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programa de integração e valorização Projeto Jurídico Atuante

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Editorial

Prezado filiado,

A Diretoria Jurídica do Sindifisco Nacional encaminha- lhe a primeira edição do Boletim Informativo Jurídico, na qual são apresentadas as principais ações, detalhando o obje-tivo, o andamento e outros aspectos pertinentes.

Essa primeira edição leva em conta as principais demandas que os filiados apresenta-ram aos diretores jurídicos durante as reuniões de que estes participaram no âmbito do Jurídico Atuante e nas demais instâncias do sindicato.

Em virtude da unificação da Fenafisp e do Unafisco, a maior parte das ações ainda tem essas entidades como partes, razão pela qual são apresentadas em tópicos diver-sos, já que os andamentos estão em diferentes situações. É preciso ficar bem claro que as ações da Fenafisp abrangem apenas os filiados desta entidade e as ações do Una-fisco, apenas os dela, exceto quando se conseguiu extensão judicial, como no caso da ação de isenção do IRPF para o abono permanência. As ações do Sindifisco Nacional, contudo, abrangem toda a classe.

É preciso, também, ressaltar que no presente Informativo são tratadas apenas as ações dos sindicatos (Sindifisco Nacional, Fenafisp e Unafisco), e não as das diversas associa-ções representativas da classe. Em várias reuniões de que participou a Diretoria Jurídi-ca os filiados indagaram sobre ações que, na verdade, são patrocinadas por essas en-tidades e essa confusão gerou a necessidade de esclarecimento, visto que não temos legitimidade para fornecer as respostas.

Da mesma forma, não estão apresentadas as ações dos Sindifisp (sindicatos estaduais), pois nem todos os advogados desses sindicatos, embora notificados, apresentaram relatórios detalhados sobre suas respectivas ações.

Esperamos que esse Boletim Informativo Jurídico sirva para ajudar os filiados a conhecer melhor a amplitude do trabalho da Diretoria Jurídica, bem como possa esclarecer dúvi-das recorrentes a respeito das ações judiciais. E conclamamos os filiados a acessarem o site do Sindifisco Nacional para obterem informações sobre o andamento dos seus respectivos processos.

Finalmente, cabe destacar que a Diretoria Jurídica tem a intenção de produzir e enca-minhar com freqüência aos filiados novas edições deste Informativo, ampliando cada vez mais sua abrangência e incorporando, também, as informações das ações judiciais dos sindicatos estaduais.

Muito cordialmente,

Diretoria Jurídica do Sindifisco Nacional

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Índice

ASSISTÊNCIA JURÍDICA INDIVIDUAL (AJI) 6AÇÕES JUDICIAIS 6APOSENTADORIA ESPECIAL 6GREVE – CAMPANHA SALARIAL 2008 7IR SOBRE ABONO DE PERMANÊNCIA 8SUBSÍDIO 9GIFA 10FOSSO SALARIAL 12CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE 1/3 DE FÉRIAS 13REAJUSTE DE PROVENTOS E PENSÕES – RGPS 14ANUÊNIOS 15COFECON 16CFC 16LICENÇA-PRÊMIO 17GDAT 18ABATE-TETO (ACUMULAÇÃO PENSÃO/PROVENTOS/REMUNERAÇÃO) 19ABATE-TETO (ACUMULAÇÃO PROVENTOS/VENCIMENTOS CARGO EM COMISSÃO) 20GAT 20DIRPF – PORTARIA CGU 298/2007 21REAJUSTE DOS 28,86% 21INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE PRECATÓRIO OU RPV 24INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE PRECATÓRIO OU RPV 24LICENÇA PARA EXERCER ATIVIDADE POLÍTICA 25REAJUSTE 3,17% 25 27INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O TERÇO CONSTITUCIONAL, AUXÍ-LIO-FUNERAL, ADICIONAL DE PERICULOSIDADE, ENTRE OUTRAS VERBAS DE NATUREZA INDE-NIZATÓRIA

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APOSENTADORIA ESPECIAL Vitória

A Fenafisp impetrou o Mandado de Injunção 880, em 19 de agosto de 2008, a fim de que fosse reconhecida a ausência de norma regulamentadora do direito à aposentadoria especial dos servidores pú-blicos e, por conseguinte, que o Poder Ju-diciário viabilizasse o gozo do direito consa-grado no artigo 40, § 4º da Constituição da República, nos termos do artigo 57 da Lei n. 8.213/91. Em maio de 2009, o Supremo Tribu-nal Federal julgou o mandado de injunção reconhecendo a omissão do Presidente da República e estabeleceu como parâmetro para o gozo do direito à aposentadoria es-pecial a lei que rege as relações do Regime Geral de Previdência, Lei n. 8.213/91. O Unafisco Sindical impetrou, em ju-lho de 2009, 3 (três) Mandados de Injunção (MI) buscando dar eficácia às modalidades de aposentadoria especial previstas no art.

A Terceira Seção do STJ (Su-perior Tribunal de Justiça) reconheceu a legalidade da greve de 52 dias dos Audi-tores-Fiscais, realizada em 2008, que viabi-lizou o reajuste da remuneração dos Audi-tores-Fiscais ativos e aposentados e de seus pensionistas.

Os Auditores-Fiscais, por meio de de-cisão judicial, puderam exercer o direito de greve, sem retaliações, em ação proposta pelo Departamento de Assuntos Jurídicos do Sindicato, distribuída na 4ª Vara da Jus-tiça Federal de Porto Alegre. Ocorre que o juiz declarou a incompetência da Justiça Federal, diante da decisão do Supremo Tri-bunal Federal que, por seu presidente, Gil-mar Mendes, suspendeu a antecipação de tutela que garantia o exercício do direito de greve e declarou o STJ como instância com-petente para o julgamento.

No último dia 12 de maio, o ministro Celso Limongi apresentou voto-vista à ação

40, § 4º, da Constituição da República, ain-da pendentes de regulamentação legal, a saber: MI 1613 (para portadores de defici-ência), MI 1614 (para os que exercem ativi-dades de risco, defendendo o risco inerente às atividades do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) e MI 1616 (para aqueles cujas atividades foram ou sejam exercidas sob condições especiais que pre-judiquem a saúde ou a integridade física). Ainda em 2009, no mês de novem-bro, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou favorável e definitivamente o MI 1616, que garantiu, para fins de aposentadoria, a con-tagem especial de tempo para Auditores--Fiscais filiados que trabalham ou traba-lharam em condições de periculosidade e insalubridade. Apoiado em parecer do constitucionalista Pedro Lenza, o Min. Cel-so de Melo garantiu aos Auditores-Fiscais filiados à entidade sindical, o direito de ter

ratificando o voto do relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que em prévia decisão, em outubro de 2009, concluiu que a greve foi legal, portanto, não poderia haver, em decorrência dela, implicações funcionais nem desconto dos dias parados. Diante disso, as faltas referen-tes aos dias de greve terão que ser retiradas dos assentamentos funcionais de modo a não prejudicarem os Auditores, quando da solicitação de aposentadoria, licenças, re-moção, entre outros direitos.

O ministro Celso Limongi reforçou a decisão do relator do processo, mas pre-viu a possibilidade do desconto dos dias parados. Em contrapartida, garantiu aos Auditores-Fiscais o direito à compensação e a não existência de efeitos funcionais que prejudiquem a Classe. Após a publicação do acórdão, a União terá ainda prazo para entrar com recurso.

os seus pedidos de aposentadoria espe-cial analisados, pela autoridade adminis-trativa competente, à luz do art. 57 da Lei n. 8.213/91”. Para implementar o direito, o Sindifisco Nacional recomendou a todos os filiados que pleiteassem administrativamen-te a averbação do tempo de serviço nes-sa situação para contagem especial (com acréscimo de 40% para os homens e 20% para mulheres). O fato é que a União, dei-xando sequer de se pronunciar sobre esses requerimentos administrativos por meses , acabou por justificar a impetração de di-versos MS (Mandados de Segurança), seto-rizados por Região Fiscal, com fundamento exatamente nessa omissão. Sem prejuízo dos MS já impetrados (alguns dos quais não estão obtendo êxito por questões processuais que não compen-sam ser discutidas em juízo, como, p. ex., a necessidade de juntada de documentos desnecessários, impertinentes ou de difícil obtenção etc.), também será protocola-da, até meados de setembro, reclamação constitucional perante o próprio STF, infor-mando o descumprimento da decisão judi-cial proferida nos MI 880 e 1616. Com a recente regulamentação da

matéria pela Orientação Normativa (ON) SRH/MP n. 06/2010, o Escritório Azevedo Set-te Advogados ajuizou novo mandado de segurança, tendo em vista que os MS an-teriormente impetrados se deram anterior-mente ao advento dessa ON, não havendo discussão judicial pairando sobre o seu teor, daí o motivo de se considerar pertinente revolver a matéria em juízo, especialmente para obstar alguns pontos arbitrários dessa regulamentação, como a perda da parida-de, a vedação ao recebimento de abono de permanência, a exigência descabida de documentos para caracterização do di-reito, entre outros. A par dessas providências jurídicas, a Diretoria Jurídica também tem participa-do de reuniões com os órgãos de gestão de pessoas do Ministério do Planejamento, Or-çamento e Gestão (MPOG) no intuito de as-segurar o exato e efetivo cumprimento dos Mandados de Injunção.

Referência: MI 880, MI 1616, MI 1614, MI 1613 - STF.

Assistência Jurídica Individual (AJI)

Ações Judiciais

Vitória GREVE – CAMPANHA SALARIAL 2008

Criada na metade desta década pelo então Unafisco Sindical, o programa de As-sistência Jurídica Individual (AJI) já foi utilizado por centenas de filiados do sindicato, e está disponível para todos os filiados do Sindifisco Nacional.

Seu regulamento e a relação dos advogados credenciados se encontram disponí-veis em nosso site (www.sindifisconacional.org.br), em Jurídico; e em AJI.

A Diretoria Jurídica do Sindifisco Nacional tem atuado para manter a AJI em cons-tante aprimoramento, com vistas a que seja sempre prestado ao filiado um serviço de ex-celência na defesa dos seus direitos individuais ou plúrimos.

