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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
1
PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL
JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2018
CONSTRUINDO ATITUDES SUSTENTÁVEIS
(48) 3232-6269 / 3234 - 1213
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
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No dia vinte e dois de março de dois mil e dezoito, no auditório da escola, foi realizada uma
reunião pedagógica com convocação para todo o corpo docente, a fim de discutir o Projeto Político
Pedagógico (PPP) para o ano em vigência.
A Direção e Equipe Pedagógica conduziram a discussão apresentando e estimulando a reflexão
sobre o desenvolvimento de competências e habilidades que devem ser desenvolvidas no processo
pedagógico de ensino-aprendizagem e ressaltando possibilidades metodológicas para a materialização
desses objetivos nas práticasdiárias.
A discussão desenrolou-se e, a partir dela, foi modificado o texto que compõe o projeto –
PPP– da escola, mantendo-se a coerência com as concepções de homem, escola e sociedade, já
registradas em anos anteriores.
Segue cópia da listagem de professores, com as assinaturas dos que estavam presentes e
participaram do processo de construção deste documento, pois acreditamos que sua efetivação depende
do envolvimento de todos e de cada um dos sujeitos envolvidos neste processo.
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APRESENTAÇÃO DO PPP
Com a Lei 9394/96, Lei 170/98 e resoluções do Conselho Nacional e Estadual de educação o
Projeto Político Pedagógico configurou-se como uma exigência legal para todas as escolas no âmbito
nacional. Contudo, por se tratar de um documento que expressa a identidade de uma comunidade escolar,
mais que uma obrigação, o PPP é uma necessidade.
Para a elaboração do Projeto, a instituição escolar manifesta o desejo e a vontade política de
efetivar a participação da comunidade escolar para, então, realizar a sensibilização dos envolvidos,
contextualizando as ações através das quais deveremos definir as intenções e metas a alcançar.
Com o objetivo de atender as necessidades e demandas que se apresentam, o projeto nunca estará
pronto e acabado, o que torna essencial a sua contínua avaliação e reelaboração, num processo dialógico.
Para definir o que caracteriza o projeto político pedagógico, nos pautamos nas palavras de
Vasconcelos (2004): é o plano global da instituição.
O PPP aqui apresentado tem a intenção de traduzir o exercício permanente de reflexão de uma
comunidade escolar sobre a sua realidade e necessidades e, a partir destas, apontar ações e estratégias que
favoreçam uma prática educativa humanizada e comprometida com os reais princípios de cidadania, da
sustentabilidade socioambiental e do bem comum.
O PPP pode ser entendido como a sistematização da identidade da escola,
de acordo com os princípios dos sujeitos inseridos neste contexto.
HISTÓRICO DA ESCOLA
Esta Unidade Escolar foi fundada em 30 de maio de 1968 com a categoria de Escola Desdobrada,
atendendo apenas as séries iniciais. Somente em 1975 passou à categoria de Escola Básica, com a
implantação das turmas de 5ª a 8ª série.
Recebeu o nome de Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro em homenagem ao primeiro
professor do Bairro Rio Tavares. João Gonçalves Pinheiro, considerado primeiro professor Municipal do
bairro. Nasceu em Florianópolis, no dia 20 de junho de 1899 e faleceu em 22 de abril de 1971. Residiu e
lecionou no bairro Rio Tavares.
Em 1937 passou a ensinar em uma das salas de sua própria casa, que ficava próximo ao local ondehoje a
Escolaestá localizada. Em um tempo em que o salário de professor era muito pouco e uma profissão sem
estabilidade, João G. Pinheiro desenvolvia também a agricultura de subsistência. Muitas vezes passava as
lições no quadro e deixava sua filha Doraci cuidando da turma, indo cuidar do gado, voltando a tempo de
corrigir as tarefas e completar a aula (DANIEL, 2017. Disponível em:
https://www.facebook.com/hugoadriano.daniel/posts/1606324882723210). Por este motivo a homenagem é
mais do que merecida.
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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro está localizada no Bairro Rio Tavares, na Rua
Silvio Lopes de Araújo, s/n CEP 88048-391. Desde 1975 funciona como Escola Básica, atendendo
atualmente aproximadamente 600 alunos de 1ºano ao 9°ano, com um total de 20 turmas de ensino regular,
distribuídas nos períodos: matutino e vespertino. Em cada turno funciona uma turma de apoio pedagógico,
atendidos em período integral. Muito embora, se saiba, ao final de cada ano, quantos estudantes são
aprovados com restrição, as aulas do Apoio Pedagógico só podem ser iniciadas após aprovação do Projeto
enviado à Secretaria Municipal de Educação (por exigência da mesma), que então, contrata professor para a
função.
No período noturno funcionam turmas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) sob coordenação
própria, de acordo com as diretrizes da Secretaria Municipal de Educação.
AunidadeescolarestásituadanobairroRioTavares,quecresceusignificativamentenoaspectopopulaciona
lnos últimosanos,recebendofamíliasdediversasregiõesdoestadoedopaís.O bairro, porém, apresenta-se ainda
muito carente em opções de lazer, esporte e cultura. A escola é, portanto, o grande referencial em relação a
esses aspectos, para as famílias que residem na comunidade.
Atualmente, contamos com um prédio amplo, com espaço físico adequado, que permite a
implantação de ações que já vinham sendo vislumbradas, e desenvolvimento das ações já previstas no
projeto de gestão, elaborado e aprovado pelos pais, alunos e profissionais da escola em assembleia geral no
dia 05 de novembro de 2013, para a gestão 2014-2016. A atual Gestão (2017 – 2019) vem construindo junto
com toda a comunidade escolar o projeto de trabalho, já que em 2016 não houve eleições para Diretor. Os
desafios para este ano foram elencados na última reunião para avaliação da Gestão, em novembro de 2017.
A escola adota a prática de gestão participativa, buscando envolver a comunidade na tomada de
decisões, o que já ocorre com relação ao calendário escolar, reuniões por turma, de pais, APP, Conselho de
Escola, colegiados de classe, entrega de boletins, bem como na definição do uso de recursos financeiros
recebidos pelo governo e/ou arrecadação própria. O desafio é ampliar (criação do Grêmio Estudantil) e
sistematizar a participação através da qualificação e fortalecimento dessas instâncias em 2018.
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OBJETIVOS
OBJETIVOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL (Lei 9.394/96, art.32)
A escola deve criar condições de aprendizagem para:
- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo;
- Acompreensãodoambientenaturalesocial,dosistemapolítico,datecnologia,dasartese
dosvaloresemquesefundamentaasociedade;
- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e de valores;
- O fortalecimento de vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
OBJETIVO GERAL DA ESCOLA
Propiciar condições objetivas e materiais para a aprendizagem e a apropriação dos
conhecimentos produzidos e acumulados historicamente pela humanidade, numa relação de
desenvolvimento intelectual de habilidades e competências para lidar com esses conhecimentos numa
perspectiva de uso social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Prezar pelo acesso e a permanência de crianças e adolescentes à escolarização;
- Desenvolver a consciência individual e coletiva dos estudantes, para que percebam o seu papel
enquanto cidadãos que têm direitos e deveres para consigo mesmo e para com os grupos sociais em
que estão inseridos;
- Estimular a reflexão sobre os meios efetivos de preservação do meio ambiente, visando à
efetivação de atitudes sustentáveis;
- Promover ações que enfatizem o desenvolvimento da criança e do adolescente nos aspectos
cognitivo, afetivo esocial;
- Oportunizar situações de ensino para que os estudantes possam se apropriar dos conhecimentos
previstos no currículo escolar, através do desenvolvimento de competências e habilidades para que
possam fazer uso desses conhecimentos em seu contexto social cotidiano;
- Oferecer um espaço pedagógico onde todos os alunos tenham oportunidade de participar da
totalidade das atividades propostas pela escola.
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PAPEL DA ESCOLA
A escola contemporânea é um lugar de convívio e legitimação de diversos saberes e fazeres
considerando a socialização do conhecimento formal historicamente construído. Assim, a escola é um espaço de
ampliação da experiência humana. Sua função é promover crescimento, aprendizagem e desenvolvimento humano,
criando possibilidades para que os sujeitos socializem experiências, apropriem-se dos conhecimentos
historicamente produzidos e construam sua identidade numa perspectiva de pleno exercício da cidadania.
Neste sentido, buscamos a efetivação de uma escola que ultrapasse os limites da sala de aula tradicional,
contextualizando saberes, experiências, relações entre conteúdos curriculares e estimulando a percepção e a prática
de usos sociais dessas aprendizagens.
CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser sócio histórico, portanto social, capaz de produzir e suprir suas necessidades, produto e
produtor das relações sociais estabelecidas em um dado momento histórico.
É um sujeito que se constitui pela experiência humana, portanto, ser social e histórico, resultado de
umprocesso conduzido por ele mesmo, por suas interações e relações com o outro.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade é a expressão das relações sociais produzidas ao longo da história, refletindo as contradições
estabelecidas pelas relações de poder. Através dessas contradições são criados os conflitos que, por sua vez,
desencadeiam o processo de mudança permanente da realidade, na busca por condições mais justas e igualitárias.
A sociedade que almejamos é entendida como um grupo que se constitui no universo das relações sociais
baseadas no respeito à diversidade, aos princípios focados na dignidade humana, na justiça, na valorização da vida
e na sustentabilidade socioambiental.
É possível explorar e recriar os tempos e os espaços escolares.
EVITE PREFIRA
Carteiras sempre enfileiradas;
Repassar conteúdos como
conhecimentos prontos e acabados;
Oprimir a participação do aluno.
Variar a organização das carteiras de modo a
estimular a interação entre os alunos e dos alunos
com o professor;
Trabalhar os conteúdos como construídos socialmente,
passíveis de superação;
Explorar diversos ambientes da escola, de seu
entorno e outros a serem visitados.
Criar situações de aprendizagem onde os alunos
possam interagir com o conhecimento de modo a
construir sentidos e contextualizações significativas
para sua vida.
Fonte: escola 2017 e 2018.
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CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
E PAPEL DO PROFESSOR
Sob uma visão histórico-cultural a aprendizagem e o desenvolvimento humano são compreendidos não como
decorrência de fatores isolados que amadurecem, nem tampouco de fatores ambientais, mas sim, através de relações
recíprocas entre o indivíduo e o meio, cada aspecto influindo sobre o outro. Nesta perspectiva, a aprendizagem ocorre nas
atividades desenvolvidas coletivamente e dá-se necessariamente pela mediação e pelas relações dialógicas entre aspessoas.
Para Vygotsky a aprendizagem é produto da ação de um sujeito mais experiente que faz a mediação no processo
de aprendizagem das crianças. Nesse processo de mediação, o adulto usa ferramentas culturais, tais como a linguagem e
outros meios. Portanto, a aprendizagem é um processo de internalização, no qual a criança domina e se apropria dos
instrumentos culturais como: os conceitos, as ideias, a linguagem, as habilidades e as competências.
A aprendizagem não pode se limitar aos aspectos psicológicos, como simples processos mentais. É preciso
considerar também outros aspectos como os valores, interesses, experiências, culturas, escolhas, fins que encaminham
internalizações físicas e mentais que proporcionam ao sujeito a tomada de consciência de si mesmo e do que acontece no seu
entorno. Vale ressaltar que cada aprendente possui suas especificidades.
Na trajetória em busca do saber acadêmico, o professor tem como principal função ser o mediador e o
interlocutordoprocessodeensino-aprendizagem.Caberáaoprofessor,criarsituaçõesfavoráveiseadministraras
possibilidadesdeaprendizagemdecadaaprendente,cientedequeascondiçõesassimilativasnãosedãodamesmaforma e no mesmo
tempo para todos, respeitando as limitações, necessidades e especificidades de cada aluno.
A aprendizagem ocorre nas atividades desenvolvidas coletivamente e dá-se necessariamente
pela mediação e pelas relações dialógicas entre as pessoas.
EVITE PREFIRA
Ser um mero transmissor de
informações;
Tratar todos os alunos da mesma
forma, como se fossem iguais;
Supor que a aprendizagem é um
processo natural.
