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COLÉGIO ESTADUAL HILDEBRANDO DE ARAÚJO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURITIBA 2010

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - COLÉGIO ESTADUAL HILDEBRANDO DE ARAUJO ENSINO ... · 2012. 2. 10. · DADOS DA INSTITUIÇÃO Identificação: Colégio Estadual Hildebrando de Araújo

COLÉGIO ESTADUAL HILDEBRANDO DE ARAÚJO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CURITIBA

2010

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COLÉGIO ESTADUAL HILDEBRANDO DE ARAÚJO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CURITIBA - 2010

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APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual Hildebrando de Araújo localiza-se no bairro Jardim

Botânico, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, rua Prefeito Omar Sabbag, nº 721.

Por se tratar de um Colégio de natureza pública, é mantido pelo Governo do

Estado do Paraná e administrado pela Secretaria da Educação nos termos da Legislação

em vigor, regido por Regimento interno em acordo com o Projeto Político Pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da

escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos,

formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos no processo

educativo. Seu processo de construção envolve crenças, convicções, conhecimentos da

comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso

político e pedagógico no coletivo da escola.

Esse esforço coletivo implica na seleção de valores a serem consolidados, na

busca de pressupostos teóricos e metodológicos, na identificação das aspirações maiores

das famílias em relação ao papel da escola na educação da população e na contribuição

específica que irá oferecer para “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para

o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (Veiga,1998, p.9-10).

No contexto escolar, o Projeto Político Pedagógico desempenhará significativo

referencial se todos os segmentos ― direção, equipe pedagógica, professores,

funcionários, alunos, pais e comunidade em geral ― comprometerem-se como co-autores

desse documento, tendo como foco o papel da escola como agente de transformação

social e como espaço social responsável pela apropriação do saber universal.

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DADOS DA INSTITUIÇÃO

Identificação: Colégio Estadual Hildebrando de Araújo ― Ensino Fundamental,

Médio e Profissional

Endereço: Avenida Prefeito Omar Sabbag, nº 721

Bairro: Jardim Botânico Município: Curitiba NRE: Curitiba

CEP: 80.210-000 DDD: 041 Telefones: 3366-0664 3262-1862

Fax: 3363-0664 E-mail: [email protected]

Entidade mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Local e data:

Curitiba, 15 de dezembro de 2010

Assinatura:

Adriana Thomazone Escolar Diretora Geral

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HISTÓRICO

No ano de mil novecentos e quarenta e sete, por iniciativa do Dr. Simeão Mafra

Pedroso, na ocasião Diretor da Secretaria de Educação do Paraná, foi criada a Escola

Isolada General Carneiro, na Rua General Carneiro, número 21, nesta capital, sob

orientação e direção da professora Maria de Jesus Taborda Mafra.

Oito anos mais tarde, devido à iniciativa do Dr. Nilson Baptista Ribas, secretário

da Educação e Cultura, foi construído e inaugurado a vinte oito de janeiro de mil

novecentos e cinqüenta e seis o Grupo Escolar Capanema, que substituiu a Escola

Isolada General Carneiro.

Por um Decreto do Exmo Sr. Governador do Estado, a vinte e quatro de outubro

de mil novecentos e cinqüenta e sete, este grupo escolar passou a ser denominado como

GRUPO ESCOLAR CORONEL HILDEBRANDO DE ARAÚJO. Alguns anos mais tarde,

em vinte um de novembro de mil novecentos e sessenta, por Decreto número 33.801

( trinta e três mil e oitocentos e um), do governador Moysés Lupion, foi criado no bairro do

Capanema o GINÁSIO HILDEBRANDO DE ARAÚJO, instalado no mesmo prédio.

Em trinta e um de janeiro de mil novecentos e sessenta e um, a Inspetoria

Seccional de Curitiba, através do Inspetor Federal do ensino secundário Dr. José de

Almeida Corrêa, pelo número 01 (um) autorizou o funcionamento do curso e, pelo Decreto

n. 1376/75 ― DOE 30/12/75, deu-se autorização de funcionamento do estabelecimento.

Pela Resolução 250 - 12/02/82 reconheceu-se o Curso de Primeiro Grau e pela

Resolução 3320 – 05/07/85 o Curso de Segundo Grau também foi reconhecido. Estas

nomeclaturas foram alteradas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 como

Ensino Fundamental e Médio, respectivamente.

HISTÓRIA DO PATRONO DO COLÉGIO HILDEBRANDO DE ARAÚJO

O Coronel Hildebrando de Araújo nasceu em Imbituva, em junho de 1885. Era

filho do professor Júlio César de Souza e de D. Marcela Alves de Araújo. Estudou as

primeiras letras com seu pai, que além de ser professor era médico homeopata daquela

cidade. Aos dez anos de idade, por falecimento deste, prosseguiu os estudos no Colégio

Carvalho.

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De inteligência precoce, aos treze anos de idade, foi levado por seu tio Hipólito

Alves de Araújo, para Vila Ypiranga, em São Paulo, com o fim de por ordem à escrita do

estabelecimento comercial Nicolau Farhat. Não só organizou os assentamentos, como foi

convidado a tomar conta da direção da loja. Em curto espaço de tempo, transformou a

pequena loja numa grande casa comercial, apresentando estoques variados com

novidades para o lugar, desde máquinas de costura, relógios, armarinhos etc.

Em 1915, o Coronel Hildebrando de Araújo comprou e negociou com as

economias de trabalho inteligente. Auxiliava os irmãos nos estudos, Heraclides Cézar de

Souza de Araújo, cursando medicina na Alemanha e Hostílio Cézar de Souza Araújo,

cursando direito em São Paulo. Anualmente vinha a Curitiba, cuidar do seu próprio

aperfeiçoamento intelectual.

