofertar
servios e produtos que promovem o desenvolvimento sustentvel, para atender o pblico
de turistas que surgem em busca de experincias como: danar coco de roda em uma
comunidade quilombola, degustar um prato novo, meditar em uma reserva ecolgica ou
partilhar de uma oficina de artesanato, entre o Brejo e o Litoral Sul existem cerca de 60
atividades desse tipo apoiadas pelo Sebrae (MACHADO, 2013).
-
3
Os municpios de Areia e Bananeiras reconhecidas pelas riquezas natural,
histrica e cultura so destaques nas atividades criativas, Areia possu atualmente 27
engenhos que abrem as portas para a visitao dos turistas de segunda a domingo para
que eles conheam a histria local, o processo de produo e experimentem os produtos
ali produzidos, em um final de semana esses estabelecimento chegam a receber at 300
visitantes (BRITO, 2013).
Dados extrados do Empresmetro (2014) mostram que o municpio de Areia
possui hoje 964 empreendimentos formais abertos, com um aumento de 30,27% se
comparado ao ano de 2012 quando contava com 740 empresas formalizadas. Com base
em dados extrados do Sinac-Simples Nacional destes empreendimento ativos, 929 so
optantes do Simples Nacional e pertencem aos setores de Comrcio, Indstria, Servio e
Agronegcio, na cidade as cinco atividades com maior nmero de empresas cadastradas
so: comrcio de artigos de vesturio e acessrios, comrcio varejista de minimercados,
empresas de txi/moto txi, artigos de colchoaria e de armarinho, respectivamente.
Partindo do pressuposto de que a participao do poder pblico fundamental
no desenvolvimento ao turismo e na articulao de parcerias pblico-privadas, este
projeto tem o objetivo de entender como as iniciativas pblicas tm contribudo para
que o setor privado desenvolva o turismo no municpio de Areia, localizado na
Microrregio Brejo Paraibano e na Mesorregio Agreste Paraibano. A temtica proposta
est intimamente relacionada com o j constatado destaque da atividade turstica deste
Municpio e com a sua importncia para o desenvolvimento local.
2. Objetivo Geral
Analisar em que medida os investimentos pblicos vem contribuindo para a
(re)estruturao da dinmica do setor privado e quais os desdobramentos deste
processo no desenvolvimento do turismo no municpio de Areia, localizado na
Microrregio Brejo Paraibano e na Mesorregio Agreste Paraibano.
2.1 Objetivos especficos
Identificar as aes dos poderes pblicos para o desenvolvimento do turismo;
Avaliar a participao do setor privado no desenvolvimento do turismo;
Mapear a participao do setor privado no fomento a atividade turstica;
-
4
Identificar as mudanas realizadas no municpio a partir das aes pblicas e
privadas;
Analisar o turismo em Areia como fator de desenvolvimento local
3. Metodologia
Os procedimentos metodolgicos que sero adotados tero dois nveis de
abordagem. O primeiro ter como foco as polticas pblicas e os investimentos estatais
direcionados para a Microrregio Brejo Paraibano, especialmente para o municpio de
Areia, e a relao deste com a (re)estruturao das dinmicas do setor privado
vinculado ao turismo. Para tanto, sero utilizados dados oficiais: do Programa de
Acelerao do Crescimento; do Ministrio do Turismo e da Secretaria Estadual do
Turismo; e das Pesquisas de Servios de Hospedagem, Anual de Servios e Anual de
Comrcio, disponveis no Sistema IBGE de Recuperao Automtica.
De posse das informaes obtidas pelos dados oficiais sistematizadas se iniciar
o segundo nvel, o trabalho de campo propriamente dito, que se pautar em visitas ao
municpio de Areia para observar a dinmica do turismo local e a realizao de
entrevistas semiestruturadas com empresrios, empreendedores e gestores pblicos para
avaliar a participao do setor privado no fomento atividade turstica e as possveis
mudanas que as polticas pblicas e os investimentos estatais desempenharam na
dinamizao do turismo e do desenvolvimento local.
