projeto provedor de informaÇÕes sobre o setor … · redução na produção de alumínio em...

22
PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA ABRIL DE 2012 Nivalde J. de Castro Daniel Ferolla U. do Nascimento

Upload: dangcong

Post on 12-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA:

GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

ABRIL DE 2012

Nivalde J. de Castro Daniel Ferolla U. do Nascimento

Page 2: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

2

ÍNDICE: SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................................................................................3

1- GERAL .................................................................................................................................................................................4

2- METALURGIA .................................................................................................................................................................. 8

2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL e OUTROS METAIS........................................................................9

2.2 – MINÉRIO DE FERRO .............................................................................................................................. 12

2.3 – AÇO ................................................................................................................................................................ 13

3- SETOR AUTOMOTIVO............................................................................................................................................... 17

4- PAPEL E CELULOSE................................................................................................................................................... 19

5- QUÍMICA E PETROQUÍMICA ................................................................................................................................. 21

Page 3: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

SUMÁRIO EXECUTIVO

Este relatório tem por objetivo informar e contextualizar o acompanhamento

conjuntural do segmento produtivo dos grandes consumidores de energia elétrica durante o

mês de abril de 2012. O relatório está dividido nas seguintes seções: questões gerais;

metalurgia; alumínio, cobre, níquel e outros metais; setor automotivo; papel e celulose e

química e petroquímica.

Na seção Questões Gerais pode-se constatar a demanda total por eletricidade registrada

pela EPE e, o consumo industrial. No mês de março a demanda total ficou em 6,1% acima do

registrado no mesmo mês do ano passado, anotando 38.575 GWh. Em março, o consumo

industrial, registrou alta de 2,1% sobre o mesmo mês de 2011 , anotando 15,5 mil GWh.

Em Metalurgia, encontram-se os dados relacionados com a capacidade instalada deste

setor produtivo. No mês de abril, destaque para o resultado de um balanço feito pelo Ibram, o

qual mostrou que produção mineral duplicou de tamanho entre 2009 e 2011, passando a

representar 3,8% do PIB do país. Além disso, o Ibram também projeta um crescimento do de

produção mineral de cerca de 10% este ano, com destaque para a produção de minério de

ferro.

A produção de alumínio primário no Brasil somou 125 mil toneladas em março, o que

representa avanço de 3,7% frente ao mesmo mês do ano anterior. Já a produção brasileira de

aço bruto em março de 2012 foi de 3,1 milhões de toneladas, representando aumento de 2,2%

quando comparada com o mesmo mês em 2011.

O setor de automotivo teve uma grande alta de 41,6% na produção física de veículos

frente no mês de março de 2012 frente a fevereiro do mesmo ano. Em comparação a março de

2011, o crescimento foi de 4,5%. A produção total somou 308,5 mil unidades.

Page 4: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

4

1- GERAL

Segundo dados publicados na resenha mensal da EPE, o consumo de energia elétrica no

país em março de 2012 ficou 6,1% acima do mesmo mês do ano anterior, alcançando 38.575

GWh.

O consumo de energia elétrica no conjunto agregado das residências e do setor de

comércio e serviços cresceu 9% em março deste ano, relativamente ao mesmo mês do ano

anterior. Esta alta na baixa tensão é a maior desde dezembro de 2009. A forte expansão da

demanda na classe comercial foi observada em todas as regiões do país, com destaque para o

Sudeste. Houve influência do “efeito calendário” e das condições climáticas, mas o impulso do

consumo reflete também ritmo intenso da atividade setorial. As condições climáticas também

contribuíram para o crescimento do consumo de energia elétrica nos lares brasileiros, cuja

demanda global expandiu 8% no mês de março.

Já o consumo de eletricidade das indústrias manteve a mesma dinâmica dos dois

primeiros meses do ano. O crescimento de 2,1% em março é comparável à expansão de 2,3%

no trimestre e à evolução de 1,8% nos últimos 12 meses. O consumo das indústrias no mês de

março registrou um total de 15.510 GWh.