Aos dezessete anos de idade, criou e organizou o jornal semanário manuscrito

“O Serrote”, confeccionado e redatoriado por ele. Auxiliava-o nas publicações Alcides

Macedo. Posteriormente passou a publicar o jornal “Ipiranga”.

Era o desabrochar de uma vocação, que o levaria mais tarde a comprar e dirigir

por muitos anos o “Diário da Tarde”, colocando em pouco tempo seu espírito de ordem,

economia e honestidade, em bases firmes de tradição, verdade e independência, fora do

alcance da necessidades de favores.

Transferindo sua residência do Ypiranga para Curitiba, em 1918, continuou

Hildebrando de Araújo a manter a sua loja naquela comarca e intensificou a indústria e o

comércio da erva mate.

Por várias vezes visitou as repúblicas Sul Americanas, onde despertava

inequívoco conceito. Ao mesmo tempo em que se dedicava à indústria ervateira,

explorava o comércio de tecidos e armarinhos por atacado e varejo, incluindo uma seção

de roupas feitas e capas de tropeiros.

Mais tarde, em Curitiba, organizou a Casa Hildebrando, de sedas e tecidos

finos e outras, especializadas em meias, “Loja Mousseline”.

Em 1932 teve a oportunidade de socorrer seu antigo patrão o que motivou a

mudança de sua residência para São Paulo, com enorme sacrifício e grandes prejuízos.

Em 1935 organizou a primeira usina de recuperação de estanho naquela

cidade, obtendo excelente êxito.

Em 1941, retornou a Curitiba, devotando-se exclusivamente ao “Diário da

Tarde”.

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Foi Deputado Estadual, alcançando nessa função os melhores apoios e

referências, até a revolução de 1930. Sua força eleitoral firmou-se no altruísmo, no

devotamento aos amigos e à gente desvalida, que numa bem comprometida gratidão,

convidava-o para padrinho de seus filhos. Seus compadres eram quase todos os

cidadãos de Ypiranga e suas vizinhanças não mediam forças para lhe darem os votos nas

eleições, forçando-o sempre a continuar como representante na Capital do Estado.

Nas vésperas da Revolução de 1930, estando o Governo do Estado em

situação financeira de verdadeiro pânico, com todos os pagamentos atrasados, inclusive

professores e policiais, solicitou que Hildebrando de Araújo lhe emprestasse a soma de

seis centos mil cruzeiros a fim de pagar urgente parcela correspondente a dívida externa

do Governo. No dia seguinte, lhe seria dado um comprovante de operação pelo Secretário

da Fazenda Dr. Lisímaco Ferreira da Costa.

Mas, no dia 5 de outubro estava propagada pela madrugada a Revolução em

Curitiba e congelado a crédito resultante da venda que Hildebrando de Araújo fizera na

antevéspera de seu engenho e mais benfeitorias, próprios ao beneficiamento da erva

mate ao Srs. Leão Júnior e Cia.

Na qualidade de deputado, foi preso pelos revoltosos, seu poderio político, sua

liderança intelectual, veiculado pelo jornal veterano e muito conceituado “Diário da Tarde”

de sua propriedade, constituíam cabedais que forçaram prevenção injusta, mas hoje

compreendida. Esteve recluso com os Secretários de Estado do Quartel do Corpo de

Bombeiros e depois na antiga sociedade Giuseppi Garibaldi, hoje Tribunal de Justiça do

Estado.

Exerceu ainda as seguintes incumbências: ajudante do Procurador Geral da

República, Prefeito Municipal de Ypiranga, Presidente da Associação Paulista de

Imprensa, Procurador da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.

No Rotary Clube de Curitiba representou a classe da imprensa e jornais e em

São Paulo, a da recuperação de metais.

Não teve filhos, mas a sua casa viveu sempre cheia de parentes, a quem

custeou a educação e que lhe alegravam o lar, não dando tempo que ele sentisse a falta

de ter os próprios filhos.

Dotado de espírito alegre e comunicativo, transformava em amigos todos os

que dele se aproximavam. Seus inimigos eram gratuitos, brotados de ingratidão e inveja.

Perdoou-os citando sempre que “Sê como o Sândalo que perfuma até o machado que o

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fere”.

Possuidor de apurado gosto artístico, sua vivência ostentou maravilhas dignas

dos espíritos altamente cultos.

Durante o período de oito meses em que padeceu, jamais soltou uma queixa,

submetendo-se resignadamente à partida eterna.

Faleceu em Curitiba a 15 de Setembro de 1948.

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CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

O Estabelecimento oferece:

I – Ensino Fundamental I*: 3ª à 4ª séries, Classe Especial e Sala de Recurso;

II – Ensino Fundamental II: 5ª à 8ª séries; Salas de Apoio em Português e

Matemática, que atendem aos alunos de 5ª série do Ensino Fundamental e

Programa Mais Educação/Viva Escola

III – Ensino Médio Geral e Técnico;

IV – Curso Subsequente em Administração

V – CELEM /Espanhol (Centro de Estudo em Língua Estrangeira Moderna)

* Previsão de cessação do Ensino Fundamental I para o ano de 2011.

DO FUNCIONAMENTO

TURNO HORÁRIO SÉRIES INTERVALO

Manhã7h30 às 11h50

• Ens. Fundamental II (6ª a 8ª séries)• Ens. Médio (1º ao 3º anos)• Ens. Médio Técnico (1º ao 4º anos)• Sala de Recursos• Salas de Apoio em Português e Matemática• Contraturno

10:00 as 10:15 h

Tarde13h20 às 17h20

13h20 às 17h35

• CBA (3ª e 4ª séries) e Classe Especial• Ens. Fund. II (5ª à 8ª séries)

15:15 as 15:30h

15:45 as 16:00

Noturno18h50 às 22h30

• Ens. Fund.(5ª, 6ª, 7ª,8ª)• Ens. Médio (1ª, 2ª,3ª)• Ens. Med. Técnico

(1ª, 2ª, 3ª, 4ª)•Subsequente 1° e 2º

Semestres

21:00 as 21:10h

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CAPACIDADE POR TURNO

A Escola possui capacidade de comportar um total de aproximadamente 1500

alunos, distribuídos nos períodos da manhã, tarde e noturno.

