projeto político pedagógico 2018/2019€¦ · planos de ação que nortearão o seu trabalho nos...
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DA REGIONAL DE ENSINO DO PLANO
PILOTO E CRUZEIRO
CESAS – Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul
Projeto político pedagógico 2018/2019
Brasília – DF Maio / 2018
GDF / SE / CRE PP
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA ASA SUL – CESAS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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RODRIGO ROLLEMBERG
Governador do Distrito Federal
JÚLIO GREGÓRIO FILHO
Secretário de Estado de Educação do Distrito Federal
CLOVIS LUCIO DA FONSECA SABINO
Secretário Adjunto
FABIO PEREIRA DE SOUSA
Subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional.
DANIEL DAMASCENO CREPALDI
Subsecretária de Educação Básica
ANA LÚCIA MARQUES DE PAULA MOURA
Coordenação Regional de Ensino Plano Piloto/Cruzeiro
REUS ANTUNES DE OLIVEIRA
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Diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – CESAS
DANYLO DE OLIVEIRA ALMEIDA
Vice-Diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul - CESAS
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
DIREÇÃO
Reus Antunes de Oliveira – Diretor
Danylo Oliveira Almeida – Vice-Diretor
SUPERVISORES
Ênio Roberto Botelho
Igor Tiradentes Souto
Juruena Capparelli Vieira Rocha
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Alain Rossi Fonseca
Marta Rodrigues de Oliveira
Norma D’Augusto Albuquerque
Perpétua da Guia Costa Ribas
Teresa Cláudia de Souza Brêttas
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SECRETARIA
Funcionários da Secretaria
CORPO DOCENTE
Professores da SEEDF - CESAS
SALA DE LEITURA
Professores readaptados da SEEDF - CESAS
FUNCIONÁRIOS DA CARREIRA ASSISTÊNCIA
Servidores da SEEDF em exercício no CESAS ano 2016/2019
CORPO DISCENTE COM DEFICIENCIAS EDUCACIONAIS
Alunos com Necessidades Especiais e/ou responsáveis
CORPO DISCENTE
Alunos matriculados no CESAS
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SUMÁRIO
I. IDENTIFICAÇÃO. 8
II. APRESENTAÇÃO 9
III. MISSÃO 10
IV. HISTÓRICO DA ESCOLA 11
V. DIAGNÓSTICO 12
VI. PERFIL DA ESCOLA - CARACTERIZAÇÃO E DESEMPENHO 19
1. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 16
2. MODALIDADES DE ENSINO 19
3. INFRAESTRUTURA FÍSICA E INSTALAÇÕES 20
4. INFRAESTRUTURA ADMINISTRATIVA 20
5. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 22
a. Gestão Administrativa 22
1. Instituições Escolares 22
1.1.Associação dos Alunos e Funcionários do CESAS- AAFC 22
1.2. Caixa Escolar 22
1.3. Conselho Escolar 22
2. Recursos Financeiros 23
2.1. Definição de metas para gestão dos Recursos Financeiros 23
a. PDAF 23
b. PDDE 24
b. Gestão Pedagógica 24
1. Recursos Humanos 24
1.1. Definição das metas pedagógicas (descrição) 24
1.2. Diretrizes significativas para alcançar as metas estabelecidas pela
política educacional vigente (descrição) 25
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1.3. Definição de metas para gestão dos Recursos Humanos 25
1.4. Definição de metas para atuação do Conselho Escolar 26
2. Descrição dos Recursos Físicos e Didáticos 26
a. SALA DE RECURSOS - DEFICIÊNCIAS VISUAIS – D.V. 26
b. CASSE BILÍNGUE – SURDOS 26
c. SALA DE RECURSOS GENERALISTA 26
d. DEMAIS AMBIENTES 26
3. Total Geral de Aluno 27
4. Fundamentos Filosóficos Sociopolíticos e Psicopedagógicos. 27
a. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA COMO UM PROCESSO CÍCLICO
b. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
c. A ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY
d. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO
e. PROCESSO PEDAGÓGICO DO CESAS
5. Matriz Curricular da Eja 40
6. Atendimentos Educacionais Especializados 41
a. Classe Bilíngue – Surdos 43
b. Sala de Recursos – Deficiência Visual 46
c. Sala de Recursos – Generalistas 49
7. Serviço de Orientação Educacional 55
7.1. Plano de Ação 57
7.2. Objetivos 59
8. Avaliação 60
a. Avaliação Educacional 60
b. Classificação Curricular 62
c. Reclassificação 63
d. Avaliação na Educação Especial 63
9. Conselho de Classe 65
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VII. POLÍTICAS, AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA A
MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO DO CESAS 65
1. Avaliação do Projeto Político Pedagógico 66
VIII. PLANOS DE AÇÃO 67
IX. PARCERIAS 71
X. REFERENCIAS 74
ANEXOS 76
a. PROJETO TV CESAS; 77
b. PROJETO TALENTOS CESAS;
c. PROJETO EXECUTIVO – AGENCIA DE INCLUSÃO
PRODUTIVA: CONSTRUINDO PROJETO DE VIDA; 104
d. PROJETO EXECUTIVO – ESPAÇO VIVENCIAL HORTA; 115
e. PROJETO GINCANA CULTURAL 126
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I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
O Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul – CESAS, está localizado
na:
SGAS Quadra 602 – Projeção D
Brasília/DF – CEP 72.200-620
Tel.: (61) 3901.2605.
E-mail: [email protected]
Oferta Educação de Jovens e Adultos – EJA, nos três turnos, com 1º, 2º e 3º
segmentos, distribuídos nas modalidades: presencial e a distância (EaD).
O CESAS, na sua proposta de integração da EJA com a Educação Profissional
vem alicerçando a implantação de cursos estruturados com a Equipe de Professores
da própria Secretaria de Educação, tal oferta está sendo construída aos poucos
conforme se consolidam espaços físicos para aulas teóricas e práticas e disponibilidade
de recursos humanos para efetivação de cada curso.
Dentro desta proposta, estão em fase de desenvolvimento e análise os seguintes
cursos FICs:
1. Operador de Câmara.
2. Cuidador de Idosos.
3. Operador de Computador.
4. Massagista.
O CESAS é executor de vários convênios assinados pela SEEDF sendo parceiro
de diversas instituições como SESC, SECONCI.
Certifica concluintes do Ensino Fundamental e Médio por meio de exames
nacionais: ENCCEJA e ENEM, sendo que o ENEM somente até 2016.
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II. APRESENTAÇÃO
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Educação, vem
envidando esforços no sentido de melhorar a qualidade e a produtividade do Ensino
Público. Nessa direção, o Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – CESAS
– procura realizar uma boa prática pedagógica, visando desenvolver uma educação
com qualidade, que atinja os objetivos propostos, garantindo o sucesso do processo de
ensino e aprendizagem.
Este documento foi elaborado e sintetizado em conjunto pela equipe técnico-
pedagógica do CESAS: Coordenação Pedagógica, Orientação, Supervisores,
Professores, Servidores, Alunos e Pais do CESAS, em encontros específicos para sua
elaboração, em sala de aula e em coordenação, observando as especificidades de cada
modalidade, as Diretrizes Operacionais da EJA, o Currículo em Movimento da
Educação Básica – Educação de Jovens e Adultos e o perfil dos alunos da EJA.
Apresenta o perfil deste Centro de Ensino, sua infraestrutura funcional, diretrizes e
planos de ação que nortearão o seu trabalho nos anos letivos de 2016/2019.
Conforme Paulo Freire (1998), na medida em que o homem cria, recria e decide,
as épocas históricas vão se formando. Pensando assim, vimos apresentar o presente
Projeto Político Pedagógico, fruto de muita reflexão e ação. Buscamos uma construção
coletiva com a nossa comunidade escolar, porque acreditamos que juntos podemos
resgatar o compromisso social e histórico que temos com os nossos alunos da EJA e
possibilitar a eles o acesso democrático à escolarização.
Além da ampliação da oferta, também buscamos propiciar a todos a excelência
na qualidade dos serviços oferecidos, o que exige o nosso profundo engajamento.
As novas competências e habilidades exigidas pelo mercado de trabalho hoje,
as mudanças ocorridas num mundo cada vez mais letrado e globalizado, a diversidade
dos sujeitos, as novas tecnologias e a sustentabilidade humana, requerem cada vez
mais saberes diferenciados.
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Nesse Projeto Político Pedagógico esperamos criar espaços dentro da escola
para que alunos, professores, pais e servidores participem efetivamente de discussões
e reflexões da nossa prática educativa, exercitando e renovando constantemente o
diálogo tão importante em uma gestão democrática.
De acordo com as Orientações Gerais sobre Organização Curricular na escola,
este Projeto Político Pedagógico continua em discussão nas coordenações, juntamente
com Currículo em Movimento da Educação Básica, buscando um planejamento coletivo
e discussão no interior da escola que não só oriente, como organize o trabalho
pedagógico.
Como o CESAS é uma escola que oferta exclusivamente Educação de Jovens e
Adultos, vimos a necessidade de discutirmos mais sobre essa modalidade e os
aspectos diretamente relacionados a ela, em diferentes momentos, como: nas
coordenações pedagógicas, em reuniões periódicas; nos inícios de semestres, nas
semanas pedagógicas. Em qualquer um desses momentos, poderemos contar com a
participação de profissionais experientes convidados para tratar de temas pertinentes,
como: Avaliação, Diretrizes Operacionais da EJA, PPP, Organização da EJA e outros
escolhidos por professores, servidores e demais profissionais da educação.
III. MISSÃO
Possibilitar escolaridade àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
estudos na idade própria, usando metodologia ajustada à realidade dos educandos e
ampliando assim, a perspectivas de trabalho, renda e de participação politica e social
do educando como sujeitos históricos, visando a melhoria da qualidade de vida pela
apropriação do conhecimento sistematizado e o desenvolvimento de habilidades e
competências.
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IV. HISTÓRICO
O CESAS surgiu após aprovação do Projeto, pelo Parecer nº 19/75 – CEDF e foi
autorizado a funcionar pela instrução nº 29 de outubro de 1975, do Presidente do
Conselho Diretor da, então, Fundação Educacional do Distrito Federal.
As oportunidades de escolarização permitidas aos jovens e adultos que não
tiveram condições de concluir seus estudos no Ensino Regular, de 1931 a 1971, foram
oferecidas apenas pelos Exames Preparatórios daquela época, atualmente
correspondendo aos Exames Supletivos.
O ensino regular, implantado em 1931, não se expandiu em nível nacional de
forma a atender a todos os que necessitavam estudar, gerando uma retenção à
demanda escolar, que já se contava em milhões de alunos em 1971.
Essa realidade levou os legisladores responsáveis pela elaboração da Lei
5.692/71 a destinar um de seus capítulos ao Ensino Supletivo, mantendo os Exames e
criando cursos de suplência, dando origem à necessidade de se criar uma escola que
pudesse corresponder aos anseios da comunidade no que se refere ao Ensino
Supletivo/Educação de Jovens e Adultos.
A reforma do ensino, aprovada pela Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996,
mantem o mesmo entendimento quando estabelece, no capítulo que trata da Educação
de Jovens e Adultos, em seu artigo 38: “os sistemas de ensino manterão cursos e
exames supletivos que compreenderão a base nacional comum do currículo,
habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”.
Com a implantação da proposta de Educação de Jovens e Adultos, o CESAS
adequa sua filosofia ao EJA, em buscada conseguir melhor qualidade de ensino para
jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade
própria ou que, por algum motivo, tiveram que interromper o seu percurso.
De acordo com o Artigo n° 28 – resolução nº1/2005 CEDF, o CESAS passou a
ofertar 3 (três) segmentos e 11 (onze) semestres, (presencial e a distância: Presencial
(1º, 2º e 3º segmentos) e a distância (2º e 3º segmentos)).
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O CESAS, como única escola no DF com atendimento exclusivo à educação de
jovens e adultos, ofereceu certificação, em 2011, para 1613 brasileiros paranaenses,
residentes no Japão, todos eles formados por projeto de parceria entre MEC e governo
japonês.
V. DIAGNÓSTICO
O CESAS – Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – oferece a
Educação de Jovens e Adultos EJA nos três turnos, em todos os segmentos, no
presencial e na EaD – Educação a Distância – somente para o segundo e terceiro
segmento.
O corpo discente é constituído de adolescentes, jovens, adultos, idosos e
pessoas com deficiência. De acordo com as informações da secretaria da escola, o
estudante jovem/adolescente, em sua maioria, foi reprovado várias vezes no ensino
regular, com problemas de aprendizagem, ficando, assim, defasado com relação à
idade/série e, consequentemente, desmotivado.
Muitas vezes são expulsos da escola que frequentam por motivos de indisciplina,
uso de drogas ou estão envolvidos no tráfico, entre outras situações de risco, e são
encaminhados para o CESAS para efetivarem matrículas.
Estes alunos e seus responsáveis legais, geralmente não conhecem sobre a
modalidade EJA e suas especificidades, tais como: matrícula por disciplina;
organização semestral; aproveitamento de estudos; turmas com adultos, idosos,
adolescentes e pessoas com deficiência.
Tais especificidades podem ser geradoras de grandes ganhos, como: a
convivência com a diversidade em todos os seus aspectos; a aceleração do estudo, por
meio do aproveitamento de estudos; a diminuição da sobrecarga de atividades, por
meio da matrícula por disciplinas; o relacionamento intergeracional.
Todos esses aspectos podem ser geradores de grande desenvolvimento para o
aluno. Ao mesmo tempo, todos eles trazem a exigência de um comportamento
responsável imediato, por parte do aluno, uma vez que, nessa proposta, ele tem muitas
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facilidades para faltar às aulas, envolvendo-se em ações criminosas, muitas vezes em
conjunto com adultos infratores.
Para evitar tais problemas, várias ações estão sendo tomadas, principalmente
para atender aos estudantes menores de idade, como: organização de reuniões com
pais e responsáveis legais para acompanhamento da frequência, rendimento escolar e
outros; instituição do requerimento de exposição de motivos que levaram os alunos a
abandonarem ou faltarem as aulas; criação do sistema de identificação biométrica para
entrada na escola; cruzamento entre as informações oriundas desse sistema e aquelas
encontradas nos diários de classe dos professores; promoção de ações voltadas para
o diálogo e respeito às diferenças; oferecimento de cursos/atividades que contribuam
para a inserção e promoção do estudante no mercado de trabalho.
Os alunos matriculados neste estabelecimento de ensino são originários de
todas as Regiões Administrativas do Distrito Federal e entorno. Do mesmo modo, o
CESAS recebe alunos de todas as classes sociais e econômicas, sendo muito comum
os casos de alunos que não dispõem de recursos para pagamento do transporte,
material escolar e alimentação. Também se encontra com muita frequência na escola
estudantes trabalhadores, com jornadas diversas de trabalho, e que estudam no
período noturno ou EaD.
O CESAS conta com mais de duzentos estudantes com deficiência,
regularmente matriculados nos três segmentos, nos três turnos. Esses alunos são
incluídos nas turmas regulares e, além disso, recebem atendimento específico, nas
salas de recursos, por professores especializados, de acordo com a sua necessidade.
As salas de recursos multifuncionais estão de acordo com a legislação do MEC,
contam com o apoio de profissional especializado nas áreas de: deficiência auditiva;
deficiência visual; deficiência intelectual; deficiência múltipla; surdo cegueira; transtorno
global de desenvolvimento; transtornos funcionais e específicos; e dificuldades de
aprendizagem.
Tais salas visam colocar o aluno deficiente em condições mais igualitárias com
os demais usuários do espaço acadêmico e mantem flexível os horários de
atendimento.
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A esse respeito, as novas Diretrizes Operacionais da EJA garantem ao estudante
com deficiência o atendimento no mesmo turno de estudo, proporcionando inserção
educacional e social do estudante, a fim de que ele possa assumir o protagonismo de
sua vida.
Em 2012 foi criada, no CESAS, a Unidade Especial DA para atender as
peculiaridades do estudante surdo que não se sentia contemplado na sala de recursos
ou em sala de aula regular. Hoje eles contam com métodos, técnicas, recursos
educativos, organização específica, professores bilíngues, ensino na língua do surdo,
tudo em consonância com suas condições específicas (projeto em anexo).
A inclusão, como política educacional, vai além da matrícula e da garantia de
socialização desses alunos, pois demanda uma revisão de quebra de paradigmas, com
atenção especial ao respeito às diferenças. Desta forma, de acordo com o Estatuto do
Portador de Deficiência, capitulo IV, Do Direito à Educação, Seção I, Disposições
Gerais, Art. 36
A educação é direito fundamental da pessoa com deficiência e será prestada
visando o desenvolvimento pessoal, a qualificação para o trabalho e o preparo para o
exercício da cidadania.
Art. 37. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade
assegurar a educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de
toda a forma de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão escolar.
Desta forma, o aluno com atendimento especializado, poderá ser matriculado em
todos os componentes curriculares ou em apenas alguns deles, de acordo com sua
necessidade. Em ambos os casos, entretanto, para que os professores apoiem os
alunos no processo de construção do conhecimento, são realizadas, quando
necessário, adaptações curriculares.
Além disso, muitos alunos em atendimento especial executam outras atividades,
indispensáveis à sua socialização, dentre elas: ocupações profissionais, fisioterapias,
atendimentos psicológicos e psiquiátricos, danças, arte interativa e outras. Tais
atividades são praticadas, muitas vezes, no turno contrário à sua atividade acadêmica.
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O CESAS é uma escola muito requisitada, também, por: donas de casa;
empregados domésticos; profissionais liberais; profissionais da indústria e do comércio;
profissionais do serviço público; entre outros. Todos eles procuram nossa unidade a fim
de concluírem seus estudos.
Com um corpo discente tão distinto e com faixa etária, condições sociais e
econômicas tão variadas são necessárias parcerias com os diversos segmentos da
sociedade, a fim de proporcionar melhor qualidade de ensino para esses jovens,
adultos e idosos que não tiveram a oportunidade de continuidade ou conclusão de seus
estudos na idade própria.
O aumento significativo nos casos de criminalidade, violência e uso de
entorpecentes nas redondezas da nossa escola, envolvendo, inclusive, nossos alunos,
também nos conduz a buscar alternativas, possibilidades e projetos parceiros para
minimizar e resolver esses conflitos.
Como pode se ver, entre todas as escolas públicas do DF, o CESAS possui uma
experiência ímpar em atendimento a um público com um perfil tão plural. Fundamental,
portanto, considerar interesses e saberes desses estudantes para construirmos uma
proposta pedagógica que atenda seu direito universal à: educação ao logo da vida;
perspectiva de trabalho; aprendizagem significativa.
Para isso, precisamos olhar para o estudante não somente como números, mais
ofertando o ingresso e a permanência na escola com qualidade, sem segregação, de
maneira que se estabeleça um ambiente em que essa diversidade seja respeitada.
O CESAS, ainda, é pioneiro na EaD na SEDF e também foi uma das primeiras
escolas na inserção dos alunos com deficiência, diagnosticados ou não, na EJA. Além
disso, atende pessoas cumprindo medidas socioeducativas, situação de risco, restrição
de liberdade, comunidades indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e urbanos.
Hoje contamos com 4.216 alunos, temos mais de 800 com distorção idade/série,
oriundos das escolas públicas do DF e entorno.
Mediante esta diversidade nosso compromisso exige mudanças de paradigmas
de práticas pedagógicas, numa construção que só pode ser coletiva.
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A escola para todos e todas deve ser justa e democrática e deve vir ao encontro
dos anseios de sua população. Nosso contingente de adolescentes e jovens tem sede
de que seus direitos e liberdades fundamentais sejam respeitados, ainda que, muitas
vezes, nem reconheçam esses direitos ou, pelas barreiras impostas pela exclusão,
utilizem-se de outras linguagens para demonstrar seu sofrimento no contexto escolar.
Sabemos que a simples existência de leis não garante uma sociedade justa.
Desta forma, é imprescindível que nos comprometamos com a causa da conquista da
autonomia do estudante, quer seja na escola, quer seja na vida em sociedade. Santos
(1988), afirma que a luta da cidadania não se esgota na confecção da lei ou na
constituição, porque a lei é apenas a concreção, um movimento finito de um debate
filosófico sempre inacabado. Assim como o indivíduo deve estar sempre vigiando a si
mesmo para não se enredar pela alienação circundante, assim o cidadão, a partir das
conquistas obtidas, tem de permanecer alerta para garantir e ampliar sua cidadania.
VI. PERFIL DA ESCOLA E CARACTERIZAÇÃO
Nesse subcapítulo apresentaremos um pouco da infraestrutura pedagógica,
física e administrativa da escola, bem como o número de alunos atendidos, por
série/segmento e modalidades.
1 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
Levando em consideração o modelo do currículo em movimento, formulado para
atender à Educação de Jovens e Adultos, o Cesas vem priorizando suas ações no
sentido de adaptar as orientações e diretrizes à realidade existente neste segmento da
educação, de forma que se busca compreender em sua estrutura curricular o contexto
social que envolve esta modalidade de ensino.
Diante da questão que envolve a proposta de uma nova visão do currículo em
movimento da EJA, a Escola entende a responsabilidade que é chamada para si como
instituição que recebe um número de estudantes que estão à margem da sociedade, e
assim, desenvolve no seu currículo tudo que se possa alcançar novas fronteiras do
conhecimento, além de oferecer oportunidades concretas da inserção do cidadão com
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dignidade na sociedade, oferecendo projetos de educação profissional, além de realizar
oficinas de interesses diversos, que possibilitem ao estudante a motivação em
frequentar o espaço escolar, eliminar a evasão escolar e promover a oportunidade do
seu ingresso no mercado de trabalho.
O papel que o Cesas exerce é de grande importância na sociedade do Distrito
Federal, a partir do olhar diferenciado na sua comunidade, sobretudo as diferenças
geracionais, diversidade cultural, social e econômica da comunidade do Cesas, além
da trajetória e história de vida de cada estudante, e assim a Escola busca aplicar o seu
currículo, observando a real necessidade do seu estudante, para que ele percorra
caminhos de aprendizagens de forma variada e revezada.
Nessa perspectiva, o Cesas trabalha o seu currículo de forma a organizar a vida
pessoal e profissional do estudante, sem prejudicá-lo no processo de ensino e de
aprendizagem e o domínio de conhecimentos. Ademais, viabiliza o trabalho do seu
currículo de forma a envolver a família, contanto que isso possa influenciar para o
crescimento escolar do estudante, tornando-se um fator motivacional para o
aprendizado do aluno. Nessa linha de trabalho, diariamente a Escola recebe a família
para conversas sobre o estudante, eventos, e a Equipe Gestora sistematiza
periodicamente reuniões para discutir o Projeto da Escola.
Ainda, sob o ponto de vista do perfil do seu público, a Escola tem como proposta
a utilização de métodos de estudos que estejam em sintonia com o novo modelo
curricular por parte dos profissionais da Escola. Para isso, a Escola busca incentivar e
capacitar os docentes para a arte de ensinar com um atendimento diferenciado, além
do material didático disponibilizado para a EJA. Como metodologia, a Equipe Gestora
faz questão de acolher, de forma diferenciada, os profissionais, seja em momentos
comuns, como semana e coordenações pedagógicas, mas também separadamente,
ao receber durante o ano letivo novos profissionais, de forma que cada um deles
conheça o universo que é a Educação de Jovens e Adultos, direcionando para um o
trabalho diferenciado do currículo a ser aplicado.
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Considerando as ações de educação profissional que a Escola vem
implementando, o Cesas trabalha em parcerias, a partir de vários convênios assinados
pela SEEDF com instituições como SESC, FUNARTE, CAJE, SECONCI, Presidência
da República e Universidade de Brasília. Ademais, o Cesas é Escola certificadora de
concluintes do Ensino Fundamental e Médio por meio de exames nacionais
(ENCCEJA).
Dentro de sua proposta de integração do conhecimento acadêmico com o mundo
do trabalho a UE vem desenvolvendo um esforço continuado por meio do seu Projeto
Talentos CESAS. O Seu principal objetivo é o de constituir estruturas pedagógicas que
proporcionem a seu estudante, ex-estudante e comunidade socialmente envolvida a
orientação, formação e acompanhamento voltados para inserção produtiva. O Cesas
atua em parceria com o PRONATEC no desenvolvimento, gestão e acompanhamento
de cursos técnicos. Cabe destacar os cursos Técnico em Enfermagem (Mulheres Mil),
Técnico em Teatro e Técnico em Artes Circenses (Mediotec) bem como os cursos FIC
- Cuidador de Idoso, Massagista, Auxiliar de Cozinha, Operador de Computador, entre
outros. Essa parceria é amparada pela Escola Técnica de Planaltina, que vem
certificando os cursos oferecidos pelo Cesas nos últimos anos, ampliando a oferta de
vagas de cursos FIC e técnicos para as diversas comunidades do Distrito Federal e,
especialmente, aos estudantes matriculados no Cesas.