Ser um interlocutor/mediador que propõe aos alunos
situações desafiadoras e estimulantes;
Entender as necessidades de aprendizagem de cada aluno para oferecer recursos adequados a todos e a cada um;
Entender que a aprendizagem é um processo mental de assimilação, que ocorre nas relações de interação e interlocução com o conhecimento e com outras pessoas.
Fonte: escola 2017 e 2018.
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CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Diante do ideal de construir uma sociedade regida pelo imperativo ético da garantia dos direitos humanos para todos, a
escola, o currículo e a docência devem se indagar e objetivar a superação das práticas e culturas seletivas, excludentes,
segregadoras e classificatórias na organização dos conhecimentos, tempos e espaços, dos agrupamentos dos estudantes e
também na organização do convívio e do trabalho dos educadores e dos estudantes. É preciso superar processos de avaliação
sentenciadores, que impossibilitam que crianças, adolescentes, jovens e adultos sejam respeitados em seu direito a um
percurso contínuo de aprendizagem, socialização e desenvolvimento humano (GOMES, 2007).
O processo de avaliação tem início quando o professor faz um diagnóstico da turma para conhecer melhor o aluno, sua
forma de aprender, suas habilidades e competências já adquiridos.
A avaliação do processo educativo deve ser contínua, diagnóstica, formativa e baseada em objetivos educacionais
definidos de forma a orientar a organização e reorganização da prática educativa, em função das necessidades de
aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes.
Aavaliaçãoformativabaseia-senoprocessodeaprendizagemdosestudantesenãosomentenosresultados obtidos ao final do
processo. Ela faz parte do cotidiano da sala de aula e permite ao professor analisar os aspectos formais e informais da
aprendizagem, bem como deve contribuir para o redimensionamento do seu trabalho pedagógico.
Conhecer o aluno e adequar o processo de ensino aos que apresentarem dificuldades, bem como fazer uma análise
sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados obtidos no processo de
avaliação, é fundamental.
Os instrumentos para a avaliação devem ser construídos a partir de objetivos relevantes e metas estabelecidas.
Assim, o professor, ao acompanhar as informações contínuas referentes aos alunos, e aliado a diversos procedimentos
metodológicos, deve constatar as aprendizagens alcançadas em relação ao todo e planejar intervenções para a superação de
não aprendizagens e/ou dificuldades.
Neste caso, o foco não está somente no estudante, mas também no professor e no trabalho desenvolvido portoda a
instituição, ocorrido nos espaços e tempos em que se dá a interação professor/aluno.
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SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Nesta perspectiva, desde o ano de 2013 a escola optou pelo trabalho com descritores de aprendizagem pelos seguintes
fatores:
- São instrumentos que permitem acompanhar a aprendizagem dos estudantes e não somente medir o seu desempenho;
- Possibilitam o detalhamento de habilidades cognitivas associadas aos conteúdos que o estudante deve se apropriar,
uma vez previstos no planejamento do professor;
- São resultantes de um movimento reflexivo frente aos percursos da aprendizagem;
- Requerem a elaboração e o planejamento de diferentes instrumentos de avaliação;
- Permitem a análise dos aspectos formais e informais da aprendizagem.
Com a mudança de nota para descritores de aprendizagem e de acordo com a resolução 001/2013 do Conselho
Municipal de Educação, a EBM João Gonçalves Pinheiro passou a trabalhar com períodos trimestrais.
Durante o período trimestral a aprendizagem dos estudantes é acompanhada por descritores de aprendizagem que
são previamente elaborados pelos professores, tendo como base seus planejamentos curriculares.
Nos registros PARCIAIS (atividades previstas e desenvolvidas em diários de classe) e nos registros FINAIS (boletins)
são utilizados os seguintes conceitos:
A- ATENDE
AP- ATENDE PARCIALMENTE
AD- APRESENTA DIFICULDADE
NRP- NÃO REALIZOU /NÃO PARTICIPOU
NT- NÃO TRABALHADO
De acordo com a resolução nº02/2011 do CME, não haverá retenção dos estudantes ao final de cada ano letivo,
quando o estudante, de acordo com os percentuais conceituais obtidos (que indicará seu aproveitamento escolar anual),
poderá ser promovido ou promovido com restrição.
Para os alunos promovidos com restrição (caso não tenham obtido aproveitamento mínimo de
aprendizagem),haveráprojetodeapoiopedagógicoemampliaçãodejornadaescolar,aseroferecidopelaunidade educativa no ano
posterior, desde que a SME (Secretaria Municipal de Educação) disponibilize condiçõesefetivaspara tal. Atualmente o apoio
pedagógico só é iniciado após análise e aprovação do projeto exigido pala SME.
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RECUPERAÇÃO PARALELA DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é integrada ao processo de ensino, adequando-se às dificuldades do aluno, podendo
assumir várias formas, tais como: pesquisa, relatórios, atividades individuais e em grupo, produções escritas ou outras. Esta
recuperação deverá ser realizada durante o ano letivo, de forma paralela, ao final de cada unidade didática.
A recuperação paralela será oferecida aos alunos com rendimento considerado insuficiente, de acordo com os
objetivos traçados pelo professor.
Após o processo de recuperação, percebendo-se que o aluno superou a dificuldade anteriormente encontrada,
considerar-se-á o melhor aproveitamento.
O tipo de instrumento e os resultados advindos do processo de recuperação deverão constar nos registros do
diário de classe de cada professor.
Arecuperaçãoparaleladevecaracterizar-secomo
umanovaoportunidadedeaprendizagem.
EVITE PREFIRA
Fazer avaliações para verificar a
memorização de conteúdos;
Utilizar sempre um único tipo de
instrumento avaliativo;
Aplicar um instrumento avaliativo
como finalização do processo de
ensino;
Entender a recuperação paralela
como recuperação de nota/
conceito.
Fazer de três a cinco avaliações durante cada período letivo
(trimestre);
Variar o uso de instrumentos avaliativos: debates,
produções escritas, posicionamento frente a uma questão
problematizadora, registros de observações, relatos, mapas
conceituais, etc.;
Revisar com os alunos, as avaliações realizadas;
estimulando a autoavaliação e retomada do conteúdo de
forma consciente;
Entender a avaliação como uma possibilidade de
acompanhamento de aprendizagens ocorridas e de
percepção de necessidades de aprendizagens a serem ainda
efetivadas;
Proporcionar nova oportunidade de aprendizagem sempre
que perceber a necessidade, através de recuperação
paralela.
Fonte: Escola 2018.
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COLEGIADO DE CLASSE
Entendemos que a finalidade do Colegiado de Classe é: intervir em tempo
hábil no processo de ensino-aprendizagem e indicar alternativas que busquem sanar as
dificuldades para garantir que todos os alunos possam aprender. A coleta e organização dos
dados a serem analisados durante a reunião do colegiado é de responsabilidade da equipe
pedagógica.
O Colegiado de classe deve provocar questões a respeito da recondução do processo
ensino-aprendizagem. Dessa forma, deve refletir a ação pedagógica e não apenas se ater a
notas ou problemas comportamentais de determinados alunos. Deve ser encarado como um
momento e um espaço privilegiado para a realização de uma avaliação diagnóstica da ação
pedagógico-educativa, onde professores, alunos, pais e equipe pedagógica participem
ativamente. O Colegiado verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão
coerentes com a Proposta Pedagógica da escola, sendo também um instrumento de avaliação
da mesma.
Esse espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de
forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a
sanar necessidades/dificuldades apontadas, acontece ao final de cada trimestre, conforme o
calendário da escola, tendo como registro dessa avaliação uma ata própria para cada turma.
Para que o Colegiado de classe se aproxime da sua real função, é necessário que a
discussão esteja voltada para a avaliação do trabalho pedagógico e administrativo da
instituição como um todo, visando à recondução das ações de forma planejada. O referencial
teórico-metodológico histórico-cultural, baseado em Vygotsky, dá base para a compreensão
do processo de aquisição do conhecimento de forma social e histórica e não inata. Essa
concepção de aprendizagem norteia todo o processo de organização do currículo, do
planejamento das aulas e da avaliação, interferindo nas decisões do Colegiado deClasse.
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PRINCÍPIOS DE TRABALHO
Fonte: escola 2018.
PRINCÍPIO DO DIREITO E RESPEITO À DIVERSIDADE
“Seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas
personalidades e são também diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos
apresentam, ainda, diversidade biológica.”
(Nilma Lino Gomes, 2007).
É preciso que a escola permita que se expressem as diferenças e que elas sejam consideradas e compreendidas
como um direito social. Deve-se prezar pela convivência salutar entre os diferentes, de forma a educar as diversas
percepções de mundo, de forma ética.
Todasasatividadesdesenvolvidaspedagogicamentedevemconstruiroexercíciodeumaprática e posturademocráticas.
É necessário construir os relacionamentos percebendo as diferenças de cada um, os seus anseios,
possibilidades e limitações, e desenvolver o respeito aos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana em condições de
dignidade.
Ao enfatizar o respeito pelas diferenças e diversidade, a escola propõe o combate a todo tipo de discriminação:
seja ela de cunho religioso, étnico, de gênero e cultural; ou ainda por dificuldades físicas e/ou cognitivas.
EVITE PREFIRA
Aceitar práticas discriminatórias e Planejar adaptações para as necessidades de cada
preconceituosas, por vezes aluno, de modo a possibilitar a participação de todos,
silenciadas e naturalizadas, como em todas as atividades pedagógicas;
sendo inevitáveis; Procurar orientação das professoras do AEE
Ignorar a presença e as (atendimento educacional especializado), na sala
necessidades de alunos com multimeios;
dificuldades e/ou deficiências Construir parcerias de colaboração com os
físicas ou intelectuais; professores auxiliares da educação especial;
Punições arbitrárias e autoritárias. Debater com os alunos a desmistificação de questões relacionadas à história e cultura afro-brasileira e indígena;
Estimular a convivência entre os diferentes, desenvolvendo atitudes de tolerância, solidariedade, compreensão e respeito às diferenças;
Construir uma relação de autoridade, respeito e parceria com os alunos, refletindo sobre atitudes e comportamentos.
PRINCÍPIO PRIMEIRO:
ACREDITAR NO POTENCIAL DE CADA ALUNO!
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PRINCÍPIO DE SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Sustentabilidade é um termo polissêmico. Nos dias atuais apresenta-se como uma palavra mais ampla, leva em
consideração além das questões ambientais, também fatores sociais. Para Leonardo Boff (2012, p. 107), sustentabilidade é
toda ação destinada a manter as condições energéticas, informacionais, fisico-químicas, que sustentam todos os seres,
especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida humana, visando a sua continuidade e ainda a atender as
necessidades das gerações presentes e das futuras de tal forma que o capital natural seja mantido e enriquecido em sua
capacidade de regeneração, reprodução e coevolução.
Na prática é bem simples, significa que para a sustentabilidade ocorrer devemos usar os recursos disponíveis com
parcimônia, cuidando para que não se esgotem.O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja
crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a
transformação social.
As escolas da rede municipal de Florianópolis que participaram em 2013 da IV Conferência Nacional Infanto
juvenilpelomeioambiente,dentreasquaisestáaEscolaBásicaMunicipalJoãoGonçalvesPinheiro,formamo conjunto de escolas
sustentáveis de nossomunicípio.
A escola sustentável é aquela em que todos os envolvidos nesse contexto: pais, alunos, professores e sociedade,
cumprem seu papel. Devemos construir juntos um espaço educador sustentável, aprimorando a qualidade de vida no
ambiente em que estudamos e vivemos diariamente.
Dentre as atitudes sustentáveis que devemos desenvolver no ambiente escolar, podemos destacar:
• Respeitar a todos e acreditar na capacidade de realização de cada um;
• Socializar oconhecimento;
• Observar, avaliar, registrar e planejar ações para os problemas ambientais observados no entorno da escola e na
comunidade como um todo;
• Evitar o desperdício em todas as suas formas, habituando-nos a deixar o ambiente limpo e organizado antes de
deixá-lo, bem como apagar as luzes, desligar ventiladores e outros aparelhos eletro/eletrônicos, fechar
torneiras,etc.;
• Diferenciar conceitualmente o que é lixo e o que é material reciclável para que se possa fazer a seleção
corretamente.