Foram recentemente incluídos, a par dos já credenciados, escritórios de advocacia de renome nacional em suas áreas de atuação e de alta especialização, todos com mais de 20 (vinte) anos de experiência. São eles os escritórios Advocacia Maurizio Colomba, com preponderante atuação em Direito Penal e Direito Administrativo-Disciplinar; Azevedo Sette Advogados, com atuação em Direito Administrativo, Previdenciário e Constitucional; e Advocacia Olavo Zampol e Associados, também atuante em Direito Administrativo e Penal. Todos estão habilitados para atuação em âmbito nacional. Em breve a Diretoria Jurídica elaborará um informativo específico sobre a AJI e encaminhará a todos os filiados do Sindifisco Nacional.

Nas páginas a seguir são apresentadas as sínteses atualizadas de algumas das prin-cipais Ações Judiciais em andamento, incluindo-se as propostas pelo Sindifisco Nacional, pela Fenafisp e pelo Unafisco.

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Os Auditores-Fiscais ativos que já têm condições de se aposentar, mas per-manecem em serviço, estão contemplados na ação ordinária que pleiteia a abolição da incidência do imposto de renda sobre o abono de permanência. A tese da ação é de que o abono previdenciário tem nature-za indenizatória não representando renda ou acréscimo pecuniário ao Auditor-Fiscal, não constituindo, portanto, fato gerador a ensejar a incidência do imposto de renda.

A ação foi proposta na Seção Judici-ária do Distrito Federal, e há tutela antecipa-da deferida. A partir de dezembro de 2007, data em que foi proferida a decisão judicial, a União não poderá promover o desconto do imposto de renda incidente sobre o abo-no de permanência dos filiados.

Em maio de 2010, o Departamento de Assuntos Jurídicos requereu a extensão da decisão que garantiu a não incidên-cia do imposto de renda sobre o abono de permanência a todos os filiados, inclusi-ve os Auditores-Fiscais egressos da Receita Previdenciária.

A juíza majorou a multa diária, fi-xando-a em R$ 3.000,00 (três mil reais), por persistência da Administração no descum-primento da decisão judicial, considerando que não é mais razoável aceitar que após dois anos de vigência da decisão ainda não a tenha cumprido integralmente.

No último dia 23 de julho, o Depar-tamento de Assuntos Jurídicos comunicou novamente o descumprimento da decisão judicial, juntando, na oportunidade, os con-tracheques dos filiados que ainda não estão sendo amparados pela tutela antecipada.

Requereu-se seja expedido ofício ao Ministério Público, comunicando a con-tinuidade do crime de desobediência e requerendo informações sobre quais pro-cedimentos já foram adotados por aquele órgão no sentido de apurar e denunciar os

responsáveis diretos pelo ato ilícito e, ainda, que seja oficiado o Corregedor-Geral do Escritório de Corregedoria da Secretaria da Receita Federal do Brasil, solicitando infor-mações quanto à instauração de eventuais sindicâncias ou processos administrativos disciplinares para a apuração dos ilícitos administrativos.

Em 05 de agosto de 2010, a juíza, Dra. Solange Salgado, da 1ª Vara Federal do Distrito Federal sentenciou favoravel-mente aos filiados do Sindifisco Nacional, reconhecendo o direito de os filiados não terem retido o imposto de renda sobre o abono de permanência, considerando a sua natureza indenizatória. Aguarda-se pu-blicação da decisão no Diário da Justiça.

Em reunião realizada na Cogep, a Diretoria Jurídica foi comunicada que a partir de agosto de 2010 (ou seja, no paga-mento a ser realizado em setembro), todos os Auditores-Fiscais estarão contemplados e não sofrerão o desconto do IR sobre o abo-no de permanência. Assim, se o filiado cons-tatar o não cumprimento da decisão em seu pagamento, deve entrar em contato com o departamento jurídico para que pos-sam ser tomadas as devidas providências.

Referência: Processo n. 2007.34.00.040552-0 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

IR SOBRE ABONO DE PERMANÊNCIA Vitória

É válido ressaltar que a decisão dos ministros da Corte Superior é uma vitória, vis-to que, além de reconhecer a legalidade da greve, ela ampara o direito de mobiliza-ção da Classe. Tal decisão reafirma que a

Lei 7.783/99 é o parâmetro a ser usado pelo setor público.

Referência: Pet 6642 – STJ.

Ação da Fenafisp

O Escritório Alino & Roberto, em 2005, impetrou mandado de segurança a fim de se reconhecer o direito à isenção do impos-to de renda sobre o abono de permanência, considerando a sua natureza indenizatória. O magistrado sentenciou parcialmente fa-vorável aos filiados, afastando a incidência do imposto de renda; porém, é restrita aos Auditores-Fiscais domiciliados no Distrito Fe-deral. Aguarda-se julgamento da apelação da Fenafisp e da União.

SUBSÍDIO

O Unafisco efetivou a contratação do Escritório Andrade Maia Advogados para patrocinar ações judiciais em que se pretende o restabelecimento de verbas que foram suprimidas com a criação do subsídio.

As ações propostas em maio de 2009 têm por objeto o reconhecimento do direito dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil perceberem os adicionais de periculosidade, insalubridade, noturno, serviços extraordinários e outros previstos no art. 7º da Constituição Federal, de perce-berem verbas remuneratórias que foram adquiridas, segundo a lei vigente, e incor-poradas ao patrimônio jurídico dos filiados, como, por exemplo, anuênios e qüinqüê-nios, quintos e décimos das funções co-missionadas, adicional de 20% previsto no artigo 184 da Lei n. 1.711/52, dentre outros. Pretende-se, ainda, o reconhecimento do direito ao recebimento das verbas antes recebidas em virtude de decisões judiciais, sobretudo das decisões transitadas em julgado e, por último, o provimento judicial para evitar a absorção da parcela com-plementar de subsídio (PCS), buscando sua correção nos mesmos percentuais e nas mesmas datas dos reajustes do subsídio.

No último mês de março de 2010, o Escritório Andrade Maia propôs novas ações judiciais para contemplar os filiados egressos da Carreira Auditoria-Fiscal da Re-ceita Previdenciária, que não tinham ação semelhante.

Recentemente, em 31 de agosto de 2010, foi proferida sentença nos autos do

processo referente ao adicional pela pres-tação de serviço extraordinário e do adicio-nal noturno, julgando procedente o pedido, entretanto, nos limites da abrangência territorial. O escritório patrono da ação está recorrendo com vista a estender referida decisão a toda categoria.

Nos demais processos, ainda não há decisão favorável aos Auditores-Fiscais; po-rém, o Escritório Andrade Maia tem propos-to todas as medidas e incidentes possíveis para reconhecer o direito dos filiados pe-rante o Poder Judiciário, embora a expec-tativa pela finalização do debate jurídico seja o Supremo Tribunal Federal – STF, pois a cumulação de adicionais com o subsídio envolve matéria constitucional.

Referência: Processos n. 2009.71.00.014466-2; 500.192233.2010.4.04.7100; 2009.71.00.012046-3; 500.192148.2010.4047100; 2009.71.00.010535-8; 500.192063.2010.4047100; 2009.71.00.022034-2; 500.192670.2010.4047100; 2009.71.00.019206-1; 2009.71.00.020377-0 – RS – TRF 4ª REGIÃO.

É válido ressaltar que a ação propos-ta pelo Unafisco foi estendida a toda a cate-goria, tal como informado acima.

Referência: Processo n. 2005.34.00.020700-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

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A Lei n. 10.910/2004 criou a Gratifica-ção de Incremento à Fiscalização e Arreca-dação – GIFA para a classe dos Auditores--Fiscais; contudo, para os aposentados e pensionistas estipulou valor inferior ao pago aos ativos, correspondente à metade do valor da gratificação.

O Unafisco Sindical impetrou manda-do de segurança para garantir a paridade aos aposentados e pensionistas. O pedido foi julgado procedente em parte, reconhe-cendo o direito dos aposentados e pensio-nistas perceberem a parcela decorrente da avaliação institucional integralmente, e a parcela individual, correspondente à aplicação da média nacional obtida pela categoria funcional. A juíza condicionou os efeitos da sentença ao trânsito em julgado.

O Unafisco e a União interpuseram recurso de apelação, e o Tribunal Regional Federal julgou favoravelmente o recurso da União. O Unafisco interpôs, então, recurso especial e recurso extraordinário. O recur-so especial foi admitido, e o extraordinário negado, tendo sido interposto agravo de instrumento com vista a reverter a decisão. Aguarda-se julgamento.

Outras ações relacionadas à GIFA fo-ram propostas para Auditores-Fiscais recém--filiados, para Auditores-Fiscais revertidos, para Auditores-Fiscais aposentados por in-validez e para Auditores-Fiscais portadores de doença incapacitante. Essas ações es-tão tramitando na Seção Judiciária do Dis-trito Federal.

A ação ordinária proposta após a edição da Lei n. 11.356/06, que alterou o percentual atribuído aos ativos para 95%, concedendo aos inativos apenas 50% desse percentual, em violação ao princípio cons-titucional da paridade foi julgada improce-dente, com fundamento no acórdão des-favorável da ação proposta pelo Unafisco Sindical, que pleiteia a GIFA no percentual de 45%, para os aposentados e pensionistas. O sindicato interpôs recurso de apelação, pendente de julgamento no Tribunal Regio-nal Federal da 1ª Região, cuja relatora já julgou a matéria favoravelmente aos Audi-tores-Fiscais, reconhecendo a generalidade da gratificação.

GIFA

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO - GIFA. LEI 10.910/04. ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE.

1. Entendendo a 2ª Turma deste Tribunal que os §§ 1º e 2º da Lei n° 10.910/2004, ao atribuir aos inativos e pensionistas percentual diferenciado relativo à percepção da Gratificação de Incremento da Fiscalização e Arrecadação - GIFA violou o princípio da isonomia, deve a argüição de inconstitucionalidade ser submetida à apreciação da Corte Especial do TRF da 1ª Região.