Ainda na perspectiva da Educação Profissional, o Cesas vem apoiando
os estudantes no encaminhamento para estágios, aulas de violão em uma parceria com
a Universidade de Brasília, que encaminha estagiários dos Cursos de Música, e
ainda, aulas de corte e costura, dentro de Projeto com a atuação de professores
readaptados, e finalmente, a rádio TV Cesas, com professor regente da própria escola.
.
É possível assim perceber a importante função social que o Cesas realiza na
rede pública de ensino,sobretudo pelo fato de a Escola estar localizada
estrategicamente no centro da capital, de forma a atender os cidadãos das Regiões
Administrativas do DF e do Plano Piloto, que trabalham próximo ao local e que
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encontram a grande possibilidade de concluir o ciclo de estudo, encontrando neste
espaço múltiplas possibilidades e motivação para evitar a evasão escolar.
2. MODALIDADES DE ENSINO
a. PRESENCIAL: O CESAS atualmente é organizado em regime semestral com
100 dias letivos. Atende o 1º segmento com carga horária de 1600 horas, o 2º
segmento também com a mesma carga horária 1600 horas, com 8 disciplinas e 5 aulas
diárias e o 3º segmento com carga horária de 1200 horas com 12 disciplinas e 5 aulas
diárias, funcionando em 3 turnos (Mat/ Vesp/ Not). O horário da escola é: matutino de
7:50 as 12:00, vespertino de 13:50 as 18:00 e noturno de 19:00 as 23:00.
b. Ensino a Distancia – EAD: A Educação de Jovens e Adultos a Distância é
ofertada pelo Centro de Estudos Supletivos Asa Sul – CESAS no 2º segmento/ para o
Ensino Fundamental – Anos Finais e para o 3º segmento/Ensino Médio e está assim
organizada: Ensino Fundamental – Anos Finais: duração de quatro semestres, com
carga horária de 1.640 (mil seiscentas e quarenta) horas.
Ensino Médio: duração de três semestres, com carga horária de 1.275 (mil
duzentas e setenta e cinco) horas.
A EJA/EaD é desenvolvida pela internet, no Ambiente Virtual de Aprendizagem
– AVA, Moodle. A metodologia adotada nos cursos a distância favorece a construção
da autonomia do estudante e sua inserção na sociedade informatizada. O aluno da
EJA/EaD conta com o acompanhamento de professores tutores, por meio do AVA e,
presencialmente, nos plantões de atendimento no CESAS.
b. Ensino Profissional – O Cesas oferece Cursos de Formação Inicial e
Continuada, por meio do Programa Pronatec, nas seguintes áreas: Cuidador de Idosos,
Assistente Administrativo, Cuidador Infantil, Jardineiro, Cozinheiro, Auxiliar de Cozinha,
Massagista e Operador de Computador.
As Modalidades de Ensino do CESAS possibilitam um atendimento ajustado à
realidade do aluno, bem como a otimização do uso dos recursos existentes na escola.
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3. INFRAESTRUTURA FÍSICA E INSTALAÇÕES
A escola tem uma área física construída em alvenaria, assim distribuída:
27 salas de aula 05 salas de apoio alunos com deficiência
01 espaço para EaD 01 Secretaria
01 sala de direção 01 sala de apoio
01 sala de orientação escolar 01 sala de professores e coordenação
01 sala de leitura 01 sala de informática –Proinfo
02 cantinas escolares 01 Cozinha
01 depósito para gêneros de merenda escolar
01 depósito para materiais de apoio e serviços gerais
01 banheiro para professores 01 banheiro para professoras
01 banheiro para servidores 01 banheiro para alunos
01 banheiro para alunas 01 Auditório
01 pátio coberto para atividades com alunos e professores
20 Postos de atendimento profissionalizantes
Contém, ainda, uma área externa de aproximadamente 10.000m², funcionando
como pátio de recreação e espaço para atividades das aulas de educação física, com
2 (duas) quadras de esportes.
4. INFRAESTRUTURA ADMINISTRATIVA
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SUPERVISOR ADMINISTRATIVO
APM
CAIXA
ESCOLAR
SUPERVISOR
PEDAGÓGICO
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5. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
a. Gestão Administrativa
6. INSTITUIÇÕES ESCOLARES DO CESAS
As instituições escolares do CESAS, segundo seu Regimento Interno,
foram criadas visando integrar o corpo docente, discente e comunidade, bem
como facilitar o desenvolvimento do processo pedagógico.
1.1. Associação dos Alunos e Funcionários do CESAS - AAFC
É a entidade responsável pela administração dos recursos oriundos das
contribuições voluntárias dos alunos. Esses recursos são utilizados para
melhoria das instalações físicas do CESAS, bem como para aquisição de
materiais e demais encargos advindos de problemas de ordem material e
estrutural.
Os membros da Associação são eleitos pelos alunos e funcionários do
CESAS, fazendo parte de sua estrutura organizacional professores, alunos,
servidores e dirigentes deste estabelecimento de ensino. O mandato da diretoria
da Associação tem a duração de três anos.
1.2. CAIXA ESCOLAR DO CESAS
Destina-se, única e exclusivamente, para a gestão dos recursos alocados
pelo PDAF, pela verba do FNDE ou quaisquer outras verbas governamentais.
1.3. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é o órgão máximo para a tomada de decisões
realizadas no interior de uma escola. Este é formado pela representação de
todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, como: alunos,
professores, pais ou responsáveis, funcionários, pedagogos, diretores e
comunidade externa.
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Cada Conselho Escolar tem suas ações respaldadas através do seu próprio
Estatuto, que normatiza a quantidade de membros, formas de convocação para
as reuniões ordinárias e extraordinárias, como é realizado o processo de
renovação dos conselheiros, dentre outros assuntos que competem a essa
instância.
Neste sentido, cabe aos conselhos escolares:
a. deliberar sobre as normas internas e o funcionamento da escola;
b. participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico;
c. analisar e aprovar o Calendário Escolar no início de cada ano letivo;
d. analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola,
propondo sugestões;
e. acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e
financeiras da escola e;
f. mobilizar a comunidade escolar e local para a participação em atividades
em prol da melhoria da qualidade da educação, como prevê a legislação.
7. RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros destinados à manutenção da escola são os
previstos no Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF),
instituído por meio do Decreto 28.513, de 06/12/2007, do Governo do Distrito
Federal, e gerenciados pela Equipe Gestora da unidade escolar, que está
assinando com o Secretário de Educação do Distrito Federal um Termo de
Responsabilidade da Gestão Escolar Compartilhada.
2.1. Definição de metas para gestão dos Recursos Financeiros
1. PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira.
Toda a verba advinda do PDAF será acompanhada e fiscalizada pela
comunidade escolar, a partir de suas instâncias de organização, nos três
momentos distintos: planejamento, execução e prestação de contas. O programa
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é utilizado para a realização da manutenção da estrutura física (reparos
hidráulicos, elétricos e prediais) e na obtenção de recursos pedagógicos. A
gestão de 2016-2019 , realizará obras de reparos frequentes tais como: troca de
lâmpadas, limpeza e reparos das Calhas, pinturas internas e externas. Aquisição
de Material de expediente previstos em lei.
2. PDDE- Programa Dinheiro Direto na Escola
Verba destinada a realização dos projetos pedagógicos com a intensão de
atender diretamente o aluno na sala de aula, sala de recurso, biblioteca,
laboratórios etc., na aquisição de computadores, impressoras, projetores,
materiais didáticos e de expedientes, para facilitar a aprendizagem do aluno.
As metas para o PDDE é a de adquirir, com mais agilidade, os recursos
solicitados pelos professores e alunos, para viabilizar os projetos realizados pelo
CESAS de acordo com as necessidades de cada segmento e modalidade.
b. Gestão Pedagógica
1. Recursos humanos
O CESAS conta com profissionais capacitados para atender, com
qualidade, ao corpo discente, aos quais deve ser oferecida constante formação
continuada, promovida, sempre que possível, na própria escola.
Atualmente, o corpo docente do CESAS é formado por 198 servidores,
sendo 173 professores, seis Orientadoras Educacionais, a oito Assistentes de
Educação/Apoio Administrativo, 3 Educadores Sociais e 1 monitor para sala de
recurso.
Deve ser destacado, ainda, que o CESAS opera nos três turnos diários
(Matutino, Vespertino e Noturno) e não conta com professores em jornada
ampliada.
1.1. Definição das metas pedagógicas (descrição)
As metas pedagógicas da escola são definidas a partir da compreensão que é
feita da relação escola-comunidade escolar. Partindo dessa relação podemos
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definir uma maior participações dos elemento envolvidos e agentes diretamente
envolvidos no processo pedagógico. A Gestão Democrática se consolidará na
oportunização dos momentos e instrumentos necessários ao referido processo.
1.2. Diretrizes significativas para alcançar as metas estabelecidas pela
política educacional vigente (descrição)
Podemos estabelecer como sendo três as diretrizes necessárias para a
atender à política educacional vigente:
a. A garantia do pleno desenvolvimento da relação escola-
comunidade;
b. A Gestão Democrática criando e oportunizando as condições de
efetivação da relação escola-comunidade;
c. Democratização de acesso e permanência do aluno na escola,
criando condições para que o mesmo se envolva e seja sujeito no
processo pedagógico e possa apontar alternativas para o seu
engajamento efetivo nos destinos de sua educação.
d. Garantia da excelência da educação de acordo com o estabelecido
na Gestão Compartilhada (descrição)
e. A Excelência da Educação, se dará quando conseguirmos
assegurar um ensino de qualidade, que garanta o acesso e a
permanência dos alunos, possibilitando a formação de cidadãos
críticos e participativos, capazes de entender e transformar a
sociedade e o mundo.
1.3. Definição de metas para gestão dos Recursos Humanos
Os recursos humanos existentes na UPE serão distribuídos de maneira a
otimizar o atendimento à comunidade escolar e geográfica. Todos os servidores
estarão dentro da modulação preconizada pela SEEDF e seguirão as
orientações emanadas do setor de RH quanto ao quantitativo para cada setor.
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1.4. Definição de metas para atuação do Conselho Escolar
O Conselho Escolar terá papel de preponderância dentro da gestão
escolar, pois será o local de direito onde serão desenvolvidas as discussões
pertinentes ao acompanhamento de todos os momentos da Gestão
Democrática.
2. Descrição dos Recursos Físicos e Didáticos
a. SALA DE RECURSOS - DEFICIÊNCIAS VISIAIS – D.V.
4 máquinas de Braile
1 impressora Braile
Materiais para Anatomia
Material Tátil-concreto
b. CLASSE BILINGUE - SURDOS
Smart Tv conectada a internet
Quadros Brancos
Sala ambiente
Materiais para Anatomia
c. SALA DE RECURSOS - GENERALISTA
Computadores e Smart TV conectado a internet
Sala de pintura
Impressora
Materiais para Anatomia
d. DEMAIS AMBIENTES E EQUIPAMENTOS
8 salas do segundo segmento (corredor A) com telões para projeção.
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O Cesas possui 168 pontos de internet abrangendo Salas de aula,
bibliotecas, SR, Auditório, Sala dos professores e Coordenações e a EAD.
7 Projetores.
Caixas de som.
DVDs/ Aparelho de som.
Smart TVs conectadas a internet.
3. TOTAL GERAL DE ALUNOS E TURMAS POR MODALIDADE DE
ENSINO:
MODALIDADE NÚMERO
DE ALUNOS
NÚMERO TOTAL
DE TURMAS
NÚMERO DE TURMAS POR
TURNO
NÚMERO TOTAL DE
DISCIPLINAS
EJA
1º Segmento
208 14 MAT: 5
VESP: 5 NOT: 4
1
2º Segmento
1300 27 MAT: 9
VESP: 9 NOT: 9
8
3º Segmento
1183 27 MAT: 10 VESP: 7 NOT: 10
12
EaD 2º segmento 714 4 4 8
3º segmento 1273 3 3 12
TOTAL 4.605 75 75 41
4. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS, SOCIOPOLÍTICOS E
PSICOPEDAGÓGICOS.
Nesse capítulo apresentamos os pressupostos teóricos e metodológicos
que servem como guias na organização do trabalho pedagógico do CESAS, que
influenciam as ações da escola e das salas de aula.
Os princípios norteadores são a bagagem de conhecimentos e as
experiências do aluno de EJA. Elas devem ser levadas em consideração na
condução do processo de ensino e de aprendizagem. O professor deve assumir
em sala de aula a função de facilitador da aprendizagem, trabalhando os
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conteúdos significativos de forma contextualizada, respeitando o ritmo próprio do
aluno, com vistas ao desenvolvimento de suas habilidades e competências.
O respeito ao ritmo próprio do educando é de fundamental
importância para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem,
pois evita que o aluno que já possui ou alcançou o conhecimento das habilidades
e competências referentes a cada componente curricular seja retido na escola,
causando prejuízos para seu projeto de vida.
Compartilhar dos sentimentos, ideias, experiências, limitações,
interesses e desejos do aluno, assim como seu envolvimento intelectual, físico e
emocional, além de facilitar a troca de experiências, a troca de ideias e a
liberdade de expressão, constituem-se em ferramentas motivadoras para a
construção da aprendizagem sob a responsabilidade de todos os trabalhadores
da educação da escola.
Valorizar as vivências, acolher as sugestões e críticas, buscar
alternativas inovadoras são, dentre outras, atitudes relevantes para acentuar o
crescimento da autoestima e da autoconfiança do aluno.
Os trabalhadores em educação, de forma direta ou indireta, exercem
papel primordial neste processo de desenvolvimento integral do aluno, tendo
uma ação pedagógica baseada no respeito, na solidariedade, no exercício
consciente da cidadania, na ética e na busca do resgate de valores e posturas
que norteiem a conquista da independência, a criatividade e o sucesso do
educando.
Organizamos o capítulo em cinco seções complementares. Na
primeira delas apresentamos uma proposta de organização pedagógica que
mostra a relação direta e interdependente entre os vários componentes teórico-
metodológicos de organização da escola. Na segunda apresentamos nossas
concepções de desenvolvimento e aprendizagem e, na terceira, coerente com
elas, a perspectiva histórico-cultural de Vygotsky.
A quarta seção discute um pouco sobre nossas concepções de
Diversidade e sua relação com a educação e a escola. A última seção, então,
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sintetiza todos esses aspectos e estabelece a relação cíclica entre todos eles e
a organização do trabalho pedagógico no CESAS.
a. ORGANIZAÇAO PEDAGÓGICA COMO UM PROCESSO CÍCLICO
O CESAS reconhece, em conjunto com uma ampla gama de estudiosos
da educação, que a atividade docente incorpora inúmeros aspectos, todos eles
de ordem bem diferenciadas. Assim, para organizar uma aula, por exemplo,
temos que saber: que homem/mulher queremos formar; para construção de qual
tipo de sociedade; que conteúdos contribuirão para a construção desse sujeito;
como devemos organizar o processo de ensino de forma que gere
desenvolvimento e aprendizagem; que recursos temos disponíveis para essa
organização; como devemos avaliar e acompanhar esse processo, etc.
Nessa direção, Freire (1998), afirma que o processo de construção de
uma proposta pedagógica coerente em todos os seus aspectos, como nossos
referenciais pessoais e contextuais de mundo, homem/mulher, sociedade e
educação tem sido motivo de muitas preocupações e um grande desafio na
organização do trabalho pedagógico das escolas. Isso se dá principalmente
porque as diferentes concepções teóricas de desenvolvimento modificam
sistematicamente a forma de interpretarmos a realidade educacional, o
desenvolvimento e a aprendizagem do sujeito.
Visando facilitar a compreensão desse processo, Raposo (2010)
desenvolveu uma metodologia com orientação sociocultural construtivista, que
ressalta a relevância do contexto cultural e social para o processo educacional.
A autora considera que a pessoa constrói o conhecimento no seu processo da
vida, que é organizado pelo mundo social onde vive. A organização desse
processo pedagógico, portanto, deve buscar incluir a inter-relação das várias
partes do processo educacional. (RAPOSO e cols, 2008; RAPOSO; MACIEL,
2008).
Apresenta, assim, um modelo de organização pedagógica como um
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processo cíclico no qual o aluno é orientado para objetivos por meio de
procedimentos específicos, situados no contexto de um círculo de ações
educativas. Os processos de pensamento e reflexão do professor e do aluno
estão em contínua interação dialética com todas as outras partes do sistema,
levando-os, assim, à construção de novos conhecimentos.
Figura 1: Organização Pedagógica como um Processo Cíclico
Fonte: RAPOSO e cols, (2008); RAPOSO; MACIEL (2008).
Nessa perspectiva, Raposo (2010) considera que o processo pedagógico
de qualquer área deve contemplar tanto as relações que se dão entre os sujeitos
que dela participam e entre os sujeitos e instrumentos implicados na dita
atividade, quanto nas relações entre os diferentes sistemas implicados. Todas
essas setas que vão e vêm na figura representam essas relações e demonstra
que a totalidade dos elementos do processo pedagógico compõem um sistema
único, são interdependentes e, nesse sentido, influenciam diretamente um no
outro.
Com base nesses pressupostos, o CESAS acredita que o professor, as
escola e todos os seus projetos devem considerar, na organização de sua
proposta pedagógica, a trama das relações contextuais ressaltando,
especificamente: suas concepções de homem, de mundo e de sociedade, de
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educação; suas concepções de desenvolvimento e aprendizagem; o
conhecimento que se pretende trabalhar; os métodos e instrumentos envolvidos
no processo de ensino e de avaliação; tudo isso mediado pelas experiências
intuitivas do aluno e do professor. (RAPOSO; MACIEL, 2008).
A seguir apresentaremos a concepção de desenvolvimento e
aprendizagem incorporada pelo CESAS e suas consequentes educacionais.
b. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
Como dissemos anteriormente, nossa orientação educacional passa por
diferentes ideias a respeito da forma como nos desenvolvemos e como
aprendemos sobre os objetos, o mundo e sobre nós mesmos, ou seja, cada um
tem uma concepção própria de homem/mulher, mundo e sociedade. Essa
interpretação resulta da relação sujeito-ambiente, isto é, deriva de uma tomada
de posição epistemológica em relação ao sujeito e ao meio e é classificada como
inatista, ambientalista ou interacionista (DAVIS; OLIVEIRA, 1994).
Segundo Davis e Oliveira (1994) os inatistas afirmam que as formas de
conhecimento estão predeterminadas no sujeito, ou seja, as capacidades e
qualidades de cada pessoa já estão prontas quando ela nasce e, durante a vida,
vão sendo melhoradas a partir da influência do meio. Nessa concepção,
portanto, o desenvolvimento obedece a um processo de maturação interna que
pode ser acelerado ou reprimido pelas influências do meio, mas não pode ser
transformado.
As implicações educacionais que essa concepção nos traz são bem
conhecidas e representam àquelas argumentações recorrentes de que o aluno
pode ou não ter aptidões para aprender algumas coisas ou de que há
necessidade de se esperar o desenvolvimento biológico e a maturação do aluno
para que determinados conhecimentos sejam ensinados.
A outra concepção de desenvolvimento tem sua origem no empirismo, ou
seja, prima pelo objeto e é denominada ambientalismo. Para Davis e Oliveira
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(1994), os ambientalistas, ao contrário dos inatistas, consideram que o indivíduo
está sujeito às contingências do meio, sendo o conhecimento uma cópia de algo
dado no mundo externo. Nesse sentido, o indivíduo é construído a partir das
influências do meio, ou seja, suas experiências vão dando origem a
comportamentos determinados por esse meio.
Os reflexos dessa concepção na educação é a organização de um espaço
educacional munido com um grande número de informações e programas
educacionais que produzem transformação, correção e estimulação do aluno, a
partir do uso programado de técnicas e metodologias adequadas à
aprendizagem do aluno.
Por fim, a última concepção é a interacionista. Do ponto de vista
interacionista, o sujeito se constitui historicamente nas interações com o meio,
com os objetos e, principalmente, com as outras pessoas. Nesse sentido, o
desenvolvimento ocorre dinamicamente, durante toda a vida da pessoa, de
forma que homem/mulher e mundo vão se transformando ativamente pela ação
do outro. (DAVIS; OLIVEIRA, 1994).
A educação, nessa concepção, exerce um papel fundamental no
desenvolvimento humano. No entanto, ela não acontece de forma unidirecional.
Ao contrário, professor, alunos e comunidade educacional atuam uns sobre os
outros de forma que cada um deles vai ativamente transformando suas ações
internamente.
Segundo os interacionistas, o processo de construção de conhecimentos
acontece nas relações sociais estabelecidas no contexto escolar. Por esse
motivo, as metodologias de ensino devem criar situações coletivas que
promovam conflitos, problemas e desafios nas tarefas, de forma que o aluno
possa construir o conhecimento ativa e interativamente.
Como pudemos ver, dependendo da nossa concepção de
desenvolvimento e aprendizagem, organizaremos atividades pedagógicas de
formas diferenciadas. Subjacente a essas atividades estão presentes – implícita
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ou explicitamente, de forma articulada ou não, consciente ou não - um referencial
teórico que estará vinculado com o tipo de mundo que queremos ter, o tipo de
homem/mulher que queremos formar para contribuir na construção desse mundo
e o tipo de educação que propiciará o desenvolvimento desse homem/mulher.
c. A ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY
O CESAS, coerente com os pressupostos teóricos apresentados no
Currículo em Movimento, da SEDF, apoia-se numa concepção interacionista de
desenvolvimento humano e utiliza-se dos pressupostos teóricos da abordagem
histórico-cultural de Vygotsky para organizar seu trabalho pedagógico.
Nessa abordagem o homem é reconhecido como produto da interação
dos aspectos biológicos e sociais, dentro de um tempo e espaço determinado e
num processo permanente de construção histórica. (MOLL, 1996; GARNIER e
cols, 1996).
Vygotsky, segundo Raposo (2010) dedicou-se a estudar, prioritariamente,
as funções psicológicas superiores, também chamadas de processos mentais
superiores. Segundo Vygotsky as funções psicológicas superiores representam
a capacidade estritamente humana de pensar em objetos ausentes, imaginar
eventos nunca vividos ou planejar ações a serem realizadas em momentos
posteriores, de maneira intencional e voluntária. Tais funções, segundo o teórico,
são desenvolvidas permanentemente ao longo da história do indivíduo, por meio
da sua interação com uma determinada cultura, em um momento histórico
determinado.
De acordo com a autora, Vygotsky trabalha com a noção de que a relação
do homem com o mundo não é uma relação direta. Essa relação, de acordo com
o teórico, é uma relação mediada por instrumentos e signos, que representam
instrumentos auxiliares da atividade humana.
O conceito de mediação, nesse sentido, torna-se o centro da explicação
vygotskyana sobre o funcionamento psicológico e é reconhecido como o
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processo essencial para tornar possíveis atividades psicológicas voluntárias,
intencionais e controladas pelo próprio indivíduo. (MOLL, 1996; GARNIER e cols,
1996).
Segundo Raposo (2010), o teórico afirma que ao longo do
desenvolvimento de cada indivíduo, a utilização das marcas externas vai se
transformar em processos internos de mediação, ou seja, o indivíduo constrói ao
longo de sua história representações mentais que substituem os objetos do
mundo real. Esse mecanismo é chamado por Vygotsky de internalização. Para
ele essa capacidade de lidar com representações que substituem o próprio real
é que possibilita ao homem libertar-se do espaço e do tempo presentes, fazer
relações mentais na ausência das próprias coisas, imaginar, fazer planos e ter
intenções.
De acordo com Vygotsky, ao longo da história da espécie humana os
signos passam a ser compartilhados pelo conjunto dos membros do grupo social,
permitindo a comunicação entre os indivíduos e o aprimoramento da interação.
Os sistemas de representação da realidade, portanto, são socialmente dados,
ou seja, “é o grupo cultural onde o indivíduo se desenvolve que lhe fornece
formas de perceber e organizar o real, as quais vão constituir os instrumentos
psicológicos que fazem a mediação entre o indivíduo e o mundo”. (OLIVEIRA,
1997, p. 36).
