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1 COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018

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COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2018

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SUMÁRIO

1.0 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ........................05

2.0 JUSTIFICATIVA...........................................................................................05

3.0 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO...................................................................06

4.0 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO................................................. 10

4.1 REGIME DE FUNCIONAMENTO.................................................... 10

4.2 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR....................................12

4.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL –anos finais- 6º ao 9º ano .....12

4.2.2 ENSINO MÉDIO...............................................................13

4.2.3 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE- Integrado e subseqüente

.........................................................................................13

4.2.4 TÉCNICO EM QUÍMICA- Integrado e subseqüente.........14

4.2.5 TÉCNICO EM ENFERMAGEM- Subsequente ao Ensino

Médio................................................................................15

4.2.6 EDUCAÇÃO ESPECIAL- Sala de Recursos Multifuncional

tipo 1.................................................................................18

4.2.7 CELEM- Espanhol e Inglês............................................. .18

4.2.8 PROGRAMA MEDIOTEC.................................................19

4.2.9 CONECTADOS 2.0..........................................................19

4.2.10 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO

ESPORTIVO -AETE....................................................... .19

5.0 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL............................................................20

6.0 ESPAÇOS PEDAGÓGICOS........................................................................23

7.0 RECURSOS HUMANOS.............................................................................25

8.0 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR...................26

9.0 PRÁTICA PEDAGÓGICA............................................................................28

9.1 GESTÃO ESCOLAR.........................................................................29

9.2 ENSINO E APRENDIZAGEM...........................................................34

9.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO

ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................................35

9.4 ARTICULAÇÃO ENTRE ETAPAS DE ENSINO...............................36

9.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS (AS) E

DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO...................................37

9.6 ARTICULAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE ENSINO COM

PAIS/RESPONSÁVEIS....................................................................37

9.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO....................................................................................38

9.8 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-

ATIVIDADE.....................................................................................39

9.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

PEDAGÓGICO...............................................................................40

9.9.1 INDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLARABANDONO/

EVASÃO..................................................41

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9.9.2 INDICADORES EXTERNOS.........................................44

9.9.3 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E

DISCENTES...................................................................50

9.9.4 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS............51

10.0 PRINCÍPIOS DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS RELACIONADOS A

CONCEPÇÃO DE:....................................................................................51

10.1 EDUCAÇÃO..............................................................................51

10.2 HOMEM....................................................................................53

10.3 MUNDO....................................................................................53

10.4 SOCIEDADE.............................................................................54

10.5 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL..........................................55

10.6 CULTURA.................................................................................55

10.7 TRABALHO/TECNOLOGIA.......................................................56

10.8 ESCOLA....................................................................................57

10.9 CURRÍCULO.............................................................................58

10.10 CUIDAR E EDUCAR.................................................................59

10.11 CONHECIMENTO.....................................................................61

10.12 ENSINO E APRENDIZAGEM....................................................61

10.13 AVALIAÇÃO..............................................................................62

10.14 FORMAÇÃO CONTINUADA.....................................................63

10.15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA..........................................................64

10.16 DIVERSIDADE..........................................................................65

11.0 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS......................................................66

11.1 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA.........................66

11.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL........................................................70

11.3 GÊNERO E DIVERSIDADE......................................................71

11.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS...................72

11.5 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA..........................................72

11.6 ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL...........................................74

11.7 EDUCAÇÃO FISCAL..............................................................74

12.0 CALENDÁRIO ESCOLAR...................................................................75

13.0 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS..................................................76

13.1 CONECTADOS 2.0 .............................................76

13.2 MEDIOTEC.............................................................................77

13.3 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO

ESPORTIVO.................................................................................78

13.4 CELEM- ESPANHOL E INGLÊS............................................ 79

13.5 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I................80

13.6 BRIGADA ESCOLAR.............................................................. 81

14.0 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO.........81

15.0 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO.........................................................83

16.0 AVALIAÇÃO.......................................................................................84

16.1 CLASSIFICAÇÃO....................................................................86

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16.2 PROMOÇÃO...........................................................................87

16.3 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO..............................88

16.4 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS............................................89

16.5 PROGRESSÃO PARCIAL......................................................91

16.6 QUANDO O ALUNO É TRANSFERIDO PARA ESTE

COLÉGIO.....................................................................................91

17.0 MATRIZES CURRICULARES............................................................92

18.0 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS FINAIS - DO 6º AO 9º ANO..................................................93

18.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO.............................................94

18.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR..............................................95

18.2.1 MATEMÁTICA..............................................................95

18.2.2 CIÊNCIAS...................................................................107

18.2.3 HISTÓRIA...................................................................117

18.2.4 GEOGRAFIA...............................................................130

18.2.5 ARTE..........................................................................139

18.2.6 EDUCAÇÃO FÍSICA...................................................167

18.2.7 LÍNGUA ESTRANJEIRA MODERNA- INGLÊS..........175

18.2.8 ENSINO RELIGIOSO.................................................182

18.2.9 LÍNGUA PORTUGUESA............................................187

19.0 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- ENSINO MÉDIO......208

19.1 BIOLOGIA............................................................................209

19.2 FILOSOFIA...........................................................................220

19.3 FÍSICA..................................................................................247

19.4 QUÍMICA..............................................................................252

19.5 SOCIOLOGIA.......................................................................257

19.6 LÍNGUA PORTUGUESA.......................................................268

19.7 MATEMÁTICA......................................................................274

19.8 INGLÊS................................................................................280

19.9 EDUCAÇÃO FÍSICA............................................................285

19.10 HISTÓRIA............................................................................295

19.11 GEOGRAFIA........................................................................301

19.12 ARTE ..................................................................................308

20.0 CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES...........................315

20.1 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE- SUBSEQUENTE............315

20.2 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – INTEGRADO................336

20.3 TÉCNICO EM QUÍMICA – SUBSEQUENTE...................... 393

20.4 TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO................................418

21.0 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO..................................................480

22.0 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR....................485

23.0 AVALIAÇÃO NSTITUCIONAL........................................................495

24.0 ANEXOS ......................................................................................497

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1.0 IDENTIFICAÇAO

Colégio Estadual Albino Feijó Sanches Ensino Fundamental, Médio e

Profissional.

Endereço: Rua Jacarezinho, 80 Bairro: Parque das Indústrias

Londrina – Paraná

Fone/Fax: (043) 33412917

E-mail: [email protected]

Mantenedor: Governo do Estado do Paraná

2.0JUSTIFICATIVA

Por ser a educação um processo, o Projeto Político Pedagógico da

escola tem por objetivo mantê-la em constante estado de reflexão e

elaboração, envolvendo a responsabilidade de todos os que dela participam,

para que haja desenvolvimento humano integral dentro de uma educação

formadora e transformadora do cidadão no processo de ensino-

aprendizagem.Dessa forma, esse Projeto Político Pedagógico busca retratara

sua história, o conjunto dos seus currículos, seus métodos, o conjunto dos seus

atores internos e externos e o seu modo de vida.

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um

rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. “O

projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo

inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como

horizonte da escola”. (Moacir Gadotti)

Com todas as transformações ocorridas nos últimos tempos nas áreas

cientifico-tecnológicas, econômico-sociais, ético-políticas e culturais na

contemporaneidade, tem impactado toda a humanidade, exigindo pensar e

ressignificar a formação de profissionais da educação e a gestão da educação,

ou seja, apontando para a necessidade de humanizar a formação e as

condições de trabalho dos profissionais da educação e a gestão da educação

ressignificando-as com base ética, excluindo o individualismo rumo à formação

da cidadania plena.

Muito se tem falado na necessidade de se democratizar a escola

pública. Tornar a escola democrática hoje significa modificá-la a fim de que

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cada vez mais, uma maior parcela da camada popular nela ingresse e

permaneça. Dessa forma a escola poderá cumprir aquilo que lhe é especifico,

enquanto instancia social que luta pela transformação: a socialização do saber.

Há uma necessidade urgente de eliminar a seletividade e evasão das

escolas públicas, pois são estes fatores básicos que evidenciam primeiramente

que o ensino brasileiro não é democrático. Democratizar a escola também

significa torná-la pública, gratuita e de boa qualidade, proporcionando-lhe o

acesso e a permanência.

Pretendemos que o nosso Projeto Político Pedagógico, através de uma

análise crítica de como é, e de como vem sendo a escola até hoje, possamos

reorganizá-la e com isso melhorar o ensino-aprendizagem de modo que seja

um coadjuvante na luta por uma sociedade

Pelo conhecimento o homem adquire os instrumentos necessários para

a transformação/apropriação da natureza em seu beneficio.

É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes,

como não docentes, organizem-se para que façam um trabalho tecnicamente

competente e politicamente consequente à democratização do ensino.

Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico buscou como referência

uma elaboração coletiva, proporcionando momentos de leitura, discussões e

reflexões de todos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem da

escola.

3.0 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

Em 30 de dezembro de 1977 foi autorizado, através do oficio nº. 687/77,

pelo Diretor Geral da Secretária do Estado dos Negócios da Educação e

Cultural Sr. Eleutério Dallazem, o funcionamento de uma nova unidade escolar

construída no Parque das Indústrias, ficando a mesma agregada ao Complexo

Escolar José de Anchieta. Esta unidade escolar passou a funcionar em 1978,

tendo sido feita a matricula dos alunos, durante as férias de janeiro/fevereiro de

1977 e 1978, nas dependências da Escola José de Anchieta, pois a unidade

ainda estava em construção.

Em 1º de março de 1978 iniciaram-se as aulas regulares, nos três

períodos: diurno e noturno para as 5ª séries do l.ºGrau.

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O Colégio Albino Feijó Sanches de 1978 até julho de 1979 atendeu aos

alunos da Escola José Anchieta-Supletivo-Fase 1, cuja extensão funcionava na

“Escola Municipal Mábio Gonçalves Palhano” e posteriormente no conjunto

“Dalva Fahl Boaventura”, ocupando 5 das 8 salas existentes no período

noturno.

A unidade escolar recém construída no Parque das Indústrias passou a

denominar-se Albino Feijó Sanches, pôr proposição do Sr. Dácio Leonel de

Quadros, então Deputado Estadual, através de Decreto do Palácio “Dezenove

de Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro

londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação da

cidade, procedente de Jaboticabal, Estado de São Paulo. Era casado com

dona Adelaide de Jesus e tinha 12 filhos. Foi motorista, agricultor e

comerciante, vindo a falecer em 22 de abril de 1970. Foi idealizador do

loteamento “Parque das Indústrias” e foi doador da área onde hoje se localiza a

Escola que recebeu o seu nome, num total de 8.975,18 m².

O estabelecimento de ensino passou a denominar-se Escola Albino Feijó

Sanches - Ensino de 1º Grau, conforme o artigo 2º do Decreto n.º 4955/78 de

12 de maio de 1978, que criou e autorizou o funcionamento do complexo

Escolar José de Anchieta - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau (artigo 1º)

fusão da Escola José de Anchieta e Escola Albino Feijó Sanches.

Através da Resolução n.º3179/81 de 30/12/81, ficou reconhecido o

Curso de 1º Grau - Regular da Escola Albino Feijó Sanches - Ensino de 1º

Grau (artigo l.º) ficou a Escola mantida pelo Governo do Estado (artigo 2º),

assinado pelo Secretário de Estado da Educação, Edson Machado de Sousa.

Em 1981 a direção solicitou à Fundepar uma ampliação da Escola tendo

sido autorizada em 16/01/82, a construção de 300 m² compreendendo 4 salas,

2 dependências e 4 conjuntos sanitários, realizada pela construtora Cavalheri

de Curitiba.

Em 1985 teve inicio o funcionamento do 2º grau com a habilitação em

Curso propedêutico, tendo seu reconhecimento dado pelo Parecer n.º 287/87 e

aprovado em 09/12/87 em Educação Geral.

Conforme Resolução n.º 2051/88, art. 1º ficou autorizado o

funcionamento da Classe Especial na área de deficiência Mental.

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No ano de 1990, foi necessária a criação do período intermediário, para

solucionar de imediato a falta de vagas, pois a procura era maior que a

demanda.

Tendo em vista a implantação desse período aumentaram os problemas

tais como: Alunos doentes pôr falta de alimentação, pois a merenda não supria

essa necessidade; dificuldade de professores em acomodar o horário, pois

atuavam em outros estabelecimentos de ensino; dificuldade dos pais em

acompanharem o rendimento escolar dos filhos.

Em vista de todas essas questões, o rendimento do aluno eo trabalho do

professor não estavam correspondendo aos objetivos de um ensino eficaz.

No ano de 1992 pela 1ª vez, o Projeto Político Pedagógico foi proposto

pelas escolas, nele deveria definir a identidade da escola, indicar os caminhos

para um ensino de qualidade, bem como todas as ansiedades, necessidades e

problemas da comunidade escolar a serem superados.

A partir desse momento começamos nossa batalha para a extinção do

período intermediário, pedindo a construção de nove salas de aula para

acomodação dos alunos, o que ajudaria a proporcionar um melhor rendimento.

No ano de 1994, foi realizada uma parceria do Governo do Estado com a

Prefeitura Municipal de Londrina para a construção de cinco novas salas de

aula, salão nobre e um laboratório (física, química e biologia), porém o inicio

das obras não aconteceu na data prevista. Insatisfeitos, alunos do colégio,

professores, funcionários e pais de alunos fizeram uma manifestação pública

para o Prefeito Municipal de Londrina, o qual se comprometeu a verificar o

porquê do atraso das obras e deu como resposta a falta de repasse de verbas.

Em fevereiro de 1995 teve inicio a reforma da cozinha e a construção

das novas salas de aula, com previsão final de construção para julho. Porém,

isso só ocorreu no final do período letivo do referido ano.

Entramos no ano letivo de 1996 extinguindo o período intermediário,

passando o Colégio Estadual albino Feijó Sanches Ensino de 1º e 2º Graus a

funcionar novamente em 3 períodos (manhã, tarde e noite) dispondo de 19

salas de aula para cada período.

No inicio do ano de 1996, foi realizada uma pequena reforma para

ampliação da sala dos professores, supervisão e direção, assim como a

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construção de uma nova secretaria com recursos da APM do estabelecimento

de Ensino com projeto aprovado pela FUNDEPAR.

No ano de 1998 através de convênio com o PROEM foi construída uma

Biblioteca e um laboratório de informática equipado com 12

microcomputadores, que atendeu também a comunidade com parceria com a

ADETEC, oferecendo curso de informática aos alunos e professores através de

seus estagiários.

Em 28/06/2002 a Divisão de análise da FUNDEPAR-DIAN/DAS fez a

liberação de R$ 136.859,16 para a APM deste estabelecimento de Ensino para

a construção da cobertura da quadra de esportes (incluindo vestiários e palco).

Cobertura conseguida através de muito empenho das Sra. Lucia Aparecida

Cortez Martins e Elizabete Mezzaroba, diretoras na época, que não mediram

esforços para alcançar este objetivo desta comunidade.

A preocupação com o ser humano e com o meio ambiente em que vive

leva o Colégio Estadual Albino Feijó Sanches a propor a criação do Curso

Técnico em Meio Ambiente na área do Meio Ambiente, no ano de 2005,

considerando a necessidade local e regional da capacitação de profissionais

para manter ações de preservação do Meio Ambiente e possibilitar capacitação

profissional para ingresso no mercado de trabalho.

Foi autorizado no ano de 2005 a formação de 2 turmas do Subsequente

no período noturno, atendendo a 70 alunos. No ano de 2006 foi formada uma

turma de Técnico em Meio Ambiente Integrado com 40 alunos.

Diante do modelo de desenvolvimento adotado no país: as questões

ambientais, a segurança alimentar e a segurança energética. Exigindo para

esse mercado profissionais qualificados para atender essas demandas e assim

sendo no ano de 2009 foi aprovado o funcionamento do Curso Técnico em

Química. O profissional técnico na área de química é importante para qualificar

os serviços na área e dar o suporte que diversas indústrias necessitam.

No ano de 2010 entra em funcionamento o curso, com a formação de 2

turmas do subsequente no período noturno, atendendo 62 alunos .No período

da manhã foi formado 1 turma de Técnico em Química Integrado com 31

alunos.

No ano de 2010 o estabelecimento de ensino passa ofertar o curso

básico em Espanhol do CELEM (Centros de Línguas Estrangeiras Modernas),

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além dos alunos,a oferta é estendida aos professores,funcionários e a

comunidade. O colégio formou duas turmas , capacitando não só alunos e

professores, mas pessoas da comunidade, oportunizando a estes uma melhor

qualificação para um mercado tão exigente.

No ano de 2010, foi implantado em nosso estabelecimento o Ensino

Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais- segundo a resolução nº

5590/2008. Tendo o objetivo de melhorar os índices de evasão e repetência,

principalmente dos alunos do período noturno, procurando com essa

organização em Blocos de Disciplinas Semestrais, garantir melhor

aproveitamento dos estudos de alunos nesta faixa etária. O mesmo foi adotado

nos períodos matutino e noturno, em queoferta-se o Ensino Médio.

No ano de 2012, ocorre a implantação simultânea do Ensino

Fundamental de 9 anos atendendo o Parecer 22/09 CNE/CEB e Resolução

07/10.

Em Dezembro de 2014, foi comunicada através de reunião com toda a

comunidade escolar a cessação do EMBDS ( Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas Semestrais), em razão da não paridade apresentada no período

noturno, com ciência da Orientação Conjunta nº 002/2014 DEB/DLE –

Procedimentos para cessação da oferta do Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas semestrais para o ano de 2015, em atendimento à Resolução nº

6398/2014-GS/SEED. A cessação poderia ocorrer de forma simultânea ou

gradativa, ficou acordado após votação que seria gradativa. Dessa forma,

foram ofertadas turmas de 2º e 3º anos em 2016, que funcionaram ao mesmo

tempo que o Ensino Médio Regular.

4.0 - CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

4.1Regime de Funcionamento

Organização de turnos e horários:

Período Matutino: 07h30min às 11h50min

Período Vespertino: 13h30min às 17h50min

Período Noturno: 19h00min às 23h10min

PERIODO DA MANHÃ

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N.ºde TURMAS SERIE

Estimativa de alunos

06 1ª ano do ensino médio 184 03 2ª ano do ensino médio 87 03 3ª ano do ensino médio 91

01 1ª Téc. Meio amb. integrado 34 01 2ªTéc. Meio amb. integrado 32 01 3º Tec Meio amb.integrado 20 01 4º Tec.Meio amb.integrado 20 01 1º tec. Química integrado 25 01 2º tec. Química integrado 17

01 3º tec. Química integrado 25

01 4º tec. Química integrado 14 01 Sala de Recursos Turma A 5

01 Sala de Recursos Turma B 5

01 Sala de Recursos Turma C 3

01 Sala de Recursos Turma D 4

01 Programa Mais Educação 37

01 Programa Futuro Integral Turma A 15

01 Programa Futuro Integral Turma B 15

01 Aulas Especializadas de Treinamento/

Voleibol

26

01 CELEM – Inglês 1ª série A 35

01 CELEM – Inglês 2ª série A 06

TOTAL – 30 TURMAS TOTAL ALUNO- 700

PERÍODO DA TARDE

N.ºde TURMAS ANO Estimativa de alunos

07 6ºano do ensino fundamental 152

05 7ºano do ensino fundamental 136

03 8ºano do ensino fundamental 79

03 9ºano do ensino fundamental 78

TOTAL – 18 TURMAS TOTAL ALUNO- 445

PERIODO NOTURNO

N.ºde TURMAS SERIE Estimativa de alunos

01 1ª ano ensino médio 44

02 2ª ano ensino médio 38

02 3ª ano ensino médio 55

01-Tec. Meio ambiente sub 2º semestre 14

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01-Tec. Quimica sub 4º semestre 20

01- Tec. Enfermagem 1º semestre 32

01- Tec. Enfermagem 2º semestre 23

01- Tec. Enfermagem 3º semestre 16

01- Tec. Enfermagem 4º semestre 15

01 CELEM- Básico 1ª série 24

01 CELEM- Básico 2ª série 03

TOTAL DE TURMAS- 13 TURMAS 284

TOTAL GERAL (Manhã tarde e noite) 1.429 Alunos

4.2 -OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

4.2.1 - ENSINO FUNDAMENTAL anos finais - 6º ao 9º ano

A oferta dos anos finais do Ensino Fundamental ocorre de acordo com a

legislação vigente, com08 turmas de 6º ano,05 turmas de7º ano,03 turmas de

8º ano e 03 turmas de9º no período vespertino, perfazendo o número de 448

alunos.

No contexto do PPP se concebe a educação escolar como uma prática

que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos

desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para

construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em

relações sociais, políticas e culturais diversificadas. Para tanto ainda é

necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas

planejadas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos

conteúdos de maneira crítica.

Ao considerar as especificidades no desenvolvimento das crianças, a

elaboração do Projeto Político Pedagógico deve ocorrer em uma perspectiva

que considera o sujeito aprendente como elemento principal do processo de

construção do conhecimento, que considera o processo ação-reflexão-ação

como eixo norteador da didática a ser implementada em sala de aula; que

considera o (a) professor (a) como sujeito mais experiente cujo compromisso

primeiro é organizar e consolidar o ambiente escolar como um ambiente

culturalmente letrado, ambiente este que inclui espaços, tempos, currículo,

planejamentos, intervenções e experiências. Outro compromisso do professor

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nessa perspectiva é não dar respostas prontas, mas devolver perguntas,

compor espaços de bons problemas para serem resolvidos pelo grupo,

provocar, fazer o (a) aluno (a) pensar, respeitando as suas possibilidades

cognitivas, físicas, afetivas e culturais.

4.2.2 ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio atual refere-se a organização dos três anos finais da Educação

Básica estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação básica

9394/96. A referida Lei estabelece que a Educação Básica, no nível

Fundamental e Médio, será organizada de acordo com uma carga horária

mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200

(duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Conforme esta orientação, a carga

horária das disciplinas do currículo é organizada dentro dos 200 (duzentos)

dias letivos. São anuais, pois as disciplinas estão distribuídas em todo ano

letivo.

4.2.3 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE, integrado e subsequente ao Ensino

Médio.

O curso Técnico em Meio Ambiente Integrado é ofertado no período

Matutino para, 01 turma de2º ano, 01 turma de 3º ano e 01 turma de4º ano,

totalizando 72 alunos. Já o Técnico em Meio Ambiente Subsequente funciona

no período noturno com uma turma de 14 alunos (1º semestre).

O Técnico em Meio Ambiente busca formar, aperfeiçoar e atualizar

profissionais, aptos a compreender os aspectos culturais, econômicos, políticos

e sócio-ambientais próprios dos contextos de sua área de atuação, visando a

implantação de programas, projetos, ações, estudos e pesquisas na área

sócio-ambiental buscando reduzir, minimizar os problemas ambientais que são

gerados por nossa sociedade dentre outras a ausência de políticas e ações de

cunho preventivo.

Partindo de duas palavras de uso comum e de conhecimento universal –

lixo e poluição – o tema ambiental fez surgir, em poucas décadas, um

vocabulário especializado que melhor define as questões ambientais.

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A proteção ambiental que era vista por um ângulo defensivo,

estimulando apenas soluções corretivas baseadas no cumprimento da

legislação, começa a ser considerada como uma necessidade, pois reduz o

desperdício de matérias-primas e assegura uma boa imagem para a empresa

que adere às propostas ambientalistas.

Na década de 90, já mais consciente da importância de manter o

equilíbrio ambiental e atendendo que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa

os limites da área onde foi gerado, a sociedade passou a cobrar uma postura

ambiental responsável das empresas, através das legislação específicas sobre

o impacto ambiental trazido pelas diferentes intervenções humanas no meio

ambiente.

Para as empresas a questão ambiental deixa de ser, assim, um tema-

problema, para se tomar parte de uma solução maior – a credibilidade dos

profissionais das empresas e da sociedade civil, através da qualidade e da

competitividade de seus produtos e serviços.

A adoção de procedimentos de gestão ambiental e da qualidade aliado

aos demais princípios ambientais pelas instituições públicas e privadas, podem

atuar em todos os processos, evitando impactos sobre o meio ambiente por

meio de um conjunto de ações, que incluem o controle de emissões, redução

do consumo de recursos naturais, reciclagem de resíduos, reutilizações de

materiais conscientização ambiental, monitoramento permanente de

processos, atendimento da legislação ambiental e outras ações ambientais.

Assim, legislação ambiental, as pressões sociais, as exigências de mercado e

do consumidor vem contribuindo para difundir uma cultura ambiental no cenário

das empresas e da sociedade de uma forma mais ampla, onde a educação tem

muito a contribuir..

Seja qual for a meta ou os resultados esperados que se planeja, para ter

sucesso, a implementação de procedimentos voltados à preservação e

conservação ambiental dependem de um trabalho integrado de profissionais

com formação técnica, tecnológica e sócio-cultural habilitados a desenvolver

programas e projetos ambientais que atendam aos anseios e necessidades da

sociedade.

4.2.4 TÉCNICO EM QUÍMICA, integrado e subsequente ao Ensino Médio.

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O curso Técnico em Química Integrado é ofertado no período Matutino

para, 01 turma de 2º ano, 01 turma de 3º ano e 01 turma de 3º ano e 01 turma

de 4º ano, totalizando 58 alunos. Já o Técnico em Química Subsequente

funciona no período noturno com uma turma de 1º semestre com 18 alunos.

O Técnico em Química visa o aperfeiçoamento na perspectiva de uma

concepção de formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e

tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo. O plano

ora apresentado teve como eixo orientador a perspectiva de uma formação

profissional como constituinte da integralidade do processo educativo.

Assim, os três componentes curriculares: base nacional comum, parte

diversificada e parte específica integram-se e articulam-se garantindo que os

saberes científicos e tecnológicos seja à base da formação técnica. Por outro

lado as ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em formação se

compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação

consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Química

enfatiza o resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico,

produz sua existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada,

produzindo valores de uso, conhecimento e cultura por sua ação criativa.

A área de Química está no cotidiano do trabalho em vários setores

econômicos e joga importante papel no modelo de desenvolvimento adotado

no país: das questões ambientais, à segurança alimentar e segurança

energética. A Química está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim

é uma área que demanda permanente atualização e apresenta uma crescente

exigências de trabalhadores qualificados. Profissionais de nível técnico na área

de química são importantes para qualificar os serviços na área e dar suporte ao

desenvolvimento do país em diversas áreas industriais.

4.2.5 CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM subseqüente ao Ensino Médio

O curso Técnico em Enfermagem é ofertado no período Noturno para 01

turma de 1º semestre, 01 turma de 2º semestre, 01 turma de 3º semestre e 01

turma de 4º semestre, totalizando 82 alunos.

Frente ao processo de crescente exclusão social, desemprego, baixa

escolaridade, qualificação insuficiente dos trabalhadores, concentração da

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riqueza, reestruturação produtiva, incorporação das tecnologias de informação

e comunicação no processo produtivo, as mudanças e as transformações só

serão significativas se forem, efetivamente, estruturais e profundas. É

fundamental que a Educação Profissional seja ofertada com qualidade e de

forma pública, gratuita, que atenda às necessidades dos jovens e adultos

excluídos do sistema educacional ou que a ele não tiveram acesso e, portanto,

precisam de uma escola que tenha o trabalho na perspectiva da formação

emancipatória dos sujeitos envolvidos.O curso visa habilitar o indivíduo através

de conhecimento e desenvolvimento de competências e habilidades teóricas,

práticas e científicas, à prestação da assistência de Enfermagem ao ser

humano, de acordo com princípios éticos e técnicos necessários à função,

dentro de uma visão humanizada e de qualidade.

Além da formação profissional, o curso proporcionará aos educandos os

conhecimentos propostos a partir dos seguintes objetivos:

Uma reflexão dos desafios e atitudes em relação ao profissional que se

exige na atualidade, sendo o educando um construtor de conhecimentos

que adquire uma postura de transformador de seu meio e co-

responsável para a edificação de uma sociedade de justiça;

Habilitar e qualificar profissionais de enfermagem, assentados em sólida

educação básica, permitindo acesso às conquistas, pela apropriação do

saber que alicerça a prática profissional, isto é, o domínio da inteligência

do trabalho, o que implica na aquisição de habilidades e conhecimentos

necessários ao exercício profissional na área de saúde;

Desenvolver competências profissionais, isto é, a capacidade de

mobilizar, articular, colocar em ação conhecimentos, habilidades e

valores necessários ao desempenho eficiente e eficaz de atividades

requeridas pela natureza da saúde;

Contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à

comunidade através da promoção profissional e educacional dos

técnicos de enfermagem;

Fornecer o conhecimento técnico para a otimização e automação das

tarefas relacionadas ao cotidiano da vida profissional;

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Promover o desenvolvimento profissional dos alunos para atuar na área

da saúde, mediante o exercício competente e ético, conectadas com a

dinâmica do ambiente;

Propiciar o conhecimento sobre os métodos quantitativos necessários

para auxiliar na tomada de decisão no campo de saúde;

Contextualizar as relações entre as organizações e o meio em que se

inserem, quanto a aspectos humanos, políticos, sociais, tecnológicos,

governamentais, legais, éticos e ambientais;

Permitir a elaboração de conhecimentos humanos para o exercício de

atividades que contribuam com o desenvolvimento da região e do país;

Disponibilizar uma formação integrada e humanística, possibilitar o

desenvolvimento da visão crítica do aluno, oportunizar as atividades

extracurriculares, principalmente, aquelas ligadas às atividades práticas

na área de saúde;

Valorizar a ética nas relações pessoais e profissionais e proporcionar e

propiciar condições de desenvolvimento pessoal e relacionamento

coletivo;

Oferecer à sociedade, profissionais de qualidade através da articulação

das teorias com as práticas organizacionais; de prática supervisionadas;

de reconhecimento dosconhecimentos, saberes, habilidades e técnicas

específicas extracurriculares; de práticas pedagógicas e de métodos de

ensino-aprendizagem adequados; de sistemas de avaliações dos

docentes, dos discentes, das escolas, dos cursos e de infra-estrutura do

sistema educativo;

O Técnico em Enfermagem deverá atender às necessidades da realidade

social embasado nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), com

responsabilidade e compromisso com o exercício da cidadania, nos diversos

níveis de complexidade das ações de saúde, desde a prevenção de agravos e

promoção à saúde até em situações mais complexas de recuperação e

reabilitação. Terá competência técnico-científica para prestar assistência

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integral à saúde – individual e coletiva – fundamentada nos princípios éticos,

legais e humanos. Prestará assistência integral à saúde do ser humano em

todo seu ciclo de vida, do nascimento à morte com dignidade, atuando em

serviços de saúde especializados considerados de média e alta complexidade,

interagindo com o cliente, família, comunidade e equipe multiprofissional.

Compreenderá e atuará no processo de trabalho de enfermagem de forma

crítica, reflexiva, criativa, com capacidade de tomar decisões em seu âmbito de

atuação, conforme legislação vigente.

4.2.6-EDUCAÇÃO ESPECIAL – Sala de Recursos Multifuncional tipo I

A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º

ao 9º ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos

os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional

especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua

utilização no processo ensino-aprendizagem nas turmas do ensino regular.

4.2.7-CELEM – Espanhol e Inglês

A oferta do CELEM – Língua Espanhola e Língua Inglesa neste

Estabelecimento de Ensino, atende o disposto na Resolução nº 3904/2008

– SEED e a Instrução Normativa nº 019/2008 - SUED/SEED, que

regulamenta o funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras

Modernas. A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita do

Curso Básico de Espanhol e do Curso Básico de Língua Inglesa é destinada

aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino

Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio. Esta oferta é estendida aos

professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções

em estabelecimentos de ensino na Rede Pública Estadual de Educação

Básica, SEED e NRE, num total de até 10% das vagas sobre o número

máximo de alunos por turma. A comunidade poderá usufruir dos cursos,

num total de até 30% das vagas sobre o número máximo de alunos por

turma, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino

Fundamental.

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O ensino de línguas estrangeiras modernas contribui para que o aluno

descubra novos meios de expressão, desenvolva sua capacidade de atenção,

seu senso crítico e seja capaz de analisar e refletir a sua realidade e a da

sociedade na qual está inserido. Ao estudá-las, aluno vai-se conscientizando

do seu próprio código – a língua materna – seja pelos contrastes, seja pelas

analogias, ou semelhantes estabelecidas; adquire novas formas de expressão,

facilitando a aquisição de conhecimentos linguísticos necessários à

compreensão e à expressão oral e escrita, e à cultura de outros povos que

fazem parte do mesmo contexto geográfico, conhecendo o comportamento, a

dinâmica social, os costumes e tudo o que caracteriza um povo.

4.2.8 Programa MEDIOTEC

O Mediotec é um programa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná

(Seed-PR), em parceria com o Governo Federal, na oferta de cursos técnicos

na forma concomitante, para o aluno matriculado no ensino médio regular na

rede pública estadual de ensino.

A adesão ao Curso foi feita no ano de 2017, com 01 (uma) turma de 28 alunos

no período vespertino no horário das 13:30hs às 17:50hs, com a oferta do

Curso de Técnico em Químicaconcomitante ao Ensino Médio, atendendoaos

critérios estabelecidos pelo Departamento de Educação Profissional-

DETI/SEED.

4.2.9 Conectados 2.0

O Projeto piloto CONECTADOS prevê a distribuição, implantação e

manutenção de recursos tecnológicos em 70 escolas do estado do Paraná,

permitindo ampliar o acesso às tecnologias de informação e comunicação em

diferentes espaços do ambiente escolar para além dos laboratórios de

informática, considerando o desenvolvimento de sistemas de informática e a

formação continuada para o uso pedagógico de tais recursos, sendo o Colégio

Albino Feijó uma dessas escolas.

4.2.9– Aulas especializadas de treinamento esportivo – AETE

As aulas de treinamento esportivo acontecem no contraturno, com alunos do

ensino fundamental anos finais (de 6º ao 9º ano) , tem por objetivo dar acesso

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ao aluno à prática esportiva nas diversas modalidades visando o pleno

desenvolvimento de suas habilidades específicas , de acordo com sua idade.

Referências:

LEGAL - INSTRUÇÃO Nº 012/2014 - SUED

Constituição Federal de 1988, Art. 205, 206, 207 e 217.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, Art. 27,34 e 87.

Lei nº 8.089/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei nº 13.005/14, que aprova o Plano Nacional de Educação.

Lei nº 11.494/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB.

Resolução nº 04/10 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares

Nacionais Gerais da Educação Básica, Art. 12, 13 e 17.

Resolução nº 07/10 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio.

Resolução nº 02/2012 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio.

Portaria Interministerial nº 17/07 e Decreto nº 7.083/10 – MEC.

5.0 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL O Colégio funciona em prédio escolar Estadual próprio, possuindo as seguintes

dependências: diretoria, secretaria, sala de professores, sala da equipe

pedagógica, almoxarifado, sala de Classe Especial, cozinha, refeitório,

biblioteca, quadra de esportes coberta, depósito de alimentos, sanitários dentro

do prédio, necessitando de reparos.

Possui 22 salas de aula em alvenaria, sendo 8 salas com 50,41 m², 4 salas

com 48,50m², 3 salas 46, 43m², 6 salas 43,73 m ², 1 sala adaptada com 39,75

m ², 11 com piso de madeira em condições de uso satisfatório e 11 com piso

frio. Todas as salas possuem ventilação adequada e cortinas.

Foram adaptadas para atendimento aos alunos de sala de apoio 1 sala com

capacidade para atender 20 alunos e 1 sala de contraturno com capacidade

para atender 12 alunos por período em cada uma, necessitando urgente de

uma sala mais adequada. Foi construída uma secretaria com duas salas de 25

m². Uma sala de Direção com 9m². A sala dos professores com 24,85 m².

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A biblioteca é de alvenaria com 91,37 m², possuindo um acervo de

aproximadamente 10.000 livros de livros paradidáticos, literatura infantil e

enciclopédias.

A cozinha é de alvenaria possuindo aproximadamente 40 m², com piso

cerâmico e azulejos nas paredes, bancadas de granito e cuba em inox. É

equipada com 1 fogão industrial de 6 bocas, 1 forno a gás, 1 freezer horizontal,

1 exaustor de parede, 1 liquidificador industrial e 1 doméstico, 1 balança, uma

geladeira duplex, panelas, caldeirões, pratos, talheres, canecas, duas panelas

de pressão industrial, todos em estado satisfatório.

A escola possui três almoxarifados: um para material de limpeza, um para

mantimento e outro para materiais de Educação Física diversos. Este último

encontra-se inapropriado, necessitando de uma nova construção, maior e com

mais ventilação.

Os sanitários para os alunos são com piso cerâmico, uma bancada em granito

com uma cuba, num total de banheiros, sendo 3 masculino e 3 feminino.

Junto a sala de professores há dois sanitários com piso cerâmico, paredes

revestidas de azulejo: um masculino com 4,5 m² e um feminino com 6 m².

Há três bebedouros industrial instalados e 2 bebedouros no corredor,

proporcionando água gelada e natural em oito torneiras. O refeitório é

localizado em área de circulação sendo imprópria a sua localização e espaço.

O pátio é amplo e arborizado, possuindo 3 bancos e um mastro para

hasteamento da bandeira. A rampa de acesso dos alunos ao colégio é coberta

para proteção de sol e chuva antes do início do período. Os corredores

externos não são cobertos.

É necessário uma passarela com cobertura para interligar salas de aula e

refeitório. Há um estacionamento para carro de professores. O mesmo

necessita ser pavimentado e ampliado. Toda a escola é equipada com

lâmpadas fluorescentes.

Os espaços físicos e materiais não tem atendido às demandas do Colégio de

forma satisfatória, pois necessita de ampliações em diversos ambientes, como

outra quadra de esportes, reparos nos telhados e reformas em geral. O colégio

foi construído há 40 anos e não foi reformado, apenas manutenções e

adaptações foram feitas no decorrer do tempo.Atualmente, conta com os

seguintes equipamentos de informática, eletrônicos e pedagógicos:

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Na Secretaria: 05 computadores, 03 impressoras, 01 copiadora, 01 fax; na

Biblioteca, 1 computador para controle do acervo e 03 computadores com

acesso à internet para a comunidade; na Direção: 03 computadores, 01

impressora e 01 sistema de som, na Equipe Pedagógica do Ensino

Fundamental e Médio: 01 computador e 01 impressora; na coordenação

Técnico em Enfermagem: 01 computador e 01 impressora;na coordenação

doTécnico em Química e Meio Ambiente: 01 computador e 01 impressora; no

Laboratório de Informática: 38 computadores com acesso a internet.

O Colégio conta com o seguinte acervo de materiais: 22 TVs PENDRIVE;02

televisores, 04 filmadoras,04 máquinas fotográficas, 05 rádios/gravador/Cd, 02

sistemas de som (caixas de som, amplificador para utilização em eventos),05

data show para uso em sala de aula,04 Aparelhos de DVD para uso em sala de

aula,02 retroprojetores,02 aparelhos de microfone sem fio completos,02

microfones com fio,02 gravadores de voz,sistema de som, quarenta e dois

ventiladores em sala de aula, jogos pedagógicos,fantoches, instrumentos

musicais emateriais esportivos diversos.

Quanto às salas, 20 são Salas de aula, 02 salas de aula adaptadas; 02 Salas

de Coordenação (Enfermagem/ Meio Ambiente e Química),01Sala de

professores, 01 Sala Equipe Pedagógica e 01 Sala de multimídia com 05

ventiladores.

No ano de 2017, foram instalados 20 aparelhos de ar condicionado nas salas

de aula do Colégio.

Os recursos mencionados contam com manutenção periódica e seus usuários

são constantemente orientados quanto ao seu uso correto e sua preservação.

Toda a comunidade escolar tem se beneficiado de tais instrumentos

facilitadores do trabalho pedagógico e administrativo. Para os alunos, o acesso

ao laboratório de Informática com aulas planejadas pelo professor tem

qualificado o campo da pesquisa, construção de trabalhos acadêmicos e

atividades das diversas disciplinas.

6.0 ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

A escola tem buscado rever suas práticas e atividades reguladas por

meio de horários e calendários, no sentido de considerar as trajetórias

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humanas dos estudantes, suas vivências e suas experiências, para articulação

dos seus tempos com os tempos da vida (SANTOS, 2005).

A aprendizagem e desenvolvimento são processos diferenciados, mas

intimamente relacionados. O desenvolvimento é o fenômeno de mudanças das

manifestações comportamentais dos seres humanos, entre elas as afetivas,

sociais, cognitivas e psicomotoras, que ocorrem ao longo da vida e dependem

da carga hereditária, da maturação orgânica e do meio ambiente físico e

sociocultural.

A aprendizagem deve ser considerada sempre como aprendizagem de

algo para a construção de conceitos e competências ao longo do

desenvolvimento. É a aprendizagem que impulsiona o desenvolvimento,

que novamente impulsiona uma nova aprendizagem. Para a entendermos

como um fenômeno inerente ao desenvolvimento do homem, devemos levar

em consideração os mecanismos de construção do conhecimento, de

conceitualização do mundo e as dinâmicas do desenvolvimento cognitivo

humano ocorrido nas interações sociais (MORO, 2005).

Entende-se então a aprendizagem como um processo construído

internamente, mediante conflitos que oportunizam reorganizações cognitivas,

que dependem dos níveis de desenvolvimento do estudante, mediante a

tomada de consciência das ações que executa, suas inter-relações e seus

resultados (PERRET – CLEMONT, 1984).

Logo, a organização do tempo escolar possibilita ao estudante o

estabelecimento de relações essenciais para o desenvolvimento das funções

psicológicas superiores, tais como atenção, percepção, memória, pensamento,

imaginação e capacidade de aprendizagem. Portanto, organizamos o tempo

pensando em desenvolver práticas educacionais dinâmicas e contextualizadas,

que propiciem ao estudante uma nova compreensão da realidade em que está

inserido, levando-o ao desenvolvimento de estratégias cognitivas e

metacognitivas, construindo assim sua autonomia.

No que compete a Escola e dentro das reais condições, visamos um trabalho

de equipe que atenda de forma direta as reais necessidades do processo

ensino e aprendizagem, de forma a diminuir o índice de evasão repetência e

aumentar qualidade de ensino. Os diferentes tempos biológicos e culturais – os

ritmos da natureza e da vida cotidiana – constituem o contexto que interfere

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nos processos de aprendizagem e nas vivências dos seres humanos. Um

desses tempos é o tempo escolar.

O tempo escolar como construção cultural, aliado aos tempos da vida, que se

revelam por meio das transformações corporais, dos desejos, dos

comportamentos, das atitudes, das emoções e dos sentimentos, propicia aos

estudantes desenvolvimento e aprendizagens significativas para toda a vida.

Com o objetivo de integrar o aluno ao sistema escolar com

responsabilidade e liberdade num ambiente participativo, respeitando-se

mutuamente numa perspectiva cooperativista, a comunidade escolar tem

estabelecido em seu Regulamento Interno, normas, critérios e ações

educativas que determinam as particularidades no funcionamento da entidade.

A entrada dos alunos no período matutino é a partir das 7h20min, no

vespertino a partir das 13h15min e no noturno a partir das 19h 15min pelo

portão à Rua Aparecido Fernando de Oliveiro, s/nº. Uma zeladora e uma

pedagoga fica no portão nesse horário para receber os alunos. Este é fechado

10 minutos após o sinal de entrada; a partir deste horário os alunos deve

justificar o atraso na direção. A saída dos alunos, no período matutino é às 11h

50min e no vespertino às 17h 30min para séries iniciais e 17h 50min para

séries finais. Neste horário uma zeladora permanece no portão por 10 minutos.

É ofertada aos alunos com defasagem na aprendizagem, aula de contraturno,

ou seja, atendimento de 2h durante 2 dias na semana, no período inverso

(contraturno). Os pais ou responsável são informados sobre os dias e horários

através de reuniões assinando também, um termo de compromisso.

A merenda é oferecida diariamente aos alunos que se dirigem ao

refeitório, de forma organizada; a distribuição da merenda fica a cargo das

merendeiras nos seguintes horários: Matutino: 10h às 10h15min. Vespertino:

15h15min às 15h30min, 16h às 16h20 min e no período noturno das 21h 20min

às 21h30min.

O livro didático não consumível distribuído pela FNDE deverá ser

devolvido à escola no final do ano letivo em boas condições; os funcionários da

biblioteca são os responsáveis pelo controle dos mesmos, sendo que os pais

assinam um termo de responsabilidade no ato da entrega. Os materiais

distribuídos pela escola devem ser bem aproveitados pelos alunos, evitando-se

desperdícios.

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As tarefas de casa ficam a critério de cada professor. O pai ou responsável

deve justificar ao professor, no caso do aluno deixar de fazê-las. Os trabalhos

de pesquisa são realizados na biblioteca da própria escola ou outras fontes. A

mesma atende aluno, professores da escola e a comunidade em geral, e

empréstimo de livros de literatura infantil e juvenil. Cada aluno possui sua

carteirinha com nome e número de inscrição. O empréstimo de livros é feito em

horário de aula, uma vez por semana pelos funcionários. Caso o aluno esqueça

o livro no seu dia de troca, deverá trazê-lo no dia seguinte.

O recreio caracteriza-se como uma atividade escolar destinada à alimentação e

socialização. Neste momento, o educando é orientado a utilizar o refeitório, o

pátio e o banheiro. O intervalo é período em que o educando pode interagir

com os alunos das outras turmas, estabelecendo novas amizades, reforçando

a importância das regras e dos limites para a convivência em grupo. Assim, os

educandos têm a possibilidade de reorganizar as suas experiências,

reconstruindo os conhecimentos como nos coloca Vygotski (1984). Durante o

intervalo, há a oportunidade de conviver e lidar com as diferenças, promovendo

o desenvolvimento integral do sujeito.

7.0 RECURSOS HUMANOS

Sendo a escola uma comunidade com identidade e detentora de um conjunto

de princípios norteadores da ação pedagógica, ela deve estar fundamentada

em princípios éticos, ou seja, em princípios que regem o “comportamento moral

dos homens em sociedade.”

Pautada nestes princípios o Colégio Estadual Albino Feijó Sanches em

seu quadro administrativo, docente e de funcionários, promove o

relacionamento cooperativo de trabalho resguardando sempre o respeito

humano a toda a comunidade escolar. A equipe gestora é formada pela Diretor

Geral e 02 diretoras auxiliares, os professores que compõem o corpo docente

desta escola possuem na sua maioria o vinculo de trabalho QPM e minoria o

vínculo PSS (Processo Seletivo Simplificado). A formação acadêmica da

maioriados profissionais envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem

tem se ampliado,acompanhado as ofertas de cursos de capacitação fornecidos

pela SEED e outros, com participação efetiva de funcionários e auxiliares de

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serviços gerais. Dessa forma,cerca de 80% possuem curso de Especialização,

20% cursaram o Mestrado e 01 professora possui Pós Doutorado.

DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO – MARCO SITUACIONAL

8.0 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O Colégio situa-se na região Sul de Londrina – PR, no bairro denominado

Parque das Indústrias, atendendo outros bairros circunvizinhos. Esses bairros

adjacentes são formados assentamentos e antigas favelas. Na sua maioria é

uma população de baixa renda apresentando alto índice de violência e

desemprego. Apresenta-se uma classe trabalhadora com renda advinda de

trabalhos esporádicos e informais.

Algumas famílias são mantidas pelos avós através de pensão alimentícia

e/ou benefícios governamentais (federais, estaduais e municipais).

Grande parte dos alunos iniciam sua vida acadêmica nos CMEI ( Centro

Municipal de Educação Infantil) e após passarem mais ou menos de 3 a 4 anos

se transferem para as escolas Municipais que atendem o Ensino Fundamental

anos iniciais, nas proximidades do bairro Parque das Industrias.

Essa instituição escolar atende a partir dos anos finais do Ensino

Fundamental, também Ensino Médio e Profissional, divididos nos 3 períodos,

sendo que cada um apresenta uma realidade diferente, com um público

bastante diversificado, tanto na faixa etária como nos objetivos acadêmicos.

Nos períodos matutino e vespertino algumas situações são semelhantes:

falta de pontualidade dos alunos, desinteresse pela situação escolar tanto

pelos pais como pelos alunos, falta de acompanhamento das tarefas e na

realização de trabalhos extra-classe, o não uso do uniforme e do cartão de

identificação.

O período noturno é composto por um público com faixa etária que vai

de 16 a 20 anos de idade no Ensino Médio. O Ensino Subsequente, ou seja,

Técnico em Meio Ambiente e Técnico em Química, a maioria dos alunos tem

idade superior aos 25 anos chegando até os 55 anos.

A localização geográfica da escola facilita o acesso da comunidade, pois

está situada no centro do bairro, sendo um ponto de referência.

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Embora haja problemas pontuais, a escola tem sido de fundamental

importância para a maioria da população que vê nessa instituição uma forma

de obtenção do conhecimento científico que dê ascensão acadêmica e

profissional. É onde também as famílias são apoiadas pelos serviços prestados

pela Rede de Proteção: Encaminhamento à assistência social nas UBS -

Unidade Básica de Saúde, CRAS - Centro de Referência de Assistência Social,

CAPSI- Centro de Atenção Psicossocial Infanto juvenil, CREAS- Centro de

Referência especializado de Assistência Social, Hospitais, Serviços de

Acolhimento e Conselho Tutelar são os órgãos que nos auxiliam nesses

encaminhamentos, bem como programa do leite, entre outros.

A evasão é um dos problemas e desafios a serem enfrentados.

Podemos perceber um maior número no período noturno, pois nos demais

períodos ocorrem num índice muito baixo, as causa de evasão no noturno

provém de carga horária excessiva onde os alunos não conseguem conciliar o

trabalho com a escola, chegando atrasados e na maioria das vezes pedem

autorização para saídas antecipadas, quando questionados alegam estar

inseridos em trabalhos informais, na maioria das vezes braçal e os deixam

cansados. Outros motivos são; os conteúdos ofertados que não são do

interesse dos alunos; alguns alunos não têm objetivos definidos para sua vida

escolar e desistem, alegam também a violência urbana e que no local onde

moram há a “Lei do Silêncio” e por terem medo de chegarem tarde desistem de

estudar.No intuito de transformar tal realidade, o colégio tem realizado projetos

visando conscientizar,estimular e resgatar o valor dos estudos para a vida do

jovem, para ampliar suas expectativas acadêmicas, profissionais e pessoais.

Quanto aos alunos reprovados, percebemos um número significativo em

todos os períodos, as causas são as mais variadas: o acompanhamento dos

pais que é precário, o desinteresse dos alunos na situação de aprendizagem, a

falta de atendimento individualizado aos alunos com dificuldade de

aprendizagem em sala de aula, devido às salas numerosas e alunos que ainda

não se apropriaram dos conhecimentos para série em que se encontram. O

enfrentamento a tal situação tem sido objeto de pesquisa, debates e

consequentes trabalhos práticos na sala de aula. Professores estão utilizando-

se de novas tecnologias como instrumentos pedagógicos que fazem parte do

cotidiano do adolescente, com a perspectiva de tornar o ensino mais

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interessante e condizente com a “geração y“, a influência da internet e dos

dispositivos móveis, tão comuns a eles.

9.0 PRÁTICA PEDAGÓGICA

Acreditamos que a metodologia utilizada na escola contribui muito para o

sucesso ou fracasso do processo ensino e aprendizagem. Esta deve

corresponder à concepção de educação adotada pela instituição, que é a

Histórico-Crítica, uma perspectiva educacional que visa resgatar a importância

da escola e a reorganização do processo educativo.

Nessa perspectiva,, o ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do

professor; favorecer o diálogo dos alunos entre si e com o professor, sem

deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levar em

conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o

desenvolvimento psicológico, sem perder de vista a sistematização lógica dos

conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de

transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.

O corpo docente tem progressivamente superado a tendência de um ensino

conteudista e fragmentado e adotado ações conscientes que primem pela

socialização do saber sistematizado, capaz de produzir alterações no

comportamento dos educandos, para que estes possam posicionar-se

conscientemente no âmbito social.

A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício

dos professores, é algo que não lhes pertencem por inteiro,

mas um traço cultural compartilhado, assim como o médico

não possui o domínio de todas as ações para favorecer a

saúde, mas as compartilha com outros agentes, algumas

vezes em relação de complementariedade e de

colaboração, e, em outras, em relação de atribuições. A

prática educativa tem sua gênese em outras práticas que

interagem com o sistema escolar e, além disso, é devedora

de si mesma, de seu passado. São características que

podem ajudar-nos a entender as razões das

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transformações que são produzidas e não chegam a

acontecer (SACRISTÁN, 1999, p. 91).

Para continuar avançando nesse sentido, os docentes, na sua maioria, têm se

empenhado em formação constante, atualizando seus conhecimentos, visando

acompanhar o movimento acelerado da atual sociedade da informação e da

tecnologia digital.

9.1 GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar frente às demandas atuais no contexto da sociedade atual,

que se transforma e se modifica constantemente, significa que para gerir

uma instituição de ensino, é necessário ter conhecimentos pedagógicos para

compreender o processo educacional, compreender a função da escola,

articular políticas de formação com a política de gestão , ter visão estratégica

e possuir um novo olhar quanto à construção do Projeto Político Pedagógico

que é uma ferramenta que possibilita a gestão democrática.

As mudanças não acontecem de forma rápida, pois consistem em um

processo histórico e construído com muita dificuldade pela sociedade.

Durante muito tempo a educação viveu apenas sob o domínio de modelos

que vinham prontos , em seus conhecimentos sem direito de participação da

coletividade .

Para atuar nesse novo modelo de escola é necessário também

compreender sua função social.

A gestão escolar busca dar sustentabilidade ao desenvolvimento do

Projeto Político Pedagógico e consequentemente, à autonomia da escola .

Precisamos aprofundar nossos estudos para servir de alicerce para a prática

de uma gestão democrática no cotidiano escolar O sucesso da escola nas

ações norteadoras da gestão escolar está ligado à maneira como se articula

com os vários segmentos da sociedade e criam espaços de discussões que

permitam a construção do projeto educativo , como também criar e sustentar

ambientes que favoreçam essa participação .

As políticas educacionais buscam minimizar a participação do Estado e

atribuir responsabilidades a comunidade escolar.

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A superação dos processos centralizados de decisão e pressupõe a

gestão colegiada, na qual as decisões nasçam do coletivo, envolvendo todos

os segmentos da escola e orientadas pelo sentido político presente nessas

práticas .

Quando se fala em gestão escola, logo se pensa numa gestão em que

todos acreditam e assumem o projeto proposto . No entanto, muitas vezes ,

o discurso está mais na prática , o que acarreta problemas , pois prática e

teoria precisam caminhar juntas . Se é participativa e democrática ela utiliza

canais condutores para a execução de projetos . Esses canais são os

mecanismos democráticos de participação na escola : o Grêmio Estudantil e

o Conselho Escolar .

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, no qual participam a

comunidade escolar e local e em sintonia com a administração da escola ,

visa tomar decisões coletivas nas áreas administrativas , financeira e

político-pedagógica.

O Grêmio Estudantil outra instância colegiada importante no processo de

gestão. por atuar na representatividade dos alunos , discute problemas da

escola sem dissociá-los do contexto geral .

Portanto, gestão escolar exige formas de organização e efetivação de

ações, que estabeleçam vínculos de comprometimento de todos que vivem

no cotidiano escolar . É no Projeto Político Pedagógico que devem estar

contidas as ações norteadoras do trabalho que a escola pretende

desenvolver, de acordo com a realidade sócio-cultural.

Os gestores precisam ser flexíveis, ousados, ter conhecimento para o

desempenho de sua função. É importante que, além de serem educadores ,

tenham consciência de sua tarefa de gerir com democracia , transparência e

coerência . É necessário que tenham como foco a qualidade do processo

ensino- aprendizagem,, a ampliação do acesso a todos no que se refere à

tomada de decisões e a flexibilidade para interagir com toda a comunidade

escolar .

Assim sendo, a equipe gestora do Colégio tem buscado o comprometimento

com as premissas citadas acima e trabalhado na articulação de todos os

envolvidos no processo educativo para a tomada de decisões acertadas em

benefício de uma educação democrática e de qualidade.

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Instâncias Colegiadas:

APMF

A APMF é uma organização que promove a participação da comunidade

escolar na gestão da escola pública, não tendo caráter político partidário,

religioso, racial e nem fins lucrativos, portanto seus dirigentes e conselheiros

não são remunerados, é um órgão colegiado com estatuto próprio registrado

em cartório e aprovado pelo Estado que funciona com diretoria eleita pela

comunidade, com mandato de dois anos. Seus membros são: pais, professores

e funcionários.

Tem como função discutir ações que possam contribuir para a qualidade do

ensino e integrar família, escola e comunidade, viabilizando a participação de

todos na gestão da escola pública; colaborar com a manutenção e a

conservação das instalações da escola, bem como conscientizar quanto as

atitudes de preservação; realizar projetos envolvendo toda a comunidade, de

forma a contribuir para o maior aproveitamento escolar do estudante. É

importante ressaltar ainda que as ações da APMF devem estar em sintonia

com a Proposta Pedagógica da escola e com a realidade e interesses da

comunidade escolar.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é a instância máxima da escola. Ele é formado por

segmentos, ou seja, representantes de pais ou responsável, estudantes,

professores, funcionários e movimentos sociais comprometidos com a

educação. Seu objetivo é auxiliar na gestão escolar a partir da discussão de

temas que direcionam as ações do estabelecimento de ensino.

Possui estatuto próprio e formado por:diretor;representante da equipe

pedagógica;representante do corpo docente (professores);representante da

equipe técnico-administrativa e assistentes de execução;representante da

equipe auxiliar operacional;representante dos pais de alunos ou

responsáveis;representante do Grêmio Estudantil ou alunos (apenas quando o

Grêmio não estiver instituído);representante da APMF;representante dos

movimentos sociais organizados da comunidade (Associação de Moradores,

Sindicatos, Instituições Religiosas, Conselhos Comunitários, Conselho de

Saúde, entre outros).

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É importante destacar que o número de representantes por segmento deve ser

igual, ou seja, 50% para representantes dos profissionais da escola e 50% para

representantes da comunidade escolar e local.

Para cada representante de segmento será eleito um suplente. Este poderá vir

a ser o titular caso ocorra saída do titular.

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil, entidade representativa dos alunos na escola, é

formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades

culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos

de seus interesses, não tem caráter político-partidário, religioso, racial e

também não deverá ter fins lucrativos.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão

estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo

discente do Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, convocada para este fim,

obedecendo à legislação pertinente. A aprovação do Estatuto, a escolha dos

dirigentes e dos representantes do Grêmio serão realizadas pelo voto direto e

secreto de cada aluno, observando-se, no que couber, as normas da legislação

eleitoral.

São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e com frequência

regular. Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula

para reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção Geral

e do professor da turma.

A atuação do Grêmio Estudantil no Colégio foi retomada em 2016 motivada

por alguns professores e alunos, que culminou na eleição de novos

representantes. Seguindo os procedimentos da legislação vigente e do estatuto

do Grêmio Estudantil, foi realizada a eleição e venceu, por maior número de

votos, a chapa 4, chamada ‘CPF’ (Caminho para o Futuro).

2017 foram dadas continuidade às ações iniciadas no ano anterior.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada

classe do Estabelecimento de Ensino, tendo pôr objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos

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adequados a cada caso. Haverá tantos conselhos de Classes quantas forem as

turmas do Estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe tem pôr finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem,

proposto pela Proposta pedagógica;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento

metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros

indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação

dos alunos entre si.

O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pela equipe pedagógica e

pôr todos os professores que atuam numa mesma classe.

A presidência do Conselho de classe esta a cargo do Diretor que, em sua

falta ou impedimento, será substituído pôr um membro da equipe

pedagógica.

O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em

datas previstas no calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que

um fato relevante assim o exigir.

Equipe Multidisciplinar

A Equipe Multidisciplinar é uma instância do trabalho escolar oficialmente

legitimadas pelo Artigo 26A da LDB, Lei n.º 9394/96, pela Deliberação n.º 04/06

CEE/PR, pela Instrução nº. 017/06 Sued/Seed, pela Resolução n.º 3399/10

Sued/Seed e a Instrução n.º 010/10 Sued/Seed.

O objetivo da atuação da Equipe Multidisciplinar é estabelecer espaços de

debates, estratégias e de ações pedagógicas que fortaleçam a implementação

da Lei n.º 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08 no Colégio, bem como das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

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ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo

escolar.

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade e da construção

de uma cultura escolar que conhece, reconhece, valoriza e respeita a

diversidade étnico-racial, a Equipe Multidisciplinar tem como prerrogativa

articular os segmentos profissionais da educação, instâncias colegiadas e

comunidade escolar.

9.2 ENSINO- APRENDIZAGEM

Educação no contexto escolar fundamenta-se numa perspectiva de considerar

que o aluno está inserido em determinado contexto social e, portanto, deve ser

respeitado em sua história de vida, classe social, cultura e etnia. Nesse

sentido, a escola é vista como espaço para a construção coletiva de novos

conhecimentos sobre o mundo, na qual a sua proposta pedagógica permite a

permanente articulação dos conteúdos escolares com as vivências e as

indagações desse aluno sobre a realidade em que vive.

A mediação pedagógica entre a teoria e a prática é feita na escola, através dos

processos de ensino – via metodologia – onde articula o trabalho intelectual de

modo que o aluno se aproprie da prática no pensamento, pela sua capacidade

de abstração, a compreenda e, assim, adquira condições para nela intervir,

considerando o conjunto das relações sociais e produtivas, através das quais o

pensamento adquire materialidade ao transformar-se em ação.(DCEs, p8).

O mundo atual esta passando por inúmeras e aceleradas transformações

em torno de todos os campos da sociedade, na constante busca do saber

e aprender.

O impacto que tais mudanças, principalmente as tecnológicas podem

causar no processo de ensino-aprendizagem requer uma tomada de

posição quanto a compreender as transformações do mundo, aceitar o

desafio de produzir o conhecimento pedagógico e dominar aspectos

tecnologia como instrumentos aliados ao ensino e aprendizagem, ou

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simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa sociedade

baseada na informação e ficar desconectado com a realidade.

No colégio, a maioria dos envolvidos no processo educativo, tem

buscado compreender as mudanças que a sociedade da informação

estabelece nas relações entre os alunos, alunos e professores e entre as

formas de ensinar e aprender e tem ampliado o uso do laboratório de

informática, bem como adaptado atividades ao uso de dispositivos

móveis para pesquisa e projetos, de forma que a mediação entre o aluno

e o conhecimento ocorra da melhor maneira possível.

9.3 Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da

Educação Especial

A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º

ao 9º ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos

os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional

especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua

utilização no processo ensino-aprendizagem nas turmas do ensino regular.

Seguindo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da

Educação Inclusiva, na Rede de Ensino, o atendimento educacional

especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos

pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

A carga horária é de 20 horas/ aula semanais, sendo 13 horas/aula para

efetivo trabalho pedagógico e 07 horas / atividade do professor, de acordo com

a legislação vigente. A quantidade máxima de alunos com atendimento por

cronograma é de 20 alunos, podendo ser individual ou em grupos, com o

suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos. O

cronograma de atendimento é flexível, sendo organizado e reorganizado

sempre que necessário.

Os recursos disponíveis incluem materiais didáticos de acessibilidade,

recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos tecnológicos e

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mobiliários, jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulam a

criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovem o desenvolvimento dos

processos cognitivos.

A Avaliação de Ingresso se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional no

contexto escolar. O acompanhamento ocorre através da avaliação processual,

onde o aluno será observado/analisado no contexto comum de ensino e no

contexto educacionalespecializado visando o desenvolvimento do aluno para

traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica. Os avanços

acadêmicos do aluno, tanto na classe comum como na Sala de Recursos são

registrados em relatórios pedagógicos, elaborados à partir do parecer dos

professores das disciplinas no Conselho de Classe.

Quanto à freqüência, documentação, matrícula e desligamento da Sala de

Recursos ocorrem de acordo com a legislação vigente.

9.4 Articulação entre etapas de ensino

Os sistemas Estaduais e Municipais devem estabelecer especial forma de

colaboração visando à oferta do Ensino Fundamental e à articulação sequente

entre a primeira fase no geral assumida pelo Município, e a segunda, pelo

Estado, para evitar obstáculos ao acesso de estudantes que se transfiram de

uma rede para outra para completar esta escolaridade obrigatória, garantindo a

organicidade e a totalidade do processo formativo do escolar.

O Ensino Médio etapa final do processo formativo da Educação Básica,

é orientado por princípios e finalidades previsto na legislação vigente. A

Educação Profissional e Tecnológica, no cumprimento dos objetivos da

educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de

educação e à as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-

se com o ensino regular e com outras modalidades educacionais.

O sujeitos da Educação Básica devem ter acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos os conteúdos

das disciplinas escolares. Estes devem ser tratados na escola de modo

contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares.

Na prática, busca-se direcionar previamente os passos necessários à

aprendizagem, porém sem deixar de lado as suas necessidades básicas. A

organização de situações de aprendizagens devem ser orientadas através de

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intervenção direta do professor, o que permite os alunos trabalharem em

situações de interação social ou sozinhos, ampliar suas capacidades de

apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por

meio da expressão e comunicação de sentimentos e ideias, da

experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da

construção de objetos e etc. Para isso, o professor deve conhecer e considerar

as singularidades dos alunos de diferentes idades, assim como a diversidade

de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias etc. dos alunos com as quais

trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização.

Nessa perspectiva, o professor é mediador entre o aluno e os objetos de

conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de

aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas , emocionais ,

sociais e cognitivas de cada aluno aos seus conhecimentos prévios e aos

conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na

instituição o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por

excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso,

saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.

9.5 Articulação entre diretores, pedagogos e demais profissionais da

educação

A articulação entre os profissionais que atuam na escola baseia-se no diálogo,

no respeito e no espírito de equipe.

As execução das funções atribuídas ocorre satisfatoriamente e o contexto

de apoio e solicitude está presente no decorrer do ano letivo.

Quanto à comunicação entre os profissionais dos períodos manhã, tarde e

noite há campo para melhora, pois as demandas dificultam as atualizações de

informações, que deverão ocorrer em alguns casos, dentro do mesmo dia. Para

superar tal dificuldade, nos momentos de reuniões pedagógicas, são

constantemente discutidas formas de atenuar ou erradicar a insuficiência no

tráfego de informações.

9.6 Articulação da instituição de ensino com pais/responsáveis

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Como as demais instituições sociais, a família e a escola passam por

mudanças que redefinem sua estrutura, seu significado e o seu papel na

sociedade. A escola abre espaços para a participação das famílias, a ponto de

hoje, família e escola serem co-autoras das decisões administrativas e

pedagógicas o que acabam favorecendo e facilitando a educação dos alunos.

Levando em consideração e respeitando: os conhecimentos e valores

que as famílias possuem , evitando qualquer tipo de preconceito , favorecendo

a participação dos componentes da instituição familiar em diferentes

oportunidades e estimulando o diálogo com os pais enquanto sujeitos

interessados em evoluir e se aperfeiçoar como seres humanos e cidadãos

compromissados com a transformação da realidade.

A escola faz a articulação com a família através de bilhetes de

convocações para reuniões, ligações telefônicas para fatos corriqueiros ou que

requerem mais urgência no comparecimento dos pais . Temos caderno de

registro de cada turma onde são registrados os resultados dos Conselhos de

Classe , recados dos pais , saídas antecipadas dos alunos ou fatos que

extrapolam o pedagógico e entram no comportamental . Ainda temos os

informativos escolares do 6º ao 9º ano, no Ensino Médio e Profissional.

Esses instrumentos são divulgados aos familiares bimestralmente após

os Conselhos de Classe em reuniões previamente agendadas pela direção e

equipe pedagógica ou sempre que for necessário a presença dos pais na

escola.

Está disponibilizado aos pais os registros e arquivos escolares. A

escrituração e o arquivamento de documentos escolares têm como

finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identificação de

cada aluno, a regularidade de seus estudos e a autenticidade de sua vida

escolar. São escriturados em livros e fichas padronizadas, observando-se

os regulamentos e disposições legais aplicáveis, com termos de abertura e

encerramento.

9.7 Formação continuada dos profissionais da educação

Nossos professores funcionários têm participado da grande maioria dos

eventos propostos pela SEED e outras instituições, e isso tem facilitado no

aprofundamento das discussões sobre a organização dos trabalhos

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pedagógicos na escola, envolvendo todos os profissionais garantindo a

formação continuada.

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens.

Para que o Projeto de formação continuada e produção pedagógica

sejam compreendidas como auxiliar ao processo educativo, faz-se necessário

desenvolver uma conscientização do colegiado escolar sobre o a importância

dos estudos na nossa formação continuada, “nessa formação, a teoria com a

prática, a reflexão com a ação, na busca do conhecimento crítico da

educação..”(Marafon,p39).

Está claro que mudar é preciso, contudo quem espera ter clareza total e

segurança máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada

asfaltada. O caminho se faz caminhando e quem vai na frente se arranha e se

espeta. Ou se preferir ir pela água, estará nadando contra a

corrente...”(Cruz,2005,p.19). Cabe ao professor, funcionário e ao pedagogo

neste contexto estudar, planejar, executar e avaliar, a fim de construir os

resultados esperados no desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem,

com vistas à melhoria do ensinar e do aprender. É neste sentido que a

consciência da verdadeira função do professor, após os estudos esperamos

fortalecer; a ação pedagógica ; sempre com vistas a melhoria do processo

educativo.

Portanto, “estar interessado em que o educando aprenda e se

desenvolva, individual e coletivamente” (LUCKESI,2006,p.145) é princípio

político onde a prática docente critica exige comprometimento com o processo

educativo.

9.8 Acompanhamento e realização da hora-atividade

A Hora atividade constitui-se no tempo reservado aos professores em

exercício para estudos, avaliação, planejamento, participação em formações

continuadas, preferencialmente de forma coletiva, devendo ser cumprida na

instituição de ensino onde esteja suprido, em horário normal das aulas a ele

atribuído.

O acompanhamento é feito em conjunto com a Equipe Pedagógica, que

organiza o espaço-tempo escolar para a realização da hora atividade, com

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base nas metas propostas e necessidades pedagógicas, diagnosticadas no

plano de ação.

9.9 Organização do tempo e do espaço pedagógico

O tempo escolar como construção cultural, aliado aos tempos da vida,

que se revelam por meio das transformações corporais, dos desejos, dos

comportamentos, das atitudes, das emoções e dos sentimentos, propicia aos

estudantes desenvolvimento e aprendizagens significativas para toda a vida.

A escola tem buscado rever suas práticas e atividades reguladas por

meio de horários e calendários, no sentido de considerar as trajetórias

humanas dos estudantes, suas vivências e suas experiências, para articulação

dos seus tempos com os tempos da vida (SANTOS, 2005).

a organização do tempo escolar possibilita ao estudante o

estabelecimento de relações essenciais para o desenvolvimento das funções

psicológicas superiores, tais como atenção, percepção, memória, pensamento,

imaginação e capacidade de aprendizagem. Portanto, organizamos o tempo

pensando em desenvolver práticas educacionais dinâmicas e contextualizadas,

que propiciem ao estudante uma nova compreensão da realidade em que está

inserido, levando-o ao desenvolvimento de estratégias cognitivas e

metacognitivas, construindo assim sua autonomia.

Com o objetivo de integrar o aluno ao sistema escolar com

responsabilidade e liberdade num ambiente participativo, respeitando-se

mutuamente numa perspectiva cooperativista, a comunidade escolar tem

estabelecido em seu Regulamento Interno, normas, critérios e ações

educativas que determinam as particularidades no funcionamento da entidade.

No horário da entrada, uma pedagoga e a zeladora ficam no

portão para receber os alunos. Este é fechado 10 minutos após o sinal de

entrada, a partir deste horário os alunos devem justificar o atraso junto à

Equipe Pedagógica. No horário de saída dos alunos, uma zeladora permanece

no portão por 10 minutos, bem como acompanha a saída dos alunos que

realizam atividades de contraturno, ou seja, atendimento de 2h durante 2 dias

na semana, no período inverso. Nesse caso, os pais ou responsáveis são

informados sobre os dias e horários através de reuniões assinando também,

um termo de compromisso.

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O livro didático não consumível distribuído pela FNDE deverá

ser devolvido à escola no final do ano letivo em boas condições; os

funcionários da biblioteca são os responsáveis pelo controle dos mesmos,

sendo que os pais assinam um termo de responsabilidade no ato da entrega.

Os materiais distribuídos pela escola devem ser bem aproveitados pelos

alunos, evitando-se desperdícios.

As tarefas de casa ficam a critério de cada professor. O pai ou

responsável deve justificar ao professor, no caso do aluno deixar de fazê-las.

Os trabalhos de pesquisa são realizados na biblioteca da própria escola ou

outras fontes. A mesma atende aluno, professores da escola e a comunidade

em geral, e empréstimo de livros de literatura infantil e juvenil. Cada aluno

possui sua carteirinha com nome e número de inscrição. O empréstimo de

livros é feito em horário de aula, uma vez por semana pelos funcionários. Caso

o aluno esqueça o livro no seu dia de troca, deverá trazê-lo no dia seguinte.

O recreio caracteriza-se como uma atividade escolar destinada

à alimentação e socialização. Neste momento, o educando é orientado a

utilizar o refeitório, o pátio e o banheiro.O intervalo é período em que o

educando pode interagir com os alunos das outras turmas, estabelecendo

novas amizades, reforçando a importância das regras e dos limites para a

convivência em grupo. Assim, os educandos têm a possibilidade de reorganizar

as suas experiências, reconstruindo os conhecimentos como nos coloca

Vygotski (1984). Durante o intervalo, há a oportunidade de conviver e lidar com

as diferenças, promovendo o desenvolvimento integral do sujeito.