4. Reviso da Literatura
Os estudos a cerca do turismo tornam-se cada vez mais recorrentes, para
Brasileiro (2012) o turismo tem se tornado pea central nas discusses no mbito
acadmico, governamental e empresarial como possibilidade de implantao de novos
modelos e paradigmas de desenvolvimento local. O foco dos pesquisadores que
mergulham no estudo dos fenmenos do turismo est na interpretao e entendimento
das dinmicas socias, dos mecanismos do mercado e das aes governamentais (PANIS,
2009).
O Brasil (2013a) define que o turismo uma atividade de demanda e seu
desempenho est associado ao crescimento da renda dos seus consumidores. Panis
(2009), destaca que historicamente o turismo uma atividade que tem seu
-
5
desenvolvimento associados sociedade industrial e a existncia dos direitos
trabalhistas, principalmente o direito a frias. Malta (2011) entende que o turismo um
agente promotor, que compe uma estratgia maior de desenvolvimento aonde sua
promoo refletir no contexto econmico, social, poltico e etc.
Como forma de analisar a participao do turismo no desenvolvimento local
importante observar que dados da Organizao Mundial de Turismo (OMT), mostram
que entre 2005 e 2013, as viagens internacionais cresceram, em mdia, 3,8% ao ano,
alcanando o total recorde de 1.087 milhes de chegadas de turistas em 2013 (BRASIL,
2013b). O turismo pode interferir efetivamente com o aumento de oportunidades de
emprego, contribuindo com os jovens e demais pessoas assistidas por programas
sociais, haja vista que a atividade no requer altos investimentos e por necessitar de mo
de obra para realizar os servios presentes na sua cadeia produtiva (BRASIL, 2013a).
O turismo corresponde a 3,7% do PIB brasileiro. De 2003 a 2009, o setor
cresceu 32,4%, enquanto a economia brasileira cresceu 24,6%. Para o World Travel &
Tourism Council (WTTC), no ano de 2011, cerca de 2,74 milhes de empregos diretos
foram gerados pelo turismo e com estimativa de crescimento de 7,7% para o ano de
2012, totalizando 2,95 milhes de empregos (WTTC, 2013a). Estima-se ainda que para
o ano de 2022 o turismo seja responsvel por 3,63 milhes de empregos (BRASIL,
2013b). O registro das entradas de turistas estrangeiros no pas no sofreram grande
alterao, so 5,8 milhes de chegadas no ano de 2012 o maior nmero j registrado. A
previso que esses nmeros cresam no mdio prazo (BRASIL, 2013b).
Para o Idestur (2014), desde os anos 1950, o turismo rural considerado um
estratgia de desenvolvimento local na Europa, nos Estados Unidos e mais tarde para a
Amrica Latina, o continente Africano, Oceania e Japo. No Brasil esta atividade se
desenvolve a pouco mais de 20 anos, com programas de regionalizao que definem o
turismo rural como um conjunto de atividades tursticas que acontecem no meio rural,
que envolve a produo agropecuria e agrega valor aos produtos e servios ofertados,
trazendo de volta e promovendo o patrimnio cultural e natural do local.
O turismo desenvolvido no espao rural destaca-se por dois aspectos: a busca
por atividades relacionadas a natureza e pelo contato com a cultura e os modos de vida
locais (PANIS, 2009). A OMT calcula que o turismo rural possui grande potencial e que
pelo menos 3% dos turistas definem seus roteiros para o turismo rural, e indica que este
-
6
segmento em um crescimento de aproximadamente 6% por ano, o que caracteriza que o
turista deixou de ser um mero espectador do ambiente da sua viagem, mas que
realmente vivencia a cultura e a experincia dos lugares visitados (IDESTUR, 2014).
O governo utiliza os incentivos favor do desenvolvimento do turismo, como
forma de alcanar os objetivos definidos pela poltica de turismo, alm de mitigar
deficincias do mercado e firmar parcerias entre o pblico e o privado. Essa cooperao
entres os setores esto avanando em todos os pases, tanto desenvolvidos quanto
emergentes, uma tendncia natural que cada vez mais grupos se mobilizem para
contribuir com o desenvolvimento do turismo, mesmo no fazendo parte de atividades
afins deste segmento (GORNI e DREHER, 2011).