Pensar o processo de desenvolvimento do ser humano marcado por sua
inserção em determinado grupo social é reconhecer que o mesmo se dá ‘de fora
para dentro’. Em outras palavras, nessa perspectiva o indivíduo primeiramente
realiza ações externas, que serão interpretadas pelas pessoas ao seu redor, de
acordo com os significados culturalmente estabelecidos. Em seguida o indivíduo
poderá atribuir significados para suas próprias ações e desenvolver processos
psicológicos internos que podem ser interpretados por ele próprio. (MOLL, 1996;
GARNIER e cols, 1996).
Essa perspectiva de desenvolvimento explicitada por Vygotsky enfatiza a
importância do aprendizado. Assim, existe um percurso de desenvolvimento, em
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parte definido pelo processo de maturação do organismo individual, pertencente
à espécie humana, mas é o aprendizado que possibilita o despertar de processos
internos de desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo
ambiente cultural, não ocorreriam. Afirma:
O aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de
desenvolvimento das funções psicológicas superiores culturalmente
organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1984, p. 101).
Essa concepção de aprendizagem, segundo Raposo (2010) reforça a
importância que Vygotsky dá ao papel do outro social no desenvolvimento dos
indivíduos, uma vez que, segundo o teórico, não há desenvolvimento pleno sem
suporte de outros indivíduos da mesma espécie. Para explicar essa relação com
o outro Vygotsky oferece um conceito específico essencial de sua teoria: zona
de desenvolvimento proximal - ZDP. Segundo o teórico:
A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de
desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução
independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob orientação de um
adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.
(VYGOTSKY, 1984, p. 97).
A ZDP refere-se, então, ao caminho que o indivíduo percorre para
desenvolver suas funções mentais superiores. Ela está em constante
transformação num movimento em que o processo de aprendizagem desperta
processos de desenvolvimento. Fundamental lembrar, ainda, que para
Vygotsky,o outro social mais experiente deve interferir constantemente nessa
ZDP, a fim de movimentar o processo de desenvolvimento do indivíduo.
Para melhor entendermos esse conceito, peguemos o exemplo do
desenvolvimento de uma criança que ainda não sabe andar. Nessa fase de
desenvolvimento seu nível real é engatinhar e o nível potencial, andar. À medida
que a criança vai sendo mediada por um outro social (pais, irmãos mais velhos
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ou outros), ela vai internalizando a capacidade de andar num plano intra
psicológico, até conseguir desenvolver essa atividade sozinha. O andar, então,
representará o seu nível real de desenvolvimento e o nível potencial passará a
ser uma outra atividade mais difícil, como correr ou pular.
Importante, então, que o mediador esteja sempre atento àquilo que o
estudante já faz sozinho a fim de conduzi-lo a níveis mais avançados de
desenvolvimento, por meio de processos de aprendizagens. Para isso, é
fundamental que esse mediador conheça e respeite as diferenças entre os
estudantes e demais indivíduos do contexto educacional. Na seção seguinte
trataremos dessa questão especificamente.
d. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO
Ao falarmos de diversidade na escola estamos nos referindo ao convívio
respeitoso, equivalente, multicultural e onde todos os direitos humanos sejam
preservados, considerando-se os diferentes grupos, identidades e culturas que
se manifestam e buscam reconhecimento no contexto escolar.
Nessa perspectiva, uma cultura não poderá ser superior a outra e todas
deverão ser consideradas. Sabemos que pensar nessa equivalência dentro de
uma sociedade de supremacia branca e machista, como a nossa, torna-se um
grande desafio da escola. Como pensar na convivência igualitária do grupo
dominante e das ditas minorias (negros, índios, homossexuais, mulheres, pobres
e outras classes que sofrem discriminação) sem pensar nas questões de poder?
A esse respeito, McLaren (2000, apud Hanna e COLS 2009) ressalta que
na sociedade atual há muito desprezo pelas minorias, de maneira que as classes
dominantes, além de ignorar a realidade excluída dos desfavorecidos, tem seu
poder em grande parte, formado pela sua dominação e exploração.
Assim, é fundamental que a escola se torne um lugar plural e dialógico,
no qual os estudantes não sejam levados apenas a ler textos, ou reproduzir
aquilo que é ditado pelos grupos dominantes, mas a entender os contextos de
maneira que superem exclusões e injustiças às classes, raças e gêneros.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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Hanna e cols (2009), a esse respeito, afirmam que uma escola
comprometida com a vivência dos direitos humanos deve construir um currículo
multicultural, que visa a formação para a cidadania. Para isso, apontam a
necessidade de se levar em conta que os atores desse processo têm diferentes
representações e racionalidades.
De acordo com os autores, ainda, é fundamental se considerar a não
neutralidade do currículo e das ações desenvolvidas na escola. Segundo eles
A escola é território de produção, circulação e consolidação de
significados que constituem espaços de concretização da política da
identidade. O currículo escolar é um dos mecanismos que forma a
identidade dos indivíduos. (p. 3668)
Sendo assim, Hanna e cols (2009) afirmam que caberá aos profissionais
da educação olhar para dentro da escola e do currículo e verificar como as
histórias estão sendo construídas e como se constrói os sentidos de
pertencimento e exclusão.
Em outras palavras, uma escola entendida como espaço de convivência
da diversidade, deve ser compreendida como espaço democrático de
desmascaramento das exclusões. Deverá tornar visíveis as exclusões e ser o
local que respeita os mais elementares direitos humanos e sociais.
e. PROCESSO PEDAGÓGICO DO CESAS
Pensar na organização do trabalho pedagógico de uma escola, portanto,
representa uma atividade que vai muito além da organização das atividades que
desejamos desenvolver na sala de aula. Como pudemos discutir nesse capítulo,
ela envolve aspectos maiores e todos esses aspectos estão ciclicamente
articulados, numa perspectiva que envolve inter-relação, interdependência e
complementaridade.
Para compreender a organização do trabalho pedagógico do CESAS,
portanto, analisamos o Processo Pedagógico como um Processo Cíclico,
apresentado na primeira seção desse capítulo, e verificamos que as concepções
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teóricas são sintetizadas numa compreensão de que o desenvolvimento é
impulsionado pela aprendizagem, o que demonstra uma implicação imediata
dessa concepção para o ensino e a didática da escola. (RAPOSO e cols, 2008;
OLIVEIRA; RAPOSO, 2008).
Os objetivos didáticos, por exemplo, estarão comprometidos em conhecer
o nível de desenvolvimento real dos alunos e dirigir o ensino para estágios de
desenvolvimento ainda não incorporados, funcionando como um motor de novas
conquistas psicológicas.
Vygotsky destaca, então, a necessidade de a escola fazer a ponte entre
os conhecimentos espontâneos gerados pela observação e experiências dos
alunos, com os conteúdos científicos, desenvolvidos pelo homem nas diversas
áreas de conhecimento.
O processo de ensino na escola, nessa perspectiva, deve ser construído
tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real e como ponto
de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados
aos alunos.
O percurso será balizado pelo nível de desenvolvimento potencial do
aluno, de forma que ele possa avançar em sua compreensão de mundo a partir
dos conhecimentos já consolidados e tendo como meta etapas posteriores,
ainda não alcançadas. Nesse sentido, o único bom ensino é aquele que se
adianta ao desenvolvimento. (RAPOSO e COLS, 2008; OLIVEIRA; RAPOSO,
2008)
O professor, nesse processo, assume um papel especial de mediador das
relações interpessoais e do conhecimento construído historicamente. Em outras
palavras, ele será um intermediário entre o conteúdo e a atividade construtora
dos alunos determinando em grande parte que esta esteja estabelecida de tal
forma que o aluno possa produzir determinadas atividades. (SALVADOR e cols.,
1999)
Além disso, ele terá um papel explícito de interferir na ZDP dos alunos,
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provocando avanços que não aconteceriam espontaneamente. Para isso, o
professor poderá usar, então, diferentes procedimentos de ensino, como
demonstrações, assistência, fornecimento de pistas, instruções, etc. todos eles
essenciais para a promoção do ‘bom ensino’.
Vygotsky também sugere que se faça uso da imitação, não como mera
cópia do modelo, mas como uma reconstrução individual daquilo que é
observado nos outros. Segundo o teórico esse procedimento possibilita que o
aluno realize ações que estão além de suas próprias capacidades, o que
contribui para o seu desenvolvimento. (RAPOSO e COLS, 2008; OLIVEIRA;
RAPOSO, 2008).
Por fim, destacamos um outro aspecto muito enfatizado na teoria, que se
refere à interação interpessoal. Segundo o teórico os grupos de alunos são
sempre heterogêneos quanto ao conhecimento já adquirido nas diversas áreas
e um aluno mais avançado num determinado assunto pode contribuir para o
desenvolvimento de outros.
Sendo assim, bem como o professor, um aluno também pode funcionar
como mediador entre um outro aluno e as ações e significados estabelecidos
como relevantes no interior da cultura. (OLIVEIRA, 1997, p. 64).
Ao se perceber a importância das interações, ainda, retomamos nossa
reflexão sobre a importância da construção de uma educação exercite o convívio
com a diversidade. Esse convívio vai além do respeito e da tolerância e
corresponde a olhar para o outro com os olhos da sensibilidade, num
posicionamento da alteridade.
É papel da escola, portanto, estar em permanente luta contra as exclusões
de todas as formas de desigualdades que privilegiem uns e desconsiderem
muitos. A escola é a maior responsável por plantar nos alunos a esperança de
uma sociedade mais justa, não uma esperança utópica, mas revolucionária.
(HANNA e COLS, 2009)
Todas essas análises são úteis na compreensão de como nossos valores
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e princípios, interpretações e conhecimentos, além de formação técnica, podem
representar uma importante referência para o desenvolvimento de nossas
atividades docentes. Ao pensar sobre como isso se refletirá no desenvolvimento
dos nossos alunos e na construção da nossa sociedade, entendemos um pouco
melhor o quanto o professor é fundamental para a nossa cultura.
A Educação de Jovens e Adultos deve ser entendida como um
processo que tem a finalidade de suprir a escolaridade daqueles que não
concluíram seus estudos na época adequada, nos Ensinos Fundamental e
Médio, quase sempre por motivos alheios à sua vontade. O currículo utilizado é
o da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal, devidamente
ajustado à realidade do corpo discente.
No processo de ensino e de aprendizagem são enfatizados os valores
e as atitudes, a competência, as habilidades e os procedimentos, contemplando
os conteúdos significativos, que são trabalhados de forma contextualizada e
interdisciplinar, tendo como referencial a Base Nacional Comum e os Parâmetros
Curriculares Nacionais, em especial os temas transversais e temáticas previstas
em lei, trabalhados em sala de aula e em momentos específicos como Semana
de Educação para a Vida e Semana EJA, ambas previstas em calendário.
5. MATRIZ CURRICULAR DA EJA
A oferta da EJA - Presencial é organizada em Regime Semestral. A
modalidade atende a toda educação básica, compreendendo os anos iniciais e
finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, conforme expresso na tabela
abaixo.
Segmento Educação Básica Carga Horaria
Primeiro Segmento Anos Iniciais (1 a 4) 1600h
Segundo Segmento Anos Iniciais (5 a 8) 1600h
Terceiro Segmento Ensino Médio 1200h
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Os Primeiros e Segundos Segmentos da EJA estão regidos pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos, estabelecidas
pela Resolução CNE/CEB N 7, de 14 de dezembro de 2010, que no artigo 15
propõe a organização dos componentes curriculares obrigatórios dos anos finais
em áreas do conhecimento. Como Linguagens, Matemática, Ciências da
Natureza, Ciências Humanas. Toda a estrutura está no Currículo em Movimento
da Educação Básica- Educação de Jovens e Adultos.
A EJA/EaD via internet, tal como é veiculada pela SEDF, amplia o uso das
mídias da informação e da comunicação como ferramentas educacionais e
auxilia sobremaneira as possibilidades de escolarização básica de jovens,
adultos e idosos. Nesse contexto, a EJA/EaD do CESAS tem como objetivo
propiciar o processo de construção do conhecimento a partir dos interesses e
conhecimentos cotidianos, ampliando as habilidades de inter-relação pessoal e
grupal por meio de ambientes virtuais de aprendizagem. Além disso, busca-se
contribuir para o alcance dos desafios institucionalmente propostos, quais sejam:
elevar a qualidade na oferta; reduzir o índice de abandono; aumentar o número
de matrícula a fim de atender o universo de analfabetos no DF e; fortalecer a
EJA na rede pública de ensino do DF.
6. ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS
O atendimento a alunos com Necessidades Educacionais Especiais
(ANEE) nas áreas auditiva, visual, física e mental é realizado respeitando-se as
orientações e metodologias da escola inclusiva. O CESAS dispõe de professores
especializados nas áreas que dão o suporte necessário para que o ANEE possa
acompanhar as aulas nas salas juntamente com os demais alunos, inclusive nos
momentos de avaliação. O atendimento aos ANEE é feito pelos professores
especialistas em cada uma das necessidades (auditiva, visual e mental leve) nas
chamadas Salas de Recurso, num processo integrado com o professor da
respectiva disciplina.
Nos últimos anos, o Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul –
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CESAS – tem recebido uma grande quantidade de alunos com necessidades
educacionais especiais, sob o enfoque da inclusão. À medida que esse número
foi se ampliando, percebeu-se um aumento da complexidade do atendimento,
em virtude da diversidade de deficiências e/ou necessidades educacionais
evidenciadas. A partir daí, notou-se a necessidade de sistematizar e
profissionalizar ainda mais esse atendimento. Nesse sentido, foram criadas
quatro Salas de Recursos, uma para atender os alunos com deficiência visual,
outra para atender alunos com deficiência auditiva; e duas para atender alunos
com deficiência mental, sendo uma para alunos do 1º segmento e outra para
alunos do 2º e 3º segmentos.
Passaram a ser encaminhados para as Salas de Recursos os alunos com
necessidades educacionais especiais com diagnósticos e aqueles que, no
convívio escolar, apresentavam comportamentos e/ou características
diferenciadas. A detecção desses alunos sem diagnósticos vem sendo feita,
notadamente, por professores ou Orientadoras Educacionais, os quais adotaram
uma dinâmica de encaminhamento para as Salas de Recursos. No processo de
sistematização do atendimento dessas salas, percebeu-se que, além dos alunos
sem diagnóstico, vários alunos apresentavam relatórios muito antigos ou não
condizentes com a realidade atual do aluno. Com base nessa demanda, foram
atualizados os relatórios dos alunos e aprofundados os atendimentos
necessários, os quais requeriam a atuação efetiva de uma equipe especializada.
Por esse motivo, ao final de 2006, o Núcleo de Coordenação Pedagógica
da DRE PPC propôs à Direção do CESAS a criação de uma Equipe de
Atendimento/Apoio à Aprendizagem – EAAA - para funcionar no espaço físico
da escola e atender exclusivamente seus alunos, dadas as suas peculiaridades
no contexto da inclusão. A Equipe vem atuando desde o início de 2007 e pode-
se dizer que os resultados têm sido extremamente positivos.
Assim, com o crescente aumento da ênfase na inclusão, o CESAS conta
hoje com as seguintes instâncias internas, cada uma com as suas atribuições
específicas:
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• Classe Bilíngue – Surdos;
• Sala de Recursos para Deficientes Visuais;
• Sala de Recursos para Surdo-cegueira;
• Sala de Recursos para alunos DI do 1º segmento;
• Sala de Recursos para alunos DI do 2º e 3 º segmentos.
• Serviço de Orientação Educacional – SOE;
• Equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem – EAAA;
Educadores sociais e monitores.
• Laboratório de Ensino Especial/Proinfo.
a. CLASSE BILINGUE - SURDOS
A escolarização de jovens e adultos regulamentada pelo artigo 37, da Lei
nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 de Lei de Diretrizes e Bases -LDB objetiva,
entre outros aspectos, o acesso e a permanência do trabalhador na escola,
promovendo a aceleração de estudos em níveis fundamental e médio, para todos
aqueles que não tiveram a oportunidade de iniciar, continuar ou finalizar seus
estudos em idade própria.
Neste sentido, o sistema público brasileiro de educação, por meio de ações
integradas e complementares entre si, assegura gratuitamente a esta parcela da
população oportunidades educacionais apropriadas que considerem suas
necessidades, interesses, condições de vida e de trabalho.
Considerando tais aspectos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o
ensino deve ter estruturação própria e metodologia diferenciada, incentivando a
participação crítica e consciente do aluno quanto aos processos sócio-
econômico, político e cultural, e, portanto, garantindo a este o direito ao exercício
responsável da sua cidadania.
Na Secretaria de Educação do Distrito Federal, a proposta de
operacionalização da Educação de Jovens e Adultos prevê o ensino presencial,
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o ensino à distância e a realização de exames de certificação. Atualmente, o
ensino presencial está organizado em segmentos, onde o primeiro compreende
o ensino fundamental I, séries iniciais; o segundo, ensino fundamental II, séries
finais; e o terceiro, ensino médio.
Neste contexto de educação, contamos com o atendimento especializado
às pessoas com deficiência. Até a conferência de Salamanca em 1994 a
integração era a alternativa educacional para o atendimento destes alunos,
inclusive na EJA. A partir daí, surge o termo inclusão, pelo qual, países
participantes se comprometem a criar políticas e práticas educacionais visando
o preparo da escola para o respeito à diversidade humana.
Percebemos, porém, que na prática a inclusão educacional não
pressupõe necessariamente inclusão social. Acreditamos que é necessário criar
condições para a construção desta proposta, especialmente na Educação de
Jovens e Adultos, por meio de ações concretas e ao mesmo tempo diferenciadas
do ensino regular que garantam uma mudança social sistêmica e que agregue o
sujeito com deficiência de forma consciente e responsável.
Ao analisarmos o Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do
Distrito Federal, notamos que existe uma tendência a enquadrar o atendimento
de alunos com deficiência nos mesmos moldes do ensino regular, o que dificulta
o alcance dos objetivos a que se propõe esta modalidade de ensino, ferindo o
princípio do respeito às diversidades, ao mesmo tempo em que se distancia da
valorização das potencialidades do sujeito e da garantia de um nível adequado
de aprendizagem.
Em se tratando do acesso dos alunos surdos nas escolas comuns, e em
especial na Educação de Jovens e Adultos, a proposta de educação bilíngüe é
indiscutível. Por meio desta, a Língua Portuguesa é considerada a segunda
língua dos surdos requerendo, desta forma, metodologia diferenciada de ensino
na sua modalidade escrita e a Libras (Língua Brasileira de Sinais) deve ser a
base para a mediação de todos os componentes curriculares de ensino, como
primeira língua. De acordo com a legislação brasileira, os surdos têm
assegurado, no âmbito escolar, profissionais que sejam proficientes na sua
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língua, conforme está escrito no Decreto Federal nº 5.626/2005. O atendimento
educacional especializado, nestes termos, deve criar possibilidades adequadas
ao acesso e permanência do surdo na escola, favorecendo a construção do
conhecimento, em qualquer que seja a modalidade de ensino.
O Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (CESAS) é um
estabelecimento que atende os alunos nos 1º, 2º e 3º segmentos. É uma escola
inclusiva e diferenciada que possui atendimento nos três turnos e oferece
oportunidade ao aluno de estudar e trabalhar.
A ausência de intérpretes de Libras nesta unidade de ensino exigiu a
implementação da Unidade Especial para que fosse possível o atendimento
adequado ao aluno surdo. Levando em consideração a singularidade desta
escola, estruturamos o processo de ensino-aprendizagem ao aluno surdo de
maneira a respeitar suas peculiaridades linguísticas e seu direito ao acesso aos
conteúdos, como já descrito nos documentos anteriores encaminhados a esta
Secretaria. É importante destacar que seria preciso um número elevado de
intérpretes para atender a necessidade de cada um dos alunos surdos, visto que
são matriculados em diferentes segmentos, semestres e disciplinas. Por esse
motivo, os surdos eram atendidos unicamente na Unidade Especial,
caracterizando assim, um atendimento de Classe Bilíngue, do 1º ao 3º segmento,
onde são ministrados em Libras todos os conteúdos de todas as disciplinas.
Diante do exposto, foi solicitado a alteração de Unidade Especial para
Classe Bilíngue a fim de que a formação de turmas seja prevista nos três turnos
e nos três segmentos na estratégia de matrícula de 2017. A abertura da turma
se dará com o quantitativo compreendido entre 1 e 11 alunos. A partir do décimo
segundo aluno dever-se-á abrir uma nova turma. No que diz respeito ao número
de professores são necessários dois professores em Atividades. Para o segundo
segmento faz-se necessário um professor de matemática, um de códigos e
linguagens, um de ciências da natureza e outro de ciências humanas. Para o
terceiro segmento é necessário um professor de matemática, um de códigos e
linguagens, um para área de ciências da natureza e outro de ciências humanas.
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Percebe-se também a necessidade da presença de um professor surdo de
Libras para atender os alunos surdos, a fim de ensinar e/ou desenvolver a língua
de sinais de maneira sistemática, inclusive, beneficiando aqueles que não
aprenderam sua língua natural ou a adquiriram tardiamente, tornando mais
complicado o processo de ensino-aprendizagem.
Em suma, diante de todo relato foi preciso alterar a estrutura para a Classe
Bilíngue no que se refere ao atendimento do aluno surdo no CESAS. O aluno
surdo matriculado nesta escola não tem a mediação de intérpretes, sendo os
conteúdos ministrados pelos professores da Classe Bilíngue (DA) dos turnos
matutino, vespertino e noturno. No que se refere aos alunos de 2º e 3º
segmentos as aulas são ministradas pelos mesmos professores dentro de cada
turno.
Portanto, o ideal para o êxito do processo de ensino-aprendizagem do
alunato surdo seria um professor bilíngue para cada disciplina, porém, é notório
que a realidade do sistema educacional vigente impede tal situação. Sendo
assim, espera-se que seja contemplado o mínimo de professores sugerido
anteriormente.
Atualmente os responsáveis por esse trabalho é a Equipe de professores
da Classe Bilíngue do CESAS
b. SALA DE RECURSOS - DEFICIENTE VISUAL
JUSTIFICATIVA
A escola deve preparar-se e adequar-se para receber o aluno com
necessidades educacionais especiais. Os recursos para sua inclusão devem ser
otimizados e os direitos já contemplados nas principais leis brasileiras precisam
ser assegurados na prática, por meio de medidas concretas.
A educação, assim, estimulará uma atitude coletiva institucional vinculada
ao mundo do trabalho e à prática social, possibilitando parcerias que facilitem a
inclusão social do aluno enquanto cidadão. Comunidade e profissionais da
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educação devem participar da construção de uma sociedade democrática que
possibilite a educação para todos.
“Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo e
exercício dos direitos humanos”. (Declaração de Salamanca/UNESCO – 1994,
p; 61)
O CESAS, enquanto instituição social, assume grande responsabilidade
nesta realidade educacional, uma vez que é uma escola inclusiva de EJA que
atende alunos com necessidades educacionais especiais, cabendo-lhe trabalhar
o desenvolvimento das potencialidades e das habilidades adaptativas desses
alunos.
Para garantir ao aluno deficiente visual a possibilidade de alcançar um
desempenho eficiente e de desenvolver plenamente suas potencialidades, é
necessário que os mesmos tenham acesso a um conjunto de recursos
pedagógicos e de serviços de apoio especializado que facilitem a aprendizagem.
Para disponibilizar esse atendimento, o CESAS dispõe de uma sala de
recursos que atende alunos com deficiência visual e que realiza serviços de
suporte pedagógico e complementação específica das disciplinas. Nesta sala, o
material didático utilizado pelo aluno cego e de baixa visão é adaptado, bem
como, as suas dificuldades de aprendizagem são trabalhadas.
O grande avanço tecnológico verificado nos últimos anos vem
proporcionando também à educação especial recursos valiosos para o processo
ensino-aprendizagem. A utilização da tecnologia torna mais eficiente a produção
de material didático adaptado, diminuindo-se o tempo gasto na sua preparação.
Isso permite uma redução das dificuldades encontradas pelo aluno deficiente
que anseia pelos mesmos recursos didáticos que os demais alunos recebem,
quanto pelo professor especialista que produz tal material.
