projeto villa portelaa · 2020-04-14 · i projecto de execu˙ˆo lugar e prÉ-exist˚ncias 01. s a...

O B R A D E R E C O N S T R U Ç Ã O D A V I L L A P O R T E L AA C E N T R O D E A R T E C O N T E M P O R Â N E A , L E I R I AVILLA

PORTELA

LUGAR EPRÉ-EXISTÊNCIAS01

O presente processo tem como objetivo o projeto de execução da obra de

para albergar um novo equipamento público cultural, que será um Centro de Arte Contemporânea.

A área de intervenção está situada no centro da cidade de Leiria, a Villa Portela lo-caliza-se junto à Câmara Municipal, Segurança Social e Palácio da Justiça, com uma área de implantação dos edifícios de aproximadamente 2 000 m2, onde 17 000 m2

são zona verde / jardim.

O futuro Centro de Artes Villa Portela, será um espaço dedicado à arte contem-porânea e ao design de produto e industrial, que irá receber estúdios criativos e experimentação, assim como serviços educativos, tendo espaços e áreas de expo-sição e criação, assim como um centro de documentação com uma sala de leitura e consulta.

Os jardins serão tratados e recuperados na sua totalidade, criando um espaço para eventos, um auditório ao ar livre, um espaço para as crianças, sendo todo o restante espaço envolvente tratado para lazer e receber espaços de exposição e outros eventos de natureza cultural.

Actualmente para além do Jardim, temos a casa principal, a Villa propriamente dita, e mais seis pequenas construções isoladas, além de um pequeno lago. Des-tas construções, destaca-se um pavilhão de dois pisos edifício em duas águas, com um Portal virado para o Jardim, sendo adossado ao muro limítrofe que dá para a Rua Sá de Miranda, esta construção serviria de apoio ao jardim, garagem e empregados.

Também adossado ao mesmo muro, mas mais a poente, temos um pequeno pom-bal, construído em tijolo maciço aparente, mais a norte um pequeno palheiro, jun-to ao lago temos uma pequena construção, em reboco virada para a água, entre o lago e a Villa existe um pequeno belvedere, com quatro pilares de tijolo e uma cobertura de quatro águas, em madeira e telha marselha.

duas águas, virada para o Jardim. Vista aérea do centro da cidade

Vista geral

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LUGAR E PRÉ-EXISTÊNCIAS

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Vista antiga, alçado virado para o parque

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Localização

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O edifício A, a antiga habitação, foi construído em 1894, a Villa propriamente dita, destaca-se do conjunto por ser obviamente o edifício central, e o prota-

-plo do romantismo da segunda metade do século XIX, que se enquadra na arquitectura ecléctica de inspiração do centro e norte da Europa, e neste caso em particular na Arquitetura helvética do século XIX, nos chamados chalets de

-mos encontrar bastantes exemplos de notável qualidade, em muitas zonas de Veraneio e Termas do centro e norte de Portugal, assim como em Sintra.

Sobre o edifício B, as frentes maiores são orientadas a Norte e a Sul, e a entra-da é feita a Norte. As fachadas e cobertura foram reabilitadas recentemente, e estão em bom estado de conservação não havendo necessidade de interven-

foi demolido, restando apenas as fachadas exteriores. Foi construído um piso de separação entre o piso 00 e piso 01, que se encontra em bom estado de

a que se destina.

O edifício C, encontra-se em muito mau estado de conservação e é proposto a

das instalações sanitárias públicas e zona de arrumos que dará apoio ao novo auditório junto do lago.

O edifício D, encontra-se em mau estado de conservação e será reabilitado para a criação de um espaço multifuncional que dará apoio ás diversas ativida-des que vão ocorrer no espaço.

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VILLA PORTELA I PROJECTO DE EXECUÇÃO

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A ideia central das várias intervenções, como já foi referido será a reabilitação de todo o conjunto existente, tendo em consideração os aspetos relativos ao valor arquitetónico dos vários edifícios, o seu estado físico atual e o programa

-posta procura manter determinadas características primitivas do edifício com-patibilizando-as com as alterações estruturais resultantes deste projeto.