2. Julgamento suspenso para encaminhamento dos autos à Corte Especial do Tribunal Federal da 1ª Região.

(AC 0035525-17.2006.4.01.3800/MG, Rel. Desembargador Federal Francisco De Assis Betti, Rel.Acor. Desembargadora Federal Neuza Maria Alves Da Silva, Segunda Turma,e-DJF1 p.35 de 05/03/2010)

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E DA ARRECADAÇÃO - GIFA. LEI 10.910/2004. CF/88, ARTS. 5º, CAPUT, E 40, § 4º. APOSENTADOS E PENSIONISTAS.

1. O artigo 40, parágrafo 4º, da Constituição Federal/88, em sua redação anterior à EC 20/98, não assegurava a equiparação absoluta entre servidores ativos, inativos e pensio-nistas. A garantia de equivalência de vencimentos e vantagens somente se dá quando se trata de verbas de caráter genérico e impessoal, não associadas ao exercício efetivo da função.

2. A jurisprudência do TRF - 1ª Região fixou novo entendimento no sentido de que a GIFA é gratificação pro labore faciendo e, portanto, extensiva aos inativos e pensionistas nos percentuais determinados no artigo 10 da Lei 10.910/2004. Aplicação do entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal acerca da GDATA (RE 476279) e da GDASST (RE 572.052).

3. Apelação e remessa oficial não providas.

(AC 0026552-75.2007.4.01.3400/DF, Rel. Desembargadora Federal Ângela Maria Catão Al-ves, Primeira Turma,e-DJF1 p.381 de 06/07/2010)

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO. INADEQUA-ÇÃO DA VIA ELEITA E IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PRELIMINARES REJEITADAS. GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO - GIFA. INSTITUIÇÃO. LEI 10.910/04. PERCENTUAL INFERIOR PARA PAGAMENTO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS. VIOLAÇÃO À PARIDADE DE VENCIMENTOS. ART. 40, § 8º, CF.

1. Não merece acolhida a preliminar de inadequação da via eleita, pois a impetração não se voltou contra a lei em tese, mas contra o pagamento da GIFA aos aposentados e pensionistas em percentual inferior ao concedido aos servidores no exercício da ati-vidade, nos moldes estabelecidos na Lei 10.910, de 15.07.2004. Inaplicável à espécie a Súmula 266 do Supremo Tribunal Federal.

2. A possibilidade jurídica do pedido é vislumbrada, no caso, pela admissibilidade de dis-cussão em torno da legitimidade ou não do direito à extensão da Gratificação de Incre-mento da Fiscalização e da Arrecadação - GIFA aos filiados/aposentados e pensionistas da Associação impetrante, na forma em que deferida aos servidores ativos.

3. Na espécie, a pretensão formulada tem como fundamento a garantia constitucional de isonomia de remuneração entre ativos, inativos e pensionistas, estabelecida no art. 40, §8º da CF/88, na redação anterior à promulgação da Emenda Constitucional nº 41/2003.

4. Mesmo após o advento da EC 41/2003, a garantia de paridade remuneratória conti-nuou sendo assegurada para os proventos de aposentadoria e pensões em fruição na data de sua publicação.

5. A interpretação sistêmica das normas que instituíram a GIFA conduz à exegese de que se trata de vantagem de natureza genérica, porquanto assegura seu pagamento a inte-grantes das carreiras nela elencadas que não estejam no efetivo exercício da atividade, determinando que o cálculo da referida gratificação será efetuado com base nas regras que disciplinariam a vantagem se não estivessem afastados do exercício das respectivas atribuições (art. 4º, § 8º, Lei 10.910/2004). Precedente da 2ª Turma.

6. O entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal acerca da GDATA (RE 476279) e da GDASST (572.052) é plenamente aplicável à GIFA.

7. Apelação e remessa oficial desprovidas.

(AMS 0039117-76.2004.4.01.3400/DF, Rel. Desembargador Federal Carlos Olavo, Primeira Turma,e-DJF1 p.370 de 30/03/2010)

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região já está consolidando o entendimento, con-forme se verifica em precedentes recentes, pois outros desembargadores, enquanto relato-res, estão julgando favoravelmente aos aposentados e pensionistas.

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O Escritório Sergio Bermudes, contra-tado por meio de autorização assemblear, tem distribuído memorial aos julgadores do mandado de segurança que pleiteia a GIFA no percentual de 45%, bem como da ação ordinária que pleiteia a GIFA no percentu-al de 95%, invocando, inclusive, as recentes decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O Sindifisco Nacional, com auxílio do Escritório Sergio Bermudes, demonstrou ao Partido Verde o desrespeito com os Audito-res-Fiscais aposentados e seus pensionistas, que foram prejudicados por uma medida inconstitucional, passível de ser cassada pelo Supremo Tribunal Federal, ocasião em que se decidiu pela proposição de Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF, a fim de se reconhecer a violação

Com a edição e reedições da MP n. 1.915/99 houve o reposicionamento dos Auditores-Fiscais na nova tabela de trans-posição; contudo, ocorreu preterição aos Auditores-Fiscais pós-99, que não foram reenquadrados.

A ação do fosso busca o reenquadramento funcional para Auditores-Fiscais pós-99, que deixaram de ser reposicionados em 4 pa-drões concedido pela Lei n. 10.682/2003, de que foram indevidamente excluídos.

A sentença foi julgada improcedente e o Unafisco interpôs recurso de apelação.

ao artigo 40, § 8º da Constituição da Repúbli-ca, bem como ao regime remuneratório do servidor público. A ADPF tem como objetivo a declaração de inconstitucionalidade do §1º do art. 10 da já revogada Lei 10.910/04, permitindo assim que os aposentados e pen-sionistas possam receber a GIFA nos mesmos percentuais pagos aos ativos.

O relator da ADPF, Ministro Celso de Mello, recebeu os advogados do Escritório Sérgio Bermurdes em junho de 2010, e se predispôs a dar prioridade no exame da matéria.

Referência: Processos n. 2004.34.00.048218-1; 2006.34.00.020151-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO; ADPF 211 - STF.

Em 24 de julho de 2009, com autoriza-ção assemblear, o Escritório Azevedo Sette Advogados assumiu o patrocínio da ação.

A apelação foi julgada provida por unanimidade em 14 de abril de 2010, reco-nhecendo o direito aos Auditores-Fiscais filia-dos ao Unafisco até 28 de agosto de 2006, tendo sido publicado o acórdão apenas no dia 05 de outubro de 2010, pois estava aguardando a declaração de votos dos demais desembargadores que compõem a turma. Após referida publicação, iniciou o prazo para interposição de recurso pela União.

O Desembargador-Relator, em seu voto, defende que a Lei 10.682/2003, “... ao limitar seus efeitos aos AFRF nomeados até 29.07.99, apresentou discriminação injusti-ficada com os ocupantes de cargos inte-grantes da carreira Auditoria-Fiscal da Re-ceita Federal nomeados após 29.07.99, pois a esses já havia sido assegurada a transpo-sição, a partir de 1º de julho de 1999, como o pagamento das diferenças devidas (Lei n. 10.593/2002, artigo 17)”.

Embora com pouca probabilidade de êxito, a diretoria jurídica vem estudando com os advogados patronos a possibilidade

de extensão dos efeitos da sentença aos Auditores-Fiscais egressos da Previdência, com base na legitimação extraordinária as-segurada constitucionalmente aos sindica-tos. O acórdão limitou a decisão apenas aos Auditores Fiscais da Receita Federal (então ainda não fusionada com a Previdência) em exercício em 28/05/2003, pois era deles que tratava a Lei 10.682/2003.

Referência: Processo n. 2006.34.00.027003-5 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

Ação da Fenafisp

O Escritório Alino & Roberto, em 2005, impetrou mandado de segurança a fim de se reconhecer o direito à isenção do impos-to de renda sobre o abono de permanência, considerando a sua natureza indenizatória. O magistrado sentenciou parcialmente fa-vorável aos filiados, afastando a incidência do imposto de renda; porém, é restrita aos Auditores-Fiscais domiciliados no Distrito Fe-deral. Aguarda-se julgamento da apelação da Fenafisp e da União.

É válido ressaltar que a ação propos-ta pelo Unafisco foi estendida a toda a ca-tegoria, tal como informado acima.

Referência: Processo n. 2005.34.00.020700-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE 1/3 DE FÉRIAS

O Unafisco impetrou três mandados de segurança contra o Coordenador-Geral de Gestão de Pessoas - COGEP, a fim de im-pedir o desconto da contribuição previden-ciária sobre a parcela de 1/3 de férias paga aos Auditores-Fiscais.

Por constituir natureza indenizatória e, como tal, não integrar a remuneração do Auditor--Fiscal, não é possível a incidência da con-tribuição previdenciária sobre o abono de férias.

O primeiro mandado de segurança, impetrado em 2000, beneficia filiados até 24/03/2000. Está aguardando julgamen-to do recurso extraordinário interposto em face do acórdão desfavorável do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Não há efei-to suspensivo, conforme previsão legal, uma vez que o processo se encontra nas instân-cias extraordinárias (STJ e STF), sendo devida a retenção da contribuição previdenciária sobre o terço constitucional.

Importante salientar que foi reco-nhecida a repercussão geral em recurso ex-traordinário decorrente de ação individual, julgamento que será definitivo para o man-dado de segurança do Unafisco, pois se jul-gado favoravelmente ao servidor público, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região po-derá retratar a sua decisão ou encaminhar os autos ao Supremo Tribunal Federal que cassará ou reformará o acórdão, contrário ao entendimento do tribunal superior.

Em 2005 foi impetrado novo manda-do de segurança para os Auditores-Fiscais fi-

liados a partir de 25/03/2000 até 01/01/2005. A sentença foi julgada procedente. A União interpôs recurso de apelação, que foi jul-gado improvido, sendo interpostos recursos especial e extraordinário, os quais aguar-dam juízo de admissibilidade. Desse modo, os filiados não podem sofrer a retenção da contribuição previdenciária sobre o terço constitucional.