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OBJETIVOS
a. Propiciar à comunidade escolar CESAS, uma maior aceitação
e valorização da diversidade da condição do ser humano
através de projetos de sensibilizações.
b. Favorecer condições para que professores e especialistas em
Educação do CESAS, identifiquem as necessidades
educacionais especiais de alunos cegos e de baixa visão
presentes na classe comum.
c. Fornecer aos alunos do Atendimento Educacional
Especializado em Deficiência Visual – AEEDV, condições de
receber o material didático adaptado, em Braille e tipo
ampliado, no mesmo tempo dos demais alunos na escola.
d. Oferecer ao AEEDV acompanhamento específico nas áreas de
Sorobã, Orientação e Mobilidade dentro da escola, Simbologia
Braille e acompanhamento dos conteúdos das disciplinas
correspondentes aos 1°, 2° e 3° segmentos.
e. Adaptar o material didático como, livros, apostilas, provas e
exercícios utilizados no CESAS para o Braille e ampliação.
f. Realizar as transcrições em tinta de provas, trabalhos e
exercícios feitos pelos alunos.
g. Manter contato direto com o professor regente e auxiliá-lo em
sua prática pedagógica junto ao AEEDV.
h. Analisar criticamente os desafios no processo de ensino e
aprendizagem, em relação ao AEEDV.
i. Trabalhar em parceria e acompanhar os alunos AEEDV do
CESAS matriculados na EAD (Ensino a Distância).
j. Trabalhar em parceria com as salas de recursos de DA
(Deficiência Auditiva) e DI (Deficiência Intelectual) do CESAS,
oferecendo aos alunos atendidos por essas salas, material
adaptado, caso esses alunos também tenham deficiência
visual.
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k. Planejar e implementar adequações curriculares de pequeno
porte como objetivos, conteúdos, métodos e procedimentos,
avaliação, considerando as especificidades de cada aluno.
l. Desenvolver estratégias de ações voltadas para as interações
e relações sociais no contexto da sala inclusiva no CESAS.
PERÍODO DE EXECUÇÃO
As atividades serão realizadas semestralmente, dentro do período letivo
estabelecido conforme calendário da SEEDF para o EJA.
AVALIAÇÃO
A avaliação do AEEDV deve ser feita juntamente com o professor regente.
É realizada de forma contínua, por meio do acompanhamento do
desenvolvimento individual nas atividades realizadas no decorrer do semestre.
RESPONSÁVEIS
Conforme a modulação, o atendimento na Sala de Recursos de
Deficientes Visuais deverá ser feito por especialistas formados nas áreas de
humanas e exatas e especialistas em AEE (Atendimento Educacional
Especializado) bem como em Sistema Braille (simbologias humanas e exatas do
Braille e programa Braille fácil), Sorobã e Orientação e Mobilidade.
Atualmente os responsáveis por esse trabalho são:
Alba Nadir Nogueira da Silva
Alcione de Moraes Cavalcante
Cláudio Emídio Costa
Denise Maria dos Reis Oliveira
Maria Cristina Bezerra Feitosa
Suelly de Menezes Soares
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c. SALA DE RECURSOS - GENERALISTA MULTIFUNCIONAL
O atendimento educacional especializado (AEE) realizado nas Salas
de Recursos é definido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (CNE/CEB, 2001), como um serviço de natureza
pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso
de estudantes com altas habilidades/superdotação) e complementa (para os
estudantes com deficiência e TGD) as orientações curriculares desenvolvidas
em classes comuns em todas as etapas e modalidades da Educação Básica.
Segundo a Secretaria de Educação Especial (2008), o Atendimento
Educacional Especializado tem como função identificar, elaborar e organizar
recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As
atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem ser
diferentes daquelas atividades diárias que constituem o dia a dia escolar em sala
de aula, porém, vale lembrar, que elas não substituem essas atividades, apenas
complementa e/ou suplementa a formação dos alunos, buscando que eles
possam se desenvolver como pessoas atuantes e participativas no mundo que
vivemos.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o
Atendimento Educacional Especializado às necessidades educacionais
especiais dos estudantes com: deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
a. Estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas; portanto, são os estudantes com deficiência mental, deficiência
física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, surdo cegueira
ou deficiência múltipla.
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b. Estudantes com TGD (Transtornos Globais do Desenvolvimento):
aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos
em outra especificação.
c. estudantes com altas habilidades/superdotação: aqueles que
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas
do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
1. Objetivo Geral:
Desenvolver diferentes atividades com os estudantes com
necessidades especiais (público-alvo) matriculados no Centro de Ensino de
Jovens e Adultos da Asa Sul – CESAS, complementando e/ou suplementando
sua formação, através da Sala de Recursos Generalista Multifuncional e nos
demais espaços escolares, fazendo com que seu público-alvo se integre cada
vez mais em todo ambiente escolar, preparando-os para terem mais autonomia,
sendo pessoas atuantes e participativas no mundo em que vivemos.
2. Objetivos Específicos:
Conforme a Orientação Pedagógica da Educação Especial (2010) são
objetivos do Atendimento Educacional Especializado (AEE ):
I - Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular
aos estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas
habilidades/ superdotação;
II - Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino
regular;
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III - Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que
eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem;
IV - Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de
ensino;
V - Perceber as necessidades educacionais especiais dos estudantes
valorizando a educação inclusiva;
VI- Compreender o estudante com necessidade específica, assim como demais
estudantes, como parte de TODA a escola;
VII- flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de
modo adequado às necessidades especiais de aprendizagem, respeitando as
individualidades dos estudantes;
VIII- buscar a melhor integração dos estudantes com necessidades específicas
na escola, auxiliando o seu desenvolvimento educacional e social, valorizando e
respeitando as diferenças de cada um;
XIX- atender os estudantes com necessidades educacionais específicas da
escola;
X- ofertar o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos
Multifuncional atendendo as necessidades individuais de cada aluno (espaço
físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade
e equipamentos específicos);
XI- avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento
de necessidades educacionais específicas.
3. Dever do professor da Sala de Recursos:
Organizar a Sala de Recursos e zelar pelos seus materiais, para que
sejam sempre bem aproveitados pelos estudantes;
Entrevistar as famílias dos estudantes com necessidades específicas,
esclarecendo as funções do AEE na escola e conhecendo melhor as
estudantes que irão trabalhar neste espaço;
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Disponibilizar aos professores fichas de encaminhamento para o
atendimento dos estudantes na Sala de Recursos, e orientá-los, se
necessário, quanto ao seu preenchimento;
Sensibilizar os professores sobre a ação do AEE, multiplicando ideias e
conhecimento sobre a inclusão escolar;
Planejar as atividades para os estudantes na Sala de Recursos com
criatividade e atendendo as necessidades individuais dos alunos,
explorando as TAs (Tecnologias Assistivas) e demais materiais
disponíveis para trabalhar ;
Organizar as atividades dos estudantes para que seja feito o
acompanhamento do seu desenvolvimento (pastas, portfólios, fotografias,
cadernos, e/ou demais materiais que julgar necessário);
Auxiliar o professor de turma a realizar adaptações de materiais e
recursos sempre que necessário, assim como adaptações curriculares,
conforme sua disponibilidade;
Trabalhar juntamente com os professores e com a equipe diretiva na
construção do PIE (Plano Individualizado de Ensino) dos estudantes com
necessidades específicas da escola;
Realizar visitas na sala de aula e nos diferentes espaços escolares, a fim
de observar como está ocorrendo à inclusão do estudante com
necessidade específica na escola, orientando os professores com ideias
e sugestões para a melhor integração destes estudantes;
Atuar em equipe, inclusive, quando possível, com outros professores e
profissionais especializados em educação especial;
Participar efetivamente das formações oferecidas pela escola e outros
cursos na área da educação especial que estiverem ao seu alcance de
forma contínua, buscando melhor qualificação, mantendo sempre
atualizada.
4. Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recursos do CESAS:
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4.1. Objetivos:
Proporcionar a efetivação legal e pedagógica do AEE (Atendimento
Educacional Especializado), ressaltando que para haver inclusão, é
necessário que este atendimento que acontece em Salas de Recursos seja para
todos os estudantes que dele necessitem. A Proposta Pedagógica da Educação
Especial deve priorizar quatro aprendizagens fundamentais, que ao longo de
toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do
conhecimento (4 Pilares da Educação): aprender a conhecer, isto é, adquirir
conhecimentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio
envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros
em todas as atividades humanas; e aprender a ser, via essencial que se integra
aos três precedentes.
4. 2. Objetivo Específico:
As atividades desenvolvidas na Sala de Recurso Generalista do
CESAS seguem as proposta e base do trabalho educativo pedagógico
relacionado ao desenvolvimento pessoal e social do educando. Tais atividades e
ações de inclusão social, principalmente a preparação para o enfrentamento da
vida, visam não apenas o resgate da autoestima dos alunos com necessidades
especiais e de seus familiares; bem como a sua profissionalização. Dentro desta
proposta, a Sala de Recursos desenvolve as seguintes oficinas pedagógicas:
- Oficina de Leitura:
- Oficina de Artes ( parceria com a APABB):
- Oficina de matemática;
- Oficina de Horta:
Além de realizar as oficinas, o atendimento especializado da Sala de
Recursos facilita o processo de aprendizagem do aluno com deficiência, pois,
acompanha e orienta o estudante nas suas atividades pedagógicas e avaliativas.
Também, estamos vinculados aos projetos de inserção no mercado de trabalho,
desenvolvidos por esta Instituição de Ensino, com a finalidade de preparar o
estudante para o mercado de trabalho, tais como, produção de artesanato , com
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intuito de reverter seus trabalhos manuais em atividade laborativa.
Atualmente os responsáveis por esse trabalho é a Equipe de professores
da Sala de Recursos Generalista, 1 Monitor e 3 Educadores Sociais.
7. SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – SOE
Art. 126. A Orientação Educacional é serviço especializado,
desempenhado pelo Pedagogo-Orientador Educacional, para o
acompanhamento e o apoio dos profissionais da educação, dos estudantes,
seus familiares e articulação da comunidade escolar e da rede externa (rede
social ou rede de apoio), quanto ao processo de ensino e aprendizagem e das
relações humanas que os cercam.
Parágrafo único. O Pedagogo-Orientador Educacional é profissional
concursado e parte integrante da equipe pedagógica da unidade escolar.
Art.127. A atuação do Pedagogo-orientador deve partir do princípio da ação
coletiva, contextualizada, integrada ao projeto político pedagógico – PPP,
visando à aprendizagem e ao desenvolvimento integral do integral do estudante
como ser autônomo, crítico, participativo, criativo e protagonista, capaz de
interagir no meio social e escolar e de exercer sua cidadania com
responsabilidade.
Art. 128. São atribuições do Pedagogo-Orientador Educacional:
I. participar do processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico - PPP da
unidade escolar;
II. elaborar, anualmente, Plano de Ação das atividades de Orientação
Educacional na unidade escolar;
III. participar das coordenações pedagógicas coletivas da unidade escolar
visando à organização do trabalho pedagógico;
IV. planejar, implantar e implementar as ações da Orientação Educacional na
unidade escolar;
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V. realizar ações integradas com a comunidade escolar considerando os Eixos
Transversais do Currículo;
VI. discutir, com a equipe e na equipe, o currículo e o processo de ensino e
aprendizagem ante à realidade socioeconômica do estudante;
VII. analisar com a equipe pedagógica as contradições da unidade escolar e as
diferentes relações que exercem influência na aprendizagem;
VIII. contribuir para as melhorias do processo de ensino e aprendizagem na
unidade escolar;
IX. estruturar o seu trabalho a partir da análise crítica da realidade social, política
e econômica do contexto escolar;
X. fundamentar sua ação na opção teórica do Currículo da Educação Básica;
XI. contribuir na identificação e na reflexão, junto à comunidade escolar, dos
fatores que interferem no processo de ensino e de aprendizagem;
XII. coordenar o processo de informação educacional e profissional sobre o
mundo do trabalho auxiliando na elaboração do projeto de vida do estudante;
XIII. supervisionar estágio na área de Orientação Educacional;
XIV. participar da identificação e/ou do encaminhamento de estudantes que
apresentem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem;
XV. apoiar e subsidiar os órgãos colegiados, como Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, bem como Associações de Pais e Mestres e outros, ou parcerias que
necessitem de ação articulada com a Orientação Educacional;
XVI. articular ações em parceria com as redes sociais e outros setores da
SEEDF;
XVII. participar de programas de formação continuada com o objetivo de
fomentar a práxis educativa;
XVIII. elaborar e apresentar relatórios periódicos e fornecer dados dos resultados
das ações da Orientação Educacional;
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XIX. emitir parecer técnico sobre assuntos de sua competência;
XX. participar do processo de conhecimento da comunidade escolar,
identificando suas potencialidades, seus interesses e suas necessidades;
XXI. articular ações junto à EEAA e à Sala de Recursos na promoção de uma
educação inclusiva afim de contribuir para a superação de dificuldades de
aprendizagem;
XXII. desenvolver ações de mediação em conflitos, em parceria com a equipe
gestora e a equipe pedagógica.
7.1. PLANO DE AÇÃO
O CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – CESAS é uma
escola que atende a uma clientela de trabalhadores dos diversos setores da
economia, bem como donas de casa, auxiliares do lar, alunos com necessidades
educacionais, alunos abrigados, adolescentes com idade mínima de 15 anos ou
que estão fora da faixa etária para frequentar o ensino regular, alunos em
liberdade assistida, em risco social, ou que de alguma forma não tiveram
oportunidade de estudar na idade adequada.
É uma clientela bastante heterogênea que de certa forma é sacrificada e
que tenta retornar ao cotidiano escolar. Lutamos com grande esforço no
enfrentamento das drogas, da questão disciplinar, do tráfico e da convivência em
coletividade.
No momento atual, pode-se registrar uma imensa demanda pela Educação
de Jovens e Adultos (EJA) por parte de alunos muito jovens que apresentam
defasagem idade/série, como também alunos encaminhados pelo Conselho
Tutelar, Secretaria de Justiça, sendo necessárias diversas adequações e
flexibilizações por parte da equipe pedagógica da escola. É uma dura realidade
que exige de todo grupo um autocontrole, sabedoria, paciência, conhecimento,
equilíbrio e amor por esses alunos vítimas de uma sociedade marginalizadora.
O presente Plano de Ação tem por finalidade sistematizar as ações e eixos
temáticos do trabalho desenvolvido pelos Orientadores Educacionais atuantes
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nesta instituição escolar, nos turnos matutino, vespertino e noturno, em
consonância com as norma e diretrizes estabelecidas pela rede pública de
ensino do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Estado de Educação do
Distrito Federal.
O Orientador Educacional é um profissional de enorme relevância no
contexto educacional. Articulador, elemento de equilíbrio, mediação e apoio, é
um contemporizador nas situações conflitantes e adversas que ocorrem no
ambiente escolar.
Uma das situações encontradas na escola é a matrícula realizada pelo
sistema de acordo somente com o histórico escolar, sem conhecimento prévio
da aprendizagem do aluno. Assim, deparamo-nos com estudantes apresentando
defasagem em conteúdos curriculares de tal grandeza que se faz necessário o
aporte de decisões conjuntas nos encaminhamentos viáveis.
O Orientador, bom ouvinte imparcial e observador das ações da escola,
assimila os fatos importantes, busca maior quantidade e qualidade de
informações para elaborar e expor seu parecer da maneira mais estruturada e
segura possível.
Educar é, sobretudo, despertar no outro a curiosidade do
autoconhecimento, identificar potencialidades e canalizá-las de maneira positiva
e em prol de seu desenvolvimento pessoal e consequente contribuição social.
Esse profissional, apoiado pela colaboração do corpo docente e discente,
pela aceitação das ideias inovadoras e criativas, busca atuar de maneira eficaz
com toda a equipe da escola, comunidade escolar e parceiros, para que os
projetos se realizem de forma satisfatória. O trabalho em conjunto com toda a
comunidade escolar, articulado com o trabalho pedagógico, só contribui e
fortalece o pleno e global desenvolvimento do aluno.
Sistematizar as ações e eixos temáticos do trabalho desenvolvido pelos
Orientadores Educacionais atuantes nesta instituição escolar, nos turnos
matutino, vespertino e noturno, sempre em concordância com as normas e
diretrizes estabelecidas pela rede pública de ensino do Distrito Federal, por meio
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da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, é a finalidade do
presente Plano de Ação do SOE / CESAS.
Níveis de ensino atendidos / outros atendimentos: Educação de Jovens e
Adultos – EJA semestralidade
1º Segmento – presencial
2º e 3º Segmentos – presencial e a distância
Unidade especial de deficiência auditiva
Total de alunos: 4.284 alunos
7.2. OBJETIVOS
a. GERAL
Propor ações coletivas que atendam aos anseios e necessidades dos
estudantes do CESAS, de forma a possibilitar ampla participação da comunidade
e tornar a escola conhecida e reconhecida como espaço acadêmico
democrático/participativo, baseado no respeito às diferenças, no acolhimento, no
diálogo intergeracional e na construção do sentimento de pertencimento com
vista ao desenvolvimento do ser humano.
b. ESPECÍFICOS.
Ampliar, divulgar as ofertas de vagas e promover a escolarização de
jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos,
nas modalidades presencial e a distância, propiciando o seu
desenvolvimento.
Proporcionar inter-relação entre os diversos segmentos da comunidade
escolar, propiciando uma atitude de contínua busca pela cultura de
respeito à dignidade humana e valorização da diversidade.
Possibilitar à comunidade escolar o acesso às novas tecnologias, por
meio de ambientes virtuais, propiciando o desenvolvimento humano pela
abertura de novos desafios intelectuais.
Organizar e desenvolver a Web TV/CESAS.
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Incentivar eventos de difusão cultural como CESARTE, Intervalo Cultural,
Cine Clube, festa junina, representações históricas, semana da EJA,
Semana de Educação para a Vida e outros que fazem parte do calendário
oficial da SEEDF;
Promover a participação em eventos e concursos seletivos, olimpíadas de
matemática, olimpíadas de português e eventos científico/tecnológicos;
Promover o cerimonial de formatura dos alunos do 4ª semestre do
primeiro segmento, 8ª semestre do segundo segmento e 3ª semestre do
terceiro;
Implantar uma horta comunitária como fator de aglutinação
Intergeracional;
Investir recursos humanos e materiais para garantir a permanência, com
segurança, de docentes e discentes no ambiente escolar;
Promover a interação entre o ensino a distância e o ensino presencial;
Definir, com todo o segmento escolar: direção, professores, servidores e
representantes do Conselho Escolar;
Definir e aprovar, também com todo o segmento escolar, o uso dos
recursos destinados à escola e a prestação de contas dos gastos
aprovados.
8. AVALIAÇÃO
a. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
No CESAS entendemos que a avaliação do processo de ensino e
aprendizagem, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na
escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada
aluno, em relação à programação curricular. Nós damos uma ênfase significativa
na história de vida dos nossos alunos, pois todos que aqui chegam, trazem uma
bagagem de vida e experiências muito significativas. A avaliação não deve
priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de
investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os
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conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Toda
resposta ao processo de aprendizagem, seja certa ou errada, é um ponto de
chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram construídos e absorvidos,
e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas tomadas de
decisões.
“A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEEDF entende
que, na avaliação formativa, estão as melhores intenções para acolher, apreciar
e avaliar o que se ensina e o que se aprende. Avaliar para incluir, incluir para
aprender e aprender para desenvolver-se: eis a perspectiva avaliativa adotada.”
(DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 12).
A avaliação, dessa forma, tem uma função diagnóstica, que avalia os
conhecimentos prévios dos alunos, considerada a avaliação de entrada e a
autoavaliação, essas como potencializadoras da avaliação formativa, a fim de
verificar quem absorveu todos os conhecimentos e adquiriu as habilidades
previstas nos objetivos estabelecidos.
Tendo em vista que o aluno tem a oportunidade de ser promovido em 100
dias letivos – duração prevista para cada momento de EJA – o professor, ao
longo do período, realiza a avaliação levando em consideração os progressos
do aluno e todas as atividades pedagógicas que ele realizou em sala de aula ou
fora dela.
De acordo com as Diretrizes de Avaliação da Secretaria de Estado de
Educação do DF, a metodologia de avaliação adotada na EJA foge à tradição de
notas e conceitos utilizados no ensino regular. Na EJA, são utilizados os
conceitos (APTO, NÃO-APTO e ABA - abandono) que permitem ao professor
maior flexibilidade na avaliação e são mais adequados ao próprio processo
pedagógico, além de ser mais conveniente para o aluno no momento de
comprovar a aquisição das habilidades e competências.
Deve ser destacado que o objetivo de avaliar é sempre o de aperfeiçoar o
que está sendo proposto, e que essa avaliação será mais eficiente na medida
em que todos os agentes do processo educativo estiverem dele participando,
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não só na fiscalização, mas na implementação do que está proposto para a
comunidade escolar.
Em nossa instituição adotamos os seguintes critérios na avaliação de
nossos alunos; as provas não têm valor superior a 50% do total final, a Semana
de EJA ou Semana de Educação para a Vida corresponde de 10% a 20% da
avaliação final. Temos, também, as provas finais, que não pode exceder a 20%
da nota final, que visa preparar nossos alunos para as avaliações que fazem
parte da vida de todo estudante. Os processos de avaliação são constantemente
reavaliados ao longo do ano nas coordenações e nas reuniões gerais.
“Na Educação Especial, a avaliação para as aprendizagens deve ser
considerada, observando as especificidades de cada estudante (público-alvo)
dessa modalidade de atendimento, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional 9.394/1996, no artigo 58, a saber: estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas
habilidades/superdotação (AH/SD). (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL, pag. 19).”
O CESAS é uma escola inclusiva, onde dez por cento do grupo discente é
composto por alunos portadores de necessidades especiais, não só os alunos
do ensino especial, mas a maior parte de nossa clientela tem necessidade de
avaliações adaptadas, são senhoras e senhores na terceira idade, alunos com
os mais variados tipos de déficits (sem laudo), alunos de liberdade assistida,
adictos. Somos uma comunidade plural, com diferentes orientações sexuais,
políticas, culturais. Toda essa diversidade gera uma demanda diferenciada dos
educadores e uma imensa riqueza cultural e educacional. Para isso “A avaliação
formativa apresenta-se como uma possibilidade real para o direcionamento do processo
de inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais, por ser
mecanismo promotor de ações inclusivas que devem estar presentes em todos os
espaços da instituição educacional, desde o primeiro acesso do estudante a esse
contexto. (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 20).
b. CLASSIFICAÇAO CURRICULAR
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Para permitir o acesso ao ensino de EJA por parte de alunos que, por
qualquer motivo, não possam comprovar escolaridade anterior, são realizados
exames de classificação curricular, com a aplicação de avaliações diagnósticas
de Língua Portuguesa e Matemática, nas quais são avaliados os conhecimentos
das competências e habilidades referentes ao segmento anterior. Assim, o aluno
que não possui documento comprobatório de escolaridade faz sua inscrição para
o exame de classificação e, se for considerado apto nas provas classificatórias
desse segmento, dará início aos estudos no segmento seguinte.
c. RECLASSIFICAÇÃO
O aluno que, comprovadamente, já tiver alcançado os conhecimentos
inerentes ao componente curricular em que estiver matriculado e alcançado as
habilidades e competências exigidas, poderá, a critério do professor, ser
promovido a qualquer momento para o semestre seguinte. Para isso, o professor
deverá preencher a Ata de Reclassificação do aluno e, com a homologação da
Direção, encaminhá-la à Secretaria da escola. Esse procedimento oferece mais
agilidade no desempenho acadêmico do aluno que apresenta as habilidades e
competências exigidas pelo componente curricular, favorecendo a conclusão
mais rápida do segmento em que está matriculado e o avanço nos estudos –
para recuperar o chamado “tempo perdido” – assim como a realização de seus
projetos de vida.
d. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
“Na Educação Especial, a avaliação para as aprendizagens deve ser
considerada, observando as especificidades de cada estudante (público-alvo)
dessa modalidade de atendimento, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional 9.394/1996, no artigo 58, a saber: estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas
habilidades/superdotação (AH/SD). (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL, pag. 19).”
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O CESAS é uma escola inclusiva, onde dez por cento do grupo discente é
composto por alunos portadores de necessidades especiais, não só os alunos
do ensino especial, mas a maior parte de nossa clientela tem necessidade de
avaliações adaptadas, são senhoras e senhores na terceira idade, alunos com
os mais variados tipos de déficits (sem laudo), alunos de liberdade assistida,
adictos. Somos uma comunidade plural, com diferentes orientações sexuais,
políticas, culturais. Toda essa diversidade gera uma demanda diferenciada dos
educadores e uma imensa riqueza cultural e educacional. Para isso “A avaliação
formativa apresenta-se como uma possibilidade real para o direcionamento do processo
de inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais, por ser
mecanismo promotor de ações inclusivas que devem estar presentes em todos os
espaços da instituição educacional, desde o primeiro acesso do estudante a esse
contexto. “ (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 20).
e. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Quanto à Avaliação Institucional, temos em vista os seus três
momentos distintos e importantes: avaliação diagnóstica inicial – feita para
elaboração desse plano de trabalho, a avaliação de processo e a avaliação de
resultados. Todos eles com o acompanhamento e aval do Conselho Escolar.
