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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017 EMEB “CECÍLIA MEIRELES1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017 EMEB “CECÍLIA MEIRELES” Jogo de Bola A bela bola rola: a bela bola do Raul. Bola amarela, a da Arabela. A do Raul, azul. Rola a amarela e pula a azul. A bola é mole, é mole e rola. A bola é bela, é bela e pula. É bela, rola e pula, é mole, amarela, azul. A de Raul é de Arabela, e a de Arabela é de Raul. Cecília Meireles

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

1

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO 2017

EMEB

“CECÍLIA MEIRELES”

Jogo de Bola

A bela bola rola:

a bela bola do Raul.

Bola amarela,

a da Arabela.

A do Raul,

azul.

Rola a amarela

e pula a azul.

A bola é mole,

é mole e rola.

A bola é bela,

é bela e pula.

É bela, rola e pula,

é mole, amarela, azul.

A de Raul é de Arabela,

e a de Arabela é de Raul.

Cecília Meireles

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

2

Índice

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .................................................................................................. 04

1. Identificação dos Funcionários................................................................................................................. 05

2. Organização das Modalidades.................................................................................................................. 07

3. Histórico da Unidade Escolar ................................................................................................................... 08

II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

1. Concepção Teórica da Rede de Ensino.................................................................................................... 09

2. Concepções de Educação ......................................................................................................................... 09

3. Conceitos que Estruturam o Nosso Trabalho ........................................................................................... 10

4. Pressupostos Básicos ................................................................................................................................. 11

5. Princípios do Trabalho da EMEB Cecília Meireles ..................................................................................... 11

III – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

1. Avaliação das Metas da Escola ................................................................................................................. 12

2. Avaliação Feita Pelas Famílias .................................................................................................................. 19

3. Avaliação Feita Pelas Crianças .................................................................................................................. 21

4. Avaliação do Projeto Coletivo “Brincadeiras no Quintal” ......................................................................... 23

IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Metas para 2017 ........................................................................................................................................ 25

2. Caracterização da Comunidade (Bairro) .................................................................................................... 28

3. Comunidade Escolar

2.1. Caracterização..................................................................................................................................... 30

2.2. Plano de Ação Comunidade Escolar – Projeto Coletivo: “Uma Escola Para Todos e Para Cada um”.. 32

4. Equipe Escolar ........................................................................................................................................... 33

4.1. Professoras

4.1.1. Caracterização ......................................................................................................................... 36

4.1.2. Jornada de Trabalho das Professoras ...................................................................................... 37

4.1.3. Plano de Formação para as Professoras ................................................................................. 38

4.2 . Auxiliares em Educação/Estagiárias de Pedagogia ........................................................................... 40

4.3. Funcionários ...................................................................................................................................... 40

4.3.1. Plano de Formação para Funcionários ................................................................................... 40

5. Órgãos Colegiados

5.1. Conselho de Escola ............................................................................................................................ 42

5.2. Associação de Pais e Mestres ............................................................................................................ 42

5.3. Plano de Ação do Conselho de Escola e da APM ................................................................................ 43

V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos .................................................................................................................................................. 44

Objetivos da Educação Básica ................................................................................................................... 44

Objetivos da Educação Infantil................................................................................................................... 44

2. Objetivos Gerais e Específicos ................................................................................................................... 45

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

3

2.1. Objetivos Gerais da EMEB Cecília Meireles ........................................................................................ 45

3. Práticas Pedagógicas da Educação Infantil ................................................................................................ 46

4. Documentação Pedagógica ....................................................................................................................... 46

4.1. Instrumentos Metodológicos do Professor ....................................................................................... 46

4.2. Etapas do Planejamento .................................................................................................................... 47

4.2.1. Modalidades Organizativas dos Conteúdos ............................................................................ 48

4.3. Processo de Avaliação das Aprendizagens das Crianças ................................................................... 48

5. Relação Entre a Equipe Escolar e as Famílias ........................................................................................... 50

6. Eixos do Trabalho na Educação Infantil .................................................................................................... 51

Brincadeira ............................................................................................................................................. 52

Interações ................................................................................................................................................ 55

7. Áreas de Conhecimento

Corpo e Movimento ...................................................................................................................................56

Língua Portuguesa ....................................................................................................................................58

Matemática.................................................................................................................................................65

Ciências e Educação Ambiental .................................................................................................................69

Artes Visuais ........................................................................................................................................... 72

Música ..................................................................................................................................................... 77

8. Rotina: Organização dos Espaços e Tempos ............................................................................................ 80

8.1. Adaptação: Momento Especial da Rotina Escolar ............................................................................ 80

8.1.1. Os Primeiros Dias .................................................................................................................... 82

8.2. Momentos da Rotina ......................................................................................................................... 83

8.3. Atividades Especiais ........................................................................................................................... 86

8.4. Projetos que já Fazem Parte da Rotina

Murais ............................................................................................................................................... 87

Ler: Muito Prazer! ............................................................................................................................ 88

9. Plano de Acompanhamento Pedagógico ................................................................................................. 89

10. Ações Suplementares

10.1. Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.) ........................................................................... 90

10.2. Acompanhamento da Equipe de Orientação Técnica (EOT) .......................................................... 90

VI. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO ................................................................................................. 91

VII. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 92

VIII. ANEXOS

Anexo I – Contrato Didático ................................................................................................................. 93

Anexo II – Orientações Para Organização do Trabalho Pedagógico ..................................................... 93

Anexo III – Biografia da Patrona............................................................................................................ 95

Anexo IV – Descrição da Estrutura Física da Escola............................................................................... 96

Anexo V – Materiais Pedagógicos e Equipamentos .............................................................................. 97

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

4

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Escola Municipal de Educação Básica “Cecília Meireles”

Endereço: Rua Campinas nº 70 – Baeta Neves

São Bernardo do Campo – São Paulo

CEP: 09751 – 420

Telefone: 4122 4900 / 4330 2474 / 4330 1347

Telefone Público na Unidade Escolar: 4399 0593

e-mail: [email protected]

CIE 051135

Modalidade de Ensino Oferecida: Educação Infantil (Infantil III a Infantil V)

Horários de funcionamento das turmas: das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00

Vista Parcial da Entrada da Escola

Projeto Coletivo 2016: BRINCADEIRAS NO QUINTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

5

EQUIPE GESTORA

Diretora Escolar: Patrícia Cristina Frutuoso

Coordenadora Pedagógica: Gisleine Cristina Felix Rodrigues Sant’ana

RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO E ORIENTAÇÃO TÉCNICA

(Macrorregião 5)

Orientadora Pedagógica: Marcia Scarlato

Psicóloga: Ivone Antonio Corradi

Fonoaudióloga: Adriana Cleto Antonialli

Fisioterapeuta: Emila Stender de Oliveira

Assistente Social:

PROFESSORA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (A.E.E.)

Silvéria Rosa Rodrigues Madeira

ATENDIMENTO DA SECRETARIA

Oficial de Escola: Roseli Nascimento

Horário de atendimento às famílias e ao público em geral: das 7h00 às 18h00

1. Identificação dos Funcionários

Nome Matrícula Cargo/

Função

Horário de

Trabalho

Período de

Férias

Patrícia Cristina Frutuoso 20.230-6 Diretora 2ª feira: 7h00 às 12h00 e

14h00 às 18h00

3ª feira: 7h00 às 12h00,

16h00 às 18h00 e 18h40 às

21h40

4ª feira: 8h00 às 12h00 e

13h30 às 17h00

5ª feira: 7h00 às 12h00 e

13h30 às 17h00

6ª feira: 7h00 às 12h00

Janeiro de

2017

Gisleine Cristina Felix Rodrigues

Sant’Ana

35.083-0 Coordenadora

Pedagógica

2ª feira: 7h30 às 12h00 e

13h00 às 17h00

3ª feira: 13h00 às 18h00 e

18h40 às 21h40

4ªfeira: 7h30 às 13h30

5ª feira: 7h30 às 12h00 e

13h00 às 17h30

6ª feira: 7h30 às 12h00 e

13h00 às 17h00

Janeiro de

2017

Roseli Nascimento 26.444-5 Oficial de

Escola

8h00 às 17h00

Almoço: 12h00 às 13h00

De

02/01/17 a

16/01/17

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

6

Ana Maria da Silva 19.256-3 Auxiliar de

Limpeza

7h00 às 16h00

ou 9h00 às 18h00

Almoço: 13h30 às 14h30

De

18/01/16 a

06/02/16

Aparecida Conceição Sartori 61.073-7 Auxiliar de

Limpeza

7h00 às 16h00

ou 9h00 às 18h00

Almoço: 12h30 às 13h30

De

04/01/16 a

23/01/16

Mauro Alves Moreira 19.458-1 Auxiliar de

Limpeza

7h00 às 16h00

ou 9h00 às 18h00

Almoço: 12h30 às 13h30

De

06/02/17 a

25/02/17

Waldete Pires de Barros 62.011-2 Auxiliar de

Limpeza

7h00 às 16h00

ou 9h00 às 18h00

Almoço: 13h30 às 14h30

L.T.S.

Luana da Silva Martins 65.654-9 Frente de

Trabalho

7h00 às 12h00

Elane Moreira dos Santos Pereira ONVIDA Auxiliar de

Cozinha

7h00 às 16h48 26/12/17 a

25/01/18

Rosália da Silva CONVIDA Cozinheira 7h00 às 16h48 26/12/17 a

25/01/18

Alessandra da Rosa Alexandre Dias 28.713-0 Professora 13h00 às 18h00 Janeiro de

2017

Andréa Aparecida Tavares 41.898-5 Professora 13h00 às 18h00 Janeiro de

2017

Arlene Oliveira de Matos Nobre 41.675-5 Professora 13h00 às 18h00 Janeiro de

2017

Débora Mendes de Castro 36.451-0 Professora 13h00 às 18h00 Janeiro de

2017

Kelly Adriany Gomes dos Santos

Bocatto

40.880-1 Professora 7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Kelly Cristina Ribeiro 25.721-2 Professora 7h00 às 12h00 L.T.S.

Marcia Maria Daltoso Esteves 26.582-3 Professora 7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Marcia Monteiro Oliveira 13.423-2 Professora 7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Maria Isabel de Farias Leal 27.689-8 Professora 7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Marília Capistrano Cordeiro 43.044-6 Professora 13h00 às 18h00 Entrada em

09/03/17

Mônica de Martini Peres 40.986-5 Professora 7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Patrícia Furlaneti Vizoni 34.125-7 Professora 7h00 às 12h00 Março de

2017

Patrícia Furlaneti Vizoni 30.519-4 Professora 13h00 às 18h00 Março de

2017

Patrícia Viveiros de Matos 38.598-6 Professora Em L.T.S. até 08/06/17 --

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

7

Tania Regina Vieira

31.513-9 Professora 13h00 às 18h00 Janeiro de

2017

Vanessa Lino da Silva 19.322-6 Professora

Substituta

Volante

7h00 às 12h00 Janeiro de

2017

Danilo da Silva Magno 39.978-9 Auxiliar em

Educação

8h00 às 17h00

Almoço: 12h00 às 13h00

Janeiro de

2017

Fernanda Sousa Felix da Silva 79.016-5 Estagiária 12h00 às 18h00 --

Priscila Oliveira de Castro Castilho 78.920-5 Estagiária 12h00 às 18h00 --

2. Organização das modalidades

Período Agrupamento

Ano/Ciclo

Turma Professora Total alunos

por turma

Total alunos

por período

Manhã Infantil III A Mônica 19

Manhã Infantil III B Márcia Monteiro 16

Manhã Infantil IV A Vanessa 23 102

Manhã Infantil V A Maria Isabel 21

Manhã Infantil V B Márcia Maria 23

Tarde Infantil III C Débora 23

Tarde Infantil IV B Andréa 23

Tarde Infantil IV C Tania 24 117

Tarde Infantil V C Alessandra 23

Tarde Infantil V D Arlene 24

Dados de 31/3/2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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3. Histórico da unidade escolar

A história da escola Cecília Meireles começa em 1969. Naquele ano, a escola que havia no bairro já não comportava a

demanda existente, sendo necessária a construção de um novo prédio escolar na Vila Baeta Neves.

A escola foi inaugurada oficialmente em 09 de março de 1970, sendo denominada Parque Infantil Baeta Neves II.

Em 1972 a escola passou a chamar-se II Núcleo de Educação Infantil de Vila Baeta Neves e, devido ao grande número de

matrículas, formaram-se classes anexas ao E.E.P.G. Dr. Baeta Neves. Nessa época não só as crianças pequenas (na faixa

etária de 04 a 06 anos) frequentavam o Núcleo de Educação Infantil; crianças maiores, com até 11 anos de idade, cujas

mães trabalhavam fora de casa, também compunham a clientela escolar.

Em meados da década de 70 mudou-se a denominação das escolas, que passaram a chamar Escolas Municipais de

Educação Infantil (EMEI). Eram escolhidos nomes de expoentes brasileiros da literatura e da arte ou de personalidades do

bairro e da cidade para serem homenageados. Assim, no dia 18 de outubro de 1979, por meio do Decreto 6317, assinado

pelo prefeito Tito Costa, o N.E.I. de Vila Baeta Neves passa a denominar-se E.M.E.I. Cecília Meireles.

Com as mudanças propostas pela legislação nacional, em 11 de novembro de 1999 a escola recebe nova denominação,

passando a chamar-se Escola Municipal de Educação Básica Cecília Meireles, de acordo com decreto assinado pelo

prefeito Maurício Soares.

Por ser uma escola que está há quase 50 anos no bairro é comum recebermos ex-alunos que trazem seus filhos para

estudarem aqui, o que nos causa muita satisfação, pois demonstra a aprovação das famílias pelo trabalho realizado nesta

escola. Esse reconhecimento nos traz um grande desafio: garantir um atendimento de qualidade às crianças, investindo

na formação de toda a equipe por meio da reflexão sobre as práticas e as relações que se estabelecem neste espaço.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

1. Concepção Teórica da Rede de Ensino

De acordo com a Proposta Curricular da Rede de Ensino de São Bernardo do Campo, a concepção teórica de ensino e

aprendizagem que fundamenta o nosso trabalho é a sócio-interacionista, que “considera que os dois fatores, o biológico e

o social, não podem ser dissociados e influenciam-se mutuamente, existindo uma reciprocidade de influências entre o

indivíduo e o meio. Ela vê a aquisição de conhecimentos como um processo de construção lenta e gradual que se inicia

com o nascimento e continua por toda a vida.” (São Bernardo do Campo, 1992, p.27)

Para a elaboração da Proposta Curricular foram utilizadas como referenciais as teorias de Jean Piaget, Lev Semenovich

Vygotsky e Henry Wallon.

2. Concepções de Educação

Escola de Educação Infantil (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil)

Instituição que educa e cuida de crianças de 0 a 5 anos, cujo objetivo é garantir às crianças apropriação, renovação e

articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, saúde,

liberdade, confiança, respeito, dignidade, brincadeira, convivência e a interações com outras crianças.

E.M.E.B. Cecília Meireles

Espaço de vida, onde as crianças experimentam e vivem o mundo da imaginação e, brincando e criando, constroem suas

aprendizagens; espaço de interações, onde as crianças se comunicam por meio de diferentes linguagens, compartilhando

suas vivências com diversas pessoas; espaço de cuidados, onde todos os adultos são responsáveis por garantir o bem

estar das crianças, ensinando-as a cuidar de si e do outro; lugar de profissionais que, conscientes de sua responsabilidade

social, sabem que têm o futuro nas mãos e por isso se dedicam a fazer deste um lugar onde as crianças possam ser

felizes!

Criança (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil)

Sujeito histórico e de direitos que, nas relações, interações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade

pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, observa, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói

sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

Comunidade

Um conjunto de pessoas que partilha do mesmo interesse e tem objetivos comuns. A nossa comunidade é formada pela

equipe escolar, as crianças e suas famílias e o que nos une é o comprometimento com a educação e o bem-estar das

crianças.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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Papel educativo de cada funcionário da equipe escolar

A ação educativa nesta escola envolve toda a equipe escolar: diretora, coordenadora pedagógica, professoras, auxiliar em

educação, oficial de escola, auxiliares de limpeza, estagiárias e cozinheiras.

Este grupo manifesta comprometimento com o trabalho desempenhando suas funções com responsabilidade, cuidando

dos espaços, das atitudes, posturas e palavras, por acreditar que toda ação contribui para a formação da criança na escola

e isso inclui apresentar bons modelos. Considera a importância do compromisso com os objetivos da escola, ensinando

com respeito às individualidades e especificidades de cada grupo.

3. Conceitos Que Estruturam o Nosso Trabalho:

1. Cultura da infância: formas que as crianças têm de compreender a realidade. É por meio da elaboração desta cultura

que as crianças ressignificam e reinventam o mundo adulto e não apenas o reproduzem. Por meio da interação com as

pessoas com as quais convivem, com a cultura local, com tudo que ela vê e experimenta, a criança produz cultura ao

mesmo tempo em que é produzida por ela.

2. Protagonismo Infantil: garantir protagonismo às crianças implica em acolher suas singularidades e sua forma de

significar o mundo; oferecer a elas posição central no planejamento: ouvindo-as, respondendo-lhes de determinada

maneira, criando espaços para a constituição de culturas infantis, oferecendo-lhe materiais, sugestões, apoio emocional,

promovendo condições para a ocorrência de valiosas interações e brincadeiras com as quais aprendam e se desenvolvam.

3. Atividade Significativa: situação em que a relação da criança com a proposta faz sentido e ela se constitui como sujeito

do processo de aprender. Requer atividade interna da criança, envolvendo cognição e vontade/emoção. É por meio deste

tipo de atividade que a criança aprende.

4. Ludicidade: é um princípio da atividade significativa; implica em uma experiência interna do sujeito, na qual ele se

coloca por inteiro, focando toda sua atenção, energia e prazer na ação que está desenvolvendo. Não necessariamente

lúdico é divertido; uma atividade é lúdica quando promove uma experiência de plenitude, uma entrega total, de corpo e

mente.

5. Mediação: as ações do professor para apoiar o acesso às experiências e ao conhecimento pelas crianças. Para que haja

mediação, é necessário que o professor tenha intencionalidade e disponibilidade para utilizar todas as estratégias e

ferramentas que possam tornar os conhecimentos acessíveis e auxiliar as crianças a aplicar o que aprenderam em

diferentes situações, fazer conexões entre os diversos conteúdos aprendidos, ampliando seu conhecimento. A mediação

deve ter como objetivo contribuir para o desenvolvimento da autonomia do educando diante do conhecimento.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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4. Pressupostos Básicos

Entre 2011 e 2012, as equipes de gestão das unidades escolares de educação infantil participaram de um processo

formativo cujo objetivo foi discutir a construção de uma escola da infância que promova uma educação desenvolvente.

Ao final deste processo, foram construídos os Pressupostos Básicos do Projeto Pedagógico de uma Instituição de

Educação Infantil Pública.

1. A educação infantil pública é um direito das crianças e das famílias e, portanto, devem ser assegurados o acesso e a

permanência a ela, tendo em consideração o respeito à diversidade.

2. As crianças são capazes de construir saberes e essa construção se faz em companhia – adulto-criança; criança-criança.

Cabe aos adultos responsáveis pelo cuidado e pela educação assegurar circunstâncias plurais para as experiências

infantis.

3. A educação infantil é um dos contextos de vida das crianças e, por conseguinte, deve estar articulado e interconectado

com os outros contextos de vida: família, comunidade.

4. Os profissionais da educação têm um compromisso constante com o seu processo de desenvolvimento, uma forma de

assegurar boa qualidade às práticas que realizam. Para tanto, é preciso considerar que a construção do conhecimento no

campo se faz na interlocução com seus pares.

5. Princípios do Trabalho da EMEB Cecília Meireles

1. Todas as ações devem ter como parâmetro os direitos das crianças; eles serão as referências para nossas decisões.

2. Toda a equipe escolar é responsável pelo cuidado e bem-estar das crianças na escola.

3. As famílias devem ser consideradas e inseridas no trabalho da escola, de forma que possamos estabelecer bons

vínculos com elas.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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III– ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

1. Avaliação das Metas da Escola

Estas metas foram definidas a partir do estudo dos Indicadores da Qualidade da Educação Infantil (IQEI), considerando a

avaliação realizada pela comunidade escolar (equipe escolar, famílias, crianças e equipes da APM e do Conselho de

Escola) no final de 2014 e a análise feita pela equipe escolar no início do ano de 2015. Ao final daquele ano, uma nova

avaliação foi realizada, indicando a propriedade de mantermos as metas, propondo a revisão de algumas ações; o que foi

feito no início de 2016.

Essas metas são:

1. Estabelecer uma relação de cooperação e troca com as famílias, visando garantir os direitos das crianças e

aprimorar o processo de cuidar e educar.

2. Qualificar as rotinas e as práticas adotadas na escola, procurando desenvolver e ampliar as diversas formas das

crianças conhecerem o mundo e se expressarem.

3. Qualificar as relações na escola, de forma que assumam um caráter formador.

4. Oferecer espaços, materiais e mobiliários que atendam às múltiplas necessidades das crianças.

As ações planejadas para que avançássemos em relação a estas metas foram avaliadas pela equipe escolar no final de

2016.

META 1: Estabelecer uma relação de cooperação e troca com as famílias, visando garantir os direitos das crianças e

aprimorar o processo de cuidar e educar.

Tínhamos objetivos específicos em relação a esta meta: aproximar as famílias do trabalho da escola, conhecer as

características da comunidade escolar e reduzir o número de faltas das crianças.

Entendemos que um aspecto importante na relação com as famílias é o compartilhamento de nosso trabalho, por meio

da apresentação do planejamento nas reuniões com as famílias, divulgação das atividades que estão sendo realizadas no

decorrer do ano, envolvimento das famílias em ações vinculadas aos projetos didáticos e apresentação dos relatórios de

aprendizagem das crianças. Avaliamos que as ações planejadas com este intuito contribuíram para o estreitamento desta

relação, cada uma delas com uma especificidade:

as reuniões trimestrais possibilitam conversas e trocas de ideias sobre educação e trabalho da escola, devendo ser

planejadas e organizadas com antecedência para facilitar a participação das famílias;

a exposição dos trabalhos feitos pelas crianças, no decorrer do ano, possibilita que as famílias acompanhem as

atividades que são proposta para promover o desenvolvimento e as aprendizagens das crianças; é importante que esses

saberes sejam sistematizados na elaboração dos relatórios semestrais;

o convite à participação em algumas atividades da escola favorece que que as famílias sintam-se como parte integrante

e importante de nosso trabalho, contribuindo com seus saberes e trocando informações;

a proposta de atividades de integração nos sábados letivos, vinculadas ao projeto coletivo e aos projetos didáticos das

turmas contribui para a construção de vínculos e a vivência de experiências significativas entre as pessoas.

Um indicador que utilizamos para avaliar o envolvimento das famílias em nosso trabalho é a frequência nas atividades

que planejamos com a finalidade de que venham à escola: reuniões com a professora e os eventos dos sábados letivos. A

média da frequência às reuniões com a professora foi inferior à do ano passado (68% em 2015), mas ainda contamos com

a presença de mais de metade das famílias nos encontros (62%), que acontecem durante a semana, em horário diurno, o

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

13

que pode dificultar a frequência das pessoas que trabalham. Quanto às atividades nos sábados letivos, tivemos um

aumento na frequência do primeiro semestre em relação ao ano passado (40% em 2015), mas ainda temos a ausência de

mais da metade das famílias no evento; já na atividade do segundo semestre, a frequência teve uma queda considerável

(tivemos 79% de frequência em 2015 e apenas 47% neste ano). Desta vez, as apresentações das crianças aconteceram no

mês de novembro, diferentemente do ano passado, quando foram realizadas em dezembro. Este pode ser um fator

determinante na queda da frequência; é importante que consultemos as famílias no início do próximo ano, antes de

definirmos o calendário anual.

Frequência das famílias nas atividades propostas - 2016

Atividade

Turma

Brincadeiras de

Quintal

Reuniões com a

profª. (média)

Apresentações de

Rodas Cantadas

Infantil III A 41% 62% 46%

Infantil III B 83% 56% 57%

Infantil IV A 26% 53% 29%

Infantil IV B 26% 66% 29%

Infantil IV C 46% 63% 52%

Infantil IV D 63% 63% 50%

Infantil V A 52% 63% 62%

Infantil V B 41% 72% 62%

Infantil V C 35% 59% 46%

Infantil V D 50% 65% 33%

Média escola 46% 62% 47%

Um dado que tem nos preocupado nestes últimos anos é o número elevado de faltas das crianças. Em 2013, nos

comprometemos a acompanhar essas faltas e atuar junto às famílias, procurando conhecer os motivos das faltas e

conscientizar os responsáveis sobre a importância da frequência das crianças, ações que mantivemos nos anos seguintes.

Observamos que, desde 2013, este ano foi o que houve menos turmas com percentual de faltas acima de 25%, de acordo

com os registros organizados nos quadros abaixo:

Porcentagem de faltas das crianças, por mês e por turma em 2013

Mês

Turma

Fev Março Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Total

INF. II A 17,2 13,0 13,3 21,3 24,0 56,9 32,4 31,5 28,3 26,8 46,7 28,3

INF. III A 12,3 19,0 22,7 26,3 25,7 55,4 22,1 17,8 19,8 17,8 39,1 25,3

INF. III B 16,7 9,8 28,7 27,0 35,1 55,6 26,7 29,0 32,2 27,0 54,5 31,1

INF. IV A 27,1 24,0 28,1 25,5 37,6 54,0 23,5 26,2 26,0 35,3 51,6 32,6

INF. IV B 16,5 19,1 22,6 25,7 28,3 50,4 30,4 17,5 27,5 27,1 41,8 27,9

INF. IV C 8,3 9,1 11,9 25,9 22,9 47,9 15,8 19,8 14,4 21,1 59,1 23,3

INF. V A 20,0 21,8 23,6 24,1 31,5 54,3 50,0 25,2 14,7 25,3 52,9 31,2

INF. V B 33,9 16,2 15,6 16,6 19,7 60,4 18,9 19,7 18,3 29,0 46,2 26,8

INF. V C 12,3 14,7 15,9 22,1 18,2 50,9 20,8 11,8 13,4 16,3 41,9 21,7

INTEGRAL 8,0 9,9 9,7 9,8 12,6 41,6 11,6 7,8 12,4 11,6 29,5 14,9

Média 17,3 15,7 19,2 22,4 25,6 52,7 25,2 20,6 20,7 23,7 46,3 26,3

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EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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Porcentagem de faltas das crianças, por mês e por turma – 2014

Mês

Turma

Fev Março Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Total

INF. III A 14,9 23,5 20,2 20,2 22,4 22,7 24,9 23,1 23,4 18,4 42,7 23,3

INF. III B 17,3 22,6 25,4 15,7 31,0 30,7 22,5 17,9 17,8 21,2 44,9 24,3

INF. III C 18,2 23,2 21,0 20,0 44,0 33,5 19,0 21,4 17,5 25,1 50,9 26,7

INF. III D 16,4 16,7 24,1 23,5 43,3 36,4 27,9 25,7 23,6 18,8 39,1 26,9

INF. IV A 19,1 22,0 19,0 25,5 33,1 36,6 23,2 12,3 09,2 09,3 39,1 22,6

INF. IV B 21,0 26,8 21,9 24,8 33,2 40,8 23,9 21,0 21,0 27,8 58,0 29,2

INF. IV C 18,4 20,0 21,6 19,5 40,0 35,6 24,7 21,5 26,8 22,2 51,2 27,4

INF. V A 17,6 25,1 18,8 21,5 27,6 39,9 27,1 17,6 26,7 26,1 45,8 26,7

INF. V B 21,9 29,8 21,2 25,0 30,7 37,5 29,8 24,6 34,6 27,8 50,7 30,3

INF. V C 12,4 11,9 14,5 11,4 39,8 29,2 24,0 13,1 10,8 12,5 41,9 20,1

Média 17,7 22,2 20,8 20,7 34,5 34,3 24,7 19,8 21,1 20,9 46,4 25,7

Porcentagem de faltas das crianças, por mês e por turma em 2015

Mês

Turma

Fev Março Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Total

INF. III A 9,8 7,6 18,8 22,0 22,9 37,4 13,2 12,4 15,3 13,9 49,2 20,2

INF. III B 23,5 12,2 25,8 25,0 28,6 26,0 19,3 22,7 13,7 13,5 55,2 24,1

INF. III C 8,5 8,8 20,4 25,5 26,0 27,6 22,0 19,0 17,6 21,3 53,1 22,7

INF. IV A 23,6 18,0 26,8 24,3 28,1 36,7 22,4 22,4 19,4 21,5 53,8 27,0

INF. IV B 21,5 20,0 25,6 25,9 38,0 45,0 22,8 23,2 23,4 31,1 62,3 30,8

INF. IV C 34,8 17,1 20,4 25,7 27,2 39,5 20,6 22,1 15,1 21,9 56,5 27,3

INF. IV D 25,2 20,1 21,0 23,9 26,0 34,0 27,8 31,9 28,3 30,7 64,1 30,3

INF. V A 43,5 19,9 33,6 30,0 39,8 46,6 28,4 24,9 19,4 32,1 58,9 34,2

INF. V B 18,5 17,7 28,5 33,0 29,5 42,8 30,1 23,8 22,7 29,0 62,7 30,7

INF. V C 20,0 20,5 17,6 17,0 17,7 20,7 12,7 12,4 10,7 16,5 39,8 18,7

Média 22,9 16,2 23,8 25,2 28,3 35,6 21,9 21,5 18,6 23,1 55,6 26,6

Porcentagem de faltas das crianças, por mês e por turma em 2016

Mês

Turma

Fev Março Abril Maio Junho Julho Ago Set Out Nov Dez Total

INF. III A 16,9 15,8 16,0 27,1 28,6 33,0 24,7 23,3 18,5 27,9 65,7 27,0

INF. III B 18,1 14,5 25,9 20,1 21,1 20,6 16,3 15,7 13,3 16,6 55,1 21,6

INF. IV A 24,2 10,6 8,6 4,8 23,0 31,8 25,1 29,1 25,5 30,6 64,7 25,3

INF. IV B 15,4 24,5 22,9 20,0 22,2 27,2 20,6 20,0 20,4 22,4 65,3 25,5

INF. IV C 16,8 15,8 15,7 12,3 13,4 31,3 16,1 19,1 23,0 24,4 58,1 22,4

INF. IV D 24,4 20,3 27,1 17,6 17,4 25,6 20,5 13,7 15,5 20,0 60,8 23,9

INF. V A 19,2 19,5 21,0 14,3 24,5 34,8 22,0 23,6 20,4 21,4 58,8 25,4

INF. V B 22,5 17,3 21,5 22,9 22,5 39,3 24,3 21,6 17,5 20,0 67,8 27,0

INF. V C 13,4 12,8 14,5 15,0 23,5 33,4 22,9 19,4 21,2 23,7 63,0 23,9

INF. V D 20,1 18,4 19,1 20,4 18,5 29,7 19,3 16,7 19,2 24,9 65,5 24,7

Média 19,1 16,9 19,2 17,4 21,5 30,7 21,2 20,2 19,4 23,2 62,5 24,7

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

15

Em todos os anos, observamos que nos meses de julho e dezembro o percentual de faltas mensais é muito alto. Em 2016,

essa situação se repete, excedendo 30% em julho e 60% em dezembro, em praticamente todas as turmas; entretanto,

observamos que nos outros meses a média mensal de faltas diminuiu, conforme se observa no quadro acima.