RECURSOS FíSICOS E MATERIAIS

Ambientes pedagógicos:

- Salas de aula: 21 salas

- Sala de Recursos: 01 sala

- Sala de Projetos (Mais Educação/Viva Escola): 01 sala

- Laboratórios: 01 Laboratório de Informática (Proinfo); 01 Laboratório de

Informática (Paraná Digital) e 01 Laboratório de Química, Física e Biologia

- Sala de vídeo: 01

- Quadra Poliesportiva coberta: 01

- Quadra Poliesportiva não coberta: 01

- Anfiteatro: 01

- Biblioteca: 01

Áreas destinadas a ambientes pedagógicos:

- Equipe Pedagógica: 01 sala

- Coordenação Cursos Técnicos: 01 sala

- Sala de Professores: 01 sala

- Sala de Materiais de Educação Física

- Almoxarifado

Áreas destinada a ambientes administrativos:

- Sala da Direção

- Sala da Secretaria

- Recepção

- Sala do Arquivo Morto

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Áreas destinadas a alimentação e armazenamento de alimentos

- Cozinha

- Refeitório

- Sala de armazenamento de merenda

- Cantina comercial

Complexo higiênico sanitário:

- 04 banheiros (2 masculinos e 2 femininos para alunos)

- 02 banheiros (1 masculino e 1 feminino para professores e funcionários)

- 01 banheiro adaptado para portadores de necessidades especiais

Bebedouros e lavadouros:

- 02 bebedouros

- 01 lavadouros

Linha de acesso à rede internacional de informações:

- 01 linha de acesso

Infra-estrutura de acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades

especiais:

- O Colégio ainda não dispõe de estrutura física adequada.

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ORGANOGRAMA FUNCIONAL

A estrutura organizacional do Colégio Estadual Hildebrando de Araújo – Ensino

Fundamental, Médio e Profissional tem a seguinte composição:

1 – CONSELHO ESCOLAR

2 – EQUIPE DE DIREÇÃO

• Direção Geral

• Direção Auxiliar

3 – EQUIPE PEDAGÓGICA

● Pedagogos

4 – CORDENADORES DE CURSOS TÉCNICOS

5 – CORPO DOCENTE

6 – CONSELHO DE CLASSE

7 – EQUIPE ADMINISTRATIVA

• Secretaria

• Agente de Execução

• Agente de Apoio

• Biblioteca Escolar

8 – CORPO DISCENTE

9 – ÓRGÃOS COMPLEMENTARES

• Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

• Equipe Multidisciplinar

10 – COMUNIDADE

• Permissionário

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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR

1 - Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal

e tem por objetivo acompanhar o Projeto Político Pedagógico do colégio, critérios relativos

à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade nos limites

da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas

pela SEED.

Os membros do Conselho Escolar são escolhidos a cada dois anos e designados

em ato próprio, em conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da

Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade, promover a articulação entre os vários

segmentos organizados da sociedade e os setores da escola a fim de garantir, a eficiência

e a qualidade do seu funcionamento, faz-se necessário então, estabelecer algumas

metas.

Uma primeira reunião deve se realizar no início do ano letivo, com a finalidade

de levar ao conhecimento de seus membros, o projeto político pedagógico do

estabelecimento para ciência. As reuniões deverão ser convocadas com 72 horas de

antecedência, com pauta previamente definida, em caráter ordinário ou extraordinário,

onde deliberações e medidas serão tomadas para melhor andamento da escola.

A atuação do Conselho Escolar será constante com reuniões extraordinárias

sempre que se fizerem necessárias e duas reuniões anuais em caráter avaliativos nos

finais de cada semestre ou de acordo com que as atas das assembleias forem ocorrendo,

mediante as circunstâncias.

2 - Secretaria

A secretaria realiza atendimento ao público, diariamente, nos três turnos de

funcionamento do Colégio (exceção apenas para um dia da semana com expediente

interno, conforme Instrução n. 09/07 SEED/DAE/CDE de 13 de setembro de 2007) e

aplica o calendário conforme o proposto pela SEED com 200 dias letivos.

Conforme as atribuições, a secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o

serviço de escrituração escolar e correspondência do colégio.

O cargo de Secretária é exercido por profissional devidamente qualificado para

o exercício dessa função, indicado pela Direção, de acordo com as normas da SEED, em

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ato específico.

3 - Equipe da Direção

À Equipe da Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Colégio definidos no Projeto Político

Pedagógico.

A Equipe da Direção é composta por Diretor e Diretores Auxiliares, designados

por ato próprio.

4 – Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento, das diretrizes pedagógicas emanadas da SEED.

Assessorando o processo de ensino e o trabalho docente, fornecendo subsídios para a

concepção, a construção e a administração do processo educacional no sentido de

acompanhar e analisar os resultados obtidos com vista à contínua melhoria da qualidade

do ensino.

5 – Biblioteca

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição

de toda a Comunidade Escolar. É composta por aproximadamente quinze mil volumes

catalogados, dos mais variados gêneros ( literatura, apoio pedagógico, dicionários,

periódicos, enciclopédias, etc). No entanto, existe necessidade de se adquirir novos

títulos, especificamente voltados ao Curso Técnico Profissionalizante.

Tem regulamento próprio, onde estão explícitos sua organização,

funcionamento e atribuições do responsável sob a orientação das Equipes Diretiva e

Pedagógica.

Na ausência de demanda de um bibliotecário no quadro funcional, este espaço

é organizado e mantido por um Agente Educacional II.