Com isso, queremos contar com a comunidade escolar nos dois últimos
momentos e, para isso, utilizaremos diversos instrumentos de participação,
como reuniões, consultas, formulários e debates com as instâncias
representativas dentro da escola, como o Conselho Escolar, a Associação de
Alunos e Servidores do Cesas (AASC).
Pretendemos, a partir da avaliação, identificar os pontos que impedem
o avanço da Gestão Compartilhada e traçar estratégias de superação.
Identificados os pontos que foram de consolidação da proposta, divulgaremos
junto à comunidade escolar para estimular as conquistas e estabelecer novas
metas e objetivos, provocando em todos a participação da comunidade dentro
da proposta de construção da realidade possível e desejável.
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9. CONSELHO DE CLASSE
“O Conselho de Classe planejado e executado na perspectiva da avaliação
formativa é — ao mesmo tempo — espaço de planejamento, organização,
avaliação e retomada do Projeto Político-Pedagógico da escola. É a instância
em que se encontram e podem entrelaçar-se os três níveis da avaliação:
aprendizagens, institucional e redes ou em larga escala, sendo um momento
privilegiado para auto-avaliação da escola (LIMA, 2012)”.
O Cesas realiza o Conselho de Classe, consoante Regimento Interno da
SEDF, e prima por envolver a comunidade escolar nas discussões
deliberativas, incluindo a eleição de representante de turma, que é o elo da
turma e o Conselheiro de Classe.
VII. POLÍTICAS, AÇÕES E ESTRATEGIAS PARA A MELHORIA DA
QUALIDADE DE ENSINO DO CESAS
O CESAS proporciona aos educandos várias atividades de acordo com as
etapas/modalidades de ensino visando à integração de todos os segmentos da
escola. No 1 semestre conta com a representação da Via Sacra, a Semana de
Educação para a Vida e os Jogos Internos I. No 2 semestre acontece a Semana
Eja e os Jogos Internos II.
Com o objetivo de inserir o educando no mercado de trabalho, o colégio
CESAS oferece cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e cursos
profissionalizantes vinculados com o PRONATEC; Cursos Talentos CESAS,
voltado para a pesquisa, orientação, prospecção e apoio à preparação para a
vida, formação profissional, estágios, empregos e empreendedorismo como
forma de suporte para o desenvolvimento pessoal dos alunos e socioeconômico
da região.
Após análise dos índices educacionais do DF- IDEB, o colégio CESAS teve
a iniciativa de inserir essas atividades, cursos e parcerias para atrair a
comunidade escolar, despertando o interesse maior do aluno pela participação
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e continuidade dos estudos. Observa-se que essas ações diminuíram o índice
de evasão escolar e a conquista de efetiva participação e compromisso por parte
dos alunos.
1. Avaliação do Projeto Político Pedagógico da Escola
De acordo com as orientações gerais sobre organização curricular na
escola este Projeto Politico Pedagógico continua em discussão nas
coordenações, juntamente com Currículo em Movimento da Educação Básica
buscando um planejamento coletivo e discussão no interior da escola que não
só́ oriente, como organize o trabalho pedagógico.
A Equipe Gestora do Cesas promove sistematicamente e periodicamente
reuniões com as famílias, comunidade do Cesas, estudantes, profissionais da
Escola, além de atender diariamente o seu público, no sentido de avaliar
processualmente as ações, objetivos e metas previsto no PPP, e vem ajustando
este documento à medida que é necessário e levando em consideração o perfil
da sua comunidade, visando dar excelência a sua missão para com a sociedade
do Distrito Federal.
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VIII. PLANO DE AÇÃO
Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO
01 Aumentar o número de matrículas tanto no presencial, como no ensino a distancia, principalmente nos turnos matutino e vespertino.
1. Não limitar o tempo para efetivação das matrículas; 2. Atender não só matrículas garantidas pelo Sistema 156, mas, como também, atender a
comunidade que procura a escola diretamente; 3. Distribuir e divulgar o material da SEEDF nos diversos segmentos da sociedade; 4. Confeccionar faixas de divulgação não só para serem colocadas no ambiente escolar, mas
também fora; 5. Divulgar nos blogs e facebook. 6. Criar parcerias para divulgação nas rádios, jornais locais que divulguem o trabalho pedagógico
realizado pela nossa escola. 7. Acolher os alunos do programa DF Alfabetizado, convênios e outras entidades parceiras; 8. Oferecer palestras com todos os segmentos sobre o funcionamento e metodologia da SEDF
para essa modalidade de ensino, como também, demonstrando a importância do acesso e permanência desse aluno na escola;
9. Estabelecer parcerias com o conselho tutelar, abrigos, Adolescentro e outras entidades que cuidam e apoiam alunos em situação de risco e Distorção de Idade e série;
10. Promover encontros com a família para buscar apoio junto aos alunos com problema de infrequência, disciplina e defasagem;
Todas as estratégias terão a semestralidade para execução.
Se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE.
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Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO
02 Promover melhor interação intercultural entre professor, aluno e demais segmentos escolares, a fim de ampliar o respeito às diferenças de conhecimentos prévios, gênero, etnia e classes sociais, com vista ao entendimento da diversidade
1. Desenvolver projetos, em parceria com a EAPE, para levantamento de temas voltados para a diversidade;
2. Organizar coordenação pedagógica com a participação de professores formadores da EAPE, dentro do projeto EAPE nas Escolas;
3. Construir parceria com Escola de Música nos eventos do CESAS e na realização da formatura dos alunos do CESAS;
4. Promover o Projeto Feira Multicultural na semana de Educação para Vida e na semana da EJA;
5. Promover o Projeto CESARTE, que expõe os trabalhos socioculturais dos alunos; 6. Desenvolver o campeonato interclasse durante a semana de educação para a vida,
destinado a selecionar alunos para competir nos jogos interescolares do DF; 7. Desenvolver a Festa Junina do CESAS.
Durante a Semana da EJA, Semana de Educação para a Vida e durante o Semestre letivo.
A avaliação dos projetos se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE. A avaliação dos eventos se dará durante sua execução pelos professores.
Nº METAS ESTRATEGIAS PERIODO AVALIAÇÃO
03 Promover a integração do Projeto Político Pedagógico da Escola com as novas tecnologias;
1. Acompanhar os alunos no ambiente virtual Eproinfo/MEC, nos momentos presenciais, com interação professor tutor/aluno, no laboratório de informática da escola, já existente.
2. Criar uma sala ambiente no próprio espaço da EaD; 3. Organizar aulas presenciais, complementando os estudos através de modo textual ou
em vídeos on-line, preparadas em conjunto com o professor da disciplina, em parceria com o professor do laboratório de informática;
4. Firmar parcerias com o PRONATEC, como Escola Demandante, na divulgação, seleção e distribuição de vagas de cursos de capacitação profissional oferecidos pelo SENAC, SESC e SENAI, ETB E IFB.
semestralmente. A avaliação dos projetos se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE, professores e alunos participantes.
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Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO
04 Disponibilizar, para toda a comunidade escolar, atendimento às suas necessidades educacionais, em observância à legalidade de seus pleitos e a coerência com o PPP da escola.
1. Elaborar novas fichas cadastrais, com a atualização de dados dos servidores e alunos (telefone fixo, celular, endereço residencial, e-mail, para contato rápido);
2. Fazer da Gestão Democrática uma administração exercida de forma participativa, com os objetivos da organização definidos pela equipe que a forma;
3. Orientar todos os servidores sobre férias, abonos, recessos, requerimentos e processos sobre seus tramites e resultados para ciência do mesmo;
4. Informar os servidores sobre formação continuada em sua área, participação nas coordenações pedagógicas coletivas;
5. Informar sobre direitos e deveres, tanto para servidores como para alunos, em estudos praticados para essa finalidade;
6. Informar sobre a distribuição de carga, de maneira a otimizar o atendimento à comunidade escolar dentro da modulação da CRE;
7. Garantir e valorizar a participação do conselho escolar.
Em todos os semestres.
Análise dos resultados por meio de avaliação institucional.
Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO
05 Garantir execução dos projetos que fazem parte do dia a dia da escola, como: o Projetos de Segurança da Escola; e o Projeto de Reforma da Estrutura Física do CESAS.
1. Convocação de reuniões com a comunidade escolar para definir prioridades e necessidades da escola para uso dos recursos financeiros: PDAF, PDDE.
2. Contato com a Secretaria de Segurança (Batalhão Escolar) para inibir as ocorrências delituosas, dentre elas: uso e trafico de entorpecentes, violência, outros.
3. Reuniões com a comunidade escolar para conscientizar para o uso adequado do material e das dependências públicas.
Durante todo a vigência da Gestão Democrática dos candidatos a Direção do CESAS.
Acompanhamento do uso dos recursos juntamente com toda a comunidade escolar
06 Implantar de forma gradativa e concomitante no mesmo turno e em
1. Implantação de cursos de Formação Inicial Continuada dentro de uma proposta de itinerário formativo para formação técnica; 2. Formação gradual de equipe de professores da rede, para desenvolvimento dos cursos de Educação Profissional;
2017 a 2019 Acompanhamento através de equipe avaliação interna e externa através de
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turno inverso a Educação Profissional na Modalidade FIC e Técnico
3. Organização de núcleos formativos que aproveitem ao máximo a equipe de professores; 4. Criar o Núcleo de Orientação Profissional e Inserção Produtiva; 5. Implantar um processo de formação concomitante no mesmo turno.
relatório dinâmico de experiência de gestão de resultados.
07 Implantação de EJA Combinada visando a integração com a Educação Profissional concomitante no mesmo turno.
1. Estudo estratégico pedagógico e logístico de implantação da EJA Combinada; 2. Elaboração de Plano de Implantação da EJA Combinada com etapas de consolidação; 3. Aprovação de Plano de Implantação; 4. Desenvolvimento do Plano de Implantação.
Acompanhamento através de equipe avaliação interna e externa através de relatório dinâmico de experiência de gestão de resultados.
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IX. PARCERIAS
O Projeto Talentos CESAS conta com uma rede de parceria que interagem
com recursos materiais e de competência, garantindo a exequibilidade de
projetos além dos limites internos institucionais.
Compõem hoje a parceria com o CESAS em estado ativo, as seguintes
estruturas e instituições:
FACULDADE DULCINA DE MORAES Nesta parceria a Faculdade
Dulcina nos fez a cessão de uso do espaço físico da instituição no período
vespertino, com alguns espaços em tempo integral, o que possibilitou o
início do Curso Técnico em Enfermagem (Mulheres Mil), atendendo a 80
mulheres, em um projeto piloto que integra o CESAS em parceria com a
Faculdade Dulcina, a Escola Técnica de Saúde de Planaltina, o Pronatec
e a FUNAB - Fundação Universidade Aberta do DF. A parceria está
permitindo a operacionalização do curso FIC Operador de Áudio e Vídeo
e organização de novos cursos FIC e Técnico na Área de Economia
Criativa da Cultura.
TV UNB Esta parceria garante aos alunos das turmas de Áudio e Vídeo
a construção do aprendizado associado diretamente a prática em estúdio
e na produção profissional de conteúdo.
FÁBRICA SOCIAL Com a Fábrica Social o CESAS integra seu
atendimento a um público externo, gerando um produto interessante que
é o curso de Marcenaria Criativa nas parcerias entre CESAS, Marcenaria
da SEDF e Fábrica Social, onde esta última entrará com gestão, professor
e material de consumo.
UDF A parceria com o curso de Odontologia da Instituição garantiu a
nossos alunos educação em saúde bucal e atendimento na clínica
laboratório da instituição. Dentro da mesma parceria está em andamento
o estudo para montagem de Curso FIC em saúde Bucal.
FACULDADE ESTÁCIO A Estácio entrou de parceria focada nos alunos
que têm como perspectiva uma formação profissional de nível superior, o
que nos permitiu instituir no semestre passado o ENEM Comunitário -
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aulões preparatórios para o ENEM aos sábados. Este projeto foi
pausado e está sendo reformulado para um conceito de Escola Aberta de
Reforço e Avanço Escolar que ocorrerá as sextas e sábados com turmas
e cursos específicos de conteúdo curricular onde os alunos se matriculam
de forma livre, conforme seus interesses e necessidades.
CANAL E O Canal E da Secretaria de Educação é um parceiro
estratégico na organização e realização do Curso de Áudio e Vídeo,
sendo um centro disponível para prática de conhecimentos técnicos.
MARCENARIA DE SEDF A parceria com a Marcenaria de SEDF, situada
na sede do CIA garantiu laboratório de práticas para o Curso FIC de
Marcenaria Criativa junto com a Fábrica Social.
1. CURSOS EM ANDAMENTO
Atualmente estamos com os seguintes cursos em andamento
a. MATUTINO
1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas - Pronatec - Espaço CESAS)
b. VESPERTINO
2. Cuidador de Idoso (01 turma - 25 vagas - Pronatec - Espaço CESAS)
3. Operador de Áudio e Vídeo (01 turma - 15 vagas - CESAS - Espaço DULCINA)
c. NOTURNO
4. Cuidador de Idoso (01 turma - 25 vagas - CESAS- Espaço CESAS)
5. Operador de Áudio e Vídeo (01 turma - 15 vagas - CESAS - Espaço DULCINA)
2. CURSOS PREVISTOS PARA O 2o SEMESTRE 2017
A) Parceria Pronatec
ESPAÇO CESAS FIC
MATUTINO
1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas);
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2. Cuidador de Idoso (01 turma - 20 vagas);
3. Jardinagem (01 turma - 20 vagas);
4. Assistente Administrativo (01 turma - 20 vagas).
VESPERTINO
1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas);
2. Massagista (01 turma - 20 vagas);
3. Auxiliar de Cozinha (01 turma - 20 vagas).
NOTURNO
1. Massagista (01 turma - 20 vagas);
2. Organizador de Eventos (01 turma - 20 vagas);
3. Auxiliar de Cozinha (01 turma - 20 vagas).
b. ESPAÇO DULCINA
Vespertino
FIC 1. Artista Circense (01 turma - 25 vagas)
2. Dublador (01 turma - 25 vagas - vespertino)
3. Editor de Animação (01 turma - 25 vagas - vespertino)
4. Editor de Vídeo (01 turma - 25 vagas - vespertino)
5. Fotógrafo (01 turma - 25 vagas - vespertino)
6. Operador de Gravação e Edição de Áudio (01 turma - 25 vagas - vespertino)
c. Técnico
1. Técnico em Artes Circenses (01 turma - 25 vagas - vespertino)
2. Técnico em Cenografia (01 turma - 25 vagas - vespertino) 3. Técnico em
d. Teatro (01 turma - 25 vagas - vespertino)
ESPAÇO MARCENARIA DA SEDF 1. Marcenaria (01 turma - 20 vagas);
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ESPAÇO BIBLIOTECA NACIONAL
Técnico
1.Técnico em Produção de Áudio e Vídeo (01 turma - 25 vagas - matutino)
B) Equipe Talentos CESAS
ESPAÇO CESAS
FIC 1. Cuidador de Idoso (01 turma - 20 vagas - noturno);
ESPAÇO DULCINA 1. Operador de Câmara (01 turma - 15 vagas - vespertino);
C) Parceria Fábrica Social
1. Marcenaria Criativa (02 turma - 50 vagas - vespertino).
X. REFERÊNCIAS
BRASIL – Câmara dos Deputados. Estatuto do Portador de Deficiência.
Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/432201.pdf
DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez.
1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 9 ed. São Paulo: Paz e Terra. 1998.
GARNIER, Catherine; BEDNARZ, Nadine; ULANOVSKAYA, Irina. Após
Vygotsky e Piaget: perspectiva social e construtivista. Porto Alegre: Artes
Médicas. 1996.
HANNA, Paola C. M.; DÁLMEIDA, Maria de L. P. K; EYNG, Ana M. Diversidade
e Direitos Humanos: a escola como espaço de discussão e convívio com a
diferença. Disponível em:
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3217_1599.pdf
MOLL, Luis C. Vygotsky e a Educação: implicações pedagógicas da psicologia
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas. 1996.
OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo
sócio-histórico. São Paulo: Editora Scipione Ltda. 1997.
RAPOSO, Mírian B. T. Didática e Interdisciplinaridade. Blumenau: IADE
Publicações, 2010
RAPOSO, Mírian B. T.; MACIEL, Diva A.; QUEIROZ, Norma Lúcia. Tópicos
Especiais em Avaliação da Aprendizagem. Brasília: Editora Universidade de
Brasília. 2008.
RAPOSO, Mírian B. T.; QUEIROZ, Norma Lúcia. Teorias da Educação. Brasília:
Editora Universidade de Brasília. 2008.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987
SEDF – CEDF. Resolução nº1/2005.Artigo n° 28. Disponível em:
http://www.sinprodf.org.br/wp-content/uploads/2011/03/resolução-nº-12005-
cedf.pdf
SEDF Diretrizes Operacionais da EJA do DF. Disponível em:
http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/diretrizes_eja_2014_201
7.pdf
SEDF. Currículo em Movimento da Educação Básica. Disponível em
http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/cur_mov/4_ensino_funda
mental_anos_finais.pdf
SEDF. Orientações Gerais sobre Organização Curricular. Disponível em:
http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/diretrizes_pedagog_3cicl
o.pdf
VYGOTSKY, Levy. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 1984.
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ANEXOS
Nesse capítulo apresentamos os projetos aprovados e em
desenvolvimento na escola, como: Projeto TV CESAS; Projeto Talentos CESAS;
Projeto Executivo – Agencia de Inclusão Produtiva: Construindo Projeto de Vida;
Projeto Executivo – Espaço Vivencial Horta; Gincana Cultural.
Nosso objetivo com essa apresentação é possibilitar uma melhor
compreensão da execução de cada um deles no espaço escolar, o que poderá
permitir, além da incorporação de outros projetos, criar um espaço de
interlocução entre eles, por meio de uma rede de relacionamentos e
aprendizagens, não só da comunidade escolar do CESAS, mas de toda a
sociedade civil envolvida.
Consideramos que projetos interdisciplinares, como esses, rompem com
as barreiras das salas de aula e com as práticas solitárias de trabalho, em um
movimento que possibilita a ampliação das relações, para além dos espaços da
escola.
Todos os projetos que constam nesse PPP estão em execução e
diretamente interligados com Cursos de Educação Profissional e Tecnológica
FICS, que já estão sendo ofertados, em parceria com o PRONATEC, Faculdade
Estácio com o ENEM comunitário, UDF, Academia de Capoeira Angola e outros,
conforme Termo de Voluntariado (em anexo).
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ANEXO I: PROJETO TV CESAS
INTRODUÇÃO
O uso da Web para transmissão de audiovisual é uma realidade no mundo
moderno. O stream de vídeo vem se popularizando e os provedores se
multiplicam a cada dia, o que facilita a sua utilização por aqueles que se
interessam em divulgar suas produções seja em versões pagas ou gratuitas
(free).
Por sua vez, as empresas televisivas comerciais, de olho no crescimento
da demanda pelo acesso das pessoas a internet, também criam seus canais no
mundo virtual.
O mesmo acontece com grandes empresas das mais diversas áreas, que
procuram capacitar seus empregados, para atender as demandas técnicas da
sociedade científico-tecnológica em que vivemos.
O uso da web pra divulgação de informações e conteúdos tem excelente
relação custo-benefício, pois permite o corte de gastos, e o melhor
gerenciamento do tempo de produção, edição e veiculação.
A Educação não pode ficar distante dessas facilidades da comunicação
moderna. Professores e estudantes, mesmo que de foram independente e
individualmente, a cada dia lotam estes provedores, especialmente os que são
gratuitos, por interesses diversos.
Uma dessa ferramentas as quais nos referimos é o Broadcasting,
modalidade muito procurada pelos produtores de audiovisual, sendo que a
maioria deles utiliza o armazenamento de sua produção em banco de imagem
virtual (Youtube, Vimeo, etc).
Neste sentido, Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul -
CESAS, dentro de uma visão moderna para a integração de mídias e
componentes curriculares, e no intuito de elevar autoestima dos educandos
desta unidade de ensino, tem promovido amplo debate cerca do tema,
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aproveitando a experiência de Docentes e em razão de reivindicação dos
discentes e comunidade escolar, destacando aqui o interesse dos estudantes na
faixa etária de 17 anos que por não estarem na idade adequada para
continuarem o atendimento presencial na UE de EJA, insistem em participar do
projeto mesmo que estando em outra Unidade Educacional.
Estes estudantes poderem além de aprender uma profissão ligada a área
do audiovisual, reforçam os conteúdos colaborando com os Docentes através de
vídeos produzidos por estes e demais alunos. Também é relevante se destacar
o interesse dos Docentes da EAD do CESAS na produção de vídeo aulas para
atender e reforçar o aprendizado dos estudantes da modalidade virtual de
ensino.
Assim, a Direção do CESAS inseriu no Plano Político Pedagógico da
Unidade de Ensino (Plano Político Pedagógico, Objetivo específico-item 4; Plano
de Trabalho para a Gestão da Escola 2014/ 2016, item 3) a criação e
implementação da TV CESAS. Com isto, o CESAS está se colocando na
vanguarda educacional do Distrito Federal transformando que que era apenas
um desejo numa poderosa ferramenta de descoberta de talentos, criação,
comunicação com a produção e transmissão de vídeo, aulas e vídeo
conferências ao vivo, além de atividades cívico-cultural em tempo real, que
proporcionarão a interatividade entre o estudante, o Professor e os Gestores com
suas equipes de trabalho. Além disso, criar-se-á um banco de imagens hoje
inexistente na Unidade Educacional.
O conteúdo a ser divulgado por meio da TV CESAS será produzido pelos
estudantes e Professores na forma de matéria didático-pedagógico, vídeo aulas,
reportagem jornalística em sala de aula, eventos cívico-cultural da escola, datas
festivas e comemorativas, programação voltada para os surdos que atenderá
também os estudantes com deficiência visual através da audiodescrição.
A produção audiovisual pode ser transmitida ao vivo, reprisada quando
em grade de transmissão bem como ficar disponível de forma ‘off air’ para
consultas posteriores.
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OBJETIVO GERAL
Produzir e transmitir conteúdo audiovisual educativo e cívico-cultural ao vivo
via web.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Motivar a participação dos alunos e professores para a produção de vídeos,
possibilitando o conhecimento desta linguagem criativa para a expressão de
ideias;
2. Servir de meio de interação na Educação à Distância entre a escola e o
educando de EJA, transmitindo ao vivo audiovisuais de cunho pedagógico e
mantendo um banco de imagens para consulta do estudante de acordo com
sua necessidade;
3. Transmitir ao vivo eventos de interesse do CESAS;
4. Abrir um canal direto entre a Unidade Educacional e a Comunidade Escolar;
5. Dar visibilidade aos Profissionais da Educação junto à Comunidade Escolar;
6. Transmitir ao vivo vídeos institucionais que possibilitem o registro e a
divulgação de momentos relevantes para o amadurecimento da Educação no
Distrito Federal, nas Coberturas Especiais do CESAS;
7. Envolver todos os alunos de 1º, 2º e 3º segmentos na produção audiovisual
com oficinas de vídeo aproveitando horários vagos e janelas;
8. Atender num primeiro momento as disciplinas de Português, Matemática,
Química, Física e Arte com vídeo aulas e em seguida as demais disciplinas
da grade curricular da modalidade presencial e EAD além de atividades
culturais como palestras que são ministradas regularmente na escola;
9. Atender emergencialmente à solicitação de aproximadamente 40
estudantes com 17 anos, concluintes do 8º semestre em agosto de 2014
das turmas A e B matutino, vespertino e noturno, que insistem em
permanecer na escola.