Quando consultadas sobre as faltas das crianças, as famílias apresentam como justificativas mais frequentes: problemas

de saúde, tanto das crianças quando de seus familiares; condições climáticas e viagens no período de férias dos

responsáveis, que não coincide com as férias escolares, nesta ordem.

Identificamos algumas situações que necessitam de uma intervenção diferenciada: crianças que apresentam muitas faltas

durante todo o ano e famílias que atrasam no horário da entrada. Nestes casos, precisamos atuar diretamente com as

famílias, procurando auxiliá-las nas dificuldades encontradas para trazer as crianças para escola ou chegar no horário.

Nem sempre nossas ações resultam na redução do problema.

Abordamos os prejuízos causados pelas faltas e atrasos em todas as reuniões com as famílias, sempre procurando

incentivar a frequência das crianças para garantir a participação em todas as experiências propostas e a continuidade do

trabalho planejado para o grupo. Em algumas situações, observamos a melhora da frequência e, neste ano, avaliamos

que esta foi uma ação significativa para a redução do número de faltas das crianças.

Para 2017, consideramos fundamental manter o acompanhamento do número de faltas das crianças, efetivando as ações

já planejadas e discutir formas de implicar as famílias na frequência das crianças que apresentam muitas faltas durante

todo o ano.

Por fim, entendendo que construir vínculos com as famílias é fundamental, principalmente para se estabelecer

compromissos em relação ao trabalho proposto, consideramos que a conversa inicial com as famílias, ainda no período de

adaptação, é importante tanto para auxiliar as crianças neste momento delicado, quanto para estreitar estes vínculos.

Entretanto, ponderamos que a conversa pode ser mais proveitosa se realizada alguns dias após o início das aulas, quando

a professora já conhece um pouquinho das crianças e as famílias já viveram algumas das situações possíveis de ocorrer

neste período: choro e/ou recusa da criança em vir pra escola, conflitos com coleguinhas, rejeição à alimentação

oferecida etc. Por considerarmos esta conversa muito importante, oferecemos a possibilidade de agendamento nos

horários de HTP ou HTPC das professoras, como alternativa para garantir essa aproximação com as famílias que não

conseguem comparecer nos dias em que há redução de horário das atividades com as crianças.

Este contato é importante – também – para que possamos ter mais informações sobre as crianças e sua família, seus

hábitos, preferências e necessidades e, desta forma, atendê-las melhor. Para isso, utilizamos uma ficha que orienta a

conversa com os responsáveis. Após as discussões sobre a relação entre equipe escolar e famílias, realizadas em 2016,

avaliamos que esta ficha deve ser revisada para o próximo ano.

Em nossa avaliação, esta é uma meta que deve ser mantida em 2017 com a intensificação de algumas ações, de forma a

garantir o melhor atendimento às crianças e suas famílias.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

16

META 2. Qualificar as rotinas e as práticas adotadas na escola, procurando desenvolver e ampliar as diversas formas

das crianças conhecerem o mundo e se expressarem.

No final de 2014, conforme indicado acima, fizemos uma discussão sobre as práticas adotadas nesta escola, a partir dos

IQEI, e avaliamos a necessidade de planejarmos mais propostas que contribuíssem para a ampliação das experiências das

crianças, favorecendo a vivência de diferentes desafios corporais; a expressão por meio das linguagens plástica, simbólica

e musical; o contato com a natureza e exploração de seus diversos elementos e ainda, o contato com diferentes

produções e manifestações culturais. Nos anos seguintes, nos propusemos a discutir formas de qualificar as experiências

das crianças na escola, por meio de reflexões coletivas realizadas nos momentos formativos.

No início de 2016, no período de planejamento (meses de fevereiro e março), retomamos as Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), nos propondo a discutir as práticas pedagógicas a partir dos eixos

norteadores: interações e brincadeiras. Na elaboração dos trabalhos didáticos, buscamos garantir a integração de

múltiplas experiências, também consideradas no documento citado (pp. 25-27). Nos momentos de HTPC e de HTP,

durante o primeiro semestre, discutimos concepções que deveriam ser consideradas na elaboração desse planejamento:

criança como ser de direitos, protagonismo infantil, cultura da infância, atividade significativa e ludicidade. Em seguida,

discutimos a avaliação das aprendizagens, propondo novos focos de observação sobre as ações das crianças e

introduzimos uma proposta de avaliação da ação pedagógica. Estas discussões trouxeram subsídios importantes para

ressignificarmos a elaboração do relatório semestral de avaliação.

Tínhamos nos proposto como desafio para este ano o aprofundamento de estudos para a sistematização de práticas

referentes à observação e exploração da natureza e conhecimento e apreciação da diversidade cultural. Para isto,

tivemos uma boa parceria com a equipe do Projeto Expresso Lazer, que contribuiu para nossas reflexões e planejamento

de ações dos projetos didáticos.

Ao avaliarmos as práticas desenvolvidas durante o ano, observamos que houve – sim! – um bom avanço em relação aos

objetivos que foram elencados nesta meta para a melhor qualificação do trabalho:

vivência de desafios corporais são propostos desafios corporais às crianças durante a rotina diária, inseridos nas

experiências com corpo, gestos e movimentos: circuito, dança, cirandas, recreação no parque, brincadeiras e jogos.

As estações de atividades não foram realizadas com frequência, mas muitos desafios foram vivenciados no projeto

Brincadeiras de Quintal (em parceria com o Expresso Lazer);

expressão das crianças em múltiplas linguagens as crianças tiveram oportunidades diárias para expressarem-se de

diferentes formas, nas diversas propostas organizadas em forma de sequências ou projetos didáticos (Brincadeiras,

Poemas para cantar, Poesias, Identidade, Contos, Diversidade, Cozinhando no Quintal, Brincando com argila, Grafite)

e também nas atividades permanentes da rotina: jogos e brincadeiras com o corpo, atividades diversificadas, rodas

de história e música;

atividades que possibilitem escolhas pelas crianças cada vez mais as crianças são convidadas a fazer escolhas

durante a elaboração da rotina. As professoras citaram atividades diversificadas, as brincadeiras, as rodas de história

e de música, o empréstimo de livros, o IES (integração entre salas);

contato com a natureza e exploração de seus elementos observa-se um contato espontâneo, movido pela

curiosidade das crianças, nos momentos de atividades externas. Além disso, foram realizados trabalho específicos

para esta finalidade: Horta, Animais e natureza, Cozinhando no quintal, Da semente à planta e também propostas de

artes visuais com estes elementos. Duas professoras disseram não ter proposto esta exploração às crianças;

contato com diferentes produções e manifestações culturais algumas sequências didáticas priorizaram a

ampliação do repertório cultural das crianças: Diversidade, Brincadeiras, Brinquedos e brincadeiras indígenas,

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EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

17

Manoel de Barros, Cozinhando no quintal, Grafite. Também foram realizadas visitas pedagógicas com este objetivo:

teatro, cinema, espetáculo cênico-musical, biblioteca. Ainda assim, é um trabalho que pode ser potencializado!

Mesmo avaliando que houve avanço importante no trabalho, entendemos que esta é uma meta que deve ser mantida no

ano de 2017. Após uma reflexão sobre os conteúdos estudados durante 2016, definiremos as práticas sobre as quais

focalizaremos nossas discussões e ações.

META 3: Qualificar as interações na escola, de forma que assumam um caráter formador.

Nesta meta propusemos ações considerando diferentes possibilidades de interlocução na escola: entre as crianças, entre

adultos e crianças e entre os adultos.

Um de nossos objetivos foi dar mais voz às crianças, inserindo-as no planejamento do trabalho. Para isso, nos

comprometemos a ouvi-las mais, questionando-as sobre suas expectativas e pedindo-lhes sugestões para o

planejamento. As professoras avaliaram que esta é uma ação possível e prazerosa e as crianças têm muito a contribuir:

puderam escolher histórias; propor brinquedos, brincadeiras e jogos; organizar ambientes e contribuir para a elaboração

de sequências e projetos didáticos.

Ao final ano, realizamos uma avaliação com elas, cuja síntese pode ser apreciada na página

Um de nossos objetivos era a implementação do Conselho Mirim, o que não aconteceu neste ano. Essa proposta será

apresentada novamente à equipe no início de 2017, para discussão e planejamento de ações sistemáticas para sua

efetivação.

Outro objetivo desta meta é oportunizar momentos que garantam a integração entre as diversas turmas. Há alguns anos

são propostas atividades que provocam a reorganização das crianças, formando novos grupos de trabalho. Em 2016

realizamos algumas atividades com frequência mensal: entradas ou saídas coletivas, jogo de papeis entre duas turmas e

atividades de integração entre salas (IES), como possibilidades de interlocução entre as crianças, bem como interação

com outras professoras. Introduzimos ainda, o sarau de poesias de Cecília Meireles no início do ano, a exibição de um

filme para as crianças no mês de outubro e, duas vezes, o dia do brinquedo. A equipe avaliou que estas atividades são

apreciadas pelas crianças e propiciam boas situações de interações, devendo ser mantidas no planejamento anual.

Entretanto, indicaram que as propostas em duplas de jogo de papeis e apresentação de filme para todas as crianças não

atenderam as objetivo proposto e devem ser repensadas. Sugerem, também, alterações em relação à frequência destas

atividades, que serão discutidas com toda a equipe no próximo ano e propõem ainda, que sejam consideradas outras

possibilidades de interação entre as crianças das diferentes turmas, no dia a dia, independentemente das ações

planejadas para toda a escola.

Considerando que a mediação dos adultos é muito importante para a apropriação de saberes e conhecimentos pelas

crianças, entendemos como fundamental e necessário o envolvimento de toda a equipe escolar nas ações pedagógicas.

Para discutirmos e qualificarmos essa mediação, elaboramos um plano de ação contemplando auxiliares de limpeza,

cozinheiras, auxiliar em educação e estagiárias de pedagogia cujo objetivo foi garantir melhor qualidade no atendimento

às crianças, por meio da participação de todos nas reuniões pedagógicas e também de conversas específicas sobre a

mediação junto às crianças. Convidamos um socorrista do SAMU e a psicóloga da EOT para contribuírem com nossas

reflexões, o que foi avaliado positivamente pela equipe. Entretanto, avaliamos que não ocorreram momentos de

conversas sistematizadas com toda esta equipe sobre as especificidades do atendimento às crianças, importantes de

serem realizadas no próximo ano, uma vez que um dos objetivos elencados para esta meta é sistematizarmos e

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EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

18

documentarmos orientações sobre procedimentos e atitudes comuns em relação às crianças, oferecendo subsídios para

que todas as pessoas que trabalham na escola exerçam seu papel educativo, tendo ações coerentes com a concepção e

os princípios que sustentam o nosso fazer. Portanto, esse plano de ação, após reformulado, terá continuidade no próximo

ano. Assim, avaliamos que é uma meta que deve ser mantida em 2017.

META 4: Oferecer espaços, materiais e mobiliários que atendam às múltiplas necessidades das crianças.

As ações planejadas nesta meta objetivavam manter um acervo de brinquedos e materiais diversificados e de boa

qualidade, reduzindo o número de descarte e organizando-os de forma acessível às crianças e professoras. Para a

aquisição de novos materiais, procuramos envolver todas as pessoas: crianças, que nos disseram sobre suas preferências;

professoras, que solicitaram os materiais adequando-os ao seu planejamento; professora de AEE, que indicou materiais

desafiadores para as crianças com necessidades educacionais especiais; equipes da APM e do Conselho de Escola,

convidadas a refletir conosco sobre a importância das crianças brincarem e terem oportunidades de se expressarem em

diferentes linguagens. Foram adquiridos materiais diversos para montagem de kits para brincadeiras de jogo de papeis;

triciclos para substituir as motocas, muito pequenas para grande parte das crianças; brinquedos e materiais diversos para

uso com crianças com NEE, juntamente com os colegas da sala; materiais diversos para atividades de artes visuais e

projetos de brincadeiras; novos livros para o acervo.

Infelizmente, observamos que o número de descarte de brinquedos e livros ainda foi muito grande. Foram planejadas

diversas ações de intervenção com as crianças, com o objetivo de minimizarmos esse problema. Nossa proposta foi

estabelecer um trabalho de conscientização das crianças e equipe escolar, com toda a equipe envolvida nas ações de

orientação às crianças e controle dos materiais danificados.

As professoras indicaram que algumas ações contribuem significativamente para a conservação dos brinquedos e outros

materiais: planejamento, com as crianças, das atividades que serão realizadas; implicação das crianças na organização dos

espaços e/ou materiais antes e depois da exploração; orientação e supervisão das crianças nestes momentos.

No entanto, avaliamos que ainda é uma questão que precisa de investimento. Será necessário retomarmos a discussão no

início do próximo ano.

Outro objetivo foi refletir sobre boas possibilidades de intervenções no espaço para torna-lo mais lúdico, alegre e seguro.

Avaliou-se que o projeto coletivo deste ano “Brincadeiras no Quintal” foi determinante para que ocorresse a exploração

de todos os espaços da escola, com novas formas de utilização, bem como intervenções planejadas, a fim de transformá-

los em cenários que possibilitaram mais criação, investigação, vivências coletivas e exploração de movimentos pelas

crianças.

Por outro lado, como já apontado na avaliação do ano anterior, esta escola apresenta diversos problemas relacionados ao

espaço físico. A falta de recursos e dificuldades estruturais tem comprometido seu uso com segurança pelas crianças. Já

foram elaboradas, com as equipes de APM e Conselho de Escola, diversas solicitações de serviços, junto à Secretaria de

Educação, para melhorias e adequações no prédio escolar, incluindo a reforma do piso externo e das grelhas de saída de

águas pluviais; substituição do piso do parque para material sintético ou ecológico; reforma de telhado e instalação de

cobertura para proteção contra a chuva, entre outras. Este grupo tem investido no envolvimento das famílias para

fortalecer sua atuação e viabilizar as mudanças. A equipe avalia que esta é uma meta que deve ser mantida em 2017,

envolvendo famílias e crianças nas discussões e encaminhamentos das dificuldades observadas.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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2. Avaliação Feita Pelas Famílias

Acreditamos que dar voz às famílias nos permite entender sua concepção sobre escola para, a partir daí, construirmos

diálogos que fortaleçam a relação entre as famílias e a equipe escolar. Uma de nossas ações, já no início do ano, é

levantarmos as expectativas das famílias em relação ao trabalho da escola. Em 2016, abordamos 5 aspectos:

aprendizagens das crianças; relação com a professora; comunicação entre equipe escolar e famílias; participação das

famílias nas atividades da escola; envolvimento no trabalho da APM e Conselho de Escola. Essas expectativas foram

importantes para estabelecermos as metas daquele ano.

Expectativas levantadas nas reuniões com as famílias das 10 turmas:

Aprendizagens das crianças

Em todas as turmas há a expectativa de que as crianças aprendam a conviver de forma harmoniosa com os colegas e professora, desenvolvendo atitudes de solidariedade e respeito, aprendendo que têm direitos e deveres e precisam respeitar regras e limites. Em quatro turmas citou-se a expectativa de que as crianças façam muitos amigos. Em seis turmas surgiu como expectativa que as crianças aprendam coisas novas, atingindo todos os objetivos propostos; foram citados como conteúdos esperados o desenvolvimento da comunicação por meio da linguagem oral (6 turmas); aprendizados sobre escrita e leitura (7) e sobre números (6). Em três turmas destacou-se a importância das crianças desenvolverem motivação para aprender. Também foram citados como conteúdos esperados as brincadeiras (2), imaginação, artes e cultura (2), bem como atividades de exploração do corpo (1). Espera-se também que as crianças desenvolvam autonomia, independência e organização (6) e aprendam a alimentar-se melhor (2) frequentando a escola. Em duas turmas as famílias expressaram a expectativa de que nosso trabalho possa preparar as crianças para o 1º ano do Ensino Fundamental; e duas turmas indicaram esperar que a escola realize mais passeios e festas com as crianças.

Relação com a professor

Que seja agradável, aberta, franca e respeitosa, para o pleno desenvolvimento das crianças. As famílias esperam ter acesso direto à professora e serem chamadas à escola sempre que houver qualquer problema envolvendo sua criança. Esperam também que a professora apresente as aprendizagens das crianças nas reuniões.

Comunicação entre famílias e equipe escolar

A expectativa é de que a equipe escolar esteja sempre aberta ao diálogo, mostrando-se paciente e compreensiva. As famílias esperam serem informadas sobre todas as atividades da escola, por meio de bilhetes nas agendas, informativos, mural com fotos e registros e mídias eletrônicas, além de reuniões. Apontam ainda o telefone como um meio de comunicação rápido e eficiente.

Participação das famílias nas

atividades da escola

As famílias esperam poder participar de passeios e festas (3) e atividades interativas nos sábados letivos (2) e apreciar apresentações feitas pelas crianças (1). Há expectativa de que sejam propostas mais atividades (5), mas indicam que a disponibilidade das famílias em participar é reduzida, precisando haver mais empenho de sua parte. Foram sugeridas a realização de palestras e atividades de resgate da cultura das famílias.

Envolvimento no trabalho da APM e do CE

As famílias esperam que as informações sejam veiculadas por meio de bilhetes, informativos e mural, pois os horários de reunião não são acessíveis a todos. Esperam que haja várias atividades para participação das famílias, embora muitos afirmem que não pretendem se envolver, mas esperem que o trabalho seja realizado. Sugerem a escolha de alguns representantes de cada turma para acompanhar o trabalho.

Para avaliarmos o quanto conseguimos atender às expectativas apresentadas pelas famílias, elaboramos um instrumento

que foi discutido e respondido na última reunião do ano entre professora e famílias, em 09/12/2016. Foram respondidos

153 instrumentos, de um total de 229 crianças matriculadas, representando 66,8% das famílias atendidas nesta escola. A

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EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

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metodologia utilizada foi a mesma dos IQEI, com a indicação da cor verde para ações já consolidadas na escola, da cor

amarela para práticas existentes mas não consolidadas e da cor vermelha para ações não existentes. Na última coluna

foram tabuladas as respostas em branco. Os dados estão registrados em porcentagem.

Meta 1 – estabelecer uma relação de cooperação e troca com as famílias, visando garantir os direitos das crianças e aprimorar o processo de cuidar e educar

Indicador

Entrevista realizada no início do ano foi importante para estabelecer vínculos entre a professora e oferecer informações sobre a criança para a professora

85,0 5,9 3,9 5,2

A criança foi acolhida e respeitada em seu processo de adaptação à escola e/ou ao novo grupo e professora

96,7 2,6 0,7 -

Houve clareza nas informações oferecidas às famílias por meio de bilhetes, informativos e atendimentos telefônicos

92,1 4,6 3,3 -

As atividades propostas permitiram que a família se envolvesse no trabalho da escola e nos projetos da turma

84,3 10,5 3,9 1,3

Os dias e horários pensados para as atividades com as famílias (Dia da família aos sábados e reuniões com as professoras) foram adequados para a participação

76,5 15,7 5,2 2,6

Foi possível a participação dos familiares nas reuniões propostas para acompanhar e avaliar as vivências e produções das crianças (3 durante o ano)

87,6 7,2 4,6 0,6

As reuniões com a professora contribuíram para que conhecesse o trabalho realizado neste ano e tivesse informações importantes sobre o desenvolvimento e a aprendizagem de sua criança

92,8 6,0 0,6 0,6

A relação com a professora desenvolveu-se de forma agradável e respeitosa 97,4 2,0 0,6 -

Sente-se bem recebido(a), acolhido(a) e tratado(a) com respeito na escola 95,4 4,6 - -

Conhece a equipe escolar, sabe os nomes dos funcionários e a quem se reportar quando há necessidade de algum atendimento específico

44,4 45,8 9,8 -

O trabalho desenvolvido pela escola atendeu as suas expectativas 82,4 12,4 4,6 0,6

Meta 2 – Qualificar as rotinas e as práticas adotadas na escola, procurando desenvolver e ampliar as diversas formas

das crianças conhecerem o mundo e se expressarem

Indicador

A criança está mais independente (para a realização dos cuidados pessoais) e autônoma (fazendo escolhas, expressando desejos etc)

94,8 4,6 0,6 -

A criança demonstrou avanços em relação à linguagem, à expressividade e ao movimento

96,1 3,3 0,6 -

A criança demonstrou maior interesse por livros e histórias, motivada pela proposta de empréstimo de livros

89,6 9,8 0,6 -

Observou avanços da criança em relação à convivência com os colegas e demais pessoas

89,6 9,1 1,3 -

A criança demonstrou vontade de vir para a escola, com entusiasmo em participar das experiências propostas

83,7 13,7 2,6

Incentivou a frequência da criança à escola, compreendendo a importância da continuidade do trabalho

91,5 7,9 0,6 -

As faltas da criança foram devidamente justificadas 70,6 27,4 2,0

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

21

Meta 4 – Oferecer espaços, materiais e mobiliário que atendam às múltiplas necessidades das crianças

Indicador

O prédio escolar oferece boas condições para a segurança das crianças 32,7

31,3 36,0 -

Os espaços, mobiliários e materiais são adequados para esta faixa etária e

oferecem às crianças diferentes possibilidade de explorações e vivências

60,8 34,0 4,6 0,6

Procurou informar-se sobre a forma como os recursos financeiros são

gerenciados pela equipe escolar em conjunto com a Associação de Pais e

Mestres e o Conselho de Escola

38,6 34,6 25,5 1,3

Esta avaliação foi retomada no início de 2017 para análise da equipe escolar. A partir dos dados observados, rediscutimos

as metas da escola, buscando estreitar, cada vez mais, nossa parceria na delicada e grandiosa tarefa de formar seres

humanos.

3. Avaliação Feita Pelas Crianças

Dar mais voz às crianças no planejamento e na avaliação das atividades propostas tem sido uma de nossas metas. Para

isso, também propomos a elas que indiquem suas expectativas para o trabalho do ano e avaliem o nosso trabalho ao

final. Sua participação tem provocado nossas reflexões e apontado necessidades e indicações para aprimorar o trabalho

da escola. Elas têm sempre muito a dizer!

IQEI – Indicador 5.2

Materiais variados e

acessíveis às crianças

Avaliação 2016

Sugestões 2017

Os livros são bonitos,

interessantes e em

quantidade suficiente

para todas as

crianças?

Há bastante livros na nossa escola. Os livros

são legais, bonitos, coloridos e interessantes,

mas muitos estão danificados.

Há livros de histórias e livros para aprender

sobre as coisas; há livros que também tem

sons.

Embora haja bastante livros, poderia ter mais

volumes, para ampliar as opções de empréstimo.

Há livros que as crianças gostam muito e

poderiam ser adquiridos outros exemplares.

As crianças precisam cuidar mais dos livros, pois

há muitos que estão amassados e/ou rasgados e

eles são para todas as crianças.

Seria bacana poder ler na biblioteca da escola.

Os brinquedos para

brincadeiras

simbólicas são

interessantes e em

quantidade

suficiente?

Os kits novos de brinquedos agradaram

muito, principalmente os de pet-shop,

supermercado e pizzaria; as quantidades são

suficientes quando se planeja a distribuição

dos papeis entre as crianças, mas é preciso

dividir com os amigos.

Comprar mais caixas registradoras; bonecos;

brinquedos para brincar com água, espadas,

carrinhos diferentes, tablets.

Ampliar o kit de brincadeiras de médico e repor

os brinquedos para as brincadeiras de escritório.

Novas propostas: posto de gasolina e loja

Os jogos e brinquedos

de montar são

desafiadores e em

quantidade suficiente

para todas as

crianças?

Os jogos estão muito fáceis para as

turminhas de Infantil V; há pouca variedade

para as turminhas de Infantil III.

Alguns jogos de montar têm poucas peças,

impedindo que as crianças concluam suas

produções.

Adoram Quebra-Gelo, Pula-Pirata e Pinote.

Aquisição de brinquedos com mais desafios,

LEGOS atuais, que ofereçam mais possibilidades

de criação.

Adquirir o Pula-Jacaré e brinquedos mais atuais

além de novos quebra-cabeças.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

22

Os materiais para

atividades de corpo e

movimento são em

quantidade suficiente

e possibilitam

brincadeiras

interessantes?

Os materiais são bacanas, mas muitos estão

velhos. As crianças gostam muito de brincar

com esses materiais.

Adoram brincar com corda.

Adquirir bolas e cesto de basquete, rede para

jogar vôlei, traves para futebol, bolões,

“macarrão de piscina”, mais bambolês e bolinhas

de sabão.

Adquirir mais Plasmacar, triciclos, motocas e

patinetes e novos modelos de veículos.

Utilizar os triciclos no pátio externo e não no

salão.

Há instrumentos

musicais em

quantidade suficiente

para todas as

crianças?

Seria bom ter mais instrumentos e mais

variados.

Gostam muito de utilizar os instrumentos.

Adquirir mais triângulos, tambores e pratos

pequenos.

Aprender músicas novas, com acompanhamento

de instrumentos.

Por que não montamos uma banda?

Durante o ano, houve

materiais suficientes

para desenhar, pintar,

modelar, recortar e

colar, escrever,

experimentar?

As crianças menores sentiram falta das

canetas hidrocores.

As crianças maiores (Infantil V) avaliaram

que houve material à vontade.

A massa de modelar não dura o ano todo. A

cola líquida entope, demora a secar na folha.

Adquirir lápis e apontadores de melhor

qualidade

Manter a quantidade e a variedade de materiais.

Adquirir cola em bastão.

Trabalhos

desenvolvidos

Avaliação 2016 Sugestões 2017

Projeto Brincadeiras

no Quintal

- projeto específico

da turma

(avaliar as

brincadeiras vividas,

aprendidas,

preferidas; contar

sobre as brincadeiras

que nós brincávamos

e comparar com as

brincadeiras que as

crianças brincam

hoje...)

Foi uma grande descoberta utilizar a escola como quintal e

vivenciar as brincadeiras conhecidas pela família. Vão

lembrar para sempre!

Como não podem brincar na rua, as crianças avaliaram que

os projetos de brincadeira na escola possibilitaram que

brincassem com amigos e se divertissem muito.

Aprenderam muitas brincadeiras novas e cirandas e

adoraram!

Adoraram brincar com tecidos e materiais diversos.

O projeto Cozinhando no quintal foi um sucesso!

A pintura nas paredes, no projeto Grafite também agradou

muito.

Apresentação de muitas

brincadeiras novas.

Criação de brincadeiras pelas

turmas e realização de gincanas.

Que o índio (Expresso Lazer)

volte a brincar conosco.

Que os trabalhos da escola

possam ser compartilhados com

a família e comunidade.

Empréstimos dos

livros

Possibilita o acesso a muitas histórias; as crianças não têm

livros em casa.

É muito bom poder escolher livros para ler e depois recontá-

los.

Gostam de levar livros para casa e ler com suas famílias.

Incluir no acervo mais livros de

poesia e imagens sem texto.

Passeios culturais:

cinema, teatro do

SESC e “Crianceiras”

O filme do cinema emocionou as crianças; a apreciação dos

espetáculos teatrais foi legal e interessante. Adoraram a

pipoca no cinema!

Fazer sempre mais passeios

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

23

Adoraram as poesias de Manoel de Barros e as canções de

Márcio de Camillo.

As crianças lembraram-se com alegria também da visita à

biblioteca do bairro.

Estudos de Meio:

Jardim Botânico,

Parque Estoril, Praça

Samuel Warner

O estudo sobre os animais e/ou plantas e o posterior

contato das crianças com esses elementos durante os

estudos de meio foi muito apreciado por elas, que avaliam

que são importantes para completar o trabalho.

O piquenique no parque foi inesquecível!

Adiar a visita por causa da chuva (3 vezes!) foi muito triste!

Atividade de I.E.S.

(avaliar se é legal ficar

com outros colegas;

escolher a atividade;

trocar de

professora...)