O último mandado de segurança foi impetrado em 26/03/2007, e beneficia os Auditores-Fiscais filiados no período de 16/06/2005 a 19/03/2007. A sentença foi julgada favoravelmente aos filiados, e a União interpôs recurso de apelação, julga-do improvido. Inconformada, a União opôs embargos de declaração sendo rejeitados; porém, não interpôs recursos especial e ex-traordinário, sendo certificado o trânsito em julgado. Como a União interpôs agravo re-gimental contra a certificação ainda não é possível requerer a baixa do processo à vara de origem. Portanto, embora já cons-te a certificação do trânsito em julgado, é prudente que aguardemos o julgamento do agravo regimental.

Logo, os filiados a partir de março de 2000 a março de 2007 não devem ter des-contada a contribuição previdenciária so-bre a parcela de 1/3 de férias paga.

Referência: Processo n. 2000.34.00.000305-4; 2007.34.00.009097-1; 2005.34.00.18183-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

FOSSO SALARIAL Vitória

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O Unafisco Sindical, por meio de seu Departamento de Assuntos Jurídicos, ajui-zou ação ordinária com vista a reconhecer o direito dos substituídos terem reajustados os pro-ventos e pensão de que tratam os artigos 1º e 2º da Lei n. 10.887/2004, pelos índices do RGPS, e não pelo índice estabelecido no comunica-do do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O magistrado, em 13 de março de 2009, proferiu sentença julgando procedente o pe-dido formulado na inicial, determinando que a União Federal reajuste as aposentadorias e pen-sões dos substituídos, desde que concedidas com base no art. 40, da CF/88 e no art. 2º, da EC 41/03, tendo por índices os mesmos aplica-dos aos benefícios do RGPS, desde 2004.

No mês de julho, os advogados do De-partamento de Assuntos Jurídicos entregaram

memorial ao desembargador-relator reque-rendo o julgamento da ação, considerando a prioridade legal dos filiados, uma vez que muitos estão amparados pelo Estatuto do Idoso. O de-sembargador se comprometeu a julgar o pro-cesso ainda nesse segundo semestre, embora esteja vinculado à meta estipulada pelo Conse-lho Nacional de Justiça, em razão da idade dos substituídos.

A ação é válida para todos os filiados, inclusive os que se filiaram após o ajuizamento da ação, considerando a legitimação extraor-dinária do Sindifisco Nacional, que permite plei-tear o reconhecimento de direitos de todos os membros da categoria dos Auditores-Fiscais.

Referência: Processo n. 2008.83.00.018257-5 – PE – TRF 5ª REGIÃO.

Ação da Fenafisp

O Escritório Alino & Roberto impetrou mandado de segurança em 16 de dezem-bro de 1999, beneficiando todos os Audito-res-Fiscais ativos filiados à Fenafisp, sendo deferido o pedido liminar em 17/12/1999, para determinar à Administração que se abstivesse de efetuar a retenção da contri-buição previdenciária sobre o terço consti-tucional. Em 26/9/2000 foi proferida senten-ça, julgada procedente. As apelações da União e do INSS foram julgadas providas em 04/12/2001, sendo, a partir desse julgamen-to, devida a retenção da contribuição pre-videnciária por não mais ter efeito suspensi-vo. O recurso extraordinário interposto pela Fenafisp foi julgado provido, transitando em julgado em 17/05/2006.

Considerando que a retenção da contribuição previdenciária, embora sus-pensa por liminar e sentença, ocorreu para alguns Auditores-Fiscais, será necessário promover ação de execução, ressaltando, porém, que como se trata de mandado de segurança só pode ser requerida a devo-lução dos valores retidos indevidamente a partir do ajuizamento, em 16 de dezembro de 1999, até a data do descumprimento da decisão judicial, mesmo que após a ocor-rência do trânsito em julgado.

Constata-se que nem todos os sindi-catos estaduais vinculados à Fenafisp en-viaram à época a listagem de seus filiados para se anexar à petição inicial, podendo, portanto, ser prejudicado algum filiado.

Desse modo, é imprescindível que os filiados enviem os seus contracheques, pois além de comprovar a retenção da contri-buição previdenciária também comprovará que eram sindicalizados, tendo em vista que no contracheque consta a rubrica de con-signação da mensalidade sindical.

Os contracheques deverão ser en-caminhados à Diretoria de Assuntos Jurí-dicos do Sindifisco Nacional, sendo que deverão ser encaminhados apenas os con-tracheques que demonstrem o mês em que o Auditor-Fiscal gozou as férias.

A Diretoria de Assuntos Jurídicos deliberará nos próximos dias sobre a con-tratação de escritório de advocacia para promover as ações de execução dos Au-ditores-Fiscais beneficiados pela ação, em razão da prescrição do título executivo.

Referência: Processo n. 1999.34.00.039091-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

REAJUSTE DE PROVENTOS E PENSÕES – RGPS Vitória

AUNÊNIOS

A ação ordinária proposta para ga-rantir a averbação do tempo de serviço prestado pelos Auditores-Fiscais em empre-sas públicas, sociedades de economia mis-ta e administração direta municipal e esta-dual, como de natureza pública, para fins de aposentadoria e anuênios, foi julgada procedente em parte na Seção Judiciária do Distrito Federal, excluindo o reconheci-mento do tempo de serviço público para a administração direta municipal e estadual.

Os beneficiários da ação são os fi-liados ao Sindicato até dezembro de 2004, ativos, aposentados e pensionistas.

O Unafisco e a União interpuseram recurso de apelação e aguarda-se julga-mento no Tribunal Regional Federal.

O direito ao reconhecimento da na-tureza pública do tempo de serviço presta-

do em empresas públicas, sociedades de economia mista, administração direta muni-cipal e estadual já é reconhecido pelo Su-perior Tribunal de Justiça, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Conselho da Justiça Federal.

A ação passou a ser, com autoriza-ção assemblear, patrocinada pelo Escritório Azevedo Sette Advogados em julho de 2009.

No mês de abril de 2010, o Escritório Azevedo Sette Advogados ajuizou ação or-dinária para novos filiados ao Sindifisco Na-cional; portanto, os Auditores-Fiscais ativos e aposentados e seus pensionistas que se fi-liaram ao sindicato a partir de dezembro de 2004 a abril de 2010 estão amparados pela ação. O pedido de tutela antecipada foi in-deferido, aguarda-se julgamento da ação.

.

O MPOG proferiu o PARECER/MP/CONJUR/SMM/Nº 1467 – 3.21/2009, de 05 de novembro de 2009, reconhecendo o direito dos servidores à averbação de tempo de serviço pres-tado à empresas públicas e sociedades de economia mista, ratificado pelo Advogado--Geral da União, no qual determinou a uniformização de procedimentos ao Ministério da Previdência Social, à Procuradoria-Geral Federal e a todas as consultorias jurídicas e núcleos de assessoramento jurídico da União.

Contudo, embora o Parecer/MP/CONJUR/SMM/Nº 1467 – 3.21/2009 esteja em vigor e em consonância com o enten-dimento do Tribunal de Contas da União, é válido requerer administrativamente, consi-derando que, ainda, não há processo ad-ministrativo julgado favoravelmente a um Auditor-Fiscal.

Vale ressaltar, também, que o pare-cer do AGU somente passa a ter força vin-culante para a administração se aprovado

e publicado com despacho presidencial. A Diretoria Jurídica vem se reunindo com a Se-cretaria de Recursos Humanos do MPOG em busca de uma regulamentação favorável aos Auditores-Fiscais, na esteira dos prece-dentes já mencionados.

Referência: Processos n. 2004.34.00.047806-1; 18269-58.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

O Escritório Alino & Roberto Advoga-dos propôs duas ações ordinárias, em 2005 e 2006, objetivando o reconhecimento do tempo de serviço prestado junto à adminis-tração direta estadual, distrital e municipal e indireta somente para fins de anuênios, julgadas improcedentes, pendentes de jul-gamento do recurso de apelação.

Com relação ao tempo de serviço prestado junto à administração pública fe-deral indireta, o Escritório Alino & Roberto ajuizou duas ações, também para reconhe-cer somente o direito à percepção de anu-ênios, sendo uma no ano de 2005 e outra em 2006. A primeira ação foi julgada pro-cedente, aguardando julgamento da ape-

Ações da Fenafisp

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O Unafisco ajuizou ações de rito or-dinário com pedido de antecipação de tu-tela em face do Conselho Federal de Eco-nomia – COFECON, uma vez que o referido conselho tem improvido recursos interpostos por economistas, que pedem o cancela-mento de seus registros profissionais, sob o fundamento de que a atividade de Auditor--Fiscal seria privativa de economista, motivo pelo qual não poderia ser procedida à bai-xa no registro.

Como a atividade de Auditor não exige formação superior específica em economia, mas a graduação em qualquer área, conforme estabelecem os editais do concurso para provimento do referido cargo, concluiu-se pela arbitrariedade da conduta do conselho em negar a baixa do registro dos referidos Auditores, submeten-do-os à incômoda e potencial situação de verem seus nomes inscritos em dívida ativa por conta de um débito que não tem qual-quer procedência.

dinária, com pedido de tutela antecipada, sendo deferida parcialmente, declarando a ilegalidade da exigência do registro pro-fissional dos Auditores-Fiscais nos Conselhos Regionais de Contabilidade e para determi-nar que o CFC reveja as decisões que, em grau de recurso, manteve os indeferimentos de pedido de baixa de registro requerido

Da mesma forma, o Conselho Fede-ral de Contabilidade - CFC tem negado o pedido de baixa da inscrição dos Auditores--Fiscais nos Conselhos Regionais de Conta-bilidade, julgando improvidos os recursos interpostos por contadores, que pedem o cancelamento de seus registros profissionais, sob o fundamento de que a atividade de Auditor-Fiscal seria privativa de contador.