Estamos trabalhando juntos na construção de uma ESCOLA SUSTENTÁVEL.
Sustentabilidade é mais que um conceito...É atitude!
EVITE PREFIRA
Ensinar conceitos
isolados da prática;
Ser pessimista,
ressaltando atitudes
negativas.
Ensinar e dar o exemplo...
Estimular, a partir de sua sala de aula, a prática diária de atitudes
sustentáveis tais como: economizar luz e água, separar o lixo,
economizar e reaproveitar folhas de papel, aproveitar a claridade da luz
natural,etc.;
Envolver-se em projetos desenvolvidos por outros professores como:
horta escolar, reaproveitamentode papel, separação dos resíduos,
arrecadação de tampinhas plásticas,etc.;
Ensinar conceitos de sustentabilidade relacionados ao contexto de vida
cotidiana da escola e das famílias dos alunos;
Ressaltar atitudes e iniciativas positivas;
Refletir e discutir com os alunos, sobre os problemas ambientais
percebidos na escola, elencando possíveis ações para solucioná-los.
Fonte: Escola 2012 e 2017.
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PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS
A proposta metodológica da EBM João Gonçalves Pinheiro está fundamentada na epistemologia
sociointeracionista. Nesta concepção, o estudante é um ser ativo, capaz de agir sobre os objetos de conhecimento, num
processo dinâmico de interação com o meio e com as pessoas com as quais convive.
Assim, a metodologia adotada na prática pedagógica desta unidade educativa deve pautar-se num conjunto de
atividades diversificadas que tenham como foco o desenvolvimento de competências e habilidades.
As habilidades e competências desenvolvidas pelos alunos devem possibilitar a compreensão e apropriação de
conhecimentos das diversas áreas de ensino, numa perspectiva de uso social.
Neste caso, os debates, as pesquisas, as experimentações, as saídas de estudo, as apresentações e exposições
artísticas, literárias e pedagógicas e as leituras das diversas linguagens presentes em nosso cotidiano para além da escola,
são algumas das atividades a serem desenvolvidas no trabalho diário da unidade educativa.
Toda estratégia de ensino deve mobilizar habilidades gerais como: procurar informações em diferentes fontes,
analisar, levantar hipóteses, classificar, comparar, opinar, discutir, descrever, defender posição, julgar, fazer generalizações,
analogias, definir validade e valor, criticar, concordar, sintetizar, tirar conclusões, entre outros.
Além disso, é preciso considerar e desenvolver as habilidades referentes a cada componente curricular, deacordo com
as orientações da proposta curricular do município.
É preciso dar mais ênfase à ação do que ao conteúdo conceitual.
As habilidades se desenvolvem na relação com o conhecimento.
EVITE PREFIRA
Pautar sua aula em cópias e
questionários;
Cobrar do aluno habilidades que
você não ensinou, como por
exemplo: fazer resumos,
sintetizar a ideia principal de um
texto, etc.;
Aulas expositivas unilaterais;
Planejar e trabalhar os conteúdos
como atividades isoladas,
independente de outros
conhecimentos e habilidades
(evitar conteúdos “soltos”).
Diversificar as estratégias de ensino e os recursos a
seremutilizados;
Munir o aluno de técnicas e conhecimentos necessários para o
desenvolvimento das habilidades que você planejou;
Assumir o papel de mediador que orienta e faz junto
comoaluno,parasódepoispedirquefaçasozinho;
Estimular a participação do aluno através do diálogo
constante, mesmo durante uma exposição de conteúdo;
Mobilizar os conhecimentos prévios referentes aos
conteúdosaseremtrabalhados;
Utilizar materiais manipuláveis, experimentos reais e
exemplos práticos, sempre que possível;
Estimular a curiosidade e a pesquisa;
Propor atividades onde os alunos precisem se organizar de
maneiras diferentes (em grupos, duplas, etc.);
Realizar saídas de estudo articuladas aos conteúdos
trabalhados nas diferentes áreas de conhecimento;
Organizar seu planejamento em projetos ou seqüências
didáticas.
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DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO DA ESCOLA
Regimento escolar
O regimento escolar em vigor atualmente foi compartilhado e aprovado em assembleia de pais, alunos
e funcionários no dia 15 de março de 2012, quando foram discutidas algumas modificações em relação à versão
anterior. Considerando que está desatualizado perante a legislação vigente, o mesmo será rediscutido e
reformulado, com representação do conselho escolar deliberativo, para posterior aprovação em assembleia
geral, ainda no primeiro semestre de 2018.
Quadro de Funcionários
Em 2018, o corpo docente da escola é formado por 21 professores efetivos e 23 professores substitutos,
sendo professores com regência de classe, professores auxiliares de ensino, professores de educação especial e
professores auxiliares para alunos com deficiência.
A totalidade de professores da Escola Básica João Gonçalves Pinheiro tem nível superior; a maioria com
especialização em sua área e alguns com mestrado na área da Educação.
Ainda no trabalho pedagógico, há uma Orientadora Educacional, uma Supervisora e uma Administradora
Escolar. A Secretária Escolar ocupa cargo comissionado.
Seis profissionais em readaptação de função atuam no apoio administrativo e/ou pedagógico e biblioteca.
Soma-se a este quadro, 12 funcionários entre civis e terceirizados, distribuídos em funções de apoio
operacional (vigilância noturna e diurna, limpeza e alimentação escolar) e administrativas (secretaria e
biblioteca).
Hora - Atividade
Em 2018, a hora atividade dos membros do Magistério da Unidade Educativa, seguirá as diretrizes da Portaria nº
006/2018 e demais Leis vigentes.
De acordo com a portaria citada, os professores de anos iniciais, professores de apoio pedagógico e professores
auxiliares, terão hora atividade de 06 (seis) horas e 40(quarenta) minutos, dentro de uma jornada semanal de 20horas e de
13(treze) horas e 20(vinte) minutos, dentro de uma jornada semanal de 40horas, ou seja, o equivalente a 33% de sua jornada
de trabalho.
Os professores de áreas específicas têm um período de 33% de hora-atividade em relação à sua jornada de trabalho,
ou seja, 1,5 dias para carga horária de 40 horas semanais.
Para cumprimento da hora atividade do professor de anos iniciais, atendendo a legislação vigente, a escola
estabeleceu uma grade de horários fixos, que compreende: aulas de Inglês, Educação Física, Artes, Tecnologia Educacional
e Atividades de Ciências para turmas de 1º ao 5º ano.
A hora atividade é destinada para atividades de Estudo, Planejamento e Avaliação, compreendendo: reuniões
pedagógicas, colegiados de classe, reuniões de planejamento e avaliação, participação nas atividades previstas no calendário
escolar, correção de atividades dos alunos, estudos e reflexões sobre os conteúdos curriculares e ações de projetos e
propostas metodológicas, troca de experiências e vivências pedagógicas, participação em cursos de formação, atendimentos
aos pais e alunos, e outros assuntos educacionais de interesse dos professores e especialistas em assuntos educacionais.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Horário de aulas
Início das Aulas Término das Aulas
Matutino 08:00 12:00
Vespertino 13:15 17:15
Horário do recreio:
Recreio dos anos Iniciais Recreio dos anos Finais
Matutino 9:30 às 9:45h. 10:15 às 10:30h.
Vespertino 14:45 às 15:00h. 15:30 às 15:45h.
Distribuição de turmas do ano letivo 2018
Turmas Matutino Vespertino
1ºano 11 12
2º ano 21 22
3º ano 31 32
4º ano 41 42
5º ano 51 52
6º ano 61 62
7º ano 71 72
8º ano 81 82 - 83
9º ano 91 - 92 93
Distribuição de aulas
Ano
disciplina
1ºano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Artes 2 2 2 2 2 3 3 2 2
Ciências 3 3 4 4
Ed.Física 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Geografia 3 3 3 3
História 3 3 3 3
Inglês 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Matemática 4 4 4 4
Português 4 4 4 4
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
CONTEÚDO CURRICULAR
Os componentes curriculares são pautados nas Diretrizes Nacionais do Ensino Fundamental e na
Matriz Curricular do Município de Florianópolis.
Dessa forma, nosso currículo está pautado numa base nacional comum, englobando os conteúdos
fundamentais para a formação do aluno, nas seguintes áreas do conhecimento e seus componentes curriculares:
• Linguagens e códigos (Línguas portuguesa e inglesa, educação física e artes*)
• Matemática
• Ciências da Natureza (Ciências: noções de biologia, astronomia, química e física)
• Ciências Humanas (História eGeografia)
*Nos anos iniciais, as aulas de artes deverão privilegiar a linguagem: MÚSICA.
O planejamento de cada componente curricular deve estar pautado na Proposta e na Matriz Curricular
da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis.
MATERIAL DIDÁTICO
Todas as turmas da escola utilizam livros didáticos do programa PNLD (Programa Nacional do Livro
Didático) do governo federal.
Para as turmas dos anos iniciais, os livros são entregues pelo bibliotecário aos professores de cada
turma. Os livros deverão ficar guardados nos armários das salas e entregues aos alunos quando sua utilização
for planejada pelos professores, que deverão organizar também o recolhimento dos mesmos. Este procedimento
evitará que as crianças carreguem muito peso em suas mochilas, evitando danos à sua coluna vertebral.
Para as turmas dos anos finais, os livros serão entregues pelo bibliotecário diretamente aos alunos.
Quando o número de livros não for suficiente para cada aluno, o professor da disciplina fica responsável pelos
mesmos, entregando-os e recolhendo-os ao final de cada aula. Com a implantação das salas ambiente, os livros
poderão ficar sob a guarda do professor, quando não estiverem sendo usados. Tal procedimento evitará danos à
coluna dos adolescentes, pelo peso excessivo nas mochilas.
As turmas de alfabetização (1º ao 3º ano) dispõem para uso em sala de aula, de jogos de linguagem e
acervos de literatura infantil dos programas PNAIC (Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa) e Obras
Complementares de literatura, do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação).
Também para uso em salas de aulas de todos os anos, a escola dispõe de acervos de dicionários de
Língua Portuguesa adequados à faixa etária de estudos das diversas turmas de 1º ao 9º ano, também
disponibilizados pelo MEC (Ministério da Educação).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
ACESSO ÀS SALAS DE AULAS
Nos horários de entrada e saída de alunos são realizados ordenadamente de duas maneirasdiferentes:
a)os alunos dos anos finais circulam entre os diversos ambientes, pela escada e b)as crianças dos anos
iniciais circulam pelas rampas, sempre acompanhadas de um professor.
AMBIENTES E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
Os espaços físicos da escola são de boa qualidade para o desenvolvimento das aulas. Porém, a vivência
nestes espaços enquanto ambientes de “ensinagem” e aprendizagem dependem das interações que neles se
estabelecem, construídos pelos sujeitos e considerando-se a intencionalidade pedagógica presente na ação de
cada educador.
SALAS AMBIENTE
Em 2015 a EBM João Gonçalves Pinheiro optou por implantar salas ambiente de estudos.
O foco a partir daquele ano foi equipar estas salas com recursos didático-pedagógicos que atendessem um fim
educacional específico de cada componente curricular.
Esta organização de espaços, uma vez especializada, tem contado com os subsídios materiais necessários para o
enriquecimento das aulas. Isso tem propiciado ao aluno a interação com uma maior diversidade de recursos e materiais
pedagógicosparaquetenhamaiscondiçõesdeestabelecerumarelaçãoentreoconhecimento,asuavidaeomundo.
A ideia de organização escolar em salas ambiente concebe o desenvolvimento de responsabilidade e autonomia do
aluno que se desloca entre as salas a cada mudança de aula. Além disso, o professor tem criado em sua sala um ambiente
acolhedor e temático, que lhe propicia agilidade e um vínculo de responsabilidade que deve ser compartilhado com os alunos.