Tabela 1: Comparação do Consumo de Energia Elétrica na Rede (GWh)

Após crescimentos de 3,6% e 10%, respectivamente, em janeiro e fevereiro, o consumo

das indústrias no Nordeste evoluiu apenas 0,1% em março. Muito contribuiu para esse

resultado a retração registrada no Maranhão e na Bahia, onde o consumo no mês caiu

respectivamente, 9,2% e 3%, comparativamente a março de 2011. No Maranhão, houve

redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode-

Page 5: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

5

se dizer que essa redução não está diretamente relacionada à conjuntura setorial. Já na Bahia,

indústrias do segmento de metalurgia básica (ferroligas e cobre) e do químico operaram, em

março deste ano, em nível inferior ao do mesmo período do ano anterior.

A taxa de crescimento do consumo de energia pelas indústrias do Sudeste, embora

continue relativamente baixa (+0,8%), é a maior deste ano. Em Minas Gerais e no Espírito

Santo a expansão no mês foi de 0,4% e 0,6%, o que significou reversão das taxas negativas

observadas em janeiro e fevereiro. Contribuiu para este resultado o retorno da produção de

unidades de grandes consumidores que haviam parado para manutenção no início do ano. No

Rio de Janeiro, o crescimento negativo (–2,3%) no mês também representa recuperação em

relação ao comportamento nos dois primeiros meses do ano. Já em São Paulo, observou-se a

mesma dinâmica do início do ano, tendo sido registrada alta de 1,5% no consumo das

indústrias no mês de março (em relação a março de 2011).

O crescimento da demanda de energia pelas indústrias do Sul do país manteve- se em

março acompanhando a média nacional, com evolução de 2,3%.

No Centro-Oeste registrou-se a maior expansão do consumo industrial: 15,8%, em

março. Em grande parte, o resultado reflete a incorporação de novas cargas, notadamente

ligada à expansão da produção de ferro-níquel.

Por fim, o consumo industrial de energia elétrica na região Norte continua expandindo-

se de forma significativa (+8,4%). Os destaques são os estados do Amazonas (+19,8%), Pará

(+5,6%) e Tocantins (+5,6%). Deve-se registrar, contudo, que a alta taxa observada no

Amazonas é reflexo de um maior número de dias de faturamento de clientes industriais,

devido a ajuste no cronograma de faturamento da companhia distribuidora.

Nos resultados trimestrias, O consumo total de energia na rede elétrica alcançou, no

primeiro trimestre do ano, 111,8 mil GWh, significando uma variação absoluta de 4,1 mil GWh.

O consumo nacional de eletricidade no primeiro trimestre deste ano cresceu 3,9% em

relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro trimestre de 2011, o crescimento fora

de 5,3%. O menor ritmo de crescimento neste ano reflete o comportamento dos consumidores

industriais e residenciais, que apresentaram taxas inferiores às do ano anterior.

Page 6: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

6

Gráfico 1: Variação no consumo no 1º trimestre- por classe (%)

Fonte: EPE.

Mesmo período de 2011. Não obstante, em relação aos últimos trimestres houve

recuperação O consumo industrial nos primeiros três meses do ano 2012 cresceu 2,3%, abaixo

da evolução registrada no.

Gráfico 2: Consumo Industrial Trimestral (2011-2012)

Fonte: EPE.

As estatísticas do consumo de energia corroboram os resultados de alguns indicadores

de atividade da indústria no período. Conforme o IBGE, a produção industrial até fevereiro de

2012 esteve em nível abaixo dos primeiros meses de 2011, com retração de 3,4%. Indicadores

de utilização da capacidade instalada, apurados pela FGV para março, também apontam na

Page 7: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

7

mesma direção. O IBC-BR divulgado pelo Banco Central foi de 1,15% (até fevereiro) e também

indica baixo crescimento da economia nos primeiros meses do ano.

Page 8: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

8

2- METALURGIA

Uma análise do setor de metalurgia aponta para um índice de utilização de capacidade

instalada de 84,4% em abril de 2012, representando uma alta de 0,5% em relação a março de

2012. Nos últimos 12 meses, a série marca uma redução expressiva de 2,7% na utilização da

capacidade instalada.

Gráfico 3: Utilização Média de Capacidade Instalada – Metalurgia

(%)

Fonte: FGV – 2012.