As polticas pblicas de turismo no Brasil so recentes, mas a partir da dcada de
90, possvel observar uma agilidade no desenvolvimento destas aes, depois de
percebida pelos governantes a importante funo que esta atividade possui. Neste
sentido os autores destacam que a formulao de polticas de desenvolvimento do
turismo est intimamente ligada s polticas, econmicas, educacionais e da sade,
como perspectiva de buscar desenvolvimento para a sociedade. Logo, compete aos
rgos pblicos a tarefa de definir prioridades, criar normas, administrar recursos e
incentivos para que estas polticas possam ser implantadas (SANTOS e GOMES, 2007).
Desde a criao do Ministrio do Turismo e a reativao do Conselho Nacional
de Turismo, em 2003, esta atividade vem ganhando reconhecimento como importante
instrumento de desenvolvimento socioeconmico. A partir da elaborao do PNT, que
atualmente est na edio 2013-2016, tem sido possvel agregar esforos, recursos e
talentos em prol da atividade turstica, esse processo tem envolvido direta e
indiretamente, instituies publicas e privadas vinculadas ao setor. (BRASIL, 2013a).
O Plano Nacional do Turismo atualmente a principal ferramenta norteadora
das diversas aes que tem sido realizadas para fomentar o desenvolvimento do turismo
no Pas. De uma maneira geral esto sendo realizadas aes a fim de: desenvolver
estudos e pesquisas sobre a atividade turstica, integrar a produo associada na cadeia
produtiva do turismo, combater a explorao de crianas e adolescentes, melhorar a
infraestrutura turstica, capacitar e qualificar profissionais e gestores do setor de
turismo, incrementar as linhas de financiamento iniciativa privada, realizar campanhas
de promoo do turismo interno, entre outras (BRASIL, 2013a).
-
7
As linhas de crdito do Ministrio do Turismo preveem a expanso das parcerias
estabelecidas com os bancos pblicos, com o objetivo de incentivar e estimular formas
inovadores de acesso ao crdito. Segundo Barbosa, Kiyotani e Paes (2014) a criao do
Programa de Turismo Rural na Agricultura Familiar (PNTRAF), o Programa de
Regionalizao do Turismo (PRT) e o Programa Roteiros Nacionais da Imigrao
(PRNI) foram aes especficas para contribuir com o desenvolvimento do turismo rural
e que esses programas fortalecem o turismo atravs de polticas pblicas que fornecem,
como por exemplo: infraestrutura, capacitao e valorizao da cultura local.
O turismo peculiar por se tratar de um setor fragmentado, por isso
fundamental que o governo aborde ele de maneira diferenciada. Com este objetivo o
Ministrio do Turismo investiu entre os ano de 2003 a 2012 o valor de R$ 13,8 bilhes
em aes de apoio as atividades do setor. (BENI, 2006). Os Plano de desenvolvimento e
investimentos contriburam para que em 2012 o Brasil atingisse o 59 lugar no ranking
global de competitividade do turismo, ultrapassando o Chile, o Uruguai e a Argentina.
Reflexo disso que j existe nas famlias brasileiras uma maior tendncia a viagens de
lazer, de 2005 a 2011, registrou-se a expanso de 37,0% no nmero de viagens
(BRASIL, 2013a).
O que evidencia a expanso do turismo e de sua participao cada vez maior na
economia do Pas o volume de crdito repassado ao setor, com base em dados
fornecidos por bancos como: BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa Econmica Federal, o
Banco da Amaznia (BASA) e o Banco do Nordeste (BNB), possvel observar um
crescimento de 923,60% de 2012 em relao a 2003, j em 2012 esse aumento foi de
11,2 bilhes, valor 30% maior quando comparado ao ano anterior (BRASIL, 2013a).
O turismo na Paraba est em desenvolvimento, por causa dos potencias de suas
praias, serras e depresses sertanejas, para ele Joo Pessoa e Campina Grande possuem
grandes investimentos no setor de servios de e infraestrutura viria, hoteleira e de lazer
para o turismo. Essa prtica vem sendo expandida para outras regionais no decorrer do
estado, a exemplo de Cabaceiras, Areia, Monteiro e Sousa que exploram seus recursos
naturais, histricos e arquitetnicos para intensificarem suas atividades tursticas.