SITUAÇÕES E PROBLEMAS ATUAIS
1. Inexistência do canal de veiculação ao vivo de programas audiovisuais na
Rede Pública de Ensino do DF;
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2. Falta de equipamentos compatíveis com a produção e transmissão de stream
de vídeo na SEEDF;
3. A criação da TV Cesas possibilitará o aproveitamento dos alunos na
modalidade presencial em horários vagos e janelas da grade horária, fazendo
com que este deixe os corredores, pátios e cantina da escola e se dediquem
ao aprendizado das técnicas de televisão como pré-produção, produção e
pós-produção além de argumento cinematográfico, roteiro, fotografia,
iluminação, áudio, edição e finalização;
4. Manter na UE, na passagem do primeiro para o segundo semestre do
ano, os estudantes com 17 anos que tenham concluído o Ensino
Fundamental e encontram-se fora da idade de acesso ao Ensino Médio
na modalidade EJA presencial e EAD.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Participação e engajamento de todos os professores de 1º, 2º e 3º segmentos
e nos três turnos, para a utilização da linguagem audiovisual bem como
alunos do 1º, 2º e 3º segmentos também dos três turnos, possibilitando a
interação de todas as disciplinas curriculares ofertadas pela escola;
2. Garantia de sucesso na interação entre as Mídias Educacionais, os
componentes curriculares e as transversalidades;
3. Garantia de que os produtos audiovisuais elaborados por professores e
estudantes do CESAS atenderá a expectativa dos discentes e comunidade
escolar.
4. Independência nas transmissões de produtos audiovisuais pedagógicos e
culturais;
5. Acessibilidade garantida a todos os professores e estudantes do CESAS;
6. Baixíssimo custo de manutenção do sistema de transmissão com a utilização
de provedores gratuitos (livres);
7. Melhora a autoestima dos estudantes e incentivo para que mais alunos se
engajem na produção audiovisual da TV CESAS;
8. A avaliação dar-se-á dentro de cada semestre letivo. Para isto, haverá, no
mínimo, um concurso de produção audiovisual para os alunos com a
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participação e orientação dos professores de cada turma. Esta produção após
avaliada receberá uma pontuação dada pelos professores que contará como
parte da nota de cada disciplina. Após este processo, todas as produções
serão exibidas em circuito fechado na escola para a escolha dos vencedores
que serão devidamente premiados com o diploma da participação nos temas
transversais adotados pela escola e que serve posteriormente como
componente na construção do currículo para a vida profissional do aluno.
ETAPAS DO PROJETO
1. Criação do canal web de transmissão ao vivo de stream de audiovisual;
2. Criação do laboratório/oficina de vídeo para o aprendizado de professores e
alunos;
3. Definição das atribuições da TV CESAS – Prepara os docentes para a
linguagem audiovisual e os discentes para a linguagem e produção de vídeos;
4. Definição dos profissionais que cuidarão da produção e transmissões e banco
de imagem – Coordenador Operacional do Projeto: Jorge Geovani Ferreira –
professor matrícula 37077-0 e Assistente Operacional: Alexandre Adriano
Neves de Paula – professor matrícula 212.655-9;
5. Levantamento de equipamentos necessários a serem comprados para o
laboratório/oficina - serão necessários 10 computadores e programas
específicos para captura, tratamento e edição de imagens, 02 câmeras
digitais de vídeo com entrada para microfone e fones de ouvido, 06 baterias
para as câmeras, 02 tripés para iluminação, 04 refletores de luz fria, 01 kit
para chroma key, 04 coletes próprios para fotógrafo e cinegrafista, cabos
elétricos para alimentação dos refletores, 02 bolsas de transporte.
6. FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Inexistência de equipamentos necessários para a produção de transmissão
ao vivo de audiovisuais.
METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO
Encaminhar à Direção do CESAS proposta de criação da TV CESAS através de
plataformas livres;
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Encaminhar a Direção do CESAS proposta para implantação de equipe
operacional da TV CESAS;
COORDENAÇÃO E EQUIPE
Coordenador Executivo: Reus Antunes de Oliveira – 36.150-X
Coordenador Operacional – Jorge Geovani Ferreira – 37.077-0
Assistente de Operação: Alexandre Adriano Neves de Paula – 212.655-9
Equipe de Trabalho: Educadores e alunos do CESAS.
CUSTO DO PROJETO E VIABILIDADE FINANCEIRA
Em levantamento
AUTOR DO PROJETO
Jorge Geovani Ferreira – matrícula SEEDF 37.077-0
ANEXO II: PROJETO TALENTOS CESAS
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INTRODUÇÃO
“A Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda é vista por muitos como
uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na
infância ou aqueles que por algum motivo tiveram de abandonar a escola.
‘Hoje sabemos do valor da aprendizagem contínua em todas as fases da
vida, e não somente durante a infância e a juventude’, afirma o inglês
Timothy Ireland, mestre e doutor na área e especialista em Educação da
Representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.
O processo educativo começa na infância e termina somente na velhice.
Dessa forma, a EJA tem de ser vista sob uma perspectiva mais ampla,
dentro do conceito de educação e aprendizagem que ocorre ao longo da
vida.
O processo tem três dimensões: a individual, a profissional e a social. A
dimensão individual considera a pessoa como um ser incompleto, que tem
a capacidade de buscar seu potencial pleno e se desenvolver,
aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo. Na profissional, se inclui a
necessidade de todas as pessoas se atualizarem em sua profissão: um
médico, um engenheiro, um físico, todos os profissionais precisam se
requalificar; em momentos de crise, como o atual, isso se torna ainda mais
necessário; assim, é comum o trabalhador ter que aprender um novo
ofício para se inserir no mercado. Na dimensão social (que é a capacidade
de viver em grupo), um cidadão, para ser ativo e participativo, necessita
ter acesso a informações e saber avaliar criticamente o que acontece.
Além dessas, há outra dimensão de aprendizagem muito pertinente neste
momento: a relação das pessoas com o meio ambiente. Todos nós temos
a necessidade de nos reeducarmos no que se refere a essa questão.
Precisamos praticar novos paradigmas de sustentabilidade e novos
hábitos de consumo.¹” (Objetivos maiores que a alfabetização: EJA -
Educação de Jovens e Adultos, entrevista com Timothy Ireland - 2015)
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VALOR 1 - A Educação de Jovens e Adultos pressupõe uma concepção de
educação integral, não no sentido tempo de permanência na escola, mas na
visão e ação pedagógica sistêmica, nas dimensões individual (acadêmica),
profissional (formação e orientação) e social (visão, análise e intervenção).
O aluno da educação pública se constitui em três grandes segmentos
básicos:
● Alunos em idade e séries regulares, com um nível de rendimento e
aprovação estáveis e uma perspectiva de futuro acadêmico e profissional
mais ou menos definida, onde a nossa escola faz seu atendimento
convencionado e considera o aluno dentro dos padrões esperados;
● “Alunos de ponta” da nova geração (que estão integrados à internet), que
assumiram um caráter de formação através de processos colaborativos e
de cocriação, e têm uma grande capacidade auto didática. Este aluno vem
à escola como num espaço pedagógico, mas, devido a sua fragilidade
tecnológica e metodológica, ela assume mais um papel de certificadora
necessária aos avanços acadêmicos;
● Alunos com defasagem na educação básica, por motivos diversos (em
sua grande maioria, oriundos dos setores populares), apresentam
defasagem em idade, série e em nível educacional. Este segmento traz
também uma série de dificuldades complementares, como a necessidade
de integrar trabalho/estudo, desemprego e necessidade de renda, conflito
com a lei, responsabilidade familiar, necessidade de readaptação
acadêmica e ao mercado já na idade adulta.
Este último segmento, em grande parte, é o atendido pela Educação de
Jovens e Adultos, que precisa ter a capacidade de responder ao processo
convencional de ensino e às variantes resultantes de seu público, tendo a função
estratégica de reverter o processo encontrado para uma linha virtuosa de
desenvolvimento dos alunos.
VALOR 2 - A perspectiva estratégica da Educação de Jovens e Adultos, está
baseada no seu papel de transformação social junto ao público atendido.
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A integração da Educação Profissional à Educação de Jovens e Adultos
é um processo em construção e em conflito. Por um lado, se identifica a
importância do trabalho como fator intrínseco ao aluno de EJA e com papel
relevante na significância que ela dá ao processo de ensino e aprendizagem; por
outro lado, a ausência de rompimento com a estrutura convencional de educação
profissional baseada em pacotes pré-estabelecidos de cursos FIC ou Técnico,
onde o aluno é condicionado a aceitar ou não o leque de ofertas, leva a uma
dificuldade pedagógica de integração curricular, sempre gerando prejuízos a um
ou outro processo, a uma evasão significativa e a construção de resultados
dissociados de um processo de inteligência de desenvolvimento social.
Os dados resultantes identificados estão associados ao quantitativo de
alunos atendidos e cursos ofertados, e não no itinerário do aluno na sua
formação básica, profissional e sua evolução de carreira e social, o que responde
ao investimento como meta, mas não responde como estratégia de Política de
Estado.
Apontamos como visão diferenciada de integração da Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos a “tomada de consciência e a
tomada de poder da pessoa sobre sua formação”, portanto, a auto formação
como metodologia. ²
VALOR 3 - A apropriação, por parte do aluno, da identificação de seu papel
pessoal e profissional como forma de apropriação de seu itinerário formativo
como ferramenta pedagógica de consolidação deste objetivo.
O mundo passa, neste momento, por uma conjunção de elementos
recorrentes e transformadores que implicam diretamente na inclusão
socioprodutiva atual e futura. Passamos por um ritmo de mudanças tecnológicas
com o desenvolvimento da comunicação em redes, da internet, da
nanotecnologia que vem mudando a estrutura da matéria, da robótica e da
inteligência artificial que vem consolidando espaço na produção e nos produtos.
Todas estas novidades exigem competências inovadoras e posturas
diferenciadas que estão fora dos parâmetros convencionais de nossa educação.
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Por um lado, trabalhabilidade, insight, inovação, cocriação,
empreendedorismo, sociabilidade, prototipagem, startup, economia criativa e
colaborativa, entre outras, são as referências dinâmicas do mundo de hoje, que
exige um profissional ativo e transformador; por outro lado, a crise econômica e
o processo de acumulação geram uma avalanche de perdas de direitos sociais
e desemprego no mundo todo, colocando em pauta questões como economia
socialmente sustentável, economia solidária, economia verde, pensando em um
formato de desenvolvimento que tenha o homem em sociedade e seu
desenvolvimento como valor fundamental.
A grande questão é que o público de EJA não está nos primeiros vagões
do desenvolvimento, mas normalmente nos vagões da crise social. A mudança
de paradigma só pode ser feita se fixarmos no desenvolvimento tecnológico e
nas novas concepções de saber de um lado, e em modelos de economia
socialmente sustentáveis que possam servir de colchão de absorção das crises
do capitalismo de mercado de outro.
VALOR 4 - A educação deve estar integrada às mudanças que passamos,
constituindo pontes para salvaguardar os alunos, como interesse público de
desenvolvimento social.
DIAGNÓSTICO
Não partimos do pressuposto que uma ação local comporta a dimensão
necessária identificada em uma avaliação de cenário amplo, no entanto, não
importa a grandeza da ação, mas o rumo para onde ela aponta, pois indica que
a caminhada está certa.
Neste contexto, identificamos que existem hoje metodologias que auxiliam
na pesquisa e orientação para análise estratégica de objetivo e orientação de
carreira, o que nos permite ver primeiro pelo olhar do aluno para, assim, construir
itinerários inteligentes.
Identificamos uma série de recursos formativos transversais nas políticas
públicas, como Pronatec, Projovem, Pontos de Cultura, FAC, sistemas de
estágio entre outros, que, se vistos individualmente, não se tem o todo; mas
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olhados de forma sistêmica, conseguimos identificar uma rede capaz de
potencializar-se em sinergia.
Apesar da proximidade geográfica, os mundos que estão no vagão da
tecnologia, inovação, “trabalhabilidade”, e o mundo das dificuldades sociais
parecem ser de planetas diferentes, porém, o simples fato de abrir o diálogo
entre mundos pode ter uma força transformadora e propulsora significativa, e a
escola pode ser este agente catalizador.
O que identificamos é que (pensando de forma global), para conceber as
visões estratégicas e agir localmente, catalisando os recursos públicos e sociais
existentes, é possível se construir uma ação consistente, que se não for em tudo
transformadora, aponte para o rumo da construção de caminhos virtuosos de
desenvolvimento.
Em pesquisa desenvolvida com 198 alunos do presencial, identificamos
que 62% dos que responderam, optaram pela perspectiva de um curso de
formação profissional de nível superior, o que demonstra que os mesmos
querem ascender a novas classes sociais.
A Educação profissional foi sentida como uma necessidade imediata para
59% dos entrevistados. Segmentos como saúde, Administração e negócios, TI,
se destacaram, porém, o número dos que erraram nas respostas ou não têm
uma definição é realmente marcante.
Além da educação profissional, estágio e emprego são as necessidades
mais imediatas, para os mais jovens com uma forma de acessar bens e serviços
que os integrem ao seu meio social e aos mais adultos por pressão e
necessidade familiar.
O empreendedorismo seja montando uma empresa, seja trabalhando
como autônomo, é a opção de 61% dos entrevistados, variando de formato
conforme a idade.
Estas respostas apontam para três eixos básicos de intervenção, que são:
a preparação complementar para o ENEM, como forma de alavancar o potencial
de nossos alunos para seus projetos de formação superior, o empreendedorismo
meio de inclusão produtiva e reserva técnica para o mundo do trabalho e a
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educação profissional como itinerário formativo de apreensão de competências
construtivas de carreira profissional.
Estudo realizado pela Fundação Lemann com apoio técnico do
movimento Todos Pela Educação, onde foram ouvidos 42 jovens entre 20 e 21
anos, com bom desempenho no ENEM, e maioria (81%) oriunda de escola
pública, a percepção dele é a de terem sido mal orientados pela escola para a
vida adulta. Por outro lado, os empregadores entrevistados relataram sentir falta
de competências básicas nos jovens que acabaram de se formar, tais como
comunicação e operações financeiras, o que complementa a nossa pesquisa
interna.
Os três eixos identificado na pesquisa, têm que se associar
transversalmente com a formação básica que é a necessidade imediata de 62%
dos entrevistados e razão de sua presença na escola; a inclusão produtiva
através de estágio, emprego e mercado empreendedor, também respondem à
necessidade real da vida de muitos alunos e deve perfazer os eixos
apresentados.
Na pesquisa de percepções, identificamos um interesse significativo por
atividades integrantes da economia criativa, entre as diversas idades, com
características diferentes e que não foi revelado na pesquisa inicial por que os
alunos não associam a atividade cultural a profissão e carreira, o que é um
grande equívoco.
Outro elemento diagnosticado e que é ponto crítico no processo no projeto
é a rotatividade, fruto da semestralidade do ensino de EJA. Esta situação foi
tratada no processo de ideação, dando uma dimensão continuada ao projeto
onde alunos e ex-alunos podem participar e se organizar em clubes pedagógicos
temáticos de caráter permanente.
A análise de experiência identificou que o mecanismo de integração e
comunicação com o aluno ainda precisa ser aprimorado, pois apesar do projeto
ter uma página virtual com design para celular e página de relacionamento no
facebook, com acesso de alunos do Brasil inteiro, ela ainda não se transformou
em uma ferramenta de consulta e estudos por parte dos alunos.
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OBJETIVO GERAL
Implantar a Agência de Carreira Talentos CESAS, como projeto
estruturante entre ensino básico (EJA), planejamento de carreira e Educação
Profissional, proporcionando educação nas dimensões individual, profissional e
social tendo o estudante como protagonista de seu projeto pessoal e de seu
itinerário formativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Promover pesquisa continuada de diagnóstico estratégico de cenário
socioeconômico e dos alunos em relação a este cenário;
2. Constituir veículos de comunicação e de interação com os alunos;
3. Desenvolver a orientação de carreira dos alunos participantes;
4. Promover a orientação ao empreendedorismo;
5. Promover orientação e apoio às iniciativas que visem a construção de
uma carreira de nível superior;
6. Constituir espaços de convivência vocacional e de formação profissional;
7. Proporcionar a formação profissional através de parceria e sinergia com
as diversas oportunidades disponibilizadas pelos projetos e programas
existentes na área;
8. Promover o protagonismo dos alunos a partir da sua organização em
Clubes Pedagógicos voltados para segmentos e eixos formativos.
PÚBLICO ALVO
O projeto é direcionado a todos os alunos e ex-alunos do CESAS
(presenciais), e de EAD, especificamente aos que se inscreverem nas atividades
de Palestras, Workshop, cursos, oficinas e sessões de interesse, tendo os
conteúdos gerais disponibilizados publicamente no site da Agência de Talentos
Cesas -http://talentocesas.wix.com/agencia.
JUSTIFICATIVA
1. Orientações Pedagógicas para Integração da Educação profissional
com o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - 2014.
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Em suas Orientações Pedagógicas para Integração da Educação
Profissional com o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - 2014, a
Secretaria de Estado de Educação, constitui bases legais e referenciais
pedagógicos para organização de projetos pedagógicos desta natureza
destacando eixos estruturantes e integradores, trabalho interdisciplinar, trabalho
em rede, projetos integrados, pesquisa como promotora de conhecimento e
trabalho como princípios educativos (pag 41 a 46).
A fazer a análise da educação profissional se destaca o Ensino Médio e
“Semelhantemente, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), a dimensão do
trabalho adquire uma importância central, em virtude das condições sócio-
econômicas dos sujeitos atendidos por essa modalidade.”(pag 10)
Na sua Página 16 a proposta destaca a extensão da Educação
Profissional para a EJA no ensino fundamental e seu respaldo legal - “Assim,
essas experiências, em diálogo com os pressupostos referenciais do programa,
indicam a necessidade de ampliar seus limites, tendo como horizonte a
universalização da Educação Básica, aliada à formação para o mundo do
trabalho, com acolhimento específico a jovens e adultos com trajetórias
escolares descontínuas. Em resposta a alguns desses questionamentos, a
revogação do Decreto nº 5.478/2005, pela promulgação do Decreto nº 5.840, de
13 de julho de 2006, trouxe diversas mudanças para o Programa, entre elas a
ampliação da abrangência, no que concerne ao nível de ensino, pela inclusão do
Ensino Fundamental (...)”
No mesmo caminho se consolida legalmente a proposta, quando
referencia-se ao “Art. 40 da LDB, a Educação Profissional deve ser desenvolvida
em articulação com o ensino regular, tanto oferecendo formação aos jovens em
idade própria, como deve ser organizado para os jovens e adultos, oferecendo a
preparação geral para o trabalho. ” (pag.16)
Para se referenciar teoricamente na sua página 31 o documento cita
“Ciavatta (2005), ao refletir sobre o que é ou que pode vir a ser a formação
integrada pergunta: o que é integrar? A autora remete o termo então, ao seu
sentido de completude, de compreensão das partes no seu todo ou da unidade
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no diverso, o que implica tratar a educação como uma totalidade social, isto é,
nas múltiplas mediações históricas que concretizam os processos educativos.
No caso da formação integrada ou do Ensino Médio Integrado ao ensino técnico,
o que se quer com a concepção de educação integrada é que a educação geral
se torne parte inseparável da Educação Profissional em todos os campos onde
se dá a preparação para o trabalho: seja nos processos produtivos, seja nos
processos educativos como a formação inicial, como o ensino técnico,
tecnológico ou superior. Significa que buscamos enfocar o trabalho como
princípio educativo, no sentido de superar a dicotomia trabalho manual / trabalho
intelectual, de incorporar a dimensão intelectual ao trabalho produtivo, de formar
trabalhadores capazes de atuar como dirigentes e cidadãos”.
2. Currículo em Movimento - Educação de Jovens e Adultos
Em seus pressupostos teóricos a proposta destaca - “A natureza da
concepção político-pedagógica da EJA vai além da aquisição de conhecimentos,
quando sua essência está imbricada com a diversidade dos sujeitos da EJA, que
buscam o processo educativo para melhorar as condições em que vivem (...). ”
(pag 20)
Outro pressuposto importante destaca - “Um desafio para a EJA é
considerar as diferentes culturas e os diferentes saberes na construção da
aprendizagem, a partir de seu currículo, levando em conta ainda que esses
tempos e espaços são muitas vezes distintos de outras etapas e modalidades
da educação básica. ” (pag 21)
“Reforçando tal concepção, destaca-se o Documento-Base Nacional
Preparatório para a Sexta Conferência Internacional de Educação de
Adultos - CONFINTEA VI, ao afirmar que o Currículo “não pode ser
previamente definido sem passar pela mediação com os estudantes e
seus saberes, bem como pela prática de seus professores, o que vai além
do regulamentado, do consagrado, do sistematizado em referências do
ensino fundamental e do ensino médio...” (BRASIL, 2009). ” (pag 22)
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Em seus Eixos Integradores o documento ressalva que “cultura, trabalho
e tecnologias são eixos que se relacionam entre si e dialogam com os sujeitos
estudantes da EJA; portanto, devem permear o processo de construção do
conhecimento como eixos integradores propostos para a modalidade”.
(...) O trabalho, entendido como produção social da vida, é parte
essencial dos sujeitos estudantes da EJA. O desafio do currículo é
dialogar com o mundo do trabalho, trazendo sentido ao que se quer
alcançar na escola. “Não se pode reduzir a tarefa ao preparo do
trabalhador para o mercado, seu ofício como mercadoria, mas
compreender que o trabalho, como forma de produção da vida, é a ação
pela qual o homem transforma a natureza e a si mesmo. ” (pag 23)
3. Projeto Político Pedagógico do CESAS
O projeto se enquadra no Projeto Político Pedagógico do CESAS tendo
em vista que O CESAS, acreditando na construção de um trabalho coletivo,
busca apoiar e mediar o processo educativo de nossos estudantes nas três
dimensões: individual, profissional e social. Acredita-se assim, na riqueza deste
projeto a oferta de possibilidades, acompanhamento e inserção profissional de
nossos estudantes no mercado de trabalho, além da captação de parcerias nos
mais diversos setores da nossa sociedade. Essa relação de diálogo e construção
com a comunidade escolar, é fundamental para atingir nosso principal objetivo
que é o de promover a inclusão de nossos estudantes. A escola, como bem
destaca Freire, “É lócus em que a efetividade do ato educativo reside
principalmente nas ações empreendidas, mais que nos discursos e nas teorias”
(Freire 2003). Em uma acepção mais ampla, a educação acontece em todos os
campos da escola e é protagonizada e dialogada em todas as ações educativas.
Desse modo muitos projetos, inclusive foram surgindo entre os próprios
estudantes com a participação também de professores, servidores, gestores e
pais.
A socialização dos saberes e a participação coletiva da comunidade
escolar neste projeto enriquecem e produzem o verdadeiro conhecimento.
4. Parcerias executivas
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A proposta está baseada na viabilidade concreta de sinergia de objetivos
e ações através de parcerias de oportunidades com pessoas, órgãos e
entidades, que se concretizarão no desenvolvimento de projetos executivos.
Em uma breve análise da temática do projeto no contexto das ações,
podemos identificar uma potencialidade significativa de oportunidades, que
podem se consolidar em ações integradas; como:
Junto com a Universidade Estácio, viabilizamos a implantação do ENEM
Comunitário e estamos estudando a ampliação de recursos tendo em
vista o interesse da mesma pela integração em projetos sociais de
extensão e a possibilidade de garantir estágio supervisionado para seus
alunos - Parceria em execução;
Criação da Agência de Estágio e Emprego em parceria com a Secretaria
de Trabalho do DF e CIEE melhorando a gestão de empregabilidade dos
alunos - Esperando a contrapartida do CESAS;
Com o Coletivo RUAS estamos implantando o Projeto de Designer Gráfico
Popular (Espaço Vivencial e Vocacional), trazendo a experiência concreta
dos jovens designer para nossos alunos e criando um espaço de
expressão para os artistas - Parceria em execução;
Parceria com a ACDF Jovem para integrar nossos alunos com a vivência
de jovens empreendedores do Distrito Federal - Em fase de discussão;
Parcerias com o BsB Criativo da Secretaria de Cultura para formação na
área empreendimentos na economia da cultura - Já iniciado em fase de
experimentação;
Parceria com a UnB como projeto de pesquisa e extensão, integrando
atividades a fins da Universidade com o projeto, a exemplo da incubadora
social e solidária - Em fase de tramite institucional;
Obs: outras oportunidade e parcerias estão em estudo ou andamento.
METODOLOGIA
O projeto segue metodologicamente o conceito de autoformação e
educação empreendedora, partindo da reflexão do aluno, de seu sonho possível
e de seu papel na área profissional para se construir, colaborativamente com ele,
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um projeto de carreira que, apropriado pelo mesmo, o apodere do processo de
construção de seu objetivo em toda sua dimensão sistêmica, seja na instituição
CESAS, seja nas mais diversas oportunidades disponíveis.