9.9.1 Índices de aproveitamento escolar / abandono /evasão

Ensino Fundamental Anos Finais

2011

Série:

6º ao

9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 73,30 17,01 2,6696 3,00 4,00 899

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2011

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42

Série:

1º a 3º

ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 63,11 20,74 15,99 0 0,14 694

Ensino Fundamental Anos Finais

2012

Série:

6º ao

9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 84,60 10,763 0,2725 1,50 2,86 734

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2012

Série:

1º a 3º

ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 75,24 23,981 0,1567 0,16 0,47 638

Ensino Fundamental Anos Finais

2013

Série:

6º ao

9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 75,24 15,113 0 4,50 5,14 622

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2013

Série: Aprovação Reprovação Abandono Admitido Expedido Total

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1º a 3º

ano

TOTAL 72,26 20,432 6,8106 0,50 0 602

Ensino Fundamental Anos Finais

2014

Série:

6º ao

9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 75,76 18,133 0 3,23 2,87 557

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2014

Série:

1º a 3º

ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 74,21 25,088 0 0 0,70 570

Ensino Fundamental Anos Finais

2015

Série:

6º ao

9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 78,85 9,6154 0,3846 4,81 6,35 520

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2015

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Série:

1º a 3º

ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 62,84 31,034 0,1916 2,11 3,83 522

9.9.2 Indicadores externos

PROVA BRASIL

2005

PROVA BRASIL

2007

PROVA BRASIL

2009

PROVA BRASIL 2011 PROVA BRASIL

2013

PROVA BRASIL

2015

Mat LP Média Mat L P Média Mat L P Média Mat LP Média Mat LP Média

Mat LP Média

282,03 253,02 5,58 286,11 263,54 5,83 280,37 281,27 6,03 296,86 281,92 6,31 248,46 239,12 5,70 252,83 251,50 6,07

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45

Reprova

ção

18 10,8 20,5 15,8 10,6

Observando-se os dados referentes ao IDEB de 2005 a 2015 podemos

identificar avanços significativos frente as metas estabelecidas pelo INEP. Por

exemplo, a meta projetada para o ano de 2007 era 3,1 e atingimos 4,0, ou seja,

30% acima do estabelecido. No biênio seguinte atingimos 4,2 logo houve um

crescimento real de 5% no índice, sendo que a meta projetada para o período

foi de 3,2. No entanto, em 2011 houve uma queda no índice que de 4,2 foi para

3,7. Apesar do IDEB ter decaído ainda ficamos acima da meta projetada que

para o período era de 3,5. Porém, para os anos de 2013 e 2015 a unidade

escolar conseguiu recuperar-se do período de 2011. Em 2013 o IDEB

registrado foi de 4,0 e o de 2015 foi de 4,5, logo conseguimos no ultimo índice

antecipar a meta referente ao ano de 2017. Como os dados do IDEB baseiam-

se na integração das informações de fluxo escolar (aprovação, reprovação e

evasão), dados do Censo Escolar da Educação Básica e os resultados da

Prova Brasil. Assim sendo, podemos concluir que em relação ao progresso dos

alunos nas disciplinas avaliadas (Língua Portuguesa e Matemática) é muito

tímido e varia muito a cada resultado que é divulgado pelo INEP. Em relação

ao percentual de reprovados que interferem no IDEB nota-se uma grande

oscilação que está acima da média nacional.

Nosso grande desafio para os próximos anos é melhorar a relação

entre o ensino e aprendizagem e diminuir os altos índices de reprovação em

todas as disciplinas e em todas os anos do ensino fundamental anos finais e

Ensino Médio. Acreditamos que a gestão democrática, o empenho e a

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qualificação do corpo docente a aproximação com a comunidade poderemos

vencer esses desafios. De acordo com o plano de ação da unidade escolar

acreditamos que a qualidade do ensino estão relacionadas ao:

Incentivo a projetos de leitura entre outros.

Aulas de reforço (contraturno).

Abertura da unidade escolar a comunidade em horário integral.

Biblioteca com vários títulos que podem ser emprestados aos alunos e

suas famílias.

Boas instalações físicas (estrutural, equipamentos e limpeza).

Pais envolvidos no processo de aprendizagem dos filhos (reuniões

bimestrais).

Organização, disciplina e cobrança de resultado.

Planejamento pedagógico seguido a risca (PPP, PPC e PTD).

Recursos da APMF para a compra de materiais que faltam.

Atividades extracurriculares que complementam assuntos vistos em

sala.

Atuação conjunta das instâncias colegiadas (Conselho escolar, APMF e

Grêmio estudantil)

Utilização da Tics (tecnologias de informação e comunicação: laboratório

de informática, tv multimídia, dvd player, cd player, projetor multimídia

...)

Aulas instigantes e “provocativas”.

Aulas que partam de temas contemporâneos expostas na mídia (jornais,

tv, revistas, rádios, internet, etc).

Assuntos que relacionam em primeiro lugar o cotidiano dos alunos e

posteriormente se inserem no conteúdo proposto.

Utilização de outros espaços educativos internos (laboratório de

informática, laboratório de química, biblioteca, pátio, quadra

poliesportiva) e externos (espaços culturais e científicos: museus,

cinema, teatro, universidades, observatório astronômico ....).

Cursos Técnicos Integrados

Desde o inicio da implantação dos cursos técnicos profissionalizantes

subseqüentes (como na modalidade integrados) os mesmos foram vistos pela

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comunidade interna e externa do Colégio Estadual albino Feijó Sanches

localizado na zona sul da cidade de Londrina como uma grande oportunidade

de qualificação profissional visando o mercado de trabalho e a renda das

famílias. No entanto, com o transcorrer do tempo e a formação das turmas a

demanda foi paulatinamente diminuindo, pois cada ano fica mais difícil formar

turmas. Assim sendo, o curso que inicialmente começou com grande fôlego

vem tendo algumas oscilações durante quase uma década de boa formação

gerando principalmente a desistência do curso. No entanto, a que se destacar

que a equipe gestora, a coordenação, a supervisão de estágio, a equipe

pedagógica e os professores vêm diagnosticando o problema desde seu início.

Assim sendo, observamos que o mesmo se vincula a seguinte dinâmica:

A falta de interesse no curso, oriunda de uma cultura de

resultados imediatistas, ou seja, muitos não querem estudar

quatro semestres para obter o certificado.

A desistência precoce do curso por parte dos alunos muitas vezes

devido a falta de base teórica oriunda da educação básica.

A necessidade de trabalhar, estudar e cuidar das suas famílias

(falta de planejamento familiar que gera jovens cada vez mais

cedo e portanto, mães muitas vezes solteiras e pais jovens que se

tornam arrimo de família).

A pouca absorção desse profissional do de trabalho através do

merco que diminui ainda mais o interesse pelos mesmos, haja

vista, que a região de Londrina é carente de indústrias.

A não implementação da legislação estadual de 2012 que prevê

em cada indústria um profissional em meio ambiente conforme

ocorre do profissional técnico em Segurança no Trabalho.

A disputa desleal no mercado de trabalho, pois os técnicos muitas

vezes têm que disputar a vaga no mercado de trabalho com

engenheiros ambientais especializados na área entre outros de

áreas afins.

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A concorrência com outros cursos técnicos profissionalizantes e

universitários.

Dificuldades cognitivas muitas vezes não diagnosticadas dentro

do sistema educacional.

Desestruturação familiar e envolvimentos com justiça, no caso de

muitos potenciais alunos estão presos.

A chamada geração “nem-nem” (nem trabalha e nem estuda), que

está estimada em 10 milhões de brasileiros entre 15 e 20 anos

(IBGE:PNAD, 2012), portanto, 1/5 dos jovens, formado em sua

maioria por mulheres (70%) com pelo menos um filho (58,4%) e

que nem sequer tem o ensino fundamental completo (32,4%). No

Paraná, essa realidade dos jovens que nem trabalhar e nem

estudam atinge 16% da população, a pior do sul do país e a

quarta melhor das unidades da federação. Em Londrina, cerca de

13000 jovens entre 16 e 24 anos nem trabalham e nem estudam

e poderiam ser potenciais alunos do curso técnico subseqüente

em meio ambiente.

Esse verdadeiro Raio X é uma síntese que explica os condicionantes

que influenciam a desistência prematura do curso e da falta de demanda

do mesmo. Com esse diagnóstico a equipe gestora, a coordenação do

curso técnico de meio ambiente, a equipe pedagógica, os professores,

demais profissionais da educação conjuntamente com a APMF vem

buscando soluções educacionais para os problemas elencados acima, a

saber:

Aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem através de

formulários onde pesquisamos a dinâmica do curso e ouvimos os

anseios dos alunos.

Avaliação de curso, de toda a equipe escolar e da infra-estrutura

da unidade de ensino (laboratórios de meio ambiente, informática

e biblioteca).

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Parcerias para estágios mais dinâmicos e vinculados a horários e

necessidades dos alunos.

Reuniões pedagógicas com o corpo docente.

Reuniões com a comunidade externa.

Parcerias com instituições públicas e privadas no campo do

estagio.

Parcerias com projetos educacionais.

Participação em eventos, seminários e cursos da SEED para a

discussão e aperfeiçoamento do currículo.

Contato permanente com a equipe de ensino do NRE de

Londrina.

Contato com a coordenação de outros cursos técnicos para a

troca de experiências.

O incentivo a participação dos alunos em atividades de externas

de relevância ao curso.

O incentivo a participação dos professores em cursos e demais

atividades de capacitação técnica.

Replanejamento constante do currículo visando fortalecer os

estudos por parte dos alunos.

Execução das ações com base nas temáticas e demandas

contemporâneas de cada curso.

O apoio pedagógico para que professor fortaleça no início do

curso as bases de cada disciplina oriundas do currículo das

etapas anteriores de estudo.

Aulas mais atrativas e dinâmicas que enfatizem a realidade do

aluno e do mercado de trabalho.

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A busca de oferecer por parte dos professores respostas para as

ansiedades e dúvidas de seus alunos.

Palestras e a participação dos alunos nas demais atividades do

colégio.

A divulgação mais ampla do curso técnico além da região sul da

cidade (redes sociais, cartazes, imprensa local, órgãos públicos,

comercio e indústrias).

Projetos e parcerias com órgãos públicos e privados para

fortalecer os laços e os interesses com o conhecimento científico

relativo ao meio ambiente.

Projetos internos sobre ciência e meio ambiente com os nossos

alunos do Ensino Fundamental e Médio, pois os mesmos são

potenciais alunos e divulgadores do curso em sua família.

Com base nesse relato e sabendo que tais problemas são tanto de

origem interna e externa, salientamos que não nos eximimos da nossa

responsabilidade. Mas, como exposto acima a unidade escolar a equipe

gestora e todos os profissionais do Colégio Estadual Albino Feijó Sanches tem

lutado contra as dificuldades e tem esperança que novas políticas públicas,

pedagógicas e profissionalizantes possam reformular o currículo, a carga

horária, promover cada vez a união entre a escola e a sociedade para sanar

tais problemas expostos acima que não são exclusividade dessa unidade

escolar.

Ansiamos também que o poder público em todos os âmbitos e a

sociedade civil organizada consiga meios de remediar os processos sociais

excludentes que geram e interferem na dinâmica do processo de educação e

trabalho das famílias brasileiras. Acima de tudo temos a consciência que as

mudanças educacionais e de formação e profissionalização é um processo

lento e é uma luta constante. E, sobretudo, deve ser solucionada e partilhada

com toda a sociedade respeitando as especificidades da escola que faz

prevalecer acima de tudo a gestão democrática.

9.9.3 Relação entre profissionais da educação e discentes

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Quanto se trata de ensino e aprendizagem, a interação professor-aluno é um

fator muito importante, pode influenciar o no sucesso ou o fracasso desse

processo. Nesse sentido, a relação entre professor e aluno depende,

essencialmente, da concepção de educação, de ensino e de homem que se

pretende formar, que o professor carrega consigo, pois implicará na sua

maneira de ensinar e avaliar seus alunos, bem como na capacidade de ouvir,

refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da relação entre os

conteúdos e a realidade deles.

O nível de interação estabelecida influenciará na seleção,na organização e

sistematização dos conteúdos, atribuindo sentido a eles, tornando o ensino

interessante.

O diálogo, o respeito à história de vida dos alunos, os ritmos

diferenciados e as características heterogêneas das salas de auladevem estar

implícitas na relação professor-aluno.

Muitos desafios estão presentes, para que o professor execute esse

papel, em razão de muitos alunos apresentarem descaso com a função da

escola e papel do professor, falta de interesse e perspectiva de futuro, bem

como falta do acompanhamento da família na sua trajetória acadêmica.

Diante disso, cabe a toda a comunidade escolar, um trabalho conjunto de

conscientização da importância da formação escolar para a vida e o futuro das

crianças e jovens.

No entanto, mesmo com tais desafios e dificuldades, ocorre uma relação

de qualidade entre professores e alunos que para muitos, corresponde ao

sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

9.9.4 Critério de organização das turmas

De acordo com a orientação SEED Utilizam-se os critérios de idade e

ogeoreferenciamento para matrícula.

10. Princípios didático-pedagógicos relacionados a concepção de:

10.1 – Educação

o processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e

aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e

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desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento

e transformá-lo, possibilitando, assim que o cidadão torne-se crítico e que

exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando

alternativas de superação da realidade.

Com objetivo de trabalhar o conhecimento sistematizado pelo aluno a

partir de sua realidade, propondo uma interação entre conteúdo e realidade

concreta, visando à transformação da sociedade, através da ação

compreensão ação do educando.

Na busca constante por melhorias na educação, Saviani compreende o

ser humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua própria

existência, essa produção se dá através do trabalho, sendo essa a principal

diferença entre o homem e os outros animais .Na sua concepção o

compreende também por práxis e cultural , já que possui habilidades capazes

de intervir na transformação , portanto no desequilíbrio da natureza.[...]” Assim

, o objetivo da educação diz respeito , de um lado a identificação dos

elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie

humana para que eles se tornem humanos e, por outro lado

concomitantemente , à descoberta das formas mais adequadas para atingir

esses objetivos “. (Saviani, 2007, p.17). Segundo o autor a educação é

concebida como “produção do saber”, pois o homem é capaz de elaborar

ideias possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos.

O ensino como parte da ação educativa é vista como processo, no qual

o professor é o “produtor” do saber e o aluno “consumidor” . O professor por

possuir competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização

do saber escolar , cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o

saber espontâneos ou popular e adquirir o conhecimento sistematizado.

Segundo Luckesi (1994), “O senso comum nasce exatamente desse

processo de “acostumar-se” a uma explicação ou compreensão da realidade ,

sem que ela seja questionada “. Desse modo é preciso ter cuidado ao criticar o

senso comum , no que se refere ao saber prévio do educando , sendo dever da

escola promover a sistematização do saber por meio do conhecimento

produzido coletivamente com o decorrer do tempo.

Neste contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o

aluno e a realidade, se preocupando com formação de habilidades e

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convicções, tornando os alunos críticos e portadores de opinião, ou seja,os

pontos de partida e chegada apontam sempre à mesma direção e o processo

educativo é sempre a prática social.

10.2 – Homem

Para o educador Paulo Freire, o homem só começa a ser um sujeito

social, quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o

contexto de realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente, é

nessa perspectiva que a escola se torna um dos espaços privilegiados para a

formação do homem.

A formação desse homem que se pretende, requer da escola estar

atenta quanto a instrumentalizar o estudante com ferramentas conceituais ,

lógicas , matemáticas , científicas , sociais , verbais e simbólicas ,

encaminhando este aluno para o senso crítico aguçado e a realidade da vida e

do meio em que vive .

Nesse sentido, os conteúdos a serem trabalhados desempenham um

enorme papel ao possibilitar aos alunos a significação e o desvendar do mundo

que os rodeia. Desvendar, atualmente não se limita apenas ao acúmulo de

informações científicas sobre a realidade, mas um apropriar-se da cultura

elaborada para que possamos participar ativamente e com embasamento das

conquistas, políticas, sociais, culturais , tecnológicas e científicas.

Trabalhamos com a intenção de propiciar um ensino crítico, tendo em

mente formar um coletivo instruído de leitores reflexivos, objetivando unir as

pessoas numa sociedade com equidade e justiça. Sem dúvida, é a partir do

momento que o homem reflete criticamente sobre sua realidade e confronta-se

com ela, que ele constrói a si mesmo e chega a ser dono de sua própria

aprendizagem.

10.3 Mundo

A concepção de mundo, ou visão de mundo é construída a partir de

conhecimentos e posicionamentos valorativos acerca da vida, da sociedade, da

natureza, das pessoas das relações entre esses aspectos. Ela possui

características singulares que correspondem às particularidades da vida de

cada indivíduo, sem nunca deixar de ser constituída coletivamente tanto em

seus conteúdos como em suas formas. O coletivo que assegura a existência de

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uma concepção de mundo pode variar em sua amplitude, chegando, no limite à

universalidade do gênero humano.

É tarefa da escola a socialização das formas mais desenvolvidas de

conhecimento, dessa forma, deve lançar a base para a compreensão de que a

concepção de mundo determina o grupo a que se pertence. O grupo é a

reunião de “... todos os elementos sociais que partilham de um mesmo modo

de pensar e agir, segundo Gramsci (1984, p 12)”.

A concepção de mundo pela escola " é o desenvolvimento da consciência

de que somos produtos do processo histórico até hoje desenvolvido, fazendo o

inventário da infinidade de traços recebidos ". Gramsci (1984, p 12). A escola

precisa buscar consciência de nossa historicidade, da fase em que se encontra

desenvolvimento e a consciência de que está em contradição com outras

concepções de mundo.

A necessidade humana de vivenciar, valores que assegurem o

crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear a concepção de

mundo proposta por esta instituição.

De acordo com Paulo Freire ( 1987, p. 87 ) “Nosso papel não é falar ao povo

sobre a nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele

sobre a sua e a nossa”. É primordial que a escola analise e reflita sobre as

diversidades e a integração das mesmas. Entendemos, nessa perspectiva, que

a escola precisa ser espaço estratégico, onde se possa desenvolver o

compromisso com a construção da cidadania.

Referências:

GRAMSCI, A. Concepção Dialética da História. 3. ed. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1978.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

10.4 Sociedade

Diante de tal concepção de homem, espera-se que atue sobre a realidade e

suas transformações. Vivemos numa sociedade capitalista, competitiva e

tecnológica,baseada nas ações e resultados, por isso se faz necessário

construir um currículo democrático, fruto das relações de diversas culturas

onde cada cidadão constrói sua historia e faz parte dela.

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Para Saviani (2005) a educação é determinada pela sociedade, mas

essa determinação é relativa e tem uma ação recíproca, o que significa que a

educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para sua

própria transformação.

Faz-se necessário viver, na prática, o reconhecimento de que nenhum

de nós está só no mundo, mas no mundo dos outros,onde temos deveres e

direitos; a liberdade e o direito de se associar; onde todos tenham a liberdade

de pensamento, de expressão e consciência; tenham acesso ao conhecimento

científico e recursos tecnológicos com equidade.

Neste contexto,nossa sociedade requer que a escola,em suas metas e

objetivos em torno do que ensinar e o porquê vai ensinar, assegure o

compromisso político e responsabilidade com os educandos,aproveitando o

seu potencial, possibilitando o exercício da educação humanizadora,

libertadora, problematizadora e reflexiva.Certamente, esse conjunto de ações

aparece como uma prática de contra-hegemonia dentro da sociedade na qual

estamos inseridos.

10.5 Formação Humana Integral

10.6 Cultura

Tudo que é adquirido historicamente, ou que cresce e se transforma dentro de

uma sociedade, que se manifesta através de hábitos, valores, pensamentos e

formas de organizar e desenvolver os espaços sociais pode ser denominado

cultura.

A escola, além de transmitir conhecimentos sistematizados, precisa ser

autora de uma identidade para manifestar suas concepções, seus hábitos,

valores e interagir com novas manifestações que os alunos trazem de sua

história de vida.

Dessa forma, acultura escolar está fortemente ligada a abordagem

teórica e metodológica adotada pela instituição, que determina como a escola

vê o educando no processo educativo e sua projeção para a vida social e

intelectual. A legislação educacional,a elaboração desse Projeto Político

Pedagógico, o público que se deseja alcançar e as metas pedagógicas e

administrativas, todos esses fatores dependem das estratégias abordadas na

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formação da cultura a qual a instituição deseja formar, que se traduz em

apropriação do conhecimento e transformação, instrumentalizando o aluno

para que se torne crítico e exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões

sociais e buscando alternativas de superação da realidade.

10.7 –Trabalho/ Tecnologia

No processo educativo deve ser levado em conta as expectativas de

futuro e preparação profissional. O trabalho sempre fez parte da vida dos seres

humanos. foi através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e

alcançar o nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais,

satisfação pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso ele é e sempre foi

muito valorizado em todas as sociedades.

As mudanças ocorridas no mundo do trabalho, com a progressiva perda de

hegemonia do taylorismos/fordismo e de suas formas de fragmentação a partir

da mediação da microeletrônica, tornam insuficiente este tipo de competência

para os trabalhos que não se precarizaram e que se constituem no núcleo

estável do trabalhador coletivo, ainda com direitos e condições razoáveis de

vida e de trabalho, apesar da tendência à intensificação; para poucos, portanto,

já aqui se configurando uma das dimensões ideológicas da proposta da

"pedagogia das competências", apresentada como universal.

A análise do mundo trabalho e de sua realidade evidencia o distanciamento

desta proposta das alternativas reais de trabalho da maioria, submetida à

informalidade e à precarização, que não se inclui sequer nas formas

tayloristas/fordistas que permanecem, as quais ainda supõem direitos e alguma

racionalidade.

No contexto das atuais propostas de organização e gestão do trabalho, deve

se destacar a influência exercida pelas novas tecnologias e a internet, que

imprimem diferentes formas de comunicação e execução em diversos

segmentos profissionais.O conceito de competência passa a supor domínio do

conhecimento científico-tecnológico e sócio-histórico em face da

complexificação dos processos de trabalho, com impactos nas formas de vida

social.

As competências necessárias para cumprir as exigências das novas demandas

do mercado de trabalho só podem ser desenvolvidas através de relações

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sistematizada com o conhecimento em processos especificamente

pedagógicos disponibilizados por escolas ou por cursos de educação

profissional.

Há, pois, uma nova dimensão que confere um novo significado ao conceito de

competência a partir das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, ao se

pretender a inclusão: o domínio do conhecimento articulado ao

desenvolvimento das capacidades cognitivas complexas. Estamos diante de

um universo que se descortina com rapidez vertiginosa. Mudam-se as

tecnologias, muda-se o mundo em que devemos estudar, mudam-se as formas

de ensinar.

Diante desse cenário, é imprescindível uma educação que proporcione os

recursos necessários ao acesso e à inserção dos educandos nesta sociedade

“digital”, atuando como membros ativos, criativos, críticos e transformadores da

realidade, de acordo com seu nível educacional.

Os projetos de Informática Educativa, de atuação interdisciplinar,

desenvolvidos em salas de aula contemplam a transposição didática,

compreendendo as diferentes áreas de conhecimento, relevantes para a

aprendizagem do aluno e pretendem assegurar formas diversificadas e

metodologias diferenciadas para a aprendizagem, por meio do uso do

computador, do acesso à internet a utilização planejada de dispositivos móveis.

10.8 Escola

A escola desde a sua origem até os dias de hoje influencia e interfere na

formação dos indivíduos que nela permanecem ou que por ela passam. No

mundo contemporâneo, é indispensável e quase obrigatória alguma

escolarização para a inserção no mundo do trabalho.

Segundo as concepções weberianas, a educação escolar serve para

que alguns indivíduos sejam reconhecidos socialmente através de honras

sociais positivas ou negativas: “as possibilidades de alcançar honras sociais

são determinadas primordialmente pelas diferenças nos estilos de vida desses

grupos e, portanto, principalmente pelas diferenças na educação”

(Weber,2002,p.210).

Para Weber, a educação escolarizada é também um meio pelo qual o

individuo pode ascender socialmente, uma vez que a educação poderia ser

considerada uma forma de “poder” onde aqueles que a possuem são

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prestigiados e desfrutam de um tratamento diferenciado. A educação, nesta

concepção, passa a ser um bem e/ou diferencial importante, uma vez que não

são distribuídos igualitariamente a todos os indivíduos da sociedade.

Já para Pierre Bourdieu, a escola serve de reprodução das

desigualdades existentes na sociedade, na qual se mantêm e legitimam os

privilégios sociais, mesmo alargando o acesso das classes sociais menos

favorecidas à escola, certa estruturas adotadas pela instituição escolar

reforçariam esta desigualdade uma vez que, “tratando, formalmente, de modo

igual, em direitos e deveres, quem é diferente, a escola privilegiaria,

dissimuladamente quem por sua bagagem familiar, já é privilegiado”

(NOGUEIRA, 2004, p. 86).

Tanto o pensamento weberiano como o bourdieusiano delineiam a

escola ou a educação escolarizada como um diferencial para os indivíduos que

podem desfrutar dela. Percebe-se também uma aproximação nestas

interpretações ao defenderem a ideia de que é desigual o acesso à escola e

que a escola, por sua vez, reproduz e legitima as estruturas de poder

existentes na sociedade.

A escola precisa criar condições concretas para enfrentar o grande

desafio de oferecer educação em cooperação com as famílias, comunidade e

as diversidades.

10.9 – Currículo

O desenvolvimento humano é um salto qualitativo em nossa existência, é

um processo de acumulação histórica da humanidade (em seus vários

meandros: cultura, produção, valores, etc.) em que a partir de nossas

necessidades enquanto existência aprimoramos algo racionalmente e

atingimos determinados objetivos. Superação daquilo que somos e produzimos

pode -se considerar formação humana.

Segundo Lopes “a compreensão de homens como sujeitos sociais e históricos nos distancia de qualquer imposição de trajetórias e percursos em um mundo dado e estabelecido. A rede esta em construção, e inserida está a trama curricular” Mas o que seria currículo para formação humana?

Primeiramente, é importante ressaltar que o currículo é constituído de

atividades centralmente voltadas à formação humana é aquilo que não se pode

fracionar por etapas; é a condição para o aprimoramento da racionalidade,

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memória, cultura, reflexão, opinião, bom senso, autonomia, ou seja, propiciar

condições para que o individuo exercite sua humanidade, exercite sua

personalidade e não apenas estarem inseridos numa sociedade onde

permanecem atomizados; currículo para formação humana é currículo para

formação de um ser humano pleno; e também é aquilo que estabelece em sua

trajetória (ações, atitudes) para que eu possa enfrentar a minha vivência. Ter

capacidade de discernir, avaliar e realmente objetivar o que é realmente para a

vida (projeto teleológico).

Por isso quando pensamos sobre nossa prática, questionamos sobre o

objeto e objetivo de cada área especifica do saber e qual a contribuição da

mesma para formação humana, estamos questionando sobre diferentes áreas

do conhecimento, em seus diferentes segmentos de atuação, enquanto

processo permanente de reflexão e orientação de uma práxis educativa onde

esteja alicerçado em diretrizes e metas que se convertam em condições

teóricas e práticas que lhe propiciem mais concreticidade.

Neste sentido temos a perspectiva de compreender que somos sujeitos

sociais e históricos, e que todos nos podemos modificar e construir a

sociedade da qual estamos inseridos. Entretanto a diversidade cultural e social

nos remete a políticas curriculares de educação de permanente reflexões de

ações para educação inclusiva, redefinindo a prática superando posturas

excludentes afetivas e sociais.

Visamos o currículo aberto e flexível com propostas diversificadas em

vez de uma concepção uniforme e homogenizadora. Vale ressaltar que

flexibilizar não significa excluir conteúdos clássicos imprescindíveis a todos os

alunos.

Cabe aos professores como intelectuais orgânicos desempenhar o papel

de mediador, proporcionando ao aluno a compreensão de que tudo e

transformado, trata-se de facilitar , favorecer, buscar estratégias na construção

do conhecimento.

10.10 – Cuidar e educar

De acordo com a educação na modernidade EDUCAR/CUIDAR perpassa por

toda a Educação Básica. É uma corresponsabilidade do sistema educacional,

demais órgãos públicos, profissionais da educação, família e comunidade. A

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Resolução nº4/10 estabelece no Ensino Fundamental, acolher significa

também cuidar e educar como forma de garantir a aprendizagem dos

conteúdos para que o estudante desenvolva interesses e sensibilidades que

lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua

cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilitem ainda sentir-se como

produtor valorizado desses bens.

Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e

internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação

incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar.

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades de relações interpessoais, de ser e estar

com os outros em uma atitude de aceitação, respeito e confiança, e o acesso,

dos alunos, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das

capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais,

afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a

formação de alunos felizes e saudáveis.

A base do cuidado humano é compreender como ajudar o

outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a

desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si

próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos

específicos. O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados

relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos

biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a

saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das

oportunidades de acesso a conhecimentos variados.

As atitudes e procedimentos de cuidado são influenciados por

crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento

humano. Embora as necessidades humanas básicas sejam comuns, como

alimentar-se, proteger-se etc. as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-

las são construídas socialmente. As necessidades básicas podem ser

modificadas e acrescidas de outras de acordo com o contexto sociocultural.

Pode-se dizer que além daquelas que preservam a vida orgânica, as

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necessidades afetivas são também bases para o desenvolvimento humano.

Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso

que o professor possa ajudar o aluno a identificar suas necessidades e

priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Assim, cuidar do

aluno é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo

crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade,

identificando e respondendo às suas necessidades.

10.11 Conhecimento

Na Pedagogia Histórico-Crítica, o conhecimento é construído na interação

sujeito-objeto a partir de ações socialmente mediadas. Suas bases são

constituídas sobre o trabalho e o uso de instrumentos, na sociedade e na

interação dialética entre o homem e a natureza.

Na construção do conhecimento também se considera a interação social,

o tempo histórico e a cultura. A aquisição do conhecimento não acontece de

maneira isolada e individual, mas é fruto das relações humanas que se

concretizam num contexto sociocultural, que se modifica no tempo. O ser

humano tem a tarefa de apreender e modificar o conhecimento, na interação

com seu meio.

Assim, o conhecimento é um conceito dinâmico, que reconhece a herança

cultural da humanidade, em toda a sua diversidade, acolhe os avanços das

diversas ciências e está aberto a toda manifestação que preserva e melhora a

vida das pessoas.

10.12 Ensino-aprendizagem

A aprendizagem é um processo através do qual o educando se apropria

ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo

social conhece. Assim, para que o educando aprenda, ele precisa interagir com

outros seres humanos, com os adultos e com outras crianças. Desta forma, o

papel do educador é fundamental, ele deve estruturar condições para

ocorrência de interações professor-educandos-objeto de estudo, que levem à

apropriação do conhecimento.

O professor tem o papel de assumir a mediação entre sujeito e objeto da

aprendizagem, a fim de colocar o aluno no centro da ação educativa. O

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professor proporciona desafios e tarefas através de questionamentos,

problematizações, investigações, levantamento de hipóteses, sistematizações

e conclusões, instrumentalizando o aluno a mobilizar diversos recursos

cognitivos. Suas intervenções sevem ser intencionalmente planejadas,

contemplando a adoção de estratégias apropriadas, a observação individual, a

discussão em grupos, a comparação e a reflexão crítico - analítica.

Nessa relação, o aluno, por sua vez, realiza exercício do esforço

intelectual, a exposição de suas dúvidas e de seu raciocínio, assim como a

tomada de consciência de suas formas de aprender, a partir das diversas

proposições feitas pelo professor. Desta forma, a aprendizagem por parte do é

um processo reflexivo, de construção de sentidos e significados na sua relação

com os objetos do conhecimento.

O processo de ensino e aprendizagem, deste modo, tem como fim o

desenvolvimento das competências necessárias para a inserção construtiva do

aluno em seu contexto de vida.

10.13- Avaliação

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino, pelo

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-

lhes valor.

Deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões

quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Devem

proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a

reformulação do currículo como adequação dos conteúdos e métodos de

ensino. Deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do

estabelecimento e do sistema de ensino como um todo. A avaliação do

aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em

diferentes situações de aprendizagem.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados. É vedada a

avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de

aferição.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação

com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a

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comparação dos alunos entre si. Na avaliação do aproveitamento escolar,

deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem considerados a

interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á

relevância à atividade critica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal,

sobre a memorização.

O papel da avaliação no contexto da prática educativa é estar a serviço

da Proposta Pedagógica.

Avalia-se:

Para melhor intervir, modificar e melhorar o processo de ensino-

aprendizagem;

Para tomar decisões educativas mais coerentes

Para acompanhar apropriadamente a evolução e o progresso do

educando;

Ou seja, para recolher informações que ajudem a melhorar a prática

educativa.

Avaliação não é um elemento isolado no processo de ensino-

aprendizagem, está diretamente relacionada ao currículo, ao Projeto Político

Pedagógico, aos objetivos do ensino, às concepções de homem, sociedade,

currículo e processo de ensino e aprendizagem.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser

continua, permanente e formativa. Deverá obedecer à ordenação e a

sequência do ensino aprendizagem, bem como à orientação do currículo. Na

avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período

letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los,

expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor

forma.

10.14 Formação Continuada

Nossos professores e funcionários têm participado da grande maioria

dos eventos propostos pela SEED e outras instituições, e isso tem facilitado no

aprofundamento das discussões sobre a organização dos trabalhos

pedagógicos na escola, envolvendo todos os profissionais garantindo a

formação continuada.

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O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens.

Para que o Projeto de formação continuada e produção pedagógica

sejam compreendidas como auxiliar ao processo educativo, faz-se necessário

desenvolver uma conscientização do colegiado escolar sobre o a importância

dos estudos na nossa formação continuada, “nessa formação, a teoria com a

prática, a reflexão com a ação, na busca do conhecimento crítico da

educação..”(Marafon,p39).

Está claro que mudar é preciso,contudo quem espera ter clareza total e

segurança máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada

asfaltada. O caminho se faz caminhando e quem vai na frente se arranha e se

espeta. Ou se preferir ir pela água, estará nadando contra a

corrente...”(Cruz,2005,p.19). Cabe ao professor, funcionário e ao pedagogo

neste contexto estudar, planejar, executar e avaliar, a fim de construir os

resultados esperados no desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem,

com vistas à melhoria do ensinar e do aprender. É neste sentido que a

consciência da verdadeira função do professor, após os estudos esperamos

fortalecer; a ação pedagógica ; sempre com vistas a melhoria do processo

educativo.

Portanto, “estar interessado em que o educando aprenda e se

desenvolva, individual e coletivamente”(LUCKESI,2006,p.145) é princípio

político onde a prática docente critica exige comprometimento com o processo

educativo.

10.15 Educação Inclusiva

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) uniu os povos do

mundo todo, no reconhecimento de que “todos os seres humanos nascem

livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,

devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.(Art. 1º).

A concepção contemporânea de Direitos Humanos, introduzida pela

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), se fundamenta no

reconhecimento da dignidade de todos as pessoas, e no da universalidade e

indivisibilidade desses direitos; universalidade, porque a condição de pessoa é

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requisito único para a titularidade de direitos e indivisibilidade, porque os

direitos civis e políticos são conjugados aos direitos e econômicos, sociais e

culturais.

A Declaração conjuga o valor da liberdade ao valor da igualdade, já que

assume que não há liberdade sem igualdade, nem tampouco igualdade sem

liberdade.

Nesse contexto, o valor da diversidade se impõe como condição para o

alcance da universalidade e a indivisibilidade dos Direitos Humanos.

Num primeiro momento, a atenção aos Direitos Humanos foi marcado

pela tônica da proteção geral e abstrata, com base na igualdade formal; mais

recentemente, passou-se a explicar a pessoa como sujeito de direito,

respeitado em suas peculiaridades e particularidades.

O respeito à diversidade, efetiva no respeito às diferenças, impulsiona

ações de cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos,

simplesmente por serem seres humanos. Suas especificidades não devem ser

elemento para a construção de desigualdades, discriminações ou exclusões,

mas sim, deve ser norteadores de políticas afirmativas de respeito à

diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos.

10.16 Diversidade

A educação, deve ser trabalhada como meio de reconhecimento e

afirmação dos direitos humanos e da diversidade existente entre as pessoas. É

a partir da educação que é possível incluir essa imensa parcela da população

brasileira no desenvolvimento, garantindo-lhe o pleno exercício da cidadania.

Entretanto, para que se possa dar efetividade a essa proposta de Educação

Inclusiva, faz-se necessário garantir o acesso a uma educação de qualidade,

pluralista e emancipatória a todas as pessoas.

A Educação Inclusiva ultrapassa a valoração do diálogo com o “outro”,

alcançando, necessariamente, o respeito à pessoa, independentemente de sua

origem, orientação sexual, religião, etnia, situação econômico-cultural

estimulando a convivência harmônica entre os diferentes, objetivando que essa

diferença não seja usada como forma de autorizar desigualdades,

inferiorização, silenciamentos, constrangimentos, insultos e agressões. Afinal,

tem-se que compreender que a diversidade é eminentemente pedagógica.

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O papel socializador da escola é educar para a diversidade e para a

cidadania. O ser cidadão está diretamente relacionado com apreensão do

significado sobre o conceito de democracia, de liberdade e de igualdade. Esses

princípios estão contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nesse sentido, o Parecer 04/09 do Ministério Público/Paraná; Parecer

CP/CEE 01/09 e Instrução Conjunta de 02/2010 SEED/SUED/DAE sobre a

Inclusão do nome social do aluno e ou da aluna travesti ou transsexual, maior

de 18 anos , requer por escrito a inserção do nome social nos documentos

escolares (espelho do livro registro de classe, edital de nota e boletim escolar).

Para trabalhar as diversas questões que permeiam o respeito a

diversidade, além do trabalho da Equipe Multidisciplinar, o Colégio tem

proposto ações interdisciplinares como: semana cultural com o tema

Diversidade, em que os alunos são incentivados a expressarem-se através de

teatro, dança, desenho, pintura, escultura, exposições de fotografia, oficinas,

sessão de cinema, entre outras; Palestras sobre Sexualidade, Adolescência,

Homoafetividade, Uso de Redes Sociais e suas implicações legais, como

exposição e compartilhamento de imagens na web, realizada por profissional

do Ministério Público, além dos diálogos, debates e pesquisas, propostos pelos

professores nos contextos de conflito, curiosidade ou necessidade de maior

conhecimento que ocorrem na sala de aula cotidianamente.

11.0 Desafios Contemporâneos

11.1 Cultura Afro-brasileira e indígena

O Movimento Social Negro, que já tem lutado nas sombras pelo

reconhecimento do valor do povo negro e pela adoção de políticas de combate

ao racismo, encontra nesses imperativos legais, forças e alento para

impulsionar a luta.

Esta luta é intensificada em dois grandes momentos da história do

século XX:

Marcha Zumbi dos Palmares, contra o Racismo, pela Cidadania e pela Vida

(1995) e a III Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial,

Xenofobia e Intolerância Correlata (2001).O primeiro refere-se a uma marcha

organizada por centenas de entidades do movimento negro brasileiro em

homenagem aos 300 anos de morte do líder Zumbi dos Palmares, foi entregue

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ao então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, um documento

contendo reivindicações e dados estatísticos sobre a desigualdade entre

negros e brancos no Brasil. O momento passou a representar um marco

histórico na luta contra o racismo, pois foi a primeira vez em que um presidente

da República reconheceu o Brasil como um país racista.

O segundo momento, III Conferência Mundial contra Racismo,

Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban,

África do Sul, consolidou as discussões iniciadas pelo Grupo de Trabalho

Interministerial. O Brasil, sendo um dos últimos países a abolir a escravidão de

africanos e perpetuar às novas gerações práticas racistas e discriminatórias por

meio do racismo institucional, firmou-se como um dos principais signatários do

acordo que primava, entre outras ações, pela correção de distorções históricas

que relegaram a população negra a espaços inferiorizados de poder e de

reconhecimento da dignidade humana.

Ambos os momentos tiveram como engrenagem essencial para as

mudanças significativas a luta e o empenho do movimento negro que de

diversas formas,desde a chamada “imprensa negra” (SANTOS, 2006, p. 159)

da década de 1920 até as lutas recentes de movimentos quilombolas, vêm

construindo novas possibilidades de se pensar uma sociedade livre do racismo

e de formas correlatas de discriminação.

No campo educacional

A educação básica ainda é profundamente marcada pela desigualdade

no quesito da qualidade e é possível constatar que o direito de aprender ainda

não está garantido para todas as nossas crianças, adolescentes, jovens e

mesmo para os adultos que retornaram aos bancos escolares. Uma das mais

importantes marcas dessa desigualdade está expressa no aspecto racial.

Estudos realizados no campo das relações raciais e educação explicitam em

suas séries históricas que a população afro-descendente está entre aquelas

que mais enfrentam cotidianamente as diferentes facetas do preconceito, do

racismo e da discriminação que marcam, nem sempre silenciosamente, a

sociedade brasileira.

Sabe-se hoje que há correlação entre pertencimento étnicorracial e

sucesso escolar, indicando portanto que é necessária firme determinação para

que a diversidade cultural brasileira passe a integrar o ideário educacional não

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como um problema, mas como um rico acervo de valores, posturas e práticas

que devem conduzir ao melhor acolhimento e maior valorização dessa

diversidade no ambiente escolar.

Nesse sentido, é na escola onde as diferentes presenças se encontram

e é nas discussões sobre currículo que estão os debates sobre os

conhecimentos,os procedimentos pedagógicos, as relações sociais,os valores

e as identidades dos estudantes.

Estados e municípios brasileiros foram dando passos no sentido de

garantir uma educação que se pautasse pelo respeito à diversidade étnica dos

alunos, em especial à história e cultura negra no Brasil. Entretanto, faltava

uma legislação de caráter nacional. É para dar conta desse vazio que vem a

Lei 10639 , repondo , refazendo e cobrindo uma lacuna na formação escolar de

nossos jovens, possibilitando que alunos afro-descendentes resgatem na

escola sua identidade étnica.

O advento da Lei nº 10.639/03, que alterou os artigos 26A e 79B da LDB

Lei nº 9394/96 e determinando a obrigatoriedade de estudos relacionados à

História e Cultura Afro-Brasileira nos diferentes níveis de ensino da educação

básica, estabelecendo como conteúdo programático das disciplinas do

currículo “o estudo da História da África e dos Africanos, luta dos negros no

Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade nacional, resgatando a

contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes a

história do Brasil” e a inclusão da data 20 de novembro como Dia da

Consciência Negra no Calendário Escolar (BRASIL, 2003) foi um grande

passo em seguida a aprovação pelo Conselho Nacional de Educação das

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais

e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Parecer

CNE/CP 01/2004 e resolução 03/2004 estabelecendo passos, ritmos,

princípios e programas , em seguida o estado do Paraná com a Deliberação

Estadual 04/2006 (Normas Complementares às Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana) que prevê normas

complementares para citadas Diretrizes .

Com o objetivo de ampliar a implementação de tal legislação nas

escolas da Rede Pública Estadual, a Secretaria de Estado de Educação, por

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meio da Superintendência da Educação-SUED, expediu a Instrução no

017/2006 SUED/SEED. Entre seus objetivos, encontra-se o de apoiar a

efetivação da Deliberação 04/2006-CEE.

No âmbito Nacional posteriormente a edição da lei 11645/2008 veio

corroborar este entendimento, reconhecendo que indígenas e negros convivem

com problemas de mesma natureza, embora em diferentes proporções.

A Lei e as Diretrizes precisam acompanhar as ações necessárias para

promoção da igualdade etnicorracial no país, no espaço escolar, consistindo-se

em um passo importante, em face da necessidade que temos de mudar o

imaginário sobre a África, o que incide em mudanças no imaginário social

sobre a população negra no Brasil então é criado o Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Nacionais para Educação das Relações

Etnicorracais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana

(2009) tem com objetivo central colaborar para que todo o sistema de ensino e

as instituições educacionais cumpram as determinações legais com vistas a

enfrentar todas as formas de preconceito, racismo e discriminação para

garantir o direito de aprender e a equidade educacional a fim de promover uma

sociedade mais justa e solidária.

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena tem

por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, assim como de

atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida de

fraternidade e partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas por séculos

de preconceitos, estereótipos e discriminações que fecundaram o terreno para

a dominação de um grupo racial obre outro, de um povo sobre outro,

desenvolver o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura

dos afros- brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de

valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,

européias e asiáticas.

Visamos que os desafios da escola é em cumprir seu papel social que

é desenvolver capacidades humanas relacionadas com a compreensão crítica

e a ação crítica,promover acesso ao conhecimento de forma totalitária e

dialética que possibilite a apreensão do real promovendo a formação e

emancipação humana, só serão superados se a escola for um ambiente

acolhedor,que reconheça e valorize as diferenças e não as transforme em

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fatores de desigualdades,garantindo para o educando o direito de aprender

implica fazer da escola um lugar que todos e todas sintam-se valorizados e

reconhecidos como sujeitos de direito em sua singularidade e identidade este

projeto PPP vista a implementação dessa nova postura educacional.

11.2 Educação Ambiental

A definição da educação ambiental é dada no artigo 1º da Lei nº 9.795/99 como

“os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas

para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial

à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Tal definição coloca o ser

humano como responsável individual e coletivamente pela sustentabilidade, ou

seja, se fala da ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera

pública.

A Educação Ambiental tem assumido nos últimos anos o grande desafio de

garantir a construção de uma sociedade sustentável, em que se promovam, na

relação com o planeta e seus recursos, valores éticos como cooperação,

solidariedade, generosidade, tolerância, dignidade e respeito à diversidade

(CARVALHO, 2006).

Dessa forma, a educação ambiental deve ser trabalhada na escola visando a

formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e aptos a

tomar decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o

desenvolvimento de uma sociedade sustentável.

A importância de um currículo integrado à temática ambientalé que valoriza

o conhecimento contextual, no qual as várias disciplinas atuam como recursos

à serviço de um objeto central, conseguindo trazer para a realidade escolar o

estudo de questões ambientais cotidianamente.

Referências:

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei n. 9.795/1999. Dispõe sobre a

educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e

dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 19.12/2016

CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico.

2.ed. São Paulo: Cortez, 2006.

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11.3 - Gênero e Diversidade

É muito recente a inclusão das questões de gênero, identidade de gênero

e orientação sexual na educação brasileira a partir de uma perspectiva de

valorização da igualdade de gênero e de promoção de uma cultura de respeito

e reconhecimento da diversidade sexual.

Diante do anseio de construirmos uma sociedade e uma escola mais justas,

solidárias, livres de preconceito e discriminação, é necessário identificar e

enfrentar as dificuldades que temos tido para promover os direitos humanos

A escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se

promover a cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos

comportamentos relativos a diferenças. Daí, a importância de se discutir a

educação escolar a partir de uma perspectiva crítica e problematizadora,

questionar relações de poder, hierarquias sociais opressivas e processos de

subalternização ou de exclusão, que as concepções curriculares e as rotinas

escolares tendem a preservar (SILVA, 1996, 2000 e 2001).

O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2006), assinado

pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos,

parte da concepção de que a educação em direitos humanos se faz

paralelamente à educação para a valorização da diversidade. Elaborado pelo

Comitê Nacional de Educação e Direitos Humanos por meio de diversas

estratégias, entre elas consulta à sociedade civil, o Plano define como uma de

suas ações programáticas para a Educação Básica: [...] fomentar a inclusão, no

currículo escolar, das temáticas relativas a gênero, identidade de gênero, raça

e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiências, entre outros,

bem como todas as formas de discriminação e violações de direitos,

assegurando a formação continuada dos(as) trabalhadores(as) da educação

para lidar criticamente com esses temas (BRASIL/CNDH/MEC, 2006:24).

Dessa forma, o Colégio tem realizado projetos e diversas ações

pedagógicas, como debates, seminários, palestras teatros, entre outros,

voltadas ao respeito à diversidade e as questões de gênero no cotidiano

escolar.

Referências:

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72

BRASIL. Cadernos SECAD 4- Gênero e Diversidade Sexual na escola:

reconhecer diferenças e superar preconceitos. Brasilia 2007, Ministério da

Educação

11.4 Prevenção ao uso indevido de drogas

O trabalho de prevenção ao uso de drogas é considerado um desafio

contemporâneo porque existe uma precocidade no contato com as drogas.

Para que a escola possa contribuir de maneira mais eficiente quanto à

prevenção, deve ocorrer um trabalho articulado desde a educação infantil,

para que ocorra posteriormente maior conhecimento, discussão e

problematização dentro das disciplinas do ensino fundamental.

Diversos aspectos podem induzir uma criança/adolescente a usar drogas,

como: a facilidade ao acesso, o estilo de vida, a cultura do remédio e também;

a “emoção de correr risco”.

Diante dessa realidade, muitas vezes é necessários realizar encaminhamentos,

em casos de flagrante de uso de drogas e/ou entorpecentes dentro da escola,

realizando a abordagem, a notificação e encaminhamento ao Conselho Tutelar

ou à Polícia, bem como acionar a Rede Social de Proteção e de Prevenção ao

Uso de Drogas, conduzindo o aluno usuário às instituições competentes para o

acompanhamento e/ou tratamento.

As citadas ações devem fazer parte do cotidiano do Colégio, pois podem

dar ao aluno esclarecimentos para evitar o contato com as drogas, e se já

estiver em contato, propor outra perspectiva de vida e de futuro, visto que tais

substâncias podem potencializar a personalidade da pessoa e se ela tem

tendência à violência, então o ato de violência pode acontecer.

Para que esse trabalho tenha sucesso, aparticipação da família e seu

envolvimento na vida escolar dos filhos faz diferença.

11.5 Enfrentamento à violência

Diversas formas de violências manifestam-se na escola, tornando-se um

grande desafio propor ações para o seu enfrentamento. A escola,deve propor

um trabalho pedagógico preventivo e de enfrentamento às violências, com o

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envolvimento de toda a comunidades escolar, visando à formação de seus

alunospautada em direitos humanos.

O professor tem um importante papel em perceber e identificar nos

alunos, se estão sendo vítimas de algum tipo de violência, como: violência

física, psicológica, sexual ou negligência por parte de seus cuidadores adultos

ou outras pessoas.

Nesses casos de suspeita de maus-tratos, o professor deve agir junto com a

equipe diretiva e pedagógica, que fazem a notificação, de acordo com

informações e/ou evidências apresentadas pelo professor, demais funcionários,

pais ou a própria criança ou adolescente, entre outros. Esta obrigatoriedade

está especificada no artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 13 – Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança

ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da

respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

Após considerar a violência doméstica, que pode ser percebida na escola ,

ocorrem outras manifestações que surgem no interior da escola , e um dos

primeiros aspectos que a impulsionam é a discriminação.

É freqüente pessoas serem discriminadas por não seguirem um modelo

de beleza imposto pelos meios de comunicação, por não terem “boa

aparência”, que são estereotipadas como: louras, bem vestidas, com roupa de

marca... Também, aquele que é pobre ou por estar gorda(o)!!!,

A discriminação também está presente quando os jovens comentam o

fato de que as mulheres têm menor salário por um mesmo serviço, quando

falam do preconceito contra os homossexuais, quando falam da discriminação

contra os idosos.

O impacto emocional que essa discriminação causa em suas vítimas

pode comprometer sua vida e sucesso escolar, suas formas de projetar o futuro

e ocasionar doenças como depressão, ansiedade, entre outras.

Para a escola consiga enfrentar o desafio de minimizar a violência, deve

trabalhar com conhecimento, a gestão democrática e o trabalho em conjunto

com sua comunidade, o bairro.

Referências:

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PARANÁ. Série Cadernos Temáticos:Enfrentamento à violência na escola-

SEED Curitiba 2010

11.6 Envelhecimento Saudável

Segundo publicação recente do IBGE, em 2060, o Brasil terá 218 milhões de

habitantes, sendo que 58 milhões serão pessoas idosas.Nossos estudantes de

hoje, dependendo da idade atual, farão parte do contingente de cidadãos e

cidadãs idosas brasileiros. Dessa forma, tanto para o convívio, quanto para o

próprio envelhecimento digno e saudável é necessária a preparação devida. O

envelhecimento não é um fato social isolado. É um fato biológico com suas

decorrências e especificidades, que se estabelece nas sociedades, requerendo

o entendimento adequado e a preparação de todos para tal.

Nos últimos anos, as instituições governamentais brasileiras, organismos da

sociedade civil e movimentos sociais conquistaram uma gama de leis,

decretos, propostas e medidas que estabelecem direitos voltados para a

pessoa idosa, referenciados pelas diretrizes internacionais (Plano de Ação

internacional para o Envelhecimento). Contabilizam-se conquistas

democráticas importantes, como a criação do Conselho Nacional dos Direitos

do Idoso (CNDI) em 2002 e a elaboração e publicação do Estatuto do Idoso em

2003, que regulamenta os direitos das pessoas com idade igual ou superior a

60 anos.

É atribuída à educação, de acordo com o Estatuto do Idoso, a tarefa descrita

no Artigo 22, que determina: "Nos currículos mínimos dos diversos níveis de

ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de

envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar

preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."

Dessa forma, cabe à escola, um espaço democrático de socialização do

conhecimento, a função de organizar o trabalho pedagógico contemplando a

temática do envelhecimento saudável a partir dos conteúdos estruturantes das

disciplinas do currículo.

11.7 EDUCAÇÃO FISCAL

Educação fiscal refere-se à compreensão de uma cidadania ativa, participativa

e solidária, mediante a existência dos direitos fiscais, especialmente a

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adequada gestão do gasto público por parte dos governantes, assim como de

obrigações fiscais, são passos importantes que as Administrações Tributárias

mais modernas perseguem no contexto de socialização dos tributos.

No mundo contemporâneo, não há como se falar em sociedade sem impostos.

Sem o pagamento dos impostos, a realização dos próprios direitos

fundamentais é impossível. A tributação, então, deve ser compreendida como

um dever de cooperação que possibilita a atuação estatal nas suas mais

diversas áreas, especialmente na vida social e econômica das pessoas.

Assim, o conhecimento da questão dos impostos possibilita o fomento da

cidadania, proporcionando os conhecimentos e habilidades que capacitam a

compreensão do mundo e a atuação consistentemente na melhoria da

realidade social de todos.

O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as

mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função

social do tributo, como forma de redistribuição da renda nacional e elemento de

justiça social, é capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e

fiscalização do dinheiro público.

Portanto, trabalhar esse tema em sala de aula é muito importante. O

objetivo de tal ação pedagógica é refletir sobre a função dos impostos e

oferecer aos educandos conhecimento de administração pública, incentivando

o acompanhamento das aplicações dos recursos públicos pela sociedade.

Referências:

idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/direitos-e-deveres/educacao-fiscal.

Acesso dia 20/12/2016.

12.0 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar, aprovado para o ano corrente, pela Resolução n°

3660/2015 – GS/SEED, está fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional n° 9394/96 que no inciso I, do art. 24, determina carga

horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de

200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Ver anexo.

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13.0. AÇÕES DIDÁTICO- PEDAGÓGICAS

O sujeitos da Educação Básica devem ter acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos os conteúdos

das disciplinas escolares. Estes devem ser tratados na escola de modo

contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares.

Na prática, busca-se articular os anos iniciais e anos finais do ensino

fundamental, da melhor maneira, atendendo às necessidades e mudanças que

os alunos apresentam, decorrentes da transição da infância para a

adolescência. Para isso, o colégio busca desenvolver ações de integração

desse aluno nas salas de aula e no colégio como um todo.

Tais ações são contempladas em projetos, programas e atividades

complementares ofertados no Colégio. São eles:

13.1 Conectados 2.0

Oprojeto possui como proponente a Diretoria de Políticas e Tecnologias

Educacionais da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) e

atende diretamente a ação 6 do Programa Minha Escola Tem Ação (META),

perpassando indiretamente pelas outras ações. Para sua criação considerou-

se:

• os avanços e os desafios no que se refere à conexão com a internet e a

intranet nas escolas públicas estaduais (Banda Larga e PRD/Copel);

• a distribuição dos tablets educacionais para todos os professores do quadro

próprio do magistério;

• um excedente de dispositivos previsto inicialmente como reserva técnica,

permitindo ampliar a sua utilização com alunos;

• a tendência e as vantagens no uso de dispositivos móveis em espaços

escolares;

• a parceria com o MEC/FNDE (adesão ao PAR 2011/2014) e com a Receita

Federal;

• a previsão de outras parcerias (sem ônus para o Estado) para uso de

aplicativos e softwares educacionais.

O Objetivo geral do projeto é estimular a diversificação da prática

pedagógica nas escolas, por meio de tablets educacionais, de maneira a

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contribuir com o processo de ensino e aprendizagem e com a organização

escolar. Tem como objetivos específicos:

• Ofertar aos profissionais da educação envolvidos neste processo, atuantes

nas escolas indicadas, formação para a administração e uso dos equipamentos

distribuídos;

• Fomentar o acesso a objetos digitais de aprendizagem consolidando o uso do

repositório digital de conteúdos da Seed-PR;

• Estimular o uso de aplicativos disponíveis (on-line e off-line) por meio de

propostas metodológicas diferenciadas;

• Incentivar a prática de produção de objetos educacionais a partir do acesso

às ferramentas e aplicativos disponíveis na internet;

• Promover o intercâmbio de práticas e diferentes abordagens de ensino com o

uso de tablets educacionais entre professores;

• Avaliar os efeitos do uso de tablets educacionais na prática pedagógica e na

organização escolar.

Cada escola que participa do projeto será beneficiada recebendo :

• um kit de equipamentos;

• formação para os professores e para o Adm. Local;

• acompanhamento e assessoria das equipes pedagógicas e técnicos de

suporte;

• oferta de diferentes encaminhamentos pedagógicos para uso dos dispositivos

móveis com alunos.

13.2 Mediotec

O Mediotec é um programa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná

(Seed-PR), em parceria com o Governo Federal, na oferta de cursos técnicos

na forma concomitante, para o aluno matriculado no ensino médio regular na

rede pública estadual de ensino.

Um dos objetivos é garantir que o estudante do ensino médio, após concluir

essa etapa de ensino, esteja apto a se inserir no mundo do trabalho e renda.

O aluno matriculado no curso técnico, ofertado pelo Mediotec pode receber

bolsa de assistência estudantil (transporte) e material escolar. O tempo de

duração dos cursos é de um a dois anos.

A proposta pedagógica curricular do Mediotec- Técnico em Química

corresponde à do Curso de Técnico em Química Subsequente, ofertado pela

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instituição, constante na página393 deste PPP. O Plano de curso está em

anexo.

13.3AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO – AETE

As aulas de treinamento esportivo acontecem no contraturno, com alunos do

ensino fundamental anos finais (de 6º ao 9º ano) , tem por objetivo dar acesso

ao aluno à prática esportiva nas diversas modalidades visando o pleno

desenvolvimento de suas habilidades específicas , de acordo com sua idade.

A modalidade optada pelo colégio foi o Voleibol. Além disso, busca descobrir

talentos esportivos no âmbito da escola, bem como a formação de equipes

competitivas para a participação dos Jogos Escolares no Paraná e outros

eventos similares.

São atribuídas ao professor que ministra as aulas a carga horária de 4 horas

semanais, distribuídas em dois dias . As atividades são desenvolvidas em

modalidades coletivas com 25 alunos, que seguem as seguintes fases de

aprendizagem:

Fase 1- Iniciação ( fundamentos básicos do Voleibol);

Fase 2- Intermediária ( aperfeiçoamento dos aspectos técnicos e táticos);

Fase 3- Avançada ( aprofundamento dos aspectos técnicos e táticos).

O acompanhamento e registro das aulas de treinamento esportivo do colégio é

feito pela equipe pedagógica, direção e professor no sistema Celepar SEED,

em que ocorre a inserção, analise do RNE e autorização do DEB.

Aspectos como matrícula e frequência ocorrem de acordo com a legislação

vigente.

Referências:

LEGAL - INSTRUÇÃO Nº 012/2014 - SUED

Constituição Federal de 1988, Art. 205, 206, 207 e 217.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, Art. 27,34 e 87.

Lei nº 8.089/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei nº 13.005/14, que aprova o Plano Nacional de Educação.

Lei nº 11.494/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB.

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Resolução nº 04/10 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares

Nacionais Gerais da Educação Básica, Art. 12, 13 e 17.

Resolução nº 07/10 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio.

Resolução nº 02/2012 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio.

Portaria Interministerial nº 17/07 e Decreto nº 7.083/10 – MEC.

13.3 CELEM – Espanhol e Inglês

A oferta do CELEM – Língua Espanhola e Língua Inglesa neste

Estabelecimento de Ensino, atende o disposto na Resolução nº 3904/2008 –

SEED e a Instrução Normativa nº 019/2008 - SUED/SEED, que regulamenta o

funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas. A oferta de

ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita do Curso Básico de Espanhol e

do Curso Básico de Língua Inglesa é destinada aos alunos da Rede Estadual

de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais) e no

Ensino Médio. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que

estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino

na Rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, num total de até

10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma. A comunidade

poderá usufruir dos cursos, num total de até 30% das vagas sobre o número

máximo de alunos por turma, desde que comprovada a conclusão dos anos

iniciais do Ensino Fundamental.

O ensino de línguas estrangeiras modernas contribui para que o aluno

descubra novos meios de expressão, desenvolva sua capacidade de atenção,

seu senso crítico e seja capaz de analisar e refletir a sua realidade e a da

sociedade na qual está inserido. Ao estudá-las, aluno vai-se conscientizando

do seu próprio código – a língua materna – seja pelos contrastes, seja pelas

analogias, ou semelhantes estabelecidas; adquire novas formas de expressão,

facilitando a aquisição de conhecimentos linguísticos necessários à

compreensão e à expressão oral e escrita, e à cultura de outros povos que

fazem parte do mesmo contexto geográfico, conhecendo o comportamento, a

dinâmica social, os costumes e tudo o que caracteriza um povo.

13. 4– SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

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A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º

ao 9º ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos

os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional

especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua

utilização no processo ensino-aprendizagem nas turmas do ensino regular.

Seguindo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da

Educação Inclusiva, na Rede de Ensino, o atendimento educacional

especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos

pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

A carga horária é de 20 horas/ aula semanais, sendo 13 horas/aula para

efetivo trabalho pedagógico e 07 horas / atividade do professor, de acordo com

a legislação vigente. A quantidade máxima de alunos com atendimento por

cronograma é de 20 alunos, podendo ser individual ou em grupos, com o

suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos. O

cronograma de atendimento é flexível, sendo organizado e reorganizado

sempre que necessário.

Os recursos disponíveis incluem materiais didáticos de acessibilidade,

recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos tecnológicos e

mobiliários, jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulam a

criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovem o desenvolvimento dos

processos cognitivos.

A Avaliação de Ingresso se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional

no contexto escolar. O acompanhamento ocorre através da avaliação

processual, onde o aluno será observado/analisado no contexto comum de

ensino e no contexto educacional especializado visando o desenvolvimento do

aluno para traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica. Os avanços

acadêmicos do aluno, tanto na classe comum como na Sala de Recursos são

registrados em relatórios pedagógicos, elaborados a partir do parecer dos

professores das disciplinas no Conselho de Classe.

Quanto à freqüência, documentação, matrícula e desligamento da Sala de

Recursos ocorrem de acordo com a legislação vigente.

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13.5 - BRIGADA ESCOLAR

O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da

Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão

de Defesa Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação da

Comunidade Escolar do Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de

eventos danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de

situações emergenciais no interior das escolas.

Objetivos:

construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

proporcionar aos alunos da rede estadual de ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas;

promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente

escolar;

articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo

de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos

de Educação;

adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar

do Paraná.

Público-alvo:Comunidade escolar

14.0 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Inclusão Educacional é o direito à igualdade de oportunidades, o que não

significa um “modo igual” de educar a todos e sim de dar a cada pessoa o que

necessita, em função de suas características e necessidades educacionais.

Nesse contexto, entende-se a flexibilização, adaptação ou adequação como a

resposta educativa que é dada pela escola para satisfazer as necessidades

educativas de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de aula

comum.

Os alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes de

deficiências, ao serem incluídos no ensino regular, precisam encontrar

ambiente e condições propícias ao desenvolvimento do processo ensino

aprendizagem.

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Sabe-se que cada aluno tem sua própria história de vida, sua própria

história de aprendizagem anterior, características pessoais em seu modo de

aprender, enfim, cada um é diferente do outro, tanto em termos de suas

características físicas, sociais, culturais, como de seu funcionamento mental.

Sabe-se, Levando-se em conta estes aspectos, o professor deve buscar

conhecer cada aluno e suas peculiaridades e consequentemente as suas

necessidades especiais. Tais necessidades revelam que tipos de estratégias,

diferentes das usuais, são necessárias para permitir que todos os alunos,

inclusive as pessoas com deficiência, participem integralmente das

oportunidades educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma

programação tão normal quanto possível.

No caso dos alunos hospitalizados, ocorre a intervenção escolar

hospitalar, por meio do SAREH aos educandos impossibilitados de frequentar a

escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou sob outras formas

de tratamento de saúde, garantindo a continuidade do processo de

escolarização, bem como sua inserção ou reinserção em seu ambiente escolar

de origem, pois a atual gestão compreende que esta situação de internamento

é, particularmente, desafiadora a todos os envolvidos no processo educacional

(alunos, professores, pedagogos, pais e/ou responsáveis, NREs, direção da

escola).

O Colégio Albino temeventualmente alguns alunos submetidos ao atendimento

do SAREH, a equipe pedagógica comunicou ao NRE, que providenciou a

equipe de professores para atuarem nos casos. Os conteúdos eram articulados

e flexibilizados em conjunto entre tais professores e equipe pedagógica,

levando em conta o ritmo do aluno, os limites físicos, o tempo e outros fatores.

O corpo docente do colégio, bem como a equipe pedagógica tem buscado em

formações continuadas, atualizações e materiais estratégicos de leitura e

pesquisa no campo da flexibilização curricular, para estar preparada para

atender essa demanda, seja nos casos de portadores de deficiências, nos

casos de alunos hospitalizados, nos casos de estudantes em cumprimento de

medidas sócio educativas e no caso de estudantes em licença maternidade.

15.0 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo. Os educandos

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devem estar frequentando o ensino regular em instituições de educação

superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial ou

dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da

educação de jovens e adultos vinculados à estrutura do ensino público e

particular, oficiais e reconhecidos pela Secretaria de Estado da Educação ou

pelo Ministério da Educação (MEC) no caso do ensino superior.

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, com o objetivo de proporcionar o

desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O estágio

pode ser obrigatório ou não-obrigatório (remunerado), conforme determinação

das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto

pedagógico do curso.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga

horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

De acordo com a INSTRUÇÃO N.º 028/2010 – SUED/SEED:

Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória de estudos e será sempre

remunerado por meio de bolsa auxílio, paga por hora estagiada. É exigida a

idade mínima de 16 anos.

Referências:

PARANÁ. Decreto 8654/2010. Central de Estágio. Disponível em

http://www4.pr.gov.br/gee/documentos/legislacao/decreto_estadual_8654.pdf.

Acesso em 15/12/2016.

16. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino, pelo

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

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aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-

lhes valor.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor

tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

Devem proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino

promover a reformulação do currículo como adequação dos conteúdos e

métodos de ensino. Deve possibilitar novas alternativas para o planejamento

do estabelecimento e do sistema de ensino como um todo. A avaliação do

aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em

diferentes situações de aprendizagem.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados. É vedada a

avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de

aferição.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação

com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a

comparação dos alunos entre si. Na avaliação do aproveitamento escolar,

deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem considerados a

interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á

relevância à atividade critica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal,

sobre a memorização.

O papel da avaliação no contexto da prática educativa é estar a serviço

da Proposta Pedagógica.

Avalia-se:

Para melhor intervir, modificar e melhorar o processo de ensino-

aprendizagem;

Para tomar decisões educativas mais coerentes

Para acompanhar apropriadamente a evolução e o progresso do

educando.

Ou seja: para recolher informações que ajudem a melhorar a prática educativa.

Avaliação não é um elemento isolado no processo de ensino-aprendizagem,

está diretamente relacionada ao currículo, ao Projeto Político Pedagógico, aos

objetivos do ensino, às concepções de homem, sociedade, currículo e

processo de ensino e aprendizagem.

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Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser continua,

permanente e formativa. Deverá obedecer à ordenação e a sequência do

ensino aprendizagem, bem como à orientação do currículo. Na avaliação

deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num

processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a

totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.

Pontos de partida para um novo olhar sobre o processo avaliativo

Os alunos não aprendem da mesma forma, nem ao mesmo tempo, uma

resposta errada numa avaliação pode expressar o conhecimento acumulado

pelo aluno, o seu esforço de reflexão e raciocínio e não seu fracasso de

aprendizagem.

O erro pode tornar-se inteligível se for considerado como reflexo de uma

coerência própria a este ou aquele registro, processo interativo através do qual

educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade

escolar no ato da própria avaliação.

A necessidade e os usos da avaliação

Para o aluno: instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades e possibilidades de reorganizar sua aprendizagem.

Para o professor: problematização, questionamento, reflexão sobre a ação.

Avaliar a aprendizagem do aluno é avaliar a intervenção do professor.

Para a escola: possibilita definir prioridades e localizar aspectos educacionais

que demandam maior atenção, bem como refletir continuamente sobre a ação

educativa, visando à obtenção do sucesso desse processo.

RCO– Registro de Classe On Line

Para os registros de Frequência, Conteúdos e Avaliação, o Colégio utiliza o

Registro de Classe On line. Tal recurso substituiu o Livro de Registro de Classe

Físico a partir do ano letivo 2017.

Conforme dispõe a Instrução nº 05/2014-SEED/SUED, “o Livro de

Registro de Classe é uma forma oficial e única da instituição de ensino para o

registro da frequência, do rendimento escolar e dos conteúdos ministrados na

rede estadual de ensino, sendo o seu preenchimento obrigatório, o qual se

constitui em uma perfeita escrituração da documentação escolar do estudante.

Para tanto, o estabelecimento de ensino adota o Livro de Registro de Classe

On Line, desenvolvido pela secretaria de Estado da Educação do Paraná, o

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qual possibilita o registro do Sistema de Avaliação da instituição de ensino, seu

calendário escolar, grade de horário das turmas. Ressalta-se, também, que o

Livro de Registro de Classe On Line contempla os conteúdos previstos nas

Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do Paraná referente a cada

disciplina do Currículo, bem como os conteúdos disponibilizados no Plano de

Curso aprovado para os cursos técnicos ofertados, além de considerar a

especialidade da oferta da unidade escolar, contribuindo para que o docente

registre o desenvolvimento de seu Plano de Trabalho Docente, estabelecendo

as relações entre seu planejamento e sua prática pedagógica, além de facilitar

a materialização do processo de ensino e aprendizagem.”O Registro de

Classe On line é utilizado por decisão do coletivo para registrar no mínimo 2

avaliações e 2 recuperações até no máximo 10.

16.1 REGIME TRIMESTRAL

Perspectiva de avaliação como algo inerente ao processo de ensino, é

contínua e cumulativa quanto ao desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais [...] (art. 24, inciso V).

O atendimento escolar deve responder da forma mais adequada ao

desenvolvimento de aluno [...] (art.23, inciso II e III do art. 24).

A perspectiva da avaliação que se coloca é de caráter processual,

explorando seu potencial educativo, com vistas a promover a igualdade de

oportunidades e a efetiva inclusão de todos no sistema educacional.

A partir do ano letivo de 2018, o sistema adotado para trabalhar os conteúdos e

lançamentos de notas será otrimestral, em substituição ao bimestral. Tal

mudança foi aprovada pelo Conselho Escolar e registrada em ata, após

discussões e votação realizada com resultado favorável à trimestralidade,

porse entender que beneficiaráo processo de aprendizagem dos alunos, uma

vez que na trimestralidade, há mais tempo para os conteúdo serem trabalhados

e retomados em sala de aula, possibilitando maior acompanhamento e

discussão do planejamento e do projeto pedagógicopor parte do professor e

dos alunos, bem como maior qualidade à aquisição do conhecimento,

Dessa forma, para os alunos do 6º ao 9º ano, do Ensino Médio e Cursos

Técnicos Integrados,será considerado como rendimento mínimo a nota 6,0

(seis vírgula zero) por disciplina, resultante da média aritmética dos trimestres

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(3 trimestres).Para os Cursos Técnicos Subsequentes, tal média aritmética

ocorrerá de forma semestral.

A avaliação na Educação Especial será registrada através de relatórios

semestrais, encaminhados ao NRE, levando em consideração as habilidades e

atitudes que o aluno desenvolve. A frequência e o Conteúdo são registrados

no RCO (Registro de Classe Eletrônico).

16.2 PROMOÇÃO

A promoção deverá ser o resultado da avaliação do aproveitamento

escolar do aluno expresso conforme critério e forma determinada pelo

estabelecimento.

A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os

resultados obtidos durante o período letivo, incluída a recuperação de estudos.

Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência

serão definidas as situações de aprovação e reprovação dos educandos

conforme estabelecido a seguir.

I – É promovido ao ano subsequente o aluno que apresentar frequência

igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do

período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina, obtida por meio de média aritmética”, sendo assim calculada:

Média Anual (MA) = (1ºT) + (2ºT) + (3ºT) _____________________ = 6,0 3 No caso dos Cursos Técnicos subseqüentes: Média Semestral (MS)

MS = 1º Bim + 2º Bim _________________= 60 2 II – Permanece retido no ano o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da

carga horária do período letivo;

Média Anual Inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

Os alunos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta e

cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média final inferior

a 6,0 (seis virgula zero), independente do número de disciplinas, mesmo após

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Recuperação de Estudos Paralela, são submetidos à análise do Conselho de

Classe Final, que possui autonomia e define sua aprovação/retenção.

Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registra no histórico

escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

16.3 -CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios

próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade

experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

a) por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série,

etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola;

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou

do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e

permita sua inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos

alunos, das escolas e dos profissionais:

a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado

para obter deste o respectivo consentimento;

c) organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

d) arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

e) registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares

gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua

experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico

escolar.

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O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola,

devidamente documentado, será encaminhado à SEED para registro.

Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos, o

aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de reclassificação,

nos casos que julgar necessários.

Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior à

anteriormente cursada.

16.4 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos é proporcionada obrigatoriamente pelo

Colégio a todos os alunos.

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos

e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado

insuficiente. A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Ela ocorrerá preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as

condições pedagógicas definidas na legislação vigente.

Entende-se por período letivo a carga mínima anual de 800 horas

distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar.

A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos, é

realizada durante o ano letivo e será considerada para efeito de documentação

escolar.

Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar.

O Conselho de Classe, quando instituído na escola, tem o sentido de

acompanhamento de todo processo da avaliação, analisando e debatendo

todos os componentes da aprendizagem dos alunos. Como instrumento

democrático na instituição escolar, o Conselho de Classe garante o

aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais

como pedagógicos.