SALA INFORMATIZADA (SI) E LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS
São ambientes pedagógicos, com recursos didáticos específicos para serem explorados como uma extensão da sala de
aula regular ou com atividades próprias. Semanalmente, todas as turmas dos anos iniciais são atendidas pelos professores destes
ambientes em aulas fixas, utilizando para esse fim a aula em que o professor regente está em hora atividade. Também funcionam
através de agendamento prévio para desenvolvimento de projetos curriculares de professores das diversas disciplinas dos anos
iniciais e finais.
O laboratório de ciências terá como atividade principal a alfabetização científica dos alunos, seja por meio de projetos
como pelo desenvolvimento de experiências, relacionando sociedade, ciência e sustentabilidade, em uma
perspectiva de investigação científica.
O ambiente da S.I. terá como atividade principal, o desenvolvimento de projetos didáticos que privilegiem o uso e o
conhecimento de recursos da tecnologia da informação disponível neste ambiente.Também pode ser agendado para a
realização de pesquisas extraclasse.
Fonte: Escola 2017 e 2018.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
BIBLIOTECA ESCOLAR E COMUNITÁRIA
A biblioteca atende a comunidade escolar, estendendo-se para a comunidade do bairro Rio Tavares.
Mais que oferecer um serviço técnico, a biblioteca escolar deve caracterizar-se por oferecer um atendimento
pedagógico acolhedor aos alunos, professores e funcionários, de modo a estimular a utilização do ambiente, motivando o
prazer pela leitura, divulgando a literatura disponível e orientando o trabalho de pesquisas escolares em parceria com os
professores.
A biblioteca deve ter uma agenda sistemática para atendimento das turmas e empréstimo de livros. As mesmas
devem ser acompanhadas por seus professores.
Os professores devem planejar a visita de seus alunos à biblioteca, tendo objetivos definidos e compartilhados com
o grupo, para que o momento seja produtivo, estimulante e prazeroso.
É política da escola que parte da verba do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola, do governo federal) seja
destinada à compra de livros de literatura para melhoramento do acervo disponibilizado aos alunos; porém, a responsabilidade
pela aquisição sistemática de acervo para as bibliotecas escolares, é da entidade mantenedora (PMF).
Fonte: Escola 2017 e 2018.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
SALA MULTIMEIOS
PARA ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
(AEE) A sala multimeios é o espaço da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para os(as) alunos(as)
com deficiência que frequentam as unidades que fazem parte desse polo de abrangência. É nesse espaço que ficam um conjunto
de equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógico, recursos de acessibilidade para o atendimento dos(as)
alunos(as) que são público alvo da Educação Especial e que necessitam do AEE no contra turno escolar.
São público alvo da Educação Especial: alunos(as) cegos, com baixa visão, surdos, surdos-cegos, com deficiência
intelectual, deficiência física, Transtornos do espectro Autista - TEA e com Altas Habilidades.
“O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora, e organiza
recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas
necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).
O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode
caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São exemplos práticos de
atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução
e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os recursos de
acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico
acessível, entre outros.
É também nesse espaço que pode acontecer as orientações para pais e/ou responsáveis desses alunos(as), para os(as)
professores(as) do ensino regular, professores(as) auxiliares de Educação Especial e professores(as) interpretes de LIBRAS.
Além dos estudantes com deficiência da própria unidade, a sala polo da EBM João Gonçalves Pinheiro atende outros,
regularmente matriculados nas Unidades Municipais dos bairros Canto da Lagoa, Lagoa da Conceição e Rio Tavares, a saber:
ED João Francisco Garcez, EBM Henrique Veras, NEI Orisvaldina Silva, NEI Canto da Lagoa, Creche DiamantinaBertolina da
Conceição, EJA Rio Tavares.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
DESCRIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
Piso térreo:
❖ Secretaria
❖ Sala de apoio
administrativo
❖ Sala multimeios
(atendimento à
educaçãoespecial)
❖ Sala deprofessores
❖ Sala deartes
❖ Salainformatizada
❖ Laboratório deciências
❖ Auditório
❖ Biblioteca
❖ Refeitório
❖ Cozinha
❖ Saladelanchede
funcionários
❖ Depósitos
❖ Área deserviço
❖ Banheiros masculinos e
femininos
Espaço externo:
❖ 01 ginásio deesportes
❖ 02 quadras sem
coberturadeproteção ao
sol echuva
❖ 01 quadra deareia
❖ Parquinho infantil
❖ Pátio livre
❖ Horta escolar
❖ Estacionamento
1º andar:
❖ Sala da equipepedagógica
❖ Saladadireçãoe
administração
❖ 06 Salas de aula ambiente:
História, Português, Ciências
da natureza, Matemática,
Geografia e duas salas coringa
que atendem professores de
diferentes áreas, de acordo
com a demanda diária de
distribuição e uso dassalas;
❖ 01 Sala de aula para os
professores auxiliares
❖ Banheiros masculinos e
femininos
2º andar:
❖ 05 Salas de aulas com
turmasdosanosiniciais (1º
ao 5ºano)
❖ 01Salaambientede
Inglês
❖ 01 Sala de jogos
❖ 01Saladeaulaparao
projeto deapoio
pedagógico
❖ Banheiros masculinos e
femininos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
APOIO PEDAGÓGICO
A Resolução do Conselho Municipal de Educação 002/2011, que trata da avaliação para as escolas da rede pública
de Florianópolis, garante aos estudantes promovidos com restrição, o acompanhamento pedagógico de apoio no ano
subseqüente.
Trata-se de atividade pedagógica em horário ampliado de estudo, que em nossa escola é oferecida em duas turmas:
uma para alunos dos anos iniciais e dos anos finais.
Desde o momento de sua implantação, primamos por um trabalho que oportunize aos estudantes a possibilidade
efetiva de aprendizagem, através do desenvolvimento de diversas habilidades de estudo. Assim, o projeto é baseado em uma
perspectiva interdisciplinar que abrange todas as áreas do conhecimento. Aos alunos são oferecidas atividades e estratégias
diversificadas, em consonância com o trabalho desenvolvido pelos professores das diferentes áreas nas aulas regulares e
com o propósito de proporcionar aos estudantes a possibilidade de superação de suas dificuldades.
Os estudantes tanto dos anos iniciais quanto dos anos finais freqüentam as aulas no período regular em que estão
matriculados e participam do projeto no contra turno. O almoço é oferecido pela unidade escolar e acompanhado
peloprofessor.
O apoio desenvolve atividades diversas, em diferentes espaços da unidade escolar entre elas: a horta, laboratório
de ciências, sala informatizada, oficina de leitura na biblioteca, atividades voltadas à arte e claro, atividades pautadas na
apropriação do conhecimento escolarizado principalmente voltado ao domínio do sistema de escrita alfabética, alfabetização
matemática e usos sociais das diferentes linguagens trabalhadas na escola.
No decorrer do ano e, de acordo com o planejamento, os estudantes também participam de saídas de estudo e
visitas a projetos, em parceria com outras instituições.
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
O cardápio da alimentação escolar é planejado por nutricionista e preparado por cozinheiras da escola. A
alimentação escolar oferecida deve estar de acordo com a lei federal 11.947/2009; resolução FNDE nº 38/2009,
portaria 038/2010 SME e demais legislação vigente.
Em qualquer atividade pedagógica desenvolvida pela escola, deve-se primar pela conscientização dos
alunos quanto ao consumo de alimentação saudável, adequada às necessidades de crescimento
edesenvolvimento do ser humano.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
INTEGRAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE
O desenvolvimento de atividades extraclasse é uma prática que a escola já desenvolve. O desejo de estreitar
laços com as famílias dos alunos e estabelecer vínculos fortes que possam de alguma maneira, contribuir para o
desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos alunos nos leva a desenvolver uma política de convívio
onde cada um possa sentir-se valorizado e possa compartilhar dos espaços e atividades da escola em momentos
como:Semana Municipal do Livro Infantil, Aniversário da Escola, Semana do Meio Ambiente, Festa Julina,
Mutirão,Gincana Cultural, Recreativa e Esportiva (Semana da Criança), Mostra Pedagógica e outras que se
incorporem ao currículo no decorrer do ano letivo.
Fonte: Escola 2017.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
É política da escola que todos os profissionais sejam comunicados sobre os cursos de formação
continuada, oferecidos pela SME e que se crie possibilidades de participação dos mesmos, evitando conflito de
horários de reuniões e convocações diversas, seguindo-se orientações da SME pela portaria 006/2018.
É também uma política de organização da escola, a qualificação dos momentos de reuniões
pedagógicas com debates e orientações sobre modalidades de planejamento, avaliação processual da
aprendizagem e outros temas que demandem da necessidade cotidiana do fazer pedagógico.
Fonte: Escola 2017.
SAÍDAS DE ESTUDO
As saídas de estudo fazem parte do currículo da escola e são organizadas de acordo com os conteúdos
trabalhados em cada ano, o interesse da turma e com o planejamento de cada professor.
Aescolatemcomoaçãopolítica,estimulareapoiarassaídasdeestudocomorecursodeensinoe aprendizagem.
São organizadas com antecedência e a participação do aluno depende da autorização dos paisatravés de
bilhete informativo específico para cada evento. Nas saídas da escola cada turma será acompanhada por, no
mínimo, dois profissionais.
Fonte: Escola 2017.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
BIBLIOGRAFIA BOFF, Leonardo. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 542p
BRASIL. Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras
providências. Disponível em: http:// http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm.
Acesso em 10 de março de 2018
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Conselho Nacional da Educação. Base Nacional Comum Curricular.
Proposta preliminar. Segunda versão revisada. Abr., 2016.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso
futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1988.
[Gomes, Nilma Lino] Indagações sobre currículo : diversidade e currículo / [Nilma Lino Gomes];
organização do documento JeaneteBeauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 48 p
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
PROJETOS PEDAGÓGICOS COLETIVOS
EM DESENVOLVIMENTO
COLETA SELETIVA DO LIXO ESCOLAR
O ar é precioso para o homem vermelho,
Porque todas as criaturas respiram em comum –
Os animais, as árvores, o homem.
Cacique Seattle
Objetivo:
“Sensibilizar alunos e familiares, educadores e funcionários para uma mudança de atitude com relação ao
destino dos resíduos sólidos, fomentando o engajamento consciente na sua separação, procurando aplicar os
quatro Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Repensar.”
Este projeto conclama os Educadores a subsidiarem estas ações com conteúdos que permitam aos alunos
compreenderaimportânciadesuasatitudes,porquesomosresponsáveispelolixoqueproduzimosedeixamosno ambiente após a
nossapassagem.
Dimensão Pedagógica: o estudo do tema “sustentabilidade” permite ampliar o conhecimento e o desenvolvimento de
habilidades e competências, através de atividades significativas que contribuem tal.
Dimensão Social: os materiais arrecadados são doados à famílias da comunidade que trabalham na coleta seletiva do
“lixo”, levando os envolvidos a considerar o aspecto solidário.
Dimensão Ecológica: oferece aos envolvidos uma oportunidade de agir concretamente, minimizando os agravos de
danos ambientais.
Elenco de ações:
#Manter lixeiras em todas as salas e demais ambientes. Uma para os recicláveis (papéis, plásticos e metais) e a outra
para o lixo sujo (rejeito). Uma vez por semana os recicláveis deverão ser recolhidos por uma equipe de alunos e
encaminhados paradoação;
#Manter lixeira na cozinha para recolher os materiais orgânicos que serão encaminhados à horta;
# Manter três lixeiras no refeitório: Orgânicos, Recicláveis e Rejeitos. Os Educadores deverão abordar estes conceitos e
sensibilizar os alunos para respeitar e praticar a devida separação;
# Evitar e diminuir, até zerar, o uso de copos e outros materiais descartáveis;
# Orientar funcionários da limpeza e cozinha sobre estas ações, pois é imprescindível o engajamento destes profissionais
(a/c da direção);
#Recolhimento de óleo de cozinha, esponjas, embalagens de produtos de proteção solar e materiais de higiene bucal e
escrita, aos cuidados e orientação da professora do laboratório de ciências;
# Manter, no apoio, vasilhame para arrecadar pilhas descartáveis;
# Socializar vídeos, livros, jornais, folders, atividades e encaminhamentos sobre o tema, aumentando a substância e o
movimento de nossas aulas;
# Refletir sobre a cultura do desperdício e usar o verso de cartolinas e folhas de papel;
# Cuidar para que luzes e ventiladores não fiquem ligados sem necessidade. Abrir janelas, cortinas e portas deixando a
luz e o ar entrar.