O turismo na Paraba tem estado descentralizado do litoral, mas no interior ele
ainda no est consolidado, desde 2007 com a criao do Caminhos do Frio nas cidades
de Bananeiras, Alagoa Grande, Serraria, Alagoa Nova, Areia e Piles o evento tem
-
8
tentado motivar o fluxo de turista na regio. Neste sentido o Programa de
Desenvolvimento do Turismo no Estado da Paraba, tem dedicado suas aes com o
objetivo de organizar e estruturar os desenvolvimento integrado e sustentvel,
colaborando com maior competitividade da economia, aumento do capital social e
humano, a partir do uso das construes rurais e engenhos para explorar atividades
associadas ao turismo (ROJAS, GUARDIA e NASCIMENTO, 2014).
O municpio de Areia possui representatividade no Estado da Paraba pelo seu
potencial histrico de relevncia, cujo valor vem sendo reconhecido pelos programas
federais de incentivo a aes de conservao e de fomento s atividades do setor
turstico. Areia foi o primeiro municpio da Paraba a ter seu acervo histrico
reconhecido pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), em
seguida foi tombada pelo Ministrio da Cultura, fatos que contriburam para que Areia
fosse beneficiada com o Plano de Acelerao para o Crescimento (PAC), atravs do
Plano de Ao para Cidades Histricas (PAC-CH) (SILVA, 2011).
Areia esta situada a quase mil metros de altitude, em uma regio com muito
verde e temperatura amena, e guarda com grande preservao casarios do interior do
Nordeste. A zona rural de Areia um exemplo do que a Microrregio Brejo Paraibano
proporciona para o turismo rural. As propriedades de engenho, juntamente com a
cultura local, constituem grandes atrativos, alm do artesanato da cidade, trilhas,
cachoeiras e rios que definem a paisagem de serras e vales, viabilizando a prtica dos
esportes radicais e de aventura (ROJAS, GUARDIA e NASCIMENTO, 2014).
Atravs de polticas publicas e parcerias Areia vem sendo beneficiada por
diversas instituies como: o Sebrae, Associaes de Moradores Locais, Banco
Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) e IPHAN, que promovem
o desenvolvimento turstico local. Algumas aes dos gestores do turismo local
proporcionaram a criao do Festival de Cultura e Artes de Areia e do Caminho dos
Engenhos. Estes eventos so exemplos da importncia das polticas pblicas de turismo
direcionadas na preservao da cultura local e vrios outros benefcios ou impactos,
como os econmicos e culturais (BARBOSA, KIYOTANI e PAES, 2014).
Outros investimento contriburam para que a Associao para o
Desenvolvimento Sustentvel da Comunidade Ch do Jardim, na zona rural de Areia
ampliem a produo de polpa de fruta de 2 para 15 toneladas, o montante de R$ 62,6
-
9
mil que beneficiar 200 famlias foi uma parceria do Projeto Cooperar e Banco
Mundial. Alm da produo de polpa a comunidade trabalha com a realizao de uma
trilha pela Mata Atlntica, ambas as atividades ainda se integram com o Restaurante V
Maria e uma loja de artesanato de produtos fabricados com a palha da bananeira que
complementam o roteiro turstico nesta comunidade (PORTAL CORREIO, 2014).
So ntidos os benefcios sociais, culturais e econmicos que o turismo vem
proporcionando para o municpio de Areia. Como efeito desta prtica as pessoas se
mostram motivadas e com sentimento de valorizao da cultura local. Esses benefcios
esto sendo relatados por empresrios locais, que observam o fato de estarem
empregando pessoas da prpria comunidade e movimentando a economia do municpio
(BARBOSA, KIYOTANI e PAES, 2014).
5. Cronograma
PERIODO 2015.1 2015.2 2016.1 2016.2
Atividade/Ms 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Pesquisa
bibliogrfica
Mapeamento do
objeto de estudo
Planejamento das
atividades de campo
Levantamento de dados
Transcrio e
anlise dos dados
Elaborao e qualificao da
dissertao
Apresentao da dissertao
6. Referncias
BANDEIRA, P. Participao, articulao de atores sociais e desenvolvimento
regional. Braslia: IPEA,1999.
BARBOSA, E.; KIYOTANI, I. B.; PAES, T. A. As polticas pblicas do turismo rural
em Areia/PB - 2014. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO
RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL, 9, So Paulo. Anais... So
Paulo: ECA, 2014
BENI, M. C. Poltica e planejamento estratgico no desenvolvimento sustentvel do
turismo. Revista Turismo em Anlise, So Paulo, v. 7, n. 1, p. 5-22, maio 2006.