As crianças gostam de poder escolher a atividade que

querem fazer e também de trocar de professora e brincar

com outras crianças.

Foi bacana trocar experiências com as crianças de outras

idades. É legal brincar com outros amigos.

Apresentar histórias mais

interessantes no IES de contação

de histórias.

Repetir o IES de esportes

Possibilitar brincadeiras também

nas atividades de entrada/saída

coletiva.

Momentos avaliados Avaliação 2016 Sugestões 2017

Lanche Gostam das frutas, leite e biscoitos; pão com

requeijão e salsicha.

Tem pouco iogurte de morango, sucrilhos e leite

com chocolate de caixinha.

Algumas crianças não gostam de leite com café.

Adoraram o lanche especial para passeio.

Poderia ser mais diversificado.

Gostariam de voltar a rechear seus

sanduíches. Acrescentar outras frutas

(laranja, manga, uva, morango e pêssego) e

oferecê-las todos os dias.

Ter mais salada de frutas, sucrilhos, arroz

doce, canjica, pipoca. E também comida! E

doces! Retirar o PTS.

Brincadeira no

parque

Faltam baldes e pás.

Deveria ter mais pás e rastelos grandes.

Falta gangorra e gira-gira

É ruim quando o parque fica molhado, pois não

dá para brincar.

Retirar o balanço de pneu, que atrapalha a

passagem e incluir mais um escorregador no

tanque de areia; substituir a areia por uma

mais branquinha.

Adquirir mais pazinhas.

4. Avaliação do Projeto Coletivo “Brincadeiras no Quintal”

Nossa intenção com este projeto foi valorizar a cultura da infância, o brincar e a experiência, experimentando diferentes

formas de organização e utilização dos espaços disponíveis na escola.

Os objetivos do projeto:

transformar os espaços da escola em cenários que possibilitem mais criação, investigação, vivências coletivas e

exploração de movimentos pelas crianças;

envolver as famílias e os demais funcionários da equipe escolar neste trabalho, provocando discussões e

reflexões sobre as necessidades e possibilidades desse espaço, garantindo tanto a qualidade das experiências

quanto a segurança das crianças;

discutir com toda a comunidade escolar o conceito de cultura de infância;

explorar os espaços da escola, propondo às crianças experiências de aprendizagens lúdicas nas diferentes

linguagens.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

24

Dimensões Avaliação feita pela equipe escolar

1

Planejamento

Institucional

Indicador

1.2

O trabalho contou com a parceria da equipe do Expresso Lazer no primeiro semestre, com o

objetivo de ampliar as possibilidades de exploração dos (poucos) espaços desta escola. Essa

parceria favoreceu a qualificação do planejamento, na medida em que ampliou o olhar da

equipe para a seleção de materiais, organização dos ambientes, resgate das culturas infantis.

Com este trabalho também foi possível criar condições para que as crianças participassem do

planejamento e avaliação das ações, uma de nossas metas para 2016.

O registro das vivências, produções e aprendizagens foi realizado por todas as professoras, por

meio de relatórios, relatos e imagens.

2

Multiplicidade

de Experiências

e Linguagens

Indicadores

2.1, 2.2, 2.4 e 2.6

As professoras avaliaram que o projeto proporcionou que todos os espaços da escola fossem

considerados como lugares de brincadeiras; e também que fossem utilizados materiais

diversos para criar novos desafios corporais e de expressão para todas elas; o que foi muito

apreciado pelas crianças. Houve um cuidado especial na inserção das crianças com deficiência

em todas as atividades.

Os projetos didáticos desenvolvidos nas diferentes turmas possibilitaram experiências de

imaginação, criação, expressão, investigação e cooperação. Além de propiciar o resgate de

algumas brincadeiras que fizeram parte da infância de muitos adultos envolvidos com as

crianças.

Outro aspecto importante deste projeto foi o empenho das professoras em apoiarem as

crianças na conquista da autonomia, incentivando-as a fazer escolhas de brincadeiras, e

organizar os espaços, inserindo-as no planejamento das atividades.

3

Interações

Indicadores

3.4 e 3.5

O que nos motivou a desenvolver este trabalho foi a intenção de valorizar a cultura da infância,

potencializando a brincadeira das crianças. Assim, os trabalhos nasceram das observações

sobre o brincar e as interações das crianças, que trouxeram dados para a elaboração de

projetos didáticos referentes ao tema do projeto coletivo.

As crianças contribuíram no planejamento das atividades, incluindo suas ideias e sugerindo

etapas, dividindo assim o protagonismo com a professora.

A forma de organização das atividades privilegiou a interação entre as crianças da mesma

turma e de turmas diferentes. Avaliamos que este trabalho contribuiu significativamente para

a qualificação das interações entre as crianças.

7

Cooperação e

troca com as

famílias

Indicador

7.2

As famílias conheceram este trabalho e refletiram sobre o potencial da brincadeira na infância

para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças, a partir de diferentes ações: reuniões

com a professora, atividades dos sábados letivos, leitura dos relatórios de aprendizagem e

também, pelos comentários das próprias crianças.

Muitas das brincadeiras vividas pelas crianças foram realizadas também com as famílias no

sábado em que vieram participar de um dia da família na escola, possibilitando uma interação

entre adultos e crianças muito prazerosa e divertida.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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25

IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Metas para 2017

A avaliação realizada pela equipe escolar ao final de 2016 indicou a validade de mantermos as mesmas metas neste ano,

com a revisão de algumas das ações planejadas e inserção de novas ações, a fim de atendermos aos objetivos da equipe.

Meta 1: Estabelecer uma relação de cooperação e troca com as famílias, visando garantir os direitos das crianças e

aprimorar o processo de cuidar e educar.

aproximar as famílias do trabalho realizado na escola

planejar reuniões trimestrais entre professora e famílias, abordando o trabalho desenvolvido pela turma;

socializar projetos e sequências didáticas (murais, sábados letivos, facebook, materiais impressos);

convidar as famílias para participarem de uma ou mais etapas do projeto da turma ou do coletivo;

envolver as famílias nas propostas desenvolvidas nos Dias da Família na Escola (maio e novembro), por meio de

bilhetes, cartazes e outras produções que convidem para participar e divulgue o trabalho que está sendo realizado;

convidar profissionais para conversar com as famílias sobre temas relacionados ao desenvolvimento infantil, à

educação (psicologia, saúde, nutrição, ensino fundamental de 9 anos, segurança);

convidar as famílias para participar de atividades de entrada/saída coletiva, bem como de atividades diferenciadas

oferecidas às crianças (contação de histórias, apresentações teatrais).

conhecer as características da comunidade escolar

em encontro no início do ano, entrevistar as famílias, buscando conhecer o contexto familiar e as experiências que

as crianças vivem em seu cotidiano;

questionar as famílias sobre temas que possam ser abordados em reuniões específicas;

levantar as expectativas das famílias quanto ao trabalho de 2017.

reduzir o número de faltas das crianças

estabelecer um compromisso com as famílias, a partir do planejamento do trabalho a ser realizado;

envolver as famílias no trabalho proposto e envolver as crianças na construção do processo educativo,

antecipando para as crianças e famílias as atividades que serão realizadas;

acolher as crianças e seus familiares;

acompanhar o número de faltas das crianças por meio do registro da caderneta de chamada e divulgar os dados de

frequência para a comunidade escolar, por meio de gráficos;

enviar um “Fique Ligado” sobre faltas e justificativas;

identificar os problemas individuais e convocar os responsáveis para conversas pontuais;

organizar reunião com responsáveis (se for necessário), com parceria da assistência social ou do conselho tutelar;

sempre perguntar às crianças o motivo de sua(s) falta(s), demonstrando interesse por suas respostas.

Meta 2: Qualificar as rotinas e as práticas adotadas na escola, procurando desenvolver e ampliar as diversas formas das

crianças conhecerem o mundo e se expressarem

organizar atividades em que as crianças vivenciem diferentes desafios corporais, nos diversos espaços da escola.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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26

realizar diferentes intervenções pela escola, como construção e instalação de brinquedos e/ou materiais, que

possam ser utilizados em diversos momentos pelas crianças (ex.: vai e vem, cordas, tecidos, cama de gato,

colchões, bambolês, cortinas diferenciadas com fitas, cds, garrafas ou “aquaplay”, panelas com colheres para

batucada...) – deslocamento lúdico, com provocações;

planejamento de sequências didáticas, em cada uma das turmas.

possibilitar a expressão de cada criança nas linguagens plásticas, simbólicas e musicais

propor brincadeiras de jogo de papeis mais elaboradas, com confecção de brinquedos com caixas e outros

materiais não estruturados, em duplas de turmas (posteriormente);

organizar, quinzenalmente, brincadeiras coletivas com música, envolvendo todas as turmas nessa proposta.

propor vivências que ofereçam simultaneamente diferentes atividades que possam ser escolhidas pelas crianças de

acordo com sua preferência

oportunizar, quinzenalmente, momentos coletivos entre as diversas turmas: oficinas de história, experimentos,

construção de objetos, produções de artes visuais, brincadeiras;

incluir atividades diversificadas no planejamento diário.

possibilitar às crianças o contato com a natureza e a exploração de seus diversos elementos (água, areia, pedra, terra,

argila, plantas e sementes)

proporcionar atividades de experimentação com os diferentes elementos, em cada uma das turmas;

planejar trabalhos que viabilizem o plantio na horta e no jardim;

organizar “caminho sensorial”, para a apreciação de toda a comunidade escolar na Feira de Ciências.

oportunizar o contato das crianças com diferentes produções e manifestações culturais que valorizem as diferentes

etnias, gêneros, regionalidades e as pessoas com deficiência, fortalecendo a identidade e valorizando a diversidade e a

cooperação

compartilhar com as crianças brincadeiras, cantigas e histórias regionais;

ler histórias que se remetam a diferentes culturas (africanas, indígenas, entre outras e sobre pessoas com

deficiências);

apresentar e apreciar produções que contemplem tanto a arte clássica quanto a arte popular.

Meta 3: Qualificar as interações na escola, de forma que assumam um caráter formador

dar voz às crianças no planejamento do trabalho

planejar uma conversa inicial com as crianças sobre suas expectativas;

observar os interesses das crianças durante a rotina, tanto nas propostas livres quanto nas dirigidas (dinâmicas,

atividades);

apresentar e discutir com as crianças o plano de trabalho do dia;

inserir progressivamente as crianças nas discussões e tomadas de decisão sobre as propostas e a rotina escolar;

discutir com a turma os problemas observados no dia a dia, sejam eles apontados pelas crianças, pelos

funcionários do apoio ou propostos pela professora, buscando soluções conjuntas. Exemplos: brinquedos

perdidos, livros extraviados ou danificados, organização dos espaços e materiais, entre outros.

oportunizar momentos que garantam a integração entre as diversas turmas

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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27

realizar semanalmente atividades coletivas envolvendo todas as crianças do período (momentos de integração),

com propostas como: história musicalizada, dança, apresentação das crianças, sarau;

realizar uma vez por mês uma atividade de integração entre salas (IES), com propostas de atividades diferenciadas

em cada sala, a partir de um tema (brincadeira simbólica, artes, histórias, dança etc), para que as crianças

escolham a atividade da qual preferem participar;

garantir no planejamento propostas que promovam a integração de duas ou mais turmas do período, com o

objetivo de ampliar o repertório das crianças e construir procedimentos e atitudes necessários para o

desenvolvimento das atividades.

discutir, com toda a equipe, procedimentos e atitudes comuns em relação às crianças, de forma a garantir o exercício

da cidadania, a cooperação, o respeito às diferenças e o cuidado com o outro

sistematizar discussões com toda a equipe escolar para construir acordos e contratos em relação aos cuidados/

atendimento às crianças. Realizar uma reunião inicial com cada segmento para levantar necessidades/temas para

as discussões;

convidar especialistas e participar de formações com profissionais para orientação em relação aos procedimentos

seguros no atendimento às crianças;

promover palestras que possam incluir todos os profissionais da escola e as famílias;

elaborar documento de orientação para compor o PPP;

fortalecer as relações profissionais.

possibilitar o envolvimento cada vez maior de toda a equipe escolar nas ações de cuidar e educar as crianças

priorizar a participação de todos nas reuniões pedagógicas

envolver toda a equipe em discussões sobre o atendimento às crianças;

propor atividades para que toda a equipe participe, como: apresentação de teatro, apresentação de dança, pintura

no azulejo, plantio de mudas e sementes;

oportunizar a participação da equipe de apoio nas atividades pedagógicas desenvolvidas com as turmas: pintura,

brincadeiras, jogos, experimentos etc;

garantir que toda a equipe seja informada sobre os eventos e atividades que acontecerão na escola.

possibilitar momentos de integração para a equipe escolar

propor momentos de confraternização com toda equipe escolar;

promover saídas pedagógicas;

oportunizar atividades de integração entre a equipe nas reuniões pedagógicas.

Meta 4: Oferecer espaços, materiais e mobiliário que atendam às múltiplas necessidades das crianças

reduzir o número de descarte de brinquedos e livros

planejar o momento e o uso do material com as crianças (selecionar, separar, recolher, conferir);

orientar as crianças sobre o uso correto de cada material;

fazer a conferência dos livros e materiais antes de guardá-los;

observar como as crianças exploram os materiais para adequar as propostas e orientar o seu uso, garantindo a

durabilidade dos mesmos;

intervir sempre que houver um problema em relação ao uso ou cuidado com o material, implicando as crianças na

resolução;

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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28

separar e identificar materiais encontrados durante limpeza das salas para serem entregues para a professora da

turma;

listar e etiquetar os brinquedos dos armários coletivos e do almoxarifado;

elaborar lista de descartes de materiais ou livros, para identificar os problemas e pensar em soluções, incluindo as

crianças nesta ação.

estabelecer critérios junto às equipes escolar (inclusive a professora da Educação Especial) , da APM e do Conselho de

Escola para aquisição de novos materiais, diversificando o que se oferece às crianças

considerar as preferências e as expectativas das crianças;

adequar as aquisições ao planejamento das diferentes turmas.

organizar os espaços de modo que os materiais estejam acessíveis às crianças e/ou professoras

propor e valorizar momentos de organização com as próprias crianças;

zelar pelos kits de brinquedos e demais materiais;

manter uma caixa para acondicionar os “achados e perdidos” de brinquedos;

discutir, planejar e sistematizar formas de organização dos materiais em HTPC.

realizar e/ou propor intervenções nos espaços, de modo a torná-los seguros e confortáveis para as crianças

montar instalações com diferentes brinquedos e/ou materiais para utilização em diversos momentos pelas

crianças;

realizar pinturas nos azulejos, cavaletes e expor produções das crianças pelos murais e paredes da escola;

fechar os buracos na areia do parque sempre que apresentarem risco às criança;

informar a equipe da secretaria sempre que identificar uma situação como espelho quebrado, falta de proteção

nas tomadas, lâmpadas queimadas ou outras, que possam oferecer riscos às crianças;

não deixar as crianças sem supervisão de um adulto.

avaliar junto com as equipes do Conselho de Escola e da APM os espaços e mobiliário da unidade escolar

utilizar os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil como uma referência para esta avaliação;

acompanhar as solicitações de serviço feitas à Secretaria de Educação.

2. Caracterização da Comunidade (Bairro)

A escola Cecília Meireles está situada em uma região próxima ao centro administrativo do município, no bairro Baeta

Neves, cuja formação iniciou-se aproximadamente em 1925.

O Baeta Neves é um bairro que vem crescendo bastante, com a construção de edifícios residenciais e ampliação de oferta

de serviços e comércio, proporcionando infraestrutura suficiente para os moradores pouco precisarem se deslocar do

bairro: há hipermercado, supermercado, farmácias, clínicas médicas, odontológicas e veterinárias, diversos tipos de

estabelecimentos comerciais, escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio e iniciação profissional (tanto

públicas quanto particulares), de idiomas, de computação e de dança, praças, igrejas e creches. Oferece ainda prestação

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

29

de serviços como, delegacia de polícia, base comunitária da polícia militar, unidade básica de saúde, estabelecimentos

bancários e agência de correio.

O bairro Baeta Neves conta ainda com três clubes de futebol: Vila Baeta Neves, Olaria Futebol Clube e Esporte Clube

Madureira. Os três clubes realizam atividades sociais e esportivas, oferecendo atividades de lazer e esporte aos

moradores do bairro. Próxima à escola, localiza-se a praça pública Samuel Wainer, com oferta de espaços e equipamentos

para prática de atividades esportivas e de lazer.

Há também vários outros equipamentos da Prefeitura que oferecem serviços de esporte, lazer e cultura aos munícipes:

Biblioteca Pública Manuel Bandeira: oferece à comunidade atividades como empréstimo do acervo, contação de

história e apresentações de teatro, por meio de agentes de leitura e também companhias contratadas ou escritores

convidados.

Teatro Abílio Pereira de Almeida/Centro Livre de Artes Cênicas: oferece à comunidade cursos de dança e teatro e

desenvolve um núcleo de pesquisa.

Centro Recreativo Esportivo e Cultural Deputado Odemir Furlan: oferece cursos esportivos como vôlei, futebol,

natação gratuitamente.

Centro Esportivo Geraldo Farias Rodrigues: oferece curso de natação e hidroginástica gratuitamente, além de

receber eventos de futebol e outras modalidades esportivas.

Além da escola Cecília Meireles, existem no bairro mais sete unidades escolares municipais, atendendo a educação

infantil na faixa etária de 0 a 3 anos e de 4 a 5 anos, o ensino fundamental I, a educação de jovens e adultos e o ensino

profissionalizante:

Escola Municipal Pastor Delfino Martins Ferreira

Escola Municipal Madre Celina Polci (CTP - Centro de Treinamento Profissional)

Escola Municipal de Educação Básica Bernardo Pedroso (Ed. Infantil de 0 a 3 anos)

Escola Municipal de Educação Básica Odette Edith Périgo de Lima (Ed. Infantil de 4 a 5 anos)

Escola Municipal de Educação Básica Santos Dumont (Ed. Infantil de 4 a 5 anos)

Escola Municipal de Educação Básica Gofredo Teixeira da Silva Teles (Ens. Fundamental)

Escola Municipal de Educação Básica Professora Annita Magrini Guedes (Ens. Fundamental)

O atendimento das crianças de 0 a 3 anos (período integral) na região também acontece em estabelecimentos privados

conveniados com a prefeitura.

O bairro faz divisa com o município de Santo André, onde localiza-se uma área grande, denominada “Chácara da

Baronesa” – Haras de São Bernardo do Campo, na qual instalou-se uma comunidade em que mora uma parte de nossos

alunos. Esta área tem infraestrutura precária, não contando com asfalto, o que torna o acesso ao local bastante difícil em

tempos de chuva, além do problema de alagamentos dentro de algumas residências, acentuando o número de crianças

que faltam às aulas nestes períodos.

Consideramos importante conhecer o entorno da escola com as crianças, aproveitando os recursos que o bairro oferece.

Já está inserida na rotina das turmas a visita à biblioteca Manuel Bandeira.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

30

3. Comunidade Escolar

3.1. Caracterização

A comunidade escolar que atendemos é formada, em sua grande maioria, por moradores do Baeta Neves; com a

construção de novas unidades escolares na região, as famílias que residiam em outros bairros passaram a obter vagas em

escolas mais próximas de suas residências, deixando de procurar atendimento nesta unidade escolar. Ainda assim, há

crianças – poucas - que moram nas imediações: Jardim Petroni, Vila Tupi e Vila dos Vianas, entre outros e as famílias

justificam sua escolha pela EMEB Cecília Meireles por diversos motivos: boas referências sobre o trabalho desenvolvido

aqui (o que nos causa muito prazer) ou proximidade com o endereço de trabalho. Pouco mais de 1/3 das crianças faz uso

de transporte escolar (38,2%), o que indica a necessidade de garantirmos a comunicação com as famílias por meio de

bilhetes enviados pela agenda de comunicação. Além disso, é necessária a atenção em relação ao

embarque/desembarque das crianças, bem como à travessia da rua nos horários de entrada e saída, pois o tráfego na rua

em frente à escola é intenso nestes horários, principalmente pela circulação dos transportes escolares e dos usuários da

escola estadual que fica ao lado desta escola. Às quartas-feiras, quando há uma feira livre nas proximidades, o trânsito

fica ainda mais conturbado. Embora solicitada, a presença da GCM durante esses horários (para acompanhamento e

orientação dos transportadores e demais motoristas), não é constante, ocorrendo ocasionalmente. A justificativa para

essa situação é o número reduzido de viaturas que realizam este serviço.

Normalmente, elaboramos um perfil da comunidade que utiliza a Escola Cecília Meireles a partir do preenchimento da

ficha de dados pessoais utilizada nas entrevistas realizadas pelas professoras com as famílias, no início do ano letivo.

Neste ano, a equipe docente discutiu a relevância dos dados coletados por meio desta ficha e fez uma revisão dela,

incluindo questões mais abertas, que possibilitassem uma conversa entre a professora e o responsável pela criança;

retiramos questões que não acrescentavam informações significativas para o trabalho, bem como que pudessem ter

algum caráter discriminatório ou de interesse apenas da família.

A análise a seguir foi elaborada a partir da leitura das fichas utilizadas nestas entrevistas. Foram analisadas 142 fichas,

totalizando 64,8% das famílias (o conjunto de fichas de uma das turmas não foi incluído nesta amostra).

Quando não estão na escola, o que as crianças mais gostam de fazer é brincar: seja com outras crianças, com brinquedos

ou em jogos simbólicos, a atividade preferida das crianças em casa – como na escola! – é a brincadeira; assistir a TV/DVD

vem em segundo lugar, seguido pelo uso de equipamentos eletrônicos (videogame, computador, tablet, celular),

utilizados para... brincar! As crianças também curtem desenhar e pintar, cantar e dançar, ler e ouvir histórias, além de

algumas atividades mais movimentadas, como andar de bicicleta, skate, motoca, patinete, correr e jogar bola. Conhecer

os brinquedos e brincadeiras que fazem parte do universo das crianças, assim como os programas de TV a que assistem

pode contribuir para a elaboração de projetos de trabalho interessantes, que objetivem incluir suas vivências na rotina

escolar, buscando valorizá-las e ampliá-las.

A maioria das crianças (76,7%) frequentou outra escola antes de vir para a EMEB Cecília Meireles, a maioria delas iniciou

sua experiência escolar nas creches municipais ou conveniadas com o Município. Há poucas crianças que frequentaram

instituições privadas.

A pesquisa aponta que 76,8% das mães das crianças são trabalhadoras, percentual superior ao observado em 2016

(63,9%); ainda assim, muitas delas conseguem conciliar o trabalho com os cuidados com os filhos, embora um número

grande das crianças que frequentam esta escola seja cuidado pelos avós (36,6%) ou por outras pessoas: o pai, familiares

ou trabalhadores domésticos. Esses dados precisam ser considerados sempre que planejarmos atividades que envolvam a

participação das famílias: pensar nos horários de realização de atividades na escola, alternativas para atendimento às

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

31

famílias que não podem comparecer às reuniões, possibilidades para os encontros do Conselho de Escola e da APM e

atividades e tarefas que são enviadas para serem realizadas em casa.

Perguntamos às famílias porque escolheram matricular suas crianças nesta escola e recebemos as seguintes justificativas:

63 pessoas indicaram a proximidade da escola em relação à residência, mas muitas delas aliando este aspecto a uma

referência sobre a qualidade do trabalho oferecido;

49 pessoas decidiram por esta escola a partir de indicações ou referências positivas;

33 pessoas disseram ter estudado aqui ou ter alguém na família que já o fez, aprovando o trabalho da escola;

18 pessoas citaram a boa qualidade do trabalho desta escola;

07 pessoas escolheram a escola por gostar forma de construção da escola, bem como a conservação do prédio;

08 pessoas apresentaram outras justificativas.

Na primeira reunião das professoras com as famílias, investigamos quais a expectativas em relação à escola neste ano. O

quadro abaixo apresenta uma síntese do que foi apontado pelas famílias.

Questões Expectativas para 2017

Aprendizagem das

crianças

As famílias têm a expectativa de que a escola se configure como um grande espaço de convivência,

onde as crianças possam aprender a relacionar-se harmoniosamente com outras pessoas,

conseguindo dividir espaços e compartilhar brinquedos e materiais e a respeitar o outro. Entendem

que na escola as crianças vão aprender a respeitar regras e limites, trabalhar em grupo e

desenvolver a independência e a autonomia.

Nas turmas das crianças menores (Infantil III), as famílias esperam que as crianças desenvolvam a

linguagem e a fala, para que possam interagir e comunicar-se, ampliando a socialização.

Nas turmas dos maiores (Infantil V), há a expectativa de que os avanços sejam percebidos

diariamente e que os projetos propostos sejam interessantes e lúdicos. Quanto a conteúdos

específicos, entendem que é importante o aprendizado da leitura e da escrita e dos números e o

desenvolvimento do hábito de leitura.

Além disso, em todas as turmas espera-se que as crianças aprendam seus nomes, tenham muitas

oportunidades para brincar e muitas experiências com artes.

Relação com a

professora e a

equipe escolar

As famílias entendem que uma boa relação se constrói a partir de respeito e amor e que a

convivência harmoniosa é uma aprendizagem. Consideram que essa relação deve ser transparente

e ter como objetivo estabelecer parceria entre famílias e professoras.

Esperam que a postura das pessoas que compõem a equipe escolar seja de acolhimento,

principalmente em relação às dificuldades de cada uma das crianças.

Muitas pessoas consideram que a forma como temos construído essa relação com as famílias nos

anos passados atende as suas expectativas e esperam que continue da mesma forma.

Comunicação entre

a escola e as

famílias

As famílias entendem que uma boa comunicação é essencial para o desenvolvimento do trabalho;

esta deve ser clara e sincera, buscando favorecer a integração com as famílias. Avaliam que as

estratégias utilizadas pela equipe escolar (bilhetes enviados em caderno próprio, reuniões

periódicas e conversas diretas) são eficientes para manter todos informados sobre o que acontece

na escola.

Destacam que se sentem à vontade para procurar a equipe escolar quando consideram necessário.

Sua expectativa é que se mantenha assim.

Retomaremos este conteúdo na última reunião com as famílias, quando será feita a avaliação do trabalho de 2017.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

32

3.2. Plano de Ação para Comunidade Escolar (equipe escolar, alunos e famílias)

PROJETO COLETIVO: “UMA ESCOLA PARA TODOS E PARA CADA UM”

Justificativa: Vivemos atualmente um debate nacional acerca da formulação de uma Base Nacional Comum Curricular

(BNCC), coordenado pelo MEC. Este documento define seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação

infantil que devem ser assegurados a todas as crianças: conviver, brincar, explorar, participar, expressar-se e conhecer-se.

Nesse contexto, discutir os direitos de aprendizagem das crianças com a comunidade escolar é uma oportunidade de

construir coletivamente um ambiente de aprendizagem, que promova a qualificação do nosso fazer.

Objetivo Geral: Construir com a comunidade escolar um projeto pedagógico que considere um modo de a criança ser,

conviver, aprender e se desenvolver assegurando condições para que elas aprendam por meio de experiências.

Objetivos Específicos Ações Propostas Responsá-

veis

Cronogra-

ma

1. Discutir o conceito de

criança como ser de

direitos, a partir dos

documentos: Estatuto da

Criança e do Adolescente

(ECA), Indicadores da

Qualidade na Educação

Infantil (IQEI) e Diretrizes

Curriculares Nacionais para

a Educação Infantil (DCNEI)

2. Apresentar a toda a

comunidade escolar os

direitos de aprendizagem

das crianças, refletindo

sobre as ações pedagógicas

de nossa escola na garantia

desses direitos.

1. Apresentar o projeto para a equipe escolar.

2. Discutir a importância das escolhas que

faremos neste ano para oferecer as melhores

experiências às crianças.

3. Refletir sobre os princípios de trabalho desta

unidade escolar.

4. Apresentar do planejamento do semestre para

as famílias, em reunião.

5. Apresentar deste projeto para as equipes do

Conselho de Escola e da APM.

6. Divulgar às famílias os direitos de

aprendizagem e desenvolvimento na educação

infantil apresentados na BNCC (atividades na

escola, murais, comunicados, facebook).

7. Discutir com a equipe escolar esses direitos,

refletindo sobre nossa responsabilidade para

garanti-los.

Tarefa: Buscar no cotidiano situações nas quais

as crianças exercem seus direitos.

8. Identificar na rotina da escola ações que

viabilizem que as crianças exerçam seus direitos

de aprendizagem e desenvolvimento.

Tarefa: Utilizando a linguagem visual retratar

como nossa escola garante às crianças seus

direitos.

9. Elaborar um plano de ação para o período de

adaptação que considere os direitos das crianças.

Equipe

Gestora

Equipe

Gestora

Equipe

Gestora

Professoras

Equipe

Gestora

Equipe Escolar

Equipe

Gestora

Equipe Escolar

Equipe Escolar

Março

Março

Março

Abril

Maio

Durante o

ano

Junho

Julho

Dezembro

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

33

Avaliação

Este projeto será avaliado por todos os segmentos envolvidos, por meio de um instrumento escrito, organizado

pela equipe de gestão.