6 – Hora-Atividade Fixa

A Hora-atividade está regulamentada de acordo com a instrução nº 02/2004,

bem como na resolução nº 305/2004-SEED, que regulamenta a distribuição de aulas nos

estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica e estabelece normas

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para atribuição da hora atividade, como também na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002

que institui os 20% de hora-atividade. A organização da Hora Atividade favorece o

trabalho coletivo dos professores, a troca de experiências, o estudo e a pesquisa, bem

como o planejamento do processo pedagógico.

7 – Recreio

É um direito do aluno e que possui importante componente para a prática da

cidadania, da aprendizagem informal e prática de atividades físicas e recreativas,

exercitando o respeito e a convivência social, muito embora seja rotineiramente percebido

como um momento de descanso dos trabalhos escolares.

No Colégio, ele tem duração de 15 minutos para o turno da manhã e da tarde

e de 10 minutos no período da noite.

8 – Regimento Escolar

A escola tem por orientação da SEED, o Regimento Escolar comum onde são

determinadas a Legislação e as normas a serem seguidas pela comunidade escolar. Nele

destacamos o Regulamento Interno, que é um conjunto de regras estabelecidas, no

sentido de facilitar o funcionamento diário, também estão inseridos os Direitos e Deveres,

as sanções e consequências previstas à Comunidade Escolar.

O Regimento é o conjunto de regras que estabelece e direciona o funcionamento

diário da escola. Toda a comunidade escolar – pais, alunos, professores e demais

funcionários – está sujeitas às normas ali descritas. Ele regulamenta todos os

procedimentos da escola, constituindo-se também como respaldo legal das ações

pedagógicas e administrativas adotadas pelo colégio. LER!!!

9 – Convocação de pais e / ou responsáveis

São convocados sempre que há necessidade da presença dos pais para

acompanhar o rendimento e o aproveitamento de seu (a) filho (a). São também

informados via bilhete ou contato telefônico sobre as atividades propostas no

estabelecimento, como atividades extra-classe ou outras que se façam necessárias.

10 – Reuniões Pedagógicas

Ocorrem conforme o proposto em calendário escolar ou em caráter

extraordinário, por meio de convocação registrada em livro próprio, para tratar de

assuntos pertinentes à comunidade escolar, definindo-se uma postura coletiva.

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11 – Planejamento

O Planejamento é uma mediação teórico-metodológica para a ação consciente

e intencional. É o processo de reflexão e tomada de decisões.

O Planejamento pode ser concebido como processo que antecede e envolve a

prática docente no cotidiano escolar ao longo do ano letivo, onde todo o trabalho de

formação do aluno, por meio do currículo escolar, é estruturado. Assim, o planejamento

envolve a fase anterior ao início das aulas, o durante e o depois, significando o exercício

contínuo da Ação- Reflexão- Ação, o que caracteriza o ser educador.

12 – Avaliação

A avaliação no Colégio Hildebrando de Araújo é diagnóstica, contínua,

permanente, inclusiva, concomitante aos estudos, permeando todo o processo de ensino

e aprendizagem, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação –

LDB 9394/96 e pelo Regimento Escolar do estabelecimento de ensino.

Os dados colhidos são registrados trimestralmente nos boletins e apresentados

aos pais e/ou responsáveis em reunião convocada previamente. Na impossibilidade de

comparecimento às reuniões com este fim, os responsáveis podem solicitar o boletim

junto a Equipe Pedagógica em outra oportunidade que compareçam à escola.

A avaliação é um ato indispensável em toda a atividade humana e, portanto, em

qualquer proposta de educação. Conforme esclarece Vasconcelos (1995, p. 72), “a

avaliação é um meio, um instrumento que permite verificar até onde os objetivos foram

alcançados, através de dados quantitativos, os quais se baseiam em julgamentos,

descrições e opiniões.”

Em qualquer processo de avaliação devemos tomar uma série de decisões que

se expressam em nossa ação prática enquanto educadores. De posse dos resultados

obtidos, procura-se adequar as ações, mantendo ou reformulando os objetivos e planos

de trabalho.

Portanto,a avaliação é entendida como um dos aspectos do processo de ensino

e aprendizagem que permite aos professores coletar, verificar, interpretar os dados da

aprendizagem do aluno e do seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aquisição de conteúdo dos alunos e lhes atribuir valor.

Segundo Vitor H. Paro (2006), a utilidade da avaliação é fornecer subsídios

imediatos para a correção do processo em direção ao objetivo (...) deve significar

precisamente o cuidado com a qualidade do ensino. (…) A avaliação só terá condições de

favorecer o processo de correção de rumos e provimento de medidas necessárias para a

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garantia da boa qualidade do aprendizado se ela tiver um caráter nitidamente diagnóstico

e contínuo.

Luckesi (1995, p. 81) afirma que a avaliação deverá ser assumida como

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,

tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no

processo de ensino-aprendizagem. Afirma ainda que para se utilizar corretamente a

avaliação no contexto escolar, importa estabelecer um padrão mínimo de conhecimentos

(…) que o educando deverá adquirir e que são indispensáveis para se viver e se exercer

a cidadania consciente, o que significa a detenção das informações e a capacidade de

estudar, pensar, refletir e dirigir as ações com adequação, ou seja, as condições mínimas

necessárias para uma convivência social satisfatória.

No Colégio Hildebrando de Araújo, a avaliação, em seu caráter diagnóstico, tem

por princípio perceber se a aprendizagem está realmente ocorrendo de modo significativo,

que dificuldades se apresentam no processo e qual redirecionamento necessita ser

tomado na prática docente. Nela, professor e aluno identificam quais conteúdos precisam

ser recuperados.