Quanto a dinâmica de planejamento, organização e desenvolvimento, o
projeto se estrutura com base na metodologia do Design Thinking (Pensar
Design) que se constitui em um fluxograma que caminha pela descoberta, a
interpretação, a ideação, a experimentação e a evolução em um processo
circular e contínuo de pesquisa, apropriação, construção e transformação da
realidade.
Quanto às dimensões estratégicas que devem ser trabalhadas para
alavancar o processo de desenvolvimento do aluno, o projeto considera como
fundamentais:
Identidade
Todo processo de desenvolvimento passa pela identificação e
apropriação da identidade em seu conjunto (valores, postura, prática, estética)
como afirmação individual e interação com o indivíduo e os meios.
A pessoa sente necessidade de se identificar e ser identificada como
marca de existência e qualquer processo de desenvolvimento está diretamente
relacionado a afirmação ou transformação da mesma.
Meio
O meio ou os meios de interação do indivíduo constituem uma rede de
identificação, de influência mutua de geração de oportunidades e ameaças e de
mobilidade seja cultural, social ou econômica.
Outro elemento determinante no desenvolvimento individual e coletivo
está na afirmação, ampliação ou mudança de meio para fluxo de relações de
desenvolvimento;
Sustentabilidade
A sustentabilidade como meio de vivência e sobrevivência está no cerne
do equilíbrio de todos os seres; sendo assim, é fator determinante na
significância para pessoa, de todos os elementos que estão a sua volta e do nível
de esforço para se promover processos de mudança;
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Realização
A realização é determinante na jornada da vida, pois ela satisfaz em
quanto pessoa a medida que a mesma se sente realizada em seu papel como
indivíduo e como coletivo.
O processo se dá nos seguintes eixos metodológicos:
1. Visões
Processo de pesquisa participante junto aos alunos nos formatos de
levantamento de dados, pesquisa focal por segmentos e entrevista individual que
gere uma visão panorâmica e focada das percepções dos alunos sobre seus
sonhos, objetivos, carreira, postura, forças e fraquezas.
Com a resultante da pesquisa, faz-se um trabalho de inteligência para
modelagem e concertação estrutural e de processos.
Ferramentas - Pesquisa participativa, pesquisa focal e técnica Delphi;
2. Informação
A capacidade de se fazer a reflexão de contexto, por parte do aluno, é
diretamente proporcional ao conjunto de informações e conhecimentos que o
mesmo tem sobre o sistema social e de mercado; assim, repassar informação
em quantidade e qualidade se torna um elemento metodológico importante para
qualificar a ação reflexiva.
Ferramenta - Plataforma virtual;
3. Orientação
A orientação, baseada nas metodologias de coaching, permitem ao aluno
a apropriação de ferramentas para análise de realidade, desenvolvimento de
foco estratégico e efetivação e controle de processo de realização de objetivos.
Ferramenta - Coaching de carreira e Modelagem Canvas;
4. Itinerário de competências
Através do processo de orientação, o aluno constrói seu foco de carreira
e depois organiza o itinerário de competências de forma que possa gerenciar
com inteligência, seu processo de formação continuada. Construído este
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caminho, o aluno se apropria da sua rota formativa, dando significância para o
processo de aprendizado e invertendo o domínio do saber da escola, que passa
conhecimento, para a escola, que é a fonte de conhecimento para o objetivo a
ser alcançado.
Ferramentas - Itinerário de competências e Modelagem Canvas;
5. Apoio
A estrutura de apoio ao aluno passa segurança e confiança tanto para o
processo interno de reflexão e organização de objetivo, quanto para o processo
externo de integração às oportunidades e enfrentamento às ameaças do meio.
Ferramentas - Rede de Eixos Formativos e Comitês de Estudo e Inclusão.
6. Certificação
A certificação dos cursos e oficinas, serão efetivados pelo CESAS quando
os cursos forem livres e sob sua responsabilidade pedagógica e pelos parceiros
quando estes forem certificadores e/ou os cursos forem FIC ou técnico.
METAS ESTRUTURANTES
1. Pesquisa e insight contínuos
1.1. Organizar e efetivar anualmente um plano de pesquisa para análise,
acompanhamentos e feedback junto aos alunos;
1.2. Criar um grupo de opinião (análise estratégica) composto por
representantes da escola, DRE, Secretaria de Educação, UnB e
entidades parceiras para análise focal de percepção de desenvolvimento
do projeto;
1.3. Constituição de Personas dos alunos do CESAS de forma a permitir uma
visão mais objetiva e compartilhada dos nossos alunos e uma atuação
pedagógica mais personalizada de toda equipe.
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1.4. Implantação de um plano de pesquisa através do acompanhamento de
alunos e ex-alunos por período de 30 anos, identificando o processo de
vida e a interferência da formação neste processo.
2. Informação
2.1. Criação de uma página virtual interativa do projeto para oferta de
informações e formação dos alunos;
2.2. Criação de uma rede prática de comunicação direta com os alunos.
3. Pescaria de Interesses
Criar um programa de integração dos alunos com as atividades do projeto
e o mundo da formação profissional e do trabalho de forma a conquistá-los para
propostas transformadoras;
4. Orientação de Carreira
Criar um programa organização estratégica de objetivo através de oficinas
de Coaching e orientação de carreira.
5. Preparatório para o ENEM
Criação de um Núcleo Vocacional e Vivencial de complementação
escolar, em parceria com pessoas voluntárias e entidades parceiras visando a
implantação de tecnologias e processos de reforço escolar, visando a ampliação
de competências dos alunos, voltadas para o ENEM e uma carreira de nível
superior.
6. Educação Empreendedora
Criação de um Núcleo Vocacional e Vivencial de Empreendedorismo,
voltado para educação empreendedora e incubação de projetos de negócios
desenvolvidos pelos alunos.
7. Educação Profissional
7.1. Criar um sistema de gestão de itinerário formativo;
7.2. Desenvolver um programa de pesquisa e disponibilização de cursos
formativos online;
7.3. Implantar um programa de formação, por itinerário formativo na escola
de forma direta ou em parceria com entidades de Educação
Profissional;
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7.4. Implantação na escola de um programa de Núcleos Vocacionais e
Vivenciais de Educação Profissional por segmento e eixo formativo,
de forma a permitir a integração da formação, prática e convivência de
processo formativo profissional.
8. Integração Transversal
8.1. Criação de um programa de implantação de Clubes Pedagógicos por
segmentos e eixos de formação de forma a tornar os alunos
protagonistas colaborativos do projeto;
Criação de projetos pedagógicos de integração com o ensino básico;
8.2. Desenvolvimento de projetos de inclusão produtiva através do estágio,
emprego e empreendedorismo.
PROJETOS EXECUTIVOS
Os Projetos Executivos são os que darão caráter prático e operacional às
Metas Estruturantes e serão constituídos em plano de trabalho dinâmico, pois
vão se realizando diante das oportunidades que se apresentam.
Eles são apresentados, institucionalmente, como projetos
complementares a este, tramitando separadamente, conforme formulário anexo
a este projeto, e quando aprovados passarão a fazer parte integrante deste
projeto.
O número específico de atendidos pelo projeto será apresentado nas
propostas dos projetos executivos e acompanhados pelo Plano de Trabalho.
RECURSOS
Os recursos financeiros, humanos e estruturais serão identificados a
medida que se constitui os projetos executivos e serão levantados a partir das
parcerias estruturadas, sendo apresentados dentro de cada projeto executivo.
FASES DE IMPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA
ANO SEMESTRE ATIVIDADE
2015 1º Descoberta, ideação e experimentação de hipóteses
para consolidação do DNA do projeto
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2º Implantação e consolidação das primeiras metas
estruturantes
2016 1º Consolidação dos primeiros projetos estruturantes de
educação profissional e inclusão produtiva, e
consolidação das personas de alunos do CESAS
2º Definição dos principais eixos tecnológicos de
atendimento aos alunos e constituição de um plano
estratégico de consolidação da escola como Centro
de Educação de Jovens e Adultos Vocacional,
Vivencial e de Formação Integrada
2017 1º Implantação das primeiras ações estruturantes de
consolidação do CESAS como um Centro de
Educação de Jovens e Adultos Vocacional, Vivencial
e de Formação Integrada
2º Consolidação institucional do projeto do CESAS
como um Centro de Educação de Jovens e Adultos,
Vocacional, Vivencial e de Formação Integrada
RESULTADOS ESPERADOS
A Agência espera alcançar no desenvolvimento do projeto, com base na
metodologia e nas metas estruturantes propostas, o aumento da eficiência por
parte dos alunos participantes: na organização de carreira; melhoria na aquisição
de competências no ensino básico (EJA) e profissional; aumento do acesso à
formação e à empregabilidade, através da integração do aluno com o mercado
de trabalho.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Bimestralmente, o coordenador técnico emitirá um relatório mensurável
de resultados que será apreciado por uma comissão externa de
acompanhamento, e validação composta por 01 representante da UnB, 01 do
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IFB, 02 da SEDF, 01 Indicado pelas Escolas Técnicas da SEDF, sendo aprovado
pela direção da escola. A direção da escola também é responsável por fazer o
encaminhamento de relatório da GRE e instâncias superiores.
As atividades operacionais serão disponibilizadas em Diário de Bordo e
Relatório de Acompanhamento de Metas, para que as ações tenham
acompanhamento público transparente.
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Professor Virgínio Gabriel Beltrami, mat.63167-1 é professor de matéria
extinta (Práticas Agrícolas) desde 1986, é coach de carreira e se especializou,
no seu trabalho de pesquisa, em Inteligência Organizacional, focando na
pesquisa e desenvolvimento de metodologias para inclusão socioprodutiva e
trabalho.
Foi mentor do Observatório de Oportunidades de Inclusão Socioprodutiva
e Trabalho na UnB e a seguir SEDF, coordenou a equipe de pesquisa ação e
desenvolvimento metodológico que gerou o Programa de Ações Integradas - DF
Profissionalizado (DECRETO No 34.617, DE 29 DE AGOSTO DE 2013 - DODF
No 181, sexta-feira, 30 de agosto de 2013)., um elemento estratégico da
Educação Profissional no DF e no Currículo em Movimento e foi responsável
pelos estudos que apresentaram à Secretaria de Cultura a proposta de criação
de uma Escola de Educação Profissional para Cultura, estruturada de forma
sistêmica e com itinerário multiformativo; a Criar Brasília.
Atua na Ceilândia, junto ao projeto Jovens de Expressão do coletivo
RUAS com a Caixa Seguros, onde desenvolveu metodologicamente o
Laboratório de Empreendimentos Criativos voltado à transformação de ideias e
necessidades dos jovens participantes em negócios sustentáveis.
A partir de suas aulas voltadas para orientação (coaching de carreira),
modelagem de negócios e desenvolvimento de análise, metodologia e tecnologia
com base em inteligência organizacional, está em processo de gravação de
vídeo aulas para compor a sua Caixa de Ferramentas em meio virtual.
Observação - O professor já se encontra lotado na escola, não necessitando de
professor substituto.
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REFERENCIAIS
Ireland, Timothy. Objetivos maiores que a alfabetização: EJA - Educação de
Jovens e Adultos. Disponível em:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_476364.sht
ml
Galvani, Pascal. A Autoformação, uma perspectiva transpessoal, transdisciplinar
e transcultural.Disponível em:
http://forumeja.org.br/files/autoformacao.galvani.pdf
Araújo, Abelardo Bento; Silva, Maria Aparecida da. Currículo integrado na
educação de jovens e adultos: apontamentos a partir do mapeamento de uma
rede de pesquisas. Disponível em:
http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN1505%20Artigo%20Abelardo%
20e%20Maria%20Aparecida.pdf
GDF. Plano Estratégico de Ações Integradas (PEAI) - DF Profissionalizado,
Decreto Nº 34.617, de 29 de agosto de 2013, publicado no DODF Nº 181, sexta-
feira, 30 de agosto de 2013, pág.3. Disponível
em:ttps://drive.google.com/file/d/0B6WryK_roSG5b1NneGJGU2dZOFk/view?u
sp=sharing
Instituto Educadigital. DesignThinking para Educadores - Primeira Edição.
Disponível em:
https://drive.google.com/open?id=0B6WryK_roSG5MkFOcVplT2JrSUE
Fundação Lemann. Projeto de Vida: O Papel da Escola na Vida dos Jovens.
Disponível em:
http://www.fundacaolemann.org.br/wp-
content/uploads/2015/06/pesquisa_projeto_de_vida_apresentacao.pdf
SEDF. Orientações Pedagógicas da Integração da Educação Profissional com o
Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos 2014. Disponível em:
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http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/orient_pedag_inter_edp
rof_ensmed_eja.pdf
SEDF. Currículo em Movimento: Educação de Jovens e Adultos. Disponível em:
http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/cur_mov/7_educacao_d
e_jovens_e_adultos.pdf
Martins, Jéssica M. R. Pesquisa Estratégica de Oportunidades de Geração de
Negócios e Trabalho no Distrito Federal: Formação, inclusão socioprodutiva e
trabalho. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/0B8pJu8tx8GVJNnU5V3ZWVThiNkk/view?u
sp=sharing
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ANEXO III: PROJETO EXECUTIVO – AGENCIA DE INCLUSÃO PRODUTIVA:
CONSTRUINDO PROJETO DE VIDA
PROJETO EXECUTIVO DO PROJETO TALENTOS CESAS
Implantação da Agência de Inclusão Produtiva para execução das metas
estruturantes
META ESTRUTURANTE
Criar um programa organização estratégica de objetivo através de oficinas de
Coaching e orientação de carreira.
Desenvolvimento de projetos de inclusão produtiva através do estágio, emprego
e empreendedorismo.
PERÍODO
2016 a 2019
INSTITUIÇÃO
CESAS.O Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul é a única
escola exclusiva de EJA do Distrito Federal incluindo ai a modalidade EaD, esta
particularidade implica no atendimento da alfabetização ao ensino médio e numa
diversidade tanto da faixa etária do público, que varia entre 15 e 70 anos, quanto
de localidade abrangendo o Distrito Federal como um todo e a sua Região
Metropolitana.
Temos uma quantidade significativa de alunos em conflito com a lei e
pessoas com deficiência. Nossas turmas são muito heterogenias quanto ao nível
de aprendizagem de cada aluno e quanto a postura perante a educação e a vida.
Diante destes desafios de sua própria natureza de escola que absorve o
público advindo da exclusão escolar, a instituição tem procurado, de forma
colaborativa na sua equipe, agregar diferenciais pedagógicos que permitam aos
alunos, nas suas diversidades encontrar nichos de interesse que proporcione a
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alavancagem para um circulo virtuoso de formação continuada e preparação
para vida.
COORDENADOR
Airan Almeida de Lima Mat. 33834-5, orientador educacional e mestre em
gestão e política pública da educação básica pela FE/UnB.
INTRODUÇÃO
Na pesquisa de realidade e perspectivas dos alunos do CESAS se
identificou que:
Os resultados alerta para um índice também marcante de alunos que não
sabem ou não têm ainda uma opção definida de formação profissional, atingindo
12% dos entrevistados.
O quadro demonstra um dado interessante, que é a incidência de maior
número com perspectiva empreendedora na faixa de 15 a 18 anos, uma
tendência que aponta da nova geração que deve ser reforçada, já o foco no
serviço público apresenta redução de fôlego no mercado.
A faixa de 19 a 25 aponta um maior índice de opção por emprego,
provavelmente provocada pela pressão familiar para arrumar logo um emprego
para contribuir com o sustento da família.
Esta também é a maior demanda das faixas de 26 a 40 anos, que de uma
forma ou de outra já estão no mercado ou a procura de uma inserção imediata.
Observamos, porém que vai crescendo a opção por função autônoma, com
alternativa de consolidação de carreira.
A faixa de 41 anos em diante, que projeta a terceira etapa de vida, após
uma experiência profissional consolidada, uma perspectiva pela atuação
autônoma no mercado. Aqui ele faz uma projeção mais do seu tamanho,
considerando seus conhecimentos e o baixo investimento requerido na
implantação de um serviço autônomo.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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Após o objetivo primário do EJA que é completar o ensino regular e a
demanda por Educação Profissional as duas outras necessidades que se
apresentam imediatas aos alunos é o emprego e o estágio, sendo nos mais
adultos em função da pressão e necessidade familiar e os mais jovens como
renda para acesso a produtos que os consolidem no grupo social de sua faixa
etária.
DIAGNÓSTICO
O Projeto Base Agência de Talentos CESAS, aponta para que todo projeto
pedagógico da escola deve estar associado a construção do projeto de vida do
aluno e suporte para sua realização, como agente participante e transformador
do seu meio social.
O cenário apresentado pela pesquisa junto aos alunos do CESAS deixa
clara a necessidade, objetiva dos alunos de Educação de Jovens e Adultos pela
integração com o mundo do trabalho, não como uma perspectiva futura, mas
como uma necessidade presente, onde a escola pode contribuir para que esta
integração se caracterize por um vetor de desenvolvimento virtuoso e não uma
simples inclusão subalterna.
Observando estas duas compreensões identificadas no cenário, podemos
afirmar que a realidade presenciada requer uma intervenção focada na
orientação, elaboração, desenvolvimento de itinerário de carreira,
concluindo com o acesso a inclusão produtiva, por parte dos alunos, de forma
apoderada de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) que o
permitam definir e conquistar objetivos próprios e coletivos.
PRINCÍPIOS NORTEADORES
1. Apropriação por parte dos alunos das ferramentas necessária para criação
e desenvolvimento de itinerário de carreira, com indicativo no seu projeto
de vida;
2. Conhecimento e compreensão do cenário produtivo no Distrito Federal,
Região Metropolitana e tendências atuais e futuras do mercado;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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3. Sinergia com o setor produtivo de forma de construção de desenvolvimento
colaborativo do setor produtivo;
4. Suporte permanente, dentro do conceito de educação continuada.
APRESENTAÇÃO
Constituição de uma Agência de Inclusão Produtiva que promova a
pesquisa e orientação de carreira, promovendo o apoio e desenvolvimento do
itinerário de carreira do aluno, apoie seus projetos de inclusão produtiva através
de relação colaborativa com o mercado, subsidie os projetos de Educação
Profissional e Tecnológica para atender as demandas de interesse dos alunos,
garantindo a apropriação por parte do aluno de seu protagonismo como agente
de construção da sua própria história.
A agencia promoverá pesquisas quantitativas e qualitativas permanentes
para identificas as expectativas e compreensão dos alunos sobre o mundo do
trabalho e inclusão produtiva.
A integração com o mundo do trabalho se dará de através da criação de
uma rede colaborativa, integrada ao mercado produtivo, identificando demandas,
perfis e competências necessárias e se criando canais de acesso de nossos
alunos a inclusão produtiva.
Com os elementos identificados junto aos alunos e ao mercado, a Agência
subsidiará os projetos de Educação Profissional e Tecnológica de forma a se
constituir currículos formativos compatíveis com perspectivas dos alunos, a
demanda do setor produtivo e os princípios norteadores do projeto em tela.
Entre suas ações, a Agência promoverá oficinas de formação
complementar necessárias a apropriação, por parte dos alunos, de
competências competitivas.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
108
PÚBLICO ALVO
Alunos e ex-alunos do CESAS diretamente integrados ao Projeto talentos
CESAS e indiretamente participantes de pesquisa e vivências integradas ao
conhecimento do mundo do trabalho.
NÚMERO DE ATENDIDOS
Em torno de 360 alunos em atendimento direto e 1500 em atendimento
indireto nas várias atividades do projeto.
OBJETIVO GERAL
Apoderar os alunos do seu processo de planejamento e desenvolvimento
de vida e carreira, fornecer apoio a inclusão produtiva, orientando a Educação
Profissional e Tecnológica e oferecendo ferramentas de network para integração
ao mercado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
m. Identificar as perspectivas e compreensão dos alunos sobre o mundo do
trabalho e a inclusão produtiva;
n. Capacitar os alunos a analisar e construir e desenvolver seu itinerário de
carreira, identificando gargalos e elaborando estratégias para conquistar
seus objetivos;
o. Integrar o projeto da escola ao setor produtivo potencializando
oportunidades de parcerias e de resultados;
p. Orientar o programa de formação e capacitação através de Educação
Profissional e Tecnológica de forma a atender ao interesse dos alunos e as
tendências e necessidades do mercado;
q. Proporcionar aos alunos a elevação dos índices de inclusão produtiva e
sustentabilidade socioeconômica.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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JUSTIFICATIVA
1. O projeto faz parte intrínseca do projeto referencial já aprovado (Agência
de Talentos CESAS), constituindo a estrutura executiva da orientação e
inclusão produtiva.
2. A necessidade tanto da orientação como da inclusão estão plenamente
identificados em todo processo de pesquisa preliminar e já são conhecidos
nos estudos de demanda da Educação de Jovens e Adultos em todo Brasil.
3. A implantação do projeto executivo proposto permite um índice percentual
de alavancagem no conjunto dos objetivos de combate a evasão e
permanência, significância objetiva da escolaridade, transformação efetiva
da realidade social e dimensionamentos inteligente da Educação
Profissional e Tecnológica, proporcionando outra qualidade no projeto
como um todo.
METODOLOGIA
O projeto seguirá um fluxograma que inicia pela pesquisa continuada,
passa ao atendimento de orientação, segue pela criação do itinerário de carreira,
faz o acompanhamento e orientação da EPT, promove paralelamente a
formação complementar e insere o aluno em uma plataforma de networking
promovendo o acesso produtivo.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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1. Pesquisa continuada - Processo de levantamento continuado de personas
e suas perspectivas e visões de projeto de vida e de carreira e análise
estratégica de intervenção pedagógica;
2. Orientação - Acolhimento e orientação para projeto de vida, carreira e
estratégia de empoderamento de percurso;
3. Criação de Itinerário de carreira - Organização colaborativa do itinerário
de carreira do aluno, referenciado pelo seu projeto de vida e pela definição
de objetivo estratégico balizador;
4. Educação Profissional e Tecnológica para o desenvolvimento de
competências (Conhecimentos, habilidades e atitudes) técnicas para o
exercício produtivo, como parte do itinerário de carreira e orientado em
um itinerário formativo;
5. Formação complementar para aquisição de competências estratégicas de
construção de conquista de carreira (Preparatório para o ENEM,
elaboração de currículo, entrevista, inteligência emocional,
trabalhabilidade, entre outras);
6. Networking - Integração do aluno em uma rede de apresentação e contato
de forma promover a interação com o mercado produtivo,
7. Inclusão Produtiva - Inclusão produtiva no mercado produtivo seja através
da empregabilidade ou empreendedorismo;
8. Objetivo Estratégico - Apoio a apropriação e protagonização, por parte do
aluno, da construção efetiva de uma caminhada orientada para conquista
do objetivo estratégico.
DESENVOLVIMENTO
1. Metas
Metas Descrição Situação Cronograma
1.1. Implantar um programa de pesquisa continuada
Implantação de um programa de pesquisa quantitativa e qualitativa que identifique as personas com as perspectivas, visões e experiências dos alunos
Análise 2016 a 2019
1.2. Implantar um sistema de cadastro e gestão de carreira dos alunos
Cadastrar e organizar os alunos dentro de uma base que permita uma visão e desenvolvimento de
Análise 2016 a 2019
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
111
carreira e constitua um networking dos alunos.
1.3. Constituir uma rede colaborativa com o setor produtivo
Implantar uma rede colaborativa com o setor produtivo visando subsidiar a estratégia de Educação Profissional e Tecnológica e criar um canal de inserção dos alunos no mercado.
Prototipagem 2015 a 2019
1.4. Desenvolvimento de um cronograma de oficinas, palestras, visitas e exposições de formação complementar
Realização de um processo de formação complementar que capacite os alunos em competências que integre “força” a estratégia de desenvolvimento do aluno ( Preparatório para o ENEM, elaboração de currículo, entrevista, inteligência emocional, trabalhabilidade, entre outras)
Prototipagem 2015 a 2019
2. Fases
As fases de desenvolvimento das metas serão apresentadas em plano anual de
execução.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Apropriação por parte de 60% dos alunos, envolvidos efetivamente no
projeto, de seu itinerário de carreira como mecanismos norteador do
processo de formação e construção de objetivo estratégico;
2. Gestão inteligente da gestão da Educação Profissional e Tecnológica no
âmbito do CESAS;
3. Integração produtiva de 40% dos alunos, formandos em EPT;
4. Incorporação de formação complementar a 100% dos alunos
participantes de EPT;
5. Consolidação de passos que apontem para uma cultura de planejamento
pedagógico estratégico por parte dos alunos e da escola.