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É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas

de aulas caminhem juntas, para que a prática, ajuizando a teoria, permita

avanços tanto no procedimento metodológico da escola, como no programa

social da educação, que passa necessariamente pela avaliação, capaz de

apontar caminhos para toda construção e reconstrução dos currículos, da

atuação dos professores e enfim do conjunto de cada escola.

A presente Indicação, objetivando assegurar critérios para a avaliação

do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos em

todo Sistema Estadual de Ensino do Paraná e, também, atualizar as normas

vigentes em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional.

A necessidade de repensar a atuação do conselho no processo ensino-

aprendizagem; o colegiado entende o conselho de classe como um

instrumento importante para chegar a um conhecimento mais elaborado da

turma bem como acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-

aprendizagem.

Neste contexto, é necessário uma nova dinâmica para o conselho de

classe possibilitando uma reflexão avaliativa de conteúdo do trabalho

desenvolvido pelo professor, bem como o aproveitamento dos alunos, afim de

tomarmos decisões que visem a melhoria frente ao novas demandas.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada

classe do Estabelecimento de Ensino, tendo pôr objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos

adequados a cada caso. Haverá tantos conselhos de Classes quantas forem as

turmas do Estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe tem pôr finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem,

proposto pela Proposta pedagógica;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento

metodológico;

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Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros

indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação

dos alunos entre si.

O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pela equipe pedagógica e

pôr todos os professores que atuam numa mesma classe.

A presidência do Conselho de classe esta a cargo do Diretor que, em sua

falta ou impedimento, será substituído pôr um membro da equipe

pedagógica.

O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente a cada trimestre, em datas

previstas no calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato

relevante assim o exigir.

16.5 PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final, poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente

às séries seguintes, conforme artigo 17 da Deliberação nº 09/01-CEE.

Atualmente, o Colégio não adota a Progressão Parcial, no entanto,

receberá transferências de alunos com este sistema.

16.7QUANDO O ALUNO É TRANSFERIDO PARA ESTE COLÉGIO

Em caso de alunos transferidos para o Colégio Albino Feijóno decorrer

do ano, é realizada uma análise articulada entre professores e equipe

pedagógica das notas parciais do aluno, levando em conta o caso do sistema

de avaliação e regra de cálculo sejam diferentes da escola de origem,é

realizado o cálculo e transposição das notas de forma proporcional e

equivalente aos pesos/valores atribuídos às avaliações da disciplina, bem

como o registro no Livro de Registro de Classe.

17.0 - MATRIZES CURRICULARES

As matrizes curriculares constam em anexo neste PPP.

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18.0 - PROPOSTA

PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

Anos finais – 6º ao 9º ano

18.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O desenvolvimento humano é um salto qualitativo em nossa existência,

é um processo de acumulação histórica da humanidade (em seus vários

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meandros: cultura, produção, valores, etc.) em que a partir de nossas

necessidades enquanto existência aprimoramos algo racionalmente e

atingimos determinados objetivos. Superação daquilo que somos e produzimos

pode -se considerar formação humana.

Segundo Lopes “a compreensão de homens como sujeitos sociais e históricos nos distancia de qualquer imposição de trajetórias e percursos em um mundo dado e estabelecido. A rede esta em construção, e inserida está a trama curricular” Mas o que seria currículo para formação humana?

Primeiramente, é importante ressaltar que o currículo é constituído de

atividades centralmente voltadas à formação humana é aquilo que não se pode

fracionar por etapas; é a condição para o aprimoramento da racionalidade,

memória, cultura, reflexão, opinião, bom senso, autonomia, ou seja, propiciar

condições para que o individuo exercite sua humanidade, exercite sua

personalidade e não apenas estarem inseridos numa sociedade onde

permanecem atomizados; currículo para formação humana é currículo para

formação de um ser humano pleno; e também é aquilo que estabelece em sua

trajetória (ações, atitudes) para que eu possa enfrentar a minha vivência. Ter

capacidade de discernir, avaliar e realmente objetivar o que é realmente para a

vida (projeto teleológico).

Por isso quando pensamos sobre nossa prática, questionamos sobre o

objeto e objetivo de cada área especifica do saber e qual a contribuição da

mesma para formação humana, estamos questionando sobre diferentes áreas

do conhecimento, em seus diferentes segmentos de atuação, enquanto

processo permanente de reflexão e orientação de uma práxis educativa onde

esteja alicerçado em diretrizes e metas que se convertam em condições

teóricas e práticas que lhe propiciem mais concreticidade.

Neste sentido temos a perspectiva de compreender que somos sujeitos

sociais e históricos, e que todos nos podemos modificar e construir a

sociedade da qual estamos inseridos. Entretanto a diversidade cultural e social

nos remete a políticas curriculares de educação de permanente reflexões de

ações para educação inclusiva, redefinindo a prática superando posturas

excludentes afetivas e sociais.

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Visamos o currículo aberto e flexível com propostas diversificadas em

vez de uma concepção uniforme e homogenizadora. Vale ressaltar que

flexibilizar não significa excluir conteúdos clássicos imprescindíveis a todos os

alunos.

Cabe aos professores como intelectuais orgânicos desempenhar o papel

de mediador, proporcionando ao aluno a compreensão de que tudo e

transformado, trata-se de facilitar , favorecer, buscar estratégias na construção

do conhecimento.

18.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

18.2.1 MATEMÁTICA

Face ao desenvolvimento científico e tecnológico, observa-se que é difícil o

setor da sociedade em que a Matemática não esteja presente. Essa

condição faz com que saber Matemática seja uma necessidade imperativa

na atualidade.

Para Gómez (1996)

[...] a maioria das ciências, inclusive as ciências humanas e sociais, como a psicologia, a sociologia ou a economia, tem um caráter cada vez mais matemático. Os comportamentos sociais, a ecologia, , a economia, etc. se explicam através de modelos matemáticos. Análises estatísticas e cálculos de probabilidade são elementos essenciais para tomar decisões políticas, sociais ou econômicas e até mesmo pessoais. (p.257).

Apesar de o conhecimento matemático ser muito valorizado “nas

sociedades modernas altamente ‘tecnologizadas” (GÓMES-GRANELL,

1996, p.258), o que se tem visto no Brasil são rendimentos insuficientes por

parte dos alunos em relação ao aprendizado dessa disciplina.

Para tanto, ao discutir as questões do ensino de Matemática com

profundidade, é preciso explanar os aportes teóricos que sustentam o

construtivismo e o interacionismo, buscando relacioná-los às ações

desenvolvidas pelo professor em sala de aula.

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A elaboração de uma Proposta de Matemática que considere a maturação

dos processos cognitivos como uma das condições para a aprendizagem

dos alunos, não poderá ignorar o meio sócio-histórico-cultural da criança.

Nesse sentido, ao adotar uma postura pedagógica, o professor de

Matemática assume uma concepção embebida de psicologia, ou seja,

considera uma posição acerca do que é o homem. Desse modo, mediante

tendências pedagógicas com as quais se afina, ele poderá encarar o aluno

como um produtor ou, contrariamente, um mero consumidor do

conhecimento.

É preciso que o professor tenha consciência da posição assumida, sabendo

o que subjaz à sua ação em sala de aula, porque esta ação evidenciará sua

ideologia. Nesse sentido, o que o professor diz fazer em sala de aula,

descortinará suas crenças e suas concepções acerca da Educação

Matemática e das relações, que segundo ele, essa área estabelece com a

realidade social.

Na Tendência Formalista Clássica (Escola Tradicional), o ensino da

Matemática é caracterizado pela utilização acentuada de livros didáticos e

centrado no professor e no seu papel de transmissor do conteúdo por meio

de desenvolvimentos teóricos na lousa. A aprendizagem do aluno é

considerada passiva e consiste na memorização e na reprodução

(imitação/repetição) precisa dos raciocínios e procedimentos ditados pelo

professor ou pelos livros. O papel do aluno, nesse contexto, é o de copiar,

repetir, reter e desenvolver nas provas do mesmo modo que recebeu.

Em oposição a Escola Tradicional, surge a Tendência Empírica Ativista que

considera a natureza da criança em desenvolvimento, sobretudo suas

diferenças e características biológicas e psicológicas. Nessa tendência, o

professor deixa de ser o elemento fundamental do ensino, tornando-se

orientador ou facilitador da aprendizagem. O aluno passa a ser considerado

o centro da aprendizagem – um ser ativo. O currículo, nesse contexto, deve

ser organizado a partir dos interesses dos alunos e deve atender ao seu

desenvolvimento psicobiológico. Os métodos de ensino consistem nas

atividades desenvolvidas em pequenos grupos, com rico material didático e

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em ambiente estimulante que permita a realização de jogos e experimentos

ou o contato – visual e táctil – com materiais manipuláveis. Nessa

tendência, acredita-se que o conhecimento matemático é obtido pela

descoberta no mundo natural e material por meio dos sentidos.

O risco apresentado por essa tendência é o de realizar uma prática mais

espontaneísta, geralmente não-diretiva, e, com a desculpa de procurar

respeitar o ritmo e a vontade da criança, os professores reduzem suas

aulas a jogos, brincadeiras, visitas ou passeios de estudo do meio ambiente

ou de uma atividade produtiva (indústria, lavoura, usina de tratamento de

água,...).

Na Tendência Formalista Moderna (Matemática Moderna), o ensino

de modo geral, continua sendo acentuadamente autoritário e centrado no

professor que expõe/demonstra rigorosamente tudo no quadro-negro. O

aluno, salvo algumas poucas experiências alternativas continua sendo

considerado passivo, tendo de reproduzir a linguagem e os raciocínios

lógico-estruturais ditados pelo professor. O ensino da Matemática nessa

tendência tem como exemplo característico, a teoria dos conjuntos, método

de ensino utilizado desde o primeiro ano de escolaridade.

A Tendência Tecnicista caracteriza-se no ensino da Matemática por

priorizar objetivos que se restringem ao treino/desenvolvimento de

habilidades estritamente técnicas. O aluno deve realizar uma série de

exercícios do tipo: resolva os exercícios abaixo, seguindo o seguinte

modelo. Enfatiza a Matemática pela Matemática, suas fórmulas, seus

aspectos estruturais, suas definições (iniciando geralmente por elas), em

detrimento da essência e do significado na construção de seus conceitos.

Preocupa-se exageradamente com a linguagem matemática, com o uso

correto dos símbolos, com a precisão, com o rigor, sem dar atenção aos

processos que os produzem. Não é preocupação dessa tendência formar

indivíduos não-alienados, críticos e criativos, que saibam situar-se

historicamente no mundo.

Embora Piaget não tenha se preocupado em construir uma teoria de ensino

ou de aprendizagem do ponto de vista educacional, foi exatamente a partir

da epistemologia genética que a Tendência Construtivista emergiu como

tendência pedagógica, passando, então a influenciar fortemente as

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inovações do ensino da Matemática. Essa influência, de modo geral, pode

ser considerada positiva, pois substituiu a prática mecânica em Matemática

por uma prática pedagógica que visa, com o auxilio de materiais

manipuláveis, à construção das estruturas do pensamento lógico-

matemático e/ou à construção do conceito de número e dos conceitos

relativos às quatro operações. Os conteúdos passam a desempenhar papel

de meios úteis, mas não indispensáveis, para a construção e

desenvolvimento das estruturas básicas da inteligência.

A construção do conhecimento nesta tendência é feita

interativamente/operativamente pela mente, e não obtida simplesmente de

algo já existente nos objetos como fazem crer os empiricistas.

Aqueles professores que se baseiam no construtivismo-interacionismo

sempre estão juntos dos alunos durante o desenvolvimento das atividades,

porque todos discutem o que estão fazendo. Com ênfase no processo e

menos ao produto do conhecimento. Segundo Fiorentini (1995), no

construtivismo a interação entre os estudantes e o professor era valorizada

e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de

interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.

Para a Tendência Sócioetnocultural, as crianças das classes

menos favorecidas financeiramente não são carentes de conhecimentos e

de estruturas cognitivas, mas talvez não tenham habilidades formais tão

desenvolvidas em relação à escrita e à representação simbólica; ou talvez

possuam uma experiência de vida muito rica, na qual usam procedimentos

matemáticos não-formais (Etnomatemática) que a escola, além de não

saber aproveitá-los como ponto de partida, discrimina-os ou rejeita-os

enquanto formas válidas e possíveis de saber.

Essa tendência se esboça, valorizando o saber popular trazido pelo aluno,

frente á sua capacidade de produzir saberes sobre a realidade.

A Etnomatemática inicialmente significava a Matemática não

sistematizada, isto é, a Matemática oral, informal, espontânea e, às vezes,

oculta ou congelada, produzida e aplicada por grupos culturais específicos

(indígenas, favelados, analfabetos, agricultores,...). Isto é, seria uma

maneira muito particular de grupos culturais específicos realizarem as

tarefas de classificar, ordenar, inferir e modelar.

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Mais tarde, o significado da Etnomatemática foi ampliado como a arte ou

técnica de explicar, de conhecer, de entender os diversos contextos

culturais.

A tendência histórico-critica surgiu, no Brasil em meados de 1984 e, através

de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a

construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença

na autonomia e na “dependência absoluta da educação em face das

condições sociais vigentes (SAVIANI, 19997, p. 76). Na matemática, essa

tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender a

às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado

período histórico.

No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente

um documento de referência curricular para sua rede pública do Ensino

Fundamental denominado Currículo Básico.. O texto de matemática teve

uma forte influência da Pedagogia Histórico Crítica em sua fundamentação

teórico. Fruto desta coleção coletiva o Currículo Básico foi publicado em

1990. No Paraná com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

no Paraná foram criadas várias disciplinas que abordavam os campos do

conhecimento da Matemática tais como: Geometria, Desenho Geométrico e

Álgebra, mais que fragmentavam o conhecimento da Matemática e

enfraqueciam-na como disciplina.

A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva com

professores que atuam em sala de aula, nos diferentes níveis e

modalidades de ensino, com educadores dos Núcleos Regionais e das

equipes pedagógicas da Secretária de Estado da Educação. O resultado

desse longo trabalho conjunto passa a constituir estas Diretrizes

Curriculares as quais resgatam importantes considerações teórico-

metodológicos para o ensino da matemática.

Todos os homens fazem alguma matemática, mesmo que não freqüentem

a escola. Este tipo de conhecimento desenvolve-se independentemente de

uma intenção explícita; somente a linguagem específica da Matemática

permanece desconhecida: o exemplo típico é o das pessoas que realizam

cálculos mentais, mas não sabem como descrevê-los. Ao ensinarmos

Matemática, temos que ter em mente que os conteúdos escolares mostram

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a forma atual de um conhecimento que vem sendo elaborado e

reelaborado, por homens comuns e por matemáticos,ao longo da

humanidade. (CURITIBA, 1988)

Aprender Matemática é muito mais do que manejar fórmulas e saber fazer

contas; é interpretar, criar significado, construir seus próprios instrumentos

para resolver problemas, desenvolver o raciocínio lógico, transcendendo o

imediatamente possível.

Nesta perspectiva, sugere-se a organização dos conteúdos dos anos

iniciais do Ensino Fundamental a partir de quatro eixos, a serem

trabalhados durante todo o ano letivo: “Números e Operações, Espaço e

Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação”, os quais serão

detalhados nos quadros que apresentam os conteúdos, objetivos e

procedimentos didáticos. No Ensino Fundamental anos finais e para o

ensino médio: Números Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias,

Funções e Tratamento da Informação.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos

que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa

ação crítica que conceba a matemática como atividade humana em

construção. Pela Educação Matemática almeja-se um ensino que possibilite

aos estudantes análises, discussões conjecturas, apropriação de conceitos

e formulação de idéias.

Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência,

de suas teorias, mas, para que a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da

sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que

imergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem

perder o caráter cientifico da disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso

comum pressupõe conhecer teoria cientifica, cujo o papel é oferecer

condições para apropriação dos aspectos que vão além das queles

observados pela aparência da realidade (RAMOS 2004).

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É necessário que o processo pedagógico contribua para que o estudante

tenha condições de constatar regularidades generalizações e apropriações

de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas de conhecimento.

O TRABALHO COM A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A História da Matemática deve ser utilizada em sala de aula com o intuito

de fazer com que o aluno a encare enquanto uma produção humana, que

surgiu para suprir as necessidades dos homens em diferentes culturas e

diferentes épocas. Faz-se interessante comparar conceitos passados e

presentes dessa disciplina para desenvolver atitudes e valores mais

favoráveis “do aluno diante do conhecimento matemático” (BRASIL, p. 45).

Além disso, a História da Matemática poderá ilustrar o caráter

interdisciplinar da construção do conhecimento matemático, permitindo que

oaluno compreenda a relação que existe dessa disciplina com outras áreas

do conhecimento.

O USO DA TECNOLOGIA EM AULAS DE MATEMÁTICA

Existem excelentes meios para que seja feita a utilização de recursos

tecnológicos em aulas de Matemática. Muitos professores, por exemplo,

defendem a contribuição do computador e de calculadoras, no entanto, o

uso indistinto desses recursos, sem que haja uma reflexão dos objetivos

que devem ser alcançados pelos alunos poderá trazer consequências

indesejadas a aprendizagem.

Entre os professores que defendem o uso dos computadores e

calculadoras, a justificativa mais comum é queos alunos, ao se inserirem no

mercado de trabalho, terão sempre máquinas de calcular ou computadores

à sua disposição. Então substituem o ensino e a compreensão dos

processos de cálculo desde os anos iniciais por calculadoras.

O grande perigo é que o aluno que não compreende o processo executado

pela máquina torna-se dependente dela, sendo impelido futuramente ao

seu consumo. Esse processo regride a consciência e alimenta o

fundamento básico que mantêm a sociedade burguesa atual, no qual, o

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conhecimento de construção de tecnologias é mantido nas mãos de

poucos, o restante das pessoas exercem apenas o papel de consumidores.

Neste sentido, o professor que ensina Matemática deve estar capacitado

para realizar um trabalho que utilize os recursos tecnológicos. Além disso,

deve estar consciente da importância de fazer com que os alunos

compreendam os processos de cálculo realizados pelas máquinas, não

incorrendo assim ao risco de alienar pensamentos.

Jacques Ellul (1964) diz que, a tecnologia deve ser concebida como um

círculo fechado em volta do homem, e que a sociedade e o modo de viver

são completamente determinados por essa evolução tecnológica. (apud

SKOVSMOSE, 2001, p.29).

Nas palavras de Ellul:

A técnica tem progressivamente dominado todos os elementos da civilização [...] o

próprio homem é dominado pela técnica e torna-se seu objeto.A técnica que torna

o homem seu objeto, portanto, torna-se o centro da sociedade: esse evento

extraordinário [...] é freqüentemente chamado de civilização técnica. A

terminologia é precisa, e devemos compreender plenamente sua importância.

Civilização técnica significa que nossa civilização é construída pela técnica (faz

parte da civilização apenas o que pertence à técnica), para a técnica (já que tudo

nesta civilização deve servir a um fim técnico) e é exclusivamente técnica (exclui

tudo que não é técnico ou o reduz a uma forma técnica) (apud SKOVSMOSE,

2001, p.29, grifo nosso).

A tecnologia deve estar a serviço do homem e não dominar àquele que a

produziu. Dessa forma, para que haja de fato uma Educação Matemática

crítica é imprescindível que se desenvolvam estratégias mais adequadas

no âmbito escolar de aproximação dos alunos com a tecnologia,

demonstrando como os conhecimentos matemáticos atuam no

desenvolvimento dessas técnicas e impedindo que grande parte desse

conhecimento esteja subjacente à formação dos cidadãos.

OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O USO DOS MATERIAIS

MANIPULÁVEIS

Os problemas do cotidiano segundo Kamii e Declark, 2001 “incentivam o

raciocínio lógico-aritmético” (p.169), no entanto, não fornecem ações nas

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quais os alunos possam usar as operações repetidas vezes. Os jogos, por

sua vez podem permitir que os alunos pratiquem diferentes operações.

O trabalho com jogos na escola nem sempre é encarado com a mesma

seriedade que os exercícios e problemas padrão. Nesse sentido,

acrescenta Kamii (2001), os professores encaram os exercícios e

problemas padrão como trabalho e os jogos como diversão.

Os alunos estão na escola para aprender, no entanto, nos parece um

paradoxo que nem todo o trabalho escolar produz aprendizagem. Mesmo

que alguns jogos não proporcionem aprendizagem, “é surpreendente como

eles aprendem enquanto brincam” (KAMII, 2001, p. 171).

Os jogos em grupo envolvem regras e interação social, e a possibilidade de

fazer regras e tomar decisões juntas é essencial para o desenvolvimento da

autonomia. Quando os alunos têm a permissão de tomarem suas próprias

decisões, eles negociam regras e vêem as conseqüências de suas próprias

decisões. Quando eles não têm esta permissão tornam-se passivos e

heterônomos (KAMII, 2001, p.172).

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra Grandezas e medidas Geometrias Tratamento da Informação

Sistema de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas ângulos;

Sistema monetário.

Geometria Plana;

Geometria Espacial

Dados, tabelas e gráficos;

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Porcentagem

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra Grandezas e medidas Geometrias Tratamento da Informação

Números Inteiros;

Números Racionais;

Equações e Inequações do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias não-euclidianas.

Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras Grandezas e medidas Geometrias

Números Racionais e Irracionais;

Sistemas de Equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas ângulos.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

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Tratamento da Informação

Geometrias não-euclidianas.

Gráfico e Informação;

População e amostra.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras Grandezas e Medidas Funções Geometrias Tratamento da Informação

Números Reais;

Propriedades dos Radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Regra de Três Composta.

Relações Métricas no Triângulo

Retângulo; Trigonometria no Triângulo Retângulo;

Noção Intuitiva de Função Afim;

Noção Intuitiva de Função Quadrática.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria Não-Euclidianas.

Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

Avaliação

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino – aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a

interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo

trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

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Para que isso aconteça é preciso que o professor estabeleça critérios de

avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo

ensino-aprendizagem, quando necessária. Assim, a finalidade da avaliação é

proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao

professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre

as dificuldades de cada aluno.

Instrumentos de avaliação:

Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas

Situações-problemas internas ou externas à Matemática

Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las

Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades

Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares

Socializar os resultados obtidos, utilizando para isso, uma linguagem

adequada

Argumentar a favor ou contra os resultados.

Referências

- Matemática. Antonio Nicolau Youssef, Elizabeth Soares, Vicente Paz

Fernandez. Editora Scipione

- Matemática: Fazendo a diferença. Bonjorno e Cleyton. Editora FTD

- Matemática. Dante. Editora Ática

- Matemática. José Rui Giovanni, José Roberto Bonjorno, José Rui Giovanni

Junior. Editora FTD.

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18.2.2 CIÊNCIAS

PRESSUPOSTO TEORICO

O ensino de Ciências contribui para reconstrução da relação do

ser humano e natureza, leva ao questionamento e ampliação das explicações

do que é percebido e observado no ambiente, como por exemplo no que diz

respeito aos fenômenos naturais. Colabora para compreensão dos modos e

cuidados de intervir na natureza e utilizar seus recursos. Proporciona também,

reflexões sobre questões éticas implícitas nas relações entre Ciência,

Tecnologia e Sociedade, pois “não se pode conceber hoje o ensino de Ciências

sem que esteja vinculado às discussões sobre os aspectos tecnológicos e

sociais que essa ciência traz na modificação de nossa sociedade”

(CARVALHO, 2004, p.3).

De acordo com Moreira (1999), a aprendizagem significativa é

o conceito central da teoria de David Ausubel, para este teórico a

aprendizagem significativa é um processo onde uma nova informação

relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de

conhecimento do indivíduo, isto é, envolve a interação da nova informação com

uma estrutura de conhecimento específico.

Para isso, o educador deve levar em consideração que a

criança tem algo a dizer, tem a sua forma de ver o fato e o fenômeno. Portanto,

é importante estabelecer relações partindo daqueles conhecimentos que

podem ser extraídos do cotidiano da criança, que facilitam a compreensão da

sua realidade e que abram novas perspectivas para repensá-la.

Percebemos que:

A exploração de idéias prévias não somente é útil para

que o docente conheça como seus alunos pensam, mas

que é uma instância da qual estes podem começar a

tomar consciência de suas teorias implícitas através da

reflexão sobre suas próprias idéias. (FUMAGALLI, 1998,

p.24)

Nas atividades com os alunos do ensino fundamental é

recomendável colocá-las em contato direto com os objetos, isto é, deixá-las

interagir com diferentes materiais, seres e fenômenos a serem estudados,

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portanto, os trabalhos de campo na própria escola, nos seus arredores ou até

locais distantes, favorecem a participação ativa do aluno, principalmente no

processo de investigação. Para o trabalho de campo ou aula de campo é

importante ter objetivos específicos que demandem a busca de informações

em diferentes ambientes, ter tempo para olhar e apreciar o que vêem ao seu

redor.

Ao realizarmos o trabalho de campo ou a aula de campo é

importante destacar o que Krasilchik (2004) apresenta:

Para que não haja incoerência entre o que é dito sobre

conservação da natureza e o comportamento do

professor e dos alunos, deve ser coletado apenas o

material estritamente necessário e as alterações no local,

causadas pela visita, devem também ser reduzidas ao

mínimo indispensável. (KRASILCHIK, 2004, p.89)

A aula de campo em diferentes ambientes pode representar

uma metodologia alternativa e que aponte para a superação da fragmentação

do ensino e da falta de envolvimento afetivo dos alunos durante o processo de

aprendizagem.

A utilização de experimentos investigativos contribui para dar

continuidade aos assuntos em estudos, quando esgotadas as possibilidades de

exploração direta do meio.

Para Piferrer (2004), por meio dos experimentos investigativos

incentivamos a incorporação de noções e conceitos relacionados ao ambiente

e o desenvolvimento de procedimentos, atitudes, valores e normas que a

criança percebe de maneira integrada.

Além das atividades citadas, gostaríamos de abordar que a

aula expositiva também tem seu espaço importante, acontecendo ao iniciar um

assunto novo, na complementação de informações, na síntese de idéias ou no

trabalho com material audiovisual.

A escola deve utilizar os conteúdos de Ciências para

desenvolver a capacidade de pensar, observar, manipular materiais, levantar

alguns problemas, reconhecer as causas de alguns fenômenos ou suas

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interações, coletar dados, propor novos problemas, isto é, preparar o aluno

para optar por coisas boas e significativas para sua vida.

As oportunidades de aprendizagem são resultantes da

interação entre professor e aluno, pois é essencial que o aprendizado esteja

voltado para o fazer, o pensar ativo e crítico do aluno, buscando atender a

realidade dos educandos e os diferentes contextos.

O ensino de Ciências deve ajudar o aluno a compreender o

mundo em que vive e, também mostrar que nós somos parte de um universo

em constante transformação. Esse ensino deve discutir as relações do ser

humano com a natureza, no qual as implicações da Ciência e da Tecnologia,

presentes no cotidiano de todos, sejam compreendidas com clareza e

criticidade, contribuindo também para formação de pessoas autônomas.

A disciplina de Ciências propicia ao aluno estudo da vida e suas

manifestações. Entre os temas de estudo estão o surgimento da vida, a

biodiversidade, a classificação e a constituição do corpo dos seres vivos, as

interações entre os seres vivos e destes com os demais elementos do

ambiente, as intervenções do ser humano no ambiente, o aproveitamento de

recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.

O conhecimento de Ciências deve contribuir para que o indivíduo julgue

e tome decisões com relação ao seu modo de vida nos ambientes que ocupa e

à sua participação na sociedade.

Esta disciplina é inseparável das outras disciplinas, como a Geografia, a

Física e a Química, por exemplo, e isto possibilita a formação de uma visão

holística que colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do indivíduo.

A evolução do conhecimento científico não pára, e a educação tem o

papel de acompanhar esse crescimento, dando aos indivíduos oportunidade de

receber, formular e transmitir informações, além de sistematizar novos

conhecimentos. É papel das Ciências, entre outros, contribuir para a

compreensão da realidade que nos cerca.

Procedimentos didáticos

- Proporcionar momentos para que os alunos possam investigar as relações

entre os elementos do ambiente, para entenderem os aspectos da dinâmica

ambiental.

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- Promover ações dentro da escola que valorize as mudanças de atitudes em

relação ao desperdício de água. Desenvolver atividades que mostre a

importância da economia da água. Utilizar contas de água. Verificar o quanto

se gasta para tomar banho, escovar os dentes, lavar roupas e limpar a casa.

Visitar uma estação de tratamento de esgoto, para conhecer o processo de

tratamento e as tecnologias utilizadas.

- Convidar um profissional da área da saúde para conversar com os alunos

sobre as doenças que podem ser adquiridas pela ingestão ou banho utilizando

água contaminada.

- Estimular a troca de ideias entre os alunos sobre a importância do solo na

produção de alimentos. Utilizar texto de apoio e fazer a leitura com os alunos

para fundamentar as discussões sobre o assunto.

- Proporcionar momentos de pesquisa na biblioteca da escola como também de

atividades práticas para identificar os agentes formadores do solo e as

alterações das condições do solo, como: erosão e poluição.

- Propor a elaboração de cartazes com esquemas e desenhos sobre os gases

utilizados e produzidos no processo de respiração dos animais e vegetais e

também no processo de fotossíntese dos vegetais.

- Utilizar textos de apoio para identificar a importância dos gases oxigênio, gás

carbônico e nitrogênio para os seres vivos.

- Trabalhar com os alunos os conceitos: produtor; consumidor e decompositor.

- Elaborar junto com os alunos um cartaz que apresente os seres vivos

produtores, consumidores e decompositores, usando recortes e ou desenhos

de diferentes seres vivos, posteriormente cada aluno deverá construir uma

cadeia alimentar com os seres vivos do cartaz. Depois da cadeia pronta é

possível ainda trabalhar a interdependência e a transferência de energia nos

níveis da cadeia alimentar. Questionar os alunos a respeito da retirada de um

ser vivo da cadeia. O que poderá acontecer com esta cadeia e com o

ambiente? Destacar a importância da diversidade dos seres vivos.

- Produzir uma história em quadrinhos que promova a relação de

interdependência entre os seres vivos e a transferência de energia nos níveis

da cadeia alimentar.

- Realizar uma aula de campo para estudar a diversidade biológica dos seres

vivos. Delimitar uma pequena área no jardim, gramado ou horta da escola,

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solicitar que os alunos observem e contem os seres vivos que estão presentes

na área delimitada. Levar os dados para a sala de aula, contar os seres vivos

que foram listados e promover a reflexão e discussão sobre o trabalho

realizado e os dados obtidos. Conduzir a reflexão com o seguinte comentário:

se na pequena área delimitada encontramos esse número de seres vivos,

imagine numa área onde conservam a vegetação e os animais presentes nela.

- Propor atividades com recortes de jornais, revistas e outros, que contenha a

foto de animais. Solicitar que os alunos selecionem recortes com fotos de

diversos animais da fauna brasileira. Confeccionar junto com os alunos um

painel que contemple ambiente terrestre (campos, floresta...) e aquático (rio,

mar...). Colar os animais recortados em seus ambientes. Realizar os seguintes

questionamentos para estimular o debate e a troca de idéias: Qual é a

importância do animal permanecer no seu habitat? O que pode acontecer com

os seres vivos quando o ser humano interfere e ou modifica o ambiente? Por

que a diversidade biológica ou biodiversidade é importante?

- Promover atividades com desenhos, dramatizações, construção de móbile

para demonstrar as características do planeta Terra e seus movimentos.

Promover atividades em grupos que propiciem o estudo e conhecimento de

que a energia necessária aos seres vivos é obtida dos alimentos e da

respiração.

- Dialogar com os alunos o que significa uma alimentação equilibrada. Levar

para a sala de aula embalagens vazias de diferentes produtos alimentícios.

- Dividir a turma de alunos em grupos. Cada grupo escolherá embalagens de

dois produtos e deverá verificar quais são os nutrientes que cada produto

contém (carboidratos, gorduras, sais minerais, proteínas, vitaminas). Pesquisar

qual é a função desses nutrientes no organismo. Listar junto com os alunos, em

uma folha de papel Kraft, atitudes relacionadas à alimentação saudável e

equilibrada.

- Trabalhar os assuntos obesidade e desnutrição.

- Propor aos alunos que escrevam como foi sua alimentação na merenda

durante os cinco dias da semana. Fazer os seguintes questionamentos: Houve

variedade de alimentos? Construa um gráfico para demonstrar os tipos de

alimentos e seus nutrientes ingeridos durante os cinco dias.

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- Convidar um profissional da área de odontologia para apresentar informações

sobre o cuidado com os dentes, demonstrar boas técnicas de escovação dos

dentes..

- Propor aula no laboratório com auxilio do técnico responsável ao uso do

microscópio para observar célula animal e vegetal. Utilizar o microscópio para

observar células da mucosa da boca (face interna da bochecha) e células das

folhas de plantas (destacar um fragmento da epiderme inferior da folha), para

que os alunos conheçam algumas estruturas celulares. Perceber com o uso do

microscópio que os seres vivos são constituídos por células. Solicitar que os

alunos desenhem o que observaram.

- Utilizar os mapas dos sistemas digestório, respiratório, circulatório e excretor

para que os alunos identifiquem os órgãos que fazem parte de cada sistema e

comecem a perceber que um sistema depende do outro, isto é, as diferentes

partes de cada sistema colaboram para uma única finalidade, que é, o bom

funcionamento do organismo.

- Solicitar aos alunos que desenhem ou recorte figuras de pessoas realizando

exercícios e pessoas em repouso (atividade que o nosso organismo necessita

para ter saúde e desenvolver-se). Utilizar revistas com gravuras de pessoas em

diferentes atividades e em descanso. Quando estamos em grande atividade,

nossos músculos utilizam nutrientes e oxigênio que obtêm na corrente

sanguínea. Os músculos, então, precisam de energia para continuar

trabalhando. Precisam relaxar e descansar antes de prosseguir com o trabalho

excessivo. As crianças possuem outra razão importante para descansar, seus

organismos necessitam de energia para crescer. Quando elas descansam e

dormem à noite, seus organismos preparam-se para outro dia de atividades,

brincadeiras e crescimento.

- Discutir sobre a postura correta para o bem estar do corpo. Convidar o

professor de Educação física para uma entrevista, onde os alunos farão

perguntas, elaboradas anteriormente, sobre a importância da postura correta

para o nosso corpo.

- Produzir um texto partindo de um texto de apoio que favoreça o entendimento

da relação da vitamina D com o Sol e sua importância para o nosso corpo..

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- Orientar uma pesquisa sobre as crendices em relação às verminoses e

construir uma tabela com duas colunas comparando essas crendices com

conhecimento científico.

- Estimular pesquisas sobre as doenças que podem ser evitadas por meio das

vacinas destacando a valorização e compreensão das vacinas como meio de

imunização.

- Propor a analise dos mapas do sistema nervoso e endócrino que possibilite a

compreensão da integração entre esses sistemas.

- Realizar brincadeiras e ou jogos que possibilite o reconhecimento dos órgãos

do sentido e suas percepções.

- Propor momentos para dialogar sobre a valorização do corpo. Avaliar os

conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema. Comentar com os

alunos que cada indivíduo possui características únicas e valiosas. Realizar a

atividade do “Toque”, fazer um círculo com os participantes, colocar um fundo

musical, solicitar aos participantes que fechem os olhos e toquem com suas

mãos o nariz, o cabelo, o rosto, os braços, as pernas, para perceber o próprio

corpo por meio do tato. Fazer uma roda de conversa para relatarem o que

perceberam e o que acharam da atividade. Conduzir o diálogo sobre as partes

do corpo e sua valorização.

- Listar os tabus e preconceitos associados à menstruação, proporcionar

momentos para leitura de textos de apoio na busca de informações e o

confronto de idéias. No final da leitura promover uma roda de conversa para

discutirem as informações que já conheciam e as informações que ainda não

conheciam ou também, a comparação entre o que achavam e o que

descobriram sobre a menstruação.

- Levar para sala de aula materiais de apoio como: jogos, livros paradidáticos,

cartazes entre outros, para realizar uma pesquisa orientada pelo professor

sobre os métodos anticoncepcionais.

Propor aos alunos uma pesquisa sobre as causas e consequências das

doenças sexualmente transmissíveis e proporcionar um debate em sala de aula

sobre as formas de prevenção.

- Trabalhar o tema drogas utilizando vídeos que seja adequado para os alunos

que frequentam os anos iniciais do ensino fundamental, em seguida promover

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debates e dramatizações destacando os prejuízos à saúde ocasionados pelo

uso do fumo, álcool e outras drogas.

- Propor uma visita ao aterro sanitário para conhecer qual o destino do lixo que

sai das nossas residências e identificar as técnicas utilizadas para impedir a

contaminação do solo, dos lençóis freáticos e córregos próximos ao aterro.

- Promover ações que visem à diminuição da produção de lixo na sala de aula,

na escola e em casa.

- Realizar uma mostra de materiais recicláveis e demonstrar as etapas de um

processo de reciclagem.

-Promover aula de campo no bairro com apoio dos alunos do curso técnico do

Meio Ambiente, onde a escola está inserida para observar os resíduos sólidos

jogados nas calçadas e ruas, identificando os tipos de materiais que são

compostos, reconhecendo que estes podem contribuir para a degradação

ambiental.

- Confeccionar uma tabela, junto com os alunos, que apresente as diferentes

fontes de energia destacando a mais utilizada pelos alunos.

Solicitar que os alunos tragam as contas de luz para fazer uma analise do

consumo de cada residência e listar ações que contribuam para diminuir o

consumo de energia.

6º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Astronomia Matéria Sistemas biológicos Energia Biodiversidade

Universo

Sistema Solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

Constituição da matéria

Níveis de organização

Formas de energia.

Conversão de energia

Transmissão de energia

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos.

7º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Matéria Sistemas Biológicos Energia Biodiversidade

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes.

Constituição da matéria.

Célula.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Formas de energia

Transmissão de energia.

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática.

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8º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Matéria Sistemas Biológicos Energia Biodiversidade

Origem e evolução do Universo.

Constituição da matéria.

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Formas de energia

Evolução dos seres vivos.

9º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Matéria Sistemas Biológicos Energia Biodiversidade

Astros

Gravitação universal.

Propriedades da matéria.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética.

Formas de energia

Conservação de energia.

Interações ecológicas.

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AVALIAÇÃO Avaliação processual: diagnóstica, formativa esomativa.

Recuperação de estudos concomitantes.

Avaliação de atividades diárias.

Avaliação de pesquisas e trabalhos escritos.

Avaliação escrita dos conteúdos trabalhados.

Relatórios.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRÍCULARES – Da Educação Básica/SEED, 2008.

GEWAMDSZNAJDER, F. Ciências - A vida na Terra. São Paulo: Editora Ática,

2009.

CRUZ, J. L. C. Projeto Araribá – Ciências. São Paulo: Editora Moderna, 2006.

CHEIDA, E. L. Biologia Integrada. Volume Único. São Paulo: FTD, 2003.

LOPES, S. e ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006.

TRIVELLATO, J. et al. Ciências, natureza & cotidiano: criatividade, pesquisa,

conhecimento. São Paulo: FTD, 2006.

18.2.3 HISTÓRIA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A História enquanto disciplina escolar surgiu no Brasil a partir

do século XIX, abrangeu parte do período imperial e o início da República,

inspirada no modelo francês, pautava-se na formação cultural das elites,

privilegiando feitos e heróis nacionais, os conteúdos abordavam as práticas

cotidianas como: ritos cívicos: festas, desfiles e eventos de culto aos símbolos

da Pátria.

As transformações econômicas e culturais pelas quais o Brasil

passou influenciaram diretamente a educação e consequentemente o ensino

de História, movimentos como da Escola Nova influenciou o ensino da história

fazendo surgir outras possibilidades metodológicas, dentre elas a preocupação

em despertar hábitos de investigação, crítica e raciocínio lógico, pretendiam

preparar o aluno para uma vida ativa e atuante por meio dirigido, ou seja, o

aluno recebia um caderno com questões e respostas, consultava a resposta

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correta para cada questão e testava seus conhecimentos adquiridos em

pesquisas e experiências, dessa forma ele seria agente do seu conhecimento

(NEMI & MARTINS, 1996).

Mas a história continuou sendo ministrada de forma pouco

reflexiva, as mudanças metodológicas e didáticas não trouxeram muitos

avanços, as festividades cívicas, memorização de datas, nomes das

personalidades históricas e a seleção de conteúdos ainda predominaram.

Há uma supervalorização do fato: a história se resume naquilo

que se pode perceber e observar, não sendo permitido abstrações. Como a

filosofia positivista procurava valorizar o homem como indivíduo, não há uma

preocupação historiográfica com o coletivo, com as massas populares, e sim

com os heróis e homens que produzem os fatos. Os historiadores positivistas

seguiam as sequências cronológicas dos fatos, tendo o homem como sujeito

de transformação e nunca objeto.

Essa História Tradicional identificada como historiografia

positivista, trabalha com o conceito de que a história é o fato, e que só se

constrói história a partir de documentos, se esse não existir, não há história,

pois não há comprovação de fatos, portanto, na história positivista o documento

é o objeto principal de análise.

Para os historiadores tradicionais ou positivistas, os métodos

utilizados pelas ciências naturais deveriam ser os mesmos aplicados às

ciências humanas. Dessa maneira, creem que a história pode ter uma

interpretação científica dos fatos, sendo “verdadeira” e isenta de abstrações.

A pesquisa nos documentos oficiais é realizada apenas no

âmbito da descrição já que eles não podem ser discutidos e analisados. Com

isso a história é contada a partir de uma estrutura política, privilegiando os

governos e os governantes. A sociedade assim como a natureza é regida por

leis naturais e invariáveis, independentes da vontade e da ação humana, e que

caminha para um estágio final de progresso, sem que haja retrocessos e

atrasos durante a evolução dessa sociedade.

Essa visão da historia fez com que historiadores repensassem

essa metodologia surgindo assim, novas tendências historiográficas

preocupadas com os processos de transformação da sociedade, entre essas

tendências podemos destacar a teoria marxista.

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Na teoria marxista, a história é explicada através dos fatos

materiais, essencialmente econômicos onde chama de infra-estrutura a

estrutura material da sociedade, sua base econômica consiste nas formas

pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida e de

superestrutura à estrutura política e a estrutura ideológica. Sendo assim, a

infra-estrutura determina a superestrutura.

Na infra-estrutura podemos conhecer a divisão do trabalho de

uma sociedade e a forma como ele é distribuído, já na superestrutura a

sociedade divide o poder político entre seus membros.

Dessa forma, o historiador marxista trabalha na investigação do

processo histórico concreto, e intervém de modo prático sobre eles. A estrutura

econômica é privilegiada com a produção material determinando as demais

esferas da vida social.

Outra corrente historiográfica que surgiu foi a Escola dos

“Annales” considerada uma inovação da historiografia, a atenção voltava-se

para a história de longa duração, a vida política, a economia, a organização

social, o cotidiano, eram fontes de pesquisa, essa proposta trouxe a história

para mais perto da geografia, antropologia, sociologia, psicologia, filosofia,

sendo possível com esses novos instrumentos de pesquisa, chegar a uma

resposta ou várias respostas sobre o objeto ao que se pesquisa e na maioria

das vezes chegando a inúmeros questionamentos, coisa que antes não existia.

Essa nova visão destacou a importância de estudar o cotidiano

das pessoas ao longo dos tempos, representando uma ruptura com a história

positivista e com a análise reducionista do marxismo.

Para os Annales, diferente da interpretação marxista, a

economia não desempenha um papel determinante no conjunto dos

funcionamentos sociais. Sendo estas as principais críticas de Bloch e de

Febvre à percepção marxista. Os Annales defendem que a tarefa das ciências

humanas é explicar o social complexificando-o e não simplificando através de

abstrações.

Como vimos à narrativa dos grandes acontecimentos durante

muito tempo dominou a produção historiográfica, as primeiras mudanças

significativas ocorreram a partir de 1930 trazendo discussões políticas que

influenciaram diretamente o ensino público e conseqüentemente a disciplina de

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História, promovendo um fomento para a renovação da historiografia, tanto

marxista, quanto da chamada escola dos Annales.

As propostas curriculares foram colocadas em debate, surgiram

discussões de caráter psicológico e pedagógico sobre o papel do sujeito que

aprende e as novas formas de se compreender o ensino. Buscava-se, nesse

momento, o trabalho com a História temática, tendo-se a História Local como

um recurso pedagógico fundamental.

O ensino da história, portanto é um processo em contínua

transformação e adaptação à realidade dos alunos e da sociedade como um

todo. Neste processo, é indispensável que o professor acompanhe as

transformações e procure continuamente se adaptar as novas demandas do

ensino.

O homem como ser social e histórico se constitui e se

desenvolve enquanto sujeito e ao agir sobre a realidade apropria-se dos

elementos naturais transformando e criando novos conhecimentos.

Os sujeitos construtores da história são pessoas que fazem

parte da sociedade, pessoas comuns ou de vida pública, são sujeitos que de

uma forma ou de outra deixam suas marcas no cotidiano de seu país e também

na história da humanidade. E são essas relações sociais de transformação e

produção que o trabalho, cultura e o desenvolvimento científico vão se

mostrando como pontos chaves para a compreensão do mundo em que

vivemos, pois todo esse processo é dinâmico e nós estamos inseridos como

sujeitos e cidadãos.

Portanto, podemos dizer que o processo histórico é contínuo,

as transformações acontecem e são decorrentes das ações dos próprios

homens, sendo assim, o passado só terá sentido quando interrogado e só será

compreendido se os conceitos trabalhados forem claros.

O passado histórico não é dotado de reversibilidade e nem

podemos ter acesso direto a ele, a realidade que vivemos nem sempre contêm

elementos do passado que nos deem a percepção da continuidade e rupturas

necessárias a compreensão da nossa própria historicidade e da historicidade

das sociedades da qual fazemos parte.

Um exemplo são “os lugares”, com o passar do tempo são

reocupados e somente teremos informações de como era aquele lugar, ou qual

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função ele tinha anteriormente se realizarmos levantamentos da cultura

material ou vestígios dessa cultura para podermos detectar as transformações

ocorridas no passado.

Portanto, esses levantamentos estão pautados em pesquisas

que retratam o passado com seriedade, ou seja,baseando-se nos fatos

históricos e utilizando-se de documentos que comprovem a veracidade dos

fatos, para que não aconteça ‘interpretações equivocadas”.

O professor deve, portanto, propiciar ferramentas para a

construção de “uma nova visão” da disciplina de história, libertando-se de

conceitos estereotipados muitas vezes preconceituoso, abrir-se para novas

maneiras de olhar e entender o mundo.

A aprendizagem é social, não ocorre isoladamente, ela é

construída simultaneamente com o desenvolvimento do ser humano, funda-se

num processo contínuo que se modifica em função das situações e das ações

exercidas pelos sujeitos no seu contexto histórico-social.

Dessa forma, a disciplina de História além de permitir a

compreensão da realidade, levanta possibilidades de mudanças a serem

realizadas pelo homem com o objetivo de ampliar suas experiências coletivas.

Os alunos chegam à aula de História carregando concepções,

noções, idéias, conceitos, preconceitos e informações cujo aprendizado não foi

realizado pelo professor ou pela escola, mas que teve origem na experiência

pessoal, no convívio com os mais velhos e seus conhecimentos, no contato

diário com seu grupo de amigos, sendo assim, conceitos sobre o tempo,

identidade, são aprendidos antes mesmo do aluno ingressar no ensino formal.

As histórias individuais são parte das histórias coletivas, os

fatos históricos não se explicam por si só, eles se tornam compreensíveis

quando colocados em relação a outros fatos dentro de um conjunto maior.

O educando passará a compreender que não são as grandes

personalidades que produzem a História e sim é esta que produz as grandes

personalidades. É o fato histórico que produz as pessoas para conduzir o

destino do país.

É importante que a História não seja para o educando uma

verdade acabada ou uma série de datas e fatos que se deve aprender pela

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memorização. Essa análise é fundamental para que o educando perceba que

não há verdades absolutas, mas diferentes sujeitos onde o homem é ao

mesmo tempo produto e produtor da história.

Os conteúdos curriculares não devem ser vistos como fim,

como podemos constatar, o saber é produzido em consonância com a

realidade histórica na qual se insere, consequentemente esta relação com o

conhecimento histórico precisa ser explicitada e sistematizada para que os

professores e educandos tenham uma abordagem crítica, ou seja, estejam

atentos para as transformações e inúmeras formas de ensinar e aprender

História.

O conhecimento é construído a partir da internalização dos

conceitos aprendidos culturalmente por intermédio da interação com o outro.

Nesse sentido a escola deverá propiciar situações de aprendizagem em que os

educandos troquem experiências e em seguida com o auxilio do professor

sistematizem essas trocas.

Para que isso aconteça o professor deverá realizar uma

organização didática adequada formulando hipóteses; classificando fontes

históricas; aprender a analisando as fontes; analisando a credibilidade das

fontes; e, por último, a aprendizagem da causalidade e a iniciação na

explicação histórica.

A história vive hoje uma “revolução documental” podemos

utilizar uma infinidade de documentos na sala de aula. O acesso às fontes

históricas deve contemplar textos históricos, imagens, filmes, produtos de

escavações arqueológicas, documentos orais, fotografias, visitas a museus,

monumentos, etc.

As questões relacionadas à cultura também devem ser

abordadas como elemento importante no processo do desenvolvimento do ser

humano para a compreensão das relações pessoais.

Para Vygotsky (1993), é a cultura quefornece ao indivíduo os

sistemas simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de

significações que permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o

local de negociações no qual seus membros estão em constante processo de

recriação e reinterpretação das informações, conceitos e significações.

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É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão

internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a

formação de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo

que caminha do plano social - relações interpessoais para o plano individual

interno - relações intrapessoais. Dessa forma a escola é o lugar onde a

intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-

aprendizagem.

O estudo sobre o modo de vida, organização social de uma

sociedade uma cultura diferente da do aluno é uma situação de aprendizagem

bastante significativa, pois, poderá estabelecer relações de tempo e espaço,

adquirir informações históricas e culturais desenvolvendo o pensamento

reflexivo.

Outro elemento que pode ser utilizado são os relatos, trazer

para a sala a história social, estimulando o aluno a pensar na gama de

acontecimentos históricos e suas relações com a transformação do tempo e do

espaço. A valorização da linguagem como fonte de estudos, através de

entrevistas os educandos perceberão que utilizando o diálogo podem coletar

dados para entender a sociedade em que vivem, ampliando assim, o conceito

de tempo e espaço.

O professor poderá promover debates, apresentação de

música, interpretação, desenho, cartazes, uma infinidade de atividades de

acordo com a idade dos seus alunos, estes são os primeiros passos para a

organização das ideias que permeiam a produção de textos históricos.

A sistematização das informações por meio da produção de

texto individual ou coletivo é quase sempre o caminho percorrido, explorando a

possibilidade para que o aluno registre o que aprendeu com significado.

Nas últimas décadas a prática docente cotidiana teve

mudanças significativas, mas “o velho e bom livro didático ainda é a muleta de

muitos professores”, o saber ainda está fundamentado no conteúdo, na

memorização e na história factual.

A diversidade de enfoques metodológicos que foram sendo

construídos especialmente nas últimas décadas nos faz pensar que não existe

uma metodologia única para a pesquisa e para a prática pedagógica do ensino

de História. O grande desafio é mostrar que é possível desenvolver uma prática

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de ensino de História rica em conteúdo, priorizando na sala de aula conceitos

que são imprescindíveis para que o aluno tenha uma formação histórica que o

auxilie em sua vivência como cidadão.

Objetivos do ensino de História

Entender o significado da história;

Construir e ampliar a noção de tempo e espaço necessário

para entender os diversos momentos históricos;

Conhecer e analisar o passado de vários povos e sociedades

antigas, compreendendo suas características, sua formação e sua organização

social;

Compreender a importância de conhecer as sociedades de

outrora para a formação e organização da sociedade atual;

Compreender a organização e a relação dos grupos sociais

nos determinados períodos históricos;

Analisar os fatos sociais de cada época e suas implicações

na atualidade;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção

de textos, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens

e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações

pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no

coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais e

culturais;

Situar-se na sociedade contemporânea, para melhor

compreendê-la, comparando problemáticas atuais e de outros momentos

históricos.

Encaminhamentos metodológicos

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A partir da matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os

processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no

tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou

não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas

ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as

formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar

social, cultural e politicamente.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das

ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar

constantemente as estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações

dos sujeitos permitemespaços para escolhas e projetos de futuro. A

investigação histórica voltada para descoberta das relações humanas busca

compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas ações.

A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método

específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado.

Construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, a

problematização produz uma narrativa histórica que tem como desafio

contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos

sujeitos e suas relações.

Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem

ser analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou

comparar documentos entre si e com o contexto social e teórico que os

constituíram, a produção do conhecimento propicia validar, refutar ou

complementar a produção historiográfica existente. Como resultado, pode

ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem do

objeto de estudo historiográfico.

Os conteúdos de História serão estudados por meio de:

Aulas expositiva,vídeos, filmes e documentários em DVD –

selecionar e priorizar conteúdos históricos que permitam

aproximar o aluno das questões atuais;

Leitura e discussão de textos bibliográficos, depoimentos

testemunhais, notícias, propagandas políticas, etc.

Pesquisas na Internet previamente planejadas ;

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Leitura crítica de imagens, caricaturas, charges, cartuns e

histórias em quadrinhos de humor, pois a linguagem metafóricas

exprime uma reflexão crítica e interrogativa do mundo;

Pesquisa de dados históricos que permitam buscar o

conhecimento, sempre levantando hipóteses para discussão em

aula;

Discussões que estimulem o aluno a refletir sobre o papel da

mídia, sua influência na opinião pública, na manipulação de

notícias e criação de fatos dentro de um contexto globalizante e

neolibeal;

Produção e correção de textos individual ou em grupo;

Trabalhos em grupo e apresentação de seminários;

Sob uma perspectiva de inclusão social, estes PLANOS

CURRICULARES consideram a diversidade cultural e a

memória paranaenses, de modo que buscam contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais

organizados e destacam os seguintes aspectos;

O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no

Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os

conteúdos de História do Paraná;

O cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial

a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas

das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana;

O cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial

a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos

indígenas do Brasil.

Avaliação

Será realizada avaliação diagnóstica no início do período,

buscando situar professor e aluno no processo de ensino e

aprendizagem. Também a avaliação Será realizada de forma

contínua com acompanhamento do aluno durante o período

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letivo. A recuperação paralela será utilizada como forma de

proporcionar ao aluno a apropriação dos conteúdos ainda não

aprendidos.

Conteúdos

6º ANO OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbana e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

As relações de propriedade: coletiva, pública, privada e a terra;

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistência e produção cultural campo/cidade.

8º ANO- O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de direitos.

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9º ANO – RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de direitos.

AVALIAÇÃO

A avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim

desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir

que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com

o novo,numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a

aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da

avaliação: acompanharo desempenho no presente, orientar as possibilidades

de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos

caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas

(LIMA, 2002)

Entendendo que a avaliação é um processo constante, formativo e

também somativo,funcionará da seguinte forma: será feito o diagnóstico da

aprendizagem,que ocorrerá no início de cada trimestre, através de sondagens

com os alunos, após esse momento,de forma contínua, serão aplicados os

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seguintes instrumentos de avaliação: seminários; trabalhos em grupos ou

individuais; análise de documentos; prova objetiva; provas dissertativa, análise

de textos e pesquisas, durante o período letivo. A recuperação paralela será

utilizada como forma de retomar os conteúdos e mensurá-los,proporcionando

ao aluno maior oportunidade de aprendizagem.

REFERERÊNCIAS

ALBORNOZ, Susana. O que é trabalho. São Paulo: brasiliense, 2004.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico, Lisboa: Difel, 1989.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e

métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

HOBSBAWN, Eric J. Pessoas extraordinárias: resistências, rebelião e

jazz. Rio de Janeiro; Paz e terra, 1999.

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura? São Paulo: Brasiliense,

2004.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8a ed. São Paulo: Ática,

2004.

GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995.

KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

18.2.4 GEOGRAFIA ANOS IFINAIS - 6º AO 9º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL

O termo Geografia surgiu na Antigüidade Clássica,

especificamente junto ao pensamento grego. Já nessa época, a Geografia era

vista sob duas perspectivas: a primeira privilegiava a medição do espaço e a

discussão sobre a forma da Terra; a segunda preocupava-se com a descrição

dos lugares. Durante a Antigüidade o conhecimento geográfico encontrava-se

disperso e assim permaneceu até o final do século XVIII.

Os conhecimentos de cunho geográfico só vieram a ser

sistematizados no início do século XIX, quando algumas condições históricas

se faziam favoráveis: o conhecimento da dimensão e da forma real dos

continentes;a existência de grande quantidade de informações sobre variados

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lugares da Terra;o aprimoramento das técnicas cartográficas e a descoberta

das técnicas de impressão e a valorização dos temas geográficos pela

reflexão da época expressa na Filosofia, nas idéias iluministas, na Economia

Política e nas teorias evolucionistas.

A sistematização da Geografia ocorreu na Alemanha, num

contexto de unificação nacional (a Alemanha de então, era um amontoado de

feudos sem unidade econômica e política) onde a questão do espaço era

primordial para as classes dominantes. Temas relacionados ao domínio e

organização do espaço, diferenças regionais e apropriação do território

“estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã de então. É, sem

dúvida, deles que se alimentará a sistematização geográfica” (Moraes, 1998).

Os primeiros esforços no sentido de sistematizar os

conhecimentos geográficos vieram de dois prussianos Alexandre von Humboldt

e Karl Ritter. Para Humboldt a Geografia seria a parte terrestre da ciência do

Cosmos – uma síntese dos conhecimentos sobre a Terra. Segundo ele, a

paisagem causaria uma impressão, que, combinada com a observação e

filtrada pelo raciocínio lógico levaria à explicação. Para Ritter, a Geografia era o

estudo dos lugares como forma de relação entre o homem e o Criador.

Humboldt e Ritter deixaram delineados caminhos que foram, posteriormente,

resgatados pelas “escolas” geográficas.

No período do final do século XIX até meados do século XX, o

pensamento geográfico baseou-se nos postulados de La Blache e Ratzel.

Friedrich Ratzel, alemão, definia o objeto de estudo da Geografia como a

influência das condições naturais sobre a humanidade e da natureza na

constituição social. Das idéias de Ratzel surgiu a escola determinista, para a

qual o meio determinava o homem. Paul Vidal de La Blache, francês, definia o

objeto da Geografia como a relação entre homem e natureza, na perspectiva

da paisagem.

Os conhecimentos geográficos desenvolvidos e sistematizados

até o início da década de 50 foram denominados GGeografia Tradicional. O

ensino da Geografia Tradicional nas escolas caracterizava-se pelo ensino

dividido em blocos (Geografia Física, Geografia Econômica, Geografia

Humana,...) que não se relacionavam entre si. Aos alunos cabia memorizar

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listas infindáveis de acidentes geográficos e localizá-los nos mapas, assim

como indicar aspectos humanos e econômicos de países e regiões.

Na década de 50 iniciou-se um movimento de renovação da

Geografia. Esse movimento caracterizou-se inicialmente por uma mudança

apenas de ordem metodológica, baseada na crítica à insuficiência da análise

tradicional para a intervenção na realidade e foi denominada de Geografia

Pragmática. A Geografia Pragmática até fim da década de 70 manifestou-se

através de três tendências: a Geografia Quantitativa, a Geografia Sistêmica e a

Geografia da Percepção.

Na Geografia Quantitativa acreditava-se que o temário

geográfico poderia ser explicado com o uso de métodos matemáticos. Para

isso utilizava-se a estatística na análise dos fenômenos. A Geografia Sistêmica

propunha o uso de modelos de representação e explicação que resultavam em

padrões e tendências. Baseava-se nas ciências econômicas. A Geografia da

Percepção ou Comportamental tentava explicar a valorização subjetiva do

território, ou seja, como os homens percebiam o espaço vivenciado. Utilizava-

se da Psicologia. A Geografia Quantitativa caracterizou-se, na escola, pela

memorização de dados numéricos e estatísticos, enquanto a Geografia da

Percepção preocupou-se em trabalhar o espaço na escola a partir da relação

afetiva do aluno com o espaço vivenciado e percebido por ele.

Essas tendências prevaleceram até por volta da década de 80,

quando ocorreu outro movimento dentro da renovação da Geografia proposto

por geógrafos que se preocupavam com mudanças que iam além da

metodologia. Com as novas ideias propostas por esses geógrafos surgiu a

Geografia Crítica que se opôs à Tradicional e à Pragmática. A Geografia Crítica

utilizava-se das análises marxistas, explicando a organização do espaço a

partir dos modos de produção. Os geógrafos críticos buscavam um espaço que

fosse organizado em função dos interesses dos homens e não mais em função

do modo de produção capitalista.

A Geografia Crítica hoje é uma frente onde convivem inúmeras

propostas e onde existe grande diversidade metodológica, fato que acaba por

tornar-se benéfico, pois estimula o debate. Na escola, ela procura fazer com

que o aluno pense o espaço de forma crítica e compreenda a serviço de quem

o espaço é organizado. Yves Lacoste, cujas ideias embasaram o pensamento

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dos geógrafos críticos no Brasil, afirmava ser a Geografia um conhecimento

estratégico utilizado com eficiência pelos Estados Nacionais e ignorado pelo

cidadão comum. Para Lacoste, o cidadão comum deve, também, ter acesso

aos conhecimentos geográficos, pois é esse conhecimento que lhe permitirá

atuar sobre o espaço de forma a transformá-lo.

A Geografia direciona suas análises na busca do conhecimento e

compreensão das mudanças ocorridas no mundo, e por que elas acontecem.

Além de identificar e entender a dinâmica da natureza, tais como a formação e

transformação do relevo, a hidrografia, a atmosfera, a vegetação, a relação de

interdependência que existe entre todos eles e a influência que os mesmos

produzem nas relações humanas.

Quanto ao fator humano, a Geografia procura estabelecer um estudo

sistemático da sociedade, verificando as relações de trabalho, incluindo os

problemas sociais, a cultura, a economia, dentre muitos outros temas.

Salientamos que tudo no mundo está interligado, desse modo, não é possível

estudar aspectos físicos (clima, relevo, hidrografia etc.) sem acrescentar a

sociedade, tendo em vista que ela está inserida na natureza.

Assim, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo

é divido em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou

construído. Em suma, pode-se afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das

relações humanas, pois o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a

natureza fornece.

Segundo Visentini, "Estudar Geografia é uma forma de compreender o

mundo que vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor o local

em que moramos — seja uma cidade, seja uma área rural — e o nosso país,

assim como os demais países. O campo de preocupação da Geografia é o

espaço da sociedade humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo

tempo, produzem modificações que o (re)constroem permanentemente.

Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses

elementos — além de outros — constituem o espaço geográfico, isto é, o meio

ou realidade material em que a humanidade vive e do qual é parte integrante.

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Desta forma, nestas Diretrizes, o conceito adotado para o objeto de

estudo da geografia é o espaço geográfico, ou seja, aquele produzido e

apropriado pela sociedade e segundo Santos, composto pela inter-relação

entre os objetos naturais, culturais e técnicos e pelas relações sociais,

culturais, políticas e econômicas (Santos, 1996.p.51).

Para que aconteça a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem de

forma crítica, o professor deve conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos

buscando sempre alcançar o objetivo de formar sujeitos capazes de interferir

na realidade de maneira consciente e crítica.

CONTEÚDOS

6º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão Política do espaço

geográfico

Formação e transformação das

paisagens naturais e culturais;

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exportação e

produção;

A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais;

A distribuição espacial das

atividades produtivas e

reorganização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e a

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Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão sócioambiental do espaço

geográfico

cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da

população.

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais

da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

7º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

A formação. Mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração do

território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologia de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do

espaço brasileiro.

As manifestações sócio

espaciais da diversidade

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Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

cultural.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da

população.

Movimentos migratórios e suas

motivações.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

reorganização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra,

das mercadorias e das

informações.

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AVALIAÇÃO

A Geografia é uma ciência que contempla vários aspectos do

mundo e, portanto, trata de uma variedade de assuntos em sala de aula. Essa

variedade é propícia à utilização de atividades muito diversas.

Na avaliação, o professor deve valer-se dessa infinidade de

possibilidades para adequar vários instrumentos de avaliação. As próprias

atividades desenvolvidas para o aprendizado podem ser avaliadas, mas para

isso é preciso que fique claro para os alunos que a atividade será objetivo de

avaliação e quais os aspectos que serão avaliados. O professor pode avaliar,

por exemplo, a confecção de cartazes, painéis, maquetes, murais e mapas; a

realização de trabalhos de pesquisa bibliográfica em grupo ou individuais; a

interpretação ou composição de letras de músicas ou poemas; as discussões

sobre filmes, documentários ou notícias de jornal; os trabalhos práticos de

observação em campo, entre outros.

Quanto aos instrumentos, o professor tem à sua disposição

muitas opções: relatórios escritos ou orais; produção de textos narrativos,

informativos, jornalísticos, poéticos ou de opinião; exposições orais relatando

conclusões de trabalhos realizados; produção de desenhos, charges ou

histórias em quadrinhos; desafios para encontrar a resposta a um problema

dado pelo professor; elaboração de resumos; fichas de acompanhamento a

serem preenchidas pelo professor; fichas de autoavaliação.

A avaliação das atividades de confecção de cartazes, painéis,

maquetes, murais e mapas devem ser precedidas de um roteiro de avaliação

para que os alunos possam orientar-se. Podem fazer parte desse roteiro:

riqueza do conteúdo, correção das informações e da língua, ordem e clareza

das informações, adequação ao tema proposto, adequação do título e das

ilustrações, bibliografia consultada. Nos trabalhos em grupo é importante

acrescentar questões relacionadas à interação entre os elementos do grupo, à

participação cooperativa e à forma de apresentação do trabalho.

Outra característica da disciplina Geografia é o caráter

interdisciplinar. Devido a esse caráter é possível avaliar mais de uma disciplina

numa mesma atividade. Dependendo da atividade desenvolvida, como no caso

das maquetes, são necessários conhecimentos além da Geografia para sua

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confecção. Dessa forma, podemos avaliar o conteúdo geográfico e outros

conhecimentos matemáticos, artísticos, históricos, que tenham sido utilizados

na sua confecção.

A concepção socioconstrutivista de ensino não exclui as

formas mais convencionais de realizar o ensino de

Geografia, como as aulas expositivas e os trabalhos em

grupo na sala de aula, já que o que importa não é

exatamente o tipo de procedimento utilizado mas a

garantia da possibilidade de atividade intelectual dos

alunos. (CAVALCANTI, 2002)

Na avaliação, um instrumento muito utilizado pelo professor é a

prova escrita. Esta é uma forma considerada por muitos como tradicional, mas

continua sendo bastante apropriada para a verificação de aspectos do

aprendizado individual que muitas vezes se tornam difíceis de observar em

atividades coletivas.

O que devemos considerar, no entanto, é que a prova escrita

esteja de acordo com o trabalho desenvolvido durante o processo de ensino e

aprendizagem. Se o professor trabalha os assuntos proporcionando o máximo

possível de atividade intelectual aos alunos, o mais adequado é que a prova

escrita seja elaborada utilizando-se de questões contextualizadas, situações-

problema, que permitam a utilização de diversas operações mentais e não

apenas da memorização.

REFERÊNCIA

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Humano, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Brasileiro, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Americano, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Mundial, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

Espaço Geográfico: Objeto de Estudo da Geografia. Disponível em:

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http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/espaco-geografico-objeto-estudo-

geografia.htm.Acessado em 18 .nov .2009.

Geo Ciências- Práticas da Geografia. Disponível em:http://geociencias.terapad.com/index.cfm?fa=contentNews.newsDetails&newsID=17017&fr

om=list. Acessado em 18.nov.2009.

VISENTINI, José William. Sociedade & Espaço. São Paulo, Ática, 2003.

O Que é Geografia Crítica?. Disponível no site: http://www.geocritica.com.br/geocritica.htm. Acessado em 18.nov.2009.

18.2.5 - ARTE

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do homem. É

alfabetizadora, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos

movimentos característicos dessa era.

A arte tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Devemos

trabalhar com a essência do ser humano, em que o sensível e o reflexivo

atuam e interagem com as mesmas propriedades, por meio da Educação

Artística e da estética. A arte permite a expressividade de sentimentos, ideias e

informações, interferindo no processo de aprendizagem de todas as disciplinas.

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento

artístico. Possibilita um leitor de mundo mais crítico e eficiente nos seus

posicionamentos e tomada de atitude, bem como num novo agente da

produção cultura.

Na organização do Plano de Trabalho Docente o professor deve levar

em conta as diferentes formas de pensar a Arte. Ele deve estabelecer

referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à

política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em

mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.

O ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência

entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a

metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos

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sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para sua capacidade

de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados, a partir de

uma análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da

produção artística, de maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção

da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitará a construção de

uma sociedade sem desigualdades e injustiças.

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é necessário,

ainda, que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais,

Música, Teatro e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas,

estabelecendo relações com os conteúdos e saberes das outras áreas da

disciplina de Arte, nas quais tiver algum domínio.

A arte1 permeia nossas vidas, o nosso dia a dia, mas às vezes

não percebemos sua forte presença. Ela aparece nas apresentações artísticas

de rua ou em locais próprios, nas apresentações circenses, no design dos

diversos objetos, nos bordados, nos entalhes, na arquitetura, na interferência

urbana, registrada em muros, como a marca dos grafiteiros, em praças,

paredes, em igrejas e também nas revistas, jornais, outdoors, fotografias,

cartazes, televisão, cinema e tantos outros. Enfim, vivemos rodeados de arte e

a partir destas constatações, duas reflexões tornam-se pertinentes: o que é

arte? Onde a arte surge na história da humanidade?

Começando pela primeira reflexão, podemos afirmar que essa

é uma definição difícil, pois a arte possibilita inúmeras interpretações, depende

do contexto a que se refere e varia de acordo com a sociedade e a época. Mas

pensando na arte como atividade humana ligada a manifestações de ordem

estética, feita a partir de percepções, interpretações e idéias, com o objetivo de

mexer com emoções e sentimentos de um ou mais espectadores,

compreendemos que a necessidade de criar, recriar, transformar a matéria e se

expressar são características de quem faz arte. De acordo com Pareyson

(1989, p.32), no jogo da criação, “a arte é um tal fazer que, enquanto faz,

inventa o por fazer e o modo de fazer”.

1 Quando nos referimos à disciplina de Artes grafa-se com letra maiúscula e a arte em geral com letra minúscula.

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A arte nos possibilita “dialogar com o mundo”, expressão esta

que Paulo Freire (1996), já mencionava ao referir-se à leitura, para ele, a leitura

é bem mais que decodificar palavras: é ler o mundo. Portanto, podemos

também dizer que a arte propicia essa leitura de mundo, ela nos faz

compreender de forma mais crítica, sensível e aguçada, as cores, as formas,

as texturas, outras culturas, a natureza, os objetos, os fatos, as pessoas, o

mundo e a nós mesmos.

Em relação à origem da arte ou de manifestações artísticas

diversas, entendemos que ela acompanha o homem desde sua origem. Lá na

pré-história, muito antes da escrita ser inventada, ela já estava presente. O

homem primitivo percebia cores, formas, texturas, sons, gestos e movimentos

com a intenção de se comunicar, de dar sentido a algo que fosse significativo à

sua existência e a arte preencheu essa necessidade. As imagens impressas

naquelas paredes das cavernas pré-históricas revelavam um conhecimento de

mundo que o homem primitivo construiu.

Por intermédio da expressão artística, segundo Martins (1998),

compreendemos o pensamento de um povo, seus ritos, suas religiões, seus

costumes e suas culturas, revelando também os diferentes tipos de relações

entre os indivíduos dentro de uma determinada sociedade. A arte compreende

estas manifestações culturais, que vão desde a pré-história até a

contemporaneidade.

E na educação, que contribuições essa área do conhecimento

traz?

A disciplina de Arte, na escola, não tem como finalidade ilustrar

conhecimentos, festas cívicas ou escolares. Como toda área do conhecimento,

tem como objetivo a construção e aquisição de conhecimento.

Para muitos professores, a disciplina de Artes está relacionada

apenas com: dom, intuição, técnicas e produção, e muitas vezes diante de um

modelo “em série” como resultado, pensam que os professores de Artes, não

pensam, “só fazem”, excluem a possibilidade de observação, reflexão e

compreensão que a arte possibilita, não compreendem a arte como

conhecimento, apenas como “realização manual de técnicas”,

conseqüentemente acreditam ser apenas este, o objetivo de Artes, desenvolver

a habilidade do aluno e ensiná-lo inúmeras técnicas.

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Ao trabalhar com Arte, o aluno é estimulado à reflexão,

investigação, experimentações, comparações, a ter curiosidade, levantar

hipóteses, ao trabalho em equipe, proporcionando desta forma o seu

desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, cultural e estético.

A educação em Artes propicia também, o desenvolvimento do

pensamento artístico e esse pensamento artístico amplia, a sensibilidade,

criatividade, percepção, originalidade, flexibilidade, reflexão, imaginação,

inventividade, o senso crítico e o senso estético, possibilita ao aluno, um

grande crescimento e um aumento de sua capacidade de visualização e

memória visual, além de ajudá-lo a resolver problemas de ordem técnica e

estética.

De acordo com Bosi (2001),

[...] o trabalho de arte passa pela mente, pelo coração,

pelos olhos, pela garganta, pelas mãos; e pensa e

recorda e sente e observa e escuta e fala e experimenta

e não recusa nenhum momento essencial do processo

poético. (p.71).

A disciplina de Arte pode ser percebida como porta de entrada

a uma compreensão mais significativa das questões sociais.

O ensino em Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir

dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do

universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Mencionamos algumas vezes a palavra “estética” e é sobre isto

que falaremos a seguir. A estética não está apenas ligada ao campo artístico,

um físico, um professor, uma dona de casa, dentre outros, por exemplo, podem

ter uma experiência estética. Podemos ter uma experiência estética diante da

natureza, de um objeto, de uma música, uma dança, um filme, uma situação,

um fato, uma obra de arte, entre outros.