4. Equipe Escolar

Em 2017 tivemos a chegada de dez professoras para compor a equipe da EMEB Cecília Meireles, tanto em razão do

processo de remoção realizado no final de 2016, pelo qual quatro professoras adquiriram sua titularidade nesta escola,

quanto pela necessidade de substituição de professoras que, neste momento, estão afastadas da sala de aula por licença-

maternidade (uma professora com duas matrículas) ou licença para tratamento de saúde (duas professoras). Além disso,

chegaram também duas professoras efetivas sem titularidade para atuarem como substitutas volantes. Quanto à equipe

de apoio, em 2016 o zelador, que atuava nesta escola há mais de 25 anos, aposentou-se, deixando o cargo vago; uma

auxiliar de limpeza está em licença para tratamento de saúde desde setembro de 2016, sem previsão de retorno. Com

isto, foi encaminhada para esta unidade escolar uma funcionária do programa da Frente de Trabalho, apenas durante o

período da manhã, para compor a equipe de auxiliares de limpeza.

Após esta movimentação, a equipe está composta neste momento por 28 pessoas: 1 coordenadora pedagógica, 9

professoras titulares lotadas nesta unidade (sendo que uma delas tem dois cargos nesta escola e está em licença

maternidade e duas estão em LTS), 5 professoras efetivas ainda sem a titularidade atribuída, 1 professora substituta, 1

auxiliar em educação, 2 estagiárias do curso de Pedagogia atuando no apoio à inclusão de alunos com deficiência, 4

auxiliares de limpeza (uma dentre eles em LTS), 1 funcionária da Frente de Trabalho, 2 cozinheiras, 1 oficial de escola, 1

diretora escolar, todas implicadas no trabalho diário de cuidados e educação das crianças. Além destes funcionários, que

trabalham diariamente na escola, também contamos com a parceria importante de uma professora da educação especial,

que realiza o atendimento educacional especializado (AEE) das crianças com deficiência, de forma sistematizada.

A maioria da equipe reside no município (60%), sendo que dez pessoas, no bairro Baeta Neves; 36% moram em Santo

André, uma pessoa mora em Mauá. A faixa etária das pessoas é bastante variada, o que possibilita a troca entre várias

gerações; 36% das pessoas tem entre 51 e 60 anos; 32%, entre 41 e 50 anos e 20% dos profissionais está na faixa entre 31

e 40 anos de idade; 3 pessoas têm menos de 30 anos. Praticamente ¼ da equipe trabalha no serviço público do município

há menos de 10 anos (28%), e 32% das pessoas tem mais de 15 anos de trabalho nesta Rede, sendo que há 3 pessoas que

o fazem há mais de 25 anos.

Todas as professoras têm formação superior em Pedagogia (duas cursaram também outra licenciatura); nove professoras

concluíram curso(s) de pós-graduação; o auxiliar em educação cursou Direito e esta é sua primeira experiência com

crianças. Entre os funcionários do apoio, 57% concluíram o ensino médio e 43% concluíram o ensino fundamental.

Dentre as professoras, cinco exercem outro trabalho além de um cargo de professor nesta escola (duas trabalham na

rede municipal de Santo André e duas trabalham em outra escola na desta rede, além da professora que trabalho os dois

períodos nesta unidade escolar).

É uma equipe preocupada com a qualidade do serviço que presta às crianças em particular e à população em geral. As

ações cotidianas são realizadas de forma a garantir o bem estar das pessoas que frequentam a escola. É um compromisso

da equipe estabelecer com as crianças e suas famílias uma relação de confiança e respeito, para que elas possam

expressar-se e superar suas inseguranças, resolver conflitos e vivenciar as diferenças de forma respeitosa e acolhedora.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

34

Um desafio diário é proporcionar às crianças um ambiente agradável e prazeroso, onde elas tenham experiências lúdicas,

em que possam divertir-se e explorar seus sentimentos, aprender e desenvolver-se plenamente. Para isso, a equipe se

empenha em estudar e discutir os problemas surgidos, compartilhando a responsabilidade pelo trabalho educativo e

construindo conhecimentos na relação com o outro.

Uma preocupação desta equipe diz respeito às condições do prédio escolar, que é muito antigo e necessita de reformas

para possibilitar maior qualidade do atendimento. Embora a reforma do telhado e o sistema de drenagem de águas

pluviais tenham sido feitos pela Secretaria de Educação em 2013, ainda são observados problemas de vazamento e

escoamento da água das chuvas. Além disso, a equipe aponta a necessidade de outros serviços de construção e reforma:

ampliação da cozinha e da despensa, construção de lavanderia e vestiário para funcionários, de secretaria para

atendimento ao público e de biblioteca para organização e disponibilização de todo o acervo e substituição da areia do

parque. Afinal, o espaço também oportuniza experiências, acolhe e ensina (ou não) e comunica intenções e concepções.

Neste ano, nosso projeto coletivo será “Uma escola para todos e para cada um”. Assim, refletindo sobre nossa

responsabilidade na garantia dos direitos das crianças e considerando o quanto estar em um ambiente que inspire

segurança é importante para o bem estar dos pequeninos, pedimos às pessoas que pensassem sobre “o que faz com que

se sintam seguras nas situações mais adversas” para compor esta caracterização:

Alessandra: O que me deixa segura é a parceria de trabalho, é poder contar com o outro, nas ações, nos planejamentos,

durante todo o processo pedagógico e para depois, por fim, partilhar os sucessos obtidos. Acredito no trabalho com um

mesmo objetivo.

Ana Maria: Crer que no final vai dar tudo certo. Se ainda não deu, é porque ainda não cheguei no final.

Andréa: Sinto-me segura quando percebo que não estou sozinha para enfrentar determinadas situações. Mesmo quando

é algo que de repente só eu posso resolver, acredito que apoio e incentivo é fundamental para conseguir lidar com as

adversidades.

Arlene: Além das minhas orações (conversas com Deus), procuro o meu “eixo” de segurança; uma pessoa que confio, uma

situação ou ação que já deu certo... Eixo estabelecido, volto a me dispor a inovações que sempre me atraem de modo

geral.

Cida: Quando há paz, harmonia e amor, automaticamente sinto segurança.

Danilo: Saber que tem alguém para te orientar e te ajudar nessas situações, confiar que o outro está ali para ser parceiro,

pensando juntos numa solução. Controle, seja por domínio/conhecimento do que faz, seja por experiência e/ou vivências.

Débora: A certeza de nunca estar sozinha (Deus, família, amigos, parceiros...). As histórias e experiências vividas que

geraram aprendizagens (negativas e positivas).

Elane: Com a convivência com as pessoas, no olhar, num ato de carinho e amizade. Sem pedir nada em troca, as palavras

na hora certa. E Deus, é claro!

Fernanda: Saber que Deus está ao meu lado para mostrar e me guiar para o caminho que devo seguir. Abaixo de Deus o

meu pai que é minha base.

Gisleine: Trago à memória as experiências vividas, o que me dá esperança, que me fortalece, a fé. Sentir o apoio de

alguém que eu possa confiar.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

35

Kelly Adriany: A confiança que tenho nos objetivos que tracei para aquele caminho; a oportunidade de rever as

possibilidades e reconstruir o meu percurso.

Luana:

Marcia Monteiro: Ter pessoas em quem eu possa confiar que eu sei que vão me ajudar neste momento. A família é muito

importante e também acima de tudo confiar que Deus vai me ajudar a superar as dificuldades.

Maria Isabel: Ter claro qual o papel, confiar em minha experiência bem como nos valores e princípios que se agregam a

ela. Estabelecer um vínculo de parceria com pessoas que ajudem nessas situações.

Marcia Maria: O que me faz mais segura é sentir que as pessoas acreditam no meu trabalho, é poder contar com pessoas

que estão a minha volta e acreditam na importância da educação e no poder da afetividade no convívio humano.

Marília:

Mauro:

Mônica: Para confiar é preciso um vínculo, que para ser construído precisa de uma relação. Por exemplo, num grupo novo

sempre procuro alguém conhecido para que eu possa ter essa segurança inicial. Quando isso não é possível, observo e vou

analisando quem se apresenta ou se posiciona de acordo com o que acredito. A relação nasce de pontos em comum, de

objetivos comuns...

Patrícia Cristina: Nas situações diversas, contar com pessoas acolhedoras, lançar mão de meus saberes, agir a partir de

um planejamento. Na vida, de maneira geral, a formação e o suporte oferecido por minha família.

Priscila: Ter pessoas ao meu lado me apoiando, orientando, a certeza de que o estudo/ conhecimento vai fornecer

elementos para uma melhor decisão. A fé em Deus.

Rosália: Ter a certeza do que eu estou fazendo e ter alguém do meu lado pra me apoiar em qualquer situação para que eu

me sinta segura. E a família que está sempre ali para nos apoiar.

Roseli:

Tânia Regina: Conhecer a situação e ter oportunidade de escolhas para o melhor caminho, ter o melhor conhecimento

para tomar decisões.

Vanessa: Conhecer as pessoas e o local traz uma segurança. No entanto, quando não temos essa possibilidade de

conhecer, pensando nas situações mais adversas, levo em conta meus conhecimentos/ sabedoria para lidar com os fatores

em questão.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

36

4.1. Professoras

4.1.1. Caracterização

Professores Situação

Funcional

Escolaridade Tempo

PMSBC

Tempo

Escola

Observação

Alessandra da Rosa

Alexandre Dias

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Psicopedagogia e

Educação Infantil e

Alfabetização

03/02/03 1º ano Professora na

PMSA pela manhã

Andrea Aparecida

Tavares

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Psicopedagogia

11/11/15 1º ano Atua na EMEB

Candido Portinari

pela manhã

Arlene Oliveira de

Matos Nobre

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Mídias na Educação

20/07/15 1º ano Atua na EMEB

Castro Alves

pela manhã

Débora Mendes de

Castro

Efetiva Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Psicopedagogia e

Psicomotricidade

30/01/11 1º ano --

Kelly Adriany G.S.

Bocatto

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia

e Letras e Pós-Graduação

em Psicomotricidade e

Educação Infantil

30/07/14 1º ano Professora na

PMSA à tarde

Kelly Cristina Ribeiro Efetiva Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Dança

10/02/99 5º ano Em LTS

Marcia Maria Daltoso

Esteves

Efetiva Graduação em Pedagogia 05/4/99 11º ano --

Marcia Monteiro

Oliveira

Efetiva Graduação em Pedagogia

e Letras e Pós-Graduação

em Psicopedagogia e

Educação Infantil

18/5/94 1º ano Professora na

PMSA à tarde

Maria Isabel de Farias

Leal

Efetiva Graduação em

Biblioteconomia e Pós-

Graduação em Educação

Infantil

1º ano --

Marília Capistrano

Cordeiro

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia 30/07/14 1º ano --

Mônica de Martini

Peres

Efetiva sem

Titularidade

Graduação em Pedagogia 28/08/14 1º ano --

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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37

Patrícia Furlaneti Efetiva

Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Educação Especial e em

Ciências e Tecnologias

06/02/09 5º ano 02 cargos nesta

unidade escolar

Patrícia Furlaneti Efetiva

Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Educação Especial e em

Ciências e Tecnologias

21/7/03 1º ano 02 cargos nesta

unidade escolar

Patrícia Viveiros de

Matos

Efetiva Em LTS. Não

compareceu à

escola.

Tania Regina Vieira Efetiva Graduação em Pedagogia

e Pós-Graduação em

Educação Infantil

28/03/05 1º ano Professora na

PMSA pela manhã

Vanessa Lino da Silva Professora

substituta

volante

Graduação em Pedagogia 05/7/05 1º ano -

4.1.2. Jornada de Trabalho das Professoras

A jornada de trabalho das professoras é de 30 horas semanais, composta pelo horário de docência (20 horas semanais),

pelo Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo – HTPC (3 horas semanais), pelo Horário de Trabalho Pedagógico – HTP (5

horas semanais) e pelo Horário de Trabalho Pedagógico Livre – HTPL (2 horas semanais). A organização destes horários

remunerados para a elaboração do trabalho pedagógico é normatizada neste ano pela Resolução SE nº 04/2017, de 13 de

janeiro de 2017.

Os HTPCs são realizados na unidade escolar por todas as professoras, sob a coordenação da coordenadora pedagógica em

parceria com a diretora. Estes encontros são planejados para discussão e acompanhamento do trabalho pedagógico,

considerando-se este um momento imprescindível para garantia da qualidade e efetivação do Projeto Político

Pedagógico. A partir de observações, registros e reflexões sobre as necessidades de estudo e encaminhamentos,

baseados no cotidiano escolar e nas práticas docentes, a equipe gestora elabora um Plano de Formação para a equipe

docente.

Os HTPs também são realizados na escola em atividades de planejamento, preparação de aulas, avaliação das crianças,

atendimento às famílias, com o acompanhamento da equipe de gestão.

Os HTPLs são realizados em local de livre escolha das professoras, em atividades relacionadas às atribuições do cargo.

Os HTPCs são realizados às terças-feiras, das 18h40 às 21h40, com toda a equipe de professoras.

Os HTPs são realizados diariamente:

das 7h00 às 8h00 – pelas professoras do período da manhã,

das 17h00 às 18h00 – pelas professoras do período da tarde.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

38

4.1.3. Plano de Formação para as Professoras

Justificativa: Para garantir às crianças seus direitos de aprendizagens (Base Nacional Comum Curricular, 3ª versão), a

escola precisa refletir sobre sua proposta pedagógica, considerando a concepção sobre educação expressa nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Nossa intenção com esse estudo é qualificar a ação docente, de

forma a garantir práticas pedagógicas mediadoras de aprendizagens e do desenvolvimento das crianças. Para isso, é

essencial que o educador saiba estabelecer a integração dos conteúdos, ampliando e qualificando as experiências das

crianças, considerando um currículo que tenha como eixos norteadores as interações e a brincadeira.

Em 2016, direcionamos nosso olhar para a criança em suas experiências e nos propusemos a modificar a forma de avaliar

suas conquistas e aprendizagens. Neste ano, nossa intenção é aprofundar as reflexões sobre as práticas pedagógicas,

discutindo currículo numa organização em campos de experiência e investindo na sistematização do planejamento a

partir desta perspectiva.

Objetivo Geral: Refletir sobre a proposta pedagógica da escola e qualificar a ação docente em conformidade com as

políticas educacionais que têm como fundamento a concepção de criança como ser de direitos.

Objetivos Específicos Ações Propostas Responsáveis Periodicidade

1. Estudar a organização do

currículo proposto em

campos de experiência,

discutindo as implicações

pedagógicas nesta

proposta de trabalho.

2. Refletir sobre a ação

pedagógica de nossa escola,

sedimentando os conceitos

estudados.

3. Rever o item Organização

do Trabalho Pedagógico,

adequando a escrita do PPP

aos estudos realizados.

1. Estudo dos campos de experiência e dos

direitos de aprendizagem definidos na

versão preliminar da Base Nacional Comum

Curricular (BNCC).

2. Estruturação do planejamento semestral

considerando os campos de experiência

(BNCC).

3. Revisão dos conceitos de cultura da

infância, ludicidade, protagonismo infantil,

atividade significativa e mediação.

4. Discussão do conceito de experiência e

reflexão sobre a diversidade de

experiências vividas pelas crianças na

escola.

5. Considerando os conceitos estudados,

tematizar as experiências propostas às

crianças no Campo “Espaços, tempos,

quantidades, relações e transformações”.

6. Considerando a BNCC, reestruturar a

organização do trabalho pedagógico.

Professoras e

Equipe Gestora

Professoras e

Equipe Gestora

Equipe Gestora

Equipe Gestora e

Professoras

Equipe Gestora e

Professoras

Equipe Gestora e

Professoras

março

março

abril

abril

abril a junho

agosto a

novembro

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

39

Avaliação

Este trabalho será avaliado por meio de:

discussões realizadas com a equipe, sistematizadas nos registros dos HTPCs;

sistematização dos estudos, registrada no PPP;

documento elaborado pela equipe de gestão especificamente para este fim.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

40

4.2. Auxiliar em Educação/Estagiárias de Pedagogia

Auxiliar em Educação

e Estagiária

Situação

Funcional

Escolaridade Tempo

PMSBC

Tempo

Escola

Observação

Danilo da Silva Magno Efetivo Graduação em Direito 03/02/14 3º ano Auxiliar em

educação

Fernanda Sousa Felix

da Silva

Estagiária Pedagogia 03/02/16 1º ano Em curso

Priscila Oliveira de

Castro Castilho

Estagiária Pedagogia 03/02/16 1º ano Em curso

4.3. Funcionários

Ana Maria da Silva Auxiliar de

Limpeza

Ensino Médio 01/07/05 01/08/05 --

Aparecida Conceição Sartori Auxiliar de

Limpeza

Ensino Médio 01/08/07 02/01/13 --

Edilson Fortunato Viana Zelador Ensino

Fundamental

20/11/85 05/88 --

Roseli Nascimento Oficial de Escola Ensino Médio 29/03/99 03/02/16 --

Mauro Alves Moreira Auxiliar de

Limpeza

Ensino Médio 01/08/05 02/08/05 --

Waldete Pires de Barros Auxiliar de

Limpeza

Ensino

Fundamental

11/02/09 11/02/09 --

Elane Moreira dos Santos

Pereira

Cozinheira Ensino

Fundamental

18/06/12 18/06/12 --

Rosália da Silva Cozinheira Ensino

Fundamental

(incompleto)

07/01/04 --

4.3.1. Plano de Formação para Funcionários, Auxiliar em Educação/Estagiárias de Pedagogia

Justificativa: Nesta escola acreditamos que cada integrante da equipe escolar tem seu papel no processo de

aprendizagem das crianças, entendendo que a tarefa de cuidar e educar é partilhada por todos os adultos, que a

assumem como parte de sua responsabilidade profissional. O ato de educar e cuidar exige conhecimento e a reflexão

sobre as ações, portanto nos propomos a organizar momentos de discussão sobre esta temática, considerando as

especificidades da criança em desenvolvimento.

Objetivo Geral: Construir referências que contribuam para qualificar as relações e intervenções com as crianças.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

41

Objetivos Específicos Ações Responsáveis Cronograma

1. Fortalecer as concepções de

criança enquanto ser em

desenvolvimento e enquanto ser

de direitos.

2. Conhecer os direitos de

aprendizagem e desenvolvimento

na Educação Infantil, definidos na

3ª versão da Base Nacional

Comum Curricular (BNCC):

conviver, brincar, participar,

explorar, expressar e conhecer-se.

3. Fortalecer a interlocução entre

os segmentos e a coerência nas

ações com as crianças.

Discussão acerca do

desenvolvimento infantil e da

concepção de criança como ser

de direitos.

Apresentar os seis direitos de

aprendizagem definidos na BNCC.

Refletir sobre possibilidades de

exploração com os projetos da

Feira de Ciências.

Discutir como são contemplados

os outros direitos nos diversos

trabalhos realizados nesta

escola.

Apresentação e discussão dos

problemas vividos no cotidiano

da escola, implicando toda a

equipe em possíveis soluções.

Discutir possibilidades de

mediação adequadas para

atendimento às crianças com

deficiências.

Elaboração de um Contrato

Didático para nosso trabalho

Equipe Gestora

Equipe Gestora

Equipe Gestora

Equipe Gestora

Equipe Gestora,

com apoio de

especialistas

Equipe Escolar

Reuniões

Pedagógicas

(ao longo do ano)

Maio

Julho

Setembro

Agosto - Outubro

Novembro

Avaliação:

Este trabalho será avaliado por meio de:

registros e materiais produzido nos encontros;

documento elaborado pela equipe gestora especificamente para este fim.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

42

5. Órgãos Colegiados

5.1. Conselho de Escola

Nome Segmento Função Titular/suplente

Patrícia Cristina Frutuoso Direção Titular

Gisleine Cristina F. Rodrigues Sant’ana Coordenação Titular

Maria Isabel de Farias Leal Professor Titular

Alessandra da Rosa Alexandre Dias Professor Titular

Roseli Nascimento Oficial de Escola Titular

Elane Moreira dos Santos Pereira Apoio Suplente

Kelly Adriany Gomes dos Santos Bocatto Professor Suplente

Adriana Tavares de Campos da Silva Pais de aluno Titular

Ana Maria Gonçalves Pais de aluno Titular

Veronica Martins Carneiro Pais de aluno Titular

Rosiana Barbosa Moreno Pais de aluno Titular

Vanessa Gallo Silva Pais de aluno Titular

Carla Affonso Serenini Pais de aluno Suplente

Renata Damiana Costa Cesario Pais de aluno Suplente

5.2. Associação de Pais e Mestres

Nome Segmento Função

Carla Affonso Serenini Pais de aluno Pres. Conselho Deliberativo

Marlúcia Rosa dos Santos Pais de aluno 1ª Secretária

João Vitor Melegaro Dantas Pais de aluno 2º Secretário

Patrícia Cristina Frutuoso Diretora escolar Membro

Mônica de Martini Peres Professora Membro

Rafael Secchis Marinho Pais de aluno Diretor Executivo

Andréia de Miranda Barbosa Ignacio Pais de aluno Vice-Diretora Executiva

Juliana Cardoso Nicolino Pais de aluno 1ª Tesoureira

Emilene da Rocha Lyra Pais de aluno 2ª Tesoureira

Renata da Costa Fiaminghi Petri Pais de aluno 1ª Secretária

Kira Uri Shalom de Carvalho Pais de aluno 2ª Secretária

Érica de Moura Machado Pais de aluno Pres. Conselho Fiscal

Jane Cleide Angelo da Silva Pais de aluno Membro

Vanessa Lino da Silva Professora Membro

Mandato: de 01/4/2017 a 31/3/2018

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

EMEB “CECÍLIA MEIRELES”

43

5.3. Plano de ação do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres

Objetivos Ações Responsáveis Cronograma

Conhecer os documentos

que embasam o trabalho da

unidade escolar

apresentar as Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), os

Indicadores da Qualidade na Educação

Infantil (IQEI) e o Projeto Político Pedagógico

da unidade escolar;

apresentar o projeto coletivo da unidade

escolar e as metas para 2017;

definir possibilidades de ações desta

equipe na conquista dos objetivos propostos.

Equipe de gestão abril e maio

Ampliar a participação das

famílias nas atividades do

Conselho de Escola e da

APM, valorizando a escola

pública e a abertura trazida

pelo princípio da gestão

democrática.

elaborar um informativo divulgando as

novas equipes, as datas e horários das

reuniões;

publicar no mural, antes das reuniões, os

temas que serão discutidos, incluindo convite

para a participação de todos;

socializar as discussões e decisões tomadas

pelas equipes.

Diretora escolar e

equipes da APM e

do Conselho de

Escola

abril

mensalmente

antes de cada

reunião

mensalmente,

após cada

reunião

Definir prioridades e

gerenciar o uso de recursos

financeiros na unidade

escolar.

discutir com os representantes e com a

equipe escolar as prioridades para a

destinação dos recursos recebidos pela

escola;

gerenciar o uso dos recursos ;

realizar pesquisas de preços e decidir sobre

melhores fornecedores e serviços;

buscar parcerias para realização de serviços

necessários à manutenção da unidade

escolar.

Diretora escolar,

1º Tesoureiro e

diretora do

Conselho

Deliberativo

APM e CE

APM e CE

APM e CE

maio

mensalmente

mensalmente

durante o ano

Dar continuidade ao

processo de solicitação de

reforma da unidade escolar

junto ao Ministério Público.

agendar reunião com o Promotor da Vara

da Infância;

agendar reunião com representantes da

Secretaria de Educação.

Equipe escolar maio

Organizar atividades com

participação das crianças,

das famílias e da

comunidade em geral.

participar do planejamento e organização

de atividades para comemoração do dia da

criança, encerramento dos projetos e

encerramento do ano letivo.

Equipes escolar,

da APM e do

Conselho de

Escola

2º semestre

Divulgar as atividades

desenvolvidas na escola

para a comunidade em

geral.

discutir ações que possam trazer maior

visibilidade ao trabalho da escola;

criar uma página de facebook para

divulgação das ações realizadas pelas diversas

turmas.

Equipes escolar,

da APM e do

Conselho de

Escola

Final do 1º

semestre e

restante do

ano

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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44

Avaliação:

Para realizar a avaliação deste trabalho, as equipes do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres partem do

plano de ação, revendo as ações planejadas para o ano e já encaminhando e sistematizando os aspectos que devem ser

retomados no ano seguinte, considerando os objetivos e as ações planejadas e analisando em que medida o que foi

realizado atendeu aos objetivos propostos.

V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Objetivos da Educação Básica

LDB: Título V – Dos níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção II

Objetivos da Educação Infantil

“Art.29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da

criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino

Fundamental), em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade.”

Lei Municipal nº 5309/2004

Art. 3º. “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Valorização do profissional da educação escolar;

Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

Garantia de padrão de qualidade;

Valorização da experiência extra-escolar;

Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.”

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45

2. Objetivos Gerais e Específicos

A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos construam as seguintes capacidades:

brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando significados sobre o mundo, sobre os

contextos e as relações entre os seres humanos;

ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas possibilidades de atuação no espaço, bem como desenvolver

e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e o bem estar;

construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades, atuando cada vez mais de forma

autônoma nas situações cotidianas;

conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e princípios, demonstrando respeito e

valorizando a diversidade;

construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses e pontos de vista com os demais,

respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas;

valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente, reconhecendo-se como integrante, dependente e

agente transformador do mesmo;

construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens (corporal, musical, plástica oral e

escrita), utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua rede de

significações;

aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

(Fonte: Proposta Curricular, Volume I)

2.1. Objetivos Gerais da EMEB Cecília Meireles

Pretendemos que todas as crianças que compartilham experiências conosco por 3 anos possam:

sentir-se parte deste grupo, aprendendo na convivência com adultos e crianças a resolver conflitos de forma positiva e

a autorregular sua conduta, respeitando o outro;

fazer escolhas, considerando os diferentes tempos, espaços e atividades previstos na rotina, refletindo acerca das

consequências de suas escolhas mediante a intervenção do adulto ou do colega;

identificar problemas e necessidades da comunidade onde vivem, sendo capazes de propor intervenções no sentido

de resolver os problemas ou suprir as necessidades observadas;

conhecer e apreciar diferentes manifestações da cultura acumulada pela humanidade, reconhecendo-as e

valorizando-as e reconhecer sua cultura e suas raízes;

fazer uso de diferentes linguagens para expressar seus saberes, sentimentos, hipóteses, ideias e opiniões;

vivenciar experiências envolvendo a natureza que valorizem o conhecimento para a preservação da biodiversidade;

compreender a importância de cuidar de si e de seu corpo, respeitando seus limites e fazendo escolhas saudáveis;

explorar as diferentes possibilidades de seu corpo, conhecendo e ampliando suas habilidades;

cuidar de seus pertences e objetos pessoais, bem como dos materiais de uso coletivo, mantendo-os organizados;

aprender por meio de bons modelos.

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46

3. Práticas Pedagógicas da Educação Infantil

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, o trabalho nessa escola está pautado em

desenvolver práticas pedagógicas que garantam experiências que:

promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas,

corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da

criança;

favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e

formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e

convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço

temporais;

ampliem a confiança nas atividades individuais e coletivas;

possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado

pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de

referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade;

incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das

crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e

gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na

Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;

possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas,e outros recursos

tecnológicos e midiáticos.

4. Documentação Pedagógica

4.1. Instrumentos Metodológicos do Professor

OBSERVAÇÃO: a observação apura o olhar para a leitura das necessidades e potencialidades do grupo. Mas para que seja

objetiva, é preciso que seja planejada. Ao planejar sua observação, são levantadas questões, que serão investigadas

durante a aula. A observação sem pauta se dispersa.

Para direcionar este olhar, elegemos três focos que sedimentam as atividades com as crianças:

foco da aprendizagem (que pode ser individual ou coletiva);

foco da dinâmica do encontro;

foco da coordenação (seu desempenho durante a atividade).

Como é difícil concentrar o olhar, o pensamento e a ação, é aconselhável priorizar um foco por vez e definir o que será

observado a partir deste foco. Aprendemos a observar!

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47

REGISTRO: o registro escrito amplia a memória e historifica o processo. Escrever dá trabalho, pois organiza e articula o

pensamento em função do objetivo que se tem; envolve disciplina e persistência. É pelo registro que armazenamos as

informações para poder refletir, compartilhar e transformar nossa prática. A escrita reflexiva disciplina o pensamento

para a construção do conhecimento e do processo de autoria. Por meio do registro, estudamos nós mesmos, nossa

prática e nossa realidade.

PLANEJAMENTO: o planejamento nasce na avaliação! Planejar exige uma ação organizada. Esta ação planejada implica na

clareza de objetivos do educador: o que espera alcançar com cada atividade ou encaminhamento. Ao planejar, prevemos

os desafios adequados a propor e, assim, podemos organizar e qualificar as intervenções. Considerando que são as

intervenções que causam desequilíbrio nas hipóteses das crianças e possibilitam sua reformulação, o planejamento é um

instrumento básico para o professor. Sua elaboração – e reelaboração – está centrada na reflexão sobre a ação cotidiana.

Há algumas questões centrais no processo de planejamento:

O que as crianças já sabem?

O que elas ainda não conhecem?

O que devo ensinar?

Como ensinar? Quando ensinar? Onde ensinar?

AVALIAÇÃO: avaliar é uma ação processual, alimentada por revisão e reflexão permanentes da própria prática. Neste

sentido, para uma boa avaliação é imprescindível uma observação cuidadosa, que ofereça subsídios para a reflexão; é

esta reflexão que possibilita um momento de parada para olhar o que já foi realizado e vislumbrar o que precisa ser feito.

Aprender a avaliar é aprender a modificar o planejamento.

4.2. Etapas do Planejamento

A primeira etapa do planejamento é o levantamento dos saberes e interesses das crianças, que chamamos de avaliação

diagnóstica. Essa avaliação deve ser realizada no mês de fevereiro e servirá como subsídio para a definição de objetivos e

elaboração de projetos, sequências de atividades e atividades permanentes. Neste período, é necessário planejar

atividades que favoreçam essa avaliação, como rodas de conversa, brincadeiras, produções artísticas e registros gráficos.