Assim a adaptação do programa funcional preconizado é naturalmente condi-cionado pela compatibilização dos compartimentos existentes e com as suas actuais aberturas, interiores e exteriores, assim como o carácter dos diversos espaços, procurando na medida do possível optimizar as suas áreas e a sua articulação com os circuitos interiores, tendo em mente as novas funções nova para este espaço.

Pretende-se assim a reabilitação e remodelação do edifício A, B e D, mantendo os seus aspetos construtivos originais e fachadas exteriores, existindo uma in-tervenção mais evidente no edifício D onde se pretende depurar os elementos na fachada, tornando este edifício numa peça escultórica habitável.

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Sobre o Edifício A, mantém-se com piso em cave, rés-do-chão e dois pisos superiores, sendo proposta a construção de um novo espaço de cafetaria de modo a não intervir demasiado no interior existente, com a criação de uma ca-fetaria aberta para o jardim, sendo que a cozinha mantém-se no mesmo sítio e serve de apoio à nova cafetaria proposta, para permitir que este novo volume faça a ligação entre os espaços expositivos e o jardim.

Assim temos que no edifício principal, foi tida sempre em mente o respeito pelo volume existente, evitando grandes intervenções. As maiores e mais eva-sivas são as necessárias à colocação de um elevador em todos os pisos e a construção de instalações sanitárias no piso 01. A projeção de um novo espaço de cafetaria vai ao encontro deste princípio. Na fachada Sul é proposto o rasgo do vão existente de maneira a facilitar e agilizar o acesso técnico e transporte de peças de arte diretamente para as áreas expositivas e pisos superiores.

Deste modo diremos que a maioria dos espaços interiores, são destinados a funcionarem como espaços expositivos, com as excepções da cave para arru-mação, e no Piso Térreo dos espaços da Entrada, Receção e Bengaleiro, assim como as Áreas Técnicas, a Cozinha, a Biblioteca/Sala de leitura e a nova Cafeta-ria, nos dois pisos superiores todos os espaços serão expositivos.

Nos dois primeiros pisos a ideia foi respeitar ao máximo a compartimentação existente e o carácter desses mesmos espaços, assim além da reabilitação e recuperação dos elementos decorativos existentes, a principal intervenção foi a aplicação de novos planos lisos de gesso cartonado para pintar, em grande parte das paredes interiores, para permitir o uso e exposição livre para as pe-ças artísticas, seja qual for a sua forma e dimensão.

-ter bem diverso, com as paredes periféricas quase todas em tosco e a estru-tura em LSF toda aparente, assim a ideia foi forrar todo o espaço a placas de gesso cartonado para pintar, criando uma série de espaços interligados, que absorvessem a referida estrutura, e possam ser utilazdos de diferentes modos, e para diferentes media.

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EDIFÍCIO A ! - !ALÇADOS

Sobre o Edifício B, não existe qualquer alteração na implantação do edifício, que se manterá com piso subterrâneo, e um piso superior. Este edifício recebe a zona

-ções sanitárias e zona de arrumos. Junto a este volume encontra-se o acesso ao piso superior. Neste piso encontram-se os espaços das industriais criativas e os gabinetes de gestão da Villa Portela.

Este edifício foi pensado como um openspace, as divisões podem ser encerradas sempre que o utilizador pretender. É um espaço multifuncional, facilmente adap-tável a novas necessidades e novos programas. É proposto um elevador de manei-

Sobre o edifício adjacente ao edifício B, é proposta a construção de um volume contemporâneo que se adapte esteticamente e funcionalmente ao tema das ar-tes. Este edifício apoia o auditório exterior com o espaço de arrumos e instalações sanitárias femininas, masculinas e de acessibilidade condicionada.