ESTASAÇÕESDEVEMSERDERESPONSABILIDADEDETODOS,SE
CONSOLIDANDO COMO UM DIFERENCIAL DA
ESCOLAQUEÉRECONHECIDACOMOUMAESCOLASUSTENTÁVEL
*Professores já envolvidos neste projeto: Julisse Oker Savi da Silva (laboratório de ciências) e Elaine Cristina P. Seiffert (Ciências), Wladson Dalfovo (Geografia).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
RECICLAGEM DE ÓLEO
O projeto “Reciclagem de Óleo” de cozinha tem o objetivo de conscientizar os alunos sobre a
necessidade de se transformar o óleo comestível usado em frituras em produtos reciclados como sabão, cola,
tinta, contribuindo com o meio ambiente. Todo o óleo coletado é destinado ao Projeto Reóleo.
PROJETO MAIS ALFABETIZAÇÃO
Em 2018 a escola, acatando a orientação da Secretaria Municipal de Educação, aderiu ao Programa Mais
Alfabetização, do Governo Federal e pretende incorporá-lo ao trabalho com os primeiros e segundos anos, conforme
Legislação Vigente.
FAMÍLIA E ESCOLA: COMO CRIAR DIÁLOGO COM O ADOLESCENTE – Parceria da escola com a Psicanalista
Sílvia Ghizzo
Contextualização
A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta. Repleta de transformações físicas, cognitivas,
psicológicas e sociais que geram o desejo da autossuficiência. Em outras palavras, a pessoa se descobre como indivíduo que se
separa de seus pais. A euforia e a curiosidade típicas desta fase, também podem gerar medo e inadequação. Gerenciar sua
própria vida é o desejo da maioria dos jovens entre os 12 a 18 anos, ainda que na maior parte do tempo, não se mostrem
realmente prontos para exercerem atividades e assumirem responsabilidades da vida adulta.
Na tentativa de alcançarem novos padrões de comportamento, desligam-se dos modelos antes enaltecidos por seus
pais e passam a se apoiar no grupo de iguais. É neste momento que a escola exerce um papel, importante na vida dos jovens
uma vez que é no ambiente escolar que as alianças se formam o que motiva os adolescentes a tomar decisões. Porém, se por um
lado são nos grupos que os adolescentes se apoiam, por outro, por meio deles, podem sofrer pressões estressantes. Os desafios
postos por seus pares desencadeia no jovem o desejo de arriscar-se em novas experiências por vezes inconsequentes. Dado a
vulnerabilidade do jovem que passa por um turbilhão de transformações, é fato a ocorrência de episódios de tristeza e
insegurança.
Segundo Arnett(1999), a adolescência começou a ser considerada uma etapa distinta do desenvolvimento humano
apenas no século XX, sendo atribuída a Granville Stanley Hall a autoria da publicação do primeiro estudo sobre a adolescência,
em 1904, como título Adolescense. Nessa obra Hall denomina a adolescência como um período de marcado por tempestades e
estresse. Tal entendimento, permaneceu nos estudos do século passado até os tempos atuais onde o ato de adolescer, sugere
vulnerabilidade em lidar com situações em que exija controle emocional,podendo ocasionar a ocorrência de psicopatologias,
entre elas a depressão , os diversos transtornos ( de ansiedade, alimentares, de conduta, de humor), e ainda o uso de drogas e
álcool.
Segundo Silva (2008), No Brasil, a prevalência de psicopatologias no início da adolescência é de aproximadamente
10,08% representados por transtornos disruptivo, seguido pelos de ansiedade. Se considerarmos que o último censo
demográfico realizado pelo IBGE, identificou que 18,9% da população do Brasil são de pessoas entre os 10 e 19 anos, é de
extrema relevância acentuarmos a atenção, no que se refere á saúde mental e emocional de quem se encontra nesta faixa etária
em nosso país.
Entretanto, observa-se que a necessidade de assumir sua própria identidade, a confusão de sentimentos e o
comportamento impulsivo são características consideradas normais nesta fase da vida e por isso, não são todos os casos de
adolescentes que podem ser apontados como doenças mentais. No entanto, como a família e a escola podem identificar as
manifestações que exijam atenção ou que signifiquem sinais de alerta para o sofrimento intenso de jovens.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
De todo modo, em se tratando de pessoas que a pouco eram protegidos e tratados como as princesas e super heróis de
seus pais, ao se depararem com os desafios da vida adulta, mesmo a variabilidade de manifestações, não constituírem-se como
transtornos, a intervenção psicológica pode significar para muitos jovens, a possibilidade de lidar com seus próprios conflitos,
ajudando-os a livrá-los de um imposto “naufrágio”, causado pela prevalência de bruscas transformações.
JUSTIFICATIVA
Atualmente para além da explosão biológica, são inúmeros os fatores que podem levar o adolescente ao sofrimento
profundo. A incerteza e a incapacidade de lidar com seus próprios conflitos somados à impotência frente aos problemas que
envolvem a família, tornam o jovem suscetível ao sentimento de tristeza e se acaso, tornarem-se frequentes podem desencadear
um quadro de depressão. Alguns pais são pegos de surpresa e buscam na escola ajuda para o que percebem acontecer com seus
filhos. Por Vezes é a própria escola representada por seus profissionais que sinaliza para a família a necessidade de um olhar
mais focado no adolescente. Percebemos que estas situações tem sido recorrentes, daí a urgência de ambas as instâncias se
munirem de formas, para auxiliar neste processo de desenvolvimento do ser humano. A escola João Gonçalves Pinheiro atenta
a esta demanda, que se faz presente no cotidiano escolar por meio de uma iniciativa da Equipe Pedagógica, junto aos
professores e Direção, propôs aos seus estudantes a conversação e o diálogo sobre as demandas da adolescência. Em Parceria
com os pais e tendo como assessoramento a participação da Psicanalista Silvia Ghizzo, desde o início do segundo semestre,
estamos organizando momentos para que os estudantes possam falar sobre o que pensam e sentem.
A ideia do projeto é que os jovens sejam escutados e que suas falas, sejam levadas em consideração, nas várias
situações de interação com seus pares, seus familiares e professores, já que para alguns estudiosos,(Melo, Faria, Chaves e
Machado 2005) a possibilidade de falar com pessoas diferentes e com idades diferentes, estabelecendo o vínculo social
adequado, pode ser fator de proteção de riscos na adolescência. A escola portanto, promoveu momentos intencionalmente
planejados para que os adolescentes e seus familiares pudessem através de suas falas e na troca de experiências com outros,
refletir sobre os dilemas desta importante fase da vida.
METODOLOGIA
O desenvolvimento do projeto foi realizado em vários momentos. O primeiro deles a Psicanalista Convidada, Silvia
Ghizzo apresentou aos professores as principais características dos adolescentes. O debate girou em torno dos conflitos gerados
em sala de aula, na relação estabelecida com os professores, bem como, os fatores psicossociais que influenciam no processo
de ensino e aprendizagem. Posteriormente, a discussão foi realizada com os Pais. A psicanalista promoveu uma conversa onde
as famílias puderam colocar suas dúvidas e preocupações.
Em seguida, realizamos um total de 10 momentos de conversação, com duração de 50 minutos, nas turmas de oitavos
e nonos anos. Neste caso, os professores disponibilizaram algumas de seus horários de aula. Esses horários foram distribuídos
entre as disciplinas, para que o planejamento das aulas não fossem comprometidos.
Com temas variados e de escolha dos próprios adolescentes, nas conversações foram realizados debates, de maneira
que todos pudessem ser escutados e respeitados em suas opiniões. As conversas foram mediadas pela própria psicanalista.
Desses debates, surgiu a ideia do atendimento individual, já que alguns jovens sentiam-se constrangidos em se manifestarem
diante do grupo. Para tanto, a Equipe Pedagógica organizou alguns horários pré-agendados com a Psicanalista Silvia.
Importante ressaltar que esses horários foram também oportunizados aos pais dos alunos.
O atendimento também foi direcionado para alguns adolescentes. Nestes casos, a Orientadora Educacional apontou a
necessidade do atendimento individual e frequente, após a observação da situação em que se encontrava o estudante, haja vista
osfatores de risco representados pelos sinais de sofrimento como: auto-mutilação (cortes), isolamento, irritabilidade,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
melancolia ou, ainda, em casos mais extremos de tentativas de suicídio. Para isso, a orientadora entrou em contato com as
famílias desses estudantes com o intuito de encaminhar o caso ao profissional competente (neste caso a psicanalista voluntária).
Para tanto a profissional disponibilizou semanalmente seis horas de atendimento intercalando com as rodas de conversa em sala
de aula.
OBJETIVOS
Promover um espaço de discussão sobre os conflitos da fase de adolescência com a comunidade escolar;
Oferecer ao adolescente em risco de doença mental, atendimento psicológico individual;
Questionar a naturalização e banalização da adolescência como uma fase de conflitos e crises internas e relacionais.
PROERD
O PROERD tem acontecido há alguns anos na escola. É uma parceria com a Polícia Militar do Estado de Santa
Catarina e tem como objetivo a prevenção; o combate àsdrogas. É realizado com os alunos dos quintos anos.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Projeto Eco Pet Tampinhas - Professoras Renate Oliveira e Elaine Seiffert
O Projeto Eco Pet Tampinhas foi criado por protetoras de animais independentes com o objetivo de arrecadar fundos
para a castração de animais de rua. Através da arrecadação de tampas plásticas (de garrafas pet, produtos de higiene, limpeza e
potes no geral) que são vendidas para a reciclagem e todo o dinheiro revertido para a causa animal. A EBM João Gonçalves
Pinheiro tornou-se um ponto de coleta da Eco Pet Tampinhas no ano de 2017. Este projeto permite conscientizar os alunos e
comunidade da importância da castração e controle populacional dos animais de rua, assim como a importância da reciclagem.
Fonte: Escola 2017.
PROJETO: CLUBE DE CIÊNCIAS – Professores Julisse Oker Savi da
Silva e Leandro Burger
O Clube de Ciências da EBM João Gonçalves Pinheiro teve seu primeiro encontro no dia 30/03/15 e desde essa
data, tem como objetivo ampliar o conhecimento científico do educando, possibilitando o desenvolvimento de atividades
científicas que envolvam os alunos mais diretamente com a sociedade, em busca de uma alfabetização científica e
tecnológica, estimulando assim a socialização, o espírito de liderança e de equipe, bem como a responsabilidade.
Justificativa
Este projeto tem como justificativa a necessidade de despertar nos alunos o interesse pela ciência e pelo conhecimento
científico. Através da pesquisa buscamos desenvolver inúmeras habilidades em nossos alunos. Com o usa da descoberta
podemos ampliar os horizontes científicos, alfabetizando nossos alunos científica e tecnologicamente.
Objetivos
• Despertar nos alunos o interesse pela Ciência e pela pesquisa científica e torná-los mais aptos para o aprendizado de
matérias científicas.
• Familiarizar o aluno com trabalhos bibliográficos, de laboratório e de campo.
• Valorizar a iniciativa e a criatividade de cada membro.
• Desenvolver o espírito de equipe.
• Promover a integração entre as áreas de Ciências, bem como entre alunos e comunidade, visando uma melhoria do
ensino científico.
• Realizar conferências, excursões, experiências, mostra de trabalhos desenvolvidos e visitas de caráter científico e
cultural.
• Promover intercâmbio com agremiações similares, nacionais ou estrangeiras, cujo teor se coaduna com as finalidades
deste Clube e visa à preservação da cultura e promoção humana.
• Incentivar a realização de Feiras de Ciências e Mostras Culturais.
• Participar de eventos científicos promovidos pela escola e/ou Secretaria de Educação do município de Florianópolis.