Para alguns filósofos, o prazer do “Belo” é o prazer estético. O

belo da experiência estética, não diz respeito ao “feio e bonito”, “gosto ou não

gosto” superficial, que segue rígidos padrões de beleza convencionados. Este

belo que falaremos a seguir diz respeito a uma beleza subjetiva, sensível e

carregada de significado. A experiência estética é um olhar mais profundo,

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mais intenso, sobre as coisas em geral, é um olhar que vai além de formas,

cores, padrões, temáticas, moda dentre outros.

A beleza, não é um valor universal, pois o que é belo para

alguns, às vezes, não é belo para outros, isto porque somos seres singulares,

cada pessoa tem um jeito único e próprio de ser, de ver e interpretar as coisas.

O nosso conceito de beleza está relacionado com a nossa idade, nossa cultura,

o nosso sexo, nosso jeito de ser e também o momento em que estamos

vivendo.

Quando falamos de arte, falamos também em algumas de suas

características como: sensibilidade, emoção, prazer, encantamento,

sentimentos que estão intimamente ligados à experiência estética, portanto ao

trabalharmos com arte, em sala de aula, estimulamos o desenvolvimento

cognitivo, afetivo, social e estético de nossos alunos.

Em uma abordagem sobre experiência estética, feita por

Duarte Júnior (1988), dois exemplos nos facilitam a compreensão: um diz

respeito a um médico que atende um paciente com problema de fígado e, ao

relatar a sua experiência a um colega, diz: “estou atendendo um caso muito

bonito”. Ao dizer isso, não significa que ele tenha um sentimento mórbido, que

veja beleza em uma doença patológica, mas que seu sentimento de “belo”

provém da própria ciência que exerce: a medicina. O outro exemplo é do

matemático, Poicaré (apud DUARTE JR., 1988), que dizia que a primeira coisa

que ele verificava em uma equação era sua qualidade estética, isto é, se ela se

mostrava bela. Para alguns, matemática pode parecer um monstro de sete

cabeças, no entanto, para outros uma equação pode ser bela e é dessa beleza

que estamos falando.

A construção e compreensão de um saber e a articulação de

determinados dados nos proporcionam essa experiência, nos faz ver beleza

onde os outros não vêem como o exemplo do médico e do matemático

relatados a pouco, isso evidencia novamente a relevância da compreensão dos

códigos artísticos na escola, desde os primeiros anos.

Portanto, concluímos nossa reflexão sobre a experiência

estética, lembrando que frente a uma obra de arte a experiência da beleza, tem

como finalidade conduzir o espectador ao mundo do belo, mas não um belo

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superficial, mas um belo subjetivo, repleto de significados que nos sensibiliza,

nos eleva e nos toca.

A Arte como conhecimento

Compreendida como área de conhecimento, a arte, apresenta

relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens

materiais (bens físicos como: pintura, escultura, desenhos, dentre outros) e

imateriais (práticas culturais coletivas como: música, teatro, dança, etc.).

Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que

toda produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e

marcam a sua existência no mundo.

A arte é conhecimento construído pelo homem através dos

tempos, portanto, importante na escola, ela é um patrimônio cultural da

humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber. Sendo

assim, tratar a arte como conhecimento é ponto fundamental e condição

indispensável para o enfoque contemporâneo do ensino e aprendizagem de

Artes.

A arte é linguagem, portanto, uma forma de expressão e

comunicação humana, ela tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos

cognitivos, sensíveis e culturais e isso já é suficiente para que se justifique sua

presença na vida escolar.

Por ser uma linguagem, é uma forma de expressar emoções,

idéias, vivências entre outros, é também, uma forma de comunicação. Quando

dizemos comunicação, pressupõe que não seja isolada, que exista um outro

para que haja essa comunicação. E a compreensão dessa comunicação, só se

torna possível, se o outro decodificar a mensagem, sendo assim, tornamos a

enfatizar a importância da arte na escola propiciando à criança, que ela se

expresse e compreenda certos códigos artísticos.

Quando nos referirmos à disciplina de Artes, a comunicação se

dá por intermédio de formas, cores, texturas, volumes, sons, movimentos,

gestos, expressões dentre outros.

ARTES VISUAIS

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Como havíamos mencionado no início deste texto, vivemos

rodeados por arte e consequentemente com a presença das imagens. As

imagens se encontram por toda parte. Para Camargo (apud REZENDE, 2005),

a imagem foi o primeiro meio de comunicação com o outro, ela, a imagem,

constrói significado e esse significado é simbólico. Esse mesmo autor nos diz

que dialogamos com o mundo por intermédio das imagens, portanto, torna-se

necessário a alfabetização visual.

Aprender a ler imagens vem primeiramente da necessidade de

compreensão do próprio mundo natural e depois, da construção e

compreensão do mundo da cultura.

As imagens exercem uma função, como não são alheias aos

fatos e acontecimentos, elas revelam lugares, costumes, tempos, enfim, se

comunicam.

Ver significa conhecer, perceber, apropriar-se de algo. Pela

visão alcançamos as pessoas, os objetos, às formas, enfim, o mundo ao nosso

redor. Ver também é um exercício de construção perceptiva, onde os

elementos selecionados e o percurso visual podem ser educados.

Mas afinal, por que estamos falando sobre imagens? É porque,

o assunto diz respeito às artes visuais e isso nos remete às imagens. As artes

visuais têm como objeto de estudo a imagem e nela encontramos as formas, as

linhas, as cores, as texturas, entre outros. Imagem é tudo que se vê: imagem

digital, computadorizada, televisiva, cinematográfica, placas e sinais, gravura,

desenho, pintura, escultura, etc.

Coll (2000) ao abordar as formas visuais e a maneira, pela qual

os nossos olhos identificam as coisas no mundo, diz ser esses códigos visuais

importantes para as pessoas se conduzirem em diferentes locais com

independência, pois são formadas por desenhos, formas, cores que têm

significados especiais como o semáforo, as placas de trânsito, os sinais que

indicam onde ficam as saídas de emergência, o banheiro dentre outros. Todos

devem conhecer e respeitar esses sinais visuais.

Para Cava (2008), A junção entre os meios tecnológicos, os

meios audiovisuais, mais as artes plásticas e os sinais visuais, pertence às

artes visuais. Portanto quando nos referimos às artes visuais, estamos falando

de: desenho, pintura, colagem, gravura, construções tridimensionais (sucata,

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modelagem, escultura, instalação) imagens fotográficas, cinematográficas,

televisivas, virtuais etc.

A proposta contemporânea para o ensino e aprendizagem em

Artes sugere trabalhar com muitas imagens como: obras de arte, outdoors,

propagandas (tanto estáticas como em movimento), cartazes, convites,

encartes, entre outros, em sala de aula, pois, com tantas imagens a nossa

volta, a alfabetização visual torna-se uma necessidade, precisamos estimular

nossos alunos a ver e aprender a ver. Mas como nossos alunos podem

aprender a ver? Como estimulá-los?

A leitura de imagens constitui-se em canais de conhecimento,

aprimorando, desse modo, a sensibilidade, a criticidade e a imaginação.

As pessoas só conseguem ver, perceber determinados

detalhes, nuances daquilo que conhecem que observam com atenção, por isso

a necessidade de trabalhar com imagens, principalmente, obras de arte, para

aprender interpretá-las, propiciando assim, o desenvolvimento do senso crítico

e estético dos alunos. Um médico, por exemplo, olha um exame de ultra-som e

entende certos significados que uma pessoa leiga não compreende isso

porque, ele conhece o assunto e aprendeu a decodificar aquelas imagens.

Quando educamos o olhar dos nossos alunos, no sentido de diante de uma

imagem, eles percebam cores, formas, texturas, temáticas, intenções,

conceitos, mensagens e outros, principalmente em relação às obras de arte,

certamente compreenderão melhor os códigos artísticos.

Ao levar uma imagem, para a sala de aula, habilidades de

percepção, intuição, raciocínio e imaginação atuam. É bom que desde cedo os

alunos tenham contato com obras artísticas, conhecendo o artista, a obra, as

técnicas utilizadas, alguns aspectos formais, o contexto em que foi realizada,

dentre outros.

Para (Barbosa, 1991: p. 107):

Quando o aluno observa obras de arte e é estimulado e

não obrigado a escolher uma delas como suporte de seu

trabalho plástico a sua expressão individual se realiza da

mesma maneira que se organiza quando o suporte

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estimulador é a paisagem que ele vê ou a cadeira de seu

quarto...

O importante é que o professor não exija representação

fiel, pois a obra observada é suporte interpretativo e não

modelo para os alunos copiarem.

Assim estaremos ao mesmo tempo preservando a livre-

expressão, importante conquista do modernismo [...] e

nos tornando contemporâneos.

Para Cava (2007), a leitura de obra de arte propicia que o

aluno conheça a obra e seu produtor além de desenvolver a percepção,

observação, sensibilidade e a construção de conhecimento em Artes, e quando

ele observa, analisa e tece comentários, sobre a obra analisada, será

estimulado a desenvolver a oralidade, autonomia e descontração.

DANÇA

Toda ação humana envolve a atividade corporal. O aluno

constantemente utiliza dela para buscar conhecimento de si mesma e daquilo

que a rodeia, relacionando-se com objetos e pessoas. Ela corre, pula, gira,

sobe nos objetos, pois sente necessidade de experimentar seu corpo, para seu

domínio e também construção de sua autonomia. A ação física representa a

primeira forma de aprendizagem da criança, estando a motricidade ligada à

atividade mental. Ela se movimenta pelo prazer do exercício, para explorar o

ambiente, adquirir melhor mobilidade e se expressar com liberdade. Possui um

vocabulário gestual fluente e expressivo. Enfim, a ação física é necessária para

que a criança harmonize de maneira integradora as potencialidades motoras,

afetivas e cognitivas.

Ao refletir sobre a presença e relevância da dança na vida das

pessoas, segundo Cava e Minari (2004)2, percebe-se que desde o nascimento

a criança já trabalha com elementos da dança como o equilíbrio, com a relação

do espaço do seu corpo e de seu corpo no espaço e a fluência de seus

movimentos.

2

CAVA, Laura Cabral; MINARI, Ana Paula. Texto retirado da apostila: Dança na Escola, preparado para o curso de formação

continuada a professores regentes de oficinas da Rede Municipal de Londrina. Londrina, 2004.

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A dança também se faz presente nas manifestações populares,

no folclore, na vida social das pessoas, faz parte das culturas humanas e

sempre integrou o trabalho, as religiões e as atividades de lazer. Ela é um bem

cultural inerente à natureza humana.

Na escola, a dança pode desenvolver a compreensão da

capacidade de movimento da criança e maior entendimento do funcionamento

de seu corpo, possibilitando assim, a utilização de seu corpo com

expressividade, com maior inteligência, autonomia, responsabilidade,

criatividade e sensibilidade. Ou seja, o conteúdo de Dança vai muito além de

danças que estão na mídia ou danças relacionadas às datas comemorativas.

De acordo com Cava e Minari (2004), o conhecimento em

Dança conscientiza cada vez mais sobre a importância da dança para o

desenvolvimento sinestésico, cognitivos e sensíveis dos alunos. A educação

pela dança proporciona ao aluno uma experiência através dos sentidos que

são:

TÁTIL - Sentir os movimentos e seus benefícios para o seu corpo.

VISUAL - Ver os movimentos e transformá-los em atos.

AUDITIVO - Ouvir a música e dominar seu ritmo.

COGNITIVO - Raciocínio, ritmo, coordenação.

MOTOR - Esquema corporal.

A dança é muito mais que uma simples atividade física, mais

do que movimentos para desenvolvimento da coordenação motora, um mero

momento de lazer e descontração contra o stress ou passos pré-determinados

para a apresentação em datas comemorativas. A dança é uma experiência

sensível e deve ser usada em sala de aula, pois se trata de uma das

linguagens artística. O educador deve articulá-la com as demais linguagens e

também trabalhá-la de forma interdisciplinar, isto é, unir a dança com a música,

teatro e artes visuais e trabalhar também com outras áreas do conhecimento,

com expressividade e criatividade.

Os conhecimentos advindos da dança devem se articular com

a percepção do espaço, peso e tempo. A dança é uma forma de integração,

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expressão individual e coletiva, onde o aluno exercita a atenção, a percepção,

a colaboração e a solidariedade. Como atividade lúdica, permite a

experimentação e a criação, no exercício da espontaneidade. Contribui à

consciência e à construção de sua imagem corporal, aspectos fundamentais

para seu crescimento individual e sua consciência social.

No planejamento das aulas, o professor deve considerar o

desenvolvimento motor do aluno, ele deve também observar suas ações físicas

e habilidades naturais.

MÚSICA

A música permeia nossas vidas, ela está presente no nosso

dia-a-dia, na televisão, nas ruas, nas igrejas, consultórios, no cinema, no carro,

nas escolas, dentre outros e nós, na grande maioria, nos relacionamos muito

bem com ela. Dessa forma, de acordo com Andrade e Cava (2007), podemos

dizer que a música torna-se uma “companheira” para todas as horas, pois,

quem nunca fez uma faxina com o rádio ou o aparelho de som ligado? Quem já

se aborreceu com um vizinho barulhento que gosta de ouvir música às 3 horas

da madrugada?

O bebê, por exemplo, muito antes de estar no mundo, lá no

ventre materno, segundo pesquisas, já reconhece a voz da mãe, convive com o

ritmo das pulsações do coração de sua mãe e com ruídos. Desde a infância, os

sons dos objetos e brinquedos, as vozes dos pais e das pessoas próximas

chamam a atenção da criança e ela reage de diversas formas, uma delas é

emitindo sons.

Ao nosso redor, combina-se uma infinidade de sons produzidos

pela natureza ou pelas pessoas. Esses sons, fazem parte da vida dos seres

humanos desde as civilizações mais primitivas. O homem primitivo

comunicava-se através de murmúrios da voz, a partir dos sons e ritmos de seu

próprio corpo (batimento cardíaco, andar, respirar, etc.) e também sons vindos

da própria natureza (barulho dos ventos, movimentos das árvores, chuvas, o

cantar dos pássaros e outros).

A música, como forma de expressão do ser humano, traz

consigo a possibilidade de exteriorizar as alegrias, as tristezas e as emoções

mais profundas. Ela faz emergir nas pessoas emoções e sentimentos que as

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palavras são, muitas vezes, incapazes de evocar; a música impulsiona a

expressão corporal fazendo com que o corpo vibre com a excitação que o

abala.

Na escola a música pode acontecer por meio da musicalização.

De acordo com Feres:

[...] a vivência musical promovida pela musicalização

permite, na criança, o desenvolvimento da capacidade de

expressar-se de modo integrado, realizando movimentos

corporais enquanto canta ou ouve uma música. “O canto

é usado como forma de expressão e não como mero

exercício musical”. (Feres, 1989 apud Joly, 2003, p. 116).

Ainda Com essa mesma autora, “dizer que uma pessoa é

musicalizada significa dizer que ela possui sensibilidade para os fenômenos

musicais e sabe expressar-se por meio da música cantando, assobiando ou

tocando um instrumento etc.” (Feres, 1989 apud Joly, 2003, p. 116).

Nascemos com um valioso instrumento musical que é a voz.

Para Andrade e Cava (2007), a voz bem usada na sala de aula proporciona

rica vivencia musical e a execução de atividades que não precisam de nenhum

outro recurso material.

Ainda com essas mesmas autoras, deve-se estar atento ao fato

da musicalização ser um processo constituído de elementos especificamente

musicais. Um professor que canta com seus alunos durante a entrada na sala

de aula está oferecendo a eles um tipo de vivência, mas essa vivência não

pode se limitar apenas a essa atividade. O professor bem fundamentado usa

esses momentos de vivência cotidiana na escola, conectados a outros

momentos nos quais a criança tem a oportunidade de criar e/ou compreender

conceitos musicais a partir da vivência.

Para Andrade e Cava (2007), qualquer proposta de ensino que

considere a diversidade cultural, precisa abrir espaço para o aluno trazer

música para a sala de aula, acolhendo-a, contextualizando-a oferecendo

acesso a obras que possam ser significativas para o seu desenvolvimento

pessoal em atividades de apreciação e produção. A diversidade permite ao

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aluno a construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra no patrimônio

musical da humanidade, aprimorando sua condição de avaliar a qualidade das

próprias produções e as produções de outros.

Quase nunca a música é ensinada nas escolas, com a

justificativa de não existir um profissional formado em música, o professor

regente, sente-se inseguro em ministrar essas aulas, pois acredita que para

trabalhar com música precisa saber tocar um instrumento, compreender

partituras, conhecer a vida de todos compositores eruditos, dentre outros.

Certamente um professor formado em música seria mais adequado, mas, na

falta deste profissional, devemos trabalhar com as possibilidades que temos e

não excluir essa oportunidade e esse direito do aluno, que são as aulas de Arte

e suas linguagens, entre elas a “Música”.

TEATRO

Provavelmente, em algum momento, já nos perguntamos

quando o ser humano começou a representar, por que o fez e como teriam sido

as primeiras apresentações. Segundo estudiosos, na pré-história, os homens

primitivos já tinham necessidade de representar para expressar suas alegrias,

tristezas e dúvidas, comunicando-se com os deuses, em rituais de magia e

celebrações. Mas o teatro propriamente dito, com atores e platéia surge na

Grécia antiga em homenagem ao deus Dionísio.

O teatro permitiu e permite que narremos fatos e que por

intermédio da ação dramática os representemos. São necessidades humanas o

recriar da realidade em que vivemos e o transcender dos limites dessa mesma

realidade. O jogo teatral pode ser relacionado aos processos de imitação,

simbolização e de jogo que permeiam a infância, sendo assim, é inerente ao

homem. O teatro está presente em diversas culturas de vários tempos e

lugares.

Os exercícios de expressão dramática estão relacionados à

fantasia e a imaginação, ao mundo do sonho e da representação,

desenvolvendo a comunicação e a criatividade. De acordo com Coll (2000),

pelo seu modo de ser, a linguagem teatral desperta nas crianças maiores

aquela antiga sensação das brincadeiras de quando eram pequenas, do faz-

de-conta.

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Os textos, no teatro, são transformados por meio da linguagem

gestual. Essa linguagem se desenvolve pela observação do cotidiano e no

confronto texto/gestos. O texto teatral também pode vir a ser um objeto de

imitação e de crítica por parte dos alunos. Os gestos imitados e reconstruídos

podem ser armazenados na memória e podem ser repetidos no processo de

construção da linguagem teatral. O aluno estabelecerá uma relação de trabalho

com os outros, unindo imaginação, prática e observação de regras. Por isso, a

experiência com teatro na escola amplia a capacidade dos alunos de dialogar,

negociar, tolerar e conviver com as diferenças.

De acordo com Cava (2007), assim como a dança e a música,

trabalhar com teatro na escola não é apenas representar peças no final do ano.

Muitos pais e professores confundem o teatro na escola com escola de teatro,

ambos têm objetivos diferentes. O objetivo de uma escola de teatro é formar

atores e atrizes de teatro, diferente, portanto, do objetivo do teatro na escola,

os professores não podem esperar a mesma qualidade estética de uma

apresentação na escola, com uma apresentação de uma peça teatral, também

não é objetivo da escola formar atores mirins.

Compete à escola oferecer um espaço para a realização dessa

linguagem, um espaço mais livre e mais flexível para que a criança possa

ordenar-se de acordo com a sua criação.

Encaminhamentos metodológicos

A disciplina de Arte, na escola, não tem como finalidade ilustrar

conhecimentos, festas cívicas ou escolares. Como toda área do conhecimento,

tem como objetivo a construção e aquisição de conhecimento.

De acordo com Cava (2008), há um grande equívoco em achar

que nas aulas de Artes tudo é válido, tudo é bonito, tudo é certo, o professor

não faz intervenções, não dá explicações, pensar que a disciplina está apenas

ligada ao fazer, ao lazer, à espontaneidade e à expressividade. Outro

equívoco, é achar que as aulas de Artes, não precisam de planejamento. A

aula de Artes deve ser planejada, o professor deve ter bem claro o que irá

propor e quais os objetivos pretende atingir.

Ainda com Cava (2007), o professor como mediador entre os

conteúdos de Artes e o aluno, deve fazer suas intervenções, nos momentos

oportunos, quando necessário. Existe um pensamento equivocado, advindo da

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Escola Nova, de que o professor não deve fazer nenhum comentário sobre o

trabalho de seu aluno, para não interferir em seu processo de criação. É

importante que o professor instigue seu aluno à reflexão sobre a arte de forma

mais ampla, e também, em relação aos conteúdos de Artes que estão sendo

trabalhados, que aceite suas contribuições, esclareça dúvidas, converse com

ele, sugira determinados procedimentos, explique novamente, caso perceba

que o aluno não compreendeu, propicie rodas de conversas, dentre outros. O

que o professor não deve fazer é interferir no trabalho, apagar desproporções,

ditar as cores que o aluno deverá utilizar direcionar o trabalho, segundo o seu

gosto, o seu “padrão de beleza” e muito menos retocá-lo, para ficar mais

“bonitinho”, pois irá para uma exposição!

O professor deve propiciar o manuseio de diferentes materiais

como: pincéis, giz de cera, lápis de cor, carvão, tinta, canetinhas etc. E também

realizar os trabalhos em diferentes suportes3 como: papéis, papelão, muro,

tecido, chão, quadro de giz etc. E de diferentes tamanhos e formas - papéis

circulares, retangulares, quadrados, pequenos, grandes, médios, de variadas

cores e texturas.

O espaço para que o aluno transite e manipule os materiais

deve ser amplo, claro, arejado, não só o espaço entre as carteiras, como

também o espaço na carteira ou mesinha, para realizar as propostas artísticas.

O material, a ser utilizado, deve estar ao alcance dos alunos.

É de fundamental relevância, que o professor esteja motivado

para poder contagiar seus alunos, com seu dinamismo e entusiasmo, mesmo

sabendo que os materiais utilizados, por si só já os motivam. A alegria de

mexer com tintas, pincéis, cola, fantasias, instrumentos musicais, dentre outros

já é bastante estimulador.

O grupo é muito utilizado nas aulas de Arte por facilitar na

questão do espaço e do material, com isso proporciona a integração dos

alunos. Essa integração propicia ao aluno o desenvolvimento da tolerância, da

autonomia e a compreensão da arte como linguagem.

3 Suportes: Diz respeito à superfície onde é realizado um trabalho, por exemplo, um desenho ou pintura, pode ser feito em

um suporte de papel, no muro, no chão, na tela, no corpo, dentre outros.

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O professor não precisa ser obrigatoriamente um artista

plástico profissional, mas uma pessoa com sensibilidade curiosidade e

responsabilidade. Pois como é possível estimular a curiosidade nos alunos, se

ele manifestar, frente aos objetos e as propostas lançadas, receio,

insegurança, desinteresse ou uma atitude passiva? Portanto, o que este

profissional necessita é ter familiaridade com a disciplina, seus materiais e

procedimentos, não só o professor como também o aluno. Essa familiaridade

faz com que se sintam seguros diante de certos procedimentos, de imprevistos,

da utilização de materiais e dos assuntos abordados.

Muitos professores acreditam que para ministrar aulas de

Artes, precisam saber inúmeras técnicas. Para ensinar Arte, é necessário que o

professor tenha segurança no que faz e, para que isso aconteça, ele precisa

vivenciar certas situações práticas como, saber fazer um trabalho de colagem,

pintura ou outro, saber alguns procedimentos, principalmente diante de

imprevistos, saber como manusear determinadas ferramentas e também,

estudar para que tenha embasamento teórico, para isso, são importantes os

cursos de formação continuada, as práticas pedagógicas e os grupos de

estudos, para troca de experiência, fundamentação teórica e a vivência com a

disciplina de Artes, teoria e prática caminhando juntos.

De acordo com Cava (2007), não é a quantidade de técnicas

que domina que determinará se um professor se desempenha bem ou não,

mas sim seu envolvimento e compromisso em relação à educação e mais

especificamente à disciplina de Arte.

Após realizarem as atividades, é muito importante que todos os

trabalhos sejam expostos em painéis, paredes, varais, rodas de apreciação ou

outros. Todos os trabalhos deverão ser expostos, inclusive os que,

supostamente, saíram da proposta lançada e os alunos deverão fazer a leitura

de seus trabalhos.

É muito importante a leitura do próprio trabalho. Essa leitura diz

respeito à apreciação estética, isto é, os alunos após o término de seus

trabalhos irão apresentá-los aos demais alunos e ao professor e falarão sobre

eles.

Fazer a leitura do trabalho é comentar sobre o trabalho, o que

fez, por que fez, que materiais e procedimentos utilizou, como se sentiu ao

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realizá-lo, enfim, descrever o seu processo de criação. O aluno poderá fazer

sua leitura indo à frente da sala de aula, em seu lugar ou em círculo, que pode

ser chamado de roda de apreciação dentre outros.

Todos os trabalhos deverão ser apresentados, até os que, supostamente,

“fugiram” da proposta lançada, será nesse momento que o professor se

certificará se realmente o aluno fugiu da proposta ou se pensou de forma

diferente, pois a lógica do pensamento infantil é diferente da lógica do

pensamento do adulto. E também, será o momento de reflexão para o aluno

que fugiu da proposta, pensar por que fugiu, repensar seu trabalho e fazer

comparações com os outros trabalhos.

CONTEÚDOS

6º ANO

MÚSICA

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Elementos formais

Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica, pentatônica,

cromática

improvisação

Gêneros: Erudito e Popular

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Idade Média

Música Popular (folclore);

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição

Ponto

Linha

Textura

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Movimentos e períodos

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura

Geométrica e Simétrica

Técnicas: Pintura, escultura, baixo e alto relevo, arquitetura

Gêneros: cenas da mitologia, paisagem e retrato.

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Renascimento

Barroco;

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Personagens: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro, espaço cênico e adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara...

Gênero: tragédia, comédia e circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Africano

Teatro Medieval

Renascimento

Teatro Popular.

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Ponto de Apoio,

Movimentos articulares

Rápido e lento

Formação, Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento

Dimensões

Técnica: improvisação

Gênero: Círculo

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

7º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Ténicas: vocal, instrumental e mista

improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Brasileira

Paranaense

Africana

Renascimento

Neoclássica

Caipira/Raiz;

ARTES VISUAIS

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158

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem , gravura, pontilhismo

Gênero: paisagem, retrato e natureza morta.

Arte indígena

Arte popular brasileira e paranaense

Renascimento

Barroco

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo.

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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159

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação

leitura dramática

cenografia

Técnicas: jogos dramáticos, mímica, improvisação, formas animadas...

Gêneros: rua , arena e comédia

Caracterização

Comédia dell' arte

Teatro popular

Brasileiro e paranaense

Teatro africano.

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e Queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido).

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo) Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Renascimento

8º ANO

ARTES VISUAIS

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, áudio visual e mista

Indústria Cultural

Arte no século XX

Arte contemporânea

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental, informática e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Técno

Vanguardas

Clássica;

TEATRO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo.

9º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

Hip Hop, Rock, Punk

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Romantismo.

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional.

Tridimensional

Figura fundo

Ritmo visual

Técnica: pintura, grafite, performance...

Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo a arte latino-americana

Hip Hop

DANÇA

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro, Rolamento, Saltos

Aceleração e desaceleração.

Direções (frente, atrás, direita e

esquerda) Improvisação,

Coreografia, Sonoplastia, Gênero:

Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna.

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais Composição Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo.

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AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer

a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve

incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das

aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua

e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre

os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de

Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo

e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o

desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e

registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades

percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve

avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se

relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse

processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma

sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos

colegas.

REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC / SEF. DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995. FERRAZ, M., FUSARI, M. R.Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993. 96 FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar,1979.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada / Orientações Curriculares. Curitiba: SEED / DEM, 2003 / 2005.Mimeo. _________. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. PEIXOTO. M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. PENNA, M. (coord.). É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos parâmetros curriculares. João Pessoa: Editora Universitária A CHILA/PPGE, 2001. PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008.

18.2.6 - EDUCAÇÃO FISICA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A Educação Física apareceu como componente obrigatório nos

currículos escolares no final do século XIX, com a Reforma do Ensino Primário

que tinha por finalidade promover, através de exercícios físicos, a saúde do

corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana da época.

As práticas pedagógicas da Educação Física foram influenciadas

pela instituição militar e pela medicina do século XIX, importadas pela Europa,

que visava a formação do corpo masculino robusto para defesa e proteção da

família e da pátria, e do feminino para o preparo da maternidade.

Com o passar dos anos, a visão da Educação Física foi sendo

modificada e o enfoque maior da década de 60 foi o esporte, permanecendo

essa visão até a década de 90 quando ocorreu a nova discussão da LDB e as

propostas pedagógicas do PCN para a Educação Física.

Atualmente, a Educação Física destaca questões históricas, culturais

e políticas, consideradas relevantes para a formação do indivíduo. As práticas

corporais presentes nos diferentes momentos históricos e culturais,

contemplam formas diferenciadas de manifestações. A corporalidade permeia

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estas questões de gênero, raça, etnia e sexualidade que se destacam nos

jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças que devem ser levados em

consideração para a educação do corpo, dentro da perspectiva do projeto

pedagógico.

O Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP 2000, que faz

considerações à Carta Internacional da Educação Física e do Esporte

(UNESCO/1978) e à Declaração Universal dos Direitos Humanos (Nações

Unidas/1948), vem justificar a importância da Educação Física, reconhecida

internacionalmente, afirmando que:

Art. 1 A Educação Física, pelos seus valores, deve ser

compreendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.

Art. 2 A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um

processo de Educação, seja pelas vias formais ou não formais.

Art. 3 As atividades físicas, como fins educativos, nas suas

possíveis formas de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os

meios específicos da Educação Física, constituem-se em caminhos

privilegiados da Educação.

Art. 4 A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência deve

ser considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro

ou fora do ambiente escolar, por constituir-se na melhor opção de experiências

corporais sem excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que

incorporem o uso de variadas formas de atividades físicas.

Art. 5 A Educação Física deve ser assegurada e promovida

durante toda a vida das pessoas, ocupando lugar de importância nos

processos de educação continuada, integrando-se com os outros componentes

educacionais, sem deixar, em nenhum momento, de fortalecer o exercício

democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas

práticas.

Art. 6 A Educação Física, pelas suas possibilidades de

desenvolver a dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças

e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser

disciplina obrigatória nas escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte

de currículo longitudinal.

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167

O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e da Educação

Física, reforçando a importância da Educação Física como um processo ao

longo da vida, reiterou que uma Educação Física de qualidade:

a) é o mais efetivo meio de promover, seja qualquer

capacidade/incapacidade, sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível

social, com habilidades, atitudes, valores e conhecimento, o entendimento para

uma participação em atividades físicas e esportivas ao longo da vida;

b) ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequada

do desenvolvimento da mente, corpo e espírito;

c) é a única alternativa escolar cujo foco principal é sobre o corpo,

atividade física, desenvolvimento físico e saúde;

d) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem respeito pelo seu

corpo e dos outros;

e) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem padrões de

interesse em atividades físicas, os quais são essenciais para o

desenvolvimento desejável e constroem os fundamentos para um estilo de vida

saudável;

f) desenvolve o entendimento do papel da Educação Física

promovendo a saúde;

g) contribui para a confiança e auto-estima;

h) realça o desenvolvimento social, preparando as

crianças/adolescentes para enfrentar competições, vencendo e perdendo,

cooperando e colaborando.

Na Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores,

crenças, normas que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta

relação entre sujeitos, sociedade e cultura nos permite um maior

enriquecimento pedagógico, possibilitando um novo olhar sobre as práticas

escolares que têm a corporalidade como elemento central no processo

formativo.

A Educação Física deve promover conceitos que os educandos

mantenham para o resto da vida. É imprescindível que os estudantes recebam

informações sobre as funções do organismo, para compreender a importância

da atividade física em termos de qualidade de vida e longevidade.

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A Escola apresenta um objetivo geral que busca formar, preparar e

desenvolver o aluno como cidadão de forma global para que atue e intervenha,

transformando a sociedade. Ou seja, trabalhar o aluno como um ser em

totalidade.

Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o

novo e o velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido às práticas e

experiências de todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma

ampla e significativa. O corpo não deve ser considerado somente na sua

dimensão biológica, mas também a partir de seus determinantes sociais,

culturais, econômicos e políticos, entendendo-se que esses aspectos

influenciam-se mutuamente e colaboram para a construção da nossa

identidade corporal. No entanto, deverá desmistificar formas arraigadas de

compreender as práticas de manifestações corporais no entendimento de que a

cultura, inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentido e experiências,

tendo no horizonte as problemáticas culturais que evidenciam em torno da

corporalidade atual, mediar situações conflitantes que envolvem a

corporalidade por meio do diálogo e da reflexão, entender, refletir, pensar, a

cultura que compõe a nossa corporalidade é não somente reproduzi-la, mas

articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno, atribuindo a

estes sentidos éticos e estéticos, tornando como referência aquilo que se

apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e

produção corporal.

Assim, viabilizar que os alunos possam vivenciar e explorar sua

corporalidade e experiências orientadas pelo professor, indo além dos

conteúdos ditos tradicionais, permitindo ao aluno, viver, sentir e expressar,

possibilitando maior inserção e reflexão crítica no mundo.

Segundo as diretrizes curriculares, propõem-se que a Educação Física,

na Educação Básica, seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades

atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação...procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao

conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às prática corporais,

ao contexto histórico, político, econômico e social.

A gênese da cultura corporal, está relacionada à vida em sociedade,

desenvolvendo-se inicialmente, nas relações homem-natureza e homem-

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homem, isto é, pelas relações para a produção de bens e pelas relações de

troca. Para garantir sua sobrevivência, reprodução e povoamento do planeta, a

humanidade necessitou conhecer a natureza, conquistar diferentes espaços,

ocupando-os e explorando-os em sua diversidade de fauna, flora e relevo.

Nas relações com a natureza e com o grupo social de pertencimento,

por meio do trabalho, os seres humanos desenvolveram habilidades, aptidões

físicas e estratégias de organização, fundamentais para superar obstáculos e

garantir a sobrevivência. Inicialmente, correr, saltar, rastejar, erguer e carregar

peso eram habilidades essenciais para abater uma caça e transportá-la para

casa, escapar de uma perseguição, alcançar lugares onde os frutos fossem

abundantes.

Dessa forma, a materialidade corporal se constitui num longo caminho,

de milhares de anos, no qual o ser humano construiu suas formas de relação

com a natureza, dentre elas as práticas corporais.

As diretrizes curriculares apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e de ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí decorreram. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem (Coletivo de autores, 1992). Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes para a

Educação Básica devem ser abordados em complexidade crescente (os

assuntos não são vistos em separados. Desde do 6º ano o aluno terá contato

com regras e jogos pré-desportivos e esportivos, sendo o enfoque diferenciado

para cada série, de acordo com sua capacidade de abstração), isto porque, em

cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências

relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no

processo de ensino-aprendizagem.

Procedimentos metodológicos

O reequacionamento do papel da educação escolar no mundo

contemporâneo reconhece e responde às necessidades sócio-econômicas do

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momento histórico que nos encontramos. Essas novas expectativas regem,

também, a atuação da Educação Física no âmbito escolar, determinando e

interferindo significativamente na formação dos alunos.

A Educação Física deve ser um elemento de impulsão para o

salto qualitativo cultural da sociedade; capacitando o sujeito a refletir sobre

suas potencialidades corporais e a intervir significativamente e adequadamente

na sua realidade, por meio de conhecimentos, valores e princípios

indispensáveis à cidadania.

Para realizar essa intervenção é necessário o conhecimento. À

medida que o sujeito toma consciência, compreende certos saberes, pode se

autodeterminar, ao mesmo tempo, determinar sua realidade.

Uma prática pedagógica desafiadora e que proporcione

reflexões nas aulas de Educação Física, possibilita aos alunos a construção do

conhecimento, por meio da abstração, ou seja, o sujeito analisa o desafio

apresentado, levanta e testa hipóteses, utilizando sucessivas aproximações

para obter êxito na solução de um problema levantado. A solução de

problemas implica na participação ativa e no diálogo constante entre alunos e

professores. A aprendizagem é concebida como a resposta natural do aluno ao

desafio de uma situação-problema.

Para favorecer a interferência consciente dos alunos na

realidade, é necessário que durante as aulas de Educação Física, a construção

do conhecimento seja possibilitado por meio de questionamentos e conflitos

cognitivos realizados constantemente sobre suas ações/movimentos, onde o

sujeito possa confrontar estímulos novos com outros assimilados

anteriormente, tendo condições para modificar a realidade de acordo com suas

necessidades.

Com estruturas cognitivas mais elaboradas, o sujeito pode

nortear suas ações para a obtenção de êxito, atendendo as solicitações que lhe

são feitas, elaborando sínteses na interação dialética da atual, com a estrutura

já preexistente.

Quando o sujeito coloca em prática o conhecimento mais

elaborado, surgem novos desafios, novos problemas, que requerem outros

conhecimentos. De acordo com Delval (1994), os conhecimentos devem estar

subordinados à formação de estruturas e procedimentos para resolver

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171

problemas. Abre-se assim, um movimento espiralado de contínua busca do

conhecimento, que ultrapassa as aparências imediatas da realidade, que vai

além do observável.

A Educação Física no Ensino Fundamental se apresenta,

então, como uma área de conhecimento, que por meio de seus conteúdos

específicos, deve proporcionar ao aluno situações que envolvam análise,

reflexão e abstração. Assim, a Educação Física contribuirá para o êxito de uma

educação de qualidade, onde o sujeito compreenda a cidadania e perceba-se

como ser integrante, autônomo, bem como o agente transformador da

sociedade em que vive por meio dos saberes específicos da área da Educação

Física enquanto componente curricular.

Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física na

Educação Básica são os seguintes:

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos tem sido

tratados, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma

mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos

articuladores.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas

corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em

situações que surgem no cotidiano escolar.

Os elementos articuladores dos conteúdos estruturantes para a

Educação Básica são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

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Cultura Corporal – técnica e tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

CONTEÚDOS:

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas

Coletivos;

Individuais.

Jogos e brincadeiras populares;

Brincadeiras de cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro;

Jogos cooperativos.

Danças folclóricas;

Danças de rua;

Danças criativas.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas de aproximação;

Capoeira.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Jogos e brincadeiras

Coletivo;

Individuais.

Jogos e brincadeiras populares;

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro;

Jogos cooperativos.

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Dança Ginástica Lutas

Danças folclóricas;

Danças de rua;

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas de aproximação;

Capoeira

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Jogos e brincadeira Dança Ginástica Lutas

Coletivos;

Radicais.

Jogos e brincadeiras populares;

Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

Jogos cooperativos.

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas com instrumento mediador;

Capoeira.

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9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas

Coletivos;

Radicais.

Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

Jogos cooperativos.

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica Rítmica;

Ginástica Geral.

Lutas com instrumento mediador;

Capoeira.

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175

AVALIAÇÃO

Proceder à avaliação da aprendizagem, clara e consciente, é entendê-la

como um processo contínuo e sistemático de obter informações, de

diagnosticar progressos, capacidades e habilidades dos alunos. Assim será

possível orientá-los para superação de suas dificuldades e que façam uma

apreciação crítica do seu próprio trabalho.

Levar-se-á em conta o processo de aquisição dos conteúdos pelo aluno

para que se tenha clareza das atividades necessárias, bem como os

procedimentos fundamentais que possibilitarão esta aquisição, para que ocorra

uma avaliação. Neste enfoque os conteúdos deve ser selecionados e

sistematizados.

A partir dos conteúdos, serão extraídos os critérios da avaliação

norteados nos objetivos estabelecidos para o processo de aprendizagem. É

preciso também a cada etapa da avaliação diagnosticar a necessidades do

educando, consequentemente realimentando os conteúdos e encaminha-os

uma nova proposta de ação.

REFERÊNCIAS:

Coletivo de autores. Metodologia do ensino de Ed. Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

Versão Preliminar das diretrizes Curriculares de Ed. Física para o ensino

Fundamental.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. / “ Educação Física ” 2009

Livro Didático Público da Educação Física. Seed, PR. 2008.

18.2.7- LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS PRESSUPOSTO TEÓRICO De acordo com as Diretrizes Curriculares, todo discurso está vinculado à

história e ao mundo social. Dessa forma, os sujeitos estão expostos e atuam no

mundo por meio do discurso e são afetados por ele. Diante disso, o discurso

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176

torna-se a principal ferramenta de trabalho do professor de Língua Estrangeira

Moderna.

Propõe-se que a aula constitua um espaço para que o aluno reconheça

e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva

discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

OBJETIVOS

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

educandos façam uso da língua que estão aprendendo em situações

significativas e relevantes. Desta forma, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Conteúdo

Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos alunos o uso da língua

estrangeira em situações de comunicação, produção e compreensão de textos

verbais e não-verbais a fim de serem inseridos na sociedade como

participantes ativos, não limitados às suas comunidades locais, mas capazes

de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor

aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o

grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a

coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o

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ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no

entanto, abandoná-la.

Importância

O ensino de uma língua estrangeira propicia a expansão da capacidade

interpretativa e cognitiva do indivíduo, permitindo-lhe que através de

comparações entre a sua cultura e a cultura do outro, haja uma maior

compreensão de seu papel enquanto participante da sociedade como agente e

construtor ativo. Sendo assim, as línguas estrangeiras são possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados.

Conhecer novas culturas entre outras coisas, é reconhecer que as novas

palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A

análise linguística não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as

palavras, e as novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de

articular sons, mas representam um universo sócio-histórico e ideologicamente

marcado.

Metodologia

Conforme Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz

para um outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo

sujeito-autor” (apud MUSSALIN, 2004, p. 250).

Partindo desse pressuposto, o ensino de língua estrangeira prioriza o

discurso para oferecer aos alunos a amplitude da compreensão dos diversos

usos da linguagem. As aulas deverão partir do conhecimento dos alunos.

Estudos da cultura de países falantes de língua inglesa deverão ser realizados,

bem como contrastar tal cultura com a brasileira, abordando a cultura afro e

indígena, salientando que nenhuma cultura é melhor ou pior do que a outra, e

sim diferente. A análise linguística deverá perpassar pelas práticas de leitura,

escrita e oralidade.

Conteúdos estruturantes:O discurso como prática social.

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178

Define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna

o Discurso como prática social, ou seja, o conteúdo está relacionado com o

momento histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como

espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a

essa perspectiva. Sendo assim, a língua será tratada de forma dinâmica, por

meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o

discurso.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua

Estrangeira Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o

trabalho em sala de aula com os mais variados textos de diferentes gêneros.

Nesta perspectiva, a proposta de construção de significados por meio do

engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas

estará contemplada. Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do

trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará,

ao aluno, condições de construir sentidos para os textos.

Conteúdos básicos

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens

diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo

estruturante. Quando

necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre

considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de

ensino.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,

considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é

direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho

pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

6º ANO

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179

CONTEÚDOS BÁSICOS

cumprimentos formais e informais;

pronomes pessoais;

pronomes demonstrativos;

artigos definidos;

números cardinais e ordinais;

aprendizado de vocabulário diverso envolvendo cores, animais, profissões,

matérias escolares, meios de transporte e de comunicação, alimentação,

membros da família, materiais escolares, dias da semana e meses do ano;

Emprego do verbo ser / estar (to be) ;

Emprego do verbo haver (there to be);

Perguntar e informar sobre horas;

Uso de preposições.

7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Uso do verbo to have;

Uso do verbo there to be;

Uso de preposições para perguntar e informar endereços;

Plural de substantivos;

Emprego de pronomes adjetivos;

Uso de quantitativos how much, how many ;

Caso genitivo ;

Numerais ;

Vocabulário diversificado = nomes de lugares públicos;

Partes da casa e mobília, utensílios domésticos;

Uso do imperativo através de textos de gêneros diversos como indicações de

trânsito, receitas culinárias entre outros.

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Presente contínuo para descrever fatos que estão ocorrendo;

Imperativo = aplicar em situações diversas do cotidiano;

Presente simples para relatar fatos que ocorrem no dia-a-dia;

Emprego de advérbios de frequência

Uso de auxiliares do / does;

Uso do verbo can para descrever habilidades;

Fazer descrição de pessoas usando vocabulário relacionado ;

Noções de futuro.

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Emprego de passado simples para relatar fatos que já aconteceram;

Uso do verbo to be, verbo there to be;

Emprego de verbos regulares e irregulares;

Uso dos auxiliares did / didn´t ;

Uso de palavras interrogativas;

Emprego de pronomes reflexivos;

Preposições de tempo e lugar;

Uso do futuro simples (will);

Comparativos de adjetivos curtos e longos;

Utilizar question-tags.

AVALIAÇÃO

a) Critérios da disciplina

A avaliação escolar está inserida em um amplo processo, o processo de

ensino/aprendizagem. Ela não deve ser uma simples medida que define ao

final de um bimestre o valor de cada aluno, deve começar a acontecer antes

mesmo da atividade de aprendizagem, estando presente durante o trabalho

com os alunos e também ao final do processo. Para cada conteúdo a ser

ensinado são definidos objetivos de aprendizagem, assim sendo, a avaliação

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deve ser diagnóstica, cumulativa, contínua, somativa, qualitativa, abrangente,

auto-reflexiva e formativa.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com

critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador

no processo de ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos

conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos. Com o propósito de

encarar este desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a

concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de

conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca das dificuldades e

avanços dos alunos, a partir de suas produções.

- Instrumentos de avaliação

Ao planejar situações de ensino, o professor deve elaborar propostas

coerentes com os critérios já definidos, o que permite acompanhar o grupo e

cada aluno em relação à aprendizagem que se quer viabilizar. Com a ajuda

desses instrumentos, pode-se também avaliar o que foi planejado e promover

ajustes no ensino, a fim de garantir que os alunos sigam aprendendo o

conteúdo ensinado e de planejar ações específicas àqueles que encontraram

dificuldade para compreendê-lo. A avaliação é, portanto, intrínseca ao processo

de ensino aprendizagem.

Essa condução do processo avaliativo permite ao aluno saber o que é

esperado dele e o que precisa fazer para aprender. E garante também que o

aluno passe, ao longo do tempo, a se responsabilizar por sua própria

aprendizagem. Para tanto, utilizar-se-ão auto-avaliações, instrumentos

elaborados com os próprios alunos em vários momentos do processo.

Os instrumentos poderão ser: provas, testes, pesquisas, trabalhos

individual e em grupo, seminários, produções escritas, cartazes,

dramatizações, construção de painéis, leitura de textos, enigmas, puzzles,

portfólio e outros.

RECURSOS DIDÁTICOS:

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182

As aulas poderão ter como recursos: quadro negro, giz branco e/ou

colorido, apagador, lápis de cor, sulfite A4 branco e/ou colorido, tesoura, cola,

CD, radio toca CD, folhas de atividades xerocadas/impressas, jogos diversos,

caderno/folhas de fichário, lápis grafite, borracha, cartolina, imagens

ilustrativas, dicionário inglês/português e inglês/inglês, TV pen-drive, pen-drive,

DVD e aparelho DVD, retroprojetor, panfletos, revistas, data-show...

REFERÊNCIAS

DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais

www.diaadiaeducacao.pr.gov.bracesso em 07/11/2009 às 10h.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação

Departamento de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Disponível em:

<http://www.espanhol.seed.pr.gov.br/

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Superintendência da educação.

Instrução normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM). Curitiba, 2008 22 p. Disponível em : < http://

www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/file/instrucao_2008_019_CELEM.

MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais & Ensino. (orgs.) 2 ed.

Rio de Janeiro: Lucema, 2003. p. 19-36.

18.2.8- ENSINO RELIGIOSO - 6º E 7º ANO

A Disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os

estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e

como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer

relações entre as culturas e os espaços por elas produzidas, em suas marcas

de religiosidade.

Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em oportunizar

ao aluno condições para o mesmo superar desigualdades étnico-religiosas,

para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por

consequência, à liberdade individual e política.

A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda e

qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de

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183

preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou

moral um modo adequado de agir e pensar de forma excludente, ela impede o

exercício da autonomia de escolha, de contestação a até mesmo de criação de

novos valores.

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à

diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade,

em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na

diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de

ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos

sagrados, os quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:

- Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.

- Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental,

para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos

específicos de cada cultura, de modo a colaborar com a formação da

pessoa.

- Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em

consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira,

permitindo desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a

constituição cultural dos grupos sociais e seu relacionamento com o

sagrado.

- Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão.

Metodologia

A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das

ações que subsidiarão esse trabalho onde poderão fomentar o respeito às

diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural

dos alunos.

Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser

tratados interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a

contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de

diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a

especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse

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184

processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada

expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso.

Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os

aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-

cultural, conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das

diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.

As aulas serão dialogadas partindo da experiência religiosa do aluno e de seus

conhecimentos prévios.

Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário

o processo de pesquisa para que a diversidade de produções seja realmente

oportunizada.

Conteúdos

6º ANO

I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa:

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa.

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão.

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II - LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de

peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de

expressão do sagrado nestes locais.

- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

III - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduísmos, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’i, Tradições

Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

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As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de

relação com o sagrado.

- Fundadores e/ou líderes religiosos.

- Estruturas hierárquicas. Exemplos de organizações religiosas mundiais

e regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo

(Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc.

7º ANO

I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos ritos;

- Nos mitos;

- No cotidiano.

Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

II – RITOS

São práticas celebrativa das tradições/manisfestações religiosas,

formadas por um conjunto e rituais. Podem ser compreendidos como a

recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à

memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações

religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de

transformações presentes.

- Ritos de passagem; Mortuários; Propiciatórios; outros.

Exemplos: dança (Xire) – candomblé, kiki (kaingang – ritual fúnebre), via

sacra, festejo indígena de colheita, etc.

III - FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememorização dos símbolos, períodos e

datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica),

Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

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IV - VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.

- Reencarnação.

- Ressurreição – ação de voltar à vida.

- Além morte.

- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes.

AVALIAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim,

não se constitui como objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para

o aluno. Porém, faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao

professor acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo

aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais

para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno

expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem

opções religiosas diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o

fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade de cada grupo

social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações

religiosas.

Através desta avaliação o professor terá elementos pra planejar as

intervenções no processo de ensino-aprendizagem retomando lacunas

identificadas e dimensionando os níveis de aprofundamento.

REFERÊNCIAS

SEED – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – PR – 2008.

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187

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar, 1997.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo

nas paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura. Organizado por

Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-

123.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino

Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso

no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de

Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo:

Paulinas, 1989.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:

Martins Fontes, 1992.

_______. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins.

18.2.9 - LÍNGUA PORTUGUESA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

O ensino de Língua Portuguesa começou a fazer parte do currículo

escolar apenas no século XIX. Mas, a preocupação com a formação dos

professores iniciou-se apenas na década de 30 do século XX. Até então, o

ensino caracterizava-se por ser elitizado, ornamental, retórico e priorizar a

formação da classe dirigente. Com a democratização do ensino, em 1967,

surgiram vários problemas: a diversidade entrou em choque com a aparente

homogeneização presente no âmbito escolar e, assim, diferenças quanto ao

falar, às variedades lingüísticas e ao uso real da língua acabaram criando

embates com a realidade do ensino de Língua Portuguesa na escola.

Além disso, ocorreu a quantidade em detrito à qualidade escolar, já que

o público escolar, oriundo da grande massa, enfrenta, entre outros problemas,

a falta de investimento educacional, que, quase sempre, não corresponde com

a demanda. Em relação ao professor houve desprestígio em sua profissão: seu

salário foi rebaixado, sua carga horária semanal aumentada, suas condições

de trabalho tornaram-se precárias, uma vez que os cursos de Letras passaram

a receber alunos da camada menos letrada da sociedade.

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Como conseqüência disso, tem-se, ainda, muitos professores apoiando-

se no livro didático, o que lhe tira a autonomia, criticidade, reflexão sobre o

conteúdo e a necessidade de preocupação com seu aprimoramento e

formação, já que a responsabilidade de ensinar é do livro didático que dita

valores, ideologias e, quase sempre, está distante da realidade do aluno.

Todos esses problemas geram outros como a evasão escolar, a repetência e a

abertura indiscriminada de faculdades particulares.

Diante da diversidade presente no ambiente escolar, fez-se necessário

repensar propostas que atendessem a necessidade dos alunos. Assim, na

década de 70, tem-se a pedagogia tecnicista, que no ensino de Língua

Portuguesa valoriza o pragmatismo e o utilitarismo da língua, a gramática deixa

de ser o enfoque principal dando espaço às teorias da comunicação, ainda que

na prática predominava o normativismo. Nesse contexto, a literatura perdeu

seu prestígio, pois passou a ser vista de modo fragmentado, foi valorizada sua

função referencial ao invés da poética e, o enfoque baseia-se na historiografia

ou em abordagens estruturalistas que não levam o aluno a um reflexão crítica

─ uma situação que perdura até hoje em muitos livros didáticos adotados na

escola. Têm-se também os estudos lingüísticos que privilegiam a

memorização.

A necessidade de superar o ensino normativista, a historiografia, o

estruturalismo na literatura e a preocupação com a recepção do leitor

encontram amparo em teóricos contemporâneos como Deleuze, Foucault,

Derrida, Barthes e Jauss. Além desses, no Brasil há discussões sobre o texto

na sala de aula, essas envolvem autores como João Wanderley Geraldi, Sírio

Possenti, Percival Leme Brito que denunciam e combatem o ensino cristalizado

de Língua Portuguesa. Na literatura, busca-se uma concepção dialógica e

social da linguagem apoiando-se nas concepções de Bakhtin.

Necessário repensar a fundamentação teórica dos professores, para que

se adequem às rápidas mudanças ocorridas no corpo social.

Portanto, o ensino de Língua Portuguesa deve visar a uma concepção

interacionista da linguagem, isto é, essa deve ser vista dentro de um processo

histórico, dinâmico e como ação entre sujeitos. Conforme explica Faraco, a

concepção dialógica implica que

Qualquer material lingüístico (ou de qualquer outra

materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do

discurso, tenha sido transformado num enunciado, tenha

fixado a posição de um sujeito social. Só assim é possível

responder (em sentido amplo e não apenas empírico no

termo), isto é fazer réplicas ao dito, confrontar posições,

dar acolhida fervorosa á palavra do outro, confirmá-la ou

rejeitá-la, buscar-lhe sentido profundo, ampliá-la. Em

suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de

sentido de determinada espécie, isto é, relações que

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gerem significado responsivamente a partir do encontro

de posições avaliativas. (apud, PARANÁ (B), p. 13-14,

2006)

Se língua tem uma função social, uma vez que é a partir dela que o

sujeito constrói e é construído, é preciso enxergá-la numa concepção dialógica.

Na escola o dialogismo envolve tanto professores, alunos, como o contexto

social e a gama de gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. Logo, é a

língua, em situação real que deve estar presente em sala de aula. Para tanto,

exige-se do professor fundamentação teórica, constantes atualizações e um

comportamento capaz de fazer a diferença e de ampliar o horizonte de

expectativas dos alunos. Exige-se uma postura de convicção em novos

sonhos, novas realidades e na própria capacidade de conduzir uma

transformação no ensino de Língua Portuguesa. Logo, é acreditar na

possibilidade de formar alunos críticos e sair de uma pedagogia cristalizada na

escola. É acreditar em si mesmo e em sua inesgotável capacidade de trabalho.

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem,

neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de

ensino: seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento

direto dos professores na construção de alternativas.

Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá

ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente

reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de

linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais

amplamente explicitado quando se abordar quando se abordar O Conteúdo

Estruturante das disciplinas.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se

o trabalho com a Língua deve considerar as práticas lingüísticas que o aluno

traz ao ingresso na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a

inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos

conhecimentos para os multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas

básicas no aprimoramento das aptidões lingüísticas dos estudantes.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes

práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e oralidade, com a finalidade de

inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse

papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se

constituir no âmbito de uma sociedade letrada.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que freqüentam a

escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos

e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que

estiverem inseridos.

OBJETIVOS GERAIS

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190

* Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor; verificando a intencionalidade dos

discursos;

* Produzir situações discursivas dentro de uma prática social, verificando

interlocutores, finalidades, assunto, gênero e contexto;

* Refletir sobre os gêneros textuais lidos, ouvidos, bem como o emprego

gramatical;

* Aprimorar a criticidade através de textos literários, colocando-se numa

posição dialógica com o mesmo.

O ensino da Língua Portuguesa deve englobar a oralidade, leitura,

escrita e análise textual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Oralidade:

* Perceber o uso da linguagem em situações cotidianas;

* Compreender discursos alheios e posicionar-se diante deles de

forma clara, coesa e coerente;

* Conhecer as variedades lingüísticas e seus usos em

determinados contextos sociais;

Tradicionalmente as observações sobre as relações entre oralidade e

escrita atém-se mais às diferenças entre a linguagem oral e a escrita que às

suas semelhanças, estimulando muito mais o desenvolvimento de atividades

estanques, desvinculadas de um contexto, não levando em conta, no processo

de letramento, as interferências e projeções de características várias de uma

modalidade sobre a outra e as condições de produção do discurso na

construção e constituição da linguagem e do sujeito.

Alguns autores reforçam essa dicotomia, oralidade e escrita, no entanto,

neste documento, a idéia é de que oralidade e escrita são dois aspectos da

linguagem que caminham juntos. A oralidade perpassa todas as seqüências

didáticas descritas anteriormente. Especialmente quando as atividades de

escritas exijam espaços para leitura em voz alta, para discussões, debates,

exposição de impressões, etc. A visão dicotômica entre atividades orais e

outras reduz o letramento a um processo linear e neutro contraditório à visão

social e histórica da linguagem como já se definiu anteriormente.

Embora a literatura considere as diferenças e especificidades da

oralidade e da escrita, quando se pensa no objeto (fala e escrita) deve-se

reconhecer o valor das mensagens escritas e das mensagens faladas. Ambas

devem ser tratadas na escola com a mesma importância, considerando o

processo em que ocorrem, levando em conta as interferências e projeções de

características de uma modalidade sobre a outra e as condições da produção

do discurso na constituição da linguagem e do sujeito.

Leitura

* Colocar-se criticamente diante do texto; perceber a variedade

textual; perceber-se nos textos e esses como uma ação no mundo;.

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* Apreender a idéia básica do texto e fazer co-relações; ler e

interpretar textos temáticos e figurativos; ler e identificar tema, época, contexto

social/histórico e fazer relações com momento presente e outros contextos

sociais e históricos; ter atitude crítica responsiva diante dos textos estudados;

familiarizar-se com diversos gêneros textuais;

Escrita

* Relacionar-se com a diversidade de gêneros; produzi-los

observando o interlocutor, contexto, finalidade. Expor na escrita com clareza,

concisão, coesão, coerência, adequando a linguagem às diversas situações;

reconhecer as diferentes organizações textuais;

* Refletir sobre o texto escrito através da revisão, reestruturação e

reescrita do texto.

Análise lingüística

* Observar os aspectos discursivos, estruturais e gramaticais; os

diversos usos e funções da língua; compreender a organização textual através

dos elementos gramaticais e suas funções no texto, a organização da idéias e

temas, a coerência e coesão; relacionar temas aos textos verbais e não-

verbais;

Conteúdos

* Os conteúdos estruturantes considerados fundamentais para o

ensino de Língua Portuguesa consistem na leitura e produção de gêneros

diversos, análise discursiva e oralidade. Esses devem adequar-se à maturidade

dos alunos, observando suas experiências e conhecimentos, ampliando a

complexidade conforme necessidade e a realidade escolar.

COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

Capacidades, conhecimentos e atitudes

Conhecer, utilizar e valorizar os modos de produção e de circulação da escrita

na sociedade.

Conhecer os usos e funções sociais da escrita.

Conhecer os usos e funções da escrita na cultura escolar.

Ampliar capacidades necessárias para o uso da escola da escrita no contexto

escolar tais como:

uso dos suportes de escrita presentes na cultura escolar.

desenvolvimento de capacidades específicas para escrever ortograficamente.

CONSOLIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE O SISTEMA DE ESCRITA

Capacidades, conhecimentos e atitudes

Resolver questões relativas ao domínio da língua escrita:

adequação da linguagem à norma padrão, conforme a situação de

comunicação.

discriminação de registro formal e registro informal.

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percepção de diferenças entre o que(como) se fala e o que(como) se

escreve.

perceção das diferenças entre o que(como) se fala e o que(como) se escreve.

discriminação, em um texto, do registro formal e registro informal.

identificação de regras básicas de concordância (singular/plural e

feminino/masculino) nas -situações de comunicação escritas ou orais.

estabelecimento de relações entre partes de um texto a partir de

mecanismos de concordâncias verbal e nominal básicas.

identificação de informações para a compreensão do textos.

realização de inferências e deduções de idéias e informações, no decorrer

das atividades de leitura, seja no âmbito escolar ou social.

percepção de redundâncias e eliminação das mesmas.

identificação de foco narrativo presente no texto.

mudança de foco narrativo para adequação de situações discursivas,

mediante concordância verbal e nominal adequadas ao contexto.

flexão des pessoas do discurso em diferentes situações de leitura.

compreensão de sentido no uso da pontuação expressiva nos textos.

identificação de locutor e interlocutor a partir de marcas lingüísticas

presentes no texto(gírias, jargão, expressões típicas, marcas fonéticas...).

identificação, em um texto ou em passagens de textos, de presença do

dialeto característico de uma região ou classe social.

análise dos efeitos de sentido quando aparecem características típicas da

fala( daí, né, então, descontinuidade na fala) em um texto escrito.

Questões a serem resolvidas em relação ao domínio do gráfico.

emprego de regras ortográficas nos seus registros.

uso de sinais gráficos (acento gráfico, til, cedilha, trema) mais usuais em seus

registros.

Questões a serem resolvidas em relação à unidade temática (conteúdo do

texto).

busca da compreensão de sentido no uso da pontuação expressiva nos

textos.

identificação de locutor e interlocutor a partir de marcas lingüísticas

presentes no texto(gírias, jargão, expressões típicas, marcas fonéticas...).

identificação, em um texto ou em passagens de textos, a presença do dialeto

característico de uma região ou classe social.

análise dos efeitos de sentido quando aparecem características típicas da

fala (daí, né, então, descontinuidade na fala) em um texto escrito.

estabelecimento de relações entre verbetes (dicionários) e as informações,

bem como seus significados correspondentes.

análise das relações entre um fato e uma opinião a respeito do mesmo, no

interior de um texto.

aplicação de conhecimentos relativos à variação lingüística e às diferenças

entre oralidade e escrita nas diversas situações de comunicação.

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percepção de efeitos de sentido decorrentes da substituição de pontuação

expressiva.

Questões relativas à unidade estrutural dos diversos gêneros textuais.

comparação entre estruturas, linguagens e estilos na tipologia apresentada.

reconhecimento e utilização de elementos de cada gênero textual

apresentado.

reconhecimento do espaço, tempo e seqüência dos fatos na narrativa.

reconhecimento e utilização de rimas e forma nos textos poéticos.

reconhecimento e utilização de organizadores textuais que configuram os

textos de caráter lúdico, relatos, curiosidades, notícias,

informações,interuções, regras, avisos, recados, adivinhas, anedotas etc.

reconhecimento e utilização de elementos usuais nos diversos textos que

definem seu gênero e tipologia.

Questões relativas aos recursos coesivos na fala e na escrita.

organização do conjunto de marcas lingüísticas que definem o sentido e a

coerência do texto.

variação dos organizadores textuais.

Questões relativas à pontuação.

utilização da pontuação expressiva: interrogação, exclamação, reticências.

comentários sobre as sensações e sentimentos suscitados pela audição de

textos.

análise do efeito de sentido conseqüente da pontuação expressiva.

reconhecer e utilizar a pontuação para atribuição de clareza: travessão, dois

pontos, vírgula.

Questões relativas ao domínio das relações entre grafemas e fonemas.

domínio das regularidades ortográficas.

domínio das irregularidades ortográficas.

Capacidades, conhecimentos e atitudes

Desenvolvimento de atitudes e disposições favoráveis à leitura.

realização de antecipações de conteúdos e de formas, aguçando

curiosidades com respeito ao que será lido (pressuposição).

dedução de significados a partir do sentido geral de textos ou de trechos.

realização de leitura aberta, considerando as múltiplas significações, sem

que se percam os limites dados pelo próprio texto.

percepção de diferenças entre os diversos gêneros de textos.

observação e de mecanismos de de entonação através de jogos de efeito

produzidos no contexto de leitura oral.

perceção de informações relevantes para a construção lógica do texto para

posterior generalização.

socialização de informações.

investigação sobre formas específicas de como os textos oferecem as

informações aos leitores. Ler para aprender

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dedução dos significados a partir do sentido geral de textos ou de trechos.

inferência de informações e dados relativos ao contexto.

exploração sistematica das idéias que permeiam

os textos lidos.

Desenvolver fluência em leitura.

Compreender textos:

identificação das finalidades e funções da leitura, em função do

reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto.

antecipação de conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte,

seu gênero e sua contextualização.

realização de levantamento e confirmar hipóteses relativas ao conteúdo do

texto que se lê

busca de pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas

(fazer inferências), ampliando a compreensão.

construção de compreensão global do texto lido, unificando e inter-

relacionando informações explícitas e implícitas.

avaliação ética e afetiva do texto e realização de extrapolações.

Capacidades, conhecimentos e atitudes

Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em

diferentes gêneros através da leitura fruitiva.

Fruir (sentir) o texto, manifestando emoção, sentindo-o, utilizando-se dos

recursos sinestésicos (tato, audição,visão, olfato).

Transformar o texto em imagem mental.

Materializar imagens mentais construídas mediante audição ou leitura de

textos narrativos.

Interagir com o texto, reconstruindo-o internamente.

Ler o texto, solitariamente, buscando sua própria compreensão antes de

entrar em contato com outras leituras.-Reagir diante dos diferentes elementos

lingüísticos que transmitem emoção.

realização de leitura silenciosa.

Capacidades, conhecimentos e atitudes

Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em

diferentes gêneros.

Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao

destinatário e ao contexto de circulação mediante:

disposição, ordenação e organização do próprio texto de acordo com as

convenções gráficas apropriadas.

escrita segundo o princípio alfabético e as regras ortográficas.

planejamento da escrita do texto considerando o tema central e seus

desdobramentos.

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organização os próprios textos segundo os padrões de composição usuais na

sociedade.

uso a variedade lingüística apropriada à situação de produção e de

circulação, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à

gramática.

uso de recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e

aos objetivos do texto.

Revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos

objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previstos.

Planejar as idéias considerando q quem se destina o texto, que forma vai ter,

como vai organizar a informação.

Capacidades, conhecimentos e atitudes

-Redigir ou transcrever idéias em linguagem escrita, em uma seqüência de

palavras, escolhendo termos que garantam orações conectadas entre si, bem

ordenadas e com a pontuação adequada para organizar o significado.

-Aprimorar o rascunho, considerando as questões: adequação ao gênero

coerência e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.

-Revisar e corrigir, ler e reler o que se escreve para veiculá-lo e atribuir valor e

função social.

CONTEÚDOS:

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA:

Identificação do tema;

Interpretação textual, observando:

conteúdo temático; interlocutores;

fonte; intertextualidade;

informatividade; intencionalidade;

marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal

e dos argumentos secundários

Inferências.

ESCRITA:

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

LEITURA

•Práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros;

•Questionamentos que possibilitem

inferências sobre o texto;

•Encaminhamento de discussões sobre:

tema, intenções, intertextualidade;

•Contextualização da produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

época;

•Utilização de textos verbais diversos

que dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e

outros;

• Relação do tema com o contexto

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• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do

gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA -

Perpassando as práticas de leitura,

escrita e oralidade:

Coesão e coerência do texto lido ou

produzido pelo aluno;

Expressividade dos substantivos e

sua função referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio,

pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto;

A pontuação e seus efeitos de

sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão,

negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica

atual; •Socialização das ideias dos

alunos sobre o texto.

ESCRITA

• Produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade; • Ampliação de

leituras sobre o tema e o gênero

proposto;

• Acompanhamento da produção de

texto;

• Encaminhamento de reescrita textual:

revisão dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma narrativa de

aventura, observar se há o narrador,

quem são os personagens, tempo,

espaço, se o texto remete a uma

aventura, etc.);

• Análise da produção textual –

coerência e coesão, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

• Na reescrita, reflexão dos elementos

discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

• Apresentações de textos produzidos

pelos alunos;

Orientação sobre o contexto social de

uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as

marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

• Estímulo ao conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, pausas, expressão facial e

outros;

• Seleção de discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade,

como cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

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Processo de formação de palavras;

Gírias;

Algumas figuras de pensamento

(prosopopeia, ironia...);

Alguns procedimentos de

concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de

algumas palavras.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

•Argumentos do texto;

•Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

•Ambiguidade;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

•Contexto de produção;

LEITURA –

Propiciar práticas de leitura de textos

de diferentes gêneros, ampliando

também o léxico;

•Considerar os conhecimentos prévios

dos alunos;

• Formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto;

•Encaminhar discussões sobre: tema e

intenções;

•Contextualizar a produção: suporte/

fonte, interlocutores, finalidade, época;

•Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e

outros;

•Relacionar o tema com o contexto

atual, com as diferentes possibilidades

de sentido (ambiguidade) e com outros

textos; •Oportunizar a socialização das

ideias dos alunos sobre o texto.

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198

•Interlocutor;

•Finalidade do texto;

•Informatividade;

•Discurso direto e indireto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem; •Processo de formação de

palavras; •Acentuação gráfica;

•Ortografia;

•Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

•Tema do texto;

• Finalidade;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos, etc;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição;

•Semântica.

ESCRITA

•Planejar a produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

•Estimular a ampliação de leituras

sobre o tema e o gênero propostos;

•Acompanhar a produção do texto;

•Encaminhe a reescrita textual: Revisão

dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma narrativa de

enigma, observar se há o narrador,

quem são os personagens, tempo,

espaço, se o texto remete a um

mistério, etc.);

•Analise se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

•Conduza na reescrita, a uma reflexão

dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

•Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos;

•Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos

alunos; •Orientar sobre o contexto

social de uso do gênero oral

selecionado;

•Preparar apresentações que explorem

as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

•Estimular o conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, pausas, expressão facial e

outros.

•Selecionar discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade,

como cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

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199

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA

-Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

•Argumentos do texto;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

•Semântica: operadores

argumentativos; ambiguidade;

sentido figurado; expressões que

denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

•Interlocutor;

•Intencionalidade do texto;

•Informatividade;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

LEITURA

•Propiciar práticas de leitura de textos

de diferentes gêneros;

•Considerar os conhecimentos prévios

dos alunos;

• Formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto;

•Encaminhar discussões e reflexões

sobre: tema, finalidade, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade;

•Contextualizar a produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

época;

•Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e

outros;

•Relacionar o tema com o contexto

atual; •Oportunizar a socialização das

ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigar a identificação e reflexão dos

sentidos de palavras e/ou expressões

figuradas, bem como de expressões que

denotam ironia e humor;

•Promover a percepção de recursos

utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto.

ESCRITA

•Planejar a produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

•Estimular a ampliação de leituras sobre

o tema e o gênero propostos;

•Acompanhar a produção do texto;

•Analisar se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

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200

•Papel sintático e estilístico dos

pronomes na organização, retomadas

e sequenciação do texto;

•Semântica: - operadores

argumentativos; - ambiguidade; -

significado das palavras; - sentido

figurado; - expressões que denotam

ironia e humor no texto.

ORALIDADE

•Conteúdo temático;

• Finalidade;

•Argumentos;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, expressões facial,

corporal e gestual, pausas;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódicas, entre outras);

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição;

•Elementos semânticos;

•Adequação da fala ao contexto (uso

de conectivos, gírias, repetições, etc);

•Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

linguagem está adequada ao contexto;

•Estimule o uso de figuras de linguagem

no texto;

• Incentive a utilização de recursos de

causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Proporcionar o entendimento do papel

sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação

do texto;

•Encaminhar a reescrita textual: revisão

dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma notícia, observar se

o fato relatado é relevante, se apresenta

dados coerentes, se a linguagem é

própria do suporte (ex. jornal), se traz

vozes de autoridade, etc.).

•Conduzir, na reescrita, a uma reflexão

dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

•Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade e

finalidade do texto;

•Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos

alunos, e sobre a utilização dos recursos

de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

•Orientar sobre o contexto social de uso

do gênero oral selecionado;

•Preparar apresentações que explorem

as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

•Estimular o conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas e outros;

• Propiciar análise e comparação dos

recursos veiculados em diferentes

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201

fontes como jornais, emissoras de TV,

emissoras de rádio, etc., a fim de

perceber a ideologia dos discursos

dessas esferas;

•Selecione discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade, como

cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de

leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como

conteúdos básicos os gêneros

discursivos conforme suas esferas

sociais de circulação.

LEITURA

•Conteúdo temático;

•Interlocutor;

•Intencionalidade do texto;

•argumentos do texto;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Discurso ideológico presente no

texto;; •Vozes sociais presentes no

texto; •Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Partículas conectivas do texto;

•Progressão referencial no texto;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito;

LEITURA

•Propiciar práticas de leitura de textos

de diferentes gêneros;

•Considerar os conhecimentos prévios

dos alunos;

•Formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto;

•Encaminhar discussões e reflexões

sobre: tema, finalidade, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade,

temporalidade, vozes sociais e

ideologia;

•Proporcionar análises para estabelecer

a referência textual;

•Contextualizar a produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

época;

•Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros;

•Relacionar o tema com o contexto

atual; •Oportunizar a socialização das

ideias dos alunos sobre o texto;

•Instigar o entendimento/reflexão das

palavras em sentido figurado;

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202

•Semântica: - operadores

argumentativos; - polissemia; -

expressões que denotam ironia e

humor no texto.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

•Interlocutor;

•Intencionalidade do texto;

•Informatividade;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Partículas conectivas do texto;

•Progressão referencial no texto;

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito, etc.;

•Sintaxe de concordância;

•Sintaxe de regência;

•Processo de formação de palavras;

•Vícios de linguagem;

•Semântica: operadores

argumentativos; modalizadores;

polissemia.

ORALIDADE

•Conteúdo temático ;

•Finalidade;

•Argumentos;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, expressões facial,

corporal e gestual, pausas ...;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódicas entre outras);

•Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição,

•Estimular leituras que suscitem no

reconhecimento do estilo, que é próprio

de cada gênero;

•Incentivar a percepção dos recursos

utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Conduzir leituras para a compreensão

das partículas conectivas.