4. RECURSOS
1. Físicos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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O projeto necessita de um pequeno espaço de atendimento, mesa e computador,
recursos estes existentes na escola.
2. Humanos
Profissional coordenador das atividades com domínio em orientação educacional
e RH, além de interatividade com os diversos agentes locais, envolvidos com o
processo de ensino aprendizagem (professores, coordenadores).
3. Financeiros
Os recursos financeiros serão arcados pela própria escola através de recursos
próprio ou captação através de apoio e parcerias.4.4 PARCEIROS
Alguns parceiros já integrados ao projeto:
Associação Comercial Jovem do DF;
Faculdade Estácio;
Hospital Home;
Rede Sara;
UDF
CIEE
OBS: É importante destacar que as parcerias constituídas, ainda fazem parte do
processo de prototipagem, com a implantação definitiva do projeto, o número de
parcerias deverá ampliar significativamente, considerando elas são estruturas
sinergéticas integrantes da base de sustentabilidade da proposta.
AVALIAÇÃO
1. Parâmetros
1.1. Cultural - parâmetro que se refere ao nível e ao grau de transformação
cultural do meio objeto de intervenção do projeto;
1.2. Quantitativo - Referencial de quantitativo assistido pelo programa em
relação ao total de alunos, quantitativo que realizou formação profissional
e complementar e o nível de permanência, quantitativo que deu
continuidade aos estudos, relação entre rendimento na grade comum e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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rendimento na formação profissional e complementar, quantitativo de
efetiva inclusão no mercado relacionado a intencionalidade e
necessidade de inclusão produtiva;
1.3. Estratégico - identificação da evolução do planejamento e logística
estratégica inteligente, atuando em toda cadeia do itinerário de carreira e
formação dos alunos com foco na transformação do meio social.
2. Meios
1.1. Os dados quantitativos serão avaliados por meio de relatório comparativo
de dados;
1.2. Os dados subjetivos serão avaliados por banca de análise de
apresentação estratégica de resultados.
3. Relatórios
As avaliações semestrais do projeto serão feitas pela comissão externa de
acompanhamento conforme item 12 do projeto Base Agência de Talentos
CESAS, considerando os parâmetros e meios aqui definidos.
COMPLEMENTOS
1. Bibliografia
Projeto Base Agência de Talentos CESAS 2015. Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/1VqleODWwOUj3vT1CFaZWS5WWJcFtJ
O_xe9U8tAiiiT8/edit?usp=sharing
Romanzini, Beatriz. Ensino de Jovens e Adultos e o mercado de trabalho. Qual
ensino? Qual trabalho? Acesso em 20/11/2015. Disponível em:
http://www.uel.br/projetos/lenpes/pages/arquivos/aBeatriz%20Artigo.pdf
2. Colaboradores
São colaboradores naturais do projeto os coordenadores e executores de todos
os projetos executivos que compõem o conjunto de ações do projeto base
Agência de Talentos CESAS. Além deles:
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A coordenação geral do projeto e a equipe de direção do CESAS e os
orientadores do ensino presencial;
Os coordenadores do ensino presencial e EaD e o professores que se
envolverem de forma direta e indireta com a proposta;
Os parceiros externos integrados ao projeto.
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ANEXO IV: PROJETO EXECUTIVO – ESPAÇO VIVENCIAL
INTERDISCILINAR DE HORTAS ORGÂNICAS, JARDINS E PLANTAS
MEDICINAIS DO CESAS
PROJETO EXECUTIVO DO PROJETO TALENTOS CESAS
Espaço vocacional e vivencial interdisciplinar de hortas orgânicas, jardins
e plantas medicinais do CESAS
META ESTRUTURANTE
Implantação na escola de um programa de Núcleos Vocacionais e
Vivenciais de Educação Profissional por segmento e eixo formativo, de forma a
permitir a integração da formação prática e convivência de processo formativo
profissional.
PERÍODO
2015 a 2018
INSTITUIÇÃO
CESAS - O Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul é a única
escola exclusiva de EJA do Distrito Federal incluindo ai a modalidade EaD, esta
particularidade implica no atendimento da alfabetização ao ensino médio e numa
diversidade tanto da faixa etária do público, que varia entre 15 e 70 anos, quanto
de localidade abrangendo o Distrito Federal como um todo e a sua Região
Metropolitana.
Temos uma quantidade significativa de alunos em conflito com a lei e
pessoas com deficiência. Nossas turmas são muito heterogêneas quanto ao
nível de aprendizagem de cada aluno e quanto a postura perante a educação e
a vida.
Diante destes desafios de sua própria natureza de escola que absorve o
público advindo da exclusão escolar, a instituição tem procurado, de forma
colaborativa na sua equipe, agregar diferenciais pedagógicos que permitam aos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
116
alunos, nas suas diversidades encontrar nichos de interesse que proporcione a
alavancagem para um círculo virtuoso de formação continuada e preparação
para vida.
INTRODUÇÃO
1. Encaminhamento equivocado do lixo produzido na escola sendo que o
lixo orgânico é misturado ao lixo seco e todos destinados ao lixo geral.
2. Falta de consciência dos alunos em separar o lixo ou mesmo destinar os
resíduos no local apropriado.
3. A realização de um trabalho no qual o aluno sinta-se integrado, evitará as
constantes depredações do patrimônio.
4. Alunos com horário livre passam a ter atividade nos diferentes setores do
projeto.
DIAGNÓSTICO
Tendo em vista o cenário existente, se identifica a pouca consciência da
comunidade escolar quanto a seu papel na sustentabilidade ambiental dentro do
espaço coletivo do CESAS, sendo fundamental a inclusão de um processo
pedagógico teórico, cultural e prático de empoderamento deste processo por
todos seus membros.
PRINCÍPIOS NORTEADORES
1. Aprendizado pela prática de projeto pedagógico
Refere-se ao desenvolvimento do aprendizado a partir da
problematização da realidade e da intervenção prática sobre a mesma na forma
de projeto pedagógico/prático.
2. Responsabilidade socioambiental
Diz respeito à necessidade de revisar a relação no espaço coletivo
ponderando-se os impactos sociais e ambientais consequentes da atuação das
3. Preparação para vida
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
117
“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a
preparação para a vida, é a própria vida” (John Dawey)
Neste contesto a “preparação para vida” integra um conceito de formação
associada diretamente no empoderamento por parte dos participantes de se
constituírem em agentes individuais e sociais de construção do seu destino.
APRESENTAÇÃO
Vinculado ao projeto maior, Talentos CESAS no Eixo Tecnológico -
Recursos Naturais, está o projeto de hortas orgânicas, jardins e plantas
medicinais, do Centro de Ensino de Jovens e Adultos da Asa Sul - CESAS.
Com objetivo primordial de integrar alunos, professores e funcionários, em
uma atividade vinculada às novas diretrizes da educação, que considera todos
integrantes de um sistema no qual somos responsáveis por um mundo melhor,
pela sustentabilidade e pela preservação da natureza, e imbuídos do espírito de
cooperação, os alunos terão participação efetiva na realização das tarefas,
coordenados por um grupo de professores e com a colaboração dos
funcionários.
A participação dos alunos em tarefas práticas e que melhoram as
condições da qualidade de vida na escola, desperta o sentimento de
pertencimento, ou seja, não vou destruir aquilo que é meu.
Sua característica interdisciplinar de Educação Ambiental voltada a construção
de sujeitos cidadãos, se propõe contextualizar as práticas ambientais e objetiva
desenvolver nos indivíduos a formação de valores sociais e competências com
seus conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a conservação do
meio ambiente e sua sustentabilidade.
É importante ressaltar que a inserção da Educação Ambiental como
campo interdisciplinar busca também sensibilizar essa população para o
contexto de crise relacionado ao meio ambiente em sua dimensão ecológica e
social, bem como o papel coletivo de uma nova práxis de relação do homem com
o seu meio.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
118
Destaca-se a diversidade de oportunidades de nichos pedagógicos que a
proposta pode proporcionar no seu processo operacional, atendendo a focos que
vão da metodologia de aprendizado interdisciplinar, da formação cultural coletiva
no seu meio a opção pela formação profissional e tecnológica.
PÚBLICO ALVO
O público alvo será a comunidade escolar, inclusive pais de alunos e
comunidade vizinha à escola, sendo que os alunos terão atendimento em aulas
práticas durante as aulas de Biologia e de Ciências, conforme planejamento.
NÚMERO DE ATENDIDOS
Os alunos serão atendidos de forma direta, por turmas oriundas de
horários vagos ou na substituição de professores (aproveitamento) e por turmas
de Educação Profissional e Tecnológica no formato de Formação Inicial
Continuada (FIC).
Compondo uma média de:
12 turmas de aproveitamento matutino;
04 turmas de aproveitamento vespertino;
No aproveitamento, os alunos se cadastram no projeto para participação
em seus horários vagos de forma fixa e as substituições na ausência de
professor.
Os cursos FIC serão definidos em comum acordo com as instâncias de
Educação Profissional, sendo dimensionados conforme a demanda e
disponibilidade de recursos, com uma previsão inicial de 02 turmas anuais
perfazendo um total de 40 vagas.
Os cursos FIC atenderão a demanda da escola e comunidade, conforme
as estratégias e diretrizes determinadas pelas instâncias de Educação
Profissional.
OBJETIVO GERAL
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
119
Promover a integração pedagógica do espaço vocacional e vivencial da
horta e jardim com o aprendizado curricular, com o desenvolvimento
sociopedagógico da comunidade escolar e consolidar com a formação
profissional através da Educação Profissional e Tecnológica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Integrar o conteúdo de aprendizado envolvido no processo de cultivo e
beneficiamento de horta, jardim e plantas medicinais com o conteúdo
programático de EJA, ampliando o processo de ensino aprendizagem;
2. Proporcionar aos alunos interessados em aprofundar os conhecimentos
referentes ao eixo de formação de recursos naturais, Educação
Profissional e Tecnológica através de curso de Formação Inicial e
Continuada (FIC);
3. Promover, como consequência deste trabalho, a melhoria da qualidade
do ambiente escolar com o ajardinamento e paisagismo da escola e com
a produção de hortaliças orgânicas para merenda escolar;
4. Desenvolver a consciência ecológica e ambiental, através das boas
práticas de sustentabilidade associadas aos princípios e metodologias de
cultivo agroecológico urbano e rural;
5. Formar um cidadão mais crítico, engajado e sustentável, levando o aluno
a entender que é parte do meio e consciente da importância dos pequenos
gestos.
6. Dar informações, possibilitar debates acerca do novo perfil profissional
exigido pelas empresas;
7. Sensibilizar os participantes para os impactos da ação humana na relação
homem x meio ambiente;
8. Promover práticas sustentáveis a partir da implantação e manutenção de
uma horta inserida no ambiente escolar.
JUSTIFICATIVA
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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1. Trabalhar a área cognitiva dos alunos de forma que o aprendizado seja
ampliado e levado além da escola. O plantio de sementes e mudas como
meio de conhecimento e aprendizado, proporcionando pequenas
mudanças de hábitos, ao longo do projeto, tornando-se hábito saudável
do seu dia a dia.
2. Utilizando o reaproveitamento, a reciclagem através da coleta de
materiais orgânicos de sua residência, para elaboração da compostagem,
os alunos modificam a sua maneira de pensar sobre o lixo. (Lixo que não
é lixo).
3. A Constituição Federal de 1988 elevou o status do direito a educação
ambiental, atribuindo ao estado o dever de promover a educação
ambiental a todos os níveis de estudo.
4. A natureza é a grande farmácia da humanidade, por isso o projeto inclui
as plantas medicinais. As plantas medicinais proporcionam ao organismo
humano sais minerais, ajudam a liberar toxinas, limpando o sangue de
impurezas e tonificando o estômago, os intestinos, os rins e o coração.
Além de terem propriedades terapêuticas, algumas são utilizadas no
manejo de pragas.
5. A participação de alunos com deficiências neste projeto é de grande
interesse para a escola pois abre um leque de atividades que os alunos
podem participar, de maneira que se sintam úteis, melhorando sua
autoestima. O contato com plantas funciona muito bem como terapia
ocupacional. O fato de preparar o solo, semear, observar o
crescimento, colher e consumir hortaliças frescas, saudáveis e
saborosas, bem como plantas medicinais sem agroquímicos, é uma
experiência fantástica e sem riscos ao consumidor. A utilização das
plantas medicinais para ajudar alunos que tenham mal-estar dentro da
sala também é um objetivo do projeto.
6. O cultivo orgânico é um sistema de produção agrícola ecológico e
sustentável, baseado na preservação e no respeito à terra, ao meio
ambiente, ao homem. Este sistema é centrado no ser humano e a base
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
121
de sustentabilidade é o solo. Praticar agricultura orgânica ou com base
agroecológica é, além de tudo, um novo modo de pensar e de se
relacionar com as pessoas e a natureza.
7. O Projeto da horta está previsto no PPP da escola conforme está
relacionado na pág.19, no item 08 dos objetivos específicos.
METODOLOGIA
O princípio operacional de um projeto desta natureza está alicerçado em
um processo de ensino e aprendizagem por projeto.
Os projetos surgem a partir da reflexão e motivação dos alunos e
comunidade escolar sobre seu meio, sua necessidade de conhecimento e sua
atitude de intervenção prática, gerando assim os projetos pedagógicos e sua
turma de pesquisa.
Os projetos têm fundamentalmente:
Razão - Por que se desenvolver o projeto;
Objeto - O que é o projeto;
Objetivo pedagógico - Ele tem como objetivo atender a que necessidades
pedagógicas;
Vínculo interdisciplinar - Ele vincula quais conteúdos curriculares e
competências de aprendizagem;
Desenvolvimento - metas, fases, períodos e indicadores de resultado;
Avaliação de resultados - Forma de avaliação dos resultados conforme os
indicadores definidos nos itens anteriores;
Apresentação - apresentação entre projetos para troca de conhecimentos
e validação de aprendizagem.
Cadastro ou lista de pesquisadores - Cadastro de abertura de inscrição
para alunos interessados e/ou lista de alunos participantes.
Os projetos podem ser desenvolvidos por alunos, alunos e professores,
equipe técnica (principalmente em caso de cursos de Educação Profissional e
Tecnológica);
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
122
Os projetos deverão atender a demanda do público alvo, já estabelecida
acima.
DESENVOLVIMENTO
1. Metas
Meta Descrição Cronograma
Implantação de 01 estrutura de horta orgânica escolar.
Implantação de canteiros tecnicamente especificados para o cultivo de horta escolar e de almoxarifado para guarda e gestão de materiais, equipamentos e insumos.
março/abril 2015
Implantação de 01 programa de revitalização de Jardinagem da escola
Desenvolvimento de estudo, juntamente com os alunos, através de oficinas de formação, de revitalização urbana e paisagismo da escola, bem como a implantação das propostas.
2015 a 2018
Implantação de 01 herbário de plantas medicinais
Implantação de um herbário de plantas medicinais com especificações por planta.
2016 a 2018
Implantação de 01 plano anual de Oficinas de Formação e projetos de intervenção pedagógica na escola.
Anualmente se estabelecerá um plano anual com a descrição de oficinas e projetos de intervenção pedagógica na escola, abrindo se as inscrições para os alunos interessados.
2015 a 2018
Realização anual de 01 cronograma de curso FIC.
Em conjunto com as instâncias responsáveis pela Educação Profissional e Tecnológica, considerando a demanda e recursos existentes, se elaborará um cronograma de cursos FIC contendo os cursos, período e vagas disponíveis.
2016 a 2018
FASES
As fases de desenvolvimento das metas serão apresentadas em plano
anual de execução.
RESULTADOS ESPERADOS
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
123
1. Participação e engajamento de todos os professores e alunos do 1º, 2º e
3º segmento, nas diferentes fases do projeto bem como a participação
nos temas transversais;
2. Melhor qualidade dos alimentos consumidos na escola através dos
produtos orgânicos;
3. Melhorar a interatividade entre professores e alunos através das práticas
agrícolas, uma vez que foge da rotina;
4. Tornar a escola mais próxima da comunidade pela oportunidade de
participar das atividades;
5. Acesso aos alunos e comunidade, conforme diretrizes da Secretaria de
Estado de Educação e Esporte, de Educação Profissional e Tecnológica.
6. Conhecimento por parte dos participantes, dos perigos advindos da
utilização de agrotóxicos, adubos químicos e outros produtos a
degradação do solo, das águas e geração de resíduos prejudiciais a
saúde nos alimentos que consumimos, valorizando, como consequência,
a produção e produtos de natureza orgânica e sustentável.
RECURSOS
1. Físicos
1.1. Espaço físico estruturado com canteiros para plantio de hortaliças
(Executado);
1.2. Depósito para almoxarifado de equipamentos e material (Executado)
1.3. Área para desenvolvimento de jardinagem (Existente)
1.4. Sala para atividades teóricas (Existente)
2. Humanos
Apoio técnico - Profª. Vera Maria dos Santos Werneck-Bióloga
OBS: Os professores executores não têm carga horária exclusiva para o projeto.
3. Financeiros
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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3.1. O projeto tem um custo anual aproximado de R$ 2.500,00 sendo o mesmo
arcado com recursos da escola e ações de apoio financeiro e material
junto aos parceiros do projeto.
3.2. Os custos referentes a curso FIC, serão detalhados em projeto específico
contendo custo e fontes de recursos.
AVALIAÇÃO
1. Parâmetros
1 1. O projeto compõe cinco grandes eixos de intervenção pedagógica:
A Integração de conteúdo de aprendizado entre espaço vocacional e
vivencial e a grade curricular da EJA;
A Educação Profissional e Tecnológica através de curso de Formação
Inicial e Continuada (FIC);
A melhoria da qualidade do ambiente escolar;
A consciência ecológica e ambiental, através das boas práticas de
sustentabilidade;
A Formação um cidadão mais crítico, engajado e sustentável - O processo
de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que
transcendam o ambiente da mesma. Atingindo tanto os que vivem
próximo ao ambiente escolar quanto os locais distantes, impactando a
comunidade em que professores, alunos e funcionários estão inseridos.
1.2. Três grandes grupos serão impactados pela proposta do projeto:
Os alunos que participarem diretamente de atividades do espaço
vocacional e vivencial voltadas para integração pedagógica de conteúdo
de aprendizagem. Neste caso o parâmetro de avaliação estará associado
a importância das ações vivenciais no processo de ensino aprendizagem
referente a grade curricular da EJA;
b - Os alunos participantes dos cursos FIC, voltados a formação
profissional, serão avaliados conforme a formação disponibilizada e as
competências estabelecidas no componente curricular;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
125
c - A comunidade escolar, como um todo, envolvida nas intervenções de
caráter sociopedagógicas de melhoria da qualidade do ambiente escolar
e do desenvolvimento de boas práticas de sustentabilidade, onde a
avaliação se dará pela participação e consolidação de cultura coletiva de
práxis eco sustentável.
1.3. O projeto, na sua dimensão global, terá como parâmetros avaliativos
os seus objetivos, metas e fases de desenvolvimento.
2. Meios
2.1. O projeto será avaliado na participação de alunos pelos meios
avaliativos de resultado de ensino aprendizagem estabelecidos para
cada etapa de formação;
2.2. A avaliação de desenvolvimento eco sustentável na comunidade
escolar, se dará por pesquisa de mudanças culturais coletivas;
2.3. A avaliação geral do projeto se dará por relatório comparativo de
alcance de objetivos, metas e fases, analisado por banca técnica
constituída no âmbito do projeto Agência de Talentos CESAS.
3. Relatórios
O projeto executivo apresentará relatório anual de avaliação e inovação
compondo os parâmetros e meios aqui descritos.
COMPLEMENTOS
1. Bibliografia
BRASIL, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa Nacional
de Alimentação Escolar. Disponível em:
www.portaltransparência.gov.br/aprendamais.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Programa
Nacional de Educação Ambiental. MM/mec. 1999.
PROJETO Horta Escola. Ações de Educação Ambiental na Escola-UFG.
Goiânia.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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2. Colaboradores
Equipe da direção e coordenação pedagógica da escola;
Coordenação de projetos Talentos CESAS; Professores e servidores da escola.
ANEXO VII: GINCANA CULTURAL
INTRODUÇÃO
Com a intenção de trabalhar com a comunidade escolar, em todos os
segmentos, os direitos e deveres de cada um, dentro de um contexto onde o
respeito às diferenças seja a base primordial para o processo do crescimento do
homem, o CESAS propõe a Gincana Cultural.
Essa ação visa atender ao PPP da Escola e busca contemplar o cotidiano
do aluno e promover conhecimento interdisciplinar por meio de atividades
lúdicas, jogos, pesquisas, apresentações e outras atividades coletivas, definidas
pela comunidade escolar envolvida.
Considera-se que tais atividades poderão ser relevantes para que haja
troca de experiências e socialização entre alunos, professores e demais
colaboradores da escola, em busca da construção de um ambiente de respeito,
interação, integração e aprendizagem.
A atividade acontece durante os dois semestres de cada ano, culminada,
no primeiro semestre na Semana de Educação para a Vida, e no segundo
semestre, na Semana da EJA.
As atividades são completamente definidas com a participação de toda a
equipe e, por esse motivo, está, a cada semestre, em constante mudança e
movimento, com diferentes intervenções, de acordo com a necessidade e
construção coletiva da comunidade escolar.
OBJETIVO GERAL
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Promover a construção de conhecimentos e a socialização de saberes, a
partir da integração dos conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas, de
forma lúdica e interdisciplinar, contemplando a integração de toda a comunidade
escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Promover atividades que favoreçam, entre os participantes do evento, a:
integração, união, diversão, entretenimento, companheirismo e espirito
esportivo;
2. Oferecer desafios diferentes nas atividades propostas, de maneira que
contribuam para o desenvolvimento de habilidades como: criatividade,
raciocínio, agilidade, conhecimento e estratégias, entre outras;
3. Favorecer a integração dos alunos, professores e equipe pedagógica;
4. Despertar o espírito de competição e da cooperação sadia;
PÚBLICO ALVO
Todas as turmas do 1º, 2º e 3º segmentos.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Integração dos participantes;
2. Envolvimento dos participantes;
3. Significação dos conteúdos trabalhados em sala, pelo relacionamento com os
temas das atividades;
4. Integração entre os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento,
facilitando a aprendizagem do aluno.
PERÍODO
Semana de Educação para a Vida – 1º Semestre
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Semana EJA – 2º Semestre
ETAPAS DO PROJETO
1. Planejamento
1.1. Definição do tema, com a equipe docente;
1.2. Definição dos professores coordenadores de cada uma das turmas
participantes;
1.3. Definição das atividades a serem desenvolvidas e elaboração das regras
de funcionamento de cada uma delas;
1.4. Definição dos critérios de avaliação e premiação;
1.5. Adequação dos horários de aula às atividades a serem desenvolvidas
durante a semana;
2. Desenvolvimento
2.1. Definição dos juízes;
2.2. Coordenação das apresentações das atividades;
2.3. Avaliação das atividades desenvolvidas.
3. Avaliação
A avaliação com a equipe docente e direção da escola se dará na semana
subsequente, nos horários de coordenação pedagógica.
A avaliação com os alunos será realizada em cada turma, pelos alunos, os
representantes de turma e os professores coordenadores das turmas na
atividade. Caberá ao representante da turma sintetizar a discussão e entregar o
resultado para a coordenação pedagógica, na semana subsequente.
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
1. Participação efetiva dos professores coordenadores das turmas
COORDENAÇÃO E EQUIPE DO EVENTO
1. Coordenador Pedagógico do CESAS
2. Equipe de Direção
3. Docentes e Discentes
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4. Apoio técnico do CESAS
COORDENAÇAO DAS EQUIPES
A coordenação das equipes será́ composta pelos colaboradores
previamente escolhidos por sorteio, sendo eles: Professores lotados nesta
U.E; Estagiários; Funcionários da equipe de apoio.
Caberá ao coordenador:
1. Orientar, acompanhar, auxiliar e coordenar os alunos na execução de
tarefas prévias e relâmpago;
2. Manter a disciplina e ordem na sua equipe e dos seus membros para com
os outros;
3. Fiscalizar o local de concentração de suas equipes;
4. Manter o respeito e o espírito competitivo;
5. Estimular os seus alunos para a participação nas atividades e tarefas
propostas.
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