O Unafisco ajuizou, em 2005, ação ordinária com pedido de tutela antecipada a fim de que fosse suspensa a exigência, por parte do Conselho Federal de Contabilida-de, do prévio registro nos Conselhos Regio-nais de Contabilidade para o exercício das atribuições de Auditor-Fiscal, em face da

Vitória LICENÇA-PRÊMIO O Departamento de Assuntos Jurídi-cos propôs três ações em favor dos filiados, nos anos de 2005, 2008 e 2010. A ação pro-posta em 2005 foi julgada procedente e a ação de 2008 teve o deferimento da tutela antecipada, o que impede a obrigatorieda-de do registro no referido conselho e a inscri-ção na dívida ativa. Já a ação proposta em 2010, válida para todos os Auditores-Fiscais filiados ao Sindifisco Nacional, a partir de ja-neiro de 2008, o magistrado entendeu que não há perigo da demora no julgamento da causa, motivo pelo qual não concedeu a tutela antecipada. O Departamento de Assuntos Jurídicos interpôs recurso de agra-vo de instrumento, que está pendente de julgamento.

Referência: Processos n. 2005.34.00.010902-9; 2008.34.00.002296-9; 13364-10.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

pelos Auditores-Fiscais, inclusive dando co-nhecimento aos conselhos regionais. Aguar-da-se julgamento da ação.

Referência: Processos n. 2005.34.00.007484-6; 13365-92.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

inexistência de lei que imponha tal obrigato-riedade, determinando reverter as decisões em grau de recurso já proferidas, deferindo os pedidos de baixa dos registros profissio-nais dos Auditores inscritos, e a suspensão da emissão, por parte dos Conselhos Regionais de Contabilidade, de documentos de co-brança das anuidades a partir da data em que os Auditores-Fiscais requereram o can-celamento de seus registros.

A sentença foi julgada procedente, confirmando-se a tutela antecipada, e be-neficia os Auditores-Fiscais filiados ao Sindi-cato até março de 2005.

Em março de 2010, o Departamento de Assuntos Jurídicos ajuizou nova ação or-

COFECON

CFC

Diante do reconhecimento do direito à conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada nem contada em dobro para fins de aposentadoria de servidores públi-cos federais pelo Supremo Tribunal Federal, o Unafisco Sindical impetrou mandado de segurança a fim de determinar às autorida-des coatoras que reconheçam esse direito aos Auditores-Fiscais filiados ao Unafisco até o mês de março de 2007.

O pedido liminar foi indeferido, e o recurso de agravo de instrumento interposto pelo Unafisco, a fim de requerer ao tribunal a concessão de efeito suspensivo, foi trans-formado em retido, a ser apreciado tão--somente no momento de julgamento da apelação, se interposta.

Foi proferida sentença parcialmente procedente, reconhecendo o direito à con-versão em pecúnia, sem incidência do IR, do período de licença-prêmio não gozado nem contado em dobro para aposentado-ria, em relação aos substituídos aposenta-dos e pensionistas, observanda a prescrição qüinqüenal.

Com vista a obter a procedência to-tal do pedido, ou seja, reconhecer o direi-to aos ativos, o Unafisco interpôs recurso de apelação, o qual aguarda julgamento.

No mês de outubro de 2010 será pro-posta nova ação contemplando os filiados ao Sindifisco Nacional após o mês de março de 2007.

lação do INSS, e a segunda, ajuizada em 2006, aguarda-se prolação da sentença.

Os Auditores-Fiscais e seus pensionis-tas filiados à Fenafisp após o ajuizamento da ação proposta em 2006 estão amparados pela ação do Sindifisco Nacional, proposta em abril de 2010.

Referência: Processos n. 2005.34.00.004500-9; 2005.34.00.011985-2; 2006.34.00.008040-8; 2006.34.00.008041-1 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG proferiu o PARECER/MP/CONJUR/SMM/Nº 1654 - 3.16 / 2009, reconhecendo o direito à conversão da licença prêmio em pecúnia para os servidores públicos aposentados e não só aos pensionistas, tal como dispõe a lei; porém, determina que a aplicação do atual entendimento não pode retroagir, favorecendo somente os servidores que se aposentarem após a edição do parecer, em 02/12/2009.

É válido ressaltar, que é necessária a elaboração de requerimento administrativo logo após o ato de concessão de aposen-tadoria para evitar a prescrição, conside-rando, ainda, que a Administração tem se esquivado de adotar o seu próprio enten-dimento, alegando que o parecer não é vinculante.

A Diretoria Jurídica vem se reunin-do com a Secretaria de Recursos Humanos do MPOG com vistas a assegurar adminis-trativamente o direito aos Auditores-Fiscais. Contudo, a SRH ainda está avaliando, sem previsão de conclusão, a quantidade de

possíveis beneficiários e o impacto financei-ro decorrente, para somente após definir a regulamentação.

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A Medida Provisória n. 1.915/99, convertida na Lei n. 10.593/2002, criou a Gratificação de Desempenho e Atividade Tributária – GDAT para os integrantes da Carreira Auditoria da Receita Federal, es-tendendo a gratificação aos aposentados e pensionistas.

Na primeira reedição da medida provisória, a GDAT foi reduzida para os apo-sentados e pensionistas, motivo pelo qual foi impetrado o primeiro mandado de seguran-ça pelo Unafisco Sindical, a fim de garantir a paridade. O Supremo Tribunal Federal – STF reconheceu o direito à percepção da GDAT integral aos Auditores-Fiscais aposentados e seus pensionistas no ano de 2005.

O Unafisco Sindical ajuizou 40 ações para beneficiar seus filiados aposentados e pensionistas. Na medida em que os pro-cessos estão transitando em julgado, o Sindifisco Nacional está enviando corres-pondência solicitando aos filiados que nos

O Superior Tribunal de Justiça – STJ confirma o direito à conversão da licença prêmio em pecúnia aos servidores públicos, conforme recente decisão, proferida em março de 2010.

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL APOSENTADO. LICEN-ÇAS-PRÊMIO NÃO GOZADAS E NÃO COMPUTADAS PARA EFEITO DE APOSENTADORIA. IN-DENIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. RESERVA DE PLENÁRIO.

INAPLICABILIDADE. PRETENSÃO DE PREQUESTIONAR DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IM-POSSIBILIDADE NA VIA ESPECIAL.

1. No tocante ao direito à indenização pelas licenças-prêmio não gozadas e não com-putadas para efeito de aposentadoria, a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que o reconhecimento de tal direito não constitui violação à Lei n.º 8.112/90 ou à Lei n.º 9.527/97.

2. Decidida a questão sob o enfoque da legislação federal aplicável ao caso, incabível exigir a regra da reserva de plenário, prevista no art. 97 da Constituição da República.

3. A esta Corte é vedada a análise de dispositivos constitucionais em sede de recurso especial, ainda que para fins de prequestionamento, sob pena de usurpação da com-petência da Suprema Corte. Precedentes.

4. Agravo regimental desprovido.

(AgRg no REsp 1158662/PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 23/03/2010, DJe 12/04/2010)

Referência: Processo n. 2007.34.00.009099-9 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

GDAT

encaminhem a documentação necessária à propositura da ação de execução.

O primeiro mandado de segurança que transitou em julgado, em 2005, originou mais de 200 ações de execução, que estão sendo patrocinadas pelo Escritório Felsberg Advogados Associados.

No ano de 2007 apenas 1 processo foi inscrito em precatório para recebimento dos valores pelos filiados no ano seguinte, no ano de 2008, foram inscritos 15, no ano de 2009, 34 e, no ano de 2010, 45.

O Escritório Silveira, Martins e Hübner Advogados, cujo sócio é o Dr. Felipe Néri, advogado da ação de conhecimento, foi contratado mediante aprovação da Assem-bleia Nacional para patrocinar as ações de execução decorrentes dos outros manda-dos de segurança em que foi reconhecido o direito à integralidade da percepção da GDAT pelos aposentados e pensionistas.

O Escritório Alino & Roberto Advoga-dos ajuizou dois mandados de segurança, a fim de garantir a percepção integral da GDAT aos filiados aposentados e seus pen-sionistas nos anos de 1999 e 2001. O manda-do de segurança ajuizado em 1999 foi julga-do procedente em parte; porém, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região entendeu que a Fenafisp não tem legitimidade para representar os Auditores-Fiscais egressos da Receita Previdenciária, considerando que apenas representa os sindicatos estaduais e não os seus filiados. O escritório interpôs recursos especial e extraordinário.

O mandado de segurança impetra-do em 2001 não teve reconhecido o direito

Ações da Fenafisp

à percepção integral da GDAT, sendo dene-gada a segurança. O recurso de apelação da Fenafisp foi julgado parcialmente provi-do, reconhecendo apenas o percentual de 30% da gratificação aos aposentados e pen-sionistas no período da edição da MP 1.915-1/99 até o advento da Lei n. 10.593/2002. O escritório patrono da ação opôs embargos de declaração, pendente de julgamento.

Referência: Processos n. 1999.34.00.026901-0; 2001.34.00.04399-5 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

É válido ressaltar que as ações de execução decorrentes dos mandados de segurança que estão transitando em julga-do estão sendo propostas na medida em

que os filiados estão enviando a docu-mentação para o Departamento de Assuntos Jurídicos.

ABATE-TETO (ACUMULAÇÃO PENSÃO/PROVENTOS/REMUNERAÇÃO)

O Unafisco Sindical, por meio de seu Departamento de Assuntos Jurídicos, em agosto de 2006, impetrou mandado de se-gurança objetivando impedir a aplicação do redutor constitucional, instituído pela Emenda Constitucional n. 41/2003, ao soma-tório dos proventos de aposentadoria com as pensões percebidas pelos substituídos.

O Tribunal de Contas da União – TCU já se posicionou favoravelmente a não apli-cação do teto constitucional sobre o mon-tante resultante da acumulação de benefí-cio de pensão com remuneração de cargo efetivo ou comissão, e sobre o montante resultante da acumulação do benefício de pensão com proventos da inatividade, em face do que dispõem os artigos 37, XI , EC n. 41/2003, e 40, § 11 da Constituição Federal (redação EC n. 20/98).

O Ministério Público Federal proferiu, no mesmo sentido, parecer opinando pela concessão da segurança. Aguarda-se jul-gamento da ação.