A próxima etapa é a definição dos objetivos e conteúdos que serão propostos para a turma de crianças durante o

semestre, que chamamos de planejamento semestral. Cada grupo de professoras que trabalham com o mesmo

agrupamento se reúne para compartilhar suas observações sobre sua turma e discutir os objetivos que pretende alcançar

com as crianças, utilizando com referência o PPP. A partir desta discussão, são estabelecidos objetivos comuns ao

agrupamento e/ou específicos para a turma.

Para concluir esta parte do trabalho, é elaborado o planejamento didático, composto pelos projetos didáticos,

sequências de atividades e atividades permanentes, que são as modalidades organizativas de todo o trabalho que será

proposto às crianças. Este planejamento deverá contemplar e organizar as atividades que a professora pretende

desenvolver com seu grupo, considerando também as propostas para avaliação do trabalho.

Este planejamento é elaborado em parcerias, com acompanhamento e devolutiva da coordenação.

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48

4.2.2 . Modalidades Organizativas dos Conteúdos

PROJETOS DIDÁTICOS – os projetos fazem parte de um conjunto de atividades dirigidas utilizadas pelo professor e

caracterizam-se da seguinte forma:

a partir de observação sobre os interesses das crianças, o professor lança um problema para o grupo, que deve

mobilizar-se para solucioná-lo, por meio de coleta de informações e/ou pesquisas realizadas sobre o tema;

as atividades desenvolvidas no projeto se encadeiam, formando uma sequência com etapas definidas pela professora,

juntamente com seu grupo, de acordo com o desdobramento das dúvidas e descobertas surgidas durante o processo de

estudo;

os conteúdos estudados podem ser utilizados na elaboração de um produto compartilhado entre crianças e

professora, com o objetivo de divulgar as aprendizagens construídas neste trabalho.

Objetivos:

possibilitar às crianças a oportunidade de participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem;

ampliar o conhecimento do grupo sobre um determinado assunto;

capacitar a criança a socializar os conhecimentos adquiridos, transmitindo-os à comunidade em geral.

SEQUÊNCIAS DE ATIVIDADES – são atividades que também pertencem ao grupo de atividades dirigidas e que possuem

como característica básica etapas de realizações com exigências gradativas de dificuldade.

Tem como objetivo oferecer condições para que as crianças se apropriem de conteúdos previamente definidos pelos

docentes.

A frequência é determinada pela professora em função de seus objetivos, do ritmo da sala e da amplitude do assunto

trabalhado; portanto essa frequência é variada.

ATIVIDADES PERMANENTES – são atividades que ocorrem com uma frequência determinada e previsível e são

necessárias para a formação de hábitos e atitudes e/ou para a apropriação de conteúdos importantes para o grupo.

Tem como objetivo proporcionar ao grupo um contato constante com os conteúdos planejados.

4.3. Processo de Avaliação das Aprendizagens das Crianças

Avaliar as aprendizagens das crianças na educação infantil não tem por finalidade a sua promoção ou classificação, mas

sim o acompanhamento do trabalho desenvolvido e das conquistas de cada uma. Para isso, a equipe pedagógica precisa

pensar em estratégias que possibilitem às professoras compreenderem o que as crianças já sabem, para definirem quais

as suas necessidades. Um dos instrumentos metodológicos que possibilita essa análise é a observação. Observar as

crianças em suas interações é fundamental para que se possa planejar, organizar e avaliar o trabalho didático,

entendendo-se a observação como um processo que envolve investigação, questionamentos e reflexão por parte da

professora.

Para sistematizarmos a avaliação das aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, utilizamos os seguintes

instrumentos:

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49

registro individual: a partir das observações realizadas durante as diversas atividades proporcionadas às crianças, a

professora organiza registros sobre cada uma delas, apontando avanços, dificuldades, preferências, habilidades, falas

significativas etc.

portfólio de atividades: coletânea de produções das crianças e observações realizadas pela professora que tem por

objetivo documentar o processo de aprendizagem de cada criança. Os portfólios tem ainda outras funções: orientar as

intervenções da professora (inclusive possibilitando parcerias na avaliação da aprendizagem das crianças); socializar com

as famílias o percurso percorrido pela criança neste período; possibilitar que a própria criança acompanhe a evolução de

sua produção; oferecer elementos para professora que trabalhará com a criança no ano seguinte. Neste sentido, ao

compor o portfólio da criança, a professora deve optar por produções que explicitem seus avanços e suas marcas

pessoais, evitando a padronização.

Ao final de cada semestre, as professoras organizam as observações realizadas no período em um relatório de

aprendizagem individual. Neste documento são sistematizados os conhecimentos construídos pela criança, bem como os

aspectos de seu desenvolvimento que mais chamaram a atenção da professora, considerando os objetivos pensados para

aquele grupo e/ou criança. Também são expressas algumas das intervenções realizadas pela professora com o intuito de

favorecer a aprendizagem da criança. Estes relatórios são apresentados para as famílias das crianças em reunião com a

professora e compõem seu portfólio.

Compreendemos que a avaliação também é um processo no qual a professora reflete sobre o seu fazer. Para sistematizar

melhor esta etapa do trabalho, utilizamos o registro das atividades realizado pela professora, no qual ela aponta os

avanços obtidos e/ou constata as falhas no processo; reflete sobre o que foi planejado, o que foi alcançado e adota os

encaminhamentos necessários para o desencadeamento de novas aprendizagens. Estes registros são compartilhados com

a coordenadora pedagógica, a diretora da escola e, quando considerado necessário ou interessante, com a equipe técnica

que trabalho em parceria com a unidade escolar.

Indicadores da Qualidade na Educação Infantil

Em 2010, chegou às escolas do Brasil a publicação “Indicadores de Qualidade na Educação Infantil”, elaborada pela

Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. Este documento aponta sete dimensões, dividida em vários

indicadores, com o objetivo de subsidiar uma autoavaliação da qualidade das escolas de educação infantil, proposta em

parceria com toda a comunidade escolar. A partir de 2011, a discussão destes indicadores passou a fazer parte do

processo avaliativo em nossa escola.

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5. Relação Entre a Equipe Escolar e as Famílias

É muito comum constatar na fala das professoras e das famílias muitas dúvidas a respeito do papel da escola e da família

na educação das crianças. Com tantas mudanças sociais ocorridas nos últimos anos, essa situação é compreensível.

Em 2016 nos propusemos a refletir sobre a relação entre a equipe escolar e as famílias, entendendo que a escola precisa

desenvolver ações para que esta relação se constitua tendo como bases confiança, respeito e parceria, principalmente

porque trabalhamos com crianças bem pequenas e quanto mais as famílias e a escola forem coerentes em seus

pensamentos e atitudes, melhor para as crianças.

E como está essa relação hoje?

Ao nosso ver, muitas famílias não conhecem ou não aprovam os objetivos que sustentam as práticas atuais da escola.

Algumas famílias questionam o trabalho proposto na escola atualmente, avaliando que “antigamente as escolas eram

melhores”. Essa afirmação é feita a partir das experiências que os pais ou os irmãos mais velhos viveram como alunos e

que guardam também memórias afetivas.

Apresentar às famílias o projeto pedagógico da escola é uma das estratégias que podemos utilizar para aproximá-las das

ideias que hoje embasam o nosso fazer. Para isso, é importante promover momentos de interação na escola.

As famílias expressam a vontade de participar de mais atividades neste espaço. Entretanto, a maior expectativa de

participação diz respeito a comemorações que faziam parte do calendário escolar há alguns anos atrás. Essa mudança

contribuiu para que as famílias se afastassem da escola. É nosso papel discutir com elas os motivos que geraram estas

mudanças e apresentar as propostas que foram incluídas em nosso trabalho e o quanto contribuem para a aprendizagem

e o desenvolvimento das crianças. É fundamental propor um diálogo, mas avaliamos que ainda estamos aprendendo a

receber as famílias com suas ideias, vontades e aspirações.

A melhor forma para romper as barreiras instaladas entre uma e outra é desenvolver uma relação baseada em respeito:

saber ouvir, estabelecer e manter diálogos, investir na participação, valorizar as contribuições.

Quais são os limites da atuação da escola e da família?

Almejemos uma boa parceria, entendendo que cada uma deve assumir o seu papel. Uma forma de evidenciar e negociar

com as famílias esse limite é apresentar o projeto da escola e discuti-los com as famílias. O acesso às informações, à

discussão coletiva dos problemas surgidos no cotidiano, à predisposição a repensar algumas “verdades” a partir de novas

reflexões são orientações para que deixemos de ficar na queixa, que paralisa e busquemos compartilhar ações para a

solução dos problemas comuns. Discutir o papel de cada um nos encontros coletivos pode ser uma boa saída.

Quais são as formas de interação entre escola e famílias?

As reuniões realizadas pela professora com os responsáveis pelas crianças é a primeira delas. Elas são um direito e um

dever das famílias e precisam ser bem planejadas e cuidadas e oferecer espaços de interação realmente.

Foram citados também os bilhetes enviados pela agenda de comunicação; os dias da família na escola (sábados letivos);

conversas individuais; participação das famílias nos projetos didáticos; avaliações periódicas realizadas pelas famílias;

participação na APM e no Conselho de Escola; divulgação dos trabalhos das crianças/turmas nos murais da escola;

atividades diversas.

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51

É importante promover esses momentos de interação para podermos estreitar os vínculos com os familiares das crianças

e compartilhar com eles o nosso trabalho pedagógico, apresentando as vivências e os resultados obtidos. Entendemos

que uma boa relação é construída com o tempo e com os cuidados adotados em cada ação, todos os dias; é preciso

planejamento da escola e empenho de todos os envolvidos.

Nesta escola, consideramos importante adotarmos alguns cuidados em relação às diferentes formas de comunicação

direta entre professoras e responsáveis pelas crianças.

Caderno de comunicação entre escola e famílias: é uma das formas de comunicação entre a escola e os responsáveis

pela criança e, embora a consulta pela professora seja importante, orientamos que não seja feita logo no início da aula,

pois esse é um momento da rotina cujo foco é o acolhimento às crianças. Uma estratégia para otimizar a leitura dos

bilhetes é combinar com as famílias que as crianças tragam o caderno nas mãos quando houver algum recado para ser

lido pela professora. Não é necessário que seja dado um “visto” diário no caderno.

Envio de bilhetes às famílias: todos os bilhetes enviados às famílias deverão ter a ciência da equipe de gestão. Nos casos

em que a professora necessite responder aos recados ou solicitações enviados pelas famílias, sugerimos que consultem a

equipe de gestão antes de registrar sua resposta. Nem todas as questões devem ser respondidas por meio de bilhetes;

como por exemplo as que se referem ao comportamento da criança na escola, suas aprendizagens, a rotina escolar, a

relação com os colegas. Caso recebam solicitações deste teor, a orientação é que sugiram às famílias o agendamento de

uma conversa em HTP, pessoalmente ou por telefone. As respostas por meio de bilhetes devem se reportar apenas a

questões bem pontuais.

Conversas com as famílias: todas as conversas agendadas com as famílias deverão ser comunicadas à coordenação, que

poderá acompanhar a professora nestes momentos, caso avaliem que há necessidade. As conversas devem ser sempre

registradas. Em hipótese alguma devem ocorrer conversas na porta da sala de aula, em momentos de entrada ou saída

das crianças, de maneira informal. Não devem ser enviados recados para as famílias por meio do motorista ou auxiliar do

transporte escolar; quando necessário, utilizar o caderno de comunicação ou telefone para entrar em contato com as

famílias.

Caderno de Recados recebidos na secretaria: na secretaria da escola é mantido um caderno no qual são registrados os

recados transmitidos pelas famílias, por contato telefônico ou pessoalmente, para os funcionários da escola. Orientamos

que seja consultado diariamente pelas professoras, pois contém informações importantes sobre as crianças.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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6. Eixos do Trabalho na Educação Infantil

Por que é importante brincar na educação infantil?

porque BRINCAR é um direito da criança;

porque BRINCAR é uma expressão própria desta faixa etária;

porque BRINCAR é uma experiência necessária para o desenvolvimento humano e promove aprendizagens;

porque BRINCAR é a forma que os pequenos têm de produzir cultura.

A brincadeira faz parte do universo infantil e está presente na escola em todos os momentos da rotina, muitas vezes de

forma espontânea, por iniciativa das crianças.

No entanto, é importante ressaltar que a brincadeira é uma aprendizagem social, que se estabelece na relação com o

outro. Embora as crianças brinquem desde muito pequenas, são os adultos e/ou crianças mais velhas que vão dando

significado aos gestos e expressões apresentados, construindo assim o caráter de ludicidade, de interação e de

comunicação, possibilitando que por meio das brincadeiras as crianças manifestem desejos, dificuldade, e aprendizagens.

Nesse sentido, propor brincadeiras frequentemente e de forma sistematizada é uma atividade importante,

principalmente na educação infantil, pois ao mesmo tempo que possibilitam ao professor atento observar quais os

interesses e necessidades de seu grupo, proporcionam às crianças o desenvolvimento das relações interpessoais, do

movimento e da afetividade.

Na escola, organizamos as atividades de brincadeira com as crianças a partir de diferentes modalidades: jogos de papéis,

jogos de construção e jogos com regras, estimulando a interação entre as crianças e também a relação adulto-criança.

No ano de 2012, discutimos a importância do jogo de papéis (também chamado de brincadeira simbólica ou jogo de faz-

de-conta) para a aprendizagem e o consequente desenvolvimento das crianças pequenas. Ao final das discussões, a

equipe elaborou o texto a seguir.

BRINCANDO DE FAZ-DE-CONTA

O jogo de papéis ou faz-de-conta é importante por proporcionar que as crianças, sozinhas ou em grupos, compreendam

sua realidade, o mundo e as ações humanas deste contexto. Por meio desta experiência, as crianças reproduzem, criam e

assumem papéis diversos, permitindo intervenções pedagógicas sem que se perca a ludicidade, brincando com o

imaginário.

Vivenciando essas experiências, as crianças levantam hipóteses, recriam a realidade humana e criam soluções para os

problemas surgidos, expressando-se e vivendo diferentes papéis. As vivências das situações cotidianas possibilitam a

construção de relações e a apropriação de regras, valores e conceitos.

Estas atividades proporcionam o enriquecimento da personalidade das crianças como sujeitos que agem na realidade e

favorecem as interações entre elas, auxiliando-as a compreenderem a necessidade de escuta e de ações

complementares, como fatores de organização da tarefa.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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53

Existem alguns critérios que definem o jogo de papéis:

tema do jogo;

conteúdo;

duração do jogo;

número de participantes;

papéis assumidos pelas crianças durante o jogo;

interações lúdicas e reais entre as crianças;

materiais utilizados;

intervenção do adulto.

Considerando estes critérios, chama atenção o fato de que para se caracterizar como jogo de papéis, é necessário que

exista uma trama ou situação imaginária na brincadeira que possibilite às crianças representarem situações presentes em

seu cotidiano, respeitando as regras constitutivas do tema que orienta o jogo.

Vale a pena ressaltar também que no jogo de papéis é fundamental que as crianças possam utilizar-se de objetos não

estruturados, aos quais confiram significados diferentes daqueles que normalmente possuem.

Como transformar o jogo espontâneo em um recurso pedagógico:

As crianças brincam espontaneamente a partir das suas vivências. Assim, é fundamental considerar o repertório que

trazem de suas experiências extraescolares ao propor um tema. Para transformar o jogo espontâneo em recurso

pedagógico é preciso observar as situações, disponibilizar materiais estruturados e não estruturados e intervir no espaço,

observando os critérios que definem o jogo de papéis. Além disso, proporcionar períodos longos para que as crianças

sintam-se à vontade para brincar e organizar um ambiente que estimule a elaboração, com oferta de materiais variados,

acessíveis e adequados para a faixa etária, que possam ser reorganizados durante o jogo.

O adulto também deve participar deste momento, intervindo em função das necessidades que surgem ao longo da

proposta, ora como observador e organizador, ora participante que questiona e enriquece a trama inserindo algo novo.

Outra intervenção importante é garantir um momento de conversa sobre o jogo com as crianças, avaliando a brincadeira

e levantando possíveis alterações, inserções etc.

Possibilidades de compartilhar o planejamento com as crianças:

O planejamento das atividades de brincadeira deve ser compartilhado com as crianças, de maneira que elas possam

contribuir, sugerir e acrescentar elementos que ampliem o jogo de papéis e a proposta inicial.

Quando se traz uma proposta de jogo de papéis para ser experimentada pelo grupo pela primeira vez, a professora

apresenta a proposta às crianças por meio de uma conversa, para que elas tomem conhecimento do que será feito. Após

essa primeira experimentação, retomam a conversa, para que juntos possam discutir e ampliar a ideia inicial.

Devem ser retomados aspectos como: papel de cada um na brincadeira, divisão e organização do espaço, materiais

necessários, procedimentos e atitudes. Por exemplo: em uma brincadeira de restaurante, as crianças devem ter ciência

de que ao chegar ao local, alguém conduz o cliente até a mesa, olha-se o cardápio para fazer o pedido etc.

Organização dos espaços e materiais:

Antes de propor a atividade, é importante considerar a quantidade de materiais e o tamanho do local onde será

organizada a brincadeira, de forma a possibilitar a participação de todas as crianças, com desenvoltura e sem conflitos.

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54

Neste tipo de atividade, pode-se utilizar materiais não estruturados, como por exemplo caixas, potes, embalagens

diversas; há também a possibilidade de se ressignificar o uso de objetos específicos, como uma caneta que, com o uso da

imaginação, transforma-se em colher.

Para que ocorra uma melhor interação entre as crianças, é necessário que os materiais e a organização do espaço onde

será realizada a brincadeira sejam definidos com a participação total das crianças, com antecedência, em rodas de

conversa. Uma estratégia que contribui para otimizar o tempo e desenvolver a brincadeira com mais qualidade é dividir

com o grupo de crianças a organização das diferentes etapas do trabalho.

Escolha e vivência de papéis:

Escolher o papel que cada um desempenhará na brincadeira pode ser um grande problema para as crianças. Assim, pode-

se iniciar a brincadeira com uma conversa para saber das crianças o que elas conhecem a respeito do tema escolhido,

quais os papéis e funções que existem nessa brincadeira, quais os materiais que podem ser utilizados e como organizá-los

no espaço.

A forma mais interessante observada para a escolha de papéis foi a espontânea, utilizando a mediação da professora para

que todas as crianças tivessem a oportunidade de vivenciar todos os papéis e perceber a importância de todas as funções

para o desenrolar do jogo.

Papel do adulto durante a brincadeira:

O papel do adulto neste tipo de proposta deve ser de interação e mediação, brincando com as crianças, passando por

todos os papéis para desta forma intervir como modelo e parceiro mais experiente.

O adulto também deve auxiliar nos momentos de conflitos e na resolução de situações-problema, instigando as crianças a

argumentarem, gerenciando o tempo e uso dos materiais disponíveis e contribuindo com sugestões e alternativas.

Antes da atividade, o adulto pode propor o planejamento da brincadeira com as crianças, levantando o que é preciso para

brincar, o local e o momento mais adequados, tanto em momentos de conversa quanto em um registro de ideias por

meio de desenhos, modelagem etc. Após a brincadeira, é importante conversar com as crianças sobre como foi a

experiência e a partir desta discussão avaliar os pontos positivos e os negativos, que serão reorganizados na próxima

atividade.

Mas o mais importante é não deixar de ser um adulto brincante: brincar muito e sempre!

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55

Por que priorizar as interações na educação infantil?

porque

porque

porque

Experiência: é tudo que mobiliza, transforma e deixa marcas no ser humano e portanto é única. As experiências

acontecem a partir do contato com a cultura, das interações com as pessoas, das vivências sensoriais, do uso da

imaginação e da reflexão. A partir das experiências o sujeito significa o mundo e constrói saberes e conhecimentos.

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7. Áreas do Conhecimento

Objetivo Geral: ampliar as funções expressiva e instrumental do movimento, por meio da interação com a cultura e com

o outro, da expressão corporal e da vivência de desafios motores.

O trabalho com Corpo e Movimento se organiza a partir de propostas que favorecem a construção da autonomia e da

identidade e a liberdade para criação de movimentos, brincadeiras e interações.

O foco do trabalho é possibilitar a exploração de movimentos, a expressão individual e a interação entre as crianças,

reconhecendo a importância da diversidade do grupo como geradora de conhecimento.

Considerando que as crianças desenvolvem-se de forma progressiva, cada uma a seu tempo, é fundamental que as

propostas sejam frequentes e sempre desafiadoras, impulsionando-as a superar seus próprios limites.

Assim, entende-se a necessidade de se garantir às crianças a vivência destas atividades diariamente, independentemente

do tempo; para isso, é importante a otimização dos espaços e dos materiais disponíveis de forma a otimizar as

possibilidades de uso dos mesmos.

Objetivos:

ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e ritmo corporal nas danças,

nos jogos e brincadeiras e compreendendo o movimento também como uma forma de expressão;

explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento (força, flexibilidade, velocidade e resistência), conhecendo

as possibilidades e limites de ação de seu corpo;

experimentar e aperfeiçoar os próprios movimentos, aprendendo a controlá-los para utilização em jogos,

brincadeiras, danças e demais situações;

explorar movimentos individuais e em grupos para perceber suas diferentes possibilidades em cada situação;

desenvolver atitudes de confiança nas próprias habilidades, valorizando suas conquistas corporais e também as do(s)

outro(s);

desenvolver a capacidade de construção e o respeito às regras que organizam as diferentes atividades.

Conteúdos:

brincadeiras tradicionais;

jogos regrados;

rodas cantadas;

danças;

atividades com diversidade de materiais;

atividades de expressão corporal;

brincadeira simbólica;

qualidades e dinâmicas do movimento: força, velocidade, trajetória, resistência e flexibilidade.

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Orientações Didáticas:

criar desafios e propor situações que gerem a necessidade de novas adaptações, garantindo a diversificação dos

movimentos e o aumento da complexidade, a partir de movimentos que as crianças já sabem e dominam;

elaborar atividades que possibilitem a participação de todos, promovendo um ambiente de cooperação e respeito

considerando que as regras podem ser socializadas e/ou construídas com as crianças;

selecionar os materiais e propostas de forma a proporcionar situações nas quais as crianças possam apresentar

soluções eficientes frente a desafios motores;

demonstrar movimentos possíveis e acolher outras possibilidades do grupo, chamando a atenção das crianças para o

jeito como os amigos brincam, socializando o que já foi aprendido;

acolher os saberes das crianças, promovendo atividades nas quais elas compartilhem com o grupo brincadeiras e

canções que conhecem;

propor atividades nas quais as crianças tenham maior autonomia para circular, criar e escolher as que mais lhe

interessem, possibilitando à professora acompanhá-las mais de perto, intervir nas atividades ou ficar junto daquelas

que solicitarem ajuda em propostas que ofereçam desafios mais arriscados;

evitar os momentos de espera, possibilitando que todas as crianças participem ao mesmo tempo das propostas;

é importante o trabalho com procedimentos e atitudes, além dos conteúdos conceituais e factuais. Tais conteúdos são

trabalhados na organização da atividade, nas conversas prévias sobre as regras e combinados e nas conversas

posteriores sobre como a atividade aconteceu, quais sentimentos ou sensações foram vivenciados. As crianças podem

representar essas atividades por meio de diferentes linguagens: gráfica, artística, oral etc, o que possibilita a tomada

de consciência e a reflexão sobre as ações realizadas;

ter um olhar atento para perceber quando a criança não quer brincar – e acolhê-la – pois há muitos aspectos

implicados: medo de arriscar, de se expor;

considerar o corpo e o movimento das crianças em todos os momentos da rotina, refletindo sobre os tempos de

espera e as filas desnecessárias, bem como sobre o envolvimento e a participação delas em todas as propostas;

olhar para a rotina diária do grupo avaliando se há alternância entre atividades de contenção e de expansão dos

movimentos;

ao planejar as atividades, considerar a segurança que o espaço e os materiais devem oferecer para a atividade.

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58

Nesta área do conhecimento trabalhamos com três grandes eixos:

1. Oralidade

2. Escrita

3. Leitura.

Objetivo Geral: Ampliar gradativamente as competências das crianças em relação à oralidade, escrita e leitura, inserindo-

as no mundo letrado, lendo e escrevendo, mesmo que não convencionalmente, podendo assim comunicar-se, solucionar

problemas da vida cotidiana e ter acesso aos bens culturais.

ORALIDADE

Ao planejar as propostas que terão como foco o desenvolvimento da oralidade, as professoras consideram fundamental

evitar respostas “uniformes” e falas aleatórias, estando atentas aos dizeres das crianças, procurando encadeá-los e

viabilizar diálogos, nos quais as ideias, opiniões e sentimentos sejam comunicados ao grupo com eficiência.

Essa capacidade de comunicar-se de fato com as pessoas vai se desenvolvendo gradativamente e à escola cabe

proporcionar diversos e adequados momentos para que essas habilidades sejam trabalhadas e utilizadas no cotidiano dos

alunos. Para alcançarmos os objetivos propostos nesse conteúdo, inserimos na rotina diária dos grupos as rodas de

conversa, em diversas modalidades, o que possibilita uma gama de oportunidades para o trabalho com especificidades da

comunicação oral.

Para cada uma das modalidades de roda temos:

Objetivos Específicos:

Roda de Conversa Livre

ampliar a capacidade de expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades

desenvolver a capacidade de defender seu ponto de vista

ampliar seu vocabulário

ouvir e dialogar

Roda de Notícia

conhecer os portadores (jornal, revista) e o gênero

saber selecionar e transmitir aspectos da notícia que sejam importantes

saber expor um tema de forma que se faça entender

saber responder as questões que apareçam no grupo

escutar atentamente

fazer perguntar referentes ao assunto

contribuir com outras informações

ampliar seus conhecimentos acerca do tema a ser estudado

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Roda de Projetos

ampliar seus conhecimentos sobre o tema/assunto estudado

transmitir com clareza os conhecimentos adquiridos

defender seu ponto de vista,ouvindo e respeitando o ponto de vista dos colegas

ampliar o seu vocabulário

Roda do Mostre e Conte

responsabilizar-se pela realização da roda

desenvolver a capacidade de expressar com clareza seus pensamentos

desenvolver a capacidade de descrever objetos

Roda de Apreciação

respeitar os diferentes pontos de vista

ampliar o vocabulário

desenvolver a fluência para expressar suas ideias (criticar, opinar, expressar sentimentos etc)

valorizar o grupo como instância de troca e aprendizagem

Roda de Entrevista

desenvolver a capacidade de formular perguntas

desenvolver a capacidade de suprimir perguntas que já tenham sido respondidas

comentar sobre determinado assunto

Roda de Tema ou Combinados

respeitar as decisões coletivas

desenvolver a capacidade de discutir sobre determinado assunto

argumentar e refletir sobre o assunto proposto, mudando ou não sua opinião

defender a sua opinião

Roda da Caixa-Surpresa

desenvolver a capacidade de elaborar perguntas para atingir um objetivo

desenvolver a capacidade de incorporar informações a fim de construir mentalmente um conjunto de características a

respeito de um objeto desconhecido

utilizar informações para levantar hipóteses acerca de um objeto

Orientações Didáticas:

propor atividades contextualizadas nas quais as crianças compreendam e exercitem o uso real da linguagem;

considerar a criança como um interlocutor de fato;

escutar realmente a criança, estabelecendo diálogos;

organizar diferentes modalidades de roda de conversa;

observar as crianças que são “falantes” e “não-falantes” nos momentos coletivos, estimulando as mais caladas a

participar;

levar em consideração que mesmo a criança que não fala pode estar participando da roda, por meio de uma escuta

atenta;

ter clareza de objetivos ao propor uma atividade de roda, para que possa fazer intervenções adequadas;

solicitar que as crianças falem, nas mais diferentes situações, evitando antecipar a intenção da criança;

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criar estratégias diferenciadas nas situações cotidianas que estimulem as crianças a falar (ex.: dizer uma senha para

entrar no parque, transmitir recados etc);

proporcionar o contato com diversas situações de oralidade. Por exemplo: entrevista, narração, locução, propondo

atividades nas quais as crianças se coloquem nestas situações comunicativas;

não infantilizar o vocabulário e não usar o diminutivo das palavras sem necessidade;

na hora da leitura, ser fiel ao texto, sem simplificar ou escolher sinônimos das palavras que as crianças não conheçam,

oferecendo em seguida, se necessário, o significado das mesmas, para que as crianças vivenciem as diferenças entre a

linguagem oral e escrita e ampliem seu vocabulário;

usar o dicionário com as crianças;

utilizar parlendas, trava-línguas, poemas como forma de aprimorar a articulação das palavras;

solicitar o reconto de histórias, utilizando o apoio de livros ou gravuras.

ESCRITA

Nosso trabalho em escrita se organiza considerando basicamente duas propostas de situações de aprendizagem: a escrita

propriamente dita e a produção de texto. No primeiro caso, esperamos que as crianças construam conhecimentos sobre

o funcionamento do código alfabético; na segunda forma de trabalho, nosso objetivo é que as crianças conheçam e sejam

capazes de produzir bons textos, considerando as especificidades de diversos gêneros, refletindo sobre a linguagem que

se escreve.