BRASIL. Ministrio do Turismo. Plano Nacional do Turismo. Braslia, 2013a.
Disponvel em: < http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/plano_nacional/>.
Acesso em 25 out. 2014
BRASIL. Ministrio do Turismo. Estatsticas e indicadores do turismo no mundo.
Disponvel em:
-
10
. Acesso em: 25 out. 2014.
BRASIL. Ministrio do Turismo. Fomento Iniciativa Privada. Disponvel em:
.
Acesso em: 25 out. 2014.
BRASILEIRO, M. D. S. Desenvolvimento e turismo: para alm do paradigma
econmico. In: BRASILEIRO, M. D. S.; MEDINA, J. C. C.; CORIOLANO, L. N.
Turismo, cultura e desenvolvimento. Campina Grande: EDUPB, 2012. p. 75-98.
BRITO, P. Paraba investe na Economia Criativa para alavancar o turismo. 2013.
Disponvel em: . Acesso em: 25 out. 2014.
EMPRESOMETRO. Estatsticas. Disponvel em:
. Acesso em: 25 out. 2014.
GORNI, P. M. e DREHER, M. T. Desafios intersetoriais no desenvolvimento do
turismo: uma leitura das parcerias em Blumenau, SC. Caderno Virtual de Turismo.
Rio de Janeiro, v. 11, n. 1., p.1-17, abr. 2011.
IDESTUR. Turismo rural brasileiro. Disponvel em:
.
Acesso em: 25 out. 2014.
MACHADO, J. Projetos em Areia, na Paraba, incentivam o empreendedorismo:
Comunidade Ch de Jardim se destaca no Brejo pela criatividade. Esprito de
empreendedorismo 'feito' at da palha seca da bananeira. 2013. Disponvel em:
. Acesso em: 25 out. 2014.
MALTA, G. A. P. Turismo e desenvolvimento: anlise de uma complexa relao
considerando as abordagens e concepes presentes na literatura do turismo.
Dissertao (Mestrado em Geografia) - Departamento de Geografia, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.
OLIVEIRA, F. J. G. Investimentos pblicos e desenvolvimento local: sentidos
estratgicos dos recentes projetos e polticas pblicas no rio de janeiro. In: COLOQUIO
INTERNACIONAL DE GEOCRTICA, 10, Barcelona. Anais... Barcelona:
Universidad de Barcelona, 2008.
PANIS, M. Turismo, patrimnio cultural e desenvolvimento local O Distrito de Rinco da Cruz no Municpio de Pelotas/RS. Dissertao (Mestrado em Geografia) -
Instituto de Geocincias, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
PORTAL CORREIO. Projeto de turismo alcana 200 famlias na Paraba com
investimentos de R$ 62,6. Disponvel em:
. Acesso em: 25 out. 2014.
ROCHA, R. S. Parcerias entre Setor Pblico e Privado no Desenvolvimento Turstico
de Piracicaba - SP. Revista Turismo em Anlise, So Paulo, v. 17, n. 1, p. 47-63, maio
2006
-
11
ROJAS, M. T.; GUARDIA, M. S; NASCIMENTO, J. W. O ambiente construdo dos
engenhos no municpio de Areia (PB): um estudo para o agroturismo. Caderno Virtual
de Turismo, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p.1-18, abr. 2014
SACHS, I. Desenvolvimento Includente, sustentvel sustentado. Rio de Janeiro:
Garamond, 2008.
SANTOS E GOMES. Polticas pblicas de turismo: a importncia para o
desenvolvimento do maranho. In: JORNADA INTERNACIONAL DE POLTICAS
PBLICAS, 1, So Lus. Anais... So Lus: PPPP, 2007.
SILVA, L. G. Patrimnio histrico e desenvolvimento turstico: representaes e
aes dos agentes na reconstruo de Areia. Dissertao (Mestrado em
Desenvolvimento Regional) - Universidade Estadual da Paraba, Campina Grande,
2011.
SINAC. Estatsticas SINAC. Disponvel em:
. Acesso em: 25 out. 2014.