Balanço do Ibram mostrou que produção mineral duplicou de tamanho entre 2009 e

2011, passando a representar 3,8% do PIB do país. O saldo comercial, aos US$ 38,4 bi, ficou

quase 30% acima do saldo total brasileiro. Tudo isso embalado pelo minério de ferro, que

representou quase 85% das exportações do setor. O ganho foi em volume, mas também em

preço. Segundo o Credit Suisse, a commodity avançou 82% desde 2007. Com produção

nacional de 90 mil ton., o nióbio também pesou sobre os resultados, mantendo o Brasil na

liderança. O desempenho do metal avançou na esteira do aquecimento do mercado de

ferroligas. O avanço de quase 9% nos preços internacionais do ouro no ano passado estimulou

os investimentos e fez com que a produção do metal no país crescesse de 58 ton. para 66 ton..

A produção do níquel também teve destaque, com avanço de 18%, para 70 mil ton. em 2011.

Page 9: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

9

Para este ano, o Ibram prevê avanços menores, mas ainda representativos diante dos

altos patamares de comparação. Em suas primeiras projeções, a produção mineral brasileira

deve alcançar os US$ 55 bi, o que representaria crescimento de 10%. A produção do minério

de ferro, com perspectivas de alta contínua nos preços, deve apresentar avanço de 9,4%, para

510,8 mi de ton.. Para atender esse potencial, os investimentos previstos para a mineração

brasileira também avançaram: entre 2012 e 2016 deverão ser desembolsados US$ 75 bi para

projetos no país. Segundo o presidente do Ibram, José Fernando Coura, além do minério de

ferro, entre os maiores destinos desses recursos está a área de fertilizantes, da qual o Brasil é

dependente de importações.

A Vale poderá ter como garantia na exploração de terras-raras um contrato de

fornecimento de longo prazo para a Petrobras. O acordo viabilizaria a produção dos

compostos minerais no Brasil, segundo a agência de notícias Reuters. A Petrobras atualmente

importa da China a matéria-prima para o refino de petróleo. De acordo com a agência, Vale e

Petrobras estudam como tornar viável a exploração de grandes jazidas de terras-raras

herdadas pela mineradora depois da compra de ativos da Bunge.

2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL e OUTROS METAIS

A produção de alumínio primário no Brasil somou 125 mil toneladas em março, o que

representa avanço de 3,7% frente ao mesmo mês do ano anterior. As informações foram

divulgadas no dia 18 de abril pela Abal. No acumulado do início do ano, até março, o volume

produzido cresceu 2,7%, para 364,1 mil toneladas. O levantamento revela que, no primeiro

trimestre, a produção de alumínio primário da Alcoa no país recuou 2,8%, enquanto a da BHP

Billiton perdeu 4,9%. A produção da Novelis, por sua vez, apresentou declínio 5%. A produção

da Votorantim Metais (CBA), por outro lado, avançou 13,4% e a da Albrás, cresceu 1%.

As estatísticas da Abal sobre as exportações de alumínio preocupam o setor. Em 2011,

em volume, as exportações de alumínio e seus produtos somaram 654,7 mil toneladas, queda

de 13,2% em relação a 2010. Em valores, o saldo ainda foi positivo. As exportações da

indústria totalizaram US$ 4,48 bilhões em 2011 contra US$ 3,93 bilhões no ano anterior,

aumento de 14,2%. Se forem consideradas apenas as exportações de alumínio e seus produtos,

o quadro se manteve praticamente estável: US$ 1,94 bilhão em 2010, contra US$ 1,978 bilhão

Page 10: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

10

em 2011. E a participação das exportações do alumínio no total das exportações brasileiras,

caiu de 1,9% em 2010 para 1,8% em 2011. O país perde mais espaço no mercado

internacional por falta de competitividade dos produtos, segundo João Bosco Silva, diretor-

superintendente da Votorantim Metais. A situação abre espaço para o aumento das

importações. O custo da energia é um fator de desequilíbrio, mas não é o único, segundo os

empresários.

Gráfico 4: Variação dos preços do alumínio no mercado internacional (US$)

(Maio 2011/Abril 2012)

Fonte: ADVFN, 2012.