Todos os instrumentos de avaliação são eficientes quando usados

criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos. Neste sentido, a avaliação inclui,

antes de tudo, um julgamento a respeito do significado do resultado. Este julgamento é

feito a partir de um critério, expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O

julgamento deve levar a um diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e

também a uma ação corretiva. Para que isso ocorra, os instrumentos devem ser muito

bem elaborado, de forma que professores e alunos possam compreender os problemas

de desempenho a partir das respostas dadas nas avaliações. Na prática, trata-se de o

professor estabelecer objetivos e expectativas de desempenho a partir do limite superior

de possibilidades reais de desenvolvimento escolar dos alunos. Para concluir, podemos

afirmar que a avaliação deve ser a iluminação do caminho e não um instrumento de

exclusão.

13 – Recuperação de Estudos

Ocorrerá de forma concomitante e simultânea às atividades regulares, de

acordo com o estabelecido no Regimento Escolar, cujo aproveitamento não tenha atingido

100% da totalidade e de acordo com o estabelecido neste Projeto, independente do nível

de apropriação do aluno.

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14 – Conselho de Classe

Funciona como instrumento de apoio para a melhoria do processo ensino –

aprendizagem e também para realizar o diagnóstico dos pontos críticos da sala de aula. O

levantamento dos problemas e o apontamento das soluções, assim como a oportunidade

para refletir sobre as atividades e ações tem sido as principais contribuições do Conselho

de Classe. Portanto, este instrumento tem se caracterizado como parte importante da

instância da gestão participativa na escola.

15 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação

dos pais e professores do Estabelecimento, tendo como objetivo geral colaborar na

assistência ao educando, no aprimoramento do ensino e na integração família-escola-

comunidade, terá uma ação integrada ao Conselho Escolar, far-se-á uma Assembléia

Geral para levantar junto aos associados o traçado das metas para cada ano letivo, como

também levar ao conhecimento dos mesmos, a necessidade da substituição de alguns

membros da Diretoria e Conselho Fiscal que tenham deixado seus cargos por motivos de

transferência, aposentadoria ou desistência.

Partindo daí, um plano anual deverá ser elaborado onde serão descritas as

atividades que serão desenvolvidas no decorrer do ano em exercício.

Uma APMF atuante, com vistas a um funcionamento mais dinâmico que venha

juntamente com o Conselho Escolar ajudar nas decisões da família-escola e comunidade,

para o melhor êxito da prática escolar, visando à construção de cidadãos autônomos e

participativos.

15 – Grêmio Estudantil

Outra instância colegiada importante no processo de gestão. É o órgão

representativo dos alunos, que objetiva defender seus interesses, principalmente, no que

se refere ao trabalho pedagógico. É uma organização coletiva que interage e discute

problemas da escola sem dissociá-los do contexto geral, permitindo o debate e o

amadurecimento político.

Atualmente, o Grêmio Estudantil do Colégio Hildebrando está sem

representatividade.

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MARCO SITUACIONAL

A realidade do Colégio Estadual Hildebrando de Araújo é uma amostra da

sociedade brasileira mais ampla: marcada pelas diferenças culturais, sociais e

econômicas. As desigualdades são alarmantes, gerando um triste quadro de exclusão

social. O sub-emprego, a falta de segurança pública, a precariedade dos serviços

oferecidos à população, o baixo grau de instrução, o pouco estímulo à cultura letrada

causam grande desestímulo à população. Nem sempre as relações entre pais e filhos

são afetivas, gerando grave problema de auto-estima nos jovens .

Assim, temos refletida dentro da escola toda a situação social excludente na

qual está inserida.

Nesse contexto, a função da escola é preparar os alunos para exercerem

criticamente seu papel de cidadãos e através da aquisição de conhecimentos

cientificamente elaborados, embasarem-se, para, então, transformar a realidade em que

vivem.

Os alunos do Colégio Estadual Hildebrando de Araújo advém, em sua

maioria, de um meio social onde os pais são apenas alfabetizados, pequena parte possui

o 2º grau completo e uns poucos, o 3º grau.

Residem, em sua maioria, na vila das Torres. Os demais são moradores de

São José dos Pinhais e bairros adjacentes à BR 277, que optam por matricular-se nesse

colégio, por buscar um ensino de melhor qualidade e também, pela facilidade de acesso

que a localização do colégio oferece.

Aproximadamente 50% dos alunos vivem na companhia dos pais, ficando,a

outra parte, sob o encargo somente das mães ou ainda dos avós, tios ou conhecidos.

A maioria das mães é responsável pela complementação da renda familiar e

grande parte delas é a única responsável pela manutenção do lar.

A renda mensal de inúmeras famílias constitui-se de salário mínimo.

Grande parte de nossos alunos está inserida ou pretende inserir-se o mais

breve possível no mercado de trabalho (formal ou informal) para, segundo eles mesmo,

“ajudar em casa e ganhar seu próprio sustento” .

Muitas vezes, o fato de trabalhar em horários impróprios ou exercer

atividades inadequadas à sua faixa etária e desenvolvimento físico, acaba por interferir

negativamente na capacidade de concentração e dedicação dos alunos, levando-os, por

cansaço, à evasão e repetência, o que se constitui num grave problema para a escola.

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Boa parcela desse alunos desiste na metade do ano, pela necessidade de

dedicar-se integralmente ao trabalho. Também são causas de evasão identificadas no

colégio, entre outros:

- transferência de moradia;

- conflitos familiares determinados por consumo de álcool ou de substâncias

entorpecentes por algum membro da família ou pelo próprio aluno;

- gravidez precoce;

- defasagem idade-série;

- violência no entorno da escola.

A maioria de nossos alunos está inserida num ambiente pouco promissor.

Desde o nascimento, convivem, em diferentes níveis, com graves situações sociais,

como, falta de saneamento básico, violência, convívio com drogas, falta de estrutura

familiar adequada, entre outras necessidades essenciais ao desenvolvimento harmonioso

das potencialidades individuais.