Saliente-se que a ação está, com autorização em Assembléia Nacional, sob o patrocínio do Escritório Caputo Bastos,

referência em Brasília, desde julho de 2009. Ainda no mês de julho, o escritório requereu a prioridade no julgamento da ação, jun-tando, na oportunidade, decisões judiciais que reconheceram o direito de os servidores públicos perceberem proventos de aposen-tadoria e pensão por morte sem a incidên-cia do teto remuneratório, pois os Tribunais Regionais Federais já vêm adotando esse entendimento.

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ABATE-TETO (ACUMULAÇÃO PROVENTOS/VENCIMENTOS CARGO EM COMISSÃO)

Com os mesmos fundamentos jurí-dicos da Ação do Abate-teto (acumula-ção de pensão/proventos/remuneração), acima descrita, foi impetrado mandado de segurança a fim de garantir a não apli-cação do redutor constitucional, instituído pela Emenda Constitucional n. 41/2003, ao somatório dos proventos de aposentadoria com vencimentos percebidos pelos filiados (substituídos) em razão da eventual ocupa-ção de cargo comissionado. O Ministério Público Federal opinou pela concessão da segurança; contudo, o juiz a quo sentenciou julgando improcedente o pedido. O Depar-

Em janeiro de 2007 foi ajuizada ação ordinária pelo Unafisco Sindical visando à incorporação da Gratificação de Atividade Tributária – GAT ao vencimento básico dos Auditores-Fiscais, desde a edição da Lei n. 10.910/2004.

O fundamento jurídico da ação é de que a natureza jurídica da GAT passou a ser de vencimento básico, já que não há qual-quer avaliação do Auditor-Fiscal para ter di-reito a sua percepção, mas tão-somente o exercício do cargo.

Em julho de 2009, o Escritório Caputo, Bastos e Fruet Advogados foi contratado, por meio de autorização assemblear, para dar conti-nuidade ao patrocínio da causa.

A sentença foi julgada improceden-te e o escritório opôs embargos de declara-

O Unafisco ajuizou ação ordinária buscando o reconhecimento da ilegalida-de e da inconstitucionalidade da Portaria Interministerial MP/CGU 298/2007, que trata da obrigatoriedade de apresentação de declarações, por parte dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, não previstas em lei, por força da flagrante violação às Leis ns. 8.429/92 e 8.730/93, bem como aos postulados constitucionais da legalidade, intimidade, vida privada e sigilo fiscal.

Referida Portaria traz exigências que exorbitam e extrapolam os limites da lei, im-pondo ao agente público que apresente não somente declaração de bens e valores, mas também informações sobre rendimen-tos, dívidas e ônus reais próprios dos agen-tes públicos, e até mesmo de terceiros (que

EMENTA: ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA SERVIÇO PÚBLI-CO FEDERAL. CUMULATIVIDADE COM PENSÃO POR MORTE. POSSIBILIDADE. ABATE-TETO. - A aposentadoria própria concedida em razão de serviço público federal pode ser cumu-lada com proventos decorrentes de pensão por morte do cônjuge. - Para aplicação do limite remuneratório constitucional do art. 37, XI da Carta Política, os respectivos benefí-cios devem ser considerados isoladamente, pois trata-se de proventos distintos e cumulá-veis legalmente. - Prequestionamento quanto à legislação invocada estabelecido pelas razões de decidir. - Apelação provida. (TRF4, AMS 2004.71.00.028036-5, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Silvia Maria Gonçalves Goraieb, DJ 27/07/2005)

O Sindifisco Nacional ajuizará, no mês de outubro de 2010, uma nova ação para os Auditores-Fiscais filiados ao Sindicato a partir de agosto de 2006.

Referência: Processo n. 2006.34.00023730-1 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

GAT

DIRPF – PORTARIA CGU 298/2007

tamento de Assuntos Jurídicos interpôs recur-so de apelação, que se encontra pendente de julgamento.

O patrocínio da ação está, com au-torização em Assembléia Nacional, desde julho de 2009, sob a responsabilidade do Es-critório Caputo Bastos, escritório referência em Brasília.

Referência: Processo n. 2004.34.00.049049-0 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

ção, os quais foram rejeitados. O escritório interpôs, então, recurso de apelação, o qual se encontra pendente de julgamento pelo Tribunal.

O Sindifisco Nacional está contra-tando especialista em direito administrativo para elaboração de parecer, a fim de de-monstrar a justeza da tese ao Tribunal Regio-nal Federal da 1ª Região.

Referência: Processo n. 2007.34.00.000424-0 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

não são funcionários públicos) como seus cônjuges e dependentes.

O pedido de antecipação de tutela foi indeferido, e o Unafisco interpôs agravo de instrumento, sendo convertido em agravo retido, que será apreciado na oportunidade de julgamento da apelação, se interposta. Em agosto de 2009 o juiz sentenciou julgan-do improcedente o pedido. O Sindicato in-terpôs recurso de apelação, o qual aguarda julgamento.

Referência: Processo n. 2008.83.00.017585-6 – PE – TRF 5ª REGIÃO.

O Escritório Alino & Roberto ajuizou ação ordinária objetivando a incorporação da Gratificação de Atividade Tributária – GAT ao vencimento básico dos Auditores--Fiscais; porém, foi extinta sem julgamento de mérito, uma vez que o magistrado enten-deu que a Fenafisp não tem legitimidade para representar os Auditores-Fiscais, mas apenas os sindicatos estaduais. O escritó-

rio interpôs recurso de apelação, que está pendente de julgamento.

Referência: Processo n. 2008.34.00.003125-5 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

Ações da Fenafisp

REAJUSTE DOS 28,86%

Em meados de 2006, o Superior Tri-bunal de Justiça proferiu a primeira decisão em que prevaleceu a tese de que o reajus-te dos 28,86% deveria ser compensado pelo suposto reposicionamento da Lei 8.627/93 e transformou esse índice em 2,2%.

Esse voto teve um efeito nefasto e deletério às justas pretensões dos Auditores--Fiscais e, a partir de abril de 2007, a Terceira Turma do TRF-5 passou a adotar esse enten-dimento em seus julgados. Aquela Turma, antes dessa mudança de orientação do STJ, bem como a Primeira, julgava que os 28,86% eram devidos integralmente sobre

Ações do Unafisco Sindical

a RAV. Assim, centenas de processos foram julgados concedendo apenas o reajuste de 2,2%.

Buscando reverter essa situação, em janeiro de 2008, foi contratado o escritório do advogado Nabor Bulhões, o qual, em vir-tude da divergência entre as Turmas e, ain-da, para sobrestar o julgamento dos demais processos, propôs o incidente de uniformiza-ção de jurisprudência, para que a divergên-cia fosse analisada pelo Pleno do TRF-5.

Ainda no início do ano de 2009, foi contratado o Escritório Martorelli e Gouveia Advogados Associados para dar continui-

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dade ao patrocínio das ações de execu-ção, uma vez que houve problemas pro-cessuais na condução dos processos pelo ex-patrono.

O julgamento do incidente, basea-do em um leading case, teve sua primeira sessão em dezembro de 2009, prosseguiu em março, abril e junho de 2010, mas ain-da não teve concluído o julgamento. Até o dia 25/08, data da sessão mais recente em que houve julgamento, foram proferidos 8 votos (de um total de 15), sendo 6 pelo en-tendimento de que é devido apenas 2,2% de correção sobre a RAV e 2 reconhecendo a integralidade do reajuste de 28,86%. Hou-ve novo pedido de vistas e o julgamento foi interrompido. Importante ressaltar que até que se ultime o julgamento, os desembarga-dores que já votaram podem modificar seus votos. A situação da ação dos 28,86%, por-tanto, deteriorou-se muito desde que a Ter-ceira Turma modificou seu entendimento e, hoje, corre-se o risco real de que os tribunais venham a conceder apenas 2,2%.

Os julgamentos desfavoráveis no TRF-5 geraram também a necessidade de inter-posição de recursos aos Tribunais Superiores (Recurso Especial ao STJ e Recurso Extraordi-nário ao STF); porém, a admissibilidade des-ses recursos tem sido negada, motivando a interposição de recurso de agravo de ins-trumento para que os próprios Tribunais Su-periores realizem a análise dos pressupostos processuais que devem estar presentes nos recursos.

O recurso de agravo de instrumento deve ser instruído com cópias de peças que se encontram no processo original, sendo que cada processo tem mais de 4 volumes.

Nessa formação dos instrumentos, houve 74 agravos que o STJ considerou que houve falta de peças ou peças ilegíveis e, portanto, não conheceu os recursos, o que gerou a necessidade da interposição dos agravos regimentais.

Entre os agravos mal formados, 26 deles foram assim considerados por falta da procuração dos antigos patronos, mas a lei processual exige apenas as procurações outorgadas aos advogados do agravan-te (escritório Martorelli, atual patrono) e do agravado (União). Essas procurações cons-tam efetivamente dos processos. Para se ter

uma idéia de como o STJ vem sendo extre-mamente rigoroso na análise dos recursos, o STF também vinha inadmitindo RE por falta dessa procuração. Entretanto, já reconside-rou essa decisão em mais de 60 processos.

Esse rigor excessivo que vem mostran-do o STJ, se por um lado prejudica, por ou-tro permite que já existam processos em que foram concedidos 28,86% integrais sobre a RAV e cujos recursos da União foram impro-vidos, havendo, para a União, o trânsito em julgado. Há, ainda, a perspectiva de que isso possa vir a ocorrer em outros processos. Em todos esses casos, há também recursos do Sindifisco Nacional. Significa dizer que se o Sindifisco Nacional desistir de seus recursos, a homologação dessa desistência fará com que tais processos (que podem reunir entre 320 e 800 exeqüentes) sejam contemplados com o reajuste integral de 28,86% sobre a RAV.

Pode-se dizer que, atualmente, a ação dos 28,86% vem sendo discutida prin-cipalmente em duas frentes: no TRF-5, onde se atua no mérito, para buscar reverter o en-tendimento da aplicação do índice de cor-reção de apenas 2,2% sobre a RAV; e no STJ, onde a atuação é fundamentalmente pro-cessual e visa, mediante os diversos recursos cabíveis, discutir o juízo de inadmissibilidade proferido pelo TRF-5 e permitir a subida para análise do mérito dos recursos especiais já propostos.