ESCRITA

•Planejar a produção textual a partir: da

delimitação tema, do interlocutor,

finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

•Proporcione o uso adequado de

palavras e expressões para estabelecer

a referência textual;

•Estimular a ampliação de leituras sobre

o tema e o gênero proposto;

•Acompanhar a produção do texto;

•Analisar se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

•Estimule o uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e

denotativo, bem como de expressões

que denotam ironia e humor; figuras de

linguagem no texto;

• Incentivar a utilização de recursos de

causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Conduzir a utilização adequada das

partículas conectivas;

•Encaminhar a reescrita textual: revisão

dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma crônica, verificar se

a temática está relacionada ao

cotidiano, se há relações estabelecidas

entre os personagens, o local, o tempo

em que a história acontece, etc.);

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203

conectivos;

•Semântica;

•Adequação da fala ao contexto (uso

de conectivos, gírias, repetições, etc.);

•Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

•Conduzir, na reescrita, a uma reflexão

dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

•Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade

finalidade do texto;

•Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos

alunos, e sobre a utilização dos recursos

de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

•Orientar sobre o contexto social de uso

do gênero oral selecionado;

•Preparar apresentações que explorem

as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

•Estimular o conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas e outros;

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento de compreensão do nível de

aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades

desenvolvidas. Esta ação deve ser contínua, pois dará subsídios ao professor

para que o mesmo possa perceber os avanços e as dificuldades dos alunos,

assim posicionando-o a rever suas práticas e quais novos caminhos deverá

seguir. De acordo com Vasconcellos:

A avaliação é um processo abrangente da existência humana que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. É a forma de acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades (VASCONCELLOS, 2000, p.43).

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204

No processo de avaliação contínua o professor faz as adaptações

conforme o nível de aprendizagem dos alunos, retomando assim os conteúdos

e as ações. A avaliação formativa aponta o melhor caminho para garantir a

aprendizagem que é enfatizada ao determinar os meios para atender os

diferentes ritmos e processos da evolução cognitiva do aluno numa retomada

constante, apontando caminhos a serem seguidos pelo professor.

A avaliação deve ser móvel, contínua e diagnóstica, possibilitando

intervenções e reflexões do aluno em relações ao texto e também do professor,

no que tange à sua prática pedagógica. Deve ainda, englobar todos os

aspectos dos conteúdos estruturantes: leitura, escrita, oralidade e análise

discursiva, levando o aluno à autonomia.

O professor de Língua Portuguesa não é apenas professor de

uma língua, mas de linguagem. Então não deve se restringir do verbal,

devendo reportar-se a todos os tipos de linguagens como sons, músicas,

imagens, etc. (Textos verbais e sintéticos).

A avaliação com a função interativa, dialógica ou discursiva da

linguagem precisa ser analisada sob novos parâmetros, dando ao professor

pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se apropriar,

efetivamente das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita. Sendo a

avaliação formativa a que mais se presta ao processo de ensino e

aprendizagem da língua. Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada,

primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações, bem como subsidiar o aluno para que ele se

posicione como avaliador de textos orais com os quais convivem.

A avaliação da leitura levará em consideração as estratégias que

os estudantes empregaram no decorrer da leitura. A compreensão do texto

lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. É

necessário, que o aluno-leitor entre em contatos com os diversos tipos de

textos, produzidos por pessoas diferentes, com diferentes visões de mundo e

opiniões, a fim de que ele perceba com clareza que textos não apresentam

verdades absolutas, mesmo porque um único texto admite tantas leituras

quantas forem as pessoas que o lerem.

Considerando que a escrita é um dos aspectos da língua, os

elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser

avaliados em uma pratica reflexiva e contextualizado, que possibilite a eles a

compreensão desses elementos no interior do texto. Tal como na oralidade, o

aluno precisa posicionar-se aqui como avaliador tanto dos textos que o rodeiam

quanto de seu próprio texto para que ele adquira sua autonomia.

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205

Em literatura, a avaliação não foge da função formativa,

pressupõe, então, uma clara articulação entre objetivos, práticas metodológicas

e instrumentos, a articulação que se deve estar clara não só para o professor,

mas também para o conjunto da turma, lembrando que um dos métodos de

nossa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem aprende, garantindo,

entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de monitoração das

próprias ações.

Dessa forma, a avaliação formativa requer que os professores

analisem, de maneira freqüente e interativa, o progresso dos alunos, para

identificar o que eles aprenderam e o que ainda não aprenderam, para que

venham a aprender, e para que os docentes reorganizem o trabalho

pedagógico. Essa avaliação requer que se considere as diferenças entre os

alunos, se adapte o trabalho às necessidades de cada um e se dê tratamento

adequado aos seus resultados. Isso significa levar em conta não apenas os

critérios de avaliação, mas, também, tomar o aluno como referência. A análise

do seu progresso considera aspectos tais como: o esforço por ele despendido,

o contexto particular do seu trabalho e as aprendizagens adquiridas ao longo

do tempo.

REFERÊNCIAS

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CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), GERALDI, João Wanderley, CITELLI, Beatriz

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CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), CITELLI, Adilson (coord.). Outras linguagens

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FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,

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GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

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GIROUX, Henry A. Atos impuros. A prática dos estudos culturais. Trad.

Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2003.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu

da Silva, Guaraeira Lopes Louro. 9.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed.

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LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MIGLIOZZI, Luiz Carlos. A Mortificação do Ser: Uma investigação das paixões

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MISKOLCI, Richard. Um corpo estranho na sala de aula. In: ABRAMOWICZ,

Anete; SILVÉRIO, Valter Roberto (orgs). Afirmando diferenças: Montando o

quebra-cabeça da diversidade na escola. Campinas: Papirus, 2005. (Coleção

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. (A) Diretrizes curriculares -

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.(B) Diretrizes curriculares: Língua

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PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Possenti, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4. ed. Campinas: Mercado das

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VASCONCELLOS, C. S. Avaliação concepção dialética-libertadora do processo

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2000.

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207

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A pesquisa participante na docência a busca do

diálogo na construção do saber. Escritos abreviados. Série pesquisa: 5.

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19.0 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO MÉDIO

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209

19.1 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao

longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre

este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-

lo (PARANÁ, 2008, p. 38).

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as

observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração

das plantas foram sendo registrados nas pinturas rupestres, representando

seu interesse em explorar a natureza (PARANÁ, 2008, p. 38).

O conhecimento da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de

questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao

aproveitamento de recursos naturais, interações entre os seres vivos e a

utilização da tecnologia que implica em intensa intervenção no ambiente,

levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o

modo como a natureza se comporta e a vida se processa, oportunizando a

construção de uma visão de mundo permitindo a formação de um sujeito

crítico, dando subsídios para a tomada de decisões .

Partindo da dimensão histórica da disciplina de Biologia foram

identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico,

está construção ocorre em movimentos não-lineares, com momentos de crises,

de mudanças de paradigmas e de busca constantes de explicações sobre o

fenômeno Vida. São eles:

Pensamento biológico descritivo;

Pensamento biológico mecanicista;

Pensamento biológico evolutivo;

Pensamento biológico da manipulação genética.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia

da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos

contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos

escolares.

Ao final da década de 1980, foi proposto a Re-estruturação do Ensino do

Segundo Grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual

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o conteúdo é visto como produção histórica e social, a educação escolar tem a

obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. Mas este

documento ainda apresentava os conteúdos de Biologia divididos por blocos

tradicionais, reunidos em temas geradores, reproduzindo o padrão dos livros

didáticos (PARANÁ, 2008, p. 49).

Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio, que passou a ser organizado por áreas de conhecimento,

ficando a Biologia dispostas na área de Ciências da Natureza, Matemática e

suas Tecnologias (PARANÁ, 2008, p. 49).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) enfatizaram o

desenvolvimento de competências e habilidades em prejuízo de uma

abordagem mais aprofundada dos conteúdos, direcionado o ensino para temas

e desenvolvimento de projetos considerados necessários para ávida do aluno.

Os conceitos básicos de Biologias foram apresentados de forma reducionista,

sem uma abordagem histórica, e controlados pela competência individual

(PARANÁ, 2008, p. 49).

Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha dos conteúdos

estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos. Cabe ressaltar que a

importância desta compreensão histórica e filosófica da ciência está em

conformidade com o atual contexto sócio, econômico e político, estabelecido a

partir da compreensão da concepção de ciência enquanto construção humana

(PARANÁ, 2008, p. 49).

Entende-se assim, que a Biologia contribui para formar sujeitos críticos e

atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do

objeto de estudo, o fenômeno Vida, em sua complexidade, ou seja: na

organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, no

estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e implicações dos avanços biológicos no fenômeno Vida .

A disciplina de Biologia se pauta na valorização do conhecimento

disciplinar, na compreensão da ampla rede de relações entre a produção

científica, a validade ou não das diferentes teorias científicas.

Para o ensino da Biologia compreender o fenômeno Vida e sua

diversidade de manifestações significa pensar uma ciência em transformação,

cujo caráter provisório do conhecimento garante uma reavaliação dos seus

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resultados e possibilita um repensar e uma mudança constante de conceitos e

teorias elaboradas em cada momento histórico e social .

OBJETIVOS GERAIS

O objetivo geral da disciplina de Biologia está pautado no fenômeno Vida,

ou seja, compreender e relacionar a vida e seus fenômenos influenciado por

um pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de

ciência de cada época e à maneira de conhecer a natureza e relacioná-la com

seu cotidiano no sentido de melhoria de qualidade de vida além de propiciar um

aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações e os

conhecimentos obtidos se transformem em instrumentos de compreensão,

interpretação das mudanças e previsão da realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Em concordância com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos ocorrerá integrando os

quatros conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos

seres vivos, por exemplo, como tentativa de conhecer e compreender a

diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, será, também,

discutido o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das

espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos (PARANÁ,

2008, p.74)

O avanço da Biologia é determinado pelas necessidades materiais do ser

humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico.

Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. No

processo ensino e aprendizagem, quando uma resposta se põe a priori,

impedindo que o aluno exponha suas hipóteses, sua formulação de resposta a

questão, também podemos considerá-la como um obstáculo á aprendizagem

(PARANÁ, 2008, p. 50).

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O surgimento de novos paradigmas promoveu mudanças fundamentais

na construção de conceitos biológicos surgindo os conteúdos estruturantes

para a disciplina de Biologia a partir dos quais, abordam-se os conteúdos

básicos e os específicos (PARANÁ, 2008, p. 51).

Desta maneira para cada conteúdo estruturante a metodologia descritiva,

utilizada no momento histórico em que foi sistematizado o pensamento

biológico, propõe a observação e descrição dos seres vivos, utilização de

situações que propiciem a problematização, superação das concepções

alternativas visando à aproximação das concepções científicas e

experimentais. A análise da Biologia como resultado da problematização,

investigação e transformação do conhecimento deve estar associado a fatos

históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais de cada realidade.

Superando ou adequando conceitos a fim evitar o efeito enciclopédico

considerado por Krasilchik (apud PARANÁ, 2008).

Diante dessas argumentações o ensino de Biologia prima por um estudo

que considera as características biológicas do ser humano e o classifique como

dentre tantas espécies existentes na biosfera. Para tanto, os conteúdos

específicos devem ser trabalhados de forma contextualizada e articulada aos

conteúdos básicos e estruturantes, favorecendo a compreensão da diversidade

biológica e cultural, visando contemplar as legislações: Educação Ambiental

(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Cidadania e Direitos

Humanos: Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao Uso indevido de

Drogas e a Diversidade Educacional: Educação para as Relações Étnico

Raciais e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei nº10.639/03), Educação

Escolar Indígena (Lei nº 11.645/08), Proteção dos Animais ( Lei nº 14.037/03),

Lei da Biossegurança.

Saviani (1997) e Gasparin (2002) apud PARANÁ (2008) apontam que o

ensino dos conteúdos, neste caso conteúdos específicos de Biologia, necessita

apoiar-se num processo pedagógico em que:

- A prática social se caracterize como ponto de partida, cujo

objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas

do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum

a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

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- A problematização implique o momento para detectar e apontar

as questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência,

estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas

questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento;

- A instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos

sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em

instrumento de construção pessoal e profissional. Os alunos devem se

apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a

condição de exploração em que vivem;

- A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento

adquirido pelo aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos

instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de

transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas

de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;

- O retorno à prática social se caracterize pela apropriação do

saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de

produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A

visão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo passa de um

estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de

maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo

educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de

produção.

Os encaminhamentos metodológicos nas aulas de biologia envolverão

realizações de pesquisas, estudo do meio, aulas expositivas dialogadas,

atividades individuais e em grupo, atividades experimentais, leitura de textos,

aplicações dos conhecimentos em situações reais do cotidiano, análise e

discussão de temas variados que favorecem informações, espírito investigativo

e estimulam o desenvolvimento de comunicação buscando atingir o objetivo de

compreender o fenômeno da vida e sua complexidade de relações associadas

à história da ciência, ao cotidiano e as conquistas tecnológicas e suas

implicações éticas.

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Os recursos tecnológicos disponíveis na escola como: TV Multimídia,

projetor de multimídia, retroprojetor, microscópios e laboratório de informática

serão utilizados nas aulas de biologia.

Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é

obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica

para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome

conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as

mudanças necessárias (PARANÁ, 2008, p. 69).

A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio diagnostico do

processo ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação da

pratica pedagógica.

Para cumprir esta função a avaliação deve possibilitar o trabalho com

um novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva ensino e

aprendizagem, visando contribuir para a compreensão das dificuldades de

aprendizagem dos alunos, com vistas ás mudanças necessárias para que esta

aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,

da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os

alunos estão inseridos.

CONTEÚDOS: 1º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Implicação dos avanços biológicos no

fenômeno vida

Características gerais dos seres

vivos;

Níveis de organização dos seres

vivos;

Histórico as célula;

Organização celular;

Histologia.

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2º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Avanços Biológicos

Classificação dos seres vivos;

Estudo dos vírus;

Os cinco reinos;

Anatomia e fisiologia animal.

3º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Implicação dos avanços biológicos no

fenômeno vida

Genética;

Evolução;

Ecologia.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece

de mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de idéias e modificar

comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO

& GIL-PÉREZ, 2001).

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada

em critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades

de aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações

levantadas e os professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o

aluno a resolver suas dificuldades ou a avançar no seu conhecimento”

(HOFFMANN, 2003, p. 121).

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Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e

Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na

análise crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é

preciso que os professores se envolvam numa análise crítica que considere a

avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem que forneça um

feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o

professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o foco da

pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e quem não“ para

”que auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os

resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão, por parte do professor,

sobre sua própria prática.

Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que

garantam uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um

trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo,

inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino

aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem

obstáculos impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento

de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o

processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o

aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação

e investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-

aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também

tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as

mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.

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Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico

do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que

professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim

de superarem os obstáculos existentes.

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19.2- FILOSOFIA PRESSUPOSTO TEÓRICO

DIMENSÕES HISTÓRICAS DA FILOSOFIA E SEU ENSINO

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que

tem a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a

partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas.

Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento

e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma

noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria

efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino

de Filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por

meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas

polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino

de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo.

A ideia de que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por

exemplo, moral e política, é tese defendida com frequência por filósofos.

Ocorre que essa discussão, ao ser levada para o ensino, torna inevitável o

estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provoca nos

estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar a

qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. Russell (2001, p.

148), em Os Problemas da Filosofia, respondeu a essa polêmica:

O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais ordinários conduzem o

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espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são, aumenta muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica o entendimento de admiração, porque mostra as coisas que nos são costumadas num determinado aspecto que o não é.

Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e

no mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as

quais destacam-se, segundo Ferrater Mora (2001):

• a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia

Medieval, Filosofia Renascentista, Filosofia Moderna e

Filosofia Contemporânea, etc.;

• a divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana,

Filosofia Oriental, Filosofia Latino-Americana, dentre

outras, etc.;

• a divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética,

Filosofia Política, Estética, Filosofia da Ciência, Ontologia,

Metafísica, Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia da

História, Epistemologia, Filosofia da Arte, etc.

Ao conceber o ensino de Filosofia por meio de conteúdos estruturantes,

estas Diretrizes não excluem, outrossim, absorvem as divisões cronológicas e

geográficas. Cabe ressaltar que abordagens por divisão geográfica podem

apresentar dificuldades de naturezas diversas, sobretudo no Ensino Médio.

Por exemplo, o trabalho com a chamada filosofia oriental e a filosofia

africana demanda esclarecimentos preliminares. O termo filosofia oriental é

tomado, muitas vezes, de forma excessivamente ampla. Não se pode dar

tratamento tão genérico a essa complexa dimensão da Filosofia que se

estende da antiguidade à contemporaneidade e compreende o pensamento

elaborado numa vasta zona geográfica que abrange Síria, Fenícia, Índia,

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China, Japão e vários outros países. Além disso, há que se considerar o

pensamento árabe e o judaico, comumente vinculados à filosofia ocidental.

Mas, ainda que se observem essas divisões, seria preciso enfrentar outros

problemas.

Um dos maiores problemas é que, quando se tenta desenvolver seu conteúdo, é preciso abandonar frequentemente o tipo de pensamento propriamente filosófico e se referir antes ao pensamento religioso ou até mesmo às formas mais gerais da cultura correspondente. Quando essa referência constitui o horizonte cultural, histórico ou espiritual dentro do qual pode ser inserida a Filosofia, a desvantagem a que aludimos não é considerável; mais ainda, tal referência pode ajudar a compreender melhor o pensamento filosófico que se trata de esclarecer. Porém, quando o horizonte em questão substitui a Filosofia de modo excessivamente radical, corre-se o risco de perdê-la de vista completamente. (FERRATER MORA, 2001, p. 1103)

De acordo com o mesmo autor, o momento que marcou o renascimento

da discussão sobre a existência de uma filosofia africana foi o livro do

missionário Plácido Tempels - La philosophie bantoue (1945). Nessa obra, ele

defende uma filosofia africana baseada não somente na escrita, mas também

na linguagem oral, ao tomar por base provérbios, mitos e crenças, o que a

torna mais viva se comparada à filosofia ocidental.

No entanto, se a filosofia africana traz como vantagem a ideia de que o

ser é dinâmico, dotado de força – concepção essa que aparece também em

algumas filosofias ocidentais –, é preciso considerar que a sua fundamentação

exclusiva na linguagem oral, ainda que pareça interessante, acaba por

apresentar-se como uma fragilidade, evidenciada pela dificuldade com o idioma

e também pela carência de bibliografia. Por essa razão, esse conteúdo não

está relacionado entre os que compõem os conteúdos estruturantes de

Filosofia, podendo, todavia, ser tratado na qualidade de conteúdo básico. O

professor, dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, terá a

liberdade para fazer o recorte que julgar adequado e pertinente. Além disso,

deve estar atento às demandas das legislações específicas referentes à

inclusão e à diversidade.

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Nestas Diretrizes, opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes,

tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da

história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades

diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham

especial sentido e significado político, social e educacional.

A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a

falsa pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua

especificidade e complexidade. Por reconhecer essa condição, as Diretrizes

fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia;

Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e

Estética.

A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes

Curriculares excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia.

Pelo contrário, elas partilham a ideia de que sem uma consideração histórica

dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco de tornar-se superficial. No

entanto, o que essas Diretrizes Curriculares desencorajam é a organização

meramente cronológica e linear dos conteúdos.

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam

constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar

constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes

em sala de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos

estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos

períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles

discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração.

Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade

que ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de

ordem cosmológica, isto é, com a exploração das perguntas relativas à

natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente, ela amplia seus horizontes de

discussão e inclui investigações sobre a condição humana.

• o princípio originário (arché);

• as leis que regem o universo;

• os fenômenos atmosféricos;

• o movimento e a estática;

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• o lugar do homem no cosmos;

• a questão da ética e da política.

Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,

pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no

período anterior.

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento

da Igreja como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que

foram elaboradas pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas

era a ordenação, a hierarquização e o controle da sociedade, sob os auspícios

da lei divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço público, passa a

ser prerrogativa da Igreja.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo

monoteísmo, pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito

cristão de amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência

encerra a condição de igualdade como criatura divina. A Filosofia da Idade

Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica

(séc. IX ao XIV), trata basicamente

do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à teologia [...] não basta crer: é preciso também compreender a fé. (REALE, ANTISERI, 2003, p. 125).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da

individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a

alma, substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A

Filosofia declara sua independência da Teologia e os pensadores passam a

tratar principalmente de questões filosófico-científicas (Racionalismo,

Empirismo, Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender

as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa

valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da

autoridade ou da tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da

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fé e da razão; confiar na razão, que se bem empregada permite o

conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,

principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da

consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que

vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de

ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos

estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas

pensados hoje também tenham se apresentado, anteriormente, como

problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.

Evidentemente, cada processo de escolha determina ausências e toda

ausência gera questionamento. Por que não adotamos um percurso

cronológico segundo a história da Filosofia? Ora, não se trata de abandonar a

história da Filosofia, pois a opção por conteúdos estruturantes compreende

também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir

que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da

disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e

mesmo provocativa com o presente.

As experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não

costumam favorecer esse necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os

currículos dos cursos de graduação em Filosofia que trabalham com a

disciplina História da Filosofia não se restringem a essa abordagem.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares

desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio

Studiorum − documento publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978)

objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas, com base

em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as necessidades e

interesses do índio, do negro e do colono. Tais estudos:

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(...) se compunham de quatro séries de gramática (assegurar a expressão clara e exata), uma de humanidades (assegurar expressão rica e elegante) e uma de retórica (assegurar expressão poderosa e convincente). A escola de ler e escrever existia excepcionalmente nos colégios como ocasião para que alguns alunos fossem introduzidos nessas técnicas indispensáveis ao acompanhamento no curso de humanidades. (RIBEIRO, 1978, p. 09)

Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a

Filosofia, eram entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual

sob os cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do

poder cartorial local.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não

significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política

brasileira, que oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. A

partir de um dos documentos educacionais mais importantes de então – o

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 –, que pretendia

reconstruir a educação no Brasil, percebese que os currículos escolares

sofreram uma queda significativa da participação das humanidades. A nova

política educacional da era Vargas, especialmente após a constituição de 1937,

previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de nível secundário

e superior, como base da economia nacional, com a necessária variedade de

tipos de escola. Esse padrão predominou até 1961.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e,

com a Lei n. 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos

currículos escolares do Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses

políticos, econômicos e ideológicos do período.

No ensino superior a situação da Filosofia pode ser ilustrada pelos

exemplos dados por Corbisier (1986, p. 84): o Instituto Brasileiro de Filosofia

(IBF), fundado em 1951, “atravessou incólume os 15 anos de ditadura militar,

sem que nada lhe acontecesse. Ao longo desses 15 anos, de opressão e

repressão, de prisão, tortura e morte, nenhum diretor ou professor desse

Instituto foi processado ou preso [...]”. O outro exemplo envolve o Instituto

Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), fundado em 1954, que:

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[...] foi extinto, por decreto, dias depois do golpe militar de 1964. Por que um permaneceu aberto, em funcionamento, e o outro foi fechado, extinto, pela ditadura fascista? Porque no primeiro se cultivava [...] a Filosofia acadêmica, metafísica que, separando a Filosofia da política, se torna mero jogo, divertimento ocioso, inofensivo e inconseqüente, que por isso mesmo, não preocupa os serviços de segurança. O outro Instituto, o ISEB, foi fechado porque não se propunha conhecer para conhecer apenas, estudar as ciências e a Filosofia para permanecer indefinidamente em seu estudo. Não pretendia, somente, [...] compreender o mundo e nosso país na perspectiva mundial, mas contribuir, também, para sua efetiva transformação. [...] A Filosofia torna-se perigosa, subversiva, a partir do momento que deixa de ser essa interminável e estéril ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar dos mesmos problemas, insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se [...] [prática]. (CORBISIER, 1986, p. 84-85).

Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual

Filosofia se pretende nestas Diretrizes e como pode ser estudada.

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de

redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da

Filosofia ao Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreram em

vários estados do Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores

ligados à Filosofia iniciaram um movimento que contava com articulações

políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço da

Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n.

5692/71.

A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial

para a criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse

movimento intelectual defendeu a presença da Filosofia nos currículos

escolares brasileiros e, por isso, constituiu um importante marco na afirmação

dessa disciplina na formação do estudante do nível médio.

Apoiamos a orientação geral do projeto de retorno da filosofia ao 2º grau, inclusive no seu intento de propor roteiros programáticos alternativos, que, sem tolher a autonomia do professor, aponta elementos que visam –

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pela iniciação ao trabalho da crítica – enriquecer a experiência humana, colaborando com as demais ciências, sem dispensar o rigor da reflexão filosófica pela leitura dos clássicos. Ora, se Kant tem razão quando afirma que não se ensina a filosofia, mas sim a filosofar, nada melhor do que proporcionar aos alunos o contato direto com os textos dos grandes filósofos bem como levá-los ao estudo mais atento dos problemas pertinentes ao mundo em que vivem. O projeto traz ainda a intenção de discutir as finalidades do ensino de 2º grau – hoje notadamente marcado pela formação técnico-profissionalizante – e reafirma a função pedagógica da filosofia, na medida em que pensa a falência do modelo político de ensino, problematizando no interior da escola secundária o trabalho do educador. (Paraná, 1981. Textos Seaf. Curitiba, ano 2, número 3, 1981. Nota da Coordenação).

A experiência da Seaf foi significativa, mas não duradoura. A esse

movimento se seguiu um silêncio interrompido por eventos esporádicos,

destinados a um público restrito, à própria comunidade acadêmica.

Somente em 1994, por iniciativa do Departamento de Ensino Médio,

(denominado à época Departamento de Ensino de Segundo Grau), e dos

professores da rede pública, iniciaram-se discussões e estudos voltados para

elaborar uma proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio,

que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo

Grau.

O documento de 1994 contém um histórico de sua construção e do

ensino de Filosofia, seguido de fundamentação teórica que indica as

especificidades da Filosofia no currículo de Segundo Grau, propõe uma

metodologia de ensino e termina por apresentar critérios para a avaliação do

processo pedagógico. No entanto, não apresenta conteúdos a serem

ensinados.

Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia

para o Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser

aplicada nas escolas do Estado do Paraná. A partir desse momento, uma

opção neoliberal passou a orientar a reestruturação do sistema público de

ensino.

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A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio,

começou a ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais

fosse a de manter a Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do

currículo. Essa posição está expressa no veto de 2001 do então presidente

Fernando Henrique Cardoso ao projeto de lei que propunha o retorno da

Filosofia e da Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino Médio.

O veto apoiava-se em três argumentos constantemente identificáveis no

discurso contrário à Filosofia como disciplina obrigatória:

• precariedade na formação de professores;

• elevação dos gastos dos Estados com a contratação de

professores;

• redução da Filosofia a um discurso puramente

pedagógico, o que descaracterizaria suas peculiaridades.

Ao examinar mais atentamente tais argumentos, observa-se que nem

sempre eles procedem. Por exemplo, os dados do concurso para professores

de Filosofia promovido em 2004 pela Secretaria de Educação do Estado do

Paraná demonstram que o número de inscritos foi muito superior ao número de

vagas disponíveis; portanto, o número de profissionais formados em Filosofia é

significativo. Existe no Estado do Paraná um número expressivo e crescente de

cursos de graduação de Filosofia, formando profissionais habilitados à

docência.

O argumento da elevação dos custos dos Estados e municípios também

não procede, pois o que se propõe é remanejar a carga horária já existente e

não aumentá-la. Por fim, é falacioso dizer que a Filosofia não deve limitar-se ao

âmbito escolar, pois perderia sua característica de resistência, de crítica e de

criatividade. Entende-se o contrário. É no espaço escolar que a Filosofia busca

demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a resistência e a

criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde

sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as

diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui

ressaltar a dimensão política do filosofar.

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Ora, o que é notável é que essa ligação entre o político e a linguagem está inscrita na instituição mesma da isègoria: todos os homens, e todos os homens igualmente, simplesmente na medida em que falam, estão aptos a viver em comunidade e, precisamente porque falam e podem dizer o justo e o injusto, a participar do poder da referida comunidade. (WOLFF, 2003, p. 40).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36,

determinava que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os

conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da

cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos aparecia com

clareza nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei quanto à

necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas, sem a exigência

da introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de Ensino

Médio.

Na perspectiva da transversalidade, presente na LDB, a Filosofia perdia

seu estatuto de disciplina e era reduzida a uma ferramenta virtual, útil ao

exercício de uma cidadania com baixa exigência de participação. Se antes ela

tinha estatuto de disciplina, mas era vista como complementar e não tinha

espaço nos currículos escolares – notadamente tecnicistas –, agora seus

conhecimentos são reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania.

Porém, com a manutenção da condição de conhecimento meramente

transversal, ela perdia seu estatuto de disciplina escolar, ficando sem espaço

na matriz curricular.

A Resolução n. 03/98 do Conselho Nacional de Educação apresentava

de forma equivocada a Filosofia na transversalidade do currículo, porque omitia

seu caráter historicamente disciplinar. Tal posição foi revista nas Orientações

Curriculares do Ensino Médio - MEC (2004), que analisa os Parâmetros

Curriculares Nacionais de Filosofia do Ensino Médio. Esse documento teve a

colaboração da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (Anpof), a

pedido do Departamento de Políticas do Ensino Médio do Ministério da

Educação:

[...] a legislação parece prestigiar a Filosofia concedendo-lhe até alguma centralidade. Como sabemos, essa

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aparência é enganadora. A tese da centralidade traduziu-se na não integração obrigatória e especificidades de conteúdos [...]. (BRASIL, 2004, p. 375)

A não indicação da obrigatoriedade da disciplina e dos conteúdos que

tradicionalmente constituem seu estudo, pelos Parâmetros Curriculares

Nacionais, deixou inócua qualquer discussão curricular sobre o ensino de

Filosofia. Esse foi o consenso dos professores de Filosofia de todo o país,

convocados em 2004 pelo MEC para discutir em cinco seminários regionais e

um seminário nacional os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio.

O coletivo de professores sugeriu diversas mudanças na legislação, que foram

acatadas pelo MEC e enviadas ao Conselho Nacional de Educação, em fins de

2005, com o objetivo de subsidiar discussões sobre a alteração da Resolução

n. 03/98:

O tratamento disciplinar da Filosofia no Ensino Médio é condição elementar e prévia para que ela possa intervir com sucesso também em projetos transversais e, nesse nível de ensino, juntamente com as outras disciplinas, possa contribuir para o pleno desenvolvimento do educando, tanto em seu preparo para o exercício da cidadania como em sua qualificação para o trabalho, como reza a LDB. Sendo assim, a necessidade da Filosofia no Ensino Médio é evidente, devendo ser doravante contemplada pelo requisito de obrigatoriedade, com a concomitante e contínua atenção dos responsáveis pelo ensino às condições materiais e acadêmicas, de modo que a disciplina, com profissionais formados em Filosofia seja ministrada de maneira competente, enriquecedora e mesmo prazerosa. (BRASIL, 2006, p.15)

A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo

10º, § 2º, enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo

aprovada por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do

mesmo ano. Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a

Filosofia e a Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi

homologado pelo Ministério da Educação pela Resolução n. 04 de 16 de

agosto de 2006.

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No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006,

tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino

Médio.

O cumprimento da exigência intrínseca a qualquer disciplina de figurar

na matriz curricular faz surgir uma série de questões e problemas a serem

discutidos. Daí que, da década de 1980 até hoje, os professores de filosofia

vêm manifestando uma preocupação com o conteúdo e a metodologia, em

outras palavras, a necessidade de pensar a relação entre os textos filosóficos e

a experiência filosófica no ensino médio. Segundo Gallo (2000), observa-se

hoje no Brasil um movimento de pensar filosoficamente o ensino de Filosofia,

no qual os filósofos têm tomado para si a responsabilidade de pensar a prática

docente nos vários níveis.

Em meio a esse movimento, está a construção destas Diretrizes para o

ensino de Filosofia. Para tanto, faz-se necessário revisitar a história do ensino

de Filosofia no Brasil e no Paraná. Nesse processo identificam-se as filosofias

ensinadas, com seus recortes distintos de conteúdos, em cada momento

histórico: por um lado, as filosofias que muitas vezes eram legitimadas, ou até

mesmo coniventes com a sociedade em que estavam inseridas e, por outro

lado, as filosofias que se dispunham a questionar, criticar, opor resistência e,

portanto, propor mudanças.

No Brasil, em linhas gerais, quando tomamos contato com a história da

disciplina de Filosofia, percebemos um movimento de afirmação e busca do

seu espaço, com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas

diante da insistente, porém pertinente pergunta: para que Filosofia?

Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da

disciplina de Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela

sua legitimação diante da sociedade brasileira, uma vez que seu

reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei

11.684.

Não menos importante na história da disciplina é a questão: qual

Filosofia ensinar? Essa indagação remete-nos ao conteúdo da Filosofia e

também ao método de ensino, ou seja, de qual filosofar estas Diretrizes estão

tratando. A sequência desse raciocínio nos impele a uma terceira questão:

filosofar para quê?

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Essa linha de pensamento sobre o ensino de Filosofia está presente na

Declaração de Paris para a Filosofia, redigida durante as jornadas

internacionais Philosophie et démocratie dans le monde, quando sublinha:

[...] ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas [...] Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo [...]. (UNESCO, 1995)

Favaretto (1995) afirma que há um problema anterior ao currículo; trata-

se da impossibilidade contemporânea de estabelecer um sentido único para a

Filosofia. Entendendo, assim, que existem concepções filosóficas diversas,

cabe a cada professor o desafio constante de definir para si mesmo o lugar de

onde pensa e fala.

Para resolver esse problema sugere-se o seguinte procedimento: definir

o local onde o ensino se realiza e a qual sujeitos ele se dirige. Isso permitirá

pensar qual Filosofia será ensinada.

Identifica-se o local onde se pensa e fala a partir do resgate histórico da

disciplina e da militância por sua inclusão e permanência na escola. Ensinar

Filosofia noEnsino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o

mesmo que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor claro

posicionamento em relação aos sujeitos desse ensino e das questões

históricas atuais que lhes são colocadas como cidadãos de um país. Nesse

sentido, é preciso levar em conta as contradições próprias da nossa sociedade

que é, ao mesmo tempo, capitalista e dependente, rica e explorada, consciente

e alienada.

Ao pensar o ensino de Filosofia, estas Diretrizes fazem ver, a partir da

compreensão expressa por Appel (1999), que não há propriamente ofício

filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e

cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de

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pensar, a capacidade de discernimento e o uso autônomo da razão. Quem

pensa opõe resistência.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma

Filosofia sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por

si só uma contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na

medida em que a Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam:

capacidade de indagação e crítica; qualidades de sistematização, de

fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e

autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,

imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação

humana, do pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.

Não se pode deixar de observar que tais características desautorizam qualquer

aproximação entre a Filosofia e certas perspectivas messiânicas ou salvíficas,

por mais sedutoras que possam parecer.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a

ocupar e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos

problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por

sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas

vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e

democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de

compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas

particularidades e especializações.

Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o

estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos,

conceitos e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-

histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que

a filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a

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compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e

da arte.

Mas essas discussões [problemas], nascendo da política, da cultura ou do comportamento, não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se pulverizar: gosto da idéia de ciclos de filmes, que dialoguem entre si, falando, por exemplo, na condição social dos personagens, no amor que vivem, na vinda do imigrante, na luta contra a opressão. Há muito espaço [...] para a Filosofia. (RIBEIRO, 2005)

Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica

questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou

ensinamos Filosofia? Para Kant (1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é,

exercitar a capacidade da razão em certas tentativas filosóficas já realizadas. É

preciso, contudo, reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de

investigar as ideias até suas últimas consequências, conservando-as ou

recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é

indispensável a sua prática, ou seja, do filosofar. A Filosofia constitui seu

conteúdo, visto que reflete sobre ele.

[...] a própria prática da Filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer Filosofia sem filosofar, nem filosofar sem Filosofia, porque a Filosofia não é um sistema acabado, nem o filosofar apenas a investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos [...]. (GALLO; KOHAN, 2000, p. 184)

A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que

possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de

Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia

e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa

disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.

Os filósofos não se ocuparam o bastante com a natureza do conceito como realidade filosófica. Eles preferiram considerá-lo como um conhecimento ou uma representação de dados, que se explicam por faculdades capazes de formá-lo (abstração ou generalização) ou de

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utilizá-lo (o juízo). Mas o conceito não é dado, é criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo, autoposição [Hegel]. [...] Os pós-kantianos giravam em torno de uma enciclopédia universal do conceito, que remeteria sua criação a uma pura subjetividade, em lugar de propor uma tarefa mais modesta, uma pedagogia do conceito, que deveria analisar as condições de criação como fatores de momentos que permanecem singulares. Se as três idades do conceito são a enciclopédia, a pedagogia e a formação profissional comercial, só a segunda pode nos impedir de cair, dos picos do primeiro, no desastre absoluto do terceiro, desastre absoluto para o pensamento, quaisquer que sejam, bem entendidos, os benefícios sociais do ponto de vista do capitalismo universal. (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 20-21)

A PRIMEIRA IDADE DO CONCEITO, A ENCICLOPÉDICA

A idade enciclopédica apresenta uma concepção abstrata do conceito.

Seria como se ele existisse num plano de transcendência, universal, a fim de

explicar a imanência, ou seja, a história. “Hegel mostrava, assim, que o

conceito nada tem a ver com uma idéia geral e abstrata, nem tampouco com

uma sabedoria incriada, que não dependeria da própria Filosofia” (DELEUZE;

GUATTARI, 1992, p. 20). O problema apontado por Deleuze e Guattari é que,

por mais que os pós-kantianos considerem a perspectiva histórica, o que

implica a criação e a autoposição dos conceitos, buscam construir uma

enciclopédia dos conceitos universais, uma perfeição inatingível e distante do

plano de imanência da história da maioria dos humanos.

A SEGUNDA IDADE DO CONCEITO, A PEDAGÓGICA

A idade pedagógica toma ares de simplicidade porque aproxima a

Filosofia de sua vocação original de criar conceitos, considerando, porém “as

condições da sua criação como fatores de momentos que permanecem

singulares” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 21). Ao conceber a filosofia como

criação de conceitos, estas Diretrizes não a veem como uma enciclopédia

universal do conceito. Não se trata, evidentemente, de defesa apolítica da

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singularidade. O argumento de que “o primeiro princípio da Filosofia é que os

Universais não explicam nada, eles próprios devem ser explicados” (idem, p.

15), implica a ideia da existência de espaços para tais explicações e de

filósofos dispostos a explicá-los. Se a criação de conceitos é Filosofia acessível

a todos e se todos são potencialmente filósofos, então todos poderão rivalizar

nos agóns (Termo grego que designa assembleia, espaço de reuniões, debates

e disputas). Trata-se, portanto, de valorizar a criação singular num plano de

imanência, num contexto histórico da convivência com o outro e das possíveis

criações coletivas.

Afirma-se a necessidade de criar conceitos universais – a unidade de

uma sociedade, suas leis, seus valores morais –, uma vez que eles só podem

resultar de um processo de amplos e profundos debates entre singularidades

conscientes do seu papel político e da necessária construção de consensos

que não se cristalizam porque são abertos à autoposição e a novas criações.

A TERCEIRA IDADE DO CONCEITO, A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

COMERCIAL

A idade da formação profissional comercial do conceito é entendida por

Deleuze e Guattari (1992) como o fundo do poço da vergonha, um desastre

absoluto, a morte do pensamento por sua rendição aos interesses do

capitalismo universal e por seu caráter imediatista. O conceito se transmuta em

mero instrumento ao sabor do mercado, em simulacro, em jogo de linguagem,

desprovido de crítica, de criação e das potencialidades transformadoras.

O movimento geral que substituiu a crítica pela promoção comercial não deixou de afetar a Filosofia. O simulacro, a simulação de um pacote de macarrão tornou-se o verdadeiro conceito, e o apresentador-expositor do produto, mercadoria ou obra de arte, tornou-se o filósofo, o personagem conceitual, o artista. (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p.19)

Em oposição à dimensão profissional comercial do conceito, e na

perspectiva da superação da dimensão enciclopédica, estas Diretrizes

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propõem a sua dimensão pedagógica. A Filosofia na escola pode significar o

espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento

original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação, da

análise e da criação de conceitos.

Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos

filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e,

que, nesse processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que

não há conceito simples.

Segundo Deleuze e Guattari (1992), todo conceito tem componentes e

se define por eles. Não há conceito de um só componente e não há conceito

que disponha de todos os componentes no momento de sua erupção. Todo

conceito é ao menos duplo ou triplo e remete a um problema ou a problemas

sem os quais não teria sentido, e que só podem ser isolados ou compreendidos

na medida de sua solução. A criação de conceitos só é possível na Filosofia

quando os problemas para os quais eles são as respostas são considerados

ruins ou mal elaborados.

Conforme esses autores, todo conceito tem uma história, embora a

história se desdobre em ziguezague, embora cruze com outros problemas ou

com outros planos. Os conceitos jamais são criados do nada. Em cada um

deles há, no mais das vezes, pedaços ou componentes vindos de outros que

respondiam a outros problemas e supunham outros planos em momentos

históricos diversos. Cada conceito opera um novo corte, assume novos

contornos, deve ser reativado ou recortado. É o devir do conceito.

Em suma, a natureza do conceito ou o conceito de conceito “define-se

pela inseparabilidade de um número finito de componentes heterogêneos

percorridos por um ponto de sobrevôo absoluto, à velocidade infinita”

(DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 33).

Não há nenhuma razão para que os conceitos se sigam, eternizem-se.

Nesse sentido, “um filósofo não pára de remanejar seus conceitos, e mesmo de

mudálos” (DELEUZE, GUATTARI, 1992, p. 34). A cada momento, ele está

preocupado com questões distintas e problemas específicos. O conceito criado

a partir dessas circunstâncias se identifica às particularidades de cada situação

filosófica e pode, assim, reorganizar seus componentes ou criar novos.

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Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço

para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de

que consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar

conceitos.

Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica

no Ensino Médio não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de

alta especialização, ou seja, o que se pretende é o trabalho com o conceito na

dimensão pedagógica.

Trata-se, então, de levar esses adolescentes [estudantes do Ensino Médio] a experienciarem essa atividade reflexiva de compartilhamento desse processo de construção de conceitos e valores, experiência eminentemente pessoal e subjetivada, mas que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada, instigada. Eis aí o desafio didático com que nos deparamos. (SEVERINO, 2004, p. 108)

Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos

nos currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser

trabalhados na perspectiva de fazer com que os estudantes pensem os

problemas com significado histórico e social e analisem a partir dos textos

filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações e

criem conceitos.

Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar de

modo que esses conteúdos passem a ser a única preocupação do ensino de

Filosofia. Eles serão importantes desde que atualizem os diversos problemas

filosóficos que podem ser trabalhados a partir da realidade dos estudantes.

A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto,

propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em

conta o cuidado com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e

clareza das ideias e buscando a superação do caráter fragmentário do

conhecimento.

É preciso que o professor tenha uma ação consciente para não praticar

uma leitura em que o texto seja um fim em si mesmo. O domínio do texto é

necessário. O problema está no formalismo e no tecnicismo estrutural da

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leitura, que desconsidera, quando não descarta, a necessidade da

compreensão do contexto histórico, social e político da sua produção, como

também da sua própria leitura.

Tal reflexão enseja analisar a função do professor de Filosofia no Ensino

Médio, que consiste, basicamente, em pensar de maneira filosófica para

construir espaços de problematização compartilhados com os estudantes, a fim

de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da

história da Filosofia e com a criação de conceitos.

O que a [...] Filosofia pretende, portanto, é provocar o despertar da consciência de ensinar a pensar filosoficamente, isto é, ensinar a exercer a critica radical (isto é, que chega às raízes), ou ensinar a pensar do ponto de vista da totalidade, o que é equivalente, pois é na totalidade que as coisas mergulham suas raízes. Pensar, ou apreender a parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos indagar pelo que se acha na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é a raiz de que brota a necessidade de filosofar. (CORBISIER, 1986, p. 85-86)

O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiência

daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos.

Esse exercício poderá manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O

professor propõe problematizações, leituras e análise de textos, organiza

debates, sugere pesquisas e sistematizações.

O professor busca ensinar a pensar filosoficamente, a organizar perguntas num problema filosófico, a ler e escrever filosoficamente, a investigar e dialogar filosoficamente, a avaliar filosoficamente, a criar saídas filosóficas para o problema investigado. E vai ensinar tudo isso na prática, sem fórmulas a serem reproduzidas. (ASPIS, 2004, p. 310)

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na

relação do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos

filosóficos por meio da investigação, no trabalho direcionado à criação de

conceitos.

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CONTEÚDOS

1º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Mitologia grega: a magia, a

força e o potencial explicativo;

A dimensões do mythos e do

logos;

O nascimento da filosofia e a

emancipação do logos em

relação ao mythos;

Os pré-socráticos e o período

cosmológico; - As principais

características da filosofia

nascente; - Sócrates e o

período antropológico.

O que é conhecimento? As

indagações básicas sobre

como conhecemos (o método),

o que podemos conhecer e

quais são os limites de nossa

razão;

Relativismo, dogmatismo e

ceticismo;

O embate entre racionalismo e

empirismo;

O criticismo kantiano.

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2º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ética

Política

O sentido de um discurso

ético; quais são as perguntas

elementares que a filosofia

procura responder no que

tange ao comportamento

humano;

A questão da liberdade;

A autonomia moral do sujeito x

a obediência a leis impostas

exterior e anteriormente;

A aposta nos poderes da razão

em dirigir a vontade humana:

concepção, desenvolvimento e

crise.

Política: surgimento,

organização, conflito, as

relações de poder;

Da politização dos sujeitos à

construção de uma sociedade

pluralista;

A democracia: características,

importância, fragilidades;

Do exercício do bem comum à

política como luta pelo poder;

Jusnaturalismo e

Contratualismo

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3º |Ano

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Filosofia da ciência

Estética

Bacon, o método experimental

e a esperança na ciência que

revolucionaria o Ocidente;

Do nascimento da ciência

moderna à crise da ciência no

séc. XX;

Problemas éticos e outros

desafios trazidos pela ciência;

Das diferenças entre o método

das ciências naturais e o

método das ciências humanas;

A autonomia das ciências

humanas e os filósofos da

suspeita no séc. XX.

O surgimento e as

reinterpretações do conceito de

mímesis;

O que é arte? O que nos

permite reconhecê-la? Ela tem

uma função? Sua natureza é

eminentemente expressiva ou

ela tem uma razão pedagógica

de ser?;

As rupturas com a arte

mimética a partir do séc. XVIII

e o surgimento do conceito de

estética;

Arte e sociedade, estética e

política no contexto do séc. XX.

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AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser

concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de

subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-

aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de

Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou

do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos,

nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma

especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A

Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de

conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico.

Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador

pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou

medir.

O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois,

[...] a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside à fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil. (LANGON, 2003, p. 94)

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do

estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a

capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a

capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e

interesses subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino

Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

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• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o

conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava

antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a

avaliação como um processo.

REFERÊNCIAS

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-

Filosofia 2, Curitiba, 1999.

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio

como experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, A. Ética. São Paulo:

Companhia das Letras, 1997.

BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações

curriculares do ensino médio. [S.n.t.].

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino

médio. Brasília: MEC/SEB, 2004.

BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio.

Brasília. MEC/SEB, 2006.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira,1986, v.1.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

(Coleção Trans).

FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all

(Org.).

_______. A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.

FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.

FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático

Público).

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246

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis:

Vozes, 2000.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985.

KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In:

FÁVERO, A; KOHAN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de

filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.

LANGON, M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.;

DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

LEOPOLDO E SILVA, F. Por que a Filosofia no segundo grau. Revista Estudos

Avançados, v.6, n. 14, 1992.

MARX, K. A questão judaica. In: __________. Manuscritos econômico-

filosóficos. Tradução Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1993.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação

Básica. Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)

PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF,

Curitiba, V. 2, n.3, 1981.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino

de filosofia no 2.º grau. Curitiba, 1994.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São

Paulo: Paulus, 2003.

RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. São

Paulo: Cortez & Moraes,1978.

RIBEIRO, R.J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo, 06 mar.

2005.

RUSSELL, B. Os problemas da filosofia. Tradução António Sérgio. Coimbra:

Almedina, 2001.

SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO;

S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática.

Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

TEXTOS SEAF (Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas - Regional do

Paraná). Curitiba, ano 2, número 3, 1981.

UNESCO. Philosophie et Dèmocratic dans le Monde – Une enquête de

l´Unesco. Librarie Générale Française, 1995.

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247

19.3 FÍSICA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A Física como um campo estruturado de conhecimentos que permite a

compreensão dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo

macroscópico e microscópico. O universo como objeto de estudo da Física:

sua evolução, suas transformações e as interações que nele se

apresentam.

quadro conceitual de referência da Física em três campos de estudo:

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo. Os conceitos

fundamentais: espaço, tempo e massa; calor e entropia; carga elétrica,

pólos magnéticos e campos.

OBJETIVOS

Construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias

capazes de levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a

perspectiva de que esta ciência não é fruto apenas da pura racionalidade

científica. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um sujeito

critico, capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a

necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos

que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua produção, bem como

os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu

comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam

esses aspectos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esses conteúdos representam campos de estudos onde os professores

devem buscar os referenciais teóricos da disciplina escolar, buscando

garantir o objeto de estudo da disciplina em toda a sua complexidade.

Esses três campos foram escolhidos porque, embora tenham evoluído

separadamente, representam teorias unificadoras:

O estudo dos movimentos, a mecânica de Newton, unificou a

Estática, a Dinâmica e a Astronomia (séc. XVII);

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A Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases, pressão,

temperatura e calor (séc. XIX);

A Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a Eletricidade e a

Óptica (séc. XIX);

A interdependência entre estes três campos nos obriga a buscar, para um

mesmo conteúdo, as vezes, os referencias teóricos dos três campos de

estudo. Por exemplo, o estudo da luz, que tem os seus referenciais

teóricos no Eletromagnetismo, mas também, no estudo dos movimentos.

Daí a dificuldade em se destinar cada um desses conteúdos a uma série

diferente.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

Partir do conhecimento prévio dos estudantes – concepções alternativas a

respeito do conteúdo científico, levantadas a partir de investigação feita

pelo professor. A mediação entre o estudante e o professor se dará pelo

conhecimento físico, processo organizado e sistematizado pelo professor.

Igualmente importante é considerar o cotidiano do estudante;

Considerar a História interna (a qual mostra a evolução das idéias e

conceitos físicos) e externa à Física;

A História que mostre a não neutralidade da produção científica, suas

relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, os

aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência;

Os modelos matemáticos como construção humana, uma aproximação dos

fenômenos físicos, com limite de validade delimitado pela conjetura

utilizada para a construção do modelo, portanto não para todas as

situações;

A importância de considerar a Filosofia da Ciência no ensino de Física.

Afastar-se do mito cientificista sem negar o valor da Ciência;

A experimentação como uma metodologia de ensino – a experiência é tão

metodologia como o são as concepções espontâneas, o livro didático,

textos, leituras, etc...;

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No desenvolvimento teórico considerar a Física como um campo disciplinar

de conhecimento. Assim, os conceitos físicos devem ser concebidos,

independente da metodologia utilizada, a partir do referencial teórico.

Lembrar que Física clássica, Física Moderna e Contemporânea são nomes

dados devido limitações temporais;

contemporâneo deve ser pensado como a abordagem atual de um

conteúdo. Não se trata de aplicações tecnológica de um conteúdo físico. Na

opção por uma tecnologia, o conteúdo físico deve receber destaque.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Grandezas e Notação Científica.

Estudo dos Movimentos;

Movimento Uniforme;

Aceleração;

Movimento Uniformemente

Variado; Leis de Newton;

Inércia: Lei de Newton;

Força, massa e aceleração: segunda

Lei de Newton;

Ação e Reação: Terceira Lei de

Newton;

Algumas Aplicações da Lei de

Newton;

Forças;

Trabalho de uma força;

Potência e Rendimento;

Energia e Trabalho;

Energia Cinética;

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Energia Potencial: Gravitacional e

Elástica;

Conservação da Quantidade de

Movimento;

Estática: Equilíbrio;

Hidrostática: Pressão e Empuxo.

2º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Termodinâmica

Temperatura e suas medidas;

Dilatação Térmica;

Calor e suas formas de

transferência;

Calor Sensível e Calor Latente.

Trocas de Calor;

Equação Fundamental da

Calorimetria;

Capacidade Térmica;

Curvas de Aquecimento;

Transmissão de Calor;

Lei de Boyle-Mariotte;

Lei de Gay Lussac;

Lei de CharlesEquação Geral dos

Gase;

Energia Interna;

Trabalho em um sistema;

Primeiro princípio da termodinâmica;

Segundo princípio da

termodinâmica;

Ciclo de Carnot.

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3º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Eletromagnetismo

Grandezas Elétricas;

Corrente Elétrica;

Resistência Elétrica;

1ª. Lei de Ohm;

2ª. Lei de Ohm;

Potência Dissipada;

Associação de Resistores;

Associação em série;

Associação em paralelo;

Associação Mista;

Medidores Elétricos;

Geradores e Receptores;

Lei de Ohm-Pouillet;

Lei de Ohm Generalizada;

Lei de Kirchhoff;

Conceitos de Eletrostáticas;

Tópicos de Física Quântica, Efeito

Fotoelétrico e Dualidade onda

partícula.

AVALIAÇÃO

Se o objetivo é garantir o objeto de estudo da Física, então ao avaliar deve-

se considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes;

Considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos,

conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não neutralidade da

ciência;

Deve-se buscar, sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem

como um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo mas para, a

partir dela, o professor (a) encontrar subsídios para intervir.

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REFERÊNCIAS EXPERIÊNCIAS DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTALautor: Alberto Gaspar editora: Ática Destinado a professores de ciências com o objetivo de fornecer-lhes condições para construir atividades experimentais de demonstração ou ensinar os alunos a construir os experimentos.Os tópicos de cada experimento apresentam a forma de construir a atividade, contêm uma explicação dos conceitos nela envolvidos e fornecem um roteiro pedagógico que orienta a participação do professor. Excelente livro. Newton C. Braga – Eletrônica Paranormal Paul G. Hewitt – Física Conceitual – 6ª edição

19.4 QUÍMICA PRESSUPOSTO TEÓRICO A ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos,

apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas a Química que estuda

matéria, suas propriedades, suas transformações e energia envolvida nesses

processos

A Química participa do desenvolvimento científico – tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance

econômico, social e político. Na interpretação do mundo através das

ferramentas da Química, é essencial que se explicite seu caráter dinâmico.

Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de

conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da

mente humana, em contínua mudança. A consciência de que o conhecimento

científico é assim dinâmico e mutável ajudará o estudante e o professor a

terem a necessária visão da ciência. Enfim, o aprendizado de Química pelos

alunos do Ensino Médio implica que eles compreendam as informações

químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada e

assim possam julgar com fundamentos as informações advindas da tradição

cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente,

enquanto indivíduos e cidadãos.

OBJETIVOS

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253

Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e

também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico

atual.

Construir o conhecimento químico a partir das necessidades humanas,

uma vez que esse conhecimento não é algo pronto, acabado e

inquestionável.

Compreender o conceito e não memorizar a definição, pois a aplicação

de um conceito químico é relacionar a outros conceitos químicos já

conhecimentos.

Compreender o conhecimento científico e tecnológico para ir além do

domínio estritos dos conceitos de Química.

Estabelecer um contato direto do aluno com o objeto de estudo da

Química, planejado e organizado pelo professor.

Mostrar o sentido dos conceitos químicos e para que ela se concretize é

vital a importância da experimentação para a realização da atividade

pedagógica.

Proporcionar ao estudante do Ensino Médio uma reflexão mais

abrangente sobre as razões dos mais variados conteúdos estudados.

Criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais

criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razões dos problemas.

CONTEÚDOS

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Introdução ao estudo da química

Matérias e substâncias

Linguagem própria;

Química experimental;

Química pura e aplicada;

Panorama histórico da química;

Mudança de estado físico;

Ponto de fusão e ebulição;

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Teoria Atômica

Tabela periódica

Ligações químicas

Funções inorgânicas

Curva de aquecimento e

resfriamento;

Densidade;

Fenômeno físico e químico.;

Substâncias puras e misturas;

Fases e sistemas;

Método de separação de

mistura;

Materiais de laboratório e

segurança;

Dalton;

Rutherford;

Bohr;

Estrutura atômica;

Partículas subatômicas;

Distribuição eletrônica;

Classificação, estrutura e

propriedades periódicas;

Regra do octeto;

Ligações iônica;

Ligação covalente e dativa;

Ligação metálica;

Ácidos;

Bases;

Sais;

Óxidos;

Hidretos;

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Química Sintética Matéria e sua natureza Biogeoquímica

Funções Inorgânicas: - Ácidos; - Bases; - Sais; - Óxidos; - Hidretos;

Reações Químicas: - Classificação; - Síntese, análise, simples troca, dupla troca. - Balanceamento; - Tentativa e oxirredução;

Soluções: - Concentrações; - Título: % de massa, % volume; - Gramas por litro (g/L); - Mol por litro (mol/L).; - Molar; - Fração molar - Diluição e titulação.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua Natureza Biogeoquímica

Termoquímica

Representações das reações químicas;

Reações exotérmicas endotérmicas;

Diagramas das reações químicas;

Variação de entalpia;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Alotropia;

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Química sintética Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética Matéria e sua natureza

Estequiometria;

Tabela periódica;

Representações das reações químicas

Leis das reações químicas;

Diagramas das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrências de uma reação química.

Fatores que interferem na velocidade das reações;

Lei da velocidade das reações químicas;

Tabela periódica;

Equilibrios químicos;

Representações das reações químicas;

Reações químicas reversíveis;

Concentração das soluções;

Constante de equilíbrio;

Deslocamento de equilíbrio;

Tabela periódica;

Eletroquímica;

Reações de óxido-redução;

Propriedade dos metais;

Migração de elétrons;

Células eletroquímicas;

Corrosão de matais

Química nuclear;

Estrutura atômica;

Energia nuclear;

Isotopia;

Emissão de partículas (radiação);

Tempo de meia-vida do elemento radioativo;

Datação de objetos antigos;

Bomba atômica;

Tabela periódica.

AVALIAÇÃO

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Um processo avaliativo qualitativo parte do princípio de que a

avaliação pode e deve fornecer meios de aperfeiçoamento ao professor, ao

aluno e ao grupo respectivamente, indicando a relevância do conhecimento

que o aluno construiu ao longo do ano letivo.

Dessa forma, a avaliação estará distribuída em trabalhos individuais

ou em grupos, em classe e extra - classe, e provas durante otrimestre. Tanto

os trabalhos quanto à prova será realizada de forma diagnóstica, contínua e

cumulativa prevalecendo aspectos qualitativos e não quantitativos do aluno. A

participação e motivação nas atividades desenvolvidas durante as aulas

também serão avaliadas.

REFERÊNCIAS

1 – COVRE, Geraldo José – Química Total – FTD, São Paulo, 2001. 2 – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Química – Curitiba 2006. 3 – FELTRE, Ricardo – Volume 1 – Química Geral – Editora Moderna., 6ª edição, São Paulo, 2004. 4 - FELTRE, Ricardo – Volume 2 – Físico Química – Editora Moderna., 6ª edição, São Paulo, 2004. 5 - FELTRE, Ricardo – Volume 3 – Química Orgânica – Editora Moderna., 6ª edição, São Paulo, 2004. 6 – MACEDO, Magno Urbano; CARVALHO, Antônio – Coleção Horizontes: Química - Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP), São Paulo. 7 – PERUZZO, Tito Miragaia; CANTO, Eduardo Leite – Coleção Base: Química – Editora Moderna Ltda, 1ª edição, São Paulo, 2000. 8 – SARDELLA, Antônio – Curso Completo de Química – Editora Ática, 3ª edição, São Paulo, 1999. 9 – SARDELLA, Antônio – Série Novo Ensino Médio: Química – Editora Ática, 1ª edição, 3ª impressão, São Paulo, 2003. 19. 5 SOCIOLOGIA

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PRESSUPOSTO TEÓRICO A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes

transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a

ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como

saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las,

nasceu a Sociologia. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina

científica é marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma

política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e

uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão

e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do

Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida

pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão

de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições

para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente,

um pensamento de cunho conservador desenha- se mais como uma forma

cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em

questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da

sociedade industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava

cercada pela resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até

o pensamento conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta

tanto no comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de

produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na

estrutura da sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares “parecia aos

contemporâneos um produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo

pensamento iluminava os passos da civilização, quando, na verdade, o

progresso crescente dos modos de pensar sobre fenômenos cada vez mais

complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era produto direto das novas

maneiras de viver e produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37). A Sociologia

ganhou corpo teórico com a obra de Durkheim, o primeiro a lecionar a

disciplina na Universidade de Bordeaux, na qual em aula inaugural de 1887,

expressou o esforço para tirá-la do ceticismo, propondo um método e um

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objeto próprios, além de provar que os fenômenos sociais eram passíveis de

serem investigados cientificamente. Essa defesa acompanhou-o como

professor titular da primeira cadeira de Sociologia da Sorbonne, a partir de

1913.

A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da

ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma

independente do trabalho pedagógico que a traduz como parte curricular nas

escolas de níveis médio e superior. São intercomunicantes os caminhos dos

estudos e pesquisas acadêmicas e as atividades curriculares no magistério.

Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na pesquisa científica

e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de um mesmo

problema. É pensando uma e outra que se realiza a dimensão histórica da

ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil. A trajetória da

produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui disciplina

no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a

questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não

está livre de contradições. A história das Ciências Sociais no Brasil atesta a

vitória de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do

país era adverso, como apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995). A Sociologia

demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia para uma

ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não foram

decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos

anos trinta e a dos anos sessenta.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO

A Sociologia, como qualquer disciplina, dispõe de recursos para a

investigação, mas enfrenta dificuldades peculiares, segundo Fernandes

(1976a), pelo fato de seus cânones científicos ainda não corresponderem ao

estabelecido e suas perspectivas de pesquisa despertarem interesse prático-

político e grandes expectativas nos círculos sociais. Entre as dificuldades

Florestan afirma “o sociólogo não possui um laboratório”, isto é, ele está sujeito

às normas e aos critérios experimentais do saber científico e este é um limite à

Sociologia, explicando seus avanços e recuos na investigação da realidade.

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Em outras palavras: a pressão societária e os critérios científico-experimentais

e de verificação da verdade põem o sociólogo em relação de tensão com a

sociedade.

Embora os primeiros pensadores tenham se esforçado para enquadrar a

Sociologia nos padrões científicos estipulados pelo modelo de análise das

Ciências Naturais que a precederam, existem dificuldades relativas à natureza

específica do seu objeto e à aplicação do método experimental à ação social. A

metodologia de tradição racionalista nas ciências físico-químicas e exatas,

pautada na observação dos fatos, sua experimentação e demonstração com

controle e verificação dos resultados, testando hipóteses e definindo graus de

certeza na universalidade das teorias, não se aplica à Sociologia. Dado o

caráter público do método científico e a intersubjetividade própria das Ciências

Sociais, a autoconsciência metodológica deve levar a uma verificação que

convença racionalmente os outros, assim como ao próprio cientista.

Tomando esse paradigma metodológico da história da ciência moderna,

o metodólogo norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996) contempla as

Ciências Sociais como imaturas, justo por não terem chegado “ainda” à

definição de um único paradigma científico ou grande o suficiente para abrigar

a maior parte das correntes teóricas e, até mesmo, dissolvê-las no seu interior,

atenuando suas contraposições. Na Sociologia, portanto, coexistem

paradigmas científicos e isso a torna uma ciência normal – produtora de

pesquisas que se acumulam, – na expressão de Kuhn (1982), que revolucionou

a tradicional noção de paradigma tido como modelo, remetendo-o àquilo que os

membros de uma comunidade científica partilham e, inversamente, uma

comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma.

Como disciplina acadêmica e escolar a Sociologia não está desvinculada

dos fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo

científico. É preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos

contemporâneos, elementos para se perceber as temáticas, os problemas e a

metodologia concernentes ao contexto histórico em que foram construídas e,

então, interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual. Apenas

desse modo garante-se o pensamento crítico e a Sociologia não resvala para

uma ortodoxia, seja da paralisante Sociologia sistemática, seja de um

radicalismo posto na ordem reformista ou revolucionária. Também, é possível

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evitar um relativismo condescendente que nivela posicionamentos de análise

com aportes explicativos diferenciados, justamente a partir da natureza das

questões que coloca para a realidade. Fica-se com a recomendação de

Bourdieu (2000) para evitar uma relativização simplista nas análises históricas

e sociais: assumir uma determinada concepção sociológica que permita

“conciliar” o que foi historicamente considerado inconciliável – as verdades

trans-históricas.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de

aplicação direta, pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar”

ideias em relação aos fenômenos sócio-históricos. São as explicações, as

interpretações sobre o real que fornecem os instrumentos para o mundo ser

transformado, recriado em novas bases.

A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível

médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade

social devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas

disciplinas curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a

consciência da força dessas mudanças. Demonstrar nexos de responsabilidade

entre a ciência e a política pode devolver aos professores e alunos, a dimensão

social desse conhecimento nos currículos de Sociologia. A pesquisa integrante

da Sociologia, não sendo neutra nem pura, imparcial ou comprometida, tem um

papel social de importância no Ensino Médio das escolas brasileiras: dar

respostas simples a perguntas simples. O que se apresenta de forma

complicada pode não conter bem qualquer formulação. As contribuições sobre

a disciplina requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor

margem de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da

Sociologia na escola deve passar pela simplicidade, ainda que se lide com a

complexidade.

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CONTEÚDOS

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

O processo de socialização e as

instituições sociais

Trabalho, produção e classes sociais

O processo de socialização;

Instituições sociais: familiares,

escolares, religiosas;

Instituições de reinserções ( prisões,

manicômios, educandários, asilos,

etc.).

O conceito de trabalho e o trabalho

nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos,

castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas

sociedades capitalistas e suas

contradições.

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Poder, política e ideologia

Formação e desenvolvimento do

Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo,

totalitarismo;

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Direitos, cidadania e movimentos

sociais

Estado no Brasil;

Conceito de poder;

Conceito de ideologia;

Conceito de denominação e

legitimidade;

As expressões da violência nas

sociedades contemporâneas;

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os

movimentos ambientalistas

A questão das ONG’S.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Era de incertezas

Europa, 1914: 1ª Grande Guerra

MundiaL;

República Velha: Formação do

Poder Político e Econômico.

República Velha: Política e

Contestação Social;

Revolução Russa e a Europa no

Período entre Guerra;

A crise do capitalismo e seus efeitos

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Relações culturais

no Brasil;

Era Vargas: do Governo Provisório

ao Golpe de Estado de 1937. Estado

Novo;

Urbanização e Trabalho no século

XX;

Os movimentos operários brasileiros

no início do século XX;

Trabalho e populismo na era

Vargas;

A reorganização dos movimentos

sindicais no Brasil nos anos 70;

A 2ª. Guerra Mundial – Economia e

Sociedade no pós-guerra;

Formação de blocos econômicos na

nova divisão internacional a Guerra

Fria;

Cidadania, movimentos sociais e

questões étnicas a partir de 1960;

As lutas pela conquista dos direitos

civis nos E U A;

A questão do negro e da violência

urbana no Brasil atual;

O período militar: modernização

conservadora;

Ricos e pobres no mundo

globalizado.;

A desintegração da URSS a

Globalização.

AVALIAÇÃO

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A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-

se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina

estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em

sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação

social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de

uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados

historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e

a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e

ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de

crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um

pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer

identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também

as que apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser

reorientado. Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como

instrumento docente para a reformulação da prática através das informações

colhidas. A avaliação também se pretende continuada, processual, por estar

presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a

constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos

rigor na prática de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor

almejado na avaliação formativa, conforme Luckesi (2005) significa considerar

como critérios básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência,

articulados com a prática social; b) a capacidade de argumentação

fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das ideias

sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas

sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a

construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de

ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas

em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas

de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação

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entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as

formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos

objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão,

reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da

sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como

instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de

encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de

aplicação direta, pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar”

ideias em relação aos fenômenos sócio-históricos. São as explicações, as

interpretações sobre o real que fornecem os instrumentos para o mundo ser

transformado, recriado em novas bases.

A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível

médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade

social devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas

disciplinas curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a

consciência da força dessas mudanças. Demonstrar nexos de responsabilidade

entre a ciência e a política pode devolver aos professores e alunos, a dimensão

social desse conhecimento nos currículos de Sociologia. A pesquisa integrante

da Sociologia, não sendo neutra nem pura, imparcial ou comprometida, tem um

papel social de importância no Ensino Médio das escolas brasileiras: dar

respostas simples a perguntas simples. O que se apresenta de forma

complicada pode não conter bem qualquer formulação. As contribuições sobre

a disciplina requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor

margem de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da

Sociologia na escola deve passar pela simplicidade, ainda que se lide com a

complexidade.

REFERÊNCIAS

ADORNO, T. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.

In: COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo:

T.A.Queiroz, 1987.

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267

BACHELARD, G. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro,1968.

BAUMAN, Z. Por uma sociologia crítica: um ensaio sobre o senso comum e

emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

BERGER, P; LUCKMANN, T. A construção social da realidade. 11.ed.

Petrópolis:

Vozes, 1994.

BOTTOMORE, T.(Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro:

Jorge

Zahar Editor, 1988.

BOUDON, R. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990.

BOURDIEU, P. O Camponês e seu corpo. In: Revista de Sociologia e Política.

Curitiba, 26 p. 83-92. jun.2006.

_____. O poder simbólico. Lisboa: DIFEL; Rio de Janeiro: Editora Bertrand

Brasil,

1989.

_____. Science de la science et reflexivité: cours du College de France 2000-

2001. Paris: Éditions Raisons d agir, 2001.

BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do

ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975.

_____.; ______.; CHAMBOREDON, J. C. A profissão de sociólogo:

preliminares

epistemológicas. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário.

Petrópolis:

Vozes, 1998.

CASTELLS, M. A sociedade em rede; a era da informação: economia,

sociedade

e cultura. 3.ed. v. 1, São Paulo: Paz e Terra, 2000.

COHN, G. (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros

Técnicos

e Científicos, 1977.

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268

19.6 Língua Portuguesa

Fundamentos teóricos:

De acordo com a concepção Bakhtiniana, o ensino-aprendizagem de

Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos

dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e

terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a

língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se

defrontam, manifestando diferentes opiniões. A esse respeito,

Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada palavra se apresenta

como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais

de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua

expressão, como produto de relação viva das forças sociais.” Nesse sentido, é

preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama de

textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se

envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando

a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais

(jornalística, literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que

as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a

integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos).

A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade,

garante o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu

estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos,

cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998, p. 18) .

Assim, temos que um texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo,

ele lança seus sentidos no diálogo intertextual, ou seja, o texto é sempre uma

atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações dialógicas.

Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um do

outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados

no plano de sentido, revelarão relações dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999,

p. 123) compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo: “não apenas

como a comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda

a comunicação verbal, de qualquer tipo que seja”. Uma vez que o trabalho será

pautado na perspectiva da multiplicidade de textos orais e escritos, coloca-se a

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269

divisão desta proposta no que denomina-se “GÊNEROS DISCURSIVOS”, visto

que, alguns são adaptados, transformados, renovados, multiplicados ou até

mesmo criados a partir da necessidade que o homem tem de se comunicar

com o outro, tendo em vista que “todos os diversos campos da atividade

humana estão ligados ao uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p. 261).

Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são

adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005,

p. 157). Nessa concepção, antes de constituir um conceito, é uma prática social

e deve orientar a ação pedagógica com a língua. Compreender essa relação é

fundamental para que não se caia tão somente na sua normatização e,

consequentemente, no que Rojo (2004, p. 35) define como “pedagogia

transmissiva das análises estruturais e gramaticais”, que dissocia o texto de

sua realidade social.

Portanto, o estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque,

deve propiciar ao aluno a reflexão sobre as normas de uso das unidades da

língua, de como elas são combinadas para produzirem determinados efeitos de

sentido, profundamente vinculados a contextos e adequados às finalidades

pretendidas no ato da linguagem.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, é

entendido como resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é a

língua em sua integridade concreta e viva.

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Leitura e interpretação textual;

A linguagem literária;

Figuras de linguagem;

Tipologia textual: narração,

descrição e dissertação;

Leitura de livros (didáticos e para-

didáticos).;

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Produção e interpretação

(intertextualidade);

Trovadorismo;

Humanismo;

Classicismo;

O Quinhentismo Brasileiro;

Barroco;

Arcadismo;

Ortografia.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Tipografia textual: narração,

descrição e dissertação;

Coesão e coerência textual;

Poesia;

Técnicas e modelos de carta

comerciais;

Produção e interpretação textual;

Diferença entre resenha e resumo;

Intertextualidade;

Leitura diversificada;

Ortografia;

Romantismo;

Naturalismo;

Parnasianismo;

Gramática contextualizada;

Realismo.

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3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Características dos autores e obras;

Leituras de livros (vestibular ou

outros);

Produção textual e Interpretação;

Tipologia textual;

Técnicas e modelos de redação

oficial;

Técnicas de documentos comerciais;

Diferença entre resumo e resenha;

Parnasianismo;

Simbolismo;

Pré-modernismo;

Vanguarda Europeia;

Modernismo;

Ortografia;

Análise sintática como ferramenta

de auxílio na interpretação textual;

Concordância nominal e verbal;

Regência nominal e verbal;

Período composto por coordenação

e subordinação.

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Encaminhamentos metodológicos:

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de

promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da

escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações

de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-

poder em direção a outras significações que permitam, aos mesmos

estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às

práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.

O domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,

aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Isso

significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na

língua: o rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a

excessiva formatação em detrimento da originalidade; a irracionalidade

atribuída aos discursos, dependendo do local de onde são enunciados e, da

mesma forma, o atributo de verdade dado aos discursos que emanam dos

locais de poder político, econômico ou acadêmico.

Dessa forma, entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos

educandos a compreensão do poder configurado pelas diferentes práticas

discursivo-sociais que se concretizam em todas as instâncias das relações

humanas.

Objetivos:

Possibilitar aos educandos o entendimento do poder configurado pelas

diferentes práticas discursivas sociais;

Contribuir para o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade

e da escrita;

Despertar, nos alunos, a sua emancipação e autonomia em relação ao

pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social;

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem verbal;

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua mate; na, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade;

Utilizar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho

em outros contextos relevantes da vida;

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Perceber os recursos da linguagem verbal, relacionando texto/contexto,

mediante a natureza, organização, estrutura, de acordo com as condições de

produção, recepção ( intensão, época, local, interlocutores participantes da

criação e propagação das ideias e escolhas, tecnológicas disponíveis);

Recuperar pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial;

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre língua oral e escrita e

seus códigos sociais, contextuais e linguísticos

Avaliação:

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deve ser considerada um

processo de aprendizagem contínuo e que dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

A avaliação proposta é formativa, pois considera que os alunos possuem

ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e

diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica

aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em

que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos

aprendam e participem mais das aulas. Também é somativa, pois ao final de

cada trimestre, a avaliação somativa é usada para definir a nota do aluno.

Referências:

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), GERALDI, João Wanderley, CITELLI, Beatriz

(coords). Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo. Cortez, 2000.

Coleção Aprender e ensinar em textos, v.1.

CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), CITELLI, Adilson (coord.). Outras linguagens

na escola publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática. São Paulo.

Cortez, 2000. Coleção Aprender e ensinar em textos, v.6.

ENGUITA, Mariano F.. A face oculta da escola: educação e trabalho no

capitalismo. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,

1987.

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274

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 40. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

2005.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

GIROUX, Henry A. Atos impuros. A prática dos estudos culturais. Trad.

Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2003.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu

da Silva, Guaraeira Lopes Louro. 9.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed.

Campinas, SP:Pontes,2000.

KLEIMAN, Ângela; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo

redes nos projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.

KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3.ed. São Paulo: contexto, 1991.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo:

Contexto, 1990.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MIGLIOZZI, Luiz Carlos. A Mortificação do Ser: Uma investigação das paixões

no universo escolar. 2002. 266 p. Tese (Doutorado em Letras) USP, São Paulo.

MISKOLCI, Richard. Um corpo estranho na sala de aula. In: ABRAMOWICZ,

Anete; SILVÉRIO, Valter Roberto (orgs). Afirmando diferenças: Montando o

quebra-cabeça da diversidade na escola. Campinas: Papirus, 2005. (Coleção

Papirus Educação).

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. (A) Diretrizes curriculares -

Língua Portuguesa. Versão preliminar. 2006.

19.7 - MATEMÁTICA

Fundamentação teórico metodológica

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em

que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não

são considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI &

LORENZATO, 2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou

indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em

Matemática (CARVALHO, 1991).

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O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção,

porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI &

LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de processos que investigam como o

estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como

um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL

& MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por intermédio do

conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa,

visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento

matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento do aluno.

Para a efetivação de tal proposta, oprofessor deve ser interessado em

desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática

para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua

formação. Interessa-lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as

ideias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar

meios para superar desafios pedagógicos.

Nesse encaminhamento, é importante que o professor reflita sobre a sua

concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento levando em

consideração dois aspectos:

• pode-se conceber a Matemática tal como ela vem exposta na maioria

dos livros didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se

encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;

• pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento

progressivo de elaboração, de modo a descobrir-se suas hesitações, dúvidas,

contradições, as quais um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue

eliminar, para que logo surjam outras hesitações, outras dúvidas, outras

contradições no fazer matemático.

Isto é, sempre haverá novos problemas por resolver (CARAÇA, 2002, p.

XXIII).

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático

voltado tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino

da Matemática. Isso implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do

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aprender Matemática, quanto do seu fazer, do seu pensar e da sua construção

histórica, buscando compreendê-los (MEDEIROS, 1987).

A Educação Matemática como campo de estudos, possibilita ao

professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que

conceba a Matemática como atividade humana em construção.

Dessa forma, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de

ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela

consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da

sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que

emergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o

caráter científico da disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum

pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer condições para

apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência

da realidade (RAMOS, 2004).

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para

que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

Encaminhamentos Metodológicos

Os Conteúdos Estruturantes devem ser articulados com os conteúdos

específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo

pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os

conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal,

“[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação

isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam” (MACHADO,

1993, p. 28).

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente,

as quais têm grau de importância similar entre si e complementam-se umas às

outras, que são:

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• resolução de problemas - Segue as seguintes etapas: compreender o

problema; destacar informações, dados importantes do problema, para a sua

resolução; elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir

resultados; estabelecer nova estratégia, se necessário, até chegar a uma

solução aceitável (POLYA, 2006).

• modelagem matemática- Partindo de uma situação prática e seus

questionamentos, o aluno poderá encontrar modelos matemáticos que

respondam essas questões.

• mídias tecnológicas- Os recursos tecnológicos, como o software, a

televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm

favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de

resolução de problemas. Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado

estudantes e professores a visualizarem, generalizarem e representarem o

fazer matemático de uma maneira passível de manipulação, pois permitem

construção, interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma

dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.

• etnomatemática- O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo

matemático com uma questão maior – o ambiente do indivíduo e suas

manifestações culturais e relações de produção e trabalho.

• história da Matemática- A abordagem histórica deve vincular as

descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias

históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e

influenciaram o avanço científico de cada época.

• investigações matemáticas- Na investigação matemática, o aluno é

chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor

questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que

está investigando.

Conteúdos do 1º ao 3º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA

Números Reais;

Números Complexos;

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GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIAS

FUNÇÕES

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Sistemas Lineares; Matrizes e

Determinantes;

Equações e Inequações

exponenciais;

logarítmicas e modulares;

Polinômios.

Medidas de massa;

Medidas derivadas: área e

volumes;

Medidas de informática;

Medidas de energia;

Trigonometria: relações

métricas e trigonométricas no

triângulo retângulo e a

trigonometria na circunferência.

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não euclidianas

(noções básicas).

Função afim;

Função quadrática;

Função polinomial;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica.

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Análise combinatória; Binômio

de Newton; Probabilidade;

Estatística (noções básicas);

Matemática Financeira

(Noções básicas).

Avaliação:

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-

aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram

espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno

com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

Para tanto, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação

claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo de ensino -

aprendizagem, quando necessárias.

Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas

oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu

próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno

(ABRANTES, 1994, p. 15).

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da

observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento.

Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

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• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares;

•socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem

adequada.

Referências:

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática – SEED-

PR, 2008.

19.8 LEM- LÍNGUA ESTRANJEIRA MODERNA – INGLÊS

Fundamentos teóricos

O ensino de língua estrangeira, no Ensino Médio, não é só um exercício

intelectual em aprendizagem de formas e estruturas lingüísticas em um código

diferente, é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de agir

discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é

importante, desse modo, para o desenvolvimento integral do individuo,

devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida.

Essa experiência deve significar uma abertura para o mundo próximo, fora d si

mesmo, tanto quanto ao mundo distante, em outras culturas. Assim, contribui

para a construção e para o cultivo, pelo aluno, de uma competência, não só no

uso de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas.

O inglês vem se mostrando como importante meio de comunicação neste

mundo globalizado e está cada vez mais presente em nosso cotidiano.

Conhecer inglês hoje é condição para que se possa sentir inserido nessa

realidade e dela participar ativamente. A Língua Inglesa deve contribuir para o

desenvolvimento do cidadão levando-o a questionar e refletir sobre assuntos

da atualidade e de seu interesse e deve se apresentar como um espaço para

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ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos

interpretativos de construção da realidade.

O ensino como toda atividade humana deve ser dinâmica e renovador, desse

modo, propõe-se estratégias voltadas para a compreensão da realidade

garantindo uma melhor interpretação da sociedade e do mundo globalizado em

que o aluno vive e atua como cidadão participante.

Objetivos

Fazer com que o aluno compreenda os elementos composicionais dos textos

verbais e não-verbais e na forma de gêneros textuais considerando seu

contexto de produção e esferas de circulação, de forma que:

identifique, no texto, o tema, considerando seu contexto de produção, a

sua esfera de circulação e reflita sobre as vozes sociais presentes nele;

perceba a intencionalidade presente no texto;

identifique e analise informações explícitas e implícitas no texto;

compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do

contexto;

identifique nos textos sua tipologia;

realize a leitura linear e não-linear;

identifique os aspectos da organização textual;

reconheça e use os elementos que tornam o texto coeso e coerente;

perceba que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de

compreensão de diferentes culturas e de apropriação e valorização de

sua própria cultura.

Encaminhamentos Metodológicos:

As orientações didáticas gerais para a efetivação do processo ensino e

aprendizagem, deve sempre procurar abordar as quatro habilidades:

• Trabalho com as diversas tipologias textuais antecedidas por explicações

sobre o contexto de situação em Língua Portuguesa ou Língua Inglesa

servindo como aquecimento para a apresentação dos textos. Explorar

elementos gráficos e outros com a finalidade de ativar o background

knorwledgent;

• Verificar a produção dos alunos, dando feedback e comentando sobre o

desempenho dos mesmos;

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• Apresentação de itens de gramática e de vocabulário, usando exemplos

escritos contextualizados, imagens, músicas, com o objetivo de levar os alunos

á dedução.

• Atividades envolvendo rimas e trava – língua, músicas tradicionais, modernas

e folclóricas.

Conteúdos

1º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

To Be (presente/passado);

There To Be (presente/passado);

Presente Continuo;

Presente Simples (afirmativa, negativa e interrogativa);

Interpretação de texto;

Imperativo;

Vocabulário;

Futuro;

Pronomes;

Substantivos contáveis e incontáveis

Artigos definidos e indefinidos;.

Palavras interrogativas;

Passado simples;

Numerais: cardinais e ordinais;

Verbos modais;

Caso Gerutivo ( ‘S);

Advérbios de frequência;

Marcadores discursivos;

Pronomes reflexivos;

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

Escrita

Oralidade

Compreensão auditiva

Revisar verbo “to be”;

Passado do verbo ‘to be”;

Presente simples nas formas

negativas, afirmativa e

interrogativa;

Verbo Haver no presente e no

passado;

Pronomes demonstrativos

Artigos;

Texos para interpretação

Música para “listening”;

Passado simples;

Verbos regulares e irregulares;

Pronomes |Possessivos;

Pronomes reflexivos;

Trabalhos e atividades extras;

Vídeos e filmes e Músicas;

Presente contínuo;

Passado contínuo;

Comparativos;

Syperlativos;

Preposições

Some, Any e compostos

Futuro e condicional

Presente Perfeito.

3º ANO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura;

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Interxtualidade;

Escrita;

Marcas linguísticas;

Concordância verbal e nominal;

Semântica;

Significado das palavras;

Operadores argumentativos;

Figuras de Linguagem;

Avaliação

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve subsidiar

discussões levando em conta as dificuldades e avanços dos alunos a partir de

suas produções no processo de ensino e aprendizagem.

O envolvimento dos alunos na construção dos significados será a base para o

planejamento das avaliações ao longo do processo sendo observada a

participação ativa dos alunos ao produzir sentidos na compreensão dos textos,

inferindo e levantando hipóteses a respeito da organização textual.

A avaliação deve articular a dimensão da formação e apropriação do

conhecimento, funcionando como instrumento facilitador na busca de

orientações para formar cidadãos éticos, críticos e ativos na construção de uma

sociedade humanizada e democrática.

Sendo assim, o aluno será avaliado através da participação, produções e

pesquisas individuais ou em grupo e através de diferentes instrumentos,

inclusive prova escrita.

Serão utilizados os seguintes critérios:

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• Observação continua e permanente do desempenho do aluno nas diversas

áreas de conhecimento, habilidades e participação nas atividades

desenvolvidas.

• Respeito à realidade individual do aluno;

• Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;

• Ênfase na atividade critica da síntese e elaboração pessoal de cada aluno;

•Avaliação oral, texto, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas,

entrevista, auto-avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessário.

Referências

MORINO, E. C. & Faria, R. B. Start up 1, 2, 3 e 4. São Paulo: Ática, 2003

PARANA. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino

Fundamental. Secretaria do Estado da Educação – Curitiba, 2008

19.9 EDUCAÇÃO FÍSICA

Fundamentos teóricos

A Educação Física apareceu como componente obrigatório nos

currículos escolares no final do século XIX, com a Reforma do Ensino Primário

que tinha por finalidade promover, através de exercícios físicos, a saúde do

corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana da época.

As práticas pedagógicas da Educação Física foram influenciadas

pela instituição militar e pela medicina do século XIX, importadas pela Europa,

que visava a formação do corpo masculino robusto para defesa e proteção da

família e da pátria, e do feminino para o preparo da maternidade.

Com o passar dos anos, a visão da Educação Física foi sendo

modificada e o enfoque maior da década de 60 foi o esporte, permanecendo

essa visão até a década de 90 quando ocorreu a nova discussão da LDB e as

propostas pedagógicas do PCN para a Educação Física.

Atualmente, a Educação Física destaca questões históricas, culturais

e políticas, consideradas relevantes para a formação do indivíduo. As práticas

corporais presentes nos diferentes momentos históricos e culturais,

contemplam formas diferenciadas de manifestações. A corporalidade permeia

estas questões de gênero, raça, etnia e sexualidade que se destacam nos

jogos, esportes, ginásticas, lutas e danças que devem ser levados em

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consideração para a educação do corpo, dentro da perspectiva do projeto

pedagógico.

O Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP 2000, que faz

considerações à Carta Internacional da Educação Física e do Esporte

(UNESCO/1978) e à Declaração Universal dos Direitos Humanos (Nações

Unidas/1948), vem justificar a importância da Educação Física, reconhecida

internacionalmente, afirmando que:

Art. 1 A Educação Física, pelos seus valores, deve ser

compreendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.

Art. 2 A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um

processo de Educação, seja pelas vias formais ou não formais.

Art. 3 As atividades físicas, como fins educativos, nas suas

possíveis formas de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os

meios específicos da Educação Física, constituem-se em caminhos

privilegiados da Educação.

Art. 4 A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência deve

ser considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro

ou fora do ambiente escolar, por constituir-se na melhor opção de experiências

corporais sem excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que

incorporem o uso de variadas formas de atividades físicas.

Art. 5 A Educação Física deve ser assegurada e promovida

durante toda a vida das pessoas, ocupando lugar de importância nos

processos de educação continuada, integrando-se com os outros componentes

educacionais, sem deixar, em nenhum momento, de fortalecer o exercício

democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas

práticas.

Art. 6 A Educação Física, pelas suas possibilidades de

desenvolver a dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças

e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser

disciplina obrigatória nas escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte

de currículo longitudinal.

O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e da Educação

Física, reforçando a importância da Educação Física como um processo ao

longo da vida, reiterou que uma Educação Física de qualidade:

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a) é o mais efetivo meio de promover, seja qualquer

capacidade/incapacidade, sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível

social, com habilidades, atitudes, valores e conhecimento, o entendimento para

uma participação em atividades físicas e esportivas ao longo da vida;

b) ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequada

do desenvolvimento da mente, corpo e espírito;

c) é a única alternativa escolar cujo foco principal é sobre o corpo,

atividade física, desenvolvimento físico e saúde;

d) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem respeito pelo seu

corpo e dos outros;

e) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem padrões de

interesse em atividades físicas, os quais são essenciais para o

desenvolvimento desejável e constroem os fundamentos para um estilo de vida

saudável;

f) desenvolve o entendimento do papel da Educação Física

promovendo a saúde;

g) contribui para a confiança e auto-estima;

h) realça o desenvolvimento social, preparando as

crianças/adolescentes para enfrentar competições, vencendo e perdendo,

cooperando e colaborando.

Na Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores,

crenças, normas que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta

relação entre sujeitos, sociedade e cultura nos permite um maior

enriquecimento pedagógico, possibilitando um novo olhar sobre as práticas

escolares que têm a corporalidade como elemento central no processo

formativo.

A Educação Física deve promover conceitos que os educandos

mantenham para o resto da vida. É imprescindível que os estudantes recebam

informações sobre as funções do organismo, para compreender a importância

da atividade física em termos de qualidade de vida e longevidade.

A Escola apresenta um objetivo geral que busca formar, preparar e

desenvolver o aluno como cidadão de forma global para que atue e intervenha,

transformando a sociedade. Ou seja, trabalhar o aluno como um ser em

totalidade.

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Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o

novo e o velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido às práticas e

experiências de todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma

ampla e significativa. O corpo não deve ser considerado somente na sua

dimensão biológica, mas também a partir de seus determinantes sociais,

culturais, econômicos e políticos, entendendo-se que esses aspectos

influenciam-se mutuamente e colaboram para a construção da nossa

identidade corporal. No entanto, deverá desmistificar formas arraigadas de

compreender as práticas de manifestações corporais no entendimento de que a

cultura, inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentido e experiências,

tendo no horizonte as problemáticas culturais que evidenciam em torno da

corporalidade atual, mediar situações conflitantes que envolvem a

corporalidade por meio do diálogo e da reflexão, entender, refletir, pensar, a

cultura que compõe a nossa corporalidade é não somente reproduzi-la, mas

articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno, atribuindo a

estes sentidos éticos e estéticos, tornando como referência aquilo que se

apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e

produção corporal.

Assim, viabilizar que os alunos possam vivenciar e explorar sua

corporalidade e experiências orientadas pelo professor, indo além dos

conteúdos ditos tradicionais, permitindo ao aluno, viver, sentir e expressar,

possibilitando maior inserção e reflexão crítica no mundo.

Segundo as diretrizes curriculares, propõem-se que a Educação Física,

na Educação Básica, seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades

atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação...procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao

conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas

corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.

A gênese da cultura corporal, está relacionada à vida em sociedade,

desenvolvendo-se inicialmente, nas relações homem-natureza e homem-

homem, isto é, pelas relações para a produção de bens e pelas relações de

troca. Para garantir sua sobrevivência, reprodução e povoamento do planeta, a

humanidade necessitou conhecer a natureza, conquistar diferentes espaços,

ocupando-os e explorando-os em sua diversidade de fauna, flora e relevo.

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Nas relações com a natureza e com o grupo social de pertencimento,

por meio do trabalho, os seres humanos desenvolveram habilidades, aptidões

físicas e estratégias de organização, fundamentais para superar obstáculos e

garantir a sobrevivência. Inicialmente, correr, saltar, rastejar, erguer e carregar

peso eram habilidades essenciais para abater uma caça e transportá-la para

casa, escapar de uma perseguição, alcançar lugares onde os frutos fossem

abundantes.

Dessa forma, a materialidade corporal se constitui num longo caminho,

de milhares de anos, no qual o ser humano construiu suas formas de relação

com a natureza, dentre elas as práticas corporais.

As diretrizes curriculares apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e de ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí decorreram. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem (Coletivo de autores, 1992). Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes para a

Educação Básica devem ser abordados em complexidade crescente (os

assuntos não são vistos em separados. Desde do 6º ano o aluno terá contato

com regras e jogos pré-desportivos e esportivos, sendo o enfoque diferenciado

para cada série, de acordo com sua capacidade de abstração), isto porque, em

cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências

relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no

processo de ensino-aprendizagem.

Encaminhamentos metodológicos

O reequacionamento do papel da educação escolar no mundo

contemporâneo reconhece e responde às necessidades sócio-econômicas do

momento histórico que nos encontramos. Essas novas expectativas regem,

também, a atuação da Educação Física no âmbito escolar, determinando e

interferindo significativamente na formação dos alunos.

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A Educação Física deve ser um elemento de impulsão para o

salto qualitativo cultural da sociedade; capacitando o sujeito a refletir sobre

suas potencialidades corporais e a intervir significativamente e adequadamente

na sua realidade, por meio de conhecimentos, valores e princípios

indispensáveis à cidadania.

Para realizar essa intervenção é necessário o conhecimento. À

medida que o sujeito toma consciência, compreende certos saberes, pode se

autodeterminar, ao mesmo tempo, determinar sua realidade.

Uma prática pedagógica desafiadora e que proporcione

reflexões nas aulas de Educação Física, possibilita aos alunos a construção do

conhecimento, por meio da abstração, ou seja, o sujeito analisa o desafio

apresentado, levanta e testa hipóteses, utilizando sucessivas aproximações

para obter êxito na solução de um problema levantado. A solução de

problemas implica na participação ativa e no diálogo constante entre alunos e

professores. A aprendizagem é concebida como a resposta natural do aluno ao

desafio de uma situação-problema.

Para favorecer a interferência consciente dos alunos na

realidade, é necessário que durante as aulas de Educação Física, a construção

do conhecimento seja possibilitada por meio de questionamentos e conflitos

cognitivos realizados constantemente sobre suas ações/movimentos, onde o

sujeito possa confrontar estímulos novos com outros assimilados

anteriormente, tendo condições para modificar a realidade de acordo com suas

necessidades.

Com estruturas cognitivas mais elaboradas, o sujeito pode

nortear suas ações para a obtenção de êxito, atendendo as solicitações que lhe

são feitas, elaborando sínteses na interação dialética da atual, com a estrutura

já preexistente.

Quando o sujeito coloca em prática o conhecimento mais

elaborado, surgem novos desafios, novos problemas, que requerem outros

conhecimentos. De acordo com Delval (1994), os conhecimentos devem estar

subordinados à formação de estruturas e procedimentos para resolver

problemas. Abre-se assim, um movimento espiralado de contínua busca do

conhecimento, que ultrapassa as aparências imediatas da realidade, que vai

além do observável.

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A Educação Física no Ensino Fundamental se apresenta,

então, como uma área de conhecimento, que por meio de seus conteúdos

específicos, deve proporcionar ao aluno situações que envolvam análise,

reflexão e abstração. Assim, a Educação Física contribuirá para o êxito de uma

educação de qualidade, onde o sujeito compreenda a cidadania e perceba-se

como ser integrante, autônomo, bem como o agente transformador da

sociedade em que vive por meio dos saberes específicos da área da Educação

Física enquanto componente curricular.

Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física na

Educação Básica são os seguintes:

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

A disciplina de Educação Física por meio de seus conteúdos possibilita

aos alunos o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática e

não seletiva, visando seu aprimoramento como “seres humanos”.Nesta

perspectiva, dar um novo significado às aulas é um exercício necessário que

requer uma amplitude das possibilidades de intervenção, superando a

dimensão meramente motriz por uma dimensão histórica, cultural, social,

rompendo com a ideia de que o corpo se restringe somente ao biológico, ao

mensurável.

Portanto, os conteúdos estruturantes esporte, os jogos e brincadeiras,

ginástica, lutas e dança, possibilitam o entendimento dos valores culturais,

econômicos, políticos esociais situados historicamente. Neste sentido, a escola

pode tornar-se um espaço de resistência, de transformação e de superação de

manifestações discriminatórias, respeitando a diversidade e os direitos

humanos, viabilizando a reflexão e a inserção crítica no mundo.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos tem sido

tratados, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma

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mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos

articuladores.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas

corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em

situações que surgem no cotidiano escolar. A partir deste entendimento se

torna possível integrar e interligar as questões da Educação em Direitos

Humanos, Educação Ambiental e a Educação da Diversidade

Econômica,Cultural, Social, Racial, Religiosa, de Gênero e Sexual, com

práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada. Sendo que, cada

elemento articulador pode ser trabalhado de forma a contribuir para com uma

melhor compreensão destas referidas questões.

Os elementos articuladores são:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – técnica e tática;

Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Coletivos, individuais e

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Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

Sexualidade

radicais;

Jogos de tabuleiro, jogos

dramáticos e jogos

cooperativos;

Artística/ olímpica, ginástica de

academia e ginástica geral;

Lutas com aproximação, lutas

que mantém a distância, lutas

com instrumento mediador e

capoeira;

Danças folclóricas, danças de

salão e danças de rua;

Questões de gênero, doenças

sexualmente transmissíveis e

educação sexual

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Jogos e brincadeiras

Coletivos, individuais e

radicais;

Jogos de tabuleiro, jogos

dramáticos e jogos

cooperativos;

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Ginástica

Lutas

Dança

Sexualidade

Artística/ olímpica, ginástica de

academia e ginástica geral;

Lutas com aproximação, lutas

que mantém a distância, lutas

com instrumento mediador e

capoeira;

Danças folclóricas, danças de

salão e danças de rua;

Questões de gênero, doenças

sexualmente transmissíveis e

educação sexual

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Ginástica

Lutas

Dança

Esportes coletivos e

individuais;

Geral, ginástica circense,

ginástica de condicionamento

físico,

Capoeira;

Dança de salão;

Avaliação:

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A avaliação levará em conta a realização das práticas, a valorização da cultura

corporal de movimento e relação da Educação Física com a saúde e qualidade

de vida.

Será realizada de forma contínua, por meio da observação direta do aluno

nas atividades planejadas. A auto avaliação será utilizada como parte do

processo da avaliação, com o objetivo do aluno se auto conhecer, conhecer

seus limites e potencialidades. Os critérios da avaliação baseiam-se na

participação e envolvimento do aluno nas atividades, em detrimento de níveis

de desempenho alcançados. Em atividades teóricas, serão utilizados os

instrumentos:pesquisas, provas, trabalhos e atividades extraclasse.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Brasília: MEC – SEF.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de

primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba:

SEED / DEPG, 1992.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do

Ensino Fundamental: Educação física. Curitiba: SEED, 2006.

19.10 HISTÓRIA

A História ocupa um lugar estratégico no currículo da Educação básica, pois

como conhecimento e prática social, pressupõe movimento, contradição, um

processo de permanente re/construção, um campo de lutas. Um currículo de

História é sempre processo e produto de concepções, visões, interpretações,

escolhas de alguém ou de algum grupo em determinados lugares, tempos,

circunstâncias. Assim, os conteúdos, os temas e os problemas de ensino de

História — sejam aqueles selecionados por formuladores das políticas públicas,

pesquisadores, autores de livros e materiais da indústria editorial, sejam os

construídos pelos professores na experiência cotidiana da sala de aula —

expressam opções, revelam tensões, conflitos, acordos, consensos,

aproximações e distanciamentos; enfim, relações de poder.

Aprender história é ler e compreender o mundo em que vivemos. Portanto, se

ao ensino de História cabe um papel educativo, formativo, cultural e político e

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sua relação com a construção da cidadania perpassa diferentes espaços de

produção de saberes históricos, é essencial localizarmos no campo da História

questões/temas/problemas considerados relevantes para a formação da

consciência histórica dos alunos. Isso requer um diálogo crítico com diferentes

sujeitos, lugares, saberes e práticas; entre a multiplicidade de culturas, etnias,

sociedades. De acordo com Sacristán(1998), o papel do professor, no caso de

História, como um agente ativo, decisivo na seleção e concretização dos

conteúdos e dos significados dos currículos.

No entanto, o professor não está sozinho frente aos alunos e aos saberes. Nas

interações, no entrecruzamento das relações dos sujeitos, saberes e práticas

em que se configuram determinadas culturas, os professores lêem,

interpretam, traduzem, re/constroem propostas curriculares que lhes são

apresentadas, seja pelas instituições e prescrições administrativas, seja pelos

livros didáticos, materiais e fontes, seja pelas demandas da mídia, do mercado,

da comunidade, das famílias e dos próprios alunos. Trata-se, pois, de um

exercício complexo, um ato político, cultural e pedagógico.

No Brasil, os debates sobre ensino de História, desde os anos de luta contra a

ditadura e mesmo de inquietações e movimentos anteriores, contribuíram para

um alargamento das concepções sobre esse campo de pensamento e trabalho.

A despeito da força e do poder diretivo dos currículos prescritos, precisamos

atentar para o fato de que as disciplinas não são meros espaços de

vulgarização de saberes, nem tampouco de adaptação, transposição das

ciências de referência, mas produtos dos espaços, das culturas escolares. Os

professores têm autonomia ante as demandas do Estado, da sociedade e dos

meios de comunicação; assim, questionam, criticam, subvertem os saberes e

as práticas no cotidiano escolar. Entre os currículos prescritos e os vividos nas

aulas de História, há diversas mediações entre os sujeitos (alunos e

professores), saberes de diferentes fontes (livros didáticos, fontes históricas,

imprensa, textos, filmes, literatura, documentos e outros), práticas

institucionais, burocráticas e comunitárias em contextos muito diferenciados.

Nesse contexto, é imprescindível a valorização do papel do professor, de

sua formação, autonomia e das condições do trabalho docente.

Encaminhamentos Metodológicos:

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297

O trabalho no ensino de História requer respeito pelo conhecimento e pelo

conjunto de representações que o aluno traz para a sala de aula. Tendo como

referência suas representações, “o aluno tem a possibilidade de efetivar suas

próprias idéias sobre os fenômenos do mundo social”(Schmidt e Cainelli2004,

p.61-62). Devem ser consideradas as possibilidades cognitivas dos alunos.

Alguns conceitos são considerados chaves para o processo de compreensão

da História, tais como tempo histórico e espaço, sociedade e relações sociais,

trabalho e cultura. Como possibilidades cognitivas, devem ser desenvolvidos

desde os primeiros anos de escolarização. Experiências significativas têm sido

realizadas no cotidiano escolar envolvendo a história de vida do aluno, a

história local, a história oral, documentos e objetos biográficos do aluno, da

família e da comunidade.

Professores e alunos trazem consigo saberes, valores, idéias, atitudes. A

consciência histórica do aluno começa a ser formada antes mesmo do

processo de escolarização e se prolonga no decorrer de sua vida, fora da

escola, em diferentes espaços educativos, por diferentes meios.

Assim, a construção de uma prática de ensino de História que de fato objetive a

formação de cidadãos críticos, requer a valorização permanente das vozes dos

diferentes sujeitos, do diálogo, do respeito à diferença, bem como o combate

às desigualdades e o exercício da cidadania em todos os espaços

Objetivos

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em

diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,

econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e

diferenças entre elas;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,

aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e

registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos dos grupos e dos povos

como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o

respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades;

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Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o

grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas

atitudes de compromisso com classes, grupos sociais e culturais;

Entender o tempo histórico como objeto da cultura, como criação de

povos em diversos momentos e espaços;

Situar-se na sociedade contemporânea para melhor compreendê-la,

comparando problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

Conteúdos

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A construção da História as

origens e o desenvolvimento

da humanidade;

As grandes civilizações;

Alta e Baixa Idade Média;

A consolidação das

monarquias na Europa

Moderna;

O Renascimento Cultural e

Científico;

A Expansão Ultramarina

A Política Econômica dos

Estados Nacionais Europeus.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Os diferentes povos da América e a

colonização europeia;

Organização político-administrativa

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Relações de poder

Relações Culturais

na América portuguesa;

A era das revoluções;

A Inglaterra Absolutista e a

Revolução Inglesa;

A revolução industrial;

Revoluções burguesas;

A independência da América

Espanhola e Portuguesa;

Brasil – 1º. e 2º. Reinados;

A América Latina no século XIX.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Era de incertezas;

Europa, 1914: 1ª. Grande Guerra

Mundial;

República Velha: Formação do

Poder Político e Econômico;

República Velha: Política e

Contestação Social;

Revolução Russa e a Europa no

Período entre Guerras;

A crise do capitalismo e seus efeitos

no Brasil.

Era Vargas: do Governo Provisório

ao Golpe de Estado de 1937. Estado

Novo;

Urbanização e Trabalho no século

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300

XX;

Os movimentos operários brasileiros

no início do século XX;

Trabalho e populismo na era

Vargas;

A reorganização dos movimentos

sindicais no Brasil nos anos 70;

A 2ª. Guerra Mundial – Economia e

Sociedade no pós-guerra;

Formação de blocos econômicos na

nova divisão internacional a Guerra

Fria.

Cidadania, movimentos sociais e

questões étnicas a partir de 1960;

As lutas pela conquista dos direitos

civis nos E U A;

A questão do negro e da violência

urbana no Brasil atual;

O período militar: modernização

conservadora;

Ricos e pobres no mundo

globalizado;

A desintegração da URSS a

Globalização.

Avaliação

A avaliação acontecerá processualmente e continuamente, será

diagnóstica, formativa, e somativa, privilegiando a aprendizagem como

processo e não como produto. Será observada a participação e o esforço do

aluno em sala de aula, seu ritmo e características individuais de aprendizagem,

os trabalhos produzidos individualmente ou em grupos, atividades que

indiquem capacidade de interpretação e análise da realidade histórico, política

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e social, bem como interpretação de mapas e documentos históricos, como

apresentação de seminários, pesquisas, entre outros.

Referências

ARAUJO, J. C. As intencionalidades como diretrizes da práxis pedagógica. In

VEIGA, I, P, A e CASTANHO, M, E. (Orgs.) Pedagogia Universitária.

Campinas: Papirus, 2000, p.91-114.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São

Paulo: imprensa oficial, 2000.

BRASIL, Secretaria de Ensino de Segundo Grau. Parâmetros curriculares

Nacionais: História. Secretaria de Educação de Segundo Grau: Brasília, SESG,

1998.

19.11 GEOGRAFIA

Fundamentos Teóricos

O termo Geografia surgiu na Antigüidade Clássica,

especificamente junto ao pensamento grego. Já nessa época, a Geografia era

vista sob duas perspectivas: a primeira privilegiava a medição do espaço e a

discussão sobre a forma da Terra; a segunda preocupava-se com a descrição

dos lugares. Durante a Antigüidade o conhecimento geográfico encontrava-se

disperso e assim permaneceu até o final do século XVIII.

Os conhecimentos de cunho geográfico só vieram a ser

sistematizados no início do século XIX, quando algumas condições históricas

se faziam favoráveis:

o conhecimento da dimensão e da forma real

dos continentes;

a existência de grande quantidade de

informações sobre variados lugares da Terra;

o aprimoramento das técnicas cartográficas e a

descoberta das técnicas de impressão;

a valorização dos temas geográficos pela

reflexão da época expressa na Filosofia, nas idéias

iluministas, na Economia Política e nas teorias

evolucionistas.

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302

A sistematização da Geografia ocorreu na Alemanha, num

contexto de unificação nacional (a Alemanha de então, era um amontoado de

feudos sem unidade econômica e política) onde a questão do espaço era

primordial para as classes dominantes. Temas relacionados ao domínio e

organização do espaço, diferenças regionais e apropriação do território

“estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã de então. É, sem

dúvida, deles que se alimentará a sistematização geográfica” (Moraes, 1998).

Os primeiros esforços no sentido de sistematizar os

conhecimentos geográficos vieram de dois prussianos Alexandre von Humboldt

e Karl Ritter. Para Humboldt a Geografia seria a parte terrestre da ciência do

Cosmos – uma síntese dos conhecimentos sobre a Terra. Segundo ele, a

paisagem causaria uma impressão, que, combinada com a observação e

filtrada pelo raciocínio lógico levaria à explicação. Para Ritter, a Geografia era o

estudo dos lugares como forma de relação entre o homem e o Criador.

Humboldt e Ritter deixaram delineados caminhos que foram, posteriormente,

resgatados pelas “escolas” geográficas.

No período do final do século XIX até meados do século XX, o

pensamento geográfico baseou-se nos postulados de La Blache e Ratzel.

Friedrich Ratzel, alemão, definia o objeto de estudo da Geografia como a

influência das condições naturais sobre a humanidade e da natureza na

constituição social. Das idéias de Ratzel surgiu a escola determinista, para a

qual o meio determinava o homem. Paul Vidal de La Blache, francês, definia o

objeto da Geografia como a relação entre homem e natureza, na perspectiva

da paisagem.

Os conhecimentos geográficos desenvolvidos e sistematizados

até o início da década de 50 foram denominados Geografia Tradicional. O

ensino da Geografia Tradicional nas escolas caracterizava-se pelo ensino

dividido em blocos (Geografia Física, Geografia Econômica, Geografia

Humana,...) que não se relacionavam entre si. Aos alunos cabia memorizar

listas infindáveis de acidentes geográficos e localizá-los nos mapas, assim

como indicar aspectos humanos e econômicos de países e regiões.

Na década de 50 iniciou-se um movimento de renovação da

Geografia. Esse movimento caracterizou-se inicialmente por uma mudança

apenas de ordem metodológica, baseada na crítica à insuficiência da análise

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tradicional para a intervenção na realidade e foi denominada de Geografia

Pragmática. A Geografia Pragmática até fim da década de 70 manifestou-se

através de três tendências: a Geografia Quantitativa, a Geografia Sistêmica e a

Geografia da Percepção.

Na Geografia Quantitativa acreditava-se que o temário

geográfico poderia ser explicado com o uso de métodos matemáticos. Para

isso utilizava-se a estatística na análise dos fenômenos. A Geografia Sistêmica

propunha o uso de modelos de representação e explicação que resultavam em

padrões e tendências. Baseava-se nas ciências econômicas. A Geografia da

Percepção ou Comportamental tentava explicar a valorização subjetiva do

território, ou seja, como os homens percebiam o espaço vivenciado. Utilizava-

se da Psicologia. A Geografia Quantitativa caracterizou-se, na escola, pela

memorização de dados numéricos e estatísticos, enquanto a Geografia da

Percepção preocupou-se em trabalhar o espaço na escola a partir da relação

afetiva do aluno com o espaço vivenciado e percebido por ele.

Essas tendências prevaleceram até por volta da década de 80,

quando ocorreu outro movimento dentro da renovação da Geografia proposto

por geógrafos que se preocupavam com mudanças que iam além da

metodologia. Com as novas idéias propostas por esses geógrafos surgiu a

Geografia Crítica que se opôs à Tradicional e à Pragmática. A Geografia Crítica

utilizava-se das análises marxistas, explicando a organização do espaço a

partir dos modos de produção. Os geógrafos críticos buscavam um espaço que

fosse organizado em função dos interesses dos homens e não mais em função

do modo de produção capitalista.

A Geografia Crítica hoje é uma frente onde convivem inúmeras

propostas e onde existe grande diversidade metodológica, fato que acaba por

tornar-se benéfico, pois estimula o debate. Na escola, ela procura fazer com

que o aluno pense o espaço de forma crítica e compreenda a serviço de quem

o espaço é organizado. Yves Lacoste, cujas idéias embasaram o pensamento

dos geógrafos críticos no Brasil, afirmava ser a Geografia um conhecimento

estratégico utilizado com eficiência pelos Estados Nacionais e ignorado pelo

cidadão comum. Para Lacoste, o cidadão comum deve, também, ter acesso

aos conhecimentos geográficos, pois é esse conhecimento que lhe permitirá

atuar sobre o espaço de forma a transformá-lo.

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o conceito adotado para o objeto de estudo da geografia é o espaço

geográfico, ou seja, aquele produzido e apropriado pela sociedade e segundo

Santos, composto pela inter-relação entre os objetos naturais, culturais e

técnicos e pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (Santos,

1996.p.51)

o aluno deve se apropriar dos conceitos fundamentais da Geografia e

compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico,

através de conteúdos trabalhados de forma crítica e dinâmica e ainda

interligados com a realidade dos alunos e embasados nos fundamentos

teóricos e metodológicos das Diretrizes Curriculares da Educação Básica, que

são a seguir:

- Dinâmica do conteúdo de forma crítica

- Problematização

- Contextualização

- Questionamento, compreensão e aprendizado crítico.

Nessa perspectiva, para que ocorra a construção do conhecimento faz-

se necessária a contextualização do conteúdo com o objetivo de situá-lo

historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais em

manifestações espaciais concretas, e nas diversas escalas geográficas..

Encaminhamentos Metodológicos:

Recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e

provocativa com o objetivo de mobilizar o aluno para o conhecimento, deve

estimular o raciocínio, a reflexão e a crítica de modo que se torne sujeito de

seu processo de aprendizagem.

Objetivos

Espera-se que o aluno: • Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar;

• Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas,

tabelas, gráficos e imagens;

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• Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens

pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade

capitalista;

• Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;

• Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas;

• Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de

fontes de energia na sociedade industrializada;

• Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de

exploração e uso dos recursos naturais;

• Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de

matérias-primas e a organização espacial;

• Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente

a sua importância estratégica;

• Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua

importância política, estratégica e econômica;

• Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das

atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da

população.

Conteúdos

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão Econômica do espaço

geográfico

Dimensão Cultural do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

A linguagem da Geografia;

A Geografia da Natureza

(geomorfologia e recursos

minerais);

Dinâmica Climática e

ecossistemas;

As esferas das águas;

Tecnologias e recursos

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Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico

naturais;

Agropecuária e comércio global

de alimentos;

Estratégias energéticas.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão Cultural do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico

Os conflitos e os caminhos para a

paz;

A globalização e suas múltiplas

faces;

Características físicas, humanas,

econômicas e culturais de alguns

países;

População mundial e do Brasil;

Brasil, aspectos gerais e

localização.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão Política do espaço

geográfico;

Dimensão cultural demográfica do

espaço geográfico;

Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico.

Formação, mobilidades das

fronteiras e a reconstrução dos

territórios;

As relações entre o campo e a

cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente;

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A evolução demográfica, a

distribuição espacial da população e

os indicadores estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas

motivações. As manifestações sócio

espaciais da diversidade cultural;

O comércio e as implicações sócio

espaciais;

As diversas regionalizações do

espaço geográfico

As implicações sócio espaciais do

processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios

supra nacionais e o papel do Estado.

Avaliação

A avaliação apresentará caráter diagnóstico do processo ensino e

aprendizagem, bem como instrumento de investigação da prática pedagógica

sempre de maneira contínua, observando a evolução dos docentes em relação

aos conteúdos abordados.

Visará contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos

alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se

concretize.

Os instrumentos de avaliação serão utilizados conforme a adequação ao

conteúdo abordado. Serão: seminários, debates, confecção de mapas e cartas,

avaliação escrita (atividades objetivas e argumentativas), trabalhos extraclasse,

dinâmicas de grupos, entre outros.

Referências:

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

EDITORA MODERNA (org.)Projeto Araribá Geografia, (6° ao 9° ano)3ª Ed. São Paulo, Moderna, 2010

MARTINEZ, Rogério, Garcia Wanessa. Novo Olhar Geografia, vol. 1, 2 e 3 1ª ed. São Paulo, 2013.

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308

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Humano, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Brasileiro, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Americano, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Mundial, 3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

Espaço Geográfico: Objeto de Estudo da Geografia. Disponível em:

VISENTINI, José William. Sociedade & Espaço. São Paulo, Ática, 2003.

19.12ARTE

Fundamentos teóricos

No decorrer do tempo, as concepções de arte como expressão se

multiplicaram e se aprimoraram. Nas concepções atuais de arte, estão

presentes as contribuições da Filosofia, da Sociologia e da Antropologia para o

deslocamento do foco das teorias estéticas não mais sobre a obra de arte, mas

sobre as relações que as pessoas criam com os objetos e produções artísticas.

A arte é uma atividade na qual execução e invenção procedem simultâneas e

inseparáveis, na qual o incremento de realidade é constituição de um valor

original. Nela concebe-se executando, projeta-se fazendo, encontra-se a regra

operando, já que a obra existe só quando é acabada, nem é pensável projetá-

la antes de fazê-la e, só escrevendo ou pintando, ou contando é que ela é

encontrada e é concebida e é inventada (PAREYSON apud FERRAZ; FUSARI,

2009, p. 105). Se arte é invenção, para Ferraz e Fusari (2009), ela é também

“produção, trabalho e construção” já que a arte inclui “o artista, a obra de arte,

os difusores comunicacionais e o público” (p. 56). Segundo as autoras, a

concepção de arte está diretamente relacionada “com o ato de criação da obra

de arte, desde as primeiras elaborações de formalização dessas obras até em

seu contato com o público” (p. 56).

Pensar sobre os sentidos e funções da arte conduz necessariamente ao

conhecimento do próprio processo artístico, que, inclui

produtores/artistas/autores; as obras/produtos artísticos; as formas de

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comunicação/distribuição/difusão e suas relações com o

público/plateia/apreciadores (FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 57).

A disciplina Arte deve garantir que os alunos vivenciem e compreendam

aspectos técnicos, criativos e simbólicos em música, artes visuais, teatro,

dança e suas interconexões. Para tal é necessário um trabalho organizado,

consistente, por meio de atividades artísticas relacionadas com as experiências

e necessidades da sociedade em que os alunos vivem. A arte pode favorecer a

formação da identidade e de uma nova cidadania de crianças e jovens que se

educam nas escolas, contribuindo para a aquisição de competências culturais e

sociais no mundo no qual estão inseridos. O objetivo a que se propõe o ensino

de Arte, em toda a sua especificidade prevista na forma de lei, é essencial para

a construção da cidadania.

O ensino de Arte trata de relacionar sentimentos, trabalhar aspectos

psicomotores e cognitivos, planejar e implementar projetos criativos e se

engajar emocionalmente neles, num permanente processo reflexivo. Talvez

mais que em outras disciplinas, no ensino de Arte, os alunos são obrigados a

entrar em contato consigo mesmos, quando, por exemplo, criam uma

coreografia, realizam um jogo teatral, interpretam uma música ou apreciam um

quadro. Isso não é nada menos do que formar a sua própria imagem de

mundo, compreender a realidade.

Encaminhamentos metodológicos

Diferentes abordagens metodológicas são discutidas hoje na área de Arte.

Pode-se dizer que houve, ao lado dessas orientações, uma evolução das

concepções ao incluir os meios de comunicação e a abertura para todas as

imagens. Dada a crescente presença de imagem da mídia, a partir de meados

da década de 1990, os arte-educadores tornaram-se os “especialistas” em

imagem. A ideia é a de que “a educação não é nada sem imagens”. Essa

concepção refere-se, principalmente, à "alfabetização visual" ou "competência

de leitura de imagens”. Aqui a referência é claramente a arte, que se

caracteriza por desafiar material, propor métodos construtivos e

desconstrutivos que provoquem um pensamento não convencional. A aquisição

do conhecimento por crianças e jovens, bem como seu próprio

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310

desenvolvimento, foram, sem dúvida, grandemente influenciados pelo uso da

imagem. O objetivo era compreender processos de interpretação e leitura de

imagens do dia a dia, “fomentando diálogos sobre os sentidos da arte em

nossa vida” (AZEVEDO, 2009, p. 337).

Conteúdos

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais; composição;

movimentos e período.

Ponto,Linha,Forma,Textura,

Superfície, Volume, Cor, Luz.

Teatro pobre;

Teatro do oprimido e gêneros

teatrais; História da dança e da

música.

Bidimensional e

Tridimensional, Figura e fundo,

Figurativo, Abstrato,

Semelhanças e Contrastes,

Ritmo e Visual.

Gêneros teatrais;

Gêneros musicais;

Teatro representação:

sonoplastia,

cenografia,caracterização,

adereços e figurinos;Leitura de

obra.

Bidimensional e

Tridimensional, Figura e fundo,

Figurativo, Abstrato,

Semelhanças e contrastes,

RitmoeVisual.

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311

Gêneros teatrais;

Gêneros musicais;

Teatro representação:

sonoplastia, cenografia;

caracterização, adereços e

figurinos.

Arte Pré-histórica,

Civilização Egípcia,

Arte Mesopotâmica,

Cultura Grega,

Arte Romana,

Arte Pré Colombiana,

Arte Oriental

Arte Africana;

Arte Romântica e Gótica;

Teatro pobre;

Teatro do oprimido e gêneros

teatrais;

História da dança e da música.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais;

composição; movimentos e período.

Ponto, linha, superfície, textura,

volume, luz e cor. Figurativo,

Abstrato, Figura e fundo, Bi e

tridimensional, Semelhanças e

contrastes, Ritmo visual,

Gêneros teatrais,

Gêneros musicais.

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312

Teatro Representação,

sonoplastia, cenografia,

caracterização, figurino e

adereços.

Fotografia

Renascimento;

Barroco;

Neoclássico;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Pós impressionismo;

Cubismo;

Expressionismo;

Fauvismo;

Dadaísmo;

Futurismo;

Surrealismo;

Pop Art;

História da fotografia.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais;

composição; movimentos e período.

Ponto, linha, superfície, textura,

volume, luz e cor.

Movimento corporal: ponto de

apoio, salto, queda, rotação.

Formação, deslocamento,

sonoplastia, coreografia,

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313

gêneros. Ritmo, melodia,

harmonia, intervalo melódico,

harmônico, tonal e modal,

improvisação.

Gêneros teatrais e musicais.

Figurativo, abstrato, figura e

fundo, tridimensional e

bidimensional, semelhanças,

contrastes, ritmo visual.

Pré-história brasileira;

Arte Pré- cabraliana e

indígena;

invasão holandesa no Brasil;

Barroco Brasileiro e influência

europeia;

Neoclassicismo e romantismo

acadêmico no Brasil;

Antecedentes e consequências

da semana de Arte Moderna;

Modernismo: Semana de Arte

Moderna 1922;

Movimentos artísticos nas

décadas de 1930 e 1940;

Bienais e as tendências

contemporâneas.

Avaliação

A avaliação da disciplina de Arte deve acontecer ao longo de todo o processo

correspondendo às diferentes tipologias como, autoavaliação, avaliação

diagnóstica, formativa e somativa. A autoavaliação se concentra na análise das

próprias habilidades de performance e criativas dos alunos. A avaliação como

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diagnóstico é importante para o planejamento, e a avaliação formativa diz

respeito aos processos, situa o aluno “em seu progresso e limites e destaca os

pontos em que necessita maior empenho e dedicação” (SELBACH, 2010,

p.143). Nesse caso, não se refere somente à atribuição de conceitos, mas

àquela realizada no dia a dia, auxiliando os professores no direcionamento de

suas práticas pedagógicas. Já a avaliação somativa se preocupa com os

resultados. ela é feita no final de cada trimestre para verificar a efetividade da

compreensão do conteúdo proposto. Para tanto, é necessário definir com

clareza o que vai ser avaliado, as regras, os critérios, bem como criar técnicas

e instrumentos consistentes e coerentes com o caráter único das artes.

Referências

ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO –

Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010

AZEVEDO, F. A. G. de. A arte possibilita ao ser humano repensar suas

certezas e reinventar seu cotidiano. In: BARBOSA, A. M; COUTINHO, R. G.

(Org.) Arte/educação como mediação cultural e social. São Paulo: UNESP,

2009. p. 335-346.

BARBOSA, A. M. Mediação cultural é social. In: BARBOSA, A. M.; COUTINHO,

R. G. (Org.). Arte/educação como mediação cultural e social. São Paulo:

UNESP, 2009. p. 13-22.

BARBOSA, A. M.; COUTINHO, R. G. (Org.). Arte/educação como mediação

cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009.

BOHLMAN, P. Ontologies of Music. In: COOK, N. (Org..) Rethinking Music,

New York: Oxford Press, 1999, p. 17-34.

BRASIL.Ministério da Educação e Cultura (MEC). Parâmetros Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental, Versão preliminar, novembro de 1995.

[citado como PCN].

BUARQUE DE HOLANDA, H.; RESENDE, B. (Org.). Artelatina: cultura,

globalização e identidades. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

SELBACH, S. (Cood.). Arte e didática. Petrópolis: Vozes, 2010. (Coleção Como

bem ensinar)

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20.0 CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES

20.1 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – SUBSEQUENTE

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Métodos e técnicas de análises químicas; Polímeros e meio

ambiente; Tecnologia ambiental; Raízes dos problemas ambientais; Vidrarias e

segurança em laboratórios.

CONTEÚDOS:

- Introdução:

- Conceitos gerais sobre a química ambiental;

- Poluição e contaminação;

- Conceitos gerais de química;

- Tipos de reações químicas;

- Estequiometria em reações simples;

- Cinética de reações simples;

- Equilíbrio químico;

- Polímeros;

- Poluição das águas:

- Indicadores de qualidade das águas;

- Padrões de qualidade de águas;

- Principais fontes de poluição das águas;

- Elementos de ecologia aquática;

- Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;

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- Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da

água: parasitismo, toxidez, sabor e odor, cor e turbidez, interferência

na floculação e decantação, obstrução de filtros, corrosão;

- Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características e

as doenças por eles transmitidas: vírus, bactérias, algas,

protozoários, fungos, animais invertebrados;

- Consequências da poluição aquática;

- Os metais de importância ambiente;

- Autodepuração dos corpos aquáticos;

- Os metais pesados e o meio;

- Consumo de oxigênio dissolvido;

- Curva de autodepuração: oxigênio dissolvido;

- Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

- Quantificação de cargas poluidoras;

- Eutrofização;

- Importância dos sedimentos no processo;

- Contaminação por microorganismos;

- Indicadores de poluição fecal;

- Estimativas de cargas poluidoras: vazão, concentração, carga,

eficiência e noções básicas de balanço de massa;

- Doenças de veiculação hídrica;

- Controle da poluição hídrica;

Poluição do solo:

- Ciclos do nitrogênio;

- Controle da poluição do solo;

- Fontes de contaminação;

- Padrões de contaminação;

- Tecnologias de tratamento de solos contaminados;

- Modificações antropogênicas do solo;

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- A química verde;

Poluição do ar:

- Ciclos do O2 e do CO2;

- Fontes de contaminação;

- Fatores que influenciam na poluição;

- Consequências da poluição do ar;

- Poluição do ar em ambientes internos;

- Efeito estufa;

- Chuva ácida;

Poluição sonora:

- Som e ruído;

- Fontes de poluição sonora;

- Consequências da poluição sonora;

- Padrão de emissão de ruídos;

- Controle da poluição sonora – leis municipais, resolução CONAMA.

REFERÊNCIAS

BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para

pequenos municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.

Volume 2.

BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo:

Prentice Hall, 2002

BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo: CETESB,

1986

DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores

orientadores para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo, São

Paulo: CETESB, 2001. Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br

ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1988

HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997

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318

MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES,

1997. MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES,

1999

VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água

residuária: Princípios básicos do tratamento de esgotos. V.2. Belo Horizonte:

Escola de Engenharia da UFMG, 1996.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Sustentabilidade, desenvolvimento humano e indicadores

socioambientais; Programas e Projetos de Educação Ambiental; Saúde e Meio

Ambiente; Evolução histórica da educação ambiental; conceituações sobre

meio ambiente e educação ambiental; Educação ambiental formal e informal.

CONTEÚDOS:

Marcos históricos da educação ambiental;

Sustentabilidade e desenvolvimento humano;

Indicadores socioambientais;

Temáticas ambientais básicas;

Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;

Agenda ambiental empresarial;

Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de

Educação Ambiental;

Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas e

comunidades; Participação comunitária e a Educação Ambiental;

Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental,

envolvendo técnicas e recursos de ensino, para ações de educação

ambiental individuais e coletiva;

Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em educação

ambiental;

Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos naturais;

Saúde e Meio Ambiente;

Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação com a

educação sanitária e ambiental;

Preservação e conservação ambiental;

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Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.

Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;

Estratégias de Educação Ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Práticas em Projetos de Educação Ambiental;

Educação sanitária e ambiental;

Educação ambiental nas zoonoses.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Lícia, Et aL. Oficinas ecológicas, Petrópolis, Editora Vozes, 1996

DIAS, Genebaldo Freire. Antropoceno: iniciação a temática ambiental. São

Paulo. Editora Gaia. 2002

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas.

4ª.edição.São Paulo Editora Gaia. 1995

DIAS, Genebaldo Freire. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São

Paulo, Editora Gaia, 2002

MEDINA, Naná Minini. Educação Ambiental: uma metodologia participativa de

formação. Petrópolis. Vozes. 2000

REIGOTA, Marcos. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-

moderna. São Paulo. Editora Cortez, 1999

SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental: as ameaças do planeta azul.

São Paulo. Editora Scipione. 1994

PHILIPPI, Arlindo Jr. Et al. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Editora Manole.2007 ANDRADE, Lícia et al. Oficinas Pedagógicas-uma proposta de mudanças. Editora Vozes.1995

ESTATÍSTICA APLICADA

Carga horária total: 120 h/a - 100h

EMENTA: Dados e Amostragens, Tabelas e Gráficos estatísticos, Distribuição

de freqüência, Elementos de uma distribuição de freqüência, Medidas de

posição, Medidas de separatrizes, Medidas de dispersão.

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CONTEÚDOS:

- Introdução, definições e fases do método estatístico;

- Dados e amostragens: definições, dados absolutos e relativos;

- Tabelas, gráficos e diagramas;

- Distribuição de frequência;

- Elementos de uma distribuição de frequência;

- Medidas de posição: média, moda e mediana;

- Medidas de separatrizes;

- Medidas de dispersão: desvio médio simples, variância e desvio padrão;

- Medidas de dispersão simples;

- Coeficiente de variação e variação relativa.

REFERÊNCIAS

BRAULE, Ricardo . Estatística Aplicada com Excel . Editora Campus.

CASTRO, Lauro Sodré Viveiros; Exercícios de Estatística. Rio de Janeiro, 1994

CRESPO, Antonio A. – Estatística Fácil - Editora Saraiva. 18a edição. 2002

LAPPONI, Juan Carlos – Estatística usando Excel – Editora Campus. 4ªedição

LARSON, Ron et al. – Estatística Aplicada – Editora Pearson / Prentice Hall.

2ªedição.

MORETTIN, Pedro A – BUSSAB, Wilton O. – Estatística Básica. Editora

Saraiva

FUNDAMENTOS DO TRABALHO

Carga horária total: 40 h/a- 33h

EMENTA: A perspectiva ontológica do trabalho: O trabalho como condição de

sobrevivência e de realização humana. A perspectiva histórica do trabalho:

Mudanças no mundo do trabalho, alienação, desemprego, qualificação do

trabalho e do trabalhador.

CONTEÚDOS:

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Trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.

Perspectiva histórica;

Diferentes modos de produção;

Industrialismo;

Alienação e exploração de mais valia;

Emprego, desemprego e subemprego;

Organizações dos trabalhadores;

Papel do estado na proteção aos incapacitados.

REFERÊNCIAS

CHESNAIS, F. Mundialização do capital. Petrópolis: Vozes, 1997.

FROMM, E. Conceito marxista de homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

GENRO, T. O futuro por armar. Democracia e socialismo na era globalitária.

Petrópolis: Vozes, 2000.

GENTILI, P. A educação para o desemprego. A desintegração da promessa

integradora. In. Frigotto, G. (Org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas

de final de século. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1978.

HOBSBAWM, E.. A era dos extremos - O Breve Século XX - 1914-1991. São

Paulo: Editora da UNESP, 1995.

JAMESON. F. A cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes, 2001.

LUKÁCS, G. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem.

Temas de Ciências Humanas. São Paulo: [s.n], 1978.

MARTIN, H. P.; SCHUMANN, H. A armadilha da globalização: O assalto à

democracia e ao bem-estar. São Paulo: Globo, 1996.

NEVES, L.M. W. Brasil 2000: nova divisão do trabalho na educação. São

Paulo: Xamã, 2000.

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322

SANTOS, B. Reinventando a democracia. Entre o pre-contratualismo e o pós-

contratuialismo. In: Beller, Agnes et al. A crise dos paradigmas em ciências

sociais. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999.

GEOGRAFIA AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Noções de geologia, avaliação de impactos e riscos ambientais;

noções de geomorfologia ambiental; noções de climatologia e de meteorologia;

fotogrametriae estereoscopia; utilização de cartas topográficas, imagens de

satélite e fotografias aéreas.

CONTEÚDOS:

Relação sociedade natureza: dos primórdios a contemporaneidade;

Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia, geologia e globalização;

Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional, nacional e planetário;

Apropriação dos recursos naturais e suas conseqüências ambientais;

Cartografia básica e instrumental;

Leitura e interpretação de mapas;

Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis topográficos, curvas de nível,

escalas;

Organização e planejamento cartográfico;

Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/estereoscopia;

Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS;

Uso de cartas topográficas e imagens satélite;

Noções de geomorfologia ambiental;

Noções de climatologia e meteorologia

Introdução ao estudo da geologia;

Escala geológica do tempo;

A estrutura interna e externa da Terra e a tectônica de placas;

Minerais: propriedades físicas e químicas e principais minerais formadores de

rochas;

Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas;

Ciclo sedimentar: rochas sedimentares;

Substâncias minerais exploradas economicamente e a questão ambiental;

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Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais

Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e agrícolas;

Acompanhamento de AIA / EIA / RIMA / PBA;

Auditoria ambiental;

Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo, esgoto, projetos de irrigação,

drenagem e outros;

Recuperação de áreas degradadas;

Leis de biossegurança;

Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais;

Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais na saúde humana;

Princípios básicos para a conceituação de impacto ambiental;

Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos dos impactos

ambientais,características dos impactos ambientais;

Identificação dos impactos ambientais;

Impactos ambientais nos principais ecossistemas brasileiros;

Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária, produção vegetal; produção animal;

Agroindústria;

Indústria têxtil;

Indústria de couro;

Indústria química;

Construção civil;

Indústria da madeira;

Indústria de cerâmica;

Turismo;

Mineração.

Saneamento;

Irrigação;

Estradas;

Represas;

Principais métodos de avaliação de impacto ambiental (AIA) , matrizes, estudos de casos.

REFERÊNCIAS

AB´SÁBER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil-Potencialidades

Paisagísticas. Ateliê Editorial, 3ª. Edição,2005

BANCO DO NORDESTE. Manual de impactos ambientais: orientações básicas sobre os

aspectos ambientais de atividades produtivas. Fortaleza. 1999

BITAR, Omar Yazbek. Meio Ambiente e Geologia, Ed.SENAC

CUNHA, Sandra Baptista da e GUERRA, Antonio José Teixeira.

Geomorfologia- Exercícios, Técnicas e Aplicações

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324

DUARTE, Paulo E – Fundamentos de Cartografia- Editora UFSC

FERREIRA, Artur Gonçalves. Meteorologia Prática. Editora Oficina de Textos.

FLORENZANO, Teresa Gallotti. Imagens de satélite para estudos ambientais.

Editora Oficina de Textos

FONSECA, Romulo Soares. Elementos de Desenho Topográfico. Editora

McGraw-Hill do Brasil Ltda. – MEC-1973

MAIA . Manual de avaliação de impactos ambientais. Curitiba: IAP/GTZ, 1992

NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia Representação, Comunicação e Visualização

de Dados Espaciais- 2ª.edição- Editora UFSC

NOVO, Evlin M.L. de Moraes – Sensoriamento Remoto-Princípios e Aplicações

PÉREZ-Maria Del Carmen Granell. Trabalhando Geografia com as Cartas

Topográficas-Editora Unijuí, 2001

POPP, José Henrique. Geologia Geral. Ed.LTC. 5ª.edição

PRESS, SIEVER, GROTZINGER, Para entender a Terra. Editora ARTMED

ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Avaliação e Contabilização de Impactos Ambientais

SALGADO, Maria Léa. História Ecológica da Terra. Editora Edgard Blucher

SANCHEZ, Luiz Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental-Conceitos e Métodos- Ed.Oficina

de Textos.

SOUZA, Gustavo Henrique de . Gestão ambiental de áreas degradadas.

SUGUIO/SUZUKI. A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida. Editora

Blucher. 2003.

TEIXEIRA, Wilson et AL. Decifrando a Terra, IBEP Nacional. 2008.

TOMMASI, Luiz Roberto. Estudo de impacto ambiental. São Paulo: CETESB: Terragraph

Artes e Informática, 1994. 354 p.

GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS

Carga horária total: 240 h/a- 200h

EMENTA: Recursos Hídricos; Noções de Silvicultura, Áreas Protegidas e Paisagismo,

Pedologia / Edafologia, Energias Alternativas.

CONTEÚDOS:

- Recursos hídricos:

Gestão de bacias hidrográficas, águas superficiais e subterrâneas;

Comitês de Bacias;

Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;

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Agência Nacional de Águas – ANA;

Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;

Desequilíbrio dos sistemas hídricos;

Poluição e degradação hídrica;

Ciclo hidrológico;

Diagnóstico de bacias hidrográficas;

Manejo de microbacias hidrográficas;

Bacias hidrográficas paranaenses;

Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede de

bacias hidrográficas.

Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de planejamento.

- Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:

Reconhecimento das espécies florestais;

Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor, dormência,

qualidade das sementes e quantidade de sementes;

Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e classificação;

Viveiros: localização, instalação e manejo;

Legislação para produção de sementes e mudas;

Implantação de florestas;

Princípios de manejo florestal;

Planejamento e manejo de unidades de conservação, Praças e arborização urbana;

Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas naturais

protegidas;

Noções de paisagismo.

- Pedologia/edafologia:

Conhecer as principais formações rochosas das camadas das Terra e sua correlação

com o solo;

Compreender o processo de intemperismo físico e químico;

Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;

Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem e tempo

cronológico);

Conhecer as principais característica morfológicas do solo;

Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;

Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtivo e ambiental;

Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;

Processos de salinização e acidificação;

Erosão em solos agrícolas e urbanos.

Pedogênese;

Edafologia;

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- Energias Alternativas:

Conservação de energia e eficiência energética;

Sistemas de energia;

Fontes alternativas de energia;

Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;

Energia eólica;

Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);

Energia a hidrogênio e pilha de combustível;

Energia a CO2 (efeito estufa);

Biodiesel;

Geotérmica;

Hidráulica;

Energia marinha;

Energia e meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ALDABO. Célula Combustível a Hidrogênio. Editora Artliber .2004

ALDABO. Energia Eólica. Editora Artliber.2004

ALDABO. Energia Solar . Editora Artliber . 2002

ALFREDINI, Paolo. Uso e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. Editora

RIMA.

BARBOSA, A C.S . Paisagismo, jardinagem, plantas ornamentais. 4ªedição Editora Iglu.

1989.

BARBOSA, Carlos Antonio da Silva. Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais .

Editora Iglu.

BRANDÃO, Hélio Abdalla. Manual Prático de Jardinagem. Editora Aprenda Fácil.

CAMPOS, Nilson. A Água e a Vida. Editora ABC Fortaleza.

CAMPOS, Nilson. Recursos Hídricos-Jovem Pesquisador 2005.Editora ABRH

CAMPOS, Nilson. STUDART,Ticiana.Gestão das Águas – Princípios e

Práticas. Editora ABRH

CLARKE, Robin, KING, Jannet. O Atlas da Água. Editora Publifolha. 1ª.edição. 2006

COMETTA. Energia Solar (Utilização e Empregos Práticos). Editora

Hemus.2004

EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-2ª edição.2006

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327

EMBRAPA., Manual de Métodos de Análise de Solos.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Elementos de Composição Estética. Editora

Aprenda Fácil.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Princípios Básicos – Vol. 1 Editora Aprenda

Fácil.

FREITAS, Vladimir Passos de. Águas- Aspectos Jurídicos e Ambientais. Editora Juruá .

FUENTES, Angel. ÁLVAREZ,Mariano. Práticas de energia solar fotovoltaica.

Editora Progensa.2005

GUERRA, Antonio José Teixeira. Erosão e conservação dos solos: conceitos,

temas e aplicações. Editora Bertrand Brasil.

KIEHL, Edmar José . Manual de Edafologia. 1979.

KNOTHE. Manual do Biodiesel. Editora Blucher. 2007

LIMA, Valmiqui Costa Et Al. O Solo e o Meio Ambiente – Ed.Próprios autores.

2007

LORENZI, Harri . Plantas Ornamentais no Brasil . 2ªedição.

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras – Manual de identificação e cultivo. Volumes 1 e 2 .

Editora Plantarum

LORENZI, Harri. Palmeiras do Brasil . Editora Plantarum

LORENZI, Harry. Manual de identificação de plantas arbóreas nativas do Brasil. – Editora

Plantarum

NOGUEIRA, Aroldo et al – Produção de Mudas

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Arborização em rodovias

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Implantação de Arborização Urbana

PRADO, Hélio. Pedologia Fácil – Aplicações na Agricultura. Edição do Autor.

REBOUÇAS, Aldo et al. Águas Doces no Brasil-capital ecológico, uso e conservação .

Editora RIMA .

REIS, Lineu Belico dos et al Energia Elétrica e Sustentabilidade. Editora

Manole

REIS, Lineu Belico dos et al. Energia, Recursos Naturais e a Prática do

Desenvolvimento Sustentável. Editora Manole.

RIZZINI, C.T. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Editora Ambito Cultura Edições Ltda.

RODRIGUES, Valdemir Antonio. Manejo de Microbacias Hidrográficas. Editora

FEPAF

ROLAND, Fábio et al. Lições de Limnologia. Editora RIMA

SALDANHA, Carlos José Saldanha. Gestão de Águas Doces. Editora ABRH

SILVA, Márcio Lopes da . Economia Florestal.

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TALMASQUIM, Mauricio Tiomino. Alternativas Energéticas Sustentáveis no

Brasil. Editora Relume Dumaré

TUCCI, Carlos E.M. Clima e Recursos Hídricos no Brasil. Editora ABRH

TUNDISI, José Galizia. A água no século XXI: Enfrentando a escassez. Editora RIMA

VILLIERS, Marc de . Água. Edições Ediouro.

WALISIEWICZ,Marke. Energia Alternativa Solar, Eolica, Hidrelétrica e de

Biocombustíveis.Editora Publifolha.

WNDLING, Ivair et al . Planejamento e instalação de viveiros

GESTÃO DE RESÍDUOS

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Gestão de resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos coletores,

caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados, aterros sanitários,

contaminação por agrotóxicos.

CONTEÚDOS:

- Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;

- Sistema de coleta e triagem de resíduos;

- Processo de tratamento/usinas de incineração;

- Disposição final/aterros, lixões, valas sépticas;

- Reciclagem/reutilização;

- Coleta seletiva de resíduos;

- Resíduos perigosos/tóxicos e outros;

- Contaminação ambiental/classes,

- Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos: aspectos

econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;

- Caracterização dos resíduos sólidos urbanos;

- Coleta convencional: parâmetros de coleta (frequência, horário, acondicionamento, pontos

e formas de coleta) e veículos coletores;

- Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;

- Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;

- Reciclagem dos diferentes materiais;

- Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;

- Técnicas de tratamento através da incineração;

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- Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem termofílica;

- Normas e legislações ambientais vigentes sobre resíduos sólidos;

- Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos

sólidos dos serviços de saúde;

- Caracterização de resíduos;

- Princípios da microbiologia do tratamento de águas residuárias;

- Composição dos esgotos domésticos;

- Importância sanitária dos microorganismos;

- Biodegradação aeróbia e anaeróbia;

- Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;

- Processos de tratamento de águas residuárias;

- Sistemas de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios e lagoas de

estabilização;

- NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;

- Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 7229/93: Projeto, Construção e

Operação de Sistemas de Tanques Sépticos-Tratamento Unifamiliar

BETTIOL, Wagner; CAMARGO, Otávio A. (2000): Impacto ambiental do Uso do Lodo de

Esgoto. EMBRAPA Meio Ambiente.

BRACHT, José Mário (1993) : Disposição Fina de Resíduos de Saúde em Valas Sépticas .

Cascavel/PR. Trabalho apresentado no Seminário Internacional sobre Resíduos Sólidos

Hospitalares . São Paulo; Instituto de Pesquisas tecnológicas,CEMPRE.

BRANCO, Samuel Murgel. Hidrologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo. CETESB,

1996 3A edição

CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo . Editora Humanitas.

CEMPRE. Lixo municipal – Manual de Gerenciamento Integrado

DALMEIDA, Maria L.Otero. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado.

IPET/CEMPRE.

FIGUEIREDO, P.J.M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise

ambiental. Piracicaba, SP; Unimep, 1995.

LIMA, José Dantas de. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil.

NETO, João Tinôco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano.

NETO, João Tinoco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano. Editora UFV

QUEIROZ, Luiz Mário. Remediações de Lixões Municipais. Aplicações da Biotecnologia.

2003.

Page 330: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

330

QUEIROZ, Luiz. Lixo: tratamento e bioremediação .Editor Hemus

SABETAI, Calderoni. Os bilhões perdidos no lixo. Editora Humanistas. 4ªedição

SISINNO, Cristina Lucia Silveira; OLIVEIRA, Rosália Maria de. Resíduos sólidos, ambiente

e saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, 2000.

INFORMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Informática aplicada ao meio ambiente; Planilhas sobre emissões

atmosféricas (fumaças, material particulado) Pesquisas sobre efeito estufa,

chuva ácida, desmatamento e queimadas. A importância da informática na

educação ambiental. Considerações sobre a informática ambiental. Utilização

da legislação com a internet. Métodos e análise de resultados.

CONTEÚDOS:

Hardware;

Software;

Sistemas operacionais;

Editores de textos,

Planilhas eletrônicas;

Software de apresentações;

Internet;

Navegadores para internet;

Metodologia do planejamento de pesquisa: fases da elaboração de um projeto utilizando Word

e Excel e PowerPoint;

Utilização de softwares para elaboração elementar de trabalhos científicos, projetos ambientais

e o uso de normas da ABNT utilizadas em meio eletrônico;

Software livre: Linux e seus aplicativos;

Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc.View, Idrisi, Mapinfo, Spring , Google;

Implementação de um sistema de visualização/monitoramento de aspectos ambientais

utilizando a ferramenta Excel;

Utilização de planilhas em quantificações ambientais;

REFERÊNCIAS

MONTEIRO, Mário A. Introdução a Organização de Computadores. Editora LTC. 5ª. Edição.

CAPRON / JOHNSON. Introdução à informática. Editora Pearson/Prentice Hall. 8ª. Edição

Software SPRING – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

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FLORENZANO, Tereza Galotti. Imagens de satélite para estudos ambientais.Editora

Oficina de Textos.

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Constituições, Legislação federal, estadual e municipal, planos diretores, estatuto

da cidade, objetivos do milênio, normas reguladoras no trabalho e segurança ambiental.

CONTEÚDOS:

- Constituições Federais e Estaduais

- Noções de legislação ambiental;

- Estrutura organizacional da legislação ambiental brasileira;

- Código florestal brasileiro;

- Gestão de florestas;

- Legislação nacional de recursos hídricos;

- Licenciamento ambiental: normas e legislação;

- Compensação ambiental;

- Política nacional do meio ambiente: Lei 6938/81;

- Legislação estadual do meio ambiente;

- Planos Diretores – estatuto da cidade;

- Objetivos do milênio;

- Legislação municipal de meio ambiente

- Lei de crimes ambientais – Lei 9605/98 alterada pela Lei 6514/08 e regulamentado pelo

Decreto 3179/99;

- Resoluções CONAMA;

- Indicadores ambientais de poluição e risco ambiental, para diagnóstico e tomada de

decisões;

- Noções sobre normas reguladoras de segurança ambiental e do trabalho – (PPRA, Mapa

de Risco etc.).