Grande parcela dessas crianças e jovens chegam à escola ainda sem

objetivos, com grande dificuldade em projetar seu futuro. Essa falta de esperança, essas

carências estruturais se evidenciam em suas atitudes quanto à conduta, adaptação às

regras e limites próprios ao ambiente escolar e principalmente em relação à sua própria

aprendizagem. Em contrapartida, com o passar do tempo, vão adaptando-se, tornando-se

mais acessíveis ao trabalho pedagógico e passam a demonstrar interesse nas atividades

propostas e participar mais ativamente do seu processo de aquisição de conhecimento.

A medida em que começam a perceber a escola como um ambiente

acolhedor, vão adquirindo confiança nos professores, no próprio grupo, sua auto-

confiança começa a se fortalecer. A escola tem o dever de oferecer ao aluno a chance de

rever sua “destinação”, ajudá-los a superar as limitações próprias de cada fase da vida

escolar.

MARCO CONCEITUAL

O objetivo da escola é transmitir conhecimentos como forma de perpetuar

cultura, proporcionar meios de desenvolver a personalidade das novas gerações,

estimular o avanço na sociedade.

Desempenha três funções principais, que são: selecionar e transmitir

conhecimentos, estimular atitudes consideradas úteis para a aprendizagem e preparar as

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jovens mentes para o convívio social e para o mundo do trabalho.

Deve-se levar em conta o que ensinar, para quem ensinar e de que forma

vai ser ensinado, refletindo -se constantemente sobre o fazer cotidiano.

Para Paulo Freire, “o ensino deve sempre respeitar os diferentes níveis de

conhecimento que o aluno traz consigo à escola. Tais conhecimentos exprimem o que

poderíamos chamar de identidade cultural do aluno”. O educador deve considerar essa

“leitura de mundo que o aluno traz consigo, ou melhor, em si, pois ela foi forjada no

contexto de seu lar, de seu bairro, de sua cidade, marcando-a fortemente com sua

origem” ( FREIRE& CAMPOS, 1991, p 51). essa experiência de vida deoluno, se bem

aproveitada pelo professor, contribui para o enriquecimento do trabalho pedagógico

favorece a cumplicidade e respeito entre professor-aluno e cria um clima de

predisposição favorável à aprendizagem. O aluno, sentindo-se aceito em seu “formato”

atual, sente sua auto-estima afagada e ganha estimulo para participar com mais afinco

do seu processo de auto-construção, facilitando a passagem do estágio de conhecimento

espontâneo a outro estágio mais elaborado de pensamento e de conhecimento científico.

Isso possibilitará passar do senso comum como única explicação da realidade para os

conceitos científicos que possibilitarão uma compreensão mais contextualizada da

totalidade.

Toda essa construção, porém, não pode basear-se numa visão ingênua.

Predispor o espírito do educando à investigação e à aprendizagem significativa é tarefa

que exige uma intencionalidade tal, que deixe bem claro a todos os envolvidos, que o

homem, como ser inacabado, deve ser sujeito da sua própria construção

Numa sociedade repleta de contradições, violência, preconceito e

discriminação, a função da escola vai muito além de desenvolver apenas o trabalho

pedagógico. Trabalha também as relações sociais de desigualdade, estimulando a

valorização humana, a construção de uma ética fundamentada nos direitos humanos,

condição primordial para a formação do cidadão.

Segundo Dallari “a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a

possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Que não tem

essa cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões;

ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”

Assim como a aprendizagem, a cidadania não surge do nada, com um toque de

mágica, nem tampouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização

desses direitos.

A cidadania é também construir novas relações e consciências. Deve ser

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perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a

ecologia, a ética, etc.

Pode-se dizer que a cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres

e exercício da democracia. Não há cidadania sem democracia. Cabe à escola, como

instituição, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos para que o educando

possa via a ser um cidadão consciente e atuante dentro da sociedade.

MARCO OPERACIONAL

Segundo Focesi (1990), a escola deve considerar sempre a realidade do indivíduo,

desenvolvendo sua percepção e orientando-o para comparar e analisar sua realidade e,

principalmente, dar-lhe condições de refletir sobre ela. A escola torna-se, assim, um

espaço privilegiado para se discutir e combater todo tipo de preconceito, discriminação e

violência, valorizando as atitudes de cooperação, solidariedade e respeito à vida,

enquanto propicia o acesso ao conhecimento historicamente produzido, tão indispensável

à formação plena do aluno, quanto o desenvolvimento de valores e atitudes próprias ao

cidadão.

O Colégio Hildebrando de Araújo organizou seu trabalho pedagógico priorizando

ações que tenham por objetivo atender às necessidades apontadas anteriormente,

considerando as possibilidades e instrumentos (ferramentas) disponíveis, tendo como

alvo:

- a diminuição dos elevados níveis de evasão e repetência, realizando o

acompanhamento dos alunos faltosos, acionando, quando necessário, o Conselho

Tutelar;

- aumento da promoção satisfatória dos alunos do CBA e 5ªs séries, oferecendo

em contraturno, Sala de Recursos para alunos de 3ª e 4ª séries, atividades de reforço

para alunos de 3ª e 4ª séries, salas de apoio em Português e Matemática e o reforço

concomitante em Matemática com os alunos do P B D (projeto...) 5ªs séries;

- envolvimento e interação da comunidade (pais e alunos) a fim de que participem

mais da vida escolar de seus filhos, diminuindo assim o nível de indisciplina;

- capacitação profissional dos docentes através das Semanas de Formação

continuada, NRE Itinerante, trocas de experiências nos encontros organizados por hora-

atividade concentrada, reuniões pedagógicas onde se discutem os temas emergentes da

escola, na busca constante por novos conhecimentos;