• Promover, coordenar, auxiliar e divulgar atividades culturais de cunho científico e pedagógico, conforme objetivos
do Clube.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Metas
Desenvolver um trabalho coletivo envolvendo os 6ºs, 7ºs, 8ºs e 9ºs anos, de uma maneira diferenciada, no contraturno de
suas aulas, semanalmente, com duração de 2 aulas. Assim, poderemos nos preparar para as ações ambientais e científicas
oferecidas pela escola e também pelo município.
Impactos
Desenvolver um trabalho coletivo envolvendo os 6ºs, 7ºs, 8ºs e 9ºs anos, de uma maneira diferenciada, no contraturno de
suas aulas, uma vez por semana, com duração de 2 aulas. Assim, poderemos nos preparar para as ações ambientais e científicas
oferecidas pela escola e também pelo município.
Metodologia
Em cada reunião do Clube de Ciências, serão realizadas as etapas:
Discussão de temas relevantes;
Pesquisa dos temas escolhidos;
Realização de experimentos (se necessário);
Relatórios semanais sobre o encontro.
PROJETO DE EXPERIMENTOS – LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS
Acreditamos que o ensino leva ao desenvolvimento de significados e à construção de conhecimentos, bem
como, que o professor deve propiciar “oportunidades para o desenvolvimento de ideias, conceitos e relações
entre fatos e ideias”.
Diante do exposto, iniciamos um “projeto de experimentos” no laboratório de ciências, conduzido pela
professora do laboratório onde, em aulas semanais com alunos do 1º ao 5º anos do ensino fundamenta l– anos
iniciais, são desenvolvidos experimentos científicos, visando o desenvolvimento do espírito científico no aluno,
bem como o questionamento, formulação de hipóteses, construção de argumentos e superação do senso comum.
A partir dos experimentos, trabalharemos noções de fenômenos e conceitos de biologia, astronomia,
física e química.
PROJETO: FORTES E FORTALEZAS: PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DA ILHA DE SANTA
CATARINA – Professor Aldonei Machado
O presente projeto educativo tem como principal justificativa colaborar para o processo de ensino-aprendizagem dos
estudantes da EBM João Gonçalves Pinheiro. No entanto, consideramos que o referido projeto também se justifica na medida
em que buscar levar seus educandos a pensar historicamente sobre o mundo que os cerca. No caso sobre a cidade em que
habitam, ou seja, Florianópolis, na Ilha de SC. E para possibilitar que os estudantes pensem historicamente escolhemos como
objeto de estudo o conjunto de fortes e fortalezas construído pela Coroa Portuguesa no decorrer do Século XVIII para proteger
e povoar a antiga cidade de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.
O presente projeto justifica-se também na medida em que os estudantes irão conhecer um pouco mais da História da
cidade em que vivem através de visitas de estudo a este sistema de fortificação, que atualmente constitui-se num importante
patrimônio histórico e cultural de nossa cidade.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Objetivos
Objetivo Geral:
- Oferecer aos estudantes a possibilidade de ler e pensar historicamente a cidade de Florianópolis através de seus fortes e suas
fortalezas.
Objetivos Específicos:
- Entender o significado e a importância de se pensar historicamente.
- Compreender o conceito de Patrimônio Histórico e Cultural.
- Compreender as questões geográficas, políticas, militares e econômicas que levaram Portugal a fortificar a Ilha de SC.
- Relacionar a construção dos fortes e fortalezas com o povoamento açoriano para a Ilha de SC no Século XVIII.
-Conhecer in loco alguns fortes e fortalezas da Ilha de SC.
1. Metas
Ao longo do projeto, bem como na sua finalização, temos como meta que os alunos envolvidos tenham as
competências e as e habilidades necessárias para pensar historicamente, especialmente sobre a cidade em que vivem. Além
disso, almejamos despertar nos alunos o gosto e o prazer pelo conhecimento histórico em geral, bem como a necessidade de
preservação da nossa memória e patrimonial e cultural através do sistema defensivo construído por Portugal para proteger a
nossa cidade.
Impactos
Como o professor-coordenador é efetivo, com 40 horas na Rede de Ensino de Florianópolis, não será necessária a
contratação de outro professor. Todas as atividades do projeto educativo serão executadas nas janelas do professor-
coordenador. O impacto financeiro, portanto, não existe.
Algumas despesas, tais como visitas de estudos aos Fortes e Fortalezas, bem como impressão de fotografias poderão ser
custeadas pela escola ou pela Secretaria Municipal de Educação.
Equipamentos, tais como projetor multimídia, cadernos, xerox e computadores estão disponíveis na escola. A bibliografia
sobre o objeto de estudo deste projeto fazem parte do acervo pessoal do professor-coordenador. O projeto, portanto, é viável,
pois seus custos podem ser considerados de pequena monta.
Metodologia
Para deixar mais claro a metodologia de execução deste projeto educativo preferimos elencar em pontos, a saber:
1. Divulgação e explicação do projeto pelo professor-coordenador nas turmas 61,71,81, 91e 92 do turno matutino. Optou-se por
escolher alunos de todas as turmas, com diferentes idades e diferentes níveis de aprendizagem para possibilitar a interação entre
os mesmos.
2. Escolha dos alunos participantes. A escola poderá ser feita por sorteio, seleção pelo professor e lista de inscrição por ordem
de chegada.
3. Serão disponibilizadas 25 vagas: cinco de cada turma antes mencionadas.
4. O projeto será desenvolvido no contraturno dos alunos, ou seja, no período vespertino, no qual o professor-coordenador
possui janelas.
5. Espaços de execução do projeto: sala ambiente de História, Sala Informatizada e Biblioteca.
6. Horário de execução do projeto: Segunda-Feira, na primeira, segunda e terceira aulas do período vespertino.
7. Construção e compreensão dos conceitos inerentes ao projeto, tais memória, patrimônio histórico e cultural, povoamento,
entre outros que porventura surgirem.
8. Oferecimento pelo professor-coordenador de fotografias e/ou publicações que contenham imagens dos fortes e fortalezas
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
estudados.
9. Análise do CD – Fortalezas da Ilha de SC, produzido pela Universidade Federal de SC.
10. Análise e construção de mapas para localização geográfica dos fortes e fortalezas.
11. Aulas com textos e imagens sobre o contexto histórico do Século XVIII e as relações entre a Coroa Portuguesa e a Ilha de
SC.
12. Saída de estudos para os fortes de Santa Bárbara e Santana, localizados no Centro de Florianópolis.
13. Saída de estudos para a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, no norte da Ilha de SC.
14. Saída de estudos, em parceria com a Escola do Mar, para a Fortaleza de Anhatomirim, no norte da Ilha de SC.
15. Divulgação nas redes sociais da escola do andamento das atividades.
16. Construção de textos e impressão de fotografias para futura exposição em eventos realizados pela Unidade Educativa.
17. Serão registradas em diário de classe a frequência e a participação dos alunos.
18. Serão registradas em Caderno de Registro as atividades desenvolvidas no projeto educativo.
19. Serão realizadas outras atividades pelos alunos e pelo professor-coordenador, caso surja o interesse/necessidade.
BIBLIOGRAFIA
BURKE, Peter. A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: UNESP,1992.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. As Defesas da Ilha de Santa Catarina no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Departamento de
Imprensa e Propaganda, 1972.
RANGEL, José Correia. As Defesas da Ilha de SC e do Rio Grande de São Pedro em 1786. Florianópolis: Editora da UFSC,
2011.
SCHIMIDT-GERLACHI, Geraldo. Ilha de Santa Catarina – TOMOS I e II. São José: Clube de Cinema Nossa Senhora do
Desterro, 2015.
_________________________. Desterro: Ilha de Santa Catarina – Volumes 01 e 02. São José: Clube de Cinema Nossa
Senhora do Desterro, 2015.
TONERA, Roberto. CD-ROM - Fortalezas Catarinenses. Florianópolis: UFSC, 2011.
PROJETO CAMINHANDO JUNTO – Professora Elaine Seiffert
Justificativa
Durante minhatrajetória como educadora tenho registrado momentos de aprendizado, realização, troca de experiência,
amizade e renovação constante. Isso me leva à conclusão de que o processo educativo é dinâmico e nunca está pronto. Assim
sendo, educadores e alunos são seres em constante construção, nos construímos diariamente em nossas relações com o outro e
com o meio em que estamos inseridos.
A escola é o lugar ideal para que nossa identidade seja construída com segurança e valores que expressem o melhor de
nós. Se o ato de aprender está relacionado às questões afetivas precisamos ir além dos conteúdos curriculares e trabalhar a
valorização do ser humano. Ao longo dos anos como educadora tenho percebido a importância de se estabelecer relação de
confiança com os alunos, através de uma prática pedagógica baseada nos quatro pilares da Educação descritos por Delors
(1998): “Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver junto”. Diante desses pilares é possível
perceber o grande desafio encontrado no ambiente escolar, ou seja, desenvolver na escola práticas pedagógicas que façam a
diferença na sociedade, estendendo-se de forma direta e indireta às famílias e à comunidade, pois os alunos são os
multiplicadores das informações e dos conhecimentos trabalhados de forma crítica e reflexiva em sala de aula e nas oficinas de
sensibilização. Tenho certeza que o Projeto Caminhando Junto acrescentará muito ao meu fazer pedagógico e irá contribuir
para a melhoria das relações estabelecidas no ambiente escolar e na comunidade onde a escola está inserida. Já tive a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
oportunidade de aplicar este projeto em 2008 e em 2014 e os resultados foram surpreendentes nas turmas que tiveram a
oportunidade de participar do projeto.
Segundo Luckesi (2001), o desenvolvimento do educando pressupõe o desenvolvimento das diversas facetas do ser
humano: a cognição, a afetividade, a psicomotricidade e o modo de viver. Cada sujeito se educa nas relações que estabelece na
sociedade, grupos, familiares e culturais. Uma vez que o aluno traz consigo uma bagagem de conhecimento adquirido por suas
vivências faz-se necessário conhecê-lo e o diálogo torna-se ferramenta fundamental neste processo.
De acordo com Unsworth L. (2001), na primeira fase do ensino de qualquer unidade curricular de qualquer área, o
conhecimento existente e experiência extraclasse trazida pelo aluno, bem como seus interesses, são recrutados como uma base
integral para o novo aprendizado. Trata-se de uma partilha de conhecimentos prévios do aluno em um ambiente seguro, onde
suas necessidades, suas identidades afetivas e socioculturais são levadas em consideração para o aprendizado. Santos (2003)
afirma que o levantamento das condições prévias dos alunos para iniciar nova matéria, os indícios de progresso ou deficiências
detectados na assimilação de conhecimentos, as verificações parciais e finais são elementos que possibilitam a revisão do plano
de ensino e o encaminhamento do trabalho docente para a direção correta.
O projeto Caminhando Junto tem como foco estreitar a relação entre o professor e alunos que estão em fase de transição
dos anos iniciais para os anos finais. Será realizado com alunos do sexto ano do ensino fundamental. Este público foi escolhido
devido às suas características. O sexto ano marca o início dos anos finais, o aluno chega ao sexto ano e tem uma mudança
brusca no contexto da sala de aula e do processo de ensino aprendizagem. Nos anos iniciais ele tem um professor pedagogo,
um professor de educação física, um professor de Inglês e um professor de artes. Ao chegar ao sexto ano ele tem oito
professores de áreas diferentes: Ciências, Matemática, Inglês, Português, Educação Física, Artes, Geografia, História. Cada
disciplina com suas peculiaridades e objetivos a serem alcançados. Esse período de transição ocorre geralmente de maneira
conturbada, pois o aluno vê-se em uma nova realidade e nem sempre consegue organizar-se de maneira satisfatória para o
aprendizado neste novo modelo. Villas Boas (2014, p. 28) faz a seguinte consideração a respeito deste período de transição:
“Nesta época o aluno que até então estava acostumado com um só professor, muitas vezes acaba se desorganizando e tendo
maiores dificuldades de adaptação”. A autora afirma ainda que é preciso valorizar a autonomia do educando, mas “Autonomia
vigiada, porque para que a criança aprenda é necessário um distanciamento seguro para que ela se sinta a vontade para arriscar
e, ao mesmo tempo segura, pois tem alguém por perto a incentivando a seguir em frente” (VILLAS BOAS, 2014, p. 60).