A organização interior proposta pode descrever-se sumariamente da seguinte for-ma:

arrumos e instalações sanitárias (I.S. Feminino, I.S. Masculino e Acessibilidade Con-dicionada); e a sala polivalente. O piso 01 tem as áreas limpas, e é dividido pela área de gestão da Villa Portela e in-dústrias Criativas. Estes dois programas são separados pelo volume que contém: o elevador, arrumos e instalações sanitárias de apoio aos gabinetes da gestão da Villa Portela e serviços educativos.

as instalações sanitárias que apoiam o jardim (I.S. feminino, I.S. masculino e I.S. Acessibilidade Condicionada). A ideia desta intervenção assenta na criação de uma peça escultórica com uma função, juntando-se assim a Arquitetura com as artes.

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No Edifício C, é mantido o desenho em planta do espaço. As paredes são re-cuperadas, havendo alteração dos vãos e entrada. É proposta, também, a aber-tura de um vão envidraçado com vista sobre o castelo e uma nova cobertura com sistema tipo capoto.

A organização interior da proposta pode descrever-se sumariamente da se-guinte forma:

É proposto o restauro do volume D, de maneira a criar um espaço polivalente. De maneira a valorizar esta construção, propomos um vão envidraçado sobre o castelo de Leira. Para além de espaço de observação, aqui pode ser-se cria-tivo e utilizá-lo para os mais variados programas, como por exemplo: ler um livro, pintar um quadro, criar, etc.

Neste sentido cria-se uma imagem depurada e contemporânea, no sentido de unir a Arquitetura e a arte contemporânea.

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Deste modo e decorrente da constatação, análise e diagnóstico das patologias, existentes no edifício, optou-se por fazer um reforço estrutural, que passa basi-camente por, colmatar as falhas existentes nas paredes de alvenaria da fachada, �atirantar�, as fachadas existente através de tirantes a colocar ao nível da estrutura de madeira dos pavimentos do Piso 1 e 2, estrutura essa que será também refor-çada com ligações metálicas, e aplicar um novo reboco exterior térmico de cal,

e distribuir as forças e cargas, para evitar futuras vendilhações.

Sendo que para fazer esta operação, teremos de substituir o soalho de madeira existente nestes pisos.

Corte constructivo - cafetaria

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CONSTRUÇÃO E MATERIAIS

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Mapa de vãos de carpintaria- janelas exteriores de madeira para pintar, com vidro simples

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ONSTRUTIVOS

EDIFÍCIO A

a) Paredes de FachadaAs paredes de fachada serão limpas de todo o reboco existente, tratadas com pri-mário anti-alcalino tipo PREVICRIL refª 750 ou Selante Aquoso refª 760 da Matesica ou equivalente, após o que será colocado reboco de cal térmico estruturado com

Limpeza e recuperação de todas as cantarias existentes e de guardas de varanda, incluindo pintura a tinta de esmalte, composta por uma demão de primário anti--ferrugem e duas demão de esmalte na cor RAL 7021 (cinzento);Cafetaria: Estrutura metálica pintada na cor cinzento, caixilharia metálica na mes-ma cor e vidro duplo incolor.

b) PavimentosCentro de Artes: Aplicação de linóleo nas áreas técnicas (cozinha e áreas técnicas).

Recuperação dos pavimentos em soalho de madeira de Pinho existente, em parte do Piso 0 com acabamento em verniz mate.

Remoção dos pavimentos de madeira existentes, e colocação de novo soalho á inglesa em madeira de Pinho com acabamento em verniz mate, numa faixa peri-metral do Piso 0, integralmente no Piso 1 e no Piso 2, para possibilitar a execução dos trabalhos de reforço estrutural da estrutura de madeira existente, conforme plantas da arquitectura.

Os pavimentos das varandas são os existentes em cantaria a limpar e a recuperar.Paredes não estruturais:

Centro de Artes: As novas paredes, à exceção do núcleo do elevador serão cons-tituídas em bloco de alvenaria rebocado ou estucado ou em dupla placagem de gesso cartonado com estrutura do sistema, as paredes serão integralmente pinta-das com tinta de água na cor branca RAL. 9010.