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Giovanni Moraes de . Normas Regulamentadoras Comentadas. Editora LTR.

2007 . 6ª. Edição.

CHIUVITE, Telma Bartholomeu Silva. RESUMÃO JURÍDICO DE DIREITO AMBIENTAL.

Editora Bafisa.

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332

CRUZ, Ana Paula Fernandes Nogueira. Tutela Ambiental do Ar Atmosférico. Editora

Esplanada.

FILHO, Nylson Paim de Abreu. Constituição Federal, Legislação Administrativa e Legislação

Ambiental. Editora Verbo Jurídico.

MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores.

PHILIPPI JR. Arlindo. Curso Interdisciplinar de Direito Ambiental. Editora Manole.

PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais. LTR Editora

SALANDINI, Elaine Vieira Saladini.Segurança e Medicina no Trabalho: Lei 6514. Editora

Atlas.2008

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer PPRA. PCMAT e MRA. Editora LTR

SIRVINKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. Editora Saraiva.

SOUZA, Jadir Cirqueira. Ação Civil Pública Ambiental. Editora Pillares.

VITTA, Heraldo Garcia. Responsabilidade Civil e Administrativa por Dano Ambiental.

Malheiros Editores.

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO

Carga horária total: 60 h/a - 50 h

EMENTA: Ciência e conhecimento; Método Científico; Pesquisa científica;

Elaboração, planejamento e desenvolvimento de projetos; Técnicas de

pesquisa; Estudo de processos de leitura e de produção escrita de textos;

Normas/ABNT.

CONTEÚDOS:

Ciência e conhecimento;

Métodos científicos;

Pesquisa científica;

Pesquisa: conceito, planejamento, fases, execução, elaboração e técnicas;

Planejamento e desenvolvimento de projetos;

Teoria, hipóteses e variáveis;

Amostragem, elaboração, análise e interpretação de dados;

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333

Análise de texto, resumo, resenha, seminário, comunicação científica e

trabalho científico;

Coleta, análise e controle de dados, apresentação de relatórios e consistência;

Referências bibliográficas x biliografia;

Normas da ABNT;

O processo de comunicação humana;

A prática da expressão oral e escrita;

Estrutura dos trabalhos técnico-científicos;

Coesão textual a partir de elementos gramaticais;

Níveis de linguagem: coloquial e culta.

REFERÊNCIAS

ABSY, Maria Lúcia; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Coord.) Conhecimento Científico para gestão

ambiental:Amazônia, Cerrado e Pantanal. Brasilia IBAMA, 1995 . 2 v.

ALVES-MAZZOTTI, A.J; GEWANDSZNAIDER, F. O método nas ciências

naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. Editora Pioneira, São

Paulo, 2ª ed.

CERVO, Armando Luiz. Metodologia Científica para uso dos estudantes

universitário. São Paulo: Mc.Graw-Hill do Brasil, 1983.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991

PENTEADO, J.R.Whitaker. A técnica da comunicação humana.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a- 133 h

EMENTA: Sistemas de gestão ambiental; Princípios e Políticas ambientais; Normas ISO;

Evolução histórica da gestão ambiental; Planejamento ambiental; Ciclo de vida dos

produtos; Sistemas de gerenciamento ambiental; Certificações.

CONTEÚDOS:

A evolução da questão ambiental e suas repercussões no ambiente empresarial;

Cenário econômico global e a situação das empresas frente à questão ambiental;

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Sistema de gestão ambiental;

Princípios de gestão ambiental;

Aspectos práticos de gestão ambiental;

Os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças pertinentes à questão ambiental;

Relação da empresa com o meio externo;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

As normas ISO 14.000, OHAS 18000;

Sistema de gerenciamento ambiental;

Ferramentas de gerenciamento ambiental;

Questões ambientais relevantes, retrospectivas de fatos marcantes e a implantação de

sistemas de gestão;

Auditoria ambiental;

Sistema brasileiro de avaliação ambiental e instituições certificadoras;

Princípios e políticas ambientais;

Ciclo de vida dos produtos;

Software para gestão ambiental;

Ecomarketing;

Ecobusiness;

Determinantes da responsabilidade ambiental;

Órgãos de regulação;

Certificação ambiental;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

Meio ambiente na OMC;

Planejamento ambiental no Brasil.

REFERÊNCIAS

ASSUMPÇÃO, Luiz Fernando Joly. Sistema de Gestão Ambiental-Manual Prático para

Implementação de SGA e Certificação ISSO 14.001

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Editora

Atlas.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa.Editora Atlas. 2ª. Edição

KNIGHT, H.JAMES HARRINGTON ALAN. A Implementação da ISSO 14000. Editora Atlas.

MONTIBELLER F., Gilberto. Empresas, Desenvolvimento e Ambiente. Editora Manole.

ROMERO, Marcelo de Andrade et al. Curso de Gestão Ambiental – Editora Manole – 2007

SEBRAE. Curso Básico de Gestão Ambiental.2004.

SEWELL, Granville H. Administração e controle de qualidade ambiental. Editora Pedagógica

Universitária.

TIBOR, Tom. FELDMAN, Ira – ISO 14000 – Um guia para as nova normas de gestão

ambiental . Editora Futura .1996

VALLE, Cyro Eyler do. Qualidade Ambiental ISO 14000.Editora SENAC

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335

b. Plano de Estágio com Ato de Aprovação do NRE

1. Identificação da Instituição de Ensino:

a) Nome do estabelecimento:

b) Entidade mantenedora:

c) Endereço (rua, n°., bairro):

d) Município:

e) NRE:

2. Identificação do curso:

f) Habilitação:

g) Eixo Tecnológico:

h) Carga horária total:

Do curso: __________ horas

Do estágio: _________ horas

3. Coordenação de Estágio:

i) Nome do professor (es):

j) Ano letivo:

4. Justificativa

k) Concepções(educação profissional, curso, currículo, estágio);

l) Inserção do aluno no mundo do trabalho;

m) Importância do estágio como um dos elementos constituintes de

sua formação;

n) O que distingue o estágio das demais disciplinas e outros

elementos que justifiquem a realização do estágio

5. Objetivos do Estágio

6. Local (ais) de realização do Estágio

7. Distribuição da Carga Horária (por semestre, período..)

8. Atividades do Estágio

9. Atribuições do Estabelecimento de Ensino

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10. Atribuições do Coordenador

11. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio

12. Atribuições do Estagiário

13. Forma de acompanhamento do Estágio

14. Avaliação do Estágio

15. Anexos, se houver

* O Plano de Estágio dos estabelecimentos de ensino que ofertam Cursos

Técnicos devem ser analisados pelo Núcleo Regional de Educação que emitirá

parecer próprio (Ofício Circular n° 047/2004 – DEP/SEED).

20.2 PROFISSIONAL TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

INTEGRADO

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Métodos e técnicas de análises químicas; Polímeros e meio

ambiente; Tecnologia ambiental; Raízes dos problemas ambientais; Vidrarias e

segurança em laboratórios.

CONTEÚDOS:

Conceitos gerais sobre a química ambiental;

Poluição e contaminação;

Conceitos gerais de química;

Tipos de reações químicas;

Estequiometria em reações simples;

Cinética de reações simples;

Equilíbrio químico;

Polímeros;

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337

Poluição das águas:

Indicadores de qualidade das águas;

Padrões de qualidade de águas;

Principais fontes de poluição das águas;

Elementos de ecologia aquática;

Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;

Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da

água: parasitismo, toxidez, sabor e odor, cor e turbidez,

interferência na floculação e decantação, obstrução de filtros,

corrosão;

Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características

e as doenças por eles transmitidas: vírus, bactérias, algas,

protozoários, fungos, animais invertebrados;

Conseqüências da poluição aquática;

Os metais de importância ambiente;

Autodepuração dos corpos aquáticos;

Os metais pesados e o meio;

Consumo de oxigênio dissolvido;

Curva de autodepuração: oxigênio dissolvido;

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

Quantificação de cargas poluidoras;

Eutrofização;

Importância dos sedimentos no processo;

Contaminação por microorganismos;

Indicadores de poluição fecal;

Estimativas de cargas poluidoras: vazão, concentração, carga,

eficiência e noções básicas de balanço de massa;

Doenças de veiculação hídrica;

Controle da poluição hídrica;

Poluição do solo:

Ciclos do nitrogênio;

Controle da poluição do solo;

Fontes de contaminação;

Padrões de contaminação;

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Tecnologias de tratamento de solos contaminados;

Modificações antropogênicas do solo;

A química verde;

Poluição do ar:

Ciclos do O2 e do CO2;

Fontes de contaminação;

Fatores que influenciam na poluição;

Consequências da poluição do ar;

Poluição do ar em ambientes internos;

Efeito estufa;

Chuva ácida;

Poluição sonora:

Som e ruído;

Fontes de poluição sonora;

Consequências da poluição sonora;

Padrão de emissão de ruídos;

Controle da poluição sonora – leis municipais, resolução CONAMA.

REFERÊNCIAS

BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para

pequenos municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.

Volume 2.

BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo:

Prentice Hall, 2002

BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo:

CETESB, 1986

DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores

orientadores para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo.

São Paulo: CETESB, 2001. Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br

ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência,

1988

HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997

Page 339: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

339

MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES,

1997. MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES,

1999

VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água

residuária: Princípios básicos do tratamento de esgotos. Belo Horizonte:

Escola de Engenharia da UFMG, 1996. Volume 2.

ARTE

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura

morfológica e sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das

diferentes linguagens. Interação entre as diferentes linguagens, a ciência e a

tecnologia. Arte e indústria cultural. A arte no espaço urbano.

CONTEÚDOS:

- Linguagens da Arte:

Música;

Teatro;

Dança;

Artes visuais.

- Música:

Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades

sonoras, movimento, imaginação);

Estrutura sintática (modalidades de organização musical;

Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas rítmicas, melódicas e

tímbricas;

Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas,

melódicas, harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas,

blocos, etc.);

Textura sonora (melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia,

pontilhismo, etc);

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340

Estéticas, estilos egêneros de organização sonora, criação, execução e

fruição de músicas;

Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do

quotidiano, paisagens sonoras, instrumentos musicais, acústico,

eletroacústico, eletrônicos e novas mídias);

História da música;

Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção e difusão da

música;

A interação da música com as outras linguagens da arte;

A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências;

- Teatro:

Introdução à História do Teatro;

Personagem;

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço cênico;

Representação;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização,

maquiagem, adereços;

Jogos teatrais;

Roteiro;

Enredo;

Gêneros;

Técnicas;

- Dança:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

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341

Coreografia;

Gêneros;

Técnicas;

- Artes Visuais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor;

Composição figurativa, abstrata, figura-fundo,

bidimensional/tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual,

gêneros, técnicas;

Transformações e utilização de materiais na produção do objeto de arte:

contribuições da química.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São

Paulo: Cortez, 2002.

BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.

Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas:

Papirus,1998.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

Page 342: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

342

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver:

hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura

Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.

OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência

estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998.

Dissertação (Mestrado).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis:

Vozes, 1987.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes,

1984.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser

extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso

tempo, 84).

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,

1999.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas.

São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BIOLOGIA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes

celulares e suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de

seres vivos. Biodiversidade, biotecnologias e genética.

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CONTEÚDOS:

Origem da vida;

Evolução;

Formas de organização dos seres vivos;

Metabolismo, reprodução e adaptação;

Tipos celulares procariontes e eucariontes.

Vírus:

Estrutura morfológica;

Ciclo de vida;

Aspectos de interesse sanitário e econômico;

a) Reino Monera:

b) Estrutura dos moneras;

c) Reprodução;

Nutrição;

Metabolismo celular energético;

Fotossíntese;

Quimiossíntese;

Respiração;

Fermentação;

Controle do metabolismo pelos gens;

Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

Doenças causadas por bactérias;

Emprego na indústria;

Armas biológicas;

- Reino Protista:

Reprodução e nutrição;

Algas e protozoários;

Aspectos evolutivos;

Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos

protozoários;

Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de

água, coleta, destinação e tratamento de esgoto;

Doenças causadas por protozoários;

Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

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344

- Reino Fungi:

Estrutura e organização dos fungos;

Reprodução e nutrição;

Tipos de fungos e líquens e o seu emprego nas indústrias e

aspectoseconômicos e ambientais;

Doenças causadas por fungos;

Reino Plantae:

Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

Relações dos seres humanos com os vegetais;

Desmatamento;

Agricultura;

Plantas medicinais;

Indústria;

Biopirataria de princípios ativos;

Reino Animalia:

Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados;

Citologia:

Bioquímica celular;

Célula e estruturas celulares;

Osmose;

Difusão;

Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

Síntese de proteínas;

Mitose e meiose;

- Gametogênese;

1. Tipos de reprodução;

Embriologia:

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

Anexos embrionários;

Embriologia animal comparada;

Aspectos da sexualidade humana;

Substâncias teratogênicas;

Fertilização in vitro;

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Aborto;

Histologia:

Animal e vegetal;

Principais tipos de tecidos e suas funções;

Fisiologia e anatomia;

Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo

humano;

Ecologia:

Conceitos básicos;

Componentes abióticos e bióticos;

Cadeias e teia alimentar:

Fluxo de energia e matéria;

- Biosfera;

- Biomas:

Principais características e implicações ambientais;

Ecossistema:

Dinâmica das populações;

Relações ecológicas:

Relações entre o homem e o ambiente;

Implicações do desequilíbrio ambiental;

Genética:

Leis, tipos de herança genética;

Conceitos básicos da hereditariedade;

Projeto GENOMA;

Clonagem;

Transgenia;

Bioética;

Biotecnologia.

REFERÊNCIAS

Page 346: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

346

BERNARDES, J. A et al. Sociedade e natureza. In: CUNHA, S. B. da et al. A

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científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

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SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2000.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Sustentabilidade, desenvolvimento humano e indicadores

socioambientais; Programas e Projetos de Educação Ambiental; Saúde e Meio

Ambiente; Evolução histórica da educação ambiental; conceituações sobre

meio ambiente e educação ambiental; Educação ambiental formal e informal.

CONTEÚDOS:

Marcos históricos da educação ambiental;

Sustentabilidade e desenvolvimento humano;

Indicadores socioambientais;

Temáticas ambientais básicas;

Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;

Agenda ambiental empresarial;

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348

Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de

Educação Ambiental;

Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas

e comunidades; Participação comunitária e a Educação Ambiental;

Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental,

envolvendo técnicas e recursos de ensino, para ações de educação

ambiental individuais e coletiva;

Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em

educação ambiental;

Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos

naturais;

Saúde e Meio Ambiente;

Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação

com a educação sanitária e ambiental;

Preservação e conservação ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.

Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;

Estratégias de Educação Ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Práticas em Projetos de Educação Ambiental;

Educação sanitária e ambiental;

Educação ambiental nas zoonoses.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Lícia, Et aL. Oficinas ecológicas, Petrópolis, Editora Vozes, 1996

DIAS, Genebaldo Freire. Antropoceno: iniciação a temática ambiental. São

Paulo. Editora Gaia. 2002

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ANDRADE, Lícia et al. Oficinas Pedagógicas-uma proposta de mudanças.

Editora Vozes.1995

EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade,

formação e expressão de identidades para a cooperação e competitividade.

Movimento, força, resistência, equilíbrio, energia, harmonia, ritmo e

coordenação através dos diferentes tipos de esportes, ginástica, jogos e

danças.

CONTEÚDOS:

Ginástica Geral e de Manutenção:

Ginástica aeróbica;

Ginástica localizada;

Ginástica laboral: especificidades de trabalho na construção civil;

Alongamento;

Exercícios para a melhoria das qualidades físicas;

Exercícios de correção postural;

Avaliação postural;

Técnicas de relaxamento;

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350

Percepção corporal (leitura corporal).

Jogos:

Cooperativos;

Dramáticos;

Lúdicos;

Intelectivos.

Esporte:

Fundamentos técnicos;

Regras;

Táticas;

Análise crítica das regras;

Origem e história;

Para quem e a quem serve;

Modelos de sociedade que os reproduziram;

Incorporação na sociedade brasileira;

O esporte como fenômeno cultural;

O esporte na sociedade capitalista;

Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

Massificação do esporte;

Esportes radicais;

Lutas.

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas.

Dança:

De salão;

Folclórica;

Popular.

Qualidade de vida:

Higiene e saúde;

Corpo humano e sexualidade;

Primeiros socorros;

Acidentes e doenças do trabalho;

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351

Caminhadas;

Alimentação;

Avaliação calórica dos alimentos;

Índice de massa corporal;

Obesidade;

Bulimia;

Anorexia;

Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências,

Padrões de beleza e saúde.

REFERÊNCIAS

LUIZ CIRQUEIRA. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-

signficação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva;

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HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva Estudos 42,

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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed.

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108.

FILOSOFIA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

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353

EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do

conhecimento humano. O estado e a organização social. Ética e Estética.

CONTEÚDOS:

Mito e filosofia:

Saber místico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Teoria do conhecimento:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Ética:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

Filosofia da Ciência:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

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354

Ciência e ética.

Estética:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc;

Estética e sociedade;

Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x

natureza, cultura e sociedade.

REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989,

125p. (Col. Primeiros Passos, 13).

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Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels.

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GENRO FILHO, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política.

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GENRO FILHO, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo / Uma

nova visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto

Alegre, Ed. TCHÊ, 1985, série Nova Política.

FÍSICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Movimento, Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos:

distância, velocidade, tempo, aceleração, espaço, força, temperatura, calor,

ondas, ótica e eletricidade para a compreensão do universo físico.

CONTEÚDOS:

História e campo de estudo da Física;

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355

Momentum e Inércia;

Conservação de quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento (impulso);

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Gravidade;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência.

Fluídos:

Massa específica;

Pressão em um fluido;

Princípio de Arquimedes;

Viscosidade;

Peso aparente;

Empuxo.

Oscilações:

Ondas mecânicas;

Fenômenos ondulatórios;

Refração;

Reflexão;

Difração;

Interferência;

Efeito Dopller;

Ressonância;

Superposição de Ondas.

Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica;

Temperatura;

Termômetros e escalas termométricas;

Equilíbrio térmico;

Lei dos gases ideais;

Teorias cinética dos gases;

Propriedades térmicas e dilatação dos materiais:

Dilatação térmica;

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356

Coeficiente de dilatação térmica;

Transferência de energia térmica:

1. Condução;

2. Convecção e radiação;

3. Diagrama de fases;

2ª Lei da Termodinâmica;

a. Máquinas térmicas;

b. Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de

Carnot – ciclo de Carnot;

c. Processos reversíveis e irreversíveis;

d. Entropia.

3ª Lei da Termodinâmica

e. Entropia.

f. Entropia e probabilidade.

.

Eletromagnetismo:

Carga Elétrica;

Entropia;

Entropia e probabilidade;;

Força magnética:

Propriedades Magnéticas dos materiais – imãs naturais;

feito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

Equações de Maxwell;

Lei de Coulomb;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força de Lorenz;

Indução eletromagnética;

Transformação de energia;

Campo eletromagnético;

Ondas eletromagnéticas;

Elementos de um circuito elétrico: Corrente elétrica;

Capacitores;

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357

Resistores e combinação de resistores;

Leis de Ohm;

Leis de Kirchhoff;

Diferença de potencial;

Geradores;

Luz:

Dualidade onda – Partícula;

Fenômenos Luminosos:

Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

Formação de imagens e instrumentos óticos.

REFERÊNCIAS

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GEOGRAFIA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: As Relações de produção sócio-histórica do espaço geográfico em

seus aspectos econômicos, sócias, políticos e culturais. Relações de poder

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361

que determinam fronteiras constroem e destroem parcelas do espaço

geográfico nos diferentes tempos históricos. Análises de questões

socioambientais a partir das transformações advindas no contexto social,

econômico, político e cultural. Formação demográfica das diferentes

sociedades. Migrações, novas territorialidades e as relações político-

econômicas dessa dinâmica. Geografia urbana: território ocupado e o direito à

cidade. Conceituações dos principais problemas ambientais. Construção e

interpretação de mapas, gráficos, perfis topográficos com uso de tecnologias

atuais.

CONTEÚDOS:

Modos de produção e formações socioespaciais;

A Revolução técnico-científico-informacional e o novo arranjo do

espaço da produção;

Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

Oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

Formação dos blocos econômicos regionais;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra-estrutura,

territórios marginais e seus problemas (narcotráfico, prostituição, sem-

teto,etc),

Mobilidade urbana e transporte;

Apropriação do espaço urbano e distribuição desigual de serviços e

infra estrutura urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

Obras infra-estruturais e seus impactos sobre o território e a vida das

populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas,

econômicas e ambientais;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

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362

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como:

étnicos, culturais, políticos, econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

Conflitos rurais e estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia;

Relação sociedade natureza: dos primórdios a contemporaneidade;

Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia, geologia e

globalização;

Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional, nacional e

planetário;

Apropriação dos recursos naturais e suas consequências ambientais;

Cartografia básica e instrumental;

Leitura e interpretação de mapas;

Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis topográficos, curvas de

nível, escalas;

Organização e planejamento cartográfico;

Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/estereoscopia;

Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS;

Uso de cartas topográficas e imagens satélite;

Noções de geomorfologia ambiental;

Noções de climatologia e meteorologia;

Introdução ao estudo da geologia;

Escala geológica do tempo;

A estrutura interna e externa da Terra e a tectônica de placas;

Minerais: propriedades físicas e químicas e principais minerais

formadores de rochas;

Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas;

24. ciclo sedimentar: rochas sedimentares;

Substâncias minerais exploradas economicamente e a questão

ambiental;

Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e agrícolas;

Acompanhamento de AIA/EIA/RIMA/PBA;

Auditoria ambiental;

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363

Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo, esgoto, projetos de irrigação,

drenagem e outros;

Recuperação de áreas degradadas;

Leis de biossegurança;

Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais;

Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais na saúde humana;

Princípios básicos para a conceituação de impacto ambiental;

Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos dos impactos ambientais,

características dos impactos ambientais;

Identificação dos impactos ambientais;

Impactos ambientais nos principais ecossistemas brasileiros;

Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária, produção vegetal e animal;

Agroindústria;

Indústria têxtil;

Indústria de couro;

Indústria química;

Construção civil;

Indústria da madeira;

Indústria de cerâmica;

Turismo;

Mineração;

Saneamento;

Irrigação;

Estradas;

Represas;

Principais métodos de avaliação de impacto ambiental (AIA) , matrizes, estudos de

casos.

REFERÊNCIAS

ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio:

manual de aulas práticas. Londrina: Ed. UEL,1999.

BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do

inesperado.In:

CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino?

Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 133-152, 2001.

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364

CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e

reflexões Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.

Campinas: Papirus, 1999.

CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,

1982.

P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,

1997.

COSGROVE, D. E.; JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In:

CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de

Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003.

CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.

COSTA, W. M. da. Geografia política e geopolítica: discurso sobre o território

e o poder. São Paulo: HUCITEC, 2002.

DAMIANI, A. L. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA,

N. N.; OLIVEIRA, A. U. de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e

pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.

GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil, 1997. GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo:

Contexto, 1999.

HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo :

Contexto, 2002.

MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as

legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e

ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-

28, 2002.

MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001.

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365

MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo

moderno. Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre

a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia

moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A.

F. A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

SMALL, J. e WITHERICK, M. Dicionário de Geografia. Lisboa: Dom Quixote,

1992.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e

desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e

temas. Rio de Janeiro:Bertrand, Brasil, 1995.

J.W. (org). Geografia e textos críticos. Campinas: Papirus, 1995.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto,

1997.

_____. Delgado de Carvalho e a orientação moderna em Geografia. In

VESENTINI, J. W.(org). Geografia e textos críticos. Campinas : Papirus,

1995.

WACHOWICZ, R. C. Norte velho, norte pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987.

_____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987.

_____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense.

Curitiba:Vicentina, 1982.

GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

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EMENTA: Recursos Hídricos; Noções de Silvicultura, Áreas Protegidas e Paisagismo,

Pedologia / Edafologia, Energias Alternativas.

CONTEÚDOS:

- Recursos hídricos:

Gestão de bacias hidrográficas, águas superficiais e subterrâneas;

Comitês de Bacias;

Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;

Agência Nacional de Águas – ANA;

Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;

Desequilíbrio dos sistemas hídricos;

Poluição e degradação hídrica;

Ciclo hidrológico;

Diagnóstico de bacias hidrográficas;

Manejo de microbacias hidrográficas;

Bacias hidrográficas paranaenses;

Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede de

bacias hidrográficas.

Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de planejamento.

- Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:

Reconhecimento das espécies florestais;

Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor, dormência,

qualidade das sementes e quantidade de sementes;

Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e classificação;

Viveiros: localização, instalação e manejo;

Legislação para produção de sementes e mudas;

Implantação de florestas;

Princípios de manejo florestal;

Planejamento e manejo de unidades de conservação, Praças e arborização urbana;

Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas naturais

protegidas;

Noções de paisagismo.

- Pedologia/edafologia:

Conhecer as principais formações rochosas das camadas das Terra e sua correlação com o

solo;

Compreender o processo de intemperismo físico e químico;

Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;

Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem e tempo

cronológico);

Conhecer as principais característica morfológicas do solo;

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Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;

Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtivo e ambiental;

Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;

Processos de salinização e acidificação;

Erosão em solos agrícolas e urbanos.

Pedogênese;

Edafologia;

- Energias Alternativas:

Conservação de energia e eficiência energética;

Sistemas de energia;

Fontes alternativas de energia;

Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;

Energia eólica;

Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);

Energia a hidrogênio e pilha de combustível;

Energia a CO2 (efeito estufa);

Biodiesel;

Geotérmica;

Hidráulica;

Energia marinha;

Energia e meio ambiente.

REFERÊNCIAS

FREITAS, Vladimir Passos de. Águas- Aspectos Jurídicos e Ambientais. Editora Juruá .

TUNDISI, José Galizia. A água no século XXI: Enfrentando a escassez. Editora RIMA

ROLAND, Fábio et al. Lições de Limnologia. Editora RIMA

RODRIGUES, Valdemir Antonio. Manejo de Microbacias Hidrográficas. Editora

FEPAF

REBOUÇAS, Aldo et al. Águas Doces no Brasil-capital ecológico, uso e conservação .

Editora RIMA .

ALFREDINI, Paolo. Uso e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. Editora

RIMA.

SALDANHA, Carlos José Saldanha. Gestão de Águas Doces. Editora ABRH

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368

CAMPOS, Nilson. A Água e a Vida. Editora ABC Fortaleza.

CAMPOS, Nilson. STUDART,Ticiana.Gestão das Águas – Princípios e

Práticas. Editora ABRH

CAMPOS, Nilson. Recursos Hídricos-Jovem Pesquisador 2005.Editora ABRH

TUCCI, Carlos E.M. Clima e Recursos Hídricos no Brasil. Editora ABRH

VILLIERS, Marc de . Água. Edições Ediouro.

CLARKE, Robin, KING, Jannet. O Atlas da Água. Editora Publifolha. 1ª.edição. 2006

RIZZINI, C.T. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Editora Ambito Cultura Edições Ltda.

WNDLING, Ivair et al . Planejamento e instalação de viveiros

NOGUEIRA, Aroldo et al – Produção de Mudas

LORENZI, Harry. Manual de identificação de plantas arbóreas nativas do Brasil. – Editora

Plantarum

SILVA, Márcio Lopes da . Economia Florestal.

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Arborização em rodovias

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Implantação de Arborização Urbana

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras – Manual de identificação e cultivo. Volumes 1 e 2 . Editora

Plantarum

LORENZI, Harri. Palmeiras do Brasil . Editora Plantarum

BARBOSA, A C.S . Paisagismo, jardinagem, plantas ornamentais. 4ªedição Editora Iglu. 1989.

LORENZI, Harri . Plantas Ornamentais no Brasil . 2ªedição.

BARBOSA, Carlos Antonio da Silva. Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais . Editora

Iglu.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Princípios Básicos – Vol. 1 Editora Aprenda Fácil.

BRANDÃO, Hélio Abdalla. Manual Prático de Jardinagem. Editora Aprenda Fácil.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Elementos de Composição Estética. Editora

Aprenda Fácil.

LIMA, Valmiqui Costa Et Al. O Solo e o Meio Ambiente – Ed.Próprios autores.

2007

EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-2ª edição.2006

PRADO, Hélio. Pedologia Fácil – Aplicações na Agricultura. Edição do Autor.

EMBRAPA., Manual de Métodos de Análise de Solos.

GUERRA, Antonio José Teixeira. Erosão e conservação dos solos: conceitos,

temas e aplicações. Editora Bertrand Brasil.

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369

KIEHL, Edmar José . Manual de Edafologia. 1979.

WALISIEWICZ,Marke. Energia Alternativa Solar, Eolica, Hidrelétrica e de

Biocombustíveis.Editora Publifolha.

ALDABO. Energia Solar . Editora Artliber . 2002

ALDABO. Célula Combustível a Hidrogênio. Editora Artliber .2004

ALDABO. Energia Eólica. Editora Artliber.2004

COMETTA. Energia Solar (Utilização e Empregos Práticos). Editora

Hemus.2004

KNOTHE. Manual do Biodiesel. Editora Blucher. 2007

REIS, Lineu Belico dos et al Energia Elétrica e Sustentabilidade. Editora

Manole

REIS, Lineu Belico dos et al. Energia, Recursos Naturais e a Prática do

Desenvolvimento Sustentável. Editora Manole.

TALMASQUIM, Mauricio Tiomino. Alternativas Energéticas Sustentáveis no

Brasil. Editora Relume Dumaré

FUENTES, Angel. ÁLVAREZ,Mariano. Práticas de energia solar fotovoltaica.

Editora Progensa, 2005.

COLETÂNEAS DE ARTIGOS ENERGIA SOLAR E EÓLICA, vol 2

GESTÃO DE RESÍDUOS

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Gestão de resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos coletores,

caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados, aterros sanitários,

contaminação por agrotóxicos.

CONTEÚDOS:

Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;

Sistema de coleta e triagem de resíduos;

Processo de tratamento/usinas de incineração;

Disposição final/aterros, lixões, valas sépticas;

Reciclagem/reutilização;

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370

Coleta seletiva de resíduos;

Resíduos perigosos/tóxicos e outros;

Contaminação ambiental/classes,

Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos:aspectos

econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;

Caracerização dos resíduos sólidos urbanos;

Coleta convencional: parâmetros de coleta (frequência, horário, acondicionamento,

pontos e formas de coleta) e veículos coletores;

Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;

Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;

Reciclagem dos diferentes materiais;

Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;

Técnicas de tratamento através da incineração;

Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem termofílica;

Normas e legislações ambientais vigentes sobre resíduos sólidos;

Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos

sólidos dos serviços de saúde;

Caracterização de resíduos;

Princípios da microbiologia do tratamento de águas residuárias;

Composição dos esgotos domésticos;

Importância sanitária dos microorganismos;

Biodegradação aeróbia e anaeróbia;

Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;

Processos de tratamento de águas residuárias;

Sistemas de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios elagoas de

estabilização;

NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;

Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.

REFERÊNCIAS

BRANCO, Samuel Murgel. Hidrologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo. CETESB,

1996 3A edição

BRACHT, José Mário (1993) : Disposição Fina de Resíduos de Saúde em Valas Sépticas .

Cascavel/PR. Trabalho apresentado no Seminário Internacional sobre Resíduos Sólidos

Hospitalares . São Paulo; Instituto de Pesquisas tecnológicas,CEMPRE.

BETTIOL, Wagner; CAMARGO, Otávio A. (2000): Impacto ambiental do Uso do Lodo de

Esgoto. EMBRAPA Meio Ambiente.

Page 371: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

371

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 7229/93: Projeto, Construção e

Operação de Sistemas de Tanques Sépticos-Tratamento Unifamiliar

SABETAI, Calderoni. Os bilhões perdidos no lixo. Editora Humanistas. 4ªedição

NETO, João Tinoco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano. Editora UFV

FIGUEIREDO, P.J.M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise

ambiental. Piracicaba, SP; Unimep, 1995.

LIMA, José Dantas de. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil.

SISINNO, Cristina Lucia Silveira; OLIVEIRA, Rosália Maria de. Resíduos sólidos, ambiente e

saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, 2000.

CEMPRE. Lixo municipal – Manual de Gerenciamento Integrado

QUEIROZ, Luiz. Lixo: tratamento e bioremediação .Editor Hemus

QUEIROZ, Luiz Mário. Remediações de Lixões Municipais. Aplicações da Biotecnologia. 2003.

CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo . Editora Humanitas.

DALMEIDA, Maria L.Otero. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado.

IPET/CEMPRE.

NETO, João Tinôco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano.

HISTÓRIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço.

Formação cultural do homem. Ascensão e consolidação do capitalismo;

produção científica e tecnológica e suas implicações. Aspectos históricos,

políticos, sociais e econômicos do Brasil e do Paraná – a partir das relações

de trabalho, poder e cultura. Processo de urbanização: a apropriação das

cidades, a questão habitacional e marginalização.

CONTEÚDOS:

A Construção do sujeito histórico;

A produção do conhecimento histórico;

'O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

O Estado nos mundos antigo e medieval;

As cidades na História;

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372

Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antigüidade: mulheres,

plebeus e escravos;

Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres,hereges e outros;

Formação da sociedade colonial brasileira;

A construção do trabalho assalariado;

Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto

de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo

(séc. XVIII e XIX);

Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na Sociedade Moderna;

O Estado Imperialista e sua crise;

O neocolonialismo;

Urbanização e industrialização no Brasil;

O trabalho na sociedade contemporânea;

Relações de poder e violência no Estado;

Urbanização e industrialização no Paraná;

Urbanização e industrialização no século XIX;

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é

proibido proibir?;

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;

O processo brasileiro de urbanização;

Globalização e neoliberalismo.

REFERÊNCIAS

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio

de Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história

através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

Page 373: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

373

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos

adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga:

Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas

Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação

em Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do

Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História.

São Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e

abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense,

1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e

Marclo F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004

INFORMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Informática aplicada ao meio ambiente; Planilhas sobre emissões

atmosféricas (fumaças, material particulado) Pesquisas sobre efeito estufa,

chuva ácida, desmatamento e queimadas. A importância da informática na

educação ambiental. Considerações sobre a informática ambiental. Utilização

da legislação com a internet. Métodos e análise de resultados.

CONTEÚDOS:

Hardware;

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374

Software;

Sistemas operacionais;

Editores de textos,

Planilhas eletrônicas;

Software de apresentações;

Internet;

Navegadores para internet;

Metodologia do planejamento de pesquisa: fases da elaboração de um projeto

utilizando Word e Excel e PowerPoint;

Utilização de softwares para elaboração elementar de trabalhos científicos, projetos

ambientais e o uso de normas da ABNT utilizadas em meio eletrônico;

Software livre: Linux e seus aplicativos;

Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc.View, Idrisi, Mapinfo, Spring ,

Google;

Implementação de um sistema de visualização/monitoramento de aspectos

ambientais utilizando a ferramenta Excel;

Utilização de planilhas em quantificações ambientais;

REFERÊNCIAS

MONTEIRO, Mário A. Introdução a Organização de Computadores. Editora LTC. 5ª. Edição.

CAPRON / JOHNSON. Introdução à informática. Editora Pearson/Prentice Hall. 8ª. Edição.

Software SPRING – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

FLORENZANO, Tereza Galotti. Imagens de satélite para estudos ambientais.Editora Oficina

de Textos.

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Constituições, Legislação federal, estadual e municipal, planos diretores, estatuto da

cidade, objetivos do milênio, normas reguladoras no trabalho e segurança ambiental.

CONTEÚDOS:

Constituições Federais e Estaduais

Noções de legislação ambiental;

Estrutura organizacional da legislação ambiental brasileira;

Código florestal brasileiro;

Gestão de florestas;

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375

Legislação nacional de recursos hídricos;

Licenciamento ambiental: normas e legislação;

Compensação ambiental;

Política nacional do meio ambiente: Lei 6938/81;

Legislação estadual do meio ambiente;

Planos Diretores – estatuto da cidade;

Objetivos do milênio;

Legislação municipal de meio ambiente

Lei de crimes ambientais – Lei 9605/98 alterada pela Lei 6514/08 e regulamentado

pelo Decreto 3179/99;

Resoluções CONAMA;

Indicadores ambientais de poluição e risco ambiental, para diagnóstico e tomada de

decisões;

Noções sobre normas reguladoras de segurança ambiental e do trabalho – (PPRA,

Mapa de Risco etc.).

REFERÊNCIAS

PHILIPPI JR. Arlindo. Curso Interdisciplinar de Direito Ambiental. Editora Manole.

MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores.

SIRVINKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. Editora Saraiva.

PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais. LTR Editora

VITTA, Heraldo Garcia. Responsabilidade Civil e Administrativa por Dano Ambiental. Malheiros

Editores.

FILHO, Nylson Paim de Abreu. Constituição Federal, Legislação Administrativa e Legislação

Ambiental. Editora Verbo Jurídico.

SOUZA, Jadir Cirqueira. Ação Civil Pública Ambiental. Editora Pillares.

CRUZ, Ana Paula Fernandes Nogueira. Tutela Ambiental do Ar Atmosférico. Editora

Esplanada.

CHIUVITE, Telma Bartholomeu Silva. RESUMÃO JURÍDICO DE DIREITO AMBIENTAL.

Editora Bafisa.

www.bafisa.com.br - resumão de vários títulos de áreas.

ARAÚJO, Giovanni Moraes de . Normas Regulamentadoras Comentadas. Editora LTR. 2007 .

6ª. Edição.

SALANDINI, Elaine Vieira Saladini.Segurança e Medicina no Trabalho: Lei 6514. Editora

Atlas.2008

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer PPRA. PCMAT e MRA. Editora LTR

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376

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.

Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

Terminologias ambientais.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Aspectos contextuais do texto oral;

Intencionalidade dos textos;

Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme

asinstâncias de uso da linguagem;

Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e informal;

Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;

Contato com diversos gêneros textuais;

Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos

linguísticos/gramaticais do texto;

Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

Provocar outras leituras;

A abordagem histórica em relação aos textos literários;

Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

Clareza na exposição de ideias;

Utilização dos recursos coesivos;

Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados

aos aspectos semânticos e léxicos;

Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal,

regência verbal e nominal, tempos verbais;

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377

Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons,

informativos, literários;

Inter-discurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc;

Particularidades linguísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso

das diferentes línguas;

Gêneros Textuais diversificados (Narrativos, Imprensa, Divulgação

científica,Da ordem do relator, Da ordem do expor, Instrucionais ou

prescritivos, Lúdicos, Narrativa gráfica visual, Midiáticos,

Correspondência, etc);

Imagens, fotos, pinturas, esculturas;

Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral,

etc.

REFERÊNCIAS

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.

MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da

língua inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.

MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge

University ( Brasil).

ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição.

BERTRAND BRASIL: 2000.

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.

Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

Page 378: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

378

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral;

Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições

pronominais, sinônimos, etc.);

Intencionalidade dos textos;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de

uso:diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional,

institucional, etc; (reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da

língua dados os ambientes discursivos);

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e

ainformal;

Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

Participação e cooperação;

Turnos de fala;

Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos,

nível social, formação, etc.);

Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

Ampla variedade X modalidade única;

Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação

cênica) X sinais gráficos;

Prosódia e entonação X sinais gráficos;

Frases mais curtas X frases mais longas;

Redundância X concisão;

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do

verso);

Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada,

dos cantadores e repentistas;

Leitura:

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379

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma

colaborativa: inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento

prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade

por meio do diálogo e da interação;

Intertextualidade;

A análise do texto para a compreensão de maneira global e não

fragmentada (também é relevante propiciar ao aluno o contato com a

integralidade da obra literária);

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes

objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,

produzir outros textos, revisar, etc;

Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

Finalidade;

Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes

no texto;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o

conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis

sociais representados, intencionalidade e valor estético;

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação e sua relevância na progressão textual;

A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus

efeitos de sentido;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do

texto;

Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos,

adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

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380

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos

do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

Em relação ao trabalho com literatura:

Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e

ampliem seu horizonte de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento

(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua

leitura;

Escrita:

Unidade temática;

Escrita como ação / interferência no mundo;

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação

pública,privada, cotidiana, solene, etc);

Relevância do interlocutor na produção de texto;

Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial,

recorrencial e sequencial);

Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais,

contextuais, intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

Fonologia;

Morfologia;

Sintaxe;

Semântica;

Estilística;

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381

Pontuação;

Elementos de coesão e coerência;

Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função

das conjunções; sequenciação, etc.

Análise linguística:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante

em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na

construção do texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhando, parênteses, etc;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero

discursivo;

A elipse na sequência do texto;

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382

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/

indeterminado; ativo/ passivo) e a relação com as intenções do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus

termosadjuntos;

Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor,

ironia,ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos

diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas.

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004

______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de

Língua Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS,

Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São

Paulo: Educ, 2002.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São

Paulo:Ática,1991

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs).

Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33,

1992.

Page 383: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

383

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

_______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba:

Criar, 2003

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Línguística textual: uma

introdução. São Paulo: Cortez, 1988.

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino.

Texto inédito (prelo).

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João

W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João

W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed.

Campinas, SP: Pontes, 2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo:

Contexto, 1990.

_____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.

KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo:

Ática, 2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel

na formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro:

DP&A: SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

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384

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

MATEMÁTICA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de

Informação, e as relações existentes entre os campos de estudo da disciplina

de Matemática. Dados e Amostragens, Tabelas e Gráficos estatísticos,

Distribuição de freqüência, Elementos de uma distribuição de freqüência,

Medidas de posição, Medidas de separatrizes, Medidas de dispersão.

CONTEÚDOS:

- Conjunto de números reais e noções de números complexos;

- Matrizes;

- Determinantes;

- Sistemas Lineares;

- Polinômios;

- Função afim;

- Função quadrática;

- Função exponencial;

- Função logarítmica;

- Função trigonométrica;

- Função modular;

- Progressão aritmética;

- Progressão geométrica;

- Geometria plana;

- Geometria espacial;

- Geometria analítica;

- Noções básicas de geometria não-euclidiana;

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- Análise combinatória;

- Binômio de Newton;

- Probabilidades;

- Estatística;

- Fases do método estatístico;

- Dados e amostragens;

- Dados absolutos e relativos;

- Tabelas e gráficos estatísticos;

- Tabelas estatísticas;

- Gráficos estatísticos;

- Diagramas;

- Distribuição de frequência;

- Elementos de uma distribuição de frequência;

- Medidas de posição;

- Média;

- Moda;

- Mediana;

- Medidas de separatrizes;

- Medidas de dispersão;

- Desvio médio simples;

- Variância e desvio padrão;

- Medidas de dispersão simples;

- Coeficiente de variação e variação relativa.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em

educação matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

Page 386: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

386

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da

formação Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23,

2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática:

uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.BORBA, M. C. Tecnologias

informáticas na educação matemática e reorganização do pensamento. In:

BICUDO, M. A. V. (org). Pesquisa em educação matemática: concepções e

perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. p. 285-295.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa

em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo:

Cortez, 2004. p.13-29.

_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em

geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e

construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa:

Gradiva, 2002.

COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem

elementar de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio

Claro, n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade.

São Paulo: Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

São Paulo: Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade.

Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

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387

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Ciência e conhecimento; Método Científico; Pesquisa científica;

Elaboração, planejamento e desenvolvimento de projetos; Técnicas de

pesquisa; Estudo de processos de leitura e de produção escrita de textos;

Normas/ABNT.

CONTEÚDOS:

Ciência e conhecimento;

Métodos científicos;

Pesquisa científica;

Pesquisa: conceito, planejamento, fases, execução, elaboração e

técnicas;

Planejamento e desenvolvimento de projetos;

Teoria, hipóteses e variáveis;

Amostragem, elaboração, análise e interpretação de dados;

Análise de texto, resumo, resenha, seminário, comunicação científica e

trabalho científico;

Coleta, análise e controle de dados, apresentação de relatórios e

consistência;

Referências bibliográficas x biliografia;

Normas da ABNT;

O processo de comunicação humana;

A prática da expressão oral e escrita;

Estrutura dos trabalhos técnico-científicos;

Coesão textual a partir de elementos gramaticais;

Níveis de linguagem: coloquial e culta;

REFERÊNCIAS

ALVES-MAZZOTTI, A.J; GEWANDSZNAIDER, F. O método nas ciências

naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. Editora Pioneira, São

Paulo, 2ª ed.

Page 388: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

388

ABSY, Maria Lúcia; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Coord.) Conhecimento Científico para gestão

ambiental:Amazônia, Cerrado e Pantanal. Brasilia IBAMA, 1995 . 2 v.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991

CERVO, Armando Luiz. Metodologia Científica para uso dos estudantes

universitário. São Paulo: Mc.Graw-Hill do Brasil, 1983.

PENTEADO, J.R.Whitaker. A técnica da comunicação humana.

QUÍMICA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Química orgânica sintética. As ligas

metálicas (de ouro, níquel-cromo, estanho-antimônio,etc.) e suas

propriedades químicas.

CONTEÚDOS:

A química na abordagem do cotidiano;

Definições de química;

Estrutura da matéria;

Substâncias simples e compostas;

Métodos de separação de misturas;

Fenômenos físicos e químicos;

Modelos atômicos;

Diagrama de energia e distribuição eletrônica;

Tabela periódica;

Classificação;

Propriedades;

Ligações químicas;

Regras de ligações;

Ligação iônica;

Ligação covalente;

Geometria molecular;

Polaridade de ligações e moléculas;

Oxi-redução;

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389

Ligação metálica;

Forças intermoleculares;

Reação de simples troca ou deslocamento;

Reação de síntese ou adição;

Reação de análise ou decomposição;

Reação de dupla troca;

Reações de oxi-redução;

Radioatividade;

Introdução a química orgânica;

Estudo do carbono: tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do carbono;

Funções orgânicas: identificação, propriedades, nomenclatura e elaboração defórmulas;

someria;

Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e

Lewis;

Propriedades químicas das ligas metálicas observando o intervalo de fusão e a

densidade da liga;

Distinguir os problemas, causas e soluções no processo da fundição tais como: falhas na

fundição e solidificação com o preenchimento incompleto do molde; porosidade por

contração, porosidade por gás e por retroaspiração.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São

Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1980.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna,volumes 1, 2 e 3.São

Paulo: Editora Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher,

1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione,

1995.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

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Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Sistemas de gestão ambiental; Princípios e Políticas ambientais; Normas ISO;

Evolução histórica da gestão ambiental; Planejamento ambiental; Ciclo de vida dos produtos;

Sistemas de gerenciamento ambiental; Certificações.

CONTEÚDOS:

A evolução da questão ambiental e suas repercussões no ambiente empresarial;

Cenário econômico global e a situação das empresas frente à questão ambiental;

Sistema de gestão ambiental;

Princípios de gestão ambiental;

Aspectos práticos de gestão ambiental;

Os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças pertinentes à questãoambiental;

Relação da empresa com o meio externo;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

As normas ISO 14.000, OHAS 18000;

Sistema de gerenciamento ambiental;

Ferramentas de gerenciamento ambiental;

Questões ambientais relevantes, retrospectivas de fatos marcantes e aimplantação de

sistemas de gestão;

Auditoria ambiental;

Sistema brasileiro de avaliação ambiental e instituições certificadoras;

Princípios e políticas ambientais;

Ciclo de vida dos produtos;

Software para gestão ambiental;

Ecomarketing;

Ecobusiness;

Determinantes da responsabilidade ambiental;

Órgãos de regulação;

Certificação ambiental;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

Meio ambiente na OMC;

Planejamento ambiental no Brasil.

REFERÊNCIAS

ROMERO, Marcelo de Andrade et al. Curso de Gestão Ambiental – Editora Manole – 2007

ASSUMPÇÃO, Luiz Fernando Joly. Sistema de Gestão Ambiental-Manual Prático para

Implementação de SGA e Certificação ISSO 14.001

Page 391: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

391

TIBOR, Tom. FELDMAN, Ira – ISO 14000 – Um guia para as nova normas de gestão ambiental

. Editora Futura .1996

SEBRAE. Curso Básico de Gestão Ambiental.2004.

MONTIBELLER F., Gilberto. Empresas, Desenvolvimento e Ambiente. Editora Manole.

SEWELL, Granville H. Administração e controle de qualidade ambiental. Editora Pedagógica

Universitária.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa.Editora Atlas. 2ª. Edição

VALLE, Cyro Eyler do. Qualidade Ambiental ISO 14000.Editora SENAC

KNIGHT, H.JAMES HARRINGTON ALAN. A Implementação da ISSO 14000. Editora Atlas.

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Editora Atlas.

SOCIOLOGIA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e

instituições sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes

sociais; Poder, política e ideologia; Cidadania e movimentos sociais a partir

das diferentes teorias sociológicas. Sociologia urbana: relações sociais na

cidade, estigmas, preconceitos e dominação nos espaços marginais.

CONTEÚDOS:

Modernidade (Renascimento, Reforma Protestante, Iluminismo,

Revolução Francesa e Revolução Industrial);

Desenvolvimento das ciências;

Senso comum e conhecimento cientifico;

Teóricos da sociologia: Conte, Durkheim, Weber, Engels e Marx;

Produção sociológica brasileira;

Conceito de Estado;

Estado moderno;

Conceito de: poder, dominação, política, ideologia e alienação;

Democracia;

As expressões da violência na sociedade moderna;

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392

Conceitos de: direito, movimento social, cidadania, direitos humanos,

socialização, instituição familiar, instituições escolares, instituições

religiosas, instituições políticas, diversidade cultural, cultura de massa,

cultura erudita e popular, sociedade de consumo e desigualdade social;

O trabalho nas diferentes sociedades;

Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização,

desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios,

produtividade, capital humano, reforma trabalhista;

Organização Internacional do Trabalho;

Neoliberalismo;

Estatização e privatização;

Parcerias público-privadas;

Relações de mercado, avanço científico e tecnológico e os novos

modelos de sociabilidade;

Elementos de sociologia urbana: relações sociais nas cidades, novas

organizações familiares e territórios marginais: estigma, preconceito,

exclusão, padrões de dominação e violência.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels.

SãoPaulo: Expressão Popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da

sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio

de Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio

Janeiro. Zahar, 1968

GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos

Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.

Page 393: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

393

LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.

SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

20.3 PROFISSIONAL TÉCNICO EM QUÍMICA SUBSEQUENTE

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE AMBIENTAL

Carga horária total: 80 h/a – 67h

EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle

da qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos

ambientais. Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.

CONTEÚDOS:

Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e

atmosférica;

Poluição do ar e do solo;

Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;

Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no

esgoto, autodepuração de rios e processos de eutrofização;

Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto

(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza,

óleos, microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);

Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;

Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto

e lodo;

Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres

deresfriamento (ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração,

Fluoretação, Correção de pH. Resinas e Carvão Ativado);

Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico

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394

(Gradeamento,remoção de óleos, remoção de metais, remoção de

substâncias tóxicas, correção de pH, tanques de equalização, tratamento

biológico, correção de nutrientes, remoção de nitrogênio) de esgotos

urbanos e industriais (ETE);

Diferenciação dos tratamentos biológicos;

Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;

Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações

envolvidas;

Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos,

ação do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de

equipamentos de tratamento de água e esgoto;

Impactos ambientais. Abordagem conceitual do meio ambiente e do

desenvolvimento sustentável;

Sistemas naturais;

Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;

Recursos naturais.

BIBLIOGRAFIA

BAIRD, C. Química ambiental. Tradução da 2ª edição norte-americana. Porto

Alegre : Bookman, 2002.

HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de

Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979

KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa.

São Paulo: Moderna, 1981.

RICHTER, C.A. ., AZEVEDO NETTO, J.M. Tratamento de Água. São Paulo:

Edgard Blucher Editora Ltda., 1995.

ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química

ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.

RODRIGUES, Jayme F. Química analítica quantitativa. São Paulo: Hemus

Editora Limitada, s.d.

RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda.,

1982.

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395

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústrias de processos químicos.

Rio de Janeiro: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.

SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda.,

1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

FÍSICO-QUÍMICA

Carga horária total: 240h/a - 200h

EMENTA: Dispersões. Colóides. Curvas de solubilidade. Volumetria.

Propriedades físico-químicas da matéria: eletroquímica, corrosão, tratamento

de superfícies.

CONTEÚDOS:

- Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de

dissolução;

- Colóides: classificação, preparação, purificação, propriedades, estabilidade e

precipitação.

- Montagem de curvas de solubilidade;

- Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar

concentração de soluções.

- Diluição de soluções.

- Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.

- Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;

- Padronização de soluções;

- Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise

Volumétrica;

- Fundamentos teóricos e aplicação das Análises Volumétricas;

- Fenômenos de Oxi-redução;

- Estudo do funcionamento das pilhas e eletrólises;

- As leis da Eletroquímica;

- Formas de corrosão e meios corrosivos;

- Métodos de proteção contra a corrosão;

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396

- Etapas do processo de Pré Tratamento e Eletrodeposição;

- Tipos de revestimento superficial e aplicações.

- Análise de materiais utilizados em recobrimentos de superfície.

BIBLIOGRAFIA

CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC,

1996.

BERRY, R. S.. Physical Chemistry. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press,

2000.

BERRY, R. S.. Matter in Equilibrium, Statistical Mechanics and

Thermodynamics. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.

COVRE, Geraldo J.. Química – O Homem e a Natureza. v.2. São

Paulo: Editora FTD, 2000.

DE PAULA, J.; ATKINS, P.W.. Physical Chemistry. 7th Ed. Oxford: Oxford

University Press, 2001.

FELTRE, Ricardo. Química. v.2. 4.ed .São Paulo: Editora Moderna,

1994.

LEE, J. D. Química Inorgânica não tão Concisa. São Paulo:Editora Edgard

Blucher, 1998.

LEMBO, Antônio. Química – Realidade e Contexto. V.2 . Editora

Ática. São Paulo: Editora Ática 1999.

LEVINE, I. N.. Quantum Chemistry. 5th ed. New York: Prentice Hall, 1999.

REIS, Marta. Completamente Química. São Paulo: Editora FTD. São

Paulo.1999.

FUNDAMENTOS DO TRABALHO

Carga horária total: 40 h/a – 33 h

EMENTA: O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o

trabalho como realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da

cultura: o trabalho como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista.

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397

As transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização,

qualificação do trabalho e do trabalhador.

CONTEÚDOS:

Dimensões do trabalho humano;

Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;

Trabalho como mercadoria: processo de alienação;

Emprego, desemprego e sub-emprego;

Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;

Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do

trabalho;

Qualificação do trabalho e do trabalhador;

Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração:

teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.

ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.

DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo:

Melhoramentos, 1965.

FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio

de Janeiro:

MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução

Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.

NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos.

N.38. São Paulo: Ática, 1991.

SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

LEGISLAÇÃO E NORMAS

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.

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398

CONTEÚDO:

- Legislações NBR e NRs;

- Higiene industrial e segurança no trabalho.

- Acidente.

- Incidentes.

- Atos e condições inseguras.

- Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros

socorros, choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;

- Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da

empresa; - Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-

legais das pequenas e microempresas.

- Processo de dimensionamento e controle de estoque;

- Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da

empresa.

- Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos

processos de fabricação.

- Sistemas de Produção.

- Teorias motivacionais: liderança, espírito de equipe, capital intelectual.

- Relações humanas no trabalho: relacionamento interpessoal e intrapessoal,

princípios morais e éticos.

- Trabalho em equipe. Comportamento humano.

- Fenômenos Psicossociais (relações sociais).

- Ética.

BIBLIOGRAFIA

Normas ISO 9001, 14000, 17025

PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no

Trabalho. Editora Atlas, 1998.

TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de

fábrica VIM – vocabulário internacional de metrologia

MATEMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80h/a - 67h

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399

EMENTA: Números. Equações. Funções. Unidades. Logaritmo. Tratamento de

dados e informações. Probabilidades. Regressões.

CONTEÚDOS:

Revisão com aplicação na área de química de:

Equações de 1o e 2o graus;

Sistema de equações de 1o grau;

Função de 1o grau;

Estudo da reta (interpolação de dados, adição de linhas de tendência);

potenciação;

Exponenciação;

Logaritmo;

Regra de três simples e composta;

Conversão das principais unidades (matemáticas, físicas e químicas

Erros e tratamentos dos dados analíticos:

Algarismos significativos;

Erro de uma medida;

Desvio;

Exatidão e precisão;

Tipos de erros;

Precisão de uma medida;

Limite de confiança da média;

Teste F para comparar conjuntos de dados;

Propagação de erros;

Rejeição de resultados;

Manuseio de calculadoras científicas e computadores;

Estatística descritiva:

Conceitos estatísticos (variável, população e amostra);

Distribuição de frequência;

Apresentação de dados (tabelas e gráficosdas de tendência central (médias e

mediana);

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400

Medidas de dispersão (desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de

variaçã

Correlações lineares simples;

Probabilidades;

- Analise de regressão linear simples.

BIBLIOGRAFIA

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São

Paulo: Scipione,1988.

DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na

Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo:

Atual,1997.

LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro:

SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.)

LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e

ensinando Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa: Publicações Dom

Pixote,1982. (Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso)

POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas.

Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de

Matemática.

MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL

Carga horária total: 120h/a - 100h

EMENTA: Microorganismos. Fermentações. Bioquímica.

CONTEÚDOS:

Introdução a microbiologia.

Evolução do estudo dos microorganismos.

Microorganismos:

Classificação (reinos);

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401

Taxonomia;

Morfologia e estrutura;

Ciclo de vida;

Metabolismo e nutrição (metabolismo aeróbio e anaeróbio);

Reprodução;

Principais classes de interesse econômico e ambiental;

Principais métodos para o desenvolvimento de culturas;

Técnicas de esterilização;

Uso do microscópio ótico;

Emprego da fermentação alcoólica, acética e láctica;

Pasteurização e análise de leite;

Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e

produção industrial dos derivados da Fermentação Láctea: queijo,

iogurte e achocolatados;

Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e

produção industrial dos derivados da Fermentação alcoólica: de vinhos,

cervejas e bebidas destiladas;

Ação de microorganismos na deterioração de alimentos, matéria orgânica,

de máquinas e equipamentos;

Estudo de água;

Eletrólitos;

Glicídios;

Ácidos nucléicos;

Lipídios;.

Aminoácidos;

Proteínas;

Enzimas:

Degradações e biossínteses;

Oxidações biológicas.

BILIOGRAFIA

ALBERTS, B.; Bray, D.; LEWIS, J.; Ratt, M.; ROBERTS, K; WATSON, J. D.;

Molecular Biology of the Cell; 3th ed.; U.S.A: Garland Publishing, 1994.

Page 402: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

402

ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M.A.; ALMEIDA, M.A.; Microbiologia: Práticas

Laboratoriais; Portugal, Edições Universidade de Aveiro, 1996.

AZEVEDO, C.; Biologia Celular e Molecular; 3. ed..; Portugal: Lidel, 1999.

BROCK, M. et al. Biology of Microorganisms. 7 ed. Prentice Hall, 1994.

BRODY T: Nutritional Biochemistry, 2nd Ed, Academic Press, San Diego,

1999.

CAMPBEL, M.K. Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.

CHAMPE, Pamela C. & HARVEY, Richard A. - Bioquímica Ilustrada.Porto

Alegre: Artes Médicas, 1997.

CHAMPE, P.C. & HARVEY,R.A. Bioquímica Ilustrada. 2.ed. Porto Alegre:

Artes MédicasSul (Artmed). 1996, 2002.

DEVLIN, Thomas M. – Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas –

tradução da 4ª edição americana, 1998, Ed. Edgard Blucher Ltda;

DEVLIN, T.M. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Ed. Edgard

Blücher LTDA. 5ª edição americana, 2004.

JAWETZ, E. et. al. Microbiologia básica. 18. ed. 1991. Artes Médicas.

KRAUSE, M. V. Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Paulo : Livraria

Roca Ltda. 1991.

LEHNINGER, A. L. & NELSON, D. L. & COX, M. M. - Princípios de

Bioquímica. São Paulo, Sarvier, 1995. pp 33-34; 238.

MARZZOCO, A. & TORRES, B. B. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1999.

MONTGOMERY, R. & CONWAY, T. W. & SPECTOR, A. A. Bioquímica - Uma

abordagem dirigida por casos. Artes Médicas, 1994. pp 158-159.

MURRAY R K, GRANNER D K, MAYES P A, RODWELL V W: Harper's

Biochemistry. 25th London: Ed, Prentice-Hall Internacional Inc, 2000.

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo:

MAKRON BOOKS, 1996.

SALIENS, A.A.; WHITT, D.D. Bacterial pathogenesis: a molecular approach.

1994.

Page 403: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

403

STRYER L: Biochemistry. 4th Ed. New York :International Student Edition. W

H Freeman and Company, 1995.

MCKEE T, MCKEE J R: Biochemistry. An Introduction. Wm. C. Brown

Publishers, London: 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

TORTORA, G.J. Microbiology: an introduction. 6. ed. 1998.

VOET, D. & VOET, J.G; PRATT, C. Fundamentos de Bioquímica . Porto

Alegre: Artmed, 2000.

PORTUGUÊS TÉCNICO

Carga horária total : 40h/a - 33h

EMENTA: Linguagem. Escrita. Oralidade.

CONTEÚDOS:

Linguagem: coloquial, formal, técnica e científica;

Escrita:

Redação;

Análise e interpretação de textos;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção de textos;

Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase e

pontuação);

Narração;

Técnica de resumo (síntese e resenha);

Relatórios (relatório técnico-científico, relatório de estágio);

Dissertação;

Redação oficial (procuração, requerimento, ofício, Currícullum Vitae redação

comercial, contrato, ata, solicitação de emprego, demissão e

reclamação);

Estrutura de projetos;

Normas da ABNT para apresentação de trabalhos e confecção de relatórios;

Oratória;

Page 404: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

404

Seminários.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Vera Teixeira de. A literatura infantil no compasso da sociedade

brasileira. In:

ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. 5. ed. São Paulo:

Martins, 1974.

ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. São Paulo:

Melhoramentos, 1968.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo:

Cultrix; Brasília: INL, 1977.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo:

Cultrix, 1980.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96.

BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. História da literatura. 2. ed. Lisboa:

Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1994.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua

Portuguesa.17.ed. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1997.

FARACO, Carlos Alberto e Tezza, Cristovão. Práticas de texto Língua

Portuguesa para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992.

FARACO, Carlos Alberto; Madryk, David. Língua Portuguesa Práticas de

redação para estudantesn universitários. Petrópolis: Vozes, 1994.

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

HOUAISS,A. Dicionário Houaiss da Língua Protuguesa. Rio de

Janeiro;Objetiva, 2001.

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. 6. ed.

Coimbra: Armênio Amado, 1976.

LAPA, M. Rodrigues. Estilística da língua portuguesa. São Paulo: Martins

Fontes, 1982.

Língua Portuguesa/ Varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

TERRA, Ernani & NICOLA, José De. Práticas de linguagem – leitura e

produção de textos – ensaios. São Paulo: Scipione, 2001.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo:

Global, 2003.

Page 405: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

405

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Carga horária total: 140h/a - 117h

EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e

dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa.

Balanço de Energia.

CONTEÚDOS:

Propriedades físicas da matéria;

Conversão de unidades;

Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:

Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);

Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);

Transferência de calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e

fornos, destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração,

torres de resfriamento);

Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);

Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras);

Cominuição (britadores e moinhos);

Classificação Granulométrica (peneiras);

Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de

processos;

Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:

Descrição de processo,

Balanço de massa,

Balanço de energia,

Dimensionamento de equipamentos,

Custos e Índices econômicos;

Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e

confecção de layout.

REFERÊNCIA

Page 406: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

406

BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade

de movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.

BROWN, George G . Operaciones básicas de la ingenieria

química . Barcelona: Manuel Marín, 1955.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II:

operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1968.

PERRY and SHILTON. Manual do Engenheiro Químico.

TUBINO, D. F. . Sistemas de Produção: A produtividade no chão de

fábrica.

QUÍMICA ANALÍTICA

Carga horária total: 280h/a - 233h

EMENTA: Normas de segurança em laboratório Químico. Materiais e

equipamentos de laboratório. Periculosidade de reagentes. Análise qualitativa.

Reações. Princípio da equivalência. Padronização. Analise Volumétrica.

Análises Gravimétricas. Análise instrumental.

CONTEÚDOS:

- Reconhecimento da dinâmica do ambiente laboratorial: usos de equipamentos

individuais de segurança (EPI’s),

- noções de primeiros socorros em casos de acidentes envolvendo produtos

químicos,

- leitura de rótulos de reagentes químicos e interpretação da simbologia

química para a identificação da sua periculosidade,

- incompatibilidade de armazenamento de reagentes químicos.

- Obtenção, organização e interpretação dos dados relevantes da prática para

a elaboração do relatório.

- Propriedades gerais da matéria.

-Mudanças de estado físico.

- Separação de misturas.

- Características das substâncias puras e misturas: pontos de fusão e ebulição,

densidade, solubilidade e condutividade elétrica.

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407

- Indicadores ácido-base e sua aplicabilidade.

- Reações de síntese, decomposição, simples troca e dupla-troca.

- Análise por via úmida de cátions e ânions, teste de chama e pérola de bórax;

- Elaboração e redação de fluxogramas.

- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas de

Complexação, Precipitação e Oxi-redução.

- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Gravimétricas.

- Coleta e preparo de amostras.

- Cálculos químicos envolvidos nos Métodos Analíticos Quantitativos;

- Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas

diversas concentrações e da pureza dos produtos.

- Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos

orgânicos e inorgânicos através de equipamentos de: Ultravioleta – Visível,

Absorção atômica, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia

Gasosa, Plasma, Infravermelho.

REFERÊNCIA

BACCAN, N. Química Analítica Quantitativa Elementar . 3. ed.

2001.

BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à

Semi-microanálise Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L. B. Introdução a métodos cromatográficos. 3.

ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

EWING, G. MétodosinstrumentaisdeAnálise Química, v.I.. São Paulo:

Universidadede São Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.

EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York :

McGraw-Hill Book, 1985.

EWING, G. W. Métodosinstrumentaisde analise química. São Paulo :

Edgard Blucher , 1990.

FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo.

1994.

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408

HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing.

In.: Publication Data, 1996.

HARRIS, D. C. Quantitative chemical analysis. New York : W.H. Freeman,

1991.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC, 5. ed. 2001.

KING, E. J. Análise Qualitativa . Rio de Janeiro: Interamericana,

1981.

KING, R.D. Development in food analysis. New York: Elsevier, vol. 3, 1984.

217 p.

KOBAL, Junior & SARTÓRIO Júnior, L. Química Analítica

Quantitativa . São Paulo. Moderna,1981.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo:

Ed. Ática, 1999.

MACLEOD, A.J. Instrumental methods of analysis. New York: John Wiley &

Sons, 1973.

OHLWEILER, O. A. - "Fundamentos de Análise Instrumental", Rio de

Janeiro, Livros Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.

Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e

Alcides W.S. Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.

RODRIGUES, Jayme F. Química Analítica Quantitativa . São

Paulo: Hemus Editora Ltda, s.d.

SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.

SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando

: Saunders College Publishing , 1990.

SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an

introduction. Philadelphia : Saunders College , c1990.

SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental

analysis. Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.

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409

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise

Instrumental, 5. ed., (Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio

Pasquini, supervisão e revisão), Porto Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman

(2002).

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química

Analítica. Tradução da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning,

2005.

TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of

Chemistry Paperbacks. London, 1988.

VAITSMAN, Delmo S., BITTENCOURT, Olymar A. Análise Química

Qualitativa . Rio de Janeiro: Campos , 1981.

VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Análise Inorgânica

Quantitativa. Ed, Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.

VOGEL, A. Química Analítica Quantitativa . São Paulo. Mestre

Jou, 1981.

QUÍMICA GERAL

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Tabela Periódica. Ligações químicas.

Gases. Propriedades coligativas. Cinética e equilíbrio Químico.

CONTEÚDOS:

Introdução ao estudo da química;

A química na abordagem do cotidiano;

Definições de química;

Estrutura da matéria;

Substâncias simples e compostas;

Métodos de separação de misturas;

Fenômenos físicos e químicos;

Modelos atômicos;

Diagrama de energia e distribuição eletrônica;

Tabela periódica: classificação, propriedades;

Ligações químicas;

Page 410: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

410

Química descritiva (obtenção e aplicação das principais elementos e

substâncias químicas);

Estudo dos gases – propriedades e funções de estado;

Transformações gasosas;

Volume molar e condições normais de temperatura e pressão (CNTP);

Equação de Clapeyron;

Misturas gasosas – pressões e volumes parciais;

Cálculos estequiométricos envolvendo gases;

Densidade e efusão de gases;

Propriedades coligativas: definição, classificação, tonometria,

ebuliometria,criometria, propriedades coligativas em soluções iônicas,

osmometria;

Cinética dasreações químicas e seus efeitos;

Função dos catalisadores e seus principais mecanismos de ação;

Equilíbrio nas reações químicas;

Deslocamento de equilíbrio;

Conceitos de pH e pOH;

Efeitos da hidrólise de sais;

Solução tampão e suas aplicações;

Produto de solubilidade.

REFERÊNCIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96.

Química/ Vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

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ed., Wiley, 1994.

Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in

Inorganic Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

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411

FELTRE, Ricardo. Química Geral. V. 1. Ed. Moderna. 4. ed. São Paulo. 1994

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

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HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th ed.,

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KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, V.1 e V.2., Editora

LTC. 3. ed., 1998.

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inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. V. 1. Ed. São Paulo. 1999.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4. ed.

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PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas,

1998.

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Hemus, 2000.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Ed.

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno, vol. I e II. São

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RIOS, E.G.; Química inorgânica; Editorial Reverte: Barcelona, 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, vol. 1 e 2, 2ª Ed. São Paulo: Makron Books,

1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química, Ed. Ática, São

Paulo, 1981

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412

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-

química, Química Orgânica, Ed. Ática.

SHACKELFORD. Introduction to Materials Science, Pearson Education do

Brasil Ltda, 2000.

SHREVE, R. N. BRINK, J. A. Jr., Indústrias de Processos Químicos, trad..

Horácio Macedo, 4a. ed., Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1980

SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry, third edition 1999

Oxford

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed.

Moderna. 1996, São Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3.2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996,.

VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência dos Materiais, Editora Edgar

Blücher, 1970.

QUÍMICA INORGÂNICA

Carga horária total: 180h/a - 150h

EMENTA:Materiais e equipamentos de laboratório.Funções químicas.

Neutralização. Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Estrutura

materiais. Processos industriais inorgânicos.

CONTEÚDOS:

- Identificação, manipulação e adequação ao uso de materiais, vidrarias e

equipamentos utilizados no laboratório de Química.

- Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.

- Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,

- Utilização de indicadores acido-base e sua aplicabilidade.

- Reações de neutralização.

- Equações de ionização e dissociação iônica.

- Grandezas químicas: massa atômica e molecular.

- Conceito de mol;

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413

- Constante de Avogadro.

- Volume molar.

- Leis Ponderais das Reações Químicas;

- Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar,

rendimento, grau de pureza, reações consecutivas e reagentes em excesso.

- Termoquímica: Entalpia: princípios das termodinâmicas, energia interna,

medida da entalpia, lei de Hess, definição de diversos calores de reação.

- Entropia.

- Energia Livre.

- Radioatividade

- Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.

- Estruturas e processos de materiais metálicos.

- Estruturas e processos de materiais cerâmicos.

- Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.

- Processos industriais de produção de fertilizantes.

- Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e gesso.

- Processos industriais de produção de Cimento.

- Processos industriais de produção de vidros.

REFERÊNCIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96.

Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.

CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.

COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New

York: John Wiley, 1988.

COTTON, F.A.; Wilkinson, G.; GAUS, P.L.; Basic Inorganic Chemistry, 3rd

edition, Wiley, 1994.

Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in

Inorganic Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994

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414

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th edition,

New York: Harper Collins College Publishers, 1993.

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, 3.ed. v.1 .2.

Editora LTC, 1998.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 1. ed. São Paulo, 1999.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição

inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed.

São Paulo: Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, v. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas,

1998.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno. v. I e II. São

Paulo: Edgard Blücher, 1974.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Lisboa: Ed.

Fundação Calouste Gulbenkian.

RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona,Editorial Reverte: 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, v.. 1 e 2, 2.ed. São Paulo: Makron Books,

1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo:

Ed. Ática, 1981.

SARDELLA, A. Curso de Química. v1,2, e 3. Química Geral, Físico-química,

Química Orgânica, Ed. Ática.

SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry. 3.ed. 1999. Oxford

1996.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.

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415

QUÍMICA ORGÂNICA

Carga horária total: 320h/a - 267h

EMENTA: Química orgânica e sintética. Reações orgânicas e mecanismos.

Polímeros. Cosméticos. Domissanitários. Análise orgânica.

CONTEÚDOS:

- Introdução a Química Orgânica.

- Estudo do Carbono: Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação

do carbono.

- Classificação de cadeias carbônicas.

- Identificação, caracterização, nomenclatura e elaboração de formulas das

Funções Orgânicas: Hidrocarbonetos, Oxigenados, Nitrogenados e outras

funções.

- Aplicação dos conceitos de isomeria no reconhecimento dos compostos

orgânicos.

- Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-

Lowry e Lewis.

- Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.

- Identificação e classificação dos principais intermediários de reações

químicas orgânicas.

- Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação

e previsão dos produtos formados.

- Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.

- Fundamentos de compostos poliméricos: forças de ligação nos polímeros,

mecanismos de polimerização, reações de polimerização, matérias primas,

síntese de polímeros e principais processos de sínteses poliméricas.

- Classificação, propriedades físico-químicas, fabricação, transformação,

usinagem e colagem de plásticos.

- Comportamento dos plásticos em relação às variações de formas, com

dependência do tempo.

- Reciclagem de produtos plásticos.

- Produtos, processos e controle de qualidade (viscosidade e refração) para

obtenção em laboratório e produção industrial de tintas, vernizes, pasta

celulósica e papel.

- Normas regulamentadoras de produtos industrializados, segundo a ABNT.

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416

- Açucares: identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação;

extração da sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de análise

orgânica a glicose, sacarose e frutose; distinção entre açúcar redutor e não

redutor; extração da lactose do leite.

- Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos carboxílicos

superiores. - Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.