Dentre as ações buscadas no STJ, uma que vem obtendo êxito é relativa à deserção (falta de recolhimento de custas) ocorrida quando da interposição dos REsp pelo antigo patrono. Naquela ocasião, os REsp foram interpostos apenas com o paga-mento do porte de remessa e retorno, porém sem o recolhimento de custas, que haviam se tornado exigíveis por resolução do STJ. Isso fez com que diversos REsp fossem considera-dos desertos. Porém, a atuação dos advoga-dos, atuais patronos, em despachos com os Ministros do STJ vem revertendo a situação.

A situação geral dos processos dos 28,86% apresenta os seguintes números, até o final de junho de 2010:

1.Processos em 1ª Instância: 82;

2.Processos na 1ª Turma do TRF-5: 139, sendo que 37 ainda não foram julgados;

Ações da Fenafisp

A Fenafisp, em 1997, impetrou man-dado de segurança, beneficiando toda a categoria, sentenciado favoravelmente. A apelação da União foi julgada improvida e a remessa oficial parcialmente favorável. O INSS e a União opuseram embargos de decla-ração, sendo provido o da União. O Escritório Alino & Roberto opôs embargos de declara-ção contra essa decisão, a União apresentou contra-razões e o processo está concluso com o relator para julgamento do recurso.

A partir da impetração do primeiro mandado de segurança, que beneficiou to-dos os filiados até a data de seu ajuizamento, em 7 de março de 1997, a Fenafisp passou a impetrar mandados de segurança em corres-pondência à nomeação e posse dos Audi-tores-Fiscais, recém-aprovados no concurso público.

O mandado de segurança, impetrado em 1998, para beneficiar os Auditores-Fiscais nomeados em dezembro de 1997, foi julgado favoravelmente aos filiados e transitado em julgado em março de 2001. A ação de execu-ção foi proposta em abril de 2003, sendo em-bargada pelo INSS. Após discordância, pela Fenafisp, dos cálculos apresentados pelo INSS, o juízo determinou que a Contadoria Judicial se pronunciasse. A Fenafisp impugnou o crité-rio de cálculo do reajuste de 28,86% sobre a GEFA, adotado pela Contadoria Judicial e os autos foram retirados pela União para mani-festação. Aguarda-se publicação de despa-cho do magistrado.

O mandado de segurança impetrado para beneficiar os Auditores-Fiscais nomeados em julho de 1998 transitou em julgado em ju-nho de 2004, sendo que o INSS não cumpriu

a ordem de incorporação do reajuste no con-tracheque dos filiados. Alega que não é pos-sível o cumprimento da decisão em razão da reestruturação da carreira. A execução foi desmembrada em grupos de 25 substituídos, após requerimento do INSS, que alegou, na oportunidade, a sua ilegitimidade para figurar no pólo passivo e responder por débitos refe-rentes aos servidores ativos. O Escritório Alino & Roberto opôs embargos de declaração quan-to à legitimidade do INSS, mas o magistrado não acolheu, alegando que a legitimidade se-ria discutida nos autos de cada execução e o escritório interpôs agravo de instrumento, que aguarda julgamento.

A ação ordinária, proposta em favor dos Auditores-Fiscais sediados nos estados em que não tinha sindicato estadual, foi ajuizada em 1998, transitada em julgado favoravelmen-te aos filiados em outubro de 2005. A ação de execução foi proposta em outubro de 2007, mas os autos foram arquivados em julho de 2009, por determinação judicial.

Os Auditores-Fiscais nomeados em 2001, 2002 e 2004 são beneficiados pela ação ordinária proposta em 2005, embora o magis-trado tenha sentenciado desfavoravelmente aos filiados, alegando a ocorrência da pres-crição. O Escritório Alino & Roberto interpôs recurso de apelação, que está pendente de julgamento.

Referência: Processos n. 1997.34.00.011212-1; 1998.01.00.016817-4; 1998.34.00.29972-1; 1998.34.00.00.29973-4; 2003.34.00.020598-0; 2003.34.00.024800-5; 2005.34.00.003198-4; 2007.34.00.031869-5 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

3.Processos na 3ª Turma do TRF-5: 1111, sendo que 736 ainda não foram julgados;

4.Dos processos no TRF-5, 185 têm acórdão de 28,86% (potencialmente benefi-ciando cerca de 1750 exequentes), 298 têm acórdão de 2,2% e os demais aguardam julgamento;

5.Processos transitados em julgado com 28,86%: 21;

6.Processos transitados em julgado com 2,2%: 27;

7.Processos no STJ: 2 Recursos Espe-ciais admitidos na origem e pendentes de julgamento e 234 agravos de instrumen-to contra decisão denegatória de recurso especial;

8.Processos no STF: 155 agravos de instrumento contra decisão denegatória de Recurso Extraordinário.

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Em junho de 2010, o Escritório Andra-de Em junho de 2010, o Escritório Andrade Maia foi contratado para patrocinar ação ordinária, cujo objeto é afastar a incidência da contribuição previdenciária sobre quais-quer precatórios ou RPV recebidos pelos Au-ditores-Fiscais aposentados e seus pensionis-tas, filiados do Sindifisco Nacional, quando se tratar de diferença de proventos de apo-sentadoria e pensão, devida anteriormen-te ao exercício de 2004, antes, porém, da Emenda Constitucional n. 41/2003. A ação engloba não apenas os precatórios ou RPV recebidos pelos filiados ao Sindifisco Nacio-nal após a propositura da ação, mas tam-bém os recebidos nos cinco anos anteriores.

O pedido de tutela antecipada foi deferido em 09 de agosto de 2010. Na deci-são, a juíza, Dra. Elisângela Caure, da 2ª Vara Federal Tributária de Porto Alegre, esclarece a questão e demonstra concordância com a argumentação apresentada pelo Sindica-to. “Sua regulamentação (da contribuição previdenciária) pela referida MP (167 – de-pois convertida em Lei 10.887/2004) é que passou a ser efetivamente exigida a contri-buição previdenciária sobre aposentado-

O Departamento de Assuntos Jurídi-cos do Sindifisco Nacional ajuizou no dia 29 de abril de 2010 ação declaratória, em que se pretende o reconhecimento da inapli-cabilidade do artigo 12 da Lei 7.713/88 aos precatórios decorrentes de ações judiciais que discutem o pagamento de remunera-ção de ativos, aposentados e pensionistas, em homenagem aos princípios constitucio-nais da capacidade contributiva, progressi-vidade e isonomia.

O pedido de tutela antecipada foi deferido parcialmente, e o magistrado de-terminou que seja cobrada alíquota dife-renciada de IR (Imposto de Renda) sobre os precatórios decorrentes de ações judiciais pagos em 2009 para ativos, aposentados e pensionistas.

O artigo 12, da Lei 7.713/88, é o fun-damento jurídico da ação, uma vez que a

O Escritório de Advocacia Azevedo Sette ajuizou ação ordinária, com pedido de tutela antecipada, para garantir o re-cebimento integral da remuneração dos Auditores-Fiscais filiados ao Sindifisco Nacio-nal que se candidatarem a cargos eletivos, durante todo o período em que estiverem desincompatibilizados do cargo.

A tutela antecipada foi deferida ga-rantindo a integralidade da remuneração durante todo o período de desincompatibi-lização - isto é, ao longo dos seis meses de afastamento em decorrência de licença para atividade política. Na decisão, a juíza Federal Solange Salgado determinou que: “(...) afigura-se ilegítimo qualquer desconto que porventura venha a ocorrer na remune-ração dos candidatos filiados do Sindicato--Autor, compreendido dentro do período de 06 (seis) meses que antecede ás eleições de outubro/2010, nos termos do previsto na Lei Complementar 64/1990, art. 1º, II, “d.

Diante do exposto, defiro o pedido de liminar, para determinar que a Ré se

INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE PRECATÓRIO OU RPV

INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE PRECATÓRIO OU RPV

rias e pensões de servidores públicos. Assim sendo, há verossimilhança na tese de que diferenças pagas a tal título, em decorrên-cia de decisões judiciais e atinentes a com-petências pretéritas, não poderiam sofrer a incidência do tributo, que sequer existia à época”.

A magistrada afirma ainda que a li-minar é necessária para que não se causem prejuízos aos filiados. “O receio de ocorrên-cia de dano irreparável ou de difícil repa-ração também se encontra presente, ante a natureza alimentar dos valores, que, sem o deferimento da medida liminar, sofrerão descontos indevidos”, argumenta. “Ante o exposto, defiro o pedido de antecipação de tutela para determinar à ré que se abstenha de exigir e efetuar a retenção da contribui-ção previdenciária de 11% incidente sobre os valores judicialmente pagos aos substitu-ídos processuais, a título de aposentadoria ou pensão, relativos às competências ante-riores a 19 de março de 2004”

Referência: Processo n. 50124563620104047100 – RS – TRF 4ª REGIÃO.

incidência do IR sobre os precatórios recebi-dos cumulativamente viola princípios consti-tucionais, porque poderia enquadrar o con-tribuinte em alíquota maior à que deveria recair sobre seus rendimentos.

A ação menciona a violação ao prin-cípio da capacidade contributiva, por impor ao contribuinte um pagamento maior de im-posto do que deveria ocorrer se tivesse sido obedecido o regime de competência. A iso-nomia também é invocada, já que a carga tributária a ser suportada pelo contribuinte será maior que a suportada por outros con-tribuintes, em situação idêntica, à época do recebimento regular dos valores.

No mérito, o Sindifisco Nacional re-quer a condenação da União para que res-titua os valores indevidamente recolhidos pelos filiados a título de IR sobre o montante

abstenha de realizar qualquer desconto na remuneração dos Auditores-Fiscais filiados ao Sindicato-Autor, que visam concorrer nas próximas eleições de outubro de 2010. Por conseguinte, que seja concedida a remu-neração integral durante todo o interregno da desincompatibilização (seis meses), nos termos do previsto na Lei Complementar 64/1990, art. 1º, II, “d”. Intime-se para imedia-to cumprimento”.