Objetivos:

escrever de acordo com suas hipóteses, ampliando seus saberes;

fazer uso da escrita para se comunicar, pressupondo que para todo texto escrito deve haver um leitor;

utilizar a escrita também como uma forma de auxílio à memória;

conhecer as especificidades de alguns gêneros literários: poesias, parlendas, fábulas, textos informativos, notícias,

adivinhas, quadrinhos, bilhetes, cartões e contos;

diferenciar a linguagem oral da linguagem escrita, por meio das atividades de produção e revisão de textos;

utilizar o seu nome – a princípio – e os nomes dos colegas da turma posteriormente, buscando neles suporte para

suas escritas;

reconhecer a necessidade de revisão textual para que o leitor compreenda e perceba a diferença entre a estrutura da

linguagem escrita e falada.

Conteúdos:

bons textos escritos;

produção/ escrita de textos de acordo com diferentes gêneros que serão trabalhados;

produção/escrita de textos de acordo com propósitos diferentes;

revisão de textos;

nomes próprios.

Orientações Didáticas:

propor atividades escolarizadas ou de uso social real, que propiciem às crianças avanços em seus saberes;

solicitar às crianças que escrevam seu nome em todas as suas produções;

propor atividades que possibilitem às crianças refletir sobre as regularidades da língua escrita, por meio da

observação de alguns indícios (letra inicial ou final, por exemplo);

utilizar as rimas de poemas, parlendas e músicas como forma de ressaltar os indícios gráficos da língua;

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produzir listas com nomes de crianças, de histórias, de personagens, etc mantendo-as na sala de aula como referência

para auxiliar na produção escrita das crianças;

utilizar em sala de aula diferentes portadores de textos;

criar situações para que as crianças se apropriem dos diferentes propósitos de cada texto;

criar situações nas quais as crianças sejam produtoras de textos e a professora (ou criança com hipótese alfabética)

seja a escriba;

a partir dos saberes das crianças, propor trabalhos em grupos, considerando que a cooperação cognitiva é um dos

princípios de uma educação construtivista;

arquivar as produções das crianças.

LEITURA

Nosso principal objetivo é possibilitar às crianças a apropriação de conhecimentos que o mundo da leitura oferece de

forma prazerosa, garantindo a elas a vivência diária de boas experiências leitoras. Para isso, o cuidado com a escolha dos

materiais de leitura é fundamental: selecionar bons textos, belas ilustrações e autores que se adequem ao universo

infantil é uma etapa importante deste trabalho.

No desenvolvimento do trabalho de leitura são oferecidas diversas propostas: leitura feita pela professora, biblioteca

circulante, recontos de histórias pelas crianças ou professora, trabalho com textos memorizados, que auxiliam a criança

na busca de referências e indícios e no ajuste da leitura; a “pseudo-leitura” feita pela criança, muitas vezes com o uso de

estratégias de leitura.

Objetivos:

desenvolver o prazer de ler e o gosto pela leitura;

apreciar a leitura como fonte de entretenimento, informação, comunicação etc.

desenvolver a imaginação;

ampliar seu repertório de autores conhecidos;

ampliar seu vocabulário;

conhecer os diferentes portadores textuais e suas funções específicas;

conhecer diversos gêneros textuais, utilizando expressões próprias a cada um deles;

colocar-se na posição de leitor:

- (re)contando histórias lidas ou ouvidas, mesmo antes de se apropriar da leitura convencional;

- adotando procedimentos cuidadosos ao utilizar os livros;

- escolhendo livros a partir de indicações de colegas, nomes de autores, ilustrações, títulos e gêneros;

associar a linguagem oral com a escrita, sabendo que lemos o que está escrito e escrevemos o que falamos, por meio

de diferentes histórias e gêneros lidos pela professora;

utilizar-se de palavras estáveis ou de indícios (letra inicial ou final das palavras, por exemplo) para localizar palavras

dentro de um texto;

ajustar a leitura ao texto escrito.

Conteúdos:

valorização da leitura como fonte de prazer;

leitura de diversos gêneros literários;

observação e manuseio de diversos portadores textuais;

reconto de histórias lidas e ouvidas;

produção e revisão de textos coletivos;

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leitura de listas ou de palavras estáveis em um texto;

leitura de textos memorizados;

cuidados ao manusear livros.

Orientações Didáticas:

ler diariamente para as crianças, diversificando os gêneros apresentados em diferentes portadores, enfocando a

função e destacando a características de cada um deles;

propiciar momentos em que as crianças se coloquem no papel de leitoras;

propiciar situações de leituras de listas e textos memorizados;

propiciar situações em que as crianças, sabendo o que está escrito, utilizem referências do código alfabético para ler;

ser fiel ao texto nas leituras que estiver fazendo para as crianças;

adotar a leitura pelo prazer, enfocando o lúdico;

adotar a leitura também como fonte de informação;

selecionar temas de acordo com o interesse demonstrado pelas crianças e especificidades da faixa etária;

ler previamente os textos/livros selecionados para a leitura com as crianças;

propiciar momentos em que as crianças estejam em contato direto com os livros;

propiciar situações para produção e revisão de textos, dando ênfase à coesão e coerência textual;

estimular o empréstimo dos livros do acervo.

Avaliação:

levantamento inicial para obtenção de informações sobre os conhecimentos prévios das crianças;

propor atividades contextualizadas para que se possa observar a evolução das crianças;

sistematizar com as crianças os avanços e as descobertas daquilo que já aprenderam;

observar se as crianças ampliaram seu vocabulário, utilizando-se de novas expressões;

selecionar produções das crianças para compor seus portfólios: escritas, ensaios de letras e os registros da própria

professora.

Atividades Permanentes

Hora da História

desenvolver o prazer pela leitura;

oportunizar o contato com diversos autores e gêneros literários.

Orientações Didáticas:

selecionar e ler a história antes de apresentá-la ao grupo;

apresentar às crianças o livro, lendo o título, nome do autor/ilustrador, editora;

comentar com as crianças o porquê da escolha do livro;

ler ou contar a história para as crianças, levando em conta o local, a entonação de voz, o tamanho da história e a

idade delas.

Roda de Reconto

lembrar pontos principais da história;

transmitir com sentido a história recontada, ordenando temporalmente os acontecimentos;

ampliar o vocabulário;

utilizar expressões específicas do gênero literário;

desenvolver a capacidade narrativa;

adequar o tom de voz para uma leitura em público.

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Orientações Didáticas:

atuar como modelo de contador de história, contando-as para o grupo;

conhecer a história que será recontada para poder auxiliar a criança;

auxiliar a criança, se necessário, na condução da atividade;

proporcionar momentos de reconto coletivo;

colocar livros conhecidos e já lidos nas atividades diversificadas;

considerar que ler em capítulos favorece o reconto à medida em que se faz uma retomada do que foi lido no capítulo

anterior (retoma os pontos principais, auxilia na ordenação temporal);

favorecer a leitura pela criança em pequenos grupos.

Empréstimo de Livros aos Alunos

O empréstimo de livros é uma atividade realizada semanalmente envolvendo todas as crianças.

O principal objetivo desta atividade é proporcionar às crianças o contato com bons livros, portanto é muito importante

que todas sejam estimuladas a emprestar os livros e realizar a leitura em casa.

Como não há biblioteca na escola, escolhemos, dentre o acervo da unidade, uma quantidade suficiente de volumes para

compor uma caixa de livros para empréstimo de cada turma. O dia da atividade e a devolução dos livros são marcados por

cada professora dentro da sua rotina. As professoras organizam o espaço e o momento, de forma a garantir que as

crianças possam manusear os volumes e as acompanha auxiliando-as nas suas escolhas.

A professora confere os livros devolvidos e os livros que por ventura estiverem danificados ou extraviaram-se, orientamos

que as famílias comuniquem às professoras para que seja providenciado o conserto na própria escola ou a reposição. De

forma alguma as crianças são impedidas de realizar o empréstimo.

Quando a criança não traz o livro no dia combinado, a professora envia um bilhete para a família, lembrando-a que o livro

deve ser devolvido no dia seguinte ou conversa com o responsável pela criança no horário da saída.

Objetivos:

desenvolver o hábito, o entusiasmo e o prazer pela leitura, envolvendo os familiares nesta “aventura”;

ampliar o contato com bons livros, oferecendo diversidade de autores e gêneros;

ler, antes mesmo de estar alfabetizado;

entrar no mundo imaginário dos enredos;

conhecer e apropriar-se de critérios para escolha de livros;

reconhecer autores e ilustradores;

desenvolver atitudes responsáveis;

compartilhar a leitura com os colegas por meio do reconto.

Orientações Didáticas:

apresentar os objetivos e os procedimentos do trabalho às famílias em reunião, enfatizando a importância da sua

participação nesta atividade;

apresentar o acervo para as crianças, realizando momentos de leitura deste acervo, para que possam localizá-los no

momento do empréstimo;

explicitar os procedimentos que devem ser adotados e os cuidados que se deve ter com os livros, tanto na escola

quanto em casa;

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conversar com as crianças sobre as regras para o empréstimo, que devem ser seguidas por todos, bem como sobre os

dias do empréstimo e da devolução dos livros;

no dia do empréstimo, sugerir às crianças o manuseio dos livros antes de efetuar a sua escolha;

incentivar as crianças a comentarem sobre os livros que já tenham levado, mostrando aos amigos o que mais lhe

chamou a atenção;

caso haja mais de uma criança interessada no mesmo livro, oferecer outras opções, por meio de indicação dos

próprios colegas; se necessário, intervir para que a criança não leve sempre o mesmo volume;

proporcionar momentos em que as crianças troquem os livros que escolheram entre si, para que os amigos conheçam

as opções;

gravar ou filmar a atividade de reconto para que possa ser observada e avaliada pelas crianças e/ou para ser

compartilhada com as famílias em encontros sobre o empréstimo, as aprendizagens as crianças;

quando o livro for devolvido, verificar se ele está danificado, faltando envelope ou a ficha do empréstimo; caso algum

livro esteja danificado, é responsabilidade da professora da turma verificar a possibilidade de conserto e fazê-lo ou

quando não for possível recuperá-lo, encaminhar para a coordenação com a indicação “biblioteca circulante

/danificado/nome da professora” para que seja retirado do acervo e substituído posteriormente. É importante

retomar com as crianças esse tipo de situação, incentivando-as ao cuidado com os livros.

ficar atenta para que os livros levados para a sala, para a leitura diária, não se misturem com os livros da biblioteca

circulante e/ou com os livros da prateleira da sala;

não disponibilizem para as crianças livros rabiscados ou rasgados, pois queremos que elas tenham bons

procedimentos em relação aos livros e para isso necessitam ser bem orientadas e contar com bons modelos;

caso queiram emprestar livros do acervo para leitura em casa ou para apreciação por mais tempo é preciso registrar

o(s) título(s) e o(s) números(s) no caderno próprio, que fica na sala de livros.

não disponibilizem para as crianças livros rabiscados ou rasgados, pois queremos que elas tenham bons

procedimentos em relação aos livros e para isso necessitam ser bem orientadas e contar com bons modelos;

caso queiram emprestar livros do acervo para leitura em casa ou para apreciação por mais tempo é preciso registrar

o(s) título(s) e o(s) números(s) no caderno próprio, que fica na sala de livros.

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Nesta área do conhecimento trabalhamos com três eixos:

1. Números e Sistema de Numeração;

2. Espaço e Forma;

3. Grandezas e Medidas.

Objetivo Geral: que as crianças possam fazer uso da matemática em sua vida cotidiana, construindo saberes e validando

os diferentes conhecimentos adquiridos.

NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO

Objetivos

identificar os numerais, sabendo a utilização social desse código;

efetuar e ampliar o processo de contagem;

ler, registrar, comparar e operar com os números;

socializar estratégias utilizadas na resolução de problemas;

reconhecer as regularidades do sistema de numeração.

Conteúdos

identificação de numerais entre símbolos diversos;

reconhecimento de numerais e números que fazem parte do cotidiano;

comparação de quantidades;

utilização da contagem nas diversas situações em que se reconheça sua necessidade;

realização de cálculos simples na solução de problemas diversos;

registro de quantidades, hipótese e/ou soluções de problemas;

notação numérica e/ou registros não convencionais;

noção de sucessor e antecessor em uma série numérica;

comparação entre números de diversos valores e justificativa de acordo com suas hipóteses.

Orientações Didáticas:

propor atividades contextualizadas que desafiem as crianças a buscar soluções;

propor pesquisas nos diversos lugares que contenham números, analisando a utilidade e organização dos mesmos;

trabalhar com jogos diversos, propondo comparações entre números, operações numéricas e observando as

estratégias das crianças;

proporcionar situações nas quais as crianças necessitem registrar, podendo apresentar registros convencionais e não-

convencionais;

vivenciar brincadeiras que envolvam contagens;

propor a resolução de situações-problema;

solicitar a comparação de resultados e estratégias utilizadas por outras crianças;

validar os conhecimentos adquiridos pelas crianças;

adequar os jogos de acordo com o conteúdo que se quer trabalhar;

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ter à disposição das crianças materiais diversos para contagem;

fazer agrupamentos produtivos segundo as diversas hipóteses das crianças;

guardar as produções das crianças para acompanhamento da evolução de seus saberes;

para se iniciar o trabalho com um jogo é necessário que a professora tenha definidos os objetivos e conteúdos que

pretende abordar;

conhecer o que sabem as crianças antes de propor um jogo (conhecimentos prévios) até mesmo para poder fazer

adequações nas regras;

para efetuar a escolha dos jogos é preciso:

- considerar os conhecimentos prévios das crianças;

- considerar as características da faixa etária;

- conhecer bem o jogo: como jogar, diversidade de estratégias, conteúdos possíveis de se trabalhar.

ao propor o jogo é necessário que se considere a organização:

- dos agrupamentos das crianças;

- do momento da rotina e/ou do planejamento;

- do espaço.

no momento do jogo é importante que a professora acompanhe de perto a ação das crianças, observando-as para

poder intervir e replanejar quando necessário;

durante o jogo, a professora tem um papel de mediadora no que diz respeito aos procedimentos necessários para a

atividade.

Intervenções da professora:

oferta de materiais para contagem;

organização da atividade: divisão de grupos, preparação do espaço, movimentação...;

definição do tempo da atividade/rodadas;

condução da atividade;

clareza de objetivos;

acompanhamento, passo a passo, do registro;

observação, intervenção, mediação, planejamento;

ensinar o que as crianças não sabem sobre o jogo.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Na educação infantil, mais importante do que saber utilizar as unidades convencionais de medida, como o metro ou a

trena, é participar de situações que apresentem às crianças problemas a serem resolvidos nos quais possam ser colocados

em jogo seus saberes e hipóteses sobre o que pode ser medido e como se pode medir. Assim, partir de atividades nas

quais as crianças possam refletir sobre essa questão, fazendo experimentos, explorando materiais, comparando objetos,

medindo não convencionalmente, a fim de chegar a um resultado que possa ser socializado e discutido com seu grupo é

fundamental para que possam ampliar os seus saberes.

Objetivos:

apropriar-se de vocabulário matemático;

explorar diferentes procedimentos para comparar grandezas;

adquirir noções de medidas de comprimento, peso, volume e tempo, por meio da utilização de unidades não-

convencionais e convencionais;

ampliar os conhecimentos quanto às unidades de medida;

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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comparar grandezas da mesma natureza;

vivenciar e compreender a rotina da sala/escola em relação às unidades de tempo: hora, dia, semana e mês; hoje,

ontem, amanhã;

vivenciar experiências sobre o sistema monetário.

Conteúdos:

vocabulário matemático específico;

noções de medidas de comprimento, volume, massa, perímetro, área, temperatura e tempo;

unidades de medidas convencionais e não convencionais.

Orientações Didáticas:

proporcionar situações nas quais o uso de uma medida padronizada seja necessário (função social).

considerar que o procedimento de medir inclui observação e comparação sensorial e perceptiva entre os objetos,

reconhecimento da utilização de objetos intermediários para quantificar a grandeza (convencionais ou não);

possibilitar a comparação de medidas de grandezas da mesma natureza, utilizando medidores convencionais ou não

convencionais;

trabalhar com culinária, propondo receitas diversas, a fim de proporcionar às crianças situações para reflexão sobre

pesos e medidas específicos desta atividade;

proporcionar a utilização de calendário/agenda e relógio como formas convencionais de se medir o tempo;

propor atividades e observar as estratégias adotadas pelas crianças na brincadeira simbólica, fazendo um

levantamento de seus conhecimentos prévios;

efetuar, com as crianças, visitas ao comércio local, levantando dados para propor situações-problema em sala de aula;

selecionar as produções das crianças, de forma a documentar seus avanços.

ESPAÇO E FORMA

Objetivos:

construir noções de forma e espaço;

perceber, representar e construir figuras geométricas (bidimensionais e tridimensionais), por meio da observação de

formas, objetos e elementos da natureza;

Conteúdos:

percepção espacial;

organização espacial;

vocabulário matemático;

formas geométricas.

Orientações Didáticas:

utilizar vocabulário matemático específico;

proporcionar desafios (inclusive corporais) relacionados às questões de espaço;

selecionar materiais que propiciem desafios espaciais para as crianças (por exemplo: quebra-cabeças, blocos lógicos);

considerar que construções com maquetes, labirintos, brincadeiras com areia e água e jogos e brincadeiras diversas

são boas estratégias para o desenvolvimento destes conteúdos.

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Avaliação:

desenvolver uma “escuta atenta” e um “olhar apurado” para as respostas que as crianças apresentam;

observar se a criança é capaz de utilizar estratégias pessoais para resolver problemas numéricos, justificando suas

escolhas;

observar se a criança é capaz de socializar seus avanços e descobertas com os colegas;

observar se a criança colabora com o grupo, empenhando-se em encontrar diferentes estratégias para resolver as

situações-problema propostas;

analisar se a criança está sendo capaz de utilizar-se de estratégias já validadas pela classe.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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69

Entre os anos de 2010 e 2011 foi oferecido aos professores da Rede Municipal de Ensino deste Município o curso de pós-

graduação “Ensino de Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, que nos motivou a rediscutir o trabalho nesta área aqui

na escola.

Objetivo Geral: interessar-se pelas questões que envolvem o mundo em diferentes dimensões – humana, social, cultural

e natural – observando, questionando e investigando para compreender o mundo em que vivem.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

As crianças costumam apresentar uma grande curiosidade por tudo que lhe é desconhecido, uma característica essencial

para aprender Ciências, principalmente quando se considera a ciência como um modo de pensar e agir sobre o mundo e

não como um conjunto de informações e conhecimentos a serem transmitidos para as crianças.

Nesta perspectiva, o nosso grande desafio é construir na sala de aula um ambiente que instigue a curiosidade e motive as

crianças para aprender, inserindo-as na cultura científica. O que significa propor atividades que possibilitem o

desenvolvimento de habilidades importantes para a ciência, como observação, questionamento e investigação, a fim de

compreender o mundo em que vivemos. Entendemos que o ensino de Ciências busca formar pessoas que atuem na

sociedade, utilizando o conhecimento aprendido na escola para construir uma vida melhor.

Para o desenvolvimento do trabalho sob esta concepção, há algumas boas estratégias que podem ser utilizadas com as

crianças:

1. Experimentação:

As atividades práticas possibilitam às crianças compreenderem os conceitos básicos de uma forma interessante porque

despertam o interesse das crianças e as envolvem nas investigações científicas, além de possibilitar o desenvolvimento de

diversas habilidades. Para isso, é importante que as experiências sejam propostas a partir de problemas reais e

contextualizados.

Uma etapa importante de uma boa atividade experimental é a observação e cabe ao professor nortear o olhar das

crianças para a investigação, definindo o foco desta observação.

Desta forma, observar possibilita às crianças identificar as informações importantes da situação proposta, articulando-as

com os conteúdos que estão sendo trabalhados. A partir da observação, devem ser feitos questionamentos para que as

crianças possam refletir, relatar, explicar e argumentar sobre as situações observadas.

Concluindo a atividade, é importante organizar o registro da experiência, seja oralmente, por desenhos ou escrita, de

forma a auxiliar as crianças a organizar seu pensamento.

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2. Trabalho de Campo e Estudo de Meio:

Esta é uma oportunidade de desenvolver atividades educativas planejadas fora da sala de aula. Para isso, é preciso

orientar as crianças sobre o que será observado ou coletado e sobre formas de registro desta investigação, bem como

sobre os materiais ou ferramentas que serão utilizados neste estudo. Mais uma vez, é fundamental que as crianças

tenham um problema a investigar durante a visita.

É fundamental que as atividades realizadas em espaços como a área externa e/ou o entorno da escola, parques e praças,

museus ou escolas de ciências estejam articuladas ao planejamento do professor, relacionando-se com as atividades de

sala de aula. Para isso, se faz necessário que o professor elabore questões sobre o acervo local para as crianças durante a

visita e retome as situações vividas nesta atividade posteriormente na escola. Será o momento de organizar o material

coletado, as informações recebidas, as observações feitas e realizar os registros, para resolver o problema colocado antes

da atividade.

3. Utilização de recursos audiovisuais:

Utilizar recursos audiovisuais como recurso pedagógico nas aulas de ciências pode ser uma forma muito interessante de

estabelecer um elo entre a educação não formal e a educação escolarizada. No entanto, o uso de filmes nas aulas de

ciências pressupõe alguns cuidados. Para que possam ser utilizados como recurso pedagógico, é importante que o

professor tenha clareza quanto à sua intenção e quanto à finalidade deste uso, para que não se caracterize como um

simples passatempo, sem agregar valor ao tema de estudo.

O professor, atuando como mediador entre o conhecimento científico e o conhecimento das crianças sobre um assunto,

pode utilizar o cinema para contextualizar o tema e organizar as atividades de ensino. Além disso, a construção do

conhecimento científico permeada por essa linguagem possibilita o desenvolvimento do pensamento crítico, uma vez que

a linguagem audiovisual desperta sensações e reflexões diferentes em cada pessoa, favorecendo momentos de discussão

e de argumentação no intuito de fundamentar os conhecimentos construídos.

4. Ensino contextualizado:

Contextualizar o ensino de ciências implica não apenas em articular o conhecimento científico aos contextos de vida das

crianças, mas ampliar seu horizonte cultural, por meio de vivências reais e diversificadas. Assim, a contextualização deve

extrapolar o cotidiano, promovendo a aproximação das crianças com diferentes contextos (lugares, ambientes,

equipamentos, aparelhos etc).

Ao sistematizar o ensino de ciências é importante considerar que a resolução de problemas, os projetos didáticos, a

investigação e a experimentação são excelentes oportunidades para tornar os conteúdos mais significativos para as

crianças, pois aproximam o objeto de estudo, dando-lhe sentido. E considerar que o ensino de conteúdos científicos deve

priorizar o incentivo à investigação ao invés da busca por respostas prontas.

Objetivos:

adotar postura investigativa diante de um problema;

formular hipóteses a partir de observações, experiências, trocas de ideias e pesquisas;

argumentar, justificando seu pensamento e reformular suas hipóteses, se for necessário;

refletir sobre o processo e as descobertas realizadas;

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estabelecer relações entre os diferentes conhecimentos construídos;

familiarizar-se com a leitura de textos científicos;

sistematizar, por meio da escrita e/ou desenho o que foi observado ou concluído, aproximando-se do registro

científico;

construir conhecimentos sobre o que é e como se produz Ciência;

observar o meio ambiente, entendendo que faz parte dele e propor soluções para a sua melhoria e preservação;

conhecer e desenvolver hábitos que promovam uma melhor qualidade de vida.

Conteúdos:

habilidades cognitivas necessárias ao processo científico: observação, formulação de hipóteses, planejamento,

realização de testes/checagens, sistematização e registro das informações;

leitura de notícias específicas e de textos científicos;

cuidados para a preservação do meio ambiente;

desenvolvimento de hábitos saudáveis.

Orientações Didáticas:

considerar os conhecimentos e experiências prévias das crianças ao propor os temas de estudo;

atuar como mediador da cultura, oportunizando às crianças o contato com as explicações que integram o saber

socialmente aceito;

apresentar às crianças, com frequência, questões sobre seres e fenômenos da natureza, planejando experimentos,

comentando notícias, propondo observações no entorno da escola etc;

formular boas perguntas (que representem desafio para as crianças) e propiciar a participação ativa das crianças na

busca de soluções para os problemas propostos;

organizar atividades em que as crianças tenham que observar algum acontecimento, levantar hipóteses sobre ele e

procurar formas de verificar essas hipóteses;

considerar as hipóteses que as crianças formulam para explicar o que observam, dando a elas liberdade para dizer o

que pensam sobre as questões que lhes forem apresentadas;

questionar as crianças sobre suas hipóteses e conclusões, estimulando-as a explicá-las e/ou justificá-las;

observar e registrar as “teorias” que aparecem nas conversas e brincadeiras das crianças;

adotar, junto às crianças, uma postura investigativa e participativa, colocando-se também como um informante

possível sobre os fatos que as crianças buscam conhecer;

colocar as crianças em contato com diferentes fontes de informação;

coletar e organizar dados com as crianças, sistematizando as descobertas e/ou conhecimentos construídos;

observar os problemas da comunidade do entorno escolar, discutindo possibilidades de solução;

comparar e apresentar os dados obtidos, possibilitando a confrontação de ideias e a criação de soluções pelas

crianças.

Avaliação:

A avaliação tem posição central no trabalho, servindo tanto como diagnóstico para o professor quanto como

acompanhamento do processo de aprendizagem das crianças e oferecendo elementos para o replanejamento.

Por meio da observação e interação com as crianças, deve-se avaliar a aquisição de noções e conceitos e o

desenvolvimento de habilidades e atitudes relacionadas ao fazer e ao pensar em Ciências.

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O trabalho com as Artes Visuais é desenvolvido por meio de três eixos:

1. Fazer artístico

2. Apreciação artística.

3. Reflexão sobre a arte.

Objetivo Geral: ampliar seu conhecimento do mundo e da cultura por meio da produção visual, entendendo a expressão

artística como mais uma forma de comunicar ideias, sentimentos, opiniões e pensamentos.

A partir do processo formativo vivido pela equipe em 2015, aprofundamos as reflexões sobre a articulação dos três eixos

nos quais desenvolvemos o trabalho de Artes Visuais, bem como sobre a organização de boas propostas nesta área. As

discussões foram sistematizadas pela equipe docente, nos HTPCs,

Articulação do tripé – fazer, apreciar e refletir sobre arte – nas diferentes propostas que oferecemos às crianças na

nossa rotina de trabalho com Artes Visuais

Em Artes, o fazer, o apreciar e o refletir são distintos, porém articulam-se ao longo do processo, pois o caminho se faz

junto, em cada grupo de crianças e a partir do que o professor espera em cada proposta oferecida.

O fazer artístico se inicia com o conhecimento, experimentações e explorações de materiais (secos, aquosos, suportes

variados) e procedimentos como riscar, desenhar, pintar, colar etc. Este processo é enriquecido e embasado nas

vivências, portanto é de suma importância que as crianças tenham contato com diversas obras, como: suas próprias

criações, dos colegas e artistas renomados. O fazer se dá a partir do olhar, do sentir, do envolver-se, do arriscar-se e ousar

criar a partir de sensações e sentimentos transmitidos pela arte.

Nas propostas oferecidas, as crianças podem e devem ser levadas a apreciar a arte. Ao entrarem em contato com as

obras, elas têm suas próprias impressões pessoais que, por meio de questionamentos e estímulos, vão sendo refinadas ao

longo do tempo. Nesses momentos, as crianças se aproximam do novo, ou seja, observam traçados diferenciados,

misturas de cores, linhas, figuras, diversas características e, com as intervenções da professora, vão aprimorando suas

produções pessoais.

Com este trabalho, as crianças passam a elaborar critérios, conceitos e opiniões, o que também favorece o

desenvolvimento do fazer artístico. Esse processo pode ser iniciado com observações, questionamentos e apreciações

que instiguem a reflexão, levando as crianças a sentirem e expressarem seus sentimentos a partir daquilo que vivenciam

e observam. É importante que elas possam criar, apreciar e refletir sobre as suas próprias criações, construindo assim, um

olhar crítico e reflexivo.

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Princípios e cuidados para uma boa atividade de Artes Visuais.

Toda boa atividade começa com um bom planejamento. A professora deve ter clareza sobre o que deseja que a turma

aprenda e este aprendizado precisa ser “atraente” para as crianças, ou seja, é importante que elas tenham vontade de

aprender.

Uma boa atividade de artes tem como princípios: a liberdade de escolha de materiais, a livre expressão a partir do

percurso individual, a manifestação de ideias ou desejos pessoais, as interações entre o grupo, que troca ideias e

informações enquanto vivencia o percurso de realização do trabalho. A criança deve ter a oportunidade de explorar os

materiais e ter contato permanente com a arte, pois a partir disso vai tornando-se mais espontânea, sensível e sentindo-

se livre para produzir seus trabalhos.

Uma boa atividade em artes inicia-se com a preparação reflexiva da professora sobre o espaço e os materiais que serão

utilizados. O espaço deve ser planejado e organizado com antecedência, de forma a tornar-se desafiador e convidativo,

pois orienta uma ação, tem intencionalidade! A seleção e a disposição dos materiais devem favorecer a circulação, a

exploração e diferentes experimentações, de modo que as crianças possam se expressar sem restrições, com autonomia.

O cuidado e a organização do espaço podem mudar o ritmo da atividade, já que as crianças são convidadas a partir do

que vêem e observam à sua volta. Assim, é interessante que o espaço possa ampliar o conhecimento da turma: biografias

de artistas, reprodução de obras, fotos, cartazes, objetos, músicas, elementos da natureza e ainda diferenciados suportes

que despertarão para novas vivências e explorações. No planejamento, devemos considerar o máximo de repertório

possível para que as crianças possam apreciar, argumentar e pensar, fazendo escolhas do que mais lhes toca e faz

sentido. É importante favorecer a percepção que a arte está em todos os lugares e inclusive fora do seu local de estudo,

por isso, é fundamental incluir visitação a espaços que agregam arte (museus, exposições, pinacotecas, teatros, entre

outros).