O trabalho aqui proposto possibilita identificar características subjetivas, como, motivação para adquirir novos
conhecimentos, comportamento em sala de aula frente às diversas propostas pedagógicas, capacidade de interação com os
demais, solidariedade, liderança frente às situações apresentadas no cotidiano escolar, capacidade de resolução de problemas
diversos, cuidado com o ambiente escolar, contexto em que vive o aluno, valores que traz consigo. De posse dessas
informações é possível elaborar aulas mais significativas para o educando, bem como prepará-los para as etapas seguintes de
sua vida escolar. Em relação à motivação Villas Boas (2014) afirma que :
“Para se aprender é necessário que se tenha uma vontade ou uma motivação. Ninguém se movimenta se não houver um
interesse maior por traz de seus atos. Nesse sentido, o estudo da motivação é necessário à medida que faz parte do processo de
aprendizagem e assim podemos, por vez, entender, ou procurar entender melhor de que forma os estudantes se motivam e
quais estratégias os professores podem utilizar para ajudar na motivação para aprender dos alunos” (VILLAS BOAS, 2014,
p. 40).
Este projeto torna-se essencial para conhecer este sujeito em construção, o que é importante para ele, os espaços que
frequenta e seus significados, como estabelece suas relações cotidianas, e buscar uma prática pedagógica significativa. Assim
utilizado, o projetofunciona como uma ferramenta fundamental para se pensar em respostas concretas às seguintes questões:
”Quem eu sou? onde estou? e qual o meu papel?”. Perguntas que ao mesmo tempo parecem simples, mas são providas de uma
complexidade extrema. Esta forma de interação leva às colocações de Moran et. al. (2009) “Educar é colaborar para que
professores e alunos, nas escolas e organizações, transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É
ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional, do seu projeto de vida, no
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais,
sociais e profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos”.
Objetivos
Objetivo Geral: Compreender como se dá a passagemdo 5º ano dos Anos Iniciais para o 6º ano dos Anos Finais do Ensino
Fundamental no que se refere à motivação para aprendizagem e organização da vida escolar
Objetivos Específicos:
- Permitir ao docente identificar a realidade do aluno (habilidades e competências), da turma (rendimento,
aspectosmotivacionais, trabalho em equipe).
- Identificar o aluno de forma individual (habilidades cognitivas – resolução de problemas, capacidade de observação e
interpretação da realidade, criatividade, personalidade, motivação para o aprendizado).
- Reconhecer as competências conceituais (conhecimento prévio), procedimentais (execução de tarefas) e atitudinais (interesses
e motivações para alcançar objetivos).
- Perceber dificuldades (cognitivas, sociais e emocionais) do aluno e da turma.
- Identificar os fatores que interferem no processo de aprendizagem dos alunos.
- Orientar o aluno na organização de sua vida escolar.
Metas
Melhorar o rendimento da turma e de cada aluno através do apoio e orientação do professor.
Impactos
Alcançadas as metas o impacto positivo deste projeto amplia-se para toda a vida escolar do aluno, bem como contribui para o
bom andamento das relações estabelecidas na escola, uma vez que espera-se que cada um torne-se ciente da importância do
diálogo para a resolução de problemas cotidianos, diminuindo a violência (verbal ou física) tão comum no espaço escolar, bem
como torne-se autônomo no seu desenvolvimento enquanto estudante, buscando sempre cumprir seu papel de cidadão.
Metodologia
O projeto Caminhando Junto tem como metodologia o diálogo e feedback para o alcance das metas aqui apresentadas.
Pretende-se identificar fatores que influenciam as atitudes e comportamentos dos alunos, bem como, suas motivações. Para
cada encontro será traçado um caminho inicial que se desdobrará a partir das colocações e necessidades dos alunos.A planilha
em anexo (anexo 1), descrita por Barra et. al 2006 no livro: A avaliação em ciências naturais no ensino fundamental,pode ser
utilizada como exemplo de registro de observações relacionadas a atitudes e comportamento dos alunos. Para cada encontro o
resultado será registrado na planilha em anexo (anexo 2), onde será identificada a raiz do problema encontrado, estabelecido
uma metodologia para superá-lo e um prazo para o alcance desta superação. Pretende-se trabalhar da seguinte maneira:
- Revisão do conteúdo base trazido pelo aluno. Organização do caderno e material escolar, entrega das atividades em dia.
- Análises das habilidades (interpretação de texto, escrever, contextualizar, dialogar, resolver problemas).
- Atividades lúdicas e/ou criativas diversas: O professor propõe atividades pedagógicas que permitam conhecer o aluno de
forma subjetiva (sociabilidade, agressividade, respeito, comprometimento com o grupo, solidariedade, desperdício de material,
empatia, liderança, entre outras).
- Análise do contexto familiar (como é composta a família, o grau de instrução dos pais e/ou responsáveis, com qual pessoa da
família se identifica e porque, o que faz nas horas vagas, quais são os amigos na comunidade, o que costumam fazer juntos, na
sua casa existe um espaço adequado para os estudos, se alguém em casa ajuda/orienta nos deveres ou trabalhos escolares, qual
o espaço preferido em sua casa e porque, quais os livros que leu no último ano e qual deles recomendaria e porque, quais são os
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
seus talentos e de seus familiares, o que costuma fazer nas férias escolares, quais são seus pontos fortes e pontos a melhorar
enquanto aluno).
Os encontros ocorrerão durante todo o ano letivo durante as aulas excedentes da professora proponente deste projeto, assim o
diálogo ocorrerá de forma constante o que contribui para o acolhimento do aluno nesta nova fase de sua vida escolar.
BIBLIOGRAFIA
BARRA, VILMA. MARCASSA, SILVA. RICARDO VIEIRA. A avaliação em ciências naturais no ensino fundamental.
Curitiba : Ed. UFPR, 2006.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 3ª ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 1998. 288p.
Disponível em:
http://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/cultura_da_paz/docs/Dellors_alli_Relatorio_Unesco_Educacao_tesouro_descobri
r_2008.pdf. Acesso em: out. 2016.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar.11ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MORAN, José Manoel; MASETTO, Marcos Tarciscio; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação
pedagógica. 16ª ed. Campinas: Papirus, 2009
SANTOS, CARLOS ROBERTO OLIVEIRA DE ALMEIDA. Avaliação da aprendizagem: projeto conceitual de
ferramenta computacional.Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2003.
Villas Bôas, Márcia Martins. A relação afetiva entre professores e alunos na transição dos anos iniciais para os anos
finais do ensino fundamental. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / Faculdade
de Educação / Programa de Pós Graduação em Educação, Porto Alegre, 2014. 87 fls.
UNSWORTH , Len. Teaching multiliteraciesacross the curriculum: Changing contexts of text and image in classroom
practice. Berkshire, Inglaterra, GB: Open University Press, 2001.
PROJETO: REFORÇO DE LÍNGUA INGLESA – Professora Renate Pereira de Oliveira
Justificativa
A rede municipal de Florianópolis conta com ensino de língua estrangeira desde o 1º ano do ensino fundamental.
Apesar de isto ser um avanço, muitas vezes em sala de aula o professor de língua estrangeira, principalmente o de língua
inglesa se depara com desafios que dificultam o trabalho em aula. Alunos que frequentaram escolas onde a língua estrangeira
era espanhol, ou que estudaram em escolas que não ofereciam nenhuma língua estrangeira nos primeiros anos, chegam em um
ambiente onde a maioria já tem uma boa noção da língua. Isto causa dois problemas em sala: Primeiro, os alunos novos
sentem-se constrangidos por não estarem no mesmo nível de aprendizagem, e os alunos que já estavam na escola sentem-se
desmotivados, pois precisam rever todo o assunto que já dominam.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Objetivos
Apesar de as aulas vagas não serem ociosas, já que é neste momento que eu conseguiria buscar e ligar um projetor,
buscar e conectar um som, ou buscar e ligar todos os chromebooks para uma atividade com a próxima turma sem precisar fazer
isso no momento da aula, perdendo assim minutos preciosos de aprendizado, como solicitado pela PMF usarei este momento
para a realização de um momento de reforço de língua inglesa. Especificamentepara alunos de 5º e 6º anos que nunca tiveram a
oportunidade de estudar a língua inglesa anteriormente e dividem a sala com alunos que já estudam a língua desde o 1º ano.
Revisando os conteúdos de anos anteriores, para que estes alunos sintam-se mais confiantes e tenham um melhor desempenho
nas aulas regulares.
Metas
Ao final do ano de 2018, espera-se que os alunos participantes do projeto tenham aprendido os assuntos básicos de
língua inglesa dos anos iniciais para seguirem mais autoconfiantes no decorrer dos anos finais.
Impactos
Espera-se que essa autoconfiança adquirida na aulas extracurriculares, seja levada às aulas curriculares semanais, e
transmitida aos demais alunos que ainda não tem a dimensão da importância da língua estrangeira, e que motive os alunos que
apresentam dificuldade, mostrando que é possível que alunos de escola pública tenham capacidade de desenvolver uma língua
estrangeira, não só de forma escrita e compreensão textual, mas abrangendo a oralidade e a compreensão auditiva.
Metodologia
No curso extracurricular aqui sugerido serão realizadas atividades em xerox (por não haver livro a ser seguido) e
atividades online com o uso dos Chromebooks e/ou sala informatizada, adaptando os conteúdos de 1º, 2,º, 3º e 4º anos para
alunos com idade de 11 a 12 anos estudante dos 5º e 6º anos. "Os erros iniciais devem ser tolerados pois estes demonstram
certo estágio do aprendizado do aluno, e isso significa que está ocorrendo a comunicação. Esta só será possível quando o
aluno for o sujeito ativo, que interage e expressa ideias; assim ele estará adquirindo uma nova língua." (LIMA; FILHO, 2013)
Durante as aulas, o input (insumo, tempo de exposição à língua alvo), deve ser compreensível, de acordo com o
interesse e a realidade do estudantes, em ambiente que favoreça a interação entre os alunos, como também o bem estar deles.
Este insumo fornecido precisa ser compreensível sendo apresentado através da situação contextualizada, podendo vir
diretamente do professor, dos materiais didáticos e/ou autênticos e do próprio conhecimento dos alunos.
BIBLIOGRAFIA
BRITISH COUNCIL: Demandas de Aprendizagem de inglês no Brasil. Disponível em
<https://www.britishcouncil.org.br/sites/default/files/demandas_de_aprendizagempesquisacompleta.pdf> Acesso em 14 mar.
2018.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>Acesso em: 14 mar. 2018.
LIMA, N.S.; FILHO M.N.R.S. A ABORDAGEM COMUNICATIVA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE LINGUA
INGLESA. Web-Revista SOCIODIALETO. Volume 3, Número 9, 2013. Disponível em <
http://www.sociodialeto.com.br/edicoes/14/01042013010917.pdf> Acesso em 14 mar. 2018.
SANTOS, L.I.S. Língua inglesa em anos iniciais da educação básica pública: (re) pensar o planejamento para alcançar
objetivos de aprendizagem significativa. Disponível em <https://alab.org.br/wp-content/uploads/2012/04/12_09.pdf> Acesso
em 14 mar. 2018.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
PROJETO:A HORTA ORGÂNICA COMO UM LUGAR DO APRENDER GEOGRÁFICO – Professor
WladsonDalfovo
Justificativa
Atualmente temos uma discussão consolidada acerca do projeto da Horta Escolar no Brasil, esferas públicas locais,
estaduais e federais já trabalham com as hortas de forma presente em hortas comunitárias e nas escolas como um espaço
pedagógico.
Estes espaços na escola vêm sendo utilizado principalmente para a educação ambiental; a Escola João Gonçalves
Pinheiro já realizava esse projeto com a ajuda do professor Dauto dos Reis Pires, pedagogo da escola, através do Oficina da
Palavra1 e há muito tempo os professores da escola se fazem presente neste projeto quando o assunto é alimentação saudável e
o cultivo de plantas, hortaliças num sistema agroflorestal, utilizando árvores de médio e grande porte para a plantação orgânica,
o reaproveitamento do lixo orgânico proveniente da cozinha e o processo da horta orgânica como uma ferramenta educativa.