A Alcoa anunciou no dia 05 de abril que novamente vai reduzir sua capacidade de

produção mundial. Segundo comunicou a multinacional americana, os cortes desta vez serão

no segmento de alumina e somarão 390 mil toneladas. A iniciativa visa alinhar a produção com

as reduções já realizadas nos processos de fundição do alumínio. A reestruturação produtiva

já está ocorrendo, segundo informou a empresa, e vai reduzir a capacidade de refino em 4% na

região do Atlântico. As operações brasileiras da Alcoa também correm risco. A subsidiária

brasileira está sob análise da matriz e tem 60 dias para encontrar uma solução para melhorar

a competitividade no país. Está sendo analisada uma eventual redução na produção das

fábricas em Poços de Caldas (MG) e em São Luis (MA). Segundo informou a empresa em nota,

ainda não foi encontrada uma solução definitiva para reduzir custos e tornar suas operações

mais competitivas no país, mas a empresa "vislumbra potenciais avanços".

Page 11: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

11

No cenário de crescimento do consumo de produtos transformados de alumínio, que no

ano passado apresentou um avanço de 8,2%, com 1,451 milhão de toneladas, o segmento de

fios e cabos foi o grande destaque, com 167,4 mil toneladas. Isso correspondeu a 11,5% do

total do consumo de produtos de alumínio pelo mercado doméstico. Foi um desempenho

recorde, 58,7% maior do que o registrado em 2010, também recorde, de 105 mil toneladas.

Segundo Roberto Seta, coordenador do grupo setorial de fios e cabos de alumínio da Abal, pelo

menos dois fatores explicam a explosão de demanda, de acordo com o executivo. Um deles é o

programa Luz para Todos, do governo federal. O outro fator são as linhas de transmissão que

estão sendo construídas para levar energia das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antonio.

Os fabricantes brasileiros de fios e cabos elétricos baseados em alumínio têm o que

comemorar, mas também se preocupam com o futuro e com as importações da China. A

capacidade instalada dos fabricantes brasileiros de fios e cabos de alumínio é hoje 190 mil

toneladas/ano. O setor tem feito investimentos em suas plantas fabris, o que possibilita um

condição de competitividade melhor hoje, avalia Roberto Seta, coordenador do grupo setorial

de fios e cabos de alumínio da Abal. Mas o setor está preocupado com o avanço das

importações de cabos. De acordo com Seta, em 2010, as importações de cabos de alumínio

foram de 7 mil toneladas. Já em m 2011, atingiram 27 mil toneladas, um crescimento

considerável. Outra situação que aflige os fabricantes brasileiros de fios e cabos é o avanço das

empresas chinesas no país.

Gráfico 5: Variação dos preços do cobre no mercado internacional (US$)

(Maio 2011/Abril 2012)

Fonte: ADVFN, 2012.

Page 12: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

12

Apesar de o déficit entre a demanda e a oferta mundiais de cobre permanecer neste

ano, o preço da commodity deve perder força em relação aos valores de 2011. Após acumular

alta de 17% em Londres no ano passado, em 2012 o valor médio deve ficar em US$ 8.475 por

tonelada, com queda de 4%. A estimativa é da consultoria especializada em mineração

Thomson Reuters GFMS, que aponta recuperação dos valores atuais. Uma análise isolada dos

números de oferta e de demanda sugere a continuidade do movimento de alta: o consumo

superará a produção em 246 mil toneladas neste ano -deficit pouco inferior ao de 324 mil

toneladas de 2011. Para as duas instituições, o mercado somente voltará ao equilíbrio no

próximo ano. O impacto negativo sobre os preços tem origem nas incertezas provocadas pela

crise na zona do euro. Ao mesmo tempo, porém, a crise deve manter o estímulo à liquidez na

Europa, nos EUA e na China, o que pode incentivar a volta de especuladores.