A União agravou da decisão ao TRF-1, o qual manteve a tutela antecipada con-cedida em todos os seus termos e indeferiu o pedido de atribuição de efeito suspensivo à decisão.

Aguarda-se julgamento da ação.

Referência: Processo n. 19778-24.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

Vitória

LICENÇA PARA EXERCER ATIVIDADE POLÍTICAVitória

percebido por precatórios judiciais. Aguar-da-se julgamento da ação.

Referência: Processo n. 21105-04.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

REAJUSTE 3,17%

Em 13 de junho de 2000, o Unafisco Sindical, por intermédio do Escritório contra-tado Mota Advogados Associados, ajuizou ação ordinária, com vista a obter a conde-nação da União para incorporar, a partir de 1º de janeiro de 1995, a diferença do rea-juste integral de 25,94%, correspondente ao percentual de 3,17% sobre a remuneração, provento, ou pensão dos filiados substituí-dos, inclusive sobre a RAV, substituída pela GDAT, tal como determinado pela Lei n. 8.880/94 e na forma dos precedentes do Su-perior Tribunal de Justiça – STJ aos Auditores--Fiscais ativos, aposentados e seus pensionis-tas filiados ao Sindicato até 12 de junho de 2000.

Em 13 de junho de 2002, foi publica-da a sentença a qual deferiu o pedido para que a União incorporasse aos rendimentos/proventos dos substituídos do Sindicato, o resíduo de 3,17%, a partir de janeiro de 1995,

e pagasse as diferenças vencidas desde então.

Com vista a esclarecer se a incidên-cia da diferença dos 3,17% abrangeria o to-tal dos vencimentos e proventos, incluindo a RAV e, posteriormente, a GDAT, bem como o reflexo nas férias, abono de férias, grati-ficação natalina, anuênios e quinquênios, quintos e décimos e demais vantagens pes-soais que integram a remuneração, proven-to ou pensão dos substituídos, o escritório interpôs Embargos de Declaração, os quais foram acolhidos.

Entretanto, a União interpôs recurso de apelação, o qual foi provido, limitando a concessão do reajuste de 3,17% até a data da vigência da Medida Provisória n. 1915-1/1999, ou seja, até junho de 1999, e ex-cluindo a incidência sobre a RAV e posterior GDAT.

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O Escritório Mota Advogados Associa-dos impetrou, no Superior Tribunal de Justiça - STJ, mandado de segurança em 21 de julho de 1995, objetivando o reconhecimento do di-reito ao reajuste integral de 25,94% sobre os va-lores vigentes em dezembro de 1994, com efei-tos financeiros a partir da data da impetração do mandamus, a todos os Fiscais de Contribui-ções Previdenciárias do INSS, ativos e inativos, ora substituídos processualmente, ou, alterna-tivamente, aos associados da impetrante, da mesma forma como ocorreu com os servidores militares e com os servidores do Poder Judici-ário e Legislativo, determinando-se o imedia-to pagamento da diferença devida de 3,17%, tendo em vista tratar-se de crédito alimentar.

O pedido liminar foi indeferido; porém, a ordem foi concedida em 14 de outubro de 1998, tendo o processo transitado em julgado no dia 12 de fevereiro de 1999 favoravelmente aos filiados.

Ação da Fenafisp

A Administração implementou o reajuste de 3,17% nos contracheques dos Auditores-Fiscais apenas em janeiro de 2001.

Em 11 de dezembro de 2001 foi propos-ta a execução, referente ao período da data da impetração do mandado de segurança, em 21 de julho de 1995, a dezembro de 2000, com apresentação dos cálculos, sendo autua-da no Superior Tribunal de Justiça sob a deno-minação de PET 1617.

A União não concordou com os cál-culos e a Fenafisp impugnou os termos de sua manifestação, postulando pela rejeição e apresentou novos cálculos. O Escritório Mota Advogados Associados foi substituído pelo Es-critório Alino & Roberto em 24 de março de 2004.

Em 2007, o Escritório Alino & Roberto teceu considerações acerca da execução e requereu a preferência na tramitação do feito,

Contra o acórdão exarado a favor da União, o Escritório patrono da ação in-terpôs, então, novos Embargos de Declara-ção, os quais tiveram o seguimento negado, e posteriormente, Recurso Especial, o qual foi julgado recentemente, em 12 de maio de 2010, tendo sido negado seguimento.

Na tentativa de reverter o entendi-mento do STJ, o Escritório interpôs, ainda, Agravo Regimental, o qual teve o provimen-to negado. Dessa forma, como está preva-lecendo a decisão que não reconheceu a incidência do reajuste de 3,17% sobre a RAV/GDAT, não há outra alternativa a não ser a propositura de ação rescisória, uma vez que há precedentes do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região e do STJ re-conhecendo como devida a incidência do reajuste sobre a RAV/GDAT.

Em 16 de julho de 2010 se operou o trânsito em julgado, prevalecendo a inci-dência do reajuste de 3,17%, no período de 1995 a junho de 1999, sobre os vencimentos/proventos dos substituídos, excluída a inci-dência do reajuste sobre a RAV/GDAT.

Embora se vislumbre a proposição de ação rescisória para desconstituir o título executivo quanto à incidência do reajuste

de 3,17% sobre RAV/GDAT, - que está sendo avaliada com profundidade pela Diretoria Jurídica do Sindifisco - uma vez que não foi reconhecida, serão propostas as ações de execução para garantir a percepção dos valores devidos aos Auditores-Fiscais cons-tantes no rol de filiados juntados aos autos, em conformidade com a decisão transitada em julgado.

O Escritório Mota Advogados Asso-ciados patrocina, ainda, outras ações ordi-nárias correspondentes aos mandados de segurança impetrados para determinar a implantação do reajuste de 3,17% no con-tracheque dos filiados. As ações estão tra-mitando no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e no Superior Tribunal de Justiça, dis-cutindo a limitação temporal do reajuste de 3,17% à Medida Provisória 1.915/99 e a inci-dência do reajuste de 3,17% sobre a RAV e GDAT.

Referência: Processos n. 2000.34.00.018547-8; 2002.34.00.008405-8; 2003.34.00.012137-5; 2003.34.00.012136-1; 2003.34.00.038841-2; 2005.34.00.020166-4; 2005.34.00.001005-5 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

considerando que há muitos Auditores-Fiscais maiores de 60 anos.

O processo foi redistribuído em virtude do Ministro Hamilton Carvalhido não mais per-tencer à Terceira Seção e, encontra-se con-cluso no gabinete do Ministro Og Fernandes, desde 27 de outubro de 2009.

Em julho de 2002, a Administração de-terminou a supressão da rubrica referente ao reajuste de 3,17% dos contracheques dos filia-dos, invocando o Ofício-Circular n. 45/SRH/MP.

Diante da supressão, em 21 de agosto de 2002, o Escritório Mota Advogados Associa-dos propôs Reclamação no STJ, sendo que, em maio de 2004, o patrono foi substituído pelo Escritório Alino & Roberto.

O Ministro Hamilton Carvalhido deferiu o pedido liminar para suspender a supressão da rubrica referente ao reajuste de 3,17% até o julgamento de mérito da Reclamação.

Em 09 de dezembro de 2009, a Recla-mação foi julgada improcedente, pois o Minis-tro-Relator decidiu que diante de fato jurígeno superveniente, a edição da Medida Provisória 1.915/99, que reestruturou a Carreira Audito-ria Fiscal da Previdência Social, o reajuste foi absorvido.

O Escritório Alino & Roberto Advoga-dos opôs embargos de declaração e a União foi intimada para apresentar contrarrazões. Aguarda-se julgamento do recurso.

Caso seja confirmada a decisão que julgou legal a supressão do reajuste de 3,17% do

contracheque dos filiados, o STJ somente reco-nhecerá a execução do período de julho de 1995 a julho de 1999, sendo desconsiderado, portanto, o período de agosto de 1999 a de-zembro de 2000.

O Escritório Mota Advogados Associa-dos propôs ação ordinária, ajuizada em 1998, cujo objeto é o reconhecimento do direito ao reajuste de 3,17%, no período de janeiro a junho de 1995, em benefício de todos os Auditores--Fiscais e seus pensionistas filiados à época; po-rém, o juízo limitou os efeitos da decisão para os filiados domiciliados no Distrito Federal. A ação foi julgada procedente, reconhecendo a incidência do reajuste de 3,17% sobre os venci-mentos/proventos dos substituídos, com todos os reflexos patrimoniais decorrentes, transitada em julgado em 08 de abril de 2005. A ação de execução foi proposta e o INSS opôs embargos à execução, pendente de julgamento.

O Escritório Alino & Roberto ajuizou duas ações ordinárias objetivando o reconhe-cimento do direito ao reajuste de 3,17% aos Auditores-Fiscais nomeados em 2001, 2002 e 2004; porém, as duas ações tiveram sentença extinguindo o processo sem resolução do méri-to por questões processuais e estão tramitando no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Referência: Processos n. MS 4151; Pet 1617; Rcl 1215; 1998.34.00.029974-7; 2009.34.00.001087-9; 2009.34.00.007915-4; 2006.34.00.006147-3; 2006.34.00.010464-7 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O TERÇO CONSTITUCIONAL, AUXÍLIO-FUNERAL, ADICIONAL DE PERICULOSIDADE, ENTRE OUTRAS

VERBAS DE NATUREZA INDENIZATÓRIA

O Escritório Azevedo Sette Advoga-dos propôs ação ordinária com o fim de excluir da base de cálculo da contribuição previdenciária as verbas de natureza inde-nizatória tais como: terço constitucional, auxílio-funeral, adicional de periculosidade, entre outras.

Em sede de tutela antecipada re-quereu-se a suspensão da exigibilidade da contribuição previdenciária sobre as verbas

indenizatórias até o julgamento de mérito da ação.

A ação foi distribuída no último mês de junho de 2010 e, ainda, não há manifes-tação do juízo quanto ao pedido de tutela antecipada.

Referência: Processo n. 29860-17.2010.4.01.3400 – DF – TRF 1ª REGIÃO.

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