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- incentivos à participação dos alunos em atividades que envolvam a preservação

do meio ambiente, conservação do patrimônio, utilização da biblioteca (estímulo à leitura,

projetos como o Viva a Escola, Mais Educação (Futsal), Segundo Tempo, estimulando os

alunos a perceberem que os conhecimentos adquiridos na escola são necessários para

que possam enfrentar um mundo globalizado onde a mudança se processa diariamente;

- valorização do trabalho do aluno, através da entrega do certificado de “Bom

Aluno” àqueles que obtiveram notas acima da média em todas as disciplinas (ao final do

bimestre);

- estimular atitudes de civismo e amor à Pátria e seus símbolos, com a execução

do Hino Nacional em datas previamente agendadas em cronograma anual;

- exercer o contato entre a escola e a universidade, recebendo estagiários de

diversos cursos favorecendo a troca de experiências entre os dois segmentos, entre eles:

Educação Física, Pedagogia, História, Sociologia, Matemática, Psicologia e

Psicopedagogia. Esse contato enriquece o trabalho pedagógico, trazendo para o espaço

escolar as novas ideias, a energia própria dos jovens, enquanto oferece a eles a

possibilidade de conhecer a rotina da sala de aula, os desafios diários enfrentados pela

comunidade escolar, as limitações impostas pelo sistema que dificultam o cumprimento de

algumas metas estabelecidas nos planejamentos, vindo a se constituir numa experiência

decisiva no fortalecimento dos ideais das novas gerações de docentes.

FORMAÇÃO CONTINUADA

Nos dias de hoje, a perspectiva de desenvolvimento de capacitação profissional

está sendo orientadora na maioria das ações de formação de professores e presente

como fundamento da proposta dos “Referenciais para a Formação de Professores”,

elaborada e divulgada pelo MEC no final de 1999.

Todo “conceito” que passa a ser difundido pode estar sendo compreendido de

inúmeras formas, portanto, faz-se necessário uma discussão sobre as concepções de

competência que estão por trás de determinadas propostas de formação, tanto a partir da

sua relação com a natureza da atuação profissional dos professores, quanto no que se

refere aos processos pelos quais as competências são construídas por eles. É importante

definir como as capacidades podem ser trabalhadas, na formação inicial, como na

continuada e, por fim, quais as necessidades e preparo essencial para o exercício do

ofício do professor.

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Consideradas como “condições” para que o professor possa ser um sujeito

ativo no seu desenvolvimento profissional, tenha instrumentos para pensar sobre a sua

atuação, tomar decisões e investir na sua própria formação: São elas:

1. Tematizar a prática;

2. Utilizar a leitura e a escrita para o seu desenvolvimento profissional;

3. Trabalhar em equipe;

4. Gerenciar sua própria formação.

Objetivos:

- Contribuir com a qualificação da ação docente no sentido de garantir uma

aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos;

- Contribuir com o desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional dos

docentes;

- Desencadear uma dinâmica de interação entre os saberes pedagógicos, no

desenvolvimento da formação docente e pelos professores dos sistemas de

ensino, em sua prática docente;

- Subsidiar a reflexão permanente sobre a prática docente, com o exercício da

crítica do sentido e da gênese da cultura, da educação e do conhecimento e

subsidiar o aprofundamento da articulação dos componentes curriculares;

- Institucionalizar e fortalecer o trabalho coletivo como meio de reflexão teórica e

construção da prática pedagógica;

- A formação continuada é exigência da atividade profissional no mundo atual;

- A formação continuada deve ter como referência a prática docente e o

conhecimento teórico;

- A formação continuada vai além da oferta de cursos de atualização ou

treinamento;

- A formação para ser continuada deve integrar-se no dia-a-dia da escola;

- A formação continuada é componente essencial da profissionalização docente.

É preciso continuar investindo maciçamente na formação de profissionais

qualificados e para atingir nossos propósitos de formar professores para uma escola de

qualidade para todos. O ponto de partida são as necessidades e os interesses comuns

dos professores de esclarecer situações e de aperfeiçoar o modo como trabalham na sala

de aula. O foco dos estudos está na resolução dos problemas de aprendizagem, o que

remete à análise de como o ensino vem sendo ministrado, pois o processo de construção

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do conhecimento é interativo.

No enfoque de Gadotti (1998), pode ser entendido como questionar,

educadores e educadoras precisam constantemente repensar suas crenças mais

intrínsecas sobre a representação que têm de educação pois, de acordo com Paulo

Freire, que já proclamava desde os anos 60. Sendo assim métodos e técnicas precisam

ser secundarizados na discussão sobre a educação, o que se deve atentar

prioritariamente é sobre a vinculação entre o ato educativo, o ato político e o ato

produtivo.

Nesse prisma, professores têm um papel sobretudo político e precisam

problematizar a educação, buscando o porquê e para quê do ato educativo; mais que

isso, sua tarefa é a de quem evidencia e trabalha o conflito, não o conflito pelo conflito,

mas o conflito para sua superação dialética.

Para Gadotti (1998) o papel dos profissionais da educação necessita ser

repensado. Esses não podem mais agir de forma neutra nessa sociedade do conflito, não

pode ser ausente apoiando-se apenas nos conteúdos, métodos e técnicas; não pode mais

ser omisso, pois os alunos pedem uma posição desses profissionais sobre os problemas

sociais, não com o intuito de inculcação ideológica de suas crenças, mas como alguém

que tem opinião formada.

Como pode o educador assumir um papel dirigente na sociedade se na sua

formação o todo social resume-se a uns poucos conhecimentos de métodos e técnicas

pedagógicas ou a uma história da educação que se perdeu no passado e nunca chega

aos nossos dias? Como pode uma nação esperar que as novas gerações sejam

educadas para o progresso, o desenvolvimento econômico e social, para a construção do

bem-estar para todos, sem uma sólida formação política?