2.2 – MINÉRIO DE FERRO

A produção de minério de ferro da Vale recuou 2,2% no primeiro trimestre frente ao

mesmo período de 2011, totalizando 69,9 milhões de toneladas métricas, de acordo com

prévia operacional divulgada no dia 17 de abril pela companhia. Na comparação com o quarto

trimestre de 2011, o volume de minério de ferro produzido recuou 15,7%. O recuo da

produção se concentrou em Carajás e no Sistema Sudeste, locais mais afetados pelo clima. Já os

sistemas Sul e Centro-Oeste tiveram desempenho melhor em relação ao primeiro trimestre de

2011. Nos sistemas Sul e Centro-Oeste, a produção aumentou 5,3% e 42,4%, respectivamente,

frente ao primeiro trimestre de 2011, para 17,7 milhões de toneladas métricas e 1,3 milhão de

toneladas métricas, nesta ordem.

Também no dia 17 de abril, A Rio Tinto informou que sua produção global de minério

de ferro no primeiro trimestre alcançou 59 milhões de toneladas, uma alta de cerca de 10% na

comparação com igual intervalo de 2011. Os volumes produzidos de cobre, por outro lado,

declinaram 18%. Em comunicado, o executivo-chefe da mineradora, Tom Albanese, destaca

que o crescimento na produção foi “sólido”, ante o registrado no primeiro trimestre do ano

passado, não apenas em minério de ferro, mas em carvão, bauxita, alumina e dióxido de

titânio. A Rio Tinto embarcou 54 milhões de toneladas da commodity nos três primeiros

meses do ano, com expansão de 2%. A mineradora informa ainda que a produção de bauxita,

no mesmo período, avançou 10% e a de alumina, 13%.

Page 13: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

13

A Anglo American registrou crescimento de 17% na produção global de minério de

ferro no primeiro trimestre deste ano, no total de 11,7 bilhões de toneladas, em comparação

com o mesmo período de 2011. De acordo com a companhia, o resultado foi devido ao ramp up

(tendência de evolução ou de crescimento) de produção da mina de Kolomela, na África do Sul,

e à continuidade de crescimento da performance das operações da empresa no estado

brasileiro do Amapá.

A Usiminas registrou prejuízo líquido de R$ 37 milhões no primeiro trimestre de 2012.

A receita líquida da companhia foi de R$ 2,886 bilhões. A produção de minério de ferro da

companhia no período de janeiro e março, somou 1,854 milhão de toneladas Já as vendas de

minério de ferro atingiram 1,73 milhão de toneladas no período. Desse total de vendas, 72,4%

foram para a própria operação da Usiminas.

A CSN prevê neste ano volumes recordes de comercialização de minério de ferro, que

ganhará ainda mais espaço em seu balanço nos próximos três anos. Depois de ter atingido

vendas de 29,3 milhões de toneladas de minério em 2011, a empresa projeta comercializar

32,5 milhões de toneladas em 2012. Já em 2013, esse volume deve pular para 40,8 milhões de

toneladas e poderá atingir 47,8 milhões de toneladas em 2014, segundo previu Daniel Santos,

diretor de mineração da empresa. O acréscimo dos embarques representará maior caixa e o

segmento de mineração deverá continuar ganhando espaço no balanço da empresa. Para

acompanhar a venda maior de minério, a empresa está investindo na ampliação de seu

terminal portuário em Itaguaí (RJ), cuja capacidade deverá saltar de cerca de 30 milhões de

toneladas para 45 milhões de toneladas. As obras devem ficar prontas até o último trimestre.

Além desse projeto, a empresa estuda a construção de um novo porto, próximo ao terminal em

Itaguaí.

2.3 – AÇO

De acordo com a análise mensal do Instituto Aço Brasil, a produção brasileira de aço

bruto em março de 2012 foi de 3,1 milhões de toneladas, representando aumento de 2,2%

quando comparada com o mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção de

março, de 2,4 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 3,4% quando comparada com

março do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2012 totalizou 8,7

Page 14: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

14

milhões de toneladas de aço bruto e 6,5 milhões de toneladas de laminados, o que significa

aumento de 2,4% e de 3,0%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011.