- Extração de essências.

- Tensoativos: tensão superficial, matéria prima, produtos e aplicações.

- Produtos, processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e

produção industrial de sabões, detergentes, material de limpeza e cosméticos.

- Identificação de propriedades físicas de um composto orgânico puro e a

presença de halogênios, nitrogênio e enxofre no mesmo.

- Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas

específicas. Obtenção de um derivado de um composto puro.

REFERÊNCIA

ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.

ALLINGER, Norman, CAVA, Michael P. & at a l l . Química Orgânica . Rio de

Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

CAMPBEL, M.K.Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.

CAMPOS, M. M. Fundamentos da Química Orgânica. São Paulo: Ed. Edgard

Bücher Ltda.

CLAYDEN, J.; GREEVES, N. J.; WARREN, S.; WOTHERS, P.. Organic

Chemistry. Oxford: Oxford University Press, 2003.

CLYNE, T.W.; HULL, D. An Introduction to Composite Materials. Cambridge

University Press; 2nd edition (January 15, 1996).

COVRE, Geraldo J. Química O Homem e a Natureza v. 3. Ed. FTD. São

Paulo: . Ed. FTD, 2000.

FELTRE, Ricardo. Química – v. 3. Editora Moderna. 4. ed. São Paulo: Editora

Moderna. 1994

GEDDE, U. W. Polymer Physics,. Editora Moderna, 1.995.

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417

GONÇALVES, Daniel, WAL, Eduardo e RIVA, Roberto de Almeida.

Química Orgânica Experimental . Curit iba: Gráfica Editora Barddal

Ltda, 1985.

HARPER, C.A. Handbook of Plastics, Elastomers & Composites. McGraw-

Hill Professional; 4th edition (June 10, 2002)

JACKSON, R. A.. Mechanisms in Organic Reactions. Cambridge: RSC,

2004.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5.Ed. inglesa

1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto v. 3. Editora Ática. São

Paul: Editora Ática. 1999.

MANO, E. B., MENDES, L. C.. Introdução a Polímeros . Ed.

Edgard Blücher Ltda., 2. ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda,

1999.

MICHAELE, W.; GREIF, H.; KAUFMANN, H.; VOSSEBÜRGER, F.. Tecnologia

dos Plásticos. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo : Ed. Edgard Blücher Ltda ,

1.995.

OSWALD, T. Polymer Processing Fundamentals.1998.

REIS, M.. Completamente Química. v. 3 . Ed. FTD. São Paulo.

ROSEN, S. L. Fundamental Principles of Polymeric Materials.John Wiley &

Sons, Inc 1993.

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-

química, Química Orgânica, Ed. Ática.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústria de Processos

Químicos . Rio de Janeiro: McGraw-Hil l do Brasil Ltda., 1980.

SHRINER, R.L.; FUSON, R.C.; CUTIN, D.Y. - Identificação sistemática dos compostos orgânicos: manual de

laboratório. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1983.

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418

SILVERSTEIN, R.M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T.C. Identificação

espectrométrica de compostos orgânicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Dois, 1979.

SPERLING, L.H. Introduction to Physical Polymer Science, Wiley, 2001.

York, 1993.

SYKES, P.. A Guidebook to Mechanism in Organic Chemistry. Englewood

Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1986.

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed.

Moderna. 1996, São Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

VOGUEL, Arthur Israel. Química Analítica Orgânica . São Paulo:

Mestre Jou, 1981

20.4PROFISSIONAL TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE AMBIENTAL

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle

da qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos

ambientais. Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.

CONTEÚDOS:

Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e atmosférica;

Poluição do ar e do solo;

Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;

Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no

esgoto, autodepuração de rios e processos de eutrofização;

Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto

(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza, óleos,

microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);

Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;

Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto e

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419

lodo.

Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres de

resfriamento (ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração, Fluoretação,

Correção de pH. Resinas e Carvão Ativado);

Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico (Gradeamento,

remoção de óleos, remoção de metais, remoção de substâncias tóxicas,

correção de pH, tanques de equalização, tratamento biológico, correção de

nutrientes, remoção de nitrogênio) de esgotos urbanos e industriais (ETE);

Diferenciação dos tratamentos biológicos;

Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;

Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações

envolvidas;

Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos,

ação do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de

equipamentos de tratamento de água e esgoto;

Impactos ambientais;

Abordagem conceitual do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável;

Sistemas naturais;

Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;

Recursos naturais.

BIBLIOGRAFIA

BAIRD, C. Química ambiental. Tradução da 2ª edição norte-americana. Porto

Alegre : Bookman, 2002.

HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro:

Livros Técnicos e Científicos, 1979

KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa.

São Paulo: Moderna, 1981.

MAHAN, Bruce H. Química um curso universitário. São Paulo: Edgard

Blücher Ltda,1975.

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420

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo:

MAKRON BOOKS, 1996.

RICHTER, C.A. ., AZEVEDO NETTO, J.M. Tratamento de Água. São Paulo:

Edgard Blucher Editora Ltda., 1995.

ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química

ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.

RODRIGUES, Jayme F. Química analítica quantitativa. São Paulo: Hemus

Editora Limitada, s.d.

RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda.,

1982.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústrias de processos químicos. Rio de

Janeiro: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.

SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda.,

1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

VIANNA, Marcos Rocha. Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de

Água. Belo Horizonte: Instituto de Engenharia Aplicada, 1992.

VOGEL, Arthur Israel. Química analítica quantitativa. São Paulo: Mestre Jou,

1981.

ARTE

Carga horária total: 80h/a – 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura

morfológica e sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das

diferentes linguagens. Interação entre as diferentes linguagens, a ciência e a

tecnologia. Arte e indústria cultural. A arte no espaço urbano.

CONTEÚDOS:

- Linguagens da Arte:

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421

Música;

Teatro;

Dança;

Artes visuais.

- Música:

Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades

sonoras, movimento, imaginação);

Estrutura sintática (modalidades de organização musical;

Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas ritmicas, melódicas e

tímbricas,

Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas,

melódicas, harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas,

blocos, etc.);

Textura sonora ( melodias acompanhadas, polifonias,

poliritmia,pontilhismo, etc);

Estéticas, estilos egêneros de organização sonora, criação, execução e

fruição de músicas;

Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do

quotidiano, paisagens sonoras, instrumentos musicais -acústico,

eletroacústico, eletrônicos e novas mídias);

História da música;

Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção edifusão da

música;

A interação da música com as outras linguagens da arte;

A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências.

- Teatro:

Introdução à História do teatro;

Personagem;

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço cênico;

Representação;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização, maquiagem

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422

e adereços;

Jogos teatrais;

Roteiro;

Enredo;

Gêneros;

Técnicas;

- Dança:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros;

Técnicas.

- Arts Visuais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor;

Composição figurativa, abstrata, figura-fundo,

bidimensional/tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual,

gêneros, técnicas;

Transformações e utilização de materiais na produção do objeto de arte:

contribuições da química.

REFERÊNCIA

Page 423: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

423

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São

Paulo: Cortez, 2002.

BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas.

Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas:

Papirus,1998.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver:

hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura

Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.

OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência

estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998.

Dissertação (Mestrado).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis:

Vozes, 1987.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes,

1984.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser

extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso

tempo, 84).

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424

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,

1999.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas.

São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BIOLOGIA

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes

celulares e suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de

seres vivos. Biodiversidade, biotecnologias e genética.

CONTEÚDOS:

Origem da vida;

Evolução;

Formas de organização dos seres vivos;

Metabolismo, reprodução e adaptação;

Tipos celulares procariontes e eucariontes;

Vírus:

Estrutura morfológica;

Ciclo de vida;

Aspectos de interesse sanitário e econômico;

Reino Monera:

Estrutura dos moneras;

Reprodução;

Nutrição;

Metabolismo celular energético;

Fotossíntese;

Quimiossíntese;

Respiração;

Fermentação;

Controle do metabolismo pelos gens;

Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

Doenças causadas por bactérias;

Page 425: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

425

Emprego na indústria;

Armas biológicas.

- Reno Protista:

Reprodução e nutrição;

Algas e protozoários;

Aspectos evolutivos;

Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos

protozoários;

Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de

água, coleta, destinação e tratamento de esgoto;

Doenças causadas por protozoários;

Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

Reino Fungi:

Estrutura e organização dos fungos;

Reprodução e nutrição;

Tipos de fungos e líquens; emprego nas industrias e aspectos

econômicos e ambientais;

Doenças causadas por fungos;

Reino Plantae:

Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

Relações dos seres humanos com os vegetais;

Desmatamento;

Agricultura;

Plantas medicinais;

Indústria;

Biopirataria de princípios ativos;

Reino Animalia:

Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados.

Citologia:

Bioquímica celular;

Célula e estruturas celulares;

Osmose;

Difusão;

Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

Page 426: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná › redeescola › es... · É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não docentes, organizem-se para

426

Síntese de proteínas;

Mitose e Meiose;

Gametogênese;

Tipos de Reprodução;

Embriologia:

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

Anexos embrionários;

Embriologia animal comparada;

Aspectos da sexualidade humana;

Substâncias teratogênicas;

Fertilização in vitro;

Aborto.

Histologia:

Animal e vegetal;

Principais tipos de tecidos e suas funções;

Fisiologia e Anatomia;

Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo

humano.

Ecologia:

Conceitos básicos;

- omponentes abióticos e bióticos;

Cadeias e teia Alimentar:

Fluxo de energia e matéria.

- Biosfera;

- Bimas:

Principais características e implicações ambientais.

Ecossistema:

Dinâmica das populações.

Relações ecológicas:

Relações entre o homem e o ambiente;

Implicações do desequilíbrio ambiental;

Genética:

Leis, tipos de herança genética;

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427

Conceitos básicos da hereditariedade;

Projeto GENOMA;

Clonagem;

Transgenia;

Bioética;

Biotecnologia.

REFERÊNCIA

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SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2000.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade,

formação e expressão de identidades para a cooperação e competitividade.

Movimento, força, resistência, equilíbrio, energia, harmonia, ritmo e

coordenação através dos diferentes tipos de esportes, ginástica, jogos e

danças.

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429

CONTEÚDOS:

Ginástica geral e de manutenção:

Ginástica aeróbica;

Ginástica localizada;

Ginástica laboral: especificidades de trabalho na construção civil;

Alongamento;

Exercícios para a melhoria das qualidades físicas;

Exercícios de correção postural;

Avaliação postural;

Técnicas de relaxamento;

Percepção corporal (leitura corporal).

Jogos:

Cooperativos;

Dramáticos;

Lúdicos;

Intelectivos.

Esporte:

Fundamentos técnicos;

Regras;

Táticas;

Análise crítica das regras;

Origem e história;

Para quem e a quem serve;

Modelos de sociedade que os reproduziram;

Incorporação na sociedade brasileira;

O esporte como fenômeno cultural;

O esporte na sociedade capitalista;

Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

Massificação do esporte;

Esportes radicais;

Lutas.

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas.

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430

Dança:

De salão;

Folclórica;

Popular.

Qualidade de vida:

Higiene e saúde;

Corpo humano e sexualidade;

Primeiros socorros;

Acidentes e doenças do trabalho;

Caminhadas;

Alimentação;

Avaliação calórica dos alimentos;

Índice de massa corporal;

Obesidade;

Bulimia;

Anorexia;

Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências,

Padrões de beleza e saúde.

REFERÊNCIAS

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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed.

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Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir

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com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89-

108.

FILOSOFIA

Carga horária total: 320h/a- 267h

EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do

conhecimento humano. O estado e a organização social. Ética e Estética.

Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x natureza,

cultura e sociedade.

CONTEÚDOS:

Mito e Filosofia:

Saber místico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Teoria do conhecimento:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica;

Ética:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

Filosofia Política:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

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433

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa;

Filosofia da Ciência:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética;

Estética:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc;

Estética e sociedade;

Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x

natureza, cultura e sociedade.

REFERÊNCIA

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989,

125p. (Col. Primeiros Passos, 13).

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FÍSICA

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434

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: A produção do conhecimento físico: macro e micro física.

Movimento, Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos: distância,

velocidade, tempo, aceleração, espaço, força, temperatura, calor, ondas, ótica

e eletricidade para a compreensão do universo físico.

CONTEÚDOS:

História e campo de estudo da Física;

Momentum e Inércia;

Conservação de quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento (impulso);

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Gravidade;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência.

Fluídos:

Massa específica;

Pressão em um fluido;

Princípio de Arquimedes;

Viscosidade;

Peso aparente;

Empuxo.

Oscilações:

Ondas mecânicas;

Fenômenos ondulatórios;

Refração;Reflexão;

Difração;

Interferência;

Efeito Dopller;

Ressonância;

Superposição de Ondas.

Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica;

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435

Temperatura;

Termômetros e escalas termométricas;

Equilíbrio térmico;

Lei dos gases ideais;

Teorias cinética dos gases;

ropriedades térmicas e dilatação dos materiais:

Dilatação térmica;

Coeficiente de dilatação térmica;

Transferência de energia térmica:

Condução;

Convecção e radiação;

Diagrama de fases;

2ª Lei da Termodinâmica;

Máquinas térmicas;

Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de Carnot – ciclo de

Carnot;

Processos reversíveis e irreversíveis;

Entropia.

da Termodinâmica;

Entropia;

Entropia e probabilidade.

Eletomagnetismo:

Carga Elétrica;

Entropia;

Entropia e probabilidade;

Força magnética:

Propriedades Magnéticas dos materiais – imãs naturais;

Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

Equações de Maxwell;

Lei de Coulomb;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força de Lorenz;

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436

Indução eletromagnética;

Transformação de energia;

Campo eletromagnético;

Ondas eletromagnéticas;

Elementos de um circuito elétrico: corrente elétrica;

Capacitores;

Resistores e combinação de resistores;

Leis de Ohm;

Leis de Kirchhoff;

Diferença de potencial;

Geradores;

Luz:

Dualidade onda – Partícula;

Fenômenos Luminosos:

Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

Formação de imagens e instrumentos óticos.

REFERÊNCIA

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FÍSICO-QUÍMICA

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440

Carga horária total: 240h/a – 200h

EMENTA: Propriedades físico-químicas da matéria: propriedades coligativas,

cinética das reações químicas, equilíbrio químico, termoquímica,

eletroquímica, corrosão, tratamento de superfícies.

CONTEÚDOS:

Cinética química;

Equilíbrio nas reações químicas;

Deslocamento de equilíbrio;

Conceitos de pH e pOH;

Efeitos da hidrólise de sais;

Solução tampão e suas aplicações;

Produto de solubilidade;

Termoquímica: entalpia, entropia e energia livre;

Propriedades coligativas.

REFERÊNCIA

CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC,

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441

GEOGRAFIA

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: As relações de produção sócio-histórica do espaço geográfico em

seus aspectos econômicos, sócias, políticos e culturais; Relações de poder que

determinam fronteiras constroem e destroem parcelas do espaço geográfico

nos diferentes tempos históricos; Análises de questões socioambientais a partir

das transformações advindas no contexto social, econômico, político e cultural;

Formação demográfica das diferentes sociedades; Migrações, novas

territorialidades e as relações político-econômicas dessa dinâmica. Geografia

urbana: território ocupado e o direito à cidade.

CONTEÚDOS:

Modos de Produção e formações socioespaciais;

A Revolução técnico-científico-informacional e o novo arranjo do espaço da

produção;

A revolução tecnológica e seu impacto na produção, conhecimento e controle

do espaço geográfico: tecnologia da informação e a perspectiva macro e micro

dos territórios;

Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

Oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

Formação dos blocos econômicos regionais;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra-estrutura, territórios

marginais eseus problemas (narcotráfico, prostituição, sem-teto,etc);

Mobilidade urbana e transporte;

Apropriação do espaço urbano e distribuição desigual de serviços e infra

estrutura urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

Obras infra-estruturais e seus impactos sobre o território e a vida das

populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

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442

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais,políticos, econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

Conflitos rurais e estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

REFERÊNCIA

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moderno. Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre

a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.

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_____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987.

_____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense.

Curitiba:Vicentina, 1982.

HISTÓRIA

Carga horária total: 120h/a - 100h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço;

formação cultural do homem; ascensão e consolidação do capitalismo;

produção científica e tecnológica e suas implicações; aspectos históricos,

políticos, sociais e econômicos do Brasil e do Paraná – a partir das relações

de trabalho, poder e cultura. Processo de urbanização: a apropriação das

cidades, a questão habitacional e marginalização.

CONTEÚDOS:

A construção do sujeito histórico;

A produção do conhecimento histórico;

O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

O Estado nos mundos antigo e medieval;

As cidades na História;

Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antigüidade: mulheres,

plebeuse escravos;

Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres,hereges e outros;Formação da sociedade colonial Brasileira;

A construção do trabalho assalariado;

Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto

de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

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Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo

(séc. XVIII e XIX);

Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na Sociedade Moderna;

O Estado Imperialista e sua crise;

O neocolonialismo;

Urbanização e industrialização no Brasil;

O trabalho na sociedade contemporânea;

Relações de poder e violência no Estado;

Urbanização e industrialização no Paraná;

Urbanização e industrialização no século XIX;

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é

proibidoproibir?;

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;

O processo brasileiro de urbanização;

Globalização e neoliberalismo.

REFERÊNCIA

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio

de Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história

através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos

adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga:

Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas

Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação

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446

em Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do

Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História.

São Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e

abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense,

1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e

Marclo F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004

LEGISLAÇÃO E NORMAS

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA:

Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.

CONTEÚDO:

- Legislações NBR e NRs;

- Higiene industrial e segurança no trabalho.

- Acidente.

- Incidentes.

- Atos e condições inseguras.

- Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros

socorros, choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;

- Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da

empresa; - Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-

legais das pequenas e microempresas.

- Processo de dimensionamento e controle de estoque;

- Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da

empresa.

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447

- Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos

processos de fabricação.

REFERÊNCIA

Normas ISO 9001, 14000, 17025

PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no

Trabalho. Editora Atlas, 1998.

KOONTZ, Harold Princípios de Administração , São Paulo,

Editora Pioneira.

NEWMAN, Will iam H. Ação Administrativa . Editora Atlas S. A.,

São Paulo, 4a edição.

TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de

fábrica VIM – vocabulário internacional de metrologia

LEM: INGLÊS

Carga horária total: 80h/a – 67h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.

Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Aspectos contextuais do texto oral;

Intencionalidade dos textos;

Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme

as instâncias de uso da linguagem;

Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

einformal;

Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;

Contato com diversos gêneros textuais;

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Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos

linguísticos/gramaticais do texto;

Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

Provocar outras leituras;

A abordagem histórica em relação aos textos literários;

Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

Clareza na exposição de ideias;

Utilização dos recursos coesivos;

Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados

aos aspectos semânticos e léxicos;

Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal,

regência verbal e nominal, tempos verbais;

Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons,

informativos, literários;

Inter-discurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc;

Particularidades linguísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso

das diferentes línguas;

Gêneros Textuais diversificados (Narrativos, Imprensa, Divulgação

científica,Da ordem do relator, Da ordem do expor, Instrucionais ou

prescritivos, Lúdicos,Narrativa gráfica visual, Midiáticos,

Correspondência, etc);

Imagens, fotos, pinturas, esculturas;

Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral,

etc.

REFERÊNCIAS

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

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449

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês

para o Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.

MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da

língua inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.

MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge

University ( Brasil).

ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição.

BERTRAND BRASIL: 2000.

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.

Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral;

Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições

pronominais, sinônimos, etc.);

Intencionalidade dos textos;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de

uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à

escrita;

Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional,

institucional, etc; (reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da

língua dados os ambientes discursivos);

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e a informal;

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Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

Participação e cooperação;

Turnos de fala;

Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

Observância da relação entre os participantes (conhecidos,

desconhecidos, nível social, formação, etc.);

Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

Ampla variedade X modalidade única;

Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação

cênica) X sinais gráficos;

Prosódia e entonação X sinais gráficos;

Frases mais curtas X frases mais longas;

Redundância X concisão;

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do

verso);

Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada,

dos cantadores e repentistas.

Leitura:

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma

colaborativa: inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento

prévio, leitura de mundo,contextualização, expressão da subjetividade por

meio do diálogo e da interação;

Intertextualidade;

A análise do texto para a compreensão de maneira global e não

fragmentada (também é relevante propiciar ao aluno o contato com a

integralidade da obraliterária);

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes

objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,

produzir outros textos, revisar, etc;

Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

Finalidade;

Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes

no texto;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

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Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o

conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis

sociais representados, intencionalidade e valor estético;

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação e sua relevância na progressão textual;

A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus

efeitos de sentido;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados notexto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na nstrução do texto;

Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos,

adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos

do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

Em relação ao trabalho com literatura:

Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e

ampliem seu horizonte de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento

(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua

leitura.

Escrita:

Unidade temática;

Escrita como ação / interferência no mundo;

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

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Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação

pública, privada, cotidiana, solene, etc);

Relevância do interlocutor na produção de texto;

Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial,

recorrencial e sequencial);

Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais,

contextuais, intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

Fonologia;

Morfologia;

Sintaxe;

Semântica;

Estilística;

Pontuação;

Elementos de coesão e coerência;

Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função

das conjunções; sequenciação, etc.

Análise linguística:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante

em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na

construção do texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos

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adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido,entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhando, parênteses, etc;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitosdo texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

A elipse na sequência do texto;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/

indeterminado; ativo/ passivo) e a relação com as intenções do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor,ironia,

ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos

diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas.

REFERÊNCIA

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004

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______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de

Língua Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS,

Neusa Barbosa(org). Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São

Paulo: Educ, 2002.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São

Paulo:Ática,1991

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs).

Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33,

1992.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

_______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba:

Criar, 2003

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Línguística textual: uma

introdução. São Paulo: Cortez, 1988.

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino.

Texto inédito (prelo).

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João

W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João

W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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455

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed.

Campinas, SP: Pontes, 2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo:

Contexto, 1990.

_____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.

KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo:

Ática, 2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel

na formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro:

DP&A: SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

MATEMÁTICA

Carga horária total: 320h/a - 267h

EMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de

Informação, e as relações existentes entre os campos de estudo da disciplina

de Matemática.

CONTEÚDOS:

Conjunto de números reais e noções de números complexos;

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares;

Polinômios;

Função afim;

Função quadrática;

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456

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Noções básicas de geometria não-euclidiana;

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Probabilidades;

Estatística;

Matemática financeira.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em

educação matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da

formação Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23,

2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática:

uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa

em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo:

Cortez, 2004. p.13-29.

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_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em

geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e

construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa:

Gradiva, 2002.

COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem

elementar de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio

Claro, n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade.

São Paulo: Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

São Paulo: Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade.

Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e

dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa.

Balanço de Energia.

CONTEÚDOS:

Propriedades físicas da matéria;

Conversão de unidades;

Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:

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Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);

Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);

Transferência de Calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e

fornos,destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração, torres de

resfrimento);

Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);

Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras), Cominuição

(britadores e moinhos);

Classificação granulométrica (peneiras).

Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de

processos;

Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:

Descrição de processo:

Balanço de massa,

Balanço de energia,

Dimensionamento de equipamentos,

Custos e índices econômicos;

- Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e

confecção delayout.

REFERÊNCIAS

BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade

de movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.

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química . Barcelona: Manuel Marín, 1955.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II:

operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1968.

QUÍMICA

Carga horária total: 200h/a – 167h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Química orgânica sintética.

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CONTEÚDOS:

- Matéria e sua natureza:

- Introdução ao Estudo da Química:

- A Química na abordagem do cotidiano;

- Definições de Química;

- Estrutura da Matéria;

- Substâncias Simples e Compostas;

- Métodos de Separação de Misturas;

- Fenômenos Físicos e Químicos;

- Modelos Atômicos;

- Diagrama de Energia e Distribuição eletrônica;

- Tabela Periódica;

- Classificação Propriedades;

- Ligações Químicas:

- Regras de Ligações;

- Ligação Iônica;

- Ligação Covalente;

- Geometria Molecular;

- Polaridade de ligações e moléculas;

- Oxi-redução,

- Ligação metálica;

- Forças intermoleculares.

- Tipos de Reações Químicas:

- Reação de Simples Troca ou Deslocamento;

- Reação de Síntese ou Adição;

- Reação de Análise ou Decomposição;

- Reação de Dupla Troca;

- Reações de oxi-redução;

- Radioatividade.

- Química Sintética:

- Introdução a Química Orgânica:

- Estudo do Carbono;

- Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do carbono.

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- Funções orgânicas: Identificação;

- Propriedades;

- Nomenclatura.

- Elaboração de fórmulas.

- Isomeria.

- Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis,

Brönsted-Lowry e Lewis.

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São

Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1980.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna,volumes 1, 2 e 3.São Paulo: Editora

Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

QUÍMICA ANALÍTICA

Carga horária total: 440h/a - 367h

EMENTA: Análise qualitativa por via úmida e via seca. Dispersões. Curvas de

solubilidade. Princípio da equivalência. Padronização. Analise Volumétrica.

Análises Gravimétricas. Coleta e preparo de amostras. Análise instrumental.

Normas de segurança em laboratório Químico. Periculosidade de reagentes.

CONTEÚDOS:

Análise para determinação dos cátions e ânions, teste de chama e pérola de

bórax;

Elaboração e redação de fluxogramas;

Tipos de Indicadores e sua aplicabilidade;

Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de

dissolução;

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Montagem de curvas de solubilidade;

Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar

concentração de soluções.

Técnicas de diluição de soluções.

Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.

Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;

Padronização de soluções;

Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise

Volumétrica;

Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas;

Fundamentos teóricos e a aplicação técnica das análises gravimétricas.

Técnicas de coleta e preparo de amostras.

Cálculos químicos envolvidos nos métodos analíticos quantitativos;

Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas

diversas concentrações e da pureza dos produtos;

Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos

orgânicos e inorgânicos através de equipamentos de ultravioleta – visível,

absorção atômica, cromatografia líquida de alta eficiência e cromatografia

gasosa;

Plasma;

Infravermelho.

REFERÊNCIAS

BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à Semi-microanálise

Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L. B. Introdução a métodos cromatográficos. 3. ed. Campinas:

Editora da Unicamp, 1988.

EWING, G. MétodosinstrumentaisdeAnálise Química, v.I.. São Paulo: Universidadede São

Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.

EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York : McGraw-Hill Book,

1985.

EWING, G. W. Métodosinstrumentaisde analise química. São Paulo : Edgard Blucher ,

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1990.

FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo. 1994.

HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing. In.: Publication

Data, 1996.

HARRIS, D. C. Quantitative chemical analysis. New York : W.H. Freeman, 1991.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC, 5. ed. 2001.

KING, E. J. Análise Qual itativa . Rio de Janeiro: In teramer icana, 1981.

KING, R.D. Development in food analysis. New York: Elsevier, vol. 3, 1984. 217 p.

KOBAL, Junior & SARTÓRIO Júnior , L. Química Anal ít ica Quant itat iva . São

Paulo. Moderna,1981.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo: Ed. Ática, 1999.

MACLEOD, A.J. Instrumental methods of analysis. New York: John Wiley & Sons, 1973.

OHLWEILER, O. A. - "Fundamentos de Análise Instrumental", Rio de Janeiro, Livros

Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.

Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e Alcides W.S.

Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.

RODRIGUES, Jayme F. Química Analít ica Quant itativa . São Paulo: Hemus

Edi tora Ltda, s .d.

SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.

SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando : Saunders

College Publishing , 1990.

SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an introduction.

Philadelphia : Saunders College , c1990.

SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental analysis.

Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise Instrumental, 5. ed.,

(Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio Pasquini, supervisão e revisão), Porto

Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman (2002).

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química Analítica. Tradução

da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of Chemistry

Paperbacks. London, 1988.

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VAITSMAN, Delmo S. , BITTENCOURT, Olymar A. Anal ise Química

Qualitativa . Rio de Janeiro: Campos , 1981.

VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Analise Inorgânica Quantitativa. Ed,

Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.

VOGEL, A. Química Anal ít ica Quantitat iva . São Paulo. Mestre Jou, 1981.

QUÍMICA INORGÂNICA

Carga horária total: 240h/a – 200h

EMENTA: Normas de segurança em laboratório. Materiais e equipamentos de

laboratório. Periculosidade de reagentes. Funções químicas. Reações

químicas. Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Gases. Estrutura

materiais. Processos industriais inorgânicos

CONTEÚDOS:

-Identificação dos materiais utilizados no laboratório.

-Periculosidade dos reagentes químicos.

-Identificação das vidrarias existentes no laboratório de Química.

-Adequação das vidrarias ao uso.

-Manuseio dos reagentes químicos utilizados em laboratório.

-Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.

-Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,

-Utilização de indicadores acido-base. Reações de neutralização.

-Equações de ionização e dissociação iônica.

-Grandezas químicas: massa atômica e molecular.

-Conceito de mol;

-Constante de Avogadro.

-Volume molar.

-Leis Ponderais das Reações Químicas;

-Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar,

rendimento, grau -de pureza, reações consecutivas e reagentes em

excesso. Cálculos estequiométricos envolvendo gases.

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-Densidade e Efusão de gases.

-Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.

-Estruturas e processos de materiais metálicos.

-Estruturas e processos de materiais cerâmicos.

-Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.

-Processos industriais de produção de fertilizantes.

-Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e

gesso.

-Processos industriais de produção de Cimento.

-Processos industriais de produção de vidros.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.

COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York: John

Wiley, 1988.

Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in Inorganic Chemistry,

3rd

edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th edition, New York:

Harper Collins College Publishers, 1993.

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed. São Paulo:

Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, v. 1. Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora

Atlas, 1998.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno. v. I e II. São

Paulo: Edgard Blücher, 1974.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Lisboa: Ed.

Fundação Calouste Gulbenkian.

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RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona,Editorial Reverte: 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, v.. 1 e 2, 2.ed. São Paulo: Makron Books,

1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo:

Ed. Ática, 1981.

SARDELLA, A. Curso de Química. v1,2, e 3. Química Geral, Físico-química,

Química Orgânica, Ed. Ática.

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. V. unico. São Paulo :Ed. Moderna.

1996.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.

QUÍMICA ORGÂNICA

Carga horária total: 200h/a – 167h

EMENTA: Reações orgânicas e mecanismos. Fermentações. Polímeros.

Cosméticos. Domissanitários. Bioquímica. Análise orgânica.

CONTEÚDOS:

- Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.

- Identificação e classificação dos principais intermediários de reações químicas orgânicas.

- Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação e previsão

dos produtos formados.

- Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.

- Noções de compostos poliméricos;

- Classificação, propriedades físico-químicas fabricação, transformação, usinagem e

colagem de plásticos.

- Reciclagem de produtos plásticos.

- Estudo de água.

- Eletrólitos.

- Glicídios.

- Ácidos nucléicos.

- Lipídios.

- Aminoácidos.

- Proteínas.

- Enzimas: degradações e biossínteses, oxidações biológicas.

- Identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação.

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- Extração da sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de

análise orgânica a glicose, sacarose e frutose.

- Extração da lactose do leite.

- Distinção entre açúcar redutor e não redutor.

- Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos

carboxílicos superiores.

- Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.

- Fermentação alcoólica.

- Processo de produção de vinhos, cervejas e bebidas destiladas.

-Fermentação Láctica.

-Produção de derivados do leite, tais como queijo e iogurte.

-Controle de qualidade dos produtos derivados do leite.

-Pasteurização e análise do leite.

- Produtos e formulação de cosméticos e domissanitários.

-Identificação de um composto orgânico puro e a presença de halogênios,

nitrogênio e enxofre no mesmo.

-Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas

específicas.

-Obtenção de um derivado de um composto puro.

-Noções de compostos poliméricos;

-Classificação, propriedades físico-químicas fabricação, transformação,

usinagem e colagem de plásticos.

- Reciclagem de produtos plásticos.

REFERÊNCIAS

ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.

ALLINGER, Norman, CAVA, Michael P. & at a l l . Química Orgânica . Rio de

Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

CAMPBEL, M.K.Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.

CAMPOS, M. M. Fundamentos da Química Orgânica. São Paulo: Ed. Edgard Bücher Ltda.

CLAYDEN, J.; GREEVES, N. J.; WARREN, S.; WOTHERS, P.. Organic Chemistry. Oxford: Oxford

University Press, 2003.

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CLYNE, T.W.; HULL, D. An Introduction to Composite Materials. Cambridge University

Press; 2nd edition (January 15, 1996).

COVRE, Geraldo J. Química O Homem e a Natureza v. 3. Ed. FTD. São Paulo: . Ed. FTD,

2000.

FELTRE, Ricardo. Química – v. 3. Editora Moderna. 4. ed. São Paulo: Editora Moderna. 1994

GEDDE, U. W. Polymer Physics,. Editora Moderna, 1.995.

GONÇALVES, Danie l, W AL, Eduardo e RIVA, R ober to de Almeida. Química

Orgânica Experimental . Cur i t iba: Gráf ica Editora Barddal Ltda, 1985.

HARPER, C.A. Handbook of Plastics, Elastomers & Composites. McGraw-Hill

Professional; 4th edition (June 10, 2002)

JACKSON, R. A.. Mechanisms in Organic Reactions. Cambridge: RSC,

2004.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5.Ed. inglesa

1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto v. 3. Editora Ática. São Paul: Editora Ática.

1999.

MANO, E. B., MENDES, L. C.. Introdução a Pol ímeros . Ed. Edgard Blücher

Ltda. , 2. ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda, 1999.

MICHAELE, W.; GREIF, H.; KAUFMANN, H.; VOSSEBÜRGER, F.. Tecnologia dos Plásticos.

Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo : Ed. Edgard Blücher Ltda , 1.995.

ROSEN, S. L. Fundamental Principles of Polymeric Materials.John Wiley & Sons, Inc 1993.

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química

Orgânica, Ed. Ática.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústria de Processos

Químicos . Rio de Janeiro: McGraw-Hil l do Brasil Ltda., 1980.

SHRINER, R.L.; FUSON, R.C.; CUTIN, D.Y. - Identificação sistemática dos

compostos orgânicos: manual de laboratório. 6. ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Dois, 1983.

SILVERSTEIN, R.M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T.C. Identificação

espectrométrica de compostos orgânicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Dois, 1979.

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468

SPERLING, L.H. Introduction to Physical Polymer Science, Wiley, 2001. York, 1993.

SYKES, P.. A Guidebook to Mechanism in Organic Chemistry. Englewood Cliffs, NJ:

Prentice Hall, 1986.

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna. 1996, São

Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

VOGUEL, Ar thur Israel. Química Anal ít ica Orgânica . São Paulo: Mestre Jou,

1981.

19. SOCIOLOGIA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e instituições

sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais;

Poder, política e ideologia; Direito, Cidadania e movimentos sociais a partir das

diferentes teorias sociológicas. Relações sociais no meio rural e na cidade,

estigmas, preconceitos e dominação nos espaços marginais, organizações

sociais do campo, conflitos, movimentos.

CONTEÚDOS:

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil;

- Processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

- Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,

etc);

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição

na análise das diferentes sociedades;

- Diversidade cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

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- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afrobrasileira e africana;

- Culturas indígenas.

- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

- Globalização e neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil.

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de poder;

- Conceitos de ideologia;

- Conceitos de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

- Direitos: civis, políticos e sociais;

- Direitos humanos;

- Conceito de cidadania;

- Movimentos sociais;

- Movimentos sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

- A questão das ONGs;

- Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização;

desemprego, subemprego; cooperativismo; agronegócios; produtividade;

capital humano; reforma trabalhista;

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- Organização Internacional do Trabalho;

- Neoliberalismo;

- Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos

de sociabilidade;

Elementos de Sociologia Rural e Urbana: relações sociais no campo e nas

cidades, novas organizações familiares, territórios marginais: estigma,

preconceito, exclusão, organizações sociais do campo, conflitos,

movimentos, padrões de dominação e violência.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels.

SãoPaulo: Expressão Popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da

sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio

de Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio

Janeiro. Zahar, 1968

GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos

Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.

LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.

SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

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LEI DE ESTÁGIOS

Estágio Curricular Obrigatório e Voluntário dos Cursos

Técnicos de Química e Meio Ambiente

Atendendo o disposto da Lei 11788/08 o que se pretende com os cursos

técnicos em Meio Ambiente e Química em relação ao estágio, não é o

compromisso com a produção formal, mas a preparação de pessoas com

conhecimento cultural e social para a cidadania, não descartando o mundo do

trabalho, mas integrando a este princípio educativo, práticas reconhecidamente

social.

Temos claro que existe na profissionalização a dimensão econômica e

política, além da questão social e de preservação ambiental.

O profissional desta área deverá entender que a realidade é produzida

historicamente e nós como seres evolutivos e sujeitos desta realidade, cabe

persuadi-la a nosso favor, através do conhecimento, educação, estratégia e

ação, o estagiário deverá entender que sua atuação profissional é parte de um

contexto amplo, e fará a leitura desse momento histórico.

Diante dessas ameaças é imperativo a busca de profissionais

com conhecimento do tema, empreendedores, éticos e comprometidos com o

meio ambiente, os quais deverão além de se apropriar dos conteúdos,

vivenciá-los por meio da participação em situações reais no mundo do trabalho

e no mundo social.

Através do estágio como atividade curricular e Ato Educativo intencional

sendo que o mesmo deverá propiciar ao aluno a complementação do ensino -

aprendizagem, por ter caráter educativo.

Para que o aluno vivencie situações reais no mundo do trabalho e social

complementando o processo educacional, as atividades deverão ser práticas

para que haja situações reais esperadas e inesperadas, previsíveis e

imprevisíveis, rotineiras e inusitadas, onde o aluno se veja em condições de

responder aos novos desafios profissionais, propostos diariamente ao cidadão

trabalhador, o exercício de responsabilidade ética, espírito crítico,

empreendedor, criativo, auto-estima compatível, autoconfiança, sociabilidade,

firmeza nas decisões e ações. Deverá servir também de estímulo para o

aprendizado teórico e continuidade dos estudos.

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Locais de realização do estágio:

Instituições públicas, privadas, junto a comunidade, projetos

desenvolvidos com monitoria realizada pelo professor do conteúdo teórico a

ser associado com a prática neste estabelecimento de ensino, organizações do

terceiro setor (Ongs, Oscips, Fundações, Sindicatos), onde em qualquer destas

situações sempre haverá o acompanhamento regular da escola.

Metodologia a ser utilizada:

Acompanhamento, desenvolvimento de projetos, estudo de casos,

observações vinculadas aos conteúdos em desenvolvimento, conhecimento da

rotina e pesquisa relacionada a forma de produção das empresas e

instituições , assim como as exigências do mercado consumidor, pesquisas

individuais e em equipes, bibliográficas, trabalho de campo como ouvinte e

outras que se julgar adequada ao estágio.

A carga horária deverá ser distribuída em:

Modalidade Integrado para o Técnico em Meio Ambiente

60 horas – terceiro ano

60 horas – quarto ano

Modalidade Subsequente para o Técnico em Meio Ambiente

60 horas – segundo semestre

60 horas –terceiro semestre

Modalidade Integrado para o Técnico em Química

30 horas – terceiro ano

30 horas – quarto ano

Modalidade Subsequente para o Técnico Química

30 horas – segundo semestre

30 horas – terceiro semestre

Atividades do estágio:

Devem ser formativas e escolar, intencionalmente assumida pela escola

e pela empresa e organizações parceiras, sempre cuidando para que seja

importante elemento no processo de qualificação profissional dos alunos.

O estágio é uma forma excepcional de trabalho, isto é, “um

complemento do processo educacional em situações reais de trabalho”, onde a

empresa pode colaborar com a escola, deve o estágio ser compatível com as

atividades escolares, onde o aluno estará ocupado em uma carga horária

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complementar ao seu horário de estudo, não deve ser imposto a ele atividades

distintas das necessárias para complementar seu processo de vivência e

aprendizado do mundo prático.

O estagiário participará no primeiro momento como ouvinte, observador de

casos e projetos, deverá acompanhar, desenvolver, estudar casos vinculados

ao conteúdo, propor soluções , intervir , elaborar relatórios e responder a

desafios profissionais.

Atribuições do estabelecimento de ensino:

Art. 5º: Caberá as instituições de Ensino da Rede Estadual (Resolução

Conjunta 11/2004 SEAP/SEED):

b) divulgar junto aos estudantes , as oportunidades de estágio;

c) encaminhar ao Órgão solicitante os estudantes interessados e em

condições de usufruirem das oportunidades de estágio;

d) proceder a assinatura do Termo de Compromisso de Estágio e do Termo de

Compromisso de Estágio Aditivo;

e) receber e analisar os relatórios periódicos de acompanhamento, supervisão

e avaliação do estagiário;

f) fornecer, quando solicitado, o atestado ou declaração de matrícula e/ou

histórico escolar referente ao estagiário;

g) comunicar o cancelamento ou suspensão do vínculo escolar do aluno que

implique na interrupção do estágio.

Conforme Resolução nº 1. CNE:

Art. 2º: O estágio, como procedimento didático-pedagógico e Ato Educativo,

é essencialmente uma atividade curricular de competência da instituição de

Ensino, que deve integrar a proposta pedagógica da escola e os instrumentos

doe planejamento curricular do curso, devendo ser planejado, executado e

avaliado em conformidade com os objetivos propostos.

§ 1º A concepção do estágio como atividade curricular e Ato Educativo

intencional da escola implica a necessária orientação e supervisão do mesmo

por parte do estabelecimento de ensino, por profissional especialmente

designado, respeitando-se a proporção exigida entre estagiários e orientador,

em decorrência da natureza da ocupação.

§ 2º Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições

disponíveis, das características regionais e locais, bem como das exigências

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profissionais, estabelecer os critérios e os parâmetros para o atendimento do

disposto no parágrafo anterior.

Art. 3º As instituições de Ensino, nos termos dos seus projetos

pedagógicos, zelarão para que Os estágios sejam realizados em locais que

tenham efetivas condições de proporcionar aos alunos estagiários experiências

profissionais, ou de desenvolvimento sócio-cultural ou científico, pela

participação em situações reais de vida e de trabalho no seu meio.

§ 1º Serão de responsabilidade das Instituições de Ensino a orientação e

o preparo de seus alunos para que Os mesmos apresentem condições

mínimas de competência pessoal, social e profissional, que lhes permitam a

obtenção de resultados positivos desse ato educativo.

Atribuições do coordenador do Estágio:

Sendo o estágio uma atividade curricular e ato Educativo intencional da escola, o professor escolhido como coordenador deverá planejar o estágio levando em conta o perfil profissional de conclusão do curso e a natureza da ocupação profissional pretendida, e a partir deste planejamento, orientar, supervisionar e estimular a execução pelo aluno. Respeitando-se sempre a proporção exigida entre estagiários e orientador, em decorrência da natureza da ocupação. Caberá ao coordenador a avaliação do estágio sempre à luz do perfil profissional de conclusão do curso.

Os estagiários com deficiência terão direito a serviços de apoio de profissionais da educação especial e de profissionais da área objeto do estágio. ( Art.2º, Resolução nº1 do

CNE) Atribuições do órgão/instituição que concede o estágio. . promover o ajuste das condições de estágio, conciliando os requisitos mínimos exigidos pelas Instituições de Ensino da Rede Estadual com as condições/disponíveis para o estágio, explicitando as principais atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, observando a compatibilidade do estágio ao qual o curso se refere; . oportunizar o estágio, identificando o perfil desejado; . cadastrar e selecionar os estudantes candidatos ao estágio; . formalizar o termo de Compromisso de Estágio e o termo de Compromisso de Estágio Aditivo, constando no termo a Cia de seguro e o nº da apólice na qual o estagiário esta assegurado; . proceder o acompanhamento, supervisão e avaliação do estagiário; . propiciar às Instituições de Ensino da Rede Estadual sempre que necessário, subsídios que possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação da aprendizagem do estagiário;

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. comunicar às Instituições de Ensino da Rede Estadual, quando ocorrer o desligamento do estagiário antes da data prevista no Termo de Compromisso de Estágio Aditivo. Atribuições do Estagiário. Os estagiários deverão ser alunos regularmente matriculados em Instituições de Ensino e devem estar freqüentando curso compatível com a modalidade de estágio a que estejam vinculados (Art. 1º, § 2º, Resolução nº 1 do CNE).

A jornada de atividade em estágio a ser cumprida pelo estudante deverá compatibilizar-se com ser horário escolar e com horário que venha a ocorrer o estágio (art. 5º, Lei 6494/77).

O estagiário deverá: Cumprir carga horária semanal de, no mínimo, 20 horas (para

profissionalizante até 30 horas), distribuída nos horários de funcionamento do órgão ou entidade e compatível

com o horário escolar e que não deverá ultrapassar a 6 horas diárias; Observar a duração do estágio, obedecido o período mínimo de um semestre e

o máximo de quatro;

Obrigação de cumprir as normas disciplinares de trabalho e de preservar o

sigilo das informações a que tiver acesso;

O estagiário responderá pela perda e danos decorrentes da inobservância das

normas internas ou das constantes em contrato;

Obrigação de apresentar relatórios aos dirigentes da unidade onde se realizar o

estágio, e ao professor de estágio, trimestral e final, sobre o desenvolvimento e

conclusão das tarefas que lhe foram cometidas;

Deverá assinar documentos referentes ao estágio;

Comunicar a Instituição de Ensino e a Instituição que sede o estágio a

interrupção do estágio por qualquer motivo.

Forma de acompanhamento

- Através de contatos do professor coordenador de estágio com o

supervisor de estágio na Instituição cedente;

- Através da orientação e acompanhamento da execução do plano de

estágio curricular do aluno.

Avaliação do Estágio

O estágio sob a responsabilidade e coordenação da instituição de ensino

e controlado pela unidade solicitante, será planejado, executado, acompanhado

(através de relatórios e quando possível na Instituição cedente) e avaliado em

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conformidade com os currículos e deverá propiciar complementação de ensino

e aprendizagem aos estudantes, constituindo-se em instrumento de integração,

de aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano.

Aferidos através de observações de mudanças de comportamento e

procedimentos que reflitam uma qualificação prática do aluno estagiário, pela

experiência no exercício profissional ou social que certamente demonstrarão

amadurecimento e clareza por esta opção profissional.

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ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

O Estágio Curricular não-obrigatório, ainda que vise a preparação para o

trabalho produtivo, vai além da formação articulada para o mercado de

trabalho, constitui-se em atividade complementar à formação acadêmico e/ou

profissional realizada por livre escolha do educando.

Para que o Estágio Curricular não-obrigatório possibilite ao educando a

conquista de sua emancipação sócio-econômica e política através da aquisição

de conhecimentos que permitam a atuação do educando no mundo do

trabalho, a formação do sujeito deve ser contemplada pelas diferentes

disciplinas em prol da aquisição pelo aluno de subsídios teóricos

historicamente construídos que possam ser integrados a prática do Estágio e

permitam a utilização do estágio para além da escola, para a formação integral

do sujeito.

A legislação referente ao Estágio Curricular dispõe na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional 9394/96:

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos

estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior

em sua jurisdição.

Segue-se a LDBEN 9394/96 as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio, instituída pela Resolução CNE/CEB Nº 03 de 26 de junho de

1998 que estabelece:

Art. 4º. As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes

dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de

tratamento dos conteúdos, previstas pelas finalidades do ensino médio

estabelecidas pela lei:

IV - domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem

a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus

produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a teoria

com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

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E culmina em 2008, com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, que

dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no

5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março

de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de

1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001;

e dá outras providências.

A Lei 11.788 dispõe:

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de

educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de

educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação

especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional

da educação de jovens e adultos.

§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o

itinerário formativo do educando.

§ 2o

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do

educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2o

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme

determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino

e do projeto pedagógico do curso.

§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja

carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Como descrito acima o Estágio Curricular não obrigatório ofertado pelo

COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES tem sua base legal na Lei

LDBEN 9394/96, na DCNEM de 98 e na Lei 11.788 de 25 de Setembro de

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2008, além de estar regulamentado pelo PPP e Regimento Interno da

Instituição.

No COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES a modalidade de

Estágio Curricular não-obrigatório será ofertado apenas para alunos das turmas

1º;2º e 3ºdo Ensino Médio.

Para que as atividades do estágio extra-curricular não-obrigatório

ocorram se faz necessário o estabelecimento de direitos e deveres dos sujeitos

envolvidos: Agente de integração (intermediário), Unidade de Ensino (escola de

ensino regular), Instituição Concedente (unidade sede do estágio) e o

Estagiário (aluno).

Quanto a Unidade de Ensino se faz necessário o cumprimento dos

seguintes itens:

I – Acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, de forma não-

presencial através de relatórios emitidos semestralmente pela Unidade

Concedente;

II - Informar aos professores das turmas que tiveram alunos que realizam

estágio não-obrigatório para que os professores possam contribuir com a

relação teoria-prática;

III – Observar e registrar junto com o aluno a relevância do estágio para a sua

formação para o mundo de trabalho.

Quanto a Unidade Concedente/Agente de Integração se faz necessário

o cumprimento dos seguintes itens:

I – Firmar termo de compromisso (3 vias);

II – Plano de estágio constando às atividades desenvolvidas pelo estagiário;

III – Vinculação das atividades com o campo de formação acadêmico/

profissional;

IV – Vinculação a uma situação real de trabalho;

V – Adoção de horário de Estágio que não coincida com o horário de aulas;

VI – O aluno não pode ter vínculo empregatício com a instituição que pretende

estabelecer o vínculo como estagiário;

VII – O estágio não pode exceder a 2 (dois) anos;

VIII- Estabelecer termo de compromisso entre as instâncias envolvidas e zelar

por seu cumprimento;

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IX – Emitir relatório semestral das atividades/desempenho do estagiário e

enviar a unidade de ensino.

Quanto ao papel do aluno estagiário se faz necessário o cumprimento

dos seguintes itens:

I – Cumprir as normas estabelecidas no termo de compromisso firmado com a

Unidade concedente

II – Estabelecer horário do Estágio de acordo com as orientações da Unidade,

desde que não interfiram no período escolar;

Desta forma, fica estabelecido os itens que devem ser cumpridos e os

responsáveis para sua execução na modalidade de Estágio Curricular não-

obrigatório. Tendo como agentes de integração as seguintes instituições:

UNIVERSIDADES ,SESI, CIEE, CINE, SESC, SENAC entre outras.

21.0 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

PLANO DE AÇÃO 2017

O Plano de ação da escola apresenta propostas para o desenvolvimento

de uma ação coletiva com a participação de toda a comunidade escolar.

Entende-se por comunidade escolar, o corpo docente, discente, funcionários e

pais de alunos. A sociedade representada por diversos segmentos, tem

participação de forma sistemática, no processo de uma escola que visa a

gestão democrática, eficiente e de qualidade para todos.

Cabe ressaltar que as nossas propostas pressupõem uma escola que

atenda aos interesses da comunidade escolar, visando a preparação de

agentes transformadores da sociedade, estimulando as ações pedagógicas e a

gestão democrática.

Desta forma, nós temos como meta a participação da comunidade

organizada, onde manteremos uma linha de conduta no relacionamento com os

alunos que expresse confiabilidade, coerência, segurança, traços que devem

aliar-se a atitudes de prudência e respeito , acompanhando-os nos seus

progressos e na superação de suas dificuldades.

Na concretização desta prática, propomos alguns princípios básicos a serem

seguidos por todos os envolvidos no processo educacional:

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-Assistir e orientar o aluno no desenvolvimento de suas capacidades e

potencialidades;

-Possibilitar que o aluno desenvolva valores, atitudes de cooperação,

sociabilidade, respeito, consideração, responsabilidade e tolerância às

diferenças individuais;

-Contribuir para o processo de integração família- escola, atuando como

elemento de ligação entre todos;

- Conduzir o aluno a uma conscientização dos seus direitos e deveres,

alcançando o pleno desenvolvimento de sua cidadania, com liberdade e

responsabilidade;

- Encaminhar um processo pedagógico que permita a apropriação de um

conhecimento cientifico necessário a um domínio do saber que contribua para

seu desenvolvimento individual e social.

.- Criar possibilidades de definição de metas coletivas para a prática educativa

no processo educacional.

- Desenvolver nos alunos uma atuação integrada com os professores para

atingir uma ação consensual e realizações às práticas educativas;

- Buscar condições favoráveis à execução de práticas educativas como:

materiais pedagógicos, didáticos e tecnológicos, laboratórios de experimentos,

sala de prática de ensino, materiais esportivos, projetos pedagógicos;

- Promover na escola cursos, seminários, palestras, reuniões e eventos

culturais/ esportivos para melhor aperfeiçoamento e integração da comunidade

escolar;

- Encaminhar os alunos que apresentarem distúrbios de comportamento e

dificuldades de aprendizagem, oferecendo atendimento específico para o caso

detectado;

- Buscar parcerias aos órgãos competentes para tratar de assuntos referentes

aos Direitos Humanos, Diversidade, drogas, educação sexuale doenças

sexualmente transmissíveis, educação para o trânsito, ECA (Estatuto da

Criança e do Adolescente), a fim de possibilitar uma ação preventiva e

informativa aos alunos; parcerias UEL, UNOPAR, UNIFIL,SESC, SENAI;

-Evitar ocorrências de discriminação por motivos políticos, filosóficos,

religiosos, opção sexual ou qualquer preconceito de classe social;

.- Educar para consciência ambiental;

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-.Estabelecer para o âmbito da escola, critérios relativos à sua ação,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites

da legislação em vigor e compatíveis comas diretrizes e política educacional;

.-Acompanhar e avaliar todo o desempenho escolar e as propostas de ações e

metas reafirmadas no projeto pedagógico da escola;

.Apreciar e julgar quando convocados, casos de alunos que descumprem os

deveres e infringem as normas estabelecidas no regulamento interno e

regimento escolar;

. -Analisar e dar parecer sobre reivindicações e consultas da comunidade

escolar sobre questões internas e do seu interesse no que diz respeito ao

cumprimento do regimento escolar.

- Deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela direção da escola,

pertinentes ao âmbito da ação escolar.

No âmbito da gestão democrática, pretende-se:

-Desenvolver atividades favoráveis à efetiva participação da comunidade

interna e externa, discutindo suas ações em assembléias e propor metas;

-Desenvolver uma ação integrada com Equipe pedagógica e os funcionários;

visando a melhoria e a qualidade do trabalho;

-Despertar relações humanas cooperativas, visando a formação de um espírito

de equipe na escola;

-Participar e acompanhar na elaboração da proposta Pedagógica da escola;

acompanhar todos os setores administrativos, visando ações em comum, que

permita um bom atendimento a todos;

- Assegurar o funcionamento do Conselho Escolar, Associação de Pais

Mestres e funcionários, de forma integrada, para que sejam co-gestores da

Administração Escolar, garantindo um processo de gestão democrática;

-Organizar cursos de aperfeiçoamento para os professores e funcionários

visando a compreensão de seus trabalhos e funções, dando assim

continuidade ao bom funcionamento da escola

-Colaborar com Equipe Escolar na adaptação e na integração do aluno na

escola; respeitar e assumir com responsabilidade as decisões tomadas

com a aprovação do Colegiado, conselho escolar, APMF;

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-Acompanhar o processo de avaliação, de forma efetiva para que se

conheça melhor o educando e o seu desempenho no processo de apropriação

de conteúdos e conhecimentos;

-Realizar sempre que necessário, reflexões sobre o trabalho coletivo de escola,

para que haja uma constante reelaboração do processo educacional.

A Equipe Pedagógica deverá:

-Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do plano de ação da escola;

-Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico

escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

-Coordenar a construção coletiva da proposta curricular da escola, a partir das

políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais do

CNE.

- Orientar o processo de elaboração do PTD (Plano Trabalho Docente) junto ao

coletivo de professores da escola;

-Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a

elaboração de propostas de intervenção na realidade escolar;

-Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantadas na escola;

-Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os

profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento

do trabalho pedagógico escolar;

- Atuar junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de

recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem

identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para

que o processo de socialização do conhecimento científico e de construção do

saber realmente se efetive;

-Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido

pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas

de intervenção decorrentes desse processo;

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-Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da

escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates,

oficinas pedagógicas;

-Organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a

garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo

pedagógico desenvolvido em sala de aula;

- Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento

escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos

para garantir a aprendizagem de todos os alunos;

- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar.

- Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as

discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho

pedagógico escolar;- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos

alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da

escola;

-Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político

pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na elaboração do

calendário letivo, na formação das turmas, na definição e distribuição do

horário semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da hora- atividade e de

outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho

pedagógico.

- Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do

compromisso ético-político com todos as categorias e classes sociais.

- Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola

pelo coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar mecanismos de

acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico escolar pela

comunidade interna e externa.

-Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar conforme

o projeto político pedagógico, a proposta curricular e o plano de ação da escola

e as políticas educacionais da SEED.

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-Promover reuniões com equipe diretiva, pedagogo e coordenação dosCursos

Técnicos Integrados para mediar integração curricular;

-Ler a documentação especifica para a sustentação teórica de todas as

modalidades ofertadas pelo estabelecimento de ensino.

O corpo docente deverá :

- Elaborar com a equipe pedagógica o Projeto Político Pedagógico, em

consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

-Escolher juntamente com a equipe pedagógica os materiais didáticos

comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da

Educação.

-Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

- Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e

crítica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno.

- Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e

outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

-Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor,

raça, sexo, religião e classe social.

-Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o

respeito humano ao aluno; manter e promover relacionamento

cooperativo de trabalho com os colegas, alunos, pais e com os diversos

segmentos da comunidade;

- Participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados

aos alunos que obtiverem resultados da aprendizagem abaixo do desejado;

-Integrar aos conteúdos curriculares as temáticas: cultura-afro e indígenas,

Direitos Humanos, Diversidade e Meio Ambiente nodecorrer do ano letivo;

- Colaborar e participar do planejamento de atividades extra-curriculares do

estabelecimento de ensino.

23.0 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

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“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor

da pele, por sua origem ou ainda por sua

religião. Para odiar, as pessoas precisam

aprender; e, se podem aprender a odiar,

podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela

PLANO DE AÇÃO

OBJETIVOS

OBJETIVOS GERAIS:

A Equipe Multidisciplinar tem como objetivo realizar estudos, reflexões,

promover eventos e exposição de trabalhos desenvolvidos a partir do tema

principal: diversidade etnicorracial afro-brasileira, africana e indígena por meio

da interdisciplinaridade. Para tanto, pretende-se:

oportunizar à comunidade escolar em geral novos conhecimentos sobre

a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena;

reformular o modelo pedagógico vigente, incluindo questões afro-

brasileiras e indígenas nas tomadas de ações para a construção de uma

sociedade mais igualitária e menos preconceituosa;

promover discussões através de um posicionamento crítico frente à

realidade em que vivemos;

valorizar a cultura negra em espaços como a escola com base na Lei

10.639/03 que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira e

africana bem como a Lei 11.645/08, história e cultura dos povos

indígenas, em todos os níveis de ensino;

desencadear processo de afirmação de identidades, de historicidade

negada ou distorcida, buscando suas origens ou raízes (genéticas e

culturais);

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despertar para a africanidade origem indígena brasileira em

manifestações na arte, no esporte, na culinária, língua, religião como

elementos de formação da cidadania;

fazer um paralelo da condição do negro e do índio no período pré-

colonial, no período da dominação da Europa e na atualidade;

conhecer personalidades negras e indígenas e suas contribuições para

os diversos setores da sociedade;

reconhecer a influência africana e indígena dentro da nossa cultura e

valorizá-la; desconstruindo uma visão eurocêntrica.

reconhecer a África como continente cheio de riquezas naturais e

culturais;

observar diferenças e semelhanças entre afro-brasileiros e negros de

outros países, bem como em relação entre os indígenas de diversas

nações e países.

identificar diferentes tipos de religiões, costumes e línguas;

reunir a Equipe Multidisciplinar e elaborar uma lista de materiais como

filmes, textos, literaturas, documentários, sites, etc. sobre a temática

africana, afro-brasileira e indígena, definindo ações práticas a serem

implantadas no ambiente escolar;

em conjunto com professores, definir estratégias pedagógicas que

tratam da questão etnicorracial organizando uma forma de inserção das

temáticas nas diversas disciplinas para que tenham subsídios para a

elaboração de sua ação dentro da sala de aula.

fazer um mapeamento dos sujeitos afrodescendentes e indígenas na

comunidade onde a escola está inserida bem como, buscar dados a

nível de município, estado e país;

organizar dentro de cada disciplina na prática pedagógica cotidiana

atividades e projetos que visem exaltar os diferentes sujeitos que

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historicamente foram segregados pela nossa sociedade;

organizar produções realizadas durante o ano letivo sobre o tema

(negros e índios) para serem apresentados na Semana da Consciência

Negra que ocorre na feira interdisciplinar da escola;

promover encontros com a participação de outras entidades que

busquem somar informações e ações que possibilitem uma reparação

desses sujeitos segregados ao longo do processo histórico;

participar de capacitações sempre que oferecidos sobre a temática da

história e cultura africana, afro-brasileira e indígena a fim de contribuir

para a melhoria das ações do plano de ação da Equipe Multidisciplinar;

promover estudos e reflexão sobre a presença na atualidade de

elementos afro-brasileiros e indígenas na comunidade;

construir com os alunos resumos, textos, gráficos, linha de tempo,

murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas,

instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, estimulando

a criatividade;

leitura e análise de livros e textos diversos;

observação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por meio

do mapa múndi; bem como trajetórias e ocupações indígenas;

estudos de música, fazendo releituras e transformando-as em

ilustrações que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do

negro e do índio;

montagem de painéis e telas, recorte, pintura e colagem, com fotos de

revistas, exibição de filmes, dramatizações, brincadeiras e jogos que

trabalham os conceitos étnicos e raciais;

questionar os alunos sobre o que sabem, que ideias e opiniões, dúvidas

ou hipóteses têm sobre o tema em debate, valorizando seus

conhecimentos;

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promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da

atualidade que tratam sobre o tema;

ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas,

organização de informações coletadas.

JUSTIFICATIVA

A composição etnicorracial da comunidade escolar do Albino Feijó tem como

característica a miscigenação. São várias as situações em sala de aula que

envolvem preconceitos principalmente racial, social, religioso, bem como em

relação à orientação sexual. Além desses preconceitos, existem incidências de

situações debullyingoriundos da xenofobia também. São questões que afligem

os cidadãos no leito familiar, no ambiente escolar e em outros espaços sociais

(reais ou virtuais). A Equipe Multidisciplinar tem como finalidade estudar,

ampliar debates e refletir sobre tais desafios para que haja mudança não

somente ideológica, mas também prática no dia-a-dia no relacionamento entre

pessoas, considerando a diversidade e a inclusão, com respeito; isto é, a partir

de princípios éticos/morais bem como levando em consideração as Leis

nº10.639/03 e nº 11.645/08 e envolvendo as diferentes disciplinas do grade

curricular

CRONOGRAMA

O trabalho da Equipe Multidisciplinar, num primeiro momento, propõe o

cronograma de ações a seguir, porém, cabe lembrar que conforme encontros,

estudos, debates, planejamento de aulas, dentre outras variáveis, o mesmo

poderá sofrer alterações.

AÇÃO PERÍODO OBJETIVO RESPONSÁVEIS

Fazer levantamento do

acervo bibliográfico da

escola.

Até julho Assegurar melhor

embasamento teórico.

Profº Luís

Fernando

Elaborar questionário para

levantamento de dados

etnicorraciais do colégio;

agosto Obter dados para realizar um

estudo de caso.

Membros da

Equipe

Multidisciplinar;

Profº Luís

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Fernando

(redação final) e

Profº Kenji

(colocar

questionário on-

line no site do

colégio)

Aplicar questionário para

fazer mapeamento da

comunidade escolar.

meados de

setembro

Identificar sujeitos afro-

descendestes e indígenas,

bem como de outras etnias e

raças afim de analisar os

dados obtidos com o

questionário.

membros da

Equipe

Multidisciplinar,

com suporte do

Profº Kenji e Profº

Luís Fernando

Tabulação dos dados

obtidos pelo questionário

por cada turma.

outubro

Construir tabelas e gráficos

para posterior análise de

dados. Assegurar

cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

na disciplina de Matemática.

Professores(as)de

Matemática

Análise de tabelas e

gráficos por cada turma,

com propostas de

mudanças de atitudes.

outubro e

novembro

Escrever um relatório (de

cada turma) contendo

análise dos dados da

pesquisa etnicorracial,

seguindo as normas da

ABNT.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

nas disciplinas de Português,

Inglês, História, Geografia,

Filosofia e Sociologia.

Professores(as)de

Língua

Portuguesa

(resumo e

redação do texto);

de Inglês

(abstract); de

História,

Geografia,

Filosofia e

Sociologia

(análise dos

dados)

Realização de Oficinas

temáticas

de 16 a 18 de

novembro

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

em todas as disciplinas.

Membros da

Equipe

Multidisciplinar e

demais

professores(as)

OFICINA: IMPÉRIO

NÚBIO

18 de

novembro

Conhecer um império de

faraós negros, sua influência

no Egito e seu legado para o

mundo com produção de

painéis.

Profº Luís

Fernando

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OFICINA: A LÍNGUA

INGLESA E O POVO

NEGRO

18 de

novembro

Estudar as colônias inglesas

na África e América Central

com produção de mapas,

bandeiras e fôlderes com

estilos de música negros em

inglês e dados históricos e

geográficos.

Profº Luís

Fernando

Apresentação de painéis

mostrando aspectos

naturais e culturais de

países africanos na

atualidade.

Trabalhos com os 9ºs A,B

e C.

apresentar em

dezembro

Mostrar que na Africa há

países com extrema pobreza

e dificuldades climáticas,

mas também muitas belezas

naturais e culturais

Ailton

Apresentação de painéis

sobre personalidades

negras e indígenas

brasileiras.

(trabalho dos 2ºs C e D)

apresentar em

dezembro

Mostrar que em nosso país,

em diversos momentos da

História temos

personalidades de origem

negra e indígena.

Ailton

Oficina: Racismo e

discriminação por meio da

música nacional

novembro

Objetiva-se debater com os

alunos as práticas de

racismo, discriminação social

e padrões estéticos por meio

da produção musical

brasileira

Marcela

OFICINA- Estética

Filosófica- Cultura:

Patrimônio histórico

nacional tombado pelo

IPHAN, com vinculação

com as culturas Afro e

Indígena.

3 º Técnico Integrado

novembro

A valorização histórica e a

relevância da cultura Afro e

Indígena para o IPHAN.

Reginaldo

Criar blog sobre cotas Início de outubro

Discutir e ampliar conhecimentos sobre cotas raciais.

Profº Kenji

Jornal-mural outubro

Coletar reportagens sobre as cotas raciais, debater e ampliar conhecimento sobre o assunto.

Profº Claudemir

Caixa de denúncia A partir do final de outubro

Criar espaço para os membros da comunidade escolar desabafar casos de bullying, discriminação... e, assim, a escola possa

Agentes II

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realizar ações de intervenção

Palestra “Cultura Angolana”

novembro

Ampliar conhecimentos e desconstruir ideas equivocadas sobre o povo de Angola com a participação de Palestrante da Angola

Profª Mercedes

Oficinas de culinárias africanas e indígenas

novembro

Conhecer os pratos típicos principais africanos e indígenas e elaborar com os alunos um prato de cada etnia.

Agentes I

Apresentação de lutas e

esportes africanas,

afrobrasileiras e indígenas.

dezembro

Conhecer culturas africanas,

afrobrasileiras e indígenas.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

na disciplina de Educação

Física.

Professores(as) de

Educação Física

Apresentação de danças

africanas, afro-brasileiras e

indígenas.

dezembro

Conhecer culturas africanas,

afrobrasileiras e indígenas.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

na disciplina de Educação

Física.

Professores(as) de

Educação Física

Verificar os registros de

conteúdos (relacionados à

história da África, dos afro-

descendentes e dos

indígenas) nos livros de

chamada de cada turma e

disciplina.

3º trimestre

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08

em todas as disciplinas.

Pedagogos(as)

Realizar encontros para

planejar as apresentações

das atividades produzidas.

sempre que

necessário

Assegurar bom andamento

da exposição dos trabalho

bem como

assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08.

membros da

Equipe

Multidisciplinar e

demais

professores(as)

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DIAGNÓSTICO ETNICORRACIAL DA ESCOLA SEGUNDO PESQUISA DA

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

O Colégio está localizado na Rua Jacarezinho, 85, no Parque das Indústrias, na

zona sul de Londrina – PR. A Escola atende a mais de 30 (trinta) bairros, dos quais

merecem destaque Parque das Indústrias, São Lourenço, Parque Ouro Branco,

União da Vitória e Santa Joana. A Escola conta também com 1% de estrangeiros

(Paraguai e Japão). A comunidade escolar é formada de 37% do gênero masculino

e 63%, feminino. Quase 50% dos(as) alunos(as) estão na faixa etária de 11 a 15

anos, 30% entre 16 e 18 anos, 5% entre 19 e 25 anos e o restante mais de 25 anos

de idade.

Esta instituição atende os períodos matutino, vespertino e noturno, sendo que cada

um apresenta uma realidade diferente, com uma clientela bastante diversificada,

tanto na faixa etária conforme dados e modalidades de ensino. Quanto ao quadro

de funcionários e corpo docente (QPM, PSS e SCO) há bastante heterogeneidade.

A comunidade escolar é formada por: 6% da classe social A, 12% classe B1, 32%

classe B2, 28% classe C1, 17% classe C2 e somente 5% classe D/E. Esses dados

mostraram uma melhora do nível social. Em relação a origem familiar, merecem

destaque: 60,9% da comunidade escolar não souberam indicar, 29,4% declararam

origem europeia, 17,1% de origem indígena, 9,5% de origem africana, 21,8% de

origem sul-americana, 1,8% asiática, os demais de outras origens. Em sua maioria,

a comunidade escolar leva em conta para definir sua própria cor/raça/etnia: pouco

mais de 30% a origem familiar (antepassados), cerca de 15% os traços típicos

(cabelo, boca, nariz, olhos...), cerca de 20 % a cor da pele, 10% não souberam, 5%

cultura, tradição e religião, os demais não informaram ou indicaram opção

política/ideológica ou origem sócio-econômica. Levando-se em consideração a

declaração sobre cor/raça/etnia, a comunidade escolar declarou:

COR/RAÇA/ETNIA MINHA PAI AVÔ

PATERNO AVÓ

PATERNA MÃE AVÔ

MATERNO AVÓ

MATERNA

AMARELA 2,3% 1,5% 1,8% 1,5% 1,4% 1,6% 1,3%

BRANCA 45,9% 44,1% 56,9% 41,4% 47,1% 45,9% 50,8%

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INDÍGENA 1,1% 0,9% 1,1% 2,3% 2,7% 2,9% 3,2%

PARDA 43,4% 33% 30,8% 21,8% 22,3% 24,5% 25,9%

NEGRA 5,5% 14,7% 7,2% 15,9% 14,1% 12% 10,2%

NÃO SABE 0,8% 3,5% 1% 15,1% 11% 11,2% 6,9%

NÃO INFORMOU 1% 2,2% 1,1% 1,9% 1,3% 1,9% 1,6%

A pesquisa da Equipe Multidisciplinar também detectou problemas de racismo e

ação educacional, conforme tabela a seguir:

SIM NÃO

JÁ PRATICOU AÇÃO RACISTA? 16,0% 84,0%

JÁ SOFREU PRECONCEITO ETNICORRACIAL? 48,5% 51,5%

JÁ PRESENCIOU RACISMO NO COLÉGIO? 54,0% 46,0%

JÁ PRATICOU RACISMO NO COLÉGIO? 9,7% 90,3%

FAZ BRINCADEIRAS RACISTAS? 23,7% 76,3%

EXISTE DISCRIMINAÇÃO NO COLÉGIO? 25,1% 74,9%

A ESCOLA PODE AJUDAR A CONSTRUIR O RESPEITO À DIVERSIDADE? 91,8% 8,2%

Quando perguntada sobre cotas raciais, a comunidade escolar viu-se bastante

dividida, para uma grande maioria as cotas são formas de discriminar ainda mais.

Para 75% da comunidade escolar “ninguém nasce racista”, isto quer dizer que as

pessoas aprendem a ser racistas inclusive nas escola, infelizmente. Para 58,3%

nosso colégio não tem dado atenção para situações de discriminação. 85%

declararam ter estudado a história dos africanos e dos índios.

Diante do exposto, verificou-se a necessidade de ações afirmativas constantes

durante todo o ano letivo, tornando o trabalho com a temática de forma mais

consistente, independente apenas da Equipe Multidisciplinar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htmAcesso

em: 24/07/2015.

LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htmAcesso em:

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24/07/2015.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Projeto Político Pedagógicodo Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, 2015.

Regimento Escolar da Escola Estadual Albino Feijó Sanches, 2015.

SILVÉRIO, V. R. Síntese da coleção História Geral da África: século XVI ao

século XX.Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013.

_____________. Síntese da coleção História Geral da África: Pré-história ao

século XVI.Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013.

JÚNIOR, J. G.; SILVA, G. L.; COSTA, P. A. B. Paraná Negro.Curitiba - PR, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação Escolar Quilombola:

pilões, peneiras e conhecimento escolar.SEED, 2010.

23.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A fim de mobilizar e impulsionar a sociedade, foi criado o Plano de Metas

que estabelece um conjunto de diretrizes para que a União os estados, o Distrito

Federal e os municipios, em regime de colaboração, conjuguem esforços para

superar a extrema desigualdade de oportunidades existente em nosso país. O

Plano tem por objetivo criar condições para que cada brasileiro tenha acesso a

uma educação de qualidade e seja capaz de atuar critica e reflexivamente no

contexto em que se insere, como cidadão cônscio de seu papel num mundo cada

mais globalizado.

As metas do PDE (Plano de Metas) contribuem para que as escolas e

secretarias de educação possam viabilizar o atendimento de qualidade ao alunos e

necessário em primeiro lugar, que as iniciativas do MEC possam beneficiar as

crianças na sala de aula.

O IDEB é um dos eixos do PDE e permite realizar uma transparente

prestação de contas para a sociedade de como esta a educação em nossas escola.

Assim, a avaliação passa a ser a primeira ação concreta para se aferir às metas do

compromisso e receber o apoio tecnico/ financeiro do MEC, para que a educação

brasileira dê um salto de qualidade.

À avaliação da educação básica brasileira, evidenciou-se a necessidade de

se apreender e analisar toda a diversidade e especificidades das escolas

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brasileiras. Em razão disso foi criada as avaliações institucionais como: Prova

Brasil,Saeb e ENEM.

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ANEXOS