Com a turma inserida e conhecendo este universo, cabe à professora intervir com problematizações em todo o processo,

ajudando as crianças a formar opiniões de maneira crítica, o que contribuirá para desenvolver sua liberdade de expressão

e criticidade. Assim, estaremos valorizando o seu percurso criativo e contribuindo para a construção da cultura infantil.

De uma maneira didática, organizamos o planejamento a partir da seguinte sistematização:

1. Fazer artístico

Objetivos:

expressar-se por meio das modalidades artísticas;

produzir e interessar-se pelas próprias produções, dos colegas e de artistas regionais, nacionais e internacionais;

aprender procedimentos de manuseio e utilização dos diversos materiais.

Conteúdos:

modalidades artísticas: desenho, pintura, modelagem, escultura, dobradura, construção e fotografia;

utilização de elementos diversos da linguagem artística: ponto, cor, forma, linha, volume, textura etc;

exploração das possibilidades oferecidas pelos diversos materiais e recursos;

produção de trabalhos coletivos e elaboração de painéis;

finalização dos trabalhos produzidos;

procedimentos para o uso dos diferentes materiais.

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Orientações Didáticas:

considerar a arte como uma linguagem, isto é, um meio de comunicação de ideias, sentimentos, opiniões e

pensamentos;

valorizar as produções das crianças, incentivando-as a se comunicar por meio da arte e a desenvolver o seu processo

de criação artística;

ensinar às crianças os procedimentos necessários para utilizar os diversos materiais disponíveis, planejando situações

nas quais elas possam manipular e transformar estes materiais, expressando suas ideias e sentimentos;

planejar o tempo, a organização do espaço e o uso produtivo dos diversos materiais oferecidos às crianças;

observar as crianças em seu fazer, a fim de realizar boas intervenções;

garantir que as crianças desenvolvam um percurso próprio de criação, evitando apresentar atividades estereotipadas

ou padronizadas;

proporcionar contato com imagens de artes em diferentes portadores (livros, revistas, exposições, filmes etc), sempre

que avaliar que essas referências contribuirão para que as crianças avancem no desenvolvimento de seu percurso

criador;

fazer propostas com intervenções, de forma a criar problemas para as crianças resolverem;

reconhecer e valorizar o percurso criador de cada criança;

propor às crianças que finalizem seus trabalhos, procurando valorizar suas produções;

expor os trabalhos das crianças para apreciação da comunidade escolar;

discutir com as crianças diferentes formas de expor seus trabalhos na escola;

propor atividades coletivas;

considerar-se também como aprendiz, pesquisando e experimentando os diversos materiais oferecidos às crianças.

2. Apreciação artística

Objetivos:

interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas que fazem parte do

acervo cultural da humanidade;

desenvolver o gosto e o respeito pelo processo de produção e criação artística;

investigar os estímulos visuais dos diversos locais e ambientes pelos quais circula;

observar e interpretar todo tipo de imagem.

Conteúdos:

valorização e respeito às produções de outras crianças e produções de artes em geral;

apreciação e observação da diversidade do meio;

elementos que constituem a linguagem visual: forma, volume, textura, luz, ponto, linha etc.;

leituras de obras de arte, descrição e caracterização da mesma.

Orientações Didáticas:

compreender que a produção das crianças se desenvolve por meio da ação mental, constituindo-se na construção de

um processo próprio de criação;

olhar não apenas para o produto final, mas para todo o processo de produção;

comentar os resultados dos trabalhos, possibilitando a descoberta do percurso na criação e a percepção dos caminhos

encontrados no processo de construção;

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oportunizar as trocas de experiências, o respeito, a tolerância às diferentes interpretações ou atribuição de

sentimentos às imagens;

arquivar as produções em portfólio, para perceber o processo evolutivo do aluno;

fornecer dados biográficos de obras e autores diversos.

3. Reflexão sobre a arte:

Objetivos:

pensar sobre o significado das diversas produções artísticas com que entrar em contato;

acompanhar seu próprio percurso de criação, bem como de seus colegas;

refletir sobre o seu fazer artístico.

Conteúdos:

produções artísticas de diferentes povos e épocas;

produções artísticas próprias e dos colegas;

diferentes imagens da cultura visual.

Orientações Didáticas:

considerar os saberes e as experiências prévias das crianças;

despertar nas crianças a curiosidade para observação dos estímulos visuais do seu entorno;

apresentar trabalhos diversos para que as crianças observem e comentem, trocando informações, impressões e

sentimento sobre estes;

criar condições para que as crianças pensem sobre o significado das produções culturais de todos os tipos;

conversar sobre arte, para que as crianças compreendam que arte não é só produção, mas também um campo do

conhecimento;

considerar que não existe distinção entre o fazer e o pensar artístico: as crianças refletem sobre arte quando estão

produzindo.

Avaliação:

acompanhar o processo de criação das crianças por meio do arquivo de suas produções;

elaborar uma lista de aspectos que devem ser observados durante as atividades realizadas pelas crianças

(observáveis).

Atividades Permanentes

Pintura nos Cavaletes:

oferecer às crianças a oportunidade de trabalhar com o suporte na posição vertical;

apreciar os trabalhos dos colegas e trocar informações enquanto produz;

aprimorar sua própria produção por meio do fazer artístico.

Orientações Didáticas:

favorecer a apreciação dos trabalhos pelas crianças, incentivando-as a observar e comentar as produções dos colegas;

oferecer às crianças diferentes propostas, ampliando suas possibilidades de expressar-se;

a proposta é organizada quinzenalmente, às 4 ª feiras, alternando as turmas a cada semana;

informar à equipe de apoio quais os materiais que desejam que sejam disponibilizados para a atividade.

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Pintura do Painel de Azulejos:

oferecer às crianças a oportunidade de trabalhar em conjunto para uma única produção;

observar e apreciar sua produção, inserida em um trabalho coletivo;

aprimorar sua própria produção por meio do fazer artístico.

Orientações Didáticas:

discutir e planejar com as crianças o trabalho que será realizado;

explicitar para as crianças que será realizada uma produção em grupo, envolvendo todas as pessoas do grupo;

identificar o trabalho após a sua conclusão;

o painel será utilizado por cada turma uma vez a cada 5 semanas, às 2ª feiras e às 5ª feiras, conforme agendamento

das professoras.

Oficina de Percurso:

investigar e descobrir possibilidades por meio da livre escolha de materiais e da produção que irá realizar;

desenvolver autonomia, cooperação e interação entre as crianças.

Orientações Didáticas:

oferecer os materiais aos poucos, assegurando-se que as crianças conheçam os procedimentos para o uso dos

mesmos;

ao se propor pela primeira vez a oficina, pode-se oferecer apenas os meios secos (giz de cera, lápis de cor, canetinhas,

giz de lousa, carvão etc) e diferentes suportes, cortados em formatos diversos;

conforme as crianças forem dominando os procedimentos, acrescentar outros materiais, como os que são próprios

para colagens: cola, fitas adesivas, tesoura etc e os meios aquosos, como tintas e pinceis;

a organização do material é uma etapa muito importante deste trabalho e deve favorecer o manuseio e a escolha

pelas crianças;

este trabalho também oferece uma excelente oportunidade para o professor observar as escolhas e produções das

crianças, para poder planejar atividades de propostas contemplando os materiais menos utilizados;

guardar as produções que não estiverem finalizadas para que as crianças possam retomar na próxima vez que

desenvolverem esta atividade;

fazer intervenções durante a atividade, favorecendo avanços no processo de criação das crianças;

estimular a investigação de todas as modalidades e materiais;

propor a apreciação dos trabalhos das crianças.

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Objetivo Geral: que as crianças tenham contato com as mais variadas formas de produzir sons, com jogos, canções e

brincadeiras de folclore, partindo do repertório que conhecem, ampliando suas experiências no contato com outros

gêneros, estilos e culturas diferentes.

O trabalho com música é realizado em atividades permanentes, por meio de rodas de música e brincadeiras cantadas,

propostas semanalmente, com o intuito de ampliar os conhecimentos das crianças nesta área e proporcionar-lhes

momentos agradáveis e prazerosos. É importante que as crianças vivenciem experiências de ouvir, fazer e pensar sobre a

música, por meio de um trabalho intencional e planejado. Para isto, trabalhamos com música a partir de três eixos:

1. Apreciação musical

2. Fazer musical

3. Reflexão sobre a música

No que se refere à apreciação musical, destacam-se as atividades que possibilitam às crianças perceberem tanto o som

quanto o silêncio, a estrutura e a organização musical, buscando desenvolver por meio do prazer da escuta as

capacidades de observação, análise e reconhecimento dos sons. Na rotina de trabalho, são propostas atividades como:

histórias narradas;

contos musicados;

diferentes fontes sonoras;

sons da natureza;

apreciação de diferentes gêneros musicais.

Em relação ao trabalho voltado para a produção musical, são apresentadas propostas centradas na experimentação e na

imitação, tendo como base a interpretação, a improvisação e a composição, em atividades como:

construção de objetos sonoros;

exercícios de improvisação;

produção de sons com o corpo.

As crianças pensam sobre as músicas que escutam, construindo seu espírito crítico, ampliando seu universo cultural e

desenvolvendo seu gosto musical, durante e após a realização de propostas de escuta e de fazer musical. Para isso,

precisam ter oportunidades de comunicar seus pensamentos e sentimentos sobre essas vivências, por meio de atividades

como:

rodas de apreciação e reflexão sobre músicas (letras e ritmos);

registros próprios (não convencionais).

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Objetivos:

Apreciação musical

desenvolver a sensibilidade, a percepção e a imaginação;

compreender que a música é uma linguagem universal, que extrapola fronteiras geográficas e temporais;

desenvolver o prazer da escuta, a capacidade de observação, a análise e o reconhecimento dos sons;

conhecer e apreciar gêneros musicais diversos;

desenvolver sua acuidade e gosto pessoal.

Fazer musical

explorar o universo sonoro, por meio do manuseio de objetos diversos, instrumentos musicais e do próprio corpo;

distinguir sons e diferenciar fontes sonoras variadas (timbre);

explorar a intensidade do som (forte e fraco);

diferenciar sons graves e agudos (altura);

conhecer os instrumentos musicais;

explorar ritmos (pausa e pulsação);

expressar-se utilizando a voz, o corpo, materiais sonoros e o meio na produção musical;

gerar formas sonoras que expressem percepções, sentimentos, ideias e pensamento, por meio de improvisações,

composições e interpretações musicais;

improvisar a partir de repertório de canções conhecidas;

desenvolver atitudes de cuidado com os instrumentos musicais e de respeito com a voz e com o corpo enquanto

materiais expressivos.

Reflexão sobre a música

por meio da fruição e da reflexão, construir seu espírito crítico e ampliar seu universo cultural, desenvolvendo o gosto

musical.

expressar as diferentes sensações e sentimentos causados pela música;

compreender as expressões e características das músicas regionais;

perceber a musicalização e o ritmo nas rodas cantadas e dramatizações;

ampliar o repertório de rodas cantadas e brincadeiras musicais.

Conteúdos:

pesquisa e improvisação de sons: com o corpo, com instrumentos e com outros objetos;

relação entre gesto e som;

exercícios de improvisação;

construção de objetos sonoros;

jogos ritmados e musicais;

músicas de diferentes gêneros;

canto;

elementos musicais: altura, timbre, intensidade, duração;

instrumentos musicais;

percepção das sensações musicais.

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Orientações Didáticas:

para se iniciar o trabalho com música é necessário que a professora construa um “ambiente musical”;

definir os objetivos e os conteúdos a serem abordados, considerando os três eixos do trabalho: apreciação, produção

e reflexão;

considerar a música como uma linguagem, capaz de comunicar ideias e sentimentos;

respeitar e encorajar pesquisas sonoras, de forma a que se tornem capacidades expressivas;

os momentos de escuta musical devem provocar o desejo de ouvir, interagir, sensibilizar-se, criar, conhecer a

aprender por meio da música;

pesquisar o universo musical das crianças;

selecionar cuidadosamente o repertório que será oferecido às crianças, incluindo os mais variados gêneros e estilos

musicais, respeitando e valorizando a diversidade e enriquecendo seu repertório musical (diferentes povos, épocas,

autores...);

organizar espaços e periodicidades que favoreçam a realização da proposta, levando em consideração a faixa etária

das crianças e o envolvimento;

preparar com antecedência materiais específicos, de acordo com a etapa prevista do trabalho;

considerar que o fazer musical envolve a experimentação, a interpretação, a improvisação e a composição musicais;

propor a participação em histórias cantadas, narração de histórias por meio de instrumentos musicais etc;

propor a construção de objetos sonoros para exploração e produção de sons;

proporcionar experiências que levem as crianças a diferenciar os elementos do som;

propor atividades que favoreçam a produção musical;

criar situações que possibilitem à criança ampliar seu conhecimento musical;

propor atividades com representação gráfica sobre o que a criança identificou por diferentes formas de percepção;

oportunizar situações em que as crianças tenham o contato sonoro com suas próprias produções (gravação e

apreciação);

garantir às crianças a oportunidade de comunicar seus pensamentos e sentimentos sobre as atividades que

realizarem;

socializar os conhecimentos produzidos pelo grupo.

Avaliação:

deve ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pela criança, resultado de um trabalho

intencional da professora. Deverá constituir-se em instrumento para a reorganização de objetivos, conteúdos,

procedimentos, atividades e como forma de acompanhar e conhecer cada criança e grupo.

deve basear-se na observação e registro da professora.

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8. Rotina: Organização dos Espaços e Tempos

Entendemos que a rotina é um elemento organizador do trabalho, que articula a relação entre espaço e tempo em favor

da construção de saberes e apropriação de conhecimentos. Desta forma, consideramos a importância de uma

organização intencional, que priorize o uso e o tempo de permanência nos espaços planejados, em função especialmente

das necessidades e ritmos das crianças, das características de cada grupo e das diferentes faixas etárias. Por esse motivo,

a rotina tem sido objeto de estudos desta equipe escolar nos últimos anos.

Preparar o espaço onde as experiências serão vividas é uma etapa muito importante do nosso trabalho. Compreendemos

que o espaço intencionalmente preparado, organizado com materiais e mobiliário que possibilitem a circulação e a

interação entre as crianças e ofereça estímulos e desafios capazes de provocar a ação delas, configura-se como um

ambiente educativo. Um espaço assim organizado favorece a aprendizagem e o desenvolvimento, complementa a ação

do educador.

No sentido de ampliar as experiências das crianças nesta escola, cujo prédio é pequeno e com poucos espaços para

exploração, vimos estudando novas possibilidades de usos deste espaço, buscando transformá-lo a partir de

interferências visuais, inserção de objetos e materiais, exploração de todos os lugares possíveis.

É importante considerar, ainda, que o espaço deve ser organizado de forma a constituir-se como um ambiente

confortável e acolhedor, para que as crianças se sintam bem, seguras, felizes. Deixar marcas que contem a história do

grupo e do que acontece neste lugar favorece a sensação de pertencimento e convida as crianças a estar neste espaço.

Já pensar no tempo é pensar em ritmo. O que implica em considerar, no planejamento da rotina diária, o ritmo das

crianças, suas necessidades e interesses. Nesta organização, precisamos considerar tanto as necessidades orgânicas

quanto as necessidades emocionais das crianças, de forma a construir uma rotina que as respeite em suas especificidades

e estabeleça uma regularidade que, interiorizada pelas crianças, ofereça segurança e organize seu tempo de convivência

na escola.

Há ainda outro aspecto – importantíssimo – a ser considerado na organização da rotina: a participação das crianças. Em

nossa escola vimos discutindo, desde 2016, o quanto pode ser valiosa a contribuição das crianças na definição e

elaboração das experiências que serão vividas pelo grupo no decorrer do ano. Assim, a primeira atividade do dia, logo

após o acolhimento das crianças, é a apresentação do plano do dia, na qual a professora compartilha com as crianças as

propostas planejadas, ouvindo também suas ideias. Em algumas situações, as crianças são convidadas a participar do

planejamento, uma de nossas iniciativas que visam garantir o protagonismo infantil.

Acreditamos que a rotina escolar pensada nesta perspectiva propicia maior emancipação do sujeito e favorece a

autonomia e maior independência da criança.

Sabemos que isso implica na organização da escola como um todo e temos contado com os esforços de toda equipe

escolar no sentido de ‘olhar’ para os espaços e qualificar as propostas educativas, visando sempre a aprendizagem e o

desenvolvimento da criança.

8.1. Adaptação: momento especial da rotina escolar

“A adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas. Onde as relações, regras e limites

são diferentes daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao

contrário do que o termo sugere, não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação. Depende também da forma como é acolhida. (ORTIZ, Revista Avisa Lá)

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A recepção de crianças pequenas em um espaço coletivo demanda muitos cuidados, sendo necessário que toda a equipe

escolar esteja empenhada na tarefa de acolher e orientar as crianças e também suas famílias. A preparação deste período

peculiar da rotina da escola começa já no final do ano, momento em que convidamos as famílias das crianças que irão

ingressar na escola para uma primeira reunião, na qual apresentamos um vídeo com imagens que retratam a nossa

rotina, apresentamos o Projeto Político Pedagógico da escola, entregamos as “Orientações de Funcionamento das Escolas

de Educação Infantil” definidas pela Secretaria de Educação e visitamos o prédio escolar. Nesta reunião, as famílias são

incentivadas a expor suas dúvidas e preocupações, para que possamos esclarecê-las e tranquilizá-las quanto ao

atendimento que será oferecido às crianças.

Antes do início das aulas, quando reunimos toda a equipe escolar, é o momento de pensarmos juntos sobre a maneira

como cada segmento poderá colaborar para que as crianças e famílias sejam recebidas da melhor forma, considerando os

sentimentos e as expectativas que envolvem esse período. Entendemos que esta separação da família pode gerar nas

crianças insegurança, dúvidas, apreensão, angústias e medo, mas que a inserção na escola também pode suscitar

curiosidade, prazer, descobertas e alegrias imensas. Nosso papel, como profissionais que já vivenciaram essa situação

muitas vezes, é acolher os sentimentos conflituosos e evidenciar para as crianças e suas famílias os ganhos que a entrada

na escola traz para todos.

Pensando nisso, nossa equipe discutiu boas estratégias de atendimento às famílias e crianças neste período peculiar da

rotina escolar, buscando contribuir para a redução dos problemas observados, como: ansiedade das famílias diante do

choro das crianças pequeninas; preocupação em relação aos cuidados dispensados às crianças (segurança no espaço

escolar, uso dos banheiros ou troca de fraldas, alimentação, postura afetiva da professora); dúvidas sobre a adaptação à

professora, aos novos amigos, ao espaço escolar.

Entendemos que a primeira reunião como os pais é uma oportunidade especial para tratarmos de algumas destas

questões. Neste momento, é importante:

dar voz às dúvidas e medos das famílias;

apresentar-se e falar sobre sua experiência e os objetivos da escola, procurando transmitir segurança;

falar sobre a rotina da escola, de forma clara e objetiva, respondendo às questões surgidas;

oferecer sugestões sobre como preparar as crianças para este período, enfatizando que é importante que, assim

como seus familiares, elas também se sintam seguras sobre a escolha das famílias por colocarem-nas na escola;

ressaltar que poderemos contar com a colaboração de toda a equipe no apoio às crianças;

colocar-se à disposição para atender as famílias em momentos individuais, se necessário.

A chegada das crianças na escola, os primeiros encontros, também precisa ser cercada de cuidados, para que a

experiência seja prazerosa e favoreça a criação de vínculos. Para isto, é necessário garantir algumas condições:

organizar um ambiente acolhedor, propondo atividades que integrem as crianças;

preparar atividades de recepção às crianças, oferecendo música, brincadeiras e muito contato;

proporcionar uma atenção especial às crianças que porventura chorarem, solicitando o apoio da equipe escolar;

propor um passeio pela escola, mostrando os diversos ambientes e apresentando as pessoas;

planejar momentos da rotina para uso dos banheiros e hidratação das crianças;

dar especial atenção ao momento da alimentação, orientando e estimulando as crianças a experimentarem os

alimentos.

Vale ainda ressaltar que este processo de adaptação não se encerra, necessariamente, nos primeiros dias de aula. É

possível que algumas crianças e/ou famílias ainda demonstrem dúvidas e inseguranças que precisem ser acolhidas pela

equipe escolar – principalmente pelas professoras – para que se construa uma relação de confiança. Neste sentido, a

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abertura para o diálogo é fundamental! Sempre considerando que somos profissionais e, portanto, nossa

responsabilidade nesta relação é grande. Cabe-nos estar atentos às necessidades de famílias e crianças e disponíveis para

atendê-las.

8.1.1. Os primeiros dias

Todos os anos a Secretaria de Educação define um período em que o atendimento às crianças é feito em horário

reduzido. Em 2017, a proposta para essa redução foi no período de 07 a 24 de fevereiro para as turmas de Infantil III e de

07 a 14 de fevereiro para as turmas de Infantil IV e V; em nossa escola, decidimos diminuir o intervalo para as turmas dos

menores, considerando que logo após o dia 24 haveria o feriado de Carnaval e as crianças voltariam de um período de 5

dias em casa com a carga horária ampliada. Assim, o período de redução de horário das turmas de Infantil III aconteceu

entre os dias 07 e 17 de fevereiro.

Neste período, o horário de permanência das crianças na escola foi reduzido pela metade, sendo para o período da

manhã das 8h00 às 10h00 e à tarde das 13h00 às 15h00, o que foi muito bem avaliado pela equipe. A redução no horário

de permanência das crianças possibilita que elas se apropriem da rotina aos poucos, adaptando-se ao novo espaço e à

convivência com diferentes pessoas; além disso, também possibilita às professoras um tempo para realizar entrevistas ou

reuniões em pequenos grupos com os responsáveis pelas crianças, estreitando os vínculos entre escola e família. Neste

ano, diferentemente dos anos anteriores, não agendamos conversas com as famílias nos primeiros dias de aula; optamos

por iniciá-las a partir do dia 13, após um contato inicial com as crianças, possibilitando à professora pontuar nas

conversas algumas das observações feitas neste período. Essa opção foi bem avaliada pelas professoras e deveremos

mantê-la nos próximos anos.

Há alguns anos, no primeiro dia de atividades com as crianças, as famílias são convidadas a permanecer com elas na

escola e participar de uma proposta com o grupo, com o objetivo estabelecer um sentimento de confiança e

pertencimento. Em relação a esta proposta, encontramos duas dificuldades:

1. famílias que não podem participar desta atividade, encaminhando a criança para a escola sem um

acompanhante;

2. tamanho das nossas salas de aula, muito pequenas para acomodar crianças e acompanhantes.

Em relação à primeira dificuldade, solicitamos que os familiares presentes convidem as crianças “solitárias” a participar

com elas das atividades propostas, que devem envolver todos os presentes e não ser desenvolvidas em duplas. Além

disso, a equipe de apoio também se envolve nas atividades, auxiliando a compor um “mutirão” de acolhimento.

Já a questão do espaço é mais difícil de ser resolvida: temos procurado planejar atividades para serem feitas em grandes

grupos, integrando diversas turmas, na área externa da escola. Ainda assim, os momentos de lanche e acolhimento na

sala ficam bastante tumultuados.

Apesar dos problemas apontados, tanto as professoras quanto as famílias têm uma avaliação positiva desta proposta de

integração e acolhimento, compreendendo que auxiliam as crianças a viverem este momento importante em suas vidas

com mais tranquilidade e segurança.

Importante ressaltar que esses primeiros dias são importantes para iniciarmos nossa parceria com as famílias; é um

período para elas conheçam melhor a professora de sua criança, o espaço onde ela ficará todos os dias, a rotina da escola

e a proposta de trabalho.

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8.2. Momentos da Rotina

Nossa rotina é marcada por diversos momentos, nos quais as crianças vivem diferentes experiências.

MOMENTO DE ACOLHIMENTO

Objetivos:

acolher e incentivar a criança a permanecer na escola;

favorecer a aproximação com os colegas e a professora;

possibilitar a organização de parcerias e organização no espaço;

apresentar a rotina do dia.

Orientações Didáticas:

criar propostas envolventes e desafiadoras para as crianças, despertando nelas o desejo de vir para a escola;

organizar um ambiente acolhedor, propondo atividades que integrem as crianças;

estar disponível para as crianças e envolver-se nas propostas com o grupo;

apresentar e conversar com as crianças sobre o plano do dia.

MOMENTOS DE INTEGRAÇÃO (inclui as “entradas coletivas”, oficinas, jogos corporais, “atividades em cantos”)

Objetivos:

favorecer o desenvolvimento da autonomia, oportunizando escolhas;

constituir espaços coletivos de convivência;

vivenciar situações de interação com outras crianças e adultos da escola;

compartilhar uma experiência vivida pela turma com todas as crianças e equipe escolar;

participar de propostas sob a coordenação de outra professora.

Orientações Didáticas:

possibilitar que este momento seja lúdico e prazeroso;

oferecer propostas em que as crianças possam fazer escolhas;

favorecer a participação ativa de todas as crianças, considerando-as como protagonistas nas ações propostas;

considerar no planejamento a organização e quantidade de crianças de cada agrupamento;

os momentos de integração que envolvem todas as turmas devem ocorrer pelo menos uma vez por semana.

MOMENTOS DE EXPLORAÇÃO DA LINGUAGEM CORPORAL (inclui parque)

Objetivos:

oferecer situações para explorar qualidades e dinâmicas do movimento (força, flexibilidade e resistência);

proporcionar controle e adequação de movimentos do corpo para realização de tarefas cotidianas;

promover brincadeiras e jogos para aprimorar habilidades motoras e favorecer a interação;

estimular a discussão e criação de regras e o desenvolvimento de atitudes de respeito às mesmas;

ampliar progressivamente a independência nos cuidados com o próprio corpo.

Orientações Didáticas:

apresentar propostas que desafiem as crianças motoramente, incluindo situações de jogos regrados, competitivos e

cooperativos; brincadeiras tradicionais; rodas cantadas e de expressão corporal; exercícios com materiais;

realizar conversas prévias sobre a atividade que será desenvolvida, abordando a organização de materiais, as regras e

o próprio desenvolvimento da proposta;

selecionar com antecedência os materiais considerando sua função e atributos;

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ensinar possibilidades de exploração do material;

propor vivências lúdicas com o corpo valorizando as diferentes formas de expressão da criança;

ao planejar as atividades diárias, considerar a importância de alternar atividades de expansão e contenção dos

movimentos.

PARQUE: as brincadeiras no parque têm por objetivo ampliar as habilidades físicas das crianças, por meio da exploração

dos diversos equipamentos disponíveis; favorecer o desenvolvimento da autonomia; possibilitar a vivência de situações

de jogo de papéis; estimular a interação entre as crianças. Para tanto, é importante orientar as crianças em relação aos

cuidados para sua segurança e também observá-las em suas brincadeiras, a fim de oferecer novos desafios, seja por meio

do estímulo a “brincar de um jeito diferente” ou pela inserção de novos materiais e/ou objetos no ambiente. Embora seja

indicada como uma atividade diária, é importante observar as condições do tempo, bem como as condições da areia

antes da utilização deste espaço, de forma a garantir o bem-estar das crianças. Cabe aos professores ensinar as crianças a

recolher os brinquedos ao término da brincadeira e acompanhá-las na retirada do excesso de areia do corpo Este espaço

deverá ser utilizado por um grupo de cada vez. Neste local, as crianças jamais poderão ficar sem a supervisão de um

adulto.

MOMENTOS DE HISTÓRIA (inclui rodas de história e reconto, narrativas das crianças e até conversas)

Objetivos:

oferecer situações que despertem o prazer por ouvir, contar e imaginar histórias;

possibilitar situações em que as crianças expressem pensamentos, sentimentos e necessidades;

possibilitar o acesso a diferentes gêneros literários e autores;

desenvolver a imaginação e a capacidade narrativa das crianças;

possibilitar situações de interlocução entre as crianças e também com a professora, ampliando a capacidade

comunicativa das crianças.

Orientações Didáticas:

escutar a criança e favorecer a manutenção de diálogos;

observar as crianças que são “falantes” e as “não-falantes”, entendendo que todos estão participando da atividade, a

seu modo;

estimular as “não-falantes” a se expressarem, respeitando o seu tempo, caso não desejem se colocar;

criar bons contextos para as rodas e oferecer elementos que contribuam para a interlocução entre as crianças (uso de

imagens, músicas, histórias, entre outros estímulos);

provocar diversas situações comunicativas (transmitir recados, dizer senha para entrar no parque, recontar histórias,

entrevistas);

cuidar da organização das atividades, propondo situações em pequenos ou grandes grupos

MOMENTOS DE ALIMENTAÇÃO (inclui lanche e complemento)

Objetivos:

despertar a curiosidade e o prazer em experimentar novos alimentos;

oportunizar situações de aprendizagem sobre os procedimentos para servir-se de forma e em quantidade adequada,

fazendo uso dos utensílios disponíveis como, guardanapo, copos e jarras;

compartilhar um momento agradável com os colegas.

Orientações Didáticas:

orientar as crianças nas ações de organizar-se no espaço e servir-se, porcionando seu alimento;

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incentivar as crianças a experimentarem todos os alimentos oferecidos;

considerar, na rotina, momentos para hidratação das crianças;

observar qual o melhor momento do dia para a oferta da colação;

observar quais são os alimentos mais ou menos aceitos pelas crianças.