Quanto às vendas internas, o resultado de março de 2012 foi de 1,9 milhão de toneladas

de produtos, aumento de 1,5% em relação a março de 2011. As vendas acumuladas em 2012,

de 5,3 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 1,3% com relação ao mesmo período

do ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos, em março de 2012, atingiram 749 mil

toneladas e o valor de 528 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2012

totalizaram 2,6 milhões de toneladas e 1,8 bilhão de dólares, representando declínio de 8,4%

em volume e de 8,9% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. No

que se refere às importações, registrou-se em março volume de 338 mil toneladas (US$ 398

milhões) totalizando 996 mil toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 15,0%

acima do mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos, em março, foi de 2,4 milhões

de toneladas, totalizando 6,4 milhões de toneladas em 2012. Esses valores representaram

crescimento de 8,7% e de 4,8%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior.

Gráfico 6: Evolução Comparativa da Produção de Aço Bruto no Brasil

(2011-2012)

Fonte: IABr – 2012

Page 15: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

15

A fabricação de aço no mundo cresceu 1,8% em março, ante igual mês do ano passado,

para 132 milhões de toneladas, conforme a World Steel Association. O desempenho teve forte

participação da indústria siderúrgica da China, que se recuperou e voltou a operar acima do

patamar de 60 milhões de toneladas. Em março, o país produziu 61,6 milhões de toneladas,

com expansão de 3,6 No acumulado de janeiro a março, a produção mundial aumentou 1,1 %,

para 337 milhões de toneladas.

Os preços do aço no mercado doméstico em 2012 deverão acompanhar a tendência

internacional e mostrar estabilidade, de acordo com o vice-presidente comercial da Usiminas,

Sérgio Leite. Segundo o executivo, a entrada de material importado ainda deverá pesar sobre a

precificação do aço internamente, a despeito do avanço no debate sobre a chamada “guerra

dos portos”. Em relação ao volume de vendas, Leite destacou que o crescimento de 13% na

comparação com o quarto trimestre, para 1,512 milhão de toneladas, já reflete os esforços de

melhor posicionamento entre clientes industriais. Para os próximos trimestres, acrescentou, a

expectativa é positiva, diante da projeção de aumento de 4% a 5% no consumo aparente

interno, segundo o Instituto Aço Brasil, e de queda gradual nos volumes importados.

A Vale mantém o plano de siderurgia da Vale que prevê a construção de três usinas no

país até 2014. A mineradora projeta investir diretamente no negócio quase US$ 9 bilhões na

construção de unidades de aço nos estados do Ceará, Pará e Espírito Santo. Até agora, porém,

apenas a unidade do Nordeste está saindo do papel, a Companhia Siderúrgica de Pecém, que

será erguida no Complexo Portuário de Pecém, tendo a Vale como majoritária e as coreanas

Dongkuk e Posco como sócias. A produção será toda exportada. Dos três projetos, o da Aços

Laminados do Pará, usina de aço a ser erguida em Marabá (PA), é o mais polêmico, dado seu

viés político. O projeto engloba também uma unidade de laminados ao lado da usina de placas

e a ampliação do porto de Vila do Conde, pois será ali que irá escoar a produção da Alpa. O

projeto mais novo de usina de aço da lista da Vale, o da Companhia Siderúrgica de Ubu, no

Espírito Santo, só será desenvolvido com um sócio majoritário.

A ThyssenKrupp CSA deverá atingir plena capacidade de produção de 5 milhões de

toneladas de placas de aço no primeiro semestre de 2013, prevê Jorge Oliveira, novo

presidente executivo da companhia. Segundo Oliveira, o ritmo de produção será agilizado com

a entrada em operação da bateria C da coqueria, a última a ser ativada de um total de três.

Page 16: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

16

Com as três baterias funcionando, a coqueria vai produzir 1,8 milhão de toneladas de coque. O

consumo anual de coque da usina é em torno de 2 milhões de toneladas.

A ArcelorMittal Tubarão, fabricante de semi-acabados de aço, no Espírito Santo,

desligou na quarta-feira o alto-forno 1, depois de quase 28 anos e meio de atividades. O

desligamento faz parte da reforma planejada do equipamento, que tem duração prevista de

aproximadamente 100 dias. O investimento previsto na reforma do alto-forno 1 é da ordem de

US$ 230 milhões. O equipamento produziu 93,91 milhões de toneladas desde o início de suas

operações.