Cafetaria: paredes interiores em gesso cartonado com revestimento em folheado

c) TectosCentro de Artes: Todos os tectos existentes são para recuperar. São aplicados novos tectos falsos em gesso cartonado hidrófugo pintado nas zonas de cozinha e instalações sanitárias. Nas zonas de circulação haverá lugar a recuperação dos tectos e à inclusão dos novos tectos em função da solução de ventilação adotada.

Reabilitação e pintura de todos os tectos decorativos existentes e execução de

Cafetaria: tetos suspensos em gesso cartonado acústico, para pintar.

d) PortasCentro de Artes: Portas exteriores existentes a recuperar, Interiores a recuperar e a eliminar, com a remoção das Portas interiores e das portadas existentes no Piso 0 e Piso 1, assim como das dobradiças, seguido do tratamento dos guarnecimen-tos, para receber nova pintura, conforme planta da arquitectura.

Cafetaria: Portas de madeira de acesso ao bloco das instalações sanitárias, em fo-lheado de madeira de Bétula conforme no volume das instalações sanitárias. Rodapés e Lambris:

Centro de Artes: Existentes a recuperar

e) Caixilharia

no seu desenho, e com vidro simples. Recuperação, fornecimento e colocação de soleiras e peitoris em pedra da região.Cafetaria: Caixilharia tipo Navarra com vidro duplo incolor.

f) Casas de banhoCentro de Artes: Aplicação de lajedo de Pedra tipo Vidraço; todas estas áreas se-rão munidas de um ralo de pavimento; Paredes pintadas com pintura anti-fúngica na cor branco RAL 9010.Cafetaria: Novo pavimento em soalho de madeira de Pinho, para envernizar.

g) CarpintariasCentro de Artes: Existentes a recuperarRemoção das Portas interiores e das portadas existentes no Piso 0 e Piso 1, assim como das dobradiças, seguido do tratamento dos guarnecimentos, para receber nova pintura, conforme planta da arquitectura.

interiores, rodapés, lambris, etc.

h) Cobertura e telhadoCentro de Artes: Cobertura em Telha Marselha existente a manter.Cafetaria: Cobertura ajardinada plana, sobre estrutura metálica,

i) EscadaCentro de Artes: Existentes a recuperar

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EDIFÍCIO B

a) GeneralidadesManutenção da estrutura existente, com a inclusão de uma nova escada e um novo elevador.Paredes de FachadaExistentes a manter

b) PavimentosAplicação de pavimento em betão afagado nos dois pisos.

c) Paredes não estruturaisSerão constituídas em dupla placagem de gesso cartonado para pintar, com estru-tura do sistema.

d) TectosTectos suspensos em gesso cartonado com pintura RAL. 9010 no primeiro piso com tratamento acústico.

e) PortasPortas interiores em estrutura de MDF pintadas

f) i) RodapésSem rodapés

g) Caixilharia

j) Casas de banhoAplicação de revestimento em betão afagado no pavimento, e paredes revestidas com pintura antifúngica na cor branco RAL 9010.

k) Cobertura e telhadoExistentes a manter com a criação de claraboias adicionais

l) EscadaEm estrutura metálica com degraus em chapa metálica tipo folha de oliveira

EDIFÍCIOS DE APOIO B (NOVOS)

a) GeneralidadesQuatro volumes de estrutura simples em Betão, revestido com chapa metálica.

b) Paredes interioresContraplacado em Madeira de Bétula

c) TectosGesso cartonado hidrófugo para pintar

d) PavimentosAplicação de pavimento em betão afagado.

e) PortasContraplacado em Madeira de Bétula

f) CaixilhariaNão tem

EDIFÍCIO C

a) Generalidades

de estruturas.

b) Paredes de FachadaAs paredes de fachada serão limpas de todo o reboco existente, tratadas com pri-mário anti-alcalino tipo PREVICRIL refª 750 ou Selante Aquoso refª 760 da Matesica

c) PavimentosAplicação de pavimento em betão afagado.

g) TectosGesso cartonado com isolamento térmico e acústico

h) CaixilhariaAlumínio termolacado na cor cinzento-escuro

i) Cobertura e telhadoNova cobertura de duas águas com sistema tipo capoto ou equivalente, e pintura

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