MOMENTOS DE HIGIENE

Objetivos:

garantir o uso adequado do banheiro, bem como os procedimentos de higiene pessoal;

possibilitar a higienização das mãos de forma eficiente sempre que necessário, evitando desperdícios de água e sabão.

Orientações Didáticas:

ensinar as crianças quanto aos procedimentos adequados para lavar as mãos e utilizar o banheiro;

considerar, na rotina da turma, momentos para utilização supervisioionada dos banheiros.

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8.3. Atividades Especiais

PARADA LITERÁRIA: esta proposta tem como objetivo oportunizar um momento da rotina escolar em que as crianças,

professoras e toda a equipe vivenciem coletivamente o prazer da leitura. É realizada no mês de outubro, durante a

Semana da Educação e consiste em uma parada na rotina para que as pessoas leiam. As professoras organizam um

espaço diferente para realizar leituras com ou para as crianças e os funcionários podem ler nestes espaços ou em outros

lugares da escola, trocar sugestões ou compartilhar leituras interessantes.

SARAU: esta proposta tem como objetivo reunir as crianças e equipe escolar para “compartilhar cultura”: poemas,

músicas, bons textos... Todo ano, no mês de março, realizamos o Sarau Cecília Meireles, para apreciação de poemas da

patrona de nossa escola. Cada turma prepara a apresentação de um poema e o mesmo pode ser feito pelas pessoas da

equipe escolar.

MOSTRA DE TRABALHOS: esta proposta tem como objetivo apresentar para as famílias e a comunidade a conclusão dos

trabalhos desenvolvidos na escola durante o ano. Acontece em sábado letivo para oportunizar uma maior participação, já

que a divulgação dos trabalhos ocorre a partir de uma proposta interativa, em que os visitantes apreciam as produções

das crianças e participam de atividades relacionadas às temáticas.

FEIRA DE CIÊNCIAS: esta proposta tem como objetivo apresentar para as famílias e a comunidade escolar, de forma

sistematizada e por meio de atividades interativas, os conceitos científicos trabalhados com as crianças durante o

primeiro semestre. Também acontece em sábado letivo.

OFICINAS DA SEMANA DAS CRIANÇAS: esta proposta é realizada durante a semana das crianças em outubro e tem como

objetivo a diversão e a integração das crianças de diferentes turmas. A equipe de professoras planeja as atividades que

serão realizadas em cada oficina e apresentam às crianças, que são divididas em grupos que participam, em forma de

rodízio, de todas as propostas.

ESPETÁCULOS ARTÍSTICOS (música, teatro, cinema, circo): esta proposta tem como objetivo enriquecer as experiências

das crianças com diferentes linguagens, contribuindo para seu desenvolvimento e ampliando seu repertório cultural ou

ainda para complementar as atividades dos projetos e sequências didáticas. As atividades são selecionadas a partir dos

objetivos definidos para o ano letivo e são realizadas tanto em parceria viabilizada pela equipe escolar quanto

contratadas com recursos repassados para a APM pelo Município ou pelo Governo Federal.

ESTUDOS DE MEIO: durante o ano são proporcionadas às crianças saídas para estudo de meio, com o objetivo de que as

crianças possam vivenciar momentos de aprendizagem em espaços e contextos plurais. Os locais e as atividades são

propostos pelas professoras ou pela coordenação, de acordo com os projetos que estão sendo desenvolvidos. É

importante conhecer o espaço e os recursos oferecidos pelo local escolhido, a fim de poder adequar o estudo aos

objetivos do trabalho e preparar as crianças para a atividade. Os agendamentos dependem das possibilidades dos locais

escolhidos.

APRESENTAÇÃO DE VIDEOS: trata-se de um recurso didático, utilizado como mais uma fonte de pesquisa para o grupo.

Ao selecionar um material para apresentar às crianças, é fundamental analisar a coerência com a proposta pedagógica e o

assunto estudado, bem como a qualidade do som e da imagem. É importante conversar antecipadamente com as

crianças para criar um contexto e um propósito para a atividade e preparar um roteiro com comentários e

questionamentos que possam potencializar o trabalho. Esta atividade deve ser programada com antecedência para que a

equipe escolar possa viabilizar o uso do espaço e materiais como tela de projeção, data show e televisão. O uso do vídeo

como uma atividade recreativa, quando proposto, deve ser planejado e intencional.

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8.4. Projetos que já fazem parte da rotina

Algumas atividades que hoje estão incorporadas na rotina da escola foram inicialmente propostas como projetos

coletivos. São elas:

1. MURAIS

Justificativa: este projeto nasceu da observação do espaço na escola que recebe e reúne todas as pessoas que aqui

chegam: o salão. Este local encontrava-se impessoal e frio, sem uma marca que o identificasse como um espaço coletivo.

Assim, convidamos o grupo da escola a participar desse projeto, enriquecendo e “aquecendo” o local.

Entendemos que esse espaço pode encantar, informar, divertir e até aproximar as pessoas, uma vez que, na rotina do

trabalho escolar, muitas vezes o tempo para uma conversa mais informal é escasso e sentimos falta de mostrar o nosso

trabalho, trocar informações e dicas que podem interessar às pessoas que convivem nessa escola. E os murais, então,

vêm como uma vitrine do nosso fazer e um canal de comunicação entre as pessoas.

Objetivos:

1. Estabelecer um canal de comunicação entre as pessoas que compõem a comunidade escolar.

2. Personalizar o principal espaço coletivo da escola, tornando-o mais receptivo e acolhedor.

3. Divulgar e valorizar bons trabalhos realizados com os alunos.

4. Divulgar informações e dicas interessantes de cultura, lazer e entretenimento.

5. Informar e atualizar toda a equipe escolar em relação às orientações e solicitações da SE.

6. Divertir, encantar e emocionar as pessoas.

Ações:

Elaboração, organização e atualização dos diversos murais do salão.

O mural dos alunos e professora será de responsabilidade de um grupo diferente a cada mês e conterá trabalhos

realizados pela turma e escolhidos para serem compartilhados com as pessoas.

O mural administrativo será organizado pela coordenadora pedagógica e pela oficial de escola e conterá informações e

orientações enviadas pela SE, sistematização das atividades realizadas na unidade e será atualizado sempre que

necessário.

O mural externo será organizado como jornal mural, para divulgar informações sobre o funcionamento da escola,

ações da APM e Conselho de Escola, atividades dos projetos didáticos etc..

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2. LER: MUITO PRAZER!

Justificativa: O tema leitura foi escolhido em função do seu caráter lúdico, prazeroso, instigante e envolvente.

Consideramos ainda, o fato de nos proporcionar inúmeros benefícios como, ampliação do conhecimento,

desenvolvimento da criticidade, melhora do humor, interação, entre outros. Por ser um tema priorizado nesta escola, o

trabalho é desenvolvido em três interfaces: com as crianças, com suas famílias e com a equipe escolar.

Objetivos com as crianças:

Despertar o gosto pela leitura.

Desenvolver o hábito de ler.

Desenvolver os procedimentos de leitor e ouvinte.

Desenvolver os cuidados e conservação dos livros.

Ações:

O trabalho é desenvolvido pela professora da sala, em atividades permanentes como roda de história e empréstimo

de livros.

Objetivos com as famílias:

Despertar o interesse das famílias pelo trabalho realizado na escola.

Despertar o interesse das famílias pela leitura.

Ações:

Semanalmente é organizado o empréstimo de livros às crianças, atividade que envolve as famílias, estimulando um

momento de leitura compartilhada.

Divulgação de eventos literários realizados no município.

Organição de visitas das turmas à Biblioteca Municipal Manuel Bandeira, com possibilidade de participação das

famílias.

Objetivos com a equipe escolar:

Despertar o gosto pela leitura.

Desenvolver o hábito de ler.

Ampliar o repertório de autores e gêneros conhecidos pelo grupo.

Ações:

Organização de um acervo próprio de livros para empréstimo (além do acervo escolar).

Indicação de leituras interessantes no mural.

Parada Literária: é um momento em que toda a equipe escolar se dedica ao prazer de ler. É realizada uma vez por

ano, na Semana da Educação, em outubro. Neste dia, é marcado um horário, com duração de 30 minutos, em que todas

as pessoas que estão na escola escolhem um livro, revista ou jornal e se deliciam com a leitura.

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9. Plano de Acompanhamento Pedagógico

Este plano de acompanhamento do trabalho foi elaborado pela coordenação a partir das avaliações realizadas e

posteriormente apresentado às professoras em HTPC para possíveis indicações que atendam da melhor forma às

necessidades do trabalho.

Ações Propostas Objetivos Cronograma

Planejamento semestral:

Objetivos e Modalidades

Organizativas.

Acompanhar a elaboração e realizar leitura posterior,

com devolutivas orais, em momentos de HTPC ou HTP,

ou escritas.

Fevereiro/março e

julho

Planejamento em

parceria nos HTPCs.

Garantir momentos em HTPC para discussão e

elaboração das propostas didáticas em parcerias, em

conformidade com o plano de formação.

Durante o ano, sempre

que for necessário.

Leitura de Registro

Semanal

Contribuir para o planejamento das propostas

oferecidas às crianças, com devolutivas orais ou escritas.

Entrega quinzenal,

alternando os períodos.

Acompanhamento das

crianças

Acompanhar e auxiliar o trabalho desenvolvido com

crianças com NEE, incluindo observações em sala e

estudo de caso com EOT, OP e professoras de AEE.

Acompanhar crianças com outras especificidades por

meio de observação, intervenção, leitura de registro e

portfólio.

Durante o ano, sempre

que for necessário.

Observação em sala de

aula

Aproximar da dinâmica da turma e do trabalho da

professora.

semanalmente

Elaboração dos

Relatórios de Avaliação

Individual

Acompanhar por meio de leitura prévia, realizando

indicações se necessário, colaborando com a professora

na tarefa de registrar nesse instrumento as

aprendizagens de cada criança.

Inf.III – 24/7 e 27/11

Inf. IV – 26/7 e 29/11

Inf. V – 28/7 e 01/12

Elaboração de Portfólio

das Professoras

Documentar e organizar o trabalho de formação

individual com a professora, registrando seu processo

de crescimento profissional e as intervenções que o

favoreceram.

Durante o ano

Atendimento às Famílias Atender as famílias por meio de conversas, com a

intenção de prestar melhor atendimento às crianças e

eliminar barreiras no trabalho da professora. Esses

encontros serão preferencialmente agendados com

antecedência para possibilitar melhor organização da

escola e a participação da professora da turma.

Durante o ano

Conversas individuais Ampliar as reflexões e as possibilidades no trabalho com

as crianças.

Agendamento

escalonado ou quando

houver necessidade.

Organização de

atividades extras

Complementar os trabalhos didáticos, ampliando as

experiências das crianças nas diferentes linguagens.

Durante o ano, com

agendamento prévio e

planejamento específico.

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10. Ações suplementares

10.1. Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.)

Este serviço tem como objetivo apoiar o desenvolvimento das crianças com deficiência que estão frequentando as escolas

regulares da Rede Municipal.

Nesta escola atua uma professora da Educação Especial, habilitada em Deficiência Mental/Intelectual. A frequência do

acompanhamento é semanal (2ª, 5ª ou 6ª feiras) e sua atuação na escola tem caráter colaborativo; em parceria com a

professora da turma e com a equipe gestora, participa na identificação de necessidades específicas das crianças e na

elaboração e organização de recursos pedagógicos que visam articular o trabalho específico com o planejamento

proposto para o grupo, de forma a promover a participação de todas as crianças nas atividades e a construção do

conhecimento e desenvolvimento integral.

Também faz parte deste trabalho a articulação com a Equipe de Orientação Técnica (EOT), no sentido de refletir sobre as

necessidades de possíveis intervenções extra escola, discutir sobre recursos pedagógicos, serviços que favoreçam a

acessibilidade e discussões multidisciplinares que promovam o atendimento de qualidade a todas as crianças, mas,

sobretudo sobre o potencial para aprender. Outro mote de reflexão se refere à importância do papel da escola na vida de

toda criança.

As intervenções realizadas são registradas em fichas de Registro de Atendimento Específico (RAE), com o objetivo de

organizar as informações sobre a criança, sua família e o percurso educacional, além de ampliar a discussão com outros

profissionais.

10.2. Acompanhamento da Equipe de Orientação Técnica (EOT)

A equipe de orientação técnica é formada por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos e

assistentes sociais. Estes profissionais realizam o acompanhamento das escolas desenvolvendo um trabalho específico em

sua área de atuação, complementando o apoio ao desenvolvimento das crianças com deficiência que frequentam as

escolas regulares da Rede Municipal. Sua atuação contribui para o aprofundamento das discussões, colaborando com a

equipe gestora, professores, outros profissionais da escola, famílias, orientador pedagógico e professor de atendimento

educacional especializado, para o fortalecimento de ações inclusivas na escola.

Outras formas de atuação destes profissionais referem-se à natureza de sua especialidade podendo ser realizados

encaminhamentos de crianças para atendimentos clínicos especializado na saúde ou órgãos da rede de proteção à

criança, avaliação e indicação de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva e cadeiras de roda, além da elaboração

de relatórios e Registro de Atendimento Específico (RAE), que compõem a documentação da criança em atendimento.

O acompanhamento destes especialistas atende às orientações e procedimentos específicos, conforme o documento

“Organização e fluxo do trabalho da equipe de orientação técnica” (Rede 134/2013). De acordo com o documento, os

profissionais serão acionados pela equipe gestora a partir de demandas que podem ser trazidas por professores em

função dos processos de ensino e aprendizagens dos alunos, ou para reflexão conjunta sobre determinado contexto

escolar, no qual podem contribuir para o aprimoramento e qualificação das práticas da equipe.

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VI – CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

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VII – REFERÊNCIAS

ANDRADE, C. “Brincar é a forma de expressão das crianças” in Revista Nova Escola – Edição Especial no. 33, PP. 8-9.

Editora Abril. São Paulo, 2010.

ARROIO, A. “O ensino de Ciências da Natureza” in O ensino de Ciências da Natureza, São Paulo, Prefeitura Municipal de

São Bernardo do Campo/FEUSP, 2012.

BARBIERI, S.; BAROUKH, J. A. (coord.); ALVES, M. C. C. L. (org.). Interações: onde está a arte na infância? São Paulo:

Blucher, 2012.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

MEC/SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília:

MEC/SEB, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação

Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CAVALCANTI, Z. (coord) Trabalhando com História e Ciências na Pré-Escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.

COSTA, V. R. da; SOUZA A. M.; RAMOS, A. L. “Caminho cognitivo e ciclo investigativo no planejamento em Ciências” in

Revista Pátio nº 33, 2012.

FILGUEIRAS, I. P. “A criança e o movimento” in Revista Avisa Lá nº 11, Julho/2002.

FRANÇA, G. W. “O papel do jogo na educação das crianças”. Revista Avisa Lá nº 17. Janeiro de 2004.

FREIRE, M.; CAMARGO, F.; DAVINI. J.; MARTINS, M. C. Observação, Registro, Reflexão: Instrumentos Metodológicos I. 2

ed. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1996.

______. Avaliação e Planejamento: a prática educativa em questão: Instrumentos Metodológicos II. São Paulo: Espaço

Pedagógico, 1997.

GENOVESI, M.C.B.B. e ACEITUNO, M.R.C. Cantos e Encantos da Vila Baeta Neves. São Bernardo do Campo, PMSBC, 2007

LUCKESI Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da

Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000.

Disponível em: www.luckesi.com.br/artigoseducacaoludicidade.htm

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta

Curricular, vol.II. Caderno 2. São Bernardo do Campo, 2007.

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VIII – ANEXOS

Anexo I - Contrato Didático

O contrato didático estabelece um compromisso de trabalho assumido por todas as pessoas que compõem a equipe

escolar. Na elaboração deste documento, a equipe reuniu-se para refletir sobre as ações necessárias para garantir a

construção da escola que desejamos.

1. Respeitar o limite de cada um é um ponto fundamental para o trabalho em equipe e precisa permear todas as relações

que se estabelecem na escola.

2. Cuidar das crianças é uma responsabilidade de toda a equipe escolar.

3. Precisamos cuidar de nossas ações, atitudes, palavras, pois somos referência para as crianças, influenciando em sua

formação.

4. Na escola, temos o dever de apresentar para as crianças a cultura mais elaborada, para que elas construam referências

de boa qualidade e adquiram repertório que lhes possibilite fazer escolhas.

5. É importante trabalhar em parceria com as famílias, para isso o trabalho realizado na escola tem que ser visualizado

por elas.

Anexo II - Orientações para organização do trabalho pedagógico

Cronograma mensal: no início de cada mês será encaminhado para as famílias um cronograma com as datas de

atividades diferenciadas. Caso queira acrescentar alguma atividade específica de seu grupo, a professora deverá solicitar

à coordenadora pedagógica a inclusão da proposta neste cronograma.

Materiais impressos diversos: todo material impresso que sai da escola deve apresentar o cabeçalho padrão. Quando se

tratar de um produto de pesquisa, deverá ainda conter as referências bibliográficas.

Transporte Escolar: para que as crianças possam ser retiradas da escola por motoristas particulares, é necessário o

preenchimento de uma autorização, cujo impresso padrão está disponível na secretaria da escola, pelo responsável pela

criança. Este impresso deve ser entregue à professora, que após registrar em seu controle da turma, deverá encaminhá-lo

para a secretaria da escola, para arquivo junto à ficha da criança.

Autorização para uso de imagem das crianças: para utilizarmos imagens ou filmagens das crianças em materiais que

serão expostos (cartazes, murais, CDs/DVDs ou no blog), é necessária a autorização dos responsáveis pelas crianças. Esta

autorização é renovada todos os anos, no ato da matrícula. Antes de organizar materiais para exposição, a professora

deverá confirmar na secretaria da escola se todas as crianças possuem esta autorização.

Encaminhamentos das crianças para especialistas: a indicação de crianças com necessidades de acompanhamento deve

ser feita à coordenação para que seja elaborado um planejamento de trabalho conjunto, com realização de observações e

encaminhamentos necessários. A solicitação sempre deverá ser acompanhada de um relato sobre as dificuldades ou

especificidades observadas pela professora.

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Relatórios para especialistas: sempre que uma família procurar a professora solicitando um relatório para especialistas

(psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo etc) deve-se solicitar o pedido por escrito do profissional que atende a criança

e esse pedido deverá ser encaminhado à coordenadora pedagógica para ser anexado ao prontuário da criança. Após a

elaboração do relatório, encaminhá-lo para a equipe de gestão (preferencialmente por e-mail ou em pen drive) para

leitura, assinatura e arquivo de uma cópia.

Atividades para cópia: deverão ser entregues pela professora à coordenação, para que sejam avaliadas e reproduzidas.

Encaminhar a atividade preferencialmente em pen-drive.

Materiais coletivos: os materiais como baldinhos de areia, kits para diversificada e simbólica, jogos e outros brinquedos

são de uso coletivo e cabe a cada grupo conservá-los, bem como devolvê-los após o uso no local retirado. Os materiais

que estiverem quebrados, oferecendo risco às crianças deverão ser retirados e a professora deverá informar à

coordenadora pedagógica para devidos consertos ou substituição.

Faltas programadas da professora: solicitamos que sejam agendadas com antecedência na secretaria. A professora

deverá avisar crianças e famílias e deixar a pasta de substituição (que deverá estar atualizada pela professora de acordo

com as orientações descritas em impresso próprio) na secretaria da escola na véspera da falta.

Atividades com familiares das crianças em sala de aula: ao convidar um familiar para desenvolver ou participar de uma

atividade com as crianças, são necessários alguns cuidados prévios: combinar antecipadamente com a pessoa o que será

apresentado às crianças e o tempo estimado para a atividade; conversar com as crianças, antecipando o que elas querem

conhecer sobre o tema; compartilhar com a coordenação o planejamento da atividade para que se possa encaminhar as

demandas/tarefas e verificar a viabilidade de uso dos recursos, espaços etc. Quando a atividade envolver receitas, há

cuidados extras a serem tomados: divulgar para as famílias a data do preparo e os ingredientes; verificar se há

disponibilidade destes ingredientes na escola; conversar com a equipe da cozinha para verificar a possibilidade de uso do

espaço; garantir que o alimento manuseado pelas crianças seja cozido.

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Anexo III – Biografia da Patrona

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Filha de Carlos

Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil e de Matilde Benevides Meireles, professora municipal, foi a

única sobrevivente dos quatro filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento e sua mãe quando ainda

não tinha três anos. Foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides e sua babá Pedrina.

Concluiu seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá. Ela era tão boa aluna que recebeu

de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, uma medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e

louvor".

Cecília lia muitos livros e adorava história, língua e filosofia oriental; ela também interessou-se por música e começou a

aprender canto, violão e violino e a estudar outras línguas.

Aos 16 anos formou-se professora primária, diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro,

em 1917. Exerceu o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.

Cercada pela música, histórias e poemas, Cecília despertou para a arte de escrever; aos 9 anos escreveu seu primeiro

poema e, em 1919, aos 18 anos, lançou seu primeiro livro, chamado “Espectros”.

Em 1922, Cecília casou-se com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria

Mathilde e Maria Fernanda.

Interessada pelos assuntos relativos à literatura e à Educação, dirigiu de 1930 a 1934, no “Diário de Notícias”, uma página

diária sobre problemas de educação, ao mesmo tempo em que se dedicava à poesia, a qual consagrou toda a sua vida.

Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante

quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo. Sua iniciativa deu frutos, propiciando o aparecimento de

muitos centros semelhantes.

De 1935 a 1938, lecionou Literatura Luso-Brasileira e Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje

UFRJ). Em 1940, lecionou Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).

Ficando viúva, Cecília casou-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.

Aposentou-se em 1951 como diretora de escola, porém continuou a trabalhar como produtora e redatora de programas

culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro.

Divulgou a cultura brasileira em numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências

e ministrando cursos sobre Literatura e Cultura Brasileira, Educação e Folclore, em cujos estudos especializou-se. Estudou

o oriente, aprendeu língua hindu e o sânscrito e escreveu “Elegia a Ghandi”, traduzida em idiomas hindus, que lhe valeu o

diploma de Doutor Honoris Causa, conferido na Universidade de Delhi.

Cecília escreveu mais de 50 livros e ganhou diversos prêmios literários. Legou ao acervo cultural brasileiro obras de real

significado, inúmeros trabalhos sobre viagens que empreendeu, várias traduções de autores como Maeterlinck, Garcia

Lorca, Virginia Woolf e outros.

Faleceu no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas.

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Em 1965, foi agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira

de Letras.

Dados obtidos em livros da autora e sobre ela e no site do Itaú Cultural.

Anexo IV – Descrição da Estrutura Física da Escola

Na primeira década dos anos 2000 (mais precisamente entre 2000 e 2008), a Secretaria de Educação do Município

repassava recursos financeiros para que as Associações de Pais e Mestres das Escolas Municipais realizassem reformas

nos prédios escolares. Esta iniciativa possibilitou que fossem realizados diversos serviços de adequação e construção

nesta escola, conforme se pode acompanhar por meio do resgate dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) daqueles anos.

Muito embora nem todas as intervenções realizadas tenham sido bem sucedidas, devido principalmente à forma como o

acompanhamento das obras se realizou – sob a responsabilidade da equipe da APM, na maioria das vezes inexperiente e

sem conhecimentos técnicos para realizar essa “fiscalização” – o processo de discussão para levantamento das

necessidades e definição das prioridades realizado em todos esses anos possibilitou o envolvimento de toda a

comunidade escolar, garantindo avanços no processo de gestão democrática da escola pública.

A EMEB Cecília Meireles é uma das escolas mais antigas da rede municipal de São Bernardo do Campo (foi fundada em

1970, completando neste ano 44 anos de existência, funcionando sempre no mesmo prédio), necessitando de algumas

reformas estruturais (rede hidráulica, cujos encanamentos ainda são de ferro; rede elétrica, para comportar os

equipamentos que fazem parte do patrimônio da unidade escolar atualmente), além de construções e adequações

apontadas pelas famílias e pela equipe escolar nas diversas avaliações realizadas anualmente e já encaminhadas para a

Secretaria de Educação por meio de documentos protocolados no GSE (2009, 2011 e 2012). Em 2013, foram realizados

serviços de revisão no telhado e nas calhas para sanar problemas de vazamento e adequação do piso externo para

escoamento das águas pluviais, além de construção de rampa para garantir acessibilidade ao parque; no entanto ainda há

pontos de vazamento em alguns espaços da escola e o piso externo tem algumas irregularidades que apresentam riscos

para todos os usuários. Em reunião com as equipes da APM e do Conselho de Escola, foi definido que há necessidade de

serviços de manutenção do parque, para revisão da drenagem e substituição da areia ou por areia nova (desde que o

local possa ser coberto para evitar contaminação por excrementos de gatos e pombos) ou por piso ecológico.

É uma escola pequena, construída em um terreno de aproximadamente 1.900 m². A entrada foi adaptada para garantir

melhor acessibilidade às pessoas, com construção de rampa e instalação de corrimão. O terreno tem diversas árvores,

inclusive dois exemplares de pau-brasil, todas grandes, frondosas e antigas, que oferecem deliciosa sombra para as

brincadeiras das crianças, mas também representam um risco em dias de chuva e ventania.

A escola é dividida em dois prédios. No primeiro deles, há um salão, no qual é adaptado um ambiente para o refeitório,

com capacidade para 30 crianças; ao lado fica a cozinha, com uma pequena despensa, adaptada no local de um antigo

banheiro para funcionários. Inseridas nesse mesmo espaço, temos duas salas pequenas, uma utilizada como

secretaria/diretoria e a outra como sala de livros, aparelhos de áudio e video e sala da coordenação; com a

impossibilidade de utilizar-se essa sala como biblioteca, após a reforma realizada em 2008 foi adaptado um pequeno

espaço, ao lado do refeitório, para leitura e apreciação de vídeos e músicas pelas diversas turmas. Logo após o salão, há

uma sala de aula maior que as demais.

Também neste prédio há dois banheiros para uso das crianças: um feminino, com 4 sanitários (dois infantis, para as

meninas menores) e uma pia com 4 torneiras e um masculino, com 3 sanitários (2 infantis), um chuveiro e uma pia com 4

torneiras; na reforma de 2008 foi construído um banheiro para as funcionárias e, dentro deste espaço, um banheiro

adaptado para deficientes físicos.

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O segundo prédio fica nos fundos do terreno, sendo composto por quatro salas de aulas menores e também três

almoxarifados: um para guardar papéis, tintas, cavaletes, equipamentos de limpeza, ferramentas e materiais de

jardinagem e outros materiais; um para organizar os materiais para atividades físicas, brinquedos, jogos e fantasias

usados por todas as crianças e um para acondicionar o registro da vida escolar e os materiais de limpeza e higiene. Há

ainda um banheiro para os funcionários, no qual são guardados utensílios e equipamentos de limpeza da unidade escolar.

Na área externa entre os prédios há um pequeno pátio coberto com telhas, onde são realizadas brincadeiras e atividades

de artes, além de jogos corporais nos dias chuvosos. Também neste espaço localiza-se o lavatório em que é feita a higiene

de mãos e dentes das crianças, que necessita urgentemente ser substituído, pois impede o acesso a crianças com

mobilidade reduzida e tem torneiras instaladas em altura incompatível com as crianças, necessitando da instalação de

uma plataforma em madeira para que as crianças possam alcança-las sem molharem-se.

Após o portão de entrada, há uma área externa descoberta, chamada de “quadra”. Seu piso foi reparado na reforma de

2008 para eliminar os desníveis e buracos existentes, no entanto foram excluídas as grelhas e canaletas para evasão da

água das chuvas, o que fez com que, em dias chuvosos, essas áreas ficassem totalmente alagadas, problema minimizado

após a reforma de 2013. Entretanto, a área em frente às salas de aula ainda acumula água nos dias chuvosos e as crianças

ficam impedidas de saírem das salas para utilizar os banheiros e refeitório sem molharem-se, pois não há cobertura entre

estes espaços.

A área de recreação é composta por dois tanques de areia: em um deles há três jogos de três balanços, um escorregador

em aço, uma teia de corda e um equipamento múltiplo em madeira; no outro, não há equipamentos de recreação para

que as crianças possam brincar com maior segurança.

Há uma horta, com onze canteiros com possibilidades de uso, sendo cinco no nível do solo e seis em um local mais alto,

sem grades de proteção; atrás das salas de aula há uma área alta, bem acima do nível do solo, com sete canteiros, que

nos causa preocupação e por isso a área foi isolada por portões, pois como não há grades ou muros de proteção,

apresenta risco de queda das crianças.

Por fim, há um estacionamento com capacidade para até 12 carros, utilizado pelos funcionários.

Anexo V – Materiais Pedagógicos e Equipamentos

A Escola Cecília Meireles possui um bom acervo de livros de literatura infanto-juvenil, livros para consulta sobre artes e

ciências, CDs e DVDs, além de jogos e brinquedos que incrementam o trabalho desenvolvido com as crianças (materiais

de custeio).

Fazem parte do patrimônio da escola equipamentos audiovisuais e de informática que possibilitam o desenvolvimento de

diferentes atividades, tanto pedagógicas quanto administrativas (materiais permanentes).

Os materiais de custeio são adquiridos pela Associação de Pais e Mestres, com recursos provenientes de convênio com o

MSBC ou repasse do Governo Federal. O MSBC não repassa recursos para aquisição de equipamentos; quando há

necessidade de aquisição de bens permanentes, são utilizados os recursos repassados pelo PDDE (Programa Dinheiro

Direto na Escola) ou é feita a solicitação de compra pela Secretaria de Educação.

A escola possui uma listagem com todos os equipamentos, mobiliário e materiais que são considerados permanentes.