A Usiminas divulgou que a produção de aço bruto da companhia no primeiro trimestre

do ano atingiu 1,672 milhão de toneladas. Já as vendas de aço no mesmo período somaram

1,512 milhão de toneladas. Do total das vendas no primeiro trimestre, 82,4% foram

destinados ao mercado interno. Do total exportado, os Estados Unidos foram o principal

destino do produto, com 35%.

Page 17: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

3- SETOR AUTOMOTIVO A capacidade instalada da indústria ficou em 83,6% no mês de abril de 2012. O que,

com relação ao mês de março de 2012, apresenta uma redução expressiva de 2,3%. Em

comparação ao mesmo período do ano passado, a indústria apresentou uma redução de 3,0%.

Gráfico 7: Utilização Média da Capacidade Instalada – Mecânica

(%)

79,0

80,0

81,0

82,0

83,0

84,0

85,0

86,0

87,0

88,0

Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12 Abr/12

Mecânica

Fonte: FGV – 2012

O setor automotivo obteve uma alta expressiva no mês de março em contrapartida com

as baixas verificado no mês de dezembro de 2011 e janeiro 2012 e também em relação ao

crescimento registrado em fevereiro de 2012.

A produção física de autoveículos no mês de março de 2012 foi de 308,5 mil unidades

frente a 217,8 mil unidades em fevereiro de 2012, representando uma alta de 41,6%. Em

comparação a março de 2011, quando a produção de autoveículos registrou 295,1 mil

unidades, o crescimento foi de 4,5%.

A frota circulante brasileira, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e

ônibus, cresceu 7% no de 2011, para 34,9 milhões de veículos, de acordo com levantamento

do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Conforme o estudo, o Sudeste concentra o maior número de veículos em circulação no país,

Page 18: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

18

com 55% do total. A Região Sul ficou em segundo lugar, com 22%, seguida do Nordeste, com

12%; Centro-Oeste, com 8%, e Norte, 3%.

A empresa LS Mtron, do mesmo grupo da LG Eletronics, assinou no dia 23 de abril, com

o governo de Santa Catarina protocolo de intenções para a instalação de uma fábrica de

tratores em Guaruva, norte do Estado. O investimento inicial está estimado em R$ 30 milhões.

Esta deve ser a primeira unidade do grupo na América Latina. A fábrica terá capacidade para

produzir 5 mil unidades por ano. A LS Mtron planeja ter 9% de market share até 2016 e ser a

líder em 2020, com 15% do mercado brasileiro de tratores.

Page 19: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

4- PAPEL E CELULOSE

O nível de utilização da capacidade instalada ficou em 92,6% em abril de 2012, o que

representa uma alta em de 1,5% em relação à março de 2012. O resultado de abril deste ano

representa um crescimento de 2,8% em relação a abril de 2011, quando o nível de utilização

da capacidade instalada estava em 89,8%.

Gráfico 8: Utilização Média da Capacidade Instalada – Papel e Celulose

(%)

88,5

89,0

89,5

90,0

90,5

91,0

91,5

92,0

92,5

93,0

Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12 Abr/12

Papel e Celulose

Fonte: FGV – 2012

A produção de celulose caiu 1,7% em março deste ano ante março de 2011, para 1,198

bi de ton.. No trimestre, caiu 0,7%, para 3,524 bi de ton., conforme dados divulgados no dia 26

de abril pela Associação Brasileira de Celulose e Papel. As exportações brasileiras de celulose

recuaram 7,1% em março de 2012, na comparação com março de 2011, para 741 mil ton.. No

trimestre, houve recuo de 0,6%, para 2,166 bi de ton., ante igual período de 2011. As

importações de celulose recuaram 13,5% em março sobre o mesmo mês de 2011, para 32 mil

ton.. No trimestre, houve recuo de 3%, para 96 mil ton.. Já as vendas domésticas de celulose

cresceram 3,7% no mês passado sobre março de 2011, para 141 mil ton.; no trimestre,

subiram 4,4% ante igual período de 2011, para 403 mil ton.. O consumo aparente de celulose

Page 20: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

20

cresceu 6,8% em março de 2012, para 489 mil ton.; no período de janeiro a março deste ano,

caiu 1%, para 1,454 bi de ton..