No nosso caso, o desafio é a relação com a disciplina de geografia com ações mais efetivas e primordialmente
relacionar o uso da horta com essa disciplina, pois pretendemos partir da geografia escolar, através da construção, manutenção
e manuseio da horta e seu sistema de trabalho, como minhocário (compostagem), irrigação, cisterna, estufa e outros elementos
trabalhando então, questões relacionadas a geografia ampliando para a educação ambiental, utilizando a horta orgânica para o
cultivo de alimentos e ervas aromáticas e medicinais, mas também um lugar para conhecer nosso espaço geográfico, aprender a
cuidá-lo no trabalho prático da utilização da horta orgânica.
Desta maneira, vamos tentar trabalhar com questões da geografia escolar como um todo através, por exemplo, das
transformações que o ser humano realiza no espaço geográfico, trabalhando então com a horta questões específicas que podem
gerar este tema central da geografia e na educação ambiental.
A transformação das paisagens e sua relação com questões específicas poderão ser temas geradores quando
trabalharmos, por exemplo, a questão ambiental e suas variáveis, entrando então questões relacionadas ao clima local, o solo,
assim como questões sociais, econômicas, de sustentabilidade local e da ecologia, e conceitos mais específicos como a
permacultura.
O presente projeto se justifica primeiramente pela natureza do ensino-aprendizado requerer atualmente novas formas
de abordagem junto a crianças e jovens, sendo mais atrativo construindo o conhecimento geográfico não somente na sala de
aula, mas junto da própria realidade que nos cerca, seja na horta escolar, no bairro, como na cidade onde vivemos.
Sendo assim, juntando as várias interfaces que existem atualmente hoje na escola, seja em termos tecnológicos, como
o ambiente virtual, assim como as novas formas de se ensinar, um projeto de pesquisa e ação, se insere como mais uma
ferramenta que tem o intuito de formar cidadãos mais conscientes e que aprendam a pesquisar e agir, já que estes são os
princípios do conhecimento.
Outra questão está no sentido da interdisciplinaridade, já que a horta será aberta para todas as disciplinas que desejam
utilizá-la de forma pedagógica, demandando destas disciplinas conhecimentos para respondermos as perguntas-problemas que
eventualmente vão surgindo exigindo um conhecimento mais aberto e geral, além das fragmentadas “gavetas” das disciplinas
da escola.
E por fim, por pensarmos o conhecimento geográfico como fundamental para a construção de cidadãos críticos e um
ser humano integral, conhecedor da sociedade como um todo, em seus problemas sociais, políticos e ambientais.
Objetivos
O objetivo principal deste projeto é envolver a comunidade escolar em um trabalho coletivo cuidando do espaço em que
vivemos, conscientizando o aluno da importância em conhecer o espaço geográfico, assim como na preservação da natureza e
1 Projeto do Professor Dauto do Apoio Pedagógico, do ano de 2016 e que utilizava a horta como tema gerador nas suas aulas.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
dos recursos que ela nos oferece, com base no ensino da geografia e a horta orgânica nessa ação pedagógica.
Metas
Aprender a cultivar alimentos, ervas aromáticas e medicinais;
Aprender a construir um minhocário e a utilização do húmus, como fertilizante.
Valorizar a cultura popular através do cultivo de ervas medicinais usadas no cotidiano das famílias;
Promover descobertas e aprendizados especificamente na disciplina de geografia;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
Trabalhar conceitos relacionados a ecologia humana, utilizando, por exemplo a compostagem como um passo inicial.
Trabalhar a interdisciplinaridade.
Impactos
Transformar quase 70% o lixo orgânico produzido na cozinha em húmus para fertilizante, não permitindo que o lixo
orgânico vá para os lixões, contribuindo para uma significativa economia nos custos municipais para a coleta de lixo.
O aprendizado no cultivo de alimentos e ervas aos alunos, contribuindo para a economia doméstica e na saúde, com
alimentos mais saudáveis.
Metodologia
A metodologia está baseada em aulas expositivas acerca de temas da geografia. A partir de textos específicos, aulas
expositivas com a ajuda de slides, vídeos ou filmes, vamos construir uma relação com objetos que se enquadram dentro da
geografia e da educação com base nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da Rede Municipal de Florianópolis
2015, na página 25, que define como princípio educativo o desenvolvimento sustentável e a Proposta Curricular da Rede
Municipal de Florianópolis de 2016, a partir do Componente Curricular de Geografia, que tem como um dos princípios a
sustentabilidade, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola, onde seu lema é “Construindo Atitudes
Sustentáveis”.
Colocaremos na prática como o cultivo de alimentos, o trato com as plantas e os conhecimentos acerca delas como
nosso tema gerador e de educação ambiental nas relações ecológicas com a horta orgânica são fundamentais nas atitudes
sustentáveis.
Também poderá ser elaborado e construído um filme-registro de todo o projeto, a partir dos próprios alunos, onde
estes farão entrevistas, registros fotográficos, produção de textos.
Toda a metodologia está baseada em saídas para a horta no cotidiano da escola no contra turno dos estudantes, em 4
horas aulas vagas durante a semana, alternando uma semana pela manhã e outra semana pela tarde, contemplando todos os
estudantes que queiram participar do projeto quinzenalmente, no limite de 10 estudantes por turno nas oficinas e no trato da
horta, em função de somente um profissional fazer parte do projeto, no caso o professor de geografia WladsonDalfovo.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Ações e práticas específicas .
Consciência ambiental e espacial e a construção de minhocários. (1º trimestre)
Desenvolvimento: Primeira ação no sentido da construção deste projeto se baseia em dois momentos.
1º momento: Consciência ambiental – Sensibilização de toda escola a partir de uma pedagogia ambiental, onde
professores e alunos integrados neste projeto planejarão ações que esclareça a escola como um todo, da importância em cuidar
nosso ambiente e de ter uma horta escolar.
Neste sentido, faremos uma sensibilização a partir de cartazes na escola com informações sobre a prática no cuidado
do lixo na separação e local apropriado, assim como informações de alimentos mais saudáveis e na reciclagem e compostagem,
como também da questão ambiental. Poderá ser utilizado outros meio de comunicação como a criação de um jornal, assim
como a criação de um blog específico para tal ação, onde toda a escola poderá acessar.
Neste momento, faremos uma pausa específica para trabalhar com os minhocários, criando a prática nos estudantes
que irão participar do projeto, os quais serão arregimentados para a coleta, seleção e beneficiamento do lixo orgânico e para a
limpeza da horta, preparando-a para o plantio. Também no replantio poderemos fazer ações educativas que se relacionem ao
conteúdo de geografia e outras disciplinas, como o clima local, as plantas corretas para o plantio da época, o solo e etc.
Neste momento, também poderemos agendar uma visita no Parque do Córrego Grande com a ajuda dos profissionais
da FLORAM que ali estão para a Educação Ambiental.
(2º trimestre)
2º momento: o conhecimento espacial da escola - utilizando ferramentas geográficas e tecnológicas, no sentido de
reconhecer o espaço que vivemos, apreciando a observação e a descrição, vamos construir um mapa do nosso espaço. Neste
mapa poderemos colocar desde as edificações, até mesmo a vegetação, lugares de encontro, lugares de lazer, enfim, uma mapa
completo do nosso espaço, tendo como pano de fundo a horta escolar, como espaço de socialização, aprendizado e na
construção de uma consciência ambiental.
Aqui, poderemos agendar uma saída no entorno da escola, reconhecendo também suas adjacências que fazem parte
do nosso espaço, descrevendo paisagens, entrevistando vizinhos para colher opiniões sobre o espaço da escola e outras
atividades.
(3º trimestre)
3º momento: A partir da continuação do plantio e cuidado da horta, também nesta etapa construiremos uma estação
meteorológica, com o objetivo de relacionar conceitos do clima com a prática da geografia em sala de aula e na horta.
BIBLIOGRAFIA
BERTOLO, Juliana Cristina. Horta Escolar como Projeto Pedagógico na Educação Geográfica. Dissertação (mestrado),
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciência Humanas, Programa de pós-graduação em Geografia,
Florianópolis, SC, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. 165p.
____. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da Rede Municipal de Florianópolis.
Florianópolis. Florianópolis, PMF/SME, 2015.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
____. PROPOSTA CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANÓPOLIS-2016 Organizado por
Cláudia Zanela e Ana Regina Barcelos – Rio de Janeiro: MC&G Editorial, 2016.
_____. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL JOÃO GONÇALVES PINHEIRO –
Construindo Atitudes Sustentáveis, Florianópolis, 2015.
PONTUSCHKA, NídiaNacib. Para ensinar e aprender Geografia. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2009.
PROJETO MONITORIA SOLIDÁRIA – Adriana do Carmo Breves Lima (Orientadora Educacional)
Justificativa
O âmbito escolar é cercado por desafios e demandas que exigem por parte da gestão planejamento e determinação.
Para além dos aspectos administrativos, as estratégias de organização devem ser capazes de envolver toda a comunidade
escolar. É notório que quando ocorre a participação coletiva, ou seja, os atores que compõe o cenário escolar, as atividades
fluem de maneira eficiente e significativa. A partir daí surgem as soluções e alternativas para situações cotidianas que por
vezes atravancam o trabalho pedagógico.
Entendemos que o protagonismo deve ser alicerce para a formação de um jovem autônomo, solidário e competente.
Em se tratando de nossa realidade, percebemos em nossos alunos o interesse de participação, cooperação e zelo pelas questões
escolares.
Com o objetivo de ampliar as alternativas de inserção dos estudantes nos espaços desta unidade escolar e ainda
desenvolver uma prática socioeducativa de caráter formativo, desenvolvemos esse projeto com intuito que os nossos estudantes
atuem em atividades de apoio nos ambientes educativos, tais como: biblioteca, sala informatizada, laboratório de Ciências e
ainda em atividades recreativas no horário de intervalo.
Objetivos
-Apoio na realização de atividades com alunos na sala informatizada;
- Apoio na realização de projetos na biblioteca;
- Apoio na realização de atividades com alunos no laboratório de Ciências;
Metas
- Proporcionar aos alunos a inserção e participação na organização escolar por meio da colaboração/monitoria;
-Que os alunos participantes possam identificar problemas nos espaços da escola e a partir disso, propor medidas para
minimiza-los;
Impactos
Oferecer alimentação (almoço e lanche) aos alunos participantes diariamente.
Metodologia
O projeto funcionará da seguinte forma: Serão 40 monitores – 20 no período matutino e 20 no período vespertino. Os
alunos serão distribuídos em grupos de quatro alunos por período, e cada grupo atuará uma vez na semana em determinado
ambiente escolar (biblioteca, sala informatizada, laboratório de Ciências e intervalo). Ou seja, haverá um grupo para cada dia
da semana, de 2ª a 6ª feira atuando em algum dos espaços citados acima.
Esses alunos estarão atuando no contra turno, com o tempo máximo de monitoria de três horas semanais. A escola
deverá oferecer almoço e lanche durante esse período.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EBM JOÃO GONÇALVES PINHEIRO
2018
Após a formação dos grupos, os professores, responsáveis pelos ambientes em que os monitores atuarão, realizarão reuniões
mensais com a organizadora do projeto e os alunos para planejamento, orientações das atividades a serem desenvolvidas e
avaliação.
Para ser um monitor é necessário que o aluno esteja matriculado nas turmas de 7º, 8º e 9º anos, tenha autorizações
dos pais/responsáveis, tenha disponibilidade de horários, iniciativa, responsabilidade, dinamismo, assiduidade e pontualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FEVORINI, Fabiana. Por que ser monitor? Disponível em:
http://educacao.estadao.com.br/blogs/colegio-equipe/por-que-ser-monitor/ Acesso em: 13 de março de 2018.
WRONKA, Fátima; RADAELLI, Mara. Projeto Aluno Monitor. Disponível em:
https://www.fnde.gov.br/.../Projeto%20Aluno%20Monitor-%20CAPACITAÇÃO.doc Acesso em: 13 de março de 2018.