Apesar, do ato político, estar tão presente na fala de Gadotti (1998), assim

como na de Paulo Freire, não reduz o ato pedagógico ao político, mas concordam que,

apesar da política não dar conta de toda a complexidade pedagógica, ela não deve ser

ignorada na esfera educacional.

Concluindo, comunga-se com as palavras de Gadotti (1998, p. 90) que alia ao

papel social de professores e professoras esperanças em um futuro melhor para a

educação brasileira:

“Ao novo educador compete refazer a educação, reinventá-la, criar as

condições objetivas para que uma educação realmente democrática seja possível, criar

uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de um novo tipo de pessoa,

solidária, preocupada em superar o individualismo criado pela exploração do trabalho.

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Esse novo projeto, essa nova alternativa, não poderá ser elaborado nos gabinetes dos

tecnoburocratas da educação. Se ela for possível amanhã é somente porque, hoje, ela

está sendo pensada pelos educadores que se reeducam juntos. Essa reeducação dos

educadores já começou. Ela é possível e necessária”.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

É preciso entender o projeto político pedagógico do Colégio Estadual

Hildebrando de Araújo como uma reflexão de seu cotidiano. Para tanto ele precisa de um

tempo razoável de reflexão e ação, para se ter um mínimo necessário à consolidação de

sua proposta.

O projeto político pedagógico requer continuidade das ações, descentralização,

democratização do processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo

de avaliação de cunho emancipatório e transformador.

Segundo Paulo Freire, “não há vida sem correção, sem retificação. (…) Não é no

silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, trabalho e na ação-reflexão.

Lembramos ainda as palavras da SEED na apresentação deste documento:

“Na perspectiva de uma concepção de educação transformadora, o Projeto Político-

Pedagógico enfatiza o caráter público da educação e o papel do Estado no financiamento

e formulação de políticas públicas de educação que assegurem a qualidade de

aprendizagem para todos como condição necessária ao exercício da cidadania.”

GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA: O NOSSO DESAFIO

Na busca de uma educação que possibilite ao sujeito superar os desafios do

momento, aumentando a auto-estima e a confiança necessária para operar sobre a

restrição do que lhe é negado, observa-se que, desde então, vários educadores procuram

respostas que levem em consideração o problema de desenvolvimento econômico e a

participação da comunidade, iniciando assim, a busca da inserção crítica do cidadão

brasileiro no processo de "democratização da escola".

Passado um longo período, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) que garante, entre outros, a gestão democrática na escola, a educação

brasileira conquista o direito de, efetivamente, refletir a necessidade e a importância da

participação consciente dos diretores, pais, alunos, professores e funcionários com

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relação às decisões a serem tomadas no cotidiano escolar, na busca de um compromisso

coletivo com resultados educacionais mais significativos.

Esta educação cuja meta é valorizar o desenvolvimento de uma sociedade mais

justa e igualitária, agregada ao fato de fortalecer cada vez mais a democracia no processo

pedagógico, encontra no projeto de Gestão Democrática da Escola, uma oportunidade

real de transformar a escola em um espaço público onde diversas pessoas têm a

possibilidade de articular suas idéias, estabelecer diálogo e considerar diferentes pontos

de vista.

Na gestão democrática, as preocupações dos professores, pedagogos e diretores,

ou seja, as reclamações de determinadas situações que procuram sempre um

responsável para o problema, sem atitude efetiva, são substituídas cada vez mais, pela

compreensão dos problemas abordados e as buscas de soluções possíveis, procurando

priorizar o que de melhor poderão oferecer para o desenvolvimento harmonioso dos

alunos. Faz-se necessário, que os desafios e problemas sejam trabalhados, considerados

e refletidos (isso não significa, necessariamente, que todos os problemas serão

resolvidos). O mais importante é o processo de busca de soluções, em que o professor

transforme essas preocupações em juízo crítico, refletido e participativo, abrindo e

valorizando o espaço para a elaboração das questões necessárias à (re) construção do

conhecimento, da aprendizagem.

O compromisso está justamente em cada um dos integrantes da escola e

comunidade sentir-se responsável em transformar a educação. Se realmente desejamos

formar alunos que no futuro sejam indivíduos autônomos, criativos, críticos e

participativos. Precisamos hoje, trabalhar a autonomia do próprio professor e demais

profissionais, levando-os a estabelecer relações democráticas em sala de aula e na

escola, excluindo o autoritarismo com seus alunos, só podemos auxiliar os alunos a

tornarem-se autônomos e com caráter democrático, por meio de atitudes (posturas) das

pessoas com as quais eles convivem e se relacionam no dia a dia da escola.

No entanto, para que consigamos alcançar tais objetivos, é necessário que desde

pequenos, os alunos aprendam a externar suas idéias e pontos de vista, e como bem

sabemos; ninguém dá o que não possui. Se queremos formar cidadãos autônomos,

participativos e independentes, também precisamos sê-los. Lamentar é fácil, o difícil é

perceber o quanto somos responsáveis pelos problemas que enfrentamos em nossas

escolas.

A luta por uma escola cada vez mais democrática, com a participação de toda a

comunidade escolar, é exatamente, o compromisso assumido por todos os profissionais

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da educação, como uma das formas de auxiliá-los a promover relações humanas, mais

cooperativas, solidárias e verdadeiramente, democráticas em nossas escolas. Nesse

contexto, os educadores da escola precisam ter clareza e discernimento na condução do

trabalho pedagógico para garantir a elaboração de objetivos comuns a serem alcançados.

O diretor, o pedagogo e também o professor, no papel de coordenador, devem saber se

organizar para explicitar as diferenças entre as posturas, clarearem em conflitos e

articularem em ações, de modo que não se perca de vista a riqueza da divergência e da

diferença, para a proposição de projetos originais concretos. Torna-se, assim, necessária

a organização de espaços coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas

pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores – gestores e professores

– participem de maneira democrática e construtiva. Esse é o nosso desafio.

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