A Pöyry anunciou que conquistou um contrato com a Klabin para desenvolvimento dos

estudos e projeto de engenharia básica da nova fábrica de celulose da companhia, que será

erguida no Paraná. Em comunicado à imprensa, a Pöyry informa ainda que as empresas não

revelarão o valor do contrato. A companhia finlandesa já havia conduzido os estudos de pré-

viabilidade do projeto. A nova fábrica da Klabin, será voltada à produção de celulose de fibra

curta, fibra longa e fluff. Os investimentos no projeto devem alcançar R$ 6,8 bilhões.

O diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, informou no dia 27 de abril que a nova

fábrica de celulose da companhia será instalada no município de Ortigueira (PR). A nova

fábrica, que terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose, deve entrar

em operação em 2015. Segundo o executivo, o projeto “avança sem qualquer interrupção e seu

cronograma está mantido”. Para a execução do projeto, a companhia constituirá uma nova

empresa, a Klabin Celulose, que abrigará também novos investidores estratégicos — o

controle, contudo, permanecerá nas mãos da Klabin.

A Fibria está se preparando instalar uma nova linha de produção em Três Lagoas (MS),

no segundo semestre de 2014. O projeto, que envolve aporte de R$ 5,8 bilhões, deve ser

encaminhado à aprovação do conselho de administração neste ano, porém sua execução levará

em conta das condições do mercado de celulose, conforme informação que vem sendo

repetida pela direção da companhia.

Page 21: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

5- QUÍMICA E PETROQUÍMICA

Na indústria química, o nível de utilização da capacidade instalada registrou 83,7% no

mês de abril de 2012, representando um pequeno crescimento de 0,3% em relação ao mês de

março de 2012, quando foi registrado 83,4%. Em relação ao mesmo período do ano passado,

foi registrado um crescimento de 0,2%, quando havia 83,5% de capacidade média instalada

em uso.

Gráfico 9: Utilização Média da Capacidade Instalada – Química e Petroquímica

(%)

82,5

83,0

83,5

84,0

84,5

85,0

85,5

Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12 Abr/12

Química e Petroquímica

Fonte: FGV – 2012

De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Química

(Abiquim), o setor químico ganhou 37% em eficiência energética nos últimos dez anos. Em

2001, o consumo total de energia era de 2,56 Gcal/tonelada de produto. No ano passado, esse

número caiu para 1,61. A Abiquim levantou esses dados junto a 151 associadas, que

respondem por 95% da produção nacional. O consumo de gás natural como combustível

recuou de 57,5 kg por toneladas de produto para 42,7 no mesmo período.

A fabricação de produtos químicos cresceu 14,23% no primeiro bimestre deste ano, em

relação a igual período do ano anterior, e as vendas internas subiram 14,63% na mesma base

de comparação, conforme o Relatório de Acompanhamento Conjuntural da Abiquim. Segundo

o RAC, os dados dos primeiros meses de 2012 em termos de produção e vendas internas são

Page 22: PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · redução na produção de alumínio em razão de problemas técnicos na linha de produção. Pode- ... Contribuiu para este

22

os melhores da série histórica acompanhada pela entidade. Segundo a Abiquim, esse

comportamento se deve à base deprimida de comparação. No acumulado dos últimos 12

meses, no entanto, os índices de produção e vendas internas tiveram uma queda, sendo que a

produção recuou 0,33% e as vendas internas, 1,12%. Já as importações cresceram 18,53% no

período. No primeiro bimestre do ano, o índice de preços aumentou 6,0% em relação ao ano

anterior. Nos últimos 12 meses, o índice cresceu 13,02%.

A Braskem bateu em março seu recorde histórico de produção de polipropileno em

suas fábricas brasileiras. Juntas, as unidades da Braskem produziram 150.621 toneladas de

polipropileno no mês passado. O recorde anterior, registrado em outubro de 2010, era de

150.270 toneladas. A Braskem possui unidades industriais para a produção de PP em São

Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia.

A petroquímica Dow Chemical anunciou no dia 3 de abril, o fechamento de quatro

fábricas na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, para implementar um corte de custos de

US$ 250 milhões. No Brasil, a unidade a ser fechada fica em Camaçari (BA). A empresa afirmou

que a planta de Camaçari já não apresentava lucro e que demandava investimentos em

segurança.